Você está na página 1de 3

ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO

 QUINTA PARTE (FREDENIR)


 Requerimento de abertura (slide 5).

https://drive.google.com/drive/folders/11M65tYHrMfZp5EBgerbQk1VHimTypgj9

O requerimento para abertura do processo de inventário deve ocorrer no prazo de


sessenta dias a contar da morte, no último domicílio do autor da herança (arts. 96
e 983, CPC), por quem se encontre na posse e administração do espólio, cônjuge
sobrevivente, herdeiro, legatário, testamenteiro, cessionário do herdeiro ou do
legatário, credor, síndico da falência de qualquer interessado, pelo Ministério
Público, se houver incapazes, Fazenda Pública, ou de ofício pelo Juiz (arts. 987 a
989, CPC), instruindo-o com a certidão de óbito (art. 987, parágrafo único, CPC).

O inventário judicial deve ser concluído no prazo de doze meses subsequentes à


sua abertura,podendo o prazo ser prorrogado pelo juiz de ofício ou a requerimento
das partes”656.

Sobre a legitimidade para requerer o inventário, estabelecem os arts.


615 e 616 do Código de Processo Civil de 2015: “Art. 615. O requerimento de
inventário e de partilha incumbe a quem estiver na posse e na administração do
espólio, no prazo estabelecido no art. 611.

Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito do autor


da herança.

62 DO PROCESSAMENTO
O requerimento de abertura do inventário será
instruído obrigatoriamente com certidão de óbito do
de cujus e com a procuração outorgada ao advogado
que assinar a petição. Ao despachá-la, o juiz
nomeará o inventariante, que prestará o
compromisso e, em vinte dias, as primeiras
declarações. Se houver testamento, determinará o
juiz se junte ao inventário cópia autêntica (CPC, art.
1.127, parágrafo único). Reduzidas a termo as
primeiras declarações, com observância do disposto
no art. 993, serão citados os interessados: cônjuge,
herdeiros, legatários, Fazenda Pública, Ministério
Público (se houver herdeiro incapaz ou ausente) e
testamenteiro (se o falecido tiver deixado
testamento). Serão citados por mandado somente os
residentes na comarca por onde corre o inventário, e
por edital, com o prazo de vinte a sessenta dias, os

residentes fora dela, no Brasil e no estrangeiro (art.


999, § 1o). Terão eles dez dias para se manifestarem
sobre as declarações, podendo nessa oportunidade:
a) arguir erros e omissões; b) reclamar contra a
nomeação do inventariante; c) contestar a qualidade
de quemfoi incluído no título de herdeiro (art. 1.000).
Será dispensada a citação se os referidos
interessados já estiverem representados nos autos.
Não tendo impugnado, nessa oportunidade, a
qualidade de herdeiro, não mais poderão fazê-lo os
interessados. Se impugnarem, poderá o juiz decidir
de plano a impugnação, caso encontre elementos no
próprio inventário. Verificando, porém, tratar-se de
matéria de alta indagação, remeterá as partes para os
meios ordinários, reservando, em poder do
inventariante, o quinhão do herdeiro cuja qualidade
foi impugnada, até o julgamento da ação (CPC, art.
1.000, parágrafo único, 3a parte).
Decididas as questões suscitadas nessa primeira
fase, segue-se a avaliação dos bens inventariados
(CPC, art. 1.003), que servirá de base de cálculo do
imposto de transmissão causa mortis e da partilha. É
dispensável, do ponto de vista fiscal, quando já
houver prova do valor dos bens cadastrados pelo
Poder Público municipal para fins de cobrança do
IPTU (valor venal) ou pelo INCRA (imóveis rurais),
bem como se os herdeiros forem capazes e a Fazenda
Pública concordar com o valor atribuído nas

primeiras declarações. Para fins de partilha,


recomenda-se a avaliação dos bens se houver menor
ou incapaz dentre os herdeiros.
Aceito o laudo, ou resolvidas as impugnações
suscitadas a seu respeito, lavrar-se-á em seguida o
termo de últimas declarações, no qual o
inventariante poderá emendar, aditar ou
complementar as primeiras (CPC, art. 1.011). É a
oportunidade para a descrição de bens que foram
esquecidos. As partes serão ouvidas, podendo
arguir a sonegação de bens, pelo inventariante,
somente após a declaração por ele feita de não
existirem outros bens por inventariar (art. 994), ou
por algum herdeiro, depois de declarar que não os
possui (CC, art. 1.996). Após, proceder-se-á ao
cálculo do imposto, sobre o qual serão ouvidas
todas as partes (inclusive o representante do
Ministério Público, se houver interesse de menores
ou incapazes) e a Fazenda Pública. Homologado por
sentença, são expedidas guias para o pagamento,
encerrando-se o inventário.
Passa-se, em seguida, à fase da partilha. O juiz
facultará às partes a formulação, no prazo de dez
dias, de pedido de quinhão e, após, proferirá o
despacho de deliberação da partilha, que é
irrecorrível, resolvendo as solicitações e
designando os bens que devam constituir o quinhão
de cada herdeiro e legatário (CPC, art. 1.022). O

partidor organizará o esboço de acordo com a


decisão do juiz. Contra a sentença que julga a
partilha cabe recurso de apelação. Nada obsta que os
interessados, sendo capazes, façam “partilha
amigável, por escritura pública, termo nos autos do
inventário, ou escrito particular, homologado pelo
juiz” (CC, art. 2.015).

Você também pode gostar