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As amostras para cultura de N. gonorrhoeae devem ser obtidas diretamente do cervix uterino. As
culturas para anaeróbios não devem ser efetuadas, com exceção de líquido de abcessos aspirado por
seringa e agulha de um abcesso perivaginal. Outras infeções e síndromes, como tricomoníase,
candidiase, e vaginose bacteriana envolvendo vários anaeróbios, Gardnerella vaginalis, Mobiluncus
spp. e Mycoplasma hominis, podem ser diagnosticados por exame direto, coloração de Gram, e outros
testes.
As amostras vaginais de raparigas prepubescentes podem ser cultivadas para determinar o agente
etiológico de vulvovaginite prémenarcal ou de uma doença sexualmente transmitida.
Vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento de vulvaginites nas raparigas: diferença
anatómicas na vagina imatura, um pH neutro que facilita o sobre crescimento bacteriano, e uma falta
de higiene pessoal, resultando assim na contaminação fecal das áreas vulvar e uretral. A maioria das
doenças sexualmente transmissíveis nas raparigas em pré-puberdade causa vaginite em vez de
cervicite. Uma amostra de qualquer descarga que possa estar presente pode ser enviada para cultura
bacteriana. Para as crianças com descarga mínima, é necessária uma amostra intravaginal.
Técnica:
Não deve haver higiene nas 2 horas prévias à colheita.
O facto de ter realizado higiene regular não invalida a realização da
colheita. (adicionar nas notas do LIS)
Para pesquisa de agentes de IST’s por Biologia Molecular podem ser colhidas em alternativa amostras
de urina.
Nota: A pesquisa de estreptococos Beta-hemolíticos do grupo B em grávidas, não deve ser feita com
Transporte e conservação:
O envio das amostras deve ser imediato sempre que seja possível e não demorar mais de 2 horas.
Não refrigerar as amostras.
Observações:
Embora ocasionalmente possa isolar-se N. gonorrhoeae de amostras vaginais, esta não é a
localização habitual da infeção, pelo que não se deve eliminar essa possibilidade com um exame
cultural do exsudado vaginal normal. Quando se suspeite de infeção por Neisseria gonorrhoeae,
Chlamydia trachomatis, Mycoplasma hominis ou Ureoplasma urealyticum, deverá enviar-se
uma amostra endocervical.
Não devem utilizar-se nos dias prévios à recolha da amostra, soluções antissépticas vaginais, óvulos
nem pomadas.
Limpar o exocervix do muco e secreções vaginais com uma zaragatoa seca e descartar a zaragatoa.
Sob observação direta, comprimir levemente o cervix com os bordos do espéculo e introduzir uma
zaragatoa no canal endocervical, fazendo suaves movimentos de rotação com a zaragatoa de modo a
obter o produto da região endocervical. Repetir a operação com uma segunda zaragatoa.
Para a investigação de Mycoplasma e pesquisa de ISTs por metodologias moleculares, colher com
uma zaragatoa com meio de transporte específico. Para a pesquisa destes agentes é necessário rodar
bem a zaragatoa de encontro às paredes, a fim de obter quantidade de células suficiente.
Transporte e conservação:
O envio da amostra deve ser imediato sempre que possível e não
demorar mais de 2 horas. As zaragatoas têm de ser enviadas em
meio de transporte á temperatura ambiente. Não refrigerar.
Material
• Zaragatoas uretrogenitais com meio de transporte
Técnica:
Quando existe exsudado franco, abundante, pode colher-se exsudado com uma zaragatoa, o
exsudado deve estimular-se espremendo a uretra. A colheita deve ser feita sempre em laboratório.
Quando não se obtenha exsudado, deve-se introduzir uma zaragatoa suavemente com um movimento
de rotação, até penetrar uns 2 cm dentro da uretra (3 – 4 cm para a investigação de Chlamydia
trachomatis).
Se possível, nos pedidos de cultura convencional, repetir a operação com uma segunda zaragatoa.
Para pesquisa de agentes de IST’s por Biologia Molecular podem ser colhidas em alternativa amostras
de Urina.
Transporte e conservação:
Deve ser imediato e nunca ser superior a 2 horas. As zaragatoas têm de ser enviadas sempre em meio
de transporte.
A amostra deve ser colhida preferencialmente, antes da primeira micção da manhã, ou pelo menos 1
hora depois do paciente ter urinado.
Observações:
O diagnóstico de gonorreia nos homens pode frequentemente ser confirmado
pela coloração de Gram do exsudado uretral.
Durante o transporte, as amostras endocervicais e uretrais podem ser conservadas entre 2º e 25º C
durante 8 horas. Logo após a recepção, o laboratório deve colocar as amostras entre 2º e 8º C e
analisá-las nos 7 dias subsequentes. Não congelar.
TAAN e Pesquisa de
Use um espéculo não lubrificado Micoplasmas:
para visualizar o colo do útero. zaragatoas específicas e
CÉRVIX (ENDO Limpe o muco cervical com um recipientes específicos
CERVIX) cotonete seco e descarte-o. Insira o
Citologia: Zaragatoa
cotonete 2 a 3 cm no canal cervical e
especifica e meio
gire por 5 a 10 segundos.
líquido
NOTA: o sêmen não é uma amostra adequada para o estudo de ISTs, nem para diagnóstico molecular uma vez que
possui muitos inibidores e pode dificultar o diagnóstico.
TAAN – Técnicas de amplificação de ácidos nucleicos (Biologia Molecular); TV – Trichomonas Vaginalis; CT – Chlamydia Trachomatis; NG – Neisseria
Gonorrhoeae, Swab - Zaragatoa