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A polêmica do Escola sem

partido: afinal, o que deve
escola sem ser debatido nas
partido escolas?

O que é o “Escola sem partido”?

O projeto Escola sem Partido (EsP), desperta profunda
polêmica. O tema ganhou força em 2015 e se tornou mais
evidente nas campanhas eleitorais de 2018. Em 2020, o
tema volta à pauta no Congresso.
Surgindo como um Movimento em 2004, o Escola
sem Partido se transformou no Projeto de Lei 7180/14
em 2014, ao qual outros projetos de mesmo teor vem se
juntando (sendo apensados) desde então. Enquanto o
projeto original visava alterar o artigo 3º da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB) “para incluir entre
seus princípios o respeito às convicções dos alunos e de
seus responsáveis, dando precedência aos valores
familiares sobre a educação escolar
Discussão: qual deve ser o papel dos professores e das escolas?
O que está em jogo é o modelo de educação escolar em vigência no Brasil. Afinal, a Escola sem Partido
garante a imparcialidade ideológica na educação pública ou cria uma lei da mordaça para os
professores? Alguns dos principais pontos debatidos são:
nos aspectos relacionados à educação moral, sexual
e religiosa”, outros como o PL 10.577/2018 e o PL
10.659/2018 falam mais especificamente em proibição do
que chamam de “ideologia de gênero” e na “não
interferência e respeito às convicções religiosas, morais,
religiosas e políticas do aluno”.
Quando o Senador Magno Malta colocou em
consulta pública o seu projeto PLS 193/2016, mais um
que trata da inclusão do Escola sem Partido na LDB,
houve um bom equilíbrio na votação, com 199 mil
votando pelo sim e 210 mil votando pelo não.
Vale lembrar que também existe um movimento
contrário. O Movimento Educação Democrática foi criado
justamente para se contrapor ao Escola sem Partido.

Valores Familiares: Influência do professor Liberdade de Cátedra:

Enquanto os defensores do EsP
afirmam que a escola não deve
ensinar sobre temas de
responsabilidade privada (morais,
religiosos e sexuais), seus críticos
argumentam que é um espaço
frequentado por alunos de distintas
convicções morais e religiosas. Por
isso, é impossível que o professor
evite contradizer as convicções
vindas das mais diversas famílias,
sem comprometer o caráter
educativo da escola. Por isso, para os
críticos, é impossível.
sobre uma audiência
cativa: Enquanto os críticos do EsP afirmam
que o projeto fere a liberdade de
Enquanto os críticos do EsP afirmam cátedra e gera insegurança nos
que os alunos não são facilmente professores, que temem ser
influenciáveis e constroem suas denunciados ao trabalhar "assuntos
controversos e polarizados", seus
posições comparando diversas
mensagens recebidas em suas defensores afirmam que os
relações, os defensores entendem professores se aproveitam da
que eles são audiência cativa dos liberdade de cátedra para impor suas
professores, sendo obrigado a convicções.
ouvi-los e tendendo a assimilar como
verdade suas posições.
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Ideologia de gênero: Neutralidade da Educação:

Enquanto os defensores do EsP
afirmam que existe uma ideologia de
gênero na escola, seus críticos
afirmam que o que existe são
discussões sobre orientação de
gênero e educação sexual, que
buscam prevenir abusos, gravidez na
adolescência e DSTs.
Enquanto os defensores do EsP
argumentam que os professores
impõem aos alunos sua visão de
mundo com o pretexto de ser uma
visão crítica (“doutrinação”), seus
críticos afirmam que não existe
educação neutra e qualquer tipo de
comunicação expressa uma posição.

Caso queira se aprofundar mais sobre o tema antes de iniciar a

conversa, sugerimos alguns materiais para te ajudar.
Escola sem Partido (Politize!) Desafios da Educação no Brasil (Politize!)
Visão de relatores da ONU sobre o projeto Escola sem Partido volta à discussão na
(Estadão) Câmara Federal em 2020 (FIOCRUZ)
Argumentos favoráveis e contrários ao
Escola sem Partido (Politize!)

Aqui temos algumas sugestões de perguntas para guiar a sua conversa:

1 Que experiências pessoais e informações confiáveis te levaram a

chegar a sua posição sobre o EsP?

2
Como foi sua experiência escolar? Você acredita que, caso o Escola
sem Partido houvesse sido aprovado enquanto você estava na
escola, teria te afetado positiva ou negativamente? O que te leva a

3
pensar isso?

N a sua visão, por que movimentos como o Escola sem Partido

surgem? Que outras opções poderíamos adotar para enfrentar
desafios e melhorar a qualidade da educação no Brasil?

4
O que torna este um tema tão polêmico? O que torna
as conversas difíceis para ambos os lados? O que você
poderia fazer para melhorar as conversas sobre este
tema?