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AO EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DE DIREITO DA (...

) VARA CÍVEL DA
COMARCA DE RECIFE

MISS LTDA, pessoa jurídica do direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.° xxxx,
endereço eletrônico xxxx, com sede a Rua, Nº, Bairro, João Pessoa, através de seu
bastante procurador e advogado, infra-assinado, com instrumento de mandato incluso
conforme o art. 77 do CPC, bem como na forma do artigo 103 do Código de Processo
Civil, com escritório na cidade de (...), no endereço (...), onde recebe intimações, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, com, fulcro no art. 335 do CPC pelos
motivos de fato e de direito a seguir expostos, apresentar CONTESTAÇÃO.

I- SÍNTESE DO PROCESSO/DA INICIAL

A autora, em sua petição inicial, narra que adquiriu um aparelho de condicionador de ar


na data de 15/11/2019, o qual apresentou defeito em 25/11/2019, e ao entrar em contato
com a central de atendimento foi enviado um técnico, que detectou o defeito no ar,
substituindo o termostato.

Relatou ainda que após a troca do termostato o produto voltou a apresentar defeito,
quando tentou amigavelmente contato com a empresa para solucionar o caso, mas
transcorrido 30 (trinta) dias o fornecedor não resolveu o defeito, frequente solicita a
substituição do produto.

Alega que a empresa informou que enviaria outro Técnico à sua residência, para
analisar novamente o produto, sem embargo, e que a empresa pediu mais 15 (quinze
dias)
Por fim, alegou que estamos em pleno verão e o aparelho foi comprado com o intuito de
amenizar as temperaturas altas dessa estação.

II – DA VERDADE DOS FATOS.

III – DAS PRELIMINARES.

A - AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL - INEXISTÊNCIA DE


PRETENSÃO

RESISTIDA – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO

Importante ressaltar que a ré nunca foi

comunicada administrativamente sobre a situação questionada nos autos,

impossibilitando, assim, que o mesmo adotasse as medidas necessárias para a análise da

do caso.

Em assim sendo, ausente a pretensão resistida e,

consequentemente não existindo lide a ser submetida ao Poder Judiciário, deve ser
extinto

o processo sem resolução do mérito por ausência de interesse processual, conforme

determinação do art. 337, inciso XI do CPC combinado com o art. 485, VI do CPC.
(EXCLUIR TUDO)
III.2 - DA AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA EMPRESA RÉ.
DARESPONSABILIDADE DO FABRICANTE

Frisa-se que o CDC elenca o rol dos legitimados para responder pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de vícios de fabricação de
produtos, incluindo o fabricante, o produtor, o construtor e o importador. Dessa forma, a
ausência de configuração de relação de causalidade entre a conduta descrita da inicial e
os supostos danos alegados pela parte autora, excluem, por si só, a responsabilidade
objetiva da ré, prevista no art. 13 do CDC, nos termos do art. 12, §3º, II, também do
CDC. Senão vejamos:

Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o


importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de
projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação,
apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.

[...]

§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será


responsabilizado quando provar:
I - que não colocou o produto no mercado;

II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;


(Grifos nossos)
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo
anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser
identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante,
produtor, construtor ou importador;
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
Assim, conclui-se que no caso dos autos inexiste qualquer conduta que pode ser
imputada ao réu, na medida em que todos os danos supostamente sofridos pela parte
autora foram decorrentes de vício de fabricação.

Cabe ressaltar o interesse da ré em tentar solucionar o vício no produto alegado pela


autora na exordial, que ao entrar em contato com a central de atendimento foi enviado
um técnico para resolução do dano alegado.

Desse modo, comprova-se que a pleito deduzido na inicial encontra-se totalmente


descabido, à luz das premissas acima imposta, devendo a pretensão inicial trilhar o
inafastável caminho da improcedência.

V – DOS PEDIDOS.

Caso Vossa Excelência assim não entenda, que seja a ação julgada TOTALMENTE
IMPROCEDENTE. pelos amplos argumentos acima alinhados.

Que seja INDEFERIDO A DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, eis que as partes


encontram-se equiparadas para a produção desta;
A produção de todos os meios de prova em direito

Nestes termos, pede deferimento.

Local, dia, mês do ano.

Adv.

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