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GESTÃO DE RISCOS
JURÍDICOS
REVISÃO TÉCNICA:
Francesco De Cicco – Diretor-Executivo do QSP – Centro da Qualidade,
Segurança e Produtividade para o Brasil e América Latina.
Novembro de 2010.
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Índice
1. Introdução
1.1 Por que praticar o Direito Preventivo ................................................. 05
1.2 Como a advocacia pode usar a Gestão de Riscos na prestação de
serviços ................................................................................................ 07
APÊNDICE
HAZOP de Contratos – Exemplo de uso sistemático de um Processo de
Gestão de Riscos ......................................................................................... 40
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AMOSTRA DE ALGUMAS SEÇÕES DO MANUAL
1. Introdução
1.3 O que este Manual se propõe a fazer
Este Manual foi escrito para advogados para auxiliá-los a adotar bons
processos de Gestão de Riscos para a prestação de serviços de Direito
Preventivo. A Gestão de Riscos fornece uma maneira estruturada de refletir
sobre os riscos e incertezas, dando uma saída confiável para a tomada de
decisões sobre como lidar com riscos e como tratá-los. Entretanto, da
mesma forma que advogados estão preocupados com ‘advogados de
segunda categoria’ e alertam sobre como o Direito muitas vezes não é tão
simples quanto parece, há aspectos da Gestão de Riscos que não podem ser
ignorados ou comprometidos, caso se dependa dos resultados. Este Manual
busca explicar todos os elementos do Processo de Gestão de Riscos e,
através do uso de exemplos e estudos de caso, demonstrar como pode ser
praticada a Gestão de Riscos Jurídicos confiável e eficaz.
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A maioria dos indivíduos e organizações gerencia riscos jurídicos
continuamente, às vezes de maneira consciente e muitas vezes sem perceber.
Historicamente, somente com uma disputa ou com um litígio é que as
Preventiva organizações procuram advogados para minimizar as consequências. Como
com todos os tipos de riscos, deve-se dar preferência a tratar o componente
de probabilidade do risco, tomando ações antes da ocorrência de um evento
adverso em vez da mitigação após o evento. Essa é a essência do Direito
Preventivo.
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A Gestão de Riscos requer que seja estabelecido um equilíbrio entre o custo
de evitar ameaças ou aumentar as oportunidades e os benefícios a serem
obtidos. A absoluta conformidade legal é impossível para uma organização
Boa relação de grande porte. Certamente é quase impossível para uma organização se
custo-benefício proteger completamente contra litígios. A tendência atual de maior
prescrição na conformidade, seja através de estatutos ou através de políticas
internas, traz um fardo ainda maior para as organizações e a conformidade,
necessariamente, precisa estar em equilíbrio com o risco.
A Gestão de Riscos é parte integrante da boa prática de negócios e da gestão
da qualidade. Aprender a gerenciar os riscos jurídicos de maneira eficaz
Integrada possibilita a gerentes atingir melhores resultados através da identificação e
análise de uma maior gama de questões e do fornecimento de uma maneira
sistemática para tomar decisões com base em informações. Um Processo de
Gestão de Riscos Jurídicos estruturado também melhora e encoraja a
identificação de melhores oportunidades de melhoria contínua através da
inovação.
· Fusões e aquisições;
· Compra de ativos e serviços;
· Posse e arrendamento de terras e propriedades;
· Contratação;
· Propriedade intelectual e patentes;
· Governança e divulgação de informações para acionistas;
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· Assuntos externos e relações com a comunidade.
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4. O Processo de Gestão de Riscos Jurídicos
É uma prática comum que os advogados mantenham um diálogo aberto com todos os
stakeholders pertinentes e, principalmente, com os seus clientes. Os advogados têm a
obrigação onerosa de aconselhar seus clientes sobre riscos jurídicos materiais. Porém,
não é parte dessa obrigação forçar a consultoria sobre o cliente.
Se a relação tem como base o Direito Preventivo, é essencial que haja sinceridade entre
o cliente e o advogado para estabelecer a confiança. Certamente, se o advogado avalia
que um risco é alto ou significativo, o mesmo deve alertar o cliente. Por outro lado,
fazer isso normalmente requer que o cliente informe amplamente o advogado sobre os
controles existentes e sua eficácia. Além disso, para que haja uma eficácia duradoura, os
controles dos riscos jurídicos têm que ser totalmente compreendidos e reconhecidos
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pelos clientes e isso só pode ser alcançado através de um processo de comunicação
cuidadoso.
Outras partes precisam ser consideradas e o advogado deve planejar as comunicações
com elas. A situação mais óbvia é que o advogado, como um oficial do tribunal, tem
que manter o tribunal informado, mesmo se isso potencialmente for em detrimento de
seu cliente. Para advogados que orientam clientes do governo, normalmente se aplicam
os modelos litigantes. Outros óbvios stakeholders, tais como órgãos de regulamentação
e autoridades que fazem cumprir as leis, precisarão ser consultados na medida exigida
pela legislação ou permitida pelo contrato de prestação de serviços.
Cada risco que foi identificado é agora analisado em termos de suas possíveis
consequências e da probabilidade destas ocorrerem. Atualmente, a maioria das
organizações tem um esquema qualitativo para avaliar tipos diferentes de
consequências, desde financeiras, de segurança e saúde e de danos à reputação até de
administração do tempo e de impactos legais, tais como o valor de uma multa, o custo
de um litígio ou mesmo se poderia haver sanções penais individuais contra gerentes e
diretores. O advogado deve usar o sistema que seu cliente possui durante a análise dos
riscos a fim de que suas orientações e conclusões sejam consistentes com o apetite por
riscos e a abordagem geral da Gestão de Riscos do cliente.
A Gestão de Riscos pode ser aplicada em muitos níveis da organização. Pode ser
aplicada no âmbito estratégico e nos níveis tático e operacional. Pode ser aplicada a
projetos específicos, para auxiliar em decisões específicas ou para gerenciar áreas de
risco específicas.
Para cada etapa do processo, devem ser mantidos registros que possibilitem que as
decisões sejam compreendidas como parte de um processo de melhoria contínua.
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jurídicos são um exemplo típico. As leis mudam continuamente à medida que estatutos
e regulamentos são criados, leis são redefinidas e através da interpretação por parte dos
tribunais. Um elemento importante do Direito Preventivo é orientar as organizações
sobre como seu perfil de riscos jurídicos está mudando. Isso pode ser o resultado de
mudanças nas leis em si ou pode ser devido a mudanças na organização. Às vezes tal
mudança no perfil de riscos reflete uma alteração no apetite por riscos da organização.
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6. Atendimento às necessidades de Gestão de Riscos
Jurídicos das organizações
Muitas organizações estão agora passando à Gestão de Riscos que englobe toda a
organização, como principal forma de atender aos requisitos de governança. É
importante que os riscos jurídicos sejam tratados da mesma forma proativa e preventiva.
As organizações estão agora pedindo a seus advogados, tanto internos quanto externos,
que as apóiem na elaboração de uma estrutura e de um Processo de Gestão de Riscos
Jurídicos holísticos. Isso requer a integração da Gestão de Riscos Jurídicos aos
processos de tomada de decisões críticas para o negócio. A função jurídica não pode
mais ser uma atividade isolada.
Essas mudanças nas necessidades jurídicas dos clientes fizeram com que os advogados
passassem a oferecer uma gama completa de serviços de Direito Preventivo. As
organizações que buscam apoio à sua estratégia de Direito Preventivo requerem
diversos serviços e critérios de desempenho dos advogados, tais como:
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APÊNDICE
HAZOP de Contratos
Exemplo de uso sistemático de um Processo de Gestão de Riscos
A.1 Antecedentes
A teoria que fundamenta o HAZOP é que ‘normal’ é ‘seguro’ e que, ao examinar cada
uma das propriedades críticas de um sistema por vez, ‘estressando-a’ ao imaginar o que
levaria aquela propriedade a sair do invólucro que é considerado seguro, é possível
especificar e desenhar os controles que garantem que o sistema nunca se torne
‘inseguro’. Nesse contexto, ‘inseguro’ significa inaceitável em termos do desempenho
em relação aos objetivos da organização.
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PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE A NOVA
ISO 31000 DE GESTÃO DE RISCOS, ACESSE:
www.ISO31000qsp.org
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