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DOENÇAS BACTERIANAS SEXUALMENTE

TRANSMISSÍVEIS (DST)
SECREÇÕES VAGINAL E URETRAL
Glêzia Renata da Silva Lacerda
Graduada em Biomedicina / ASCES
Mestre em Biotecnologia Industrial/ UFPE
Doutoranda em Ciências Biológicas/ UFPE
INCIDÊNCIA DAS DST’S

• As DST estão entre as doenças


mais comuns em todo o mundo;

• As DST mais comuns são a AIDS,


sífilis, gonorreia e clamídia;

• Causas: as DST são doenças


infecciosas que são
transmitidas por atividades
sexuais, como a relação sexual
vaginal, anal e oral.
D.S.T.

• CANCRO MOLE

• GONORRÉIA

• GRANULOMA

• LINFOGRANULOMA

• SÍFILIS
CANCRO MOLE

• Agente: bactéria Haemophilus ducreyi

• Transmissão: sexo vaginal, anal ou oral

• Ocorrência: 01 mulher para cada 20 homens.


Cocobacilos Gram -

Sintomas de 02 a 05 dias após o contágio acompanhado de dor de


cabeça, febre e prostração, pequenas e dolorosas feridas, úlceras, nos
genitais externos.
As úlceras podem ser únicas ou múltiplas
CANCRO MOLE

As lesões apresentam fundo de aspecto "sujo", a parte central purulenta,


amarelada, e as bordas nítidas e irregulares

Vista superior de úlcera no pênis. Úlcerações na vulva.


GONORREIA

• Agente: bactéria Neisseria Gonorrhoeae

• Transmissão: sexo vaginal, anal ou oral.

Diplococos Gram -

• Sintomas: diferem na mulher e no homem, que apresenta quadro


infeccioso mais aparente, caracterizado pela uretrite, que produz
secreção purulenta amarelo-esverdeada, pela manhã, provocando
odor e ardor ao urinar.

• Quando não tratada pode acometer próstata, vesículas seminais,


epidídimos, pele, articulações, endocárdio, fígado, meninges.
GONORREIA

Gonorréia complicada: edema no Secreção purulenta na vulva


testículo, bolsa escrotal com
volume aumentado.
GRANULOMA

• Agente: bactéria Klebsiella granulomatis.

• Doença conhecida também como Dovodanose

• Sintomas: lesão inicial indolor, na forma de


vesículas endurecidas na pele dos órgãos
genitais, as quais se rompem formando uma
única úlcera, que aumenta causando
destruição dos tecidos.

• Os casos não tratados, podem evoluir Bacilos Gram -


causando sérias complicações como
ulceração estreitamento da uretra, vagina ou
ânus.
GRANULOMA
LINFOGRANULOMA

• Agente: bactéria Chlamydia trachomatis.


• Transmissão: sexo vaginal com pessoa
contaminada.
• Sintomas leve secreção matinal com aspecto de
"clara de ovo", ardor ao urinar e às vezes
alterações na frequência urinária, seguida por
lesão genital transitória, única e indolor tipo
erosão superficial, que cicatriza espontânea e
rapidamente em mais ou menos três a quatro Cocos Gram -
dias.
• Nas mulheres: vagina, a vulva e, em alguns
casos, o colo uterino,
• Nos homens as lesões ocorrem na glande e no
prepúcio, formando grandes feridas purulentas.
LINFOGRANULOMA

Fase Aguda Fase Crônica


SÍFILIS

• Doença de caráter sistêmico, causada pela bactéria Treponema


pallidum.

• É adquirida através do sexo vaginal, anal ou oral com pessoa


contaminada, além de transfusão de sangue ou pelo parto.

• Apresenta 03 fases:

• Primária
• Secundária
• Terciária Espiroqueta Gram -
SÍFILIS

• PRIMÁRIA:

• feridas indolores com


bordas altas, nítidas e
endurecidas, denominadas
cancro duro região genital,
que também podem
aparecer em outros locais
do corpo desaparecendo
com ou sem tratamento.
SÍFILIS

• Secundária
• sintomas de febre, inflamação
da garganta - faringite,
gânglios em várias regiões do
corpo, perda de cabelo, de
peso, de apetite e erupções
cutâneas de aspecto
avermelhado ou arroxeado,
principalmente nas palmas das
mãos e plantas dos pés,
denominadas roséolas
sifilíticas, bem como lesões
úmidas nas áreas genitais que
são muito contagiosas.
SÍFILIS

• Terciária
• Aparecimento de doenças
cardiovasculares, cerebrais e da
medula espinhal, olhos,
conduzindo a pessoa infectada a
paralisias, insanidade, cegueira e
até mesmo a morte.
SECREÇÃO VAGINAL E URETRAL

• PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS


• Neisseria gonorrhoeae
• Mycoplasma hominis
• OUTROS AGENTES:
• Ureaplasma urealyticum
• Chlamydia trachomatis
• Streptococcus agalactiae
• Gardnerella vaginalis
• Staphylococcus aureus
• Treponema pallidum (soro)
• Staphylococcus coagulase
• Haemophilus ducreyi negativos
• Trichomonas vaginalis
• Enterococcus faecalis
• Candida albicans
• Escherichia coli
OBSERVAÇÃO ANTES DA COLETA

• A paciente não deverá está usando


medicamento vaginal há pelo menos 24 horas; • Micro-organismos
sensíveis à
• Não estar fazendo uso de antibióticos; dessecação e não
suporta bem a
• É utilizado um espéculo vaginal e sob
refrigeração.
visualização direta o cervix é limpo com uma
gaze e o corrimento é obtido neste local com
auxílio de swabs. • Devem ser mantidos
em meio de
• Coleta-se dois swabs: transporte
• O primeiro swab é utilizado para a bacterioscopia. adequado ou
• O segundo swab é colocado em meio de transporte processada logo
ou semeado diretamente no meio thayer Martin. após sua colheita.
COLETA DE SECREÇÃO ENDOCERVICAL
COLETA DE SECREÇÃO URETRAL -
HOMEM

1. Deve ser colhida preferencialmente antes da primeira micção e


pelo menos quatro horas após a última.
2. A coleta deve ser feita a partir do corrimento uretral induzido
por massagem da uretra.
3. Caso não seja obtido nenhum corrimento, um swab fino pode ser
introduzido até 2 cm da uretra distal e girado suavemente.
4. Pode-se usar também a própria alça bacteriológica para
raspagem da uretra.
5. São realizadas duas coletas que serão utilizadas para a
bacterioscopia e colocada em meio de transporte ou semeada
diretamente no meio thayer Martin.
COLETA DE SECREÇÃO URETRAL -
HOMEM
COLETA DE SECREÇÃO URETRAL -
MULHER

1. A parte externa da uretra deve ser limpa com algodão.

2. Com o auxílio de um swab , o corrimento é estimulado por


pressão e massagem da uretra contra a sínfise púbica, obtendo-
se assim a amostra.

3. Caso não se obtenha nenhum corrimento, a coleta deverá ser


feita no interior da uretra, com a alça bacteriológica.

4. São realizadas duas coletas que serão utilizadas para a


bacterioscopia e colocada em meio de transporte ou semeada
diretamente no meio thayer Martin.
COLETA DE SECREÇÃO URETRAL -
MULHER
BACTERIOSCOPIA

• EXAME DIRETO A FRESCO:

• Não é feito para diagnóstico de


Neisseria é utilizado
principalmente para visualização
de Trichomonas vaginalis.

• Observa-se também a presença


de Candida spp.
BACTERIOSCOPIA

• EXAME DIRETO PELO MÉTODO DE GRAM


• Devem ser secados naturalmente e fixados imediatamente pelo calor e
corados pelo método de Gram.

• RELATO BACTERIOSCÓPICO: Quantificar no material analisado a


presença ou ausência de diplococos Gram-negativos com
características de Neisseria em:
• raros (+)
• poucos (++)
• moderados (+++)
• muitos (++++)
descrever se o microrganismo são extra-celulares ou intra-celulares,
quantidade de neutrófilos e de células epiteliais.
CULTURA

• Neisseria gonorrhoeae: • Neisseria gonorrhoeae:

• Semeadura imediata no meio • Catalase positiva


de transporte ou Thayer Martin • Oxidade positiva
modificado
• Colônia pequenas,
• Atmosfera de CO2 em torno de brilhantes e fortemente
5 a 10% fixadas ao meio.
• Teor de umidade em 90%
• •Incubação a 35°C ± 2 graus.
CULTURA

Ureaplasma urealyticum / Ureaplasma urealyticum /


Mycoplasma hominis Mycoplasma hominis

• Meio específico: Mycogen (48 • Colocar a placa invertida no


horas a 35-37°C) platô do microscópio.
• Utilizar a objetiva de 10X
• Identificar as colônias:
• M. hominis - forma de ovo
frito
• U. urealyticum - granulações
escuras com aspecto de
“bom-bril” .
CULTURA

Chlamydia trachomatis

• Cultura;
• Imunofluorescência direta (DFA),
• Enzimaimunoensaio (EIA);
• Sonda de DNA e as técnicas de amplificação
de ácidos nucléicos,
• Diagnóstico indireto através da pesquisa de
anticorpos.
Chlamydia trachomatis

Chlamydia trachomatis
Teste imunocromatográfico:

• Após a extração da amostra


se a Chlamydia trachomatis
(antígeno) estiver presente
se ligará ao conjugado
anticorpo corante formando
um complexo antígeno
anticorpo. Este complexo
flui pela área absorvente da
placa teste indo se ligar ao
anticorpo na área da reação
CULTURA

Gardnerella vaginalis Gardnerella vaginalis

• Exame direto a fresco: • Outras características


• “Clue cell” (células-guia). bioquímicas importantes:
• oxidase negativa,
• catalase negativa,
• Cultura:
• hidrolise do hipurato positiva,
• Ágar Sangue Humano: A • produção de ácido (más não
incubação deve ser a 35ºC ± 2 de gás) a partir de glicose.
graus em um ambiente de 5%
de CO2 por um período e 48
horas → hemolisa sangue
humano.

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