A maior característica que usamos para agrupar os vírus, é a
necessidade de um hospedeiro, não só para sobreviver, mas para se reproduzir. O fator limitante e causa de debate se vírus são vivos ou não, não é simplesmente a existência de material genético, mas a capacidade de replicá-lo, quando você está infectado, doente e um vírus está se reproduzindo, ele faz isso as custas das suas células. Mas como eles são transmitidos entre os hospedeiros? Esse é um ponto importantíssimo ao abordar o combate a proliferação de uma doença causada por infecção viral. Os vírus são transmitidos das mais variadas formas. Alguns como o rotavírus, hepatite A e enterovírus são secretados nas fezes humanas, são extremamente resistentes ao ambiente e sobrevivem por muitas semanas sem hospedeiros. Outros como o HIV, causador da AIDS, e paramyxovírus, da família do causador da caxumba, são rapidamente inativados expostos as intempéries do ambiente e mais comumente são transmitidos pelo contato próximo entre hospedeiros, dependendo muito de onde a maior caga viral está alojada, podem ser transmitidos por troca de fluídos, secreções respiratórias e etc. Em suma, os meios de transmissão podem ser: Vias áereas, transmissão por secreção de tosses ou espirros; Intrauterinos, transmissão vertical, da mãe para o filho; Contato próximo de Humano para Humano, como infectados por HIV que compartilharam seringas; Animal para Humano, contato próximo estabelecido por interações agressivas, vírus da raiva, transmitido através de uma mordida; Humano para Ambiente para Humano, Hepatite A transmitida através do consumo de alimento não higienizado; Através de vetores, infecção por mosquito da dengue. Sabemos que as pessoas não são igualmente suscetíveis a uma infecção, o coronavírus é um exemplo fresco na memória de todos que os casos tem gravidades muito heterogêneas.
Nossos genes afetam nossa suscetibilidade a infecções de diversas
formas, quando alguém tem uma condição genética inata a ser suscetível a diversos tipos de infecção, chamamos de imunodeficiência congênita. Os estados de imunodeficiência congênita podem ser diversos também, afetando células T, produção de anticorpos, ou até mesmo ambos. Além da suscetibilidade, podemos ter uma resistência congênita a infecções específicas. Sendo o exemplo mais clássico, a existência de pessoas homozigóticas de um polimorfismo específico no receptor celular CCR5, explorado pelo HIV, sendo pessoas extremamente resistentes a infecção do HIV. Em contrapartida, também é possível que haja uma imunodeficiência adquirida, causada por infecções que levam o sistema imunológico a esse estado, como a própria infecção do HIV, que se não tratado, leva a imunodeficiência crônica progressiva. Justificando a noção popular de que os infectados não morrem necessariamente pelo HIV. Outro exemplo de infecção que causa imunodeficiência crônica é a do HTLV-1. Nem tudo são lágrimas afinal, somos uma espécie que sofreu seleção natural como qualquer outra, devido a milhares de anos de adaptação e adaptação de populações de espécies ancestrais, temos mecanismos de defesas antivirais que são naturais do nosso corpo. Além dos nossos processos naturais para nos recuperarmos de uma infecção, temos barreiras físicas que nos ajudam a não sermos infectados o tempo todo por coisas diferentes. Como as secreções oleosas da nossa pele, a saliva presente, na nossa boca, e nossas lágrimas tem propriedades anti-infectantes, criando ambientes extremamente inóspitos para os mais variados tipos de vírus. Além de respostas inatas do nosso sistema imune.