13, 04, 2023

Mc 6, 30-44 Os discípulos – colaboradores da missão de Jesus. Mc 6, 6b – 8, 26. PERÍCOPE

A colaboração dos discípulos na missão do messias.

Na seção anterior, em 4, 40-43: quadro posto pelos discípulos.

- 4 – 6, 6ª: Parábolas + ações em favor dos discípulos. 5 Parábolas, mais 4 milagres em favor
dos discípulos. Intuito de introduzir os discípulos no mistério do Reino.

Em Mc 4, 40-43: “Quem é este, quem até os ventos e o mar o obedece?”

4, 33-34: a multidão não entendia, mas os discípulos entendiam as parábolas. Jesus ensinava
somente por meio de parábolas.

6, 6b: Jesus percorria as aldeias e os arredores, ensinando. O caminho, metáfora em todo o

véterotestamentário. Jesus caminha, ensinando. Jesus ensina a respeito (cap4 e cap 13 em
Mc).

Em seguida, o envio dos Doze em missão... chamados a colaborar com o ministério, na obra.
Jesus tem atenção particular com os discípulos e apóstolos.

Reis 4, 1-7; Elias (passagem da multiplicação da farinha e óleo da viúva de Sarepta).

Para as tradições de Israel, o tempo messiânico se caracteriza como tempo de abundância e de

“volta paradisíaca”.

Tem aspecto cristológico e eclesiológico. Jesus é pastor do novo povo e eclesiológico, porque
chama os discípulos a participarem da obra. Ezequiel 37: “Dias virão, nos quais suscitarei um
verdadeiro pastor, o qual apascentará o meu povo”.

Lucas escreve segunda parte da obra, mesmo que nenhum outro autor neotestamentário,
demonstra como essa obra messiânica foi continuada pelos discípulos – somente Lucas mostra.

Narrativa – discurso – narrativa – discurso. O discurso quer dar espessura cristológica ao

evento. Trazer o sentido mais profundo do evento. Evento mais importante na História.

Para Lucas, o que mais caracteriza o texto lucano, é Jesus Salvador. Lucas é quem melhor
expande essa soteriologia aos mais esquecidos da História. Lc e Atos é obra de síntese das
tradições, tanto evangélicas, relativas à obra do Messias, como das tradições relativas à
primeira comunidade e testemunhas.

NA PERÍCOPE, PRIMEIRA APRTE O CONTEXTO HISTORICO: PARA QUEM, PORQUE E BREVE

TEOLOGIA DO TEXTO. CONTEXTO – TEXTO – TEOLOGIA. Contexto do primeiro capitulo é
sempre uma ambientação do evangelho na sua história, por isso entra autor, destinatário, a
intenção, entra onde foi escrito.

NO SEGUNDO CAPÍTULO, se insere o texto no contexto literário do próprio texto. Mostrar como
esse texto se encaixa dentro de uma porção textual delimitada, por uma perspectiva temática,
ou por questões topográficas, ou por questões de tempo (passagem), mas em geral, se delimita
PORÇÕES DELIMITADAS POR TEMA (COMO ESTAMOS TRABALHANDO EM AULA).

Mc 6, 7 – 13: Exzousía: autoridade de Jesus: o poder que sua palavra possui para transformar o
outro. Para a Lei judaica, a pessoa seria a responsável por sua condição, devido o pecado.
Características: autoridade sobre os espíritos impuros, atividade terapêutica.

Lugar deserto lembra o êxodo), ensinar e comer: vocabulário usado no texto.

A fome da multidão deve ser saciada, mas terão que ter uma compreensão do Reino.

A multidão como ovelhas sem pastor.

A hora: manifestação messiânica de Jesus de Nazaré.

Jesus não é o novo Moisés, porém, Jesus recupera as tradições de Israel e demonstra que ele
de fato é o Senhor.

Jesus ordena aos discípulos que se identifiquem com Jesus – o Mestre bom pastor.

Na relva: lugar de pastoreio das ovelhas. O povo de Deus, cuidado pelo Pastor.

Realidade eclesial, disposta a assumir as características do Reino – experiencias do Exodo. Essa

organização pressupõe não ser o povo massa informe, mas Povo de Deus quem deve ser
cuidado e alimentado.

Partir, dar, distribuir. Também a ênfase se dá no gesto da partida. Esse amor fraterno é
sublinhado por Cristo.

Quando os discípulos assumem e compreendem o mestre, se dá a realidade do Reino. A sobra

é abundância, uma das características do Reino.

Os discípulos devem distribuir. Esses são os colaboradores diretos com o Reino de Deus; são
capazes de colaborar.

Há elementos eucarísticos: olhou para o Céu, abençoou os pães e peixes.