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RESUMO ASSUNTOS PARA PROVA DE HOJE

DIREITO TURMA ‘’ B’’

POSITIVISMO: Auguste Comte, o idealizador do positivismo, atesta que o


progresso social é obtido por meio da ordem e do avanço das ciências.
O positivismo é uma teoria de desenvolvimento social que afeta o campo das
ciências, pois aposta nelas como fator de desenvolvimento social, e o campo da
política, pois desenvolve uma teoria que promove uma espécie de doutrina para
a promoção do progresso civil. Essa teoria foi elaborada pelo filósofo Auguste
Comte (1798-1857), que, influenciado pelo iluminismo francês, elaborou
uma teoria política, social e científica que apostou em uma marcha progressiva
constante da sociedade. Segundo o seu pensamento, a humanidade teria passado por
dois estágios de desenvolvimento e, no século XIX, teria entrado no terceiro e mais
aprimorado estágio, o positivo.

Para Comte, a Europa estaria vivendo uma nova configuração, demasiadamente


complexa, por conta das duas grandes revoluções ocorridas: a Revolução Francesa e
a Revolução Industrial.

No Brasil, pudemos ver reflexos dessa teoria política com o fim da monarquia e
a Primeira República, comandada pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca,
militar fortemente inspirado pelo positivismo.

PÓS-POSITIVISMO: O pós-positivismo surgiu como uma nova teoria no


tocante à normatividade dos princípios após o fracasso filosófico do
jusnaturalismo e do colapso político do positivismo jurídico apoiado pela
Alemanha Nazista e Itália Facista.

Tal teoria visa dar aos princípios jurídicos caráter normativo, e estes devem
atuar como uma espécie de norma jurídica vinculante.

O pós-positivismo tenta restabelecer uma relação entre direito e ética, pois


busca materializar a relação entre valores, princípios, regras e a teoria dos
direitos fundamentais e para isso, valoriza os princípios e sua inserção nos
diversos textos constitucionais para que haja o reconhecimento de sua
normatividade pela ordem jurídica.

JUSNATURALISMO E NORMAIS JURÍDICAS: Esta pesquisa


bibliográfica se propõe a compreender a teoria jusnaturalista através do estudo de obras
já publicadas. Sendo assim, discute-se sua definição e aplicação ao longo do tempo, desde
a antiguidade grega até o Direito moderno. O jusnaturalismo nada mais é do que o direito
natural, ou seja, é anterior ao ser humano e sua existência é independente do mesmo.
Logo, por meio desta pesquisa é possível compreender como essa corrente filosófica está
intimamente ligada ao direito positivado. Percebe-se ao longo do tempo que as leis
positivadas foram extremamente valorizadas, porém, somente sua letra fria não é capaz
subsidiar todo e qualquer conflito. Desse modo, necessita-se de uma pluralidade de
interpretações, possibilitando o uso de diversas teorias para auxiliar o aplicador do direito.
Ademais, cada fase evolutiva do jusnaturalismo fora de suma importância para o
fortalecimento da ideia de que realmente há um direito superior ao positivado. Sua
principal função é subsidiar decisões mais justas, adaptando o direito ao contexto em que
o caso em estudo se apresenta. Por fim, é possível identificar que os reflexos do direito
jusnaturalista ainda são encontrados. Um bom exemplo disto são as garantias dos direitos
fundamentais, assegurados pela Constituição Federal, em especial em seu artigo 5° e
incisos.

NORMA JURÍDICA: Norma jurídica, segundo, Paulo Dourado de


Gusmão, é a proposição normativa inserida em uma ordem jurídica, garantida
pelo poder público ou pelas organizações internacionais. Coloca ainda ele, que
tal proposição pode disciplinar condutas ou atos, como pode não as ter por
objeto, coercitivas e providas de sanção.

Uma classificação funcional das normas jurídicas, com a ressalva de que toda
classificação é precária, as dividiria em cinco grupos, sendo que os dois últimos
seriam interligados: Normas organizatórias; Normas de competência; Normas
técnicas; Normas de conduta; Normas sancionantes.

COSTUMES SECUNDUM LEGEM: O costume secundum legem é aquele cuja


utilização é imposta, expressamente, pelo próprio texto da lei; quando a norma
jurídica remete a solução do conflito aos usos habituais de um lugar.

COSTUMES PRETELEGEM: Costumes praeter legem são aqueles


utilizados pelo juiz na ausência de norma incidente ao caso. Só podem ser
utilizados quando não for o caso de aplicação da analogia. Diferencia-se dos
costumes secundum legem , pois estes decorrem de imposição legal, como
ocorre, por exemplo, na hipótese prevista no 2º do art. 445, do Código Civil,
que ao tratar dos vícios redibitórios prevê que:
2o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos
serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais ,
aplicando-se o disposto no parágrafo antecedente se não houver regras
disciplinando a matéria.
Vale dizer que, por exigência legal, sempre que a parte fizer menção a
costumes deverá prová-los. É a regra imposta pelo artigo 337, do CPC, in
verbis :
Art. 337. A parte, que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou
consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o determinar o juiz.
COSTUMES CONTRALEGEM: O costume contra legem é aquele que se
forma em sentido contrário ao da leI. . Seria o caso da consuetudo abrogatoria,
implicitamente revogatória das disposições legais, ou da desuetudo, que
produz a não-aplicação da lei, em virtude de desuso, uma vez que a norma
legal passa a ser letra morta.

CIÊNCIAS EMPÍRICAS: As Ciências Empíricas (também chamadas ciências


factuais ou ainda ciências experimentais) são todas as ciências que estudam factos e
cujas teorias podem ser confirmadas ou refutadas por dados observacionais ou
através da experimentação.

CIÊNCIAS SOCIAIS: É uma área científica que estuda a organização das


sociedades e culturas atuais.
Ela investiga as origens e o
desenvolvimento dessas sociedades, bem como as
características dos indivíduos e grupos que as compõem. Esta
área de estudo é essencial para entendermos melhor o mundo
em que vivemos.

MÉTODO INDUTIVO: Método indutivo parte do particular para o geral,


ou seja, a pessoa tira conclusões a partir de casos parecidos onde pressupõe
uma verdade geral. Esse método pode ser verdadeiro ou falso e á uma
grande probabilidade de erro, pois ele é quantitativo, baseado em estatísticas
onde tiram se conclusões a partir de um número de acontecimentos.

Exemplos
Como exemplo de método indutivo tem-se: A terra, Marte,
Vênus e Júpiter são desprovidos de luz própria. Ora, a Terra,
Marte, Vênus e Júpiter são todos planetas. Logo, todos os
planetas são desprovidos de luz própria.

MÉTODO DETUTIVO: Método dedutivo é a modalidade de


raciocínio lógico que faz uso da dedução para obter uma
conclusão a respeito de determinada (s) premissa (s).
A indução normalmente se contrasta à dedução.

Essencialmente, os raciocínios dedutivos se caracterizam por


apresentar conclusões que devem, necessariamente, ser
verdadeiras caso todas as premissas sejam verdadeiras se o
raciocínio respeitar uma forma lógica válida.

Partindo de princípios reconhecidos como verdadeiros


(premissa maior), o pesquisador estabelece relações com uma
segunda proposição (premissa menor) para, a partir de
raciocínio lógico, chegar à verdade daquilo que propõe
(conclusão).

Exemplos
Um exemplo de um argumento dedutivo:

1. Todos os homens são mortais.

2. Sócrates é um homem.

3. Portanto, Sócrates é mortal.

A primeira premissa afirma que todos os objetos classificados


como "homens" têm o atributo "mortal". A segunda premissa
afirma que "Sócrates" é classificado como um "homem" - um
membro do conjunto de "homens". A conclusão afirma então
que "Sócrates" tem de ser "mortal" porque ele herda esse
atributo de sua classificação como um "homem".

MÉTODO ANÁLOGICO: Método Analógico é frequentemente


utilizado na teoria e na prática jurídica, em matéria de fato e de direito, na
elaboração da lei, na sua interpretação na prova judicial, nas pericias, na
sentença. É passível de censura quando utilizado no assentamento de
conceitos científicos, tendo em vista serem as analogias, como as metáforas,
arrebanhadas na preservação do dogmatismo, na continuidade entre o mundo
conhecido e o desconhecido, impedindo a evolução do pensamento cientifico
criador.
Exemplos: A árvore é um ser vivo. Tem metabolismo e reproduz-se. O
ser humano também. Nisto são semelhantes. Ora se são semelhantes nestas
coisas e a árvore cresce podemos concluir que o ser humano também cresce.

JURISPRUDÊNCIA: Jurisprudência […] é o resultado de um conjunto


de decisões judiciais no mesmo sentido sobre uma mesma matéria proferidas
pelos tribunais. É formada por precedentes, vinculantes e persuasivos, desde
que venham sendo utilizados como razões do decidir em outros processos, e
de meras decisões.
Um tribunal não pode ser visto de forma diferenciada. Ainda que a decisão de
um juiz não vincule a de outro, de modo geral, e não seja incomum ouvir de
advogados que “se o meu caso cair com o juiz tal, eu tenho mais chances de
ganhar” (o que justifica inclusive a tendência da jurimetria), é cediço que haja
uma coerência interna, sobretudo para garantia da segurança jurídica. É nesse
sentido, então, que a jurisprudência ganha relevância.

LACUNA NORMATIVA: Ausência de norma prevista para determinado


caso contrário.

LACUNA ONTOLÓGICA: Presença de norma para o caso concreto, mas


que não tenha eficácia social.

LACUNA AXIÓLOGICA: Presença de norma para o caso concreto, mas


cuja aplicação seja insatisfatória ou injusta.

DIREITO OBJETIVO: De modo geral, o direito objetivo são as normas


criadas pelo Estado (normas agendi), cujo seus descumprimentos, geralmente,
acarretam em uma sanção.

DIREITO SUBJETIVO: Por outro lado, o direito subjetivo é, segundo


Francisco Amaral, “o poder que a ordem jurídica confere a alguém de agir e de
exigir de outrem determinado comportamento”.

TEORIA DO DIRETO HANS KENSEL: Segundo Hans Kelsen, o Direito


é uma ordem de conduta humana, ou seja, é um conjunto de normas.
Argumenta o Mestre de Viena que o Direito não é, como se costuma pensar,
uma norma. É mais do que isso: o Direito é um conjunto de normas que possui
uma unidade, que forma um sistema.

TEORIA TRIDIMENSIONAL: No plano da teoria tridimensional do Direito,


os valores devem ser concebidos como experiência jurídica. Na expectativa do
autor, o aspecto da historicidade do direito é avaliado como experiência sempre
renovada de valores. Assim, o mundo do direito só pode ser compreendido
através de juízos de valor.

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