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As Regras Morfológicas Na Escrita de Falantes Do Português Como L2
As Regras Morfológicas Na Escrita de Falantes Do Português Como L2
2. Objetivos ................................................................................................................. 2
De acordo com os estudos de Seymour (2005) e Seymour, Aro e Erskine (2003), as línguas
alfabéticas variam em relação à complexidade e consistência entre grafemas (letras) e
fonemas (sons). As línguas alfabéticas podem ser classificadas ao longo de uma dimensão de
complexidade silábica e profundidade ortográfica. Nos sistemas alfabéticos rasos ou
transparentes, a consistência entre letra e som é unívoca, ou seja, direta. Há um som para uma
letra. Quando essa relação torna-se complexa, ou seja, um fonema sendo representado por
mais de um grafema e vice-versa, o nível de complexidade da língua aumenta em direção à
profundidade ortográfica. Nesse caso, quanto mais a língua caminha em direção à
complexidade entre as relações entre fonema e grafema, mais profunda se torna. O português
é considerado de natureza silábica simples, mas está no meio do espectro de complexidade
ortográfica, apesar de ser mais transparente do que o inglês, possui ambiguidades na grafia,
muitas delas que podem ser resolvidas pelo conhecimento da estrutura morfológica das
palavras. Há evidências de que refletir sobre a linguagem, sobre a consciência
metalinguística ajuda no aprendizado das correspondências entre letra e som e também
aspectos da complexidade ortográfica (Gombert, 2003).
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2. Objetivos
2.1 Geral
Descrever sobre a morfologia.
2.2 Específicos
Falar sobre as regras morfológicas na escrita;
Compreender o significado da consciência morfológica;
Identificar os elementos da morfologia e a composição das palavras.
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3. As regras morfológicas na escrita de falantes do Português como L2
A Morfologia é um dos assuntos mais importantes da gramática, pois seu estudo está
relacionado à estrutura das palavras, como ela é formada e como se dá sua classificação na
língua portuguesa. Na morfologia as palavras são estudadas de forma isolada, sem que haja
o contexto da frase ou período
A morfologia pertence a área da linguística e tem a sua palavra originada do grego. O termo
“morphe” significa (morfo = forma) e “logia” (logos = estudo), isto é, o estudo da forma,
estrutura, formação e classificação das palavras observadas de maneira isolada.
Princípio Fonográfico;
Princípio Semiográfico.
O princípio alfabético refere-se à ideia de que as letras que compõem nossa língua escrita
representam os sons individuais das palavras faladas (Byrne, 1998). No Português, isso não
acontece sempre biunivocamente (para cada som uma letra), pois existe uma grande
variedade relativa ao grau de correspondência entre letras e sons da fala (Faraco, 2012).
Conforme Camara Jr. (2007), o critério fonológico rege a nossa escrita, o que se revela já
pela tentativa de representação dos fonemas por letras. Entretanto, essa tradução sistemática
entre fonemas e grafemas não servirá em todas as situações de escrita, ou seja, usar apenas a
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estratégia fonológica não dá conta de todas as situações de escrita e, por isso, fazem-se
necessários conhecimentos morfológicos, fundamentais para a escrita correta das palavras
(Pires, 2010) e, em decorrência, para a obtenção da consciência morfológica.
4. Consciência Morfológica
Exemplo: em livro, livrinho, livreiro, livraria, em que a raiz livr- é o morfema comum e
indica uma significação básica nesse grupo lexical (Rocha, 1998).
Por exemplo: pedra/pedreiro) ou flexionais (o sufixo “-s” marca o plural, por exemplo:
casa/casas). Além disso, caracterizam-se como blocos de construção nos processos de
formação de palavras, “elementos recorrentes, de grande produtividade na língua” e sua
ordem é rígida, ou seja, “qualquer alteração resulta em formas inaceitáveis na língua” (Kehdi,
2007, p. 15).
Lexicais;
Gramaticais.
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palavras, os morfemas lexicais são “os substantivos, os adjetivos, os verbos e os advérbios
de modo” (Cunha & Cintra, 2008, p. 91).
Assim, na frase-exemplo apresentada por Cunha e Cintra (2008, p. 91): “Évora! Ruas ermas
sob os céus cor de violetas roxas...”, identificam-se “o artigo o, as preposições de e sob a
marca de feminino -a (rox-a, erm-a) e a de plural -s (rua-s, erma-s, o-s, céus, violeta-s, roxa-
s).”
Portanto, pode-se dizer que os morfemas flexionais são os responsáveis pela alteração dos
morfemas lexicais, de tal maneira que estes sejam ajustados “à expressão das categorias
gramaticais que a sua classe admite”, ou seja, nomes devem adequar-se a gênero e número,
e verbos, a tempo e modo, número e pessoa (Silva & Koch, 1997, p. 22).
Ademais, é importante salientar que “enquanto nas derivações as palavras podem ter uma
extensão no significado, as flexões mantêm uma estabilidade semântica.” (Guimarães &
Paula, 2010, p. 96).
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Entre elas, o estudo de Carlisle (1996), que investigou o emprego de palavras
morfologicamente complexas por crianças de 2ª e 3ª série, verificou que os alunos com maior
nível de escolaridade (com e sem problemas de aprendizagem) foram mais precisos na
utilização de flexões, derivações e palavras compostas.
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6.2 Desinência verbal
Na desinência verbal o modo e o tempo é que definem os elementos mórficos da palavra.
Elas podem ser:
Desinência modo temporal – indica o modo e o tempo em que ocorre a ação verbal.
Ex:.
cantava
-va: desinência modo temporal indicativa do pretérito imperfeito do indicativo.
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Vogal temática - é a vogal que unida ao radical forma uma palavra. Nos verbos, por
exemplo, a vogal temática indica em que conjugação ele se encontra. Existem três
vogais temáticas: ‘a, e, i’.
Elas também podem se unir após o radical, ou seja, verbos terminados em ‘ar’ são verbos de
primeira conjugação, verbos terminados em ‘er’ são de segunda conjugação e verbos
terminados em ‘ir’, terceira conjugação. Confira abaixo os exemplos:
Sonhar;
Brincar;
Comer;
Ver;
Ter;
Sair.
8. Composição das palavras
Na morfologia, a composição das palavras é feita através da formação de uma nova palavra
com outra existente. Para construir essa palavra é necessário utilizar mais de um radical.
Essa categoria é feita por justaposição, aglutinação, hibridismo, onomatopeia e sigla.
Observe abaixo:
Justaposição: é a junção de palavras diferentes para construir uma palavra nova sem perder
fonemas ou letras.
Exemplo: passa + tempo = passatempo / guarda + chuva = guarda-chuva/ beija+ flor =
beija-flor.
Siglas: redução de expressões grandes com o objetivo de formar palavras através de suas
iniciais.
Prefixal;
Sufixal;
prefixal e sufixal (juntas);
parassintética.
Prefixal: “feliz” (na palavra feliz, ao acrescentar o prefixo ‘in’ ela dará origem a uma nova
palavra=“infeliz”).
Sufixal: “feliz” (ao adicionar o sufixo “mente” na palavra feliz, ela também dará origem a
uma nova palavra “felizmente”.
Prefixal e sufixal: essa é a união de dois elementos em uma só palavra. Nesse caso, ao
retirar o sufixo ou prefixo, a palavra não perde o sentido.
Exemplo: “infelizmente” (prefixo ‘in’ junto com o radical “feliz” mais o sufixo ‘mente’)
significa que ao ser retirado um dos lados ou mesmo dois dos lados não altera o significado
da palavra.
Imprópria: parecida com a regressiva, na imprópria não se mexe na palavra, apenas nos
elementos externos. Altera-se a classe da palavra dentro do contexto da frase, mas não
modifica a sua estrutura. Na palavra “piranha”, por exemplo, analisada sozinha ela é um
substantivo, mas observada na frase ‘Ele é um moleque piranha’ altera-se, portanto, classe
gramatical, e ao invés de substantivo ela passa a ser um adjetivo.
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10. Conclusão
Ao concluir o presente trabalho de pesquisa, dizer que foi possível alcançar os meus objetivos
geral e especifico em que é a Morfologia é um dos assuntos mais importantes da gramática,
pois seu estudo está relacionado à estrutura das palavras, como ela é formada e como se dá
sua classificação na língua portuguesa. Na morfologia as palavras são estudadas de forma
isolada, sem que haja o contexto da frase ou período.
A morfologia pertence a área da linguística e tem a sua palavra originada do grego. O termo
“morphe” significa (morfo = forma) e “logia” (logos = estudo), isto é, o estudo da forma,
estrutura, formação e classificação das palavras observadas de maneira isolada
O princípio alfabético refere-se à ideia de que as letras que compõem nossa língua escrita
representam os sons individuais das palavras faladas (Byrne, 1998). No Português, isso não
acontece sempre biunivocamente (para cada som uma letra), pois existe uma grande
variedade relativa ao grau de correspondência entre letras e sons da fala (Faraco, 2012).
Na morfologia, a composição das palavras é feita através da formação de uma nova palavra
com outra existente. Para construir essa palavra é necessário utilizar mais de um radical. Essa
categoria é feita por justaposição, aglutinação, hibridismo, onomatopeia e sigla.
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11. Referências bibliográficas
Byrne, B. ( (1998)). . The foundation of literacy: The child’s ac quisition of the alphabetic
principle. . UK: Psychology pess.
Nunes, T. &. ((2009). ). Children’s reading and spelling: Beyond the first steps. . London: :
Wiley-Blackwel.
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