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Das Obrigações de Dar Coisa Certa  Com culpa: Credor terá direito do valor do

bem + perdas e danos que sofreu


Art. 233
241
. Tem que dar coisa certa e os seus acessórios. Ou seja,
se eu vendi um carro a uma pessoa, tenho que dar o . Se a coisa a ser devolvida sofrer melhoramentos ou
carro e todos os acessórios dele. Não é obrigado a dar a acréscimos
pertença, ou seja, a parte do carro que não é um bem
 Sem participação do devedor: O credor
integrante. Ex: Cadeirinha de bebê
terá direito de receber a coisa sem
Art. 234 pagar indenização
. Na obrigação de dar coisa certa e ela se perdeu, ou 242
seja, vendi um carro para uma pessoa e esse carro deu
. Continuação do 241. Se a coisa a ser devolvida
pt antes da entrega.
sofreu melhoramento ou acréscimos com despesas e
 Sem culpa do devedor: Ele não tem trabalho do devedor
responsabilidade. Não há obrigação para
 Melhorias ou acréscimos pelo possuidor
ambas partes
de boa-fé: necessárias: indenização e
 Com culpa: tem responsabilidade. O devedor
retenção do bem
deve ressarcir e indenizar o credor. Ou seja,
 Voluntárias Sem prejuízo ao bem:
dar o valor do bem + perdas e danos (com
Credor pode ficar com a melhorias e
condição suspensiva ou não)
indenizar o devedor ou permitir a
Art. 235 retirada das melhorias
 Voluntárias Se sofrer prejuízo ao bem:
. deterioração(perda parcial da coisa). Sem culpa,
o devedor não terá direito de retirar as
poderá resolver a obrigação ou aceitar abatido o preço
melhorias e nem indenização
que se perdeu.
. Melhorias ou acréscimos de má- fé
 Sem culpa: Se dar por extinta a coisa ou aceita
e pede o valor da deterioração do bem  Úteis ou voluntárias: Não tem direito de
indenização e retenção
Art. 236
 Necessárias:direito de retenção
. Complementação do 235, Por culpa do devedor.
243
 Não pretende ficar com a coisa deteriorada.
. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo
Exige o valor que foi pago + perdas e danos
gênero e pela quantidade. Ex: 100 camisetas
 Quer ficar com a coisa deteriorada. Exige
valor da depreciação(dano)do bem +perdas e 244
danos
. o devedor que escolha a coisa incerta para
Art. 237 dar, salvo se não tiver um contrato entre eles.
. Se antes da entrega o bem sofrer um melhoramento, o O devedor não pode dar a coisa incerta pior
devedor pode exigir um aumento e o credor pode e nem é obrigado a dar a pior
aceitar ou dar por extinto o negócio Ex: feijão. Não pode dar o pior feijão, mas não
Art. 238 é obrigado dar o melhor, no caso de compra
. Se o devedor tiver obrigação de devolver algo ao 245
credor e essa coisa se perder(perda total)
. Após a escolha da coisa incerta para dar
 Sem culpa: o credor sofrerá a perda, mas irá (Art 244) terá que notificar ao credor, e a
ter seus direitos até o dia da perda( se tiver
partir daí se torna uma obrigação de dar
algo a receber pelo bem perdido)
coisa certa
Art. 239
246
 Com culpa: Credor terá direito do valor do
bem + perdas e danos que sofreu . Não pode alegar perda ou deterioração de
coisa incerta antes da escolha, porque nem
Art.240 se sabe o que será a coisa ainda. Ex: quero
. Se o devedor tiver obrigação de restituir algo e essa 4000kg de gado abatido. Eu sei o gênero e a
coisa se deteriorar antes de ser devolvida quantidade. Mas não pode alegar perecimento
 Sem culpa: o credor tem obrigação de receber por não sabe qual tipo de gado
sem direito de indenização
Direito civil. Art. 247 ao 260

ART. 247 - O artigo em questão trata das obrigações de fazer, cujo objeto consiste em um ato
positivo do devedor, em geral relacionado a uma prestação de trabalho, com a exigência de
execução material, por vezes envolvendo esforço físico. Diversamente das obrigações de dar, as
obrigações de fazer têm como pressuposto conduta humana específica. Exemplificativamente,
pode-se mencionar a atividade do marceneiro que produz um móvel ou de um cantor que realiza
um espetáculo. No entanto, a obrigação pode envolver outrossim atos mais complexos, como,
por exemplo, a celebração de um contrato ou de um determinado negócio jurídico – atos a partir
dos quais derivam uma miríade de outros efeitos.

ART. 248 - Impossibilitando-se a prestação de fazer, sem culpa do devedor, a obrigação resolve-
se para ambas as partes e retorna-se ao status quo ante. por outro lado, se o devedor der causa
à impossibilidade, o credor não poderá exigir dele a execução material da obrigação, mas terá a
prerrogativa de cobrar as perdas e danos que tal fato lhe gerou.

ART. 249 - Em se tratando de obrigação de fazer fungível, embora não se possa obrigar o devedor
a prestar, efetivamente, aquilo a que se obrigou, o devedor terá a prerrogativa de ter a prestação
cumprida por outrem à custa do devedor ou ainda se sub-rogar no equivalente ao valor da
prestação descumprida. Importante destacar que, em ambos os casos, o credor terá o direito de
ser ressarcido de eventuais perdas e danos que a inexecução da obrigação lhe gerou. Entretanto,
há que se observar que, embora haja ao credor a faculdade de optar pela conversão da obrigação
de fazer em perdas e danos, prerrogativa semelhante inexiste ao devedor. Em outros termos,
diversamente do que há ao credor, não subsiste qualquer alternativa ao devedor na escolha
entre cumprir a obrigação de fazer ou arcar com as perdas e danos decorrentes da inexecução.

ART. 250 - A obrigação de não fazer tem natureza negativa, consistindo na omissão do devedor
em realizar determinado ato. Justamente por se caracterizar em postura omissiva, não há como
se admitir a purgação de mora de obrigação dessa modalidade. Em geral, nesse tipo
obrigacional, impõe-se ao devedor um non facere dentro de um certo período de tempo.

ART. 251 - À semelhança da estrutura do artigo 249, o artigo 251 também concede ao credor a
possibilidade de exigir do devedor que desfaça determinado ato ou a autorização para que tal
desfazimento seja efetuado por si ou por terceiro, no caso de descumprimento da obrigação. Em
ambas as situações, a parte credora estará autorizada a efetuar a cobrança de eventuais perdas
e danos que o descumprimento do devedor tenha lhe gerado.

ART. 252 - A obrigação alternativa é, no início, relativamente, indeterminada, mas se determina


antes ou, simultaneamente, à execução do vínculo obrigacional. Nessa modalidade obrigacional,
há apenas um vínculo obrigacional e pluralidade de prestações. O devedor libera-se da obrigação
assumida cumprindo quaisquer uma das prestações previstas, à sua ou à escolha do credor,
conforme estipulado pelas partes. As prestações podem ter natureza de dar, fazer ou não
fazer. De se notar que a obrigação alternativa difere da obrigação de genérica, na medida em
que, enquanto na primeira existem duas ou mais prestações conhecidas e individuadas, na
segunda há apenas a determinação de gênero. As obrigações alternativas diferem-se também
daquelas denominadas facultativas. Enquanto nas obrigações alternativas, há pluralidade de
prestações, que, posteriormente, são concentradas, nas obrigações facultativas, há apenas uma
prestação (obrigação simples), com a convenção de que o devedor libera-se do vínculo,
facultativamente, executando ato diverso. Como se verá (CC, arts. 253 e 254), tais distinções são
cruciais, em se tratando de inexequibilidade das prestações.
ART. 253 -Na estrutura das obrigações alternativas (vide comentários ao artigo 252), tornando-
se uma delas impossível, há uma concentração automática (ex re ipsa) da obrigação na que
subsistir. Nesse caso, o fortuito torna a obrigação alternativa em simples e determinada. É
relevante destacar que, mesmo no caso de impossibilidade jurídica (iliceidade do objeto), a
prestação alternativa exequível subsiste e a obrigação passará a nela se concentrar.

ART. 254 - Em se tratando de obrigação alternativa cuja escolha cabe ao devedor, a


inexequibilidade de uma das prestações por culpa ou dolo do devedor, não lhe traz qualquer
consequência adicional – além, obviamente, de torná-lo obrigado a cumprir com a prestação
restante. De fato, nesse caso, há, simplesmente, uma forma particular de escolha e a obrigação
torna-se pura e simples (sobre escolha, vide comentários ao artigo 252). No entanto, caso todas
as prestações impossibilitem-se, por ato imputável ao devedor, ele ficará obrigado a arcar com
o equivalente à prestação que se impossibilitou por último, bem como com eventuais perdas e
danos que seu descumprimento tenha acarretado ao credor. O mecanismo da lei é bastante
lógico: tornando-se impossível o cumprimento da primeira prestação, a obrigação concentra-se
na segunda e torna-se simples e determinada. Assim, impossibilitando-se a outra prestação
(agora única), surge ao credor o direito de receber o que lhe é equivalente, bem como de ser
indenizado por eventuais perdas e danos decorrentes da perda da prestação que havia
subsistido.

ART. 255 - Caso a escolha da obrigação caiba ao credor, a solução da lei é diversa daquela prevista
no artigo 254. Nessa hipótese, concede-se ao credor a faculdade de ou cobrar o valor equivalente
e as respectivas perdas e danos da prestação que se impossibilitou por culpa do devedor ou de
exigir o cumprimento da prestação subsistente.

ART. 256 - tornando-se uma das obrigações impossíveis, sem culpa do devedor, tanto na hipótese
de escolha do devedor como do credor, a obrigação concentra-se na prestação subsistente,
tornando a obrigação alternativa em simples. Assim, nessa hipótese, tornando-se a prestação
remanescente, igualmente, impossível, sem culpa ou dolo do devedor, a obrigação resolve-se e
as partes retornam ao estado anterior.

ART. 257 -Em linhas gerais, pode-se definir como divisíveis as obrigações em que a prestação
pode ter cumprimento fracionado, isto é, aquelas em que, em caso de fracionamento da
prestação, não haja perda ou depreciação acentuada de suas características essenciais. A esse
respeito, é oportuno salientar que nem sempre a divisibilidade material coincide com a
divisibilidade jurídica. Afinal, levado às últimas consequências, a matéria sempre seria divisível
(pense-se no nível atômico). No entanto, é bastante evidente que, em se tratando de objeto de
relação obrigacional, eventual divisibilidade do bem poderia conduzir à sua inutilidade para o
fim socioeconômico almejado pelas partes ou determinado pela lei na constituição do liame
obrigacional. É por essa razão que se adota o critério da perda ou deterioração das qualidades
essenciais da prestação. As obrigações indivisíveis, de outro lado, podem ser definidas, a
contrario sensu, como aquelas em que o fracionamento da prestação acarreta na perda ou
deterioração acentuada de suas características essenciais, razão pela qual não poderá ser
executada de forma dividida.

ART. 258 -Pereira crítica técnica legislativa de referido dispositivo, no seguinte aspecto: “[o] art.
258 do Código Civil de 202 acha-se mal situado. A noção de indivisibilidade deveria abrir o
capítulo sobre as obrigações divisíveis e indivisíveis. Além disso, é simplesmente doutrinária, e
não é de boa técnica legislativa que o Código ofereça definições, salvo naqueles casos em que
há necessidade de afirmar uma posição. Não se trata disso, uma vez que os conceitos, aqui, são
bem extremados”.
ART. 259 - Na indivisibilidade da obrigação, nenhum devedor tem a possibilidade de solver a
obrigação pro parte. Assim, qualquer credor pode cobrar, por inteiro, a prestação de qualquer
devedor, o qual estará obrigado em sua integralidade. O devedor não é obrigado a cumprir desse
modo, porque deve a prestação integralmente, mas sim porque é a única forma de cumprir a
obrigação

ART. 160 -Em semelhança à estrutura do artigo 259, na pluralidade de credores de obrigação
indivisível, qualquer um deles poderá exigir a prestação por inteiro do devedor. Nesse caso, o
credor acipiente ficará obrigado perante cada um dos demais cocredores, na proporção do
direito de cada um, em quotas-partes iguais ou conforme estipulado no título.
O devedor somente poderá se ilidir do liame obrigacional pagando a obrigação, conjuntamente,
a todos os credores ou a apenas um deles, desde que este ofereça caução em garantia. Não
havendo caução e no caso de um dos cocredores rejeitar o recebimento da prestação, todos os
demais estarão em mora accipiendi.
Embora a lei fale em caução, havendo documento assinado pelos demais cocredores investindo
o credor acipiente com os poderes necessários para receber o objeto da prestação, o devedor
poderá ilidir o débito cumprindo com a prestação perante o credor acipiente.
Na pluralidade de credores de obrigação indivisível, a interrupção de prescrição que se opere
contra um dos cocredores aproveitará igualmente a todos os demais.
Art. 261 A ou B podem exigir, do pai ou da
mãe, a obrigação de pagar os
Se o objeto da prestação for
alimentos. Mas as partes podem
fracionável o credor que recebeu
convencionar, juntas, que pagarão
dará a cada credor a sua parte na
aquela obrigação, daí chamar isso
coisa divisível. Se não for possível o
de solidariedade. Mas cada um
fracionamento aplica-se o disposto
deles está obrigado pela dívida
no presente artigo e o valor a ser
toda. Um dos credores poderá
exigido pelos demais credores deve
receber integralmente. Em seguida,
ser apurado de acordo com aprecia
em razão da qualidade das partes,
que caberá a cada um na
eles terão que redistribuir
obrigação.
internamente.
Art 266
Art. 262
A lei permiti tratamento diferenciado
Se o objeto da prestação não for aos devedores com prestação pura
divisível, não se poderá falar de e simples para alguns e
desconto. (Só pode exigir condicionado, ou atermo para
reembolso pelo quanto do credor outros, sem prejudicar a
remetente). solidariedade ademais, os
elementos adicionais ao negócio
Art. 263 não comprometem a estrutura da
-A indenização de perdas e danos é solidariedade.
expressa sempre em dinheiro. Art 267
-Se tudo tiver culpa, todos A essência da solidariedade ativa é
responderão pela indenização em
o direito de cada credor exigir a
partes iguais. totalidade da dívida sem estes
-Se apenas um dos codevedores poderem recusar o pagamento total
tiver culpa os demais responderá alegando outros credores.
apenas por perdas e danos e não Art 268
pela dívida.
Após o início da demanda, o
Art. 264
devedor só pode pagar ao autor da
Diz –se obrigação quando a ação e não aos outros cocredores,
prestação puder ser exigida de pois o primeiro que exerce seu
qualquer um dos devedores, feita direito previne os demais. Quando a
por qualquer credo, convertendo a questão vai para o judiciário o
solidariedade em perdas e danos, devedor deve pagar em juízo.
permanecendo, no entanto, a Art 269
solidariedade.
Eventual montante parcial da
Art. 265 prestação que tenha sido pago a um
A lei estabelece, por exemplo, que o dos credores extingue,
pai e mãe têm que pagar pensão proporcionalmente, a obrigação.
alimentícia aos filhos, então o filho Não só o pagamento como
remissão, novação, compensação, entram na posse da herança,
geram a liberação do devedor do embora tenha-se que fazer a
liame obrigacional. partilha, mas a partilha é meramente
formal. Basta que os Clístenes e
Art 270 Crísipo se apresentem como filhos
de Crátilo e eles já estão na ação.
Isso também está na solidariedade
passiva. Então, se um dos credores
solidários falecer, digamos Crátilo,
que deixa Clístenes e Crísipo como Art 271
filhos. Aproveitem o mesmo
exemplo de antes: os co-credores se perde a qualidade de
tinham a receber R$ 400,00. O que indivisível quando a prestação se
acontece? Qual é a quantia que converter em perdas e danos.
pertencerá a Clístenes e Crísipo?
R$ 50,00 para cada. Por quê?
Art 272
Porque a quota do antecessor era
de R$ 100,00. Vejam o Remissão é perdoar a dívida. Quem
código: “...cada um destes só terá remite o faz em relação à sua
direito a exigir e receber a quota do própria parte, e não se prejudicam
crédito que corresponder ao seu as dos outros.
quinhão hereditário...” O que é
quinhão hereditário? A parte do
espólio que pertence aos herdeiros
necessários. Uma metade caberá à Art 273
viúva meeira e a outra metade aos A todo direito corresponde uma
herdeiros necessários. Isso se
obrigação. E a toda pretensão
chama quinhão hereditário, a parte
corresponde uma exceção.
da herança.
Bernhard Windscheid (1817 -
“Salvo se a obrigação for 1942)? Criou em 1847 o conceito
indivisível”: os autores Gagliano & de anspruch, que quer dizer
Pamplona dizem que Anaxímenes, reivindicação, reclamação,
Bião, Crátilo e Demócrito tinham que exigência.
receber um touro reprodutor. Mas
essa prestação não é divisível. Então
eles tomam o touro e terão que
vendê-lo para pagar os co-credores,
e fazer o rateio interno.

Detalhe processual: se
um dos co-credores falecer no meio
da ação de cobrança, seus herdeiros
imediatamente entrarão na posse de
seus bens, e assumirão seu lugar
como sujeito processual. O pólo
ativo da demanda será, portanto,
composto por Anaxímenes, Bião,
(Clístenes + Crísipo) e Demócrito. É
o princípio da saisine: princípio
francês que diz que os herdeiros
Art; 274. R: O artigo indica que, se houver um processo judicial contra um dos credores
solidários e o julgamento for desfavorável a ele, os outros credores não são afetados. Por
outro lado, se o julgamento for favorável, todos os credores se beneficiam, a menos que
haja uma razão pessoal específica do devedor para contestar em relação a qualquer um
deles. Ou seja, o resultado do processo afeta apenas o credor envolvido, mas se for
favorável, beneficia a todos, salvo exceções pessoais do devedor.
Art; 275. R: O artigo estabelece que um credor pode cobrar a dívida de um ou de alguns
dos devedores, total ou parcialmente. Se o pagamento for feito apenas por alguns
devedores e for parcial, os outros devedores ainda são responsáveis solidariamente pela
parte restante da dívida. O parágrafo único complementa dizendo que mesmo se o credor
processar um ou alguns dos devedores, isso não significa que ele está renunciando à
solidariedade, ou seja, os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo
restante da dívida. O credor pode cobrar a dívida de alguns devedores, mas todos
permanecem responsáveis solidariamente, mesmo que o credor processe apenas alguns
deles.
Art; 276. R: O artigo fala sobre a responsabilidade de pagar uma dívida quando uma
pessoa que deve junto com outras morre. Basicamente, se um dos devedores morrer e
deixar herdeiros, cada herdeiro só será obrigado a pagar a parte da dívida que corresponde
à parte da herança que recebeu, a menos que a dívida seja indivisível. No entanto, todos
os herdeiros juntos serão considerados como um único devedor em relação aos outros
devedores.
Art; 277. R: O artigo trata da situação em que um dos devedores realiza um pagamento
parcial da dívida e consegue obter um perdão ou desconto nessa dívida. Nesse caso, esse
pagamento parcial e o perdão obtido só beneficiam aquele devedor específico, não sendo
estendidos aos outros devedores, a menos que a quantia paga ou relevada seja suficiente
para quitar a parte devida por todos eles.
Art; 278. R: O artigo evidência que se um dos devedores concordar com novas regras ou
condições com o credor, essas mudanças não podem prejudicar os outros devedores sem
o consentimento deles.
Um exemplo: Se três amigos se comprometessem a pagar um empréstimo juntos. Se um
dos amigos concordar com o credor para aumentar a taxa de juros, essa mudança não
poderá afetar os outros amigos sem a concordância deles.
Art; 279. R: Esse artigo se refere à responsabilidade dos devedores solidários em uma
situação em que um deles não consegue cumprir com a obrigação por culpa própria. Nesse
caso, todos os devedores ainda são responsáveis por pagar a dívida, mas apenas aquele
que causou o problema é responsável por eventuais prejuízos adicionais. Ou seja, todos
devem pagar a quantia devida, mas somente o culpado arcará com as perdas e danos
extras.
Art: 280. R: Esse artigo diz que todos os devedores são responsáveis pelos juros de mora,
mesmo que a ação tenha sido movida apenas contra um deles. No entanto, o devedor
culpado é quem deve arcar com a obrigação adicional para os outros devedores. Ou seja,
todos os devedores são responsáveis pelos juros de mora, mas o culpado deve pagar a
parte adicional da dívida para os outros devedores.
Art: 281. R: Esse artigo se refere a uma situação em que alguém deve dinheiro a outra
pessoa. Ele diz que a pessoa que deve o dinheiro pode apresentar argumentos contra quem
está cobrando, desde que sejam argumentos pessoais dela ou argumentos que se aplicam
a todos. No entanto, se esses argumentos forem pessoais de outro devedor, não poderão
ser usados para beneficiar o devedor em questão.
Art: 282. R: O artigo diz que um credor pode decidir abrir mão da solidariedade em
relação a um, alguns ou todos os devedores. Se o credor escolher liberar um ou mais
devedores da solidariedade, os outros devedores continuarão sendo solidários.
Exemplo: três pessoas, Ana, João e Maria, devem um valor a um credor. Se o credor
decidir renunciar à solidariedade em favor de João, isso significa que Ana e Maria
continuam sendo solidárias e podem ser cobradas pelo valor total da dívida, mesmo que
João tenha sido liberado dessa responsabilidade.
Art; 283. R: O artigo fala sobre a situação em que uma pessoa paga uma dívida inteira
que era compartilhada com outras pessoas. Nesse caso, a pessoa que pagou tem o direito
de pedir a parte de cada um dos outros devedores, incluindo a parte do devedor insolvente,
se houver. A lei presume que cada devedor tem a mesma responsabilidade no pagamento
da dívida.
Exemplo: três amigos, Ana, Bruno e Carlos, devem juntos uma quantia de dinheiro para
uma loja. Se Ana pagar toda a dívida sozinha, ela tem o direito de pedir a parte de cada
um dos amigos, ou seja, a parte de Bruno e a parte de Carlos. A lei presume que cada um
dos amigos tem a mesma responsabilidade no pagamento, então Ana pode exigir que cada
um deles contribua com a sua parte.
Art: 284. R: Esse artigo diz que quando há uma dívida compartilhada entre devedores,
aqueles que foram liberados da responsabilidade solidária pelo credor também devem
contribuir com a parte que seria do devedor insolvente, ou seja, aquele que não consegue
pagar sua parte da dívida.
Art; 285. R: Esse artigo fala sobre dívidas solidárias. Ele diz que se a dívida é
compartilhada por várias pessoas, mas somente uma delas tem interesse nessa dívida, essa
pessoa será responsável por pagá-la inteira se for a única a pagar.
Exemplo: três amigos, Pedro, Maria e João, tenham uma dívida solidária de R$300. Se
Pedro for o único a pagar os R$300, de acordo com o texto, ele poderá cobrar R$100 de
cada um de seus amigos, Maria e João, pois a dívida era de interesse exclusivo dele.
Classificação das obrigações quanto ao resultado:
Resultado: o devedor se compromete a atingir determinado fim, sob pena de responder pelo insucesso
Meio: o devedor se compromete a empregar seus conhecimentos com vistas a alcançar determinado fim, pelo qual não
se responsabiliza

Quanto ao momento do cumprimento:


execução instantânea ou momentânea (cumpre-se a obrigação logo após sua formação – exemplo: pagamento à
vista)
execução diferida (cumpre-se em um único ato, em momento futuro – exemplo: quando se combina que o pagamento
ocorrerá 30 dias após...

Quanto à liquidez:
Obrigação líquida: trata-se da obrigação certa quanto a sua existência e determinada quando ao seu conteúdo.
Podendo ser exigir seu cumprimento desde logo.
Obrigação ilíquida: hipótese de obrigação que muito embora seja certa quanto a sua existência, não é certa quanto ao
seu conteúdo, pois não existe exatidão, tornando impossível a exigência do cumprimento.

Quanto à existência por si só:


obrigação principal (existe por si só, sem depender de qualquer outra – exemplo: compra e venda)
obrigação assessória (tem sua existência subordinada a outra relação jurídica, outra obrigação – exemplo: multa
processual e juros de mora.

Quando aos elementos acidentais


obrigação pura e simples (produz efeitos imediatos normalmente),
obrigação com encargo ou modal (estabelece o gravame a ser cumprido pelo credor, havendo um ônus a ser
exercitado para que haja a efetiva prestação

Quanto aos elementos acidentais:

obrigação pura e simples (produz efeitos imediatos normalmente),


obrigação condicional (os efeitos estão condicionados a evento futuro e incerto
obrigação a termo (os eventos estão subordinados a evento futuro e certo, que subordina o início ou término de
determinado ato negocial -
obrigação com encargo ou modal (estabelece o gravame a ser cumprido pelo credor, havendo um ônus a ser
exercitado para que haja a efetiva prestação; aqui, o não cumprimento do encargo não gera invalidade do acordado

As obrigações alternativas ou disjuntivas são aquelas que têm como objeto duas ou mais prestações (objeto
múltiplo)
obrigação conjuntiva aquela que, tendo por objeto várias coisas, obriga o devedor a prestá-las de uma só vez,

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