PLANEJANDO A AULA: GESTÃO DO TEMPO
E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR
A gestão do tempo é um elemento importante ao
escolhermos as estratégias e atividades que desen-
volverão as habilidades propostas na Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) e cumprirão o currículo
estabelecido pela escola.
De quanto tempo meu aluno precisa para resolver
a atividade escolhida, por exemplo? Leve em con-
sideração as habilidades necessárias, os recursos
que utilizará, o tempo de apresentação, execução e
correção/troca.
Não é a quantidade de coisas que fazemos que poten-
cializa o aprendizado, mas a qualidade do tempo des-
pendido para sua execução e como ele é utilizado.
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Algumas vezes, podemos escolher uma estratégia
interessante para o desenvolvimento das atividades
planejadas, mas o tempo destinado à sua execução
ou o horário escolhido para o dia pode não favore-
cer seu sucesso.
A BNCC nos convida a refletir sobre o que vamos
ensinar, para que possamos desenvolver competên-
cias e habilidades que garantam a formação inte-
gral de nossos alunos.
Dessa forma, somos levados a rever a organização
curricular utilizada em nossa escola e quais as me-
todologias ideais a serem escolhidas para que o
processo de ensino e aprendizagem seja eficaz.
 GESTÃO DO TEMPO NA PRÁTICA

Em uma aula, é preciso garantir o começo, meio

e fim do processo que estamos propondo. Dessa
forma, ao planejar esse tempo na rotina, utilizando
como referência uma aula padrão de 50 minutos (o
tempo pode variar de acordo com a realidade de
cada escola e segmento, o importante são as ações
propostas), devemos considerar cerca de dez minu-
tos para um momento de sensibilização e levan-
tamento de hipóteses.

Aqui envolvemos a turma na atividade que dese-

jamos, fazendo com que os alunos possam pensar
sobre o assunto, trocar impressões e falar sobre o
que já sabem do tema.

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 Gestão do tempo na prática

Os próximos 30 minutos devem ser dedicados à

execução da tarefa. Por fim, dez minutos para a
retomada e sistematização: o que aprendemos, Horários Números de aulas Ano letivo
o que produzimos e o que vamos registrar sobre de aula para cada área do
a atividade desenvolvida. conhecimento
À primeira vista, pode parecer que pensar nos
tempos escolares e na organização dos espaços
físicos não seja algo que mereça tanta atenção.

Isso porque os tempos e os espaços da escola já

são determinados:

Calendário Organização Divisão dos

das carteiras ambientes.

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 Além disso, o tempo e o espaço são base para a
cultura escolar, pois influenciam diretamente na
dinâmica social e cultural. São ferramentas peda-
gógicas e, portanto, devem fazer parte do planeja-
mento da aula.

Seus alunos ganharão em qualidade da aula e po-

dem aprender a gerir seu próprio tempo de apren-
dizagem!

A SM Educação acredita na importância dessa in-

tegração para o professor. Afinal, o bom aproveita-
mento é fundamental para que a aula seja ágil e
para manter os alunos motivados e engajados com
a aprendizagem.

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 TEMPO DE APRENDER,
TEMPO DE EXPERIMENTAR

Uma cena comum na maioria das escolas,

principalmente nas salas de Educação Infan-
til e nos anos iniciais do Ensino Fundamen-
tal, é o professor registrar e descrever a rotina
do dia para que todos tenham conhecimento.
Conhecer a rotina das atividades é um exce-
lente exercício para as crianças aprenderem
a organizar o seu tempo e suas ações.
Para Zabala (1998), a rotina oportuniza um
momento de expor intenções, de compre-
ender o tempo, ajudar cada um a controlar
seu tempo e propiciar o trabalho variado
entre a turma, em ambientes variados

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 Tempo de aprender, tempo de experimentar

Com essa definição percebemos que a apresentação da rotina vai além de narrar
o que faremos no dia, não sendo um benefício apenas para os grupos menores.

Apresentar a rotina é discutir com os alunos, de todos os segmentos, como será

organizado o dia e quais situações de aprendizagem serão abordadas.

Nessa pequena apresentação do que faremos, seja para uma turma de crianças
pequena ou de adolescentes, estamos convidando o aluno a ser protagonista
da aula que pensamos e organizamos, desenvolvendo habilidades que envolvem
gestão de tempo. Por exemplo:

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 Tempo de aprender, tempo de experimentar

TURMA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

1- Hoje, com a turma da Educação Infantil, come-

çaremos o dia com uma atividade no parque.

2- Podemos escolher nossa brincadeira e com quem

vamos brincar. Na sequência, voltaremos para a sala
e, em duplas, montaremos um painel com os ani-
mais de que mais gostamos.

3- Ao final, faremos um painel único com o traba-

lho de toda a classe.

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 Tempo de aprender, tempo de experimentar

TURMA DE ENSINO FUNDAMENTAL II

Em uma turma de Ensino Fundamental II, em que

o professor é especialista, também é interessante
essa apresentação inicial:

1- Hoje, em nossa aula de História, discutiremos so-

bre a expansão marítima e comercial.

2- Faremos uma discussão inicial com a leitura de

uma imagem, apresentarei a teoria ao grupo e va-
mos encerrar com uma questão para ser discutida
em dupla.

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 OTIMIZAÇÃO DE TEMPO PARA
UMA ROTINA ORGANIZADA

Outro item importante ao elaborarmos as tarefas do dia está na variação

de habilidades necessárias para desenvolver a atividade, as possibilida-
des de espaços a serem usados e as dinâmicas de organização do grupo.

Por exemplo, vamos considerar a organização do dia de uma turma do

5º ano do Ensino Fundamental I:

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 Otimização de tempo para uma rotina organizada

ETAPA 01
13h às 13h50

• Apresentação da rotina (cinco minutos para o

professor descrever o que os alunos farão no dia)
• Roda de história (dez minutos para a leitura da
história trazida por um dos alunos e discussão
sobre o que todos acharam do que ouviram)

Correção das tarefas de casa (35 minutos para

correção e trocas das tarefas que foram propos-
tas para casa).

Observação: Esses momentos serão em sala e

as crianças irão vivenciar as ações coletivamen-
te, tendo a oportunidade de ouvir umas às ou-
tras. As carteiras estarão organizadas em círculo
para dinamizar o que foi proposto.

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 Otimização de tempo para uma rotina organizada

ETAPA 02

13h50 às 14h40
• Apresentação da rotina (cinco minutos para o
professor descrever o que os alunos farão no dia)

14h40 às 15h
• intervalo (espaço livre e coletivo)

15h às 15h50
• atividade de sistematização de um conteúdo
que está sendo desenvolvido (as crianças de-
senvolverão essa atividade de modo individual,
exercitando concentração e foco, pois já passa-
ram por todo o primeiro período com ativida-
des de troca entre elas).

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 Otimização de tempo para uma rotina organizada

ETAPA 02

Observação: após os alunos voltarem de ati-

vidades de movimento, precisamos resgatar o
foco e, por isso, não começaremos um assun-
to novo. Podemos sistematizar algo que já foi
aprendido e discutido. Aqui podem ser utiliza-
dos livros didáticos, folhas ou cadernos.

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 Otimização de tempo para uma rotina organizada

ETAPA 03

15h50 às 16h40

• organizando as crianças em duplas, podemos

trabalhar aqui uma leitura ou questões que
envolvem a interpretação e discussão de um
novo tema em construção, garantindo, ao final
desse processo, o registro do que foi aprendido,
em folhas, cadernos, livros ou desenhos.

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 Otimização de tempo para uma rotina organizada

ETAPA 04

16h40 às 17h:

• organização do material e tarefas para casa (im-

portante que a criança saiba que é hora de or-
ganizar suas coisas e quais são suas responsabi-
lidades)

17h às 17h05
• convide os alunos a falarem rapidamente sobre
o que aprenderam no dia, com um breve resu-
mo, uma palavra ou uma narrativa sobre o que
fizeram. É rápido e tem um grande resultado
para o poder de síntese e avaliação do que foi
vivido e realmente aprendido.

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 O ESPAÇO DE APRENDER

Ao refletirmos sobre o que nos propõe a BNCC em

relação a metodologias ativas e, principalmente, so-
bre o papel do professor como mediador no pro-
cesso de ensino e aprendizagem, devemos repen-
sar a organização dos espaços escolares.
Muitas escolas já estão mudando sua arquitetura
e os espaços oferecidos, para que seus alunos pos-
sam compartilhar momentos de experimentos e
aprendizados reais.
E essa mudança de espaço não se dá apenas na
Educação Infantil ou nos anos iniciais do Ensino Fun-
damental. Esse novo olhar sobre a organização es-
pacial deve ser repensado para todos os segmentos.
Para Zabala (2010, p. 130), “Se a utilização
do espaço tem sido o resultado de uma
maneira de entender o ensino, tanto em
relação à função social como à compreen-
são dos processos de aprendizagem, cer-
tamente uma mudança nestes elementos
levaria a uma reconsideração das caracte-
rísticas que deveriam ter de acordo com
outras opções do ensino.”

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 O espaço de aprender
A posição em que um aluno se senta na sala, por
vezes, é classificatória.
1. Quem senta no fundo da sala não é um bom
aluno e não quer prestar atenção
2. Ou quem senta na frente gosta de estudar.
Claro que essas são definições muito generalistas,
mas que podem ter um fundo de verdade. O que
acaba acontecendo é que, algumas vezes, o aluno
se “esconde” no lugar em que senta.
O espaço da sala de aula deve ser democráti-
co e proporcionar múltiplas possibilidades de
aprendizagem e trocas de valores entre os alu-
nos, sempre destacando os talentos que cada
um tem a desenvolver.
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Isso é possível quando, ao organizar a aula, há a pos-
sibilidade de dispor os alunos para que possam va-
riar entre atividades em grandes grupos, pequenos
grupos, duplas ou individuais, ora conforme escolha
do professor, ora como opção dos próprios alunos.
Dessa maneira, eles poderão aprender a trabalhar
com todos, valorizando os talentos e colaborando
com o desenvolvimento da competência de Em-
patia e Colaboração descrita na BNCC.
Outro ponto de destaque, pensando na organiza-
ção do espaço como ferramenta de ensino, são os
recursos dispostos para os alunos vivenciarem suas
situações de aprendizagem: livros de leitura, de
consulta, jogos matemáticos, globo terrestre, ma-
pas, lupas, entre outros.
 O espaço de aprender

Há um ponto muito importante a ser destacado:

não basta levar os alunos a ambientes diferentes
da escola ou mudar as mesas de posição se não
houver intenção pedagógica por parte do profes-
sor. O ambiente é uma ferramenta de que deve
ser bem utilizada.

Que nossa prática pedagógica tenha sempre

como foco o pleno desenvolvimento de nossos
alunos, delimitando metas e buscando ferra-
mentas para otimizar o aprendizado, tornando
o tempo e o espaço escolar favoráveis para vivên-
cias significativas e reais.

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 O GRUPO SM
Há mais de 80 anos atuando com o compromisso
de melhorar a qualidade do ensino por onde pas-
sa, o Grupo SM é movido pela educação. Atuamos
para promover uma educação integral capaz de
transformar a sociedade por meio de valores.
Desde 1937, por meio da consultoria educacional
da SM Educação, o trabalho editorial inovador
do grupo se tornou referência de qualidade.
Fazemos isso de muitas formas, como uma em-
presa de soluções educacionais deve ser. Afinal,
nascemos na escola para a escola e é a educação
que nos move!
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A SM Educação é uma parceira da escola, ou
seja, ajuda e propõe a solução para os estabeleci-
mentos de ensino de acordo com as respectivas
necessidades.
Quer saber mais? Encontre tudo sobre as melho-
res práticas de ensino para a sua escola em nosso
blog.
Se precisar, entre em contato e transforme o ensi-
no em sua escola com as soluções educacionais
que só a SM Educação oferece:
http://www.smeducacao.com.br/contato/
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto

Alegre: Artmed, 1998. reimp. 2010.
_____________. Qualidade em educação infantil. Porto Ale-
gre: Artmed, 1998.

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