Você está na página 1de 20

Mariana Nascimento Santana Lelis

mariananascimentosantana@outlook.com
ESPÉCIES DE OBRIGAÇÕES

COISA CERTA
ENTREGA DE UMA
 DAR COISA
COISA INCERTA

 FAZER

 NÃO FAZER
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÃO DE DAR
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA
Art. 233 a 242 CC
Coisa certa, de acordo com Carlos Roberto Gonçalves
(2018, p. 59), é a coisa individualizada, que se
distingue das demais por características próprias,
móvel ou imóvel.

Não há ato de escolha!


Art. 313 CC “O credor não é obrigado a receber prestação diversa da
que lhe é devida, ainda que mais valiosa.”

Como se cumpre a obrigação de dar?


REGRAS CLASSICAS DA OBRIGAÇÃO DE
DAR COISA CERTA

 1ª REGRA: Princípio da acessoriedade /gravitação


jurídica - Art. 233 CC

Se o principal é o bem que tem existência própria, que existe por si só, o acessório é aquele cuja
existência depende do principal. Aqui, o acessório abrange os frutos, produtos e benfeitorias,
excluindo, portanto, as pertenças, que não constituem parte integrante e se destinam ao uso,
serviço, ou aformoseamento de outro. Art. 94 CC

Esta regra pode ser excepcionada?


REGRAS CLASSICAS DA OBRIGAÇÃO DE
DAR COISA CERTA

Produtos são as utilidades que se retiram da coisa,


diminuindo-lhe a quantidade, porque não se
reproduzem periodicamente.

Frutos são as utilidades que uma coisa periodicamente


produz. Nascem e renascem da coisa, sem acarretar-lhe
a destruição no todo ou em parte.

Benfeitorias são obras ou despesas feitas na coisa, para


o fim de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la.
REGRAS CLASSICAS DA OBRIGAÇÃO DE
DAR COISA CERTA
PERTENÇAS - Art. 93 – CC: “São pertenças os bens que, não constituindo
partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou
ao aformoseamento de outro”.

As pertenças e as partes integrantes (frutos, produtos e benfeitorias)


distinguem-se porque a pertença não completa a coisa, por isso a coisa
principal não se altera com a sua separação.
Assim, as pertenças conservam a sua identidade e não se incorporam à coisa
a que se juntam.
Contrariamente, ao que ocorre com as partes integrantes (frutos, produtos e
benfeitorias), os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não
abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação
de vontade das partes ou das circunstâncias do caso concreto (art. 94 – CC).

EX - trator destinado a uma melhor exploração da propriedade agrícola; os


objetos de decoração de uma residência; as máquinas utilizadas numa
fábrica, etc.
REGRAS CLASSICAS DA OBRIGAÇÃO DE
DAR COISA CERTA
 Direito aos frutos

Art. 237 CC: “Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os


seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir
aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor
resolver a obrigação.
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao
credor os pendentes.”

Quanto a origem:
Naturais
Industriais - fábrica
Civis
REGRAS CLASSICAS DA OBRIGAÇÃO DE
DAR COISA CERTA

 2ª REGRA: O CREDOR NÃO PODE SER FORÇADO A


RECEBER COISA DIVERSA, AINDA QUE MAIS VALIOSA

Art. 313 CC “O credor não é obrigado a receber


prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais
valiosa.”

Se consentir ocorrerá uma outra forma de pagamento -


Dação em pagamento
OBRIGAÇÃO DE ENTREGAR
PERECIMENTO SEM CULPA E COM CULPA DO
DEVEDOR

Perecimento – Perda total da coisa - – Art. 234 CC

Deterioração – Perda parcial da coisa – Art. 235 c/c


236 CC

E se a perda resultar de caso fortuito ou força maior?


“Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou
força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo Único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos
efeitos não era possível evitar ou impedir.”
OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR

OBRIGAÇÃO DE DAR - destina-se a transferir o


domínio, que se encontra com o vendedor na condição
de proprietário.

OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR – Subespécie da obrigação


de dar, a coisa se acha com o devedor por alguma
razão, mas pertence ao credor
Art. 1233 – Coisa achada
Art. 36 - Bens que se encontra na posse de herdeiros da pessoa
declarada ausente e que aparece
Art. 1817 p. único – frutos e rendimentos percebidos pelo indigno
Art. 420 – Restituição de sinal dado
PERECIMENTO SEM CULPA E COM CULPA DO
DEVEDOR

Sem culpa – Art. 238 CC

Com culpa – Art. 239 CC


DETERIORAÇÃO SEM CULPA E COM CULPA DO
DEVEDOR

Sem culpa – Art. 240 CC

Com culpa – Art. 239 CC

Em suma, o devedor está obrigado a restituir a coisa tal qual a


recebeu. Se está se deteriora sem culpa sua, não será
responsabilizado pelo prejuízo, sofrido exclusivamente pelo
dono, isto é, o credor. Todavia, se causada a deterioração por
culpa do devedor, que omitiu, por exemplo, o dever de
custodiar, cabe-lhe suportar as consequências de sua desídia.
DAS OBRIGAÇÕES PECUNIÁRIAS

Art. 315 do Código Civil: “As dívidas em dinheiro deverão ser


pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal”.

Princípio do nominalismo

Teoria da imprevisão
a) onerosidade excessiva para uma das partes, com extrema vantagem para
a outra,
b) desequilíbrio contratual decorrente de acontecimentos extraordinários e
imprevisíveis.
DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA

Art. 243 “A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo


gênero e pela quantidade”.

QUALIDADE

HÁ UM ATO DE ESCOLHA FUTURO – ATO DE


CONCENTRAÇÃO
REGRAS DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA

Quem escolhe? Art. 244. “Nas coisas determinadas pelo


gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o
contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá
dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.”

1ª REGRA – PRINCÍPIO DO MEIO TERMO/QUALIDADE


MÉDIA (BOA FÉ OBJETIVA)
REGRAS DA OBRIGAÇÃO DE DAR COISA INCERTA

2ª REGRA - “Art. 246. Antes da escolha, não poderá o


devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda
que por força maior ou caso fortuito.”

Antes da escolha
Após a escolha
DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER

“Obligatio faciendi”

Conceito negativo - Aquela que consiste em uma


atividade/ação que não seja a entrega de um objeto.

Atividade física/Intelectual
Fungível/infungível
OBRIGAÇÕES DE FAZER FUNGÍVEL/INFUNGÍVEL

 Fungível - É aquela substituível

Atividade simples

 Infungível – Pessoal/personalissima “intuitu personae”

Conceito - Contratada em atenção a determinadas


características, qualidades ou atributos do devedor
REGRA DA OBRIGAÇÃO DE FAZER INFUNGÍVEL

 O credor não pode ser forçado a aceitar o


cumprimento da prestação por terceiro – Art. 247 CC

Se aceitar, depois não poderá cobrar indenização


proporcional!

FUNGÍVEL

Obs. Se o credor aceitar a substituição em razão de


urgência/emergência, depois, poderá cobrar indenização
proporcional. Art. 249 p. único

Você também pode gostar