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Maior acompanhado
1. No dia 30 dezembro de 2016, Susana casou-se com Jorge, seu primo direito,
inabilitado por anomalia psíquica. Quid juris?
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-Inabilitação por prodigalidade (152)-1) Janeiro de 2015 –venda de lote de ações –149.º (por
força do 156.º) –logo anulável porque: a inabilitação veio a ser decretada + o negocio causou
prejuízo-2) junho de 2015 –venda de terreno –148.º (por força do 156.º) –negócio anulável –
prazo e legitimidade –125.º (por força do 156.º e do art. 139.º) –curador no prazo de um ano a
contar do conhecimento (agora)-3) perfilhação –negócio válido –inabilitado por prodigalidade
tem capacidade para perfilhar-4) Filipe vende a João um valioso quadro pertencente a Eliseu –
explicar o regime da assistência; Filipe vende coisa alheia –art. 892. –nulo –declaração de
nulidade (286.º -a todo o tempo, por qualquer interessado –o próprio Eliseu.
venda ocorre num momento em quea Catarina era menor, pelo que o regime aplicável é
o daincapacidade por menoridade —artigo 123.º e 125.º, n.º1 al.a). Todavia deveria ser
discutido se o Fernandonãomerecia protecção, uma vez que a venda ocorreu deforma
não presencial (através de um portal de internet)e sob a aparência de a Catarina ter
capacidade. Justificar-se-iaa aplicação do artigo 126.º? Referência àsposições doutrinais
quanto à interpretação desta norma e o valor da protecção da confiança.(v) Sendo
Catarina menor, ela era incapaz de gozopara contrair casamento, pelo que o testamento
era nulo [artigos 2189.º a) e 2190.º],sendo tal nulidade invocável a todo o tempo por
quem tivesse interesse legítimo (como era o caso dos pais por serem herdeiros), artigo
286.º.
b) Poderá Catarina, ou alguém por ela, destruir os efeitos dosactospraticado pelos seus
pais?(3 valores)
Art. 138.º -Interdição por anomalia psíquica –o enunciado explica que se trata “de
perturbações psicológicas que afectam gravemente a sua capacidade de discernimento e a sua
força de vontade”. Albano estaria incapazde governar a sua pessoa e bens. Não nos parece
quea inabilitação pudesse ser a medida adequada.Quanto ao fundamento, Cf. MOTA PINTO,
Teoria Geral..., p. 235
a.No dia 28 de dezembro de 2012, Albanovendeu uma casa de praia, de que era
proprietário, à sua neta Diana, filha do seu falecido filho Jorge, sem dar disso
conhecimento à sua filha Zulmira;
Art. 877 –venda a filhos ou netos –a venda da casa carecia do consentimento da filha
Zulmira. Logo, onegócio é anulável, dentro do prazo de um ano a contar do
conhecimento da celebração do contrato.Trata-se de uma Incapacidade jurídica relativa
–Cf. MOTA PINTO, Teoria Geral..., p. 224-226.
c.Em abril de 2013, vendeu um livro, “Os Lusíadas”, a um alfarrabista por €50, tendo-se
descoberto ontem que o livro afinal era um exemplar raro de uma edição de altíssimo
valor;
Art. 149.º -Negócio celebrado no decurso da ação;3 requisitos para anular: ter sido
anunciada a ação + ter vindo a ser decretada a interdição + o negócio causou prejuízo.O
prejuízo é avaliado à data da realização do negócio. O que conta é a razoabilidade do
preço à data do negócio. Cf. MOTA PINTO, Teoria Geral..., p. 237-238Nesta
perspetiva, não há “prejuízo”, para efeitos do art. 149.ºe o negócio não é anulável. O
negócio é válido.
Art. 148.º -Ato praticado apóso registo da sentença de interdição –anulável, nos termos
do art. 125.º, por remissão do art. 139.º
Em julhode 2013 Benedita doouum automóvel antigo à sua amiga Daniela, por ocasião
do aniversário desta; no dia 3 de janeirode 2015, após um temporal ter danificado uma
No caso de abril de 2012 -Art. 139.º remete para o art. 125.ºMas atenção ao art. 149.º,
n.º2 –o prazo só começa a correr em outubro de 2013, logo o tutor ainda pode pedir a
anulação, se entendermos anulávelNo caso de março de 2013Art. 139.º remete para o
art. 125.ºAssim, pode requerer a anulação:(125/1)a)o tutor, no prazo de 1 ano a contar
do conhecimento do negocio impugnado–ainda vai a tempob)o interdito, no prazo de
um ano após levantada a interdição, -ainda vai a tempo...c) os seus herdeiros, se vier a
falecer no prazo de um ano, antes de expirar o prazo previsto na alínea anterior-ainda
vai a tempo....
-Não é anulável, salvo se houver incapacidade acidental –ver arts 150.º e 257.º -a
publicidade da ação foi feita apenas em fevereiro.Requisitos da incapacidadeacidental:
(1) estar incapacitado de entender o sentido da declaração negocial ou não ter o livre
exercício da vontade + (2) esse facto ser notório ou conhecido para o declaratário. Ora,
nada é dito no enunciado que possa levar a pensar nessa hipótese. ESTE NEGÓCIO
NÃO É ANULÁVEL(Admite-se resposta contrária, desde que bem fundamentada, com
os requisitos da incapacidade acidental)