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Além desses aspectos intrínsecos ao trabalho, existem também os aspectos extrínsecos, como
salário, condições de trabalho e entre outros. Ao considerarmos tais aspectos, a qualidade de
vida dos trabalhadores aumenta de forma considerável e, por consequência, aumenta o
desempenho dentro das organizações.
Pesquisa de Campo- Para realizar a pesquisa dois métodos são usados, o do questionário e o
da pesquisa semi estruturada
2. Para adquirir segurança e ser autônomo: trabalhar permite suprir as necessidades de base,
dá sentimento de segurança, possibilita ser autônomo e independente.
3. Para relacionar-se com os outros e ter o sentimento de vinculação: trabalhar permite ter
contatos interessantes com os outros, possibilita fazer parte de um grupo.
Quando perguntamos aos administradores do que eles sentem ou sentiriam mais falta se eles
não trabalhassem mais, eles tendem a responder: ter alguma coisa para fazer, ser produtivo,
sentir-se útil, ter dignidade pessoal,manter as relações com os outros, o sentimento de fazer
parte de um grupo.
Um trabalho que tem sentido é feito de maneira eficiente e leva a alguma coisa
O trabalho é uma atividade produtiva que agrega valor a alguma coisa. É importante que o
trabalho seja organizado de uma maneira eficiente, cuja realização conduz a resultados úteis,
gastando energia de maneira rentável.
O prazer e o sentimento de realização que podem ser obtidos na execução de tarefas dão um
sentido ao trabalho. A execução de tarefas permite exercer seus talentos e suas competências,
resolver problemas, fazer novas experiências, aprender novas competências, resumindo,
realizar-se, atualizar seu potencial e aumentar sua autonomia.
Clima competitivo nas empresas- Cada vez mais o clima de intensa competição e rivalidade
no ambiente corporativo, se tornam comum, exigindo um novo tipo de trabalhador, que deve
não só ter competências técnicas, mas um espírito de competição e até mesmo de
agressividade. Essa situação leva ao surgimento de comportamentos violentos, abusivos e
humilhantes no trabalho, com a justificativa de ser uma competição interna e das metas a
serem cumpridas.
Assédio Moral- Assédio é um comportamento ilegal em relação a uma pessoa que causa
sofrimento mental ou emocional,que inclui contatos indesejados repetidos sem um próposito
razoável, insulto, ameaças ou linguagem ofensiva.
Com um clima permissivo dentro das empresas, o assédio torna-se um comportamento mais
fácil de acontecer, muitas vezes é justificado como uma punição para com os funcionários
que não atingiram suas metas. Procedimentos como ‘’brincadeiras’’, na verdade, são práticas
institucionalizadas de assédio moral. Como por exemplo o funcionário que não bateu as
metas ter que se vestir de mulher, ou até mesmo ter que fazer a ‘’dança da garrafa’’, dentre
outras várias ações.
Causas do Assédio- Às vítimas de assédio perdem seu autoconceito e sua autoestima, sendo
tomadas pela predominância do sentimento de inutilidade, já que sua dignidade e auto
respeitos foram altamente atacados. Desse modo, o assediado apresenta forte desestabilização
e a coportização das emoções, pode levá-lo a desenvolver doenças, e em casos extremos o
suicidio.
Para tentar evitar tal questão, deve haver uma política de prevenção de caráter:
administrativo, jurídico e psicológico. Com a criação de comitês de ética formados por
pessoas tituladas para tal, além de divulgar casos e as consequências conforme o código de
conduta da empresa. É ressaltado a importância de se criar sistemas de denúncia anônima
para o combate de comportamentos de assédio, e a necessidade de divulgar quão prejudicial
esse comportamento é dentro de uma empresa (pode ser por meio de teatros e cartilhas).
Por fim, mesmo com um código de conduta e ética, a empresa ainda é responsável por casos
que acontecem com seus funcionários, devendo sempre tomar providências e dar amparo
psicológico e judicial para as vítimas.
CAPÍTULO 1
Em meio a um cenário de uma ‘’guerra economica’’, o medo está instaurado nas pessoas, já
que todos podem ser vítimas do desemprego, da pobreza e da exclusão social. No entanto,
muitos levam essa questão com resignação, já que existe a crise do desemprego, considerada
quase uma pandemia, sendo frutos de uma injustiça, as pessoas dissociam sua percepção de
sofrimento alheio ao sentimento de indignação causado pelo reconhecimento de uma
injustiça.
No entanto, baseando-se na psicodinâmica do trabalho, os que acreditam no discurso
economicista, seria uma manifestação da Banalização do Mal. Sendo essa não só fruto de
uma resignação, mas também de uma defesa contra a própria consciência da própria
colaboração na adversidade social, e o sentimento de responsabilização.
No atual período histórico desse sistema econômico, não há perspectivas de mudanças, pois
não há grandes movimentações para tal. A banalização está presente em todos os sistemas
totalitários, não só no liberalismo.
Antes a sociedade não permitia altas taxas de desempregados, no entanto, atualmente, a
sociedade se transformou qualitativamente . Tendo uma evolução social quanto a atenuação
das reações de indignação, e de mobilização social para combater injustiças. Esta passividade
está ligada com a falta de perspectiva (política, econômica e social), desenvolvendo uma
tolerância à injustiça, é justamente a falta de mobilização social que possibilita o aumento do
desemprego, e os estragos psicológicos e sociais. Se adotou novos métodos de gestão
trabalhistas que não só demite em massa, mas que apresenta uma brutalidade nas relações ,
gerando impactos sociais, que não possuem reações da sociedade, crescendo assim um
sentimento de tolerância à injustiça.
CAPÍTULO 2
Sobre o sentimento de sofrimento e sua relação com o sofrimento, podemos ter duas linhas de
pensamento, aqueles que sofrem pela falta de emprego e os que sofrem continuando
trabalhar. Podendo esses, enfrentarem tarefas arriscadas e árduas, pondo em risco a saúde do
trabalhador , havendo infrações às leis trabalhistas. No entanto ignora-se esse sofrimento no
trabalho, muito pela falta de empregos no mercado., além dos pontos a serem descritos:
1) O MEDO DA INCOMPETÊNCIA
Sempre o emprego foge de uma execução muito rigorosa, já que teríamos uma
operação padrão. No entanto, não seguir todos os procedimentos pode causar graves danos às
atividades , botando em risco as pessoas e as instalações. Nesses casos os trabalhadores não
sabem se as falhas são de incompetência própria, ou de falhas nos sistemas das empresas,
gerando um sentimento de angústia e desestabilização pelo medo de ser incopetente.
4) SOFRIMENTO E DEFESA
Como quase sempre o reconhecimento não é feito de modo satisfatório, doenças
psicológicas não trabalham, começaram a ser estudadas. Quando um indivíduo não é
reconhecido e mantém certa saúde psíquica, o mesmo utiliza de mecanismos de defesa para
manter sua saúde mental, tantos os estudados pela psicologia que abrange o indivíduo, quanto
às estratégias coletivas de defesa. Desse modo, muitos trabalhadores permanecem na
normalidade, tornando aceitável o que não deveria ser. Além do mais, muitos acabam por
tolerar o sofrimento ético, realizando práticas contra seus valores próprios.
CAPÍTULO 3
1) A NEGAÇÃO PELAS ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS E SINDICAIS
Com os estudos científicos sobre os sofrimentos no trabalho, houve forte repreensão
por parte dos sindicatos e das organizações, já que este privilegiaria a análise subjetiva ao
indivíduo, em que supostamente as ações seriam tomadas individualmente e assim
boicotando a força do coletivo.
Essa negação ao discurso de sofrimento no trabalho, gerou uma certa tolerância ao
sofrimento subjetivo. Esse erro de análise por parte dos sindicatos, gerou uma forte queda nos
números de movimentos trabalhistas e deu força a um discurso economicista da importância
dos Recursos Humanos e Cultura empresarial.
4) DA SUBMISSÃO A MENTIRA
Os gerentes também sofrem com pressões provindas da direção, com altas cobranças
para melhores resultados de seu setor, mas mesmo sabendo das dificuldades no trabalho,
estes apresentam um discurso defasado e uma grande confiança. Por outro lado, pela própria
experiência do medo, os gerentes usam do medo da demissão para levar ao aumento de
produtividade, já que a concorrência por uma vaga é muito grande. Trazendo para o sistema
nazista, o mesmo não funciona graças aos chefes mas também aos executores.
Uma organização não funciona somente com base nas ordens de seus chefes, mas sim
quando todos usam beneficiam a organização com a mobilização de suas inteligências , tanto
individual quanto coletiva, mesmo que sejam quebrados alguns regulamentos das normas,
para assim conseguirem atingir os objetivos.
O sistema alemão nazista, não teve seu sucesso devido a submissão dos soldados, já
que este sentimento causa a paralizia, foi por conta da colaboração do povo em geral que
tornou possível tal situação. O nazismo não funcionava apenas pela ameaça e o medo, mas
também por reconhecer e compensar seus agentes.
CAPÍTULO 5
1) A EXPLICAÇÃO EM TERMOS DA RACIONALIDADE
ESTRATÉGICA
Para uma pessoa de bem (aquela que não apresenta características perversas), em atos
injustos é resultado de uma ação calculista. Para manter seu lugar, conservar seu cargo, sua
posição, e manter suas vantagens dentro da organização.
Mas essa colaboração não garante uma real segurança, assim como os trabalhadores
têm medo do desemprego, ocorre um aumento da produção pelo medo, e esse aumento da
margem para empresa enxugar gastos. Fazendo um sistema onde todos têm medo, mas todos
consentem. Os trabalhadores e gerentes, mesmo tendo senso moral, tomam atitudes para
prejudicar seus colegas para que esses sejam demitidos e preservem assim seu cargo.
3) O RECURSO A VIRILIDADE
Podemos definir uma pessoal viril, sendo aquele capaz de machucar o outro, para
assim conseguir manter o poder e domínio sobre o outro, característica presente nos líderes
do mal. No entanto, quando um membro da organização não consegue realizar atitudes contra
sua moral, é taxado como um ser frouxo, mas age em benefício próprio, mesmo que possa ser
punido por tal atitude.
NORMOPATIA
"Normopatia é um termo usado por certos psicopatologistas (Schotte, 1986;
MacDougall, 1982) para designar certas personalidades que se caracterizam por sua
extrema "normalidade", no sentido de conformismo com as normas do comportamento
social e profissional
● Como se não vissem que os outros não reagem como eles; como se não
percebessem mesmo que os outros sofrem; como se não compreendessem por que
os outros não conseguem adaptar-se a uma sociedade cujas regras lhes parecem
derivar do bom senso
EICHMAN
Para explicar esse caso, Dejours usa o termo retraimento da consciência
intersubjetiva, em que há uma fronteira bem delimitada entre dois
mundos no subjetivo. No primeiro mundo, o proximal, Eichamn
demonstra sensibilidade ao outro, mostra afeição e se preocupa com os
que fazem parte deste ciclo mais íntimo, até mesmo cumprindo de
maneira correta seus acordos morais e assume responsabilidades.
Entretanto, no mundo distal, Eichman age com uma indiferença, em que
homens e objetos têm o mesmo valor, e por isso os despreza
completamente.
Dessa maneira, podemos concluir que Eichaman por haver posturas tão
distintas entre os dois mundos, não possui nenhuma consciência moral, e
por isso é considerado um Normopata, já que o mesmo se adaptou às
condições a qual estava inserido e agiu contra os valores morais, em que
seu mundo moral se reduz a um mundo psíquico egocêntrico.
Fase Empírica: O Burnout foi visto como sendo uma forma de estresse no trabalho,
com ligações com conceitos como satisfação no trabalho, comprometimento organizacional e
rotatividade. O Burnout é consequência da relação do sujeito com o ambiente de trabalho.
Avaliação: Pesquisas feitas pelo MBI-Human Services Survey forneceram uma
segunda opinião sobre o que foi descrito por Maslach e por Freudenberger, enfatizando os
três pontos retratados (Cinismo, Exaustão mental e A falta de comprometimento/conclusão de
atividades)
As três dimensões do Burnout: A exaustão é o ponto central do Burnout, sendo a
característica mais facilmente observável dos trabalhadores que apresentam a síndrome.
Porém, mesmo conseguindo refletir a dimensão do estresse, a exaustão falha em capturar os
aspectos críticos das relações que as pessoas têm com o seu trabalho. A despersonalização é
uma tentativa de colocar distância entre o destinatário do serviço, ignorando ativamente que
as pessoas possuem qualidades que as fazem únicas. Por fim, o distanciamento é uma reação
imediata à exaustão, em que há uma forte relação entre a exaustão e o cinismo. A relação da
ineficácia com os outros dois aspectos do burnout é um pouco mais complexa, se dando pela
dificuldade de ter um bom desempenho se há uma má relação com o ambiente de trabalho.
Validade discriminante: O burnout está relacionado diretamente com o trabalho,
enquanto a ansiedade e a depressão estão interligadas em um sentido mais amplo. Um suporte
adicional para essa distinção vem de uma análise de várias conceituações de burnout, que
observa 5 elementos comuns: 1. Há predomínio de sintomas disfóricos como exaustão mental
ou emocional, fadiga e depressão. 2. A ênfase está nos sintomas mentais e comportamentais
mais do que nos físicos. 3. Os sintomas do burnout estão atrelados ao trabalho. 4. Os
sintomas têm a capacidade de atingir qualquer pessoa. 5. O burnout diminui a eficácia e o
desempenho no trabalho.
Modelos de desenvolvimento: Outro modelo das três dimensões, composto por três
pontos diz que os acontecimentos ocorrem de uma forma sucessiva, começando pela
exaustão, que leva ao desenvolvimento do cinismo e que, posteriormente, leva ao
desenvolvimento da ineficácia.
Como lidar com o Burnout: Muitas empresas tentam tratar o burnout depois que ele
ocorreu, quando na verdade é necessário fazer um tratamento preventivo para esse tipo de
síndrome, sendo necessário encontrar soluções para evitar esse esgotamento físico e
emocional. Abordagens orientadas para o indivíduo funcionam de forma a aliviar a exaustão,
porém são pouco eficazes no ambiente de trabalho, no qual a pessoa possui menos controle
sobre os estresses a que ela é submetida.