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Obrigação de dar coisa certa na modalidade pagar/obrigação pecuniária

313/318

- objeto: dinheiro;

- 315: princípio do nominalismo;

- dívida de dinheiro e dívida de valor;

- pagamento em moeda nacional;

- 317: teoria da imprevisão;

- 318: proibição da cláusula ouro;

- 316: cláusula da escala móvel.

Obrigação de dar coisa incerta

Exemplo: Lilia compra de Luís 100 cabeças de gado Nelore.

Devedor: Luís (dever de entregar o gado) Credora: Lilia (direito de receber o gado)

Obrigação de dar coisa incerta é um tipo de obrigação genérica em que a coisa é indicada apenas
pelo gênero e quantidade, faltando-lhe a escolha de sua qualidade. Trata-se, pois, de uma
obrigação de dar cuja coisa ainda não fora individualizada. Em geral, as escolhas são feitas pelo
devedor (concentração/ especificação) e deve ser feita pela média. É uma obrigação genérica.

GÊNERO= ESPÉCIE – HÁ NA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA

QUANTIDADE – HÁ NA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA

QUALIDADE – NÃO HÁ, INICIALMENTE, NA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA

- A indeterminabilidade do objeto é relativa.

Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.

- A concentração da escolha cabe ao devedor (Luís) que, não poderá dar a coisa pior, nem será
obrigado a dar a coisa melhor, portanto escolhe-se a média.

Art. 244. “Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor,
se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será
obrigado a prestar a melhor.”

Art. 245. “Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente.”


- Cientificação: é o fato do credor (Lilia) ter conhecimento das cabeças de gado. Se não for
escolhido na média pode haver anulação do negócio. A obrigação de dar coisa incerta converte-se
em obrigação de dar coisa certa, no instante em que o credor “visualiza” o bem (aquilo que foi
escolhido).

Art. 246: “Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda
que por força maior ou caso fortuito.”

- Gênero ilimitado:

Exemplo: 100 cabeças de gado separadas para Lilia, as 100 morrem, mas como o gênero não
perece, portanto mandam-se outras 100 cabeças para Lilia.

Exceção: Em caso de gênero limitado. Exemplo: Café específico, único, a obrigação se resolve (se
já teve pagamento, devolve o valor) ou quadro de famoso pintor.

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