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SAÚDE DO IDOSO

A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS, 1946) AFIRMA QUE “SAÚDE É UM ESTADO DE COMPLETO BEM-
ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL E NÃO APENAS A MERA AUSÊNCIA DE DOENÇA OU ENFERMIDADE”.
SAÚDE DAS PESSOAS IDOSAS

• Tópico 1 - Reconhecer a importância e a aplicação apropriada da avaliação multidimensional da pessoa


idosa.
• Tópico 2 - Identificar as principais síndromes geriátricas por meio da avaliação multidimensional da
pessoa idosa.
• Tópico 3 - Reconhecer adequadamente as principais síndromes geriátricas conforme protocolos vigentes,
como os Cadernos de Atenção Básica, Cadernos de Atenção Domiciliar e PCDTs do Ministério da Saúde.
• Tópico 4 - Reconhecer os direitos da pessoa idosa relacionados à aposentadoria, Benefício de Prestação
Continuada e demais direitos definidos pela Constituição da República e pela legislação vigente, dentre ela
o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003).
• Tópico 5 - Qualificar o cuidado paliativo no âmbito domiciliar provido pelas equipes de Atenção Primária à
Saúde.
OBJETIVO!!!!!!!!!!

 Repensar o conceito de “idoso” e essa etapa do ciclo de vida. ∙


 Conflito idoso doente: trabalhar na perspectiva do envelhecimento saudável, de uma condição normal do
ciclo de vida.
 Atenção Primária à Saúde (APS) como centro da atenção à saúde do idoso: como a APS se organiza para
a atenção ao envelhecimento saudável e como a APS garante o vínculo na assistência. ∙
 Organização da rede de atenção ao idoso, com forte regulação pela APS, garantindo a continuidade do
cuidado nos outros pontos de atenção. ∙
 Idoso é usuário sócio sanitário e é preciso investir na integração com assistência social, permitindo o
suporte necessário para promover a autonomia e independência.
O ENVELHECIMENTO!!!!!!!

O envelhecimento rápido da população brasileira


traz profundas consequências na estruturação das
redes de atenção à saúde. A Organização Pan-
Americana da Saúde é um organismo
internacional de saúde pública com um século de
experiência dedicado a melhorar as condições de
saúde dos países das Américas, sempre com uma
atenção especial aos grupos mais vulneráveis,
como a população idosa.
A Organização exerce papel fundamental na
melhoria de políticas e serviços públicos de saúde,
por meio da transferência de tecnologia e da
difusão do conhecimento acumulado por meio de
experiências produzidas nos Países-Membros.
OS PRINCIPAIS DETERMINANTES ?????

 Os principais determinantes dessa acelerada transição demográfica no Brasil são a redução expressiva na
taxa de fecundidade, associada à forte redução da taxa de mortalidade infantil e o aumento da
expectativa de vida. Estima-se que, em 2025, o Brasil ocupará o sexto lugar quanto ao contingente de
idosos, alcançando cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.
 Em 2050, as crianças de 0 a 14 anos representarão 13,15%, ao passo que a população idosa alcançará os
22,71% da população total.
 Assim, o Brasil caminha rapidamente para um perfil demográfico mais envelhecido, caracterizado por uma
transição epidemiológica, onde as doenças crônico-degenerativas ocupam lugar de destaque. O
incremento das doenças crônicas implicará a necessidade de adequações das políticas sociais,
particularmente aquelas voltadas para atender às crescentes demandas nas áreas da saúde, previdência e
assistência social (MENDES, 2011).
PERFIL DEMOGRÁFICO MAIS ENVELHECIDO!!!

 Assim, o Brasil caminha rapidamente para um perfil


demográfico mais envelhecido, caracterizado por uma
transição epidemiológica, onde as doenças crônico-
degenerativas ocupam lugar de destaque.
 Na área da saúde, essa rápida transição demográfica e
epidemiológica traz grandes desafios, pois é responsável
pelo surgimento de novas demandas de saúde,
especialmente a “epidemia de doenças crônicas e de
incapacidades funcionais”, resultando em maior e mais
prolongado uso de serviços de saúde.
SAÚDE DAS PESSOAS IDOSAS

 Vamos falar de saúde das pessoas idosas?


 O que para você seria uma pessoa idosa saudável?
 Por exemplo, chega em seu consultório a paciente Maria Verônica, com seus 87 anos, diabética,
hipertensa, dislipidêmica, com hipotireoidismo. Imagine que você tem outra paciente, a dona Carmem,
também com 87 anos, mas não apresenta nenhuma doença. Apenas com essas informações poderíamos
dizer que a dona Carmem é mais saudável que Maria Verônica?
 Se pensarmos em ausência de doenças, a dona Carmem seria mais saudável, certo? Agora imagine que a
Maria Verônica é uma idosa independente, que faz compras sozinha, viaja com grupo de amigos e cuida
das suas finanças. Já dona Carmem é restrita ao lar, não consegue sair de casa sozinha, vem
apresentando quedas frequentes e já necessita de ajuda para tomar banho.
SAÚDE DAS PESSOAS IDOSAS

 Quais
conhecimentos você
usou para responder
a essa pergunta?
SAÚDE DAS PESSOAS IDOSAS

 Segundo O Relatório Mundial sobre Envelhecimento e Saúde da OMS, o envelhecimento saudável seria
“o processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar na
idade avançada”, caracterizado pela interação dos recursos físicos e mentais do próprio indivíduo
(capacidade intrínseca) e dos recursos ambientais aos quais o indivíduo está inserido (capacidade
extrínseca)
 Dessa maneira, o idoso é considerado saudável quando é capaz de realizar atividades sozinho, de
maneira independente e autônoma, mesmo que tenha doenças. (MORAES, 2012). Ou seja, saudável é o
idoso cuja funcionalidade está preservada.
 Assim, concluímos algo muito importante, que norteará todo o nosso raciocínio clínico em relação ao
cuidado da pessoa idosa: a saúde do idoso está diretamente relacionada a sua FUNCIONALIDADE.
ANOTE AÍ???

 COMO
PODEMOS
CLASSIFICAR UM
IDOSO
SAUDÁVEL ??
E O QUE SERIA FUNCIONALIDADE?

 Funcionalidade é a capacidade de realizar as atividades de vida diária, ou seja, as tarefas do cotidiano


que todos nós precisamos desempenhar para gerir a própria vida. Assim, ao avaliarmos a funcionalidade
do idoso, precisamos avaliar se ele desempenha sozinho tais atividades. São elas as atividades:
 a) Instrumentais de vida diária (AIVD), como:
 tomar suas medicações;
 manipular dinheiro;
 fazer compras;
 utilizar o telefone;
 realizar atividades domésticas, entre outras que são avaliadas pelas escalas de Lawton Brody.
E O QUE SERIA FUNCIONALIDADE?

 b) Básicas de vida diária (ABVD), como:


 alimentar-se;
 tomar banho;
 realizar transferências;
 vestir-se sem auxílio, avaliadas pelo índice de Katz.
E O QUE SERIA FUNCIONALIDADE?

 Imagine a seguinte situação:


 Dona Maria das Dores é uma senhora de 80 anos que mora sozinha. Nota que precisa sair para comprar
pão. Para realizar essa tarefa ela precisa ter preservada sua autonomia, que é a capacidade de tomar
decisões, e sua independência, que é a capacidade de execução, de realizar sozinha as ações que decidiu
tomar.
 Para tomar decisões como sair de casa e comprar pão, envolvendo quantos pães comprar, quanto
dinheiro levar e qual padaria ir, ela utiliza principalmente dois domínios: cognição e humor.
 Assim, para tomar decisões sozinha, (autonomia), a idosa precisa ter preservadas suas funções mentais e
cognitivas (cognição) e também precisa ter motivação (humor). Para executar sua decisão, que foi a de
sair de casa e comprar o pão, ela precisa de independência.
ANOTE AÍ?

 #INDEPENDÊNCIA
X AUTONÔMIA
 ✥ Note que um paciente pode ter autonomia sem ter independência. Um paciente acamado, por exemplo,
pode manter sua capacidade de decisão, apesar de não poder executá-la. Dessa forma, mesmo restrito ao
leito, ele é capaz de decidir sobre, por exemplo, seu tratamento.

 Dona Maria das Dores sai de casa e caminha sozinha, se deslocando até a padaria. Então, a independência
depende da mobilidade, certo?
 Observe que ela se utiliza da visão para olhar ao atravessar a rua e ao escolher os pães. Ela também
conversa com a vendedora e pergunta sobre o preço do pão doce. Assim, utiliza também a fala e a audição.
Ou seja, para executar uma decisão (autonomia), o idoso precisa ter independência, isto é, ter preservadas
sua capacidade de se deslocar (mobilidade) e sua capacidade de interagir com o meio (comunicação).
 A mobilidade é, portanto, a capacidade de deslocamento ou de manipulação do meio e engloba algumas
funções, que são: alcance, preensão e pinça (note que ela pega o bolo na prateleira de cima); capacidade
aeróbica (conseguir se deslocar até a padaria sem se cansar muito); marcha, postura e transferência; e
continência urinária. Ressalta-se que, se dona Maria das Dores estivesse incontinente, poderia apresentar
dificuldades ou evitar sair de casa devido à incontinência.
CHEGAMOS ENTÃO À SEGUINTE CONCLUSÃO:

 Um dos marcadores/indicadores de saúde em idosos relaciona-se a sua qualidade de vida, que por sua vez
está estreitamente relacionada à manutenção de sua autonomia e independência. Podemos dizer que a
pessoa idosa precisa ter sua funcionalidade preservada, ou seja, desempenhar as atividades de vida diária
sem dificuldades.

 Para realizar esta avaliação deve-se adotar uma compreensão multidimensional, avaliando e identificando
as necessidades e especificidades de cada pessoa idosa, do ponto de vista clínico, psicossocial e funcional.
COMO AVALIAR O IDOSO EM UMA PERSPECTIVA MULTIDIMENSIONAL?

 A avaliação multidimensional deve avaliar a saúde das pessoas idosas e a influência de diferentes fatores
na sua condição de saúde, contemplando as diferentes dimensões da vida dos idosos. Aborda, portanto,
não somente a dimensão clínica, mas também as dimensões funcional e psicossocial.
 São incluídos, portanto, na Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa:
 Autonomia e independência, representada pela funcionalidade global (AVDs: instrumentais e básicas);
 Sistemas funcionais, (cognição, humor, mobilidade e comunicação);
 Sistemas fisiológicos;
 Medicamentos;
 História pregressa;
 Fatores contextuais;
 Fatores psicossociais.
IDENTIFICANDO AS GRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICAS

 A avaliação multidimensional começa pela funcionalidade. É importante avaliar as AVDs instrumentais e básicas.
Como você viu, a causa do declínio funcional sempre estará associada a uma das 4 funções:
 Cognição,
 Humor,
 Mobilidade
 Comunicação.
 Por exemplo: a idosa pode deixar de cozinhar porque não enxerga mais e estava errando os temperos ou pode
parar de cozinhar porque não se lembra mais de como executar a receita. Pode, ainda, desistir da tarefa ou porque
está deprimida e perdeu a vontade ou porque está sentindo muita tontura e não consegue ficar em pé no fogão,
bem como pela conjunção de mais de um desses fatores.
 Esse declínio funcional pode ser estabelecido – em um idoso com limitação funcional por algum/alguns dos
domínios afetados – ou iminente, que ocorre no idoso em risco de declínio funcional, o que envolve: sarcopenia,
comorbidades múltiplas, comprometimento cognitivo leve, polifarmácia, história de internação recente etc.
 Ressalta-se que, para que as tarefas do cotidiano sejam executadas de forma plena, é necessário que os sistemas
funcionais estejam íntegros.
AVALIANDO A COGNIÇÃO

 Perguntas-chave:
 1- Existe esquecimento? A percepção do familiar e do idoso é diferente?
 2- Esse esquecimento vem piorando com o tempo?
 3- Por causa da memória o idoso deixou de fazer atividades que desempenhava anteriormente?
 4- Qual o tipo de esquecimento? Qual memória está sendo afetada: memória de trabalho
(tarefas/atividades) ou memória episódica (fatos/acontecimentos)?
 Memória de trabalho é um esquecimento da memória atual. Muito frequente em pessoas ansiosas,
deprimidas, que não dormem bem ou que fazem várias coisas ao mesmo tempo. Já o esquecimento da
memória episódica tem a ver com fatos, com memórias de episódios da vida da pessoa. São
esquecimentos do quando. A pessoa esquece o que comeu, aonde foi no dia anterior, recados que
recebeu etc.
 Um esquecimento percebido mais pelo familiar que pelo paciente, que piora com o tempo, com
comprometimento de memória episódica e que piora a funcionalidade precisa ser mais bem investigado,
pois essas são as características do esquecimento por um quadro demencial. Assim, será preciso aplicar
testes mais apurados para melhor avaliação.
AVALIANDO O HUMOR

 Como você viu anteriormente, o humor e a cognição são domínios indispensáveis para a manutenção da
autonomia do idoso, que é sua capacidade de tomar decisões.
 Na avaliação do humor temos que considerar não só a presença de depressão, mas também sintomas
comportamentais que podem estar associados à demência.
 O paciente com demência também pode apresentar, além da alteração da memória, mudanças na sua
personalidade, no comportamento ou nas funções sociais. O controle dos sintomas comportamentais é muito
importante, pois é uma grande causa de sobrecarga e estresse do cuidador.
 O Inventário Neuropsiquiátrico - INPI nos auxilia na avaliação da gravidade desses sintomas e grau de prejuízo
ao cuidador ou familiares. A demência pode afetar outras funções cognitivas que não a memória/cognição:
 Alteração de senso/percepção (alucinação);
 Avaliação do pensamento (delírios);
 Humor (depressão associada à demência).
A presença de depressão é muito frequente em idosos e não é raro observarmos sintomas depressivos
negligenciados ou desconsiderados durante a consulta. Por isso, é fundamental identificarmos o idoso que
apresenta o quadro de depressão, inclusive quando esse quadro não é típico.
AVALIAÇÃO DA MOBILIDADE

 A mobilidade é fundamental para a execução das decisões tomadas (independência), sendo responsável
pelo deslocamento do indivíduo e manipulação do meio.
 No modelo multidimensional do idoso, a mobilidade é constituída de quatro subsistemas:
• alcance;
• preensão e pinça-marcha;
• postura e transferência-capacidade aeróbica/muscular;
• continência esfincteriana.
IDENTIFICANDO AS GRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICAS

 A Atenção Primária à Saúde tem um papel fundamental na prevenção do declínio cognitivo. Dos
principais fatores de risco, apenas o genético não é possível modificar ou influenciar na APS.
 O estímulo à prática de exercícios físicos regulares, à alimentação saudável e ao envolvimento social e
afetivo significativos, bem como a identificação e controle dos principais fatores de risco
cardiovasculares podem reduzir de forma significativa a ocorrência dessa condição.
 Mas quando a prevenção não é alcançada, é também da APS a função primordial de identificação
precoce do quadro. Diante de um esquecimento, é importante avaliar se há declínio cognitivo.
Confirmado o declínio cognitivo, é preciso definir sua causa: demência, depressão, delirium ou doença
mental
A DEMÊNCIA REVERSÍVEL

 A demência reversível representa menos de 5% das demências e, como o próprio nome diz, o
tratamento pode reverter o quadro. Pode ocorrer por causas tóxicas, infecciosas, metabólicas ou
estruturais (“TIME”).Dentre as causas:
 a) tóxicas, podemos citar o uso de benzodiazepínicos, demência alcoólica.
 b) infecciosas, a neurossífilis e a encefalopatia pelo HIV (por isso, pedimos na suspeita de demência o
VDRL e anti-HIV).
 c) metabólicas, hipotireoidismo, (como o caso da dona Terezinha, por exemplo), deficiência de B12 e
encefalopatia hepática.
 d) estruturais, hidrocefalia de pressão normal, hematoma subdural, tumor, TCE.
MARCHA, POSTURA E TRANSFERÊNCIA

 A avaliação da marcha deve ser feita rotineiramente em todo o idoso, com objetivo de prevenção de
quedas e manutenção e/ou recuperação da independência.
 Quando o idoso vai da sala de espera até o consultório, por exemplo, podemos avaliar sua marcha,
observar se desequilibra ao longo do trajeto, se os pés se levantam adequadamente e um ultrapassa o
outro, bem como se o tronco está ereto ou pendente e se a marcha está muito lenta.
 Faz parte da avaliação da mobilidade, a avaliação da função muscular. Assim, a avaliação de sarcopenia é
de extrema importância.
 Circunferência de Panturrilha (CP): a medida da circunferência de panturrilha pode ser feita nas posições
sentada ou de pé, preferencialmente na panturrilha esquerda, com os pés apoiados em uma superfície
plana. No idoso acamado, devemos flexionar a perna, de modo que o pé fique completamente apoiado
no colchão.
CONTINÊNCIA - ESFINCTERIANA

 Você tem o hábito de perguntar ao seu paciente idoso sobre incontinência? De fato, às vezes nos
esquecemos desse item tão importante. Você sabia que a incontinência urinária (IU) é a queixa mais
negligenciada no exame clínico de rotina?
 Ela é uma importante causa de perda funcional. A vergonha e/ou o incômodo pelo mau cheiro do
escape de fezes e de urina frequentemente resulta no isolamento social da pessoa. Por vezes, as equipes
de saúde podem não perceber de pronto as graves repercussões nas demais dimensões da vida da
pessoa idosa, sobretudo a psicossocial, de sintomas considerados inadequadamente como “simples” ou
“naturalizados”, devido o avanço da idade. Por isso, a presença de incontinência urinária deve ser
prontamente reconhecida com investigação de possíveis causas.
 A incontinência urinária pode ser:
 Transitória (decorrente de medicações em uso, infecção urinária ou fecaloma); e
 Permanente e é classificada como: de urgência, de esforço, de transbordamento ou mista, dependendo
da causa subjacente.
O IDOSO COM HISTÓRICO DE QUEDAS RECORRENTES

 A avaliação da marcha e postura deve ser realizada rotineiramente no idoso com o objetivo de prevenção
de quedas e manutenção ou recuperação da sua independência.
 Diante de um idoso com relato de quedas, é essencial avaliar os fatores de risco para quedas, com vistas à
resolução ou pelo menos redução do risco de novas quedas.
 Fatores de risco:
 Fraqueza muscular;
 Déficit visual;
 Limitação da mobilidade por doença musculoesquelética;
 Incapacidade cognitiva: demência ou depressão;
 Presença de hipotensão ortostática;
 Comprometimento em AVDs;
 Interação medicamentosa.
AVALIAÇÃO DO SONO:

 Avaliação do sono: o sono do idoso é mais superficial, o que facilita despertares. É importante avaliar a
presença de distúrbios do sono (sonolência excessiva - hipersonia), dificuldade em iniciar ou manter o
sono (insônia) e comportamentos estranhos ou não usuais durante o sono (parassonias). Além de
contribuir para redução da qualidade de vida e aumento do risco de quedas, alterações do sono podem
indicar condições subjacentes, como depressão ou quadro demencial.
 Todos os sistemas fisiológicos deverão ser avaliados, principalmente para reconhecer as doenças mais
frequentes nos idosos.
 É importante que essa avaliação seja feita de maneira integral, considerando o paciente e não somente
suas comorbidades. A avaliação multidimensional é, por essência, uma avaliação integral, que
considera as mais diferentes dimensões da vida das pessoas idosas, reconhecendo que a saúde é um
conceito muito mais amplo que o controle de doenças.
 Por último, precisamos estar sempre atentos à iatrogenia, que muitas vezes é a grande causa das
incapacidades do idoso. Muitas vezes, a simples retirada de medicação indevida pode resultar em
melhora da funcionalidade.
APLICANDO A AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA

 Através da abordagem dessas três


dimensões (clínica, psicossocial e
funcional) podemos identificar
comprometimentos da autonomia e da
independência, relacionados à cognição,
ao humor, à mobilidade ou à
comunicação, além de também
conseguirmos identificar a insuficiência
familiar para o cuidado da pessoa idosa.
APLICANDO A AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA

 A perda funcional nunca será “normal da idade”. Se o idoso deixou de fazer algo que ele fazia antes, é
preciso investigar qual ou quais dimensões foram responsáveis por essa perda funcional a fim de intervir,
na tentativa de melhorar sua funcionalidade ou, pelo menos, evitar sua piora, evitando as incapacidades.
 Para nortear tanto nossas intervenções quanto decisões clínicas, bem como realizar uma gestão
adequada de cuidados ao idoso, é muito importante aprender a estratificá-lo de acordo com sua
funcionalidade. O MS propõe na Linha de Cuidado para Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa a
avaliação das seguintes dimensões de saúde:
 a) DIMENSÃO CLÍNICA
 Avaliação do histórico pessoal e familiar de saúde e adoecimento, e seu estado clínico atual, avaliando
comorbidades crônicas e agudas, intervenções médicas realizadas, uso de medicamentos, hábitos de vida
e qualidade de vida. ( HISTÓRIA PREGRESSA)
APLICANDO A AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA

 b) DIMENSÃO PSICOSSOCIAL
 Avaliação ampla da saúde mental e cognição, domínios que afetam diretamente a autonomia da pessoa
idosa; compreensão da dinâmica familiar e suporte familiar e social incluindo questões econômicas,
culturais, ambientais, etnicorraciais e de gênero.
 c) DIMENSÃO FUNCIONAL​
 Avaliação pormenorizada das atividades de vida diárias (básicas e instrumentais) identificando o grau
das limitações ou se há perda de função, necessitando de auxílio de outras pessoas para a realização das
atividades. Observação do ambiente físico em que a pessoa está inserida (residência, instituição,
comunidade) o qual pode impor obstáculos ou deter recursos para auxiliar nas ABVD e AIVD.
APLICANDO A AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA

• Ausência de comorbidades prévias conhecidas, uso de metformina para glicemia de


jejum alterada; insônia inicial em uso de zolpidem e relato de familiares de alterações
Dimensão
CLÍNICA de memória de trabalho nos últimos anos, sem autopercepção do paciente.

• Mora com esposa e filho mais novo. Esposa é a principal responsável por seus cuidados,
auxiliando na tomada de medicações, no entanto, apresenta-se irritada e
Dimensão
PSICOSSOCIAL aparentemente sobrecarregada.

• Necessita de auxílio para tomar suas medicações e as saídas de casa sozinhas estão
Dimensão sendo restringidas pela família por risco de se perder.
FUNCIONAL
A iatrogenia consiste em um estado de
doença, efeitos adversos ou alterações
patológicas causados ou resultantes de
um tratamento de saúde correto e
realizado dentro do recomendável, que
são previsíveis, esperados ou
inesperados, controláveis ou não, e
algumas vezes inevitáveis.
APLICANDO A AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA

 1) PERFIL 1 - Pessoas idosas


independentes e autônomas para realizar
as AVDs.
 Incluem-se neste grupo as pessoas idosas
que realizam suas atividades de forma
independente e autônoma, sem necessidade
de ajuda de terceiros e de nenhum tipo de
adaptação ou modificação.
APLICANDO A AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA

 2) PERFIL 2 - Pessoas idosas com necessidade de adaptação ou supervisão de terceiros para


realizar AVDs. Incluem-se nesse grupo as pessoas idosas que:
 a) Realizam as atividades de forma adaptada: as atividades são realizadas com algum tipo de
modificação ou de forma diferente da habitual ou mais lentamente. Para realizar as atividades da vida
diária necessitam de algum tipo de modificação/adaptação do ambiente ou do mobiliário ou, ainda, da
forma de execução, como por exemplo, passar a fazer sentada uma atividade que antes realizava em pé.
Também são incluídas neste perfil pessoas que necessitam de alguma adaptação que permita a
execução das atividades, como o uso de lentes ou de lupas para leitura, de um aparelho auditivo ou de
outros tipos de órteses e próteses. Com as adaptações e modificações, a pessoa idosa não depende de
terceiros para realizar as AVDs, isto é, tem uma independência modificada.
APLICANDO A AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA

 b) Realizam as atividades com auxílio de terceiros:


 Há necessidade do auxílio de outra pessoa para a atividade ser realizada, mas a própria pessoa idosa a
realiza, isto é, outra pessoa participa em alguma etapa, realiza algum preparo ou supervisiona a
atividade.
 Na supervisão, há a presença de terceiros sem a necessidade de contato físico, como por exemplo: a
pessoa necessita de incentivo, de pistas para completar uma atividade ou a presença de outra pessoa é
necessária como medida de segurança. Em algumas situações há necessidade de um preparo prévio
para a atividade ser realizada, como por exemplo, a colocação de uma adaptação para alimentação,
colocar pasta na escova de dentes etc. Sendo assim, embora apresentem declínio funcional e
dificuldades para a realização de AVDs de forma independente, conseguem realizá-las com adaptação
ou auxílio/supervisão de terceiros;
 são consideradas pessoas em risco de se tornarem totalmente dependentes, dada a condição de saúde
apresentada e as intervenções realizadas. Nesse sentido, o cuidado deve ter como foco a manutenção
das funções ainda preservadas e a reabilitação dos aspectos comprometidos.
APLICANDO A AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL DA PESSOA IDOSA

 3) Perfil 3. Pessoas idosas dependentes de terceiros para realizar as atividades da vida diária
 Incluem-se neste grupo aquelas pessoas idosas que não realizam as AVDs sozinhas e encontram-se
totalmente dependentes de terceiros para realizá-las.
 Elas não participam de nenhuma etapa da atividade e há a presença de terceiros com a necessidade de
contato físico para realizá-las, como por exemplo, dar banho, vestir, alimentar, mudar de decúbito, fazer a
transferência da cama para a cadeira ou vice-versa, entre outras.
 Essas pessoas idosas apresentam declínio funcional estabelecido, com necessidade de acompanhamento
contínuo para a realização das atividades básicas da vida diária; trata-se de pessoas que têm sua
capacidade funcional mais comprometida, que já perderam a capacidade para a realização das atividades
mais complexas da vida e apresentam comprometimento também para a realização das atividades mais
simples para o próprio cuidado. Para essas pessoas, o foco do cuidado deve estar na prevenção terciária e
quaternária, gerenciando as condições crônicas e ofertando cuidados prolongados. O acompanhamento
domiciliar deve ser planejado, visando à reabilitação possível, os cuidados paliativos e o suporte à família e
aos cuidadores.
RESUMO DAS AVALIAÇÕES DE VIDA DIÁRIA.

• Pessoas idosas independentes e autônomas.


• Incluem-se neste grupo as pessoas idosas que realizam suas atividades de forma
PERFIL 1 independente e autônoma, sem necessidade de ajuda de terceiros.

• Realizam as atividades de forma adaptada.


• Por exemplo, a colocação de uma adaptação para alimentação, colocar pasta na escova de
PERFIL 2 dentes etc.

• Totalmente dependentes de terceiros para realizá-las.


• Por exemplo, dar banho, vestir, alimentar, mudar de decúbito, fazer a transferência da cama.
PERFIL 3
OBJETIVO!!!!! ANOTE AÍ...

 Essas ações visam preservar a funcionalidade da vida do idoso,


buscando evitar a ocorrência de agravos ou o estabelecimento de
condições crônicas que possam provocar declínio ou comprometer
a autonomia e independência das pessoas. Àqueles indivíduos que
já apresentam algum declínio funcional, é necessário ofertar
cuidados que revertam, diminuam ou retardem ao máximo
possível a continuidade desse curso.
DIMENSÃO CLÍNICA !

 A oferta de cuidado deve se dar ao longo do tempo e não de forma pontual, envolvendo
pessoas próximas ao sujeito que possam colaborar, sejam familiares ou pessoas da
comunidade. Também deve respeitar o desejo e as possibilidades de cada sujeito a quem o
cuidado seja ofertado, construindo em conjunto com a pessoa idosa e, sempre que
necessário, com seus familiares e cuidadores, as alternativas tanto de promoção da saúde e
prevenção, quanto de tratamento e reabilitação, quando for o caso.
 Na avaliação multidimensional, a DIMENSÃO CLÍNICA considera o histórico de saúde-doença
por meio de uma anamnese ampliada e centrada no idoso, e o exame físico tradicional,
buscando identificar a presença de agravos (quedas, hematomas, fraturas etc.), doenças
crônicas e agudas, as intervenções médicas já sofridas ao longo da vida, hábitos,
antecedentes familiares, a quantidade e os tipos de medicamentos utilizados.
DIMENSÃO PSICOSSOCIAL!

 A DIMENSÃO PSICOSSOCIAL enfatiza os aspectos relacionados à cognição, à memória, ao


humor, aos comportamentos e à saúde mental de forma geral, atentando tanto para
situações de sofrimento psíquico quanto de transtornos mentais estabelecidos. Além disso, a
avaliação psicossocial compreende o entendimento da dinâmica familiar, do suporte familiar
e social, de questões econômicas, culturais, ambientais, étnico- -raciais, de gênero, por tratar
de aspectos que frequentemente interferem nas condições de saúde das pessoas.
 É sabido, por exemplo, que o nível instrucional e o grau de escolaridade influenciam e
determinam vários indicadores de saúde, de modo que a baixa escolaridade impacta
negativamente nos prognósticos relacionados à saúde.
DIMENSÃO FUNCIONAL!

 A DIMENSÃO FUNCIONAL considera de forma objetiva se uma pessoa é capaz ou não de


realizar atividades da vida diária, utilizando diferentes habilidades, de modo a avaliar se
consegue desempenhar as atividades necessárias para cuidar de si (como tomar banho,
alimentar-se, vestir-se etc...), interagir com sua família, com seu ambiente físico, com as
pessoas de sua comunidade e transitar por seu território.
 Esta dimensão busca averiguar o grau de dificuldade e a necessidade de auxílio de outras
pessoas para a realização das atividades da vida diária, detectando se são parciais, em maior
ou menor grau, ou totais. O aspecto funcional da avaliação multidimensional também
considera o ambiente físico em que a pessoa está inserida, seja na sua própria residência, em
instituições de acolhimento, no seu bairro ou comunidade.
SINAIS DE ALERTA QUE PODEM COMPROMETER A CAPACIDADE
FUNCIONAL!

 √ Multimorbidades (≥ 5 diagnósticos).
 √ Polifarmácia (≥ 5 medicamentos/dia).
 √ Internações recentes (mais de duas internações nos últimos seis meses).
 √ Incontinência esfincteriana (urinária e/ou fecal).
 √ Quedas recorrentes (duas ou mais nos últimos 12 meses).
 √ Alteração de marcha e equilíbrio.
 √ Comprometimento cognitivo (perda de memória, desorientação espacial e temporal...).
 √ Comprometimento sensorial (visão, audição).
 √ Dificuldades de comunicação.
SINAIS DE ALERTA QUE PODEM COMPROMETER A CAPACIDADE
FUNCIONAL!

 √ Isolamento social.
 √ Insuficiência familiar.
 √ Sinais e sintomas de transtorno de humor (depressão, ansiedade).
 √ Perda de peso não intencional (mínimo 4,5 kg ou 5% do seu peso corporal) no último ano.
 √ Suspeitas de violência.
 √ Dificuldade de mastigação e/ou deglutição, engasgos e/ou tosses recorrentes.
AS DIMENSÕES

• Considera o histórico de saúde-doença por meio de uma anamnese ampliada e centrada no idoso.
• O exame físico tradicional, buscando identificar a presença de agravos (quedas, hematomas, fraturas etc.), doenças
DIMENSÃO crônicas e agudas, as intervenções médicas já sofridas ao longo da vida
CLÍNICA

• Enfatiza os aspectos relacionados à cognição, à memória, ao humor, aos comportamentos e à saúde mental de forma
geral, atentando tanto para situações de sofrimento psíquico quanto de transtornos mentais estabelecidos.
DIMENSÃO • Avaliação psicossocial compreende o entendimento da dinâmica familiar, do suporte familiar e social, de questões
PSICOSSOCIAL econômicas, culturais, ambientais

• Objetiva se uma pessoa é capaz ou não de realizar atividades da vida diária, utilizando diferentes habilidades, de modo a
avaliar se consegue desempenhar as atividades necessárias para cuidar de si.
DIMENSÃO • Como tomar banho, alimentar-se, vestir-se etc, interagir com sua família, com seu ambiente físico, com as pessoas de
FUNCIONAL sua comunidade e transitar por seu território
A ATENÇÃO BÁSICA NA LINHA DE CUIDADO À SAÚDE INTEGRAL DA
PESSOA IDOSA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE – RAS

 A Política Nacional de Atenção Básica - PNAB, com vistas à revisão da


regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do
Sistema Único de Saúde - SUS, estabelecendo-se as diretrizes para a organização
do componente Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde - RAS.
 A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e
coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico,
tratamento, reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em
saúde, desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão
qualificada, realizada com equipe multiprofissional e dirigida à população em
território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade
sanitária.
 A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da
RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços
disponibilizados na rede.
A ATENÇÃO BÁSICA NA LINHA DE CUIDADO À SAÚDE INTEGRAL DA
PESSOA IDOSA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE – RAS

 A Atenção Básica constitui o primeiro contato de indivíduos, famílias e comunidades com o SUS,
trazendo os serviços de saúde o mais próximo possível aos lugares de vida e trabalho das pessoas e
significa, na RAS, o primeiro elemento de um processo contínuo de atenção.
 Deve exercer um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção
e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação, mantendo-
se como referência para os sujeitos mesmo que estes necessitem de cuidados em outros pontos da
rede.
 A coordenação do cuidado é desenvolvida por meio de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e
participativas, sob a forma de trabalho em equipe, dirigidas a populações de territórios bem delimitados,
pelas quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente nos locais e nas
comunidades em que vivem essas populações. A Atenção Básica deve cumprir três funções essenciais:
Resolutividade para a grande maioria dos problemas de saúde da população; Organização dos fluxos e
contrafluxos dos usuários pelos diversos pontos de atenção à saúde; Responsabilização pela saúde dos
usuários em qualquer ponto de atenção à saúde em que estejam (MENDES, 2002; 2011).
AÇÕES ESPERADAS NO ÂMBITO DA AB!

 Portanto, cabem às equipes da Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) a primeira abordagem
e a avaliação multidimensional das pessoas idosas dos territórios para os quais são referências. Sendo
assim, as pessoas idosas de um determinado território, bem como suas condições funcionais, devem ser
avaliadas e identificadas pelas eSF e por outros dispositivos da Atenção Básica, como as Equipes de
Consultórios na Rua, UBS e Nasfs-AB. Independentemente do ponto da RAS acessado pela pessoa idosa,
cabe à Atenção Básica o papel de disparador e coordenador do processo de cuidado integral.
 Os Nasfs-AB exercem um papel fundamental de apoio, matriciamento, suporte clínico, sanitário e
pedagógico aos profissionais das equipes de Atenção Básica/Saúde da Família. Competem também aos
Nasfs-AB participar do planejamento conjunto das ações, de discussão de casos, atendimento individual,
compartilhado, interconsulta, educação permanente, ações intersetoriais etc.
AÇÕES ESPERADAS NO ÂMBITO DA AB!

 O Programa Academia da Saúde, desenvolvido na AB, traz vários benefícios para as pessoas idosas,
pois potencializa uma série de ações voltadas à preservação da capacidade funcional, por meio da
realização de atividades como Dança Sênior, Tai Chi Chuan, atividades físicas orientadas para ganho de
massa muscular, força, equilíbrio e coordenação motora, entre outras, itens essenciais para a prevenção
de quedas em idosos e outros agravos, além de promover a convivência intergeracional e social, as
práticas artísticas e culturais, a educação em saúde e a mobilização comunitária.
 Entre as abordagens de cuidado integral oferecidas no âmbito da atenção básica estão as Práticas
Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). As PICS envolvem abordagens que buscam
estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de
tecnologias eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo
terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos
compartilhados pelas diversas abordagens abrangidas nesse campo são a visão ampliada do processo
saúde-doença e a promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado (BRASIL, 2006).
AÇÕES ESPERADAS NO ÂMBITO DA AB!

 Além disso, as PICS podem oferecer cuidado para condições específicas como dores crônicas,
depressão, ansiedade, entre outras. Também podem auxiliar em diversas questões inespecíficas
para o tratamento convencional, mas que debilitam e diminuem a autonomia e o bem-estar das
pessoas.
 As práticas integrativas e complementares em saúde contribuem para a ampliação das ofertas de
cuidados e para a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras e
socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades, além de proporcionar
maior resolutividade dos serviços de saúde (BRASIL, 2006).
 Ainda, cabe à AB a implementação das ações de imunização, como campanhas vacinais,
garantindo índices satisfatórios de cobertura e, portanto, de prevenção de doenças transmissíveis
como a influenza e as doenças pneumocócicas.
CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA COMO FERRAMENTA PARA A
AVALIAÇÃO MULTIDIMENSIONAL.

 O Ministério da Saúde oferece a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa como ferramenta de apoio para a
avaliação multidimensional a ser realizada no nível primário de atenção. Em alguns contextos, foram
organizados outros instrumentos e protocolos específicos, adequados às características loco regionais, para
a realização da avaliação multidimensional.
 A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa possibilita o rastreio de eventos e contextos importantes para a
identificação das reais necessidades de saúde, bem como do potencial de risco e graus de
comprometimento da autonomia e independência do indivíduo, permitindo o direcionamento de
intervenções oportunas e adequadas a cada caso.
 A Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa possibilita o rastreio de eventos e contextos importantes para a
identificação das reais necessidades de saúde, bem como do potencial de risco e graus de
comprometimento da autonomia e independência do indivíduo, permitindo o direcionamento de
intervenções oportunas e adequadas a cada caso.
AÇÕES ESPERADAS NO ÂMBITO DA AB!

 Em estados/municípios com Centros de Referência em Assistência à Saúde do Idoso8 (BRASIL, 2017i)


cabe às equipes desses serviços realizarem não somente o atendimento dos casos encaminhados, mas
também o matriciamento e a capacitação das equipes da APS. Portanto, é imprescindível que os Centros
de Referência estejam integrados e articulados com toda a RAS, constituindo-se em um de seus pontos
de atenção e em elemento de retaguarda para as equipes da Atenção Básica.
 A AD no SUS pode ser realizada tanto pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) da Atenção
Básica, como pelas equipes multiprofissionais dos Serviços de Atenção Domiciliar (SAD), credenciados
ou não no Programa Melhor em Casa, a depender dos critérios de elegibilidade, vulnerabilidade e
intensividade do cuidado. A AD está configurada em três modalidades de atenção, AD1, AD2 e AD3.
ATENDIMENTO DOMICILIAR 1,2,3

• A modalidade AD1 é atribuída ao rol de atividades já desempenhadas pelas equipes


de Saúde da Família da Atenção Básica. Deve contar com o apoio dos Nasfs-AB,
AD 1 ambulatórios e centros especializados e de reabilitação.

• são consideradas responsabilidade dos Serviços de Atenção Domiciliar (SAD), por


meio da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) e Equipe
AD 2 Multiprofissional de Apoio (Emap).

• são consideradas responsabilidade dos Serviços de Atenção Domiciliar (SAD), por


meio da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (Emad) e Equipe
AD 3 Multiprofissional de Apoio (Emap).
MODALIDADE AD1 ATENÇÃO BÁSICA.

 AD 1- Destina-se a pacientes que possuam problemas


de saúde controlados/ compensados e com
dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até
uma unidade de saúde; e/ ou pacientes que
necessitem de cuidados de menor intensidade,
incluídos os de recuperação nutricional, de menor
frequência de visitas, com menor necessidade de
recursos de saúde e dentro da capacidade de
atendimento de todos os tipos de equipes que
compõem a Atenção Básica
MODALIDADE AD2/AD3 MELHOR EM CASA (SAD) EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE
ATENÇÃO DOMICILIAR (EMAD) EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE APOIO (EMAP).

 A modalidade AD2 destina-se a usuários que possuam


problemas de saúde e dificuldade ou impossibilidade física
de locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem
de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e
acompanhamento temporário, até estabilização do quadro,
de acordo com o PTS estabelecido, podendo ser oriundos
de diferentes serviços da rede de atenção, com
necessidade de frequência e intensidade de cuidados maior
que a capacidade da rede básica. A modalidade AD3
destina-se aos usuários semelhantes aos da AD2, mas que
façam uso de equipamentos específicos. São pacientes de
maior complexidade que dificilmente terão alta dos
cuidados domiciliares.
CUIDADOS PALIATIVOS

 Outra questão importante na gestão do cuidado é a oferta de Cuidados Paliativos que devem ser
iniciados a partir do diagnóstico de qualquer doença que ameace a continuidade da vida, associados ou
não à terapia curativa. Podem se tornar a prioridade da assistência na fase avançada de evolução de
uma doença incurável ou, ainda, tornar-se o foco exclusivo do cuidado na fase final de vida ou durante o
processo ativo de morte. Para tal, o cuidado deve ser adaptado às necessidades dos pacientes e suas
famílias, acompanhando a progressão da doença até sua eventual fase final.
 E pode continuar após a morte do paciente por meio do apoio às famílias em seu processo de luto.
 Quando a prática da atenção paliativa focada nas necessidades do cuidado ao paciente é ofertada desde
o diagnóstico de uma doença grave ou ameaçadora da vida, pode-se investir para melhorar sua
qualidade de vida e sua capacidade de lidar com a situação de maneira mais adaptativa (OMS, 2002).
CUIDADOS PALIATIVOS

 Os Cuidados Paliativos podem ser definidos como “cuidados holísticos ativos, ofertados a pessoas de
todas as idades que se encontram em intenso sofrimento relacionados a sua saúde, proveniente de
doença grave irreversível, especialmente aquelas que estão no final da vida. Seu objetivo é, portanto,
melhorar a qualidade de vida dos pacientes, de suas famílias e de seus cuidadores”. (RADBRUCH et al.,
2020).
 Outra definição comumente utilizada é a da Organização Mundial de Saúde (OMS, 2002): “Cuidado
paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que
enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento.
Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física,
psicossocial e espiritual”.
EM CONSONÂNCIA COM AS DEFINIÇÕES ANTERIORES, A RESOLUÇÃO CIT/MS Nº 41, DE 31 DE
OUTUBRO DE 2018 DEFINE EM SEU ARTIGO 2º CUIDADOS PALIATIVOS COMO:

 Em consonância com as definições anteriores, a Resolução CIT/MS nº 41, de 31 de outubro de


2018 define em seu artigo 2º Cuidados Paliativos como:
 “Atenção Básica: ordenadora da rede e coordenadora do cuidado, será responsável por acompanhar os
usuários com doenças ameaçadoras de vida em seu território, prevalecendo o cuidado longitudinal,
ofertado pelas equipes de atenção básica, conjuntamente com o Núcleo Ampliado de Saúde da Família
(NASF-AB), com a retaguarda dos demais pontos da rede de atenção sempre que necessária”. (BRASIL,
2018b)
 Se torna evidente, portanto, a importância central e estratégica da Atenção Primária à Saúde no Brasil para
a efetivação da oferta dos cuidados paliativos no país, contando com a retaguarda dos níveis de maior
densidade tecnológica sempre que necessário.
 A comunicação sensível e empática com os pacientes e seus cuidadores é uma habilidade desejável
para qualquer cuidador em saúde, independentemente da área de atuação e do perfil do paciente. Mas
na área de Cuidados Paliativos ela é estritamente essencial. Os profissionais devem estar familiarizados
com estratégias de comunicação de más notícias, bem como de um cuidado humanizado e centrado na
pessoa.
 Essa humanização do cuidado propicia o alcance de outra habilidade necessária, a definição de um
tratamento alinhado com os valores e as preferências do paciente. Parte dessa habilidade pode ser
atendida através das diretivas antecipadas de vontade (DAV), que têm se tornado cada vez mais
comuns no cuidado do paciente em cuidados paliativos.
 É ainda essencial o adequado controle dos sintomas, comuns na fase final de vida do paciente em
cuidados paliativos. A dor, o principal sintoma, será abordado mais adiante. Outros sintomas
importantes são dispneia, náuseas/vômitos e delirium.
CEXEMPLOS DE DOENÇAS:

a) Neoplasia​

b) Doença Cardíaca​

c) Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica​

d) Doença Renal Crônica

e) Doença Hepática​

f) Doenças Neurológicas (Geral)​

g) Doença de Parkinson

h) Doença do Neurônio Motor

i) Esclerose Múltipla

j) Fragilidade

​l) Demência

m) Acidente Vascular Cerebral​


QUESTÃO DE PROVA DE CONCURSO!

 Um ponto importante é a superação da visão de que


“não há mais nada a fazer” para a pessoa que se encontra
em fase de final de vida. Em vez disso, entende-se que,
nessas situações, o foco do cuidado precisa ser alterado.
No contexto de terminalidade, deve-se primar pelo
controle dos sintomas e pelo investimento em
cuidados que tragam bem-estar, qualidade de vida e
dignidade para o paciente e sua família nessa fase da
vida, por meio de uma abordagem multidisciplinar,
que inclui as dimensões físicas, psíquicas, sociais e
espirituais do ser humano, respeitando as
características individuais de cada pessoa.
A POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA (PNSPI) E OS
SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS DO SUAS.

 VISA:
 Noção ampliada de saúde como bem-estar biopsicossocial e não apenas como ausência de doenças.
 Tem como foco as necessidades de saúde da pessoa idosa.
 Recomenda a avaliação multidimensional para identificação destas necessidades.
 Recomenda o planejamento das ações coletivas de promoção da saúde e prevenção de doenças e
agravos, com base no estudo do território vivo, suas relações e necessidades.
 Tem como meta o envelhecimento saudável entendido como a preservação e/ou recuperação da
capacidade funcional da pessoa idosa.
 Tem como objetivo primordial: manter e/ou recuperar a capacidade funcional da pessoa idosa, sua
autonomia e independência, na busca de uma melhor qualidade de vida e participação social
SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF):

 1. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif):


 Atende a famílias em situação de vulnerabilidade.
 Espera como aquisições dos usuários a segurança de acolhida, de convívio familiar e comunitário, de
desenvolvimento de autonomia.
 Um dos impactos esperados é a melhoria da qualidade de vida das famílias.
 2. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos:
 Para idosos. Tem por foco o desenvolvimento de atividades que contribuam no processo de
envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos
vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de situações de risco social. Em muitos
municípios existem os Centros de Convivência de Idosos (CCIs).
SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO DOMICÍLIO PARA PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA E IDOSAS: CRAES / CRAS

 3. Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio para Pessoas com Deficiência e Idosas: CRAES / CRAS
 Tem como objetivos:
 prevenir agravos que possam desencadear o rompimento de vínculos familiares e sociais; prevenir o
confinamento; identificar situações de dependência; colaborar com redes inclusivas no território;
prevenir o abrigamento institucional; sensibilizar grupos comunitários sobre direitos e necessidades de
inclusão, buscando a desconstrução de mitos e preconceitos; desenvolver estratégias para estimular e
potencializar recursos das pessoas, de suas famílias e da comunidade no processo de habilitação,
reabilitação e inclusão social; oferecer possibilidades de desenvolvimento de habilidades e
potencialidades, a defesa de direitos e o estímulo à participação cidadã; incluir usuários e familiares no
sistema de proteção social e serviços públicos; contribuir para resgatar e preservar a integridade e a
melhoria de qualidade de vida dos usuários; contribuir para a construção de contextos inclusivos.
Reconhecer os direitos da pessoa idosa relacionados à aposentadoria, Benefício de Prestação
Continuada e demais direitos definidos pela Constituição da República e pela legislação
vigente, dentre elas o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003).

 Reconhecer os direitos da pessoa idosa relacionados à aposentadoria, Benefício de Prestação


Continuada e demais direitos definidos pela Constituição da República e pela legislação vigente,
dentre elas o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003).
 O Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 1º. de outubro de 2000) estabelece, em seu artigo 3º que “é
obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com
absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao
esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e
comunitária”.
A FAMÍLIA

 A dimensão sociofamiliar é fundamental na Avaliação Multidimensional do Idoso. A presença de um


idoso dependente de cuidados acaba sendo uma ruptura na homeostase familiar, visto que os membros
da família terão que se readaptar a uma nova rotina.
 A fragilização do suporte familiar vem sendo denominada, por alguns autores, como uma nova grande
síndrome geriátrica, a insuficiência familiar, cuja abordagem é extremamente complexa. É função das
equipes de saúde da família auxiliar os membros familiares a renegociarem seus papéis e funções de
maneira a constituírem um sistema familiar mais harmônico e funcional.
 No entanto, é frequente depararmos com situações de conflitos e disfuncionalidades familiares.
Devemos, dessa forma, estar sempre atentos aos indicadores de violência domiciliar, abuso e maus-
tratos contra a pessoa idosa. Nesse sentido, é necessário sempre que possível lançarmos mão de
profissionais e serviços da saúde ou de outros setores como da assistência social ou dos direitos
humanos.
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS

 Considerando o conceito ampliado de saúde, reconhece-se que a garantia e defesa da saúde da pessoa
idosa frequentemente extrapola o âmbito dos serviços de saúde. Políticas de Educação, Trabalho,
Previdência Social, Direitos Humanos, Habitação, Transporte e Cultura têm direta relação com a saúde,
uma vez que ela está intimamente ligada ao acesso à moradia, à mobilidade urbana, à cultura, ao lazer,
por exemplo.
 Portanto, a atenção integral à saúde das pessoas idosas deve ser, necessariamente, intersetorial, e os
serviços socioassistenciais (rede do Sistema Único de Assistência Social - SUAS) são alguns dos de maior
importância.
OS DIREITOS PREVIDENCIÁRIOS

 Todos as pessoas idosas que tenham ou tenham tido qualquer vínculo formal com Carteira de Trabalho
e Previdência Social (CTPS) assinada são automaticamente inscritas como segurados do INSS, para o
qual é destinado parte de sua folha de pagamento como contribuição mensal.
 Os principais benefícios previdenciários aplicáveis às pessoas idosas são as:
 Aposentadorias;
 Os auxílios doença;
 Acidente e reclusão; e a
 Pensão por morte ou pensões especiais, cada qual com suas regras.
 As aposentadorias, cujas regras se modificaram em novembro de 2019 com a reforma da previdência,
levam em conta os aspectos de tempo de contribuição e idade do segurado, estabelecendo condições
mínimas para usufruto desse direito.
OS DIREITOS PREVIDENCIÁRIOS

 Trabalhadores rurais, pescadores artesanais, indígenas e garimpeiros, definidos como


segurados especiais, também têm direito à aposentadoria, inclusive a partir de idades
mínimas menores, necessitando, porém, comprovar um tempo mínimo de contribuição como
nos demais casos. Esses trabalhadores que não consigam comprovar esse período em
atividades rurais, de pesca ou garimpo, podem solicitar o benefício da aposentadoria
complementando com trabalho em área urbana, no modelo denominado “híbrido”.
A ASSISTÊNCIA SOCIAL À PESSOA IDOSA

 Para a pessoa idosa e/ou com deficiência, sem direito à aposentadoria e que comprove hipossuficiência
familiar, é garantido o direito ao benefício assistencial, também conhecido como Benefício de
Prestação Continuada (BPC).
 Para se ter direito ao BPC, previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (Lei nº 8.742/1993 – LOAS, Art.
20), no valor de um salário mínimo mensal, é necessário que a renda por pessoa do grupo familiar seja
menor que 1/4 do salário-mínimo.
 Por ser um benefício assistencial, não há exigência de contribuição ao INSS, mas, por outro lado, não há
direito a 13º salário e ou pensão por morte, sendo o benefício extinto com a morte do beneficiário.
4. ACESSO AO BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE PRESTAÇÃO
CONTINUADA (BPC/LOAS) E AOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS.

 a) Média complexidade:
 1. Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi):
 Atende a famílias e indivíduos em situação de risco e/ou com direitos violados. Serviço desenvolvido
pelas equipes dos Creas, de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus
membros em situação de ameaça ou violação de direitos.
 2. Serviço Especializado em Abordagem Social:
 Desenvolvido pelas equipes dos Creas, com a finalidade de assegurar trabalho social de abordagem e
busca ativa principalmente com população em situação de rua.
4. ACESSO AO BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE PRESTAÇÃO
CONTINUADA (BPC/LOAS) E AOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS.

 3. Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias:
 Serviço desenvolvido pelas equipes dos Creas ou Unidades Referenciadas, seja nas próprias unidades ou
nos Domicílios dos usuários, para a oferta de atendimento especializado a famílias com pessoas com
deficiência e idosos com algum grau de dependência, que tiveram suas limitações agravadas por
violações de direitos.
 Tem como impacto esperado contribuir para: acesso aos direitos socioassistenciais; redução e prevenção
de situações de isolamento social e de abrigamento institucional; diminuição da sobrecarga dos
cuidadores; fortalecimento da convivência familiar e comunitária; melhoria da qualidade de vida familiar;
redução dos agravos decorrentes de situações violadoras de direitos; proteção social e cuidados
individuais e familiares voltados ao desenvolvimento de autonomias.
4. ACESSO AO BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DE PRESTAÇÃO
CONTINUADA (BPC/LOAS) E AOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS.

 4. Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua:


 Desenvolvido pelas equipes dos Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua
(Centro Pop), tem a finalidade de assegurar atendimento e atividades direcionadas para o desenvolvimento de
sociabilidades, na perspectiva de fortalecimento de vínculos interpessoais e/ou familiares que oportunizem a
construção de novos projetos de vida.
 b) Alta complexidade:
 1. Serviço de Acolhimento Institucional: Casa-Lar (unidades residenciais de até dez idosos) e Instituições de
Longa Permanência para Idosos (ILPIs) (até quatro idosos por quarto).
 A natureza do acolhimento deverá ser provisória e, excepcionalmente, de longa permanência quando
esgotadas todas as possibilidades de autossustento e convívio com os familiares. É previsto para idosos que
não dispõem de condições para permanecer com a família, com vivência de situações de violência e
negligência, em situação de rua e de abandono, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos.
 2. Serviço de Acolhimento em República: Destinado a idosos que tenham capacidade de gestão coletiva da
moradia e condições de desenvolver, de forma independente, as atividades da vida diária, mesmo que
requeiram o uso de equipamentos de autoajuda.
RESUMO

 Revisão acerca das grandes síndromes geriátricas: incapacidade cognitiva, instabilidade postural,
imobilidade e incapacidade comunicativa, com enfoque nos aspectos etiológicos, diagnóstico e
condutas terapêuticas. A saúde do idoso está estritamente relacionada com a sua funcionalidade global,
definida como a capacidade de gerir a própria vida ou cuidar de si mesmo.
 Essa capacidade de funcionar sozinho é avaliada por meio da análise das atividades de vida diária, que
são tarefas do cotidiano realizadas pelo paciente. A saúde do idoso é determinada pelo funcionamento
harmonioso de quatro domínios funcionais: cognição, humor, mobilidade e comunicação. A perda
dessas funções resulta nas grandes síndromes geriátricas abordadas.
RESUMO

 A autonomia é a capacidade individual de decisão e comando sobre as suas ações, estabelecendo e


seguindo as próprias regras. Significa capacidade para decidir e depende diretamente da cognição e do
humor.

 A independência refere-se à capacidade de realizar algo com os próprios meios. Significa execução e
depende diretamente de mobilidade e comunicação. Portanto, a saúde do idoso é determinada pelo
funcionamento harmonioso de quatro domínios funcionais: cognição, humor, mobilidade e
comunicação. Tais domínios devem ser rotineiramente avaliados na consulta geriátrica.
RESUMO

 A cognição é a capacidade mental de compreender e resolver os problemas do cotidiano. É constituída


por um conjunto de funções corticais, formadas pela memória (capacidade de armazenamento de
informações), função executiva (capacidade de planejamento, antecipação, sequenciamento e
monitoramento de tarefas complexas), linguagem (capacidade de compreensão e expressão da
linguagem oral e escrita), praxia (capacidade de executar um ato motor), gnosia (capacidade de
reconhecimento de estímulos visuais, auditivos e táteis) e função visuoespacial (capacidade de localização
no espaço e percepção das relações dos objetos entre si).
 O humor é a motivação necessária para os processos mentais.
 A mobilidade é a capacidade de deslocamento do indivíduo. Depende da postura/marcha, da
capacidade aeróbica e da continência esfincteriana.
 E, finalmente, a comunicação é a capacidade de estabelecer relacionamento produtivo com o meio
(habilidade de se comunicar). Depende de visão, audição e fala.
IMUNIZAÇÃO
SERÁ REALIZADO UM TRABALHO, NÃO APENAS DE IMUNIZAÇÃO DE IDOSOS E SIM DE TODAS AS FASES DA VIDA, JÁ
PENSANDO EM REVISÃO PARA ENFERMAGEM II.

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