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DIREITO PENAL

Crimes Praticados por Particular contra


a Administração Pública

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO PENAL
Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública
Rodrigo Pardal

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública....................................................4
Crimes Praticados por Particular contra a Administração em Geral (Artigos 328 a
337-D)......................................................................................................................................................................................4
Usurpação de Função Pública (Artigo 328 do CP)........................................................................................4
Resistência (Artigo 329 do CP)................................................................................................................................4
Desobediência (Artigo 330).......................................................................................................................................5
Desacato (Artigo 331 do CP). . ....................................................................................................................................6
Tráfico de Influência (Artigo 332).. .........................................................................................................................9
Descaminho (Artigo 334 do CP).. .............................................................................................................................9
Contrabando (Artigo 334-A do CP)......................................................................................................................12
Impedimento, Perturbação ou Fraude de Concorrência (Artigo 335 do CP)................................14
Inutilização de Edital ou Sinal (Artigo 336 do CP). .....................................................................................14
Subtração ou Inutilização de Livro ou Documento (Artigo 337)........................................................15
Sonegação de Contribuição Previdenciária (Artigo 337-A)..................................................................15
Resumo.................................................................................................................................................................................17
Questões de Concurso.................................................................................................................................................18
Gabarito...............................................................................................................................................................................30
Gabarito Comentado.....................................................................................................................................................31
Referências........................................................................................................................................................................55

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Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública
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Apresentação
Estudaremos os crimes praticados por particular contra a Administração Pública.
Ótima leitura!
Abraços
Rodrigo Francisconi Costa Pardal
@profrpardal

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Crimes Praticados por Particular contra a Administração Pública
Rodrigo Pardal

CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Crimes Praticados por Particular contra a Administração em Geral
(Artigos 328 a 337-D)
Usurpação de Função Pública (Artigo 328 do CP)
Conceito: Usurpar o exercício de função pública
Sujeito ativo: Particular, nada impedindo que seja o funcionário público que usurpar função
para a qual não tem atribuição.

Se o funcionário que pratica a função é o titular para tal, mas está suspenso por decisão judi-
cial não haverá este crime, mas o crime do artigo 359 do CP.

E se ele tem atribuição para a função, mas está suspenso por ato administrativo e a usurpa?
Não pode ser o delito do artigo 359, pois a suspensão não se deu por decisão judicial. Nesta
hipótese haverá mera infração administrativa e não há crime.

Conduta: Usurpar – apossar-se, assumir o exercício indevidamente. O sujeito se apodera


de função pública para a qual não tem atribuição.
É indispensável para caracterizar o crime que o agente pratique ao menos um ato de ofício.
Não haverá o delito se ele apenas se intitula ou apresenta como ocupante de determinado car-
go (aqui pode haver contravenção penal do artigo 45 da LCP).
Não há o crime quando há dúvida sobre a atribuição do agente para exercer a função e tal
está sendo discutida.
Consumação: O crime se consuma com a prática de ao menos um ato de ofício.
Forma qualificada (parágrafo único): Se o agente aufere vantagem (de qualquer natureza).

Resistência (Artigo 329 do CP)


Conceito: A oposição violenta ou mediante ameaça a execução de ato legal de funcionário
público ou de quem lhe auxilie.
Oposição no sentido de impedir a realização de ato legal da autoridade.
Bem jurídico tutelado é a tutela da Administração Pública, no seu aspecto da manutenção
da autoridade. Isto não significa ser autoritário, autoridade pressupõe exercer as funções legais.
Sujeitos do crime: É crime comum. Normalmente o sujeito ativo é o destinatário do ato
legal a ser executado, porém pode ser outra pessoa que resista, sem ser o destinatário do ato
(ex.: mandado de prisão contra Pedro, Pedrinho que resiste).

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O sujeito passivo é o Estado, responsável pela Administração Pública no que tange a ma-
nutenção de sua autoridade. Ao lado do Estado, consta como sujeito passivo o funcionário que
exerce o ato legal.
A resistência violenta empregada não contra funcionário público, mas contra particular que
realiza prisão em flagrante, não implica no tipo em análise.

Pressupostos do Crime

1. Ato a ser executado deve ser legal: Se o ato for ilegal, a resistência é legítima, não
criminosa;
2. A resistência deve ser contemporânea à execução do ato legal: Deve ser exercida quan-
do o ato estiver sendo executado. Não existe resistência criminosa contra ato futuro ou passa-
do (decorre da própria estrutura típica – “opor-se à execução”);
O tipo aqui fala apenas em “ameaça”, não exige que seja grave.
Violência contra coisa usada pelo funcionário para execução do ato legal, há resistência?
Há duas posições:
1. Para Nelson Hungria, a violência contra a coisa caracteriza o crime porque ofende o bem
jurídico tutelado (isolada);
2. Para a imensa maioria a violência contra a coisa não caracteriza resistência em razão da
interpretação literal do dispositivo;
O elemento subjetivo do crime é o dolo, consistente na vontade livre e consciente de se
opor ao ato legal da autoridade.
Existe a chamada “resistência passiva”, que é a praticada sem violência ou ameaça a fun-
cionário. Essa resistência passiva não caracteriza o crime, é uma oposição sem comporta-
mento agressivo à pessoa do funcionário público (agarra no poste, esperneia). No entanto,
poderia configurar desobediência (resistência pacífica) ou até desacato.
O crime se consuma com a prática da violência ou ameaça objetivando a não realização do
ato legal, independentemente da execução do ato legal.

Há uma qualificadora pela não realização do ato em razão da resistência (artigo 329, § 1º).

Para que se qualificadora se caracterize, é preciso que a resistência seja insuperável,


invencível.
O parágrafo segundo tem caráter explicativo, aplicam-se tais penas sem prejuízo das rela-
tivas à violência.

Desobediência (Artigo 330)


Conceito: Consiste no não acatamento de ordem legal de funcionário público.
Referido delito também é chamado de resistência pacífica.
O bem jurídico é o prestígio da autoridade, sob o aspecto da obediência às ordens legais.

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Sujeito ativo é qualquer pessoa. O funcionário pode também praticar desobediência, desde
que despido da função.
O sujeito passivo é o Estado e o funcionário público autor da ordem desobedecida.
Desobedecer: Não acolher, não acatar, não seguir.
O crime é comissivo ou omissivo? Pode ser um ou outro, dependendo da natureza da or-
dem legal recebida. Se a ordem for para não fazer, a desobediência se constata ao fazer e ai o
crime é comissivo. O inverso também se aplica, caso em que o crime será omissivo.
A ordem deve ser legal, substancialmente legal e emanar de funcionário compete para dá-la.
Ordem para pedir desculpa não é ordem legal, o sujeito não é obrigado a cumprir.
Elemento subjetivo: dolo. Crime doloso. Caso fortuito e força maior afastam o dolo na de-
sobediência.
Quando se consuma a desobediência? Depende se é comissiva ou omissiva. Se for omissi-
va, no instante da omissão e aí não admite tentativa por ser crime omissivo. Se for comissiva,
no instante do cumprimento da ordem e aí pode haver tentativa.
Concurso com crime de resistência: A jurisprudência tem entendido que prevalece a resis-
tência. A desobediência é absorvida pela resistência.
Ato de desobediência punido com pena administrativa ou civil caracteriza também o crime
de desobediência? Em geral quando a desobediência é punida por sanção administrativa ou
civil não caracteriza o crime, no entanto, se a lei que prevê a multa ou a sanção civil ressalvar
a desobediência, haverá também este crime.

EXEMPLOS
Artigo 219 do CPP: Aplicação para testemunha faltosa de multa, sem prejuízo do processo
penal por crime de desobediência.
Artigo 26 da Lei 12.016/09.

Desacato (Artigo 331 do CP)

O STJ em sua 5ª Turma no Resp 1.640.084/SP entendeu que o crime de desacato é incompatível
com a Convenção Americana de Direitos Humanos, especialmente seu artigo 13 que trata da liber-
dade de expressão. Fez-se um controle de convencionalidade. Em suma, foram os argumentos:
1. Há um maior nível de proteção aos agentes públicos que aos particulares, o que viola a
isonomia e o princípio democrático, invertendo a lógica segundo a qual os agentes públicos
devem ser mais fiscalizados perante a sociedade;
2. O desacato se presta a silenciar ideias e opiniões consideradas incômodas pelos agentes
públicos, havendo uma espécie de censura (lembrar das placas acostadas em repartições pú-
blicas). Restringe indevidamente a liberdade de expressão.
3. O Estado existe para os humanos e não o contrário. O Estado não prepondera sobre o cidadão.
4. Não se permitirá ofensa a funcionário público, vez que os crimes contra a honra continuam
aplicáveis.
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Contudo, em outro julgado da 3ª Seção (HC 379.269/MS; Rel. Min. Reynaldo Soares da
Fonseca; Terceira Seção; p. 30/06/2017) não acolheu mais a tese e passou a entender que
permanece o crime de desacato, não sendo ele incompatível com a Convenção mencionada.
Esta última decisão é a que prevalece e representa o entendimento da Corte.
E o STF? Ao analisar do desacato do art. 299 do CPM reconheceu sua constitucionalidade
e convencionalidade (fez ambos os controles), o que vale também para o desacato do CP (HC
141949/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 13.3.2018).

Posteriormente, ao julgar a ADPF 496 entendeu da seguinte forma:

JURISPRUDÊNCIA
De acordo com a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos e do
Supremo Tribunal Federal, a liberdade de expressão não é um direito absoluto e, em casos
de grave abuso, faz-se legítima a utilização do direito penal para a proteção de outros inte-
resses e direitos relevantes. 3. A diversidade de regime jurídico – inclusive penal – exis-
tente entre agentes públicos e particulares é uma via de mão dupla: as consequências
previstas para as condutas típicas são diversas não somente quando os agentes públicos
são autores dos delitos, mas, de igual modo, quando deles são vítimas. 4. A criminaliza-
ção do desacato não configura tratamento privilegiado ao agente estatal, mas proteção
da função pública por ele exercida. 5. Dado que os agentes públicos em geral estão mais
expostos ao escrutínio e à crítica dos cidadãos, deles se exige maior tolerância à repro-
vação e à insatisfação, limitando-se o crime de desacato a casos graves e evidentes de
menosprezo à função pública. 6. Arguição de descumprimento de preceito fundamental
julgada improcedente. Fixação da seguinte tese: “Foi recepcionada pela Constituição de
1988 a norma do art. 331 do Código Penal, que tipifica o crime de desacato”.

Conceito: Trata-se de crime que ofende a honra funcional do servidor.


O bem jurídico é a dignidade, prestígio, respeito às funções públicas.
Sujeito ativo é qualquer pessoa.
Funcionário pode praticar desacato? Corrente minoritária entende que não. No entanto,
corrente majoritária admite que ele pratique o crime.
Subordinado: Funcionário público pode praticar desacato contra seu subordinado? Há
duas correntes.
A primeira orientação (Bento de Faria e Nelson Hungria) é a de que não existe desacato
nessa hipótese, porque tudo está dentro da Administração Pública e não haverá ofensa ao bem
jurídico, podendo a questão ser resolvida como abuso de autoridade. Além disso, a postura do
superior deve prevalecer sobre o inferior.

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A segunda orientação (Fragoso, Noronha, Paulo José) é a de que existe o crime de desa-
cato, pois há ofensa ao bem jurídico, ainda que em uma camada inferior. Ademais, a lei não
diferencia quanto à hierarquia do funcionário.
Sujeito passivo é o Estado, bem como o funcionário desacatado.
Verbo núcleo: Desacatar: Ofender, espezinhar, humilhar, a honra profissional de funcioná-
rio público.
Pouco importa que o funcionário público se sinta atingido, basta que a conduta seja po-
tencialmente ofensiva. Ainda que não se sinta ofensivo, basta que a conduta seja ofensiva. O
raciocínio é feito porque o sujeito passivo do crime além do funcionário desacatado é o Estado
e a objetividade jurídica do delito é o prestígio das funções públicas.
Olhemos a Exposição de Motivos do CP, no item 85, no último parágrafo. O desacato se
verifica não só quando o funcionário se acha no exercício da função, ajuda a entender o que
está acima explicitado.
Ademais, é requisito que o funcionário público sujeito passivo do crime esteja presente no lo-
cal da ofensa, que a ouça ou veja. Neste ponto diferencia-se dos crimes contra a honra. Por conta
disso não existe desacato por telefone, por carta, telegrama, podendo ser crime contra a honra.
Qual a diferença entre injúria majorada por ter sido praticada contra funcionário público e
desacato? O desacato é um crime que se caracteriza na presença do funcionário público, e a
injúria contra funcionário público só pode ser praticada em sua ausência.
Hoje em dia é possível que pessoas façam reuniões por computadores, teleconferência,
imaginemos que seja proferida ofensa a funcionário público presente em reunião por telecon-
ferência, neste caso é possível o desacato. Mesmo não estando no mesmo ambiente físico,
estão no mesmo ambiente virtual.
É preciso que o sujeito ativo tenha consciência que aquele que está sendo ofendido seja
funcionário público e dirija a ofensa à honra profissional dele, se isto não acontecer, não há
desacato, mas mero crime contra a honra.
Todas as vezes, seja qual for o crime, que formos indagados se o elemento subjetivo é
compatível com a embriaguez ou exaltação, devemos responder como já anotado.
No caso da embriaguez, deve se lembrar do artigo 28 do CP.
Momento consumativo e tentativa: O desacato está consumado no momento do ultraje,
ou seja, no momento da ofensa a honra funcional do funcionário público, presente no local do
fato. É irrelevante depois de consumado o desacato o pedido de desculpas.
Com relação à tentativa, existem duas correntes:
1. Para alguns autores (minoritária) a tentativa do desacato é possível, porque posso que-
rer humilhar funcionário público no exercício de sua função e não conseguir;
2. Damásio (majoritária): não se admite tentativa de desacato, inicialmente por ser crime
unisubsistente e também por ser necessária a presença física do desacato no local onde se
deu o desacato. Deve ser essa a corrente seguida.

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Concurso de desacato com o crime de resistência: Pode haver concurso, oposição violenta
e ofensa a funcionário. Sobre isso há duas posições:
1. Para uma determinada corrente, o desacato absorve a resistência porque é mais grave
do que ela no caput;
2. Para outra corrente, prevalece a resistência que tem forma qualificada, cuja pena é
mais grave.

Tráfico de Influência (Artigo 332)


Noção: Solicitar, exigir, cobrar ou obter vantagem para si ou para outrem, ou promessa de
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
Também chamado de venda de fumaça (venditio fumi) ou influência jactanciosa (miilanta-
to credito).
Sujeito ativo: Tanto particular, como funcionário público.
Relação com o funcionário público: Exige-se que o agente se arrogue prestígio junto a
funcionário público, pois, caso contrário, o fato não ofende a Administração Pública. Não é in-
dispensável que o agente mencione expressamente o nome do funcionário o qual se exercerá
a suposta influência.

Cuidado. Exploração de prestígio: Quando a vantagem é patrimonial e o pretexto é de influir


em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou
testemunha o crime é o de exploração de prestígio do artigo 357 do CP.

Aumento de pena: Art. 332, parágrafo único. A pena é aumentada da metade se o agente
alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário.

Descaminho (Artigo 334 do CP)


Noção: Sujeito ilude imposto devido pela entrada, saída ou pelo consumo da mercadoria.
A Lei 13.008/14 alterou este delito e o contrabando, separando-os, vez que antes estavam
no mesmo artigo, embora já se entendesse que consistiam em crimes diversos.
Bem jurídico: Trata-se em verdade de uma modalidade de crime que atenta contra a ordem
tributária, ou relacionada à Administração Pública em seu âmbito fiscal, atrelado ao interesse
da Fazenda Nacional.
Ademais, por terem os impostos sonegados (IPI, importação e exportação) função extra-
fiscal de proteção da indústria nacional, também é este um dos objetivos do delito em estudo.
Sujeito ativo: Trata-se de crime comum. Caso o agente seja servidor público que facilita
este crime com infração de dever funcional responderá pelo artigo 318 e não por este crime
(exceção à teoria monista – cobrada no concurso da PRF em 2019).

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Sujeito passivo: Estado enquanto sujeito ativo da obrigação tributária envolvendo impos-
tos de importação e exportação.
Tipo objetivo: A conduta é “iludir” que significa frustrar o pagamento (ex: uso de aeroportos
clandestinos, ingresso de mercadoria não declarada, etc.).
Discute-se se é necessário emprego de ardil ou fraude. São duas as posições:
1. Basta o não pagamento: José Baltazar entende que não, bastando a simples frustração
do pagamento. Bitencourt também entende desta forma acrescentando que quando se exigiu
a fraude o legislador o fez expressamente e que inserir tal exigência violaria a tipicidade estrita.
2. É necessária fraude: Neste sentido são as lições de Fernando Galvão, Álvaro Mayrink,
Luiz Regis Prado, Paulo José da Costa Jr., Luciano Anderson de Souza, Mirabete e Magalhães
Noronha. Há precedente antigo do STJ nesse sentido (Resp 111.501; Sexta Turma; Rel. Min.
Luiz Vicente Cernicchiaro; j. 09/03/99).
Insignificância: Admite-se desde que o valor do tributo sonegado não ultrapasse R$ 20 mil
(entendimento do STJ e do STF).
Tipo subjetivo: Trata-se do dolo genérico.
Consumação e tentativa: STF e STJ entendem ser crime formal (STJ; AgRg no Resp
1.426.834/ES; Rel. Min. Ribeiro Dantas; Quinta Turma; Dje 15/06/2018), não se exigindo a con-
clusão do procedimento fiscal. Portanto, para este crime não se aplica a S.V. 24.
Justamente por isso não se aplica o regime de extinção da punibilidade dos crimes tributá-
rios, vez que é irrelevante eventual parcelamento ou pagamento do tributo (STJ; EDcl no AgRg
no AREsp 769.526/SP; Rel. Min. Nefi Cordeiro; Sexta Turma; Dje 08/03/2018).
A competência é fixada pelo local da apreensão – Súmula 151 do STJ.
Falsidade documental e descaminho: Se o agente, para iludir as autoridades, falsifica do-
cumento e esta falsificação se deu apenas para não pagar o imposto (ex: declara ao auditor
que não traz do exterior nenhuma mercadoria sujeita à tributação) responde apenas pelo des-
caminho que absorve o falso (STJ; 5ª Turma; RHC 31.321/PR; Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze;
j. 16/05/2013 – Info 523).
Importação de arma de pressão: Discutiu o STF se a importação de arma de pressão de
gás comprimido caracteriza descaminho ou contrabando. O Superior Tribunal de Justiça (STJ)
decidiu que a importação não autorizada de arma de pressão por ação de gás comprimido, ain-
da que de calibre inferior a 6 mm, configura o crime de contrabando, para o qual não se aplica
o princípio da insignificância. Quais as posições existentes?
1. O relator Gilmar Mendes concedeu a ordem para manter a decisão do juízo de primeiro
grau, que rejeitara a denúncia oferecida em desfavor do paciente por conta da aplicação do
princípio da insignificância. O relator afirmou que a arma de pressão apreendida não era de
uso proibido, considerada a permissão constante do art. 17 do Decreto 3.665/2000 (1) e do art.
16, § 1º, II, do Decreto 9.493/2018 (2). Portanto, a importação da arma de pressão apreendida,
sem a devida documentação, configura o crime de descaminho. Diante disso, entendeu por
bem aplicar a insignificância.

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2. Em divergência, o ministro Edson Fachin denegou o habeas corpus. De início, registrou


que a conduta verificada no caso seria anterior ao advento da Lei 13.008/2014, que deu nova
redação ao art. 334 do Código Penal (CP), bem como introduziu nesse diploma o art. 334-A.
A redação originária do art. 334 do CP previa que o “contrabando” se daria quando importada
ou exportada “mercadoria proibida”. Já o inciso LXIX do art. 3º e o art. 8º, todos do Decreto
3.665/2000 (4), referem-se a arma de pressão como produto controlado pelo Exército, subme-
tido também à Portaria 2/2010 do Ministério da Defesa. Essa situação jurídica se enquadra na
denominada “proibição relativa”. Desse modo, na espécie, não se trata apenas de desembara-
ço alfandegário. Em realidade, a autorização prévia da autoridade competente era necessária,
o que não ocorreu, restando configurado o crime de contrabando. Ao final prevaleceu esta
orientação por maioria (HC 131.943; Segunda Turma; Rel. Min. Gilmar Mendes; rel. para acór-
dão Min. Edson Fachin; j. 07.05.2019).

 Obs.: Foi revogado o Decreto 3.665/2000. Contudo, o Decreto 10.030 atualmente em vigor
ainda coloca no Anexo II a arma de pressão como produto controlado pelo Comando
do Exército. Portanto, não geraria, por si só, alteração do entendimento.

Formas Equiparadas (§ 1º)

I – Pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;


Navegação de cabotagem é a interna, entre portos do país. O fundamento é o perigo da
navegação costeira não autorizada.
II – Pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
Conforme preceitua Baltazar a referência é inútil, pois a equiparação dada pelas leis espar-
sas já ensejaria a tipificação.
Incisos III e IV;
Tratam estes incisos de receptação de mercadorias que adentraram no Brasil em circuns-
tâncias desconhecidas (fraudulentamente, clandestino ou sem documentos) o que afasta a
incidência do art. 334 do CP. Nestes casos são aplicáveis estes incisos e não o art. 180 do CP
em razão do princípio da especialidade.
Ambas as condutas devem ser praticadas no exercício de atividade comercial ou industrial,
de modo que para fins de atividades comerciais está abrangida qualquer forma de comércio
irregular ou clandestino, consoante dispõe o §2. Portanto, só há estas modalidades se houver
habitualidade.
Portanto, se o agente recebe uma dessas mercadorias de maneira eventual sabendo da
origem criminosa responderá pelo art. 180 do CP e não por esta modalidade equiparada.

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Causa de Aumento de Pena (§ 3º)

Aumenta-se a pena no dobro se o crime é praticado em transporte aéreo, marítimo ou flu-


vial (Caiu na PF em 2018).
STF:

JURISPRUDÊNCIA
Para aplicação da majorante prevista no art. 334, § 3º, do Código Penal CP, é necessária
a condição de clandestinidade. O aumento expressivo da pena, em face da aplicação da
majorante, precisa ser justificado em razão de um maior desvalor da ação. No cenário
atual, não há sentido lógico que justifique um aumento de pena tão expressivo pelo sim-
ples fato de ser o crime praticado em transporte regular. Essa posição tornaria a majo-
rante quase a regra na aplicação do tipo penal na realidade prática, o que findaria por
desvirtuar a estruturação normativa da norma incriminadora. Diante disso, a majorante
somente pode ser aplicada quando houver uma maior reprovabilidade da conduta, carac-
terizada pela atuação do imputado no sentido de dificultar a fiscalização estatal, por meio
da clandestinidade. (HC 162553 AgR/CE, relator Min. Edson Fachin, redator do acórdão
Min. Gilmar Mendes, julgamento em 14.9.2021).

Contrabando (Artigo 334-A do CP)


Noção: Consiste na importação ou exportação de mercadoria proibida. A proibição pode
ser absoluta ou relativa. Absoluta é aquela incontornável (exs: cigarro de marca que não seja
comercializada no país de origem, réplica de arma de fogo, animais da fauna silvestre sem
parecer, agrotóxicos) e relativa é aquela mercadoria que exige prévia autorização ou licença de
autoridade administrativa, podendo haver neste caso crime do §1º, inciso I.
Cigarro: Quanto ao cigarro há certa separação. Se for de comercializado proibida há con-
trabando. Já, em sendo permitida, se não for recolhido o tributo, haverá descaminho. O STJ
ignora essas nuances e trata qualquer hipótese como contrabando.
A Lei 13.008/14 manteve a descrição típica anterior, embora tenha alterado o dispositivo
em que consta o crime. Houve continuidade típico-normativa (item 33 da Prova de Escrivão da
PF/2018 – Banca CEBRASPE)
Bem jurídico: Protege-se a saúde pública, a moralidade, higiene, ordem e segurança, con-
forme Baltazar.
Aplica-se a insignificância? Os precedentes são pela impossibilidade de aplicação da in-
significância para este crime (STF; ARE 924.284/SC; Rel. Min. Gilmar Mendes; Segunda Turma;
j. 10/11/2015 e RE 821.108/PR; Rel. Min. Luiz Fux; Primeira Turma; j. 05/08/2014; STJ, AgRg
no AREsp 1437692/RR; Rel. Min. Joel Ilan Paciornik; Quinta Turma; j. 11/04/2019 e AgRg no
AREsp 1394756/PR; Rel. Min. Laurita Vaz; Sexta Turma; j. 19/03/2019). Apenas em um julgado
bastante excepcional o STJ manteve a insignificância aplicada por conta da excepcionalidade
do caso – aquisição de pequena quantidade de fármaco para uso pessoal (STJ; AgRg no REsp;
Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro; Sexta Turma; j. 18/10/2018).

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Sujeito ativo: É crime comum, podendo ser cometido por qualquer pessoa. Contudo, se
for funcionário público e facilitar este crime responderá pelo artigo 318 do CP – exceção à
teoria monista.
Sujeito passivo: Trata-se de crime vago.
Atenção: A importação apenas caracterizará este crime se não caracterizar outro crime
específico Ex: tráfico internacional de drogas (art. 33, c.c. 40, inciso I da Lei 11.343/06) e tráfico
internacional de arma de fogo (art. 18 da Lei 10.826/03)
A lei 13.008/14 previu novas modalidades de contrabando e aumentou a pena crime para
02 a 05 anos.

Formas Equiparadas (§ 1º)

I – pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando;

Exemplo de fato assimilado: o art. 39 do Decreto-Lei n. 288/67, que trata sobre a Zona Franca
de Manaus, prevê que “será considerado contrabando a saída de mercadorias da Zona Franca
sem a autorização legal expedida pelas autoridades competentes.”

II – importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou


autorização de órgão público competente;
Trata das hipóteses de proibição relativa.

Exs.: Produtos químicos sujeitos a controle e fiscalização (art. 597, §3º do Regulamento Adu-
aneiro), materiais nucleares (art. 613 do Regulamento), biodiesel (art. 617, §2º), carne bovina.

III – reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação;


Existem determinadas mercadorias produzidas no Brasil, mas que só podem ser vendidas
no mercado exterior, ou seja, destinam-se exclusivamente à exportação.
IV – vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito
próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria proibida pela
lei brasileira (forma específica de receptação);
Trata-se de forma específica de receptação.
Esse inciso pune a pessoa que pratica atividade comercial ou industrial envolvendo merca-
doria proibida. Repare que o inciso IV não exige que a mercadoria proibida seja de procedência
estrangeira, nem que tenha sido objeto de importação ou exportação.
Abrangida a modalidade clandestina consoante dispõe o §2º.
V – adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade co-
mercial ou industrial, mercadoria proibida pela lei brasileira (forma específica de receptação).
Trata-se de uma forma específica de receptação.
Abrangida a modalidade clandestina consoante dispõe o §2º.
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§ 2º Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, qualquer forma


de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em
residências.
§ 3º A pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em transporte aé-
reo, marítimo ou fluvial.
Causa de aumento igual a do crime de descaminho.

Impedimento, Perturbação ou Fraude de Concorrência (Artigo 335


do CP)

Praticamente pacífico na doutrina que referido delito foi revogado tacitamente pelos arts.
93 e 95 da Lei 8.666/93. Contudo, até então constou expressamente no edital do TJ/SP (Es-
crevente) e em certames passados a banca cobrou dispositivos que teriam sido revogados
tacitamente e não anulou a questão.
Condutas:
1. Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovi-
da pela Administração ou por entidade paraestatal;
Impedir: Obstar, impossibilitar o prosseguimento;
Perturbar: Embaraçar, criar dificuldades;
Fraudar: Qualquer meio para ludibriar e induzir a erro.
Atenção: A lei se refere apenas a concorrência, excluindo as demais modalidades de
licitação.
2. Afastar ou procurar afastar o concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ame-
aça, fraude ou oferecimento de vantagem
Sujeito ativo: Pode ser praticado por qualquer pessoa, inclusive funcionário público.
Forma equiparada (parágrafo único): Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer
ou licitar, em razão da vantagem oferecida – pune o sujeito que aceita a vantagem na última
hipótese mencionada – é uma espécie de corrupção passiva do concorrente ou licitante.

Inutilização de Edital ou Sinal (Artigo 336 do CP)


Condutas

1. Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital afixado por ordem de fun-
cionário público;
Rasgar: Cortar, dilacerar;
Inutilizar: Invalidar, tornar inútil
Conspurcar: sujar, macular, emporcalhar, manchar

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2. Violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, por determinação legal ou por ordem de
funcionário público, para identificar ou cerrar qualquer objeto.
Violar: Romper, afastar, quebrar.
Inutilizar: Tornar inútil.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, inclusive funcionário público.
Atenção: Não há crime se o edital, selo ou sinal não tem mais utilidade (edital com prazo
vencido, por exemplo).

Subtração ou Inutilização de Livro ou Documento (Artigo 337)


Noção: Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento
confiado à custódia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular em serviço público.
Sujeito ativo: Trata-se de crime comum, que pode ser praticado por qualquer pessoa.

 Obs.: Se o funcionário público praticar a conduta aqui descrita em razão do cargo pratica o
delito do artigo 314 do CP (Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento).
 Se recebeu na qualidade de advogado ou procurador pratica o crime do artigo 356 do
CP (Sonegação de papel ou objeto de valor probatório).

Delito subsidiário: Trata-se de delito expressamente subsidiário em relação ao crime do


artigo 305 do CP.

Sonegação de Contribuição Previdenciária (Artigo 337-A)


Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as
seguintes condutas: (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legisla-
ção previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo
ou a este equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias
descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; (Incluído
pela Lei n. 9.983, de 2000)
III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e
demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as contribuições,
importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em
lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for pri-
mário e de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
I – (VETADO. (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)

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II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido
pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais. (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não ultrapassa R$
1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de um terço até a metade ou
aplicar apenas a de multa. (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos mesmos
índices do reajuste dos benefícios da previdência social. (Incluído pela Lei n. 9.983, de 2000)

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RESUMO
Resistência

1. Oposição mediante violência ou ameaça


2. Ato deve ser legal
3. Resistência passiva configura desobediência ou desacato
4. Qualificadora: Não realização do ato
5. Aplicação do tipo sem prejuízo da violência.

Desobediência

1. Não acatamento da ordem legal de funcionário público


2. Se punida a desobediência com sanção extrapenal não se pune a desobediência, salvo
se a lei trouxer a ressalva.

Desacato

1. Decisão do STF: O delito foi recepcionado pela CF


2. Desacato x injúria majorada: Aquele na presença do funcionário e esta na ausência.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (INSTITUTO CONSULPLAN/2021/TJM-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA JUDI-
CIÁRIO) Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) O crime de usurpação de função pública só pode ser praticado por quem não é funcioná-
rio público.
( ) A existência da corrupção ativa independe da passiva, isto é, a bilateralidade não é requisito
indispensável para sua constituição.
( ) O delito de resistência se materializa com a simples oposição injustificada a qualquer ato
de agente público.
A sequência está correta em
a) F, V, F.
b) V, F, V.
c) F, V, V.
d) V, F, F.

002. (FGV/2021/CÂMARA DE ARACAJU-SE/PROCURADOR JUDICIAL) José, servidor públi-


co ocupante de cargo efetivo da Câmara Municipal de Beta, com vontade livre e consciente,
exigiu, para si, diretamente, no exercício da função, vantagem indevida consistente em 30 mil
reais do sócio-administrador da empresa Alfa, contratada por aquela Casa Legislativa, para
não relatar fato desabonador da conduta da citada sociedade empresária.
Assim agindo, José está incurso no crime:
a) material de corrupção passiva, punível com pena de reclusão de quatro a dez anos, e multa;
b) formal de concussão, punível com pena de reclusão de dois a doze anos, e multa;
c) material de prevaricação, punível com pena de reclusão de dois a oito anos, e multa;
d) formal de corrupção ativa, punível com pena de reclusão de quatro a doze anos, e multa;
e) material de advocacia administrativa, punível com pena de reclusão de quatro a dez
anos, e multa.

003. (COTEC/2016/PREFEITURA DE BONITO DE MINAS-MG/ANALISTA ADMINISTRATI-


VO/ADVOGADO) José das Couves, aprovado em concurso público para o cargo de médico do
pronto-socorro municipal de Além Mar, indignado com a demora nos procedimentos adminis-
trativos relacionados à homologação, nomeação, posse e exercício, resolve, por conta própria,
vestir o jaleco e atender pacientes no referido pronto-socorro, fazendo-se passar por médico
daquela instituição. Nos dias de atendimento, José das Couves aproveitava para angariar clien-
tes para sua clínica particular de ortopedia. Descoberto pelo diretor clínico do pronto-socorro,
José das Couves foi impedido de frequentar as dependências do hospital.

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Segundo a narrativa, José das Couves poderá responder por


a) usurpação de função pública, qualificada pela vantagem auferida na captação de clientes.
b) exercício funcional ilegalmente antecipado, visto que aprovado em concurso público.
c) usurpação de função pública, pelo exercício da função sem ter sido nomeado por concurso.
d) exercício de curandeirismo, devido à prescrição e à aplicação de medicamentos aos
pacientes.

004. (IADES/2021/CAU-MS/ADVOGADO) Entre os crimes listados a seguir, o único que pode


ser praticado por particular é o crime de
a) corrupção ativa.
b) concussão.
c) prevaricação.
d) corrupção passiva.
e) abandono de função.

005. (CRESCER CONSULTORIAS/2017/PREFEITURA DE URBANO SANTOS-MA/ADVOGA-


DO) Considerando o crime de contrabando e descaminho, assinale a alternativa CORRETA:
I – Considera-se contrabando iludir, no todo ou em parte, o pagamento de imposto devido.
II – Para os crimes de descaminho, a jurisprudência tem adotado o princípio da insignificância
quando o prejuízo for inferior ao patamar estabelecido pela Fazenda Nacional como irrelevante
para fins de execução penal.
III – Tanto no crime de contrabando quanto no de descaminho, admite-se a tentativa.
a) Itens I e II estão corretos, apenas.
b) Itens I e III estão corretos, apenas.
c) Itens II e III estão corretos, apenas.
d) Itens I, II e III estão corretos.

006. (ADVISE/2021/PREFEITURA DE COREMAS-PB/ADVOGADO) O crime de “Tráfico de In-


fluência”, previsto no Código Penal (Decreto-lei n. 2.848/40) tem a conduta típica de:
a) Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela sa-
ída ou pelo consumo de mercadoria.
b) Importar ou exportar mercadoria proibida.
c) Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem,
a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
d) Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.
e) Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida
pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou pro-
curar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou ofereci-
mento de vantagem.
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007. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-AL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Agenor conduzia sua moto-


cicleta em via pública sem usar capacete quando foi parado e abordado, em blitz, pelo agente
de trânsito Roberto, funcionário público do Departamento de Trânsito (DETRAN). Para que não
fosse multado pelo agente, Agenor prometeu a Roberto vantagem indevida, comprometendo-
-se a entregar 400 reais ao agente na semana seguinte ao ocorrido.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O flagrante por delito de corrupção ativa se configuraria, nesse caso, no momento da entrega
do dinheiro prometido.

008. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-AL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Agenor conduzia sua moto-


cicleta em via pública sem usar capacete quando foi parado e abordado, em blitz, pelo agente
de trânsito Roberto, funcionário público do Departamento de Trânsito (DETRAN). Para que não
fosse multado pelo agente, Agenor prometeu a Roberto vantagem indevida, comprometendo-
-se a entregar 400 reais ao agente na semana seguinte ao ocorrido.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Agenor incorrerá no crime de corrupção ativa mesmo que Roberto não aceite a promessa, pois
a configuração desse delito não depende da aceitação pelo funcionário público.

009. (CESPE/CEBRASPE/2021/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/DIREITO E LEGISLAÇÃO)


Texto associado
Relativamente aos crimes contra a administração pública e contra a fé pública, julgue o item
subsequente.
O servidor público que aceitar vantagem indevida oferecida pelo particular para a prática de
determinado ato de ofício, responderá, em concurso com o particular, pelo crime de corrupção
ativa, ainda que a vantagem não se concretize.

010. (FGV/2021/SEFAZ-ES/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/TARDE) Durante


uma fiscalização de rotina in loco de um determinado estabelecimento comercial, dois fiscais
solicitam ao comerciante a documentação pertinente. O comerciante exibe os documentos
aos fiscais e estes constatam a ocorrência de irregularidades que os obrigariam a autuar o es-
tabelecimento. Os fiscais comunicam ao comerciante que ele será autuado, momento em que
este oferece a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para que eles deixassem de fazer a autu-
ação. Os fiscais responderam que estariam de acordo mediante o pagamento de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais). O comerciante afirma que não tem essa quantia e os fiscais realizam a
autuação na forma da lei. Diante da narrativa, assinale a afirmativa correta.
a) O comerciante e os fiscais não cometeram nenhum crime, pois não foi efetivado o pagamen-
to de dinheiro e o estabelecimento foi regularmente autuado.
b) O comerciante cometeu o crime de corrupção e os fiscais cometeram o crime de concussão,
todos na modalidade tentada.

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c) O comerciante cometeu o crime de corrupção ativa na modalidade tentada e os fiscais não


cometeram nenhum crime.
d) O comerciante cometeu o crime de corrupção ativa e os fiscais cometeram o crime de cor-
rupção passiva.
e) O comerciante cometeu o crime de corrupção e os fiscais cometeram o crime de prevaricação.

011. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA DA CARREIRA DE POLÍCIA


CIVIL DO DISTRITO FEDERAL) Acerca dos delitos contra a administração pública, julgue o
item a seguir.
Configura crime de desobediência a oposição à execução de ato legal, emanado por funcio-
nário público, mediante atitude negativa, sendo a pena privativa de liberdade prevista para tal
crime mais branda que a prevista para o crime de resistência.

012. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA DA CARREIRA DE POLÍCIA


CIVIL DO DISTRITO FEDERAL) No item subsecutivo, é apresentada uma situação hipotética
relativa a crimes contra a administração pública, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Denilson, artista de rua, vestiu-se, de forma jocosa e satírica, com distintivos e símbolos da
Polícia Civil do Distrito Federal. Nessa situação, Denilson praticou o crime de desacato.

013. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Com relação a crimes contra a administração pública, julgue o item que se segue.
A oposição passiva à execução de ato legal praticado por funcionário público não caracteriza
o crime de resistência.

014. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Cada item a seguir apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser
julgada, acerca de direito penal.
Em um shopping, Carlos, ex-presidiário, encontrou-se com Daniel, que estava passeando no
local com sua família. Nessa ocasião, Carlos reconheceu Daniel como sendo um dos agentes
federais de execução penal que haviam realizado sua escolta durante uma de suas transferên-
cias de presídio. Carlos, então, dirigiu xingamentos a Daniel, em razão do cargo deste. Nessa
situação hipotética, Carlos cometeu o crime de desacato.

015. (CESPE/CEBRASPE/2021/POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDERAL) Com


relação ao direito penal e ao direito processual penal, julgue o item que se segue.
A consumação do delito de descaminho independe do esgotamento da via administrativa.

016. (CESPE/CEBRASPE/2021/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL) No


que se refere aos crimes contra a administração pública, julgue o próximo item.
O pagamento do tributo devido extingue a punibilidade do crime de descaminho.

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017. (CESPE/CEBRASPE/2021/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL) No


que se refere aos crimes contra a administração pública, julgue o próximo item.
A fuga do réu após a ordem de parada dos policiais para abordagem configura crime de de-
sobediência.

018. (CESPE/CEBRASPE/2021/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Em uma aborda-


gem durante blitz de rotina em rodovia federal, o policial constatou alteração no chassi do ve-
ículo que estava sendo fiscalizado. Questionado pelo policial, o condutor ofereceu-lhe grande
quantia em dinheiro para que fosse liberado de imediato.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
Ao oferecer dinheiro para ser irregularmente liberado da blitz, o condutor praticou o crime de
corrupção ativa.

019. (FGV/2018/CÂMARA DE SALVADOR-BA/ANALISTA LEGISLATIVO MUNICIPAL/MESA


DIRETORA/OUVIDORIA) Caio, funcionário da ouvidoria de determinado órgão público, no
exercício de suas funções, é surpreendido por João, totalmente insatisfeito com a demora em
seu atendimento. Quando chega a sua vez de ser atendido, João passa a afirmar, na frente
de diversas pessoas, que Caio é um “incompetente”, que “certamente teria retardo mental” e
que explicaria suas necessidades “com bastante calma para que até uma pessoa como Caio
pudesse entender”. Caio, então, sentindo-se humilhado, informa o fato a Policiais Militares que
faziam a segurança em frente ao órgão em que exercia suas funções. Considerando apenas
as informações narradas, a conduta de João, de acordo com as previsões do Código Penal,
configura:
a) resistência;
b) desobediência;
c) desacato;
d) violência arbitrária;
e) atipicidade.

020. (EDUCA/2020/PREFEITURA DE CABEDELO-PB/AGENTE DE TRÂNSITO) De acordo


com o art. 333, do Decreto n. 2.848/40, “ um crime de Corrupção Ativa” é caracterizado por:
a) Importar ou exportar mercadoria proibida.
b) Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela sa-
ída ou pelo consumo de mercadoria.
c) Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar,
omitir ou retardar ato de ofício.
d) Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem,
a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
e) Usurpar o exercício de função pública.

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021. (CESPE/CEBRASPE/2021/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO)


Com relação aos crimes contra a administração pública, julgue o item subsequente.
O tipo penal do crime de desacato é imputável a servidor público no exercício de suas funções.

022. (CESPE/CEBRASPE/2021/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO)


Com relação aos crimes contra a administração pública, julgue o item subsequente.
A oposição manifestada pelo indivíduo, mediante resistência passiva, sem o uso da violência,
contra ordem emanada por autoridades policiais que pretendessem levá-lo à delegacia, sem
que houvesse flagrante, é suficiente para caracterizar o delito de resistência.

023. (FDC/2012/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS


MUNICIPAIS/2º DIA) Se uma pessoa usurpa o exercício de função pública, auferindo vanta-
gem, pratica crime apenado, além da multa, com:
a) detenção de um a três anos
b) reclusão de dois a cinco anos
c) detenção de um a quatro anos
d) detenção de três meses a dois anos
e) reclusão de três meses a quatro anos

024. (FDC/2012/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS


MUNICIPAIS/2º DIA) Praticado o crime de tráfico de influência, se o agente alega que a vanta-
gem também é destinada ao funcionário, a pena é aumentada de:
a) metade
b) um terço
c) um quarto
d) um quinto
e) dois terços

025. (CESPE/CEBRASPE/2003/PC-RR/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Julgue o item que se


segue, relativo ao crime contra a administração pública.
Aquele que oferece ou promete vantagem indevida a oficial de justiça para que retarde o ato de
intimação comete o crime de corrupção ativa.

026. (FAFIPA/2019/CREA-PR/AGENTE PROFISSIONAL/ADVOGADO/ADAPTADA) Não


constitui crime contra a Administração em Geral, praticado por particular:
a) Corrupção passiva
b) Descaminho
c) Tráfico de influência
d) Corrupção ativa
e) Usurpação de função pública

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027. (TJ-SC/2010/TJ-SC/OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR) A pessoa que, mediante ame-


aça a oficial de justiça, opõe-se à execução de mandado judicial de reintegração de posse, fica
sujeita às penas do crime de:
a) Resistência.
b) Desobediência.
c) Desacato.
d) Exercício arbitrário das próprias razões.
e) Tergiversação.

028. (CRESCER CONSULTORIAS/2017/PREFEITURA DE CAMPO ALEGRE DE LOURDES-


-BA/GUARDA MUNICIPAL) Quando um condutor de veículo é interceptado por um agente da
Brigada de Trânsito, em excesso de velocidade e promete ao agente uma quantia monetária
para não ser sancionado, temos um crime de:
a) Corrupção ativa.
b) Corrupção passiva.
c) Corrupção de eleitor.
d) Corrupção no desporto.

029. (CESPE/CEBRASPE/2015/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FOR-


MAÇÃO/3ª TURMA/1ª PROVA) Acerca dos institutos de direito penal, dos crimes em espécie
e das disposições penais previstas no Estatuto do Desarmamento e no Estatuto do Estrangei-
ro, julgue o item seguinte.
A resistência passiva, sem o emprego de violência ou grave ameaça, em oposição à execução
de ato legal de funcionário competente não configura o crime de resistência.

030. (ADVISE/2019/PREFEITURA DE JUAREZ TÁVORA-PB) João praticou a conduta típi-


ca de “desobedecer a ordem legal de funcionário público”. De acordo com o Código Penal,
esta conduta:
a) Não configura crime.
b) Configura crime de desacato.
c) Configura crime de tráfico de influência.
d) Configura crime de corrupção ativa.
e) Configura crime de desobediência.

031. (ADVISE/2017/CREA-SE/AGENTE FISCAL) Dos crimes praticados por particular contra


a administração em geral, estão incluídos:
( ) Desacato;
( ) Tráfico de Influência;
( ) Usurpação de função pública;

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( ) Favorecimento pessoal;
( ) Falso testemunho;
( ) Corrupção ativa.
Assinale (V) para as afirmações Verdadeiras e (F) para as Falsas:
a) V-V-V-F-F-V.
b) V-F-F-V-V-F.
c) V-F-V-V-V-F.
d) F-V-V-V-V-F.
e) V-V-V-V-F-F.

032. (UEG/2018/PREFEITURA DE IPORÁ-GO) O crime de corrupção ativa é caracterizado por:


a) solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.
b) oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar,
omitir ou retardar ato de ofício.
c) extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sone-
gá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente.
d) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição
expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
e) patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valen-
do-se da qualidade de funcionário.

033. (PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO-RJ/2011/MULTIRIO) Considere que um particular


resolveu, por si mesmo, com os objetivos de se popularizar e de obter vantagens políticas,
orientar diariamente o fluxo de pessoal para atendimento no posto de saúde da Prefeitura. Esta
prática caracteriza o seguinte tipo de crime cometido contra a administração pública:
a) usurpação de função pública
b) facilitação de descaminho
c) tráfico de influência
d) corrupção ativa

034. (FUNRIO/2018/CÂMARA DE SÃO JOÃO DE MERITI-RJ/ANALISTA LEGISLATIVO/AD-


VOGADO) Apesar das divergências doutrinarias e jurisprudenciais sobre a manutenção de de-
terminados crimes no sistema jurídico pátrio, vários continuam sendo tipificados na lei. Dentre
eles, o crime de desacato praticado contra funcionário público que é considerado um crime:
a) formal.
b) material.
c) culposo.
d) omissivo.
e) eventual.
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035. (2002/CESPE/CEBRASPE/SEFAZ-AL) Caso atue de forma incorreta, quem trabalha para


o Estado ou com ele se relaciona pode incidir na prática de crimes com tipos específicos, pre-
vistos na legislação penal brasileira. Nesse contexto, julgue o item abaixo.
A consumação do crime de corrupção ativa depende do recebimento, pelo funcionário público,
da vantagem indevida que lhe tiver sido oferecida para retardar ato de ofício.

036. (CRESCER CONSULTORIAS/2018/PREFEITURA DE SÃO DOMINGOS DO AZEITÃO-MA/


PROCURADOR) Não constitui crime praticado por particular contra a administração em geral:
a) Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio
b) Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela sa-
ída ou pelo consumo de mercadoria.
c) Importar ou exportar mercadoria proibida.
d) Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo
de devassá-lo.

037. (GUALIMP/2019/PREFEITURA DE PORCIÚNCULA-RJ/PROCURADOR ADJUNTO) Ma-


rianna e sua amiga Giovanna estavam em dúvida sobre qual seria o crime cometido por quem
pratica a conduta típica de “Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem
ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no
exercício da função”. Diante dessa dúvida, ambas buscaram auxílio do professor Acácio, que
prontamente ensinou que trata-se do crime de:
a) Desobediência.
b) Prevaricação.
c) Descaminho.
d) Tráfico de influência.

038. (IBADE/2020/PREFEITURA DE VILA VELHA-ES/AGENTE MUNICIPAL DE DEFESA CI-


VIL) Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio, é conduta que configura o crime de:
a) desobediência.
b) resistência.
c) roubo.
d) furto.
e) estelionato.

039. (FEPESE/2020/PREFEITURA DE ITAJAÍ-SC/ASSISTENTE JURÍDICO) Conforme dis-


posto na legislação penal brasileira, “oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário
público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício”, qualifica o crime de:

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a) desacato.
b) prevaricação.
c) corrupção ativa.
d) corrupção passiva.
e) usurpação de função pública.

040. (FCC/2019/TRF 3ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Miguel e Mau-


ro viajaram para Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, e lá atravessaram a Ponte Internacional
da Amizade para ingresso no Paraguai, em Ciudad del Este, onde compraram um carregamen-
to de 100 mil pacotes de cigarros, para revender no Brasil, e precisavam retornar ao território
nacional com a mercadoria, mas não possuíam autorização para importação. Para tanto, Mi-
guel, que é piloto de aeronave, e Mauro alugaram um avião e realizaram o transporte aéreo
da mercadoria do Paraguai para uma fazenda situada no estado do Paraná, próxima a Foz
do Iguaçu. No momento em que aterrizaram, e desembarcaram em território nacional, com a
mercadoria, Miguel e Mauro foram presos em flagrante pela Polícia Federal. No caso hipotético
apresentado, Miguel e Mauro cometeram crime de
a) descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, sem qualquer majoração,
pois o descaminho foi praticado em avião clandestino.
b) descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, que deverá ser aplicada
em dobro, pois o descaminho foi realizado em transporte aéreo.
c) contrabando, e estão sujeitos à pena de 02 a 05 anos de reclusão, que deverá ser majorada
de 1/3 a metade, pois o contrabando foi realizado em transporte aéreo.
d) descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, que deverá ser majorada
de 1/3 a metade, pois o descaminho foi realizado em transporte aéreo.
e) contrabando, e estão sujeitos à pena de 02 a 05 anos de reclusão, que deverá ser aplicada
em dobro, pois o contrabando foi realizado em transporte aéreo.

041. (QUADRIX/2018/COREN-RS/ANALISTA/JURÍDICO) Ana, enfermeira, sabendo que Kê-


nia está na fila de cirurgia de coração de um hospital público, cobra a quantia de R$ 5.000,00
a pretexto de influir junto ao agente público responsável pela determinação da ordem das
cirurgias. Kênia paga o valor combinado, mas Ana sequer menciona seu caso ao funcioná-
rio público.
Nesse caso hipotético, Ana praticou o crime de
a) prevaricação.
b) corrupção ativa.
c) corrupção passiva.
d) concussão.
e) tráfico de influência.

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042. (FCC/2019/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/AGENTE FISCAL DE POS-


TURAS) Marino, desempregado, agrediu física e gravemente Josias, funcionário público com-
petente para a realização de determinado ato legal. Agredido, Josias foi impedido de executar
sua função. Nesse caso, de acordo com o Código Penal, Marino responderá pelo crime de
a) resistência, aplicando-se somente a pena de detenção prevista para esse crime.
b) resistência, aplicando-se a pena de detenção, sem prejuízo da correspondente à violência.
c) resistência, aplicando-se a pena de reclusão, sem prejuízo da correspondente à violência.
d) desobediência, aplicando-se a pena de reclusão, sem prejuízo da correspondente à violência.
e) desobediência, aplicando-se somente a pena de detenção prevista para esse crime.

043. (VUNESP/2019/PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO-SP/PROCURADOR) A respeito


dos crimes contra a administração pública, previstos nos artigos 312 a 359-H, do Código Penal,
assinale a alternativa correta.
a) O crime de favorecimento pessoal (art. 348 do CP) só se caracteriza se o auxílio é prestado
a autor de crime a que cominada pena de reclusão.
b) O crime de tráfico de influência (art. 332 do CP) é próprio de funcionário público.
c) O crime de violação de sigilo funcional (art. 325 do CP) só se caracteriza se da revelação
resultar prejuízo à Administração Pública.
d) O crime de corrupção ativa (art. 333 do CP) só se caracteriza se o ato de ofício, em razão da
vantagem oferecida ou prometida, for omitido, praticado ou retardado.
e) O crime de desacato (art. 331 do CP) só se caracteriza se o funcionário púbico estiver no
exercício da função ou em razão dela.

044. (CESPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Com relação aos delitos tipificados na


parte especial do Código Penal, julgue o item subsecutivo.
Segundo o STJ, a previsão legal do crime de desacato a funcionário público no exercício da
função não viola o direito à liberdade de expressão e de pensamento previstos no Pacto de São
José da Costa Rica.

045. (CESPE/2019/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Em uma rodovia federal, próxi-


ma à fronteira do Brasil com o Paraguai, um caminhão foi parado e vistoriado por policiais ro-
doviários federais. Além do motorista e de um passageiro, o veículo transportava, ilegalmente,
grande quantidade de mercadoria lícita de procedência estrangeira, mas sem o pagamento
dos devidos impostos de importação. O motorista, penalmente imputável e proprietário do
caminhão, admitiu a propriedade dos produtos. O passageiro, que se identificou como servi-
dor público alfandegário lotado no posto de fiscalização fronteiriço pelo qual o veículo havia
passado para adentrar no território nacional, alegou desconhecer a existência dos produtos no
caminhão e que apenas pegou carona com o motorista.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A conduta do motorista configura crime de descaminho em sua forma consumada, ainda que
não tenha havido ocorrência de efetivo prejuízo ao erário.

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046. (CESPE/2019/SEFAZ-RS/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/BLOCO I) O pro-


prietário de estabelecimento comercial que impeça o acesso de auditor fiscal da SEFAZ, regu-
larmente identificado e com atribuição para dar início à ação fiscal, pratica
a) desacato.
b) resistência.
c) desobediência.
d) crime contra a ordem tributária.
e) conduta penalmente atípica, considerada mera infração administrativa.

047. (IDECAN/2018/AGU/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO) Em relação aos crimes


contra a Administração Pública, assinale a afirmativa incorreta.
a) Advocacia administrativa é crime praticado contra a administração da justiça.
b) Corrupção ativa é crime praticado por particular contra a administração em geral.
c) Concussão é crime praticado por funcionário público contra a administração em geral.
d) Denunciação caluniosa é crime praticado contra a administração da justiça.
e) Descaminho é crime praticado por particular contra a administração em geral.

048. (CESPE/2018/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO/ÁREA JURÍDICA) Julgue o item seguin-


te, a respeito dos crimes contra a administração pública.
Em razão do princípio da proteção da coisa pública, o tipo penal que prevê o crime de descami-
nho não permite a aplicação do princípio da insignificância.

049. (CESPE/2018/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO/ÁREA JURÍDICA) Julgue o item seguin-


te, a respeito dos crimes contra a administração pública.
As condutas dos ilícitos de corrupção passiva e de corrupção ativa são bilaterais e, assim, a
condenação do corrupto passivo está vinculada à condenação do corruptor ativo.

050. (CESPE/2018/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA) Acerca dos crimes contra a adminis-


tração pública, julgue o item a seguir.
O crime de corrupção ativa e o de corrupção passiva são considerados crimes próprios prati-
cados contra a administração pública.

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GABARITO
1. a 37. d
2. b 38. b
3. a 39. c
4. a 40. e
5. c 41. e
6. c 42. c
7. E 43. e
8. C 44. C
9. E 45. C
10. d 46. c
11. C 47. a
12. E 48. E
13. C 49. E
14. C 50. E
15. C
16. E
17. C
18. C
19. c
20. c
21. C
22. E
23. b
24. a
25. C
26. a
27. a
28. a
29. C
30. e
31. a
32. b
33. a
34. a
35. E
36. d

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GABARITO COMENTADO
001. (INSTITUTO CONSULPLAN/2021/TJM-MG/ANALISTA JUDICIÁRIO/ANALISTA JUDI-
CIÁRIO) Analise as afirmativas, marque V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) O crime de usurpação de função pública só pode ser praticado por quem não é funcioná-
rio público.
( ) A existência da corrupção ativa independe da passiva, isto é, a bilateralidade não é requisito
indispensável para sua constituição.
( ) O delito de resistência se materializa com a simples oposição injustificada a qualquer ato
de agente público.
A sequência está correta em
a) F, V, F.
b) V, F, V.
c) F, V, V.
d) V, F, F.

a) Certa. A assertiva I é falsa, pois o crime de usurpação de função pública é crime comum. A
assertiva II é verdadeira, pois pode haver corrupção ativa sem a passiva, não existindo bilate-
ralidade obrigatória. A assertiva III é falsa, pois a resistência exige o emprego de violência ou
ameaça em relação ao funcionário público.
b) Errada. O crime de usurpação de função pública é crime praticado por particular contra a
Administração em Geral. Por ser crime comum, não exige que o sujeito ativo tenha qualquer
condição especial, podendo ser inclusive funcionário público. Sendo assim, a assertiva I é fal-
sa, deixando a alternativa errada.
c) Errada. A assertiva II é verdadeira. Pode haver crime de corrupção ativa sem que haja cor-
rupção passiva. É o caso de o particular oferecer a vantagem indevida e o funcionário público
não aceitar. Sendo assim, a alternativa está errada.
d) Errada. O crime de usurpação de função pública é crime praticado por particular contra a
Administração em Geral. Por ser crime comum, não exige que o sujeito ativo tenha qualquer
condição especial, podendo ser inclusive funcionário público. Sendo assim, a assertiva I é fal-
sa, deixando a alternativa errada. Além disso, A assertiva II é verdadeira. Pode haver crime de
corrupção ativa sem que haja corrupção passiva. É o caso de o particular oferecer a vantagem
indevida e o funcionário público não aceitar.
Letra a.

002. (FGV/2021/CÂMARA DE ARACAJU-SE/PROCURADOR JUDICIAL) José, servidor públi-


co ocupante de cargo efetivo da Câmara Municipal de Beta, com vontade livre e consciente,
exigiu, para si, diretamente, no exercício da função, vantagem indevida consistente em 30 mil
reais do sócio-administrador da empresa Alfa, contratada por aquela Casa Legislativa, para
não relatar fato desabonador da conduta da citada sociedade empresária.
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Assim agindo, José está incurso no crime:


a) material de corrupção passiva, punível com pena de reclusão de quatro a dez anos, e multa;
b) formal de concussão, punível com pena de reclusão de dois a doze anos, e multa;
c) material de prevaricação, punível com pena de reclusão de dois a oito anos, e multa;
d) formal de corrupção ativa, punível com pena de reclusão de quatro a doze anos, e multa;
e) material de advocacia administrativa, punível com pena de reclusão de quatro a dez
anos, e multa.

a) Errada. Considerando que a ação praticada por José foi a de “exigir” e não a de solicitar, o
crime é de concussão, restando afastada a corrupção passiva.
b) Certa. O crime praticado pelo funcionário público José foi o de concussão, pois estão pre-
sentes todas as elementares do delito do art. 316 do CP.
c) Errada. Não há prevaricação, pois não houve omissão em relação a ato que José deveria
praticar de ofício. Houve concussão, pois José exigiu vantagem indevida.
d) Errada. O crime de corrupção ativa é praticado por particular contra a Administração em
Geral. Nesse caso o crime foi cometido por José, funcionário público que praticou concussão.
e) Errada. A conduta praticada pelo funcionário José, de exigir vantagem indevida, se amolda
ao tipo penal do art. 316 do Código Penal. Não estão preenchidos os elementos necessários
para que esteja configurado o crime de advocacia administrativa.
Letra b.

003. (COTEC/2016/PREFEITURA DE BONITO DE MINAS-MG/ANALISTA ADMINISTRATI-


VO/ADVOGADO) José das Couves, aprovado em concurso público para o cargo de médico do
pronto-socorro municipal de Além Mar, indignado com a demora nos procedimentos adminis-
trativos relacionados à homologação, nomeação, posse e exercício, resolve, por conta própria,
vestir o jaleco e atender pacientes no referido pronto-socorro, fazendo-se passar por médico
daquela instituição. Nos dias de atendimento, José das Couves aproveitava para angariar clien-
tes para sua clínica particular de ortopedia. Descoberto pelo diretor clínico do pronto-socorro,
José das Couves foi impedido de frequentar as dependências do hospital.
Segundo a narrativa, José das Couves poderá responder por
a) usurpação de função pública, qualificada pela vantagem auferida na captação de clientes.
b) exercício funcional ilegalmente antecipado, visto que aprovado em concurso público.
c) usurpação de função pública, pelo exercício da função sem ter sido nomeado por concurso.
d) exercício de curandeirismo, devido à prescrição e à aplicação de medicamentos aos
pacientes.
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a) Certa. José das couves usurpou o exercício de função pública e desse fato o agente auferiu
vantagem. Sendo assim, praticou o crime do art. 328, parágrafo único. Ou seja, usurpação de
função pública qualificada.
b) Errada. José das Couves nem havia sido nomeado ainda, não podendo ser considerado
funcionário público. Sendo assim, não pode cometer o crime de exercício funcional legalmente
antecipado.
c) Errada. Houve a usurpação de função pública, porém na modalidade qualificada, pois José
das Couves auferiu vantagem dessa situação.
d) Errada. Não há curandeirismo, pois do enunciado não é possível extrair se essa conduta de
José das Couves foi frequente. O curandeirismo é crime habitual, exige que tenha ocorrida a
pratica de curandeirismo por algumas vezes para que o crime esteja caracterizado.
Letra a.

004. (IADES/2021/CAU-MS/ADVOGADO) Entre os crimes listados a seguir, o único que pode


ser praticado por particular é o crime de
a) corrupção ativa.
b) concussão.
c) prevaricação.
d) corrupção passiva.
e) abandono de função.

a) Certa. O crime de corrupção ativa, do art. 333 do Código Penal, pode ser praticado por parti-
cular, sem necessidade de haver funcionário público no polo ativo do delito.
b) Errada. O crime de concussão, previsto no art. 316 do Código Penal, está no Capítulo dos
crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Sendo assim, é
cometido por funcionário público.
c) Errada. O crime de prevaricação, previsto no art. 319 do Código Penal, está no Capítulo dos
crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Sendo assim, é
cometido por funcionário público.
d) Errada. O crime de corrupção passiva, previsto no art. 317 do Código Penal, está no Capítulo
dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Sendo assim,
é cometido por funcionário público.
e) Errada. O crime de abandono de função, previsto no art. 323 do Código Penal, está no Ca-
pítulo dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral. Sendo
assim, é cometido por funcionário público.
Letra a.
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005. (CRESCER CONSULTORIAS/2017/PREFEITURA DE URBANO SANTOS-MA/ADVOGA-


DO) Considerando o crime de contrabando e descaminho, assinale a alternativa CORRETA:
I – Considera-se contrabando iludir, no todo ou em parte, o pagamento de imposto devido.
II – Para os crimes de descaminho, a jurisprudência tem adotado o princípio da insignificância
quando o prejuízo for inferior ao patamar estabelecido pela Fazenda Nacional como irrelevante
para fins de execução penal.
III – Tanto no crime de contrabando quanto no de descaminho, admite-se a tentativa.
a) Itens I e II estão corretos, apenas.
b) Itens I e III estão corretos, apenas.
c) Itens II e III estão corretos, apenas.
d) Itens I, II e III estão corretos.

a) Errada. A assertiva I está errada, pois o crime descrito é o de descaminho e não contrabando.
b) Errada. A assertiva I está errada, pois o crime descrito é o de descaminho e não contrabando.
c) Certa. A assertiva II e a assertiva III estão de acordo com o Código Penal, em seus artigos
334 e 334-A, e de acordo com a jurisprudência dos Tribunais.
d) Errada. A assertiva I está errada, pois o crime descrito é o de descaminho e não contrabando.
Letra c.

006. (ADVISE/2021/PREFEITURA DE COREMAS-PB/ADVOGADO) O crime de “Tráfico de In-


fluência”, previsto no Código Penal (Decreto-lei n. 2.848/40) tem a conduta típica de:
a) Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela sa-
ída ou pelo consumo de mercadoria.
b) Importar ou exportar mercadoria proibida.
c) Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem,
a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
d) Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.
e) Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida
pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou pro-
curar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou ofereci-
mento de vantagem.

a) Errada. A alternativa trata do crime de descaminho, do art. 334 do CP.


b) Errada. A alternativa trata do crime de contrabando, do art. 334-A do CP.
c) Certa. A alternativa está exatamente de acordo com os termos do Código Penal em relação
ao crime de tráfico de influência.

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d) Errada. A alternativa trata do crime de resistência, do art. 329 do CP.


e) Errada. A alternativa trata do crime de impedimento, perturbação ou fraude de concorrência,
do art. 335 do CP.
Letra c.

007. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-AL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Agenor conduzia sua moto-


cicleta em via pública sem usar capacete quando foi parado e abordado, em blitz, pelo agente
de trânsito Roberto, funcionário público do Departamento de Trânsito (DETRAN). Para que não
fosse multado pelo agente, Agenor prometeu a Roberto vantagem indevida, comprometendo-
-se a entregar 400 reais ao agente na semana seguinte ao ocorrido.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O flagrante por delito de corrupção ativa se configuraria, nesse caso, no momento da entrega
do dinheiro prometido.

O crime de corrupção ativa se consuma no momento do oferecimento ou da promessa de van-


tagem indevida. A entrega do dinheiro prometido é mero exaurimento do delito.
Errado.

008. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-AL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA) Agenor conduzia sua moto-


cicleta em via pública sem usar capacete quando foi parado e abordado, em blitz, pelo agente
de trânsito Roberto, funcionário público do Departamento de Trânsito (DETRAN). Para que não
fosse multado pelo agente, Agenor prometeu a Roberto vantagem indevida, comprometendo-
-se a entregar 400 reais ao agente na semana seguinte ao ocorrido.
Considerando essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Agenor incorrerá no crime de corrupção ativa mesmo que Roberto não aceite a promessa, pois
a configuração desse delito não depende da aceitação pelo funcionário público.

O agente Agenor deve responder pelo crime de corrupção ativa, pois prometeu a vantagem
indevida. Ainda que essa não tenha sido aceita pelo funcionário público, o crime do art. 333 do
CP se consumou com a promessa.
Certo.

009. (CESPE/CEBRASPE/2021/PG-DF/ANALISTA JURÍDICO/DIREITO E LEGISLAÇÃO)


Texto associado
Relativamente aos crimes contra a administração pública e contra a fé pública, julgue o item
subsequente.
O servidor público que aceitar vantagem indevida oferecida pelo particular para a prática de
determinado ato de ofício, responderá, em concurso com o particular, pelo crime de corrupção
ativa, ainda que a vantagem não se concretize.

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Nesse caso o particular responde pelo crime de corrupção ativa. Mas o funcionário público
que aceitar essa vantagem responde pelo crime de corrupção passiva. Trata-se de exceção da
Teoria Monista. Cada um dos envolvidos responde por crimes distintos, pois as condutas se
amoldam aos tipos penais do art. 317 e 333 do CP.
Errado.

010. (FGV/2021/SEFAZ-ES/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/TARDE) Durante


uma fiscalização de rotina in loco de um determinado estabelecimento comercial, dois fiscais
solicitam ao comerciante a documentação pertinente. O comerciante exibe os documentos
aos fiscais e estes constatam a ocorrência de irregularidades que os obrigariam a autuar o es-
tabelecimento. Os fiscais comunicam ao comerciante que ele será autuado, momento em que
este oferece a quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para que eles deixassem de fazer a autu-
ação. Os fiscais responderam que estariam de acordo mediante o pagamento de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais). O comerciante afirma que não tem essa quantia e os fiscais realizam a
autuação na forma da lei. Diante da narrativa, assinale a afirmativa correta.
a) O comerciante e os fiscais não cometeram nenhum crime, pois não foi efetivado o pagamen-
to de dinheiro e o estabelecimento foi regularmente autuado.
b) O comerciante cometeu o crime de corrupção e os fiscais cometeram o crime de concussão,
todos na modalidade tentada.
c) O comerciante cometeu o crime de corrupção ativa na modalidade tentada e os fiscais não
cometeram nenhum crime.
d) O comerciante cometeu o crime de corrupção ativa e os fiscais cometeram o crime de cor-
rupção passiva.
e) O comerciante cometeu o crime de corrupção e os fiscais cometeram o crime de prevaricação.

a) Errada. A conduta dos fiscais se amolda ao crime de corrupção passiva e a conduta dos co-
merciantes de amolda ao crime de corrupção ativa. Sendo assim, ambos praticaram fato típico.
b) Errada. A alternativa não deixa claro qual o crime de corrupção cometido pelos comercian-
tes, se ativa ou passiva. Além disso, não houve concussão, pois os fiscais não exigiram a van-
tagem indevida.
c) Errada. Os fiscais cometeram o crime de corrupção passiva, pois aceitaram a vantagem
indevida ofertada pelos comerciantes.
d) Certa. O crime a ser imputado aos comerciantes é o de corrupção ativa. Em relação aos fis-
cais, por serem funcionários públicos, devem responder por corrupção passiva, pois aceitaram
a vantagem ofertada.
e) Errada. Os fiscais, ao aceitarem a vantagem indevida, cometeram o crime de corrupção pas-
siva. Não houve crime de prevaricação nessa hipótese.
Letra d.
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011. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA DA CARREIRA DE POLÍCIA


CIVIL DO DISTRITO FEDERAL) Acerca dos delitos contra a administração pública, julgue o
item a seguir.
Configura crime de desobediência a oposição à execução de ato legal, emanado por funcio-
nário público, mediante atitude negativa, sendo a pena privativa de liberdade prevista para tal
crime mais branda que a prevista para o crime de resistência.

A conduta de desobedecer a ato legal de funcionário público se amolda ao crime de desobedi-


ência, com pena de detenção de 15 dias a 6 meses. Já o crime de resistência envolve violência
ou ameaça e possui pena de detenção de 2 meses a 2 anos.
Certo.

012. (CESPE/CEBRASPE/2021/PC-DF/ESCRIVÃO DE POLÍCIA DA CARREIRA DE POLÍCIA


CIVIL DO DISTRITO FEDERAL) No item subsecutivo, é apresentada uma situação hipotética
relativa a crimes contra a administração pública, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Denilson, artista de rua, vestiu-se, de forma jocosa e satírica, com distintivos e símbolos da
Polícia Civil do Distrito Federal. Nessa situação, Denilson praticou o crime de desacato.

Tendo em vista que nesse caso o sujeito agiu com animus jocandi, não está presente o elemen-
to subjetivo do tipo penal do art. 331 do CP, que exige que a conduta tenha como finalidade
desacatar o funcionário público no exercício de sua função ou em razão dela.
Errado.

013. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Com relação a crimes contra a administração pública, julgue o item que se segue.
A oposição passiva à execução de ato legal praticado por funcionário público não caracteriza
o crime de resistência.

Nos termos do art. 329 do Código Penal, a resistência, para que esteja configurada exige que
haja violência ou ameaça. Nesse caso de oposição passiva, pode haver crime de desobediência.
Certo.

014. (CESPE/CEBRASPE/2021/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL) Cada item a seguir apresenta uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser
julgada, acerca de direito penal.
Em um shopping, Carlos, ex-presidiário, encontrou-se com Daniel, que estava passeando no
local com sua família. Nessa ocasião, Carlos reconheceu Daniel como sendo um dos agentes
federais de execução penal que haviam realizado sua escolta durante uma de suas transferên-
cias de presídio. Carlos, então, dirigiu xingamentos a Daniel, em razão do cargo deste. Nessa
situação hipotética, Carlos cometeu o crime de desacato.
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Carlos proferiu os xingamentos ao agente federal em razão de ter sido ele o responsável pela
transferência do ex-detento de um presídio para outro. Ou seja, desacatou funcionário público
em razão do exercício de sua função, estando consumado o crime do art. 331 do CP.
Certo.

015. (CESPE/CEBRASPE/2021/POLÍCIA FEDERAL/ESCRIVÃO DE POLÍCIA FEDERAL) Com


relação ao direito penal e ao direito processual penal, julgue o item que se segue.
A consumação do delito de descaminho independe do esgotamento da via administrativa.

Nos termos da jurisprudência do STJ, a consumação do delito de descaminho independe do


esgotamento da via administrativa. Nesse sentido, o RHC n. 34.770/RS.
Certo.

016. (CESPE/CEBRASPE/2021/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL) No


que se refere aos crimes contra a administração pública, julgue o próximo item.
O pagamento do tributo devido extingue a punibilidade do crime de descaminho.

Nos termos da jurisprudência do STJ, o pagamento do tributo não extingue a punibilidade do


crime de descaminho. Nesse sentido, o HC 271.650/PE.
Errado.

017. (CESPE/CEBRASPE/2021/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL) No


que se refere aos crimes contra a administração pública, julgue o próximo item.
A fuga do réu após a ordem de parada dos policiais para abordagem configura crime de de-
sobediência.

A fuga do réu após a ordem legal dada pelos policiais para que ele ficasse parado é crime de
desobediência, pois preenche os requisitos do art. 330 do Código Penal.
Certo.

018. (CESPE/CEBRASPE/2021/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Em uma aborda-


gem durante blitz de rotina em rodovia federal, o policial constatou alteração no chassi do ve-
ículo que estava sendo fiscalizado. Questionado pelo policial, o condutor ofereceu-lhe grande
quantia em dinheiro para que fosse liberado de imediato.
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.
Ao oferecer dinheiro para ser irregularmente liberado da blitz, o condutor praticou o crime de
corrupção ativa.
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O crime cometido pelo particular foi o de corrupção ativa, pois ofereceu vantagem indevida a
funcionário público, para que ele não praticasse ato de ofício.
Certo.

019. (FGV/2018/CÂMARA DE SALVADOR-BA/ANALISTA LEGISLATIVO MUNICIPAL/MESA


DIRETORA/OUVIDORIA) Caio, funcionário da ouvidoria de determinado órgão público, no
exercício de suas funções, é surpreendido por João, totalmente insatisfeito com a demora em
seu atendimento. Quando chega a sua vez de ser atendido, João passa a afirmar, na frente
de diversas pessoas, que Caio é um “incompetente”, que “certamente teria retardo mental” e
que explicaria suas necessidades “com bastante calma para que até uma pessoa como Caio
pudesse entender”. Caio, então, sentindo-se humilhado, informa o fato a Policiais Militares que
faziam a segurança em frente ao órgão em que exercia suas funções. Considerando apenas
as informações narradas, a conduta de João, de acordo com as previsões do Código Penal,
configura:
a) resistência;
b) desobediência;
c) desacato;
d) violência arbitrária;
e) atipicidade.

a) Errada. Não houve violência e nem ameaça por parte de João, não podendo ser crime de
resistência.
b) Errada. Não houve ordem legal do funcionário público a ser cumprida. Sendo assim, não
houve desobediência
c) Certa. A conduta de João pode ser enquadrada no art. 331 do Código Penal, o cidadão co-
meteu desacato contra o funcionário público no exercício de suas funções.
d) Errada. Considerando que não houve violência na conduta de João, não se pode dizer que
houve crime do art. 322 do CP.
e) Errada. A conduta de João é tipificada no art. 331 do Código Penal, sendo figura típica.
Letra c.

020. (EDUCA/2020/PREFEITURA DE CABEDELO-PB/AGENTE DE TRÂNSITO) De acordo


com o art. 333, do Decreto n. 2.848/40, “ um crime de Corrupção Ativa” é caracterizado por:
a) Importar ou exportar mercadoria proibida.
b) Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela sa-
ída ou pelo consumo de mercadoria.

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c) Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar,


omitir ou retardar ato de ofício.
d) Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem,
a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
e) Usurpar o exercício de função pública.

a) Errada. A alternativa trata do crime de contrabando, do art. 334-A do CP.


b) Errada. A alternativa versa sobre o crime de descaminho e não sobre corrupção ativa.
c) Certa. A alternativa está de acordo com o art. 333 do Código Penal, que trata sobre o crime
de corrupção ativa.
d) Errada. A alternativa apresenta os elementos do crime de tráfico de influência.
e) Errada. A alternativa trata sobre o crime de usurpação de função pública, sendo distinto da
corrupção ativa.
Letra c.

021. (CESPE/CEBRASPE/2021/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO)


Com relação aos crimes contra a administração pública, julgue o item subsequente.
O tipo penal do crime de desacato é imputável a servidor público no exercício de suas funções.

O crime de desacato pode também ser praticado por funcionário público. O delito do art. 331
do CP é crime comum, ou seja, pode ser praticado por qualquer pessoa.
Certo.

022. (CESPE/CEBRASPE/2021/TCE-RJ/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO)


Com relação aos crimes contra a administração pública, julgue o item subsequente.
A oposição manifestada pelo indivíduo, mediante resistência passiva, sem o uso da violência,
contra ordem emanada por autoridades policiais que pretendessem levá-lo à delegacia, sem
que houvesse flagrante, é suficiente para caracterizar o delito de resistência.

A oposição manifestada pelo indivíduo, mediante resistência passiva, sem uso da violência,
contra ordem emanada por autoridades policiais, é crime de desobediência e não de resistência.
Errado.

023. (FDC/2012/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS


MUNICIPAIS/2º DIA) Se uma pessoa usurpa o exercício de função pública, auferindo vanta-
gem, pratica crime apenado, além da multa, com:
a) detenção de um a três anos
b) reclusão de dois a cinco anos

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c) detenção de um a quatro anos


d) detenção de três meses a dois anos
e) reclusão de três meses a quatro anos

a) Errada. Nos termos do art. 328, parágrafo único do Código Penal, a pena é de reclusão e não
de detenção.
b) Certa. A assertiva está em conformidade com o art. 328, parágrafo único do Código Penal.
c) Errada. Nos termos do art. 328, parágrafo único do Código Penal, a pena é de reclusão e não
de detenção.
d) Errada. Nos termos do art. 328, parágrafo único do Código Penal, a pena é de reclusão e não
de detenção.
e) Errada. O Código Penal, em seu art. 328, parágrafo único, enuncia que a pena é de reclusão
de 2 a 5 anos e multa.
Letra b.

024. (FDC/2012/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE-MG/AUDITOR-FISCAL DE TRIBUTOS


MUNICIPAIS/2º DIA) Praticado o crime de tráfico de influência, se o agente alega que a vanta-
gem também é destinada ao funcionário, a pena é aumentada de:
a) metade
b) um terço
c) um quarto
d) um quinto
e) dois terços

a) Certa. Nos termos do art. 332, parágrafo único do Código penal, a pena do crime de tráfico
de influência é aumentada pela metade se o agente alega ou insinua que a vantagem é tam-
bém destinada ao funcionário.
b) Errada. A alternativa está em desconformidade com o parágrafo único do art. 332 do CP, que
prevê causa de aumento de metade no caso descrito nesse dispositivo.
c) Errada. A alternativa está em desconformidade com o parágrafo único do art. 332 do CP, que
prevê causa de aumento de metade no caso descrito nesse dispositivo.
d) Errada. A alternativa está em desconformidade com o parágrafo único do art. 332 do CP, que
prevê causa de aumento de metade no caso descrito nesse dispositivo.
e) Errada. A alternativa está em desconformidade com o parágrafo único do art. 332 do CP, que
prevê causa de aumento de metade no caso descrito nesse dispositivo.
Letra a.

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025. (CESPE/CEBRASPE/2003/PC-RR/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Julgue o item que se


segue, relativo ao crime contra a administração pública.
Aquele que oferece ou promete vantagem indevida a oficial de justiça para que retarde o ato de
intimação comete o crime de corrupção ativa.

Nos termos do art. 333 do Código Penal, aquele que oferece ou promete vantagem indevida a
oficial de justiça para que retarde o ato de intimação comete crime de corrupção ativa.
Certo.

026. (FAFIPA/2019/CREA-PR/AGENTE PROFISSIONAL/ADVOGADO/ADAPTADA) Não


constitui crime contra a Administração em Geral, praticado por particular:
a) Corrupção passiva
b) Descaminho
c) Tráfico de influência
d) Corrupção ativa
e) Usurpação de função pública

a) Certa. Previsto no art. 317 do CP, é crime praticado por funcionário público contra a Ad-
ministração.
b) Errada. Previsto no art. 334 do CP, é crime praticado por particular contra a Administra-
ção em geral.
c) Errada. Previsto no art. 332 do CP, é crime praticado por particular contra a Administra-
ção em geral.
d) Errada. Previsto no art. 333 do CP, é crime praticado por particular contra a Administra-
ção em geral.
e) Errada. Previsto no art. 328 do CP, é crime praticado por particular contra a Administra-
ção em geral.
Letra a.

027. (TJ-SC/2010/TJ-SC/OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR) A pessoa que, mediante ame-


aça a oficial de justiça, opõe-se à execução de mandado judicial de reintegração de posse, fica
sujeita às penas do crime de:
a) Resistência.
b) Desobediência.
c) Desacato.
d) Exercício arbitrário das próprias razões.
e) Tergiversação.

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a) Certa. A assertiva está em conformidade com o art. 329 do CP, estando caracterizado o
crime de resistência.
b) Errada. Considerando que no caso apresentado houve ameaça, resta afastado o crime de
desobediência.
c) Errada. Não houve qualquer desacato ao oficial de justiça em razão de seu ofício.
d) Errada. Não houve tentativa de fazer justiça pelas próprias mãos por parte do agente, restan-
do afastado o delito do art. 345 do CP.
e) Errada. Não foi o caso de procurador judicial que defende na mesma causa, simultânea ou
sucessivamente, partes contrárias.
Letra a.

028. (CRESCER CONSULTORIAS/2017/PREFEITURA DE CAMPO ALEGRE DE LOURDES-


-BA/GUARDA MUNICIPAL) Quando um condutor de veículo é interceptado por um agente da
Brigada de Trânsito, em excesso de velocidade e promete ao agente uma quantia monetária
para não ser sancionado, temos um crime de:
a) Corrupção ativa.
b) Corrupção passiva.
c) Corrupção de eleitor.
d) Corrupção no desporto.

a) Certa. A conduta do motorista é criminosa, sendo tipificada pelo Código Penal como sendo
corrupção ativa, pois fez promessa de vantagem indevida ao funcionário público.
b) Errada. O condutor do veículo é particular que comete crime contra a Administração em
Geral. Não há que se imputar o crime de corrupção passiva – que é crime praticado por funcio-
nário público.
c) Errada. Não há qualquer menção ao período eleitoral ou a determinada finalidade eleitoral na
promessa de vantagem indevida.
d) Errada. Não há qualquer relação entre a promessa de vantagem e o esporte/desporto.
Letra a.

029. (CESPE/CEBRASPE/2015/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FOR-


MAÇÃO/3ª TURMA/1ª PROVA) Acerca dos institutos de direito penal, dos crimes em espécie
e das disposições penais previstas no Estatuto do Desarmamento e no Estatuto do Estrangei-
ro, julgue o item seguinte.
A resistência passiva, sem o emprego de violência ou grave ameaça, em oposição à execução
de ato legal de funcionário competente não configura o crime de resistência.

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O crime de resistência passiva, em verdade, configura crime de desobediência do art. 330 do


CP, pois não envolve violência ou ameaça.
Certo.

030. (ADVISE/2019/PREFEITURA DE JUAREZ TÁVORA-PB) João praticou a conduta típi-


ca de “desobedecer a ordem legal de funcionário público”. De acordo com o Código Penal,
esta conduta:
a) Não configura crime.
b) Configura crime de desacato.
c) Configura crime de tráfico de influência.
d) Configura crime de corrupção ativa.
e) Configura crime de desobediência.

a) Errada. A conduta é tipificada pelo art. 330 do Código Penal. Sendo assim, configura crime.
b) Errada. O enunciado não menciona qualquer desacato em relação ao funcionário público,
apenas o não cumprimento da ordem. Sendo assim, não há crime de desacato.
c) Errada. A conduta de desobedecer a ordem legal de funcionário público está prevista no art.
330 do CP como crime de desobediência. Fica afastado, assim, o crime de tráfico de influência.
d) Errada. Não houve promessa de vantagem indevida feita por particular ao funcionário públi-
co. Sendo assim, não há corrupção ativa.
e) Certa. O tipo penal descrito no enunciado é o do art. 330 do Código Penal. Nesse caso há
crime de desobediência.
Letra e.

031. (ADVISE/2017/CREA-SE/AGENTE FISCAL) Dos crimes praticados por particular contra


a administração em geral, estão incluídos:
( ) Desacato;
( ) Tráfico de Influência;
( ) Usurpação de função pública;
( ) Favorecimento pessoal;
( ) Falso testemunho;
( ) Corrupção ativa.
Assinale (V) para as afirmações Verdadeiras e (F) para as Falsas:
a) V-V-V-F-F-V.
b) V-F-F-V-V-F.
c) V-F-V-V-V-F.
d) F-V-V-V-V-F.
e) V-V-V-V-F-F.

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a) Certa. Os crimes de desacato, tráfico de influência, usurpação de função pública e corrupção


ativa estão incluídos no rol de crimes cometidos por particular contra a Administração em Geral.
b) Errada. O crime de corrupção ativa é praticado com particular contra a Administração em
Geral. Sendo assim, a última assertiva é verdadeira, tornando a alternativa errada. Além disso,
o crime de tráfico de influência também é crime praticado por particular contra a Administra-
ção em Geral.
c) Errada. O crime de corrupção ativa é praticado com particular contra a Administração em
Geral. Sendo assim, a última assertiva é verdadeira, tornando a alternativa errada. Além disso,
falso testemunho é crime contra a Administração da Justiça e não crime praticado contra a
Administração em Geral.
d) Errada. O crime de corrupção ativa é praticado com particular contra a Administração em
Geral. Sendo assim, a última assertiva é verdadeira, tornando a alternativa errada. Além disso,
falso testemunho é crime contra a Administração da Justiça e não crime praticado contra a
Administração em Geral.
e) Errada. O crime de corrupção ativa é praticado com particular contra a Administração em
Geral. Sendo assim, a última assertiva é verdadeira, tornando a alternativa errada.
Letra a.

032. (UEG/2018/PREFEITURA DE IPORÁ-GO) O crime de corrupção ativa é caracterizado por:


a) solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.
b) oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar,
omitir ou retardar ato de ofício.
c) extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sone-
gá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente.
d) retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição
expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
e) patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valen-
do-se da qualidade de funcionário.

a) Errada. É o crime de corrupção passiva do art. 317 do CP.


b) Certa. É o crime de corrupção ativa previsto no art. 333 do CP.
c) Errada. É o crime de extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento, nos termos
do art. 314.
d) Errada. Esse é o crime de prevaricação, previsto no art. 319 do CP.
e) Errada. Esse é o crime de advocacia administrativa do art. 321 do CP.
Letra b.

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033. (PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO-RJ/2011/MULTIRIO) Considere que um particular


resolveu, por si mesmo, com os objetivos de se popularizar e de obter vantagens políticas,
orientar diariamente o fluxo de pessoal para atendimento no posto de saúde da Prefeitura. Esta
prática caracteriza o seguinte tipo de crime cometido contra a administração pública:
a) usurpação de função pública
b) facilitação de descaminho
c) tráfico de influência
d) corrupção ativa

a) Certa. Do enunciado é possível extrair a ocorrência do crime do art. 328 do CP, em que parti-
cular comete usurpação de função pública contra a Administração em Geral.
b) Errada. Não houve crime de descaminho e não é possível extrair do enunciado a praticado
do crime de facilitação do descaminho.
c) Errada. Não houve solicitação ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato a ser
praticado por funcionário público no exercício de sua função.
d) Errada. Não houve promessa de vantagem feita por particular ao funcionário público.
Letra a.

034. (FUNRIO/2018/CÂMARA DE SÃO JOÃO DE MERITI-RJ/ANALISTA LEGISLATIVO/AD-


VOGADO) Apesar das divergências doutrinarias e jurisprudenciais sobre a manutenção de de-
terminados crimes no sistema jurídico pátrio, vários continuam sendo tipificados na lei. Dentre
eles, o crime de desacato praticado contra funcionário público que é considerado um crime:
a) formal.
b) material.
c) culposo.
d) omissivo.
e) eventual.

a) Certa. É crime formal, pois não se exige o efetivo dano emocional ao funcionário público
para que o crime seja considerado consumado.
b) Errada. Não se exige qualquer dano emocional efetivo ao funcionário público em razão da
conduta do autor do crime de desacato.
c) Errada. Não há previsão da modalidade culposa para o crime de desacato no Código Penal.
d) Errada. O desacato exige uma ação do agente. É crime comissivo.
e) Errada. A classificação de crime como sendo eventual não é consagrada pela doutrina.
Letra a.

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035. (2002/CESPE/CEBRASPE/SEFAZ-AL) Caso atue de forma incorreta, quem trabalha para


o Estado ou com ele se relaciona pode incidir na prática de crimes com tipos específicos, pre-
vistos na legislação penal brasileira. Nesse contexto, julgue o item abaixo.
A consumação do crime de corrupção ativa depende do recebimento, pelo funcionário público,
da vantagem indevida que lhe tiver sido oferecida para retardar ato de ofício.

A consumação do crime de corrupção ativa ocorre com a promessa de vantagem ou oferta de


vantagem indevida. Não se exige o efetivo recebimento da vantagem, pois essa é mero exau-
rimento do delito.
Errado.

036. (CRESCER CONSULTORIAS/2018/PREFEITURA DE SÃO DOMINGOS DO AZEITÃO-MA/


PROCURADOR) Não constitui crime praticado por particular contra a administração em geral:
a) Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio
b) Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela sa-
ída ou pelo consumo de mercadoria.
c) Importar ou exportar mercadoria proibida.
d) Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo
de devassá-lo.

a) Errada. É crime de resistência, ou seja, praticado por particular contra a administra-


ção em geral.
b) Errada. É crime de descaminho, ou seja, praticado por particular contra a administra-
ção em geral.
c) Errada. É crime de contrabando, ou seja, praticado por particular contra a administra-
ção em geral.
d) Certa. É crime de violação de sigilo de proposta, ou seja, crime praticado por funcioná-
rio público.
Letra d.

037. (GUALIMP/2019/PREFEITURA DE PORCIÚNCULA-RJ/PROCURADOR ADJUNTO) Ma-


rianna e sua amiga Giovanna estavam em dúvida sobre qual seria o crime cometido por quem
pratica a conduta típica de “Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem
ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no
exercício da função”. Diante dessa dúvida, ambas buscaram auxílio do professor Acácio, que
prontamente ensinou que trata-se do crime de:

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a) Desobediência.
b) Prevaricação.
c) Descaminho.
d) Tráfico de influência.

a) Errada. Acácio deve responder que o crime de desobediência é caracterizado pela desobe-
diência a ordem legal de funcionário público, o que não houve no caso.
b) Errada. Não houve a falta de prática de ato de funcionário público para satisfazer interesse
ou sentimento pessoal.
c) Errada. Não houve a ilusão em relação ao pagamento de imposto, não havendo descaminho.
d) Certa. A conduta descrita no enunciado se amolda exatamente ao crime de tráfico de influ-
ência do art. 332 do CP.
Letra d.

038. (IBADE/2020/PREFEITURA DE VILA VELHA-ES/AGENTE MUNICIPAL DE DEFESA CI-


VIL) Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente
para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio, é conduta que configura o crime de:
a) desobediência.
b) resistência.
c) roubo.
d) furto.
e) estelionato.

a) Errada. Considerando que houve violência/ameaça, não há crime de desobediência.


b) Certa. A conduta descrita no enunciado se amolda exatamente ao crime de resistência do
art. 329 do CP.
c) Errada. Não houve subtração de patrimônio mediante violência ou grave ameaça, restando
afastado o crime de roubo.
d) Errada. O bem jurídico violado não foi o patrimônio, não sendo correto afirmar que houve furto.
e) Errada. O bem jurídico violado não foi o patrimônio, não sendo correto afirmar que houve
estelionato.
Letra b.

039. (FEPESE/2020/PREFEITURA DE ITAJAÍ-SC/ASSISTENTE JURÍDICO) Conforme dis-


posto na legislação penal brasileira, “oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário
público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício”, qualifica o crime de:

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a) desacato.
b) prevaricação.
c) corrupção ativa.
d) corrupção passiva.
e) usurpação de função pública.

a) Errada. O crime consiste em desacatar funcionário público no exercício da função ou em


razão dela
b) Errada. O crime consiste em retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
c) Certa. A assertiva se amolda totalmente ao art. 333 do CP.
d) Errada. O crime consiste em solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indireta-
mente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida,
ou aceitar promessa de tal vantagem
e) Errada. O crime consiste em usurpar o exercício de função pública.
Letra c.

040. (FCC/2019/TRF 3ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) Miguel e Mau-


ro viajaram para Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, e lá atravessaram a Ponte Internacional
da Amizade para ingresso no Paraguai, em Ciudad del Este, onde compraram um carregamen-
to de 100 mil pacotes de cigarros, para revender no Brasil, e precisavam retornar ao território
nacional com a mercadoria, mas não possuíam autorização para importação. Para tanto, Mi-
guel, que é piloto de aeronave, e Mauro alugaram um avião e realizaram o transporte aéreo
da mercadoria do Paraguai para uma fazenda situada no estado do Paraná, próxima a Foz
do Iguaçu. No momento em que aterrizaram, e desembarcaram em território nacional, com a
mercadoria, Miguel e Mauro foram presos em flagrante pela Polícia Federal. No caso hipotético
apresentado, Miguel e Mauro cometeram crime de
a) descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, sem qualquer majoração,
pois o descaminho foi praticado em avião clandestino.
b) descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, que deverá ser aplicada
em dobro, pois o descaminho foi realizado em transporte aéreo.
c) contrabando, e estão sujeitos à pena de 02 a 05 anos de reclusão, que deverá ser majorada
de 1/3 a metade, pois o contrabando foi realizado em transporte aéreo.
d) descaminho, e estão sujeitos à pena de 01 a 04 anos de reclusão, que deverá ser majorada
de 1/3 a metade, pois o descaminho foi realizado em transporte aéreo.
e) contrabando, e estão sujeitos à pena de 02 a 05 anos de reclusão, que deverá ser aplicada
em dobro, pois o contrabando foi realizado em transporte aéreo.

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a) Errada. O crime foi de contrabando, pois os agentes retornaram a mercadoria para o Brasil
sem a autorização do órgão competente. Sendo assim, a conduta é a do art. 334-A, II, do Có-
digo Penal.
b) Errada. O crime foi de contrabando, pois os agentes retornaram a mercadoria para o Brasil
sem a autorização do órgão competente. Sendo assim, a conduta é a do art. 334-A, II, do Có-
digo Penal.
c) Errada. A tipificação está correta, houve contrabando. Porém a causa de aumento de pena
não é 1/3, mas o dobro, nos termos do art. 334-A, parágrafo 3º, do Código Penal.
d) Errada. O crime foi de contrabando, pois os agentes retornaram a mercadoria para o Brasil
sem a autorização do órgão competente. Sendo assim, a conduta é a do art. 334-A, II, do Có-
digo Penal.
e) Certa. O crime cometido foi o de contrabando, com a causa de aumento de pena do dobro,
pois o crime foi praticado em transporte aéreo.
Letra e.

041. (QUADRIX/2018/COREN-RS/ANALISTA/JURÍDICO) Ana, enfermeira, sabendo que Kê-


nia está na fila de cirurgia de coração de um hospital público, cobra a quantia de R$ 5.000,00
a pretexto de influir junto ao agente público responsável pela determinação da ordem das
cirurgias. Kênia paga o valor combinado, mas Ana sequer menciona seu caso ao funcioná-
rio público.
Nesse caso hipotético, Ana praticou o crime de
a) prevaricação.
b) corrupção ativa.
c) corrupção passiva.
d) concussão.
e) tráfico de influência.

a) Errada. No caso Ana não deixou de praticar ato de ofício para satisfazer interesse ou senti-
mento pessoal, não havendo prevaricação.
b) Errada. Não há oferecimento de vantagem indevida a funcionário público por parte de Ana,
não havendo crime de corrupção ativa.
c) Errada. Ana não é funcionária pública, não podendo cometer o crime de corrupção passiva.
d) Errada. Ana não exigiu vantagem indevida, não havendo que se mencionar o crime de
concussão.
e) Certa. Ana, na qualidade de particular, simula ter poder de influência sobre funcionário públi-
co para poder cobrar os 5 mil reais da vítima. Sendo assim, pratica tráfico de influência.
Letra e.

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042. (FCC/2019/PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP/AGENTE FISCAL DE POS-


TURAS) Marino, desempregado, agrediu física e gravemente Josias, funcionário público com-
petente para a realização de determinado ato legal. Agredido, Josias foi impedido de executar
sua função. Nesse caso, de acordo com o Código Penal, Marino responderá pelo crime de
a) resistência, aplicando-se somente a pena de detenção prevista para esse crime.
b) resistência, aplicando-se a pena de detenção, sem prejuízo da correspondente à violência.
c) resistência, aplicando-se a pena de reclusão, sem prejuízo da correspondente à violência.
d) desobediência, aplicando-se a pena de reclusão, sem prejuízo da correspondente à violência.
e) desobediência, aplicando-se somente a pena de detenção prevista para esse crime.

a) Errada. O ato, em razão da resistência não foi executado. Sendo assim, incide o art. 329,
parágrafo 1º, do Código Penal, que apresenta pena de reclusão e não detenção.
b) Errada. O ato, em razão da resistência não foi executado. Sendo assim, incide o art. 329,
parágrafo 1º, do Código Penal, que apresenta pena de reclusão e não detenção.
c) Certa. A assertiva está correta, nos termos do art. 329, parágrafo 2º do Código Penal, que
impõe pena de reclusão nessa hipótese, além das penas correspondentes à violência.
d) Errada. Considerando que houve violência, manifestada mediante agressão física, o crime
de desobediência fica afastado.
e) Errada. Considerando que houve violência, manifestada mediante agressão física, o crime
de desobediência fica afastado.
Letra c.

043. (VUNESP/2019/PREFEITURA DE FRANCISCO MORATO-SP/PROCURADOR) A respeito


dos crimes contra a administração pública, previstos nos artigos 312 a 359-H, do Código Penal,
assinale a alternativa correta.
a) O crime de favorecimento pessoal (art. 348 do CP) só se caracteriza se o auxílio é prestado
a autor de crime a que cominada pena de reclusão.
b) O crime de tráfico de influência (art. 332 do CP) é próprio de funcionário público.
c) O crime de violação de sigilo funcional (art. 325 do CP) só se caracteriza se da revelação
resultar prejuízo à Administração Pública.
d) O crime de corrupção ativa (art. 333 do CP) só se caracteriza se o ato de ofício, em razão da
vantagem oferecida ou prometida, for omitido, praticado ou retardado.
e) O crime de desacato (art. 331 do CP) só se caracteriza se o funcionário púbico estiver no
exercício da função ou em razão dela.

a) Errada. Nos termos do art. 348, parágrafo 1º do CP, também há crime de favorecimento pes-
soal se a pena é de detenção e não de reclusão.
b) Errada. O crime de tráfico de influência é praticado por particular contra a Administra-
ção em Geral.

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c) Errada. O crime de violação de sigilo funcional se consuma independentemente se a reve-


lação gera ou não dano para a Administração Pública. O dano é mero exaurimento do crime.
d) Errada. Basta que haja promessa de vantagem indevida feita por particular ao funcionário
público para que esteja caracterizada a corrupção ativa.
e) Certa. A alternativa está em conformidade com o art. 331 do CP, só há crime se o funcionário
estiver no exercício de função pública ou o desacato ocorreu em razão dela.
Letra e.

044. (CESPE/2019/DPE-DF/DEFENSOR PÚBLICO) Com relação aos delitos tipificados na


parte especial do Código Penal, julgue o item subsecutivo.
Segundo o STJ, a previsão legal do crime de desacato a funcionário público no exercício da
função não viola o direito à liberdade de expressão e de pensamento previstos no Pacto de São
José da Costa Rica.

Nos termos da jurisprudência do STJ, o crime de desacato não viola o direito à liberdade de
expressão e de pensamento previstos no Pacto de São José da Costa Rica. Sendo assim, HC
379.269/MS.
Certo.

045. (CESPE/2019/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Em uma rodovia federal, próxi-


ma à fronteira do Brasil com o Paraguai, um caminhão foi parado e vistoriado por policiais ro-
doviários federais. Além do motorista e de um passageiro, o veículo transportava, ilegalmente,
grande quantidade de mercadoria lícita de procedência estrangeira, mas sem o pagamento
dos devidos impostos de importação. O motorista, penalmente imputável e proprietário do
caminhão, admitiu a propriedade dos produtos. O passageiro, que se identificou como servi-
dor público alfandegário lotado no posto de fiscalização fronteiriço pelo qual o veículo havia
passado para adentrar no território nacional, alegou desconhecer a existência dos produtos no
caminhão e que apenas pegou carona com o motorista.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A conduta do motorista configura crime de descaminho em sua forma consumada, ainda que
não tenha havido ocorrência de efetivo prejuízo ao erário.

O crime de descaminho se consuma com a ilusão em relação ao pagamento do imposto. Não


se exige que haja constituição definitiva do crédito tributário e a ocorrência de efetivo prejuízo
ao erário.
Certo.

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046. (CESPE/2019/SEFAZ-RS/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/BLOCO I) O pro-


prietário de estabelecimento comercial que impeça o acesso de auditor fiscal da SEFAZ, regu-
larmente identificado e com atribuição para dar início à ação fiscal, pratica
a) desacato.
b) resistência.
c) desobediência.
d) crime contra a ordem tributária.
e) conduta penalmente atípica, considerada mera infração administrativa.

a) Errada. Não houve qualquer ofensa em relação ao auditor fiscal em razão da função pública,
não havendo razão para a imputação do crime de desacato.
b) Errada. Não houve violência ou ameaça em relação ao auditor, ficando afastado o crime de
resistência.
c) Certa. Tendo em vista que da narrativa é possível extrair que houve apenas uma resistência
passiva por parte do agente, há crime de desobediência.
d) Errada. O bem jurídico que está sendo violado nesse caso não é a ordem tributária, pois não
se está diante de nenhum tipo pena específico que busca proteger o erário em especial.
e) Errada. A conduta é tipificada pelo Código Penal, em seu art. 330.
Letra c.

047. (IDECAN/2018/AGU/ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO) Em relação aos crimes


contra a Administração Pública, assinale a afirmativa incorreta.
a) Advocacia administrativa é crime praticado contra a administração da justiça.
b) Corrupção ativa é crime praticado por particular contra a administração em geral.
c) Concussão é crime praticado por funcionário público contra a administração em geral.
d) Denunciação caluniosa é crime praticado contra a administração da justiça.
e) Descaminho é crime praticado por particular contra a administração em geral.

a) Errada. Nos termos do art. 321 do Código Penal, o crime de advocacia administrativa é crime
praticado por funcionário público contra a Administração em Geral.
b) Certa. Nos termos do art. 333 do CP, o crime de corrupção ativa é praticado por particular
contra a Administração em Geral.
c) Certa. Nos termos do art. 316 do CP, o crime de concussão é praticado por funcionário pú-
blico contra a Administração em Geral.
d) Certa. Nos termos do art. 339 do CP, denunciação caluniosa é crime praticado contra a Ad-
ministração da Justiça.
e) Certa. Nos termos do art. 334 do Código Penal, descaminho é crime praticado por particular
contra a Administração em geral.
Letra a.
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048. (CESPE/2018/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO/ÁREA JURÍDICA) Julgue o item seguin-


te, a respeito dos crimes contra a administração pública.
Em razão do princípio da proteção da coisa pública, o tipo penal que prevê o crime de descami-
nho não permite a aplicação do princípio da insignificância.

Nos termos da jurisprudência do STF é aplicável o princípio da insignificância ao crime de des-


caminho desde que o valor do tributo recolhido seja inferior a 20 mil reais.
Errado.

049. (CESPE/2018/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO/ÁREA JURÍDICA) Julgue o item seguin-


te, a respeito dos crimes contra a administração pública.
As condutas dos ilícitos de corrupção passiva e de corrupção ativa são bilaterais e, assim, a
condenação do corrupto passivo está vinculada à condenação do corruptor ativo.

Pode haver crime de corrupção ativa sem que haja o de corrupção passiva. Como no caso em
que o particular oferece a vantagem indevida, mas o funcionário público não aceita.
Errado.

050. (CESPE/2018/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA) Acerca dos crimes contra a adminis-


tração pública, julgue o item a seguir.
O crime de corrupção ativa e o de corrupção passiva são considerados crimes próprios prati-
cados contra a administração pública.

O crime de corrupção ativa é crime comum, ou seja, o sujeito ativo não precisa ter uma qualida-
de especial para que possa ocupar esse polo. Ao revés, o crime de corrupção passiva é crime
próprio de funcionário público.
Errado.

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REFERÊNCIAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal. Volume 05. Editora Saraiva. 14ª edi-
ção, 2020.

ESTEFAM, André. Direito Penal. Parte Especial. Volume 03. Editora Saraiva. 5ª edição, 2018.

HUNGRIA, Nelson. Comentários ao Código Penal. Vol. IX. Editora Forense. 4ª edição,1958.

Rodrigo Pardal
Bacharel em Direito pela PUC-SP. Assistente jurídico em segunda instância do Tribunal de Justiça de São
Paulo. Pós-graduado em Direito Penal pela Escola Superior do Ministério Público e pela Universidade de
Salamanca - Espanha. Mestre e Doutorando pela PUC-SP. Professor de Direito Penal

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