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Santana de Parnaíba – SP
2023
DIREITO NATURAL
O conceito de direito natural parte da ideia de que existem leis e princípios que são
intrínsecos à natureza humana e que transcendem as leis criadas pelo homem.
Esses princípios são considerados universais, pois se aplicam a todos os seres
humanos, independentemente de seu contexto social, cultural ou político.
Na Idade Média, o direito natural foi associado a concepções religiosas, com a ideia
de que os princípios divinos eram a fonte suprema do direito. Santo Agostinho e São
Tomás de Aquino são dois dos principais pensadores desse período que aceitam
para a fundamentação teológica do direito natural.
No século XVIII, a teoria do direito natural foi fortemente influenciada pela filosofia
iluminista. Pensadores como John Locke, Jean-Jacques Rousseau e Immanuel Kant
desenvolveram ideias que defendiam a existência de direitos fundamentais e
inerentes a todos os seres humanos, independentemente das leis criadas pelos
Estados.
Além disso, há o argumento de que a ideia de direito natural pode ser utilizada para
justificar posições morais e políticas diversas, o que pode levar a conflitos e disputas
sobre quais são os princípios administrativos. Essa flexibilidade interpretativa do
direito natural é, ao mesmo tempo, uma de suas maiores virtudes e uma de suas
maiores críticas.
O direito natural serve como uma referência ética e moral para o direito positivo, ou
seja, as leis criadas pelos Estados. Ele pode ser invocado para criticar leis injustas
ou para fundamentar argumentos em prol da dignidade humana, da liberdade, da
igualdade e de outros valores fundamentais.
CORDIOLI, Leandro. A justiça e a lei natural em John Finnis. Porto Alegre: Fênix,
2020.
SGARBI, Adrian. Teoria do Direito (Primeiras Lições). Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2007.