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DIREITO PENAL
Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública
Rodrigo Pardal
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública....................................................4
Crimes Praticados por Particular contra a Administração em Geral (Artigos 328 a
337-D)......................................................................................................................................................................................4
Usurpação de Função Pública (Artigo 328 do CP)........................................................................................4
Resistência (Artigo 329 do CP)................................................................................................................................4
Desobediência (Artigo 330).......................................................................................................................................5
Desacato (Artigo 331 do CP). . ....................................................................................................................................6
Tráfico de Influência (Artigo 332).. .........................................................................................................................9
Descaminho (Artigo 334 do CP).. .............................................................................................................................9
Contrabando (Artigo 334-A do CP)......................................................................................................................12
Impedimento, Perturbação ou Fraude de Concorrência (Artigo 335 do CP)................................14
Inutilização de Edital ou Sinal (Artigo 336 do CP). .....................................................................................14
Subtração ou Inutilização de Livro ou Documento (Artigo 337)........................................................15
Sonegação de Contribuição Previdenciária (Artigo 337-A)..................................................................15
Resumo.................................................................................................................................................................................17
Questões de Concurso.................................................................................................................................................18
Gabarito...............................................................................................................................................................................30
Gabarito Comentado.....................................................................................................................................................31
Referências........................................................................................................................................................................55
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Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública
Rodrigo Pardal
Apresentação
Estudaremos os crimes praticados por particular contra a Administração Pública.
Ótima leitura!
Abraços
Rodrigo Francisconi Costa Pardal
@profrpardal
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Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública
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Se o funcionário que pratica a função é o titular para tal, mas está suspenso por decisão judi-
cial não haverá este crime, mas o crime do artigo 359 do CP.
E se ele tem atribuição para a função, mas está suspenso por ato administrativo e a usurpa?
Não pode ser o delito do artigo 359, pois a suspensão não se deu por decisão judicial. Nesta
hipótese haverá mera infração administrativa e não há crime.
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Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública
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O sujeito passivo é o Estado, responsável pela Administração Pública no que tange a ma-
nutenção de sua autoridade. Ao lado do Estado, consta como sujeito passivo o funcionário que
exerce o ato legal.
A resistência violenta empregada não contra funcionário público, mas contra particular que
realiza prisão em flagrante, não implica no tipo em análise.
Pressupostos do Crime
1. Ato a ser executado deve ser legal: Se o ato for ilegal, a resistência é legítima, não
criminosa;
2. A resistência deve ser contemporânea à execução do ato legal: Deve ser exercida quan-
do o ato estiver sendo executado. Não existe resistência criminosa contra ato futuro ou passa-
do (decorre da própria estrutura típica – “opor-se à execução”);
O tipo aqui fala apenas em “ameaça”, não exige que seja grave.
Violência contra coisa usada pelo funcionário para execução do ato legal, há resistência?
Há duas posições:
1. Para Nelson Hungria, a violência contra a coisa caracteriza o crime porque ofende o bem
jurídico tutelado (isolada);
2. Para a imensa maioria a violência contra a coisa não caracteriza resistência em razão da
interpretação literal do dispositivo;
O elemento subjetivo do crime é o dolo, consistente na vontade livre e consciente de se
opor ao ato legal da autoridade.
Existe a chamada “resistência passiva”, que é a praticada sem violência ou ameaça a fun-
cionário. Essa resistência passiva não caracteriza o crime, é uma oposição sem comporta-
mento agressivo à pessoa do funcionário público (agarra no poste, esperneia). No entanto,
poderia configurar desobediência (resistência pacífica) ou até desacato.
O crime se consuma com a prática da violência ou ameaça objetivando a não realização do
ato legal, independentemente da execução do ato legal.
Há uma qualificadora pela não realização do ato em razão da resistência (artigo 329, § 1º).
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Sujeito ativo é qualquer pessoa. O funcionário pode também praticar desobediência, desde
que despido da função.
O sujeito passivo é o Estado e o funcionário público autor da ordem desobedecida.
Desobedecer: Não acolher, não acatar, não seguir.
O crime é comissivo ou omissivo? Pode ser um ou outro, dependendo da natureza da or-
dem legal recebida. Se a ordem for para não fazer, a desobediência se constata ao fazer e ai o
crime é comissivo. O inverso também se aplica, caso em que o crime será omissivo.
A ordem deve ser legal, substancialmente legal e emanar de funcionário compete para dá-la.
Ordem para pedir desculpa não é ordem legal, o sujeito não é obrigado a cumprir.
Elemento subjetivo: dolo. Crime doloso. Caso fortuito e força maior afastam o dolo na de-
sobediência.
Quando se consuma a desobediência? Depende se é comissiva ou omissiva. Se for omissi-
va, no instante da omissão e aí não admite tentativa por ser crime omissivo. Se for comissiva,
no instante do cumprimento da ordem e aí pode haver tentativa.
Concurso com crime de resistência: A jurisprudência tem entendido que prevalece a resis-
tência. A desobediência é absorvida pela resistência.
Ato de desobediência punido com pena administrativa ou civil caracteriza também o crime
de desobediência? Em geral quando a desobediência é punida por sanção administrativa ou
civil não caracteriza o crime, no entanto, se a lei que prevê a multa ou a sanção civil ressalvar
a desobediência, haverá também este crime.
EXEMPLOS
Artigo 219 do CPP: Aplicação para testemunha faltosa de multa, sem prejuízo do processo
penal por crime de desobediência.
Artigo 26 da Lei 12.016/09.
O STJ em sua 5ª Turma no Resp 1.640.084/SP entendeu que o crime de desacato é incompatível
com a Convenção Americana de Direitos Humanos, especialmente seu artigo 13 que trata da liber-
dade de expressão. Fez-se um controle de convencionalidade. Em suma, foram os argumentos:
1. Há um maior nível de proteção aos agentes públicos que aos particulares, o que viola a
isonomia e o princípio democrático, invertendo a lógica segundo a qual os agentes públicos
devem ser mais fiscalizados perante a sociedade;
2. O desacato se presta a silenciar ideias e opiniões consideradas incômodas pelos agentes
públicos, havendo uma espécie de censura (lembrar das placas acostadas em repartições pú-
blicas). Restringe indevidamente a liberdade de expressão.
3. O Estado existe para os humanos e não o contrário. O Estado não prepondera sobre o cidadão.
4. Não se permitirá ofensa a funcionário público, vez que os crimes contra a honra continuam
aplicáveis.
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Contudo, em outro julgado da 3ª Seção (HC 379.269/MS; Rel. Min. Reynaldo Soares da
Fonseca; Terceira Seção; p. 30/06/2017) não acolheu mais a tese e passou a entender que
permanece o crime de desacato, não sendo ele incompatível com a Convenção mencionada.
Esta última decisão é a que prevalece e representa o entendimento da Corte.
E o STF? Ao analisar do desacato do art. 299 do CPM reconheceu sua constitucionalidade
e convencionalidade (fez ambos os controles), o que vale também para o desacato do CP (HC
141949/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 13.3.2018).
JURISPRUDÊNCIA
De acordo com a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos e do
Supremo Tribunal Federal, a liberdade de expressão não é um direito absoluto e, em casos
de grave abuso, faz-se legítima a utilização do direito penal para a proteção de outros inte-
resses e direitos relevantes. 3. A diversidade de regime jurídico – inclusive penal – exis-
tente entre agentes públicos e particulares é uma via de mão dupla: as consequências
previstas para as condutas típicas são diversas não somente quando os agentes públicos
são autores dos delitos, mas, de igual modo, quando deles são vítimas. 4. A criminaliza-
ção do desacato não configura tratamento privilegiado ao agente estatal, mas proteção
da função pública por ele exercida. 5. Dado que os agentes públicos em geral estão mais
expostos ao escrutínio e à crítica dos cidadãos, deles se exige maior tolerância à repro-
vação e à insatisfação, limitando-se o crime de desacato a casos graves e evidentes de
menosprezo à função pública. 6. Arguição de descumprimento de preceito fundamental
julgada improcedente. Fixação da seguinte tese: “Foi recepcionada pela Constituição de
1988 a norma do art. 331 do Código Penal, que tipifica o crime de desacato”.
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A segunda orientação (Fragoso, Noronha, Paulo José) é a de que existe o crime de desa-
cato, pois há ofensa ao bem jurídico, ainda que em uma camada inferior. Ademais, a lei não
diferencia quanto à hierarquia do funcionário.
Sujeito passivo é o Estado, bem como o funcionário desacatado.
Verbo núcleo: Desacatar: Ofender, espezinhar, humilhar, a honra profissional de funcioná-
rio público.
Pouco importa que o funcionário público se sinta atingido, basta que a conduta seja po-
tencialmente ofensiva. Ainda que não se sinta ofensivo, basta que a conduta seja ofensiva. O
raciocínio é feito porque o sujeito passivo do crime além do funcionário desacatado é o Estado
e a objetividade jurídica do delito é o prestígio das funções públicas.
Olhemos a Exposição de Motivos do CP, no item 85, no último parágrafo. O desacato se
verifica não só quando o funcionário se acha no exercício da função, ajuda a entender o que
está acima explicitado.
Ademais, é requisito que o funcionário público sujeito passivo do crime esteja presente no lo-
cal da ofensa, que a ouça ou veja. Neste ponto diferencia-se dos crimes contra a honra. Por conta
disso não existe desacato por telefone, por carta, telegrama, podendo ser crime contra a honra.
Qual a diferença entre injúria majorada por ter sido praticada contra funcionário público e
desacato? O desacato é um crime que se caracteriza na presença do funcionário público, e a
injúria contra funcionário público só pode ser praticada em sua ausência.
Hoje em dia é possível que pessoas façam reuniões por computadores, teleconferência,
imaginemos que seja proferida ofensa a funcionário público presente em reunião por telecon-
ferência, neste caso é possível o desacato. Mesmo não estando no mesmo ambiente físico,
estão no mesmo ambiente virtual.
É preciso que o sujeito ativo tenha consciência que aquele que está sendo ofendido seja
funcionário público e dirija a ofensa à honra profissional dele, se isto não acontecer, não há
desacato, mas mero crime contra a honra.
Todas as vezes, seja qual for o crime, que formos indagados se o elemento subjetivo é
compatível com a embriaguez ou exaltação, devemos responder como já anotado.
No caso da embriaguez, deve se lembrar do artigo 28 do CP.
Momento consumativo e tentativa: O desacato está consumado no momento do ultraje,
ou seja, no momento da ofensa a honra funcional do funcionário público, presente no local do
fato. É irrelevante depois de consumado o desacato o pedido de desculpas.
Com relação à tentativa, existem duas correntes:
1. Para alguns autores (minoritária) a tentativa do desacato é possível, porque posso que-
rer humilhar funcionário público no exercício de sua função e não conseguir;
2. Damásio (majoritária): não se admite tentativa de desacato, inicialmente por ser crime
unisubsistente e também por ser necessária a presença física do desacato no local onde se
deu o desacato. Deve ser essa a corrente seguida.
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Concurso de desacato com o crime de resistência: Pode haver concurso, oposição violenta
e ofensa a funcionário. Sobre isso há duas posições:
1. Para uma determinada corrente, o desacato absorve a resistência porque é mais grave
do que ela no caput;
2. Para outra corrente, prevalece a resistência que tem forma qualificada, cuja pena é
mais grave.
Aumento de pena: Art. 332, parágrafo único. A pena é aumentada da metade se o agente
alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.
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Sujeito passivo: Estado enquanto sujeito ativo da obrigação tributária envolvendo impos-
tos de importação e exportação.
Tipo objetivo: A conduta é “iludir” que significa frustrar o pagamento (ex: uso de aeroportos
clandestinos, ingresso de mercadoria não declarada, etc.).
Discute-se se é necessário emprego de ardil ou fraude. São duas as posições:
1. Basta o não pagamento: José Baltazar entende que não, bastando a simples frustração
do pagamento. Bitencourt também entende desta forma acrescentando que quando se exigiu
a fraude o legislador o fez expressamente e que inserir tal exigência violaria a tipicidade estrita.
2. É necessária fraude: Neste sentido são as lições de Fernando Galvão, Álvaro Mayrink,
Luiz Regis Prado, Paulo José da Costa Jr., Luciano Anderson de Souza, Mirabete e Magalhães
Noronha. Há precedente antigo do STJ nesse sentido (Resp 111.501; Sexta Turma; Rel. Min.
Luiz Vicente Cernicchiaro; j. 09/03/99).
Insignificância: Admite-se desde que o valor do tributo sonegado não ultrapasse R$ 20 mil
(entendimento do STJ e do STF).
Tipo subjetivo: Trata-se do dolo genérico.
Consumação e tentativa: STF e STJ entendem ser crime formal (STJ; AgRg no Resp
1.426.834/ES; Rel. Min. Ribeiro Dantas; Quinta Turma; Dje 15/06/2018), não se exigindo a con-
clusão do procedimento fiscal. Portanto, para este crime não se aplica a S.V. 24.
Justamente por isso não se aplica o regime de extinção da punibilidade dos crimes tributá-
rios, vez que é irrelevante eventual parcelamento ou pagamento do tributo (STJ; EDcl no AgRg
no AREsp 769.526/SP; Rel. Min. Nefi Cordeiro; Sexta Turma; Dje 08/03/2018).
A competência é fixada pelo local da apreensão – Súmula 151 do STJ.
Falsidade documental e descaminho: Se o agente, para iludir as autoridades, falsifica do-
cumento e esta falsificação se deu apenas para não pagar o imposto (ex: declara ao auditor
que não traz do exterior nenhuma mercadoria sujeita à tributação) responde apenas pelo des-
caminho que absorve o falso (STJ; 5ª Turma; RHC 31.321/PR; Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze;
j. 16/05/2013 – Info 523).
Importação de arma de pressão: Discutiu o STF se a importação de arma de pressão de
gás comprimido caracteriza descaminho ou contrabando. O Superior Tribunal de Justiça (STJ)
decidiu que a importação não autorizada de arma de pressão por ação de gás comprimido, ain-
da que de calibre inferior a 6 mm, configura o crime de contrabando, para o qual não se aplica
o princípio da insignificância. Quais as posições existentes?
1. O relator Gilmar Mendes concedeu a ordem para manter a decisão do juízo de primeiro
grau, que rejeitara a denúncia oferecida em desfavor do paciente por conta da aplicação do
princípio da insignificância. O relator afirmou que a arma de pressão apreendida não era de
uso proibido, considerada a permissão constante do art. 17 do Decreto 3.665/2000 (1) e do art.
16, § 1º, II, do Decreto 9.493/2018 (2). Portanto, a importação da arma de pressão apreendida,
sem a devida documentação, configura o crime de descaminho. Diante disso, entendeu por
bem aplicar a insignificância.
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Obs.: Foi revogado o Decreto 3.665/2000. Contudo, o Decreto 10.030 atualmente em vigor
ainda coloca no Anexo II a arma de pressão como produto controlado pelo Comando
do Exército. Portanto, não geraria, por si só, alteração do entendimento.
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JURISPRUDÊNCIA
Para aplicação da majorante prevista no art. 334, § 3º, do Código Penal CP, é necessária
a condição de clandestinidade. O aumento expressivo da pena, em face da aplicação da
majorante, precisa ser justificado em razão de um maior desvalor da ação. No cenário
atual, não há sentido lógico que justifique um aumento de pena tão expressivo pelo sim-
ples fato de ser o crime praticado em transporte regular. Essa posição tornaria a majo-
rante quase a regra na aplicação do tipo penal na realidade prática, o que findaria por
desvirtuar a estruturação normativa da norma incriminadora. Diante disso, a majorante
somente pode ser aplicada quando houver uma maior reprovabilidade da conduta, carac-
terizada pela atuação do imputado no sentido de dificultar a fiscalização estatal, por meio
da clandestinidade. (HC 162553 AgR/CE, relator Min. Edson Fachin, redator do acórdão
Min. Gilmar Mendes, julgamento em 14.9.2021).
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Sujeito ativo: É crime comum, podendo ser cometido por qualquer pessoa. Contudo, se
for funcionário público e facilitar este crime responderá pelo artigo 318 do CP – exceção à
teoria monista.
Sujeito passivo: Trata-se de crime vago.
Atenção: A importação apenas caracterizará este crime se não caracterizar outro crime
específico Ex: tráfico internacional de drogas (art. 33, c.c. 40, inciso I da Lei 11.343/06) e tráfico
internacional de arma de fogo (art. 18 da Lei 10.826/03)
A lei 13.008/14 previu novas modalidades de contrabando e aumentou a pena crime para
02 a 05 anos.
Exemplo de fato assimilado: o art. 39 do Decreto-Lei n. 288/67, que trata sobre a Zona Franca
de Manaus, prevê que “será considerado contrabando a saída de mercadorias da Zona Franca
sem a autorização legal expedida pelas autoridades competentes.”
Exs.: Produtos químicos sujeitos a controle e fiscalização (art. 597, §3º do Regulamento Adu-
aneiro), materiais nucleares (art. 613 do Regulamento), biodiesel (art. 617, §2º), carne bovina.
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Praticamente pacífico na doutrina que referido delito foi revogado tacitamente pelos arts.
93 e 95 da Lei 8.666/93. Contudo, até então constou expressamente no edital do TJ/SP (Es-
crevente) e em certames passados a banca cobrou dispositivos que teriam sido revogados
tacitamente e não anulou a questão.
Condutas:
1. Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovi-
da pela Administração ou por entidade paraestatal;
Impedir: Obstar, impossibilitar o prosseguimento;
Perturbar: Embaraçar, criar dificuldades;
Fraudar: Qualquer meio para ludibriar e induzir a erro.
Atenção: A lei se refere apenas a concorrência, excluindo as demais modalidades de
licitação.
2. Afastar ou procurar afastar o concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ame-
aça, fraude ou oferecimento de vantagem
Sujeito ativo: Pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive funcionário público.
Forma equiparada (parágrafo único): Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer
ou licitar, em razão da vantagem oferecida – pune o sujeito que aceita a vantagem na última
hipótese mencionada – é uma espécie de corrupção passiva do concorrente ou licitante.
1. Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de fun-
cionário público;
Rasgar: Cortar, dilacerar;
Inutilizar: Invalidar, tornar inútil
Conspurcar: sujar, macular, emporcalhar, manchar
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2. Violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de
funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto.
Violar: Romper, afastar, quebrar.
Inutilizar: Tornar inútil.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, inclusive funcionário público.
Atenção: Não há crime se o edital, selo ou sinal não tem mais utilidade (edital com prazo
vencido, por exemplo).
Obs.: Se o funcionário público praticar a conduta aqui descrita em razão do cargo pratica o
delito do artigo 314 do CP (Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento).
Se recebeu na qualidade de advogado ou procurador pratica o crime do artigo 356 do
CP (Sonegação de papel ou objeto de valor probatório).
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II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido
pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais. (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$
1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou
aplicar apenas a de multa. (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos
índices do reajuste dos benefícios da previdência social. (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
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RESUMO
Resistência
Desobediência
Desacato
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (INSTITUTO CONSULPLAN/2021/TJM-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA JUDI-
CIÁRIO) Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) O crime de usurpação de função pública só pode ser praticado por quem não é funcioná-
rio público.
( ) A existência da corrupção ativa independe da passiva, isto é, a bilateralidade não é requisito
indispensável para sua constituição.
( ) O delito de resistência se materializa com a simples oposição injustificada a qualquer ato
de agente público.
A sequência está correta em
a) F, V, F.
b) V, F, V.
c) F, V, V.
d) V, F, F.
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Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública
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( ) Favorecimento pessoal;
( ) Falso testemunho;
( ) Corrupção ativa.
Assinale (V) para as afirmações Verdadeiras e (F) para as Falsas:
a) V-V-V-F-F-V.
b) V-F-F-V-V-F.
c) V-F-V-V-V-F.
d) F-V-V-V-V-F.
e) V-V-V-V-F-F.
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a) desacato.
b) prevaricação.
c) corrupção ativa.
d) corrupção passiva.
e) usurpação de função pública.
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GABARITO
1. a 37. d
2. b 38. b
3. a 39. c
4. a 40. e
5. c 41. e
6. c 42. c
7. E 43. e
8. C 44. C
9. E 45. C
10. d 46. c
11. C 47. a
12. E 48. E
13. C 49. E
14. C 50. E
15. C
16. E
17. C
18. C
19. c
20. c
21. C
22. E
23. b
24. a
25. C
26. a
27. a
28. a
29. C
30. e
31. a
32. b
33. a
34. a
35. E
36. d
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GABARITO COMENTADO
001. (INSTITUTO CONSULPLAN/2021/TJM-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA JUDI-
CIÁRIO) Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) O crime de usurpação de função pública só pode ser praticado por quem não é funcioná-
rio público.
( ) A existência da corrupção ativa independe da passiva, isto é, a bilateralidade não é requisito
indispensável para sua constituição.
( ) O delito de resistência se materializa com a simples oposição injustificada a qualquer ato
de agente público.
A sequência está correta em
a) F, V, F.
b) V, F, V.
c) F, V, V.
d) V, F, F.
a) Certa. A assertiva I é falsa, pois o crime de usurpação de função pública é crime comum. A
assertiva II é verdadeira, pois pode haver corrupção ativa sem a passiva, não existindo bilate-
ralidade obrigatória. A assertiva III é falsa, pois a resistência exige o emprego de violência ou
ameaça em relação ao funcionário público.
b) Errada. O crime de usurpação de função pública é crime praticado por particular contra a
Administração em Geral. Por ser crime comum, não exige que o sujeito ativo tenha qualquer
condição especial, podendo ser inclusive funcionário público. Sendo assim, a assertiva I é fal-
sa, deixando a alternativa errada.
c) Errada. A assertiva II é verdadeira. Pode haver crime de corrupção ativa sem que haja cor-
rupção passiva. É o caso de o particular oferecer a vantagem indevida e o funcionário público
não aceitar. Sendo assim, a alternativa está errada.
d) Errada. O crime de usurpação de função pública é crime praticado por particular contra a
Administração em Geral. Por ser crime comum, não exige que o sujeito ativo tenha qualquer
condição especial, podendo ser inclusive funcionário público. Sendo assim, a assertiva I é fal-
sa, deixando a alternativa errada. Além disso, A assertiva II é verdadeira. Pode haver crime de
corrupção ativa sem que haja corrupção passiva. É o caso de o particular oferecer a vantagem
indevida e o funcionário público não aceitar.
Letra a.
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a) Errada. Considerando que a ação praticada por José foi a de “exigir” e não a de solicitar, o
crime é de concussão, restando afastada a corrupção passiva.
b) Certa. O crime praticado pelo funcionário público José foi o de concussão, pois estão pre-
sentes todas as elementares do delito do art. 316 do CP.
c) Errada. Não há prevaricação, pois não houve omissão em relação a ato que José deveria
praticar de ofício. Houve concussão, pois José exigiu vantagem indevida.
d) Errada. O crime de corrupção ativa é praticado por particular contra a Administração em
Geral. Nesse caso o crime foi cometido por José, funcionário público que praticou concussão.
e) Errada. A conduta praticada pelo funcionário José, de exigir vantagem indevida, se amolda
ao tipo penal do art. 316 do Código Penal. Não estão preenchidos os elementos necessários
para que esteja configurado o crime de advocacia administrativa.
Letra b.
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a) Certa. José das couves usurpou o exercício de função pública e desse fato o agente auferiu
vantagem. Sendo assim, praticou o crime do art. 328, parágrafo único. Ou seja, usurpação de
função pública qualificada.
b) Errada. José das Couves nem havia sido nomeado ainda, não podendo ser considerado
funcionário público. Sendo assim, não pode cometer o crime de exercício funcional legalmente
antecipado.
c) Errada. Houve a usurpação de função pública, porém na modalidade qualificada, pois José
das Couves auferiu vantagem dessa situação.
d) Errada. Não há curandeirismo, pois do enunciado não é possível extrair se essa conduta de
José das Couves foi frequente. O curandeirismo é crime habitual, exige que tenha ocorrida a
pratica de curandeirismo por algumas vezes para que o crime esteja caracterizado.
Letra a.
a) Certa. O crime de corrupção ativa, do art. 333 do Código Penal, pode ser praticado por parti-
cular, sem necessidade de haver funcionário público no polo ativo do delito.
b) Errada. O crime de concussão, previsto no art. 316 do Código Penal, está no Capítulo dos
crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Sendo assim, é
cometido por funcionário público.
c) Errada. O crime de prevaricação, previsto no art. 319 do Código Penal, está no Capítulo dos
crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Sendo assim, é
cometido por funcionário público.
d) Errada. O crime de corrupção passiva, previsto no art. 317 do Código Penal, está no Capítulo
dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Sendo assim,
é cometido por funcionário público.
e) Errada. O crime de abandono de função, previsto no art. 323 do Código Penal, está no Ca-
pítulo dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Sendo
assim, é cometido por funcionário público.
Letra a.
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a) Errada. A assertiva I está errada, pois o crime descrito é o de descaminho e não contrabando.
b) Errada. A assertiva I está errada, pois o crime descrito é o de descaminho e não contrabando.
c) Certa. A assertiva II e a assertiva III estão de acordo com o Código Penal, em seus artigos
334 e 334-A, e de acordo com a jurisprudência dos Tribunais.
d) Errada. A assertiva I está errada, pois o crime descrito é o de descaminho e não contrabando.
Letra c.
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O agente Agenor deve responder pelo crime de corrupção ativa, pois prometeu a vantagem
indevida. Ainda que essa não tenha sido aceita pelo funcionário público, o crime do art. 333 do
CP se consumou com a promessa.
Certo.
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Nesse caso o particular responde pelo crime de corrupção ativa. Mas o funcionário público
que aceitar essa vantagem responde pelo crime de corrupção passiva. Trata-se de exceção da
Teoria Monista. Cada um dos envolvidos responde por crimes distintos, pois as condutas se
amoldam aos tipos penais do art. 317 e 333 do CP.
Errado.
a) Errada. A conduta dos fiscais se amolda ao crime de corrupção passiva e a conduta dos co-
merciantes de amolda ao crime de corrupção ativa. Sendo assim, ambos praticaram fato típico.
b) Errada. A alternativa não deixa claro qual o crime de corrupção cometido pelos comercian-
tes, se ativa ou passiva. Além disso, não houve concussão, pois os fiscais não exigiram a van-
tagem indevida.
c) Errada. Os fiscais cometeram o crime de corrupção passiva, pois aceitaram a vantagem
indevida ofertada pelos comerciantes.
d) Certa. O crime a ser imputado aos comerciantes é o de corrupção ativa. Em relação aos fis-
cais, por serem funcionários públicos, devem responder por corrupção passiva, pois aceitaram
a vantagem ofertada.
e) Errada. Os fiscais, ao aceitarem a vantagem indevida, cometeram o crime de corrupção pas-
siva. Não houve crime de prevaricação nessa hipótese.
Letra d.
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Tendo em vista que nesse caso o sujeito agiu com animus jocandi, não está presente o elemen-
to subjetivo do tipo penal do art. 331 do CP, que exige que a conduta tenha como finalidade
desacatar o funcionário público no exercício de sua função ou em razão dela.
Errado.
Nos termos do art. 329 do Código Penal, a resistência, para que esteja configurada exige que
haja violência ou ameaça. Nesse caso de oposição passiva, pode haver crime de desobediência.
Certo.
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Carlos proferiu os xingamentos ao agente federal em razão de ter sido ele o responsável pela
transferência do ex-detento de um presídio para outro. Ou seja, desacatou funcionário público
em razão do exercício de sua função, estando consumado o crime do art. 331 do CP.
Certo.
A fuga do réu após a ordem legal dada pelos policiais para que ele ficasse parado é crime de
desobediência, pois preenche os requisitos do art. 330 do Código Penal.
Certo.
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O crime cometido pelo particular foi o de corrupção ativa, pois ofereceu vantagem indevida a
funcionário público, para que ele não praticasse ato de ofício.
Certo.
a) Errada. Não houve violência e nem ameaça por parte de João, não podendo ser crime de
resistência.
b) Errada. Não houve ordem legal do funcionário público a ser cumprida. Sendo assim, não
houve desobediência
c) Certa. A conduta de João pode ser enquadrada no art. 331 do Código Penal, o cidadão co-
meteu desacato contra o funcionário público no exercício de suas funções.
d) Errada. Considerando que não houve violência na conduta de João, não se pode dizer que
houve crime do art. 322 do CP.
e) Errada. A conduta de João é tipificada no art. 331 do Código Penal, sendo figura típica.
Letra c.
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O crime de desacato pode também ser praticado por funcionário público. O delito do art. 331
do CP é crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.
Certo.
A oposição manifestada pelo indivíduo, mediante resistência passiva, sem uso da violência,
contra ordem emanada por autoridades policiais, é crime de desobediência e não de resistência.
Errado.
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a) Errada. Nos termos do art. 328, parágrafo único do Código Penal, a pena é de reclusão e não
de detenção.
b) Certa. A assertiva está em conformidade com o art. 328, parágrafo único do Código Penal.
c) Errada. Nos termos do art. 328, parágrafo único do Código Penal, a pena é de reclusão e não
de detenção.
d) Errada. Nos termos do art. 328, parágrafo único do Código Penal, a pena é de reclusão e não
de detenção.
e) Errada. O Código Penal, em seu art. 328, parágrafo único, enuncia que a pena é de reclusão
de 2 a 5 anos e multa.
Letra b.
a) Certa. Nos termos do art. 332, parágrafo único do Código penal, a pena do crime de tráfico
de influência é aumentada pela metade se o agente alega ou insinua que a vantagem é tam-
bém destinada ao funcionário.
b) Errada. A alternativa está em desconformidade com o parágrafo único do art. 332 do CP, que
prevê causa de aumento de metade no caso descrito nesse dispositivo.
c) Errada. A alternativa está em desconformidade com o parágrafo único do art. 332 do CP, que
prevê causa de aumento de metade no caso descrito nesse dispositivo.
d) Errada. A alternativa está em desconformidade com o parágrafo único do art. 332 do CP, que
prevê causa de aumento de metade no caso descrito nesse dispositivo.
e) Errada. A alternativa está em desconformidade com o parágrafo único do art. 332 do CP, que
prevê causa de aumento de metade no caso descrito nesse dispositivo.
Letra a.
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Nos termos do art. 333 do Código Penal, aquele que oferece ou promete vantagem indevida a
oficial de justiça para que retarde o ato de intimação comete crime de corrupção ativa.
Certo.
a) Certa. Previsto no art. 317 do CP, é crime praticado por funcionário público contra a Ad-
ministração.
b) Errada. Previsto no art. 334 do CP, é crime praticado por particular contra a Administra-
ção em geral.
c) Errada. Previsto no art. 332 do CP, é crime praticado por particular contra a Administra-
ção em geral.
d) Errada. Previsto no art. 333 do CP, é crime praticado por particular contra a Administra-
ção em geral.
e) Errada. Previsto no art. 328 do CP, é crime praticado por particular contra a Administra-
ção em geral.
Letra a.
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a) Certa. A assertiva está em conformidade com o art. 329 do CP, estando caracterizado o
crime de resistência.
b) Errada. Considerando que no caso apresentado houve ameaça, resta afastado o crime de
desobediência.
c) Errada. Não houve qualquer desacato ao oficial de justiça em razão de seu ofício.
d) Errada. Não houve tentativa de fazer justiça pelas próprias mãos por parte do agente, restan-
do afastado o delito do art. 345 do CP.
e) Errada. Não foi o caso de procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou
sucessivamente, partes contrárias.
Letra a.
a) Certa. A conduta do motorista é criminosa, sendo tipificada pelo Código Penal como sendo
corrupção ativa, pois fez promessa de vantagem indevida ao funcionário público.
b) Errada. O condutor do veículo é particular que comete crime contra a Administração em
Geral. Não há que se imputar o crime de corrupção passiva – que é crime praticado por funcio-
nário público.
c) Errada. Não há qualquer menção ao período eleitoral ou a determinada finalidade eleitoral na
promessa de vantagem indevida.
d) Errada. Não há qualquer relação entre a promessa de vantagem e o esporte/desporto.
Letra a.
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a) Errada. A conduta é tipificada pelo art. 330 do Código Penal. Sendo assim, configura crime.
b) Errada. O enunciado não menciona qualquer desacato em relação ao funcionário público,
apenas o não cumprimento da ordem. Sendo assim, não há crime de desacato.
c) Errada. A conduta de desobedecer a ordem legal de funcionário público está prevista no art.
330 do CP como crime de desobediência. Fica afastado, assim, o crime de tráfico de influência.
d) Errada. Não houve promessa de vantagem indevida feita por particular ao funcionário públi-
co. Sendo assim, não há corrupção ativa.
e) Certa. O tipo penal descrito no enunciado é o do art. 330 do Código Penal. Nesse caso há
crime de desobediência.
Letra e.
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a) Certa. Do enunciado é possível extrair a ocorrência do crime do art. 328 do CP, em que parti-
cular comete usurpação de função pública contra a Administração em Geral.
b) Errada. Não houve crime de descaminho e não é possível extrair do enunciado a praticado
do crime de facilitação do descaminho.
c) Errada. Não houve solicitação ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato a ser
praticado por funcionário público no exercício de sua função.
d) Errada. Não houve promessa de vantagem feita por particular ao funcionário público.
Letra a.
a) Certa. É crime formal, pois não se exige o efetivo dano emocional ao funcionário público
para que o crime seja considerado consumado.
b) Errada. Não se exige qualquer dano emocional efetivo ao funcionário público em razão da
conduta do autor do crime de desacato.
c) Errada. Não há previsão da modalidade culposa para o crime de desacato no Código Penal.
d) Errada. O desacato exige uma ação do agente. É crime comissivo.
e) Errada. A classificação de crime como sendo eventual não é consagrada pela doutrina.
Letra a.
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a) Desobediência.
b) Prevaricação.
c) Descaminho.
d) Tráfico de influência.
a) Errada. Acácio deve responder que o crime de desobediência é caracterizado pela desobe-
diência a ordem legal de funcionário público, o que não houve no caso.
b) Errada. Não houve a falta de prática de ato de funcionário público para satisfazer interesse
ou sentimento pessoal.
c) Errada. Não houve a ilusão em relação ao pagamento de imposto, não havendo descaminho.
d) Certa. A conduta descrita no enunciado se amolda exatamente ao crime de tráfico de influ-
ência do art. 332 do CP.
Letra d.
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a) desacato.
b) prevaricação.
c) corrupção ativa.
d) corrupção passiva.
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a) Errada. O crime foi de contrabando, pois os agentes retornaram a mercadoria para o Brasil
sem a autorização do órgão competente. Sendo assim, a conduta é a do art. 334-A, II, do Có-
digo Penal.
b) Errada. O crime foi de contrabando, pois os agentes retornaram a mercadoria para o Brasil
sem a autorização do órgão competente. Sendo assim, a conduta é a do art. 334-A, II, do Có-
digo Penal.
c) Errada. A tipificação está correta, houve contrabando. Porém a causa de aumento de pena
não é 1/3, mas o dobro, nos termos do art. 334-A, parágrafo 3º, do Código Penal.
d) Errada. O crime foi de contrabando, pois os agentes retornaram a mercadoria para o Brasil
sem a autorização do órgão competente. Sendo assim, a conduta é a do art. 334-A, II, do Có-
digo Penal.
e) Certa. O crime cometido foi o de contrabando, com a causa de aumento de pena do dobro,
pois o crime foi praticado em transporte aéreo.
Letra e.
a) Errada. No caso Ana não deixou de praticar ato de ofício para satisfazer interesse ou senti-
mento pessoal, não havendo prevaricação.
b) Errada. Não há oferecimento de vantagem indevida a funcionário público por parte de Ana,
não havendo crime de corrupção ativa.
c) Errada. Ana não é funcionária pública, não podendo cometer o crime de corrupção passiva.
d) Errada. Ana não exigiu vantagem indevida, não havendo que se mencionar o crime de
concussão.
e) Certa. Ana, na qualidade de particular, simula ter poder de influência sobre funcionário públi-
co para poder cobrar os 5 mil reais da vítima. Sendo assim, pratica tráfico de influência.
Letra e.
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a) Errada. O ato, em razão da resistência não foi executado. Sendo assim, incide o art. 329,
parágrafo 1º, do Código Penal, que apresenta pena de reclusão e não detenção.
b) Errada. O ato, em razão da resistência não foi executado. Sendo assim, incide o art. 329,
parágrafo 1º, do Código Penal, que apresenta pena de reclusão e não detenção.
c) Certa. A assertiva está correta, nos termos do art. 329, parágrafo 2º do Código Penal, que
impõe pena de reclusão nessa hipótese, além das penas correspondentes à violência.
d) Errada. Considerando que houve violência, manifestada mediante agressão física, o crime
de desobediência fica afastado.
e) Errada. Considerando que houve violência, manifestada mediante agressão física, o crime
de desobediência fica afastado.
Letra c.
a) Errada. Nos termos do art. 348, parágrafo 1º do CP, também há crime de favorecimento pes-
soal se a pena é de detenção e não de reclusão.
b) Errada. O crime de tráfico de influência é praticado por particular contra a Administra-
ção em Geral.
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Nos termos da jurisprudência do STJ, o crime de desacato não viola o direito à liberdade de
expressão e de pensamento previstos no Pacto de São José da Costa Rica. Sendo assim, HC
379.269/MS.
Certo.
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Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública
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a) Errada. Não houve qualquer ofensa em relação ao auditor fiscal em razão da função pública,
não havendo razão para a imputação do crime de desacato.
b) Errada. Não houve violência ou ameaça em relação ao auditor, ficando afastado o crime de
resistência.
c) Certa. Tendo em vista que da narrativa é possível extrair que houve apenas uma resistência
passiva por parte do agente, há crime de desobediência.
d) Errada. O bem jurídico que está sendo violado nesse caso não é a ordem tributária, pois não
se está diante de nenhum tipo pena específico que busca proteger o erário em especial.
e) Errada. A conduta é tipificada pelo Código Penal, em seu art. 330.
Letra c.
a) Errada. Nos termos do art. 321 do Código Penal, o crime de advocacia administrativa é crime
praticado por funcionário público contra a Administração em Geral.
b) Certa. Nos termos do art. 333 do CP, o crime de corrupção ativa é praticado por particular
contra a Administração em Geral.
c) Certa. Nos termos do art. 316 do CP, o crime de concussão é praticado por funcionário pú-
blico contra a Administração em Geral.
d) Certa. Nos termos do art. 339 do CP, denunciação caluniosa é crime praticado contra a Ad-
ministração da Justiça.
e) Certa. Nos termos do art. 334 do Código Penal, descaminho é crime praticado por particular
contra a Administração em geral.
Letra a.
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Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública
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Pode haver crime de corrupção ativa sem que haja o de corrupção passiva. Como no caso em
que o particular oferece a vantagem indevida, mas o funcionário público não aceita.
Errado.
O crime de corrupção ativa é crime comum, ou seja, o sujeito ativo não precisa ter uma qualida-
de especial para que possa ocupar esse polo. Ao revés, o crime de corrupção passiva é crime
próprio de funcionário público.
Errado.
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REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Volume 05. Editora Saraiva. 14ª edi-
ção, 2020.
ESTEFAM, André. Direito Penal. Parte Especial. Volume 03. Editora Saraiva. 5ª edição, 2018.
HUNGRIA, Nelson. Comentários ao Código Penal. Vol. IX. Editora Forense. 4ª edição,1958.
Rodrigo Pardal
Bacharel em Direito pela PUC-SP. Assistente jurídico em segunda instância do Tribunal de Justiça de São
Paulo. Pós-graduado em Direito Penal pela Escola Superior do Ministério Público e pela Universidade de
Salamanca - Espanha. Mestre e Doutorando pela PUC-SP. Professor de Direito Penal
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