CASO PRÁTICO RESOLVIDO DE DIREITO PENAL

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Por: Adriano Mário Sapalo
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Ana foi espancada no dia 1 de Abril de 2020 no Huambo e morreu no dia 3 do mesmo mês e ano na África do
Sul.
a) - Determine o momento do crime
b) - Determine o locus delicti
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R: Para determinar o momento do crime, no caso prático em apresso, vale lembrar que, para a doutrina
existem três critérios ou correntes:
I - Doutrina da Actividade, segundo esta corrente, o momento do crime é aquele em que se realiza a actividade
ou conduta do agente;
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II - Doutrina do evento, para esta doutrina, o momento do crime é aquele em que se verifica, em que ocorre o
resultado da actividade criminosa.
A doutrina comumente adoptada pela jurisprudência e pelos jurisconsulto é a doutrina da actividade, por se
considerar que a actividade do agente é que ofende os valores e os interesses tutelados pela lei penal...!
Nos termos da lei, para o caso supra, o artigo 3. consagra o momento em que o agente actuou (actividade),
como o momento do crime independentemente do momento em que se verificou o resultado típico, neste caso,
o crime foi praticado no dia 1 de abril.
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Para determinar o locus delicti ou lugar do delito, a doutrina apresenta algumas correntes:
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I - Doutrina da acção ou da actividade, em que a infracção deve considerar-se cometida no lugar em que se
exerce a actividade criminosa (Huambo);
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II - Doutrina do Evento ou do resultado, a infracção localiza-se no lugar em que o evento se produziu (África do
Sul);
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III - Doutrina do Interesse, considera-se que o lugar do delito é aquele em que se o interesse protegido pela lei
foi ofendido.
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IV - Doutrina plurilateral ou da ubiquidade, entende que a infracção deve considerar-se praticada, quer no lugar
da actividade criminosa (Huambo), quer no lugar em que o evento se produziu (África do Sul). Esta última
corrente é a mesma adoptada pelo nosso Código Penal, no seu artigo n.6. Portanto, o locus delicti do caso em
questão, considera-se quer no Huambo onde Ana foi agredida, como na África do Sul onde se verificou o
resultado. (Morte)
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Por: Adriano Mário Sapalo