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Nome: Ventura Alberto Virgílio

Turma: B

2º Ano

Sala: 7

Curso: Educação de Infância/ Educação Pré-Escolar

2ª Prova De Frequência
1. Perspectivas sociologicas mais recentes:

Funcionalismo

Perspectivas de acção social

A começar pelo conceito de acção social, Weber (1999) diz que esta é
orientada pelas ações dos outros, ou seja, pela expectativa de uma ação
oriunda de outros indivíduos, seja ele quem for. A acção social (incluindo
omissão ou tolerância) orienta-se pelo comportamento de outros, seja este
passado, presente ou esperado como futuro (vingança por ataques anteriores,
defesa contra ataques presentes ou medidas de defesa para enfrentar ataques
futuros). Os “outros” podem ser indivíduos e conhecidos ou uma multiplicidade
indeterminada de pessoas completamente desconhecidas. (Weber, 1999, p.14)

Para Weber, membro da aristocracia alemã, a Sociologia é o estudo das


interacções significativas de indivíduos que formam uma teia de relações
sociais. Portanto, o objectivo da Sociologia é o estudo e a compreensão da
conduta social, a busca de compreensão subjetiva da acção social, que é a
conduta humana pública ou não. A Conduta Social apresenta-se sob quatro
formas ou categorias em Weber:

 A acção racional com relação fins, fundada sobre o cálculo


autointeressado dos meios mais adequados à sua consecução, cálculo
que se orienta por expectativas quanto ao comportamento de outros
agentes e dos objetos do mundo externo. Por exemplo: investimentos
financeiros baseados na expectativa informada de rendimentos futuros);
 A acção racional com relação a valores, ancorada na fidelidade a certos
compromissos valorativos (éticos, estéticos, religiosos etc,
independentemente de suas consequências. Por exemplo: o caso do
indivíduo que se sente terrivelmente tentado a comer carne, mas
mantém-se vegetariano devido a uma ética de respeito à vida animal);
 A acção tradicional, calcada em hábitos arraigados. Por exemplo: o
reconhecimento da autoridade dos anciãos da aldeia, vivenciado como
natural e autoevidente, já que derivado do “ontem eterno”, e do
pressuposto de que “as coisas sempre foram assim”)
 A acção afectiva, derivada de “afetos ou estados emocionais”. Por
exemplo: quando um indivíduo, tomado por um acesso de raiva, dá um
soco na cara de outro).

Perspectivas de conflito

Ao olharmos ao redor de nossa própria sociedade, percebemos os efeitos que


a contradição produz em todo lugar. Todas as fontes de contradição que se
manifestam em formas distintas de conflito - crime violento, desordens,
protestos, manifestações, greves, movimentos sociais, entre outros - originam-
se da distribuição desigual de recursos valorizados pelas sociedades, como
dinheiro, poder, prestígio, moradia, saúde e empregos. O conflito é, pois, parte
da vida social; o ser humano sempre esteve e estará em conflito e a
humanidade não raras vezes buscou solucionar seus conflitos, utilizando-se da
guerra ao diálogo. Portanto, ao se estudar a transformação do conflito é
necessário, antes, estudar o conflito. Mas o que é o conflito?

Ainda de acordo com Reimann (2004), entender o conflito como um problema


essencialmente de ordem política continua a ser uma visão bastante
conservadora, orientada ao status que, na melhor das hipóteses, uma
abordagem terapêutica para a resolução de conflitos. Por outro lado, a
resolução de conflitos que se aproxima da visão do conflito como um
catalisador para a mudança social ou como uma luta não violenta pela justiça
social constituiu uma abordagem orientada para a transformação mais radical.

Em uma visão interacionista e fugindo ao determinismo estrutural, Weber


(1999) propõe o estudo do conflito onde a acção cotidiana e histórica resulta da
concorrência por bens escassos, entendidos em sua multiplicidade seja
material ou simbólica. Para ele, o conflito é casual, em condições históricas e
não é o resultado inevitável e invariável da desigualdade, além disto, relacionou
poder com conflito e resistência e não com violência quando conceituou
“poder”. Mas para se chegar ao entendimento do que seja poder para Weber,
necessário se faz percorrer o seu método explicativo que parte da definição de
acção social, passando por relação social, tipo-ideal e dominação.

Além da significação dada por Weber podemos nos referir às abordagens


interacionistas de Georg Simmel (1983), Norbert Elias (1994 e 2005), Ralf
Dharendorf (1959) e Lewis Coser (1996 e 1998), sociólogos que se ocuparam
do estudo do conflito social. Mais adiante e aproximando das abordagens da
Resolução de Conflitos, apresentam-se as definições de conflito para os
sociólogos e 22 mediadores de conflitos: Christopher Moore12 (1998), Johan
Galtung13 (2000) e John Paul Lederach14 (2003). Simmel (apud Moraes Filho,
1983, p. 122)

Da mesma forma que Weber, a visão interacionista de Simmel se volta para as


ações e sentidos socialmente construídos pelos indivíduos, grupos, nações e
estados, considerando dialeticamente que o conflito compõe-se de elementos
positivos e negativos inseparáveis, pois tanto indivíduo quanto sociedade
comportam duas faces, a unidade e a divergência: Assim como o universo
precisa de amor e ódio, isto é, de forças de atração e de forças de repulsão,
para que tenha uma forma qualquer, assim também a sociedade, para alcançar
uma determinada configuração, precisa de quantidades proporcionais de
harmonia e desarmonia, de associação e competição, de tendências favoráveis
e desfavoráveis. (Simmel apud Moraes Filho, 1983, p.124).

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