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o parasito
● vermes longos e delgados
● aspecto opalino, translúcido
● extremidade anterior dilata e apresenta papilas sensoriais
● boca desprovida de lábios
ovo
● não possui casca uterina, apresenta apenas uma membrana ovular
● ovos nos vasos linfáticos não são possíveis observar
habitat
● verme adulto: vive de 4 a 8 anos nos vasos e gânglios linfáticos, encontrados em novelos
(dificulta a circulação da linfa)
● normalmente podem residir na região pélvica (pernas e escroto), mamas e braços (raro)
ciclo biológico
transmissão
● picada da fêmea C. quinquefasciatus e deposição de larvas na pele lesada
patogenia
➔ processos inflamatórios
● adenite: linfonodos axilares, inguinais, pélvico, abdominais e outros atingidos
● linfonodos hipertrofiados e dolorosos
● linfangite: inflamação e dilatação de vasos linfáticos, formando varizes, no interior (trombos
linfáticos) se encontra os vermes
● aprisionamento e estrangulamento dos vermes causa a morte e decomposição destes, quando
as filárias se degeneram, aumentam a reação granulomatosa necrosante
➔ lesões genitais
● funiculite filariana: linfangite do cordão espermático, epididimite e orquite, epidídimo
hipertrofia, torna-se mole, liso e hiperestésico
● hidrocele: manifestação crônica da filaríase genital, espessamento da túnica vaginal
➔ processos obstrutivos
● novelo de filárias: causa obstrução parcial ou total, intermitente ou permanente da circulação
linfática
● pode haver estase ou congestão da linfa
● obstrução é mais comum em região genital ou membros inferiores
● complicações: derrame de líquido através das vias urinárias (linfúria) ou dos intestinos
(linforréia)
● linfangiectasia: circulação lenta da linfa
complicações da filaríase
● abscesso: linfonodos podem evoluir para abscesso
● erisipela: processo inflamatório pode interessar extensos territórios ocupados pelo edema
linfático, mormente no tecido celular subcutâneo
● edemas: a princípio mole, mas vão tornando-se endurecidos no processo crônico
● elefantíase: localizado em uma ou duas pernas ou nos
órgãos genitais, raramente em braços ou mamas
● tecido elefantoide: gordura e linfa, pode causar
perturbações devido a dificuldade de circulação da linfa
● ocorrem alterações na pele, como perda de elasticidade e
ressecamento
● imagem:
https://www.fciencias.com/2018/02/27/elefantiase-filariose/
sintomatologia
● período pré patente: penetração das larvas até aparecimento das microfilárias no sangue
● pode ser assintomático ou apresentar um quadro alérgico, pode ou não ocorrer linfangite
● período patente assintomático: indivíduo infectado pode passar sem apresentar
manifestações clínicas
● período agudo: processo inflamatório, linfangite e linfadenites, orquites, epididimites e
funiculites
● período crônico: esse quadro depende de diversos fatores, como, número de larvas L3 que
produzem o verme adulto, reinfecção, grau de superinfecção
● nesse período há aparecimento de quadro obstrutivo, fibrose difusa nas zonas de estase e
edema, conduz a um quadro de elefantíase e hidrocele e edema nos membros inferiores
diagnóstico
● clínico: relato de manifestações clínicas e evidências
● ultrassonografia
● laboratorial: pesquisa do verme adulto
● método de gota espessa: pesquisa de microfilárias no sangue
● filtração: filtração do sangue em membrana de policarbonato, microfilárias ficam retidas
● técnica de Knott: diluição e centrifugação do sangue, segmento é usado para gota espessa
● testes imunológicos: teste ELISA ou PCR
tratamento
● dietilcarbamazina ou DEC, é um pó branco solúvel em água e administrada via oral,
ivermectina
● cirurgia plástica reparadora
profilaxia
● combate ao vetor, uso de telas, repelentes e inseticidas, tratamento de doentes, saneamento
básico e educação sanitária
o vetor
● Culex quinquefasciatus: hospedeiro invertebrado
● pequeno de cor palha com escamas amarelas
● deposita ovos e cria-se em recipientes com água (limpa ou
poluída)
● invasão de residências ocorre preferencialmente ao entardecer
● apresenta comportamento antropofílico, ou seja, tem
preferência para picar o homem no lugar dos animais domésticos
● outros vetores podem ser Anopheles sp.
referência
REY, L. Parasitologia. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 (ebook)
Neves, DP. Parasitologia Humana, 11a ed, São Paulo, Atheneu, 2005