Resistência dos Materiais, 5ª ed.

5 – Torção

R.C. Hibbeler

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Profa Tatiana S. A. Ribeiro
5.1 –Deformação por Torção de um Eixo Circular

• Quando giramos um elemento em torno do

seu próprio eixo, estamos aplicando um
momento de torção ou um torçor a este
elemento.
• Interesse principal: projeto de eixos ou eixos
de acionamento usados em veículos e
maquinaria.

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Efeitos da torção :
• Produz tensões de cisalhamento na seção da
barra.
• Produz deslocamentos angulares de uma
seção em relação às outras.

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Eixo preso em uma extremidade e torçor
aplicado na outra extremidade:
• Plano se distorce e
assume forma oblíqua.
• Linha radial gira por
meio de um ângulo
φ(x).
• Ângulo de torção φ(x)
depende da posição x e
varia ao longo do eixo.

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• Isolando elemento
infinitesimal localizado
a uma distância radial ρ
da linha do eixo central.

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• Diferença entre as rotações
Δφ torna o elemento
sujeito a deformação por
cisalhamento.
• Pela definição de
deformação de
cisalhamento:


  lim  
2 CA
B A

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• Relacionando γ com Δx e
Δφ. Se Δx→dx e Δφ →dφ

BD   d  dx 
d
 
dx

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• dx e dφ são os mesmos
para todos os elementos
localizados na seção
transversal em x, portanto
dφ/dx é constante.
• A intensidade da
deformação por
cisalhamento varia apenas
de acordo com a distância
radial ρ.

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• γ varia de zero no
centro do eixo até um
valor máximo γmáx em
seu limite externo.

d   máx
 
dx  c

    máx
c

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 5.2 – Fórmula da Torção
• Quando se aplica um torçor externo à uma
estrutura, são gerados esforços solicitantes de
torção no interior da estrutura.
• É possível relacionar esses esforços internos
com a distribuição de tensões de
cisalhamento na seção transversal.

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Material elástico linear:
• lei de Hooke se aplica.
 G
• Uma variação linear na deformação por
cisalhamento leva a uma variação linear na
tensão de cisalhamento ao longo de qualquer
reta radial na seção transversal.
• τ varia de 0 na linha de centro a um valor
máximo τmáx em seu limite externo.

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• Pela lei de Hooke

 G
• e por

    máx
c

• Tem-se

    máx
c

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 
    máx
c Define a distribuição de tensão na
seção transversal em termos da geometria do
eixo.
• Por equilíbrio:
T     dA
A


T      máxdA
A 
c
 máx
T 
2
dA
c A
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• Momento de inércia polar J    dA 2

• A fórmula da torção fica:  Tc

máx 
J
• Para uma distância intermediária: T

J

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Momento de inércia polar para eixo sólido:
• Anel infinitesimal de espessura dρ e
circunferência 2π ρ, portanto dA  2  d
c
J    dA    2  d 
2 2

A 0
c c
1 4
J  2   d 2 
3

0
4 0

J c4
2
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O torque interno desenvolve uma distribuição linear da
tensão de cisalhamento ao longo de cada reta radial do
plano da área da seção transversal, bem como uma
distribuição da tensão de cisalhamento associada ao
longo de um plano axial.

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Momento de inércia polar para tubular:
• Para um eixo tubular de raio externo ce e raio
 4 4
J  ce  ci 
interno ci
2

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Tensão de torção máxima absoluta
• τmáx ocorre na superfície externa.
• Para uma série de torçores externos ou raio
variável, τmáx pode diferir de uma seção para
outra.
• Determinar onde a relação Tc/J é máxima.
• Desenhar diagrama de torçor.
• T positivo segundo regra da mão direita.

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Exemplo 5.3 – Determinar tensão de
cisalhamento nos pontos A e B na seção a-a

• Torçor interno:  M x  0 42  30  T  0
 4
• Propriedade da seção transversal J  2 c
• Tensão de cisalhamento   Tc   T
A B
J J
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 5.3 – Transmissão de Potência
• Eixos são frequentemente empregados para
transmitir a potência gerada por máquinas.
• Torque aplicado ao eixo depende da potência
gerada pela máquina e da velocidade angular
do eixo.
• Potência é definida como trabalho realizado
por unidade de tempo.

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Potência instantânea
Td
P
dt
• Como a velocidade angular do eixo é   d dt

P  T
• Em termos de frequência de rotaçao:
P  2 f T

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Projeto de eixo
• Potência transmitida pelo eixo conhecida
• Frequência de rotação do eixo conhecida
TP
2 f
• Tensão de cisalhamento admissível conhecida
J T

c  adm

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Exemplo 5.6 – Um eixo tubular de diâmetro
interno de 30mm e diâmetro externo de 42mm
é usado para transmitir 90kW de potência.
Determinar a frequência de rotação do eixo de
modo que a tensão de cisalhamento não exceda
50MPa

 máx 
Tc
J
2
c 4
e c 4
i  P  2 f T
J

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 5.4 – Ângulo de Torção
• Em alguns casos o
projeto de um eixo
depende de limitações
de rotação.
• Material homogêneo,
comportamento
elástico-linear.
• Desprezando
deformações
localizadas.

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retirando disco infinitesimal

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Elemento infinitesimal a uma distância
arbitrária no interior do disco
• Elemento material sofre deformação por
cisalhamento
dx
d  


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Como a lei de Hooke aplica-se
T  x 

J x 
T  x 

J  x G
T x 
d  dx
J  x G
T x 
L
 dx
0
J  x G
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Torque e área da seção transversal constantes

• Material homogêneo, portanto G constante

TL

JG

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Eixo sujeito a diversos torques diferentes ou
área da seção transversal ou G que mudam
abruptamente

TL
 
JG

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Convenção de sinais

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Exemplo 5.7 – Dado G=80MPa, d=14mm.
Determinar o deslocamento do dente P da
engrenagem A. Eixo gira livremente em B.

TL
A   sP   A .r
JG
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5.5 – Elementos Estaticamente Indeterminados
Carregados com Torque

M x  0 T  TA  TB  0

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Condição de compatibilidade
• Ângulo de torção de uma extremidade do eixo
em relação à outra seja nulo, já que os apoios
das extremidades são fixos.

A/ B  0 
TL
JG
TA LAC TB LBC
 0
JG JG

 LBC   LAC 
TA  T   TB  T  
 L   L 

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 Exemplo 5.11 – Calcular reações nos
apoios. Dado d=20mm

M x  0  TB  800  500  TA  0

 TB 0,2 TA  5001,5 TA 0,3

   A/ B  0
JG JG JG
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5.6 – Eixos Sólidos Não-Circulares

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Exemplo 5.13 – Determinar maior torque que
pode ser aplicado para tensão admissível dada e
ângulo de rotação limitado.

20T
 adm  3
a
46TL
adm  4
aG

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