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“Em primeiro lugar, temos que observar que as qualidades morais são de tal modo
constituídas que são destruídas pelo excesso e pela deficiência, como percebemos ser o caso
do vigor e saúde do corpo (pois para lograr esclarecimento acerca de coisas invisíveis é
preciso utilizar a evidência de coisas visíveis). O vigor é destruído tanto pelo excesso de
exercícios quanto pela deficiência destes e, analogamente, a saúde é destruída tanto por
alimento e bebida em demasia quanto pela deficiência destes que em quantidades adequadas a
produzem, aumentam e preservam. O mesmo, por conseguinte, se revela verdadeiro em
relação à temperança, à coragem e às outras virtudes. Aquele que foge de tudo tomado pelo
medo e jamais suporta qualquer coisa se torna um covarde; aquele que não experimenta medo
diante de coisa alguma e tudo enfrenta se torna temerário. De maneira análoga, aquele que
cede a todos os prazeres e não se contém diante de nenhum se converte num libertino,
enquanto aquele que se afasta de todos os prazeres, como fazem os indivíduos rudes, se torna
o que pode ser qualificado como um indivíduo insensível. Assim, a temperança e a coragem são
destruídas pelo excesso e pela deficiência e preservadas pela observância da mediania”.
2) Por que Aristóteles defende que a virtude tem que estar no meio, longe dos vícios da falta
e do excesso?
O imperativo categórico é a ideia central formulada por Kant para que se possa analisar o que
motiva a ação humana e compreender a moral e a ética. O modo como um indivíduo age com
base em princípios que gostaria de ver aplicados é a máxima e poderá se tornar o que ele
chama lei universal. Agir com base no dever –princípio supremo da moralidade– vai além do
conceito de “fazer o que gostaria que lhe fizessem” uma vez que sua atitude deve ser livre de
interesse e possui um fim em si mesma. Está acima do relativismo moral em que o correto
depende da situação e do contexto em que o sujeito se encontra e está além da subjetividade,
pois pode ser aplicado a todos. Em sua essência é o “fazer o que gostaria que todos fizessem
com todos”, partindo do princípio de que suas ações serão corretas se puderem se tornar uma
lei universal seguida pela coletividade.