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Apertando os olhos para o sol, Travis Malone mediu a distância entre ele e o
alvo branco pregado num carvalho matagal a uns cinquenta metros a oeste.
Enxugando o suor da testa, ele pesava suas chances e as achou boas.
— Eu aposto com você cinco dólares que eu posso bater aquele cara bem entre
os olhos.
Harvey Clooney tomou um gole de refrigerante e colocou uma mão em seu
quadril, examinando a possibilidade. Pesou a probabilidade de que seu amigo era bom
o suficiente para acertar o tiro no recorte em forma de humano ao longo de quarenta e
cinco metros de distância. Harvey duvidava seriamente.
— Não, eu não acho isso. — Ele cuspiu para uma boa medida. — A mira de sua
velha 2431 está dobrada. Eu não acho que você pode bater no lado mais largo de um
celeiro com essa coisa.
1 Tipo de rifle
— Vamos ver. — Travis mirou com cuidado. Foi um tiro certeiro. Tio Michael
havia lhe ensinado como atirar, como caçar e como rastrear. Isso é o que ele queria ser
quando crescesse, um rastreador como o irmão de seu pai. Michael se especializou em
resgates no deserto. Por que só no mês passado, seu tio tinha encontrado três
caminhantes que tinham se perdido em Yellowstone. Quando localizados, eles estavam
quase mortos de fome e meio congelados, mas eles sobreviveram. Um quarto tinha
sido comido por um urso. Não foi engraçado, mas toda a ideia de se aventurar em
grande escala fez Travis sorrir só de pensar nisso.
— Você vai atirar hoje ou devo ir para casa e fazer um lanche e checar você
mais tarde? — Harvey falou.
— Mantenha suas calças.
Travis era inteligente, ou pelo menos sua mãe disse que ele era. Claro que a
maioria das mães achava que seus meninos eram inteligentes. A escola disse que ele
tinha um QI alto. Talvez elas estivessem certas, ele não sabia. Tudo o que sabia era que
ele gostava de resolver problemas e pensar sobre as coisas. E agora, ele estava
calculando as chances de ganhar dinheiro a partir de Clooney. Travis pensou que suas
chances eram muito boas.
BOOM!
Os meninos ficaram de olhos no alvo. Ou tentaram. Mais rápido que uma bala
significava o que dizia. Como se estivesse em câmera lenta, eles assistiram a figura
humana pular quando o projétil encontrou o seu objetivo.
E então eles ouviram o pequeno grito, agudo.
***
Lugar Errado, Hora Errada 10:38 17 de Julho de 1995
Tudo mudou. A família de Travis o protegeu, mas ele sabia que não havia
conversa. O pai dele tinha ido com ele para a delegacia, onde ele e Harvey disseram a
um oficial que aconteceu. Repórteres queriam falar com ele, mas B.T. Malone se
recusou a submeter o filho ao exame. O telefone tocou e tocou em sua casa. Sua mãe
ignorou. E eles desistiram de ir a lugares. Não havia mais igreja ou sair para comer. A
pior parte foi, que ninguém iria falar com ele sobre isso. Travis nem sabia o nome da
menina em que atirou ou se ela estava viva ou morta. E ele queria saber.
Ele precisava saber.
Pelo resto do verão, Travis ficou dentro de casa. Seu tio foi visitá-lo e disse-lhe
que não era culpa dele. Mas ele sabia que era. Ele disparou a arma.
— Por que isso aconteceu, tio? — Ele perguntou, precisando de respostas.
Michael tinha colocado um grande braço em volta dos ombros dele.
— Eu não sei, Bowie Travis. As coisas nem sempre fazem sentido. Basta manter
os olhos abertos, o universo tem uma maneira de dar-lhe um sinal.
Um dia, sua mãe informou-lhe que eles estavam se mudando. Ele nem sequer
chegou a dizer adeus a Harvey. Eles se mudaram do Leste do Texas para o Centro do
Texas e ele não era Travis mais, agora seu pai insistiu que mudasse e fosse chamado
pelo seu primeiro nome, Bowie.
Sonhos o assombravam à noite. Ele nunca iria esquecer de olhar para o sol,
nunca se esqueceria de puxar o gatilho ou ver aquela menina deitada tão imóvel.
Enquanto ele vivesse, ele sempre lembraria dos seus lindos cabelos loiros e o sangue
manchando seu vestido rosa.
Ele desejou que pudesse desfazer isso. Ele gostaria de poder refazer aquele dia
mais uma vez.
Mais do que tudo, Bowie desejava que ele pudesse dizer a ela que estava
arrependido.
***
As Consequências – Cassie
Tanner tinha razão. Ele tinha muito em comum com Micah e Tyson. Eles
concordaram em se reunir novamente em breve. Apesar de ter feito o seu melhor para
dar-lhes toda a sua atenção, o seu coração não estava nisso. Ele não podia esperar até
que chegasse o momento em que ele poderia se separar deles sem ser totalmente mal-
educado. Tudo o que ele ganhou de Tanner foi um sorriso, mas ele acenou para Bowie,
dizendo-lhe que ele iria ligar em um par de dias.
Mas quando Bowie voltou para a mesa onde tinha deixado Cassie, ela não
estava. Os amigos dela o cumprimentaram com um pouco de curiosidade divertida.
Bowie não se importava. Ele estava em uma missão.
— Será que Cassie Cartwright foi embora?
Uma menina de cabelos escuros curtos falou.
— Sim, ela saiu cerca de meia hora atrás.
— Ela foi para casa?
Com um encolher de ombros, a morena responde.
— Sim, eu tenho certeza. Ela nunca fica muito tempo nessas coisas. — Então,
como se ela percebesse que ela estava dizendo a um homem que a amiga estava
sozinha e vulnerável, ela montou a sua opinião. — Eu acho que ela foi encontrar com
seu namorado. Ele ia levá-la para casa.
Bowie sabia que era muito possível que Cassie tivesse um encontro, mas de
alguma forma não soava verdadeiro. Ela tinha fugido dele.
Bem, isso estava bem. Ele sabia onde encontrá-la. Bowie ainda estava confuso,
ele não podia negar isso. O que ele queria que acontecesse com Cassie? Neste momento
ele não sabia ao certo. Ele não queria machucá-la, isso era certo. Será que ele queria vê-
la novamente? Seria sábio vê-la novamente? O que seu tio Michael sempre disse
continuou a correr através de seu cérebro. "O universo tem uma maneira de dar-lhe um
sinal. Tudo que você tem a fazer é manter os olhos abertos."
Saindo pela porta, ele virou a cabeça em direção ao seu caminhão. Apenas a
poucos passos da porta, algo chamou sua atenção no chão. Bowie parou e se ajoelhou.
— Bem, que tal isso. — Ele pegou a pulseira de pingentes de Cassie da terra. —
Obrigado. — Ele reconheceu o lado doce do destino. — Eu posso lidar com as coisas
daqui.
Bowie colocou a pulseira no bolso e entrou em seu caminhão. Ele estava
debatendo se entregava o item perdido de joias para a sua dona hoje à noite ou
esperava até o dia seguinte quando o telefone tocou.
— Malone.
— Bowie, é Jacob. Precisamos de você. É Aron, ele está sumido.
O coração de Bowie deu uma guinada em seu peito.
— Onde? Quando? Como? — Depois que ele tinha dito, ele ligou seu caminhão
e o colocou em marcha. — Eu vou pegar um voo e encontrá-lo lá.
***
Cassie segurou o frasco de vidro para o nariz e deu uma fungada.
— Entendi. — Ela sorriu. Capturar o cheiro delicado de madressilva tinha sido
complicado. Depois de várias tentativas, quando ela ou tinha tido muito forte ou muito
fraco, ela finalmente acertou. O segredo foi a adição de um pouco de floração de
jasmim noturno. Ela passou o dedo sobre a mistura cremosa, sabendo que em breve
endureceria em uma vela de longa queima que proporcionaria a alguém com horas de
diversão. Cassie suspirou. Ela tinha prazer em seu trabalho, agradecida por ter
encontrado algo que ela gostava de fazer, o qual fazia dinheiro suficiente para ela ser
independente.
Ser deficiente complicava as coisas. Muitas coisas.
Rolando sua cadeira de rodas para trás, ela fez seu caminho para a mesa de
jantar para embalar mais algumas caixas para o transporte. O caminhão da UPS viria
amanhã e ela tinha pacotes para enviar para uma meia dúzia de lojas em torno da área
de Austin. Circle C Candles estava encontrando seu mercado e ela não poderia estar
mais feliz.
Bem, ela podia.
Se ela pudesse ter alguém como Bowie Travis Malone em sua vida, ela não teria
nada a reclamar para a eternidade. Mas isso não foi possível. E quanto mais cedo ela
parasse de pensar nele, melhor seria para ela.
Fechando a parte inferior da caixa, Cassie colocou uma etiqueta de
endereçamento e sua própria etiqueta especial que descrevia a forma de W da
constelação da Cassiopéia, cinco estrelas brilhantes em um fundo azul cobalto. A
rodada turbulenta de latidos de Sassy alertou que seu gato, Patience, estava na frente,
querendo entrar.
— Se eu pudesse ensiná-lo a abrir a porta de tela, eu o faria. — O bassê
vermelho escuro correu da entrada e de volta para ela várias vezes, ansioso para se
unir com seu amigo. Ela riu. Fazendo o seu caminho até a porta, ela segurou-a
entreaberta quando um gordo gato malhado alaranjado entrou. — Pegou alguns ratos?
— Um miado abafado foi a resposta dela e ela levou-o para um 'não'. — Bem, melhor
sorte na próxima vez. Eu já coloquei para vocês dois um pouco de comida então bon
appétit.
Pelo menos ela não estava sozinha.
— Uma mulher como você nunca deve ficar sozinha.
A voz de Bowie voltou para assombrá-la. Cassie foi até a janela e olhou para a
escuridão e pensou nele. Ele voltou para encontrá-la? Fazia semanas desde a noite em
que ela o conheceu. E agora, bem, ela nunca saberia. Provavelmente não. Ela se
acovardou e correu, perdendo sua preciosa pulseira de praia em algum lugar ao longo
do caminho. A ideia de que ela, possivelmente, também perdeu de passar mais tempo
com ele doía mais do que a perda da joia. Mas ela não podia lidar com mais uma
decepção.
Sentindo-se inquieta, ela desejava que ela pudesse saltar da cadeira e correr pela
estrada. Gastar energia era complicado para uma pessoa em seu estado. Se ela não
fosse cuidadosa e determinada, ela perderia todo o tônus muscular e ganharia peso.
Seus exercícios eram algo que ela fazia religiosamente. Metendo posição, Cassie
aliviou-se da cadeira e no chão pelo estropo portátil que ela mantinha ao alcance da
mão.
— Droga, droga, droga, — ela respirou pela dor. Imediatamente ela foi
acompanhada por um cão com excesso de zelo e o gato que passou a dar-lhe beijos até
que as lágrimas fossem esquecidas e ela estava sem fôlego de tanto rir. Não era
exatamente o tipo de beijos que ela desejava, mas eles teriam que servir.
E ela sentiu os beijos de Bowie Travis depois… em seus sonhos.
Fantasiar fez o tempo passar mais rápido e ajudou com a dor. Nas últimas
semanas, ela aperfeiçoou seu devaneio. Quando ela fechou os olhos, ela estava de volta
ao bar e, assim como ele havia prometido, Bowie voltou para ela. E recusando-se a
aceitar um não como resposta, ele a pegou em seus braços, e de alguma forma, por
algum milagre, eles estavam dançando. Ele abraçou-a em seus braços e Cassie se sentiu
como se tivesse voltado para casa. Eles olharam para os olhos um do outro e,
lentamente, ele baixou o rosto do dela e a beijou.
Cassie prendeu a respiração quando ela fez mais uma repetição da elevação de
perna. A dor era agonizante, mas não podia parar. Cada pequeno movimento que
poderia empurrar a partir de suas pernas era uma vitória. Como normal, ela gritou
com o esforço. Quando terminou, ela ficou deitada lá e só respirava. Ela não tinha
terminado. Em seguida, ela iria puxar-se para cima e segurar nas costas de duas
cadeiras e da mesa de jantar e andar no lugar durante o tempo que ela pudesse
suportar.
Uma e outra vez, ela reviveu o momento em que ela o recusou. Ela tinha feito a
coisa certa? Alguém como ela poderia encontrar a felicidade com um homem tão viril e
ativo como Bowie? Se por algum milagre ele pudesse estar interessado, uma parte
egoísta dela iria querer agarrar-se a ele e tirar tudo o que ele daria. Mas isso não seria
justo com ele. Ela nunca poderia manter-se com ele, não na vida e não na cama. Assim,
não tinha porque começar algo que não podia terminar. Cassie teve uma vida plena.
Que com o seu negócio, sua casa e seu trabalho voluntário, as horas foram preenchidas.
Era só quando ela estava sozinha no escuro da noite, deitada sozinha na cama, que ela
sofria com a ideia de que esta seria sempre sua sorte na vida.
Suspirando, Cassie usou sua força superior do corpo para manobrar seu
caminho de volta para a cadeira.
— Ai! Consegui. Yay! — Ela comemorou. Mais um par de minutos de repouso e
alguns goles de água e ela estaria pronta para dar um passeio.
***
— George, me dá essa chave. — Bowie estendeu a mão ao seu parceiro. Mesmo
que o vento chicoteando através da porta de sua loja estava frio, suor escorria de sua
testa. Porra, era bom estar em casa.
— Aqui está. — O homem mais velho agachou-se ao lado dele. — Quando você
tiver a chance, eu preciso passar por cima de alguns papéis com você. Michael tem sido
uma dádiva de Deus, mas temos alguns trabalhos para o lance e eu preciso saber o que
você pensa.
À menção de seu tio, Bowie sorriu.
— Sem problemas. Estou feliz por estar em casa por um tempo. Você dois
réprobos velhos ficaram fora de problemas?
George riu.
— Não. Nós trabalhamos duro todos os dias e festejamos duro todas as noites.
O que você esperava?
Bowie olhou para o amigo. Ele sempre usava macacão sobre uma camiseta
branca, geralmente com um lenço vermelho amarrado no pescoço.
Bigode cobria o seu rosto, mas havia sempre um brilho nos olhos.
— Nada menos. O tio teve sorte?
— Não é tão afortunado como eu. Eu fiquei com a mais quente ruivinha no
Texas. Michael está perseguindo uma quente e pesada loira empilhada com o nome de
Lucy. Na verdade, nós estamos indo até o Arkey hoje à noite. Quer se juntar a nós?
Na menção do clube, tudo que Bowie podia pensar era a última vez que tinha
estado ali, e em Cassie. Com tudo o que aconteceu com Aron, ele tinha deixado o
tempo ficar longe dele. Mas ele ainda tinha a pulseira e ele ainda pretendia voltar para
ela.
— Não, eu estou muito cansado. Eu acho que vou ficar por aqui no zoológico.
— Zoológico é certo, — George resmungou. Assim que Bowie disse a palavra,
Jasmine veio desfilando na loja como se ela pertencesse ali. — Eu nunca vou entender
porque você deixa estes malditos camelos e aquele porco barrigudo correrem soltos.
Bowie riu enquanto Jasmine batia a cabeça no ombro de George.
— Eles não podem sair do quintal, George Ray. Além disso, eu acho que
Jasmine é doce com você. — Ele terminou de apertar o parafuso da lâmina dozer,
levantou-se e limpou as mãos na calça jeans.
— Droga, eu a faria de churrasco, mas eu aposto que ela seria fibrosa e
resistente. — George empurrou de brincadeira o grande dromedário apenas uma
corcova que governava o bosque em Vega Verde.
— Espere até que o bebê nasça dentro de poucos dias. Você vai ser tão amoroso
com ele como eu e Laurence.
George esfregou o nariz do camelo.
— Laurence cospe, eu não gosto dele, — ele resmungou. Olhando por cima,
George estudou Bowie Travis, notando o quão cansado ele parecia. — Você teve um
momento difícil, não é?
Bowie foi até a bancada e colocou suas ferramentas.
— Não ser capaz de encontrar Aron quase me matou. Você não tem ideia de
como essa família sofreu, Libby, especialmente.
— A sua vinda pra casa significa que eles desistiram?
— Claro que não. — Ele esfregou a rigidez no ombro de dormir na posição
errada no avião de Seattle. — Jacob e o resto dos McCoys não vão desistir até que eles
saibam alguma coisa, com certeza. Os parâmetros da pesquisa têm mudado, mas não a
sua devoção a encontrar seu irmão.
— Você vai voltar para ajudar? — George procurou através dos papéis sobre a
mesa desorganizada no canto.
— Agora, eles trouxeram alguns investigadores privados e eles estão olhando
para o seu desaparecimento a partir de uma perspectiva diferente. Mas quando eles
precisarem de mim, eu vou. É claro que vou. — Bowie esfregou o rosto e enfiou os
dedos pelos cabelos. — Deus, eu preciso de um corte de cabelo.
— Nãao, — George disse e ele riu. — As mulheres gostam de você desse jeito.
Faz você se parecer com algum tipo de leão na savana selvagem. — Ele riu quando
Bowie revirou os olhos. — Então, o que você estava fazendo em Seattle?
Bowie sabia que suas façanhas de rastreamento intrigavam George então ele o
divertiu.
— Um homem idoso e seu filho se afastaram de um trajeto de caminhada e
foram pegos em uma tempestade de neve. Felizmente, os encontramos antes que
congelassem.
— Viu algum sinal de urso?
— Não desta vez. — Ele deu um tapa no ombro de George. Tanto ele como o tio
Michael amavam qualquer coisa a ver com o deserto e ursos. Seu tio tinha se
aposentado há alguns anos e agora vivia de forma indireta através das aventuras de
Bowie. — Eu também trabalhei num deslizamento de terra naquele caminho, tirando
toda uma comunidade. Encontramos alguns sobreviventes, embora, por isso valeu a
pena.
— Bem, eu estou feliz que você está em casa. Nós precisamos de você aqui. —
Nessa proclamação, George fez um gesto em direção a um assento. — Vamos tomar
um café e deixe-me dizer-lhe sobre estes dois postos de trabalho, então você pode ir
chamar essa menina que deixou seus boxers com um nó.
— Como você sabe? — Bowie olhou para o amigo. Não havia como negar isso,
pensamentos de Cassie o tinham atormentado quase constantemente.
— Ei, eu te peguei no aeroporto e trouxe seu traseiro para casa. — George
empurrou o boné na cabeça. — Você fala dormindo, Romeo.
Inferno.
Depois de algumas horas ouvindo George falar sobre perfuração de lama e
revestimento de lagoas, Bowie estava pronto para encerrar o dia. Além disso, ele tinha
algo importante para cuidar, um telefonema que ele precisava fazer. Depois de ver seu
companheiro sair e dar-lhe uma mensagem para o seu tio, ele trancou a loja e se dirigiu
para a casa. Malone Earthworks estava situada a poucas centenas de metros de sua
casa. O sol começava a se pôr e a tela de cores que se espalhavam lá fora sobre o céu fez
Bowie grato para a vida. Ele deixou seus olhos rolarem sobre sua propriedade, desde a
casa de madeira que ele tinha construído com as suas próprias mãos para os pastos
verdes rolantes que enquadraram a parte da frente do acampamento. Ele correu
algumas centenas de cabeças de gado e várias dezenas de cavalos que ele cuidava
quando podia, mas para a principal responsabilidade pelo gado ele contratou os
irmãos Edgar que moravam ao lado. Um coro de latidos e miados o encontraram
quando ele fez o seu caminho até a varanda.
— Quem está com fome? — Ele nadou entre pequenos corpos de júbilo. Todo
mundo queria uma mão para fora e todo mundo queria um pouco de carinho. Mesmo
Petúnia. As pessoas questionaram a sua devoção à sua coleção de animais, mas Bowie
não se importava. As pessoas que não gostavam de animais não se podia confiar.
Correndo sem esquecer ninguém, ele encheu taças, verificou água e coçou atrás de uma
dúzia de orelhas. — Eu tenho que entrar em casa agora. Verei vocês mais tarde.
Fazendo o seu caminho em sua casa, Bowie moveu seu Stetson para um lado e
decidiu tomar banho enquanto ele vinha com um plano. A casa de Cassie era só descer
a estrada a poucos quilômetros, mas ele não imaginava que ela iria apenas recebê-lo
por aparecer. O fato de que ele não tinha seu número de telefone irritou a merda fora
dele. O que ele estava pensando? Enquanto Bowie refletia sobre seus erros, ele
removeu suas roupas e foi para o banheiro. Talvez a água quente fosse ajudá-lo a achar
uma estratégia.
Pisando debaixo do spray refrescante, Bowie deixou sua mente viajar de volta
para a noite que ele conheceu Cassie. Por que não conseguia esquecê-la? Para ele,
querer entrar em contato com ela era mais do que apenas devolver sua pulseira. Ele
também estava amarrado com o olhar de desolação no rosto dela, as sombras sem
esperança que tinham nublado seus olhos depois que ele pediu a ela para dançar.
Inferno! O que ele ia fazer? Cada palavra que tinham dito um ao outro - a provocação,
as brincadeiras, a conversa veio derramando de volta através de sua mente. E então
ficou claro para ele. Circle C Candles. Bowie riu.
— Agora, eu sei como eu vou entrar em contato com você. — Lavando o sabão
de seu corpo, ele ignorou sua ereção. Ele estava ignorando-a por alguns dias. Toda vez
que pensava em Cassie, ele ficava duro e Bowie se recusava a fazer qualquer coisa
sobre isso. Talvez depois que a visse hoje, ele iria tira-la do seu sistema e continuar com
sua vida. Talvez.
***
— Quase terminado aqui e então você pode assistir The Good Wife, — Cassie
murmurou, fazendo uma promessa a si mesma quando ela abaixou o fogo em um pote
de cera. Graças a Deus o DVR. Ela ostentou e permitiu que a empresa de cabo
instalasse um. — Eu só espero que o Amazing Race não corra horas extras esta semana
e estrague minha gravação. — De repente, o fato de que ela estava tendo uma conversa
corrente consigo mesma bateu Cassie com uma onda de tristeza. Ela estava sozinha.
Ressentimento rolou por sua espinha como fogo. Por que o acidente tinha que ter
acontecido? Por que ela? Lágrimas desceram em cascata pelo seu rosto. Cassie sabia
que ela sempre estaria sozinha. Nenhum homem jamais iria a querer. Nenhum homem
jamais iria pedir-lhe para casar com ele.
BUZZ! BUZZ! O toque do telefone a fez saltar. Cassie não recebia muitos
telefonemas. Ela girou para agarrá-lo, respondendo com uma voz que era um pouco
sem fôlego.
— Olá?
— É esse Atendimento ao Cliente da Circle C Candles?
— Sim. — A cabeça de Cassie nadou. Oh, Deus, o que era isso tudo? — Posso
ajudá-lo? — Seu interlocutor era um homem. Ela empurrou o cabelo sobre o ombro,
tentando recuperar a compostura. Um homem com uma voz muito sexy, ela poderia
acrescentar.
— Eu olhei em seu site e esse número foi listado como o único a chamar se
houver uma reclamação a ser feita.
Uma reclamação?
— Senhor? — O que poderia ter acontecido? Cor errada? Perfume errado?
Endereço errado? Más mechas? — Eu sinto muitíssimo mesmo. — Ela engoliu em seco
e tentou fazer com que suas palavras saíssem em linha reta. — Qual é a natureza da
sua reclamação? — Oh, isso era ruim.
— Bem, eu tenho duas. — Ele fez uma pausa.
— Duas? — Cassie estava tremendo. Ela nunca teve uma reclamação antes.
— Sim, — disse Bowie, sufocando uma risada. Ele estava começando a se sentir
um pouco culpado. Esse número era o único que tinha encontrado em seu website.
Obviamente que era ela. Ele nunca esqueceria aquela pequena voz sexy, rouca. —
Minha primeira queixa é que você deixou Arkey Blue sem me dar a chance de dizer
adeus. E a segunda é que você jogou suas joias ao redor como contas do Mardi Gras.
Achei sua pulseira da praia na frente quando eu estava saindo.
Alguns segundos se passaram antes que Cassie alinhasse seus pensamentos em
uma cadeia coerente. Quando o fez, seu coração escorregou, borboletas levantaram voo
em seu estômago e juro por Deus, seus joelhos batiam. Não era realmente possível, mas
eles bateram.
— Bowie?
— Sim, querida, é Bowie.
Querida, ele a chamou de querida!
— Você me assustou, — ela sussurrou.
Chiar! Faísca! Splash!
— Oh, Deus! Bowie, meu pote acabou de ferver! Eu tenho que ir. — Ela jogou o
celular e foi resgatar a cera rosa dela.
— Cassie? — Bowie tentou descobrir o que estava acontecendo. — Cassie? —
Que diabos? Mas quando ele a ouviu gritar de dor, não havia nenhuma maneira que
ele poderia ficar parado. — Eu estarei ai em um minuto! — Ele gritou, embolsou o
telefone e saiu pela porta.
***
Droga. Droga. Droga. Cassie segurou seu braço sob o fluxo de água da pia do
banheiro. Ela tinha ouvido falar do uso de cera quente em jogo BDSM, mas isto não era
o mesmo. Seus pensamentos sensuais, enquanto sentia dor a fizeram bufar.
— Você é patética, Cassie. — Sim, leu romances como se estivessem saindo de
moda. Ela não possuía um Kindle, mas o aplicativo gratuito em seu computador ficou
ocupado. Não demorou muitas faíscas para as sinapses em seu cérebro para passar de
romances BDSM para… — Bowie! — Bowie tinha chamado e ela desligou na cara dele.
— Não, não, não, — ela gemeu.
Bang! Knock!
— Cassie!
O que no mundo? Ela desligou a água e começou a sair do banheiro. Ok, a dor
deve ter sido pior do que ela pensava, porque Cassie estava tendo alucinações. Ela
sabia mais, mas a voz soava muito parecida com Bowie.
— Espere, eu estou chegando!
— Onde está você, querida? É Bowie!
A batida de botas que destacava no chão de madeira a deixou sem nenhuma
dúvida de que ele estava em sua casa e rapidamente vindo em sua direção. — Estou no
banheiro.
— Vou chamar uma ambulância.
— Não! — Ela conseguiu chamar, quando ela começou a mover a cadeira para
trás. — Eu estou bem. Você está…
— Logo atrás de você.
Ele anunciou e ela apertou a mão ao peito, mesmo que ela soubesse que era ele
e ele estava prestes a aparecer. Ainda aos olhos do grande homem em seu pequeno
banheiro, parecendo mais bonito do que um mortal tinha o direito a parecer, era
apenas esmagador.
— Você tem certeza que está bem? Deixe-me ver. — Antes que ela pudesse
protestar, ele a tinha rodado no corredor e de volta para sua sala de estar.
— Não está mau. — Cada um de seus sentidos estava totalmente engajado. Ela
não se cansava de olhar para ele, ouvi-lo, ou até mesmo sentir o cheiro dele. Ele devia
ter acabado de sair do banho, porque ele cheirava como uma de suas velas para o mar
com um toque de almíscar. Partes de seu corpo estavam comemorando sua
proximidade, as partes que ela não tinha conhecimento estava em muito bom estado de
funcionamento.
Ajoelhado a seus pés, ele verificou a longa marca de queimadura do lado de
dentro do braço. Estava vermelha, irritada e começando a formar bolhas.
— Você tem alguma pomada aloe?
— Sim, está no gabinete inferior ao lado da pia. — Ela começou a dizer-lhe que
não estava doendo mais. Tudo o que ela podia sentir agora era entusiasmo sobre ele.
Bowie. Em sua casa!
Bowie se agachou. Gabinete inferior. Hmmm. Lugar estranho para manter
remédio.
— Aqui está. — Em seguida, ele bateu-lhe. Seus armários eram todos da altura
normal. Ela tinha o diabo de momento para alcançar algo. — Droga. — É por isso que
ela se queimou. — Você puxou o pote em cima de você, não é? — Sim, houve cera por
todo o chão.
— Eu me inclinei até agarrá-lo e ele se desequilibrou. — Cassie começou a
explicar mais sobre sua luta, mas ele sabia que ela estava em uma cadeira. —
Geralmente, eu consigo muito bem.
Bowie pigarreou, na verdade ele pigarreou. Ela sufocou um riso quando ele se
agachou ao lado dela e gentilmente espalhou a loção fria sobre as queimaduras.
Frissons de consciência dançavam em sua pele.
— Obrigada, — ela murmurou. Isto era totalmente inacreditável.
— Espera aí, mais uma coisa a fazer. — Sem sequer pedir, ele encontrou um
pano de prato e uma faca e passou a trabalhar na raspagem e limpeza da cera do chão.
— Você não tem que fazer isso, — protestou ela.
— Tudo pronto! — Ele sorriu após alguns segundos. Quando ele olhou para ela
novamente, ele podia ver que ela estava um pouco envergonhada. — Não foi nada.
Fico feliz em fazer.
— Obrigada. — Ela estava grata. O único problema era que esse fiasco só
chamou sua atenção para o quão diferente ela era das outras mulheres. E Cassie não
queria ser diferente. — Sinto muito.
— Hey! — Bowie foi para ela, ajoelhando-se pela cadeira, levantando seu rosto
bonito com um dedo sob o queixo. — Você acha que depois de ouvir você gritar de dor
que eu não viria? Para que você acha que os vizinhos são?
— Eu já fiz isso antes. Não é grande coisa. — Cassie apertou as mãos em
punhos. Ela não estava com raiva, ela estava tentando não agarrá-lo. Ele estava a
poucos centímetros de seu rosto! O homem era quase comestível e ela estava em uma
dieta de fome ao longo da vida quando se tratava de romance e sexo.
Para adicionar ao seu estado de agitação, Bowie fechou seu pulso em uma
grande mão e virou o braço por cima.
— Como se sente, ainda dói?
— Não, está melhor. — Na verdade, estava. — A aloe faz maravilhas. — Na
verdade, ele tocá-la era mais curador do que qualquer medicamento podia ser. Ela era
tão consciente dele – quão amplo que era, a força de seus bíceps, a espessura de seus
antebraços e, especialmente, à luz doce brilhando em seus olhos. — Posso oferecer-lhe
algo para beber?
Não querendo apressar, Bowie puxou uma cadeira da cozinha.
— Isso soa bem. O que você tem?
Ela riu de seu entusiasmo aparente.
— Bem, coca, café ou leite com chocolate?
Um gemido sexy quase a levou a correr para o armário enquanto se dirigia para
o outro lado da mesa.
— Hmmm, sem disputa, leite com chocolate.
— Homem inteligente. — Ela reconheceu seu bom gosto. Abrindo a geladeira,
ela pegou um meio galão de leite e foi pegar um copo.
Enquanto ela estava arrumando sua bebida, Bowie tinha estado observando sua
casa. Era confortável, colorida e acolhedora, assim como ela. Tudo era calmo com tons
de terra com toques de azul e verde.
— Eu vejo que você tem o tema da praia acontecendo aqui também. O que me
lembra! — Ele estava prestes a cavar no bolso e extrair o bracelete, mas quando ele se
virou, ele quase resmungou olhando para ela se esticando e tencionando para alcançar
um copo. — Aqui, deixe-me pegar isso, boneca.
Cassie quase conseguiu, quase! Estava na ponta dos seus dedos. Se ela pudesse
ter se levantado, um pouco, ela poderia ter chegado, mas ela também teria lamentado
ou gemido de dor e isso era uma coisa que ela não estava pronta para compartilhar
com o Sr. Bowie. Consegui! Com um dedo, ela puxou-o para frente e caiu direto da
prateleira, diretamente em seus dedos à espera.
— Yay! Nós fizemos isso. — Não adiantava ser triste. Ele entregou a ela e ela
derramou. Sua altura na cadeira sempre a fazia parecer uma criança quando ela
tentava trabalhar em gabinetes, como uma menina que não era bem alta o suficiente
para ser de muita utilidade para ninguém.
— Sim, nós fizemos. — Ele não disse mais nada. Bowie não queria fazê-la
autoconsciente, mas enquanto olhava ao redor de sua casa, ele viu que poderia de
forma alguma ter sido construída amigável para deficientes físicos. Agora, ele
realmente estava se preocupando.
— Sente-se, Bowie, por favor. — Desde seu resgate de seu vidro, ele ainda
estava de pé, fazendo-a se sentir fora de equilíbrio com ele. — Aqui está. — Ela
empurrou um copo cheio de bebida de chocolate para ele. — Eu aprecio você dirigir
por aqui tão rápido. Poderia ter sido pior, por isso estou em dívida com você.
— Bobagem. — Bowie dispensou quando ele se instalou na cadeira costas retas.
— Agora, sobre essas reclamações que eu preciso fazer com você.
Cassie riu, um som mais doce que ele jamais tinha ouvido.
— Você percebe que você me envelheceu dez anos, — ela repreendeu. — Eu
ficava tentando imaginar o que eu tinha feito de errado.
Bowie ficou sério.
— Você não fez nada de errado, mas eu precisava que você soubesse que voltei
para encontrá-la no bar como eu disse que faria.
Cassie percebeu que seu tom havia mudado. Ele estava tentando fazer as pazes,
não para si, mas para cada indivíduo que a tinha deixado no passado.
— Bowie, eu… — Ela fez uma pausa. Só porque ele era um cavalheiro
consumado não significa que ele devia ser obrigado a fazer algo que ele nunca teria
escolhido fazer em primeiro lugar – como gastar tempo com a menina aleijada. — Eu
desfrutei muito dos poucos minutos que passamos juntos.
— Então, por que você fugiu? — Bowie não sabia por que ele estava
empurrando. Será que ele queria namorar com ela?
Cassie podia sentir suas bochechas ficarem rosa. Usando o mesmo gesto que ela
tinha sucumbido desde a infância, ela cobriu o rosto com as duas mãos.
— Eu acho que não sabia o que fazer com você.
Bowie sentiu um puxão em suas cordas do coração. Ele não podia deixar de rir.
— Bem, eu nunca ouvi colocado dessa forma antes. Mas me foi dito que eu sou
um punhado.
— Eu aposto que você é, — disse Cassie antes que ela pensasse e então ela
corou vermelha.
Bowie adorou. Isso o lembrou de sua troca divertida de cantadas quando se
conheceram, antes da cadeira de rodas ficar no caminho.
— Sim, e eu tenho equipamentos pesados também. Lembra?
Ele estava brincando com ela. Ela sabia, ainda Cassie adorou.
— Sim, eu gostaria de ver o seu equipamento pesado às vezes. — Quando os
olhos dele ficaram grandes como pires, ela o deixou fora do gancho. — Eu sei sobre a
Malone Earthworks. Passei por lá há algum tempo.
Droga, a pequena face de anjo estava o excitando. Uma equipe de cavalos
selvagens não conseguia segurar seu comentário.
— Se você me der à oportunidade, eu vou lhe mostrar o meu equipamento
pesado de perto e pessoalmente. Se você quiser, eu vou mesmo deixá-la dirigir.
Cassie sabia o exato momento em que ela saiu das águas rasas para o ar acima
de sua cabeça. Ele não estava falando de escavadeiras ou tratores, ele estava falando
sobre a protuberância atrás de seu zíper. E parecia ser equipamento pesado - e ela lhe
daria os dentes caninos para ser o tipo de mulher que ele precisava. Mas Cassie tinha
limitações, limitações sexuais. Até que ponto, ela realmente não sabia. Honestamente,
ela tinha medo de descobrir. Toda vez que ela tentou tocar a si mesma, o medo de nada
acontecer foi o suficiente para impedir que qualquer coisa acontecesse. Apenas o
pensamento de um homem perfeito como Bowie Travis vendo as pernas inúteis
fracassadas ao redor e tentando convencer uma resposta da carne feminina, que podia
ser incapaz de responder era muito horrível para palavras.
— Eu provavelmente maltratarei seu equipamento. Eu não sou um piloto
muito, uh, experiente. — Ela tentou rir fora de seu jogo. — Você disse que você
encontrou minha pulseira?
— Sim, eu encontrei. — Ele se levantou e tirou o pequeno pedaço de prata
esterlina da joia do bolso da frente da calça jeans.
Sim, lá estava. Ela seguiu o movimento de sua mão quando ele enfiou na frente
de suas calças, desejando que ela pudesse ir pescar naquele buraco particular de
mistério. Quando ele tirou-a e estendeu a corrente de prata delicada para ela, ela sentiu
as lágrimas subir em seus olhos.
— Oh, obrigada, Bowie. — Impulsivamente, estendeu os braços para um
abraço.
Ele não a teria rejeitado para o mundo. Inclinando-se ele aceitou a sua gratidão.
Ela apertou-o com força e deu um beijo doce na bochecha dele. Um inchaço poderoso
de ternura inundou Bowie como maré alta em Galveston.
— De nada, baby.
Afastando-se, ela enrolou ao redor de seu pulso.
— Eu vou colocá-la.
— Como é que a sua queimadura se sente agora? — Ele percebeu que ele devia
soar como um disco quebrado, mas ele desejava tanto que ele pudesse tirar a dor dela.
— Não é ruim. — Ela sorriu para ele. — Já tive piores.
Ele começou a pedir-lhe para explicar, mas ele não sabia como.
Cassie limpou a garganta, aparentemente tentando se recompor.
— Conte-me uma história Bowie. — Foi sempre mais fácil ter alguém para fazer
a conversa. Tudo o que ela poderia dizer sobre si mesma era mais do que chato.
— Tudo bem. — Ele preferia falar sobre ela, em vez de si mesmo, mas ele
poderia quebrar o gelo. — Eu sou um membro de um par de grupos que são chamados
para localizar pessoas desaparecidas, seja em um ambiente de deserto ou no mar. Um
grupo é uma equipe de busca equina e a outra é uma equipe de mergulho. — Ele
tomou um gole do leite, observando-a esfregar a condensação de seu copo. Ele desejou
que ela estivesse o tocando. Suas mãos eram tão pequenas. — Nada glamouroso, mas
encontrar pessoas que precisam da minha ajuda me satisfaz.
— Eu posso imaginar que faz. — Ela mordeu o lábio inferior e ele lambeu o seu
em resposta.
Beijá-la era uma grande tentação.
— Você não só ajuda as pessoas, mas você vê o mundo.
Bowie poderia dizer que o pensamento de viajar a encheu de saudade.
— E você? Você faz velas, eu me lembro. — Ele apontou para as caixas,
embaladas e lacradas. Havia também várias outras maiores espalhadas. Ele se levantou
e se aproximou. — Isso é lindo. — Com um toque cuidadoso, ele passou o dedo sobre
uma vela marrom que tinha sido esculpida com a imagem de um veado correndo pela
floresta. — Você fez isso?
— Sim, eu fiz. — Ela moveu a cadeira para a esquerda um pouco, para estar
mais perto. — Eu sou uma artista frustrada, eu gosto de desenhar e isso não é muito
diferente. Em vez de caneta e tinta, eu uso cera e uma ferramenta de escultura. —
Quando ele se mudou para outra que foi esculpida com uma data e flores, ela passou a
explicar. — Eu faço pedidos feitos sob encomenda para comemorar nascimentos ou
aniversários, bebês novos, coisas desse tipo.
— Eu não iria querer queima-la.
Cassie deu uma risadinha.
— A maioria não queima. Eu as trato com um verniz especial que lhes preserva
muito bem, especialmente se eu pressionar flores ou folhas ou cascas para a cera
quente.
— Você é muito talentosa. — Ele ficou impressionado.
Durante a hora seguinte, eles conversaram sobre tudo. Bowie persuadiu-a a
abrir-se e apenas compartilhar com ele. Ela disse a ele sobre seu trabalho no abrigo de
animais e na casa de repouso. Eles discutiram sério as coisas da vida, política, religião e
filosofia. Sua tática era simples, ele estava trabalhando duro para que ela se sentisse à
vontade com ele. Bowie estava mostrando a ela que eles tinham muito em comum e ele
estava interessado nela como uma pessoa. Depois que ele teve seu riso sobre seus
pontos de vista sobre ser vegetariano, ele era contra, por sinal - Bowie tomou um gole
da bebida, olhou para a porta de vidro e riu. Dois pares de olhos estavam olhando para
ele.
— Acho que estamos sendo observados.
Cassie olhou por cima.
— Conheça Sassy e Patience, meus companheiros de quarto e chefes.
Ele caminhou até a porta e ajoelhou-se para olhar para os curiosos animais de
estimação. — Você quer que eles entrem?
— Oh, sim, com certeza. — Assim que ele abriu a porta, eles se atiraram como
balas. — Os pestinhas até dormem comigo.
— Animais de sorte. — Bowie murmurou. Ele pegou o gato com uma mão e
acariciou o cão com a outra. — Você vai ter que vir conhecer os meus rapazes e moças.
Havia muitas maneiras de definir sexy e Bowie reuniu todas as qualificações.
Mas quando o viu ser gentil com seus animais, ela sentiu seu coração derreter. — Eu
gostaria disso, — ela sussurrou.
— Eu também. — Ele foi além do sério. — Eu gosto de você. Posso vê-la
novamente? Vai passar algum tempo comigo, Cassie? — Como eles tinham visitado,
Bowie tinha memorizado o seu sorriso, o modo como seus olhos se iluminaram e a
covinha na bochecha. Ele também tinha visto a forma em que seus mamilos se
endureceram quando ela se tornava excitada. E ele a tinha excitado, ele poderia dizer.
Várias vezes ele a havia tocado, casualmente ou olhou em seus olhos, ou piscou para
ela. Ele assistiu o rubor em seu peito até que varreu suas bochechas. E seus seios
haviam aumentado, eles queriam ser tocados que apenas excitava o inferno fora dele.
Mas, como ele esperava, ela deu-lhe a resposta, sem dizer uma palavra. Ele
podia ver em seu rosto. A resposta ia ser alguma forma da palavra não.
— Claro, eu adoraria ser sua amiga. Eu gostei de hoje mais do que você jamais
saberá. — Ela assentiu com a cabeça e toda a cabeleira loira moveu-se com ela.
Ele esticou o braço e ergueu o queixo dela.
— Amigos?
Ela assentiu com a cabeça, sua voz quase um sussurro. Ele ainda segurou o
rosto dela, mas agora o polegar estava acariciando o queixo.
— Podemos ser amigos, Bowie?
— Sim, acho que eu gostaria. — Apenas amigos. Ele era louco? Agora seu corpo
estava clamando por mais do que amizade. Mas Cassie era especial, provavelmente a
mulher mais especial que já conheceu. E ele não podia se dar ao luxo de machucá-la.
Então Bowie Travis Malone precisava obter a sua cabeça em linha reta. Talvez a
amizade fosse o melhor lugar para começar.
— Bom. — Simultaneamente Cassie sentiu alívio e uma decepção inundou sua
alma. Alívio porque isso significava que ela iria vê-lo novamente e ele não iria
pressioná-la para coisas que ela não poderia lhe dar. E decepção porque, por algum
motivo insondável, ela queria que ele a quisesse. Quão confuso que isso era?
— Então, quando é o nosso próximo encontro? — Ele disse as palavras
levianamente, mas ele queria dizer. Bowie tinha toda a intenção de tratar a mulher com
todo o respeito e consideração que a ela era devida.
— Eu poderia fazer o jantar para nós na sexta-feira à noite, se você está livre. As
sete?
Uma miríade de emoções cruzou seu rosto. Ele quase podia ler esperança,
desespero, descrença e uma melancolia que era quase tolerável.
— O que eu posso trazer?
— Um apetite, — ela ofereceu com um sorriso.
— Isso é evidente. — Mesmo que ele concordasse com ela, Bowie sabia que ele
tinha que descobrir essa coisa com Cassie rápido. Porque o apetite que tinha em mente
não tinha nada a ver com comida.
***
Os poucos dias até sexta-feira passaram rapidamente. Cassie consolidou tudo
que ela precisava fazer, fez todos os seus prazos, foi ao supermercado, e limpou a sua
casa. Ela não podia evitar. Cassie estava tão animada que ela não poderia suportar isso.
Bowie viria para jantar e ela tinha tirado tudo para fora! Ela tinha preparado um peito
de peru assado com ervas, pães caseiros, caçarola de batata doce, até mesmo um bolo
de chocolate alemão.
— Espero que ele venha com fome, — disse à Sassy e Patience, enquanto
esperavam pela sua parte do peru. — Não se preocupe, eu vou compartilhar com
vocês. Eu sempre faço.
Ela não tinha ouvido falar de Bowie, mas ela não esperava. Não era como se
eles estivessem saindo ou nada. Para passar o tempo ela tinha feito algumas coisas
extras para si, um pouco de mimo. Uma camada de esmalte rosa pálido agora
agraciava todos os dez dedos das mãos e todos os dez dedos dos pés. Sua pele estava
sedosa, macia e perfumada de uma loção que ela mesma fez. Aventurando-se no
mundo dos cremes de soja, sabonetes e hidratantes labiais que prometiam ser uma
adição à sua renda. E as amostras ela acumulou para si mesma não eram ruim também.
Quando o tempo se arrastou, ela ficou nervosa. E se ele não aparecesse? E se ele
tivesse mudado de ideia? Ela observou o relógio como um falcão. Os ponteiros
pareciam mover-se muito lentamente. Cassie sabia que eram só nervos. Por que se
Bowie viesse ou não significa muito para ela? Ela pegou na bainha de seu vestido
distraidamente. O tempo tinha estado gelado. As festas estavam quase em cima dela e
ela tinha estado mega ocupada apenas tentando atender aos pedidos. Mas saber que
Bowie era uma parte de sua vida, não importa quão pequena, significava o mundo
para ela. Lamentável tanto quanto podia ser, ela puxou a cadeira até a janela e
observou a estrada…
Capítulo Três
Bowie estava dirigindo como um morcego fora do inferno. Que momento ruim
para perder seu maldito celular! Parecia que ele não poderia manter-se com aquela
coisa para salvar sua vida, talvez ele devesse usá-lo em uma corrente de bicicleta ao
redor do pescoço. Ele tinha ido ao hospital visitar Jessie e Jacob, verificar o bebê e a
família. Ele tentou manter contato próximo com eles, sempre ansiosos por qualquer
notícia sobre Aron. Não era que ele tinha esquecido o jantar com Cassie, ele tinha
acabado de deixar o tempo passar por ele. E agora… agora ela provavelmente pensou
que ele lhe deu o cano.
A direção do Vega Verde para a casa de Cassie não demorava, mais do que de
15 minutos, mas ele estava vindo de Kerrville em vez de Bandera. Onde eles viviam, lá
existia de longe mais vacas do que pessoas e as estradas eram de duas pistas com um
acostamento muito estreito. A menos que ele estivesse passando por pastagens, a linha
de árvore estava a apenas alguns metros fora da estrada. Dependendo da hora do dia,
sombras poderiam abranger completamente a rodovia como era abrigada tão de perto
pelos grandes carvalhos e pecans que cresceram perto.
O lugar Sever estava em uma estrada de terra. Três caixas de correio
anunciavam o desligamento. Tudo o que podia pensar era o quão longe ela morava da
cidade. Ele nunca gostou de ver uma mulher que vivia sozinha, muito menos uma tão
jovem e bela como Cassie - e tão vulnerável. Assim que ele se virou para a estrada de
cascalho, ele teve que diminuir o ritmo. Não era grande o suficiente para dois carros
passar a menos que você parasse de alguma forma na vala. A primeira casa que ele
passou não parecia que tinha morador e a segunda tinha dois velhos fazendo seu
caminho do carro até a varanda. Um estava usando um andador. Eles lhe lembravam
velhos doces em um lar de idosos, cada um tentando ajudar o outro. Agora, ele estava
se sentindo realmente preocupado. Se Cassie precisasse de algo ou alguém
rapidamente, esses vizinhos não seriam de nenhuma ajuda.
A condução em torno de uma ampla curva, ele veio para a fazenda Sever, ou o
que restava dela. A maioria dos sítios e fazendas da região foram seccionados e
vendidos e este não foi diferente. Ele poderia dizer que os campos já haviam sido
plantados com feno, mas agora estavam em repouso. Bowie abrandou quando viu um
par de guinés atravessando a estrada. Ele sorriu. Tinha sido um longo tempo desde
que ele tinha visto algum dos gordos pássaros preto e branco. Eles foram criados por
seus ovos, geralmente, mas se alguém quisesse comê-los todos eram escuros de carne
como um pato. Guinés também faziam bons cães de guarda e iriam livrar a
propriedade de cobras mais rápido do que você poderia dizer Jack Robinson. Ver que
Cassie tinha esses pássaros ao redor o fez se sentir um pouco melhor.
Quando ele estacionou sob uma magnólia senhorial, o Bassê vermelho veio
correndo para cumprimentá-lo, seguido do gato malhado. O cachorro não latiu, ele
dançou, jogou a cabeça para trás e fez barulho peculiar de exultação da raça. Era um
som feliz e fez Bowie rir.
— Ei, cara. Você se lembra de mim? — Ele se inclinou para acariciá-los e
descobriu que ambos tinham colares com seus nomes gravados neles apenas como
cintos ocidentais, completo com pequenos conchas prata. — Hey, Sassy. — O gato era
tão exigente, esfregando em sua perna. — E o seu nome é Patience, eu gosto disso. —
Antes que ele pudesse se levantar, ele ouviu a porta da frente da tela guinchar aberta.
— Bowie? — Cassie estava tão aliviada que ela podia chorar. Era mais de meia
hora de atraso. Apressadamente ela enxugou os olhos. Ela não queria que ele soubesse
que ela havia chorado.
O suave sotaque sulista de Cassie causou arrepios de desejo pelo seu corpo.
Bowie realmente sentiu arrepios subir ao longo de seus braços e na parte de trás do seu
pescoço. Nunca, nunca ele tinha reagido desta forma para uma mulher antes. Na
verdade, ele não tinha muitas amigas mulheres, exceto as esposas McCoy, suas
namoradas e Presley Love, a noiva de Zane. Ele era próximo de Presley. Eles
compartilhavam um segredo, mas era dele para dizer. Então Bowie namorava
casualmente, ele simplesmente não se envolvia.
— Hey. — Ele levantou-se e olhou para ela. — Perdoe-me, Cassie. Desculpe-me,
estou atrasado. Eu estava visitando amigos no hospital e perdi a noção do tempo. —
Ele deu um sorriso travesso. — Jacob, meu melhor amigo, teve um menino. Ele é meu
xará e eu sou seu padrinho. Pequeno Bowie é uma das crianças mais bonitas que você
pode imaginar. Quando ele sorri, ele tem duas covinhas mais bonitas. — Bowie
apontou para seu rosto. — Ele simplesmente derrete meu coração. — Durante dois ou
três batimentos cardíacos, ela só olhava para ele timidamente, depois sorriu - brilhante.
Seu rosto era a mais bela vista que ele já viu.
A descrição de Bowie de seu afilhado e a alegria que ele parecia ter nele apenas
mais a convencia que ele era um homem entre os homens.
— Eu pensei…
— Eu sei o que você pensou, e eu não posso te dizer como me sinto mal. A
família McCoy vem passando por tanto. O bebê tem que fazer uma cirurgia, ele nasceu
com problemas de válvula em seu coração.
O coração de Cassie balançou.
— Oh, não. Será que ele vai ficar bem?
— Se a oração tem algo a ver com isso, sim, ele vai. — Ele passou a contar a ela
sobre Aron estar sumido e como ele tinha sido envolvido. — Sou próximo da família,
qualquer problema que eles têm também é meu.
— Eles têm sorte de ter você, Bowie. Então, Jacob nomeou seu garotinho em sua
homenagem?
— Sim, ele diz que é porque eu sou seu melhor amigo, mas eu não acho que
esse é o principal motivo. Tudo remonta a uma aposta que ele perdeu quando
estávamos na faculdade. Jacob foi um dos maiores caras do time de futebol e ele
levantou no banco cento e oitenta quilos. Eles o chamavam de Texas Torque. Inferno,
ele praticava levantamento de pesos por pegar bezerros nos eventos de touro que ele
costumava competir todo o tempo. Uma vez, ele estava se vangloriando e eu só tive o
suficiente. Eu lhe disse que iria levantar mais peso do que ele podia. — Bowie bufou.
— Eu não achava que eu poderia fazer, mas eu ia tentar. Ele me disse que se eu
ganhasse, ele me daria o seu filho primogênito. É claro, nós estávamos brincando, mas
eu venci-o com cento e noventa quilos. Então, eu não consegui Bowie quando ele
nasceu, mas ele foi nomeado por mim.
— Eu gosto disso. — Ela não estava surpresa que ele estava. Bowie parecia
super forte. Quanto mais ela aprendia sobre ele, mais ela gostava dele. Cassie percebeu
que ela estava em sérias dificuldades, seria fácil cair de cabeça sobre os saltos por esse
cara.
Os olhos dele correram sobre ela, a partir do topo de seu cabelo sedoso aos
pequenos pés, que sentou assim afetadamente nos apoios de pés. O que tinha sobre
ela? Ele teve que fazer força para ficar parado. A atração de ir até ela, pegá-la e embalá-
la contra ele era quase uma dor física. Vendo-a sorrir, ele começou a se mover em
direção a ela.
— Eu ainda sou bem-vindo?
— É claro, eu estou muito feliz em te ver. Por favor, entre. — Ela segurou a
porta de tela e manobrou a cadeira para trás. — Eu ouvi sobre o Sr. McCoy no
noticiário. Isso deve ser terrível para sua esposa e família.
— É, mas eles ficam juntos. Libby é forte, mas ela está esperando gêmeos, então
isso tem sido especialmente difícil para ela. — Ele poderia dizer que Cassie estava
nervosa. Sua voz estava tremendo um pouquinho e as bochechas de porcelana
delicadas estavam virando em um tom mais cor de rosa. Seguindo-a para a casa, ele foi
imediatamente recebido por aromas irresistíveis. — Tudo cheira muito bom. Estou
morrendo de fome.
— Bem, por favor, sente-se. A comida está pronta. — Ela só tinha que pegar
algumas coisas fora do aquecedor e os colocar sobre a mesa. Ele veio ajudá-la, pegando
as coisas quentes fora de suas mãos. Bowie era protetor.
A mesa estava toda preparada então eles se sentaram.
— Depois do jantar, eu quero que você tome uma curta viagem comigo, há algo
que eu quero te mostrar.
Um tremor percorreu Cassie.
— Ir para algum lugar juntos? — Como em um encontro? — Onde?
Bowie sabia que ela iria desfrutar de sua surpresa.
— Espere. Você vai descobrir.
Ela encheu o prato dele até a borda e Bowie comeu como se estivesse saindo de
moda.
— Isto é delicioso, — ele se gabou. — Você é uma cozinheira muito boa.
Cassie sorriu. — Obrigada.
Bowie tentou ser bom, Deus sabe que ele fez. Mas ele não conseguia tirar os
olhos dela.
— Eu estive pensando em coisas que podemos fazer juntos… como amigos,
você sabe. — A maioria das coisas que ele estava imaginando era feita na horizontal
em uma cama, mas ele estava tentando ser bom aqui.
— Sério? — Cassie tomou um gole de chá. Ela tentou fazer uma piada. — Fora
dançar, obviamente.
— Não necessariamente. — Bowie agitou o garfo ao redor. — Você apenas tem
que ter fé em mim.
A bondade dele a fez querer chorar. Ela sabia que havia muitas coisas que
Bowie podia estar fazendo numa sexta à noite, em vez de sentar-se com ela.
Geralmente os homens a evitavam como uma praga depois que percebiam que ela era
aleijada. Mas se Bowie foi afastado por ela, ele deveria concorrer para um Oscar,
porque tudo o que ela podia ver em seu rosto era a felicidade.
— Eu tenho fé em você, — disse ela com toda a confiança. — Um dia uma
mulher vai ser muito abençoada por ter você, Sr. Malone.
Bowie riu.
— Eu já ouvi o contrário, acredita em mim.
A ideia dele com outra mulher era como uma faca cortando o coração dela. Mas
se eles iriam ser amigos, ela teria que superar essas emoções. Mesmo que as palavras
tivessem gosto de fel na boca dela, ela ofereceu. — Se você precisar de alguém para
testemunhar para você, eu vou ser feliz em fazer. Minha amiga Cordelia acabou de
terminar com seu namorado, talvez você gostaria que a apresentasse. Ela era a linda
morena no bar. Nós estávamos comemorando seu aniversário.
Cassie se voluntariado para arranja-lo não caia bem com Bowie.
— Eu acho que tenho muito bem as mãos cheias com você, Srta. Cassie-para-
resumir. — Não esperando que ela discutisse, ele continuou. — Que tal um filme?
Melhor ainda, jantar e um filme?
— Parece bom para mim, — Cassie admitiu quando um formigamento fez o seu
caminho para baixo de sua coluna vertebral. Amigos iam ao cinema com o outro, certo?
Ela podia ser aleijada, mas ela não estava morta. Ela sentia as coisas. Agora uma das
coisas foi o choque. Ao longo dos anos ela fabricou alguns mecanismos de defesa para
ajudar a si mesma a lidar com as coisas. E uma dessas estratégias era brincar. Ela
flertou e brincou quando teve a chance, assim como ela tinha feito com Bowie quando
ele se aproximou dela no bar. Mas até agora… nenhum cara tinha continuado.
Francamente, Cassie não sabia o que fazer com ele. Bowie era tão bonito. Ele era tão
bonito como qualquer galã de Hollywood. Características esculpidas, cabelo alto,
moreno e mais músculos do que ela saberia o que fazer – mas ela gostaria de tentar.
Desde de que ela o conheceu, Cassie tinha remexido na internet e perguntado pela
cidade e descobriu tudo o que podia sobre Bowie. Ele era respeitado pelos homens,
elogiado por seus esforços de caridade e cobiçado por todas as mulheres em um raio de
oitenta quilômetros. E, no entanto, ele estava sentado aqui com ela!
O olhar de Bowie caiu para a boca dela. O lábio inferior dela tremia e ela
continuou o mastigando. Ele foi tentado a oferecer a mordisca-lo para ela. Parecia um
trabalho que ele poderia suportar.
Cassie não era imune. Ela estava olhando para sua boca também. Não havia
uma coisa feminina sobre o homem, mas seus lábios eram lindos, lisos e iminentemente
adoráveis. No momento, um canto de sua boca estava virando-se ligeiramente, como se
estivesse prestes a sair em um sorriso.
— Eu tenho certeza que vamos chegar a mais… coisas criativas para fazer. —
Bowie prometeu. Eles trocavam olhares dos olhos para a boca, dos olhos para a boca.
Se por criativo que ele queria dizer quente, beijos cegos e mãos correndo sobre a
pele lisa, ela estava dentro. Whoa! O que ela estava fazendo?
— Por que você está perdendo tempo comigo, Bowie? Você sente pena de mim?
— Ela fez a pergunta antes que ela pensasse. Nunca mais ela sairia de sua cadeira de
rodas e sentaria em uma mesa quando ela estivesse em público. Era propaganda
enganosa. Nada disso deveria ter acontecido. Foi culpa dela. Ela deveria ter a certeza
que Bowie viu a cadeira de rodas na hora. Era hora de dar um basta a isso antes que
alguém se machucasse, ou seja, ela. Suas pernas podiam não funcionar, mas o coração
dela poderia ser facilmente quebrado. Tinha que haver alguma maneira para salvar a
face fora disso. — Bowie, eu não acho…
— Droga! — Bowie levantou-se.
Ele estava saindo. Cassie baixou a cabeça e limpou as mãos em seu vestido. Foi
o melhor. Então, ela olhou para cima e teve uma grande surpresa. Senhor, o homem
podia se mover rápido. Num momento ele estava sentado cerca de um metro de
distância, no outro ele estava agachado ao lado da cadeira e tinha a mão em concha em
torno do rosto de Cassie.
— Você está errada. Há uma necessidade. — Gentilmente, com firmeza, com a
graça predatória, ele abaixou a cabeça até que seus lábios quase se tocarem.
Ele podia senti-la tremer sob seu toque. Deus ajude, ela era linda. Se Bowie
estava certo, fazia um longo tempo desde que ela tinha beijado um homem. Ela
arregalou os olhos, como se ela não sabia bem o que esperar. Cassie observava cada
movimento seu. Doce Jesus, ele precisava fazer isso apenas corretamente.
— Eu quero muito isso. Estou ansiando por um beijo seu. Você me quer?
Será que ela queria? Será que ele estava brincando? Ela estava certa de tudo o
que ele viu quando olhou para ela foi a cadeira. E ali estava ele, dizendo-lhe que ele
sofria por seu beijo? Ela poderia acreditar nele? Bowie era tão consciente dela. A curva
suave de seu rosto, as gostosas mechas longas do cabelo que moldou seu corpo como
Rapunzel e seios tão exuberantes e perfeitos que ele teve que lutar para impedir-se de
tocá-los para ver se eles eram tão suaves como eles pareciam. Ele a queria. Simples.
Assim como a primeira vez que ele a viu, ele a queria tanto que a necessidade o deixou
fraco. Movendo-se mais perto dela, ele perguntou a ela novamente. A incerteza em
seus olhos machucava Bowie.
— Você me tem em uma queimadura lenta, baby. Você me quer, Cassie?
— Desesperadamente, — ela respirou.
Ele se aproximou, tomando o controle, segurando seu rosto enquanto ele
inclinou seus lábios nos dela. Ela tremeu, sua respiração engatou, nervosa e com falta
de ar. Bowie deu o que ela precisava, compartilhando a respiração quando ele se
inclinou para mais perto, aprofundando o beijo. Perfeito. Isso era tudo o que podia
pensar. Ela era absolutamente perfeita e tão doce. Correntes de eletricidade
percorreram seu corpo. Quaisquer reservas que tinha abrigado foram esquecidas no
momento. A boca dela era viciante e sua aparente inocência uma atração irresistível.
Sua fome o levou a mergulhar a língua nos recessos de mel de sua boca. Veludo. Com
carinho, ele esfregou os lábios nos dela, lambendo, provocando, persuadindo Cassie a
confiar nele o suficiente para beijá-lo de volta.
Por fim, ela soltou um pequeno gemido áspero e ele sentiu suas mãos delicadas
pegarem seu ombro, apertando o material de sua camisa em seus dedos finos. Bowie
sentiu uma imensa satisfação quando ela se inclinou para frente, dando-se a ele para
apoiar e segurar. Quando ele aceitou seu peso, um sentimento de contentamento
absoluto apoderou-se dele. Cassie se sentia tão bem em seus braços, tão bem-vinda.
Sua pele macia parecia chamuscar a sua em todos os lugares que tocavam. Bowie
tremeu, porra tremeu. Nunca tinha sentido nada assim antes.
Precisando de mais, ele passou um braço ao redor dela, com cuidado ficando
mais perto. Cada instinto lhe disse para buscá-la, mas ele tinha medo que ele fosse
machuca-la. No começo ela estava reticente, mas agora ela se abriu para ele, sua língua
timidamente lançando-se sobre a dele em sua primeira dança erótica. Bowie gemeu sua
satisfação.
Ela respondeu-lhe com um gemido, uma vibração calma de êxtase no fundo de
sua garganta, que absolutamente o eletrificou. Ele deslizou a mão do rosto até a nuca
de seu pescoço, segurando-a no lugar. A necessidade primordial para dominar, para
exercer o seu poder masculino tirou o fôlego. Ele não tinha nenhum desejo de ferir, ao
contrário, ele queria proteger, possuir e controlar.
Minha.
Bowie desejava memorizar todas as facetas de seu corpo por aprendê-la doce
centímetro por centímetro. Ele queria marcá-la como sua. Tocar. Calor. Desejo. Essas
coisas estavam tomando precedência sobre pensamento coerente. Bowie estava agindo
por compulsão, quando ele colocou a mão no lado dela, roçando sua cintura. Tão
suave. Tão porra de perfeito. Ele permitiu que a palma da mão para conhecer o corpo
dela, a forma delicada, as curvas suaves. Com cada toque, ele sentiu a resposta dela
com pequenos tremores e gemidos, revelando-lhe que ela estava tão encantada no que
eles estavam fazendo como ele estava. E quando ela enfiou os dedos delicados em seu
cabelo, ele podia sentir o desejo dela transmitido a ele através de cada fibra do seu ser.
Os dedos de Bowie avançaram para cima até que ele roçou o inchaço inferior de
seu peito, o globo quente generoso chamava seu toque. Ele queria segurar sua
suavidade mais do que ele queria ter um outro sopro de ar. Tudo o que podia pensar
era moldar e amassar a carne feminina até que ele a tivesse pedindo-lhe para substituir
os dedos com os lábios. Deus, ele poderia fazê-la se sentir tão bem. Ela amaria como ele
podia fazê-la sentir. E ele queria ouvi-la implorando, o desespero para agradá-la
rasgou o seu coração. Cassie. Cassie doce.
Mas ele parou. Ele se conteve. O esforço que precisou para Bowie abster-se de
descobrir a forma exata e o tamanho dessas maduras ondas macias era imenso.
Forçando as mãos para congelar apenas próximo do paraíso, ele só permitiu-se o
privilégio de acariciar a pequena borda, a pele acetinada sob seu peito. Cassie
cantarolou sua excitação, pressionando contra ele como uma oferta gentil, suas cristas
duras apertadas esfregando contra sua camisa. Podia senti-la tremer com o contato e
não ceder à tentação estava o matando.
Se Cassie estivesse pensando claramente, ela não teria feito isso. Ela nunca teria
tido coragem. Mas parecia tão maravilhoso! Cada vez que ela esfregava nele, todo o
seu corpo tremia. Por favor, Deus, deixe ele me tocar. Ela empurrou os seios contra ele
e seus mamilos incharam e doíam com o atrito.
Bowie sentiu seu responder. Ele sabia o que ela queria, o que ela precisava. Ele
reconheceu os sintomas, porque ele tinha um caso completo soprado. Cedendo à
tentação, ele permitiu que sua mão se movesse para cima. Ela estava disposta, ele
estava pronto e mais do que capaz de satisfazer todo desejo. Apenas um toque.
Mas algo o deteve.
Havia muito no ar, muitas coisas que precisavam ser ditas. Eles precisavam
lidar com toda esta questão da amizade, antes de irem a toda velocidade e a apresentar
a uma intimidade sexual que ela não estava preparada. Só por um segundo, ele a
abraçou - apertado. A quente boca faminta ainda estava agarrada a sua, sua pequena
língua fazendo cócegas em seu lábio. Inferno! Estendendo a mão, ele emoldurou seu
rosto e empurrou para trás, liberando os lábios dos dele. Bowie sabia que ele estava
perto de perder o controle e este não era o momento, nem o lugar.
O quê? Como um pouco de água gelada um flash de um pouco de consternação
em Cassie. Bowie se retirou. Na verdade, ele teve que puxá-la para fora dele como uma
sanguessuga. Ela estava respirando com dificuldade, mas ele também estava.
Provavelmente de tentar fugir dela. Deus! Um beijo de pena, que era o que ele tinha
dado a ela.
— Obrigado, querida. — Ele beijou-a na testa. Cassie permitiu, mas ela se
inclinou mais para trás em sua cadeira, tentando colocar alguma distância entre seus
corpos.
Bowie a sentiu enrijecer, por isso ele a deixou ir. Ele queria segurá-la até que se
acalmaram, mas ela não estava tendo nada disso.
— Talvez não tenha sido uma boa ideia, — disse ela suavemente, envolvendo
os braços em volta da cintura, abraçando-se protetoramente. — Obrigada por ter vindo
para passar algum tempo comigo. Eu agradeço.
— Oh, não, — ele a repreendeu quando ele voltou para seus pés. Ela queria que
ele fosse embora? Depois daquele beijo quente? Claro que não. — Nós temos um lugar
para ir junto. Eu prometi-lhe uma surpresa e eu pretendo cumprir essa promessa.
— Não, obrigada. Considere-me surpreendida. — Sua voz era plana, sem
emoção.
Ok. Ele estava confuso.
— Cassie… — Bowie parou de falar quando ela levantou a mão em um gesto
pedindo claramente que ele não falasse.
— Eu não acho…
— É isso mesmo, não ache, não mude sua mente. — Não havia nenhuma
maneira que ela não gostou de seu beijo. Mas ele podia ler as mulheres muito bem, e
esta tinha claramente se afastado com alguma coisa. Ok, então ele veio em um pouco
forte. Ele era um cara! O que ela esperava? — Vamos lá, você vai gostar do que eu
tenho para te mostrar. Na verdade, você se arrependerá se você perder. Então, nós
estamos indo. E ponto final! — Ele viu-a olhar para ele, assustada. Bowie não tinha a
intenção de levantar a voz, mas ele sentiu que se ele deixasse agora, ele pode não seria
capaz de recuperar o terreno que estava perdendo - rápido.
Cassie encontrou seu olhar, de frente.
— Tudo bem. — Ela realmente não sentia com vontade de discutir, ela sentia
mais vontade de chorar.
Esfregando a seco seu rosto, Bowie deixou escapar um longo suspiro. Tinha
sido sua intenção de provar a ela que ela era desejável, e a próxima coisa que ele sabia
que tinha sido derrubado por uma volta. Ok, ele entendeu a mensagem, não só de
Cassie, mas a partir de sua própria consciência. Uma coisa é certa, ele precisava decidir
malditamente rápido onde ele queria que essa coisa fosse antes de deixá-lo ficar
completamente fora de mão.
— Onde está o seu casaco? Você vai precisar dele. Está frio lá fora. — Não à
espera de direção, ele olhou em volta, avistou um pendurado no gancho de uma
cadeira do salão e agarrou-o.
Quando ele voltou, Cassie tentou tirar isso dele.
— Eu posso fazer isso. — Ela não precisava de sua ajuda. Ela poderia colocar
em seu próprio maldito casaco, algo que ela vinha fazendo há muito tempo. Ela não era
uma aleijada impotente. Ela também não precisa sua piedade. Deus! Tudo o que ela
queria fazer era desligar a cabeça, cobri-la com este casaco estúpido e chorar.
Vergonha, vergonha branca quente a fez quase vomitar. O que ela fez? Oh sim,
ela sabia. Ela se agarrou a ele, beijando-o, tocando-o, implorando por qualquer coisa
que ele desse a ela. E ele tinha que afastá-la! Ele teve de literalmente forçar sua boca da
dele. Como podia ter sido tão estúpida?
Bowie a viu segurar o casaco, enfiando a mão perto da manga várias vezes e
desaparecendo. — Deixe-me ajudar. — Ele não sabia o que fazer. Aparentemente, algo
mais estava acontecendo do que ele imaginava. Grande, falar sobre estragar tudo.
— Eu consigo. — Ela torceu para longe dele e, finalmente, puxou o casaco e
para baixo no lugar. — Estou pronta.
Ela não disse as palavras com qualquer grau de entusiasmo. Cassie soou como
se estivesse pronta para fazer a milha verde para a câmara de morte.
— Se você tem certeza… — O que ele estava dizendo? Ele não estava disposto a
dar-lhe um fora. — Deixe-me ver o seu cabelo. — Ele corajosamente passou a mão sob
o peso pesado do cabelo dela e levantou-a. — Levante-se, você está sentado sobre ele.
— Merda. Então ele foi estoque ainda. Ela provavelmente não poderia erguer-se.
— Tudo bem. — Ela suspirou.
E, para sua surpresa, ela apertou os braços da cadeira e mudou-se para a
esquerda, depois para a direita quando ele puxou a cachoeira de seda livre, deixando
fluir pelas costas e acumular ao redor de seus quadris. — Pronto. — Ele acariciou os
fios de ouro que o fascinavam infinitamente. Uma imagem dela sentada escarranchada
sobre ele, nua, curvado com essa cortina de cabelos formando uma barreira entre eles e
o mundo exterior enchia sua cabeça. Droga! Agora ele estava ficando duro novamente.
— Obrigada, — ela murmurou enquanto tentava fechar o casaco.
Precisando estar perto novamente, Bowie ficou de joelhos e gentilmente colocou
as duas extremidades do zíper junto e começou a fechar o casaco. Várias vezes os nós
dos dedos roçaram pontos fracos e ele gemeu audivelmente.
— O que há de errado? — Ela perguntou, assustada. — Será que beliscou você?
— Não, eu estou bem. — Não foi o zíper que o pegou, foi ela - direitamente
pelas cordas do coração.
Cassie suportou seu toque. Suportou. Porque se ela pudesse ter se levantado da
cadeira e corrido para fora da porta, ela teria. Quando ele completou sua tarefa, com as
mãos terminando diretamente no queixo, ela fechou os olhos para que ele não fosse
capaz de obter um vislumbre de sua alma. Cassie não queria que Bowie conseguisse
mais pistas sobre a forma como ele realmente a afetava. Ela suportou vergonha
suficiente por um dia. Prendendo a respiração, ela esperou até que um ligeiro
movimento de ar e uma ausência de calor lhe dissesse que ele tinha puxado para trás e
se levantou. Boa.
— Ok, acho que estou pronta.
— Você não tem que parecer tão animada. Amiga. — Bowie mexia com bom
humor. Em seguida, sem pedir, porque ela teria dito não, ele se inclinou e a pegou -
direitamente em seus braços. Cassie soltou um pequeno grito de surpresa e agarrou
seu pescoço. — Eu te peguei.
Sim, ele a tinha pego.
— Não me deixe ir, — ela implorou.
— Não pretendo. — Bowie levou um segundo para apreciar o quão certo ele a
sentia em seus braços. Podia senti-la tremer como um pequeno cervo que uma vez
tinha encontrado na floresta, cuja mãe tinha sido baleada. Não sendo capaz de suportar
a ideia de morrer sozinho, ele a pegou e a carregou para casa. A pequena criatura era
muito pequena e fraca para lutar muito, mas tinha tremido em seus braços como Cassie
estava fazendo agora. — Só descanse. Eu tenho você.
— Só não me solte, — ela o advertiu novamente.
Ela não precisava se preocupar. Ele não deixaria nada acontecer com ela para o
mundo. Quando ele olhou para baixo, foi para descobrir que ela estava olhando para
ele, aqueles enormes olhos verdes olhando para ele pela garantia. Ele deu a ela.
— Você está segura comigo, Cassie. Promessa. Vamos no meu caminhão.
— Você não acha que seria mais fácil se nós fossemos na minha van? Ela tem o
equipamento adequado e eu estou acostumada com isso.
Ela estava falando rápido, mas ele não estava desviando do curso. Não, ele
estava marchando para fora da porta, abrindo-a com o cotovelo, e fechando-a com o
joelho.
— Eu estou acostumado a dirigir nos meus encontros ao redor. Vamos no meu
caminhão.
— Isto não é um encontro. — Ela lembrou. — Você é mandão, não é?
Bowie riu. Ele não abordou a questão do encontro.
— Sim, eu acho que eu sou. — Levando-a para fora, ele levou-a para seu
caminhão e gentilmente colocou-a para dentro, afivelando o cinto de segurança. — Eu
já volto.
Quando ele fechou a porta, Cassie cobriu o rosto com as mãos.
— Meu Deus! O que eu vou fazer? — Ela lamentou em um sussurro. —
Acalme-se, Cassie. Você pode passar por isso. Só não aja como uma boba de novo.
Quando ela se sentou e castigou a si mesma, ela ouviu o bump-bump da cadeira
sendo levantada e colocada na parte traseira da pick-up de Bowie. Balançando a
cabeça, ela lamentou o fato de que ela fosse tão dependente da bondade dos outros.
Toda a sua vida ela temia cada vez que alguém tinha que sair de seu caminho para
fazer algo por ela. Honestamente, ela preferia ficar em casa pelo resto de seus dias a ter
Bowie ou alguém como ele saindo de seu caminho para tornar as coisas mais fáceis
para ela.
— Tudo feito. — Ele anunciou quando ele se arrastou até a cabine da pick-up ao
lado dela.
Cassie não disse muito mais, teria apenas piorado as coisas.
— Obrigada. Você é muito gentil. — A memória dele tomando seu rosto entre
as mãos e segurando-o parado enquanto ele escapou de suas garras era tudo que ela
podia pensar. Uma nova onda de vergonha fez seu rosto ficar quente. — Para onde
vamos?
Ok, ele supôs que ele poderia dizer-lhe agora que ela estava abrigada com
segurança em seu caminhão.
— Vou levá-la para minha casa para conhecer alguém especial.
— Oh, eu não acho… — ela começou, imaginando encontrar alguns de seus
amigos ou pior - família.
— Relaxe, você vai gostar desta garotinha, eu não tenho nenhuma dúvida. Se
você não gostar, eu vou comer o meu Stetson. — Ele deu um tapinha no chapéu preto
na cabeça.
À medida que andava, era como se ela ainda pudesse sentir suas mãos em seu
corpo. Onde ele acalmou em sua parte inferior, ela ainda podia sentir a marca de seus
dedos. Diferente de alguns que haviam sofrido lesões na coluna vertebral, ela tinha
sentimentos abaixo da cintura, mas ela também tinha alguns ferimentos e danos nos
nervos. Mesmo que os médicos a considerassem sortuda, às vezes, ela questionou o seu
julgamento. Eles não tinham de viver com a sua dor.
A viagem não demorou muito, mas deu-lhe algum tempo para pensar. Esse
negócio de amizade era para os pássaros, ela decidiu. Mesmo que fosse doer, este seria
o seu único encontro juntos. Ela já tinha decidido isso. Não foi porque ela não gostou de
sua companhia – ela gostava. Muito. Era porque ela simplesmente não podia se arriscar
a ter seu coração partido.
— Eu amo a sua casa, — ela confessou. Na verdade, desde que conheceu Bowie,
tinha passado algumas vezes. O dramático portão de entrada de pedra acenava para
ela. Ela parou e olhou para as belas pastagens de rolamento, o riacho parado, os
pomares de nozes e, pelo menos, duas lagoas. Ela podia ver por trás das várias
dependências.
— Obrigado, eu vou ter você de volta e pagar essa grande refeição que você
cozinhou para mim.
Ela disse nem não nem sim. Em vez disso, ela perguntou com humor em sua
voz.
— Você sabe cozinhar? — Cassie era grata por ser capaz de forçar uma
mudança de tom para a noite.
Bowie fingiu ofensa.
— Pode ter maldita certeza. Posso fazer churrasco com o melhor. Apenas diga o
dia e vou defumar um presunto e fazer-lhe um molho de Jalapeno Jack Daniels Apricot
para ir com ele que vai fazer você dançar um jig.
Ele tinha falado com o coração, por isso, naturalmente, Cassie não se ofendeu.
Mas ela o enjoou.
— Cura milagrosa. Vou levar um galão.
Inferno. Bowie suspirou.
— Eu não quis dizer, — ele gaguejou. — Eu acho que você é apenas certa,
Cassie.
Ele puxou para uma grande casa de tora e pedra, que imediatamente chamou
os olhos de Cassie.
— Linda, — observou ela. — Assim, a minha surpresa está aqui? Na sua casa?
Sim, ele queria dizer, há uma grande cama king size lá que eu posso apresentá-
la onde você vai ter o tempo de sua vida. Mas ele não o fez, como tinha concluído
antes. Ele precisava de tempo e ela também.
— Sim, espere, você vai adorar isso.
Ele saiu para pegar a cadeira e ela torceu as mãos, desejando que ela não tivesse
que ser pega novamente. Estar perto dele era tão horrível, maravilhoso, terrível e
viciante. O mínimo que podia fazer era desfazer o cinto de segurança, abrir a porta e se
preparar. Tudo para tornar isso mais fácil e mais rápido para ele.
— Você vai brincar e cair, Srta. Cassie. — Bowie disse quando ele abriu a porta
e encontrou-a oscilando à beira. — Você precisa de um guarda, mocinha.
Em qualquer outro momento, ela teria flertado, perguntando-lhe se ele estava
se oferecendo para o trabalho. Mas não agora. Sua autoconfiança foi baleada ao inferno
de ser rejeitada depois dela ter se jogado para ele.
— Segure-me. — Ele exigiu e ela fez, enganchando o braço em volta de seu
pescoço. Ainda assim, ela tentou manter-se longe dele, o que era impossível, mas ela
tentou.
Bowie não agia como se ele notou. Ele a sentou na cadeira e empurrou sobre o
terreno irregular do seu quintal. Bateu em Bowie como teria sido difícil, quase
impossível, para Cassie ter percorrido o caminho sozinha. Algo para pensar.
— Cubra seus olhos, — ele instruiu-a com uma risada.
Ela estava tentando ser agradável, mas Cassie realmente não estava de bom
humor. Agora não era um bom momento para analisar por que ela estava se sentindo
do jeito que estava. Não escapou seu raciocínio para saber que ela deveria tentar e
desfrutar desta vez com Bowie, depois de tudo a sua agenda social não estava
exatamente cheia de oportunidades.
— Ok, mas não me empurre em uma calha ou algo assim.
— Nunca.
— Se há lama, isso pode ser mais problemas do que vale a pena. — Cassie
odiava ser um fardo.
— Não se preocupe, eu entendi, irritadinha.
Apesar de tudo, Cassie sorriu. Com os olhos ainda fechados, ela podia dizer
quando eles se mudaram para terras mais altas. O caminho suavizou e ela ouviu uma
porta se abrindo.
— Nós estamos indo para um celeiro?
— Sim.
Nuurrrrrr.
— O que foi isso? — Cassie perguntou com entusiasmo.
— Jasmine, minha Dromedário. Abra os olhos. — Quando ela fez, Cassie gritou.
Porque diante dela, sobre perninhas bambas estava o mais lindo bebê camelo que ela
jamais poderia imaginar.
— Bowie! Ele é lindo!
— Ela, o bebê é uma menina. — Cassie olhou para ele com total alegria. Bowie
não pode deixar de sorrir de volta para ela. — Ajude-me a nomeá-la.
— Eu tenho que ter um olhar mais atento. — Ela se inclinou para puxar-se mais
perto da tenda e espiar pelas frestas.
— Você não pode ver assim. Aqui, deixe-me ajudá-la. — Descendo, ele girou-a
em seus braços. Imediatamente, ela se endureceu. — Você não gosta de ser levantada?
— Quando você me pegou foram as únicas vezes que isso aconteceu desde que
eu tenho crescido. Eu não gosto de ser um fardo.
— Silêncio. Você nunca poderia ser um fardo. — Ele levantou-a com facilidade
para que ela pudesse ver o portão e conferir a macia, criatura vacilante branca que
estava tentando ficar de pé. Os joelhos do pequeno camelo estavam quase batendo
juntos. Jasmine aninhou seu bebê, tentando levá-la a virar e amamentar, mas o
pequeno camelo parecia mais interessado em Cassie do que uma boa refeição.
— Bem, o que você diz?
Cassie estava em transe. Ela se esqueceu que estava sendo segurada, sobre
incomodar alguém. Tudo o que podia ver eram os pequenos cascos, a boca escondida e
orelhas moverem. Com prazer repentino, ela juntou as mãos.
— Oh, Bowie, ela é incrível!
— Estou feliz que você está gostando dela. — Segurar Cassie em seus braços
estava afetando mais do que ele imaginava que iria. Tudo sobre Cassie o fascinava.
— Sheba. Eu gosto de Sheba para um nome. Como isso soa para você?
— Perfeito, Cassie. — O rosto dela brilhava de alegria, ela se aproximou quando
Jasmine aproximou-se verificando os visitantes. Bowie aliviou um pouco para apoiar
seu corpo enquanto ela se estendia para acariciar o camelo mamãe. — Cuidado. — Ele
não achava que Jasmine iria morder, mas ela era uma nova mãe. Como Cassie se
moveu em seus braços, ele não podia deixar de ser consciente do corpo dela esfregando
contra o seu. Sua mão estava enrolada em seu pescoço e o peito dela descansava perto
de sua bochecha. Tudo o que ele teria de fazer para acariciar seus seios seria virar a
cabeça. Sem perceber, Bowie gemeu, imaginando chupar o mamilo até que ela quebrou
em seus braços.
— Eu sou muito pesada? — Ela perguntou com alarme. — Ponha-me para
baixo!
— Não.
Cassie não entendia, então ela voltou a olhar para Sheba.
— Eu amo bebês animais.
— Eu também. Uma vez eu criei seis gatinhos abandonados com uma
mamadeira. Eu tive que levá-los por toda parte em uma caixa no meu caminhão para
que não perdessem uma refeição.
— O que aconteceu com eles? — Ela perguntou, curiosa.
— Todos eles cresceram como enormes gatos domésticos, bons ouvintes.
Incapaz de se conter, ela jogou os braços ao redor dele, enterrando o rosto em
seu pescoço.
— Você é um homem doce! Eu não posso acreditar que você gosta de gatos e
tem um bebê com o nome em sua homenagem. — A ideia dele se preocupar com
gatinhos aqueceu seu coração. — Se você quiser, eu vou fazer para a esposa de Jacob
uma vela comemorativa se você me der a sua data de nascimento, peso e comprimento.
— Eu gostaria disso, obrigado. Jessie realmente amaria.
Cassie percebeu onde os braços dela estavam e ela cuidadosamente se soltou.
— Você pode me colocar no chão agora.
— Tudo bem. — Abaixando Cassie para sua cadeira, ele relutantemente a
deixou ir. Sentimentos desconhecidos clamavam em seu cérebro. Ele sentiu como se
tivesse sido derrotado com um saco de quarenta e cinco quilos de alimentação do
cavalo. O que ele estava sentindo era real? Ele esteve envolvido com a sua quota de
mulheres, mas nenhum tinha rolado-o assim como esta pequena delicada feminilidade.
Se ele se achava forte o suficiente sobre toda a situação, Bowie poderia fazer um caso
por se envolver com Cassie não ser a melhor ideia. Mas, para a vida dele, nenhuma
razão vinha à mente no momento. Ele fez uma pausa, quando ela pegou o corrimão
com a mão, querendo dar uma última olhada.
— Obrigada, Bowie. Eu vou fazer a vela para que você possa mostrar o meu
apreço. Eu nunca vou esquecer esta noite, — ela sussurrou.
— Eu também, — ele murmurou, querendo dizer cada palavra. Como a noite
tinha mudado de um gesto de amizade para que ele nunca quisesse terminar era um
mistério.
— Boa noite, Sheba, — Cassie chamou o pequeno camelo quando Bowie virou-a
para fora do celeiro. Vendo quão emocionada que ela tinha ficado em seu ato
impulsivo, ele decidiu fazer mais coisas para ela. Qualquer coisa para fazê-la sorrir.
Afinal, para que servem os amigos?
E não importa o que acontecesse entre eles, ele estava determinado a ser seu
amigo.
Capítulo Quatro
Na saída para o seu caminhão, eles se depararam com vários outros membros
do zoológico, um pastor alemão, um gato de chita e um beagle.
— Pare, Bowie! — Cassie riu quando ela se inclinou para acariciar os animais
afetuosos.
— Ei, vocês sabem melhor do que se aventurar até aqui, — ele mexia com bom
humor quando ele pegou o gato para que ela pudesse alcançá-lo mais fácil. — Temos
grandes caminhões que entram e saem e não queremos nenhum acidente.
O beagle sentou-se sobre as patas traseiras e colocou as patas nos joelhos dela.
— Para baixo, garoto. — Ele estava com medo que o cão fosse machucá-la.
Assistindo Cassie com os animais deixou seu coração contente.
— Ele está bem. — Ela segurou a parte de trás da cabeça do cão. — Quais são os
seus nomes?
— A chita é Jamison, o Beagle é Scrap Iron e o pastor alemão é Rebel.
— Muito imaginativo. — Ela o cumprimentou e deu a cada animal mais um
tapinha de saudação.
— Você quer entrar ou quer que eu te leve para casa? — Bowie levantou-se e
olhou para a mulher deliciosa que estava rapidamente se tornando importante para
ele.
— Casa, — ela disse a palavra humildemente. É claro que ela queria ir. Mas ela
tinha que se lembrar que esta coisa de amizade não iria funcionar. Bowie só era muito -
tudo. Já Cassie podia sentir um desejo, um anseio, uma necessidade de estar com ele,
tocá-lo, fazer um lugar para ele em sua vida. E mesmo que sua oferta de amizade fosse
genuína e generosa, Cassie sabia que não podia deixá-lo ir mais longe. Seu coração já
estava se envolvendo, não havia nenhuma maneira que ela não iria se apaixonar por
ele e já que não havia futuro para eles, não havia nenhuma necessidade de torturar a si
mesma.
Não demorou muito para que Bowie a tivesse de volta no seu caminhão. Ele
podia dizer pela sua expressão que ela não gostava quando tinha que levanta-la, e ele
não achava que era porque ela não gostava de seu toque.
— Pare de se preocupar, Cassie. Esta é a minha parte favorita.
Ela fez um pouco de barulho sexy bufando.
— Sim, certo.
Ele começou a conserta-la, mas Bowie não sabia no momento exatamente o que
ele ia dizer. Tudo o que sabia era que ele precisava vê-la novamente. Depois de se
certificar que ela estava afivelada, ele empurrou o cabelo dela por cima do ombro para
que ele pudesse apertar o cinto de segurança.
— Você sabe que tem o cabelo mais sexy do mundo todo, não é?
— Dificilmente. — Ela bufou. Seus elogios estavam começando a doer um
pouco. Após o beijo confuso, ela estava começando a pensar que ela poderia,
eventualmente, ser um Projeto de algum tipo. Afinal, Bowie tinha um coração terno e
apareceu para tirar os extraviados. Sim, isto era como ele provavelmente a via.
Bowie não discutiu, ele deu a volta para o seu lado do caminhão e entrou. Eles
fizeram a viagem em quase silêncio. Ele não parava de dar olhadas para ela, mas ela
estava olhando para fora da janela. Seu perfil era tão delicado. Parecia que uma boa
rajada de vento poderia levá-la para baixo como o de um cardo.
— Um centavo por seus pensamentos, preciosa.
— Eles não valem um centavo, Bowie. — Ela parou de falar até que ele tinha
estacionado em sua garagem.
— Fale, eu não acredito nisso. — Ele abriu a porta. — Apenas mantenha esse
pensamento até eu leva-la pra casa.
Ele veio e Cassie prendeu a respiração enquanto mais uma vez ele tomou-a nos
braços e gentilmente a colocou na cadeira de rodas, mesmo ajudando-a a colocar os pés
nos apoios de pés. Cassie sentiu seu corpo inteiro ficar em um nó. Ela não podia nem
imaginar o que ele devia estar pensando.
— Bowie, eu não acho que devemos nos ver uma outra vez.
Sua declaração inesperada bateu-lhe no estômago como um soco.
— O quê? — Ele parou e deu a volta na frente dela. Eles estavam exatamente na
varanda da frente dela. — Por quê? — Ele passou a mão pelo cabelo. — Eu pensei que
íamos ser amigos.
Cassie abaixou a cabeça.
— Eu sempre serei sua amiga. Não é disso que se trata.
Bowie colocou as mãos nos quadris.
— Bem, explique-me então, o que exatamente é isso? Eu poderia dizer que algo
mudou quando eu te beijei. Eu te assustei? — Ele andou para trás e na frente dela,
claramente agitado. — Você tem que saber que eu não iria machucá-la, eu nunca te
machucaria.
— Não, — ela sussurrou, balançando a cabeça. — Eu não tenho medo de você.
Estou com medo de mim. — Sua voz ficou mais alta. — Estou com medo do que você
me faz sentir.
— Cassie. — Ele caiu de joelhos a seus pés. — Fale comigo. Não me afaste.
— Não me faça dizer isso, — ela quase implorou.
— Você vai ter que falar, Cassie. — Bowie pegou a mão dela. Até que ela lhe
dissesse adeus, ele ainda não tinha imaginado o quanto isso machucaria. — Porque eu
não tenho ideia do que você está pensando.
— Você não sabe o quão fácil seria para mim me apaixonar por você?
— Cassie…
Ela não permitiu que ele falasse.
— E mesmo se, por algum milagre, você retornasse os sentimentos, não faria
nenhum bem. Nós não poderíamos…
Bowie percebeu que ela estava prestes a dizer algo enorme.
— O quê? O que você quer dizer?
— Nós não poderíamos… — Ela enxugou os olhos com as duas mãos. — Eu
não posso…
Que diabos?
— Cassie?
Ela abaixou a cabeça. Deus, ele nunca teve a intenção de fazê-la chorar. Ele
cobriu a boca, coçando a barba no queixo que ele nunca conseguia manter aparada.
— Você não pode o quê?
— Bowie, eu estou quebrada. Você não consegue ver?
Enquanto ele observava, ela abriu as mãos pequenas, mostrando-se a ele como
se ele tivesse perdido o fato de que ela estava naquela maldita cadeira. Em sua mente,
ela era menor.
— Você não está quebrada, você é malditamente quase perfeita pelo que eu
posso ver. — Atordoado, ele caiu de joelhos a seus pés, fazendo o seu caso. — Eu não
acredito nisso por um minuto. Por favor, deixe-me mostrar-lhe.
Deus, seu coração doeu quando viu florescer o medo em seus olhos. Não medo
dele, mas o medo do desconhecido.
— Eu não posso. Eu tentei.
O que ela quer dizer? Eles olharam fundo nos olhos um do outro, ambos
querendo dizer algo, mas não querendo dizer a coisa errada.
E então bateu nele. Ela quis dizer sexo. Cassie tinha medo que ela não poderia
ser o que ele precisava de uma mulher.
Bem, para o inferno com isso.
— Olha, vamos falar sobre isso.
— Eu não posso, não agora, eu sinto muito. — Ela começou a rolar para a porta.
— Isso ainda não acabou, Cassie. — Bowie foi inflexível. — Eu ligo para você.
Tudo o que ela disse foi um triste.
— Adeus, Bowie. E obrigado por me dar algo para sonhar. — Com essas
palavras finais, ela entrou em sua casa e fechou a porta.
Ele ficou ali, observando até que ela estava a salvo em casa. Não sabendo mais o
que fazer, ele foi embora, mas com uma nova missão na vida - provar a Cassie que ela
estava errada.
***
As semanas seguintes foram um borrão para Bowie. O filho de Jacob teve que
fazer uma cirurgia e, é claro, ele foi estar com eles. Após a sua chegada, ele descobriu
que Aron tinha sido localizado e os esforços começaram para resgatá-lo. Para surpresa
de todos Noah tinha descobrido seu paradeiro por seu primo Jaxson que tinha visto
Aron em um rancho no México, quando o primo McCoy tinha ido lá para verificar a
compra de gado. Noah e sua noiva, Skye, tinham voado com Micah Wolfe para
confirmar que era realmente Aron. O que eles haviam encontrado os tinha
surpreendido. Aron estava sendo mantido contra a sua vontade por uma traficante de
drogas do sexo feminino e que tinha perdido toda a memória de quem ele era e de
onde viera.
Jacob tinha puxado ele e vários outros de lado e disse-lhes que uma missão de
resgate estava sendo planejada. Bowie informou a seu amigo que ele faria o que fosse
preciso para ver Aron de em casa com sua família em segurança. Assim, ao longo das
próximas semanas, eles treinaram, ensaiaram e prepararam para lançar um ataque
contra um composto armado que qualquer militar iria classificar como um forte. Os
Texanos e seus amigos estavam prestes a iniciar uma guerra, uma que pretendiam
ganhar.
E ganhar o fizeram. Cerca de dois meses após o momento em que Aron McCoy
tinha desaparecido de sua lua de mel, ele estava em casa. Bowie estava mais aliviado
do que qualquer um saberia. Ele consolidou seu relacionamento com a família McCoy
e tornou-se próximo de outros amigos deles - ou seja, Beau e Harley LeBlanc, que eram
donos de uma empresa de fabricação de armas de fogo, Patrick O'Rourke e Revel Lee
Jones, que eram ex-fuzileiros navais, e no resto do equalizadores - Kyle Chancellor,
Saxon Abbott, Jet Foster e Destry Cartwright. Ele já conhecia Tyson Pate e Micah
Wolfe. Ele tinha ouvido falar de Harley Montoya LeBlanc, uma especialista em IED
bem conhecida, mas ficou surpreso ao descobrir que ela não era maior do que Cassie.
O principal problema era, Bowie pensava nela quase constantemente. Lembrou-
se do jeito que ela cheirava, a forma como ela se sentia em seus braços. Ele poderia
fechar os olhos e ver seu sorriso e ouvir aqueles pequenos suspiros ofegantes que ela
deu quando ele estava beijando os lábios dela.
A noite que ele a deixou, ele tinha a intenção de vê-la novamente em breve,
mas, em seguida, todo o inferno se soltou com Aron. Algo tinha acontecido naquela
noite. A partir do momento que ele a beijou, as coisas tinham mudado. Então, quando
ela lhe disse que estava quebrada, ele sentiu como se estivesse perdendo o controle de
algo que ele precisava trancar e guardar. Então, quando ele poderia ele começou a
enviar e-mail para o endereço no site. Se o telefonema fosse direto para ela, Bowie
assumiu que o e-mail ia também. No primeiro, ele começou a compartilhar pequenas
coisas sobre o seu dia…
Cassie, eu espero que este e-mail encontre você também. Inferno, eu espero que este e-mail
encontre você - ponto. Estou hospedado no Tebow Ranch, estamos nos preparando para resgatar
Aron. Ele foi encontrado. Eu não posso dizer-lhe todos os detalhes, principalmente porque nós não
sabemos o que vamos encontrar até chegarmos lá. Um ponto brilhante, eu fui capaz de visitar o bebê
de Jacob e Jessie. Eu sei que não é possível, mas eu acho que ele se parece comigo. Pequeno garoto
bonito.
Cassie, se não é demais, você poderia me dizer como você está? Eu me preocupo. Eu
conheci alguém com o seu sobrenome. Qualquer relação com você? Primo, irmão, marido? Ha! Eu
sei melhor do que a última, mas o pensamento me deixou com muitos ciúmes. Estamos nos
preparando para ir para o México em breve. Vou falar com você o mais breve possível.
Cassie, eu estive pensando. Eu sei que te machuquei, mas não sei exatamente o que eu fiz. O
que eu sei é que quero lhe recompensar. Por favor. E ore por mim, se quiser, a maneira como as
coisas estão se moldando, isto vai ser intenso. Eu não vou ser capaz de entrar em contato com você
por alguns dias, estamos indo hoje à noite.
E naquele dia, para seu alívio e surpresa, ele tinha obtido uma resposta.
Bowie, por favor, tenha cuidado! Eu não entendo exatamente o que está acontecendo, mas eu
rezo por sua segurança. E eu lhe devo um pedido de desculpas. Eu quero ser sua amiga. Que loucura
é para alguém dispensar uma amizade? Deixei minhas próprias fraquezas ficarem no caminho. Mas
quando eu pensei em você ser ferido, percebi que eu só queria que você estivesse bem. E que eu
queria vê-lo novamente, com qualquer capacidade que eu podia. Se você receber uma chance, e
quiser, me ligue no mesmo número que você usou antes. Estou preocupada.
***
Cassie se sentou e ficou olhando para a televisão. Havia barulho na sala, o riso
enlatado de um sitcom, o ronronar de um gato. Mas para ela o silêncio era
ensurdecedor. Ela tinha cometido um erro empurrando Bowie para longe. Ele foi
sincero. Ele era um cara legal e ela agiu ingrata e infantil, quando tudo o que ele tinha
sido era bom para ela. Se ele era culpado de algo era de ser muito bom, talvez lhe
dando falsas esperanças quando ele não estava realmente tentando fazê-lo.
Ring! Ring!
Poderia ser ele? Três dias se passaram desde que ela tinha ouvido falar dele.
Ou, eventualmente, outra queixa? Ela ia deixá-lo queixar-se, contanto que ela soubesse
que ele estava a salvo. Tão rápido quanto ela poderia fazer as rodas irem, ela correu
pela sala. O telefone estava em cima da mesa. Empurrando-o, ela exclamou.
— Olá?
— Cassie?
Ela soltou um longo suspiro, ela não tinha percebido que ela estava segurando.
— Bowie? Você está bem?
— Cassie, doce Cassie, — ele sussurrou. — Você estava preocupada comigo?
— Sim, — ela disse, enfaticamente, nem mesmo tentando negar. — Quando
você vai voltar para casa?
Bowie riu.
— Agora, isso é mais parecido. Eu estou bem. Aron está em casa. Ainda vai ser
uma semana, eu tenho que verificar George em Eagle Pass, mas primeiro eu tenho que
ir com Tanner para tentar encontrar um andarilho perto de Castle Mountain em
Alberta, Canadá.
— Você está bem?
A preocupação em sua pequena voz rouca o fez sentir dores.
— Sim, só que eu quero te abraçar. — Ele tinha tido um monte de pensamento,
ele ainda tinha mais a fazer. Mas pelo menos ele sabia o que queria.
— Não diga isso, — Cassie sussurrou. — Por favor. — Ele estava prestes a
protestar quando ela acrescentou. — A não ser que você queira dizer isso.
Um nó veio na garganta de Bowie.
— Quero dizer. Você está bem? Sem mais queimaduras, nenhuma queda.
— Não, eu estou bem. — Um monte de dor, mas ele não precisava saber disso.
— Obrigado por me deixar ligar para você. — Ele baixou a voz, parecia mais
íntimo de alguma forma.
— O prazer é meu. — Ela sorriu, mesmo que ele não pudesse ver.
Sim, tenho a intenção de lhe dar prazer. O pensamento correu espontaneamente
através de sua mente. Ou ele orou que pudesse, que era uma das coisas que ele tinha
de descobrir. E assim que ele chegasse em casa, ele iria fazer uma pesquisa, até que ele
tivesse a resposta. — Diga-me uma coisa que você tem feito. Eu sinto sua falta.
Deus, ele poderia ser mais perfeito?
— Eu saí para comer com Felicity, ela é minha amiga que ajuda com Circle C. —
Com a menção de suas velas, Cassie pensou em algo. — Você nunca me deu as
informações sobre o bebê para que eu pudesse fazer a vela.
— Espere, eu vou buscá-las agora. — Ele estava fora do telefone por alguns
segundos, depois voltou, lendo para ela. — Como é doce de você. Eu vou pagar por
isso.
— Não, não vai. Estou fazendo isso mais para você do que para ela.
Bowie riu, tocou.
— Então, onde é que vocês meninas foram comer? — Ele não gostava de pensar
nela saindo e onde qualquer cara poderia dar em cima dela. Cassie era tão bonita como
um anjo, e vulnerável. Ela merecia ser protegida.
— Nós dirigimos em Austin e fomos para o Salt Lick. Eles servem…
— O melhor churrasco no Texas, eu conheço o lugar. — Ele interrompeu. —
Quando eu voltar, vamos sair. Você esteja pensando para onde você gostaria de ir. Ok?
Ela não podia evitar, a frase saiu antes que ela pudesse chamá-la de volta.
— Amigos?
— É isso que você quer?
Bowie não estava sendo justo. Ele não deveria responder a uma pergunta com
uma pergunta. Bem, dois podem jogar este jogo.
— É o que você quer?
Bowie riu alto.
— Por que não ficamos juntos quando eu chegar em casa e… negociar os termos
de nosso relacionamento.
Oh, eles tinham um relacionamento! Cassie não podia deixar de sorrir.
— De acordo.
— Eu tenho que ir, anjo. Eu tenho que pegar um avião. Olhe por mim nas
notícias. Eu vou ser o bonitão.
Com isso, ele se foi.
Cassie segurou o telefone depois que ele desligou. Sensações duplas de alegria e
medo enrolaram ao redor de seu coração como uma trepadeira madressilva tecendo o
seu caminho em torno do tronco de uma árvore.
— Cassie, você está louca, — ela repreendeu a si mesma.
Ela podia ser ingênua, ela pode ser delirante - ela e Bowie nunca poderiam ter
mais do que uma associação confortável, onde eles se encontrariam para jantar uma
vez por mês e se atualizariam. Ou talvez eles pudessem ter mais. Cassie sabia que ela
poderia estar construindo castelos no ar, mas ela nunca se perdoaria se ela se afastasse
dessa chance - essa oportunidade incrível de conhecer um cara como Bowie.
Enquanto ela se preparava para dormir, ela estava determinada que esta noite
ela faria um teste, ela iria descobrir se havia alguma chance - alguma chance de que ela
poderia ser uma mulher real.
***
— Devagar, Malone. Você tem alguns minutos para beber uma xícara de café.
Você está indo tão rápido, você está fazendo minha cabeça girar. — Jacob entregou a
Bowie um copo de plástico cheio de Community Dark Roast, café forte o suficiente
para comer a ferrugem de uma barcaça.
— Tudo bem, o meu voo para o Canadá não sai por algumas horas. E eu não
tenho tempo para ir para casa.
Jacob se inclinou para trás em sua cadeira.
— Nós puxamos uma boa, não é?
— Claro que sim, nós fizemos. — Bowie tomou um gole e concordou. — Eu
mantenho a expectativa de receber um telefonema do Departamento de Estado. Nós,
em essência, invadimos um país estrangeiro. Declarando uma porra de guerra.
— Bem, ele está em casa agora, isso é tudo que importa. — Passos de sondagem
no chão de azulejos alertou que eles não estavam sozinhos. — Noah, venha se juntar a
nós.
Bowie olhou para cima para ver próximo o caçula McCoy se movendo na
direção deles.
— Como você se afastou de Skye?
— Eu não me afastei, — Noah admitiu. — Ela está no quarto com Jessie. — Ele
bateu nas costas de seu irmão. — Jessie me disse que vai levar o menino para casa
amanhã.
Jacob acenou com a cabeça.
— Sim, graças a Deus, a cirurgia foi um sucesso e nós vamos ser capazes de
comemorar o retorno de Aron da maneira certa.
— E o casamento de Joseph, e de Cady. — Acrescentou Noah. — Você vem, não
é? — Ele perguntou a Bowie.
— Eu gostaria de poder, mas estou saindo hoje à noite para o Canadá para
participar de uma busca e salvamento. Quando eu voltar para os EUA, eu tenho que ir
para a fronteira para ajudar George. Eu sou o único que queria apresentar a
candidatura, é o nosso maior trabalho até agora, e ele precisa de mim.
Noah cruzou os braços e se inclinou sobre a mesa.
— Eu vou estar fazendo algumas pesquisas da minha própria assim que as
festas acabarem.
Jacob se mexeu na cadeira, parecendo um pouco desconfortável.
— Noah, você vai ter o apoio de toda a família, a mil por cento, mas eu não
quero que você tenha muitas esperanças.
Bowie olhou de um deles para o outro.
— O que está acontecendo?
Noah sorriu tristemente.
— Eu não disse a você, eu descobri que Sue McCoy não era minha mãe.
— O quê? — Bowie estava atordoado. Ele conhecia a Sra. McCoy também. Ela
tinha sido uma mãe maravilhosa, mesmo trazendo Bowie para o rebanho quando ele
estava por perto durante a sua adolescência.
Jacob tirou o chapéu e bateu-o na cadeira.
— Mamãe nunca fez nem um pouco de diferença entre qualquer um de nós e
você sabe disso.
— Não, ela não o fez e eu sempre vou amar e estimar a memória dela. — Noah
encontrou o olhar de frente de seu irmão. Bowie percebeu que ele estava
testemunhando um problema de família acontecendo na frente dele. — Mas isso não
me impede de querer conhecer a mulher que deu à luz a mim e o que aconteceu entre
ela e meu pai.
— Papai cometeu um erro. — Jacob cerrou as palavras entre os dentes. — Um
erro que eu prefiro não me debruçar.
— Encontrar a minha mãe não está habilitado no erro. — Noah balançou a
cabeça, olhando para o corredor. Seus olhos caíram sobre Skye vindo em sua direção.
Quando ela percebeu que tinha a sua atenção, ela fez sinal para ele se juntar a ela.
Noah pareceu aliviado. — Eu vou conversar com vocês mais tarde. — Ele deu a seu
irmão um breve aceno. Então, ele estendeu a mão para Bowie. — Esteja seguro e
quando você voltar para cidade, ligue para nós.
— Eu vou fazer isso. Tome cuidado. — Ele apertou a mão de Noah e o assistiu
ir embora.
Jacob esperou até que Noah estivesse fora de vista antes que ele se virou para
Bowie.
— Eu não quero que ele se machuque. Você conhece Noah, ele sempre foi…
diferente. — Jacob inclinou a cabeça. — Não diferente de uma forma ruim, e não
porque ele tinha uma mãe diferente, — um baixo palavrão escapou dos lábios do
grande McCoy. — Noah apenas processa coisas diferentes do que nós. Tudo tem que
somar, ele não dá subsídios para as coisas da forma como algumas pessoas fazem. Eu
só estou com medo do que ele encontre vai machucá-lo mais do que irá ajudá-lo.
Bowie nunca duvidou de que Jacob amava seu irmão. Ele amava toda a sua
família, ele provou isso uma e outra vez, o resgate de Aron em grande escala foi a
prova de seu compromisso.
— Noah vai passar por isso. Ele é forte, você e Aron têm visto a isso. — Quando
os irmãos McCoy tinham perdido a mãe e o pai, Aron e Jacob haviam se adiantado e
preencheram os seus sapatos da melhor forma possível.
Jacob se inclinou para trás e cruzou um tornozelo com bota em cima do outro.
— Sim, eu sei disso. — Ele tomou um gole de café. — Chega de drama McCoy,
o que está acontecendo com você? — Ele observou o rosto de Bowie. — Como vão as
coisas com Cassie?
À menção de seu nome, todo o corpo de Bowie reagiu. Ele ficou tenso, sentou-
se reto, cerrou os punhos e suspirou.
— É uma longa história.
— Ei, amigo. — Jacob se inclinou para frente. — Eu sou o seuq melhor amigo,
derrame.
— Cassie não é como qualquer uma que eu já conheci antes. — Ele não tinha
dito Jacob toda à história, só que ele tinha conhecido alguém especial. Talvez fosse a
hora.
— Parece familiar, o caminho certo é sempre diferente. — O tom de Jacob foi
leve e divertido, mas ele podia ler Bowie como um livro. — O que está errado?
Bowie esfregou o polegar para cima e para baixo na xícara de café.
— Quando eu vi Cassie do outro lado bar, a atração instantaneamente me
atingiu como uma marreta. Depois de vê-la, não havia mais ninguém na sala inferno,
eu não conseguia nem lembrar do rosto de outra mulher.
Jacob riu.
— Parece comigo depois que eu vi a minha Jessie pela primeira vez.
Bowie olhou para a parede, como se estivesse vendo algo que Jacob não podia
ver.
— Eu perguntei por que ela estava sozinha, por que ela não estava dançando.
Eu fiquei para trás, tive certeza que ela não estava à espera de alguém antes de eu fazer
a minha jogada. — Jacob só ouvia. — Quando eu finalmente fui até ela, ela era mais do
que eu esperava. Seu sorriso, seu senso de humor - inferno, ela era mais bonita de perto
do que eu jamais sonhei que uma mulher podia ser. — Bowie sorriu, olhando para
Jacob. — Ela tem todo esse cabelo amarelo, eu quero dizer para baixo a sua bunda.
Parece algo saído de um conto de fadas.
— Deus, você está mal. — Jacob fez uma careta bem-humorada.
— Sim, eu estou. — O rosto de Bowie caiu. — Nós conversamos, conversamos e
eu pedi a ela para dançar. Tudo mudou.
— Eu sempre disse que você precisava de lições escolares de charme.
Bowie ignorou as provocações de Jacob.
— Ela me dispensou e, em seguida, ela me disse o por quê. — Ele encontrou os
olhos do amigo. — Ela está em uma cadeira de rodas.
— Sinto muito, cara. — Ele não sabia mais o que dizer.
— Sim, eu também. — Bowie abaixou a cabeça por um momento, depois a
levantou. — Mas você sabe o que é ruim? — Jacob balançou a cabeça. — Meu primeiro
impulso foi ir embora. E não era porque ela não fosse bonita ou perfeita… Eu estava
com medo. Honestamente, eu olhei para ela e aquela cadeira e eu não sabia se era
homem o suficiente para lidar com isso.
Jacob soltou um longo suspiro.
— Eu acho que o que você sentiu é normal. Pessoas que sofrem com uma lesão
ou uma deficiência requerem uma atenção especial, elas são mais vulneráveis e,
naturalmente, nós queremos saber se podemos ser o que a pessoa precisa.
— Exatamente. — Ele cruzou os braços sobre a mesa e deitou a cabeça sobre
eles por um momento, em seguida, olhou para o amigo. — Eu não posso te dizer como
ela é linda, Jacob. E os homens têm se afastado dela antes, eu sei disso. Eles dão uma
olhada nessa cadeira e eles fogem. — Bowie baixou a voz. — Eu quase fiz isso, Jacob. E
quando eu vi o rosto dela, eu sabia que ela estava esperando que eu fizesse a mesma
coisa. Porque caras estavam fazendo isso com ela uma e outra vez. Na verdade, eu
tinha concordado em encontrar Tanner no bar para que ele pudesse me apresentar a
Micah Wolfe e Tyson Pate. Depois que eu coloquei meu pé na minha boca sobre a
dança, Tanner veio me pegar. — Bowie parou e tomou seu café. Jacob apenas esperou.
— Eu disse a Cassie que estaria de volta, que esperasse por mim. Mas ela não o fez.
Quando terminei a reunião, Cassie tinha ido embora. Ela não esperou para levar o
cano.
— O que aconteceu?
Bowie sabia que Jacob se importava, então ele abriu.
— Eu estava saindo para o caminhão e encontrei uma pulseira que ela
derrubou, eu reconheci-a de antes. — Ele soltou uma risada irônica. — Eu meio que
tomei isso como um sinal. Mas quando cheguei no caminhão, você ligou. Aron tinha
acabado de ser dado como desaparecido. — Os dois ficaram em silêncio por um
segundo, refletindo sobre os acontecimentos do último par de meses. — De qualquer
forma. — Bowie continuou. — Eu totalmente pretendia vê-la novamente. Na época, eu
realmente não sabia o que eu queria, se eu estava interessado em prosseguir uma
relação ou eu só queria ser gentil com ela, para que ela percebesse que nem todos os
homens do mundo são um idiota colossal.
Jacob não podia deixar de sorrir. Seu amigo estava claramente mal.
— Então, o que você decidiu, ou eu tenho que perguntar?
Bowie pigarreou.
— Provavelmente não. — Ele deu uma risada irônica. — Eu a vi duas vezes
desde então, e dividimos o beijo mais quente que eu já experimentei. — Levantando
sua xícara de café, ele drenou as últimas gotas. — Então, a última vez que a vi… ela
disse que queria ser apenas amigos.
— Ai, — Jacob disse secamente.
Bowie lançou-lhe um olhar de soslaio.
— No início, eu pretendia mostrar a ela um bom tempo e ser um bom vizinho.
Mas quanto mais tempo eu passava com ela, mais eu percebi que eu queria mais.
Afastar-me dela não ia ser tão fácil como eu pensava.
— Então, o que você vai fazer? Tentar mudar a mente dela?
— Eu falei com ela há um tempo atrás, ela estava esperando em alfinetes e
agulhas para ouvir de mim. Ela estava preocupada com o que estamos fazendo.
— Awww, ela gosta de você.
Bowie fez uma careta.
— Pare com isso, isso é sério.
Jacob ficou sério.
— Eu sei. O amor em geral é.
— Eu não disse nada sobre amor. — Bowie começou. — Eu… eu ainda tenho
alguns problemas para resolver.
— Como o que?
— Sexo.
Lá, ele tinha dito.
— O que sobre sexo? — Jacob questionou, em seguida, uma realização floresceu
em seu rosto. — Você não sabe se ela pode ter sexo ou não. É isso?
Bowie sustentou o olhar de Jacob.
— Ela me disse que estava quebrada. Eu não sei o que isso significa… — Bowie
levantou-se e caminhou até a cafeteira e serviu outro copo, comprando-se algum
tempo. Finalmente, ele voltou. — Maldição, Jacob, ela é tão bela para caralho - tão
perfeita. Se eu não for capaz de dar-lhe prazer, eu acho que vou morrer.
— Bowie, só porque ela está em uma cadeira de rodas não significa que ela não
pode ter relações sexuais, — Jacob sussurrou.
— Joseph… — Bowie começou, pensando nos dias em que Joseph McCoy
esteve paralisado e em uma cadeira de rodas.
— Primeiro, Joseph era um homem - um jogo totalmente diferente. — Os dois
riram. — Em segundo lugar, tudo depende de onde ela foi ferida e qual é a extensão de
seus ferimentos.
Bowie apoiou a cabeça nas mãos.
— Bem, eu não quero parecer grosseiro. — Ele levantou-se e olhou para Jacob.
— Mas o sexo é tipo importante para mim.
Jacob não riu.
— Ouvi você, cara. — Segurando a cadeira ao lado dele, Jacob se inclinou para
trás, derrubando sua cadeira sobre as pernas traseiras. — Você sabe o que tem que
fazer, não é?
— O que é isso? — Bowie estava aberto a sugestões.
— Fale - com… — Na hora de Jacob começar a aconselhar Bowie, sua cadeira
escorregou e ele quase não pegou antes do grande homem cair no chão. Ambos os
homens riram quando Bowie tentou resgatar Jacob. Finalmente, quando eles estavam
parados de novo, Jacob terminou. — Fale com ela, Bowie. Esse é o melhor conselho que
eu tenho para você.
— Você está certo. Eu vou. Entre agora e o tempo que eu vê-la de novo, eu vou
ler tudo o que puder sobre o tema e, em seguida, eu vou entender o que ela me diz e eu
posso fazer o meu caso.
— Às vezes um toque vale mais que mil palavras. — Jacob ajeitou o chapéu,
enquanto se levantava. — Ela pode não ser experiente o suficiente para saber o que
esperar, mantenha isso em mente. — Ele colocou a mão no ombro de Bowie. — E
deixe-me dar-lhe um nome. Esse cara é casado com a prima de Beau, Dandi. Ele é um
terapeuta sexual. Se alguém pode dizer-lhe o que fazer, vai ser Lucas Wagner.
Jacob escreveu um nome e número nas costas de um de seus cartões e entregou
a Bowie. — Obrigado, cara.
— Sem problemas. Eu estou indo ver o meu bebê e meu menininho. Dê-me uma
chamada assim que você estiver de volta na cidade. Estaremos indo para casa amanhã
ou no dia seguinte e vamos querer conhecer Cassie o mais rápido possível.
Bowie sorriu.
— Você sempre foi à pessoa mais otimista que eu conheço, mas desta vez eu
rezo para que você esteja certo.
Capítulo Cinco
Cassie se preparou para dormir. Ela tinha sua rotina pronta. A falta de dinheiro
significava que ela nunca tinha tido um monte de extras para ajudar com a sua
condição, mas ela tinha um banquinho em seu chuveiro e uma barra de segurar para se
firmar quando ela movia-se da cadeira para o chuveiro. O único problema era que
tinha que estar sempre preparada. Esquecer o shampoo ou uma toalha era um grande
negócio para ela, mais do que para a maioria das pessoas.
Normalmente, a água quente a fazia se sentir melhor. Sentia-se bem em sua dor
nas costas e acalmava a tensão em seus quadris e coxas. Como normalmente, ela deu-se
uma massagem. Era importante fazer o máximo que pudesse para manter os músculos
flexíveis. Hoje à noite, ela não se demorou. Ela estava prestes a realizar um grande
experimento. Com um sorriso tímido, ela enxugou-se e vestiu uma camisola.
— Eu acho que vou renunciar a calcinha, elas só ficam no caminho. — Depois
de falar em voz alta e corar, Cassie riu. Quem sabia que ela poderia embaraçar a si
mesma?
Fazendo seu caminho para a cama, Sassy e Patience arrastaram-se atrás dela.
— Vocês dois vão ter que me dar um pouco de privacidade, — ela informou.
Como se eles entenderam, ambos enrolaram em suas camas pequenas ao lado dela.
Rolando ao lado de sua cama, Cassie puxou para baixo a colcha de cor creme de cama.
Ela dormia em uma cama de casal, mesmo que ela nunca precisasse de espaço para
mais de um. Isso pode mudar? Cassie estava com medo de conjecturar, especialmente
antes de ela passar o grande teste.
Fazendo uma careta, ela vacilante se levantou. Nunca ficou mais fácil. A dor
não diminuiu. No momento em que colocava o peso para baixo em suas pernas, o
fragmento de bala cutucava o que parecia ser um bilhão de terminações nervosas com
dor em brasa arrasadora. Às vezes, Cassie iria quase apagar, mas desta vez ela mordeu
o lábio, deu o passo necessário e aliviou-se sobre a cama. Meio sem jeito, ela se ajeitou,
levantando as pernas dela, uma por uma para que ela pudesse deitar-se em linha reta.
Ela tinha alguma mobilidade nas pernas, mas desde que ela não poderia estar
colocando o peso sobre elas em qualquer medida, a maior parte do tempo elas estavam
dormentes. Quando ela se estabeleceu, ela pensou em quão desastrada e desajeitada
que ela era. Ah, sim, ir para a cama com ela seria romântico. Por um momento, ela
cobriu o rosto com as mãos, sentindo o calor florescer em suas bochechas. Oh bem, ela
tinha que tentar ou ela nunca saberia. E Cassie estava cansada de viver com
arrependimentos.
Puxando as cobertas sobre suas pernas que eram próximas a inúteis, ela
reclinou-se sobre os travesseiros. Para começar as coisas, ela subiu sua camisola de
debaixo de seus quadris e puxou-a acima dos seios. Inclinando a cabeça para cima, ela
pesquisou seu corpo nu. Hmmmm. Não havia muito a descrever. Oh, ela adivinhou
seus seios eram ok, uma taça B, no máximo. Para ajudar a ficar de bom humor, ela
segurou os montes suaves e tentou pensar em algo sexy.
Bowie.
Isso não demorou muito. Não, na verdade. Quando ela espalmou seus seios,
levantando-os e deixando que seus dedos deslizassem para baixo para seus mamilos,
ela pensou em Bowie e o beijo que ele lhe dera da última vez que o viu. Deus, o homem
pode beijar! Ele tinha sido seu primeiro, mas você não tinha que dirigir todos os carros
no lote para saber que um Bentley é o top de linha. Se fechasse os olhos, ela ainda
podia sentir a boca dele enquanto queimava a dela, do jeito que ele chupou o lábio
dela, a forma como a sua língua sentia quando ele deslizou sensualmente contra a dela.
Droga! Se uma mulher poderia vir apenas de um beijo, ela teria quebrado a barreira do
orgasmo em seus braços.
Riachos de excitação pareciam escorrer seu caminho para baixo de seu corpo.
Ela sabia que, uma vez que tivesse passado sua cintura havia lacunas e áreas onde ela
teria menos sensações do que outros. Se tinha ou não tinha sensação suficiente em sua
área feminina para desfrutar do sexo, ela realmente não sabia. Lentamente, ela deixou
as mãos deslizarem para baixo de seu corpo. Ela desejou que ela fosse voluptuosa, em
vez de leve. Uma de suas amigas lhe havia dito que ela tinha uma figura agradável,
mas Cassie percebeu que ela podia estar apenas sendo gentil.
Nossa, ela estava tensa! Isso era para ser divertido. Ao longo dos anos, Cassie
não tinha sido capaz de gerar muito interesse em sexo. Por um lado, ela realmente não
tinha considerado que o ato era uma possibilidade para ela e masturbação parecia uma
alternativa solitária. Em segundo lugar, Cassie estava com medo de tentar. Enquanto
refletia sobre isso em sua mente, ela se acalmou.
Ela estava com medo de tentar.
Pela primeira vez, ela se forçou a trabalhar com a ginástica mental para chegar à
causa raiz de sua apreensão. Não demorou muito tempo e não foi difícil de fazer.
Resumindo, se ela tocasse a si mesma e não acontecesse nada, se ela não pudesse sentir
nenhuma construção, sem emoção, sem corrida de alegria, isso significava que ela
nunca iria.
Cassie tinha apenas vinte e cinco anos de idade.
Se ela confirmasse em sua própria mente que ela nunca poderia, jamais sentir
nada sexualmente, bem, isto seria enfrentar uma verdade que seria devastadora.
Mesmo que ela tivesse se reconciliado com seu coração há muito tempo que nunca
seria amada, sempre houve essa pequena, profundamente enterrada, semente de
esperança de que ela pudesse de alguma forma, algum dia viver uma vida normal.
Para encontrar um homem que pensaria que ela era bonita e teria um corpo que iria
responder ao seu toque seria um sonho se tornando realidade.
Então, agora - com tanta coisa em jogo - ela deixou as mãos, muito lentamente,
deslizarem para baixo de seu corpo. Quando ela deixou seus seios e desceu sua caixa
torácica, ela se permitiu desfrutar do prazer de ser tocada. Mesmo que fosse a sua
própria mão, às vezes seu corpo só desejava ser tocado. Sua família nunca tinha sido
demonstrativa e depois que ela tinha sido ferida, parecia que eles estavam com medo
de tocá-la, com medo de que eles lhe causassem mais dor. Então, algo tão inócuo como
um abraço tornou-se uma mercadoria valiosa em seu mundo. Seus amigos raramente a
abraçavam, sua família tinha ido embora, de modo que a única pessoa que tocou
Cassie foi Cassie.
Até Bowie.
Bowie.
Lindo, sexy, doce…
— Bowie, — ela gemeu quando a palma da mão desceu patinando sobre seu
abdômen e caiu no ápice de suas coxas. Sua respiração engatou. Não ousando até
mesmo puxar o ar, ela reverteu sua jornada e repetiu. — Ahhh…, — ela respirava. Ela
podia sentir… em alguns lugares, alguns mais que outros. Era como se as terminações
nervosas em alguns pontos em seu corpo fossem mais sensíveis do que outras. Quase
como havia zonas quentes e zonas mortas. O próprio pensamento a fez estremecer. E
se? Diabos! Ela estava tão assustada que estava tremendo como uma folha.
Levantando-se, ela abriu as pernas mais afastadas, encolhendo-se, não porque doía,
mas porque ela estava esperando por isso doer. — Eu não vou ser capaz de fazer isso,
— ela sussurrou. — De jeito nenhum. — Por um momento ela se permitiu imaginar
que Bowie estava na cama com ela. Ele podia vê-la. Seu corpo grande e musculoso
estava reclinado ao lado dela. Eles se beijavam. Ele iria tocar seus seios. Ele iria passar a
mão por entre as pernas… e…
— Por favor, por favor, por favor, — ela implorou.
Seus dedos mergulharam sobre seu montículo e mergulhou entre as dobras
rosas úmidas.
— Oh, Deus! — Ela gemeu. Ela estava molhada. Graças a Deus, pelo menos, ela
estava um pouco molhada! Isso tinha que contar para alguma coisa, não é? Esforçando-
se para manter a imagem erótica de Bowie na cama com ela, ela teve um pensamento
perturbador. Apenas a ideia de ele ter que mover as pernas, organizar seus membros
inúteis enquanto se movia sobre ela, pronto para empala-la… — Bowie, — ela
engasgou. Ela podia sentir os dedos dela, ela podia sentir um formigamento…
arqueando as costas da cama, ela sentiu tanto um arrepio de consciência em seu sexo e
um flash de dor nas costas. — Ai!
Ring! Ring!
Um celular tocando ao lado da cama fez Cassie pular como se tivesse sido pega
em flagrante.
— O que no mundo? — Apressadamente, ela limpou os dedos úmidos em seu
lençol antes que ela pegasse o telefone. — Olá? — Seu coração estava batendo a mil por
hora.
— O que você está fazendo, anjo?
Bowie!
— Uh, uh…, — ela começou. — Eu estava… nada, — ela gaguejou.
Bowie pigarreou, então ele riu.
— Há um homem na sua cama, Cassie? — Ele sabia melhor, ou ele pensava que
ele sabia, mas Bowie não poderia evitar a cutucada de ciúme que se insinuou em sua
espinha.
— Não. — Ele a ouviu xingar com aquela pequena voz rouca.
— Então, o que você estava fazendo? — Ele não sabia por que ele estava
empurrando-a, mas por alguma razão ele sentiu que ela estava fazendo algo
importante, algo a ver com ele.
Cassie empalideceu, depois corou, então tremeu. De jeito nenhum ela admitiria
a Bowie Malone que ela estava se masturbando! De jeito nenhum!
— Eu estava sonhando… e o toque do telefone assustou-me acordando. —
Pronto! Era mentira, mas era tudo o que ele estava recebendo.
— Okayyy. — Talvez ele estivesse enganado. — Eu sinto muito por acordá-la,
mas eu só queria ouvir sua voz. — Ele não estava falando muito alto, porque ele estava
no aeroporto de Denver, prestes a pegar seu voo. — Estou esperando em um avião. —
Olhando para o relógio, percebeu que horas eram. — Me desculpe, eu não devia ter
ligado.
— Não! — Ela gritou, em seguida, percebeu que ela parecia totalmente
insensata. — Não se desculpe, eu estou feliz que você fez.
— Sério? — Ele queria que ela estivesse feliz. — Eu ouvi da Estação Ranger em
Alberta, o caminhante que estamos procurando estava fazendo rapel perto do Bass
Buttress em Castle Mountain, o que significa que eu estarei indo a cavalo.
— Cuidado! — Ela o advertiu. — Eu me preocupo com você tanto.
Ele sorriu.
— Eu gosto que você se preocupe.
— O quê?
— Droga, isso saiu errado. Eu não quero que você se preocupe, mas estou feliz
que você se importa. — Isso soou melhor.
— Eu me importo. — Ela se importava. — Você é meu amigo, — Cassie se
apressou a acrescentar, não querendo que ele achasse que ela sentiu mais do que ele
queria que ela sentisse. Bondade! Esse pensamento rosnou em sua cabeça.
— Cassie, você se lembra daquele beijo que te dei?
Como poderia esquecer?
— Sim.
— Eu vou querer mais um daqueles assim que eu chegar em casa.
Excitação brilhava no coração e mente dela - ela sentiu em todos lugares, até
mesmo nos lugares suaves que tinha tocado anteriormente.
— Quando será isso?
A voz dela soando ansiosa o fez bufar.
— Eu não posso dizer se você está ansiosa, ou se você está temendo.
Cassie respirou fundo.
— Eu não temo.
— Bom.
— Quando? — Ela sabia que estava empurrando.
— Eu estou esperando que eu possa terminar aqui em um par de dias. Então, eu
preciso colocar uns bons quatro dias de trabalho, com o meu sócio construindo
algumas estradas e locais de perfuração para uma empresa de petróleo.
— Você é muito ocupado. — A vida dele era cheia. Ela se sentia culpada por
querer passar mais tempo com ele.
— Não muito ocupado para você, — ele disse a ela. — Eu tenho que ir, eles
estão chamando meu voo. Eu te ligo quando eu voltar do Canadá.
— Obrigada por me chamar, Bowie. — As palavras correram de sua boca.
— Tchau, querida.
Com isso, ele se foi. Colocando o telefone em cima da mesa, ela deitou para trás
e soltou um pequeno grito.
— Arggggg! — Exclamou ela.
Havia uma coisa que Cassie sabia com certeza, a única coisa mais assustadora
do que ter Bowie em sua vida… era não tê-lo em sua vida.
***
Os picos irregulares dos foguetes canadenses pareciam rasgar buracos nas
nuvens baixas. Bowie puxou sua jaqueta ao redor dele quando a neve rodopiava em
turbilhões cada vez maiores com o vento.
— Você acha que nós vamos encontrá-lo? — Tanner perguntou quando ele se
mexeu na sela. O grande cavalo que ele estava andando escorregou em uma pedra e
tanto o homem e o cavalo tropeçaram drasticamente, mas o garanhão pegou o
equilíbrio. Nenhum dos dois disse nada. Esta era uma ocorrência normal quando
andava-se fora da trilha em território montanhoso.
— Nós vamos ter que encontrá-lo em breve. — Bowie respondeu a pergunta
óbvia de Tanner. Se fossem encontrá-lo vivo, eles precisavam encontrá-lo em breve era
o que ambos sabiam que ele queria dizer.
Eles eram parceiros de rastreamento há três anos. Tanner havia sido contratado
com os McCoys por um tempo, até que ele conseguiu um emprego com o Rancho
Freeman como um treinador de cavalos.
— Eu não vejo nenhum abutre.
— Isso é sempre um bom sinal. Estou preocupado com a sua idade, apesar de
tudo. Acho que o Sr. Edge tem mais de sessenta anos. — Bowie olhou para seu
parceiro. — Falando de abutres, já que você trabalha em Freeman, você jamais vai para
a fazenda de corpos? — Freeman Ranch não era um rancho normal, era mais, muito
mais. Dirigido pelo Texas State University para servir como um modelo educacional
para o gerenciamento de fazenda, era usado regularmente para campanhas
educacionais e visitado por muitos estudantes anualmente. Mas isso não era tudo. Uma
das coisas estudadas no Freeman Ranch era a forma como o corpo se decompõe em
várias circunstâncias no Centro de Antropologia Forense.
Tanner não olhou diretamente para Bowie, manteve a varredura do horizonte.
Ambos sabiam que deviam procurar qualquer pequeno sinal, não apenas fumaça, mas
uma reflexão, um ponto brilhante de cor - qualquer indicação de que um ser humano
estava tentando fazer a sua localização conhecida no vasto deserto que se espalhava
diante deles.
— Sim, eu vou ali ocasionalmente, — ele respondeu secamente.
— Lugar bastante assustador? — Bowie tinha visto algumas coisas estranhas
em sua vida, mas até mesmo ele teve um tempo difícil envolvendo sua cabeça em torno
de um lugar onde os corpos humanos reais foram expostos à deterioração em
diferentes circunstâncias e perturbadoras. Ele sabia que era para um propósito, o que
patologistas forenses aprendiam lá ajudava a resolver muitos crimes e ajudou muitas
pessoas, mas sabendo que as exibições não eram manequins ou bonecos, mas pessoas
reais, que foram amadas por alguém apenas confundia sua mente.
— Não é sua corrida para vinte e seis hectares, isso é certo. — Tanner empurrou
o chapéu em cima de sua cabeça. — Você sabe que as pessoas doam seus corpos para
pesquisa médica, na maioria das vezes para o uso em uma aula de anatomia, maneira
mais fácil de entrar na faculdade de medicina, eu acho. — Ele riu. — Nós tiramos um
bom em Lomax Richards. Sabíamos que ele tinha sido puxado para fora de um celeiro
para ir lá e consertar um vazamento de água na fazenda de corpos. Então, nós
enjoamos Dr. Holmes, até que ele nos deixou criar um dublê. — Ele parou por um
segundo, enquanto um cervo de cauda branca correu pelo seu caminho. — Há um local
onde…
Bowie levantou a mão.
— Alguma coisa pode ter assustado aquele veado, vamos dar uma olhada. —
Eles viraram jusante perto de um pequeno riacho que serpenteava na base de um dos
primeiros contrafortes, Tanner assumiu a liderança.
— De qualquer forma, você sabe que eles têm todos os tipos de cenários -
corpos no porta-malas, malas, poças de água, em cima das árvores, pendurado por
laços. — Bowie queria sorrir. Tanner estava apenas curtindo tudo isso de forma
demasiada. — Há alguns pontos no chão que eles apenas colocam o cadáver para fora
no aberto. Então, montamos nossa própria cena do crime. Exceto, que Petey não estava
morto. Arrumamo-lo com uma camisa esfarrapada e manchada de terra em cima dele e
o colocamos através de uma tora.
Bowie pode ver onde isso estava indo e ele estava ouvindo, mas ele também
estava mantendo os olhos abertos na pista em frente. Algo não estava certo.
— Você está me ouvindo? — Quando Bowie sorriu e respondeu com um: —
Sim, — Tanner continuou. — Bem, Lomax é um pouco supersticioso e temia ir lá onde
todos esses corpos estavam, quero dizer que ele afirma ter visto um fantasma antes,
então nós tivemos isto bem fraudado. Até mesmo colocamos um par de câmeras de
jogo, então teríamos o momento registrado para a posteridade, ou os vídeos mais
engraçados da América, — acrescentou com uma risada. — Nós assistimos Lomax ver
o corpo de Petey e dar um pouco de arrepio. Ele preferia ter estado em qualquer lugar
do mundo, menos na fazenda de corpos trabalhando ao lado de um homem morto.
Esperamos algum tempo, dando a Lomax a chance de realmente entrar em seu
trabalho antes que demos a Petey o sinal. — Tanner riu novamente. — Bem, você pode
imaginar o que aconteceu. Petey gemeu, Lomax congelou, Petey começou a levantar-se
e Lomax decolou como um bug vermelho rompido, gritando ao topo dos…
— Espere, Tanner. Fique quieto. — Tanner tinha falado, mas Bowie tinha
parado de ouvir. Se ele não estava enganado os rastreadores estavam sendo rastreados.
Tanner fez o que lhe foi oferecido. Ele era experiente o suficiente para saber que
tudo podia acontecer no deserto. Até os cavalos pareciam pegar a preocupação de
Bowie, suas narinas dilataram. Eles podiam sentir algo que os homens não podiam.
Bowie ouviu. Tudo estava quieto, quieto demais. Era como se os pássaros
tivessem mesmo abandonado à área. Tanner virou-se lentamente para olhar Bowie e
quando o fez, seus olhos se arregalaram.
— Arma, atrás de você. Agora! — Ele gritou. Bowie não esquivou. Ele pegou o
rifle e desmontou em um rápido movimento sem costura. Mesmo antes de ver o que
ele estava mirando, ele tinha o rifle armado e pronto. Tanner estava apenas a um piscar
de olhos para trás. Para sua surpresa, três enormes lobos madeira estavam quase em
cima deles. Um pulou em Bowie, fazendo com que seu cavalo saltasse e tropeçar. O
cavalo recuperou seu equilíbrio, mas a ação tinha causado a ambos os homens que
perdessem a sua posição. Antes que ele pudesse se recuperar, Bowie se viu cara a cara
com um lobo rosnando. Ele tinha visto os lobos antes, mas nenhum que tivesse agido
assim. Seus dentes estavam à mostra, este lobo não estava brincando. Um ainda maior
estava perseguindo Tanner, aparentemente sem medo. Com um grunhido, ele saltou
quando Tanner disparou um tiro que o levou para baixo. O ruído pareceu ativar o lobo
na frente de Bowie, indo para ele, forçando Bowie a matá-lo quase à queima-roupa. O
terceiro lobo recuou e, em alguns momentos, os dois homens estavam ali - atordoados.
— O que diabos aconteceu? — Tanner ficou boquiaberto. — Os lobos não
atacam as pessoas assim, não que eu já tenha ouvido falar.
— Não normalmente, algo os incitou. — Bowie examinou os dois grandes lobos.
Ele sabia que os guardas florestais canadenses gostariam de examiná-los para verificar
se estavam raivosos, mas Bowie não achava que eles estavam. — Esses lobos estavam
com medo. Eles estavam protegendo seu território.
— Mas os biólogos dizem…
— Os biólogos não sabem tudo. — Bowie cortou. — Deixe-me dizer-lhe o que
aconteceu com meu tio Michael. — Ele substituiu o fuzil na bainha e se preparou para
voltar a montar. — Certa vez, ele foi caçar esquilos no leste do Texas. Ele estava
seguindo uma antiga estrada madeireira abandonada, em direção a um riacho onde
havia um local particularmente bom com vários carvalhos enormes em uma ribanceira.
Esquilos eram conhecidos por ninho naquelas árvores, então ele sentiu que tinha uma
boa chance de acertar vários. — Bowie se acomodou na sela enquanto Tanner ia para
seu cavalo. — Ele tinha saído antes do amanhecer, por isso era quase noite quando ele
fez o seu caminho pela trilha cheia de mato.
Tanner riu.
— Você é um contador de histórias melhor do que eu.
— É verdade. — Bowie riu, contente com a conversa. Sua frequência cardíaca
estava agora voltando ao normal. — Como eu fiz antes, meu tio sentiu algo enquanto
caminhava. Ele não parava para olhar por cima do ombro, mas ele não viu nada.
Finalmente, ele sentou-se perto do riacho na base do penhasco esperando por esquilos.
Mas a sensação de que estava sendo observado apenas não queria ir embora. Ele
continuou olhando para a esquerda, depois à direita - finalmente, olhou para cima e
quando o fez havia um enorme lobo madeira olhando para ele. Meu tio levantou-se e o
lobo pulou em cima dele.
— O que aconteceu? Será que matou seu tio?
Bowie riu.
— Não, você o viu na semana passada.
Tanner bufou.
— Eu pensei que você poderia ter um outro tio.
— Não, um é o suficiente. Ele atirou no lobo antes dele bater no chão, mas isso
só serve para mostrar que eles vão atacar.
— Eu estou convencido. — Tanner apontou para as carcaças de lobo.
Eles não tinham mais do que começado a descer a trilha novamente até que eles
ouviram. A voz humana.
E estava gritando por ajuda.
— Por aqui. Depressa. — Tanner disparou pelo caminho que tinham começado.
Eles não viajaram mais de novecentos metros antes que eles encontrassem o seu
andarilho. Sr. Edge tinha pisado em uma armadilha de urso.
— Graças a Deus, graças a Deus, — ele não parava de dizer uma e outra vez.
Tanner desceu do seu cavalo para ajudá-lo enquanto Bowie passou um rádio para um
helicóptero.
— Como ele está? — Bowie subiu depois de ter pedido ajuda.
— Sua perna está quebrada, mas suas botas o salvaram de sangrar até a morte.
— O homem estava fraco e parecia confuso.
— Ele não se colocou nessa armadilha. — Bowie supôs. — Eu vou dar uma
olhada. — Sabendo como os lobos tinham reagido, Bowie começou a procurar. Ele não
precisou ir muito longe. Como ele atravessou a margem do riacho, ele encontrou várias
armadilhas. Não mais de urso, mas ele também encontrou uma armadilha de lobo com
uma fêmea morta na mesma. Ela tentou mastigar sua perna e morreu por perda de
sangue. Passado que ele encontrou ainda outra armadilha de lobo e para baixo, no
riacho havia provas de uma armadilha de castor. Ele fez o seu caminho de volta para
Tanner. — Alguém deixou toda esta área repleta de armadilhas. Não admira que os
lobos estavam assustados e agindo como loucos.
Eles esperaram com o homem, dando-lhe água e uma barra de energia para
comer, o tempo todo olhando para fora para qualquer outro perigo. Não demorou
muito para que a ajuda chegasse, a estação de Ranger tinha estado em alerta, na
esperança de que os rastreadores o localizassem. Neste terreno, as equipes de resgate
da polícia ou normais eram inúteis. A cavalo era a única maneira de fazer uma
verdadeira busca, além do que poderia ser feito por via aérea.
Assim que o helicóptero decolou, os dois homens começaram a descer a
montanha.
— Armadilha de Urso é ilegal no Canadá, não é?
— Sim, é. — Bowie acenou com a cabeça, substituindo o chapéu depois de
limpá-lo em seus jeans.
— Eu caço, eu sempre cacei, mas eu não consigo ver um animal torturado. —
Tanner pensou enquanto cavalgavam junto.
— Eu não caço, não mais. — Bowie respondeu calmamente.
— Não mais? O que você quer dizer?
Bowie balançou a cabeça.
— Foi há muito tempo, — ele começou, então parou. — Eu atirei em uma
menina.
— Você o quê? — A voz de Tanner pareceu chocada.
Foram uns bons 60 segundo antes de Bowie responder.
— Foi um acidente.
— Bem, é claro, disso eu não tinha nenhuma dúvida.
— Um amigo e eu estávamos atirando em um alvo, nós não percebemos que
alguém estava por trás dele.
— Será que… que você a matou? — A voz de Tanner estava hesitante.
— Não. — Bowie disse quando ele deixou escapar um longo suspiro. — Pelo
menos eu não acho que ela morreu. Meus pais só se afastaram. Nós nunca
conversamos sobre isso. Nós nos mudamos. Até hoje eu não sei o nome dela, toda a
minha família age como se nunca tivesse acontecido.
— Algo como isso tem que ser difícil de superar. — Tanner aliviou seu cavalo
perto de Bowie. — Eu sinto muito que você teve que passar por isso.
Bowie acenou com a mão. — Ela foi a única que sofreu. Eu sai de leve.
— Não me parece que você saiu de leve para mim. Quantas vezes você pensa
sobre isso?
— Há dias em que eu não penso sobre isso, mas eu sonho com isso com
bastante frequência. Só espero que eles a tenham salvado.
— Por que você não pergunta a alguém? Para conferir? Não pode ser tão difícil
de descobrir algo sobre um evento que certamente teria chegado aos jornais.
— Talvez. — Bowie admitiu. — Talvez eu só não queira saber.
***
Cassie fechou a caixa de presente, a vela para o pequeno Bowie McCoy estava
pronta. Ela deu um tapinha no pequeno cartão que tinha acrescentado que descrevia o
significado de todos os extras que ela artisticamente colocou na cera. Cassie estava
orgulhosa de seu trabalho. Felizmente, seu Bowie iria gostar.
Seu Bowie.
Cassie riu e suspirou.
— Meu Bowie, yeah certo. — No entanto… ele tinha pego o hábito de entrar em
contato com ela as seis a cada noite. Os últimos três dias, apenas como um relógio, ele
ligou. Olhando para o VCR, ela viu que era quase a hora. Incapaz de fazer qualquer
outra coisa, ela virou para a mesa e pegou o telefone - esperando.
O que estava acontecendo entre eles, ela realmente não sabia explicar. Houve
momentos em que ela quase podia acreditar que ele estava flertando com ela e os
outros quando ele parecia quase fraternal. De qualquer maneira, ela estava
rapidamente se tornando viciada nele e sua atenção. Proteger-se não era mesmo um
fator mais. Bowie já tinha capturado seu coração, agora ela só esperava que ele não
fosse quebrá-lo.
Ring! Ring!
Exatamente na hora, Cassie suspirou de alegria.
— Olá?
— Ei, anjo, como você está?
— Mimada, — admitiu livremente. — Esses telefonemas diários estão se
tornando um hábito.
— Exatamente, se acostume com isso, — ele prometeu. — O que é que a minha
menina está fazendo hoje?
Derretendo. Desmaiando.
— Acabei de terminar uma vela. — Ela não disse que era para o bebê. Se Bowie
gostasse, ela planejava fazer uma especificamente para ele. — Quando a gente sair do
telefone, eu vou sair para recolher os ovos.
— Espere. Quão frio está ai? É melhor usar um casaco. Não pode esperar até eu
voltar?
A sua atenção lhe dava solavancos de arrepio.
— Eu faço isso todos os dias, Bowie. Eu estou bem.
Bowie não gostou. Podia vê-la vagando escovando na caça a ovos e recebendo
sua cadeira de rodas presa em uma raiz e ter que sentar-se no tempo congelante
durante toda a noite.
— Chame-me quando você voltar para que eu possa dormir.
Awwww, seu coração mergulhou em seu peito.
— Chamá-lo?
— Sim, assim que voltar. Vou sentar aqui até que você faça.
— O que você está fazendo? — Imaginou-o em algum bar, rodeado de
mulheres.
— Eu estou no meu caminhão. George e eu acabamos de conversar com o
administrador da obra onde estamos construindo algumas almofadas de perfuração.
Em seguida vamos pegar um pouco de comida mexicana. George está voltando para
casa amanhã. Temos um novo tambor de suavização sendo entregue na minha casa.
Ele deveria estar lá para encontra-lo e carrega-lo em um reboque para trazer de volta
para cá.
— Então, você não está vindo ainda? — O desejo em sua voz era difícil de
esconder.
— Você quer que eu volte para casa? Você está pensando sobre aquele beijo que
eu quero?
Cassie achou difícil respirar.
— Sim.
— Droga, eu só posso ter que mudar meus planos e voltar para casa amanhã.
— Isso seria bom. — Ela sabia que estava sussurrando, mas ela estava em uma
verdadeira perda de palavras. Como ela disse a ele antes, às vezes ela simplesmente
não sabia o que fazer com ele.
— Ufa! — Bowie soltou um suspiro duro. — Você é dinamite, mesmo por
telefone. Vai reunir os ovos garota e deixe-me tentar obter o controle.
— Ok.
— Chame-me de volta.
Cassie nunca havia se movido tão rápido. Ela pegou o casaco, rolou para o lado,
para a rampa e para o quintal. Ninhos de Guinés estavam do outro lado da garagem e
tinha batido um pequeno caminho difícil de uso diário. Só quando chovia que ela tinha
problemas, e ela só ficou presa uma vez. Cassie decidiu não pensar sobre isso. Sorte
que o carteiro tinha aparecido ou ela ainda estaria sentada lá. Mas hoje, não houve
problemas. Ela nem sequer parou para pensar sobre cobras frango quando ela
mergulhou as mãos nos ninhos. Ainda bem que era inverno, porque uma vez que ela
tinha puxado para fora mais do que ela esperava. O pensamento a fez estremecer.
Oito ovos. Bom. Se Bowie quisesse um pouco, talvez ela faria a ele alguns
biscoitos quando ele chegasse em casa.
Cassie corou. Parecia que cada pensamento que ela tinha apresentava Bowie, de
alguma forma, ou estilo.
Voltando, ela colocou os ovos em uma tigela na mesa e chamou de volta.
— Cassie?
— Estou de volta. Eu tenho oito ovos. Você gosta de cookies?
Bowie soltou uma risada parecendo aliviado.
— Sim, eu provavelmente adoraria tortas de lama, se você fizesse para mim.
— Bowie… o que estamos fazendo? — Ela perguntou, realmente precisando
saber.
— Estamos lançando woo. Você não sabia?
— Não, — ela não sabia. — Parece um jogo de Wii.
Bowie riu alto.
— Procure on-line, Cassie-para-resumir, tenho que ir. Vejo você amanhã.
— Tenha cuidado. — Ela advertiu antes que ele pudesse desligar.
— Sempre, você também. — Então, assim que ela colocou o telefone no gancho,
ela correu para o computador e olhou para cima lançando woo. Quando ela viu que era
um termo antigo para cortejar, Cassie pulou de alegria, tão alto quanto sua cadeira de
rodas permitiria.
***
— Eu não achava que você estava voltando para casa. — George desceu da
cabine do tambor de alisamento.
— Mudei de ideia, sai cerca das duas esta manhã, eu não conseguia dormir. —
Bowie deu de ombros.
— Tem alguma coisa a ver com aquela garota?
— Que garota? — George iria enjoa-lo se ele tinha metade das chances, Bowie
não lhe deu munição.
— Eu não sei que menina, você não me apresentou ainda. O que ela é neste
momento? Uma modelo? Eu me lembro quando você saiu com a vice-campeã do Miss
Texas. Maldição, ela era bonita.
— Cassie é especial.
— Ah, Cassie, agora, estamos chegando a algum lugar. Como ela se parece? Ela
é uma loira?
— Eu pensei que você gostasse de ruivas.
— Eu estava apenas sendo educado. A cor do seu cabelo não faz muita
diferença para mim - é isso… — Ele moveu suas mãos para o alto em um movimento
de ampulheta. — Eu quero as curvas, baby.
— Um belo tom de loiro, parece ouro fundido.
George resmungou um pouco no peito.
— Cuidado, esta é fora dos limites. — Bowie foi para o caminho de casa.
— Aonde você vai?
— Tirar um cochilo, eu estou acabado.
— São apenas sete horas da manhã.
Bowie deu-lhe a saudação do dedo médio.
— Segure as pontas, eu tenho coisas para fazer depois.
— Crianças, — George resmungou quando ele voltou a trabalhar.
Capítulo Seis
Ela podia sentir. Ela podia sentir. Ele estava tocando-a entre as pernas e ela
podia sentir!
— Não dói? — Ele tinha que ter certeza.
— Não. — Ela colocou as próprias mãos em cada lado da dele e abriu-se mais
amplo. — Não, isso é bom. — Cassie não sabia o quanto de sensação que ela deveria
ter, mas gostava do que ela estava recebendo.
— Posso deslizar os dedos por baixo do elástico? — Ele não sabia por que ele
estava tomando esses cuidados, além do que merecia cada pedacinho que conseguiu
reunir.
Cassie estava tremendo.
— Oh, sim, Bowie. — Ela se afastou para que ele pudesse ter todo o espaço de
que precisava. Esta não era apenas a sua primeira incursão no sexo - esta era uma
afirmação de sua feminilidade. Ele moveu a mão para cima e para baixo em sua
calcinha, encontrando cachos felpudos. — Eu não posso esperar para vê-la aqui. A
mesma Lua beijou loira?
Ela virou a cabeça, enterrando-o no braço.
— Vamos deixar ser uma surpresa.
O senso de humor fez cócegas. Bowie riu. Ele empurrou um pouco mais
profundo, abrindo e ao seu imenso alívio, ela estava quente e macia e cremosa.
— Você está molhada, baby, — ele sussurrou em seu ouvido. — Você estão tão
porra de molhada. — Encontrando seu pequeno clitóris, ele começou a esfregar e
esfregar, voltas e voltas, o tempo todo puxando o mamilo, querendo tanto que ela
explodisse por ele.
Cassie fez um esforço para gozar. Era tão bom. Ela estava nos braços de Bowie,
ele estava gostando dela. Diabos, ele estava duro. Podia senti-lo contra seu quadril. Ele
acariciou e amou por ela, dando-lhe mais do que ela jamais pensou que teria. Mas
talvez ela queria muito ou estava com medo de falhar, porque em breve o acúmulo
caiu de bruços e enquanto ela ainda podia sentir - graças ao Senhor - ela sabia que não
estava para vir.
— Eu sinto muito, — ela sussurrou. — Eu não posso, não agora.
Bowie tirou as mãos de suas zonas erógenas e abraçou-a.
— Está tudo bem, baby. Basta pensar o quão longe nós viemos.
— Mas e se… — ela começou. — Eu quero tanto e eu quero fazer coisas para
você. — A voz dela soou tensa.
— Shhhh. — Ele beijou o canto do olho dela. — Tem sido um longo dia
estressante. E nós temos todo o tempo do mundo.
— Mas e se eu não nunca puder? — Ela repetiu, finalmente conseguindo a frase
inteira fora.
— Você pode, e você vai, — ele garantiu. — Você tem a sensação. Apenas deixe-
me preocupar com o resto.
Só assim, a carga foi levantada. Bowie foi assumindo a responsabilidade por seu
prazer e não existiam melhores mãos para estar em que a dele.
Ele se mexeu debaixo dela, então ela perguntou.
— Você está se levantando? Você está indo embora? — Ela não estava pronta
para vê-lo ir.
— Você quer que eu vá embora?
Grande questão. Qual era a postura adequada em casos como este? Após o
desempenho menos do que estelar dela no departamento de clímax, talvez ele
precisasse de espaço.
— Eu entendo se você precisar ir, Bowie.
Ele se ajeitou debaixo dela.
— Isso não é o que eu perguntei. — Ele foi persistente. — Os animais terão que
ser cuidados amanhã de manhã, mas eu prefiro que você durma em meus braços hoje à
noite.
Ok, se você coloca dessa forma. Seu eu interior gritou e saltou.
— Fique.
— Isso é o que eu queria ouvir. — Sem esperar por quaisquer outras instruções,
Bowie a pegou e foi para seu quarto. — Nós não temos que fazer nada que você não
quer fazer, mas eu simplesmente não posso deixar você ir. Ainda não.
Cassie não queria ser deixada ir. Ele a levou para o banheiro e sentou-a no
banco da vaidade. — E agora? Eu acho que você precisa de sua cadeira.
— Não, — ela acenou com a mão. — O polo é aqui e o banheiro é minúsculo. Eu
posso fazer isso. — Cassie acenou. — Se você simplesmente sair, eu posso fazer isso, se
você não se prestar a ficar olhando. — Ela não estava pronta para ele ver a sua luta sem
jeito no banco para o chuveiro para tomar banho.
— Você vai me chamar quando você terminar? — Bowie tinha os punhos
cerrados. Ele queria ajudar.
— Sim. — Ela assentiu com a cabeça. — Se você for procurar na minha gaveta
no armário e me pegar uma camisola, isso iria ajudar. — Ele foi para encontrar uma. —
Pegue a rosa, — ela chamou em voz alta. Era a lingerie mais bonita que ela possuía. Ela
esperou até que ele voltasse antes de fechar a porta, deixando-o em pé do outro lado
como uma sentinela de grandes dimensões.
Bowie não gostou. Ele não gostava de um monte de coisas. Como o quão
pequeno o banheiro dela era e quão ausente o resto da casa era de coisas projetadas
especificamente para ajudar as pessoas no estado de Cassie. Toda a casa dela precisava
ser melhorada para acomodar suas necessidades. Ele passou a mão pelos cabelos
frustrado ao pensar em todas as maneiras que a casa dela e dele podiam ser renovadas
para tornar a vida mais fácil para ela.
Sua mente estava girando com a informação. Bowie não podia deixar de sorrir.
Ele sentiu como se tivesse sido concedido um benefício, dado um presente - ela podia
sentir! Cassie tinha sensação em sua vagina. Eles seriam capazes de ter relações
sexuais, ele tinha quase certeza disso. Mais uma vez, ele pensou em todos os artigos
que ele lera sobre a vida sexual dos indivíduos questionados. Inferno, ele mesmo ligou
para Dr. Wagner como Jacob tinha sugerido. Ele tinha sido bom, se ofereceu para fazer
uma consulta para Cassie, mas Bowie tinha explicado que havia chamado sem o
conhecimento de Cassie. Assim, Lucas tinha-lhe dado algumas dicas e alguns sites para
checar. O que ele aprendeu foi que cada indivíduo é diferente, é claro, mas que muitas
mulheres paraplégicas tinham vida sexual completamente funcionais e agradáveis. E
agora - Bowie sorriu - ele descobriu que Cassie não era uma paraplégica completa, ela
era móvel para um pequeno grau. Isso tinha que ser bom.
Ele se sentou na cama e estava pensando quando ouviu um grito abafado. Ela
estava com dor.
— Cassie! — Ele levantou-se e correu para a porta. — Você está bem?
Cassie se firmou. Ao todo, ela tinha feito muito bem. Escovou os dentes, tomou
um banho rápido, foi ao banheiro e agora ela estava tentando raspar as pernas Droga.
— Meu Deus, — ela murmurou. — Não é o que você pensa, Bowie. Eu me cortei
raspando minhas pernas.
— Oh, sim, — ele respondeu do outro lado da porta. — Precisa de ajuda?
— Não! — Ela riu, achando graça. — Vou sair em apenas um segundo e você
pode ter a sua vez.
Bowie esperou impacientemente até que ela chamou o seu nome e abriu a porta.
Ele entrou no ambiente um pouco nebuloso e levantou, uma mulher com cheiro doce
quente que estava macia e suave e totalmente fodível.
— Você não sabe o que você faz para mim, — admitiu Bowie quando ele
sentou-a na cama. — Não se mexa. Eu já volto.
— Ok. Não há muito problema nisso. — Ela murmurou, então notou que ele
tinha trazido sua cadeira e estava muito perto da cama.
— Meu Deus, ele é doce. — Por alguns segundos, ela examinou tudo o que
havia acontecido. Ela estava sonhando? A partir do momento em que se conheceram,
ela sabia que Bowie era diferente. Mas ele tinha visto algo nela, um valor que nenhum
homem jamais tinha visto antes. Cassie só esperava que ela pudesse corresponder às
expectativas dele.
Ela passou a mão sobre a colcha. Bowie seria o primeiro homem a compartilhar
sua cama. O que ele esperava? Será que eles dormiriam ou eles brincariam um pouco?
Ela tremeu com antecipação. Fazer amor totalmente parecia impossível. Ela não sabia o
que ela estava esperando, mas Cassie sentiu que teria que ter esse lado físico da sua
relação em incrementos. Independentemente disso, ela estava pronta, ela apenas rezou
para que ela não fizesse de si mesma uma idiota absoluta.
Bowie ficou sob o jato do chuveiro do pequeno banheiro de Cassie, usando seu
sabonete e seu shampoo. Sua ereção era enorme, mas ele não estava disposto a se
masturbar. Não quando ele tinha algo tão doce a espera dele na sala ao lado. Eles
poderiam fazer amor? Eles iriam? Ele não sabia, mas ela ia ter um orgasmo ou seu
nome não era Bowie Travis Malone.
Desligando a água, ele se secou, escorregou apenas na calça jeans e foi
encontrar Cassie.
Quando a porta se abriu, ela pulou um pouco. Seu quarto estava escuro, então o
corpo de Bowie à luz do banheiro fazia parecer ainda maior e mais esmagador. Ela
sabia o que estava fazendo? Obviamente que não. Pouco a pouco, ela se afastou na
cama e entrou debaixo das cobertas e em um movimento totalmente diferente dela, ela
tirou o vestido rosa e agora estava deitado sob o lençol - nua. — Sente-se melhor? —
Ela perguntou.
— Sim, e você? — Ele fechou a porta, o suficiente para deixar uma pequena
parte da luz que iluminava o quarto. Ele queria ser capaz de vê-la.
— Eu me sinto bem. Nervosa.
— Eu também, — ele disse a ela. — Isso é importante, Cassie. Nada para se
preocupar, eu não quero dizer isso. Mas isso não é casual para mim. É por isso que eu
estou nervoso. E quanto a você?
Uau, falar sobre colocar pressão? O homem não fez rodeios. Se ele pudesse falar
tudo, então ela podia.
— Nunca foi casual para mim. Mesmo quando eu estava insistindo que apenas
fossemos amigos, eu sentia algo por você.
— Bom. — Segurando seu olhar, ele saiu de seus jeans.
Cassie olhou. Ela estava prestes a dizer algo sobre ter certeza que as portas
estavam trancadas até que ela viu o que estava entre as pernas dele.
— Meu Deus.
— É só eu. — Bowie tentou tranquilizá-la. Ele sabia que era grande, mas ele
poderia ser oh tão gentil.
— Há uma enorme quantidade de você. — Cassie estendeu a mão, convidando-
o para mais perto.
Foi quando Bowie percebeu que ela havia tirado sua camisola.
— Você está num estado de pouca roupa, doce Cassie?
— Completamente, — ela respondeu com mais ousadia do que sentia.
Sem hesitar, Bowie se juntou a ela, jogando para trás a colcha e gemendo com a
visão de seu corpo nu.
— Deus, você é deliciosa. — Vindo para ela, ele esticou, tentando se certificar de
que ele estava tão perto dela quanto podia, a maioria de seu corpo tocando alguma
parte dela, mas não de qualquer forma que poderia causar-lhe dor. Com um grunhido
impaciente, ele procurou seus lábios e começou a beijá-la, um beijo arrebatador de
paixão. Enquanto devorava sua boca, ele passou a mão em todo o seu longo corpo,
traços suaves, familiarizando-se com suas curvas. Quando sua mão encontrou seu
peito, ele levantou-se para olhar para ela. — Cassie, meu Deus, baby. Eu te quero tanto.
— Ele apertou seu peito e lambeu o mamilo, fazendo-a ofegar. — Assim?
— Deus, sim, — ela gemeu. — Mais! — Cassie exigiu.
Bowie sorriu para seu peito.
— Sim, senhora. — Rodando a língua ao redor do mamilo, ele fez tudo, menos
chupa-lo. Mas quando ela colocou as mãos na cabeça dele e empurrou para baixo,
dando-lhe um sinal claro, ele abriu a boca e começou a mamar. Deus, isso era o paraíso.
Seus quadris começaram a apostar quando ele empurrou seu pênis contra a coxa de
Cassie. Não duro, mas, Senhor, ele precisava do atrito. Mas agora não era para ele, era
para ela. Por mais alguns minutos, ele comeu em seu peito, um e depois o outro até que
os mamilos estavam vermelhos, molhados e inchados de seus lábios. — Você gostou
disso?
— O que você acha? — Ela arfava.
— Eu acho que você gostou. — Bowie parecia autoconfiante. — Agora se
prepare para ter sua mente explodida, baby. — Jogando as cobertas, ele mudou-se para
seus pés. — Ok, você vai ter que me ajudar agora. Eu não quero estragar isso.
— O quê? — Cassie estava em uma névoa sensual.
— Eu quero entre as suas pernas.
Deus, eles estavam prestes a fazer amor. Cassie começou a tremer. Ela moveu as
pernas afastadas, em parte, com seus músculos e, em parte, com a ajuda dela e de
Bowie. Ela mostrou-lhe o quanto ela poderia dobrar os joelhos e ficar livre da dor. Ele
aprendeu rapidamente. Não era tão estranho como ela estava com medo que seria.
Principalmente porque Bowie se recusou a permitir que fosse. Ele não era apenas
atencioso, ele obviamente estava atraído por ela e não tinha escrúpulos em deixá-la
saber o quanto. Cassie estava espantada.
— Você percebe, eu não tenho que lhe dizer… — ela começou.
— Que você é inocente. Não, você não tem que me dizer. Sinto-me honrado.
Mas temos alguns negócios a resolver antes de me afundar em seu doce calor.
Cassie parecia confusa. E então ele foi para baixo…
Nela.
A visão de Bowie esticando para beijá-la entre as coxas dela a deixou tremendo.
Por favor, Deus, deixe-me sentir cada pedacinho disso. Eu não quero perder nada.
E ela não perdeu nada, ou se ela perdeu, ela não sabia. Porque o que ela
experimentou estava fora deste mundo. Ele lambeu e beijou-a de cima para baixo. E
quando ele espetou a língua dentro da bainha dela, empurrando dentro e fora, ela
agarrou o lençol da cama, gritando seu nome.
— Bowie! — Ele parou de sorrir, soprar sobre ela e lambê-la em um frenesi. Mas
quando ele pegou seu clitóris entre os lábios e começou a chupar, ela sabia que não
havia absolutamente nada de errado com as terminações nervosas lá, porque cada
célula de seu corpo chiava e uma onda que tudo consumia de ecstasy começou a crista,
subindo e construção, até que caiu, puxando-a quase fora de si mesma, varrendo-a
junto a uma onda de êxtase puro. Cassie quase desmaiou, e quando voltou a si, seus
dedos estavam segurando o cabelo de Bowie e pressionando seu rosto tão profundo em
sua boceta quanto ela poderia obter. Ofegante, ela jogou a cabeça de um lado para o
outro enquanto ele a lambia de cima a baixo, persuadindo pequenos tremores de seu
sexo trêmulo.
— Bowie, por favor. — Ela suspirou.
— Você gozou para mim, — ele disse as palavras como se estivesse em oração.
— Você gozou para mim. — Ele se sentou e colocou a cabeça em sua barriga. — Você
nunca vai saber como eu estava com medo de que eu não fosse capaz de trazer-lhe
prazer.
— Oh, Bowie. — Ela acariciou seus cabelos. — Estou feliz demais, mas eu ainda
estou preocupada com a minha capacidade de agradá-lo.
— Você já me agradou. — Bowie beijou a pele suave de seu abdômen. — Só de
ouvir você gozar, ouvir você chamar meu nome, ver seu rosto, foi perfeito. — Ele
parecia satisfeito, mas na realidade ele estava prestes a explodir. Bowie precisava gozar
também. Mas ele não queria apressá-la, não se o matasse.
— Eu nunca soube o que estava faltando. — Ela tentou puxá-lo até ela. — O que
eu posso fazer… — ela estava tentando perguntar como dar prazer a ele. — Você quer?
— Fazer amor com você?
Ela assentiu com a cabeça.
— Se você quiser tentar. — Tentar - isso é tudo o que seria. Honestamente, ela
não sabia como seu corpo iria reagir à presença de Bowie em seu interior. Ela só rezava
para que ela pudesse fazer e que ele poderia gostar de estar com ela, apesar de suas
limitações.
— Estou prestes a explodir. — Ele se sentou de joelhos e agarrou seu pênis. —
Eu não sei se eu tenho um preservativo. Deus, eu espero que sim. — Ele pegou as
calças.
— Não há necessidade, — ela pegou seu braço. — Estou tomando a pílula.
A gravidez não era sua preocupação. Ele estava limpo, mas Bowie queria que
ela se sentisse segura. O fato triste é que ele não poderia engravidá-la, se tentasse.
— Isto é, se você quiser fazê-lo dessa maneira. — Sua voz era pequena e
hesitante.
— Deus, sim. — Ele não perguntou por que, sua mente não estava funcionando
bem o suficiente para comandar esses tipos de pensamentos. — Você tem certeza? —
Perguntou. — Não é sobre a pílula, — esclareceu ele. — Mas você me quer?
— Mais do que eu já quis algo mais. — Ela levantou as duas mãos e desceu com
ela. — Não se preocupe, eu não sou tão frágil. Leve-me.
Ele teve cuidado, no entanto. Ela podia não ser frágil, mas ela era preciosa. —
Eu não quero feri-la de qualquer maneira. — Ele a beijou enquanto esfregava os dedos
por sua vagina, empurrando um dedo por dentro até ela. — Você é tão apertada. Eu
vou gozar apenas de empurrar para dentro de você.
Cassie sentiu completamente pequena e ofuscada quando Bowie a cobria. Ele
era tão cuidadoso, organizando suas coxas sobre a dele, parando a cada poucos
minutos para ter certeza que ela estava confortável. Durante todo o tempo ele estava
acariciando-a, preparando-a, chegando a massagear os seios e depois para baixo para
esfregar a ponta de seu polegar sobre seu clitóris. Ela nunca soube que um homem
podia ser tão amoroso, atencioso, empenhados em fazer ela se sentir bem. Bowie tinha
dito a ela que tudo isso era a sua responsabilidade e Cassie definitivamente poderia
dizer que ele levou a sério suas responsabilidades.
— Pronta pra mim? — Perguntou ele finalmente.
— Eu quero você, Bowie Malone. Agora. — Com esse convite, Bowie colocou a
ponta de seu pênis na sua boceta, esfregando a ponta para cima e para baixo,
permitindo que os sucos de Cassie revestissem a cabeça. Quando ele empurrou a
pequena pilha de nervos dela, ela pulou.
— Sensível?
— Feliz, — ela grunhiu a palavra. — Eu sinto que eu estou perdendo você,
como eu sei como você vai se sentir dentro de mim e eu quero. Eu me sinto vazia e
necessitada. — Ela estendeu a mão entre suas próprias coxas e tocou a ela e ele
também.
— Droga. — Bowie respirou quando viu os dedos delicados brincando com seu
clitóris. — Deixe-me ver se eu posso te encher.
— Beije-me, beije-me, — ela implorou. Cassie queria tanto. Bowie se inclinou,
apoiando-se, com a mão retornando ao peito como se ele não pudesse ficar de fora. E
como ele inalou seu beijo, ela sentiu a cabeça larga de seu pênis começar a trabalhar o
seu caminho dentro de sua abertura. Era diferente de tudo que já tinha sentido antes. A
respiração de Cassie prendeu, seu corpo surpreendido pela circunferência dele,
comprimento e dureza inconfundível. Ela ficou tensa, esperando a dor.
— Segure, baby. Eu vou ser gentil.
Ela se segurou, nele.
Não havia dor, mas houve uma pressão desconfortável. Talvez fosse porque era
novo, Deus, ela esperava que sim. Ela tinha usado tampões, então ela não esperava que
ele encontrasse um hímen intacto. Ela sabia o quanto ficar em pé machucava e se ela
não aguentasse ter Bowie dentro dela, isso iria quebrar seu coração.
Então, ela tomou coragem para suportar o que deveria ter sido agradável.
Com um gemido de pura satisfação, ele começou a afundar em seu acolhedor
calor suave. Lentamente, ele se deu conta de algo diferente de como ele se sentia.
Bowie podia sentir o corpo dela enrijecer.
— Estou machucando você? — Manteve-se para cima e para fora dela, apenas
ligado a seu corpo por um centímetro de seu pênis, que foi enterrado na mais quente,
mais apertada pequena boceta que ele já tinha sonhado. Mas ela não estava tão
molhada como ela precisava estar e tinha medo de que era porque ele estava a
machucando. — Seja honesta comigo.
Merda. Ela agarrou seus ombros e levantou a cabeça para enterrá-la na
segurança de seu peito.
— Não se sinta mal.
Bowie soltou uma risada exasperada. Apenas o que um homem queria ouvir.
Seu pênis estava doendo, seu corpo estava gritando para a liberação, mas não havia
nenhuma maneira no inferno que ele ia fazer com ela um momento de desconforto.
Levou tudo dentro dele, mas Bowie saiu e passou para seu lado ao lado dela.
— O quê? Espere? Não! — Cassie agarrou seu braço. — Eu não quero que você
pare! — Deus, por que ela disse isso? — Senti-me bem, eu juro que senti. — Tristeza
lancetou através do coração de Cassie. Isto era exatamente o que ela tinha medo.
Bowie poderia dizer que ela estava chateada.
— Shhhhh, não importa. Eu não queria machucá-la.
— Sim, é verdade. — Como ele pode dizer isso? — Isso deveria doer, não é? Eu
sou uma virgem. — Ela virou-se para encará-lo, ou tanto quanto pôde, hesitante
passando a mão pelo seu belo peito e barriga. Mas quando ela chegou ao seu pênis, ela
o achou amolecendo.
— Oh. — Cassie soltou sua mão, seus olhos e sua cabeça. Ele não a queria.
A cabeça de Cassie estava girando. Uma das duas coisas era possível e ambas
eram ruins. Primeiro, sua hesitação poderia não ter o excitado. Ou a realidade de sua
parte inferior do corpo inútil foi clara para ele e ele usou a possibilidade de causar a
dor como uma boa desculpa para sair do ato sem machucá-la ou causar
ressentimentos.
Bem, tinha machucado.
— Cassie, não! — Bowie podia lê-la, ela era totalmente transparente. Ele
agarrou sua mão e a colou de volta em seu pacote. — Toque-me. Eu quero que você me
toque.
— Mas você não pode mantê-lo… para cima. — Ela lutou com as palavras, com
vergonha de dizer isso.
Bowie baixou a cabeça e gemeu.
— Oh, Cassie, não diga isso dessa maneira. — Ele riu.
Cassie corou de novo.
— Eu não quis dizer isso, eu queria dizer que eu não o inspirei.
Bowie deslizou para baixo da cama para que eles estivessem olhando um para o
outro face a face.
— Você mais do que me inspira. Eu quero você. — Ele a cutucou na perna. —
Você pode sentir isso?
— Um pouco, — ela confessou.
— Coloque sua mão para baixo e encontre-me. — Ela fez e quando ela o fez, ele
se inclinou para beijá-la, não quebrando o contato visual por um segundo.
Cassie aliviou a mão para baixo entre eles até que ela o encontrou. Ele estava
mais do que antes e enquanto ela o tocou, ele cresceu em sua mão. Bowie gemeu e
Cassie mordeu o lábio inferior, escondendo um sorriso.
— Você gosta de mim.
Ele bufou.
— Sim, eu gosto de você. Antes, eu estava morrendo de medo que eu ia
machucá-la e esse medo roubou minha ereção.
— Então… eu poderia fazer você gozar como você me fez? — Esperança coloriu
sua voz.
— Sim, você iria. — Sabendo que ela teria um tempo difícil para chegar a ele do
jeito que ele estava deitado, Bowie ficou de joelhos, dando a Cassie acesso fácil a sua
masculinidade.
O sorriso em seu rosto dizia tudo. Ela se sentou e deslizou-se para trás para se
encostar na cabeceira da cama e ele se aproximou.
— Bom? — Perguntou. Bowie estava totalmente rígido, mais uma vez. Olhando
para Cassie quando ela se sentou na cama, os lençóis estavam agrupados em torno dos
quadris dela, seu cabelo caindo em uma cortina sobre um ombro, um bico cor-de-rosa
delicioso que espreitava.
— Sim, você é bom. — Mordendo o lábio inferior, ela estendeu a mão e
acariciou-lhe a mão sobre a sua carne excitada. — É muito grande.
— Obrigado. — Ele se fez ficar parado. — Meu tamanho e força só serão
utilizados para protegê-la ou fazer você se sentir bem, nada mais.
Cassie fechou os olhos e deixou-se sentir tanto a excitação dele e a dela. Ela o
rodeou, apertando-o com força.
Bowie queria estar envolvido também, então ele deslizou a mão entre as pernas
dela, apenas para que ele pudesse tocar seu monte, seus dedos esfregando sua vulva.
Agora que ele sabia que ela tinha a sensação, ele queria que ela experimentasse o
máximo de satisfação possível. Segurando o prazer de outro na palma de suas mãos,
Bowie podia sentir a dupla resposta de seu pequeno toque quente movendo-se sobre
ele, ao mesmo tempo seus sucos femininos molhando os dedos dele.
— Deus, Cassie! — Ele gemeu.
Os olhos dela se abriram e se arregalaram em alarme e ela puxou a mão de
volta.
— Eu machuquei você?
Bowie abaixou a cabeça e fez uma oração silenciosa para o controle.
— Não, baby, você não me machucou. Só me sentia bem, tão bom. Não pare,
por favor. — Ele estendeu a mão e pegou a mão dela, colocando-a de volta em sua
carne inchada.
— Está tudo bem? — Ela estava prestes se esticar para ele de novo, quando ele
se inclinou e beijou os lábios dela e capturou-lhe a mão.
— Deixe-me mostrar-lhe como. — Tomando-lhe a mão, ele virou-a e beijou-a,
em seguida, lambeu-lhe uma vez em toda a palma, antes de colocar a mão de volta em
seu pênis. — Agora, mova-o, assim. — Ele mostrou-lhe o ritmo que iria fazê-lo gozar.
— Assim? — Ela perguntou e ele assentiu com a cabeça, tremendo enquanto ela
o trabalhava para cima e para baixo.
— Assim mesmo. Agora não pare, por favor, não pare. — Inclinando-se, ele
lambeu seu mamilo, circulando-o com sua língua.
Cassie estava tão concentrada em sua tarefa que a própria emoção tomou de
surpresa. O que Bowie estava fazendo com ela foi eletrizante. Deus, ela desejou que ela
pudesse se sentir assim quando ele estava dentro dela. Seria possível? Dentro de
instantes, ela estava ofegante, mas implacável em sua masturbação. O pensamento a
fez sorrir, agora ela tinha conhecimento em primeira mão de uma masturbação. Ela não
sabia o que era mais emocionante, os ruídos que Bowie estava fazendo ou do jeito que
ele estava fazendo ela se contorcer, mergulhando os dedos em sua bainha e esfregando
o clitóris.
Cassie gemeu em êxtase, o bombeamento de sua mão um pouco vacilante. Não
importava para Bowie, ele já tinha ido longe demais. Continuando a pressionar entre
suas pernas, ele abaixou a cabeça para sugar um mamilo em sua boca e a sentiu dar
lugar a um clímax. Quando ela gritou seu nome. — Bowie! — Ele veio com ela,
jorrando seu esperma através de seu estômago e seios.
Ofegante, ele tomou posse de sua boca, inalando seus pequenos gritos de
êxtase. — Droga, eu estou tão preso a você. Você sabia disso?
— Não, — ela respondeu timidamente, apertando-o por trás da cabeça e
segurando-o perto.
— Eu preciso nos limpar. — Ele a beijou uma vez, um tapa forte e levantou,
indo para o banheiro e voltou com um pano para limpeza quente.
Cassie se sentiu valorizada quando primeiro ele limpou o corpo dela, tanto o
peito e entre as pernas, em seguida, sua própria masculinidade. Piscando-lhe um
sorriso malicioso, ele devolveu o pano antes de se juntar a ela na cama, realizando
manobras debaixo das cobertas e aninhando-se contra ela, com cuidado para não
empurrar ou machucá-la de qualquer maneira.
— Obrigado. — Ele passou a mão suave no braço.
— Nós ainda temos que trabalhar com isso, Bowie. — Ela viu o rosto dele com
cuidado. — Isso não vai ser suficiente, não para você. Eu quero fazer isso direito.
Bowie pesou suas palavras, sabendo que isso era importante para ambos.
— Vamos trabalhar com isso, mas eu não quero que você pense que há apenas
uma maneira de fazer amor. Há muitas coisas que podemos fazer juntos, muitas
maneiras de trazer prazer um ao outro.
— Eu sei. — Ela passou a mão sobre o peito, amando a cobertura leve de cabelo
sob a ponta dos dedos. — Mas eu ainda quero fazê-lo à moda antiga também.
— Tudo bem. — Bowie assegurou. — Vamos tentar novamente, vamos tentar
quantas vezes forem necessárias até acertar. — Ele percebeu um olhar preocupado
surgindo em seu rosto. — O que está errado?
— Eu não entendo. Por que você vai para tantos problemas por mim, quando
você pode ter qualquer uma?
Bowie pressionou sua testa na dela.
— Simples, eu não quero mais ninguém. Só você, Cassie-para-resumir.
Envolta nos braços um do outro, eles dormiram em sua cama naquela noite.
Bowie dormiu inquieto, ele estava com tanto medo que se ele se movimentasse na
cama ele a machucaria enquanto ele estava dormindo. Ele precisava obter informações
sobre isso, e rápido. O luar filtrando através das cortinas iluminou o quarto e ele podia
ver seus traços, suas belas feições. Quando ele a abraçou, Bowie a observava dormir,
ouvindo a respiração. A pura sensação de paz profunda apoderou-se dele.
Carinhosamente, ele esfregou o rosto em seu cabelo, inalando seu perfume doce. Ele
não conseguia desligar seu cérebro fora, tantos sentimentos clamavam por sua atenção.
E a maioria deles tinha a ver com Cassie. Ela tinha trazido tantas emoções diferentes
nele desde que se conheceram - ternura, preocupação, desejo. Mas, no momento, ele
estava sobrecarregado com um senso de retidão e possessividade, tão penetrante que
ele instintivamente puxou Cassie mais perto, apertando os braços em volta dela.
Fechando os olhos, ele finalmente dormiu.
Na manhã seguinte, Cassie acordou primeiro. Demorou um pouco as
manobras, mas ela foi capaz de sair do lado de Bowie sem acordá-lo. Ele deve estar
muito cansado, pensou. Eles haviam sofrido um tempo bastante cansativo nas últimas
24 horas. Esta manhã, no entanto, Cassie se sentiu melhor e decidiu que iria se levantar
e fazer algo para eles comerem. Ela queria fazer algo de bom para Bowie, ele tinha sido
tão bom para ela. Primeiro, ela colocou o vestido, então ela agarrou a cadeira,
cuidadosamente inclinando para o lado da cama.
Bowie abriu os olhos. Ela estava tentando não perturbá-lo e seu peso leve não
causou o colchão para mudar o suficiente para acordá-lo. Mas no momento em que ela
se afastou e seu calor deixou seu corpo, ele acordou. O que ela estava fazendo? Ele
estava prestes a levantar-se para ajudá-la, quando ela agarrou o braço da cadeira de
rodas e se levantou. Cassie tinha lhe dito que ela tinha alguma mobilidade e ele estava
prestes a se alegrar quando, de repente, ela engasgou na dor e seu corpo estremeceu
em rebelião ao desconforto que estava sentindo. Só por pura força de vontade a fez
continuar a se levantar e mover os poucos centímetros de sua cadeira. Bowie reagiu
instantaneamente, pulando e subindo em um movimento contínuo. — Cassie! Deixe-
me ajudá-la.
Nunca desde que ele viveu ele iria esquecer o olhar em seu rosto.
— Eu vou ficar bem. — Ela tentou sorrir. — Apenas me dê um segundo.
— Por que você não me pediu para ajudá-la? — Sua voz saiu um pouco mais
dura do que ele pretendia.
Cassie não respondeu de imediato, mas quando o fez, a resposta era simples.
— Eu tenho que fazer as coisas por mim mesma, Bowie. Normalmente, eu estou
sozinha.
Um rosnado baixo emanava de sua garganta.
— Explique-me novamente sobre a sua lesão.
Cassie olhou para ele sentada ao lado de sua cama, em toda a sua glória nua. —
Ok, mas primeiro você coloque algumas calças e deixe-me fazer xixi ou eu nunca vou
ser capaz de me concentrar.
— Você precisa de ajuda? — Bowie odiava vê-la sofrendo tanto, ele estava
prejudicando a si mesmo.
O olhar que Cassie deu-lhe disse tudo.
— Ok, eu espero aqui. — Bowie ofereceu, castigado.
Cassie fez o seu negócio e conseguiu entrar e sair do cômodo sem fazer muito
barulho, ela não queria Bowie quebrando a porta. Quando ela voltou, ele estava no
mesmo lugar.
— Ok, você quer saber mais sobre a minha lesão. Como o que?
Bowie tinha dado a isto algum pensamento. Ele quase deixou escapar algumas
perguntas, mas ele entendeu que isso era muito importante para atrapalhar.
— Eu não tenho certeza sobre o que perguntar, francamente. Eu só quero
entender.
O coração dela aqueceu, não havia dúvida a sinceridade de Bowie.
— Minha situação piorou ao longo dos anos desde o acidente. Desde o início, eu
estava gravemente ferida, não me interprete mal. Houve danos a minha coluna e as
pernas, mas eu podia andar com muletas. Mas com o tempo, os fragmentos se
mexeram e começaram a pressionar a minha medula espinhal de modo que qualquer
peso que eu coloque nas minhas pernas causa uma dor horrível. Então, eu tive que
confiar mais e mais na cadeira de rodas.
Ela disse tudo isso com naturalidade que Bowie queria pegar alguma coisa e
atirá-la em toda a sala.
— Mas você tem alguma sensação, e isso é bom. Certo?
— Oh, sim, — Cassie concordou. — Qualquer sentimento é melhor do que
nenhum, especialmente desde que eu poderia sentir você… me tocando. — Com essa
admissão, ela corou.
Bowie pegou suas mãos.
— Eu não posso te dizer o que isso significa para mim, você está sendo capaz de
responder. — Ele beijou a palma da mão. — Embora, você tem que entender isso. Eu
gostaria de estar com você, não importa o que, não importa o quão pouco ou quanto
você poderia me dar, eu ainda quero te dar o mundo se eu pudesse.
A cabeça de Cassie nadou. O que ele estava dizendo? As palavras de Bowie
eram enormes. Queria perguntar-lhe o que ele queria dizer, ele soava como se ele
estivesse falando de longo prazo. Mas isso não era possível. Era? Eles não se conheciam
muito bem ainda.
— Estou muito grata pelo que aconteceu entre nós, e eu te agradeço por me
querer o suficiente para tentar.
Ela ainda parecia tão incerta, ele não gostou.
— Estamos apenas começando, Cassie. Com qualquer outra coisa, a prática leva
a perfeição.
Prática. Ela gostava disso.
— Eu sempre fui uma estudante nota 10, — ela brincou com ele.
— Eu aposto que você era. — Ele pegou uma mecha de seu cabelo e envolveu
ao redor de seu dedo. — Você disse fragmento, é um fragmento de osso de um
acidente de carro ou algo assim? — Bowie podia imaginar seu pequeno corpo sendo
jogado em torno de um acidente.
— Não, — disse Cassie, sacudindo a cabeça. — Foi um acidente de tiro,
aconteceu anos atrás.
Bowie ficou boquiaberto.
— Um tiro…
RING! RING!
— Droga, espere. — Ele pegou seu celular. — Malone. — Bowie escutou por um
momento. — Onde? Como ele está?
Cassie o observou enredar os dedos em seu cabelo. Alguma coisa estava errada.
— Eu estarei lá assim que eu puder.
Quando desligou, ele colocou uma mão em cada um dos braços da cadeira dela.
— Escute, eu tenho que ir. Esse era o meu tio Michael, George sofreu um
acidente.
— Oh, não. — Ela suspirou. — Ele está bem?
— Eu acho que sim. — Ele a beijou nos lábios. — Eu vou chamá-la e eu vou ver
você assim que eu puder. Ok?
— Ok. Hoje é meu dia de visitar o abrigo de animais e a casa de repouso, por
isso não vou estar em casa até cerca de nove.
— Você quer que eu vá com você? — Ele não sabia se podia ou não. Até que ele
tivesse George e seu equipamento, Bowie não sabia exatamente o que encontraria.
— Não, eu vou estar perfeitamente bem. Eu faço isso uma vez por semana.
Bowie resmungou. Ela observou-o vestir para se preparar para sair. Ele era tão
grande, perfeito e lindo, às vezes ela tinha dificuldade em acreditar que ele era real ou
realmente estava aqui ou era realmente dela. Whoa! Esse último pensamento foi
selvagem. Ele abraçou seu pescoço e beijou-a mais uma vez antes de sair e ela estava
triste por vê-lo partir.
— Tenha cuidado, — ela o repreendeu.
— Eu terei, e você tenha cuidado também.
Ele acenou do caminhão, enquanto ela estava sentada na porta aberta. Quando
Bowie foi embora, ele sentiu que estava deixando parte de seu coração para trás.
***
— Isso é o que eu chamo de um quase acidente, — disse Michael a George
enquanto ele bebeu o último gole de sua cerveja.
— O que, meu naufrágio? — Ele atrelou seu macacão.
— Não, aquela ruiva que você está vendo apenas dançou com um
caminhoneiro. Eu o ouvi se referir a ela como esposa. — Michael puxou o boné e deu a
George um olhar.
— Pô, eu sabia que ela era casada. Porque você acha que eu parei de vê-la? —
George perguntou com um brilho nos olhos.
— Porque, o marido ligou e disse que estava a caminho de casa, é por isso. —
Michael pediu outra cerveja. — Você precisa começar a usar o bom senso quando se
trata de mulheres.
Bowie balançou a cabeça, olhando para o seu tio e seu parceiro de reposição. —
É melhor você não falar tão cedo, tio Michael. Eu acho que aquela loira que vem neste
caminho e tem você em sua mira e não parece feliz.
— Oh, merda, — disse Michael. Ele realmente parecia sob a borda do bar que
ele estava caçando um lugar para se esconder.
— Michael Malone, o que tem a dizer por me dar o cano como você fez? Esperei
na lanchonete por você por mais de uma hora. — Com uma mão em seu quadril e seus
seios quase cutucando Michael no rosto, ele não sabia para onde olhar, muito menos o
que dizer.
— Bem, uh, bem, uh…
— Não desconte nele, Maybelline. Ele tinha que vir em meu socorro. Virei o
caminhão quando eu corri para fora da estrada tentando perder um maldito cervo.
Maybelline não parecia preocupada. Ela ignorou George e cutucou Michael no
peito.
— Seu dedo está quebrado? Você não pode ligar?
Ele estava prestes a responder, quando George pegou o manto de conversa de
novo.
— Ele deveria ter chamado, mas havia essa enfermeira…
POP! Ela bateu Michael duro na mandíbula.
— Hey! — Michael gritou.
— Agora, não havia nenhuma… — George começou a protestar.
POP!
Maybelline bateu George para uma boa medida e saiu.
Michael virou-se para George.
— O que você estava tentando fazer?
— Eu só estava tentando ajudar.
— Bem, não tente tão duro da próxima vez. — Michael esfregou o rosto,
enquanto George esfregou seu.
— Bom Deus. — Bowie riu. Que dia! Ele estava cansado da preocupação e da
corrida. Lidar com a companhia de seguros foi o pior. Olhou para o relógio. Oito.
Cassie estaria em casa em uma hora.
Cassie.
Dentro e fora todo o dia, alguma coisa o tinha estado preocupando. Duvidava
que uma coisa tinha a ver com a outra, mas ele tinha que descobrir. Tio Michael seria o
único a perguntar.
— Hey. — Ele colocou uma mão no ombro de seu velho. — Posso te perguntar
uma coisa?
— Claro. — Michael se virou para ele.
Bowie sempre foi capaz de depender de seu tio. Ele tinha estado lá para ele nos
altos e baixos.
— Eu quero te perguntar sobre o acidente, quando eu era criança. Você sabe,
nós simplesmente não falamos muito sobre isso. Nem meu pai nem minha mãe iria
responder nenhuma das minhas perguntas. E há algo que eu preciso saber.
— O que é? — Michael olhou diretamente nos olhos. — Foi um acidente. Não é
sua culpa e foi há muito tempo.
— Eu sei. — Bowie assentiu. — Você se lembra do nome da menina ou algo
sobre ela?
Michael soltou um suspiro duro, então fortaleceu-se com um gole de cerveja.
Tomando sua relutância em falar como uma má notícia, Bowie questionou
novamente.
— Ela não morreu mais tarde e ninguém me falou sobre isso. — Que ela
sobreviveu foi tudo o que tinha sido dito, como foi o suficiente para absolvê-lo do que
aconteceu.
— Não, ela não morreu. — Michael balançou a cabeça. — Lembro-me de seu
pai, ele era capataz no departamento de estradas. A menina era filha única.
— Qual o nome dela? — Bowie pressiou. — Você se lembra do nome dela? —
Ele não sabia por que ele estava perguntando, não havia absolutamente nenhuma
razão para acreditar…
— Eu não poderia te dizer o primeiro nome da menina, mas o sobrenome era
Cartwright.
Capítulo Oito
Bowie moveu o cabelo de Cassie fora do ombro dela. Sua pequena sereia estava
dormindo. Ela sorriu um pouco quando ele a tocou. Saindo da cama, ele pegou o
celular. Ele tinha um par de ligações para fazer.
A primeira foi para George para verificar o trabalho que estavam fazendo no
momento. A segunda foi para o tio Michael para descobrir que sorte ele teve tendo as
coisas alinhadas para suas renovações. Bowie estava feliz em saber que ele tinha
encontrado um empreiteiro para entrar e começar a trabalhar nos armários, rampas e
banheiros. Enquanto conversavam, Michael deu-lhe mais algumas ideias sobre coisas
que poderiam ajudar Cassie ao redor da casa e propriedade. Seu tio não tinha feito
nenhum segredo que ele tinha algumas dúvidas sobre essa relação, mas ele não hesitou
em ajudar Bowie onde ele podia.
A última chamada, no entanto, foi a melhor. Como parte de seu trabalho de
monitoramento e resgate, ele atuou como um dos mergulhadores para Água Azul,
uma organização de busca e salvamento. Ele tinha um amigo em Galveston, que
também era um membro da Água Azul, aquele que não só dirigia uma escola de
mergulho, mas aquele cuja esposa era uma das biólogas da Moody Gardens Aquarium
Pyramid. Se Cassie pensava que ela teve um bom tempo esta noite, ele não podia
esperar para ver a cara dela quando soubesse de sua próxima surpresa.
Depois de fazer as chamadas, ele se arrastou de volta para a cama. Como um
ímã, foi questão de segundos antes que ela estava abraçada contra ele. Um doce abraço
cheio que ele nunca tinha segurado. Pensando que ela estava dormindo, ele acariciava
suas costas e beijou sua testa. Ela cheirava tão doce. Tudo nela era macio. Então, ele
percebeu, ela estava pressionando contra ele - sutis pequenos movimentos, leves de
seus quadris. Incapaz de se conter, Bowie enfiou a mão entre seus corpos e procurou
sua feminilidade. Ela estava molhada.
— Me quer?
— Sim, — ela sussurrou. — Se está tudo bem. Eu queria você a noite toda.
Uma onda de luxúria o atingiu como uma marreta.
— Você nunca vai gastar um minuto na minha cama insatisfeita, Cassie. Da
próxima vez que você precisar de mim, me acorde.
Tinham dormido nus e ele não tinha se vestido, então não havia nada para
impedi-los. Bowie passou o braço em torno das costas dela para apoiá-la quando ele
inclinou a cabeça para o peito dela. Quando a boca dele fechou ao redor do mamilo
tenso, ele começou a chupar, puxando profundamente. Cassie segurou em seus
ombros, afundando as unhas na pele dele.
— Oh, Bowie, mais, mais, isso é tão bom! — Ela segurou-se nele, ronronando,
contorcendo-se, ofegante. Sua resposta sexy alucinante só o fez tentar mais, então ele
lambia seu mamilo e abriu a boca, mamando no pico sensível. E então todo o corpo
dela estremeceu. Será que ela estava chegando ao clímax? Bowie passou a mão até sua
boceta e enfiou o dedo em sua fenda e com certeza, ela apertou e vibrou ao seu redor.
Meu Deus!
O coração de Bowie bateu contra seu peito. Se ele não ficasse dentro dela nos
próximos cinco segundos, ele morreria.
— Eu não posso esperar, baby. Por favor. Por favor.
Os olhos de Cassie estavam molhados de lágrimas. Nenhuma lágrima de dor,
mas lágrimas de felicidade absoluta.
— Eu quero você. — Com o maior cuidado, ele encaixava seu corpo ao dela.
Podia senti-lo tremer. Cassie levantou a perna. Uma vez ela teria vergonha, mas agora
ela só precisava acomodar as necessidades dele. Ajudá-lo, eles arrumaram seu pênis na
sua vagina e ele deslizou para dentro. Ela ficou tão emocionada, Cassie começou a
beijar seu peito, deixando os dentes raspar sua pele. Estar tão perto dele quanto
humanamente possível era o seu maior desejo.
Bowie se moveu dentro dela, suavemente, mas construindo gradualmente. Ele
tentou segurar, mas as contrações borboleta dos músculos internos dela acariciando
seu pau levaram-no a enchê-la com o calor brilhante.
Depois de um início incrível, o dia estava num bom começo. Vestiram-se,
comeram algumas frutas frescas que Bowie trouxe com eles e saíram para fazer alguns
passeios turísticos. Ele levou Cassie para Murdoch no paredão e comprou, o que
parecia para ela, uma de cada lembrança que pudesse encontrar. Eles alugaram uma
bicicleta surrey para que ela pudesse se sentar ao lado dele e enquanto visitavam a ilha,
indo até a vertente histórica e verificaram muitas das esculturas esculpidas em troncos
de árvores destruídas pelo furacão Ike. Cassie estava fascinada com as esculturas que
variaram de árvores cheias de pássaros, para as sereias e para crianças brincando.
Para o almoço eles foram para um favorito da ilha, Gaido Restaurante onde
Bowie pediu-lhes um prato de frutos do mar. Os olhos de Cassie eram maiores do que
a barriga, mas Bowie conseguiu terminar o seu e o resto dela.
— Quando formos para casa, se você quiser, eu gostaria que você conhecesse o
McCoys. Eles são da família.
— Eu gostaria disso, — Cassie respondeu. — Depois que você me disse sobre o
resgate de Aron, vi uma reportagem sobre isso nas notícias. Imagine como fiquei
chocado ao ver que um dos meus primos estava envolvido na missão.
Bowie parecia perplexo.
— Quem? — E então ele bateu-lhe. — Cartwright. Destry Cartwright. Você está
relacionada com aquele tubarão?
Ela poderia dizer pelo seu sorriso que ele não quis ofender.
— Sim. Nossos pais eram primos de primeiro grau. Lembro-me dele e de sua
família vindo à nossa casa muitas vezes, quando eu era mais jovem, mas não somos
mais próximos uma vez que crescemos. Ele está ocupado fazendo uma vida para si
mesmo e assim também eu, tal como ela é.
— Você realizou um grande negócio, quando iniciou sozinha um negócio bem
sucedido. Eu estou orgulhoso de você.
— Obrigada. — Ela entrelaçou os dedos nos dele quando o garçom encheu seu
copo de vinho. — Destry realmente fez bem, no entanto, um herói condecorado, um
funcionário da Suprema Corte e um advogado bem sucedido.
— Além disso, a sua associação com os equalizadores, eles fizeram muita coisa
boa. — Ele passou a dizer-lhe sobre alguns de seus casos que ele estava ciente. — Eles
resgataram um menino sequestrado em sua casa, outro menino que havia se afastado
no pântano, uma noiva que foi sequestrada no dia do casamento por um ex-irado, para
não mencionar encontrar o filho do governador, que havia sido roubado e vendido
pelo avô materno da criança.
Os olhos de Cassie se arregalaram. Ela não sabia de tudo isso.
— Isso é incrível, mas não menos impressionante do que o que você faz para
ajudar as pessoas.
Bowie desviou seu louvor com um comentário casual e aceno.
— Vamos sair daqui. Temos um lugar para estar. — Pagando a conta, ele guiou-
a para fora do restaurante de tema náutico e pela enorme estátua de um caranguejo
que adornava o meio do estacionamento frontal. O barulho das ondas cumprimentou-
os desde que eram do outro lado da rua do mar.
— Para onde vamos? — Ela perguntou, olhando por cima do ombro para ele
quando eles fizeram o seu caminho para o seu caminhão.
— A primeira parada é Tangerine, a boutique na Post Office Street.
— O que há lá?
— Você vai comprar um vestido novo e um par de sapatos bonito. — Bowie
pegou a mão dela e beijou sua palma.
— Um vestido novo? Para mim? — Ela olhou perplexa.
— Bem, certamente não para mim. — Ele bufou. Bowie abriu a boca para imitar
a dela, fazendo-a rir. — Nós vamos dançar.
***
Nunca na imaginação de Cassie que ela teria previsto a próxima noite.
— Eu amo você neste vestido vermelho. — Bowie olhou para ela com apreço
ousado.
Ela acalmou as mãos para baixo nos lados, o vestido nunca teria sido aquele que
ela teria escolhido para si mesma. Roupa sexy assim era apenas fora de seu campo de
experiência. Bowie tinha apenas planamente tomado o controle. Ele arrasou em
Tangerine, escolheu um vestido, um biquíni, um par de sapatos bonito - mesmo roupa
interior com meias e uma cinta-liga. Cassie se sentiu como uma deusa.
— Eu me sinto sexy, — ela admitiu. E o clube estava deslumbrante. Cassie tinha
estado em alguns bares como Arkey, mas este era uma coisa completamente diferente.
Pretensioso era uma palavra que vinha à mente. As luzes estavam baixas, a música era
lenta e ela podia sentir seu corpo desejar mover para o ritmo. Mas dançar? Ela
realmente não queria ser girada em sua cadeira na pista de dança, de modo que ela
estava esperando que viesse para desfrutar a banda e ter algumas bebidas era o que
Bowie tinha em mente.
Bowie poderia dizer que ela estava um pouco nervosa.
— Você confia em mim? — Ele perguntou baixinho, olhando profundamente
para aqueles enormes olhos verdes.
Nenhuma questão sobre isso.
— Sim, eu confio.
— Bom. — Antes que ela pudesse entender suas intenções, ele a pegou em seus
braços e caminhou até a pista de dança.
Cassie escondeu a cabeça em seu pescoço.
— Olhe para cima, doce menina. — Ele reorganizou-a em seus braços,
segurando-a como uma noiva no dia do casamento e ele começou a balançar, beijando
seus lábios enquanto a música os rodeava.
Obedecendo a ele, ela levantou a cabeça. Haviam outros casais perto deles,
alguns dançando e alguns observando das mesas. Mas não havia risadinhas, sem
olhares maliciosos, sem balanços de cabeça de desaprovação. Tudo o que ela viu nos
rostos de cada mulher na sala era inveja.
Dando-se para Bowie, ela permitiu sua esperança subindo quando ele balançou
a batida suave.
— Sabe o que você é? — Cassie sussurrou no ouvido dele.
— Um grande e velho caipira bruto? — Ele brincou com ela.
Ela passou a mão sob o cabelo escuro pesado.
— Sem chance disso. — Segurando a cabeça para beijar seus lábios, ela
murmurou. — Você é um herói, um tecelão de sonhos.
Bowie a abraçou um pouco mais perto. Ela o fez se sentir como um maldito
herói.
— Segure-se em mim, baby. O melhor ainda está para vir.
E ele não estava mentindo, pensou Cassie. Quando chegou em sua casa, a
magia começou. Bowie tinha a despido lentamente. E quando ele a deixou sem nada,
além das meias e cinta-liga, ele literalmente caiu de joelhos.
— Caramba. — Ele abriu as pernas dela e beijou o interior de sua coxa. — Sabe
o que eu vou fazer?
Cassie sabia o que ela esperava que ele fizesse.
— Me beijar?
Bowie riu.
— Oh sim, essa é uma maneira de colocar. — Espalhando-a aberta, ele colocou
um beijo de boca aberta exatamente sobre seu clitóris. — Eu irei lamber sua boceta até
você desmaiar.
Cassie descobriu que Bowie Malone era um homem de palavra.
***
Na manhã seguinte, Bowie estava tão animado que não sabia se ele poderia
manter seus planos em segredo ou não.
— Basta usar seu biquíni sob a roupa e não faça mais perguntas.
— Mas por quê? — Ela perguntou pela terceira vez. Cassie percebeu que ela
parecia uma menina irritante.
— Estamos em Galveston! Será que precisamos de uma melhor razão para usar
uma roupa de banho? — Ele se recusou a entregar sua surpresa, ele era muito bom.
Quando saíram, Cassie estava confusa. Eles não foram para a praia. Eles não
iam para a piscina. Em vez disso, ele carregou-a no caminhão e foi para o leste de volta
à cidade. Não importava o quanto ela fez beicinho ou quão alto ela puxou a saia.
Embora Bowie olhasse e até mesmo colocasse uma mão quente em sua coxa, ele não
desistiu e contou-lhe para onde estavam indo. Então, quando eles estacionaram dentro
da Moody Gardens e ele comprou bilhetes, ela estava mastigando o freio.
— O que estamos fazendo?
— Bem, — ele começou devagar, — há um monte de coisas para fazer aqui. —
Ele apontou para a esquerda em uma área enorme de neve de areia branca na baía. —
Palm Beach é bonita…
— Nós estamos indo para o parque aquático? — Ela não colocou muita atenção
passando Bowie. Afinal de contas, eles tinham dançado e nadado na piscina.
— Não, não nesta viagem. — Ele apontou para o outro lado. — E há o campo de
golfe.
Ela apenas fez uma careta para ele.
— Minha deficiência é cinquenta e seis.
Ele riu.
— O mais alto possível é quarenta e dois.
— Exatamente.
— E há a Rainforest Pyramid. — Ele apontou para a pirâmide de vidro de dez
andares que chamou sua atenção. — Há uma cachoeira, cavernas de morcegos e mais
de mil espécies de outros animais e plantas tropicais.
— Cavernas de morcego? — Ela fez uma cara de pânico cômico que o fez sorrir.
— Há também um pedalinho.
— Eu gosto do som disso. — Ela estendeu os braços enquanto ele a movia do
assento à sua cadeira.
— Mas, nós não estamos fazendo nada disso. — Ele estava tentando ser
misterioso.
— Você só está me torturando, não é? — Cassie disse com um pouco de Huff.
— Vingança, querida. — Bowie declarou placidamente. — Você me manteve
em um estado constante de luxúria. Estar perto de você sem estar enterrado dentro de
você é o tipo mais doce de tortura.
Cassie choramingou um pouco. O que se diz a uma coisa dessas?
O lugar era enorme, por isso, quando Bowie começou a roda-la na direção
oposta, ela viu alguma coisa lá na frente. Outra pirâmide - uma maior que era azul
sólida como estava cheia de água.
— Isso é para onde estamos indo?
— Sim, senhora. — Ele levou uma mão e levantou o cabelo dela de trás das
costas para que ele caísse em uma cascata de ouro brilhante. Deus, ele gostava de ter
seus dedos se enredando na massa sedosa. — Esse é o Aquarium Pyramid. Doze
histórias, um aquário de quinze milhões de litros dividido em tanques diferentes para
representar climas e habitats oceânicos específicos.
— Sério? — Cassie estava intrigada. — Será que vamos ver os tubarões?
— Sim. — Bowie disse enquanto ele a guiou pela multidão. — Mas você não vai
nadar com eles.
— Bem, eu não esperava.
— Eles vão estar em um túnel específico, seguro, longe de nós, enquanto nós
mergulhamos.
— O quê? — Cassie gritou tão alto que chamou a atenção de todos em torno
dela. — Eu não posso mergulhar!
— Sim, você pode. Meu amigo tem tudo organizado.
Com esse anúncio surpreendente Cassie não sabia se ria ou se chorava.
— Bowie, — ela tinha que perguntar. — Por que você está fazendo tudo isso
por mim?
A pergunta dela deixou Bowie perplexo por um momento ou dois. Por quê?
Então, ele só disse a verdade. Ele não podia dar-lhe toda a verdade agora, mas esta
parte podia.
— Porque me faz feliz lhe trazer alegria.
Naquele momento, tudo o que estava segurando Cassie foi libertado.
Ela caiu de cabeça sobre se apaixonar por Bowie Malone.
O próximo tempinho foi um borrão. Eles não estavam sozinhos no aquário
pirâmide, mas eles foram levados para trás dos bastidores. Ela conheceu Kenneth e
Sonja Horton, os amigos de Bowie. Ele os apresentou e explicou como eles se
conhecerem mutuamente.
— Sim, eu conheci Malone bem quando estávamos ajudando com um resgate
da ferry na costa da Malásia um par de anos atrás.
Cassie se lembrou de ouvir sobre isso. O barco tinha tentado fazer uma curva
acentuada, absorveu água e naufragou com mais de quatrocentos e cinquenta pessoas a
bordo, muitas delas crianças. Alguns tinham ficados presos. Sabendo que Bowie tinha
estado lá fez seu coração doer.
— O perigo que ambos enfrentaram me oprime, — ela admitiu.
Sonja assentiu com a cabeça.
— Eu concordo, mas Ken parece prosperar.
— Adrenalina, baby. — Ken beijou sua esposa. — Agora, vamos ver o que
podemos fazer por você.
Cassie apenas sentou e assistiu enquanto os outros três examinaram
equipamentos - tanques, nadadeira, máscaras - e então ela viu, outra cadeira de rodas.
— O que é isso? — Ela apontou.
Bowie sorriu.
— Esse é o seu corcel, My Fair Lady.
Ela não entendeu.
— Eu vou subaquática em uma cadeira de rodas?
Sonja empurrou-o em direção a ela. — Uma cadeira de rodas muito especial,
especialmente equipada para utilização subaquática. — Ela mostrou-lhe como ela
operava.
— Você vai adorar. Eu tenho uma amiga que usa uma e ela diz que é como
voar. Estas grandes barbatanas de plástico ligadas as pedaleiras permitem manobrar
com facilidade.
Uma magnífica emoção fez Cassie tremer.
— Eu não sei se eu posso. — Era a sensação de quando você queria fazer algo
tão ruim que você podia prová-lo, mas você estava com medo de fazê-lo ao mesmo
tempo.
— Eu vou com você. — Bowie assegurou-lhe, como se essa afirmação devia
acabar com todos os seus medos.
E acabou.
Demorou um pouco, mas ele cuidadosamente a instruiu sobre o uso do
aparelho de respiração e mudou-a para a cadeira, amarrando-a, explicando como os
controles funcionavam.
— Você nunca vai estar sozinha por um momento, por isso não tenha medo.
Ok? — Ele a olhou bem nos olhos, em busca de confirmação que ela queria fazer isso.
— Tudo bem, — ela concordou. — Mas e os peixes?
Bowie riu.
— Eles não vão saber o que está acontecendo em seu tanque. — E eles não
souberam. A partir do momento que Bowie mostrou-lhe como respirar e a enganchou
na cadeira, até o momento em que ele abaixou a subaquática, Cassie não tinha
realmente acreditado no que estava acontecendo. Mas Bowie estava bem ao lado dela,
assim como ele prometeu. E não demorou muito até que ela pegou o jeito e logo ela
estava realizando manobras através da água, perseguindo peixes anjo, chegando a
tocar os golfinhos e pairando sobre a perna de trás de uma tartaruga.
Cassie estava em êxtase. Ela nunca tinha conhecido que tal liberdade ou
maravilha existia.
Porra, ele desejava ter uma câmera. Se ele não tivesse que deixá-la, ele ia nadar
para cima e conseguir que Sonja tirasse algumas fotos. Inferno, ele nunca tinha visto
ninguém correr debaixo d'água antes, mas ela estava voando ao redor, lado a lado,
para cima e para baixo. Os peixes estavam deslizando, provavelmente se perguntando
quais novas espécies de vida marinha tinham sido introduzidas no seu habitat. Mesmo
em torno do bocal, ele poderia dizer que ela estava exultante. Nadando ao lado dela,
ele ajudou, mostrando-lhe como fazer uma cambalhota na cadeira.
E Senhor tenha Misericórdia.
Uma vez que ele fez, ela estava fora como um pequeno cavalo-marinho,
brincando, saltando e girando. Fez cócegas nele ver as pessoas a observá-los. Ele podia
vê-los batendo palmas e ele não os culpava. Ver Cassie feliz assim era um espetáculo
para ser visto.
Bowie a deixou brincar até que fosse óbvio que ela estava esgotada, então ele a
puxou de volta para o lugar onde eles pudessem sair. Kenneth e sua esposa estavam lá
esperando. Ficou aliviado ao ver que Sonja estava acenando com uma câmera, ela tinha
tirado fotos.
— Você me viu? — Cassie gritou com entusiasmo exuberante.
— Sim, nós vimos. — Sonja assegurou-lhe com um sorriso indulgente. — Você
se divertiu?
— Mais do que nunca! — Ela piscou para Bowie, torcendo a boca fofa para um
lado. — Exceto por, você sabe.
— Você sabe, o quê? — Bowie perguntou com um sorriso não tão inocente.
— Eu vou te mostrar mais tarde, — ela prometeu com uma piscadela e Bowie se
sentiu endurecer apesar da frieza em sua pele. Demorou um tempo para se trocar e
depois Cassie tinha que ver o resto do aquário e… ela nunca silenciou. Tudo que Bowie
podia fazer era beijá-la de vez em quando e apenas deixá-la falar. Ela estava sobre a
lua.
Foi algo assim… e foi tudo Cassie…
"Isso foi incrível!
Você viu o peixe anjo?
Esse golfinho totalmente gostava de mim.
As pessoas estavam realmente olhando para mim?
Eu não posso acreditar que fizemos isso!
Você disse que tem fotos?
Quando podemos fazer isso de novo?
Sem você, eu nunca teria feito nada disso e eu nunca, nunca esquecerei isso ou você
enquanto eu viver."
Ele começou a dizer-lhe que ele nunca lhe daria a chance de esquecer, mas ele
não teve a chance. Ela levantou os braços para abraçá-lo e ele parou bem no meio da
Moody Gardens e beijou-a até que ela não tinha mais fôlego para falar.
Mais tarde… na cama, ela lhe mostrou o seu apreço e a única coisa que ela
achou mais divertido do que o mergulho era ela e Bowie amando um ao outro.
— Deite-se de barriga. — Ele ficou ao lado da cama, nu e completamente
excitado.
Ela não discutiu, embora ela o mantivesse a vista, tanto quanto possível. Cassie
não queria perder um momento de tudo o que estava na mente deste homem.
Com um grunhido do fundo da garganta de intenções, Bowie colocou o joelho
na cama e se aproximou dela. Começando por seus pés e movendo-se até os
tornozelos, ele começou a esfregar as pernas requintadas.
— Diga-me se eu te machucar. — Massagem terapêutica era um dos
tratamentos que ele havia lido a respeito de alguém em seu estado. Embora, ao ver sua
bunda perfeita em forma de coração empoleirada lá em cima para o seu deleite, a
terapia era a coisa mais distante de sua mente.
Cassie não sabia se era toda a atividade como o exercício na água, se ela era
apenas ultrassensível ou se ela estava tão apaixonada que ela estava imaginando
coisas, mas parecia que podia sentir mais do que o usual. As mãos acariciando e
acalmando, correndo para cima e para baixo das pernas, cada passe o levando cada vez
mais perto para o local que ela mais precisava dele.
Cassie estava se afogando no desejo. Agarrando o travesseiro, ela enterrou um
gemido abafado.
— Porra, você tem uma pequena bunda quente.
Arrepios correram sobre sua pele. As palmas das mãos de Cassie estavam
suando, seu coração batia forte, seu corpo todo doía.
— Role, baby. — Ela fez e quando ela olhou para o rosto dele, Bowie estava
visualmente a devorando. — Você é minha, só minha. Diga as palavras.
Todo o corpo dela reagiu ao escaldante olhar possessivo dele.
— Eu sou sua. Eu sou sua desde que você me queira.
— Quanto tempo você tem? — Ele passou as mãos sobre o pescoço e os ombros
para baixo, cobrindo os seios e os moldando, elevando-os aos lábios, onde ele rodou e
beliscou até que ela estava se contorcendo embaixo dele.
— Por favor, Bowie? — Ela sussurrou.
— Por favor, o quê? Apenas me diga o que você quer, e é seu, se estiver em meu
poder.
— Venha para dentro de mim, eu preciso tanto de você.
Quem era ele para privá-la de algo que ele tanto necessitava.
— Vamos tentar algo novo. — Levantando-se atrás dela, deixando-a deitar em
seus braços. Levantando a perna suavemente, ele entrou por trás dela, e então ele
começou a transar com ela suavemente, com uma mão no peito e a outra escavando e
massageando sua vulva, seus dedos girando e esfregando seu clitóris até que ambos
explodiram. Cassie se desfazendo em seus braços era a mais sexy maldita visão que ele
já tinha visto.
Dormiram bem juntos, Cassie em seus braços. Bowie tinha relaxado um pouco,
não constantemente nervoso como se ele estivesse indo feri-la com um movimento
súbito no meio da noite. Ela tinha lhe assegurado de que as dores vinham de ficar
sobre suas pernas, e não de movimentá-las na cama. Mas a melhor parte foi que sua
vida amorosa estava fora deste mundo, ambos estavam aprendendo como agradar um
ao outro e as melhores maneiras que eles poderiam se encaixar.
Cassie queria fazer o que fosse preciso para fazer Bowie feliz. A própria ideia de
que ele poderia encontrar prazer nela e seu corpo lhe trouxe alegria.
— Pronta para se levantar, dorminhoca? — Ele perguntou a ela, esfregando o
rosto em seu cabelo. — Nós temos que ir para casa hoje.
— Awww, — disse ela, mas ela não tinha reclamações. — Isto tem sido um
sonho para mim, mas eu estou pronta para ir. Eu tenho certeza que eu tenho pedidos
de velas e você tem o seu trabalho. A vida continua.
Bowie resmungou um pouco e divertidamente mordeu no pescoço, acariciando-
a.
— Você nunca ouviu falar? George tem alguma placa em nosso escritório - Live,
Laugh and Love6. Concordo com todas essas coisas, especialmente a parte do amor.
6 Viva, Ria e Ame
Suas palavras a emocionaram. Ela queria dizer a ele que o amava, mas Cassie
não podia evitar, mas querer que ele dissesse as palavras, as palavras específicas, Eu te
amo. Não era o sonho de toda garota?
Não demorou muito antes de estarem com as malas prontas e na estrada. Desta
vez, eles voltaram através de Houston e se dirigiram em direção a noroeste por
Bandera. Parte do tempo eles se deram as mãos e conversaram, parte do tempo, ela
cochilou. Mas Cassie veio imediatamente bem acordada quando Bowie trouxe um
determinado assunto…
— Cassie, — ele começou devagar. — Quando formos para casa, eu quero que
você pense em algo por mim.
— O que é isso? — Ele parecia sério. Ele estava prestes a propor? Cada nervo
dela ficou tenso. O que ela diria? Como se isso fosse uma pergunta, a palavra sim
pairava em seus lábios.
— Eu quero que você more comigo.
Morar com ele? Cassie foi pega de surpresa. Não era o que ela estava
esperando, mas esta era a forma como as coisas eram feitas hoje em dia. Sendo criada
pela avó, Cassie era provavelmente um pouco da velha escola. As pessoas não se
ligavam uns aos outros como antigamente, não sem um ensaio de funcionamento e as
coisas às vezes de casais apenas mantinham casual. Eles dormiram juntos, eles viveram
juntos, mas não era considerado para sempre.
Rapidamente, pensamentos e sentimentos guerreavam em sua cabeça. Ela
queria estar com Bowie. Ela o amava. Estar perto dele pelo tempo que eles tivessem era
melhor do que nunca saber o que era em tudo.
Bowie esperou pela resposta dela. Ele estava prestes a tentar persuadi-la com as
reformas quando ela respondeu.
— Sim, se você tem certeza que não vai causar-lhe um monte de problemas.
— Obrigado, — ele deu um suspiro de alívio. Então ele perguntou. —
Problemas? Quais problemas? — Droga. O que ela diria sobre todas as mudanças que
ele estava fazendo? Ele tinha a intenção de contar a ela, mas agora ele pensou que
apenas esperaria e a deixaria ver por si mesma. — Cassie, meu amor, — ele se inclinou
para beijá-la. — Você vale o que for preciso.
Para o restante da viagem, ele fez o seu melhor para mantê-la entretida. Ele até
cantou para ela, não muito bem, mas ele fez uma droga de bom cover de Luke Bryan,
You Can Crash My Party Anytime.
Quando chegaram em casa, Bowie estava animado por ver o quintal cheio de
caminhões de operários.
— O que está acontecendo? — Cassie olhou com espanto.
Bowie sorriu.
— Espere e verá.
Os cães e gatos se encontraram com eles com grande alegria e Cassie teve que
parar para fazer carinho em todos. Bowie pegou a bagagem e viu um dos empreiteiros
que ele reconheceu. Indo até ele, ele foi informado da situação. O homem queria que
ele continuasse e checasse, mas ele queria esperar Cassie.
— Você recebeu bastante carinho dos cães e gatos para prendê-la por um
tempo?
Cassie deu uma risadinha.
— Sim, eu estou indo.
Bowie veio até ela e abaixou-se, sussurrando em seu ouvido. — Você tem que
pensar em outra coisa a dizer, em vez de eu estou vindo. Diga: Eu estou no meu caminho
ou Estarei ai. Eu estou vindo faz-me incapaz de andar. — Ele apontou para baixo em seu
pênis inchado.
— Oh, Toot. — Ela riu um pouco mais. Mas ela o deixou empurrá-la em direção
à casa onde ela foi recebida com uma bela rampa que levava à direita para a varanda.
— Não Bowie, você fez. — Ele não respondeu, mas apenas a guiou para entrar na casa
no meio de toda a atividade. E o que ela viu a surpreendeu. A cozinha estava sendo
renovada com armários duas alturas. Trabalhadores estavam carregando novos
acessórios para o banheiro. — Você está fazendo isso por mim. — Não era mesmo uma
pergunta. — Mesmo antes de você me pedir para morar com você.
— Eu estava confiante demais? — Ele estava com medo de que ela poderia estar
com raiva.
Os olhos de Cassie se encheram de lágrimas.
— Não, você é incrível.
***
Não demorou muito tempo para se estabelecer e os trabalhadores fizeram um
progresso rápido. Cassie fez-se em casa. Sua segunda noite depois de voltar de
Galveston, o telefone tocou no meio da noite.
— Alô? — Perguntou Bowie sonolento.
— Levante-se. Temos uma mulher desaparecida no Lago Travis. A família
pensa que ela poderia ter se reunido com o jogo sujo. — A voz de Tanner rapidamente
acordou Bowie.
— Droga. Você está me pegando?
— Estarei na sua garagem em cinco minutos.
Bowie desligou, apressadamente se vestiu e beijou Cassie na testa.
— Tenho que ir, Cassie. Pode ter havido um afogamento.
— Oh, não. — Cassie se sentou. — Tenha cuidado, por favor.
— Eu vou estar de volta logo que puder. Este é perto, não é como se eu
estivesse voando para o Canadá. — Mais um beijo na testa e ele reuniu seu
equipamento e estava fora da porta.
Tanner estava parando quando ele saiu para a madrugada. Rastejando no lado
do passageiro, ele perguntou. — Qual é a história?
— Aqui. — Ele entregou a Bowie um refrigerante que tinha comprado para ele,
completo com tampa e canudo. — A família relatou o desaparecimento. Ela tem vinte e
dois anos, vivia com o marido perto de Pace Bend. Os vizinhos os viram brigar. Ele diz
que ela saiu às pressas e, provavelmente, está com uma amiga.
— Obrigado pela bebida. — Bowie percebeu que ele não iria esquecer, Tanner
vivia com cafeína e raramente se esquecia de incluir Bowie se ele estava por perto.
Sabendo que não havia mais do que isso na história para obter uma equipe de
mergulho, ele perguntou. — Agora, diga-me o que veio à tona?
— Assim que a família começou a fazer perguntas, um homem baixo na marina
disse que viu o marido voltando com seu barco, por horas, depois da meia noite -
sozinho.
— E? — Ele sabia que havia mais.
— Alguém encontrou o anel de casamento dela, gravado com seus nomes e a
data do casamento.
— Inferno. — Bowie acomodou-se para baixo para o passeio. — Eu odeio esse
tipo de coisa. A probabilidade de encontrá-la segurando a algum toco é pequena.
— Sim, mas temos que tentar. — Tanner colocou suas luzes brilhantes quando
eles puxaram para fora na estrada e seguiu para o norte. Depois de alguns momentos
de reflexão, Tanner falou novamente. — Então, como Cassie está?
Bowie não podia deixar de sorrir.
— Bem, ela estava bem quando eu dei um beijo de despedida um segundo ou
dois atrás.
Tanner bufou.
— Seu cachorro.
Bowie ficou sério, sabendo que ele podia confiar em Tanner.
— Estou refazendo a casa para ela. Pedi a ela para morar comigo.
— Isso não é um pouco de repente? — Mesmo nas sombras, Bowie podia ver a
preocupação no rosto de seu amigo.
— Nós passamos muito tempo juntos. — Ele disse a Tanner sobre sua viagem
Galveston e levá-la para o mergulho.
— Parece que você mostrou a ela um bom tempo.
Bowie conversava com Tanner frequentemente, por isso ele sabia sobre Cassie
encontrá-lo em casa com o gás ligado. Mas havia algo que ele não sabia.
— Eu devo a ela, Tanner.
— Sim, você deve. — Ele ainda estava falando sobre o gás.
— Não, você não entende. — Bowie soltou um suspiro duro. — Você se lembra
de eu lhe contar sobre o acidente de caça onde eu atirei nessa menina?
— Sim. — Tanner estava olhando para Bowie tão duro quanto podia e ainda
mantendo um olho na estrada.
— A menina era Cassie.
Tanner desviou.
— Foda-se. Como foi que você descobriu? É por isso que você está com ela?
— Não. — Bowie balançou a cabeça, tentando não ficar ofendido. — Eu estava
com ela antes que eu soubesse. Tio Michael reconheceu o nome dela.
— Você tem certeza que é a mesma menina? — Tanner não podia acreditar.
— Não, não completamente, mas eu tenho certeza que ele está certo.
— Se você tem apenas quase certeza, você não falou sobre isso com ela, não é?
Bowie olhou para a distância enquanto o sol se levantou sobre a região
montanhosa.
— Não, eu não disse a ela.
— Você tem que dizer a ela. — Tanner insistiu. — E amarrando-se a ela não é a
maneira de pagá-la de volta.
Isso deixou Bowie com raiva.
— Eu não estou com ela por causa do acidente. — Ele tentou fazer isso tão claro
quanto podia. — Eu ficaria com ela de qualquer maneira.
— Você a ama. — Tanner terminou o pensamento.
— Sim, eu amo. — Bowie admitiu. Sentiu-se bem em admiti-lo.
Tanner esperava que ele percebesse o quão ruim isso poderia acabar.
— Tenha malditamente certeza, Malone. Tenha malditamente certeza. Esta é a
vida dela que você está falando. Se você não está com ela pelos motivos certos, você só
vai machucá-la.
Merda.
— Eu sei o que estou fazendo. — Bowie insistiu. — Eu quero estar com ela a
cada minuto do dia.
— Sim, mas o que ela vai fazer quando descobrir a verdade? No que ela vai
acreditar?
Bowie não tinha respostas para isso, então ele calou a boca e deixou-se pensar.
Quando puxou para a marina, havia outros esperando - o xerife, alguns deputados e
mais voluntários. Bowie e Tanner se vestiram e esperaram para obter instruções.
Eles receberam um barco e um lugar para procurar. Dirigindo-se para
McGregor Park, uma área rochosa escorada do lago, Tanner riu, ainda bebendo sua
cola.
— Você sabe para onde estamos indo, não é?
— O quê? — Perguntou Bowie, sem realmente colocar um monte de
pensamento.
— Hippie Hollow, McGregor também é conhecido como Hippie Hollow.
Bowie teve que pensar um minuto.
— A praia de nudismo. — Tanner assentiu com um sorriso.
— Bem, certamente é muito cedo e muito frio para que as pessoas estejam
brincando se divertindo no seu todo.
Tanner deu de ombros.
— Você quer dizer que o anel foi encontrado na praia de nudismo? —
Perguntou Bowie.
— A trama se complica, hein.
— Eu diria que sim.
Quando Tanner terminou de ajustar seu equipamento bucal, Bowie começou no
rádio para confirmar suas vinte e suas instruções. Para sua surpresa, várias pessoas
estavam na praia, assistindo, sentados em torno de aquecedores elétricos com roupões
de banho e cobertores embrulhados em torno deles.
— Você acha que eles estão nus sob essa capa?
— Caramba, se eu sei.
Vários barcos já estavam na água e alguns estavam um pouco demasiado perto
para o conforto do Bowie.
— Tudo bem, vamos nos preparar para dar uma olhada. — Eles sempre
esperavam que eles não encontrassem nada, não com esses tipos de missões. Tanner
inclinou para trás para o lado e entrou na água e Bowie fez o mesmo. Apesar de seus
trajes isolados, a água estava fria e escura. As luzes que usavam em seus pulsos
fizeram veias finas de iluminação. Neste ponto, a água estava com cerca de quinze
metros de profundidade. Fora um pouco mais longe, a profundidade caiu para mais de
sessenta metros. Havia alguns detritos no fundo rochoso e muita vegetação aquática.
Fazendo uma grade em sua mente, Bowie começou a nadar cerca de quinze metros
para a frente e depois para trás cruzando. Uma vez que ele pensou ter visto alguma
coisa, mas não era nada, mas um grande balde de tinta.
— Bowie, eu tenho alguma coisa. — A voz de Tanner veio no rádio no ouvido
dele.
— O quê?
— Eu acho que é ela, amarrada a um maldito pneu.
Capítulo Onze
17 de Julho de 1995
Cassie Cartwright, de seis anos, filha de Elzie e Adele Cartwright, foi baleada no sábado por
Travis Malone, nove anos de idade, filho de Jim e Mary Malone. O incidente foi considerado um
acidente. Malone e um amigo estavam atirando rifles em um alvo e Cartwright estava a alguma
distância atrás do alvo. Ela foi levada às pressas para o hospital em estado crítico. Nenhuma
acusação foi arquivada.
Mesmo que o artigo só confirmou o que ele já suspeitava em seu coração,
apenas lê-lo fez Bowie querer vomitar.
— Obrigado. — Ele tossiu, dobrou o papel e colocou no bolso de trás.
Capítulo Doze
Com os dedos trêmulos, ela ergueu e examinou o pequeno artigo. Uma dor
esmagadora centrada em torno de seu coração. Cassie pensou que ia desmaiar.
Bowie sabia.
Ele sabia.
Bowie sabia que ele tinha sido o único a atirar nela.
Cassie se dobrou na cadeira. Deus. Deus. Deus. Ele sabia.
Ela estava tremendo. Balançando. Tentando descobrir o que isso significava. Ele
sabia, mas ele não tinha dito nada. Deus, ele estava refazendo sua casa. Ele levou-a
para sua casa. Bowie foi abrindo espaço para ela em seu mundo. Ele estava dando a ela
uma vida que ela nunca esperava ter.
— Deus, não! — Cassie começou a chorar.
Bowie não estava com ela porque a amava. Ele não estava com ela porque ele a
desejava.
Bowie estava com ela porque se sentia culpado.
Tristeza a venceu que ela mal conseguia se mover. Incapaz de suportar, ela
pegou algumas de suas coisas e chamou Sassy e Patience. Levou um par de viagens e
um pouco de tempo para carregar suas velas e materiais, mas o mais rápido que pode,
Cassie os carregou e dirigiu para casa. Ela mal conseguia ver a estrada através da
névoa de lágrimas.
Seu mundo tinha apenas quebrado a seus pés.
***
Bowie dirigiu o mais rápido que pôde. Era pouco mais de cento e vinte
quilômetros de Bandera ao poço de Jacob. Ele só tinha estado na estrada cerca de 20
minutos, quando ele decidiu chamar Cassie novamente. Chegando no bolso para seu
telefone celular, ele veio vazio.
— Merda! — Ele procurou em torno do assento e se inclinou para procurar em
sua engrenagem. Droga! Ele havia deixado deitada sobre a mesa.
— Porra, eu não posso voltar agora. A vida de alguém está dependendo de nós.
— Ele correu, deixando sua mente vagar. Hoje, ele tinha planejado comprar um anel
para Cassie. Bowie tinha que sorrir, lembrando sua paixão da noite anterior. Deus, ela
era quente. Ele a amava muito. A única nuvem em seu céu era o fato de que ele não
tinha sido honesto sobre seu passado.
Senhor, quem ele estava enganando? Isso não era uma nuvem, era uma porra
de um ciclone. Bowie prometeu, logo que ele chegasse em casa, ele iria fazê-la
entender, de alguma forma.
Quanto mais se aproximava de Wimberley, mais as lembranças do poço de
Jacob vieram clamando em sua mente. Ele tinha feito uma abundância de mergulho em
cavernas. Na verdade, ele e Joseph tinham feito algumas juntos.
Inferno, Joseph tinha recordes no passado. Mas poço de Jacob não era um lugar
normal. Se ele acreditasse em maldições, ele diria que o lugar foi marcado por uma
tragédia. A história completa da primavera era desconhecida. Os nativos americanos
consideravam a área sagrada e exploradores espanhóis descreveram em seus diários.
Um sobrevivente da Batalha de San Jacinto nomeou poço de Jacob, depois de vir sobre
a primavera e pensando que o lembrou dos poços descritos na Bíblia. Esforços foram
feitos no passado para impedir as pessoas de mergulharem em cavernas, mas mesmo
uma grade que tinha sido instalado foi removida e uma mensagem deixada na parede
da caverna, não tente manter-nos de fora.
A própria experiência de Bowie tinha sido de arrepiar os cabelos. A primavera
em Cypress Creek iria engoli-lo inteiro se você desse uma chance.
Sem dúvida, era um dos locais de mergulho mais perigosos do mundo. Ele
esteve em uma missão para resgatar dois mergulhadores de Houston. A tentativa de
resgate se tornou uma missão para recuperar os restos mortais.
Os mergulhadores inexperientes tinham simplesmente ficado sem ar. Mas na
terceira câmara, Bowie tinha ficado enterrado no cascalho deslizante. Ele ainda se
lembrava do pânico, o pressentimento, o tipo de filme de terror, terror de saber o quão
profundo estava subterrâneo e da incapacidade de se libertar. Assim quando ele ficou
sem ar, ele foi resgatado por dois outros mergulhadores, um deles tinha sido Tanner. A
subida rápida, inconsciente, mas necessária tinha rompido seu estômago. Um encontro
com a morte perto assim era obrigado a assombrar ninguém.
Quando ele desligou na estrada que levava à pastagem, Bowie podia ver
reunindo uma multidão. Todos, desde policiais a repórteres aos paramédicos.
Vendo Joseph, ele pulou do caminhão e correu até onde ele estava.
— Hey, McCoy, posso usar o telefone?
Joseph falou pausadamente: — Bem, olá para você também. — Mas ele lhe
entregou o celular.
— Eu vou explicar em um segundo. — Sem perder tempo, ele tentou número
de Cassie de novo, mas ainda assim, não houve resposta. O correio de voz era ótimo,
mas não desta vez. — Cassie, me ligue! — Ele exigiu. Em seguida, ele tentou Tio
Michael. Graças a Deus, ele respondeu. — Hey, não há tempo, apenas ouça. Estou ao
poço de Jacob. Eu não tenho uma escolha, mas para ir.
— Droga. — Seu tio sabia o que aquilo significava.
— Escute, eu preciso de você para encontrar Cassie, ela não atende o celular.
Estou preocupado. Vou verificar com você quando eu puder.
— Claro.
Bowie desligou, ouvindo seu nome sendo chamado.
— Pronto para ir para baixo, Malone?
Não. A resposta era não.
***
— Bem, onde diabos você pensa que ela está? — George perguntou a Michael
quando eles saíram da casa. — Você acha que devemos chamar a polícia?
— Não. — Michael balançou a cabeça. — Ela poderia ter ido fazer algum afazer,
não adianta entrar em pânico ainda.
— Vamos verificar na casa dela. — George sugeriu.
— Boa ideia. — Juntos, eles pularam no jipe de Michael e foram para o antigo
lugar Sever. Quando eles chegaram, a van de Cassie estava lá. — Graças a Deus.
Mas quando eles foram para a porta e bateram, ninguém respondeu.
— Eu vou entrar. — George abriu a porta. E não estava trancada. — Cassie!
Cassie!
Para seu espanto, ela não estava em casa. O único som de vida foi o latido do
cachorrinho na distância.
— Talvez ela partiu com alguém. — Michael sugeriu.
— Talvez. — George limpou o rosto com a bandana. — Deus, ela tem quente
como um fogo de artifício nesta casa.
— Sim, — Michael observou. — As mulheres são criaturas frias, eu acho. — Ele
olhou pela janela, vendo nada de estranho. — Bem, inferno. O que fazemos agora?
— Eu acho que voltar para casa e esperar um pouco. Talvez nós vamos ouvir de
Bowie em breve. — George começou a sair pela porta.
— Eu estou preocupado com ele. Ele prefere caminhar pelo inferno com seus
pés descalços do que descer no poço de Jacob.
George e Michael voltaram a Vega Verde e tentaram trabalhar, mas George não
conseguia parar de pensar em Cassie.
— Cara, eu espero que ela esteja bem. Se ela não estiver, só vai matar Bowie.
Michael lavou a graxa das mãos.
— O que você quer fazer?
— Voltar lá, eu acho. Nós realmente não demos uma boa olhada em volta. Eu
tenho um sentimento engraçado. Você se lembra de ouvir aquele pequeno cão salsicha
latir? Esse cão raramente saía de seu lado.
— Eu concordo, vamos lá. — Michael começou, mas ele não conseguiu três
passos antes que seu celular tocou. — Bowie?
— Não, senhor. Este é Copeland. McCoy me disse que Bowie chamou esse
número anterior. Você é o parente mais próximo?
Parente mais próximo? Michael quase tropeçou. Ele teve que agarrar seu
caminhão para apoio.
— Eu sou seu tio.
— Bem, eu tenho de informar que Bowie Malone não veio para cima de seu
mergulho na caverna. Joseph McCoy veio tona e voltou para baixo para encontrá-lo.
Mas achamos que você deveria saber.
— O que há de errado? — George gritou. Ele podia ler o rosto de Michael como
um livro.
— Bowie perdido para baixo nas cavernas. Joseph voltou atrás dele.
— Deus, precisamos ir até lá. — George parou e olhou em volta, sem saber o
que fazer. — Não, nós precisamos ver a Cassie em primeiro lugar.
— Eu concordo, mas vamos nos apressar.
Desta vez, quando eles voltaram para a pequena casa branca, eles decidiram
tomar uma abordagem diferente. — Eu vou correr para dentro e olhar mais uma vez,
— George ofereceu. — E você acha aquele cachorro.
***
Bowie pensou em Cassie. Ele podia ver seu lindo rosto. No escuro preto da
caverna, ela era a única luz que ele podia ver.
Como diabos tinha tudo dado tão errado? Ele e Joseph tinham encontrado os
corpos, eles tinham tirado seus tanques em um corredor estreito e eles os tinham
perdido no escuro. Joseph tinha começado a fazer o seu caminho para sair com um
Homem, enquanto Bowie estava seguindo com o outro. Foi um processo trabalhoso
lento. Tudo tinha sido bem até que tinham chegado no meio da terceira câmara. Joseph
estava bem na frente dele quando um cinto tinha escorregado do corpo e jogado uma
enorme nuvem de lodo, efetivamente cegando Bowie.
Ele lutou contra o pânico. Não era possível dizer se o que era para cima e o que
era para baixo, Bowie não tinha escolha a não ser deixar o corpo e começar a tentar
encontrar o seu caminho para fora. Era como nadar através da fumaça, ele não
conseguia ver nada. Por fim, ele tocou o lado da caverna e ele começou a segui-lo. Ele
não podia dizer se ele estava indo para cima e para baixo, mas quando ele chegou a um
beco sem saída, ele sabia que estava acabado.
Tudo o que podia pensar era que ele nunca disse a Cassie que a amava.
***
— Cassie! Cassie! — George e Michael começaram a andar no meio do mato
atrás de sua casa. Algumas guinés correram em volta freneticamente, assustadas com
os passos pesados e grandes vozes.
— Pare! — Michael levantou a mão e George parou ao lado dele. — Ouça.
Eles podiam ouvir um cachorro latindo a alguma distância.
— Vamos. Para baixo pela enseada. — George decolou em uma corrida.
— Oh, Deus. — Michael bufou enquanto seguia seu amigo. Eles correram
algumas centenas de metros mais. — Cassie!
— Eu estou aqui. — Veio uma voz fraca.
Rompendo os arbustos, viram Cassie no chão.
— Você está bem? — George exclamou enquanto corriam para ela.
— Sim, acho que sim. — Ela começou a soluçar. — Minha cadeira ficou presa
em uma raiz e me virei.
— O que você está fazendo aqui, menina? — Michael perguntou quando ele a
pegou.
— Eu só precisava pensar, — ela chorou. — Foi um erro.
— Eu diria que sim, — disse George e Michael bateu-lhe. — Quer dizer, eu só
estou feliz que te encontrei.
— Por que você saiu de casa? Bowie tentou alcançá-la várias vezes.
— Eu desliguei meu telefone, — Cassie admitiu.
— Por quê? Vocês dois brigaram? — Perguntou George.
Michael não disse nada, porque ele pensou que ele sabia sobre qual era o
problema e não era o seu gato para deixar fora do saco.
— Não, não realmente, — disse Cassie suavemente.
— Bem, agora não é hora de se preocupar com coisas como essa, — disse
Michael. — Bowie está em apuros.
— Em apuros! — As preocupações de Cassie por ela voaram diretamente para
fora de sua mente. — Onde ele está?
— Vamos lá, vamos a ele. Vamos explicar no caminho.
Michael e George a levaram e ela trocou de roupa rapidamente, tremendo de
preocupação.
— Onde ele está? — Ela gritou, não querendo esperar para saber mais.
— Depressa, Cassie! — Disse George.
— Ele foi chamado para um mergulho ao poço de Jacob.
Michael não pensou que Cassie saberia o que era, mas era uma texana.
— Não, não, — ela sussurrou. — Isso é uma armadilha mortal.
— Exatamente, e ele esteve preso lá antes. Se Bowie tem uma fobia sobre algum
lugar, é esse.
Cassie queria gritar e gritar, mas agora que não faria nenhum bem. Ela
precisava chegar a Bowie.
— Vamos deixar os animais dentro. Estou pronta.
Pouco tempo depois, eles estavam em seu caminho.
***
Joseph McCoy não estava disposto a desistir. Desta vez, ele trouxe uma linha
guia e ele iria encontrar o seu amigo ou… bem, não só foi um ou que ele consideraria.
Seguindo seu caminho de volta através da primeira câmara, ele veio para a abertura
menor levando para a próxima câmara. A cada momento ele pensou em Cady e seus
filhos não nascidos. Mergulho em cavernas não era novidade para ele, mas das outras
vezes tinha sido para o esporte ou a exploração, uma vez que até mesmo para
estabelecer um recorde.
Mas salvar uma vida, isso era completamente diferente. Ele era um tomador de
risco nato, mas isso foi antes que ele tivesse uma família. Agora, ele só pretendia
descer, pegar Bowie, e dar o fora dessa merda de buraco.
Mais à frente ele podia ver uma nuvem de lodo. Não é de admirar. Deus, ele
esperava que Bowie estivesse bem. Se ele tivesse estado por muito tempo, mesmo com
o ar, ele poderia começar a ter envenenamento por narcose de nitrogênio e, em
seguida, ele não estaria pensando claramente que era a possibilidade mais perigosa de
todas. Mantendo seu foco e lutando para manter a calma, Joseph continuou na abertura
em forma de funil. Esta câmara era estreita e cerca de dezesseis metros de
comprimento. Alguns lugares eram tão apertados, ele estava tocando o fundo com o
seu corpo e raspando seu tanque de ar na parte superior. Merda.
Joseph começou a rezar. Bowie era família. Jacob pensou mais de Bowie do que
ele fazia de mais alguém, além de Jessie e BT, Joseph imaginou. Ele não podia deixar
nada acontecer com seu amigo. De repente, ele viu algo se mover. Bowie! Aumentando
sua velocidade, ele estendeu a mão para tocar a figura e Bowie empurrou. Quando
seus olhos se encontraram por trás das máscaras, que não precisava de palavras para se
comunicar. Era hora de ir para casa.
Na superfície, uma multidão ainda maior se reuniu. Todo mundo ficou muito
triste com a morte e horrorizado que poço de Jacob poderia reclamar mais uma vítima
no mesmo dia. Michael, George e Cassie pairaram perto do caminhão de Bowie,
esperando.
Cassie juntou as mãos e balançou-se na cadeira. Ela estava tão preocupada.
Mais do que qualquer coisa ela desejava que ela pudesse ter dito a ele que o amava. Por
que ela se segurou? Realmente não importava sobre o seu passado e ela não sabia o
que o futuro reservava, mas não queria viver em um mundo sem Bowie Travis Malone.
— Olha! Lá estão eles! — Gritos e movimento obscureceram a visão de Cassie,
até que ela o viu. Deus o viu! Tentando mover em direção a ele, ela continuou correndo
em obstáculo após obstáculo.
— Bowie!
Do outro lado do caminho, Bowie a ouviu.
— Cassie! — Ele respondeu.
— Espere, — um médico advertiu quando Bowie começou a se levantar.
— Você não vai a lugar nenhum até que eu diga.
Bowie fez uma careta, mas ele ainda estava sentado. Olhando para cima, viu
George e Michael trazendo Cassie em direção a ele. Deus, ela estava chorando.
— Espere, eu estarei aí, — disse ele, apesar do olhar de advertência que recebeu
do EMT. Merda, ele estava fraco. Apesar de sua urgência para sair do poço, Joseph o
tinha obrigado a ir devagar e no ritmo certo para evitar um problema como ele tinha
experimentado antes.
— Eu vou viver? — Perguntou.
— Sim, acho que sim.
— Bom. — Então ele empurrou para cima e longe e caminhou os poucos passos
até onde ela estava sentada, parecendo um anjo de cabelos dourados.
— Bowie, eu estava com tanto medo, — ela gritou e levantou os braços.
George e seu tio se afastaram e criaram um pouco de uma barreira para eles.
Bowie caiu de joelhos e colocou a cabeça em seu colo.
— Eu estava com medo também. Por que eu não podia te encontrar por
telefone?
— Sinto muito. Eu fugi.
— Fugiu? — Ele olhou para cima. — Por quê? — Vendo as lágrimas, tomou-a
nos braços e beijou-a uma e outra vez. — Você está bem?
Ela soluçou um soluço suave.
— Fiquei presa em um toco.
Bowie bufou.
— O que diabos você estava fazendo em um toco?
— Eu fui até o riacho atrás da minha casa.
— Para quê? — Ela apenas balançou a cabeça. Abraçando-a perto, ele
sussurrou. — Veja, você precisa de mim.
— Podemos ir a algum lugar e ficarmos sozinhos? Eu tenho algo para lhe contar
e falar com você.
A voz e o rosto dela estavam sérios e Bowie sentiu um arrepio passar por cima
de seu corpo.
— Sim, senhora, deixe-me falar com alguns caras primeiro. Não vai demorar,
mas um minuto.
Com um pouco de esforço, ele se levantou e se foi apenas um curto período de
tempo, falando com Joseph, George, Michael e algum homem que Cassie não conhecia.
Um repórter tentou entrar para falar com ela, mas Michael não iria deixá-lo perto.
Cassie estava grata.
Logo, ele estava em seu caminho de volta. Ela não conseguia tirar os olhos dele.
Ele era tão amado. A ideia de algo acontecer com ele era totalmente inaceitável.
— Vamos.
— Tudo bem. — Ele a levou para o seu caminhão e em um minuto eles foram
carregados e puxando para fora do parque. — Eu não quero esperar. Vamos estacionar.
— Ele pegou uma estrada lateral e empurrou seu acento todo o caminho para trás. —
Posso te abraçar?
Cassie hesitou. Ela poderia dizer o que ela precisava dizer em seus braços?
— Sim. — Ela decidiu que podia. A verdade pode não libertá-los, mas isso
abriria as portas da comunicação.
— Agora, por que você foi de volta para sua casa? Queria ir para alimentar as
guinés? Coloquei comida suficiente para um par de dias, para durar uma semana e se
você quiser, podemos levar os urubus para minha casa.
— Não, eu acho que os guinés devem permanecer onde estão. Talvez eu precise
ficar lá com eles. — Deus, isso era difícil. Ela não sabia o que ela estava esperando, mas
não era a maneira como ele reagiu.
— Não voltar para mim? Por quê? O que quer dizer…? — Ele procurou os
olhos, à procura de respostas.
Nervosa e agitada, suas palavras saíram agitadas.
— Eu sei quem você é. Eu sei que você é a pessoa que…
Ela não tinha que ser eloquente para Bowie entendê-la. Lanças enormes de
culpa perfuraram o coração e alma dele. As lágrimas começaram a rolar pelo rosto
dele.
— Deus, Cassie. Eu sinto muito. Por favor me perdoe, me perdoe. Eu não teria
feito isso por nada no mundo. Se eu pudesse voltar as mãos do tempo, eu faria. Por
favor, não me deixe por causa disso… — Ele a puxou para perto e enterrou o rosto em
seu pescoço. — Perdoe-me, por favor.
Ela acariciou sua cabeça, acariciando seus cabelos.
— Está tudo bem, Bowie. Eu perdoo você. Eu te perdoei há muito tempo, antes
de eu saber que era você. Eu não vou sair de casa, porque estou com raiva ou chateada
com o acidente.
— Então, por quê? Por quê? — Ele implorou, emoldurando seu rosto.
— Se você pode me perdoar, então por que não podemos ficar juntos?
Mais uma vez ela tentou formar as palavras.
— Estou saindo porque…
Sem entender, ele perguntou com desespero.
— Você não me ama?
Cassie começou a chorar de novo, segurando-o firmemente.
— Sim, é por isso que eu não posso estar com você.
— Baby, não faz o mínimo sentido. Tente novamente. — Ele a beijou com
reverência. — Eu acho que você é a mulher mais bonita do mundo.
De repente, a barragem rompeu e as palavras vieram derramando-se.
— Eu preciso ir, porque eu te amo e você só está comigo porque se sente
responsável. Você descobriu quem eu sou e você está tentando recompensar para mim.
Você está sacrificando sua vida para tentar me pagar e eu não vou aceitar! Eu não
posso suportar isso. É por isso que eu tenho que ir para casa.
— Não, não. — Bowie protestou. — Você não entende. Você acha que eu estou
com você porque eu sinto pena de você? Eu porra te adoro, eu daria minha vida por
você, eu quero você, só você. Eu não me importo se você pode caminhar, correr, saltar
ou apenas deixar-me carregá-la o resto de seus dias. Eu te amo, Cassie Cartwright. Eu
gostaria de poder apagar as horas e não ter puxado o gatilho, eu trocaria de lugar com
você em um piscar de olhos, mas eu não estou com você porque me sinto responsável,
estou com você, porque vou morrer longe de você.
O coração de Cassie quase parou de bater.
— Você quer dizer isso.
O que Cassie disse não era uma pergunta, era uma declaração. Mas Bowie não
entendia.
— Eu não sei como convencê-la, Cassie. Eu não sei quais palavras dizer.
Gentilmente, ela beijou as lágrimas de suas bochechas.
— Você não precisa de palavras, eu acredito em você. Você me ama, eu posso
ver isso escrito em seu rosto.
— Podemos ir para casa? — Ele sussurrou.
— Sim, vamos para casa.
Epílogo
Bowie passeou pelo corredor do hospital. Ele tinha ajuda. Destry, Jacob, George
e Michael andavam com ele.
— Por que eles não vêm me dizer alguma coisa?
— Em breve, amigo, em breve.
Levou algum tempo, mas Bowie tinha convencido Cassie a fazer a operação. Se
ela pudesse estar livre da dor, ele estava disposto a abrir mão de tudo o que possuía.
— Sr. Malone? — A voz de um médico fez com que ele girasse.
— Ela está em recuperação.
— Como ela está?
Ele caminhou até o grupo de homens.
— Bem, foi um procedimento delicado e não podemos ter a certeza absoluta,
mas acho que eu tenho o fragmento de bala, sem fazer mais danos à medula espinhal.
Bowie quase ficou de joelhos com alívio.
— Posso vê-la?
— Só um minuto, deixe-me explicar. — O médico tinha mais a dizer.
Jacob tocou no ombro de seu amigo, dando-lhe apoio.
— Continue.
— Eu não estou dizendo que ela vai voltar a andar. Não posso nem começar a
prometer algo assim. Mas com a reabilitação, pode haver alguma melhora.
— Enquanto ela não estiver sofrendo, isso é tudo que eu peço.
— Ótimo. — O médico estendeu a mão para apertar a de Bowie. — Acho que
conseguimos esse objetivo.
— Posso vê-la?
— Sim, você pode ir à sala de recuperação. Pode ser um pouco antes de ela
acordar.
— Eu quero estar lá com ela.
— Vamos para a sala de espera, — Michael chamou, mas Bowie nem sequer
olhou para trás.
Quando entrou no quarto, ela estava dormindo, seu cabelo dourado espalhado
sobre o travesseiro. Ele caminhou até ela e se ajoelhou ao lado da cama, colocando seu
rosto tão perto dela que podia.
— Cassie, minha Cassie. Estou aqui.
Ela não se mexeu, então ele apenas se ajoelhou ao lado da cama e cobriu a mão
dela com a sua, colocando sua cabeça sobre a cama. Ele precisava de algum tempo para
recuperar o atraso em seus agradecimentos dando orações de qualquer maneira. Bowie
não sabia quanto tempo ele ficou lá de joelhos.
Isso realmente não importava, ele estava perto dela. Mas quando sentiu uma
mão suave no seu cabelo, ele quase chorou de alívio.
— Bowie?
Ele atirou a seus pés e colocou os braços em volta dela suavemente.
— Baby, oh, baby. Estou tão aliviado.
— Estou? — Cassie não sabia o que perguntar. Ela estava grogue.
— O médico acha que funcionou. Ele removeu a bala. — Uma bala que ele
colocou nela. Enquanto ele vivesse, ele nunca esqueceria. Sabendo que ela o tinha
perdoado valeu o mundo, mas levaria muito mais tempo para ele perdoar a si mesmo.
— Eu nunca vou ser perfeita, — ela sussurrou.
— Você já é perfeita, — foi sua resposta simples. — Se você está livre da dor,
isso é o suficiente de um milagre para mim.
— Você tem certeza? — Ela queria muito ser exatamente o que ele precisava.
— Cassie, eu quero você na minha casa, na minha cama e no meu coração. Eu
quero que você entre em minha vida e deixe as suas preocupações para trás. —
Tomando-lhe a mão, beijou a palma da mão e colocou um anel em seu dedo. — Você
quer se casar comigo?
— Sim, eu te amo, Bowie. — Ela jogou os braços em volta do pescoço.
— Eu não quero que você nunca me deixe ir.
Lento e delicadamente, ele a beijou.
— Bem-vinda ao meu mundo, Cassie.
Sobre a Autora
A cidade natal de Sable será sempre New Orleans. Ela ama a cultura da
Louisiana e permeia tudo o que faz. Agora, ela vive no grande estado do Texas e como
a maioria das mulheres do sul, ela adora cozinhar comida do sul - especialmente Cajun
e Tex-Mex. Ela também gosta de pesquisar o sobrenatural, mas shhhh não conte a
ninguém.
Sable escreve romances. Ela vive em Nova Orleans. Ela acredita que seu
objetivo como escritora é fazer com que seus leitores riam com alegria, chorarem em
simpatia e se abanem quando leem as partes quentes - ha!
Os mundos que ela cria em seus livros são aqueles em que prevalece a direita, o
amor vence tudo e esperar por um herói não é um sonho impossível.