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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de português

As regras morfológicas na escrita de falantes do Português como L2

Cátia Junta Ginga: 71221172

Quelimane, maio de 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

As regras morfológicas na escrita de falantes do Português como L2

Trabalho de Campo a ser submetido


na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ensino de
Português da UnISCED.

Tutor: Olga Nhacarize Simão

Cátia Junta Ginga: 71221172

Quelimane, maio de 2023


Índice
1. Introdução ............................................................................................................... 1

2. Objetivos ................................................................................................................. 2

2.1 Geral ........................................................................................................................ 2

2.2 Específicos ............................................................................................................... 2

3. As regras morfológicas na escrita de falantes do Português como L2 ....................... 3

4. Consciência Morfológica ......................................................................................... 4

4.1 Natureza da significação ........................................................................................... 4

5. Palavras variáveis da morfologia ............................................................................. 6

6.1 Desinência nominal .................................................................................................. 6

6.2 Desinência verbal ..................................................................................................... 7

7. Elementos da Morfologia ........................................................................................ 7

8. Composição das palavras ......................................................................................... 8

9. Derivação das palavras ............................................................................................ 9

10. Conclusão .......................................................................................................... 11

11 Referências bibliográficas ..................................................................................... 12


1. Introdução

O present5e trabalho tem como o tema As regras morfológicas na escrita de falantes do


Português como L2, e dizer que a língua portuguesa pode ser considerada morfofonêmica,
ou seja, uma língua pautada tanto por fonemas, menores unidades de som na palavra, como
também por morfemas, unidades mínimas de significado na palavra (Laroca, 2005). A
representação ortográfica das palavras faladas do português não se sustenta apenas pela
relação letra e som, requerendo do aprendiz trabalhar com unidades de significado, os
morfemas. Muitos vocábulos contêm sons que podem ser escritos em mais de uma forma.
Por exemplo, embora as palavras "chatice" e "dormisse" compartilhem o mesmo som final
/ise/, há uma informação de ordem gramatical que as distingue. O morfema "ice" indica
substantivo abstrato e, no morfema "isse", "i" indica a conjugação e "sse" a desinência do
imperfeito do subjuntivo.

De acordo com os estudos de Seymour (2005) e Seymour, Aro e Erskine (2003), as línguas
alfabéticas variam em relação à complexidade e consistência entre grafemas (letras) e
fonemas (sons). As línguas alfabéticas podem ser classificadas ao longo de uma dimensão de
complexidade silábica e profundidade ortográfica. Nos sistemas alfabéticos rasos ou
transparentes, a consistência entre letra e som é unívoca, ou seja, direta. Há um som para uma
letra. Quando essa relação torna-se complexa, ou seja, um fonema sendo representado por
mais de um grafema e vice-versa, o nível de complexidade da língua aumenta em direção à
profundidade ortográfica. Nesse caso, quanto mais a língua caminha em direção à
complexidade entre as relações entre fonema e grafema, mais profunda se torna. O português
é considerado de natureza silábica simples, mas está no meio do espectro de complexidade
ortográfica, apesar de ser mais transparente do que o inglês, possui ambiguidades na grafia,
muitas delas que podem ser resolvidas pelo conhecimento da estrutura morfológica das
palavras. Há evidências de que refletir sobre a linguagem, sobre a consciência
metalinguística ajuda no aprendizado das correspondências entre letra e som e também
aspectos da complexidade ortográfica (Gombert, 2003).

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2. Objetivos

2.1 Geral
 Descrever sobre a morfologia.

2.2 Específicos
 Falar sobre as regras morfológicas na escrita;
 Compreender o significado da consciência morfológica;
 Identificar os elementos da morfologia e a composição das palavras.

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3. As regras morfológicas na escrita de falantes do Português como L2

A Morfologia é um dos assuntos mais importantes da gramática, pois seu estudo está
relacionado à estrutura das palavras, como ela é formada e como se dá sua classificação na
língua portuguesa. Na morfologia as palavras são estudadas de forma isolada, sem que haja
o contexto da frase ou período

A morfologia pertence a área da linguística e tem a sua palavra originada do grego. O termo
“morphe” significa (morfo = forma) e “logia” (logos = estudo), isto é, o estudo da forma,
estrutura, formação e classificação das palavras observadas de maneira isolada.

O conhecimento relativo à morfologia é relevante para a aprendizagem da escrita em línguas


alfabéticas porque, nessas línguas, a ortografia é regida por dois princípios, primordiais para
o seu funcionamento (Marec-Breton & Gombert, 2004), que são:

 Princípio Fonográfico;
 Princípio Semiográfico.

O primeiro princípio, o fonográfico, descreve as correspondências entre unidades gráficas


(grafemas) e sons (fonemas).

O segundo princípio é o semiográfico e diz respeito às relações entre unidades gráficas e


formas significativas. As menores unidades de significação são justamente os morfemas, os
quais podem constituir palavras simples (constituídas de um único morfema

Exemplo: O substantivo flor) ou palavras complexas (constituídas dois ou mais morfemas,


por exemplo, a palavra florzinha, que é composta pelos morfemas flor e -(z)inha) (Marec
Breton & Gombert, 2004).

O princípio alfabético refere-se à ideia de que as letras que compõem nossa língua escrita
representam os sons individuais das palavras faladas (Byrne, 1998). No Português, isso não
acontece sempre biunivocamente (para cada som uma letra), pois existe uma grande
variedade relativa ao grau de correspondência entre letras e sons da fala (Faraco, 2012).

Conforme Camara Jr. (2007), o critério fonológico rege a nossa escrita, o que se revela já
pela tentativa de representação dos fonemas por letras. Entretanto, essa tradução sistemática
entre fonemas e grafemas não servirá em todas as situações de escrita, ou seja, usar apenas a

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estratégia fonológica não dá conta de todas as situações de escrita e, por isso, fazem-se
necessários conhecimentos morfológicos, fundamentais para a escrita correta das palavras
(Pires, 2010) e, em decorrência, para a obtenção da consciência morfológica.

4. Consciência Morfológica

Assim, consciência morfológica refere-se à habilidade de reflexão e manipulação da estrutura


morfológica da língua, ou seja, reflexão a respeito das unidades de sentido (Nunes & Bryant,
2006; 2009). É por meio dessa habilidade que o sujeito poderá reconhecer e entender as
palavras escritas ou as partes que constituem palavras complexas.

Exemplo: em livro, livrinho, livreiro, livraria, em que a raiz livr- é o morfema comum e
indica uma significação básica nesse grupo lexical (Rocha, 1998).

Nos sistemas alfabéticos, como é o caso do Português, os morfemas (unidades mínimas de


significado) podem ser derivacionais (o sufixo “-eiro” forma substantivos-agentivos a partir
de substantivos.

Por exemplo: pedra/pedreiro) ou flexionais (o sufixo “-s” marca o plural, por exemplo:
casa/casas). Além disso, caracterizam-se como blocos de construção nos processos de
formação de palavras, “elementos recorrentes, de grande produtividade na língua” e sua
ordem é rígida, ou seja, “qualquer alteração resulta em formas inaceitáveis na língua” (Kehdi,
2007, p. 15).

4.1 Natureza da significação


Em relação à natureza da significação, existem dois tipos de morfemas:

 Lexicais;
 Gramaticais.

Segundo Paula (2007), “o morfema lexical constitui o elemento central de significado da


palavra, ao qual podem ser agregados outros morfemas, para qualificar o conceito que este
representa”.

Ele tem significação externa e relaciona-se ao mundo extralinguístico; é também conhecido


como lexema ou semantema. (Cunha & Cintra, 2008). No que se refere às classes de

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palavras, os morfemas lexicais são “os substantivos, os adjetivos, os verbos e os advérbios
de modo” (Cunha & Cintra, 2008, p. 91).

Já os morfemas gramaticais não possuem significação independente, ou seja, a significação


nos morfemas gramaticais é interna e “deriva das relações e categorias levadas em conta pela
língua” (Cunha & Cintra, 2008, p. 91).

Assim, na frase-exemplo apresentada por Cunha e Cintra (2008, p. 91): “Évora! Ruas ermas
sob os céus cor de violetas roxas...”, identificam-se “o artigo o, as preposições de e sob a
marca de feminino -a (rox-a, erm-a) e a de plural -s (rua-s, erma-s, o-s, céus, violeta-s, roxa-
s).”

Portanto, pode-se dizer que os morfemas flexionais são os responsáveis pela alteração dos
morfemas lexicais, de tal maneira que estes sejam ajustados “à expressão das categorias
gramaticais que a sua classe admite”, ou seja, nomes devem adequar-se a gênero e número,
e verbos, a tempo e modo, número e pessoa (Silva & Koch, 1997, p. 22).

Ademais, é importante salientar que “enquanto nas derivações as palavras podem ter uma
extensão no significado, as flexões mantêm uma estabilidade semântica.” (Guimarães &
Paula, 2010, p. 96).

Um dos primeiros estudos que investigou o papel da consciência morfológica na


aprendizagem inicial da escrita foi realizado por Carlisle (1995) com crianças falantes do
inglês. Nesse estudo, a pesquisadora verificou uma relação significativa entre a consciência
morfológica e a aquisição de habilidades em leitura.

Em outro estudo, Carlisle (2000) investigou a capacidade de as crianças de 3ª a 5ª série


reconhecerem a estrutura e o significado das palavras derivadas, concluindo que a habilidade
de realizar análises morfológicas está significativamente relacionada à compreensão da
leitura.

Além de investigar as relações entre a consciência morfológica e o desenvolvimento da


capacidade de leitura, várias pesquisas trataram também da relação entre as habilidades meta
morfológicas e o desempenho em escrita.

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Entre elas, o estudo de Carlisle (1996), que investigou o emprego de palavras
morfologicamente complexas por crianças de 2ª e 3ª série, verificou que os alunos com maior
nível de escolaridade (com e sem problemas de aprendizagem) foram mais precisos na
utilização de flexões, derivações e palavras compostas.

5. Palavras variáveis da morfologia


 Substantivo - consiste em nomear todas as coisas (pessoas, objetos, fenômenos, etc).
Ex: (A rede é leve);
 Verbo - indica ações, estado ou fenômeno da natureza. (Eu nadei hoje);
 Adjetivo - atribui qualidade ao substantivo, representado por estados e seres. (Pedro
 é legal);
 Pronome - acompanha os substantivos ou os substitui. (Meu avô está internado);
 Artigo – palavra que vem antes do substantivo nas frases. Ele indica o gênero e o
número das palavras. (O armário era pequeno);
 Numeral – indica a quantidade de tudo que existe. (Priscila era sempre a primeira).
6. Palavras invariáveis na morfologia
 Conjunção - é uma palavra utilizada para conectar dois termos em uma mesma frase.
(A menina guardou os bonecos e mostrou quando viu as amigas);
 Advérbio - palavra que modifica o verbo, adjetivo ou outro advérbio conforme o
contexto da frase. (O caminhão chegou ontem);
 Preposição – palavra que conecta dois termos em uma oração. (Eu quero
cuidar de você);
 Interjeição – palavras usadas para indicar sentimentos e emoções. Geralmente elas
são acompanhadas do ponto de exclamação. (Ah, como eu queria ser rica!);

As palavras que sofrem variações em sua estrutura são chamadas, na morfologia, de


desinências nominais de gênero e de número, além das desinências verbais que indicam
modo, tempo, número e pessoa.

6.1 Desinência nominal


Os morfemas, quando se unem ao radical, determinam as flexões que ocorrem nas palavras.
Por exemplo: garotinhos. O gênero dessa palavra, nesse caso, é masculino e o ‘s’ serve para
identificar que a palavra está no plural, também considerada uma desinência de número.

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6.2 Desinência verbal
Na desinência verbal o modo e o tempo é que definem os elementos mórficos da palavra.
Elas podem ser:

 Desinência modo temporal – indica o modo e o tempo em que ocorre a ação verbal.

Ex:.

cantava
-va: desinência modo temporal indicativa do pretérito imperfeito do indicativo.

 Desinência número pessoal – indica o número e a pessoa a qual se refere a ação


verbal.
Ex:.
canto
-o: desinência número pessoal indicativa da primeira pessoa do singular
 Desinência verbo nominal – indica as formas nominais dos verbos no infinitivo,
gerúndio e particípio.
Ex:. Cantar: desinência verbo nominal indicativa do infinitivo
Cantando: desinência verbo nominal indicativa do gerúndio
Cantado: desinência verbo nominal indicativa do particípio
7. Elementos da Morfologia

Os elementos da morfologia que formam a palavra são designados de elementos mórficos ou


morfemas. Eles são radicais, afixos e vogais temáticas. Veja abaixo como eles se posicionam:

 Radical – é um morfema comum que pertence às palavras da mesma família. Ex:


pão, padeiro, padaria/ terra, enterrar. menin-o, menin-a; menin-ada, menin-inho,
menin-ona.
 Afixos - eles auxiliam na construção das palavras e são divididos em sufixos e
prefixos. O afixo que vem antes do radical é chamado de prefixo. Quando ocorre
depois do radical é chamado de sufixo. O objetivo deles é serem acrescentados ao
radical para formar novas palavras. Vamos utilizar o exemplo da palavra enterrar.
‘En’ é o prefixo da palavra e ‘ar’ o sufixo.

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 Vogal temática - é a vogal que unida ao radical forma uma palavra. Nos verbos, por
exemplo, a vogal temática indica em que conjugação ele se encontra. Existem três
vogais temáticas: ‘a, e, i’.

Elas também podem se unir após o radical, ou seja, verbos terminados em ‘ar’ são verbos de
primeira conjugação, verbos terminados em ‘er’ são de segunda conjugação e verbos
terminados em ‘ir’, terceira conjugação. Confira abaixo os exemplos:

 Sonhar;
 Brincar;
 Comer;
 Ver;
 Ter;
 Sair.
8. Composição das palavras

Na morfologia, a composição das palavras é feita através da formação de uma nova palavra
com outra existente. Para construir essa palavra é necessário utilizar mais de um radical.
Essa categoria é feita por justaposição, aglutinação, hibridismo, onomatopeia e sigla.
Observe abaixo:

Justaposição: é a junção de palavras diferentes para construir uma palavra nova sem perder
fonemas ou letras.
Exemplo: passa + tempo = passatempo / guarda + chuva = guarda-chuva/ beija+ flor =
beija-flor.

Aglutinação: diferente da justaposição, na aglutinação há a junção de palavras, mas existe


a perda de fonemas e letras.
Exemplo: plano + alto = planalto/ água + ardente = aguardente/ perna + alta = pernalta.

Hibridismo: construção de palavras por meio de dois radicais de origens distintas.


Exemplo: romanista = romano (latim) + ista (grego) / automóvel = auto (grego) + móvel
(latim)

Onomatopeia: formação de palavras através da repetição de seu som. Muito comum em


história de quadrinhos.
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Exemplo: toque- toque (barulho ao bater na porta) / reco- reco (som de um instrumento)
/tic-tac (barulho do relógio).

Siglas: redução de expressões grandes com o objetivo de formar palavras através de suas
iniciais.

Exemplo: UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) / OMS (Organização


Mundial da Saúde) / ONU (Organização das Nações Unidas).

9. Derivação das palavras

Derivação de palavras é o processo da formação da palavra. Baseia-se no acréscimo de


afixos a uma raiz (um radical, ou uma palavra primitiva).
Tipos de derivação
De acordo com a derivação, elas podem ser:

 Prefixal;
 Sufixal;
 prefixal e sufixal (juntas);
 parassintética.

Prefixal: “feliz” (na palavra feliz, ao acrescentar o prefixo ‘in’ ela dará origem a uma nova
palavra=“infeliz”).

Sufixal: “feliz” (ao adicionar o sufixo “mente” na palavra feliz, ela também dará origem a
uma nova palavra “felizmente”.

Prefixal e sufixal: essa é a união de dois elementos em uma só palavra. Nesse caso, ao
retirar o sufixo ou prefixo, a palavra não perde o sentido.
Exemplo: “infelizmente” (prefixo ‘in’ junto com o radical “feliz” mais o sufixo ‘mente’)
significa que ao ser retirado um dos lados ou mesmo dois dos lados não altera o significado
da palavra.

Parassintética: diferente da prefixal e sufixal, na parassintética, ao retirar um dos


elementos mórficos a palavra perde o sentido.
Exemplo: “entardecer”, (ao retirar o prefixo ‘en’ a palavra ficaria ‘tardecer’; e ao tirar o
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sufixo ‘ecer’ a palavra que se formaria seria ‘entard’, ou seja, a palavra perde o seu
significado.

Regressiva: nesse caso, ao mudar um fragmento da palavra, muda-se a classe gramatical


que ela representa. Por exemplo, a palavra “criticar” é um verbo pela sua classe gramatical,
mas se no lugar do sufixo ‘ar’ substituímos pela vogal ‘o’ teremos a palavra ‘“crítico” que
pela língua portuguesa é um substantivo.

Imprópria: parecida com a regressiva, na imprópria não se mexe na palavra, apenas nos
elementos externos. Altera-se a classe da palavra dentro do contexto da frase, mas não
modifica a sua estrutura. Na palavra “piranha”, por exemplo, analisada sozinha ela é um
substantivo, mas observada na frase ‘Ele é um moleque piranha’ altera-se, portanto, classe
gramatical, e ao invés de substantivo ela passa a ser um adjetivo.

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10. Conclusão

Ao concluir o presente trabalho de pesquisa, dizer que foi possível alcançar os meus objetivos
geral e especifico em que é a Morfologia é um dos assuntos mais importantes da gramática,
pois seu estudo está relacionado à estrutura das palavras, como ela é formada e como se dá
sua classificação na língua portuguesa. Na morfologia as palavras são estudadas de forma
isolada, sem que haja o contexto da frase ou período.

A morfologia pertence a área da linguística e tem a sua palavra originada do grego. O termo
“morphe” significa (morfo = forma) e “logia” (logos = estudo), isto é, o estudo da forma,
estrutura, formação e classificação das palavras observadas de maneira isolada

O princípio alfabético refere-se à ideia de que as letras que compõem nossa língua escrita
representam os sons individuais das palavras faladas (Byrne, 1998). No Português, isso não
acontece sempre biunivocamente (para cada som uma letra), pois existe uma grande
variedade relativa ao grau de correspondência entre letras e sons da fala (Faraco, 2012).

Assim, consciência morfológica refere-se à habilidade de reflexão e manipulação da estrutura


morfológica da língua, ou seja, reflexão a respeito das unidades de sentido (Nunes & Bryant,
2006; 2009). É por meio dessa habilidade que o sujeito poderá reconhecer e entender as
palavras escritas ou as partes que constituem palavras complexas. Exemplo: em livro,
livrinho, livreiro, livraria, em que a raiz livr- é o morfema comum e indica uma significação
básica nesse grupo lexical (Rocha, 1998).

Os elementos da morfologia que formam a palavra são designados de elementos mórficos ou


morfemas. Eles são radicais, afixos e vogais temáticas

Na morfologia, a composição das palavras é feita através da formação de uma nova palavra
com outra existente. Para construir essa palavra é necessário utilizar mais de um radical. Essa
categoria é feita por justaposição, aglutinação, hibridismo, onomatopeia e sigla.

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11. Referências bibliográficas
Byrne, B. ( (1998)). . The foundation of literacy: The child’s ac quisition of the alphabetic
principle. . UK: Psychology pess.

Camara Jr., J. ((2007).). Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes.

Cunha, C. &. ( (2008). ). Nova gramática do português contemporâneo. Rio de Janeiro:


Lexikon. Rio de Janeiro: : Lexikon.

Faraco, C. ((2012)). . Linguagem escrita e alfabetização. sao paulo : contexto.

Marec-Breton, N. &. (2004). A dimensão morfológica nos principais modelos de


aprendizagem da leitura In M. R. Maluf (Org), Psicologia educacional – questões
contemporâneas. São Paul: Casa do psicologo .

Nunes, T. &. ( (2006). ). Improving literacy by teaching morphemes. London: : Routledge.

Nunes, T. &. ((2009). ). Children’s reading and spelling: Beyond the first steps. . London: :
Wiley-Blackwel.

Paula, F. V. ((2007). ). Conhecimento morfológico implícito e explícito na linguagem escrita


(Tese de doutorado). Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo
e Université de Rennes 2. França: rennes.

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