Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O texto analisado de José Lefevre faz parte da produção bi-nacional do conjunto de atas do
Colóquio Internacional Portugal-Brasil-África, um evento onde se reuniram professores e
acadêmicos das mais renomadas universidades do Brasil e Portugal para debaterem, de forma
articulada, sobre três realidades geo-histórico-culturais diferentes, a partir do tema da Arquitetura
e Urbanismo dos séculos XIX e XX. A partir dessa temática, Lefevre, em seu texto, faz um
apanhado rápido sobre o processo histórico de desenvolvimento de São Paulo, desde seu
assentamento como missão jesuítica até o início do século XIX, momento que a cidade passava
por uma série de modernizações. Diante desse panorama, o autor traça uma avaliação crítica, sob
o viés da arquitetura, das transformações sofridas por um recorte reduzido, neste caso, a Rua São
Luiz, que se repetia por outras áreas do centro novo de São Paulo. Nesse sentido, através de uma
série de análises de diferentes obras arquitetônicas que foram surgindo na rua analisada, o autor
busca compreender os motivos por trás de determinadas decisões de projeto de diferentes
arquitetos que atuaram na metrópole paulistana.
Pode-se perceber, ao longo da leitura do texto, que Lefevre se valeu de uma gama diversa de
fontes de pesquisa para desenvolver, trazendo uma bibliografia rica que aborda diferentes campos
acadêmicos como Geografia, História da Arquitetura e do Urbanismo, História do Brasil. Além
do mais, Lefevre, com objetivo de quantificar alguns processos históricos, traz dados estatísticos
fornecidos pelo IBGE. Ainda, a iconografia encontrada foi retirada de acervos como o
LAP-FAUUSP, o Círculo Italiano e o C.S.B. Julien. Outras imagens, como a fotografia do
Conjunto Metropolitano, foi tirada pela Agência do jornal O Estado de São Paulo, assim como
outras fotos foram tiradas pelo também professor da FAUUSP, Hugo Segawa.
Tratando mais especificamente sobre a bibliografia, durante o panorama sobre surgimento e
desenvolvimento de São Paulo, Lefevre faz referência a obras de importantes estudiosos para
embasar seu raciocínio, tais como os geógrafos Aziz Ab’Saber, Aroldo Azevedo; historiadores
como Maria Thereza Petrone e também os historiadores de arquitetura e urbanismo, como Carlos
Lemos, Maria Cecília Homem, etc.