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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS

DIRETORIA PEDAGÓGICA

Orientações Pedagógicas para o mês de abril de 2023

Prezados(as) Coordenadores Pedagógicos das unidades escolares da rede estadual de Goiás,

Em continuidade às orientações voltadas à organização do trabalho pedagógico a ser realizado pelas


unidades escolares, de ensino fundamental e de ensino médio, no mês de abril de 2023, reitera-se a
relevância das colaborativas entre todos(as) os(as) integrantes da comunidade escolar, com vistas à
organização e à facilitação dos processos direcionados ao escopo do ensino e da aprendizagem, os quais
devem se convergir para a ação macro, objetivo comum de toda a rede, que é a oferta de um ensino de
qualidade a todos os estudantes que a integra.
Nesse sentido, destacamos a necessidade de estas orientações serem analisadas e ajustadas ao
contexto de cada unidade escolar, sem se distanciar das intencionalidades pedagógicas da Seduc/GO,
como um todo, mas com o propósito de atender aos estudantes em suas reais necessidades de
aprendizagem, reduzindo defasagens, assim como mitigando a evasão e o abandono. Para tanto,
reiteramos a necessidade de direcionar as ações, considerando como pressuposto basilar o Projeto
Político-Pedagógico da unidade escolar, proposto para este ano letivo, a fim de estabelecer a coerência
entre os projetos e atividades a serem desenvolvidas nos espaços da escola, tendo em vista as
especificidades pedagógicas, direcionadas ao desenvolvimento curricular, sendo a recomposição das
aprendizagens fundamental para que os estudantes aprendam o que está previsto para o ano/série escolar
em curso. Assim, é possível fortalecer a autonomia da unidade escolar, sua identidade e sua capacidade
de traçar caminhos a serem percorridos, no intuito de oportunizar situações de aprendizagem significativas
e, com isso, alcançar as metas pactuadas para a unidade escolar.
Dessa forma, faz-se necessário, portanto, destacar a escola como espaço de aperfeiçoamento
profissional, o que envolve engajamento, cooperação, corresponsabilização em torno um projeto próprio,
voltado ao fortalecimento do trabalho colaborativo entre a equipe gestora e os professores, de modo que
os estudantes sejam o centro de todo o processo. Nessa perspectiva, destacamos, então, a atuação da
coordenação pedagógica, uma vez que a função principal dela é apoiar os professores no desenvolvimento
das ações que impactam, de forma mais direta, a sala de aula. Dessa forma, destacamos o caráter formativo
da atuação dos coordenadores pedagógicos para o alcance de resultados de aprendizagem desejados. Para
isso, apontamos como ações essenciais:
✓ promover a articulação do Projeto Político-Pedagógico com as práticas pedagógicas da
unidade escolar;
✓ favorecer o senso de pertencimento dos professores no processo de ensino e aprendizagem;
✓ definir mecanismos para que o acompanhamento e a avaliação das ações educativas sejam
definidos;
✓ tornar conhecidas as metas pactuadas para a unidade escolar;

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✓ orientar e apoiar os professores em relação aos planejamentos, de modo que todos tenham
ciência dos pontos de partida, assim como para onde querem e podem ir em relação aos
resultados de aprendizagem dos estudantes;
✓ o acompanhamento, por meio de indicadores, de modo a definir, junto aos
✓ professores, intervenções assertivas para reduzir as defasagens de aprendizagem e
promover o avanço satisfatório dos estudantes no ano/série em curso;
✓ definir expectativas em relação à atuação junto aos professores, como por exemplo:
“espera-se que, ao final dessa ação, todos os professores tenham a clara compreensão
quanto às necessidades de aprendizagem dos estudantes, assim como o que fazer para
atende-las”;
✓ realizar devolutivas propositivas aos professores, de forma que sejam evidenciadas as
forças e os pontos de atenção em relação aos planejamentos.
Assim, a recomposição da aprendizagem deve ser incorporada como uma das estratégias da escola
e requer um trabalho articulado com ações contínuas de todos que estão nesses espaços. Sendo necessário
o acompanhamento da coordenação pedagógica na organização do planejamento mensal, especialmente,
dos professores de Língua Portuguesa e de Matemática, de forma que o desenvolvimento da aprendizagem
esteja divido em períodos de recomposição, pautados no material do Revisa Goiás, conforme orientações
citadas anteriormente neste documento, e períodos de ampliação de aprendizagem, garantindo o contínuo
curricular de modo satisfatório.
Para que os professores estruturem seus planejamentos, a fim de promover a aprendizagem dos
estudantes, de modo que se apropriem de conhecimentos essenciais, relacionados ao ano/série em curso,
promovendo a recomposição das aprendizagens, a partir da identificação de conhecimentos prévios não
consolidados, deve-se considerar os seguintes elementos: 1. Mapeamento; 2. Planejamento e 3.
Avaliação. Esses elementos são essenciais para a constituição dos planejamentos escolares, ao
nivelamento da aprendizagem, como oportunidade para que eles se apropriem dos conhecimentos
essenciais. Dessa forma, espera-se que a coordenação pedagógica oriente os professores quanto à/às:
1. ações gerais, para turmas de ensino fundamental e médio:

a. Mapeamento das aprendizagens – possibilita identificar/definir os indicadores a serem considerados.


Sugere-se analisar os níveis de desempenho dos estudantes a partir do Padrão de Desempenho do Saeb,
para oportunizar, por exemplo, o trabalho com agrupamentos/grupos colaborativos, com níveis
diferentes, tendo os estudantes com melhor desempenho como monitores. O mapeamento envolve:
✓ Identificar habilidades essenciais que representam conhecimentos prévios não consolidados pelos
estudantes, os quais são base para o desenvolvimento de outras habilidades, também essenciais,
previstas para o ano/série em curso. Para a identificação das habilidades críticas, podem ser
utilizados os Marcos de Desenvolvimento,
(https://plataformadeavaliacaoemonitoramento.caeddigital.net/#!/card-materiais-de-formacao),
destinados a apoiar as redes nessa análise;
✓ caso o número de habilidades que indicam conhecimentos prévios seja extenso, é possível
organizá-las por agrupamentos. Exemplo:
1. em Língua Portuguesa, isso pode ser feito pelos campos de atuação ou práticas de
linguagem, por exemplo, com prioridade para habilidades voltadas às práticas de leitura e
escrita.

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2. em Matemática, podem ser consideradas as habilidades relacionadas à ação de
interpretar e resolver situações-problema, assim como traduzi-las em linguagem matemática
e de elaborar procedimentos para a solução deles;

✓ a partir da seleção das habilidades, deve-se construir os planejamentos, tendo em vista os


diferentes níveis de desempenho dos estudantes de cada turma e, dessa forma, para atender a esse
planejamento, devem ser selecionadas as atividades do Revisa Goiás
(https://drive.google.com/drive/folders/146Uv6vgeD54CF2CAfpwYsZnDlA78fyMX?usp=sharing ).

b. Planejamento das aulas – precisa garantir o desenvolvimento curricular, a partir da execução de


ações articuladas e complementares, de modo que os estudantes se apropriem de conhecimentos
essenciais que deveriam ter sido apreendidos em anos/séries anteriores e dos que estão previstos
para o ano/série atual. Esse é o papel da recomposição das aprendizagens. Assim, reitera-se a
importância de aplicarem, em sala de aula, os recursos didáticos disponibilizados por esta
Secretaria, por meio do Núcleo de Recursos Didáticos da Superintendência de Desenvolvimento
Curricular, bem como utilizar as metodologias ativas, uma vez que esse conjunto de estratégias,
visam promover uma aprendizagem mais participativa, colaborativa e significativa para os
estudantes e estimular a colaboração e o desenvolvimento do pensamento crítico. Para que as aulas
a serem aplicadas tenham esse alcance, é necessário que, nelas, haja momentos para:
• apresentação dos resultados de aprendizagem desejados para a aula em curso;
• o levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes;
• a aplicação de conhecimentos novos (de acordo com as necessidades de aprendizagem
identificadas no mapeamento);
• propostas de atividades que atendam aos diferentes ritmos de aprendizagem, fortalecendo
a ação colaborativa entre os estudantes;
• momento para a sistematização dos conhecimentos, de modo que seja observado o alcance,
ou não, dos resultados de aprendizagem desejados;
• priorizar atividades de leitura e escrita em todas as áreas/componentes curriculares, uma
vez que elas são basilares para o desenvolvimento de habilidades e competências essenciais
em todos os anos/séries.
c. Avaliação – tem por objetivo evidenciar os dificuldades e avanços dos estudantes, como o
propósito de gerar evidências para direcionar as ações pedagógicas. Para tanto, é necessário utilizar
os dados/resultados - tanto para dar continuidade ou replanejar ações não exitosas – definir
quem/quando e como serão realizadas as ações futuras. Porém, é importante considerar que a
avaliação da aprendizagem pode ser feita aula a aula, por meio da aplicação de estratégias que
permitam a sistematização dos conhecimentos, como, por exemplo, questionamentos,
autoavaliações etc.
Para fortalecer e potencializar a aprendizagem dos estudantes, os recursos didáticos, elaborados pelo
Núcleo de Produção de Materiais Didáticos - Nuredi e à Avaliação Diagnóstica, desenvolvida e aplicada
pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação - CAEd, reforçamos a importância de os
coordenadores pedagógicos orientarem e acompanharem os professores quanto ao estudo desses
materiais, a fim de e promover a análise dos dados obtidos por meio da referida avaliação, para:
✓ identificar e compreender em que nível de aprendizagem e/ou padrão de desempenho os
estudantes/turma se encontram;
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✓ promover as adequações e ajustes que se fizerem necessários quanto a escolhas de atividades a
serem aplicadas em cada turma;
✓ utilizar o material pedagógico Revisa Goiás
(https://drive.google.com/drive/folders/146Uv6vgeD54CF2CAfpwYsZnDlA78fyMX?usp=sharing),
com o objetivo de revisitar as habilidades/descritores essenciais, com foco nas habilidades
críticas, de modo que seja agregado ao planejamento escolar. Para isso, deverão ser considerados
os materiais referentes aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2023;
✓ trabalhar com as atividades propostas, as quais contribuirão para melhoria da proficiência dos
estudantes em relação aos descritores em que apresentaram baixo desempenho.

3. Ações específicas para turmas de ensino médio:

Considerando a arquitetura curricular do ensino médio parcial, na parte flexível, que compreende
os Itinerários Formativos, orienta-se que a coordenação pedagógica:
✓ apoie os professores de ensino médio a utilizem o Revisa Goiás (Língua Portuguesa, Matemática
e Ciências da Natureza), nas aulas Língua Portuguesa e Matemática dos Componentes Eletivos –
Núcleo Dirigido, como forma de fortalecer o processo de ensino e aprendizagem;
✓ oriente quanto aos componentes curriculares da área de Ciências Humanas, de modo que os
professores façam o planejamento de forma integrada com os professores de Língua Portuguesa
e Matemática;
✓ nessa mesma perspectiva, oriente os professores de Educação Física e Arte a, além de trabalharem
os conhecimentos específicos, estes poderão, também, de forma integrada, ampliar os repertórios
dos estudantes, ampliando a aprendizagem dos estudantes, fortalecendo as práticas de escrita,
considerando os direcionamentos constantes no Projeto Redação Nota 1000.
Considerando a arquitetura curricular do ensino médio integral, o coordenador pedagógico deverá
orientar os professores quanto:
✓ ao uso do Revisa Goiás em 01 aula de Língua Portuguesa e 01 de Matemática da 3º série, da
Formação Geral Básica e, no componente eletivo Estudo Dirigido II, conforme direcionamentos
anteriores;
✓ aos componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática, que direcionem o
planejamento visando à apropriação e o domínio das habilidades “mínimas” (descritores), para que
os estudantes consigam avançar e obter resultados efetivos no ensino-aprendizagem.
Nesse viés, reafirmamos a importância de se considerar para o planejamento escolar os seguintes
documentos: a Escala de Proficiência do Saeb e os Marcos de Desenvolvimento da Aprendizagem,
ferramentas importantes para que os professores de Língua Portuguesa e de Matemática identifiquem os
conhecimentos não consolidados pelos estudantes, e aqueles que eles estão desenvolvendo com autonomia
e segurança, visando à recomposição e ampliação da aprendizagem. Desse modo, é primordial ter clareza
quanto à finalidade pedagógica, considerando as premissas que norteiam o Projeto de Vida e Trilhas de
Aprofundamento, bem como os componentes da Formação Geral Básica.
Todo processo exige acompanhamento, monitoramento e intervenções quando necessárias, a fim de
garantir condições para o alcance de resultados desejados. No processo de recomposição da aprendizagem,
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com foco no nivelamento e ampliação dos conhecimentos essenciais, previstos no Documento Curricular
para Goiás – Ampliado e Documento Curricular para Goiás - Etapa Ensino Médio é essencial que todos
os esforços levem os estudantes a refletir acerca do seu aprendizado, de modo a avaliar o processo como
um todo. Assim, espera-se que os estudantes, ao concluírem cada etapa do processo, sejam orientados a
organizar o próprio pensamento em relação às aprendizagens adquiridas, refletindo sobre:
➢ O que eu já sabia?
➢ O que eu precisei buscar (conhecimentos já adquiridos) para compreender o conhecimento de
agora?
➢ O que eu aprendi?
Após, deve-se propor o replanejamento a partir dos resultados das avaliações formativas e demais
evidências observadas pela unidade escolar durante a execução das ações planejadas

Vale destacar que, para além do Revisa Goiás, a Seduc disponibilizou o Projeto Redação Nota
1000 (https://drive.google.com/drive/folders/146Uv6vgeD54CF2CAfpwYsZnDlA78fyMX?usp=sharing), o qual
é composto por um caderno de orientação para o professor e um caderno para os estudantes com o objetivo
de contribuir com a formação e de escrita dos estudantes do Ensino Médio da rede pública do estado de
Goiás. Esse material será encaminhado, mensalmente, com temas da atualidade, a fim de subsidiar o
trabalho dos professores de modo a garantir que as habilidades desenvolvidas sejam potencializadas a
partir das propostas de produção textual.

4. Ações específicas para o ensino fundamental:

É importante a compreensão de que o período de Recomposição de Aprendizagem engloba


habilidades essenciais consideradas críticas, a partir de avaliações diagnósticas disponibilizadas pela rede
de ensino. Para seguir o processo de ampliação de aprendizagem, de acordo como corte temporal do DC-
GO, é fundamental o trabalho de recomposição com foco nas habilidades essenciais daquele período em
que o estudante está cursando, ou ainda, habilidades de períodos anteriores que não foram desenvolvidas
significativa.
Nesta perspectiva, as orientações pedagógicas visam a:
✓ aparelhar as unidades escolares da rede, no sentido de contribuir com o planejamento
pedagógico, a fim de garantir a qualidade e a equidade do ensino aos estudantes;
✓ observar que a etapa Ensino Fundamental conta com algumas particularidades que
proporcionam os estudantes trilharem caminhos de aprendizagem significativa e sólida e, para
isso, dispomos das seguintes estruturas: - Novo Ensino Médio: Componente curricular para o 9º
ano – Novo Ensino Médio, inserido na Matriz Curricular do Ensino Fundamental para o ano de
2023, possui 1 (uma) aula semanal para que os estudantes de 9º se apropriem dos diferentes
aspectos do Novo Ensino Médio, com foco no Projeto de Vida, competências socioemocionais,
itinerários formativos, trilhas de aprendizagem, com vistas à preparação deles para a próxima
etapa de ensino;
✓ Material disponível para o planejamento do professor:
https://drive.google.com/drive/folders/1aaCwNs0HiQ209rQMkMqCNd8MDI44ObBO;
✓ Estudo Orientado: Componente curricular que tem como objetivo o desenvolvimento de
técnicas e estratégias que orientam e apoiam os estudantes em sua rotina de estudo. O professor

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que ministra Estudo Orientado conta com duas ferramentas para subsidiar seu planejamento:
o PRA Goiás, destinado ao 6º ano para consolidação de habilidades essenciais que deveriam ter
sido desenvolvidas nos anos iniciais; e o SER Goiás, com material estruturado e digital do 6º ao
9º ano, que auxilia o estudante na recomposição da aprendizagem e no reforço escolar;
✓ material disponível para compor o planejamento do professor:
PRA GOIÁS se encontra no seguinte endereço:
https://drive.google.com/drive/folders/1UUAoq49W10gUaVrcNtUSDWrMOU0rEBgB

SER GOIÁS se encontra no seguinte endereço:


https://portalnetescola.educacao.go.gov.br/
As aulas estão disponibilizadas mensalmente e de acordo com o DC-GO. Dessa forma, o professor
do componente curricular de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, deve dividir suas aulas do mês,
entre atividades de Recomposição, planejando baseado no material do Revisa Goiás, e período de
Ampliação de Aprendizagem. Ambos seguindo habilidades contempladas no documento curricular, sejam
elas habilidades anteriores e consideradas pontos de atenção e essenciais para o desenvolvimento, ou
habilidades presentes no corte temporal do DC-GO.

5. ações específicas para da Coordenação de Juventudes – Coju:

Vale ressaltar que essa Coordenação tem como objetivo articular políticas públicas para os
estudantes da rede estadual. Além de fomentar as ações e projetos realizados nas escolas estaduais e fazer
interlocução com instituições governamentais e não governamentais, promove espaços de diálogos, a fim
de discutir temas de interesse para a juventude Goiana. Nesse sentido, a atuação da coordenação
pedagógica deve alcançar:
• as rodas de conversas, realizadas, bimestralmente, serão reestruturadas e, em momento oportuno,
encaminharemos as orientações, via SEI;
• os Grêmios Estudantis, para 2023, também estão sendo reestruturados e, em momento oportuno,
encaminharemos via SEI para todas as CREs;
• É preciso, ainda, divulgar e mobilizar os estudantes quanto às inscrições no Programa Jovem
Senador 2023, demanda já iniciada em reunião com supervisores de ensino médio, cujas
informações foram enviadas via Processo SEI: 202300006027752.

6. ações específicas para o ensino especializado:

Considerando a relevância do Projeto Político-Pedagógico para nortear as ações/atividades da


Unidade Educacional, de acordo com a legislação vigente, compete à unidade educacional (escolas
comuns e/ou especiais) instituir, em seu Projeto Político-Pedagógico - PPP, o atendimento educacional
especializado - AEE, como também os demais serviços de apoio especializados, recursos,
flexibilizações/adaptações que devem ser providos para favorecer o acesso, a permanência, a participação
e a aprendizagem dos estudantes, público da Educação Especial (estudantes com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação). Sendo assim, para a atuação da
coordenação pedagógica na construção e/ou reconstrução do PPP, é necessário atentar-se para as
orientações contidas nesse link:

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https://docs.google.com/document/d/1o4TjrlEXYL5vpzm9KGTVoUs8fOEanhLyCr3kCw3kiKA/edit?usp
=sharing

7. ações específicas para a Socioeducação:

Na 1ª quinzena de abril, o foco esteja voltado à recomposição da aprendizagem, nas Unidades


Escolares da Socioeducação. Entende-se que, para uma maior efetividade na aprendizagem, é necessário
desenvolver um trabalho com ênfase na dimensão curricular, nas rotinas pedagógicas e nos resultados das
avaliações diagnósticas realizadas pelas unidades Escolares.
A Materialização do currículo na Socioeducação deve estar orientada na proposta curricular da
Modalidade de Jovens e Adultos, com ênfase nas expectativas de aprendizagens das três (03) etapas:
Fundamental I e II e Ensino Médio, considerando a matriz e os componentes, bem como suas respectivas
cargas horárias de aulas. Assim, toda a organização do trabalho pedagógico deve estar focado nas
expectativas de aprendizagens. Ainda que considere disposto na Proposta Político- Pedagógica, eixos e
projetos temáticos, com temas e subtemas, os conteúdos precisam estar em consonância a
contextualização e integração curricular, na perspectiva de responder a problematizações e questões
levantadas pelo cotidiano escolar, de uma forma interdisciplinar, possibilitando a interação entre os
conhecimentos.
Assim, cada unidade escolar deve estabelecer um olhar rigoroso para as avaliações diagnósticas
efetivadas desde o início das aulas, em 2023, por componente curricular, por meio de estabelecimento de
tabulação e análise dos dados e propor uma rotina pedagógica de intervenção para a recomposição da
aprendizagem, considerando as necessidades dos socioeducandos.
Na rotina estabelecida no planejamento, o foco deve permear a organização do trabalho pedagógico
com a finalidade de olhar para as defasagens de aprendizagens, deve-se se voltar para:
✓ as atividades pedagógicas que motivem o socioeducando quanto à aquisição e produção de
conhecimento, considerando e valorizando os conhecimentos ainda não adquiridos, sem
desconsiderar os conhecimentos prévios;
✓ metodologias que propiciem um ensino significativo para os educandos, articulando os conteúdos,
conceitos e conhecimentos prévios já adquiridos pelos socioeducandos;
✓ estratégias de desenvolvimento curricular com efetivação dos conteúdos, focadas na produção e
apropriação de conhecimento, como: aulas teóricas / práticas pedagógicas, mediadas com
metodologias ativas; rotina semanal de leitura em sala de aula; organização de aulas e vivências
de desenvolvimento curricular com participação mais direta dos socioeducandos: formato de
assembleias, seminários, regularidade de atividades complementares orientadas fora da sala de
aula, com ênfase na produção emancipadora do conhecimento;
✓ rotina semanal de produção textual para os estudantes com maior defasagem na aprendizagem por
nível de apropriação da aprendizagem, com estabelecimento de cadernos textuais, devolutiva e
socialização entres os estudantes.
Diante do trabalho pedagógico realizado, focado e sistematizado, cada unidade escolar deve revisar
seu Plano de Ação, com ênfase específica para a rotina de alinhamento curricular, em que os pares
(socioeducandos) consigam caminhar em bom nível de aprendizagens nos agrupamentos, sem grandes
distorções e/ou defasagens.

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Para realizar o trabalho pedagógico, neste período, sugere-se a temática Violência no ambiente
escolar, com ênfase no Bullying, Cyberbullying e suas Consequências.
Nesse sentido, a coordenação pedagógica deverá atuar junto aos Articuladores/as de Programas e
Projetos, que orientem as escolas a trabalharem a temática de forma integrada e contextualizada ao
desenvolvimento curricular, como estratégia de aprofundar a discussão e promoção da prevenção de casos
bullying e cyberbullying ambiente escolar. Assim, sugerimos que o tema seja trabalhado a partir de aulas
temáticas, por meio de metodologias ativas que auxiliem na pesquisa, leitura, interpretação e análise de
tabelas, gráficos e textos explicativos, assim como a produção textual e outras estratégias pedagógicas
pensadas e planejadas. Ressaltamos que essa sugestão visa aprofundar a discussão focada nos conceitos
(o que é); nas causas (porque acontece?); na identificação (como pode ser identificado?) e nas
consequências (como é, de que forma pode ser prejudicial para os estudantes?) e incidência na
aprendizagem (como afeta o aprendizado dos estudantes?) e nas violências que pode gerar, além de ser
uma ameaça à vida. Reforçamos a importância dos registros, com nome das atividades, números de
estudantes envolvidos e de produções efetivadas e socializadas.

Orientações para a realização do 1º Conselho de Classe de 2023 (10 de abril de


2023)

Entendemos que o Conselho de Classe é a oportunidade de a unidade escolar rever o processo


educativo como uma colaborativa e participativa, sob múltiplas perspectivas, com vistas a promover a
análise e a reflexão acerca dos percursos individuais e coletivos traçados pelos estudantes de forma a
colaborar com a organização do trabalho pedagógico que se estrutura e se consolida em cada unidade
escolar desta rede de ensino. Para tanto, a equipe pedagógica das unidades escolares deve:

1. Antes do Conselho: mapeamento dos casos que serão levados para discussão: para planejar e
conduzir o encontro de forma propositiva e participativa, é necessário que diretor e o coordenador
pedagógico estejam alinhados para, junto com toda a equipe, fazerem:

✓ o mapeamento dos casos que precisam ser discutidos no conselho de classe;


✓ o cronograma: contemplar todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem;
✓ documentos e informações: percentual das situações de aprendizagem dos componentes
curriculares e demais evidências quanto ao desempenho dos estudantes frente ao que foi proposto
para o 1º bimestre deste ano letivo;
✓ o levantamento do que estava previsto, resultados esperados em relação às habilidades previstas
para o 1º bimestre (da recomposição de aprendizagens e do ano em curso), e os encaminhamentos
pedagógicos como mecanismos de apoio à aprendizagem dos estudantes;
✓ os gráficos com rendimentos de cada turma, frequência e ações da unidade escolar;
✓ consolidados com dados e registros de acompanhamento de sala de aula e outros que julgarem
serem importantes para consulta;
✓ a pauta com os assuntos a serem tratados na reunião;
✓ a orientação para que os professores se preparem para a reunião: registros, documentos e demais
informações que julguem ser importante para a reunião.

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A gestão deve definir, junto com os professores, quais documentos são importantes para serem levados
ao conselho a fim de favorecer a conversa. Podem ser, por exemplo, portfólio dos estudantes, avaliações
realizadas ou outros instrumentos de acompanhamento que a escola tenha. E, aqui, o destaque é para o
processo de ensino e aprendizagem, ou seja, o que foi feito, em consonância com o PPP da escola para
que os estudantes apresentassem os resultados desejados?

2. Durante o Conselho: apresentação das análises realizadas previamente, de modo a dialogar com as
equipes envolvidas e identificar os pontos fortes de cada turma, assim como possíveis entraves, bem como
analisar a pertinência e necessidade de desenvolver outras ações, considerando o processo de
aprendizagem dos estudantes e, ainda, se as ações propostas no Plano de Ação da Unidade Escolar
corroboram a melhoria da aprendizagem dos estudantes. Nesse sentido, sugerimos que a unidade escolar
promova espaços de diálogos, de forma que todos participantes possam apresentar seus posicionamentos,
suas percepções e suas sugestões em relação aos assuntos tratados. Em seguida, devem ser discutidos os
diagnósticos e as análises realizadas anteriormente, analisando se os dados identificados estão em
consonância com os dados apresentados pelos componentes curriculares, a fim de identificar se a
dificuldade é pontual ou geral. Após, deve-se analisar a efetividade das ações elencadas, se realmente
promoverão a aprendizagem dos estudantes.

3. Pós-Conselho: a partir das discussões e considerações realizadas durante o Conselho de Classe, deve-
se elaborar um relatório, organizado por turma e série escolar, assim como um cronograma com as
próximas ações, data de início, data de término e seus responsáveis, a fim de que a equipe as decisões
tomadas se transformem em ações práticas e significativas para corrigir rotas e garantir a recomposição,
assim como o avanço dos estudantes no ano/série em curso.

REFERÊNCIAS:

1. INOUE, Ana et al. Diretor escolar: função, rotina e prática.1. ed., Salvador: Instituto Chapada
de Educação e Pesquisa, 2019.

2. MONTEIRO, Elisabete et al. Coordenador pedagógico: função, rotina e prática. 1. ed.,


Palmeiras, BA: Instituto Chapada de Educação e Pesquisa, 2012.

3. Gestão escolar: como planejar e conduzir um conselho de classe participativo. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/21402/gestao-escolar-como-planejar-e-conduzir-um-conselho-de-
classe-participativo . Acesso em: 31 mar. 2023.

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