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Sinopse

A primeira vez que Bowie Travis Malone colocou os olhos em Cassie


Cartwright, ela o desequilibrou. Ele estava tão atraído para o seu lado como uma
mariposa para uma chama. Um anjo de olhos verdes com cabelo dourado, ela fez seu
coração martelar em seu peito e seu corpo doer para abraçá-la. Mas no momento em
que ele lhe pede para dançar, a verdade de sua condição quase o deixa de joelhos:
Cassie está em uma cadeira de rodas. Cassie está acostumada com os homens passarem
por ela, eles não podem ver além da deficiência que define os seus limites. Quando ela
vê Bowie atravessar a sala em direção a ela, ela acha que ele é o homem mais sexy do
mundo e uma vez que eles conversam, ela percebe que ele é tão gentil e inteligente
quanto ele é bonito. Ela teme o momento em que ele peça a ela para dançar e ela terá
de lhe dizer que não pode. O primeiro encontro sela o destino deles. Ambos estão
atraídos um pelo outro por fios que teceu o destino há muito tempo. Bowie percebe
que ele quer Cassie acima de todas as outras, e pensa que ela é perfeita, do jeito que ela
é. Cassie está com medo de sonhar que ele poderia ser capaz de ver algo nela que
ninguém mais pode. Amor, desejo e afeto os unem, mas a realidade pode quebrar seus
sonhos.
O trágico acidente que pôs Cassie em uma cadeira de rodas vai voltar para
assombrá-los. E quando Bowie percebe que ele foi o responsável - nada nunca mais
será o mesmo. Ele começará uma missão para construir um mundo onde Cassie vai se
sentir valorizada e bem-vinda - se ela for capaz de perdoar.
Prólogo
Target Practice 10:38 - 17 de Julho de 1995

Apertando os olhos para o sol, Travis Malone mediu a distância entre ele e o
alvo branco pregado num carvalho matagal a uns cinquenta metros a oeste.
Enxugando o suor da testa, ele pesava suas chances e as achou boas.
— Eu aposto com você cinco dólares que eu posso bater aquele cara bem entre
os olhos.
Harvey Clooney tomou um gole de refrigerante e colocou uma mão em seu
quadril, examinando a possibilidade. Pesou a probabilidade de que seu amigo era bom
o suficiente para acertar o tiro no recorte em forma de humano ao longo de quarenta e
cinco metros de distância. Harvey duvidava seriamente.
— Não, eu não acho isso. — Ele cuspiu para uma boa medida. — A mira de sua
velha 2431 está dobrada. Eu não acho que você pode bater no lado mais largo de um
celeiro com essa coisa.
1 Tipo de rifle
— Vamos ver. — Travis mirou com cuidado. Foi um tiro certeiro. Tio Michael
havia lhe ensinado como atirar, como caçar e como rastrear. Isso é o que ele queria ser
quando crescesse, um rastreador como o irmão de seu pai. Michael se especializou em
resgates no deserto. Por que só no mês passado, seu tio tinha encontrado três
caminhantes que tinham se perdido em Yellowstone. Quando localizados, eles estavam
quase mortos de fome e meio congelados, mas eles sobreviveram. Um quarto tinha
sido comido por um urso. Não foi engraçado, mas toda a ideia de se aventurar em
grande escala fez Travis sorrir só de pensar nisso.
— Você vai atirar hoje ou devo ir para casa e fazer um lanche e checar você
mais tarde? — Harvey falou.
— Mantenha suas calças.
Travis era inteligente, ou pelo menos sua mãe disse que ele era. Claro que a
maioria das mães achava que seus meninos eram inteligentes. A escola disse que ele
tinha um QI alto. Talvez elas estivessem certas, ele não sabia. Tudo o que sabia era que
ele gostava de resolver problemas e pensar sobre as coisas. E agora, ele estava
calculando as chances de ganhar dinheiro a partir de Clooney. Travis pensou que suas
chances eram muito boas.
BOOM!
Os meninos ficaram de olhos no alvo. Ou tentaram. Mais rápido que uma bala
significava o que dizia. Como se estivesse em câmera lenta, eles assistiram a figura
humana pular quando o projétil encontrou o seu objetivo.
E então eles ouviram o pequeno grito, agudo.
***
Lugar Errado, Hora Errada 10:38 17 de Julho de 1995

— Eu não vou te machucar, — Cassie falou com o pássaro de forma cantada. —


Venha aqui, venha para Cassie.
O pássaro ficou parado, inclinando a cabeça da esquerda para a direita,
observando Cassie. Ela não sabia que tipo de pássaro era, talvez um rouxinol. Ela sabia
que uma canção sobre um rouxinol puxando um arado de dois cavalos que seu avô
tinha cantado, mas ela realmente não sabia o que um arado de dois cavalos era de
qualquer forma. Cassie se inclinou, seus dedos dobrados em pequenos punhos. Ela
estava tentando fazer-se pequena e menos perigosa para o passarinho.
— Eu vou te pegar uma minhoca se você for meu passarinho.
Desde que sua mãe tinha morrido, Cassie era solitária. Seu pai trabalhava muito
e ela não tinha nenhum amigo para passar o tempo. Então, ela estava sempre à procura
de um companheiro, como este pequeno pássaro. Mas até agora, ela não teve muita
sorte. Talvez um dia o pai dela a deixaria ter um gatinho ou um cachorro.
Aos seis anos, ela sabia como usar sua imaginação. Então, ultimamente, ela
começou a imaginar como seria ter um amigo. Quando estava sozinha, ela pensava
sobre como eles se pareceriam ou o qual seria o nome de seu amigo. Uma amiga seria
bom, alguém para brincar com bonecas, ou fazer tortas de lama juntos. Mas Cassie
pensou que seria mais divertido ter um amigo que era um menino. Meninos poderiam
correr rápido e subir alto e Cassie gostava de fazer essas coisas. O pai dela a chamava
de Moleque, mas ela realmente não entendia o que ele queria dizer. O rapaz que seria
seu amigo teria cabelos escuros, olhos escuros e ele seria bom.
Para a surpresa de Cassie, a ave não se moveu. Ela tremeu com a excitação. Será
que iria deixá-la tocar suas penas? Ela moveu-se mais lenta, esticando uma mão.
— Bom pássaro. Bom pássaro. — Oh, ela estava perto.
BOOM!
Um momento Cassie estava caminhando alegremente, no segundo seguinte, ela
sentiu uma dor tão grande, que roubou o fôlego e virou seu mundo em agonia em
brasa. Ela gritou apenas uma vez. E então, ela não sabia mais.
***
Nada Nunca Vai Ser o Mesmo

— O que foi isso? — Os olhos de Harvey arregalaram.


— Eu não sei. — Travis mal podia falar. — Vamos lá, vamos ver. — Ele
cuidadosamente colocou o 243 no chão por uma cerca e saiu correndo. À medida que
correu pelo pasto, Travis começou a rezar. Quantas vezes seu tio e seu pai o alertaram
sobre segurança com arma? Sua adrenalina estava bombeando e ele tinha começado a
suar frio.
Quando eles viraram o lado do alvo e foram para o pasto, não podiam acreditar
no que viam.
— Merda, — Harvey disse com medo e pânico em sua voz. — Você atirou
numa menina.
Travis olhou para o pequeno corpo e a mancha vermelha em seu vestido rosa e
se sentiu mal do estômago. Ele não tinha palavras. Ela estava tão pálida. As únicas
cores de seus olhos podiam registrar eram seus cabelos loiros e todo o sangue.
— Consiga ajuda! — Harvey gritou.
Sim, bem, vá buscar ajuda. E assim ele correu duro, chorando e rezando.
Suas pernas e braços bombeando freneticamente enquanto ele cobria o chão
entre o pasto e a sua casa. O que aconteceu? De onde ela veio? Por que ele não tinha
verificado por trás do alvo? Pergunta após pergunta surgia em sua cabeça enquanto se
aproximava da garagem onde seu pai estava trabalhando em seu cortador de grama.
— Pai! Pai!
B.T. Malone ficou de pé, limpando a gordura fora de suas mãos com um pano.
— Acalme-se. O que está errado?
— Eu atirei em alguém.
O rosto de seu pai passou de indulgente para horrorizado.
— O que você disse, filho?
Travis começou a chorar de verdade.
— Eu atirei em uma menina.
— Oh, meu Deus. — Ele agarrou Travis e o sacudiu. — Onde?
— Na pastagem pela lagoa do moinho.
— Ela está morta?
— Eu não sei.
Com apenas um segundo de hesitação, seu pai voou para dentro da casa para
chamar uma ambulância. Quando ele voltou, ele estava branco como um lençol.
— Eu vou até lá e ver o que aconteceu. Você vai para o seu quarto e não sai até
eu voltar. E eu vou lidar com você, então. — Suas palavras foram duras. Seu
significado claro. Ele tinha feito algo errado, muito errado.
***
As Consequências – Travis

Tudo mudou. A família de Travis o protegeu, mas ele sabia que não havia
conversa. O pai dele tinha ido com ele para a delegacia, onde ele e Harvey disseram a
um oficial que aconteceu. Repórteres queriam falar com ele, mas B.T. Malone se
recusou a submeter o filho ao exame. O telefone tocou e tocou em sua casa. Sua mãe
ignorou. E eles desistiram de ir a lugares. Não havia mais igreja ou sair para comer. A
pior parte foi, que ninguém iria falar com ele sobre isso. Travis nem sabia o nome da
menina em que atirou ou se ela estava viva ou morta. E ele queria saber.
Ele precisava saber.
Pelo resto do verão, Travis ficou dentro de casa. Seu tio foi visitá-lo e disse-lhe
que não era culpa dele. Mas ele sabia que era. Ele disparou a arma.
— Por que isso aconteceu, tio? — Ele perguntou, precisando de respostas.
Michael tinha colocado um grande braço em volta dos ombros dele.
— Eu não sei, Bowie Travis. As coisas nem sempre fazem sentido. Basta manter
os olhos abertos, o universo tem uma maneira de dar-lhe um sinal.
Um dia, sua mãe informou-lhe que eles estavam se mudando. Ele nem sequer
chegou a dizer adeus a Harvey. Eles se mudaram do Leste do Texas para o Centro do
Texas e ele não era Travis mais, agora seu pai insistiu que mudasse e fosse chamado
pelo seu primeiro nome, Bowie.
Sonhos o assombravam à noite. Ele nunca iria esquecer de olhar para o sol,
nunca se esqueceria de puxar o gatilho ou ver aquela menina deitada tão imóvel.
Enquanto ele vivesse, ele sempre lembraria dos seus lindos cabelos loiros e o sangue
manchando seu vestido rosa.
Ele desejou que pudesse desfazer isso. Ele gostaria de poder refazer aquele dia
mais uma vez.
Mais do que tudo, Bowie desejava que ele pudesse dizer a ela que estava
arrependido.
***
As Consequências – Cassie

— Eu não quero estar em uma cadeira de rodas! — Gritou Cassie.


Sua avó segurou a mão dela.
— Eu sinto muito. Não há outra forma, querida. — Ela tirou uma mecha de
cabelo de Cassie quando uma lagrima umedeceu a face. — É a dor, você não pode
esperar que sofra a cada passo. E está ficando pior.
Cassie sabia que estava ficando pior. Ela vivia com a dor desde o acidente.
O acidente.
Toda a sua vida tinha sido definida pelo acidente.
Um dia, ela estava brincando no lado de fora, perseguindo um passarinho, a
seguir ela estava arruinada. Nunca mais ela iria correr ou pular ou montar numa
bicicleta. Cada passo que ela tinha dado tinha sido doloroso. E com o tempo, ela
perdeu a função em sua parte inferior do corpo. A bala presa perto de sua espinha
tinha se movido quando ela cresceu, causando mais e mais problemas.
— E a operação?
— É muito arriscada. — Sua avó balançou a cabeça. Este foi um argumento
eterno em sua família, aquele em que o verdadeiro perdedor era ela.
— Vovó, eu não quero me machucar mais. — Ela tentou dizer-lhes o quanto de
dor que ela sentia em todas as vezes que colocava qualquer peso sobre as pernas. A
cada ano, a cada mês, o número de passos que ela poderia tomar tinha diminuído até
que eles estavam um pouco patético. Afiadas, facadas agonizantes de dor perfuravam
suas costas sempre que ela colocava peso sobre seus pés. Além disso, os médicos
disseram que a cirurgia poderia ir de qualquer maneira. Um cenário disseram que
poderiam remover a bala e ela provavelmente ainda estaria parcialmente paralisada,
mas a dor poderia ser eliminada. O segundo cenário é que o resultado da operação
pode ser uma perda completa de sensibilidade abaixo da cintura.
Cassie estava disposta a arriscar, contanto que a dor fosse embora.
— Maldição aquele rapaz que fez isso com você devia ir para o inferno! — O
veneno na voz de sua avó horrorizava Cassie.
— Ele era apenas um garotinho, — Cassie protestou. Pelo que tinha sido dito a
ela, e que não tinha sido muito, o menino era apenas alguns anos mais velho do que
ela. O tiro aconteceu quando os dois eram tão jovens. A família dela se mudou logo
depois que saiu do hospital, quando seu pai foi transferido para a sua empresa, para
que ela escapasse da fofoca da cidade natal pela maior parte. Tanto sua avó e seu pai
evitavam o assunto como uma praga. A única pessoa que iria discutir com ela era seu
primo Destry. Todo mundo tratou o assunto como se fosse um tabu, como se não falar
disso faria nunca ter acontecido. Mas tinha. Ela estava em uma cadeira de rodas.
O rapaz que tinha acidentalmente mudado a vida dela tinha crescido agora e
Cassie estava na época da universidade.
— São águas passadas.
— Ele roubou sua vida. — A voz de sua avó era velha, frágil e desgastada pela
tristeza.
— Tenho certeza que ele sofreu muito. — Ela esperava que não.
— Eu gostaria de apenas alguns minutos com ele. Sabe o que eu diria a ele?
— Não. — E Cassie não queria saber. — Mas eu sei o que eu diria a ele.
— O que seria?
— Eu te perdoo. — Ela estava cansada do ódio e os arrependimentos.
— Você é uma tola. — Sua avó cuspiu nela.
— Talvez.
Ou talvez ela tivesse descoberto a única maneira de que ela pudesse sobreviver.
Capítulo Um

— Assistir os cowboys quentes agitar as suas bundas na pista de dança será


suficiente entretenimento para mim, — Cassie assegurou a amiga. — Eu estou no meu
caminho agora. Encomende-me uma limonada e eu vou estar ai antes que você
perceba.
— Nós temos uma grande mesa perto da parte traseira, — sua amiga gritou
acima do barulho. Cassie podia ouvir risos e gritos. — Cordelia já está quente para
trotar. Scooby está aqui e ele está determinado a reconquistá-la. — Felicity parecia que
estava tendo um bom tempo ela mesma.
— Parece divertido. Eu vou estar rolando em breve. Salve-me um assento no
corredor. — Humor a mantinha sã. Cassie gostava de rir e ela se recusou a se debruçar
sobre o que ela tinha perdido. Em vez disso, ela tentou se concentrar nas coisas em sua
vida que estavam indo bem. Como seu negócio. Circle C Candles estava crescendo aos
trancos e barrancos.
Dirigindo-se a Arkey Blues, ela estacionou em um lugar para deficientes em
frente. Ela sorriu. Privilégios de estacionamento eram uma das poucas vantagens a
alguém em sua condição. Por um segundo, apenas sentou e assistiu as pessoas
entrarem no bar - os homens, mulheres, casais - alguns mais jovens do que outros, mas
todos indo em seus próprios pés. O bar estava cheio até a borda. Como ela desejava
que ela não tivesse que fazer uma entrada. Pelo menos, se todo mundo a visse entrar,
não haveria caras vindo e pedindo a ela para dançar. Odiava ter que apontar a cadeira
de rodas e as pernas quase inúteis.
Cassie esperou por três cowboys para fazer o seu caminho para o bar. Ela não
precisa de uma plateia para assistir sua saída estranha da van. Invariavelmente, as
pessoas iriam vir e tentar ajudar e logo ela seria apenas o entretenimento da noite. Um
dos homens, um loiro escuro, deu-lhe um olhar sensual e uma elevação do queixo em
saudação. Ela sorriu, mas rapidamente desviou o olhar, não querendo encorajá-lo.
Desde que ela tinha sido ferida em uma idade tão jovem, namoro e sexo nunca
tinha sido uma parte de seu mundo. Os homens ainda vinham para ela e alguns até a
convidavam para sair - até que eles viam a cadeira. O Segundo grau realmente não
tinha sido um fator desde que ela tinha ido para uma escola só de garotas. A vida em
casa não era muito melhor, seu pai e sua avó a vigiavam como um falcão. Depois que
ela se formou e insistiu por um pouco de liberdade, as coisas tinham sido diferentes.
Não necessariamente melhor, mas diferentes. Algumas vezes caras tinham pedido a ela
para sair, e dizer que ela estava emocionada era um grande eufemismo. Seu coração
havia literalmente pulado para fora do peito. O próprio pensamento de sair em um
encontro – segurar mãos, ser beijada - isso eram coisas que faziam os sonhos.
Mas os encontros nunca aconteceram.
Bastava o homem conseguir uma boa olhada em sua cadeira e perceber que ela
estava parcialmente paralisada e eles obtinham um olhar de piedade em seus olhos.
Em seguida, uma expressão que poderia ser melhor descrita como o medo atravessava
seu rosto e eles diziam algumas palavras inócuas de perdão e batiam uma saída
precipitada.
Nenhum ficou. Nenhum continuou.
Nenhum a viu como uma mulher.
Não, nem um sequer.
Tudo o que viam era a cadeira.
Abrindo a porta, ela se preparava para desmontar. Apertando o botão, ela
começou o mecanismo. Tendo o cuidado de fixar a cinta e colocar os freios, ela sentiu a
plataforma começar a mover para a esquerda. Era lento e barulhento. Para seu
desgosto algumas pessoas se aproximaram e pararam para assistir o show.
Cautelosamente, ela acenou para eles e quando se aproximaram para ver se eles
poderiam ajudá-la, ela educadamente disse-lhes: — Eu estou bem, obrigada.
Ela apreciava as pessoas que ofereciam a sua ajuda, ela realmente apreciava. As
três mulheres mais velhas que esperaram por ela e seguraram a porta eram muito
agradáveis. Mais do que tudo Cassie só queria ser como todo mundo. Mas ela não era.
Assim que ela cruzou o limiar, música e ruído a cercaram. Risos e vozes felizes
a fizeram sorrir. Ela queria ter um bom tempo. Fazer o seu caminho através do bar pela
pista de dança foi a pior parte. Algumas pessoas olhavam como se nunca tivessem
visto uma pessoa com deficiência antes.
— Cassie!
A voz de Felicity ultrapassou sobre o caos, fazendo-a girar e mirar sua cadeira
em direção à parte de trás do bar.
— Aí está você!
— Ei, amiga. — Todos os seus amigos se aproximaram para abraçá-la. — Aqui
está sua bebida. — Cordelia empurrou a limonada congelada em sua direção. — Eu
não acho que a cadeira irá deslizar por debaixo da mesa. — Um olhar de decepção
causou a aniversariante para franzir a testa.
— Não tem problema. — Cassie acenou com a mão em dispensa. — Eu consigo
ficar na cadeira. — Ela inclinou-se o mais próximo possível. — Apenas me segure
firme. — Eles fizeram e Cassie se levantou, balançando e fazendo caretas. Doeu como
diabos. Mas ela fez o um passo necessário para chegar no banco.
— Você está bem? — Felicity perguntou com preocupação.
— Oh, sim. — Cassie tentou obter um controle sobre si mesma. Cada vez que
ela ficava de pé, a dor era um pouco mais intensa. E isso assustava Cassie até a morte.
O pouco de exercício que ela era capaz de fazer era tão importante para ela. Manteve
os músculos de suas pernas sem se atrofiar. Se ela pudesse ficar no chão, deitada de
costas, ela poderia fazer alguns exercícios. Era colocar o seu peso em seus pés que era o
pior. Limpando um pouco de suor de sua testa, ela forçou um sorriso. — Eu estou bem
agora. Vamos tomar uma bebida! — Ela tomou a limonada e tomou um gole, forçando-
se a respirar profundamente enquanto a dor diminuiu.
— Você viu o cara na pista de dança? Aquele com Jane Peters? — Donna
segurou em Cordelia, já três folhas ao vento. Vários cowboys puxaram cadeiras na
mesa. As amigas de Cassie eram quentes. Ela teve a sorte de tê-las, apesar dela não
passar muito tempo com elas. A maioria delas ela conhecia das aulas na faculdade da
comunidade. Quando ela se formou, elas se separaram. Ocasionalmente elas a incluem
em suas festividades. Felicity ela viu mais do que os outros, porque trabalhava para ela
por meio período, fazendo toda a impressão das etiquetas e manutenção do site de
Cassie. Principalmente elas só falavam no telefone ou e-mail, mas era contato humano
e por isso ela estava grata. Pela maior parte, Cassie estava sozinha.
Ela sempre estaria sozinha.
Empurrando esses pensamentos deprimentes de lado, ela deixou os olhos
procurarem o homem a que elas estavam se referindo.
— Ele é bonito, — Cassie admitiu. Não o tipo dela, mas ela não era atraída para
os meninos bonitos. Quando Cassie fantasiava, ela sempre conjurou o bad boy. Alto,
moreno e bonito como o pecado.
— Bem, você parece bonita hoje à noite. — Felicity deu um tapinha no ombro
de Cassie. — Esse vestido é quente.
Não era.
— Obrigada. — Cassie se vestia para o conforto, ela tinha que fazer. Calças não
eram algo que ela pudesse mexer vestindo, por isso ela foi forçada a usar vestidos
simples, ela poderia simplesmente deslizar sobre sua cabeça.
— Quer dançar? — Um cara veio até Felicity e tirou o chapéu. Ela hesitou,
olhando para Cassie.
— Vá, divirta-se, — ela assegurou a amiga. — Eu vou ter um bom tempo
ouvindo a música.
— Você tem certeza? — Felicity era boa, não querendo magoá-la. — Se eu ver
um cara quente, vou mandá-lo em seu caminho, — ela ofereceu com um sorriso.
— Não se atreva. — Cassie balançou o dedo para ela. — Eu posso ter meu
próprio homem. — Não era verdade, mas era a história dela e ela estava aderindo a ela.
Além disso, ela não precisava de uma babá e isso seria tudo o que equivaleria a se o
cara fez show de pena dela.
Respirando fundo, Cassie viu seus amigos todos fazerem o seu caminho para a
pista de dança. A música era boa e ela não conseguia ficar quieta. Suas pernas podiam
não funcionar, mas não havia nada de errado com o resto dela.
***
Bowie Travis Malone estava cansado. O bar estava lotado. Sempre que ele saia
de um emprego, era normal para ele relaxar aqui no Arkey. Mas se ele tivesse o seu
caminho essa noite Bowie teria ficado em casa. Por alguma razão, ele não conseguia
tirar a imagem do fugitivo fora de sua mente. Seu corpo estava inchado e coberto de
picadas de cobra, e ele tinha a expressão mais horrorizada congelada no rosto. Bowie
tinha visto algumas coisas ásperas em seu tempo, mas assistir as cascavéis rastrear por
todo esse cara morto iria persegui-lo por muitos dias que virão.
Quando ele sentou no bar e pediu uma cerveja, Bowie examinou o ambiente.
Alguns dos frequentadores ele reconheceu, mas a maioria das pessoas eram estranhas.
Várias mulheres chamaram sua atenção, mas nenhuma fez um impacto suficiente para
puxá-lo para fora do banco. Tanner não tinha chegado ainda. Eles concordaram em vir
para Arkey Blue se encontrar com dois homens que seu amigo sentiu que tinha muito
em comum. Bowie estava prestes a ligar para Tanner para ver onde ele estava e se ele
mudou de ideia e - em seguida, ele a viu.
Uma mulher, com o rosto de um anjo e a mais longa juba, o mais luxuoso cabelo
louro dourado que ele já tinha posto os olhos, estava sentada sozinha em uma mesa do
outro lado da sala.
O primeiro instinto de Bowie era ir para lá, se apresentar, puxá-la em seus
braços e abraçá-la apertado. Se houvesse música para dançar, isso seria um plus. Se não
houvesse, não importava. Dança seria secundária ao toque.
Enquanto ele observava, discretamente, claro, Bowie percebeu que ela estava
sozinha. Oh, havia outras pessoas na sua mesa, as meninas indo e voltando e tomando
goles de bebidas, em seguida, retornando para a pista de dança conduzida por
vaqueiros com muitas mãos e não muito ritmo. Mas apesar de todo o ir e vir, a Cara de
Anjo permaneceu sentada. Ela deu alguns goles de uma bebida misturada e viu os
outros terem um bom tempo.
Bowie poderia dizer que ela estava morrendo de vontade de dançar. Seu corpo
movia-se ligeiramente e ela parecia estar cantando as letras das músicas de vez em
quando. O que o matou foi que ninguém se aproximou dela, ninguém lhe pediu para
dançar, ninguém se preocupou em sentar-se tempo suficiente para conversar com ela.
Malditamente todo o mundo era cego e mudo? Ele demorou mais alguns minutos,
planejando sua estratégia. Bowie queria ter certeza de que não havia um namorado
cowboy guardado divertindo-se, quando ele deveria estar aqui tratando uma mulher
do jeito que ela merecia ser tratada.
Ele esperou e ninguém veio.
Sim, ele estava ficando com raiva. A Cara de Anjo não devia ficar sozinha e
ignorada. Essa boneca não era invisível. Ela devia estar nos braços de alguém, curtindo
a música e se sentir valorizada e apreciada.
E ele era o homem certo para o trabalho.
Empurrando para fora do banco, ele esvaziou a cerveja e começou a fazer o seu
caminho para a longa mesa no canto. Cada passo que dava parecia inevitável. Ele
podia sentir a conexão com a mulher bonita daqui. Era como se houvesse um fio
invisível que os emaranhavam juntos. Bowie podia sentir o puxar. Se ele acreditasse
nessas coisas, ele dizia que tinham conhecido um ao outro antes. Ou o encontro foi
predestinado, destinado a ser.
Mesmo que Bowie não acreditasse em destino, ele ainda não podia negar a
atração, a fascinação - inferno, a franca necessidade de caminhar até ela, oferecer-lhe a
mão e reclamá-la. Ele começaria com reclamá-la para dançar, então ele ia continuar de
lá.
— Precisa de uma recarga, senhorita? — Cassie olhou para cima para ver a
garçonete ali, esperando com um olhar de piedade em seu rosto. Lá - isso é o que ela
não gostava, as pessoas sentirem pena dela.
— Não, eu estou bem, obrigada. — Ela tocou o copo de limonada. — Eu sou
uma bebedora lenta.
— Fique à vontade. — Com um último olhar de simpatia, ela se afastou. Cassie
a observou ir, percebendo que a maioria das pessoas não apreciava a bênção de se
movimentar em duas pernas fortes.
E foi então que ela o viu.
Sua respiração engatou. Seus mamilos endureceram. Ela corou. Oh, meu Deus.
Ele estava olhando diretamente para ela. Cassie sorriu, e então rapidamente desviou o
olhar.
— Por favor, não deixe que ele venha aqui. Não deixe que ele venha aqui. — Ela
entoou uma pequena oração.
Mesmo que ela estivesse agora estudando o grafite que foi esculpido na
superfície da mesa - Para um bom tempo ligue para Misty - ela podia senti-lo se
aproximando. Depois de apenas um olhar para ele, ela tinha memorizado cada detalhe.
Ele era grande e forte. Sua pele era dourada, beijada pelo sol. O cabelo da cor da asa de
um corvo pendurado em seus ombros. Tudo o que ele precisava era de uma bombacha
e um arco e flecha e ele poderia aparecer na capa de qualquer romance best-seller do
velho oeste. O homem vindo desconfortavelmente perto era o homem mais sexy que
Cassie jamais tinha visto. Se ela pudesse olhá-lo um pouco mais, mas olhar levaria a
querer e querer levava a lugar nenhum.
Ela prendeu a respiração, esperando contra toda a esperança de que ele iria
passar por ela. Talvez se ela o ignorasse, ele seguiria em frente. Ele tinha que ser um
retardatário. A maioria das pessoas aqui tinha testemunhado sua entrada que era uma
garantia infalível para extinguir qualquer interesse que um homem pode ter nela. Ela
estava destinada a murchar como uma flor seca, nunca tocada por mãos humanas.
O tempo abrandou para um rastreamento. Mas ela sabia exatamente onde ele
estava no ambiente, mesmo sem olhar. Quando ele continuou se aproximando, ela
poderia até mesmo distinguir seus passos, suas botas fazendo um som tatuado no
chão. Espontaneamente, ela olhou para cima. O sorriso dele a fez esquecer seu próprio
nome.
— Poderia me juntar a você, linda?
Sua voz era profunda e forte, ainda continha uma qualidade suave que fez
arrepios subirem em todo o corpo de Cassie. Ela encolheu-se, tentando ser menor. Será
que ele conhecia alguma das outras meninas em seu grupo? Ela olhou em volta para
ver se alguma delas estava vindo nessa direção. Certamente ele tinha que conhecer
Felicity ou um dos outros. Mas não havia ninguém prestando atenção.
Eles estavam sozinhos.
Cassie se perdeu em seus olhos por um segundo. Ele estava olhando para ela.
— Oh, sim, por favor, — ela finalmente respondeu, a cortesia exigia nada
menos. — No seu próprio risco, é claro. — Ela tentou provocar, que era o seu jeito,
principalmente para esconder o fato de que ela estava tremendo.
— Parece que você vale a pena o risco para mim. — Ela o olhou chamar a
garçonete. — O que você está bebendo?
Que vergonha. O que ela estava bebendo? Ela começou a inventar alguma
bebida que soasse sexy, mas ela não conseguia pensar em uma. Então ela respondeu
com sinceridade.
— Só limonada.
Ele sorriu como se ela tivesse dito algo espirituoso.
— Uma boa escolha, limonada é o que é. — A mesma garçonete que tinha
oferecido a Cassie condolências não ditas anteriormente, agora deu-lhe uma aparência
distinta de… sim, isso tinha que ser - ciúme! Cassie não sabia se ria ou se corava.
Ele cutucou a aba de seu chapéu Stetson.
— Bowie Travis Malone, minha senhora.
Cassie tremia enquanto falava. Inclinando-se para ela, ele estendeu a mão.
Ela rapidamente deixou seus dedos fecharem, em seguida, os deixou soltos para
que ela não ficasse tentada a segurar por muito tempo.
— Oi, Bowie. Eu sou Cassandra Cartwright, Cassie para abreviar.
Quão estúpido isso soava? A boca de Cassie estava seca. Quando a garçonete
reapareceu com suas bebidas e Bowie entregou-lhe o copo gelado. Ela engoliu um par
de goles. Esta foi a primeira vez que um homem tinha comprado uma bebida. A
primeira vez que ela já tinha sido tão atraída por um cara que todo o seu corpo doía
por ele.
— Olá, Cassie-para-abreviar.
Colocando as duas mãos sob suas pernas, ela se sentou nelas, tentando impedi-
las de tremer. O que ele poderia querer? Ele estava esperando por alguém? — Espero
que isso não pegue, é um bocado.
Porra, ele gostaria de um bocado de um daqueles seios deliciosos que ele podia
ver moldado carinhosamente pelo material do vestido.
— Eu não acredito que te vi aqui antes.
Cassie mordeu o interior de seu lábio. A dor deu-lhe algo para se concentrar
além de seus nervos.
— Eu não saio muito, — confessou, sem saber o que dizer. — Estava
procurando Cordelia?
Ela parecia desconfortável, Bowie não gostou disso. Onde estava seu charme
habitual?
— Não, eu não conheço Cordelia. Eu estava procurando por você. Você sabia
que você é tão bonita, você me fez esquecer a minha cantada?
Por isso ele ganhou um sorriso. Boa.
O olhar quase suplicante no rosto dele tocou Cassie. Isso não era culpa dele. Ela
decidiu fazer ele se sentir à vontade, então ela relaxou e riu.
— Bem, na medida em que vão as cantadas, essa é muito boa. Embora se eu
estava tentando te pegar, eu diria algo como… é muito quente aqui ou é só você?
— Ha! — Bowie bufou. — Essa foi boa. Então você acha que eu sou quente?
— Tenho certeza que você tem um espelho, — ela disse a coisa com
naturalidade. — Ou que tal isso, além de ser sexy, o que você faz para viver?
Bowie decidiu que gostava de Cassie por seu humor, tanto quanto ele gostava
da aparência dela.
— Chame a polícia, você roubou meu coração.
— Você sabe, você pode ser convidado a sair em breve, você está fazendo os
outros homens parecerem muito ruins. — Foi uma coisa boa que ela ouviu seus amigos
ou ela não saberia todas essas cantadas bregas.
Ele colocou a mão em seu peito em dor fingida.
— Chame o Alerta de Vida, porque eu me apaixonei por você e eu não posso
me levantar.
Cassie estava tendo um bom tempo.
— Espero que saiba CPR, porque você tira meu fôlego!
— Essa foi boa. É claro que eu vou ter que recorrer ao experimento e, no seu
caso, absolutamente verdadeiro modo de espera - 'Se eu lhe dissesse que você tem um
corpo bonito quando você se segurar contra mim? — O que ele disse podia ser uma
piada, mas certamente não era mentira. Ela era delicada, mas docemente arredondada
em todos os lugares certos. O vestido roxo que ela usava destacava um gracioso
pescoço, ombros lisos e braços bronzeados que pareciam surpreendentemente
tonificados para alguém de tão frágil aparência. Reprimindo um gemido, ele deixou os
olhos acariciarem um par de seios que pareciam ser redondos, firmes, grandes o
suficiente para encher suas mãos, e excitados. Tentando ser discreto, ele deixou cair o
olhar de seus seios e lamentou a mesa que escondeu o resto dela. Bowie nunca negou
que ele valorizava muito as pernas e bunda de uma mulher. — Droga querida, você
tem mais curvas que uma pista de corrida. Você quer dançar?
Ele ainda estava brincando, então Carrie não respondeu sua pergunta. Mas…
ela não podia acreditar, ele parecia estar olhando pra ela! E, aparentemente, havia algo
a ver. Sua provocação havia a provocado. Ela podia sentir, seus mamilos estavam
duros. Ela queria olhar para baixo no corpete dela, mas ela estava envergonhada. Hora
de mudar de assunto.
— Então, para fazer a pergunta a sério desta vez, o que você faz para viver,
além de ser sexy? — Senhor, a perdoe. Ela não estava realmente flertando, ela estava
apenas sendo simpática.
Que sorriso doce. Ele era absolutamente estonteante. Bowie quase continuou
com a sua disputa sexy, mas algo lhe dizia que ela não era tão mundana como ela
estava fingindo ser.
— Eu tenho dois empregos, um eu faço por dinheiro e um que eu faço por mim
mesmo.
— Sortudo.
— Eu tenho Malone Earthworks para pagar as contas. Construímos lagoas de
faturamento e almofadas de perfuração para as companhias de petróleo para a maior
parte.
— Então, você trabalha com equipamentos pesados. — Mordendo o lábio
inferior, ela conteve o sorriso maroto.
Bowie jogou a cabeça para trás e riu.
— Você é uma atrevida! — Ele endireitou-se na cadeira, aliviando a pressão de
seu pênis inchado contra o zíper de sua calça jeans. — Eu tenho equipamento pesado,
não vou negar isso.
— E eu tenho certeza que você sabe como usá-lo. — O que havia de errado com
ela? Cassie tinha feito ela mesma corar. — O que mais você faz?
— Eu vou ser feliz em dar-lhe uma demonstração do meu equipamento pesado
e capacidade operacional a qualquer momento. — Bowie riu. — Mas, para responder
sua pergunta, eu sou um rastreador. É um trabalho gratificante, mas desgastante. Às
vezes, quando eu saio de um trabalho, eu relaxo aqui no Arkey Blue's Silver Dollar. Eu
não posso acreditar que eu não tenha te notado aqui antes.
Cassie mordeu o interior de seu lábio e reforçou a ponto de ela tentar fazer
anteriormente.
— Faz um longo tempo desde que eu estive aqui. Realmente, eu sou muito
chata, uma espécie de pessoa caseira. Eu me guardo a maior parte do tempo. — Deus,
ela parecia patética.
Bowie moveu a mão para a dela como se ele pretendesse tocá-la. Ela se esticou e
pegou a sua bebida.
— Isso é uma vergonha. Uma mulher bonita como você nunca deve ficar
sozinha.
Suas palavras eram como gotas de orvalho na terra seca. Ela absorveu o
sentimento amável, carente de atenção. Ela procurou algo para dizer que explicaria a
sua vida ainda e não revelar a inadequação.
— Eu me mantenho ocupada.
— Eu aposto que você se mantém. Estando ocupada sendo a garota mais bonita
da cidade.
Ele estava flertando com ela! O conhecimento era tão estranho, mas tão
emocionante que Cassie achou difícil respirar.
— Não, mas eu sou voluntária em um abrigo de animais que não mata, às
vezes. — Não havia nenhuma maneira que ele estivesse interessado em seus hobbies e
passatempos. Ela era muito chata.
— Então, você gosta de animais? — Ele piscou para ela e Cassie arrepiou dos
pés à cabeça. Mesmo os músculos que funcionam de costas e pernas os quais lhe
davam tanta dor, estremeceram de prazer.
— Os adoro. Eu tenho um grande gato malhado laranja e um Dachshund. Você
tem animais?
Inclinando-se para trás na cadeira, ele sorriu.
— Com certeza. Eu vivo no sitio antigo Vega Verde onde Jefferson Davis trouxe
camelos para o Texas para servir nas forças armadas. Para manter a tradição, tenho
Laurence e Jasmine. Eu também tenho uma mistura variada de outros animais - cães,
gatos, vacas, cavalos, até mesmo um porco pot-belly. Você vai ter que vir conhecer
todo mundo, — incentivou.
— Parece maravilhoso. — Não ia acontecer, mas ela gostava de pensar nisso.
— Onde você mora?
Cassie não considerou não lhe dizer, ela instintivamente confiava nele. Eles não
estariam trocando visitas de qualquer maneira.
— Eu moro perto de você, na verdade. O velho lugar Sever, você já ouviu falar
dele?
Ele tinha.
— Eu sei exatamente onde você está. Você tem que andar muito para ir
trabalhar? Você está muito isolada lá. — Ele parecia preocupado. Seu coração aqueceu.
— Eu trabalho em casa. Eu faço velas para vender online e lojas na área. — Ela
contou a ele sobre Circle C. — Nos últimos anos eu vivi com a minha avó, mas ela
morreu. Agora, o lugar pertence a mim. — Quando ela acenou com a mão em volta,
uma pulseira que ela estava usando caiu.
Bowie se curvou para pegá-lo.
— A pulseira de pingente? — Ele olhou para ela de perto. Havia uma estrela do
mar, um cavalo-marinho, um golfinho, um guarda-chuva, uma sandália flip-flop, um
sol, e um dólar de areia. — Isso é muito.
— Obrigada. — Ela estendeu a mão para levá-la. — Ela pertencia a minha mãe.
Meu pai deu-me depois que ela morreu.
— Eu sinto muito. — Ele sentia. E ele entendeu. Ele perdeu os pais dele
também. Eles nunca se recuperaram do tiroteio. Sua mãe tinha sucumbido a um
acidente vascular cerebral, aos quarenta e dois anos e seu pai tinha morrido de câncer,
aos quarenta e seis. — Não, deixe-me. — Ele estendeu-a e ela percebeu que ele queria
ajudá-la a colocar. Cassie deu-lhe a mão e ele deslizou para ela. — Você deve realmente
amar a praia.
Seu toque em sua pele estava fazendo-a quente e com tonturas.
— Eu tenho certeza que eu iria, mas eu nunca fui.
— Nunca foi? — Ele estava incrédulo. Como pode ser isso?
— Nós não vivemos há muitas horas a partir do Golfo? — Ora, ele poderia
dirigir até lá, dar um mergulho e dirigir de volta na metade de um dia. — Parece-me
que você perdeu um monte de coisas boas.
— Talvez. — Ele iria pedir a ela para dançar de novo, ela sabia que ele ia. E
então este interlúdio incrível estaria terminado. Não me peça para dançar. Por favor,
não me peça para dançar. Ela olhava para ele, em seguida, olhava para a cadeira,
perguntando se ele havia notado a cadeira de rodas sentada como o elefante na sala.
Pelos próximos minutos, eles riam e conversavam sobre o seu dia, a troca de
pedaços de informação sobre as suas vidas, até mesmo compartilhar uma história
engraçada ou duas. Cassie descobriu que Bowie Travis Malone era um cara muito legal
- inteligente, com um senso de humor maravilhoso e um raciocínio rápido. O que a
surpreendeu foi que ele estava passando um tempo com ela. Para completar, o homem
era bonito. No entanto, aqui ele se sentou, como se ela fosse sua escolha de todas as
mulheres na sala. Por um momento, ela se perguntou se uma de suas amigas tinha
arranjado. Não seria horrível?
Cassie tentou desviar a conversa para longe de si mesma.
— Conte-me mais sobre o rastreamento? Onde você vai? Parece fascinante.
E então aconteceu.
— Estou ansioso para contar-lhe tudo sobre mim. Mas eu prefiro segurar você
em meus braços. Posso ter esta dança?
Seu coração despencou.
Aqui estava.
No momento em que ela estava temendo. No momento em que Bowie iria parar
de vê-la como uma mulher.
— Não, obrigada. — Ela lhe deu um sorriso melancólico. Dispensa-lo era
necessário, mas doía.
— Apenas uma volta em torno do ambiente. Eu prometo que não vou pisar em
seus pés. — Ele se levantou e estendeu a mão. — Vamos, Cassie. Eu vou cuidar de
você. Eu prometo.
O coração de Cassie quebrou. Ela abaixou a cabeça.
— Eu não posso.
O que estava errado? Ele viu todas as risadas deixar os olhos para ser
substituído por sombras.
— Você não pode dançar? — Ele olhou para ela com ternura. — Não se
preocupe. Eu vou te ensinar.
Olhando para cima, ela viu que ele ainda estava à sua frente, o braço ainda
estava estendido, a palma da mão estava para cima.
— Eu não posso. Eu sinto muito.
O rosto dele caiu. Na verdade, ele parecia desapontado. Lentamente, ele se
afastou, colocando distância entre eles.
— Bem, se você não quiser. Entendo.
Cassie estava tão frustrada. A vida era injusta. Às vezes, ela queria apenas
gritar.
— Não, você não entende. — Ela empurrou a cadeira de rodas e girou. — Eu
não posso dançar. Eu não posso nem andar. — Não sem ajuda e não sem parecer uma
doida total. Mas ele não precisava saber nada disso. Porque ela não veria Bowie Travis
Malone depois desta noite.
Bowie realmente estremeceu, como se ela tivesse o atingido. Falar de uma
reação visceral. Ele provavelmente estava revoltado.
Dois ou três segundos se passaram antes que ele compreendesse plenamente o
que ela estava dizendo. E quando o fez, ele sentiu como se tivesse levado um soco no
estômago. Isso não podia ser verdade. Cassie era tão linda, tão perfeita. Tinha que
haver um engano.
— Eu não entendi.
Para fazer seu ponto, ela segurou a parte de trás da cadeira e mudou seu corpo
para que as pernas inúteis viessem à tona. Ela sabia que ele poderia dizer - a forma
como elas foram posicionadas, a maneira que ela tinha para movê-los com as mãos.
Jesus. Ele se sentia como um idiota. Tudo dentro dele o fez querer virar e correr,
não para ficar longe dela, mas para escapar da injustiça trágica que uma mulher
perfeita, aquela que poderia ter sido a mulher de seus sonhos foi condenada a uma
vida em uma cadeira de rodas.
— Eu sinto muito, Cassie. Peço desculpas. Eu não sabia. Eu sinto muito.
Ótimo, ele sentia pena dela. Ela sentiu as lágrimas que vieram aos olhos quando
ele afundou em sua cadeira. Bem, o que ela esperava?
— Olha, está tudo bem. — Não pensando claramente, ela cobriu a mão dele
com a sua. Era grande e quente e quando ele a virou e entrelaçou os dedos juntos, ela
apenas derreteu por dentro. — Foi bom ser convidada.
Vergonha quase tirou o fôlego de Bowie. Olhando em seus olhos, Bowie
poderia dizer o que ela esperava que ele fizesse. Isso não era novidade. Cassie tinha
sido rejeitada por idiotas que decolaram logo que viam sua cadeira.
— Hey, Bowie, eu estou aqui. Micah e Tyson estão vindo. — Ele pulou quando
Tanner falou. — Você quer me apresentar?
— Sim. — Bowie disse, balançando a cabeça mentalmente para que ele fizesse
sentido para Cassie e seu amigo. Ele ainda foi jogado para um laço. — Cassie, este é
meu amigo Tanner Barron. Tanner, este é Cassie Cartwright. Acabamos de nos
conhecer hoje à noite.
Tanner sorriu e cumprimentou Cassie. Ele não parava de olhar para trás e para
a frente entre os dois, aparentemente ciente de que havia tensão.
— Você poderia nos dar um minuto? Eu estarei com você. — Dando a Tanner
um olhar aguçado, Bowie transmitiu a seriedade de seu pedido.
— Claro que sim, vamos esperar no bar. Leve o seu tempo. — Tanner saiu.
Apesar de seus receios, não havia nenhuma maneira de que Bowie ia deixar as
coisas como estavam.
— Olha, Cassie, há um monte de coisas que podemos fazer além de dançar. Eu
estarei de volta. Não se mova.
Quando ele olhou para o rosto dela, Bowie parecia sincero.
Cassie pensou que ele era o homem mais bonito que ela já conheceu.
— Obrigada, Bowie. Pela bebida e por sentar-se e falar comigo.
Ele se levantou.
— Estou falando sério. Assim que eu acabar com esses caras, eu vou estar de
volta.
Ela observou-o ir embora. Ele ainda se virou uma vez, olhou para ela e ela
sorriu.
Mas Cassie não tinha intenção de esperar para ver se Bowie voltaria. Ela não se
atrevia a ter esperança. Depois de ter visto sua cadeira, ela sabia que era tudo o que ele
viu – não ela como uma mulher. Cassie precisava se lembrar disso. Não desejando em
estrelas cadentes por ela. Manter os pés ou rodas, firmemente plantados no chão era a
coisa mais inteligente que ela poderia fazer.
Então, assim que ele foi embora e ela podia ver que ele se envolveu em sua
conversa, Cassie lentamente levantou-se para sua cadeira e fez o caminho mais longo.
Felizmente ela tinha encontrado Felicity e informado que ela estava saindo para que
seus amigos não se preocupassem. Não era como se ela fosse rude. Exceto para Bowie.
E se? Não! Ele não teria vindo. Rejeitá-lo antes que ele pudesse rejeitá-la foi a coisa
mais inteligente que ela poderia ter feito.
Capítulo Dois

Tanner tinha razão. Ele tinha muito em comum com Micah e Tyson. Eles
concordaram em se reunir novamente em breve. Apesar de ter feito o seu melhor para
dar-lhes toda a sua atenção, o seu coração não estava nisso. Ele não podia esperar até
que chegasse o momento em que ele poderia se separar deles sem ser totalmente mal-
educado. Tudo o que ele ganhou de Tanner foi um sorriso, mas ele acenou para Bowie,
dizendo-lhe que ele iria ligar em um par de dias.
Mas quando Bowie voltou para a mesa onde tinha deixado Cassie, ela não
estava. Os amigos dela o cumprimentaram com um pouco de curiosidade divertida.
Bowie não se importava. Ele estava em uma missão.
— Será que Cassie Cartwright foi embora?
Uma menina de cabelos escuros curtos falou.
— Sim, ela saiu cerca de meia hora atrás.
— Ela foi para casa?
Com um encolher de ombros, a morena responde.
— Sim, eu tenho certeza. Ela nunca fica muito tempo nessas coisas. — Então,
como se ela percebesse que ela estava dizendo a um homem que a amiga estava
sozinha e vulnerável, ela montou a sua opinião. — Eu acho que ela foi encontrar com
seu namorado. Ele ia levá-la para casa.
Bowie sabia que era muito possível que Cassie tivesse um encontro, mas de
alguma forma não soava verdadeiro. Ela tinha fugido dele.
Bem, isso estava bem. Ele sabia onde encontrá-la. Bowie ainda estava confuso,
ele não podia negar isso. O que ele queria que acontecesse com Cassie? Neste momento
ele não sabia ao certo. Ele não queria machucá-la, isso era certo. Será que ele queria vê-
la novamente? Seria sábio vê-la novamente? O que seu tio Michael sempre disse
continuou a correr através de seu cérebro. "O universo tem uma maneira de dar-lhe um
sinal. Tudo que você tem a fazer é manter os olhos abertos."
Saindo pela porta, ele virou a cabeça em direção ao seu caminhão. Apenas a
poucos passos da porta, algo chamou sua atenção no chão. Bowie parou e se ajoelhou.
— Bem, que tal isso. — Ele pegou a pulseira de pingentes de Cassie da terra. —
Obrigado. — Ele reconheceu o lado doce do destino. — Eu posso lidar com as coisas
daqui.
Bowie colocou a pulseira no bolso e entrou em seu caminhão. Ele estava
debatendo se entregava o item perdido de joias para a sua dona hoje à noite ou
esperava até o dia seguinte quando o telefone tocou.
— Malone.
— Bowie, é Jacob. Precisamos de você. É Aron, ele está sumido.
O coração de Bowie deu uma guinada em seu peito.
— Onde? Quando? Como? — Depois que ele tinha dito, ele ligou seu caminhão
e o colocou em marcha. — Eu vou pegar um voo e encontrá-lo lá.
***
Cassie segurou o frasco de vidro para o nariz e deu uma fungada.
— Entendi. — Ela sorriu. Capturar o cheiro delicado de madressilva tinha sido
complicado. Depois de várias tentativas, quando ela ou tinha tido muito forte ou muito
fraco, ela finalmente acertou. O segredo foi a adição de um pouco de floração de
jasmim noturno. Ela passou o dedo sobre a mistura cremosa, sabendo que em breve
endureceria em uma vela de longa queima que proporcionaria a alguém com horas de
diversão. Cassie suspirou. Ela tinha prazer em seu trabalho, agradecida por ter
encontrado algo que ela gostava de fazer, o qual fazia dinheiro suficiente para ela ser
independente.
Ser deficiente complicava as coisas. Muitas coisas.
Rolando sua cadeira de rodas para trás, ela fez seu caminho para a mesa de
jantar para embalar mais algumas caixas para o transporte. O caminhão da UPS viria
amanhã e ela tinha pacotes para enviar para uma meia dúzia de lojas em torno da área
de Austin. Circle C Candles estava encontrando seu mercado e ela não poderia estar
mais feliz.
Bem, ela podia.
Se ela pudesse ter alguém como Bowie Travis Malone em sua vida, ela não teria
nada a reclamar para a eternidade. Mas isso não foi possível. E quanto mais cedo ela
parasse de pensar nele, melhor seria para ela.
Fechando a parte inferior da caixa, Cassie colocou uma etiqueta de
endereçamento e sua própria etiqueta especial que descrevia a forma de W da
constelação da Cassiopéia, cinco estrelas brilhantes em um fundo azul cobalto. A
rodada turbulenta de latidos de Sassy alertou que seu gato, Patience, estava na frente,
querendo entrar.
— Se eu pudesse ensiná-lo a abrir a porta de tela, eu o faria. — O bassê
vermelho escuro correu da entrada e de volta para ela várias vezes, ansioso para se
unir com seu amigo. Ela riu. Fazendo o seu caminho até a porta, ela segurou-a
entreaberta quando um gordo gato malhado alaranjado entrou. — Pegou alguns ratos?
— Um miado abafado foi a resposta dela e ela levou-o para um 'não'. — Bem, melhor
sorte na próxima vez. Eu já coloquei para vocês dois um pouco de comida então bon
appétit.
Pelo menos ela não estava sozinha.
— Uma mulher como você nunca deve ficar sozinha.
A voz de Bowie voltou para assombrá-la. Cassie foi até a janela e olhou para a
escuridão e pensou nele. Ele voltou para encontrá-la? Fazia semanas desde a noite em
que ela o conheceu. E agora, bem, ela nunca saberia. Provavelmente não. Ela se
acovardou e correu, perdendo sua preciosa pulseira de praia em algum lugar ao longo
do caminho. A ideia de que ela, possivelmente, também perdeu de passar mais tempo
com ele doía mais do que a perda da joia. Mas ela não podia lidar com mais uma
decepção.
Sentindo-se inquieta, ela desejava que ela pudesse saltar da cadeira e correr pela
estrada. Gastar energia era complicado para uma pessoa em seu estado. Se ela não
fosse cuidadosa e determinada, ela perderia todo o tônus muscular e ganharia peso.
Seus exercícios eram algo que ela fazia religiosamente. Metendo posição, Cassie
aliviou-se da cadeira e no chão pelo estropo portátil que ela mantinha ao alcance da
mão.
— Droga, droga, droga, — ela respirou pela dor. Imediatamente ela foi
acompanhada por um cão com excesso de zelo e o gato que passou a dar-lhe beijos até
que as lágrimas fossem esquecidas e ela estava sem fôlego de tanto rir. Não era
exatamente o tipo de beijos que ela desejava, mas eles teriam que servir.
E ela sentiu os beijos de Bowie Travis depois… em seus sonhos.
Fantasiar fez o tempo passar mais rápido e ajudou com a dor. Nas últimas
semanas, ela aperfeiçoou seu devaneio. Quando ela fechou os olhos, ela estava de volta
ao bar e, assim como ele havia prometido, Bowie voltou para ela. E recusando-se a
aceitar um não como resposta, ele a pegou em seus braços, e de alguma forma, por
algum milagre, eles estavam dançando. Ele abraçou-a em seus braços e Cassie se sentiu
como se tivesse voltado para casa. Eles olharam para os olhos um do outro e,
lentamente, ele baixou o rosto do dela e a beijou.
Cassie prendeu a respiração quando ela fez mais uma repetição da elevação de
perna. A dor era agonizante, mas não podia parar. Cada pequeno movimento que
poderia empurrar a partir de suas pernas era uma vitória. Como normal, ela gritou
com o esforço. Quando terminou, ela ficou deitada lá e só respirava. Ela não tinha
terminado. Em seguida, ela iria puxar-se para cima e segurar nas costas de duas
cadeiras e da mesa de jantar e andar no lugar durante o tempo que ela pudesse
suportar.
Uma e outra vez, ela reviveu o momento em que ela o recusou. Ela tinha feito a
coisa certa? Alguém como ela poderia encontrar a felicidade com um homem tão viril e
ativo como Bowie? Se por algum milagre ele pudesse estar interessado, uma parte
egoísta dela iria querer agarrar-se a ele e tirar tudo o que ele daria. Mas isso não seria
justo com ele. Ela nunca poderia manter-se com ele, não na vida e não na cama. Assim,
não tinha porque começar algo que não podia terminar. Cassie teve uma vida plena.
Que com o seu negócio, sua casa e seu trabalho voluntário, as horas foram preenchidas.
Era só quando ela estava sozinha no escuro da noite, deitada sozinha na cama, que ela
sofria com a ideia de que esta seria sempre sua sorte na vida.
Suspirando, Cassie usou sua força superior do corpo para manobrar seu
caminho de volta para a cadeira.
— Ai! Consegui. Yay! — Ela comemorou. Mais um par de minutos de repouso e
alguns goles de água e ela estaria pronta para dar um passeio.
***
— George, me dá essa chave. — Bowie estendeu a mão ao seu parceiro. Mesmo
que o vento chicoteando através da porta de sua loja estava frio, suor escorria de sua
testa. Porra, era bom estar em casa.
— Aqui está. — O homem mais velho agachou-se ao lado dele. — Quando você
tiver a chance, eu preciso passar por cima de alguns papéis com você. Michael tem sido
uma dádiva de Deus, mas temos alguns trabalhos para o lance e eu preciso saber o que
você pensa.
À menção de seu tio, Bowie sorriu.
— Sem problemas. Estou feliz por estar em casa por um tempo. Você dois
réprobos velhos ficaram fora de problemas?
George riu.
— Não. Nós trabalhamos duro todos os dias e festejamos duro todas as noites.
O que você esperava?
Bowie olhou para o amigo. Ele sempre usava macacão sobre uma camiseta
branca, geralmente com um lenço vermelho amarrado no pescoço.
Bigode cobria o seu rosto, mas havia sempre um brilho nos olhos.
— Nada menos. O tio teve sorte?
— Não é tão afortunado como eu. Eu fiquei com a mais quente ruivinha no
Texas. Michael está perseguindo uma quente e pesada loira empilhada com o nome de
Lucy. Na verdade, nós estamos indo até o Arkey hoje à noite. Quer se juntar a nós?
Na menção do clube, tudo que Bowie podia pensar era a última vez que tinha
estado ali, e em Cassie. Com tudo o que aconteceu com Aron, ele tinha deixado o
tempo ficar longe dele. Mas ele ainda tinha a pulseira e ele ainda pretendia voltar para
ela.
— Não, eu estou muito cansado. Eu acho que vou ficar por aqui no zoológico.
— Zoológico é certo, — George resmungou. Assim que Bowie disse a palavra,
Jasmine veio desfilando na loja como se ela pertencesse ali. — Eu nunca vou entender
porque você deixa estes malditos camelos e aquele porco barrigudo correrem soltos.
Bowie riu enquanto Jasmine batia a cabeça no ombro de George.
— Eles não podem sair do quintal, George Ray. Além disso, eu acho que
Jasmine é doce com você. — Ele terminou de apertar o parafuso da lâmina dozer,
levantou-se e limpou as mãos na calça jeans.
— Droga, eu a faria de churrasco, mas eu aposto que ela seria fibrosa e
resistente. — George empurrou de brincadeira o grande dromedário apenas uma
corcova que governava o bosque em Vega Verde.
— Espere até que o bebê nasça dentro de poucos dias. Você vai ser tão amoroso
com ele como eu e Laurence.
George esfregou o nariz do camelo.
— Laurence cospe, eu não gosto dele, — ele resmungou. Olhando por cima,
George estudou Bowie Travis, notando o quão cansado ele parecia. — Você teve um
momento difícil, não é?
Bowie foi até a bancada e colocou suas ferramentas.
— Não ser capaz de encontrar Aron quase me matou. Você não tem ideia de
como essa família sofreu, Libby, especialmente.
— A sua vinda pra casa significa que eles desistiram?
— Claro que não. — Ele esfregou a rigidez no ombro de dormir na posição
errada no avião de Seattle. — Jacob e o resto dos McCoys não vão desistir até que eles
saibam alguma coisa, com certeza. Os parâmetros da pesquisa têm mudado, mas não a
sua devoção a encontrar seu irmão.
— Você vai voltar para ajudar? — George procurou através dos papéis sobre a
mesa desorganizada no canto.
— Agora, eles trouxeram alguns investigadores privados e eles estão olhando
para o seu desaparecimento a partir de uma perspectiva diferente. Mas quando eles
precisarem de mim, eu vou. É claro que vou. — Bowie esfregou o rosto e enfiou os
dedos pelos cabelos. — Deus, eu preciso de um corte de cabelo.
— Nãao, — George disse e ele riu. — As mulheres gostam de você desse jeito.
Faz você se parecer com algum tipo de leão na savana selvagem. — Ele riu quando
Bowie revirou os olhos. — Então, o que você estava fazendo em Seattle?
Bowie sabia que suas façanhas de rastreamento intrigavam George então ele o
divertiu.
— Um homem idoso e seu filho se afastaram de um trajeto de caminhada e
foram pegos em uma tempestade de neve. Felizmente, os encontramos antes que
congelassem.
— Viu algum sinal de urso?
— Não desta vez. — Ele deu um tapa no ombro de George. Tanto ele como o tio
Michael amavam qualquer coisa a ver com o deserto e ursos. Seu tio tinha se
aposentado há alguns anos e agora vivia de forma indireta através das aventuras de
Bowie. — Eu também trabalhei num deslizamento de terra naquele caminho, tirando
toda uma comunidade. Encontramos alguns sobreviventes, embora, por isso valeu a
pena.
— Bem, eu estou feliz que você está em casa. Nós precisamos de você aqui. —
Nessa proclamação, George fez um gesto em direção a um assento. — Vamos tomar
um café e deixe-me dizer-lhe sobre estes dois postos de trabalho, então você pode ir
chamar essa menina que deixou seus boxers com um nó.
— Como você sabe? — Bowie olhou para o amigo. Não havia como negar isso,
pensamentos de Cassie o tinham atormentado quase constantemente.
— Ei, eu te peguei no aeroporto e trouxe seu traseiro para casa. — George
empurrou o boné na cabeça. — Você fala dormindo, Romeo.
Inferno.
Depois de algumas horas ouvindo George falar sobre perfuração de lama e
revestimento de lagoas, Bowie estava pronto para encerrar o dia. Além disso, ele tinha
algo importante para cuidar, um telefonema que ele precisava fazer. Depois de ver seu
companheiro sair e dar-lhe uma mensagem para o seu tio, ele trancou a loja e se dirigiu
para a casa. Malone Earthworks estava situada a poucas centenas de metros de sua
casa. O sol começava a se pôr e a tela de cores que se espalhavam lá fora sobre o céu fez
Bowie grato para a vida. Ele deixou seus olhos rolarem sobre sua propriedade, desde a
casa de madeira que ele tinha construído com as suas próprias mãos para os pastos
verdes rolantes que enquadraram a parte da frente do acampamento. Ele correu
algumas centenas de cabeças de gado e várias dezenas de cavalos que ele cuidava
quando podia, mas para a principal responsabilidade pelo gado ele contratou os
irmãos Edgar que moravam ao lado. Um coro de latidos e miados o encontraram
quando ele fez o seu caminho até a varanda.
— Quem está com fome? — Ele nadou entre pequenos corpos de júbilo. Todo
mundo queria uma mão para fora e todo mundo queria um pouco de carinho. Mesmo
Petúnia. As pessoas questionaram a sua devoção à sua coleção de animais, mas Bowie
não se importava. As pessoas que não gostavam de animais não se podia confiar.
Correndo sem esquecer ninguém, ele encheu taças, verificou água e coçou atrás de uma
dúzia de orelhas. — Eu tenho que entrar em casa agora. Verei vocês mais tarde.
Fazendo o seu caminho em sua casa, Bowie moveu seu Stetson para um lado e
decidiu tomar banho enquanto ele vinha com um plano. A casa de Cassie era só descer
a estrada a poucos quilômetros, mas ele não imaginava que ela iria apenas recebê-lo
por aparecer. O fato de que ele não tinha seu número de telefone irritou a merda fora
dele. O que ele estava pensando? Enquanto Bowie refletia sobre seus erros, ele
removeu suas roupas e foi para o banheiro. Talvez a água quente fosse ajudá-lo a achar
uma estratégia.
Pisando debaixo do spray refrescante, Bowie deixou sua mente viajar de volta
para a noite que ele conheceu Cassie. Por que não conseguia esquecê-la? Para ele,
querer entrar em contato com ela era mais do que apenas devolver sua pulseira. Ele
também estava amarrado com o olhar de desolação no rosto dela, as sombras sem
esperança que tinham nublado seus olhos depois que ele pediu a ela para dançar.
Inferno! O que ele ia fazer? Cada palavra que tinham dito um ao outro - a provocação,
as brincadeiras, a conversa veio derramando de volta através de sua mente. E então
ficou claro para ele. Circle C Candles. Bowie riu.
— Agora, eu sei como eu vou entrar em contato com você. — Lavando o sabão
de seu corpo, ele ignorou sua ereção. Ele estava ignorando-a por alguns dias. Toda vez
que pensava em Cassie, ele ficava duro e Bowie se recusava a fazer qualquer coisa
sobre isso. Talvez depois que a visse hoje, ele iria tira-la do seu sistema e continuar com
sua vida. Talvez.
***
— Quase terminado aqui e então você pode assistir The Good Wife, — Cassie
murmurou, fazendo uma promessa a si mesma quando ela abaixou o fogo em um pote
de cera. Graças a Deus o DVR. Ela ostentou e permitiu que a empresa de cabo
instalasse um. — Eu só espero que o Amazing Race não corra horas extras esta semana
e estrague minha gravação. — De repente, o fato de que ela estava tendo uma conversa
corrente consigo mesma bateu Cassie com uma onda de tristeza. Ela estava sozinha.
Ressentimento rolou por sua espinha como fogo. Por que o acidente tinha que ter
acontecido? Por que ela? Lágrimas desceram em cascata pelo seu rosto. Cassie sabia
que ela sempre estaria sozinha. Nenhum homem jamais iria a querer. Nenhum homem
jamais iria pedir-lhe para casar com ele.
BUZZ! BUZZ! O toque do telefone a fez saltar. Cassie não recebia muitos
telefonemas. Ela girou para agarrá-lo, respondendo com uma voz que era um pouco
sem fôlego.
— Olá?
— É esse Atendimento ao Cliente da Circle C Candles?
— Sim. — A cabeça de Cassie nadou. Oh, Deus, o que era isso tudo? — Posso
ajudá-lo? — Seu interlocutor era um homem. Ela empurrou o cabelo sobre o ombro,
tentando recuperar a compostura. Um homem com uma voz muito sexy, ela poderia
acrescentar.
— Eu olhei em seu site e esse número foi listado como o único a chamar se
houver uma reclamação a ser feita.
Uma reclamação?
— Senhor? — O que poderia ter acontecido? Cor errada? Perfume errado?
Endereço errado? Más mechas? — Eu sinto muitíssimo mesmo. — Ela engoliu em seco
e tentou fazer com que suas palavras saíssem em linha reta. — Qual é a natureza da
sua reclamação? — Oh, isso era ruim.
— Bem, eu tenho duas. — Ele fez uma pausa.
— Duas? — Cassie estava tremendo. Ela nunca teve uma reclamação antes.
— Sim, — disse Bowie, sufocando uma risada. Ele estava começando a se sentir
um pouco culpado. Esse número era o único que tinha encontrado em seu website.
Obviamente que era ela. Ele nunca esqueceria aquela pequena voz sexy, rouca. —
Minha primeira queixa é que você deixou Arkey Blue sem me dar a chance de dizer
adeus. E a segunda é que você jogou suas joias ao redor como contas do Mardi Gras.
Achei sua pulseira da praia na frente quando eu estava saindo.
Alguns segundos se passaram antes que Cassie alinhasse seus pensamentos em
uma cadeia coerente. Quando o fez, seu coração escorregou, borboletas levantaram voo
em seu estômago e juro por Deus, seus joelhos batiam. Não era realmente possível, mas
eles bateram.
— Bowie?
— Sim, querida, é Bowie.
Querida, ele a chamou de querida!
— Você me assustou, — ela sussurrou.
Chiar! Faísca! Splash!
— Oh, Deus! Bowie, meu pote acabou de ferver! Eu tenho que ir. — Ela jogou o
celular e foi resgatar a cera rosa dela.
— Cassie? — Bowie tentou descobrir o que estava acontecendo. — Cassie? —
Que diabos? Mas quando ele a ouviu gritar de dor, não havia nenhuma maneira que
ele poderia ficar parado. — Eu estarei ai em um minuto! — Ele gritou, embolsou o
telefone e saiu pela porta.
***
Droga. Droga. Droga. Cassie segurou seu braço sob o fluxo de água da pia do
banheiro. Ela tinha ouvido falar do uso de cera quente em jogo BDSM, mas isto não era
o mesmo. Seus pensamentos sensuais, enquanto sentia dor a fizeram bufar.
— Você é patética, Cassie. — Sim, leu romances como se estivessem saindo de
moda. Ela não possuía um Kindle, mas o aplicativo gratuito em seu computador ficou
ocupado. Não demorou muitas faíscas para as sinapses em seu cérebro para passar de
romances BDSM para… — Bowie! — Bowie tinha chamado e ela desligou na cara dele.
— Não, não, não, — ela gemeu.
Bang! Knock!
— Cassie!
O que no mundo? Ela desligou a água e começou a sair do banheiro. Ok, a dor
deve ter sido pior do que ela pensava, porque Cassie estava tendo alucinações. Ela
sabia mais, mas a voz soava muito parecida com Bowie.
— Espere, eu estou chegando!
— Onde está você, querida? É Bowie!
A batida de botas que destacava no chão de madeira a deixou sem nenhuma
dúvida de que ele estava em sua casa e rapidamente vindo em sua direção. — Estou no
banheiro.
— Vou chamar uma ambulância.
— Não! — Ela conseguiu chamar, quando ela começou a mover a cadeira para
trás. — Eu estou bem. Você está…
— Logo atrás de você.
Ele anunciou e ela apertou a mão ao peito, mesmo que ela soubesse que era ele
e ele estava prestes a aparecer. Ainda aos olhos do grande homem em seu pequeno
banheiro, parecendo mais bonito do que um mortal tinha o direito a parecer, era
apenas esmagador.
— Você tem certeza que está bem? Deixe-me ver. — Antes que ela pudesse
protestar, ele a tinha rodado no corredor e de volta para sua sala de estar.
— Não está mau. — Cada um de seus sentidos estava totalmente engajado. Ela
não se cansava de olhar para ele, ouvi-lo, ou até mesmo sentir o cheiro dele. Ele devia
ter acabado de sair do banho, porque ele cheirava como uma de suas velas para o mar
com um toque de almíscar. Partes de seu corpo estavam comemorando sua
proximidade, as partes que ela não tinha conhecimento estava em muito bom estado de
funcionamento.
Ajoelhado a seus pés, ele verificou a longa marca de queimadura do lado de
dentro do braço. Estava vermelha, irritada e começando a formar bolhas.
— Você tem alguma pomada aloe?
— Sim, está no gabinete inferior ao lado da pia. — Ela começou a dizer-lhe que
não estava doendo mais. Tudo o que ela podia sentir agora era entusiasmo sobre ele.
Bowie. Em sua casa!
Bowie se agachou. Gabinete inferior. Hmmm. Lugar estranho para manter
remédio.
— Aqui está. — Em seguida, ele bateu-lhe. Seus armários eram todos da altura
normal. Ela tinha o diabo de momento para alcançar algo. — Droga. — É por isso que
ela se queimou. — Você puxou o pote em cima de você, não é? — Sim, houve cera por
todo o chão.
— Eu me inclinei até agarrá-lo e ele se desequilibrou. — Cassie começou a
explicar mais sobre sua luta, mas ele sabia que ela estava em uma cadeira. —
Geralmente, eu consigo muito bem.
Bowie pigarreou, na verdade ele pigarreou. Ela sufocou um riso quando ele se
agachou ao lado dela e gentilmente espalhou a loção fria sobre as queimaduras.
Frissons de consciência dançavam em sua pele.
— Obrigada, — ela murmurou. Isto era totalmente inacreditável.
— Espera aí, mais uma coisa a fazer. — Sem sequer pedir, ele encontrou um
pano de prato e uma faca e passou a trabalhar na raspagem e limpeza da cera do chão.
— Você não tem que fazer isso, — protestou ela.
— Tudo pronto! — Ele sorriu após alguns segundos. Quando ele olhou para ela
novamente, ele podia ver que ela estava um pouco envergonhada. — Não foi nada.
Fico feliz em fazer.
— Obrigada. — Ela estava grata. O único problema era que esse fiasco só
chamou sua atenção para o quão diferente ela era das outras mulheres. E Cassie não
queria ser diferente. — Sinto muito.
— Hey! — Bowie foi para ela, ajoelhando-se pela cadeira, levantando seu rosto
bonito com um dedo sob o queixo. — Você acha que depois de ouvir você gritar de dor
que eu não viria? Para que você acha que os vizinhos são?
— Eu já fiz isso antes. Não é grande coisa. — Cassie apertou as mãos em
punhos. Ela não estava com raiva, ela estava tentando não agarrá-lo. Ele estava a
poucos centímetros de seu rosto! O homem era quase comestível e ela estava em uma
dieta de fome ao longo da vida quando se tratava de romance e sexo.
Para adicionar ao seu estado de agitação, Bowie fechou seu pulso em uma
grande mão e virou o braço por cima.
— Como se sente, ainda dói?
— Não, está melhor. — Na verdade, estava. — A aloe faz maravilhas. — Na
verdade, ele tocá-la era mais curador do que qualquer medicamento podia ser. Ela era
tão consciente dele – quão amplo que era, a força de seus bíceps, a espessura de seus
antebraços e, especialmente, à luz doce brilhando em seus olhos. — Posso oferecer-lhe
algo para beber?
Não querendo apressar, Bowie puxou uma cadeira da cozinha.
— Isso soa bem. O que você tem?
Ela riu de seu entusiasmo aparente.
— Bem, coca, café ou leite com chocolate?
Um gemido sexy quase a levou a correr para o armário enquanto se dirigia para
o outro lado da mesa.
— Hmmm, sem disputa, leite com chocolate.
— Homem inteligente. — Ela reconheceu seu bom gosto. Abrindo a geladeira,
ela pegou um meio galão de leite e foi pegar um copo.
Enquanto ela estava arrumando sua bebida, Bowie tinha estado observando sua
casa. Era confortável, colorida e acolhedora, assim como ela. Tudo era calmo com tons
de terra com toques de azul e verde.
— Eu vejo que você tem o tema da praia acontecendo aqui também. O que me
lembra! — Ele estava prestes a cavar no bolso e extrair o bracelete, mas quando ele se
virou, ele quase resmungou olhando para ela se esticando e tencionando para alcançar
um copo. — Aqui, deixe-me pegar isso, boneca.
Cassie quase conseguiu, quase! Estava na ponta dos seus dedos. Se ela pudesse
ter se levantado, um pouco, ela poderia ter chegado, mas ela também teria lamentado
ou gemido de dor e isso era uma coisa que ela não estava pronta para compartilhar
com o Sr. Bowie. Consegui! Com um dedo, ela puxou-o para frente e caiu direto da
prateleira, diretamente em seus dedos à espera.
— Yay! Nós fizemos isso. — Não adiantava ser triste. Ele entregou a ela e ela
derramou. Sua altura na cadeira sempre a fazia parecer uma criança quando ela
tentava trabalhar em gabinetes, como uma menina que não era bem alta o suficiente
para ser de muita utilidade para ninguém.
— Sim, nós fizemos. — Ele não disse mais nada. Bowie não queria fazê-la
autoconsciente, mas enquanto olhava ao redor de sua casa, ele viu que poderia de
forma alguma ter sido construída amigável para deficientes físicos. Agora, ele
realmente estava se preocupando.
— Sente-se, Bowie, por favor. — Desde seu resgate de seu vidro, ele ainda
estava de pé, fazendo-a se sentir fora de equilíbrio com ele. — Aqui está. — Ela
empurrou um copo cheio de bebida de chocolate para ele. — Eu aprecio você dirigir
por aqui tão rápido. Poderia ter sido pior, por isso estou em dívida com você.
— Bobagem. — Bowie dispensou quando ele se instalou na cadeira costas retas.
— Agora, sobre essas reclamações que eu preciso fazer com você.
Cassie riu, um som mais doce que ele jamais tinha ouvido.
— Você percebe que você me envelheceu dez anos, — ela repreendeu. — Eu
ficava tentando imaginar o que eu tinha feito de errado.
Bowie ficou sério.
— Você não fez nada de errado, mas eu precisava que você soubesse que voltei
para encontrá-la no bar como eu disse que faria.
Cassie percebeu que seu tom havia mudado. Ele estava tentando fazer as pazes,
não para si, mas para cada indivíduo que a tinha deixado no passado.
— Bowie, eu… — Ela fez uma pausa. Só porque ele era um cavalheiro
consumado não significa que ele devia ser obrigado a fazer algo que ele nunca teria
escolhido fazer em primeiro lugar – como gastar tempo com a menina aleijada. — Eu
desfrutei muito dos poucos minutos que passamos juntos.
— Então, por que você fugiu? — Bowie não sabia por que ele estava
empurrando. Será que ele queria namorar com ela?
Cassie podia sentir suas bochechas ficarem rosa. Usando o mesmo gesto que ela
tinha sucumbido desde a infância, ela cobriu o rosto com as duas mãos.
— Eu acho que não sabia o que fazer com você.
Bowie sentiu um puxão em suas cordas do coração. Ele não podia deixar de rir.
— Bem, eu nunca ouvi colocado dessa forma antes. Mas me foi dito que eu sou
um punhado.
— Eu aposto que você é, — disse Cassie antes que ela pensasse e então ela
corou vermelha.
Bowie adorou. Isso o lembrou de sua troca divertida de cantadas quando se
conheceram, antes da cadeira de rodas ficar no caminho.
— Sim, e eu tenho equipamentos pesados também. Lembra?
Ele estava brincando com ela. Ela sabia, ainda Cassie adorou.
— Sim, eu gostaria de ver o seu equipamento pesado às vezes. — Quando os
olhos dele ficaram grandes como pires, ela o deixou fora do gancho. — Eu sei sobre a
Malone Earthworks. Passei por lá há algum tempo.
Droga, a pequena face de anjo estava o excitando. Uma equipe de cavalos
selvagens não conseguia segurar seu comentário.
— Se você me der à oportunidade, eu vou lhe mostrar o meu equipamento
pesado de perto e pessoalmente. Se você quiser, eu vou mesmo deixá-la dirigir.
Cassie sabia o exato momento em que ela saiu das águas rasas para o ar acima
de sua cabeça. Ele não estava falando de escavadeiras ou tratores, ele estava falando
sobre a protuberância atrás de seu zíper. E parecia ser equipamento pesado - e ela lhe
daria os dentes caninos para ser o tipo de mulher que ele precisava. Mas Cassie tinha
limitações, limitações sexuais. Até que ponto, ela realmente não sabia. Honestamente,
ela tinha medo de descobrir. Toda vez que ela tentou tocar a si mesma, o medo de nada
acontecer foi o suficiente para impedir que qualquer coisa acontecesse. Apenas o
pensamento de um homem perfeito como Bowie Travis vendo as pernas inúteis
fracassadas ao redor e tentando convencer uma resposta da carne feminina, que podia
ser incapaz de responder era muito horrível para palavras.
— Eu provavelmente maltratarei seu equipamento. Eu não sou um piloto
muito, uh, experiente. — Ela tentou rir fora de seu jogo. — Você disse que você
encontrou minha pulseira?
— Sim, eu encontrei. — Ele se levantou e tirou o pequeno pedaço de prata
esterlina da joia do bolso da frente da calça jeans.
Sim, lá estava. Ela seguiu o movimento de sua mão quando ele enfiou na frente
de suas calças, desejando que ela pudesse ir pescar naquele buraco particular de
mistério. Quando ele tirou-a e estendeu a corrente de prata delicada para ela, ela sentiu
as lágrimas subir em seus olhos.
— Oh, obrigada, Bowie. — Impulsivamente, estendeu os braços para um
abraço.
Ele não a teria rejeitado para o mundo. Inclinando-se ele aceitou a sua gratidão.
Ela apertou-o com força e deu um beijo doce na bochecha dele. Um inchaço poderoso
de ternura inundou Bowie como maré alta em Galveston.
— De nada, baby.
Afastando-se, ela enrolou ao redor de seu pulso.
— Eu vou colocá-la.
— Como é que a sua queimadura se sente agora? — Ele percebeu que ele devia
soar como um disco quebrado, mas ele desejava tanto que ele pudesse tirar a dor dela.
— Não é ruim. — Ela sorriu para ele. — Já tive piores.
Ele começou a pedir-lhe para explicar, mas ele não sabia como.
Cassie limpou a garganta, aparentemente tentando se recompor.
— Conte-me uma história Bowie. — Foi sempre mais fácil ter alguém para fazer
a conversa. Tudo o que ela poderia dizer sobre si mesma era mais do que chato.
— Tudo bem. — Ele preferia falar sobre ela, em vez de si mesmo, mas ele
poderia quebrar o gelo. — Eu sou um membro de um par de grupos que são chamados
para localizar pessoas desaparecidas, seja em um ambiente de deserto ou no mar. Um
grupo é uma equipe de busca equina e a outra é uma equipe de mergulho. — Ele
tomou um gole do leite, observando-a esfregar a condensação de seu copo. Ele desejou
que ela estivesse o tocando. Suas mãos eram tão pequenas. — Nada glamouroso, mas
encontrar pessoas que precisam da minha ajuda me satisfaz.
— Eu posso imaginar que faz. — Ela mordeu o lábio inferior e ele lambeu o seu
em resposta.
Beijá-la era uma grande tentação.
— Você não só ajuda as pessoas, mas você vê o mundo.
Bowie poderia dizer que o pensamento de viajar a encheu de saudade.
— E você? Você faz velas, eu me lembro. — Ele apontou para as caixas,
embaladas e lacradas. Havia também várias outras maiores espalhadas. Ele se levantou
e se aproximou. — Isso é lindo. — Com um toque cuidadoso, ele passou o dedo sobre
uma vela marrom que tinha sido esculpida com a imagem de um veado correndo pela
floresta. — Você fez isso?
— Sim, eu fiz. — Ela moveu a cadeira para a esquerda um pouco, para estar
mais perto. — Eu sou uma artista frustrada, eu gosto de desenhar e isso não é muito
diferente. Em vez de caneta e tinta, eu uso cera e uma ferramenta de escultura. —
Quando ele se mudou para outra que foi esculpida com uma data e flores, ela passou a
explicar. — Eu faço pedidos feitos sob encomenda para comemorar nascimentos ou
aniversários, bebês novos, coisas desse tipo.
— Eu não iria querer queima-la.
Cassie deu uma risadinha.
— A maioria não queima. Eu as trato com um verniz especial que lhes preserva
muito bem, especialmente se eu pressionar flores ou folhas ou cascas para a cera
quente.
— Você é muito talentosa. — Ele ficou impressionado.
Durante a hora seguinte, eles conversaram sobre tudo. Bowie persuadiu-a a
abrir-se e apenas compartilhar com ele. Ela disse a ele sobre seu trabalho no abrigo de
animais e na casa de repouso. Eles discutiram sério as coisas da vida, política, religião e
filosofia. Sua tática era simples, ele estava trabalhando duro para que ela se sentisse à
vontade com ele. Bowie estava mostrando a ela que eles tinham muito em comum e ele
estava interessado nela como uma pessoa. Depois que ele teve seu riso sobre seus
pontos de vista sobre ser vegetariano, ele era contra, por sinal - Bowie tomou um gole
da bebida, olhou para a porta de vidro e riu. Dois pares de olhos estavam olhando para
ele.
— Acho que estamos sendo observados.
Cassie olhou por cima.
— Conheça Sassy e Patience, meus companheiros de quarto e chefes.
Ele caminhou até a porta e ajoelhou-se para olhar para os curiosos animais de
estimação. — Você quer que eles entrem?
— Oh, sim, com certeza. — Assim que ele abriu a porta, eles se atiraram como
balas. — Os pestinhas até dormem comigo.
— Animais de sorte. — Bowie murmurou. Ele pegou o gato com uma mão e
acariciou o cão com a outra. — Você vai ter que vir conhecer os meus rapazes e moças.
Havia muitas maneiras de definir sexy e Bowie reuniu todas as qualificações.
Mas quando o viu ser gentil com seus animais, ela sentiu seu coração derreter. — Eu
gostaria disso, — ela sussurrou.
— Eu também. — Ele foi além do sério. — Eu gosto de você. Posso vê-la
novamente? Vai passar algum tempo comigo, Cassie? — Como eles tinham visitado,
Bowie tinha memorizado o seu sorriso, o modo como seus olhos se iluminaram e a
covinha na bochecha. Ele também tinha visto a forma em que seus mamilos se
endureceram quando ela se tornava excitada. E ele a tinha excitado, ele poderia dizer.
Várias vezes ele a havia tocado, casualmente ou olhou em seus olhos, ou piscou para
ela. Ele assistiu o rubor em seu peito até que varreu suas bochechas. E seus seios
haviam aumentado, eles queriam ser tocados que apenas excitava o inferno fora dele.
Mas, como ele esperava, ela deu-lhe a resposta, sem dizer uma palavra. Ele
podia ver em seu rosto. A resposta ia ser alguma forma da palavra não.
— Claro, eu adoraria ser sua amiga. Eu gostei de hoje mais do que você jamais
saberá. — Ela assentiu com a cabeça e toda a cabeleira loira moveu-se com ela.
Ele esticou o braço e ergueu o queixo dela.
— Amigos?
Ela assentiu com a cabeça, sua voz quase um sussurro. Ele ainda segurou o
rosto dela, mas agora o polegar estava acariciando o queixo.
— Podemos ser amigos, Bowie?
— Sim, acho que eu gostaria. — Apenas amigos. Ele era louco? Agora seu corpo
estava clamando por mais do que amizade. Mas Cassie era especial, provavelmente a
mulher mais especial que já conheceu. E ele não podia se dar ao luxo de machucá-la.
Então Bowie Travis Malone precisava obter a sua cabeça em linha reta. Talvez a
amizade fosse o melhor lugar para começar.
— Bom. — Simultaneamente Cassie sentiu alívio e uma decepção inundou sua
alma. Alívio porque isso significava que ela iria vê-lo novamente e ele não iria
pressioná-la para coisas que ela não poderia lhe dar. E decepção porque, por algum
motivo insondável, ela queria que ele a quisesse. Quão confuso que isso era?
— Então, quando é o nosso próximo encontro? — Ele disse as palavras
levianamente, mas ele queria dizer. Bowie tinha toda a intenção de tratar a mulher com
todo o respeito e consideração que a ela era devida.
— Eu poderia fazer o jantar para nós na sexta-feira à noite, se você está livre. As
sete?
Uma miríade de emoções cruzou seu rosto. Ele quase podia ler esperança,
desespero, descrença e uma melancolia que era quase tolerável.
— O que eu posso trazer?
— Um apetite, — ela ofereceu com um sorriso.
— Isso é evidente. — Mesmo que ele concordasse com ela, Bowie sabia que ele
tinha que descobrir essa coisa com Cassie rápido. Porque o apetite que tinha em mente
não tinha nada a ver com comida.
***
Os poucos dias até sexta-feira passaram rapidamente. Cassie consolidou tudo
que ela precisava fazer, fez todos os seus prazos, foi ao supermercado, e limpou a sua
casa. Ela não podia evitar. Cassie estava tão animada que ela não poderia suportar isso.
Bowie viria para jantar e ela tinha tirado tudo para fora! Ela tinha preparado um peito
de peru assado com ervas, pães caseiros, caçarola de batata doce, até mesmo um bolo
de chocolate alemão.
— Espero que ele venha com fome, — disse à Sassy e Patience, enquanto
esperavam pela sua parte do peru. — Não se preocupe, eu vou compartilhar com
vocês. Eu sempre faço.
Ela não tinha ouvido falar de Bowie, mas ela não esperava. Não era como se
eles estivessem saindo ou nada. Para passar o tempo ela tinha feito algumas coisas
extras para si, um pouco de mimo. Uma camada de esmalte rosa pálido agora
agraciava todos os dez dedos das mãos e todos os dez dedos dos pés. Sua pele estava
sedosa, macia e perfumada de uma loção que ela mesma fez. Aventurando-se no
mundo dos cremes de soja, sabonetes e hidratantes labiais que prometiam ser uma
adição à sua renda. E as amostras ela acumulou para si mesma não eram ruim também.
Quando o tempo se arrastou, ela ficou nervosa. E se ele não aparecesse? E se ele
tivesse mudado de ideia? Ela observou o relógio como um falcão. Os ponteiros
pareciam mover-se muito lentamente. Cassie sabia que eram só nervos. Por que se
Bowie viesse ou não significa muito para ela? Ela pegou na bainha de seu vestido
distraidamente. O tempo tinha estado gelado. As festas estavam quase em cima dela e
ela tinha estado mega ocupada apenas tentando atender aos pedidos. Mas saber que
Bowie era uma parte de sua vida, não importa quão pequena, significava o mundo
para ela. Lamentável tanto quanto podia ser, ela puxou a cadeira até a janela e
observou a estrada…
Capítulo Três

Bowie estava dirigindo como um morcego fora do inferno. Que momento ruim
para perder seu maldito celular! Parecia que ele não poderia manter-se com aquela
coisa para salvar sua vida, talvez ele devesse usá-lo em uma corrente de bicicleta ao
redor do pescoço. Ele tinha ido ao hospital visitar Jessie e Jacob, verificar o bebê e a
família. Ele tentou manter contato próximo com eles, sempre ansiosos por qualquer
notícia sobre Aron. Não era que ele tinha esquecido o jantar com Cassie, ele tinha
acabado de deixar o tempo passar por ele. E agora… agora ela provavelmente pensou
que ele lhe deu o cano.
A direção do Vega Verde para a casa de Cassie não demorava, mais do que de
15 minutos, mas ele estava vindo de Kerrville em vez de Bandera. Onde eles viviam, lá
existia de longe mais vacas do que pessoas e as estradas eram de duas pistas com um
acostamento muito estreito. A menos que ele estivesse passando por pastagens, a linha
de árvore estava a apenas alguns metros fora da estrada. Dependendo da hora do dia,
sombras poderiam abranger completamente a rodovia como era abrigada tão de perto
pelos grandes carvalhos e pecans que cresceram perto.
O lugar Sever estava em uma estrada de terra. Três caixas de correio
anunciavam o desligamento. Tudo o que podia pensar era o quão longe ela morava da
cidade. Ele nunca gostou de ver uma mulher que vivia sozinha, muito menos uma tão
jovem e bela como Cassie - e tão vulnerável. Assim que ele se virou para a estrada de
cascalho, ele teve que diminuir o ritmo. Não era grande o suficiente para dois carros
passar a menos que você parasse de alguma forma na vala. A primeira casa que ele
passou não parecia que tinha morador e a segunda tinha dois velhos fazendo seu
caminho do carro até a varanda. Um estava usando um andador. Eles lhe lembravam
velhos doces em um lar de idosos, cada um tentando ajudar o outro. Agora, ele estava
se sentindo realmente preocupado. Se Cassie precisasse de algo ou alguém
rapidamente, esses vizinhos não seriam de nenhuma ajuda.
A condução em torno de uma ampla curva, ele veio para a fazenda Sever, ou o
que restava dela. A maioria dos sítios e fazendas da região foram seccionados e
vendidos e este não foi diferente. Ele poderia dizer que os campos já haviam sido
plantados com feno, mas agora estavam em repouso. Bowie abrandou quando viu um
par de guinés atravessando a estrada. Ele sorriu. Tinha sido um longo tempo desde
que ele tinha visto algum dos gordos pássaros preto e branco. Eles foram criados por
seus ovos, geralmente, mas se alguém quisesse comê-los todos eram escuros de carne
como um pato. Guinés também faziam bons cães de guarda e iriam livrar a
propriedade de cobras mais rápido do que você poderia dizer Jack Robinson. Ver que
Cassie tinha esses pássaros ao redor o fez se sentir um pouco melhor.
Quando ele estacionou sob uma magnólia senhorial, o Bassê vermelho veio
correndo para cumprimentá-lo, seguido do gato malhado. O cachorro não latiu, ele
dançou, jogou a cabeça para trás e fez barulho peculiar de exultação da raça. Era um
som feliz e fez Bowie rir.
— Ei, cara. Você se lembra de mim? — Ele se inclinou para acariciá-los e
descobriu que ambos tinham colares com seus nomes gravados neles apenas como
cintos ocidentais, completo com pequenos conchas prata. — Hey, Sassy. — O gato era
tão exigente, esfregando em sua perna. — E o seu nome é Patience, eu gosto disso. —
Antes que ele pudesse se levantar, ele ouviu a porta da frente da tela guinchar aberta.
— Bowie? — Cassie estava tão aliviada que ela podia chorar. Era mais de meia
hora de atraso. Apressadamente ela enxugou os olhos. Ela não queria que ele soubesse
que ela havia chorado.
O suave sotaque sulista de Cassie causou arrepios de desejo pelo seu corpo.
Bowie realmente sentiu arrepios subir ao longo de seus braços e na parte de trás do seu
pescoço. Nunca, nunca ele tinha reagido desta forma para uma mulher antes. Na
verdade, ele não tinha muitas amigas mulheres, exceto as esposas McCoy, suas
namoradas e Presley Love, a noiva de Zane. Ele era próximo de Presley. Eles
compartilhavam um segredo, mas era dele para dizer. Então Bowie namorava
casualmente, ele simplesmente não se envolvia.
— Hey. — Ele levantou-se e olhou para ela. — Perdoe-me, Cassie. Desculpe-me,
estou atrasado. Eu estava visitando amigos no hospital e perdi a noção do tempo. —
Ele deu um sorriso travesso. — Jacob, meu melhor amigo, teve um menino. Ele é meu
xará e eu sou seu padrinho. Pequeno Bowie é uma das crianças mais bonitas que você
pode imaginar. Quando ele sorri, ele tem duas covinhas mais bonitas. — Bowie
apontou para seu rosto. — Ele simplesmente derrete meu coração. — Durante dois ou
três batimentos cardíacos, ela só olhava para ele timidamente, depois sorriu - brilhante.
Seu rosto era a mais bela vista que ele já viu.
A descrição de Bowie de seu afilhado e a alegria que ele parecia ter nele apenas
mais a convencia que ele era um homem entre os homens.
— Eu pensei…
— Eu sei o que você pensou, e eu não posso te dizer como me sinto mal. A
família McCoy vem passando por tanto. O bebê tem que fazer uma cirurgia, ele nasceu
com problemas de válvula em seu coração.
O coração de Cassie balançou.
— Oh, não. Será que ele vai ficar bem?
— Se a oração tem algo a ver com isso, sim, ele vai. — Ele passou a contar a ela
sobre Aron estar sumido e como ele tinha sido envolvido. — Sou próximo da família,
qualquer problema que eles têm também é meu.
— Eles têm sorte de ter você, Bowie. Então, Jacob nomeou seu garotinho em sua
homenagem?
— Sim, ele diz que é porque eu sou seu melhor amigo, mas eu não acho que
esse é o principal motivo. Tudo remonta a uma aposta que ele perdeu quando
estávamos na faculdade. Jacob foi um dos maiores caras do time de futebol e ele
levantou no banco cento e oitenta quilos. Eles o chamavam de Texas Torque. Inferno,
ele praticava levantamento de pesos por pegar bezerros nos eventos de touro que ele
costumava competir todo o tempo. Uma vez, ele estava se vangloriando e eu só tive o
suficiente. Eu lhe disse que iria levantar mais peso do que ele podia. — Bowie bufou.
— Eu não achava que eu poderia fazer, mas eu ia tentar. Ele me disse que se eu
ganhasse, ele me daria o seu filho primogênito. É claro, nós estávamos brincando, mas
eu venci-o com cento e noventa quilos. Então, eu não consegui Bowie quando ele
nasceu, mas ele foi nomeado por mim.
— Eu gosto disso. — Ela não estava surpresa que ele estava. Bowie parecia
super forte. Quanto mais ela aprendia sobre ele, mais ela gostava dele. Cassie percebeu
que ela estava em sérias dificuldades, seria fácil cair de cabeça sobre os saltos por esse
cara.
Os olhos dele correram sobre ela, a partir do topo de seu cabelo sedoso aos
pequenos pés, que sentou assim afetadamente nos apoios de pés. O que tinha sobre
ela? Ele teve que fazer força para ficar parado. A atração de ir até ela, pegá-la e embalá-
la contra ele era quase uma dor física. Vendo-a sorrir, ele começou a se mover em
direção a ela.
— Eu ainda sou bem-vindo?
— É claro, eu estou muito feliz em te ver. Por favor, entre. — Ela segurou a
porta de tela e manobrou a cadeira para trás. — Eu ouvi sobre o Sr. McCoy no
noticiário. Isso deve ser terrível para sua esposa e família.
— É, mas eles ficam juntos. Libby é forte, mas ela está esperando gêmeos, então
isso tem sido especialmente difícil para ela. — Ele poderia dizer que Cassie estava
nervosa. Sua voz estava tremendo um pouquinho e as bochechas de porcelana
delicadas estavam virando em um tom mais cor de rosa. Seguindo-a para a casa, ele foi
imediatamente recebido por aromas irresistíveis. — Tudo cheira muito bom. Estou
morrendo de fome.
— Bem, por favor, sente-se. A comida está pronta. — Ela só tinha que pegar
algumas coisas fora do aquecedor e os colocar sobre a mesa. Ele veio ajudá-la, pegando
as coisas quentes fora de suas mãos. Bowie era protetor.
A mesa estava toda preparada então eles se sentaram.
— Depois do jantar, eu quero que você tome uma curta viagem comigo, há algo
que eu quero te mostrar.
Um tremor percorreu Cassie.
— Ir para algum lugar juntos? — Como em um encontro? — Onde?
Bowie sabia que ela iria desfrutar de sua surpresa.
— Espere. Você vai descobrir.
Ela encheu o prato dele até a borda e Bowie comeu como se estivesse saindo de
moda.
— Isto é delicioso, — ele se gabou. — Você é uma cozinheira muito boa.
Cassie sorriu. — Obrigada.
Bowie tentou ser bom, Deus sabe que ele fez. Mas ele não conseguia tirar os
olhos dela.
— Eu estive pensando em coisas que podemos fazer juntos… como amigos,
você sabe. — A maioria das coisas que ele estava imaginando era feita na horizontal
em uma cama, mas ele estava tentando ser bom aqui.
— Sério? — Cassie tomou um gole de chá. Ela tentou fazer uma piada. — Fora
dançar, obviamente.
— Não necessariamente. — Bowie agitou o garfo ao redor. — Você apenas tem
que ter fé em mim.
A bondade dele a fez querer chorar. Ela sabia que havia muitas coisas que
Bowie podia estar fazendo numa sexta à noite, em vez de sentar-se com ela.
Geralmente os homens a evitavam como uma praga depois que percebiam que ela era
aleijada. Mas se Bowie foi afastado por ela, ele deveria concorrer para um Oscar,
porque tudo o que ela podia ver em seu rosto era a felicidade.
— Eu tenho fé em você, — disse ela com toda a confiança. — Um dia uma
mulher vai ser muito abençoada por ter você, Sr. Malone.
Bowie riu.
— Eu já ouvi o contrário, acredita em mim.
A ideia dele com outra mulher era como uma faca cortando o coração dela. Mas
se eles iriam ser amigos, ela teria que superar essas emoções. Mesmo que as palavras
tivessem gosto de fel na boca dela, ela ofereceu. — Se você precisar de alguém para
testemunhar para você, eu vou ser feliz em fazer. Minha amiga Cordelia acabou de
terminar com seu namorado, talvez você gostaria que a apresentasse. Ela era a linda
morena no bar. Nós estávamos comemorando seu aniversário.
Cassie se voluntariado para arranja-lo não caia bem com Bowie.
— Eu acho que tenho muito bem as mãos cheias com você, Srta. Cassie-para-
resumir. — Não esperando que ela discutisse, ele continuou. — Que tal um filme?
Melhor ainda, jantar e um filme?
— Parece bom para mim, — Cassie admitiu quando um formigamento fez o seu
caminho para baixo de sua coluna vertebral. Amigos iam ao cinema com o outro, certo?
Ela podia ser aleijada, mas ela não estava morta. Ela sentia as coisas. Agora uma das
coisas foi o choque. Ao longo dos anos ela fabricou alguns mecanismos de defesa para
ajudar a si mesma a lidar com as coisas. E uma dessas estratégias era brincar. Ela
flertou e brincou quando teve a chance, assim como ela tinha feito com Bowie quando
ele se aproximou dela no bar. Mas até agora… nenhum cara tinha continuado.
Francamente, Cassie não sabia o que fazer com ele. Bowie era tão bonito. Ele era tão
bonito como qualquer galã de Hollywood. Características esculpidas, cabelo alto,
moreno e mais músculos do que ela saberia o que fazer – mas ela gostaria de tentar.
Desde de que ela o conheceu, Cassie tinha remexido na internet e perguntado pela
cidade e descobriu tudo o que podia sobre Bowie. Ele era respeitado pelos homens,
elogiado por seus esforços de caridade e cobiçado por todas as mulheres em um raio de
oitenta quilômetros. E, no entanto, ele estava sentado aqui com ela!
O olhar de Bowie caiu para a boca dela. O lábio inferior dela tremia e ela
continuou o mastigando. Ele foi tentado a oferecer a mordisca-lo para ela. Parecia um
trabalho que ele poderia suportar.
Cassie não era imune. Ela estava olhando para sua boca também. Não havia
uma coisa feminina sobre o homem, mas seus lábios eram lindos, lisos e iminentemente
adoráveis. No momento, um canto de sua boca estava virando-se ligeiramente, como se
estivesse prestes a sair em um sorriso.
— Eu tenho certeza que vamos chegar a mais… coisas criativas para fazer. —
Bowie prometeu. Eles trocavam olhares dos olhos para a boca, dos olhos para a boca.
Se por criativo que ele queria dizer quente, beijos cegos e mãos correndo sobre a
pele lisa, ela estava dentro. Whoa! O que ela estava fazendo?
— Por que você está perdendo tempo comigo, Bowie? Você sente pena de mim?
— Ela fez a pergunta antes que ela pensasse. Nunca mais ela sairia de sua cadeira de
rodas e sentaria em uma mesa quando ela estivesse em público. Era propaganda
enganosa. Nada disso deveria ter acontecido. Foi culpa dela. Ela deveria ter a certeza
que Bowie viu a cadeira de rodas na hora. Era hora de dar um basta a isso antes que
alguém se machucasse, ou seja, ela. Suas pernas podiam não funcionar, mas o coração
dela poderia ser facilmente quebrado. Tinha que haver alguma maneira para salvar a
face fora disso. — Bowie, eu não acho…
— Droga! — Bowie levantou-se.
Ele estava saindo. Cassie baixou a cabeça e limpou as mãos em seu vestido. Foi
o melhor. Então, ela olhou para cima e teve uma grande surpresa. Senhor, o homem
podia se mover rápido. Num momento ele estava sentado cerca de um metro de
distância, no outro ele estava agachado ao lado da cadeira e tinha a mão em concha em
torno do rosto de Cassie.
— Você está errada. Há uma necessidade. — Gentilmente, com firmeza, com a
graça predatória, ele abaixou a cabeça até que seus lábios quase se tocarem.
Ele podia senti-la tremer sob seu toque. Deus ajude, ela era linda. Se Bowie
estava certo, fazia um longo tempo desde que ela tinha beijado um homem. Ela
arregalou os olhos, como se ela não sabia bem o que esperar. Cassie observava cada
movimento seu. Doce Jesus, ele precisava fazer isso apenas corretamente.
— Eu quero muito isso. Estou ansiando por um beijo seu. Você me quer?
Será que ela queria? Será que ele estava brincando? Ela estava certa de tudo o
que ele viu quando olhou para ela foi a cadeira. E ali estava ele, dizendo-lhe que ele
sofria por seu beijo? Ela poderia acreditar nele? Bowie era tão consciente dela. A curva
suave de seu rosto, as gostosas mechas longas do cabelo que moldou seu corpo como
Rapunzel e seios tão exuberantes e perfeitos que ele teve que lutar para impedir-se de
tocá-los para ver se eles eram tão suaves como eles pareciam. Ele a queria. Simples.
Assim como a primeira vez que ele a viu, ele a queria tanto que a necessidade o deixou
fraco. Movendo-se mais perto dela, ele perguntou a ela novamente. A incerteza em
seus olhos machucava Bowie.
— Você me tem em uma queimadura lenta, baby. Você me quer, Cassie?
— Desesperadamente, — ela respirou.
Ele se aproximou, tomando o controle, segurando seu rosto enquanto ele
inclinou seus lábios nos dela. Ela tremeu, sua respiração engatou, nervosa e com falta
de ar. Bowie deu o que ela precisava, compartilhando a respiração quando ele se
inclinou para mais perto, aprofundando o beijo. Perfeito. Isso era tudo o que podia
pensar. Ela era absolutamente perfeita e tão doce. Correntes de eletricidade
percorreram seu corpo. Quaisquer reservas que tinha abrigado foram esquecidas no
momento. A boca dela era viciante e sua aparente inocência uma atração irresistível.
Sua fome o levou a mergulhar a língua nos recessos de mel de sua boca. Veludo. Com
carinho, ele esfregou os lábios nos dela, lambendo, provocando, persuadindo Cassie a
confiar nele o suficiente para beijá-lo de volta.
Por fim, ela soltou um pequeno gemido áspero e ele sentiu suas mãos delicadas
pegarem seu ombro, apertando o material de sua camisa em seus dedos finos. Bowie
sentiu uma imensa satisfação quando ela se inclinou para frente, dando-se a ele para
apoiar e segurar. Quando ele aceitou seu peso, um sentimento de contentamento
absoluto apoderou-se dele. Cassie se sentia tão bem em seus braços, tão bem-vinda.
Sua pele macia parecia chamuscar a sua em todos os lugares que tocavam. Bowie
tremeu, porra tremeu. Nunca tinha sentido nada assim antes.
Precisando de mais, ele passou um braço ao redor dela, com cuidado ficando
mais perto. Cada instinto lhe disse para buscá-la, mas ele tinha medo que ele fosse
machuca-la. No começo ela estava reticente, mas agora ela se abriu para ele, sua língua
timidamente lançando-se sobre a dele em sua primeira dança erótica. Bowie gemeu sua
satisfação.
Ela respondeu-lhe com um gemido, uma vibração calma de êxtase no fundo de
sua garganta, que absolutamente o eletrificou. Ele deslizou a mão do rosto até a nuca
de seu pescoço, segurando-a no lugar. A necessidade primordial para dominar, para
exercer o seu poder masculino tirou o fôlego. Ele não tinha nenhum desejo de ferir, ao
contrário, ele queria proteger, possuir e controlar.
Minha.
Bowie desejava memorizar todas as facetas de seu corpo por aprendê-la doce
centímetro por centímetro. Ele queria marcá-la como sua. Tocar. Calor. Desejo. Essas
coisas estavam tomando precedência sobre pensamento coerente. Bowie estava agindo
por compulsão, quando ele colocou a mão no lado dela, roçando sua cintura. Tão
suave. Tão porra de perfeito. Ele permitiu que a palma da mão para conhecer o corpo
dela, a forma delicada, as curvas suaves. Com cada toque, ele sentiu a resposta dela
com pequenos tremores e gemidos, revelando-lhe que ela estava tão encantada no que
eles estavam fazendo como ele estava. E quando ela enfiou os dedos delicados em seu
cabelo, ele podia sentir o desejo dela transmitido a ele através de cada fibra do seu ser.
Os dedos de Bowie avançaram para cima até que ele roçou o inchaço inferior de
seu peito, o globo quente generoso chamava seu toque. Ele queria segurar sua
suavidade mais do que ele queria ter um outro sopro de ar. Tudo o que podia pensar
era moldar e amassar a carne feminina até que ele a tivesse pedindo-lhe para substituir
os dedos com os lábios. Deus, ele poderia fazê-la se sentir tão bem. Ela amaria como ele
podia fazê-la sentir. E ele queria ouvi-la implorando, o desespero para agradá-la
rasgou o seu coração. Cassie. Cassie doce.
Mas ele parou. Ele se conteve. O esforço que precisou para Bowie abster-se de
descobrir a forma exata e o tamanho dessas maduras ondas macias era imenso.
Forçando as mãos para congelar apenas próximo do paraíso, ele só permitiu-se o
privilégio de acariciar a pequena borda, a pele acetinada sob seu peito. Cassie
cantarolou sua excitação, pressionando contra ele como uma oferta gentil, suas cristas
duras apertadas esfregando contra sua camisa. Podia senti-la tremer com o contato e
não ceder à tentação estava o matando.
Se Cassie estivesse pensando claramente, ela não teria feito isso. Ela nunca teria
tido coragem. Mas parecia tão maravilhoso! Cada vez que ela esfregava nele, todo o
seu corpo tremia. Por favor, Deus, deixe ele me tocar. Ela empurrou os seios contra ele
e seus mamilos incharam e doíam com o atrito.
Bowie sentiu seu responder. Ele sabia o que ela queria, o que ela precisava. Ele
reconheceu os sintomas, porque ele tinha um caso completo soprado. Cedendo à
tentação, ele permitiu que sua mão se movesse para cima. Ela estava disposta, ele
estava pronto e mais do que capaz de satisfazer todo desejo. Apenas um toque.
Mas algo o deteve.
Havia muito no ar, muitas coisas que precisavam ser ditas. Eles precisavam
lidar com toda esta questão da amizade, antes de irem a toda velocidade e a apresentar
a uma intimidade sexual que ela não estava preparada. Só por um segundo, ele a
abraçou - apertado. A quente boca faminta ainda estava agarrada a sua, sua pequena
língua fazendo cócegas em seu lábio. Inferno! Estendendo a mão, ele emoldurou seu
rosto e empurrou para trás, liberando os lábios dos dele. Bowie sabia que ele estava
perto de perder o controle e este não era o momento, nem o lugar.
O quê? Como um pouco de água gelada um flash de um pouco de consternação
em Cassie. Bowie se retirou. Na verdade, ele teve que puxá-la para fora dele como uma
sanguessuga. Ela estava respirando com dificuldade, mas ele também estava.
Provavelmente de tentar fugir dela. Deus! Um beijo de pena, que era o que ele tinha
dado a ela.
— Obrigado, querida. — Ele beijou-a na testa. Cassie permitiu, mas ela se
inclinou mais para trás em sua cadeira, tentando colocar alguma distância entre seus
corpos.
Bowie a sentiu enrijecer, por isso ele a deixou ir. Ele queria segurá-la até que se
acalmaram, mas ela não estava tendo nada disso.
— Talvez não tenha sido uma boa ideia, — disse ela suavemente, envolvendo
os braços em volta da cintura, abraçando-se protetoramente. — Obrigada por ter vindo
para passar algum tempo comigo. Eu agradeço.
— Oh, não, — ele a repreendeu quando ele voltou para seus pés. Ela queria que
ele fosse embora? Depois daquele beijo quente? Claro que não. — Nós temos um lugar
para ir junto. Eu prometi-lhe uma surpresa e eu pretendo cumprir essa promessa.
— Não, obrigada. Considere-me surpreendida. — Sua voz era plana, sem
emoção.
Ok. Ele estava confuso.
— Cassie… — Bowie parou de falar quando ela levantou a mão em um gesto
pedindo claramente que ele não falasse.
— Eu não acho…
— É isso mesmo, não ache, não mude sua mente. — Não havia nenhuma
maneira que ela não gostou de seu beijo. Mas ele podia ler as mulheres muito bem, e
esta tinha claramente se afastado com alguma coisa. Ok, então ele veio em um pouco
forte. Ele era um cara! O que ela esperava? — Vamos lá, você vai gostar do que eu
tenho para te mostrar. Na verdade, você se arrependerá se você perder. Então, nós
estamos indo. E ponto final! — Ele viu-a olhar para ele, assustada. Bowie não tinha a
intenção de levantar a voz, mas ele sentiu que se ele deixasse agora, ele pode não seria
capaz de recuperar o terreno que estava perdendo - rápido.
Cassie encontrou seu olhar, de frente.
— Tudo bem. — Ela realmente não sentia com vontade de discutir, ela sentia
mais vontade de chorar.
Esfregando a seco seu rosto, Bowie deixou escapar um longo suspiro. Tinha
sido sua intenção de provar a ela que ela era desejável, e a próxima coisa que ele sabia
que tinha sido derrubado por uma volta. Ok, ele entendeu a mensagem, não só de
Cassie, mas a partir de sua própria consciência. Uma coisa é certa, ele precisava decidir
malditamente rápido onde ele queria que essa coisa fosse antes de deixá-lo ficar
completamente fora de mão.
— Onde está o seu casaco? Você vai precisar dele. Está frio lá fora. — Não à
espera de direção, ele olhou em volta, avistou um pendurado no gancho de uma
cadeira do salão e agarrou-o.
Quando ele voltou, Cassie tentou tirar isso dele.
— Eu posso fazer isso. — Ela não precisava de sua ajuda. Ela poderia colocar
em seu próprio maldito casaco, algo que ela vinha fazendo há muito tempo. Ela não era
uma aleijada impotente. Ela também não precisa sua piedade. Deus! Tudo o que ela
queria fazer era desligar a cabeça, cobri-la com este casaco estúpido e chorar.
Vergonha, vergonha branca quente a fez quase vomitar. O que ela fez? Oh sim,
ela sabia. Ela se agarrou a ele, beijando-o, tocando-o, implorando por qualquer coisa
que ele desse a ela. E ele tinha que afastá-la! Ele teve de literalmente forçar sua boca da
dele. Como podia ter sido tão estúpida?
Bowie a viu segurar o casaco, enfiando a mão perto da manga várias vezes e
desaparecendo. — Deixe-me ajudar. — Ele não sabia o que fazer. Aparentemente, algo
mais estava acontecendo do que ele imaginava. Grande, falar sobre estragar tudo.
— Eu consigo. — Ela torceu para longe dele e, finalmente, puxou o casaco e
para baixo no lugar. — Estou pronta.
Ela não disse as palavras com qualquer grau de entusiasmo. Cassie soou como
se estivesse pronta para fazer a milha verde para a câmara de morte.
— Se você tem certeza… — O que ele estava dizendo? Ele não estava disposto a
dar-lhe um fora. — Deixe-me ver o seu cabelo. — Ele corajosamente passou a mão sob
o peso pesado do cabelo dela e levantou-a. — Levante-se, você está sentado sobre ele.
— Merda. Então ele foi estoque ainda. Ela provavelmente não poderia erguer-se.
— Tudo bem. — Ela suspirou.
E, para sua surpresa, ela apertou os braços da cadeira e mudou-se para a
esquerda, depois para a direita quando ele puxou a cachoeira de seda livre, deixando
fluir pelas costas e acumular ao redor de seus quadris. — Pronto. — Ele acariciou os
fios de ouro que o fascinavam infinitamente. Uma imagem dela sentada escarranchada
sobre ele, nua, curvado com essa cortina de cabelos formando uma barreira entre eles e
o mundo exterior enchia sua cabeça. Droga! Agora ele estava ficando duro novamente.
— Obrigada, — ela murmurou enquanto tentava fechar o casaco.
Precisando estar perto novamente, Bowie ficou de joelhos e gentilmente colocou
as duas extremidades do zíper junto e começou a fechar o casaco. Várias vezes os nós
dos dedos roçaram pontos fracos e ele gemeu audivelmente.
— O que há de errado? — Ela perguntou, assustada. — Será que beliscou você?
— Não, eu estou bem. — Não foi o zíper que o pegou, foi ela - direitamente
pelas cordas do coração.
Cassie suportou seu toque. Suportou. Porque se ela pudesse ter se levantado da
cadeira e corrido para fora da porta, ela teria. Quando ele completou sua tarefa, com as
mãos terminando diretamente no queixo, ela fechou os olhos para que ele não fosse
capaz de obter um vislumbre de sua alma. Cassie não queria que Bowie conseguisse
mais pistas sobre a forma como ele realmente a afetava. Ela suportou vergonha
suficiente por um dia. Prendendo a respiração, ela esperou até que um ligeiro
movimento de ar e uma ausência de calor lhe dissesse que ele tinha puxado para trás e
se levantou. Boa.
— Ok, acho que estou pronta.
— Você não tem que parecer tão animada. Amiga. — Bowie mexia com bom
humor. Em seguida, sem pedir, porque ela teria dito não, ele se inclinou e a pegou -
direitamente em seus braços. Cassie soltou um pequeno grito de surpresa e agarrou
seu pescoço. — Eu te peguei.
Sim, ele a tinha pego.
— Não me deixe ir, — ela implorou.
— Não pretendo. — Bowie levou um segundo para apreciar o quão certo ele a
sentia em seus braços. Podia senti-la tremer como um pequeno cervo que uma vez
tinha encontrado na floresta, cuja mãe tinha sido baleada. Não sendo capaz de suportar
a ideia de morrer sozinho, ele a pegou e a carregou para casa. A pequena criatura era
muito pequena e fraca para lutar muito, mas tinha tremido em seus braços como Cassie
estava fazendo agora. — Só descanse. Eu tenho você.
— Só não me solte, — ela o advertiu novamente.
Ela não precisava se preocupar. Ele não deixaria nada acontecer com ela para o
mundo. Quando ele olhou para baixo, foi para descobrir que ela estava olhando para
ele, aqueles enormes olhos verdes olhando para ele pela garantia. Ele deu a ela.
— Você está segura comigo, Cassie. Promessa. Vamos no meu caminhão.
— Você não acha que seria mais fácil se nós fossemos na minha van? Ela tem o
equipamento adequado e eu estou acostumada com isso.
Ela estava falando rápido, mas ele não estava desviando do curso. Não, ele
estava marchando para fora da porta, abrindo-a com o cotovelo, e fechando-a com o
joelho.
— Eu estou acostumado a dirigir nos meus encontros ao redor. Vamos no meu
caminhão.
— Isto não é um encontro. — Ela lembrou. — Você é mandão, não é?
Bowie riu. Ele não abordou a questão do encontro.
— Sim, eu acho que eu sou. — Levando-a para fora, ele levou-a para seu
caminhão e gentilmente colocou-a para dentro, afivelando o cinto de segurança. — Eu
já volto.
Quando ele fechou a porta, Cassie cobriu o rosto com as mãos.
— Meu Deus! O que eu vou fazer? — Ela lamentou em um sussurro. —
Acalme-se, Cassie. Você pode passar por isso. Só não aja como uma boba de novo.
Quando ela se sentou e castigou a si mesma, ela ouviu o bump-bump da cadeira
sendo levantada e colocada na parte traseira da pick-up de Bowie. Balançando a
cabeça, ela lamentou o fato de que ela fosse tão dependente da bondade dos outros.
Toda a sua vida ela temia cada vez que alguém tinha que sair de seu caminho para
fazer algo por ela. Honestamente, ela preferia ficar em casa pelo resto de seus dias a ter
Bowie ou alguém como ele saindo de seu caminho para tornar as coisas mais fáceis
para ela.
— Tudo feito. — Ele anunciou quando ele se arrastou até a cabine da pick-up ao
lado dela.
Cassie não disse muito mais, teria apenas piorado as coisas.
— Obrigada. Você é muito gentil. — A memória dele tomando seu rosto entre
as mãos e segurando-o parado enquanto ele escapou de suas garras era tudo que ela
podia pensar. Uma nova onda de vergonha fez seu rosto ficar quente. — Para onde
vamos?
Ok, ele supôs que ele poderia dizer-lhe agora que ela estava abrigada com
segurança em seu caminhão.
— Vou levá-la para minha casa para conhecer alguém especial.
— Oh, eu não acho… — ela começou, imaginando encontrar alguns de seus
amigos ou pior - família.
— Relaxe, você vai gostar desta garotinha, eu não tenho nenhuma dúvida. Se
você não gostar, eu vou comer o meu Stetson. — Ele deu um tapinha no chapéu preto
na cabeça.
À medida que andava, era como se ela ainda pudesse sentir suas mãos em seu
corpo. Onde ele acalmou em sua parte inferior, ela ainda podia sentir a marca de seus
dedos. Diferente de alguns que haviam sofrido lesões na coluna vertebral, ela tinha
sentimentos abaixo da cintura, mas ela também tinha alguns ferimentos e danos nos
nervos. Mesmo que os médicos a considerassem sortuda, às vezes, ela questionou o seu
julgamento. Eles não tinham de viver com a sua dor.
A viagem não demorou muito, mas deu-lhe algum tempo para pensar. Esse
negócio de amizade era para os pássaros, ela decidiu. Mesmo que fosse doer, este seria
o seu único encontro juntos. Ela já tinha decidido isso. Não foi porque ela não gostou de
sua companhia – ela gostava. Muito. Era porque ela simplesmente não podia se arriscar
a ter seu coração partido.
— Eu amo a sua casa, — ela confessou. Na verdade, desde que conheceu Bowie,
tinha passado algumas vezes. O dramático portão de entrada de pedra acenava para
ela. Ela parou e olhou para as belas pastagens de rolamento, o riacho parado, os
pomares de nozes e, pelo menos, duas lagoas. Ela podia ver por trás das várias
dependências.
— Obrigado, eu vou ter você de volta e pagar essa grande refeição que você
cozinhou para mim.
Ela disse nem não nem sim. Em vez disso, ela perguntou com humor em sua
voz.
— Você sabe cozinhar? — Cassie era grata por ser capaz de forçar uma
mudança de tom para a noite.
Bowie fingiu ofensa.
— Pode ter maldita certeza. Posso fazer churrasco com o melhor. Apenas diga o
dia e vou defumar um presunto e fazer-lhe um molho de Jalapeno Jack Daniels Apricot
para ir com ele que vai fazer você dançar um jig.
Ele tinha falado com o coração, por isso, naturalmente, Cassie não se ofendeu.
Mas ela o enjoou.
— Cura milagrosa. Vou levar um galão.
Inferno. Bowie suspirou.
— Eu não quis dizer, — ele gaguejou. — Eu acho que você é apenas certa,
Cassie.
Ele puxou para uma grande casa de tora e pedra, que imediatamente chamou
os olhos de Cassie.
— Linda, — observou ela. — Assim, a minha surpresa está aqui? Na sua casa?
Sim, ele queria dizer, há uma grande cama king size lá que eu posso apresentá-
la onde você vai ter o tempo de sua vida. Mas ele não o fez, como tinha concluído
antes. Ele precisava de tempo e ela também.
— Sim, espere, você vai adorar isso.
Ele saiu para pegar a cadeira e ela torceu as mãos, desejando que ela não tivesse
que ser pega novamente. Estar perto dele era tão horrível, maravilhoso, terrível e
viciante. O mínimo que podia fazer era desfazer o cinto de segurança, abrir a porta e se
preparar. Tudo para tornar isso mais fácil e mais rápido para ele.
— Você vai brincar e cair, Srta. Cassie. — Bowie disse quando ele abriu a porta
e encontrou-a oscilando à beira. — Você precisa de um guarda, mocinha.
Em qualquer outro momento, ela teria flertado, perguntando-lhe se ele estava
se oferecendo para o trabalho. Mas não agora. Sua autoconfiança foi baleada ao inferno
de ser rejeitada depois dela ter se jogado para ele.
— Segure-me. — Ele exigiu e ela fez, enganchando o braço em volta de seu
pescoço. Ainda assim, ela tentou manter-se longe dele, o que era impossível, mas ela
tentou.
Bowie não agia como se ele notou. Ele a sentou na cadeira e empurrou sobre o
terreno irregular do seu quintal. Bateu em Bowie como teria sido difícil, quase
impossível, para Cassie ter percorrido o caminho sozinha. Algo para pensar.
— Cubra seus olhos, — ele instruiu-a com uma risada.
Ela estava tentando ser agradável, mas Cassie realmente não estava de bom
humor. Agora não era um bom momento para analisar por que ela estava se sentindo
do jeito que estava. Não escapou seu raciocínio para saber que ela deveria tentar e
desfrutar desta vez com Bowie, depois de tudo a sua agenda social não estava
exatamente cheia de oportunidades.
— Ok, mas não me empurre em uma calha ou algo assim.
— Nunca.
— Se há lama, isso pode ser mais problemas do que vale a pena. — Cassie
odiava ser um fardo.
— Não se preocupe, eu entendi, irritadinha.
Apesar de tudo, Cassie sorriu. Com os olhos ainda fechados, ela podia dizer
quando eles se mudaram para terras mais altas. O caminho suavizou e ela ouviu uma
porta se abrindo.
— Nós estamos indo para um celeiro?
— Sim.
Nuurrrrrr.
— O que foi isso? — Cassie perguntou com entusiasmo.
— Jasmine, minha Dromedário. Abra os olhos. — Quando ela fez, Cassie gritou.
Porque diante dela, sobre perninhas bambas estava o mais lindo bebê camelo que ela
jamais poderia imaginar.
— Bowie! Ele é lindo!
— Ela, o bebê é uma menina. — Cassie olhou para ele com total alegria. Bowie
não pode deixar de sorrir de volta para ela. — Ajude-me a nomeá-la.
— Eu tenho que ter um olhar mais atento. — Ela se inclinou para puxar-se mais
perto da tenda e espiar pelas frestas.
— Você não pode ver assim. Aqui, deixe-me ajudá-la. — Descendo, ele girou-a
em seus braços. Imediatamente, ela se endureceu. — Você não gosta de ser levantada?
— Quando você me pegou foram as únicas vezes que isso aconteceu desde que
eu tenho crescido. Eu não gosto de ser um fardo.
— Silêncio. Você nunca poderia ser um fardo. — Ele levantou-a com facilidade
para que ela pudesse ver o portão e conferir a macia, criatura vacilante branca que
estava tentando ficar de pé. Os joelhos do pequeno camelo estavam quase batendo
juntos. Jasmine aninhou seu bebê, tentando levá-la a virar e amamentar, mas o
pequeno camelo parecia mais interessado em Cassie do que uma boa refeição.
— Bem, o que você diz?
Cassie estava em transe. Ela se esqueceu que estava sendo segurada, sobre
incomodar alguém. Tudo o que podia ver eram os pequenos cascos, a boca escondida e
orelhas moverem. Com prazer repentino, ela juntou as mãos.
— Oh, Bowie, ela é incrível!
— Estou feliz que você está gostando dela. — Segurar Cassie em seus braços
estava afetando mais do que ele imaginava que iria. Tudo sobre Cassie o fascinava.
— Sheba. Eu gosto de Sheba para um nome. Como isso soa para você?
— Perfeito, Cassie. — O rosto dela brilhava de alegria, ela se aproximou quando
Jasmine aproximou-se verificando os visitantes. Bowie aliviou um pouco para apoiar
seu corpo enquanto ela se estendia para acariciar o camelo mamãe. — Cuidado. — Ele
não achava que Jasmine iria morder, mas ela era uma nova mãe. Como Cassie se
moveu em seus braços, ele não podia deixar de ser consciente do corpo dela esfregando
contra o seu. Sua mão estava enrolada em seu pescoço e o peito dela descansava perto
de sua bochecha. Tudo o que ele teria de fazer para acariciar seus seios seria virar a
cabeça. Sem perceber, Bowie gemeu, imaginando chupar o mamilo até que ela quebrou
em seus braços.
— Eu sou muito pesada? — Ela perguntou com alarme. — Ponha-me para
baixo!
— Não.
Cassie não entendia, então ela voltou a olhar para Sheba.
— Eu amo bebês animais.
— Eu também. Uma vez eu criei seis gatinhos abandonados com uma
mamadeira. Eu tive que levá-los por toda parte em uma caixa no meu caminhão para
que não perdessem uma refeição.
— O que aconteceu com eles? — Ela perguntou, curiosa.
— Todos eles cresceram como enormes gatos domésticos, bons ouvintes.
Incapaz de se conter, ela jogou os braços ao redor dele, enterrando o rosto em
seu pescoço.
— Você é um homem doce! Eu não posso acreditar que você gosta de gatos e
tem um bebê com o nome em sua homenagem. — A ideia dele se preocupar com
gatinhos aqueceu seu coração. — Se você quiser, eu vou fazer para a esposa de Jacob
uma vela comemorativa se você me der a sua data de nascimento, peso e comprimento.
— Eu gostaria disso, obrigado. Jessie realmente amaria.
Cassie percebeu onde os braços dela estavam e ela cuidadosamente se soltou.
— Você pode me colocar no chão agora.
— Tudo bem. — Abaixando Cassie para sua cadeira, ele relutantemente a
deixou ir. Sentimentos desconhecidos clamavam em seu cérebro. Ele sentiu como se
tivesse sido derrotado com um saco de quarenta e cinco quilos de alimentação do
cavalo. O que ele estava sentindo era real? Ele esteve envolvido com a sua quota de
mulheres, mas nenhum tinha rolado-o assim como esta pequena delicada feminilidade.
Se ele se achava forte o suficiente sobre toda a situação, Bowie poderia fazer um caso
por se envolver com Cassie não ser a melhor ideia. Mas, para a vida dele, nenhuma
razão vinha à mente no momento. Ele fez uma pausa, quando ela pegou o corrimão
com a mão, querendo dar uma última olhada.
— Obrigada, Bowie. Eu vou fazer a vela para que você possa mostrar o meu
apreço. Eu nunca vou esquecer esta noite, — ela sussurrou.
— Eu também, — ele murmurou, querendo dizer cada palavra. Como a noite
tinha mudado de um gesto de amizade para que ele nunca quisesse terminar era um
mistério.
— Boa noite, Sheba, — Cassie chamou o pequeno camelo quando Bowie virou-a
para fora do celeiro. Vendo quão emocionada que ela tinha ficado em seu ato
impulsivo, ele decidiu fazer mais coisas para ela. Qualquer coisa para fazê-la sorrir.
Afinal, para que servem os amigos?
E não importa o que acontecesse entre eles, ele estava determinado a ser seu
amigo.
Capítulo Quatro

Na saída para o seu caminhão, eles se depararam com vários outros membros
do zoológico, um pastor alemão, um gato de chita e um beagle.
— Pare, Bowie! — Cassie riu quando ela se inclinou para acariciar os animais
afetuosos.
— Ei, vocês sabem melhor do que se aventurar até aqui, — ele mexia com bom
humor quando ele pegou o gato para que ela pudesse alcançá-lo mais fácil. — Temos
grandes caminhões que entram e saem e não queremos nenhum acidente.
O beagle sentou-se sobre as patas traseiras e colocou as patas nos joelhos dela.
— Para baixo, garoto. — Ele estava com medo que o cão fosse machucá-la.
Assistindo Cassie com os animais deixou seu coração contente.
— Ele está bem. — Ela segurou a parte de trás da cabeça do cão. — Quais são os
seus nomes?
— A chita é Jamison, o Beagle é Scrap Iron e o pastor alemão é Rebel.
— Muito imaginativo. — Ela o cumprimentou e deu a cada animal mais um
tapinha de saudação.
— Você quer entrar ou quer que eu te leve para casa? — Bowie levantou-se e
olhou para a mulher deliciosa que estava rapidamente se tornando importante para
ele.
— Casa, — ela disse a palavra humildemente. É claro que ela queria ir. Mas ela
tinha que se lembrar que esta coisa de amizade não iria funcionar. Bowie só era muito -
tudo. Já Cassie podia sentir um desejo, um anseio, uma necessidade de estar com ele,
tocá-lo, fazer um lugar para ele em sua vida. E mesmo que sua oferta de amizade fosse
genuína e generosa, Cassie sabia que não podia deixá-lo ir mais longe. Seu coração já
estava se envolvendo, não havia nenhuma maneira que ela não iria se apaixonar por
ele e já que não havia futuro para eles, não havia nenhuma necessidade de torturar a si
mesma.
Não demorou muito para que Bowie a tivesse de volta no seu caminhão. Ele
podia dizer pela sua expressão que ela não gostava quando tinha que levanta-la, e ele
não achava que era porque ela não gostava de seu toque.
— Pare de se preocupar, Cassie. Esta é a minha parte favorita.
Ela fez um pouco de barulho sexy bufando.
— Sim, certo.
Ele começou a conserta-la, mas Bowie não sabia no momento exatamente o que
ele ia dizer. Tudo o que sabia era que ele precisava vê-la novamente. Depois de se
certificar que ela estava afivelada, ele empurrou o cabelo dela por cima do ombro para
que ele pudesse apertar o cinto de segurança.
— Você sabe que tem o cabelo mais sexy do mundo todo, não é?
— Dificilmente. — Ela bufou. Seus elogios estavam começando a doer um
pouco. Após o beijo confuso, ela estava começando a pensar que ela poderia,
eventualmente, ser um Projeto de algum tipo. Afinal, Bowie tinha um coração terno e
apareceu para tirar os extraviados. Sim, isto era como ele provavelmente a via.
Bowie não discutiu, ele deu a volta para o seu lado do caminhão e entrou. Eles
fizeram a viagem em quase silêncio. Ele não parava de dar olhadas para ela, mas ela
estava olhando para fora da janela. Seu perfil era tão delicado. Parecia que uma boa
rajada de vento poderia levá-la para baixo como o de um cardo.
— Um centavo por seus pensamentos, preciosa.
— Eles não valem um centavo, Bowie. — Ela parou de falar até que ele tinha
estacionado em sua garagem.
— Fale, eu não acredito nisso. — Ele abriu a porta. — Apenas mantenha esse
pensamento até eu leva-la pra casa.
Ele veio e Cassie prendeu a respiração enquanto mais uma vez ele tomou-a nos
braços e gentilmente a colocou na cadeira de rodas, mesmo ajudando-a a colocar os pés
nos apoios de pés. Cassie sentiu seu corpo inteiro ficar em um nó. Ela não podia nem
imaginar o que ele devia estar pensando.
— Bowie, eu não acho que devemos nos ver uma outra vez.
Sua declaração inesperada bateu-lhe no estômago como um soco.
— O quê? — Ele parou e deu a volta na frente dela. Eles estavam exatamente na
varanda da frente dela. — Por quê? — Ele passou a mão pelo cabelo. — Eu pensei que
íamos ser amigos.
Cassie abaixou a cabeça.
— Eu sempre serei sua amiga. Não é disso que se trata.
Bowie colocou as mãos nos quadris.
— Bem, explique-me então, o que exatamente é isso? Eu poderia dizer que algo
mudou quando eu te beijei. Eu te assustei? — Ele andou para trás e na frente dela,
claramente agitado. — Você tem que saber que eu não iria machucá-la, eu nunca te
machucaria.
— Não, — ela sussurrou, balançando a cabeça. — Eu não tenho medo de você.
Estou com medo de mim. — Sua voz ficou mais alta. — Estou com medo do que você
me faz sentir.
— Cassie. — Ele caiu de joelhos a seus pés. — Fale comigo. Não me afaste.
— Não me faça dizer isso, — ela quase implorou.
— Você vai ter que falar, Cassie. — Bowie pegou a mão dela. Até que ela lhe
dissesse adeus, ele ainda não tinha imaginado o quanto isso machucaria. — Porque eu
não tenho ideia do que você está pensando.
— Você não sabe o quão fácil seria para mim me apaixonar por você?
— Cassie…
Ela não permitiu que ele falasse.
— E mesmo se, por algum milagre, você retornasse os sentimentos, não faria
nenhum bem. Nós não poderíamos…
Bowie percebeu que ela estava prestes a dizer algo enorme.
— O quê? O que você quer dizer?
— Nós não poderíamos… — Ela enxugou os olhos com as duas mãos. — Eu
não posso…
Que diabos?
— Cassie?
Ela abaixou a cabeça. Deus, ele nunca teve a intenção de fazê-la chorar. Ele
cobriu a boca, coçando a barba no queixo que ele nunca conseguia manter aparada.
— Você não pode o quê?
— Bowie, eu estou quebrada. Você não consegue ver?
Enquanto ele observava, ela abriu as mãos pequenas, mostrando-se a ele como
se ele tivesse perdido o fato de que ela estava naquela maldita cadeira. Em sua mente,
ela era menor.
— Você não está quebrada, você é malditamente quase perfeita pelo que eu
posso ver. — Atordoado, ele caiu de joelhos a seus pés, fazendo o seu caso. — Eu não
acredito nisso por um minuto. Por favor, deixe-me mostrar-lhe.
Deus, seu coração doeu quando viu florescer o medo em seus olhos. Não medo
dele, mas o medo do desconhecido.
— Eu não posso. Eu tentei.
O que ela quer dizer? Eles olharam fundo nos olhos um do outro, ambos
querendo dizer algo, mas não querendo dizer a coisa errada.
E então bateu nele. Ela quis dizer sexo. Cassie tinha medo que ela não poderia
ser o que ele precisava de uma mulher.
Bem, para o inferno com isso.
— Olha, vamos falar sobre isso.
— Eu não posso, não agora, eu sinto muito. — Ela começou a rolar para a porta.
— Isso ainda não acabou, Cassie. — Bowie foi inflexível. — Eu ligo para você.
Tudo o que ela disse foi um triste.
— Adeus, Bowie. E obrigado por me dar algo para sonhar. — Com essas
palavras finais, ela entrou em sua casa e fechou a porta.
Ele ficou ali, observando até que ela estava a salvo em casa. Não sabendo mais o
que fazer, ele foi embora, mas com uma nova missão na vida - provar a Cassie que ela
estava errada.
***
As semanas seguintes foram um borrão para Bowie. O filho de Jacob teve que
fazer uma cirurgia e, é claro, ele foi estar com eles. Após a sua chegada, ele descobriu
que Aron tinha sido localizado e os esforços começaram para resgatá-lo. Para surpresa
de todos Noah tinha descobrido seu paradeiro por seu primo Jaxson que tinha visto
Aron em um rancho no México, quando o primo McCoy tinha ido lá para verificar a
compra de gado. Noah e sua noiva, Skye, tinham voado com Micah Wolfe para
confirmar que era realmente Aron. O que eles haviam encontrado os tinha
surpreendido. Aron estava sendo mantido contra a sua vontade por uma traficante de
drogas do sexo feminino e que tinha perdido toda a memória de quem ele era e de
onde viera.
Jacob tinha puxado ele e vários outros de lado e disse-lhes que uma missão de
resgate estava sendo planejada. Bowie informou a seu amigo que ele faria o que fosse
preciso para ver Aron de em casa com sua família em segurança. Assim, ao longo das
próximas semanas, eles treinaram, ensaiaram e prepararam para lançar um ataque
contra um composto armado que qualquer militar iria classificar como um forte. Os
Texanos e seus amigos estavam prestes a iniciar uma guerra, uma que pretendiam
ganhar.
E ganhar o fizeram. Cerca de dois meses após o momento em que Aron McCoy
tinha desaparecido de sua lua de mel, ele estava em casa. Bowie estava mais aliviado
do que qualquer um saberia. Ele consolidou seu relacionamento com a família McCoy
e tornou-se próximo de outros amigos deles - ou seja, Beau e Harley LeBlanc, que eram
donos de uma empresa de fabricação de armas de fogo, Patrick O'Rourke e Revel Lee
Jones, que eram ex-fuzileiros navais, e no resto do equalizadores - Kyle Chancellor,
Saxon Abbott, Jet Foster e Destry Cartwright. Ele já conhecia Tyson Pate e Micah
Wolfe. Ele tinha ouvido falar de Harley Montoya LeBlanc, uma especialista em IED
bem conhecida, mas ficou surpreso ao descobrir que ela não era maior do que Cassie.
O principal problema era, Bowie pensava nela quase constantemente. Lembrou-
se do jeito que ela cheirava, a forma como ela se sentia em seus braços. Ele poderia
fechar os olhos e ver seu sorriso e ouvir aqueles pequenos suspiros ofegantes que ela
deu quando ele estava beijando os lábios dela.
A noite que ele a deixou, ele tinha a intenção de vê-la novamente em breve,
mas, em seguida, todo o inferno se soltou com Aron. Algo tinha acontecido naquela
noite. A partir do momento que ele a beijou, as coisas tinham mudado. Então, quando
ela lhe disse que estava quebrada, ele sentiu como se estivesse perdendo o controle de
algo que ele precisava trancar e guardar. Então, quando ele poderia ele começou a
enviar e-mail para o endereço no site. Se o telefonema fosse direto para ela, Bowie
assumiu que o e-mail ia também. No primeiro, ele começou a compartilhar pequenas
coisas sobre o seu dia…

Cassie, eu espero que este e-mail encontre você também. Inferno, eu espero que este e-mail
encontre você - ponto. Estou hospedado no Tebow Ranch, estamos nos preparando para resgatar
Aron. Ele foi encontrado. Eu não posso dizer-lhe todos os detalhes, principalmente porque nós não
sabemos o que vamos encontrar até chegarmos lá. Um ponto brilhante, eu fui capaz de visitar o bebê
de Jacob e Jessie. Eu sei que não é possível, mas eu acho que ele se parece comigo. Pequeno garoto
bonito.

Cassie, se não é demais, você poderia me dizer como você está? Eu me preocupo. Eu
conheci alguém com o seu sobrenome. Qualquer relação com você? Primo, irmão, marido? Ha! Eu
sei melhor do que a última, mas o pensamento me deixou com muitos ciúmes. Estamos nos
preparando para ir para o México em breve. Vou falar com você o mais breve possível.

Cassie, eu estive pensando. Eu sei que te machuquei, mas não sei exatamente o que eu fiz. O
que eu sei é que quero lhe recompensar. Por favor. E ore por mim, se quiser, a maneira como as
coisas estão se moldando, isto vai ser intenso. Eu não vou ser capaz de entrar em contato com você
por alguns dias, estamos indo hoje à noite.

E naquele dia, para seu alívio e surpresa, ele tinha obtido uma resposta.
Bowie, por favor, tenha cuidado! Eu não entendo exatamente o que está acontecendo, mas eu
rezo por sua segurança. E eu lhe devo um pedido de desculpas. Eu quero ser sua amiga. Que loucura
é para alguém dispensar uma amizade? Deixei minhas próprias fraquezas ficarem no caminho. Mas
quando eu pensei em você ser ferido, percebi que eu só queria que você estivesse bem. E que eu
queria vê-lo novamente, com qualquer capacidade que eu podia. Se você receber uma chance, e
quiser, me ligue no mesmo número que você usou antes. Estou preocupada.
***
Cassie se sentou e ficou olhando para a televisão. Havia barulho na sala, o riso
enlatado de um sitcom, o ronronar de um gato. Mas para ela o silêncio era
ensurdecedor. Ela tinha cometido um erro empurrando Bowie para longe. Ele foi
sincero. Ele era um cara legal e ela agiu ingrata e infantil, quando tudo o que ele tinha
sido era bom para ela. Se ele era culpado de algo era de ser muito bom, talvez lhe
dando falsas esperanças quando ele não estava realmente tentando fazê-lo.
Ring! Ring!
Poderia ser ele? Três dias se passaram desde que ela tinha ouvido falar dele.
Ou, eventualmente, outra queixa? Ela ia deixá-lo queixar-se, contanto que ela soubesse
que ele estava a salvo. Tão rápido quanto ela poderia fazer as rodas irem, ela correu
pela sala. O telefone estava em cima da mesa. Empurrando-o, ela exclamou.
— Olá?
— Cassie?
Ela soltou um longo suspiro, ela não tinha percebido que ela estava segurando.
— Bowie? Você está bem?
— Cassie, doce Cassie, — ele sussurrou. — Você estava preocupada comigo?
— Sim, — ela disse, enfaticamente, nem mesmo tentando negar. — Quando
você vai voltar para casa?
Bowie riu.
— Agora, isso é mais parecido. Eu estou bem. Aron está em casa. Ainda vai ser
uma semana, eu tenho que verificar George em Eagle Pass, mas primeiro eu tenho que
ir com Tanner para tentar encontrar um andarilho perto de Castle Mountain em
Alberta, Canadá.
— Você está bem?
A preocupação em sua pequena voz rouca o fez sentir dores.
— Sim, só que eu quero te abraçar. — Ele tinha tido um monte de pensamento,
ele ainda tinha mais a fazer. Mas pelo menos ele sabia o que queria.
— Não diga isso, — Cassie sussurrou. — Por favor. — Ele estava prestes a
protestar quando ela acrescentou. — A não ser que você queira dizer isso.
Um nó veio na garganta de Bowie.
— Quero dizer. Você está bem? Sem mais queimaduras, nenhuma queda.
— Não, eu estou bem. — Um monte de dor, mas ele não precisava saber disso.
— Obrigado por me deixar ligar para você. — Ele baixou a voz, parecia mais
íntimo de alguma forma.
— O prazer é meu. — Ela sorriu, mesmo que ele não pudesse ver.
Sim, tenho a intenção de lhe dar prazer. O pensamento correu espontaneamente
através de sua mente. Ou ele orou que pudesse, que era uma das coisas que ele tinha
de descobrir. E assim que ele chegasse em casa, ele iria fazer uma pesquisa, até que ele
tivesse a resposta. — Diga-me uma coisa que você tem feito. Eu sinto sua falta.
Deus, ele poderia ser mais perfeito?
— Eu saí para comer com Felicity, ela é minha amiga que ajuda com Circle C. —
Com a menção de suas velas, Cassie pensou em algo. — Você nunca me deu as
informações sobre o bebê para que eu pudesse fazer a vela.
— Espere, eu vou buscá-las agora. — Ele estava fora do telefone por alguns
segundos, depois voltou, lendo para ela. — Como é doce de você. Eu vou pagar por
isso.
— Não, não vai. Estou fazendo isso mais para você do que para ela.
Bowie riu, tocou.
— Então, onde é que vocês meninas foram comer? — Ele não gostava de pensar
nela saindo e onde qualquer cara poderia dar em cima dela. Cassie era tão bonita como
um anjo, e vulnerável. Ela merecia ser protegida.
— Nós dirigimos em Austin e fomos para o Salt Lick. Eles servem…
— O melhor churrasco no Texas, eu conheço o lugar. — Ele interrompeu. —
Quando eu voltar, vamos sair. Você esteja pensando para onde você gostaria de ir. Ok?
Ela não podia evitar, a frase saiu antes que ela pudesse chamá-la de volta.
— Amigos?
— É isso que você quer?
Bowie não estava sendo justo. Ele não deveria responder a uma pergunta com
uma pergunta. Bem, dois podem jogar este jogo.
— É o que você quer?
Bowie riu alto.
— Por que não ficamos juntos quando eu chegar em casa e… negociar os termos
de nosso relacionamento.
Oh, eles tinham um relacionamento! Cassie não podia deixar de sorrir.
— De acordo.
— Eu tenho que ir, anjo. Eu tenho que pegar um avião. Olhe por mim nas
notícias. Eu vou ser o bonitão.
Com isso, ele se foi.
Cassie segurou o telefone depois que ele desligou. Sensações duplas de alegria e
medo enrolaram ao redor de seu coração como uma trepadeira madressilva tecendo o
seu caminho em torno do tronco de uma árvore.
— Cassie, você está louca, — ela repreendeu a si mesma.
Ela podia ser ingênua, ela pode ser delirante - ela e Bowie nunca poderiam ter
mais do que uma associação confortável, onde eles se encontrariam para jantar uma
vez por mês e se atualizariam. Ou talvez eles pudessem ter mais. Cassie sabia que ela
poderia estar construindo castelos no ar, mas ela nunca se perdoaria se ela se afastasse
dessa chance - essa oportunidade incrível de conhecer um cara como Bowie.
Enquanto ela se preparava para dormir, ela estava determinada que esta noite
ela faria um teste, ela iria descobrir se havia alguma chance - alguma chance de que ela
poderia ser uma mulher real.
***
— Devagar, Malone. Você tem alguns minutos para beber uma xícara de café.
Você está indo tão rápido, você está fazendo minha cabeça girar. — Jacob entregou a
Bowie um copo de plástico cheio de Community Dark Roast, café forte o suficiente
para comer a ferrugem de uma barcaça.
— Tudo bem, o meu voo para o Canadá não sai por algumas horas. E eu não
tenho tempo para ir para casa.
Jacob se inclinou para trás em sua cadeira.
— Nós puxamos uma boa, não é?
— Claro que sim, nós fizemos. — Bowie tomou um gole e concordou. — Eu
mantenho a expectativa de receber um telefonema do Departamento de Estado. Nós,
em essência, invadimos um país estrangeiro. Declarando uma porra de guerra.
— Bem, ele está em casa agora, isso é tudo que importa. — Passos de sondagem
no chão de azulejos alertou que eles não estavam sozinhos. — Noah, venha se juntar a
nós.
Bowie olhou para cima para ver próximo o caçula McCoy se movendo na
direção deles.
— Como você se afastou de Skye?
— Eu não me afastei, — Noah admitiu. — Ela está no quarto com Jessie. — Ele
bateu nas costas de seu irmão. — Jessie me disse que vai levar o menino para casa
amanhã.
Jacob acenou com a cabeça.
— Sim, graças a Deus, a cirurgia foi um sucesso e nós vamos ser capazes de
comemorar o retorno de Aron da maneira certa.
— E o casamento de Joseph, e de Cady. — Acrescentou Noah. — Você vem, não
é? — Ele perguntou a Bowie.
— Eu gostaria de poder, mas estou saindo hoje à noite para o Canadá para
participar de uma busca e salvamento. Quando eu voltar para os EUA, eu tenho que ir
para a fronteira para ajudar George. Eu sou o único que queria apresentar a
candidatura, é o nosso maior trabalho até agora, e ele precisa de mim.
Noah cruzou os braços e se inclinou sobre a mesa.
— Eu vou estar fazendo algumas pesquisas da minha própria assim que as
festas acabarem.
Jacob se mexeu na cadeira, parecendo um pouco desconfortável.
— Noah, você vai ter o apoio de toda a família, a mil por cento, mas eu não
quero que você tenha muitas esperanças.
Bowie olhou de um deles para o outro.
— O que está acontecendo?
Noah sorriu tristemente.
— Eu não disse a você, eu descobri que Sue McCoy não era minha mãe.
— O quê? — Bowie estava atordoado. Ele conhecia a Sra. McCoy também. Ela
tinha sido uma mãe maravilhosa, mesmo trazendo Bowie para o rebanho quando ele
estava por perto durante a sua adolescência.
Jacob tirou o chapéu e bateu-o na cadeira.
— Mamãe nunca fez nem um pouco de diferença entre qualquer um de nós e
você sabe disso.
— Não, ela não o fez e eu sempre vou amar e estimar a memória dela. — Noah
encontrou o olhar de frente de seu irmão. Bowie percebeu que ele estava
testemunhando um problema de família acontecendo na frente dele. — Mas isso não
me impede de querer conhecer a mulher que deu à luz a mim e o que aconteceu entre
ela e meu pai.
— Papai cometeu um erro. — Jacob cerrou as palavras entre os dentes. — Um
erro que eu prefiro não me debruçar.
— Encontrar a minha mãe não está habilitado no erro. — Noah balançou a
cabeça, olhando para o corredor. Seus olhos caíram sobre Skye vindo em sua direção.
Quando ela percebeu que tinha a sua atenção, ela fez sinal para ele se juntar a ela.
Noah pareceu aliviado. — Eu vou conversar com vocês mais tarde. — Ele deu a seu
irmão um breve aceno. Então, ele estendeu a mão para Bowie. — Esteja seguro e
quando você voltar para cidade, ligue para nós.
— Eu vou fazer isso. Tome cuidado. — Ele apertou a mão de Noah e o assistiu
ir embora.
Jacob esperou até que Noah estivesse fora de vista antes que ele se virou para
Bowie.
— Eu não quero que ele se machuque. Você conhece Noah, ele sempre foi…
diferente. — Jacob inclinou a cabeça. — Não diferente de uma forma ruim, e não
porque ele tinha uma mãe diferente, — um baixo palavrão escapou dos lábios do
grande McCoy. — Noah apenas processa coisas diferentes do que nós. Tudo tem que
somar, ele não dá subsídios para as coisas da forma como algumas pessoas fazem. Eu
só estou com medo do que ele encontre vai machucá-lo mais do que irá ajudá-lo.
Bowie nunca duvidou de que Jacob amava seu irmão. Ele amava toda a sua
família, ele provou isso uma e outra vez, o resgate de Aron em grande escala foi a
prova de seu compromisso.
— Noah vai passar por isso. Ele é forte, você e Aron têm visto a isso. — Quando
os irmãos McCoy tinham perdido a mãe e o pai, Aron e Jacob haviam se adiantado e
preencheram os seus sapatos da melhor forma possível.
Jacob se inclinou para trás e cruzou um tornozelo com bota em cima do outro.
— Sim, eu sei disso. — Ele tomou um gole de café. — Chega de drama McCoy,
o que está acontecendo com você? — Ele observou o rosto de Bowie. — Como vão as
coisas com Cassie?
À menção de seu nome, todo o corpo de Bowie reagiu. Ele ficou tenso, sentou-
se reto, cerrou os punhos e suspirou.
— É uma longa história.
— Ei, amigo. — Jacob se inclinou para frente. — Eu sou o seuq melhor amigo,
derrame.
— Cassie não é como qualquer uma que eu já conheci antes. — Ele não tinha
dito Jacob toda à história, só que ele tinha conhecido alguém especial. Talvez fosse a
hora.
— Parece familiar, o caminho certo é sempre diferente. — O tom de Jacob foi
leve e divertido, mas ele podia ler Bowie como um livro. — O que está errado?
Bowie esfregou o polegar para cima e para baixo na xícara de café.
— Quando eu vi Cassie do outro lado bar, a atração instantaneamente me
atingiu como uma marreta. Depois de vê-la, não havia mais ninguém na sala inferno,
eu não conseguia nem lembrar do rosto de outra mulher.
Jacob riu.
— Parece comigo depois que eu vi a minha Jessie pela primeira vez.
Bowie olhou para a parede, como se estivesse vendo algo que Jacob não podia
ver.
— Eu perguntei por que ela estava sozinha, por que ela não estava dançando.
Eu fiquei para trás, tive certeza que ela não estava à espera de alguém antes de eu fazer
a minha jogada. — Jacob só ouvia. — Quando eu finalmente fui até ela, ela era mais do
que eu esperava. Seu sorriso, seu senso de humor - inferno, ela era mais bonita de perto
do que eu jamais sonhei que uma mulher podia ser. — Bowie sorriu, olhando para
Jacob. — Ela tem todo esse cabelo amarelo, eu quero dizer para baixo a sua bunda.
Parece algo saído de um conto de fadas.
— Deus, você está mal. — Jacob fez uma careta bem-humorada.
— Sim, eu estou. — O rosto de Bowie caiu. — Nós conversamos, conversamos e
eu pedi a ela para dançar. Tudo mudou.
— Eu sempre disse que você precisava de lições escolares de charme.
Bowie ignorou as provocações de Jacob.
— Ela me dispensou e, em seguida, ela me disse o por quê. — Ele encontrou os
olhos do amigo. — Ela está em uma cadeira de rodas.
— Sinto muito, cara. — Ele não sabia mais o que dizer.
— Sim, eu também. — Bowie abaixou a cabeça por um momento, depois a
levantou. — Mas você sabe o que é ruim? — Jacob balançou a cabeça. — Meu primeiro
impulso foi ir embora. E não era porque ela não fosse bonita ou perfeita… Eu estava
com medo. Honestamente, eu olhei para ela e aquela cadeira e eu não sabia se era
homem o suficiente para lidar com isso.
Jacob soltou um longo suspiro.
— Eu acho que o que você sentiu é normal. Pessoas que sofrem com uma lesão
ou uma deficiência requerem uma atenção especial, elas são mais vulneráveis e,
naturalmente, nós queremos saber se podemos ser o que a pessoa precisa.
— Exatamente. — Ele cruzou os braços sobre a mesa e deitou a cabeça sobre
eles por um momento, em seguida, olhou para o amigo. — Eu não posso te dizer como
ela é linda, Jacob. E os homens têm se afastado dela antes, eu sei disso. Eles dão uma
olhada nessa cadeira e eles fogem. — Bowie baixou a voz. — Eu quase fiz isso, Jacob. E
quando eu vi o rosto dela, eu sabia que ela estava esperando que eu fizesse a mesma
coisa. Porque caras estavam fazendo isso com ela uma e outra vez. Na verdade, eu
tinha concordado em encontrar Tanner no bar para que ele pudesse me apresentar a
Micah Wolfe e Tyson Pate. Depois que eu coloquei meu pé na minha boca sobre a
dança, Tanner veio me pegar. — Bowie parou e tomou seu café. Jacob apenas esperou.
— Eu disse a Cassie que estaria de volta, que esperasse por mim. Mas ela não o fez.
Quando terminei a reunião, Cassie tinha ido embora. Ela não esperou para levar o
cano.
— O que aconteceu?
Bowie sabia que Jacob se importava, então ele abriu.
— Eu estava saindo para o caminhão e encontrei uma pulseira que ela
derrubou, eu reconheci-a de antes. — Ele soltou uma risada irônica. — Eu meio que
tomei isso como um sinal. Mas quando cheguei no caminhão, você ligou. Aron tinha
acabado de ser dado como desaparecido. — Os dois ficaram em silêncio por um
segundo, refletindo sobre os acontecimentos do último par de meses. — De qualquer
forma. — Bowie continuou. — Eu totalmente pretendia vê-la novamente. Na época, eu
realmente não sabia o que eu queria, se eu estava interessado em prosseguir uma
relação ou eu só queria ser gentil com ela, para que ela percebesse que nem todos os
homens do mundo são um idiota colossal.
Jacob não podia deixar de sorrir. Seu amigo estava claramente mal.
— Então, o que você decidiu, ou eu tenho que perguntar?
Bowie pigarreou.
— Provavelmente não. — Ele deu uma risada irônica. — Eu a vi duas vezes
desde então, e dividimos o beijo mais quente que eu já experimentei. — Levantando
sua xícara de café, ele drenou as últimas gotas. — Então, a última vez que a vi… ela
disse que queria ser apenas amigos.
— Ai, — Jacob disse secamente.
Bowie lançou-lhe um olhar de soslaio.
— No início, eu pretendia mostrar a ela um bom tempo e ser um bom vizinho.
Mas quanto mais tempo eu passava com ela, mais eu percebi que eu queria mais.
Afastar-me dela não ia ser tão fácil como eu pensava.
— Então, o que você vai fazer? Tentar mudar a mente dela?
— Eu falei com ela há um tempo atrás, ela estava esperando em alfinetes e
agulhas para ouvir de mim. Ela estava preocupada com o que estamos fazendo.
— Awww, ela gosta de você.
Bowie fez uma careta.
— Pare com isso, isso é sério.
Jacob ficou sério.
— Eu sei. O amor em geral é.
— Eu não disse nada sobre amor. — Bowie começou. — Eu… eu ainda tenho
alguns problemas para resolver.
— Como o que?
— Sexo.
Lá, ele tinha dito.
— O que sobre sexo? — Jacob questionou, em seguida, uma realização floresceu
em seu rosto. — Você não sabe se ela pode ter sexo ou não. É isso?
Bowie sustentou o olhar de Jacob.
— Ela me disse que estava quebrada. Eu não sei o que isso significa… — Bowie
levantou-se e caminhou até a cafeteira e serviu outro copo, comprando-se algum
tempo. Finalmente, ele voltou. — Maldição, Jacob, ela é tão bela para caralho - tão
perfeita. Se eu não for capaz de dar-lhe prazer, eu acho que vou morrer.
— Bowie, só porque ela está em uma cadeira de rodas não significa que ela não
pode ter relações sexuais, — Jacob sussurrou.
— Joseph… — Bowie começou, pensando nos dias em que Joseph McCoy
esteve paralisado e em uma cadeira de rodas.
— Primeiro, Joseph era um homem - um jogo totalmente diferente. — Os dois
riram. — Em segundo lugar, tudo depende de onde ela foi ferida e qual é a extensão de
seus ferimentos.
Bowie apoiou a cabeça nas mãos.
— Bem, eu não quero parecer grosseiro. — Ele levantou-se e olhou para Jacob.
— Mas o sexo é tipo importante para mim.
Jacob não riu.
— Ouvi você, cara. — Segurando a cadeira ao lado dele, Jacob se inclinou para
trás, derrubando sua cadeira sobre as pernas traseiras. — Você sabe o que tem que
fazer, não é?
— O que é isso? — Bowie estava aberto a sugestões.
— Fale - com… — Na hora de Jacob começar a aconselhar Bowie, sua cadeira
escorregou e ele quase não pegou antes do grande homem cair no chão. Ambos os
homens riram quando Bowie tentou resgatar Jacob. Finalmente, quando eles estavam
parados de novo, Jacob terminou. — Fale com ela, Bowie. Esse é o melhor conselho que
eu tenho para você.
— Você está certo. Eu vou. Entre agora e o tempo que eu vê-la de novo, eu vou
ler tudo o que puder sobre o tema e, em seguida, eu vou entender o que ela me diz e eu
posso fazer o meu caso.
— Às vezes um toque vale mais que mil palavras. — Jacob ajeitou o chapéu,
enquanto se levantava. — Ela pode não ser experiente o suficiente para saber o que
esperar, mantenha isso em mente. — Ele colocou a mão no ombro de Bowie. — E
deixe-me dar-lhe um nome. Esse cara é casado com a prima de Beau, Dandi. Ele é um
terapeuta sexual. Se alguém pode dizer-lhe o que fazer, vai ser Lucas Wagner.
Jacob escreveu um nome e número nas costas de um de seus cartões e entregou
a Bowie. — Obrigado, cara.
— Sem problemas. Eu estou indo ver o meu bebê e meu menininho. Dê-me uma
chamada assim que você estiver de volta na cidade. Estaremos indo para casa amanhã
ou no dia seguinte e vamos querer conhecer Cassie o mais rápido possível.
Bowie sorriu.
— Você sempre foi à pessoa mais otimista que eu conheço, mas desta vez eu
rezo para que você esteja certo.
Capítulo Cinco

Cassie se preparou para dormir. Ela tinha sua rotina pronta. A falta de dinheiro
significava que ela nunca tinha tido um monte de extras para ajudar com a sua
condição, mas ela tinha um banquinho em seu chuveiro e uma barra de segurar para se
firmar quando ela movia-se da cadeira para o chuveiro. O único problema era que
tinha que estar sempre preparada. Esquecer o shampoo ou uma toalha era um grande
negócio para ela, mais do que para a maioria das pessoas.
Normalmente, a água quente a fazia se sentir melhor. Sentia-se bem em sua dor
nas costas e acalmava a tensão em seus quadris e coxas. Como normalmente, ela deu-se
uma massagem. Era importante fazer o máximo que pudesse para manter os músculos
flexíveis. Hoje à noite, ela não se demorou. Ela estava prestes a realizar um grande
experimento. Com um sorriso tímido, ela enxugou-se e vestiu uma camisola.
— Eu acho que vou renunciar a calcinha, elas só ficam no caminho. — Depois
de falar em voz alta e corar, Cassie riu. Quem sabia que ela poderia embaraçar a si
mesma?
Fazendo seu caminho para a cama, Sassy e Patience arrastaram-se atrás dela.
— Vocês dois vão ter que me dar um pouco de privacidade, — ela informou.
Como se eles entenderam, ambos enrolaram em suas camas pequenas ao lado dela.
Rolando ao lado de sua cama, Cassie puxou para baixo a colcha de cor creme de cama.
Ela dormia em uma cama de casal, mesmo que ela nunca precisasse de espaço para
mais de um. Isso pode mudar? Cassie estava com medo de conjecturar, especialmente
antes de ela passar o grande teste.
Fazendo uma careta, ela vacilante se levantou. Nunca ficou mais fácil. A dor
não diminuiu. No momento em que colocava o peso para baixo em suas pernas, o
fragmento de bala cutucava o que parecia ser um bilhão de terminações nervosas com
dor em brasa arrasadora. Às vezes, Cassie iria quase apagar, mas desta vez ela mordeu
o lábio, deu o passo necessário e aliviou-se sobre a cama. Meio sem jeito, ela se ajeitou,
levantando as pernas dela, uma por uma para que ela pudesse deitar-se em linha reta.
Ela tinha alguma mobilidade nas pernas, mas desde que ela não poderia estar
colocando o peso sobre elas em qualquer medida, a maior parte do tempo elas estavam
dormentes. Quando ela se estabeleceu, ela pensou em quão desastrada e desajeitada
que ela era. Ah, sim, ir para a cama com ela seria romântico. Por um momento, ela
cobriu o rosto com as mãos, sentindo o calor florescer em suas bochechas. Oh bem, ela
tinha que tentar ou ela nunca saberia. E Cassie estava cansada de viver com
arrependimentos.
Puxando as cobertas sobre suas pernas que eram próximas a inúteis, ela
reclinou-se sobre os travesseiros. Para começar as coisas, ela subiu sua camisola de
debaixo de seus quadris e puxou-a acima dos seios. Inclinando a cabeça para cima, ela
pesquisou seu corpo nu. Hmmmm. Não havia muito a descrever. Oh, ela adivinhou
seus seios eram ok, uma taça B, no máximo. Para ajudar a ficar de bom humor, ela
segurou os montes suaves e tentou pensar em algo sexy.
Bowie.
Isso não demorou muito. Não, na verdade. Quando ela espalmou seus seios,
levantando-os e deixando que seus dedos deslizassem para baixo para seus mamilos,
ela pensou em Bowie e o beijo que ele lhe dera da última vez que o viu. Deus, o homem
pode beijar! Ele tinha sido seu primeiro, mas você não tinha que dirigir todos os carros
no lote para saber que um Bentley é o top de linha. Se fechasse os olhos, ela ainda
podia sentir a boca dele enquanto queimava a dela, do jeito que ele chupou o lábio
dela, a forma como a sua língua sentia quando ele deslizou sensualmente contra a dela.
Droga! Se uma mulher poderia vir apenas de um beijo, ela teria quebrado a barreira do
orgasmo em seus braços.
Riachos de excitação pareciam escorrer seu caminho para baixo de seu corpo.
Ela sabia que, uma vez que tivesse passado sua cintura havia lacunas e áreas onde ela
teria menos sensações do que outros. Se tinha ou não tinha sensação suficiente em sua
área feminina para desfrutar do sexo, ela realmente não sabia. Lentamente, ela deixou
as mãos deslizarem para baixo de seu corpo. Ela desejou que ela fosse voluptuosa, em
vez de leve. Uma de suas amigas lhe havia dito que ela tinha uma figura agradável,
mas Cassie percebeu que ela podia estar apenas sendo gentil.
Nossa, ela estava tensa! Isso era para ser divertido. Ao longo dos anos, Cassie
não tinha sido capaz de gerar muito interesse em sexo. Por um lado, ela realmente não
tinha considerado que o ato era uma possibilidade para ela e masturbação parecia uma
alternativa solitária. Em segundo lugar, Cassie estava com medo de tentar. Enquanto
refletia sobre isso em sua mente, ela se acalmou.
Ela estava com medo de tentar.
Pela primeira vez, ela se forçou a trabalhar com a ginástica mental para chegar à
causa raiz de sua apreensão. Não demorou muito tempo e não foi difícil de fazer.
Resumindo, se ela tocasse a si mesma e não acontecesse nada, se ela não pudesse sentir
nenhuma construção, sem emoção, sem corrida de alegria, isso significava que ela
nunca iria.
Cassie tinha apenas vinte e cinco anos de idade.
Se ela confirmasse em sua própria mente que ela nunca poderia, jamais sentir
nada sexualmente, bem, isto seria enfrentar uma verdade que seria devastadora.
Mesmo que ela tivesse se reconciliado com seu coração há muito tempo que nunca
seria amada, sempre houve essa pequena, profundamente enterrada, semente de
esperança de que ela pudesse de alguma forma, algum dia viver uma vida normal.
Para encontrar um homem que pensaria que ela era bonita e teria um corpo que iria
responder ao seu toque seria um sonho se tornando realidade.
Então, agora - com tanta coisa em jogo - ela deixou as mãos, muito lentamente,
deslizarem para baixo de seu corpo. Quando ela deixou seus seios e desceu sua caixa
torácica, ela se permitiu desfrutar do prazer de ser tocada. Mesmo que fosse a sua
própria mão, às vezes seu corpo só desejava ser tocado. Sua família nunca tinha sido
demonstrativa e depois que ela tinha sido ferida, parecia que eles estavam com medo
de tocá-la, com medo de que eles lhe causassem mais dor. Então, algo tão inócuo como
um abraço tornou-se uma mercadoria valiosa em seu mundo. Seus amigos raramente a
abraçavam, sua família tinha ido embora, de modo que a única pessoa que tocou
Cassie foi Cassie.
Até Bowie.
Bowie.
Lindo, sexy, doce…
— Bowie, — ela gemeu quando a palma da mão desceu patinando sobre seu
abdômen e caiu no ápice de suas coxas. Sua respiração engatou. Não ousando até
mesmo puxar o ar, ela reverteu sua jornada e repetiu. — Ahhh…, — ela respirava. Ela
podia sentir… em alguns lugares, alguns mais que outros. Era como se as terminações
nervosas em alguns pontos em seu corpo fossem mais sensíveis do que outras. Quase
como havia zonas quentes e zonas mortas. O próprio pensamento a fez estremecer. E
se? Diabos! Ela estava tão assustada que estava tremendo como uma folha.
Levantando-se, ela abriu as pernas mais afastadas, encolhendo-se, não porque doía,
mas porque ela estava esperando por isso doer. — Eu não vou ser capaz de fazer isso,
— ela sussurrou. — De jeito nenhum. — Por um momento ela se permitiu imaginar
que Bowie estava na cama com ela. Ele podia vê-la. Seu corpo grande e musculoso
estava reclinado ao lado dela. Eles se beijavam. Ele iria tocar seus seios. Ele iria passar a
mão por entre as pernas… e…
— Por favor, por favor, por favor, — ela implorou.
Seus dedos mergulharam sobre seu montículo e mergulhou entre as dobras
rosas úmidas.
— Oh, Deus! — Ela gemeu. Ela estava molhada. Graças a Deus, pelo menos, ela
estava um pouco molhada! Isso tinha que contar para alguma coisa, não é? Esforçando-
se para manter a imagem erótica de Bowie na cama com ela, ela teve um pensamento
perturbador. Apenas a ideia de ele ter que mover as pernas, organizar seus membros
inúteis enquanto se movia sobre ela, pronto para empala-la… — Bowie, — ela
engasgou. Ela podia sentir os dedos dela, ela podia sentir um formigamento…
arqueando as costas da cama, ela sentiu tanto um arrepio de consciência em seu sexo e
um flash de dor nas costas. — Ai!
Ring! Ring!
Um celular tocando ao lado da cama fez Cassie pular como se tivesse sido pega
em flagrante.
— O que no mundo? — Apressadamente, ela limpou os dedos úmidos em seu
lençol antes que ela pegasse o telefone. — Olá? — Seu coração estava batendo a mil por
hora.
— O que você está fazendo, anjo?
Bowie!
— Uh, uh…, — ela começou. — Eu estava… nada, — ela gaguejou.
Bowie pigarreou, então ele riu.
— Há um homem na sua cama, Cassie? — Ele sabia melhor, ou ele pensava que
ele sabia, mas Bowie não poderia evitar a cutucada de ciúme que se insinuou em sua
espinha.
— Não. — Ele a ouviu xingar com aquela pequena voz rouca.
— Então, o que você estava fazendo? — Ele não sabia por que ele estava
empurrando-a, mas por alguma razão ele sentiu que ela estava fazendo algo
importante, algo a ver com ele.
Cassie empalideceu, depois corou, então tremeu. De jeito nenhum ela admitiria
a Bowie Malone que ela estava se masturbando! De jeito nenhum!
— Eu estava sonhando… e o toque do telefone assustou-me acordando. —
Pronto! Era mentira, mas era tudo o que ele estava recebendo.
— Okayyy. — Talvez ele estivesse enganado. — Eu sinto muito por acordá-la,
mas eu só queria ouvir sua voz. — Ele não estava falando muito alto, porque ele estava
no aeroporto de Denver, prestes a pegar seu voo. — Estou esperando em um avião. —
Olhando para o relógio, percebeu que horas eram. — Me desculpe, eu não devia ter
ligado.
— Não! — Ela gritou, em seguida, percebeu que ela parecia totalmente
insensata. — Não se desculpe, eu estou feliz que você fez.
— Sério? — Ele queria que ela estivesse feliz. — Eu ouvi da Estação Ranger em
Alberta, o caminhante que estamos procurando estava fazendo rapel perto do Bass
Buttress em Castle Mountain, o que significa que eu estarei indo a cavalo.
— Cuidado! — Ela o advertiu. — Eu me preocupo com você tanto.
Ele sorriu.
— Eu gosto que você se preocupe.
— O quê?
— Droga, isso saiu errado. Eu não quero que você se preocupe, mas estou feliz
que você se importa. — Isso soou melhor.
— Eu me importo. — Ela se importava. — Você é meu amigo, — Cassie se
apressou a acrescentar, não querendo que ele achasse que ela sentiu mais do que ele
queria que ela sentisse. Bondade! Esse pensamento rosnou em sua cabeça.
— Cassie, você se lembra daquele beijo que te dei?
Como poderia esquecer?
— Sim.
— Eu vou querer mais um daqueles assim que eu chegar em casa.
Excitação brilhava no coração e mente dela - ela sentiu em todos lugares, até
mesmo nos lugares suaves que tinha tocado anteriormente.
— Quando será isso?
A voz dela soando ansiosa o fez bufar.
— Eu não posso dizer se você está ansiosa, ou se você está temendo.
Cassie respirou fundo.
— Eu não temo.
— Bom.
— Quando? — Ela sabia que estava empurrando.
— Eu estou esperando que eu possa terminar aqui em um par de dias. Então, eu
preciso colocar uns bons quatro dias de trabalho, com o meu sócio construindo
algumas estradas e locais de perfuração para uma empresa de petróleo.
— Você é muito ocupado. — A vida dele era cheia. Ela se sentia culpada por
querer passar mais tempo com ele.
— Não muito ocupado para você, — ele disse a ela. — Eu tenho que ir, eles
estão chamando meu voo. Eu te ligo quando eu voltar do Canadá.
— Obrigada por me chamar, Bowie. — As palavras correram de sua boca.
— Tchau, querida.
Com isso, ele se foi. Colocando o telefone em cima da mesa, ela deitou para trás
e soltou um pequeno grito.
— Arggggg! — Exclamou ela.
Havia uma coisa que Cassie sabia com certeza, a única coisa mais assustadora
do que ter Bowie em sua vida… era não tê-lo em sua vida.
***
Os picos irregulares dos foguetes canadenses pareciam rasgar buracos nas
nuvens baixas. Bowie puxou sua jaqueta ao redor dele quando a neve rodopiava em
turbilhões cada vez maiores com o vento.
— Você acha que nós vamos encontrá-lo? — Tanner perguntou quando ele se
mexeu na sela. O grande cavalo que ele estava andando escorregou em uma pedra e
tanto o homem e o cavalo tropeçaram drasticamente, mas o garanhão pegou o
equilíbrio. Nenhum dos dois disse nada. Esta era uma ocorrência normal quando
andava-se fora da trilha em território montanhoso.
— Nós vamos ter que encontrá-lo em breve. — Bowie respondeu a pergunta
óbvia de Tanner. Se fossem encontrá-lo vivo, eles precisavam encontrá-lo em breve era
o que ambos sabiam que ele queria dizer.
Eles eram parceiros de rastreamento há três anos. Tanner havia sido contratado
com os McCoys por um tempo, até que ele conseguiu um emprego com o Rancho
Freeman como um treinador de cavalos.
— Eu não vejo nenhum abutre.
— Isso é sempre um bom sinal. Estou preocupado com a sua idade, apesar de
tudo. Acho que o Sr. Edge tem mais de sessenta anos. — Bowie olhou para seu
parceiro. — Falando de abutres, já que você trabalha em Freeman, você jamais vai para
a fazenda de corpos? — Freeman Ranch não era um rancho normal, era mais, muito
mais. Dirigido pelo Texas State University para servir como um modelo educacional
para o gerenciamento de fazenda, era usado regularmente para campanhas
educacionais e visitado por muitos estudantes anualmente. Mas isso não era tudo. Uma
das coisas estudadas no Freeman Ranch era a forma como o corpo se decompõe em
várias circunstâncias no Centro de Antropologia Forense.
Tanner não olhou diretamente para Bowie, manteve a varredura do horizonte.
Ambos sabiam que deviam procurar qualquer pequeno sinal, não apenas fumaça, mas
uma reflexão, um ponto brilhante de cor - qualquer indicação de que um ser humano
estava tentando fazer a sua localização conhecida no vasto deserto que se espalhava
diante deles.
— Sim, eu vou ali ocasionalmente, — ele respondeu secamente.
— Lugar bastante assustador? — Bowie tinha visto algumas coisas estranhas
em sua vida, mas até mesmo ele teve um tempo difícil envolvendo sua cabeça em torno
de um lugar onde os corpos humanos reais foram expostos à deterioração em
diferentes circunstâncias e perturbadoras. Ele sabia que era para um propósito, o que
patologistas forenses aprendiam lá ajudava a resolver muitos crimes e ajudou muitas
pessoas, mas sabendo que as exibições não eram manequins ou bonecos, mas pessoas
reais, que foram amadas por alguém apenas confundia sua mente.
— Não é sua corrida para vinte e seis hectares, isso é certo. — Tanner empurrou
o chapéu em cima de sua cabeça. — Você sabe que as pessoas doam seus corpos para
pesquisa médica, na maioria das vezes para o uso em uma aula de anatomia, maneira
mais fácil de entrar na faculdade de medicina, eu acho. — Ele riu. — Nós tiramos um
bom em Lomax Richards. Sabíamos que ele tinha sido puxado para fora de um celeiro
para ir lá e consertar um vazamento de água na fazenda de corpos. Então, nós
enjoamos Dr. Holmes, até que ele nos deixou criar um dublê. — Ele parou por um
segundo, enquanto um cervo de cauda branca correu pelo seu caminho. — Há um local
onde…
Bowie levantou a mão.
— Alguma coisa pode ter assustado aquele veado, vamos dar uma olhada. —
Eles viraram jusante perto de um pequeno riacho que serpenteava na base de um dos
primeiros contrafortes, Tanner assumiu a liderança.
— De qualquer forma, você sabe que eles têm todos os tipos de cenários -
corpos no porta-malas, malas, poças de água, em cima das árvores, pendurado por
laços. — Bowie queria sorrir. Tanner estava apenas curtindo tudo isso de forma
demasiada. — Há alguns pontos no chão que eles apenas colocam o cadáver para fora
no aberto. Então, montamos nossa própria cena do crime. Exceto, que Petey não estava
morto. Arrumamo-lo com uma camisa esfarrapada e manchada de terra em cima dele e
o colocamos através de uma tora.
Bowie pode ver onde isso estava indo e ele estava ouvindo, mas ele também
estava mantendo os olhos abertos na pista em frente. Algo não estava certo.
— Você está me ouvindo? — Quando Bowie sorriu e respondeu com um: —
Sim, — Tanner continuou. — Bem, Lomax é um pouco supersticioso e temia ir lá onde
todos esses corpos estavam, quero dizer que ele afirma ter visto um fantasma antes,
então nós tivemos isto bem fraudado. Até mesmo colocamos um par de câmeras de
jogo, então teríamos o momento registrado para a posteridade, ou os vídeos mais
engraçados da América, — acrescentou com uma risada. — Nós assistimos Lomax ver
o corpo de Petey e dar um pouco de arrepio. Ele preferia ter estado em qualquer lugar
do mundo, menos na fazenda de corpos trabalhando ao lado de um homem morto.
Esperamos algum tempo, dando a Lomax a chance de realmente entrar em seu
trabalho antes que demos a Petey o sinal. — Tanner riu novamente. — Bem, você pode
imaginar o que aconteceu. Petey gemeu, Lomax congelou, Petey começou a levantar-se
e Lomax decolou como um bug vermelho rompido, gritando ao topo dos…
— Espere, Tanner. Fique quieto. — Tanner tinha falado, mas Bowie tinha
parado de ouvir. Se ele não estava enganado os rastreadores estavam sendo rastreados.
Tanner fez o que lhe foi oferecido. Ele era experiente o suficiente para saber que
tudo podia acontecer no deserto. Até os cavalos pareciam pegar a preocupação de
Bowie, suas narinas dilataram. Eles podiam sentir algo que os homens não podiam.
Bowie ouviu. Tudo estava quieto, quieto demais. Era como se os pássaros
tivessem mesmo abandonado à área. Tanner virou-se lentamente para olhar Bowie e
quando o fez, seus olhos se arregalaram.
— Arma, atrás de você. Agora! — Ele gritou. Bowie não esquivou. Ele pegou o
rifle e desmontou em um rápido movimento sem costura. Mesmo antes de ver o que
ele estava mirando, ele tinha o rifle armado e pronto. Tanner estava apenas a um piscar
de olhos para trás. Para sua surpresa, três enormes lobos madeira estavam quase em
cima deles. Um pulou em Bowie, fazendo com que seu cavalo saltasse e tropeçar. O
cavalo recuperou seu equilíbrio, mas a ação tinha causado a ambos os homens que
perdessem a sua posição. Antes que ele pudesse se recuperar, Bowie se viu cara a cara
com um lobo rosnando. Ele tinha visto os lobos antes, mas nenhum que tivesse agido
assim. Seus dentes estavam à mostra, este lobo não estava brincando. Um ainda maior
estava perseguindo Tanner, aparentemente sem medo. Com um grunhido, ele saltou
quando Tanner disparou um tiro que o levou para baixo. O ruído pareceu ativar o lobo
na frente de Bowie, indo para ele, forçando Bowie a matá-lo quase à queima-roupa. O
terceiro lobo recuou e, em alguns momentos, os dois homens estavam ali - atordoados.
— O que diabos aconteceu? — Tanner ficou boquiaberto. — Os lobos não
atacam as pessoas assim, não que eu já tenha ouvido falar.
— Não normalmente, algo os incitou. — Bowie examinou os dois grandes lobos.
Ele sabia que os guardas florestais canadenses gostariam de examiná-los para verificar
se estavam raivosos, mas Bowie não achava que eles estavam. — Esses lobos estavam
com medo. Eles estavam protegendo seu território.
— Mas os biólogos dizem…
— Os biólogos não sabem tudo. — Bowie cortou. — Deixe-me dizer-lhe o que
aconteceu com meu tio Michael. — Ele substituiu o fuzil na bainha e se preparou para
voltar a montar. — Certa vez, ele foi caçar esquilos no leste do Texas. Ele estava
seguindo uma antiga estrada madeireira abandonada, em direção a um riacho onde
havia um local particularmente bom com vários carvalhos enormes em uma ribanceira.
Esquilos eram conhecidos por ninho naquelas árvores, então ele sentiu que tinha uma
boa chance de acertar vários. — Bowie se acomodou na sela enquanto Tanner ia para
seu cavalo. — Ele tinha saído antes do amanhecer, por isso era quase noite quando ele
fez o seu caminho pela trilha cheia de mato.
Tanner riu.
— Você é um contador de histórias melhor do que eu.
— É verdade. — Bowie riu, contente com a conversa. Sua frequência cardíaca
estava agora voltando ao normal. — Como eu fiz antes, meu tio sentiu algo enquanto
caminhava. Ele não parava para olhar por cima do ombro, mas ele não viu nada.
Finalmente, ele sentou-se perto do riacho na base do penhasco esperando por esquilos.
Mas a sensação de que estava sendo observado apenas não queria ir embora. Ele
continuou olhando para a esquerda, depois à direita - finalmente, olhou para cima e
quando o fez havia um enorme lobo madeira olhando para ele. Meu tio levantou-se e o
lobo pulou em cima dele.
— O que aconteceu? Será que matou seu tio?
Bowie riu.
— Não, você o viu na semana passada.
Tanner bufou.
— Eu pensei que você poderia ter um outro tio.
— Não, um é o suficiente. Ele atirou no lobo antes dele bater no chão, mas isso
só serve para mostrar que eles vão atacar.
— Eu estou convencido. — Tanner apontou para as carcaças de lobo.
Eles não tinham mais do que começado a descer a trilha novamente até que eles
ouviram. A voz humana.
E estava gritando por ajuda.
— Por aqui. Depressa. — Tanner disparou pelo caminho que tinham começado.
Eles não viajaram mais de novecentos metros antes que eles encontrassem o seu
andarilho. Sr. Edge tinha pisado em uma armadilha de urso.
— Graças a Deus, graças a Deus, — ele não parava de dizer uma e outra vez.
Tanner desceu do seu cavalo para ajudá-lo enquanto Bowie passou um rádio para um
helicóptero.
— Como ele está? — Bowie subiu depois de ter pedido ajuda.
— Sua perna está quebrada, mas suas botas o salvaram de sangrar até a morte.
— O homem estava fraco e parecia confuso.
— Ele não se colocou nessa armadilha. — Bowie supôs. — Eu vou dar uma
olhada. — Sabendo como os lobos tinham reagido, Bowie começou a procurar. Ele não
precisou ir muito longe. Como ele atravessou a margem do riacho, ele encontrou várias
armadilhas. Não mais de urso, mas ele também encontrou uma armadilha de lobo com
uma fêmea morta na mesma. Ela tentou mastigar sua perna e morreu por perda de
sangue. Passado que ele encontrou ainda outra armadilha de lobo e para baixo, no
riacho havia provas de uma armadilha de castor. Ele fez o seu caminho de volta para
Tanner. — Alguém deixou toda esta área repleta de armadilhas. Não admira que os
lobos estavam assustados e agindo como loucos.
Eles esperaram com o homem, dando-lhe água e uma barra de energia para
comer, o tempo todo olhando para fora para qualquer outro perigo. Não demorou
muito para que a ajuda chegasse, a estação de Ranger tinha estado em alerta, na
esperança de que os rastreadores o localizassem. Neste terreno, as equipes de resgate
da polícia ou normais eram inúteis. A cavalo era a única maneira de fazer uma
verdadeira busca, além do que poderia ser feito por via aérea.
Assim que o helicóptero decolou, os dois homens começaram a descer a
montanha.
— Armadilha de Urso é ilegal no Canadá, não é?
— Sim, é. — Bowie acenou com a cabeça, substituindo o chapéu depois de
limpá-lo em seus jeans.
— Eu caço, eu sempre cacei, mas eu não consigo ver um animal torturado. —
Tanner pensou enquanto cavalgavam junto.
— Eu não caço, não mais. — Bowie respondeu calmamente.
— Não mais? O que você quer dizer?
Bowie balançou a cabeça.
— Foi há muito tempo, — ele começou, então parou. — Eu atirei em uma
menina.
— Você o quê? — A voz de Tanner pareceu chocada.
Foram uns bons 60 segundo antes de Bowie responder.
— Foi um acidente.
— Bem, é claro, disso eu não tinha nenhuma dúvida.
— Um amigo e eu estávamos atirando em um alvo, nós não percebemos que
alguém estava por trás dele.
— Será que… que você a matou? — A voz de Tanner estava hesitante.
— Não. — Bowie disse quando ele deixou escapar um longo suspiro. — Pelo
menos eu não acho que ela morreu. Meus pais só se afastaram. Nós nunca
conversamos sobre isso. Nós nos mudamos. Até hoje eu não sei o nome dela, toda a
minha família age como se nunca tivesse acontecido.
— Algo como isso tem que ser difícil de superar. — Tanner aliviou seu cavalo
perto de Bowie. — Eu sinto muito que você teve que passar por isso.
Bowie acenou com a mão. — Ela foi a única que sofreu. Eu sai de leve.
— Não me parece que você saiu de leve para mim. Quantas vezes você pensa
sobre isso?
— Há dias em que eu não penso sobre isso, mas eu sonho com isso com
bastante frequência. Só espero que eles a tenham salvado.
— Por que você não pergunta a alguém? Para conferir? Não pode ser tão difícil
de descobrir algo sobre um evento que certamente teria chegado aos jornais.
— Talvez. — Bowie admitiu. — Talvez eu só não queira saber.
***
Cassie fechou a caixa de presente, a vela para o pequeno Bowie McCoy estava
pronta. Ela deu um tapinha no pequeno cartão que tinha acrescentado que descrevia o
significado de todos os extras que ela artisticamente colocou na cera. Cassie estava
orgulhosa de seu trabalho. Felizmente, seu Bowie iria gostar.
Seu Bowie.
Cassie riu e suspirou.
— Meu Bowie, yeah certo. — No entanto… ele tinha pego o hábito de entrar em
contato com ela as seis a cada noite. Os últimos três dias, apenas como um relógio, ele
ligou. Olhando para o VCR, ela viu que era quase a hora. Incapaz de fazer qualquer
outra coisa, ela virou para a mesa e pegou o telefone - esperando.
O que estava acontecendo entre eles, ela realmente não sabia explicar. Houve
momentos em que ela quase podia acreditar que ele estava flertando com ela e os
outros quando ele parecia quase fraternal. De qualquer maneira, ela estava
rapidamente se tornando viciada nele e sua atenção. Proteger-se não era mesmo um
fator mais. Bowie já tinha capturado seu coração, agora ela só esperava que ele não
fosse quebrá-lo.
Ring! Ring!
Exatamente na hora, Cassie suspirou de alegria.
— Olá?
— Ei, anjo, como você está?
— Mimada, — admitiu livremente. — Esses telefonemas diários estão se
tornando um hábito.
— Exatamente, se acostume com isso, — ele prometeu. — O que é que a minha
menina está fazendo hoje?
Derretendo. Desmaiando.
— Acabei de terminar uma vela. — Ela não disse que era para o bebê. Se Bowie
gostasse, ela planejava fazer uma especificamente para ele. — Quando a gente sair do
telefone, eu vou sair para recolher os ovos.
— Espere. Quão frio está ai? É melhor usar um casaco. Não pode esperar até eu
voltar?
A sua atenção lhe dava solavancos de arrepio.
— Eu faço isso todos os dias, Bowie. Eu estou bem.
Bowie não gostou. Podia vê-la vagando escovando na caça a ovos e recebendo
sua cadeira de rodas presa em uma raiz e ter que sentar-se no tempo congelante
durante toda a noite.
— Chame-me quando você voltar para que eu possa dormir.
Awwww, seu coração mergulhou em seu peito.
— Chamá-lo?
— Sim, assim que voltar. Vou sentar aqui até que você faça.
— O que você está fazendo? — Imaginou-o em algum bar, rodeado de
mulheres.
— Eu estou no meu caminhão. George e eu acabamos de conversar com o
administrador da obra onde estamos construindo algumas almofadas de perfuração.
Em seguida vamos pegar um pouco de comida mexicana. George está voltando para
casa amanhã. Temos um novo tambor de suavização sendo entregue na minha casa.
Ele deveria estar lá para encontra-lo e carrega-lo em um reboque para trazer de volta
para cá.
— Então, você não está vindo ainda? — O desejo em sua voz era difícil de
esconder.
— Você quer que eu volte para casa? Você está pensando sobre aquele beijo que
eu quero?
Cassie achou difícil respirar.
— Sim.
— Droga, eu só posso ter que mudar meus planos e voltar para casa amanhã.
— Isso seria bom. — Ela sabia que estava sussurrando, mas ela estava em uma
verdadeira perda de palavras. Como ela disse a ele antes, às vezes ela simplesmente
não sabia o que fazer com ele.
— Ufa! — Bowie soltou um suspiro duro. — Você é dinamite, mesmo por
telefone. Vai reunir os ovos garota e deixe-me tentar obter o controle.
— Ok.
— Chame-me de volta.
Cassie nunca havia se movido tão rápido. Ela pegou o casaco, rolou para o lado,
para a rampa e para o quintal. Ninhos de Guinés estavam do outro lado da garagem e
tinha batido um pequeno caminho difícil de uso diário. Só quando chovia que ela tinha
problemas, e ela só ficou presa uma vez. Cassie decidiu não pensar sobre isso. Sorte
que o carteiro tinha aparecido ou ela ainda estaria sentada lá. Mas hoje, não houve
problemas. Ela nem sequer parou para pensar sobre cobras frango quando ela
mergulhou as mãos nos ninhos. Ainda bem que era inverno, porque uma vez que ela
tinha puxado para fora mais do que ela esperava. O pensamento a fez estremecer.
Oito ovos. Bom. Se Bowie quisesse um pouco, talvez ela faria a ele alguns
biscoitos quando ele chegasse em casa.
Cassie corou. Parecia que cada pensamento que ela tinha apresentava Bowie, de
alguma forma, ou estilo.
Voltando, ela colocou os ovos em uma tigela na mesa e chamou de volta.
— Cassie?
— Estou de volta. Eu tenho oito ovos. Você gosta de cookies?
Bowie soltou uma risada parecendo aliviado.
— Sim, eu provavelmente adoraria tortas de lama, se você fizesse para mim.
— Bowie… o que estamos fazendo? — Ela perguntou, realmente precisando
saber.
— Estamos lançando woo. Você não sabia?
— Não, — ela não sabia. — Parece um jogo de Wii.
Bowie riu alto.
— Procure on-line, Cassie-para-resumir, tenho que ir. Vejo você amanhã.
— Tenha cuidado. — Ela advertiu antes que ele pudesse desligar.
— Sempre, você também. — Então, assim que ela colocou o telefone no gancho,
ela correu para o computador e olhou para cima lançando woo. Quando ela viu que era
um termo antigo para cortejar, Cassie pulou de alegria, tão alto quanto sua cadeira de
rodas permitiria.
***
— Eu não achava que você estava voltando para casa. — George desceu da
cabine do tambor de alisamento.
— Mudei de ideia, sai cerca das duas esta manhã, eu não conseguia dormir. —
Bowie deu de ombros.
— Tem alguma coisa a ver com aquela garota?
— Que garota? — George iria enjoa-lo se ele tinha metade das chances, Bowie
não lhe deu munição.
— Eu não sei que menina, você não me apresentou ainda. O que ela é neste
momento? Uma modelo? Eu me lembro quando você saiu com a vice-campeã do Miss
Texas. Maldição, ela era bonita.
— Cassie é especial.
— Ah, Cassie, agora, estamos chegando a algum lugar. Como ela se parece? Ela
é uma loira?
— Eu pensei que você gostasse de ruivas.
— Eu estava apenas sendo educado. A cor do seu cabelo não faz muita
diferença para mim - é isso… — Ele moveu suas mãos para o alto em um movimento
de ampulheta. — Eu quero as curvas, baby.
— Um belo tom de loiro, parece ouro fundido.
George resmungou um pouco no peito.
— Cuidado, esta é fora dos limites. — Bowie foi para o caminho de casa.
— Aonde você vai?
— Tirar um cochilo, eu estou acabado.
— São apenas sete horas da manhã.
Bowie deu-lhe a saudação do dedo médio.
— Segure as pontas, eu tenho coisas para fazer depois.
— Crianças, — George resmungou quando ele voltou a trabalhar.
Capítulo Seis

Algumas horas mais tarde e alguns quilômetros de distância, na casa de Cassie,


ela estava fazendo-se bonita. O tempo estava frio lá fora, mas ela escolheu um vestido
maxi, que iria cobrir as pernas. Ela mimou a si mesma, aplicando cremes e cosméticos
até que ela estava sedosa e tão sutilmente atraente como ela sabia como se fazer. Esta
manhã, ela iria para uma aventura. Cassie Cartwright ia fazer uma visita a um homem.
Bowie disse que estaria em casa hoje e ela ia aparecer e levar a vela e quatro dúzias de
biscoitos que ela acabou de tirar do forno.
O telefonema da noite passada estava pesando em sua mente, a ideia de que
Bowie poderia convidá-la para sair novamente. Será que ela diria sim? Cassie
estremeceu com o conhecimento que ela queria passar mais tempo com ele. Sua
pequena experiência da noite anterior tinha sido inconclusiva, mas não totalmente
negativa, de modo que ela estava disposta a dar um passo adiante e ver o que poderia
suceder deste negocio de lançar woo.
Ela teve que fazer duas viagens para a van, porque ela não podia arriscar deixar
cair qualquer pacote. Então, ela levou cerca de meia hora para se arrumar e se aprontar
para ir. Esta manhã, ela tinha verificado a vela 'novo bebê' novamente. Ela tinha jogado
a conexão de pequeno Bowie para Tebow Ranch e colocou um símbolo de sua marca
de família, uma ferradura, em um lado. Em outra, ela colocou uma flecha de verdade
que tinha encontrado atrás de sua casa há alguns meses atrás. Era perfeita, do tamanho
de um selo postal e parecia realmente bom com as outras coisas. Um pequeno cavalo
de balanço esculpido concluía o arranjo. Foi uma das coisas mais criativas que ela tinha
feito, pelo menos, na opinião de Cassie. Enquanto conduzia a Vega Verde, ela começou
a ficar nervosa. O que Bowie pensaria dela apenas aparecendo? Ela estava sendo
avançada demais?
Oh bem, isso realmente não importava, ela estava aqui. Espionando seu
caminhão estacionado próximo a um dos edifícios de garagem da Malone Earthworks,
ela parou ao lado dele e começou a sair. Talvez ela devesse fazer-se conhecida antes de
começar a trazer presentes. Como sempre, sair não era nem rápido, nem um processo
quieto.
George Ray ouviu o barulho e veio ver o que estava acontecendo. Ele tinha o
tambor de alisamento carregado e estava pronto para voltar para a Eagle Pass. Quando
ele chegou à porta, ele estava confuso. Quem no mundo?
— Posso ajudá-la, senhora?
Cassie olhou para cima.
— Olá, você deve ser George.
— Sim, eu sou. — Ele se aproximou e pegou a mão dela. Coitadinha estava em
uma cadeira de rodas. — Você está aqui para doações? — Ele começou a cavar a
carteira do bolso de trás.
— Oh, não. — Ela sorriu. — Estou aqui para ver Bowie.
— Bem, ele não está disponível no momento. Você vai ter que se contentar
comigo. Ele não quer ser incomodado.
O rosto de Cassie caiu.
— Tudo bem, eu entendo. Se você só colocar essas coisas no escritório para
mim, eu apreciaria isso. Eu falei com ele ontem à noite, mas não tinha ideia que eu
estava vindo, então está tudo bem. — Ela virou a cadeira para recuperar a vela e os
cookies.
— Espere! — George estava ficando com uma suspeita. Certamente que não. —
Me desculpe, eu não peguei o seu nome.
Cassie riu.
— Bem, você não pediu. — Ela estava prestes a colocar os pacotes em seus
braços à espera. — Eu sou Cassie Cartwright.
Cassie! George sentiu como se tivesse sido atingido na cabeça com uma
marreta.
— Você é Cassie? A Cassie que Bowie esteve falando sem parar?
Como você pode ser exaltada e envergonhada ao mesmo tempo? Ela não sabia
se ficava feliz que Bowie falava dela ou triste porque George parecia tão descrente de
que ela poderia estar em um relacionamento com seu amigo. Ela optou pela ultima. Em
voz baixa, ela respondeu.
— Sim, temo que sim.
George poderia dizer imediatamente que ele havia colocado seu pé em sua
boca. Então, ele mudou seu tom - imediatamente. Isso não quer dizer que ele não iria
ter uma conversa com o menino, mas ele não tinha intenção de ferir ninguém.
— Uau! Estou muito feliz em conhecê-la. Olha, ele quer que você vá até a casa.
Ele teve umas boas quatro horas e meia de soneca. O menino tem um sono leve. Eu
tenho que ir embora, mas apenas ande - uh, role - através dos patifes, abra a porta e
grite por ele.
Cassie estava insegura.
— Você acha que vai ficar bem?
George acenou com a mão no ar.
— Oh, com certeza. — Ele não estava prestes a ter a sua cauda em uma fenda
com Bowie. E ele estava bem certo de que não tratar esta pequena como o ouro seria
uma maneira de fazê-lo.
Cassie tomou a palavra dele e arriscou a tomar ambos os itens, os biscoitos no
colo e o pacote em cima. Desde que ela estava na cadeira motorizada, ela não precisava
de ambas as mãos para se mover.
Mas o chão estava um pouco irregular. Pelo menos era dia e ela podia apreciar
seus arredores. A casa de Bowie era linda. Mesmo no inverno, quando nada era tão
verde como seria na primavera, ela podia ver que viveria seu nome de Vega Verde. O
beagle veio correndo em sua direção, assim como um par de gatos, mas quando ela se
aproximava para a varanda, ela podia ver que o pastor alemão estava arranhando a
porta e fazendo terríveis, ruídos grunhindo desesperado.
— O que há de errado? — Perguntou ao cão. Ele olhou para ela com, se não
estivesse enganada, a preocupação em seus olhos. Foi quando Cassie notou o
problema. Ela não conseguia subir os degraus com a cadeira. Havia uma grande
varanda, mas sem rampa, é claro. — Bowie, — ela gritou. — Bowie, é Cassie!
Ela esperou por alguns segundos. Nada, exceto pelo cão agindo mais e mais
desesperado. Olhando para trás, por cima do ombro, viu George puxando para fora da
garagem em seu caminhão, puxando um reboque grande gooseneck com uma grande
máquina em cima dela. Por um momento, ela considerou tentando caminhar para a
porta, mas ela sabia que seria inútil depois de alguns passos. Rastejar para a casa de
Bowie não era algo que ela queria fazer.
Talvez houvesse uma outra porta que ela pudesse bater.
— Bowie, — ela gritou de novo, para uma boa medida. Droga, ele deve estar
dormindo. Mas as patadas e choramingos insistente do cachorro eram enervantes. Ela
tentou esticar o pescoço para ver se havia uma cobra ou algo na porta, mas não - era o
momento errado do ano para as cobras. Procurando ao redor, ela percebeu a garagem
anexa estava aberta. Talvez houvesse uma porta lá que era no térreo. Dirigindo ao
redor, ela dirigiu-se para a abertura de porta dupla. Quando ela entrou no interior mais
escuro, seus olhos procuraram uma entrada para a casa. Sim! Havia uma. Tinha até
uma janela que ela podia ver dentro da casa, se pudesse chegar perto o suficiente.
Levantando, ela bateu na porta. — Bowie— E esperou. Em seguida, ela fez de novo. —
Bowie! É Cassie! Posso entrar?
Nada.
Avançando um pouco mais perto, ela olhou para a casa. A porta abriu-se para a
cozinha, mas ela podia ver através do que parecia ser um antro e deitado estirado no
sofá era Bowie. Ela bateu novamente.
— Bowie! — Certamente, ele podia ouvi-la. Ela bateu com mais força. Não
havia realmente nenhuma maneira que ele não poderia tê-la ouvido. Um pouco de
dúvida encheu sua mente.
Talvez ele estivesse ignorando-a.
Ela olhou fixamente para a figura adormecida. Seu braço pendurado para fora
do sofá, ele realmente não parece grande o suficiente para acomodá-lo. Ela arregalou os
olhos. Ele estava tão quieto.
E se havia algo de errado?
Lembrou-se do pastor alemão.
— Bowie! — Preocupada, ela tentou a maçaneta da porta e encontrou-a aberta.
Abrindo a porta, Cassie foi atingido no rosto por uma nuvem de gás nocivo. Medo e
choque inundaram Cassie. — Oh, meu Deus! — Ela tinha que pedir ajuda! Cassie
entrou em pânico. Deixou os bolinhos e vela às pressas no balcão, ela subiu em seu
bolso para o seu telefone para ligar para o 911.
Ela estava prestes a apertar o botão quando se lembrou de que era sendo
ensinado na escola sobre a possibilidade de telefones celulares inflamar vapores de gás.
Deixando a porta aberta, ela voltou para garagem antes que fizesse a chamada.
— Olá? Qual é a sua emergência?
— Estou na casa de Bowie Malone em Malone Earthworks em Bandera e ele
está inconsciente de emanações de gás. Precisamos de ajuda!
— Você pode levá-lo em segurança para fora do gás?
— Eu não sei, eu estou em uma cadeira de rodas. — Ela estava chorando a esta
altura.
— Pode haver perigo de explosão. Fique para trás e nós vamos chegar lá o mais
rápido que pudermos.
— Tudo bem. — Mas não havia nenhuma maneira que ela estava desistindo e
ficar fora, não com Bowie em perigo.
Depois de desligar, Cassie voltou. Cobrindo o rosto com as duas mãos, olhou
em volta até que ela viu um pano de prato e mudou-se para obtê-lo. Segurando-o sobre
a boca e o nariz, Cassie se moveu mais para dentro do quarto. Não havia nenhuma
maneira que ela estaria deixando Bowie dentro desta casa se havia alguma chance de
que ela pudesse acordá-lo.
Ela deixou a porta dos fundos aberta e atravessou a cozinha para a cova. Vendo
a porta da frente, ela abriu-a, em seguida, a tela.
— Para trás! — Ela advertiu os animais, sabendo que não tinha necessidade de
estarem nesses gases também. Sustentando a porta aberta, ela esperou deixar entrar ar
fresco. Agora, por Bowie! Voltando-se, ela rolou para ele. Ele parecia adormecido. Ela
colocou a mão em seu peito, procurando desesperadamente uma batida de coração. —
Sim, — ela sussurrou, encontrando uma. — Bowie! Bowie! Acorde! — Ela o sacudiu.
Por duas vezes ela tentou acordá-lo. Não obtendo resposta, Cassie decidiu tentar
ajudá-lo de alguma outra forma.
Ela sabia que tinha que fazer algo. Ele era tão grande. Não havia nenhuma
maneira que poderia levantá-lo. Sacudindo-o de novo, ela quase desistiu. Então, ela
percebeu sua cadeira estava de pé sobre um tapete. Cassie se perguntou…
Droga, valia a pena tentar. Ela não podia desistir. Cassie não sabia muito sobre
o que a exposição ao gás pode fazer ou quão ruim Bowie podia estar ferido, mas ela
não podia deixar de ter medo da morte. Inclinando-se para frente, ela colocou uma
mão em volta de seu pescoço e a outra lhe agarrou o braço e puxou. Ele veio em
direção a ela, mas ele não fez nenhum barulho.
— Por favor, Senhor. Por favor, — ela implorou. Movendo-se para baixo de seu
corpo, ela agarrou suas pernas e puxou. Mudou-se mais para a borda. Mas ainda
assim, ele não acordou. O medo lhe deu força, então Cassie apenas finalmente pegou o
cinto, colocou a cadeira de rodas em sentido inverso e segurou. Bowie caiu no chão.
Cassie começou a chorar, esperando que ela não tivesse o machucado. Recuando, ela
mudou-se para o fim do tapete e tentou curvar. Esta seria a parte mais difícil por causa
da pressão que iria colocar em suas pernas e coluna vertebral. Mas ela não podia deixar
isso detê-la agora. Os gases que ela estava respirando, mesmo com as portas abertas,
estavam começando a fazê-la sentir-se doente. Não havia como dizer de que forma
Bowie estava.
Mordendo os lábios contra a dor, ela se agachou, quase o dobro e um grito de
agonia escapou de seus lábios. Ele estava tão mal! Mas ela se manteve firme e agarrou a
borda do tapete com uma mão, então ela torceu suas rodas de volta para a porta da
frente e colocou a cadeira no sentido inverso. Enquanto se movia para trás, ela pegou o
tapete com a outra mão. O grande corpo de Bowie estava bem centralizado no tapete,
por isso, quando ela lentamente, lentamente começou a se mover em todo o piso de
madeira polida, assim o fez e com o tapete.
Lágrimas escorriam pelo seu rosto. Mas ela não deixou impedi-la. O um metro e
vinte ou um metro e meio até a porta pareciam quilômetros. Ela tinha pensado em
voltar pela garagem, mas isso significaria que Bowie teria que ficar nos gases durante
muito mais tempo, além de ir até a cozinha, onde a fumaça seria o mais forte. Então, a
porta da frente era a resposta inteligente. Mas quando ela veio até a porta, ela percebeu
que tinha outro problema - os degraus. Cassie sabia que ela tinha que levar Bowie tão
perto quanto podia, mas isso significaria tomar um tombo. Sua cadeira teria que ir para
fora da porta e ela iria com ele, mas pelo menos ele estaria onde sua cabeça estava
perto de ar fresco. Fechando os olhos, ela só foi – para trás, para trás - a sensação de
leveza e depois de ser jogada para trás.
Crash!
O pouso bateu o fôlego de seus pulmões e o choque quando ela bateu a madeira
enviaram lâminas de barbear de dor irradiando através de suas costas e quadris. Cassie
não poderia evitar, ela gritou, então ela desmaiou.
***
— Já era hora de você acordar, — George resmungou. — Eu não consegui sair
de Bandera County antes dos policiais ligarem me dizendo para voltar. Algo sobre
você inalando gás.
Bowie olhou para o seu parceiro como se ele fosse louco. Ele tentou se sentar,
mas um sentimento contínuo de náuseas rapidamente mudou sua ideia.
— Onde estou?
— Na sala de emergência, onde é que você acha?
Bowie fechou os olhos, abriu-os e olhou em volta.
— Eu não entendo. — A última coisa que ele conseguia se lembrar era estar
deitado no sofá para tirar uma soneca. — O que aconteceu?
— Melhor que posso dizer, foi que por causa de seu velho fogão. A companhia
de gás teve uma quebra de linha, desligou o gás para trabalhar com ele e quando liguei
de volta no início desta manhã, o piloto não estava aceso e gás começou a vazar em sua
casa.
— Droga. — Bowie esfregou o rosto, tentando limpar sua cabeça. — Fechado,
hein? — Ele estendeu a mão para um copo de água na mesa. George entregou a ele.
— Eu liguei para o seu tio, ele estará aqui amanhã.
— Não adianta, eu vou ficar bem. — Bowie murmurou. — Obrigado por me
salvar. Eu acho que eu lhe devo minha vida.
George riu.
— Eu não, você deve àquela garotinha sua. Ela te salvou.
— O quê? — Bowie não entendeu que George estava falando. — Quem?
— Cassie, sua Cassie, — respondeu George. — Ela salvou sua vida. O EMT 2
disse que não havia nenhuma maneira, que você jamais teria acordado por si mesmo e
eu já tinha ido embora. Se Cassie não tivesse aparecido, você seria colocado sobre uma
mesa para baixo em Grimes Funeral Home.
2 Técnico em Emergência Médica – Equivalente a paramédicos
— Puxa, obrigado. — Bowie não gostou da ideia. Mas, Cassie? Como? — Cassie
me salvou? Mas, como? — Ele olhou ao redor da sala. — Onde ela está?
— Ela dirigiu até lá antes de eu ir embora com algumas coisas para você, uns os
cookies e um presente. — George inclinou seu peso considerável para a frente
enquanto apoiava a mão em um joelho. — No início, eu disse a ela que você estava
ocupado. Eu pensei que ela estava lá por algum tipo de doação para os deficientes.
Bowie gemeu.
— George…
— Espere, — George levantou a mão. — Eu me redimi, tanto quanto eu estou
preocupado. Quando percebi quem era, eu disse a ela para ir lá em cima e vê-lo. E ela
se redimiu aos meus olhos também. Qualquer mulher que irá arrastar seu homem fora
de perigo, com força, salvando a sua vida está bem no meu livro.
Com isso, Bowie se sentou.
— Ela fez o que?
— Ela disse às autoridades que o seu cão, o pastor, estava arranhando a porta.
Cassie chamou você, mas você não respondeu. Então ela passou para a garagem, não
havia nenhuma maneira que ela pudesse chegar na varanda, sem uma rampa.
Uma rampa. Ele precisava de uma rampa. Pensando em Cassie, havia um
monte de coisas que precisava para deixá-la confortável em seu mundo.
— Então, ela veio onde eu estava?
— Sim, ela foi. Rolou direito para onde você estava, então começou a arranca-lo
do sofá e arrastá-lo para fora no tapete.
O que George estava dizendo nem sequer parecia viável.
— Ela não é forte o suficiente.
— Medo e adrenalina fazem coisas engraçadas, às vezes.
— Onde ela está? — Bowie repetiu. — Ela esteve aqui? Será que ela foi para
casa?
— Ela foi internada aqui. — George informou-o categoricamente. — Tomou
uma queda muito ruim quando ela puxou-lhe pela porta, sua cadeira de rodas caiu de
costas para a varanda, a fez desmaiar quando sua cabeça bateu no chão.
Num minuto George estava sentado ao lado de Bowie, no seguinte, ele foi
empurrado para outro lado da sala, porque Bowie levantou e em seus pés e fez o seu
caminho até a porta. — Onde ela está?
— Você não tem nenhum sapato! — George gritou em vão.
Bowie fez o seu caminho para fora da sala onde ele estava e começou a descer o
corredor.
— Cassie!
Duas portas para baixo, Cassie estava deitada parada na cama, pensando em
como no mundo ela ia pagar por esta visita ao Pronto-Socorro. Ela estava à espera de
ser dispensada, não havia nada de errado com ela mais do que o que estava errado
com ela antes da queda. Algumas contusões, talvez. Ela suspirou. Pelo menos Bowie
estava bem. Ela estava muito grata por isso. Seu amigo George tinha vindo para ver
como ela estava. O médico perguntou quem chamar para vir buscá-la e ela lhe disse
que ela realmente não tinha ninguém. Pelo menos a EMT tinha visto um ajuste para
trazer sua cadeira com eles quando a tinham deixado. Antes de partir, ela pretendia
ver Bowie e se certificar que ele estava bem. Depois disso, bem, talvez ela pudesse
chamar um táxi. Será que Bandera ainda têm táxis?
Mas, então, ela o ouviu.
— Cassie!
Vozes no corredor chamaram sua atenção, mas ela não podia entender o que
eles estavam dizendo.
— Cassie. — Só que uma, ela reconheceu.
Bowie.
— Aqui, eu estou aqui, — ela respondeu.
Whoosh! A porta se abriu e ele entrou. Em uma fração de segundo, ele tinha
seus braços em volta dela e ele com cuidado, oh tão cuidadosamente a levantou. A
próxima coisa que ela sabia, ele estava sentado na cama e ela estava sentada em seu
colo.
Cassie nem sequer teve tempo para falar antes que ele a tivesse beijando no
rosto, os olhos, o pescoço e - finalmente, sim, seus lábios. Bowie os capturou e beijou-a
com ternura. Docemente.
Acabando com o beijo, ele enterrou o rosto em seu pescoço.
— Você está bem?
— Sim, eu estou bem. — Ela o abraçou apertado. — Você está bem?
— Claro que sim. — Ele soava rouco. — Eu vou viver. — Ele apertou o controle
sobre ela. — Por causa de você.
Ela não respondeu. Cassie estava com medo do que poderia ter acontecido se
ela não tivesse ido até a casa dele e o encontrado. A resposta era impensável. Quando
ela o segurou para ela e sentiu seu calor e força, e as batidas de seu coração - qualquer
outra coisa, menos ele vivo e bem era inaceitável.
— Estou tão feliz que você está bem, — ela sussurrou. — Eu não poderia
suportar se alguma coisa acontecesse com você.
— Graças a você, não aconteceu. — Ele a beijou novamente. — Eu não posso
acreditar que pequena velha você arrastou o meu grande e velho desengonçado corpo
de lá.
— Eu tive, eu não tinha escolha. — Ela enxugou o rosto molhado em sua
camisa.
— Oh sim, você tinha uma escolha. — Sua voz era profunda e rouca. — Você
me escolheu.
— Você me salvou também.
Bowie riu.
— Não é a mesma coisa, mas eu estava disposto.
— Talvez nós precisássemos um do outro, — ela sussurrou. — Você sabe, para
manter um ao outro seguro.
— Eu concordo. — Ele abraçou-a. — Eu concordo.
***
Cassie não teve que chamar um táxi, porque Bowie não a deixou fora de sua
vista. Quando eles vieram para liberá-la e levá-la para assinar a conta, Bowie cuidou
dela.
— Eu vou pagar de volta.
— Nós vamos negociar. — Ele ignorou seus protestos.
Quando ela voltou para casa, ele a levou para casa. E ele não apenas a deixou
fora, ele a levou para dentro e ele ficou. Eles quase entraram em uma briga sobre quem
iria cuidar de quem, até que eles finalmente concordaram em ambos deitarem no sofá.
Bowie sentou-se e a levantou da cadeira e em seu colo, colocando-a entre as pernas
com as costas apoiada contra seu peito. Antes que ele sentou-se ele teve a certeza de
que a mesa do café estava coberta com bebidas, lanches, o controle remoto e todas as
outras coisas que ele poderia pensar. Ele não queria ter que levantar-se e perturbar
Cassie, uma vez que ele a tinha em seus braços. Mas, tanto quanto ele estava
preocupado, ele não estaria querendo mais alguma coisa - ele tinha tudo o que
precisava aqui. Eles assistiam à televisão por um tempo e comeram antes que eles se
acomodaram para descansar.
— Confortável?
Ela estava confortável? Não. Sim. Não
— Sim, — ela garantiu. Ela estava disposta a não tremer, ela não queria que ele
estivesse ciente de que ela estava tão nervosa. Afinal, ele só a estava segurando. Mas,
oh, Deus, como ele estava segurando ela. Ela estava reclinada contra ele, ele estava
suportando o seu peso total. E os seus braços estavam em volta dela e nem as mãos
nem a boca dele se mantiveram para ele mesmo. Não, céus misericordiosos, não. Ele
estava a tocando. Suas palmas alisavam para baixo os braços dela e os dedos
entrelaçados com os dela.
— Isso é bom. — Bowie falou em seu ouvido direito. Ele empurrou o cabelo
para um lado para que ele pudesse beijar o pescoço de Cassie. — Podemos conversar?
Cassie não poderia evitar, ela pulou.
— Sobre o que?
— Nós.
Cassie pegou suas mãos e apertou-as em sua cintura, mantendo-o o mais
próximo que pôde.
— O que sobre nós? — Será que ela ia quer ouvir isso?
— Eu estou muito atraído por você. — Bowie soltou uma de suas mãos para
que ele pudesse virar o rosto dela para o dele e mantê-lo no lugar. Olhando em seus
olhos, ele lentamente abaixou a cabeça até que seus lábios se estabeleceram nos dela.
Sentiu-a tensa em seus braços, mas ela começou a beijá-lo timidamente de volta. Bowie
manteve o beijo casto, mas firme o suficiente para que ela não pudesse escapar. Cassie
choramingou enquanto ele continuava a beber em seus lábios, fazendo nenhum
movimento para penetrar ou aprofundar o beijo. Querendo-a mais perto, ele
cuidadosamente abaixou as costas dela no braço de modo que o ângulo seria melhor.
Quando ela engasgou, ele se lembrou. — Eu machuquei você?
— Não, — ela murmurou, procurando seus lábios novamente. Estava
acontecendo, ela estava emocionada, assustada e totalmente à sua mercê. Cassie queria
agradá-lo mais do que qualquer coisa. A ideia de que ela poderia ser uma mulher que
esse homem poderia querer era tentadora além de inacreditável.
Movendo sua boca delicadamente através da dela, Bowie a tentou. Abrindo os
lábios ligeiramente, ele a convidou. Ela era tão suave, sua boca gorda era como pétalas
de rosa. Traçando a língua na parte inferior do seu lábio superior, ele tentou até que ela
se abriu como uma flor desabrochando para ele. Excitação trovejou em suas veias
quando ele a reivindicou, saqueando sua boca com a língua. Desejo por ela apenas o
dominou. Ele tentou desacelerar, tentou ser gentil, mas ela era tão inebriante como
madressilva na primavera. O gosto de Cassie era doce e quente e Bowie queria
devorar-se sobre ela. Para seu deleite, os lábios dela tremiam e se agarraram aos dele, a
língua enrolando em torno da dele com delicadeza. Um gemido de excitação retumbou
em seu peito e ele sabia que ela tinha que estar ciente de como ele estava duro. Deus,
ele esperava que ela pudesse senti-lo sob ela. Ele estava prestes a terminar o beijo e ter
essa conversa que eles precisavam ter… mas quando ela começou a chupar
delicadamente em sua língua, ele quase explodiu em seu jeans.
Isso era tudo o que precisou, ele emoldurou seu rosto com as mãos e bebeu
dela, profundo, com uma sede que não conhecia limites. Ele queria mais, queria tudo.
Ela estava em fogo vivo em seus braços, não aceitar ou resistir - mas esforçando,
buscando, respondendo completamente ao seu toque. Ele deu a ambos o que ele
precisava, o beijo mais uma troca de descoberta e na esperança que fosse a energia
sexual. Deus, ele queria… ele queria. Afastando-se, ele salpicou seu rosto de beijos.
— Cassie, Cassie, o que está fazendo comigo?
— Eu acho que essa é a minha fala. — Ela arfava. Ela pegou a mão dela e
colocou-a na bochecha dele.
— Eu preciso falar com você. — Bowie tentou obter o seu corpo sob controle.
Ela não estava pronta para dar o que ele desejava. Mas o mais importante, ele precisava
descobrir o que ele poderia lhe dar.
Cassie engoliu em seco.
— Sobre o que? — Ela temia ouvir.
— Eu acho que estou me apaixonando por você, — disse Bowie com o coração
nos olhos.
Fora de todas as coisas no mundo que Cassie esperava ouvi-lo dizer, não era
isso.
— Oh, Bowie, — ela sussurrou. — Como isso é possível?
Bowie riu de incredulidade.
— Você já olhou no espelho, Cara de Anjo? — Ele correu um dedo pelo seu
rosto. — Além de sua beleza óbvia, você é doce, inteligente, sexy e gentil. O que não há
para amar?
Ela manteve contato visual com ele.
— Muito. — Foi tudo que ela conseguiu dizer.
— Não há nenhuma parte de você que eu não ache absolutamente adorável. —
Desde o dia em que ele a conheceu, Cassie o tinha assombrado, o intrigado, o
transformado de dentro para fora.
Ela enterrou a cabeça em seu peito. Ele não sabia se ela estava escondendo dele
ou de si mesma.
— Você é tão perfeito, — ela falou quase baixo demais para ele ouvir. — E eu
não sou.
— Sim, você é. — Ele reuniu aquela riqueza de cabelo e arranjou-o sobre o
quadril dela. — Você vai me contar um pouco sobre a sua lesão? Você tem alguma
sensação em tudo abaixo da cintura?
Ela assentiu com a cabeça, seu rosto ainda corado contra a camisa dele.
— Sim, eu tenho. Alguma. — Era tão difícil de explicar. — Eu posso até dar um
passo ou dois… — Exaltação rasgou Bowie, até que ela falou a frase seguinte. — Mas a
dor é tão ruim, que eu não faço muito.
— A dor? — Bowie diminuiu seu controle sobre ela. — Você está com dor
agora? Diga-me onde eu posso tocar e como.
Cassie podia ouvir o pânico em sua voz.
— Não, — ela garantiu. — Eu tenho que me dobrar uma determinada maneira
ou colocar peso sobre minhas pernas. Não há dor deitada.
Bowie ficou aliviado ao ouvir isso. Embora a ideia de ela ferida em qualquer
lugar fazia Bowie doer.
— Posso tocar em você? Beijá-la? — Ele nunca se sentiu tão impotente com uma
mulher antes. Ele queria tudo com ela, mas ele estava com medo de estragar.
— Eu quero que você me toque. — Ela olhou para ele com aqueles grandes
olhos verdes. — Se eu puder tocar em você de volta.
Bowie pensou que ele ia entrar em combustão.
— Eu gosto do seu estilo de negociação. — Ele roubou um beijo rápido. — Você
promete me dizer o que sente bem e uh, o que não sente?
Ela não queria nunca desapontá-lo, mas a honestidade era a única resposta, se
eles iriam ter qualquer coisa juntos. Olhe para ela! Ela pensou. Tendo todos estes
pensamentos do tipo normal sobre um cara. Srta. Cassie Cartwright estava começando
a ter coisas grandes!
— Eu vou deixar você saber. — Foi difícil se concentrar em falar, porque não
conseguia tirar os olhos do rosto dele.
Era como se ele tivesse recebido um perdão da prisão de suas dúvidas. Ele
bateu a boca para ela e começou a beijá-la profundamente, sem preliminares, sem
maricagem, ele invadiu, ocupou e conquistou. E para dar crédito a Srta. Cassie, ela deu
tão bem quantos ela recebeu.
Passando um braço em volta do pescoço, Cassie massageava a nuca por baixo
de todo aquele cabelo longo e escuro. Ela puxou sua cabeça para baixo para que ela
pudesse mapear o interior de sua boca com a língua, saboreando a oportunidade de
fazer inúmeras fantasias em realidade.
Se tudo o que ele podia fazer era beijá-la, Bowie pensava que seria suficiente
para satisfazê-lo. Mas desde que ele tinha recebido o sinal verde para fazer mais, ele
não podia negar a si mesmo por mais tempo. Como se ele tivesse que aprender o corpo
dela a partir de toque, ele começou a acariciar e esfregar, começando em sua testa e
continuando por suas bochechas. Como um homem cego, ele gravou cada recurso,
cada lugar macio, doce na memória.
— Você tem os ouvidos mais bonitos. — Ele riu quando ele traçou os lóbulos
delicados, primeiro com os dedos e depois com a língua.
Cassie virou a cabeça e beijou-lhe a mão, enquanto seus dedos corriam para
cima e para baixo do braço dele.
— O melhor para ouvi-lo…, — brincou ela e ele gemeu.
— Não quebre meu impulso sedutor, esguicho.
— Você não tem que me seduzir, Bowie. — Ela confidenciou baixinho. — Não é
como se eu fosse a qualquer lugar. — Ele não sabia que ela estava exatamente onde
queria estar.
Bowie teve uma interpretação completamente diferente do que ela disse.
— Ouça-me. — Ele segurou seu queixo. — Eu não quero nunca fazer nada com
você ou por você que você não quer tanto quanto eu.
— Você não tem que se preocupar com isso, — ela assegurou. — Eu quero você
muito. — Ela ouviu a sua respiração ficar presa na garganta dele. — Realmente muito.
Nessa declaração, Bowie deixou suas mãos passarem por baixo do corpo dela,
massageando seus ombros, acalmando a garganta, acariciando seu decote.
Cassie não aguentou. Se ele não tocasse seus seios logo, ela estava prestes a
expirar da necessidade. Tentando comunicar sua necessidade para ele, ela arqueou as
costas e empurrou seu pequeno peito para cima, tanto quanto podia.
Quando Bowie viu seu apelo sem palavras, ele tremia.
— Eu não acho que você tem alguma noção de o quanto eu queria fazer isso. —
Lentamente, ele deixou suas mãos deslizarem para baixo de seu peito. O vestido que
ela usava era fino e ele preferia estar pele com pele, mas isso abso-maldita-lutamente
serviria por agora. Ela estava deitada em cima dele, de costas para a sua frente. A
cabeça de Cassie estava descansando em seu ombro esquerdo e ele tinha as duas mãos
livres para brincar. Quase com reverência, ele deslizou as mãos para baixo para o
inchaço superior de seus seios. Sentiu-a endurecer, pressionar nele um pouco e ofegar.
— Segure-se, anjo. Eu estou gostando disso. — Bowie permitiu suas mãos se moverem.
Deus, amava os peitos de uma mulher, e os de Cassie eram de dar água na boca. Era
como se suas mãos estivessem com fome - morrendo de fome. Ele segurou o lábio
inferior entre os dentes quando ele deslizou a palma da mão para baixo sobre a crista.
Mesmo através de seu vestido e sutiã, ele podia sentir os pequenos mamilos duros. —
Eu não posso esperar para lhe chupar.
— Hmmmmm. — Cassie vibrou sob suas mãos. Enquanto ele a tocava, ele
podia sentir os picos duros ficarem ainda mais duros e maiores sob seus dedos. —
Bowie… — ela gemeu.
Bowie sentiu seu pênis ir duro como pedra. Ele sentiu como se ele fosse um
adolescente com mãos bobas que nunca tinha chegado à segunda base. Nunca teve um
pouco de acariciar pesado o excitar mais. Enquanto beijando e chupando seu pescoço,
ele moldou e amassou seus seios, elevando e pesando, segurando e massageando. A
única coisa que poderia ter feito melhor teria sido ter um desses pequenos mamilos
inchados entre seus lábios. Mas isso viria, ele prometeu a si mesmo - logo.
— Sente-se bem?
— Deus, sim. — Ela se contorcia sobre ele, movendo-se para trás e para frente
sobre o peito como um pequeno gato sensual.
— Eu amo isso, Cassie, — confessou. — Eu amo como você se sente em meus
braços. — Juntando-a através do material que o separava dela, ele pegou os mamilos
entre o polegar e o indicador e começou a esfregá-los, torcê-los, aperta-los.
— Bowie, — ela gritou, suas unhas cavando em suas coxas quando elas a
suportavam entre suas pernas.
— Deixe-me te fazer feliz. — Ele brincou com seus mamilos, observando seu
rosto, pressionando beijos em sua face enquanto ela empurrava os seios chupáveis,
pedindo mais.
— Estou em êxtase. — Ela bufou. E para seu deleite absoluto, ela pegou uma de
suas mãos e empurrou-a para baixo. Para baixo.
Ele não se apressou - isso era muito importante. Era enorme. Ele não podia se
dar ao luxo de correr e não fazer direito.
— Eu vou levantar seu vestido, preciosa. — Ele pegou o material e começou a
reuni-lo, arrastando-o acima de suas pernas, seus joelhos…
— Espere!
— O quê?
Cassie queria detê-lo. Ela não tinha pensado sobre ele olhando para as pernas
inúteis. - Ela era tão autoconsciente delas.
— Sou…
Ele leu a linguagem corporal dela e começou a colocar seus medos para
descansar.
— Você é linda. — E ela era. Ele descobriu pernas longas e finas, branco pálido
e suave como a seda. Levantando a roupa ainda mais, ele descobriu um pequeno par
de calcinha branca. Ainda trabalhando um mamilo, ele colocou a mão sobre a palma da
sua barriga. — Você pode sentir a minha mão?
Cassie estava respirando com dificuldade.
— Principalmente, — ela confessou. — É como se parte da minha pele está
dormindo e outras partes estão acordando.
— Será que se sente okay, mau, bom? — Com um movimento de borboleta de
seus dedos, ele acariciou-lhe dentro, fora, ao redor - e para baixo.
— Okay… bom, eu estou apenas nervosa.
— O que você está nervosa? Você sabe que eu não iria machucá-la, nunca. —
Sua declaração não admitia questão.
— Não é isso. — Ela colocou a mão sobre a que descansava um pouco acima de
seu monte de Vênus. — Tenho medo de não ser capaz de sentir o suficiente para…
você sabe…
— Ter um orgasmo.
Cassie sentiu seu rosto em chama. Deus, isso não era como um encontro deveria
ser. Ela podia imaginar nenhuma outra mulher ser forçada a ter essa conversa, mas ela.
— Sim, — ela sussurrou.
— Cassie, há muitas, muitas maneiras que podemos dar prazer um ao outro. —
Bowie assegurou. Embora, ele também daria quase tudo o que possuía para lhe dar tal
presente. — Alguma vez você já teve um? — Ele estava esperançoso contra toda a
esperança.
— Não, — ela balançou a cabeça. — A outra noite… quando você ligou… e me
perguntou o que eu estava fazendo e se havia um homem na minha cama?
Bowie riu.
— Você estava… tocando a si mesma?
— Sim. — Cassie se encolheu.
— O que aconteceu? — Como ela estava preocupada, revivendo o momento, os
dedos dele não estavam parados, mas rastejando em direção ao sul. — O que você
sentiu?
— Um formigamento, — ela sussurrou. E então ela percebeu que ele estava
fazendo.
Bowie estava massageando sua vulva. Uma grande mão cobriu toda a área e ele
estava esfregando em movimentos circulares, o dedo médio e o quarto esfregando sua
fenda através da calcinha.
— Assim?
Ela não sabia se era seu toque, a decadência absoluta de ser adorada do jeito
que ele estava fazendo, ou o fato de que era Bowie fazendo o toque. Mas o que quer
que fosse, ela sentia alguma coisa. Ela esperou, porém, agarrada a ele, uma mão em sua
coxa, a outra segurando seu braço - uma ocupada no peito dela. — Sim, sim, — ela
choramingou.
— Graças a Deus. — Bowie soltou um suspiro, que ele nem percebeu que ele
estava segurando.
Capítulo Sete

Ela podia sentir. Ela podia sentir. Ele estava tocando-a entre as pernas e ela
podia sentir!
— Não dói? — Ele tinha que ter certeza.
— Não. — Ela colocou as próprias mãos em cada lado da dele e abriu-se mais
amplo. — Não, isso é bom. — Cassie não sabia o quanto de sensação que ela deveria
ter, mas gostava do que ela estava recebendo.
— Posso deslizar os dedos por baixo do elástico? — Ele não sabia por que ele
estava tomando esses cuidados, além do que merecia cada pedacinho que conseguiu
reunir.
Cassie estava tremendo.
— Oh, sim, Bowie. — Ela se afastou para que ele pudesse ter todo o espaço de
que precisava. Esta não era apenas a sua primeira incursão no sexo - esta era uma
afirmação de sua feminilidade. Ele moveu a mão para cima e para baixo em sua
calcinha, encontrando cachos felpudos. — Eu não posso esperar para vê-la aqui. A
mesma Lua beijou loira?
Ela virou a cabeça, enterrando-o no braço.
— Vamos deixar ser uma surpresa.
O senso de humor fez cócegas. Bowie riu. Ele empurrou um pouco mais
profundo, abrindo e ao seu imenso alívio, ela estava quente e macia e cremosa.
— Você está molhada, baby, — ele sussurrou em seu ouvido. — Você estão tão
porra de molhada. — Encontrando seu pequeno clitóris, ele começou a esfregar e
esfregar, voltas e voltas, o tempo todo puxando o mamilo, querendo tanto que ela
explodisse por ele.
Cassie fez um esforço para gozar. Era tão bom. Ela estava nos braços de Bowie,
ele estava gostando dela. Diabos, ele estava duro. Podia senti-lo contra seu quadril. Ele
acariciou e amou por ela, dando-lhe mais do que ela jamais pensou que teria. Mas
talvez ela queria muito ou estava com medo de falhar, porque em breve o acúmulo
caiu de bruços e enquanto ela ainda podia sentir - graças ao Senhor - ela sabia que não
estava para vir.
— Eu sinto muito, — ela sussurrou. — Eu não posso, não agora.
Bowie tirou as mãos de suas zonas erógenas e abraçou-a.
— Está tudo bem, baby. Basta pensar o quão longe nós viemos.
— Mas e se… — ela começou. — Eu quero tanto e eu quero fazer coisas para
você. — A voz dela soou tensa.
— Shhhh. — Ele beijou o canto do olho dela. — Tem sido um longo dia
estressante. E nós temos todo o tempo do mundo.
— Mas e se eu não nunca puder? — Ela repetiu, finalmente conseguindo a frase
inteira fora.
— Você pode, e você vai, — ele garantiu. — Você tem a sensação. Apenas deixe-
me preocupar com o resto.
Só assim, a carga foi levantada. Bowie foi assumindo a responsabilidade por seu
prazer e não existiam melhores mãos para estar em que a dele.
Ele se mexeu debaixo dela, então ela perguntou.
— Você está se levantando? Você está indo embora? — Ela não estava pronta
para vê-lo ir.
— Você quer que eu vá embora?
Grande questão. Qual era a postura adequada em casos como este? Após o
desempenho menos do que estelar dela no departamento de clímax, talvez ele
precisasse de espaço.
— Eu entendo se você precisar ir, Bowie.
Ele se ajeitou debaixo dela.
— Isso não é o que eu perguntei. — Ele foi persistente. — Os animais terão que
ser cuidados amanhã de manhã, mas eu prefiro que você durma em meus braços hoje à
noite.
Ok, se você coloca dessa forma. Seu eu interior gritou e saltou.
— Fique.
— Isso é o que eu queria ouvir. — Sem esperar por quaisquer outras instruções,
Bowie a pegou e foi para seu quarto. — Nós não temos que fazer nada que você não
quer fazer, mas eu simplesmente não posso deixar você ir. Ainda não.
Cassie não queria ser deixada ir. Ele a levou para o banheiro e sentou-a no
banco da vaidade. — E agora? Eu acho que você precisa de sua cadeira.
— Não, — ela acenou com a mão. — O polo é aqui e o banheiro é minúsculo. Eu
posso fazer isso. — Cassie acenou. — Se você simplesmente sair, eu posso fazer isso, se
você não se prestar a ficar olhando. — Ela não estava pronta para ele ver a sua luta sem
jeito no banco para o chuveiro para tomar banho.
— Você vai me chamar quando você terminar? — Bowie tinha os punhos
cerrados. Ele queria ajudar.
— Sim. — Ela assentiu com a cabeça. — Se você for procurar na minha gaveta
no armário e me pegar uma camisola, isso iria ajudar. — Ele foi para encontrar uma. —
Pegue a rosa, — ela chamou em voz alta. Era a lingerie mais bonita que ela possuía. Ela
esperou até que ele voltasse antes de fechar a porta, deixando-o em pé do outro lado
como uma sentinela de grandes dimensões.
Bowie não gostou. Ele não gostava de um monte de coisas. Como o quão
pequeno o banheiro dela era e quão ausente o resto da casa era de coisas projetadas
especificamente para ajudar as pessoas no estado de Cassie. Toda a casa dela precisava
ser melhorada para acomodar suas necessidades. Ele passou a mão pelos cabelos
frustrado ao pensar em todas as maneiras que a casa dela e dele podiam ser renovadas
para tornar a vida mais fácil para ela.
Sua mente estava girando com a informação. Bowie não podia deixar de sorrir.
Ele sentiu como se tivesse sido concedido um benefício, dado um presente - ela podia
sentir! Cassie tinha sensação em sua vagina. Eles seriam capazes de ter relações
sexuais, ele tinha quase certeza disso. Mais uma vez, ele pensou em todos os artigos
que ele lera sobre a vida sexual dos indivíduos questionados. Inferno, ele mesmo ligou
para Dr. Wagner como Jacob tinha sugerido. Ele tinha sido bom, se ofereceu para fazer
uma consulta para Cassie, mas Bowie tinha explicado que havia chamado sem o
conhecimento de Cassie. Assim, Lucas tinha-lhe dado algumas dicas e alguns sites para
checar. O que ele aprendeu foi que cada indivíduo é diferente, é claro, mas que muitas
mulheres paraplégicas tinham vida sexual completamente funcionais e agradáveis. E
agora - Bowie sorriu - ele descobriu que Cassie não era uma paraplégica completa, ela
era móvel para um pequeno grau. Isso tinha que ser bom.
Ele se sentou na cama e estava pensando quando ouviu um grito abafado. Ela
estava com dor.
— Cassie! — Ele levantou-se e correu para a porta. — Você está bem?
Cassie se firmou. Ao todo, ela tinha feito muito bem. Escovou os dentes, tomou
um banho rápido, foi ao banheiro e agora ela estava tentando raspar as pernas Droga.
— Meu Deus, — ela murmurou. — Não é o que você pensa, Bowie. Eu me cortei
raspando minhas pernas.
— Oh, sim, — ele respondeu do outro lado da porta. — Precisa de ajuda?
— Não! — Ela riu, achando graça. — Vou sair em apenas um segundo e você
pode ter a sua vez.
Bowie esperou impacientemente até que ela chamou o seu nome e abriu a porta.
Ele entrou no ambiente um pouco nebuloso e levantou, uma mulher com cheiro doce
quente que estava macia e suave e totalmente fodível.
— Você não sabe o que você faz para mim, — admitiu Bowie quando ele
sentou-a na cama. — Não se mexa. Eu já volto.
— Ok. Não há muito problema nisso. — Ela murmurou, então notou que ele
tinha trazido sua cadeira e estava muito perto da cama.
— Meu Deus, ele é doce. — Por alguns segundos, ela examinou tudo o que
havia acontecido. Ela estava sonhando? A partir do momento em que se conheceram,
ela sabia que Bowie era diferente. Mas ele tinha visto algo nela, um valor que nenhum
homem jamais tinha visto antes. Cassie só esperava que ela pudesse corresponder às
expectativas dele.
Ela passou a mão sobre a colcha. Bowie seria o primeiro homem a compartilhar
sua cama. O que ele esperava? Será que eles dormiriam ou eles brincariam um pouco?
Ela tremeu com antecipação. Fazer amor totalmente parecia impossível. Ela não sabia o
que ela estava esperando, mas Cassie sentiu que teria que ter esse lado físico da sua
relação em incrementos. Independentemente disso, ela estava pronta, ela apenas rezou
para que ela não fizesse de si mesma uma idiota absoluta.
Bowie ficou sob o jato do chuveiro do pequeno banheiro de Cassie, usando seu
sabonete e seu shampoo. Sua ereção era enorme, mas ele não estava disposto a se
masturbar. Não quando ele tinha algo tão doce a espera dele na sala ao lado. Eles
poderiam fazer amor? Eles iriam? Ele não sabia, mas ela ia ter um orgasmo ou seu
nome não era Bowie Travis Malone.
Desligando a água, ele se secou, escorregou apenas na calça jeans e foi
encontrar Cassie.
Quando a porta se abriu, ela pulou um pouco. Seu quarto estava escuro, então o
corpo de Bowie à luz do banheiro fazia parecer ainda maior e mais esmagador. Ela
sabia o que estava fazendo? Obviamente que não. Pouco a pouco, ela se afastou na
cama e entrou debaixo das cobertas e em um movimento totalmente diferente dela, ela
tirou o vestido rosa e agora estava deitado sob o lençol - nua. — Sente-se melhor? —
Ela perguntou.
— Sim, e você? — Ele fechou a porta, o suficiente para deixar uma pequena
parte da luz que iluminava o quarto. Ele queria ser capaz de vê-la.
— Eu me sinto bem. Nervosa.
— Eu também, — ele disse a ela. — Isso é importante, Cassie. Nada para se
preocupar, eu não quero dizer isso. Mas isso não é casual para mim. É por isso que eu
estou nervoso. E quanto a você?
Uau, falar sobre colocar pressão? O homem não fez rodeios. Se ele pudesse falar
tudo, então ela podia.
— Nunca foi casual para mim. Mesmo quando eu estava insistindo que apenas
fossemos amigos, eu sentia algo por você.
— Bom. — Segurando seu olhar, ele saiu de seus jeans.
Cassie olhou. Ela estava prestes a dizer algo sobre ter certeza que as portas
estavam trancadas até que ela viu o que estava entre as pernas dele.
— Meu Deus.
— É só eu. — Bowie tentou tranquilizá-la. Ele sabia que era grande, mas ele
poderia ser oh tão gentil.
— Há uma enorme quantidade de você. — Cassie estendeu a mão, convidando-
o para mais perto.
Foi quando Bowie percebeu que ela havia tirado sua camisola.
— Você está num estado de pouca roupa, doce Cassie?
— Completamente, — ela respondeu com mais ousadia do que sentia.
Sem hesitar, Bowie se juntou a ela, jogando para trás a colcha e gemendo com a
visão de seu corpo nu.
— Deus, você é deliciosa. — Vindo para ela, ele esticou, tentando se certificar de
que ele estava tão perto dela quanto podia, a maioria de seu corpo tocando alguma
parte dela, mas não de qualquer forma que poderia causar-lhe dor. Com um grunhido
impaciente, ele procurou seus lábios e começou a beijá-la, um beijo arrebatador de
paixão. Enquanto devorava sua boca, ele passou a mão em todo o seu longo corpo,
traços suaves, familiarizando-se com suas curvas. Quando sua mão encontrou seu
peito, ele levantou-se para olhar para ela. — Cassie, meu Deus, baby. Eu te quero tanto.
— Ele apertou seu peito e lambeu o mamilo, fazendo-a ofegar. — Assim?
— Deus, sim, — ela gemeu. — Mais! — Cassie exigiu.
Bowie sorriu para seu peito.
— Sim, senhora. — Rodando a língua ao redor do mamilo, ele fez tudo, menos
chupa-lo. Mas quando ela colocou as mãos na cabeça dele e empurrou para baixo,
dando-lhe um sinal claro, ele abriu a boca e começou a mamar. Deus, isso era o paraíso.
Seus quadris começaram a apostar quando ele empurrou seu pênis contra a coxa de
Cassie. Não duro, mas, Senhor, ele precisava do atrito. Mas agora não era para ele, era
para ela. Por mais alguns minutos, ele comeu em seu peito, um e depois o outro até que
os mamilos estavam vermelhos, molhados e inchados de seus lábios. — Você gostou
disso?
— O que você acha? — Ela arfava.
— Eu acho que você gostou. — Bowie parecia autoconfiante. — Agora se
prepare para ter sua mente explodida, baby. — Jogando as cobertas, ele mudou-se para
seus pés. — Ok, você vai ter que me ajudar agora. Eu não quero estragar isso.
— O quê? — Cassie estava em uma névoa sensual.
— Eu quero entre as suas pernas.
Deus, eles estavam prestes a fazer amor. Cassie começou a tremer. Ela moveu as
pernas afastadas, em parte, com seus músculos e, em parte, com a ajuda dela e de
Bowie. Ela mostrou-lhe o quanto ela poderia dobrar os joelhos e ficar livre da dor. Ele
aprendeu rapidamente. Não era tão estranho como ela estava com medo que seria.
Principalmente porque Bowie se recusou a permitir que fosse. Ele não era apenas
atencioso, ele obviamente estava atraído por ela e não tinha escrúpulos em deixá-la
saber o quanto. Cassie estava espantada.
— Você percebe, eu não tenho que lhe dizer… — ela começou.
— Que você é inocente. Não, você não tem que me dizer. Sinto-me honrado.
Mas temos alguns negócios a resolver antes de me afundar em seu doce calor.
Cassie parecia confusa. E então ele foi para baixo…
Nela.
A visão de Bowie esticando para beijá-la entre as coxas dela a deixou tremendo.
Por favor, Deus, deixe-me sentir cada pedacinho disso. Eu não quero perder nada.
E ela não perdeu nada, ou se ela perdeu, ela não sabia. Porque o que ela
experimentou estava fora deste mundo. Ele lambeu e beijou-a de cima para baixo. E
quando ele espetou a língua dentro da bainha dela, empurrando dentro e fora, ela
agarrou o lençol da cama, gritando seu nome.
— Bowie! — Ele parou de sorrir, soprar sobre ela e lambê-la em um frenesi. Mas
quando ele pegou seu clitóris entre os lábios e começou a chupar, ela sabia que não
havia absolutamente nada de errado com as terminações nervosas lá, porque cada
célula de seu corpo chiava e uma onda que tudo consumia de ecstasy começou a crista,
subindo e construção, até que caiu, puxando-a quase fora de si mesma, varrendo-a
junto a uma onda de êxtase puro. Cassie quase desmaiou, e quando voltou a si, seus
dedos estavam segurando o cabelo de Bowie e pressionando seu rosto tão profundo em
sua boceta quanto ela poderia obter. Ofegante, ela jogou a cabeça de um lado para o
outro enquanto ele a lambia de cima a baixo, persuadindo pequenos tremores de seu
sexo trêmulo.
— Bowie, por favor. — Ela suspirou.
— Você gozou para mim, — ele disse as palavras como se estivesse em oração.
— Você gozou para mim. — Ele se sentou e colocou a cabeça em sua barriga. — Você
nunca vai saber como eu estava com medo de que eu não fosse capaz de trazer-lhe
prazer.
— Oh, Bowie. — Ela acariciou seus cabelos. — Estou feliz demais, mas eu ainda
estou preocupada com a minha capacidade de agradá-lo.
— Você já me agradou. — Bowie beijou a pele suave de seu abdômen. — Só de
ouvir você gozar, ouvir você chamar meu nome, ver seu rosto, foi perfeito. — Ele
parecia satisfeito, mas na realidade ele estava prestes a explodir. Bowie precisava gozar
também. Mas ele não queria apressá-la, não se o matasse.
— Eu nunca soube o que estava faltando. — Ela tentou puxá-lo até ela. — O que
eu posso fazer… — ela estava tentando perguntar como dar prazer a ele. — Você quer?
— Fazer amor com você?
Ela assentiu com a cabeça.
— Se você quiser tentar. — Tentar - isso é tudo o que seria. Honestamente, ela
não sabia como seu corpo iria reagir à presença de Bowie em seu interior. Ela só rezava
para que ela pudesse fazer e que ele poderia gostar de estar com ela, apesar de suas
limitações.
— Estou prestes a explodir. — Ele se sentou de joelhos e agarrou seu pênis. —
Eu não sei se eu tenho um preservativo. Deus, eu espero que sim. — Ele pegou as
calças.
— Não há necessidade, — ela pegou seu braço. — Estou tomando a pílula.
A gravidez não era sua preocupação. Ele estava limpo, mas Bowie queria que
ela se sentisse segura. O fato triste é que ele não poderia engravidá-la, se tentasse.
— Isto é, se você quiser fazê-lo dessa maneira. — Sua voz era pequena e
hesitante.
— Deus, sim. — Ele não perguntou por que, sua mente não estava funcionando
bem o suficiente para comandar esses tipos de pensamentos. — Você tem certeza? —
Perguntou. — Não é sobre a pílula, — esclareceu ele. — Mas você me quer?
— Mais do que eu já quis algo mais. — Ela levantou as duas mãos e desceu com
ela. — Não se preocupe, eu não sou tão frágil. Leve-me.
Ele teve cuidado, no entanto. Ela podia não ser frágil, mas ela era preciosa. —
Eu não quero feri-la de qualquer maneira. — Ele a beijou enquanto esfregava os dedos
por sua vagina, empurrando um dedo por dentro até ela. — Você é tão apertada. Eu
vou gozar apenas de empurrar para dentro de você.
Cassie sentiu completamente pequena e ofuscada quando Bowie a cobria. Ele
era tão cuidadoso, organizando suas coxas sobre a dele, parando a cada poucos
minutos para ter certeza que ela estava confortável. Durante todo o tempo ele estava
acariciando-a, preparando-a, chegando a massagear os seios e depois para baixo para
esfregar a ponta de seu polegar sobre seu clitóris. Ela nunca soube que um homem
podia ser tão amoroso, atencioso, empenhados em fazer ela se sentir bem. Bowie tinha
dito a ela que tudo isso era a sua responsabilidade e Cassie definitivamente poderia
dizer que ele levou a sério suas responsabilidades.
— Pronta pra mim? — Perguntou ele finalmente.
— Eu quero você, Bowie Malone. Agora. — Com esse convite, Bowie colocou a
ponta de seu pênis na sua boceta, esfregando a ponta para cima e para baixo,
permitindo que os sucos de Cassie revestissem a cabeça. Quando ele empurrou a
pequena pilha de nervos dela, ela pulou.
— Sensível?
— Feliz, — ela grunhiu a palavra. — Eu sinto que eu estou perdendo você,
como eu sei como você vai se sentir dentro de mim e eu quero. Eu me sinto vazia e
necessitada. — Ela estendeu a mão entre suas próprias coxas e tocou a ela e ele
também.
— Droga. — Bowie respirou quando viu os dedos delicados brincando com seu
clitóris. — Deixe-me ver se eu posso te encher.
— Beije-me, beije-me, — ela implorou. Cassie queria tanto. Bowie se inclinou,
apoiando-se, com a mão retornando ao peito como se ele não pudesse ficar de fora. E
como ele inalou seu beijo, ela sentiu a cabeça larga de seu pênis começar a trabalhar o
seu caminho dentro de sua abertura. Era diferente de tudo que já tinha sentido antes. A
respiração de Cassie prendeu, seu corpo surpreendido pela circunferência dele,
comprimento e dureza inconfundível. Ela ficou tensa, esperando a dor.
— Segure, baby. Eu vou ser gentil.
Ela se segurou, nele.
Não havia dor, mas houve uma pressão desconfortável. Talvez fosse porque era
novo, Deus, ela esperava que sim. Ela tinha usado tampões, então ela não esperava que
ele encontrasse um hímen intacto. Ela sabia o quanto ficar em pé machucava e se ela
não aguentasse ter Bowie dentro dela, isso iria quebrar seu coração.
Então, ela tomou coragem para suportar o que deveria ter sido agradável.
Com um gemido de pura satisfação, ele começou a afundar em seu acolhedor
calor suave. Lentamente, ele se deu conta de algo diferente de como ele se sentia.
Bowie podia sentir o corpo dela enrijecer.
— Estou machucando você? — Manteve-se para cima e para fora dela, apenas
ligado a seu corpo por um centímetro de seu pênis, que foi enterrado na mais quente,
mais apertada pequena boceta que ele já tinha sonhado. Mas ela não estava tão
molhada como ela precisava estar e tinha medo de que era porque ele estava a
machucando. — Seja honesta comigo.
Merda. Ela agarrou seus ombros e levantou a cabeça para enterrá-la na
segurança de seu peito.
— Não se sinta mal.
Bowie soltou uma risada exasperada. Apenas o que um homem queria ouvir.
Seu pênis estava doendo, seu corpo estava gritando para a liberação, mas não havia
nenhuma maneira no inferno que ele ia fazer com ela um momento de desconforto.
Levou tudo dentro dele, mas Bowie saiu e passou para seu lado ao lado dela.
— O quê? Espere? Não! — Cassie agarrou seu braço. — Eu não quero que você
pare! — Deus, por que ela disse isso? — Senti-me bem, eu juro que senti. — Tristeza
lancetou através do coração de Cassie. Isto era exatamente o que ela tinha medo.
Bowie poderia dizer que ela estava chateada.
— Shhhhh, não importa. Eu não queria machucá-la.
— Sim, é verdade. — Como ele pode dizer isso? — Isso deveria doer, não é? Eu
sou uma virgem. — Ela virou-se para encará-lo, ou tanto quanto pôde, hesitante
passando a mão pelo seu belo peito e barriga. Mas quando ela chegou ao seu pênis, ela
o achou amolecendo.
— Oh. — Cassie soltou sua mão, seus olhos e sua cabeça. Ele não a queria.
A cabeça de Cassie estava girando. Uma das duas coisas era possível e ambas
eram ruins. Primeiro, sua hesitação poderia não ter o excitado. Ou a realidade de sua
parte inferior do corpo inútil foi clara para ele e ele usou a possibilidade de causar a
dor como uma boa desculpa para sair do ato sem machucá-la ou causar
ressentimentos.
Bem, tinha machucado.
— Cassie, não! — Bowie podia lê-la, ela era totalmente transparente. Ele
agarrou sua mão e a colou de volta em seu pacote. — Toque-me. Eu quero que você me
toque.
— Mas você não pode mantê-lo… para cima. — Ela lutou com as palavras, com
vergonha de dizer isso.
Bowie baixou a cabeça e gemeu.
— Oh, Cassie, não diga isso dessa maneira. — Ele riu.
Cassie corou de novo.
— Eu não quis dizer isso, eu queria dizer que eu não o inspirei.
Bowie deslizou para baixo da cama para que eles estivessem olhando um para o
outro face a face.
— Você mais do que me inspira. Eu quero você. — Ele a cutucou na perna. —
Você pode sentir isso?
— Um pouco, — ela confessou.
— Coloque sua mão para baixo e encontre-me. — Ela fez e quando ela o fez, ele
se inclinou para beijá-la, não quebrando o contato visual por um segundo.
Cassie aliviou a mão para baixo entre eles até que ela o encontrou. Ele estava
mais do que antes e enquanto ela o tocou, ele cresceu em sua mão. Bowie gemeu e
Cassie mordeu o lábio inferior, escondendo um sorriso.
— Você gosta de mim.
Ele bufou.
— Sim, eu gosto de você. Antes, eu estava morrendo de medo que eu ia
machucá-la e esse medo roubou minha ereção.
— Então… eu poderia fazer você gozar como você me fez? — Esperança coloriu
sua voz.
— Sim, você iria. — Sabendo que ela teria um tempo difícil para chegar a ele do
jeito que ele estava deitado, Bowie ficou de joelhos, dando a Cassie acesso fácil a sua
masculinidade.
O sorriso em seu rosto dizia tudo. Ela se sentou e deslizou-se para trás para se
encostar na cabeceira da cama e ele se aproximou.
— Bom? — Perguntou. Bowie estava totalmente rígido, mais uma vez. Olhando
para Cassie quando ela se sentou na cama, os lençóis estavam agrupados em torno dos
quadris dela, seu cabelo caindo em uma cortina sobre um ombro, um bico cor-de-rosa
delicioso que espreitava.
— Sim, você é bom. — Mordendo o lábio inferior, ela estendeu a mão e
acariciou-lhe a mão sobre a sua carne excitada. — É muito grande.
— Obrigado. — Ele se fez ficar parado. — Meu tamanho e força só serão
utilizados para protegê-la ou fazer você se sentir bem, nada mais.
Cassie fechou os olhos e deixou-se sentir tanto a excitação dele e a dela. Ela o
rodeou, apertando-o com força.
Bowie queria estar envolvido também, então ele deslizou a mão entre as pernas
dela, apenas para que ele pudesse tocar seu monte, seus dedos esfregando sua vulva.
Agora que ele sabia que ela tinha a sensação, ele queria que ela experimentasse o
máximo de satisfação possível. Segurando o prazer de outro na palma de suas mãos,
Bowie podia sentir a dupla resposta de seu pequeno toque quente movendo-se sobre
ele, ao mesmo tempo seus sucos femininos molhando os dedos dele.
— Deus, Cassie! — Ele gemeu.
Os olhos dela se abriram e se arregalaram em alarme e ela puxou a mão de
volta.
— Eu machuquei você?
Bowie abaixou a cabeça e fez uma oração silenciosa para o controle.
— Não, baby, você não me machucou. Só me sentia bem, tão bom. Não pare,
por favor. — Ele estendeu a mão e pegou a mão dela, colocando-a de volta em sua
carne inchada.
— Está tudo bem? — Ela estava prestes se esticar para ele de novo, quando ele
se inclinou e beijou os lábios dela e capturou-lhe a mão.
— Deixe-me mostrar-lhe como. — Tomando-lhe a mão, ele virou-a e beijou-a,
em seguida, lambeu-lhe uma vez em toda a palma, antes de colocar a mão de volta em
seu pênis. — Agora, mova-o, assim. — Ele mostrou-lhe o ritmo que iria fazê-lo gozar.
— Assim? — Ela perguntou e ele assentiu com a cabeça, tremendo enquanto ela
o trabalhava para cima e para baixo.
— Assim mesmo. Agora não pare, por favor, não pare. — Inclinando-se, ele
lambeu seu mamilo, circulando-o com sua língua.
Cassie estava tão concentrada em sua tarefa que a própria emoção tomou de
surpresa. O que Bowie estava fazendo com ela foi eletrizante. Deus, ela desejou que ela
pudesse se sentir assim quando ele estava dentro dela. Seria possível? Dentro de
instantes, ela estava ofegante, mas implacável em sua masturbação. O pensamento a
fez sorrir, agora ela tinha conhecimento em primeira mão de uma masturbação. Ela não
sabia o que era mais emocionante, os ruídos que Bowie estava fazendo ou do jeito que
ele estava fazendo ela se contorcer, mergulhando os dedos em sua bainha e esfregando
o clitóris.
Cassie gemeu em êxtase, o bombeamento de sua mão um pouco vacilante. Não
importava para Bowie, ele já tinha ido longe demais. Continuando a pressionar entre
suas pernas, ele abaixou a cabeça para sugar um mamilo em sua boca e a sentiu dar
lugar a um clímax. Quando ela gritou seu nome. — Bowie! — Ele veio com ela,
jorrando seu esperma através de seu estômago e seios.
Ofegante, ele tomou posse de sua boca, inalando seus pequenos gritos de
êxtase. — Droga, eu estou tão preso a você. Você sabia disso?
— Não, — ela respondeu timidamente, apertando-o por trás da cabeça e
segurando-o perto.
— Eu preciso nos limpar. — Ele a beijou uma vez, um tapa forte e levantou,
indo para o banheiro e voltou com um pano para limpeza quente.
Cassie se sentiu valorizada quando primeiro ele limpou o corpo dela, tanto o
peito e entre as pernas, em seguida, sua própria masculinidade. Piscando-lhe um
sorriso malicioso, ele devolveu o pano antes de se juntar a ela na cama, realizando
manobras debaixo das cobertas e aninhando-se contra ela, com cuidado para não
empurrar ou machucá-la de qualquer maneira.
— Obrigado. — Ele passou a mão suave no braço.
— Nós ainda temos que trabalhar com isso, Bowie. — Ela viu o rosto dele com
cuidado. — Isso não vai ser suficiente, não para você. Eu quero fazer isso direito.
Bowie pesou suas palavras, sabendo que isso era importante para ambos.
— Vamos trabalhar com isso, mas eu não quero que você pense que há apenas
uma maneira de fazer amor. Há muitas coisas que podemos fazer juntos, muitas
maneiras de trazer prazer um ao outro.
— Eu sei. — Ela passou a mão sobre o peito, amando a cobertura leve de cabelo
sob a ponta dos dedos. — Mas eu ainda quero fazê-lo à moda antiga também.
— Tudo bem. — Bowie assegurou. — Vamos tentar novamente, vamos tentar
quantas vezes forem necessárias até acertar. — Ele percebeu um olhar preocupado
surgindo em seu rosto. — O que está errado?
— Eu não entendo. Por que você vai para tantos problemas por mim, quando
você pode ter qualquer uma?
Bowie pressionou sua testa na dela.
— Simples, eu não quero mais ninguém. Só você, Cassie-para-resumir.
Envolta nos braços um do outro, eles dormiram em sua cama naquela noite.
Bowie dormiu inquieto, ele estava com tanto medo que se ele se movimentasse na
cama ele a machucaria enquanto ele estava dormindo. Ele precisava obter informações
sobre isso, e rápido. O luar filtrando através das cortinas iluminou o quarto e ele podia
ver seus traços, suas belas feições. Quando ele a abraçou, Bowie a observava dormir,
ouvindo a respiração. A pura sensação de paz profunda apoderou-se dele.
Carinhosamente, ele esfregou o rosto em seu cabelo, inalando seu perfume doce. Ele
não conseguia desligar seu cérebro fora, tantos sentimentos clamavam por sua atenção.
E a maioria deles tinha a ver com Cassie. Ela tinha trazido tantas emoções diferentes
nele desde que se conheceram - ternura, preocupação, desejo. Mas, no momento, ele
estava sobrecarregado com um senso de retidão e possessividade, tão penetrante que
ele instintivamente puxou Cassie mais perto, apertando os braços em volta dela.
Fechando os olhos, ele finalmente dormiu.
Na manhã seguinte, Cassie acordou primeiro. Demorou um pouco as
manobras, mas ela foi capaz de sair do lado de Bowie sem acordá-lo. Ele deve estar
muito cansado, pensou. Eles haviam sofrido um tempo bastante cansativo nas últimas
24 horas. Esta manhã, no entanto, Cassie se sentiu melhor e decidiu que iria se levantar
e fazer algo para eles comerem. Ela queria fazer algo de bom para Bowie, ele tinha sido
tão bom para ela. Primeiro, ela colocou o vestido, então ela agarrou a cadeira,
cuidadosamente inclinando para o lado da cama.
Bowie abriu os olhos. Ela estava tentando não perturbá-lo e seu peso leve não
causou o colchão para mudar o suficiente para acordá-lo. Mas no momento em que ela
se afastou e seu calor deixou seu corpo, ele acordou. O que ela estava fazendo? Ele
estava prestes a levantar-se para ajudá-la, quando ela agarrou o braço da cadeira de
rodas e se levantou. Cassie tinha lhe dito que ela tinha alguma mobilidade e ele estava
prestes a se alegrar quando, de repente, ela engasgou na dor e seu corpo estremeceu
em rebelião ao desconforto que estava sentindo. Só por pura força de vontade a fez
continuar a se levantar e mover os poucos centímetros de sua cadeira. Bowie reagiu
instantaneamente, pulando e subindo em um movimento contínuo. — Cassie! Deixe-
me ajudá-la.
Nunca desde que ele viveu ele iria esquecer o olhar em seu rosto.
— Eu vou ficar bem. — Ela tentou sorrir. — Apenas me dê um segundo.
— Por que você não me pediu para ajudá-la? — Sua voz saiu um pouco mais
dura do que ele pretendia.
Cassie não respondeu de imediato, mas quando o fez, a resposta era simples.
— Eu tenho que fazer as coisas por mim mesma, Bowie. Normalmente, eu estou
sozinha.
Um rosnado baixo emanava de sua garganta.
— Explique-me novamente sobre a sua lesão.
Cassie olhou para ele sentada ao lado de sua cama, em toda a sua glória nua. —
Ok, mas primeiro você coloque algumas calças e deixe-me fazer xixi ou eu nunca vou
ser capaz de me concentrar.
— Você precisa de ajuda? — Bowie odiava vê-la sofrendo tanto, ele estava
prejudicando a si mesmo.
O olhar que Cassie deu-lhe disse tudo.
— Ok, eu espero aqui. — Bowie ofereceu, castigado.
Cassie fez o seu negócio e conseguiu entrar e sair do cômodo sem fazer muito
barulho, ela não queria Bowie quebrando a porta. Quando ela voltou, ele estava no
mesmo lugar.
— Ok, você quer saber mais sobre a minha lesão. Como o que?
Bowie tinha dado a isto algum pensamento. Ele quase deixou escapar algumas
perguntas, mas ele entendeu que isso era muito importante para atrapalhar.
— Eu não tenho certeza sobre o que perguntar, francamente. Eu só quero
entender.
O coração dela aqueceu, não havia dúvida a sinceridade de Bowie.
— Minha situação piorou ao longo dos anos desde o acidente. Desde o início, eu
estava gravemente ferida, não me interprete mal. Houve danos a minha coluna e as
pernas, mas eu podia andar com muletas. Mas com o tempo, os fragmentos se
mexeram e começaram a pressionar a minha medula espinhal de modo que qualquer
peso que eu coloque nas minhas pernas causa uma dor horrível. Então, eu tive que
confiar mais e mais na cadeira de rodas.
Ela disse tudo isso com naturalidade que Bowie queria pegar alguma coisa e
atirá-la em toda a sala.
— Mas você tem alguma sensação, e isso é bom. Certo?
— Oh, sim, — Cassie concordou. — Qualquer sentimento é melhor do que
nenhum, especialmente desde que eu poderia sentir você… me tocando. — Com essa
admissão, ela corou.
Bowie pegou suas mãos.
— Eu não posso te dizer o que isso significa para mim, você está sendo capaz de
responder. — Ele beijou a palma da mão. — Embora, você tem que entender isso. Eu
gostaria de estar com você, não importa o que, não importa o quão pouco ou quanto
você poderia me dar, eu ainda quero te dar o mundo se eu pudesse.
A cabeça de Cassie nadou. O que ele estava dizendo? As palavras de Bowie
eram enormes. Queria perguntar-lhe o que ele queria dizer, ele soava como se ele
estivesse falando de longo prazo. Mas isso não era possível. Era? Eles não se conheciam
muito bem ainda.
— Estou muito grata pelo que aconteceu entre nós, e eu te agradeço por me
querer o suficiente para tentar.
Ela ainda parecia tão incerta, ele não gostou.
— Estamos apenas começando, Cassie. Com qualquer outra coisa, a prática leva
a perfeição.
Prática. Ela gostava disso.
— Eu sempre fui uma estudante nota 10, — ela brincou com ele.
— Eu aposto que você era. — Ele pegou uma mecha de seu cabelo e envolveu
ao redor de seu dedo. — Você disse fragmento, é um fragmento de osso de um
acidente de carro ou algo assim? — Bowie podia imaginar seu pequeno corpo sendo
jogado em torno de um acidente.
— Não, — disse Cassie, sacudindo a cabeça. — Foi um acidente de tiro,
aconteceu anos atrás.
Bowie ficou boquiaberto.
— Um tiro…
RING! RING!
— Droga, espere. — Ele pegou seu celular. — Malone. — Bowie escutou por um
momento. — Onde? Como ele está?
Cassie o observou enredar os dedos em seu cabelo. Alguma coisa estava errada.
— Eu estarei lá assim que eu puder.
Quando desligou, ele colocou uma mão em cada um dos braços da cadeira dela.
— Escute, eu tenho que ir. Esse era o meu tio Michael, George sofreu um
acidente.
— Oh, não. — Ela suspirou. — Ele está bem?
— Eu acho que sim. — Ele a beijou nos lábios. — Eu vou chamá-la e eu vou ver
você assim que eu puder. Ok?
— Ok. Hoje é meu dia de visitar o abrigo de animais e a casa de repouso, por
isso não vou estar em casa até cerca de nove.
— Você quer que eu vá com você? — Ele não sabia se podia ou não. Até que ele
tivesse George e seu equipamento, Bowie não sabia exatamente o que encontraria.
— Não, eu vou estar perfeitamente bem. Eu faço isso uma vez por semana.
Bowie resmungou. Ela observou-o vestir para se preparar para sair. Ele era tão
grande, perfeito e lindo, às vezes ela tinha dificuldade em acreditar que ele era real ou
realmente estava aqui ou era realmente dela. Whoa! Esse último pensamento foi
selvagem. Ele abraçou seu pescoço e beijou-a mais uma vez antes de sair e ela estava
triste por vê-lo partir.
— Tenha cuidado, — ela o repreendeu.
— Eu terei, e você tenha cuidado também.
Ele acenou do caminhão, enquanto ela estava sentada na porta aberta. Quando
Bowie foi embora, ele sentiu que estava deixando parte de seu coração para trás.
***
— Isso é o que eu chamo de um quase acidente, — disse Michael a George
enquanto ele bebeu o último gole de sua cerveja.
— O que, meu naufrágio? — Ele atrelou seu macacão.
— Não, aquela ruiva que você está vendo apenas dançou com um
caminhoneiro. Eu o ouvi se referir a ela como esposa. — Michael puxou o boné e deu a
George um olhar.
— Pô, eu sabia que ela era casada. Porque você acha que eu parei de vê-la? —
George perguntou com um brilho nos olhos.
— Porque, o marido ligou e disse que estava a caminho de casa, é por isso. —
Michael pediu outra cerveja. — Você precisa começar a usar o bom senso quando se
trata de mulheres.
Bowie balançou a cabeça, olhando para o seu tio e seu parceiro de reposição. —
É melhor você não falar tão cedo, tio Michael. Eu acho que aquela loira que vem neste
caminho e tem você em sua mira e não parece feliz.
— Oh, merda, — disse Michael. Ele realmente parecia sob a borda do bar que
ele estava caçando um lugar para se esconder.
— Michael Malone, o que tem a dizer por me dar o cano como você fez? Esperei
na lanchonete por você por mais de uma hora. — Com uma mão em seu quadril e seus
seios quase cutucando Michael no rosto, ele não sabia para onde olhar, muito menos o
que dizer.
— Bem, uh, bem, uh…
— Não desconte nele, Maybelline. Ele tinha que vir em meu socorro. Virei o
caminhão quando eu corri para fora da estrada tentando perder um maldito cervo.
Maybelline não parecia preocupada. Ela ignorou George e cutucou Michael no
peito.
— Seu dedo está quebrado? Você não pode ligar?
Ele estava prestes a responder, quando George pegou o manto de conversa de
novo.
— Ele deveria ter chamado, mas havia essa enfermeira…
POP! Ela bateu Michael duro na mandíbula.
— Hey! — Michael gritou.
— Agora, não havia nenhuma… — George começou a protestar.
POP!
Maybelline bateu George para uma boa medida e saiu.
Michael virou-se para George.
— O que você estava tentando fazer?
— Eu só estava tentando ajudar.
— Bem, não tente tão duro da próxima vez. — Michael esfregou o rosto,
enquanto George esfregou seu.
— Bom Deus. — Bowie riu. Que dia! Ele estava cansado da preocupação e da
corrida. Lidar com a companhia de seguros foi o pior. Olhou para o relógio. Oito.
Cassie estaria em casa em uma hora.
Cassie.
Dentro e fora todo o dia, alguma coisa o tinha estado preocupando. Duvidava
que uma coisa tinha a ver com a outra, mas ele tinha que descobrir. Tio Michael seria o
único a perguntar.
— Hey. — Ele colocou uma mão no ombro de seu velho. — Posso te perguntar
uma coisa?
— Claro. — Michael se virou para ele.
Bowie sempre foi capaz de depender de seu tio. Ele tinha estado lá para ele nos
altos e baixos.
— Eu quero te perguntar sobre o acidente, quando eu era criança. Você sabe,
nós simplesmente não falamos muito sobre isso. Nem meu pai nem minha mãe iria
responder nenhuma das minhas perguntas. E há algo que eu preciso saber.
— O que é? — Michael olhou diretamente nos olhos. — Foi um acidente. Não é
sua culpa e foi há muito tempo.
— Eu sei. — Bowie assentiu. — Você se lembra do nome da menina ou algo
sobre ela?
Michael soltou um suspiro duro, então fortaleceu-se com um gole de cerveja.
Tomando sua relutância em falar como uma má notícia, Bowie questionou
novamente.
— Ela não morreu mais tarde e ninguém me falou sobre isso. — Que ela
sobreviveu foi tudo o que tinha sido dito, como foi o suficiente para absolvê-lo do que
aconteceu.
— Não, ela não morreu. — Michael balançou a cabeça. — Lembro-me de seu
pai, ele era capataz no departamento de estradas. A menina era filha única.
— Qual o nome dela? — Bowie pressiou. — Você se lembra do nome dela? —
Ele não sabia por que ele estava perguntando, não havia absolutamente nenhuma
razão para acreditar…
— Eu não poderia te dizer o primeiro nome da menina, mas o sobrenome era
Cartwright.
Capítulo Oito

A menina em que eu atirei tinha o sobrenome de Cartwright.


Bowie sentiu como se tivesse levado um chute no estômago.
— O que há de errado? — Perguntou George. — Você parece verde.
— Bowie? Qual é o problema? — Perguntou Michael.
— Eu tenho que ir. — Ele jogou um pouco de dinheiro no bar. — George, eu
vou vê-lo amanhã. Tio, eu te ligo.
E ele saiu.
Bowie não tinha conhecimento de muita coisa. Ele não parou para falar com as
pessoas que chamavam seu nome ou respondeu às mulheres que tentavam chamar sua
atenção. Não poderia ser uma coincidência. Ele tinha atirado em Cassie.
Ele tinha atirado em Cassie.
Cassie estava em uma cadeira de rodas por causa dele.
Cassie estava perto da constante dor por causa dele.
Bowie roboticamente caminhou até seu caminhão. Quando ele chegou lá, ele se
inclinou sobre o lado e vomitou. Pessoas passando assumiram que ele estava bêbado.
Bowie não estava bêbado.
Ele estava arrasado.
****
Cassie chegou em casa às oito e quarenta e cinco. Ela não tinha ouvido falar de
Bowie, mas ela sabia que ele chegaria em breve. Indo para o armário de remédios, ela
pegou um pouco de creme antibiótico. Um dos cães a tinha arranhado em sua
excitação. Não importava, Cassie não se importava. Eles estavam tão emocionados ao
receber a atenção que eles tendiam a ser excessivamente exuberante.
O mesmo sentimento podia ser aplicado para o pessoal da casa de repouso.
Apenas que sua super-exuberância manifestava-se sob a forma de demandas para
jogar jogos de tabuleiro ou participar em cantorias ou mesmo uma corrida de cadeira
de rodas ou duas pelo corredor. Cassie raramente ganhava.
Mas agora, ela estava em casa e pronta para Bowie chegar. Todo o dia ela
repassou os acontecimentos da noite anterior e Cassie estava convencida de que tinha
apenas estado nervosa. Ela estava pronta para tentar o processo de defloramento
novamente. Ser virgem era tão ontem.
A poucos quilômetros da estrada, Bowie estava estacionado na beira da estrada.
Ele estava tentando conseguir o controle de suas emoções. Não havia nenhuma
maneira que ele pudesse enfrentar Cassie no estado de espírito em que se encontrava.
Descendo o aterro, ele se arrastou ao longo de um muro e foi até a beira do rio que
corria para a direita ao longo do lado da estrada. Quantas vezes ele tinha vindo aqui
para pescar ou um tubo? Aqui, ele tinha sido capaz de recapturar sua infância após a
tragédia do tiroteio. Encontrar uma maneira de dormir à noite sem sonhar tinha sido
uma realização. Sim, ele havia superado o incidente.
Mas como tinha sido para Cassie?
— Foda-se! — Ele quebrou um galho pendurado de uma árvore de cipreste e
atirou-o no rio. Que diabos ele ia fazer? Primeiro, ele tinha que saber se era verdade,
obviamente. A ideia de duas garotas Cartwright levarem um tiro em um acidente de
arma era absurda, mas Bowie adivinhou que era possível. Se fosse, o que diabos ele iria
dizer? Se Cassie era a menina cuja vida ele arruinou, ela merecia saber. Isso não era
algo que pudesse esconder dela.
Poderia? Ela nunca iria querer falar com ele novamente. Esse fato não estava em
debate. O coração de Bowie estava quebrando. Como ele poderia desistir dela? Inferno,
como ele poderia deixa-la existir neste mundo, lutando, e ele não fazer tudo o que
podia para tornar sua vida melhor?
Por cerca de dez minutos ele se sentou e ficou olhando para a água, não vendo
os pássaros ou os peixes que pulavam ou o trânsito zunindo atrás dele. Tudo o que
podia ver era o doce rosto de anjo de Cassie e ouvir seu grito de dor quando ela tentou
tomar um único passo. Lutando com a sua consciência, ele tentou entrar em acordo
com o que ele tinha feito. Essencialmente, ele, Bowie Travis Malone, tinha sido
responsável por roubar a vida de Cassie Cartwright.
O que ele ia fazer?
Como ele podia encará-la e fingir que ele não sabia?
Ele tinha, pelo menos por agora, porque ele não podia perdê-la. Cassie
precisava dele e ele precisava de Cassie.
— Deus, me ajude, — ele orou. Seus ombros caíram em derrota. O que ele
poderia fazer? E então ele percebeu, havia apenas uma resposta. Ele teria que construir
um mundo para os dois, um onde ela iria se sentir segura e mais tarde… mais tarde ele
iria dizer a verdade quando ela estivesse muito apaixonada por ele não faria diferença.
***
Cassie ouviu a batida na porta. Seu corpo inteiro ficou mole com alívio. Ele
estava apenas uma meia hora ou mais atrasado, mas ela começou a imaginar o pior.
Abrindo a porta, ela o encontrou com um sorriso de alívio.
— Eu estava preocupada.
Bowie sentiu um aperto no peito.
— Desculpe, baby. — Ele se inclinou para beijá-la.
— Se você está com fome, eu fiz um assado de panela elétrica com batatas e
cenoura bebê.
Ela parecia tão esperançosa de que ele não teria comido novamente, que mesmo
se ele houvesse consumido três jantares. Felizmente, ele estava morrendo de fome.
— Parece maravilhoso. — Ele sentou-se à mesa e imediatamente começou a
pensar em como proceder. Primeiro, ele tinha que perguntar. — Esta manhã, você me
disse que tinha sido um acidente. E fomos interrompidos.
A mesa já estava posta e ela levantou a panela elétrica até a mesa e Bowie
prendeu a respiração enquanto ela o fazia. Senhor, ele precisava se acalmar. Cassie
tinha estado cuidando de si mesma por algum tempo e ele precisava deixá-la fazer as
coisas sem ele em pânico.
— Oh, sim, o acidente, — ela disse as duas últimas palavras com ênfase. — Você
tem que perceber que eu não sei muitos detalhes. Meus pais não falaram muito sobre
isso, a não ser que mediram tudo na vida como acontecido antes ou depois do acidente.
Só me lembro de sair para brincar e perseguindo um passarinho. Lembro-me da dor,
mas não muito mais até que eu acordei alguns dias depois e eu não podia correr ou
pular ou andar como antes.
— Você sabe quem foi…? — Ele prendeu a respiração.
— Não, — ela disse, balançando a cabeça. — Não realmente. Talvez eu tenha
ouvido o nome, mas eu não me lembro muito, exceto a raiva. Eu não podia lidar com
isso, então eu decidi não ficar com raiva. O menino que atirou em mim não teve a
intenção, Bowie. Ele era apenas um menino.
— Deus. — Quase, quase que ele falou e disse a ela a verdade. Bowie sentiu sua
garganta queimando e os pulmões machucar. — Cassie… — Ele sentiu a coragem
declinar e fluir. O que faria a eles se ela descobrisse agora? Ele não podia dar ao luxo
de arriscar.
— Eu sinto muito, Cassie.
— Oh, não sinta. Foi o que aconteceu há muito tempo, eu realmente não me
lembro de ser de outra forma.
Eles arrumaram seus pratos e, pela primeira vez Bowie só mexeu em sua
comida.
— O que há de errado? — Ela não podia deixar de perguntar. — Foi a noite
passada?
— Não, não, — ele tranquilizou-a. — Foi um longo dia, — ele disse a ela
detalhes sobre o naufrágio. — O seguro vai cobrir isso e George está bem, por isso
poderia ter sido muito pior. Foi apenas um aborrecimento. — Ele podia ver que ela
estava preocupada, pegando em seu estado de espírito. Sorrindo, ele procurou
tranquilizá-la. — Estou feliz de voltar para cá com você. Eu quero que façamos coisas
juntos.
Ela lhe deu um sorriso mil watts.
— Estou ansiosa para experimentar coisas novas com você.
Abençoe o coração dela, ela queria dizer sexo.
— Oh, isso é um dado. Vou levá-la para o céu se você me deixar, uma e outra
vez. — Mas significava mais do que sexo, ele queria dar-lhe conforto e facilidade, ele
queria fazer o seu mundo um lugar amigável para Cassie. Ele queria leva-la a lugares
que nunca tinha sido capaz de ir antes. — Eu quero levá-la para Galveston.
— O quê? — Cassie parecia animada.
— Eu quero alugar uma casa de praia e passar alguns dias lá com você.
— Sério? — Sua alegria era evidente. — Nós poderíamos ir juntos? — Cassie
tentou pensar. — Eu poderia fazer isso? A maioria dessas casas está fora da terra. Eu
não posso subir escadas e areia…
— Confie em mim, Cassie. — Ele pegou a mão dela. — Basta deixar os detalhes
para mim. Estou muito consciente do que eu preciso para fazer este trabalho, e eu vou.
— Quando? — Ela estava borbulhando com entusiasmo.
— Assim que você puder se preparar.
Ela girou sua cadeira de rodas em um círculo, fazendo Bowie rir.
— Não fique tonta, boneca.
— Eu só estou pensando. Tenho três pedidos para preparar, mas eu posso fazer
isso hoje. Felicity pode enviá-las para mim, e depois disso, eu sou sua.
Seu rosto feliz e olhos brilhantes fizeram a voz de Bowie prender em sua
garganta. Ele havia roubado dela tanto. Compensar por tudo o levaria uma vida
inteira, mas era uma missão que ele desejava aceitar.
— Sim, você é minha. Eu tenho algumas coisas para fazer também. Que tal a
gente planejar em deixar para o dia depois de amanhã? Isso seria tempo o suficiente?
— Sim! Eu posso fazer isso. — Mas um miado triste encontrou seus ouvidos. —
Oh, não. E sobre Sassy e Patience?
— Vamos levá-los para minha casa e ver se eles se dão bem com os meus
animais. Se o fizerem, George pode cuidar de todos eles de uma só vez e não vão ficar
sozinhos. — E esse seria o primeiro passo para conseguir que Cassie fosse morar com
ele.
O pensamento pareceu preocupá-la um pouco.
— Eu não tenho certeza.
— Vamos tentar. — Então, ele decidiu ir para um passe de Ave Maria3. — Na
verdade, seria um longo caminho para fazê-los se acostumar com isso, se nós apenas
recolhêssemos suas coisas e você fizesse as velas na minha casa. Eu vou ajudá-la a
embalá-las quando você estiver pronta. — Para sua satisfação, Cassie parecia tonta. —
Vá em frente faça as malas para Galveston e eu vou carregar as suas ceras, potes,
qualquer coisa que seja. Basta apontá-los e eu vou cuidar disso.
3 Um passe de Hail Mary. Originalmente significava qualquer tipo de jogada de desespero, a "Ave
Maria" gradualmente passou a denotar um passe longo, de baixa probabilidade tentado no final de um
tempo, quando uma equipe está muito longe da zona do fim de executar um jogo mais convencional, e que
que precisaria da intervenção divina para que isso aconteça.
Para ser franco, Bowie era um turbilhão, uma força irresistível e Cassie se viu
arrastada na sua tempestade. Ela fez o que ele pediu e rápido ela e seus animais, uma
mala cheia de roupas e todas as suas fontes de trabalho foram colocadas na casa de
Bowie.
— Este lugar é tão grande, eu não sei o que fazer comigo mesmo. — Ela virou-
se lentamente de sua cadeira em um círculo, tendo o grande salão com lareira, TV de
tela grande, o confortável sofá, e mesa de sinuca.
— Eu vou limpar a mesa de jantar ou uma mesa ou arrumar uma mesa
diferente, onde quer que você queira trabalhar que seja confortável.
— Oh, qualquer lugar vai servir, eu não quero atrapalhar nada. — Cassie estava
nervosa. Ela estava muito feliz por estar com Bowie. A oferta para levá-la para
Galveston, para ficar mais com ele um pouco, era tudo uma responsabilidade muito
grande para absorver e processar. Mas ela estava curtindo o inferno disso!
— Deixe-me ter os animais estabelecidos e você se prepare para dormir.
Bowie colocou as mãos em seus ombros por trás e beijou sua bochecha. Ele
estava prestes a sair quando ela disse.
— Bowie?
— O que, baby? — O seu quarto é no andar de cima?
— Foda-se, — ele respirou baixo. — Droga! Basta sentar lá, eu volto e vamos
juntos. Eu tenho que consertar isso.
Ela ouviu-o resmungar quando ele saiu e a fez sorrir. Ela não se importava que
ele havia esquecido ou que seria difícil, Bowie iria cuidar dela. Cassie nunca
questionou isso. Enquanto ele se foi, ela mudou algumas caixas e olhou em sua
geladeira por uma garrafa de água. Ela tinha sede durante a noite e, desde que
levantar-se era difícil, ela sempre levou água para a cama.
Poucos minutos depois, uma tempestade do tamanho de Bowie soprou e a
levantou e levou-a até as escadas.
— Eu alimentei todos e fiz com que eles tenham um lugar seguro na casa de
beliche. — Ele sorriu e beijou-a. — Eu vou ter que mostrar do que eu estou falando
amanhã. Eu construí um quarto só para os animais para que ninguém tenha que
dormir do lado de fora. Há uma porta cachorrinho para que eles possam sair e fazer o
seu negócio em um pátio fechado e escalar postes e prateleiras para os gatos se os cães
ficam nos nervos deles. Todos têm camas confortáveis e o bar de alimentos e bebidas
está aberto durante toda a noite.
Sabendo como alguns animais sofreram nas mãos de seus proprietários, Cassie
deu a Bowie um beijo em sua bochecha.
— Você é um bom homem.
— Eu sou um homem, e eu estou prestes a mostrar-lhe o quão bom eu sou. —
Ele colocou-a delicadamente na cama e começou a despir-se bem na frente dela.
Cassie estava em transe. Ele era tão amplo e musculoso, o peito era levemente
peludo e grande. Ela queria tocá-lo tanto que doía. Quando ele deu de ombros na
camisa de seus ombros, ela se maravilhou com seus bíceps e sabia que não podia
sequer começar a chegar ao seu redor com as duas mãos.
— Eu gostaria de ter um pouco de música, — ela brincou.
— Oh, você quer? — Ele piscou para ela e colocou a fivela do cinto,
empurrando seus quadris para fora em direção a ela.
— Se você pegar minha bolsa, eu vou escorregar um dólar em suas roupas de
baixo.
— Eu acho que eu valho mais do que um dólar, pequena. — Ele jogou seu jeans
em toda a sala e puxou a cueca para baixo.
— Sim, eu diria que sim. Você com certeza não precisa de jelq4.
4 Um exercício para aumentar o tamanho do pênis naturalmente
Ouvir a palavra inesperadamente erótica sair da boca de Cassie quase derrubou
Bowie. Ele pendurou as roupas restantes por cima do ombro e se arrastou em cima da
cama para ela como um grande leão.
— O que você disse?
Cassie deu uma risadinha. Ela não conseguia parar. Ele a montou, aparecendo
maior sobre ela com um peito tão grande que ele bloqueou a luz, seu longo cabelo solto
como uma juba preta.
— E você sabe o que essa palavra significa?
— Eu sei, — ela sussurrou. — E você?
Antes que ele pudesse responder, ela tomou seu membro entre os dedos e
começou a ordenha-lo.
— Eu não acho que o seu deve ser alongado, mas se o fizesse, esta é a maneira
que você o faria.
Bowie gemeu.
— Oh, eu não sei. Eu acho que está funcionando.
— Eu acho que você está certo.
Ele ficou parado e deixou Cassie ter o seu caminho com ele.
— E como você adquiriu esse conhecimento risqué?
— Eu li.
— O que você está lendo nestes dias, cupcake? — Ele começou a beijar seu rosto
todo. — E.L. James?
— Não, — ela soluçou uma risada. — Sable Hunter.
— Nunca ouvi falar dela. — Bowie murmurou enquanto ele começou a
desabotoar sua camisa e deslizando-a para fora dela.
— Eu gostaria de poder dançar para você, — Cassie sussurrou enquanto ela o
ajudou a despi-la.
Bowie sentiu como uma grande mão enfiou a mão no peito e estava esmagando
seu coração.
— Shhh, você está fazendo todos os meus sonhos se realizarem. — Nem por um
momento ele queria que ela achasse que ela era menos do que exatamente o que ele
queria, o que ele precisava.
— O que podemos fazer hoje à noite?
Ela parecia tão esperançosa que Bowie queria fazer tudo o que pudesse fazer
para ela se sentir amada e desejada.
— O que você quer fazer?
— Eu quero que você tire a minha virgindade e me faça gozar. — Cassie só
jogou as palavras, sem tomar fôlego.
Bowie se sentiu humilde. Abençoe seu coração, ela não sabia que essas duas
coisas raramente aconteciam ao mesmo tempo. Ou então foi o que ele ouviu. Bowie
não tinha uma vasta experiência em território virgem - nenhuma para ser exato.
— Eu quero dar-lhe o desejo do seu coração, mas eu não poderia viver comigo
mesmo se eu te machucar.
— Você vai pensar em alguma coisa. — Ela lhe deu um sorriso sarcástico. — Eu
confio em você.
Bowie estendeu a seu lado, sabendo que ele tinha que ser tão cuidadoso. Ele
não podia fazer isso da maneira tradicional, não com seu pênis. Ele era um homem
grande e seu peso poderia machucá-la. Ele orou que eles iriam descobrir outras
posições e outras formas de fazer amor que não iria causar-lhe desconforto, mas até
que eles descobrissem, isso teria que servir.
— Eu não iria machucá-la por nada no mundo. — Ele beijou-a, deitou-se ao
lado dela, reclinou em um braço para que sua parte superior do corpo estivesse
sentada. Desta forma, Bowie poderia beijar seus lábios ou os seios e manter uma mão
livre para trabalhar sua mágica abaixo da cintura dela. — Deus, você é doce. — Ele
poderia dizer que ela estava um pouco nervosa, sua respiração era superficial e seu
corpo tremia levemente.
— Eu não acho que você pode operar a partir dai.
Sua declaração branda o fez rir.
— Eu sou um operador suave, apenas me assista. — Primeiro, começou com
beijos – beijos doces praticamente de boca fechada que cresceram para apaixonados
beijos de boca aberta quando ela passou o braço em volta do pescoço dele e o abraçou.
Quando Bowie fez amor com a boca, ele deixou sua mão deslizar para baixo da
suavidade dela, estômago tonificado até que ele estava apalpando seu monte. — Você é
tão bonita aqui, tão suave e quente. — Lentamente, ele começou a deixar a acumulação
de calor, esfregando-a entre as pernas, deixando seus dedos mergulharem dentro de
suas dobras.
— É tão bom, — ela gemeu, descendo até tocar o pau dele.
— Uh-uh, deixe-me concentrar, minha hora vai chegar mais tarde.
Ela soltou um pequeno gemido frustrado.
— Desmancha-prazeres, — ela resmungou.
— Basta prestar atenção no que eu estou fazendo aqui. — Ele mexia de
brincadeira enquanto beijava seu pescoço, depois lambeu um círculo ao redor de seus
mamilos. — Vou esticar você, baby. Diga-me se eu te machucar, se eu fizer, eu vou
parar.
Cassie apenas ficou imersa no prazer. Bowie estava chupando seu peito e
empurrando dois grandes dedos dentro dela. Movendo-se para dentro e para fora,
lentamente, em seguida, pegou a velocidade, adicionando outro dedo, indo cada vez
mais fundo, até que ele tocou um lugar que a tinha ofegante.
— Dói? — Ele levantou a cabeça.
— Não! Sinto-me tão bem. Se você parar, eu vou bater em você. — Suas
palavras eram roucas e ela colocou os dedos em seu cabelo e puxou.
Bowie sorriu ao redor do mamilo. Ele estava fazendo a coisa certa. Bombeando
os três dedos dentro e fora, chegando na medida em que podia, ele manteve o polegar
em seu clitóris, esfregando círculos em torno e ao redor até que ela endureceu e gritou.
— Bowie, sim!
Deus, ele estava duro. Ela estava tão molhada. Talvez, se ele tivesse cuidado.
Alavancando-se sobre ela, ele abriu as pernas dela, sempre muito gentil e colocou a
cabeça de seu pênis no portão de sua vagina. — Eu não posso evitar, eu preciso de
você. — Ele empurrou para dentro, não muito longe, mas foi o suficiente para ele sentir
o aperto surpreendente de sua pequena boceta apertada.
— Estamos fazendo isso! — Ela sustentou seu olhar, querendo saber sobre o seu
rosto.
— Sim, baby. — Ele empurrou um pouco mais longe, fechou os olhos e apenas
se divertia com o que sentiu ao estar dentro de Cassie.
Emoções pulsaram através de Cassie quando o orgasmo se desvaneceu e a
emoção de ver Bowie satisfazer-se dentro do corpo dela se apoderou. Isso era o que ela
queria, essa conexão, esse conhecimento que ela pudesse apreciar e ser apreciada. Foi
absolutamente emocionante. Levantando a cabeça, ela beijou seu peito, passando as
mãos para cima e para baixo os braços que o seguravam em cima dela. Como ela
desejava que ela pudesse suportar o peso dele sobre ela, senti-lo pressionando-a contra
o colchão.
Bowie lutou tanto pelo controle, foi o céu estar com Cassie.
— Você me arruinou, — ele sussurrou enquanto ele se rendeu, encontrando a
sua libertação.
Cassie não gozou novamente, mas ela não se importava. Bowie levantou-se e foi
procurar um pano para limpá-la. Em seguida, ele gentilmente puxou-a para a beirada
da cama, abaixando a cabeça entre as coxas.
— O que você está fazendo?
— Beijando e tornando melhor.
Cassie não teria imaginado que fosse possível, mas seu segundo orgasmo foi
melhor que o primeiro.
***
— Tem certeza de que sabe o que está fazendo, Bowie? — Tio Michael estava
preocupado. — Você não está se preparado para uma montanha de dor no coração?
Bowie guiou Sheba ao lado de Jasmine, para que ela pudesse cuidar dela. Ele
havia dado o camelo mãe e seu filhote uma vacinação.
— Talvez, mas eu prefiro fazer isso do que me afastar dela.
— Você era um menino, você não pode sacrificar sua vida por causa de um
erro.
Um barulho chamou sua atenção. Cassie tinha vindo de fora para brincar com
os animais. Sua risada vagava em todo o quintal. A visão dela o fez sorrir.
— Olhe para ela e diga-me se ela vale a pena qualquer sacrifício ou não.
Michael acariciava as costas dos pequenos dromedários.
— Mas e…
— E sobre o quê? — Bowie perguntou quando ele limpou as mãos antes de ir
encontrar Cassie.
— Você, sabe, uma relação física.
Os dois homens compartilhavam muito, mas isso não era uma das coisas que
normalmente falavam.
— Isso é privado e minha preocupação. — Ele não gostava de ser rude com seu
tio, então ele suavizou com mais informações. — Olha, nós estamos saindo da cidade
por um tempo e eu tenho um favor ou dois para lhe pedir.
— Claro, com certeza. O que posso fazer?
Bowie ficou de olho em Cassie quando ela deixou os cachorros pularem em
cima dela. A rampa improvisada que tinha instalado foi uma das primeiras coisas que
tinha que ir. — Ajude George, se você puder e consiga falar com um arquiteto, um
designer, empreiteiros ou qualquer outra coisa. Isto é o que eu quero. — Ele enfiou a
mão no bolso de trás e pegou uma lista e entregou-a a seu tio. Ele incluiu novos
armários, banheiro renovado, rampas, sala de ginástica, banheira de hidromassagem -
tudo que Cassie precisava para estar confortável em sua casa.
Michael olhou para o que Bowie tinha escrito.
— Você está reconstruindo toda a sua maldita casa.
Bowie acenou com a cabeça.
— Eu estou, eu estou fazendo o que é preciso para fazê-la bem-vinda no meu
mundo.
— Você tem certeza disso? — Seu tio só não conseguia deixá-lo ir.
Mas Bowie tinha certeza.
— Mais do que qualquer coisa.
— E quando ela descobrir a verdade, e ela vai, de alguma forma ou de outra.
Bowie olhou para longe, temendo o dia.
— Eu não vi a prova absoluta ainda, mas quando eu ver… bem, eu vou
atravessar essa ponte quando chegarmos a ela.
Michael suspirou e tirou o boné, esfregando o topo de sua cabeça careca.
— Senhor, fale de uma ponte sobre águas turbulentas…
Bowie bateu com a mão no ombro do homem mais velho.
— Eu quero ser isso para ela, tio, você não entende? Eu quero ser tudo o que ela
precisa.
— Ok, Bowie. Você pode contar comigo.
***
— Eu tenho que atravessar o Texas e entregar um pouco de máquinas para
Malone Earthworks. — Explicou Bowie. — George está indo trabalhar em uma
plataforma ao norte de Beaumont e depois vamos seguir adiante, será um caminho
tortuoso, mas vamos torná-lo divertido. — Ele puxou de Kerrville e dirigiu-se para
Austin.
— Eu nunca vi essa parte do Texas, eu olho para frente. — Cassie sorriu. Na
verdade, ela apenas olhou para frente para passar o tempo com Bowie. — Nós
podemos conhecer melhor um ao outro.
— Feito. O que você quer fazer? — Ele só gostava de olhar para ela. Ela usava
um vestido de camisola que abraçava suas curvas. Na verdade, ele teve um bom tempo
ajudando com seu vestido esta manhã. Fazer pequenas coisas para ela o deixou feliz.
— Que tal jogar um jogo? — Ela sugeriu, com um rosto expectante satisfeito. —
Pode ser divertido.
— Ok, eu estou para cima.
Seu fraseado a fez rir.
— Sim, você estava esta manhã. — Ela havia gostado da sua vida amorosa esta
manhã mais do que tudo. Ele montou sua cintura e veio entre os peitos dela, segurando
seus seios juntos e esfregando os mamilos, enquanto ele empurrava entre a carne
macia. Tinha sido a coisa mais erótica que Cassie jamais havia sonhado. — Vamos
perguntar um ao outro, mas tem que ser uma questão a que estejamos dispostos a
responder. Ok?
— Parece bom para mim, — ele concordou, imaginando se ele estava prestes a
meter-se em apuros. — Dispare. — Assim que Bowie disse a palavra, ele desejava que
ele pudesse levá-la de volta. Parecia um mau presságio.
Cassie nem sequer pestanejou, ela parecia muito feliz.
— Tudo bem, eu primeiro. O que você faria se ganhasse um milhão de dólares?
— Hmmm, se eu ganhasse esse tanto de dinheiro, eu pegaria um novo trator,
compraria o local Lecter ao lado do meu e abriria uma reserva de animais para os
animais grandes que zoológicos não podem manipular.
— Você permitiria caçar nele? — Ele viu que ela era muito atenta a sua resposta.
Bowie balançou a cabeça.
— Claro que não. Eu não caço. — Não mais.
— Você tem um coração mole, não é?
Ele estava observando a estrada, indo para o leste através de Round Rock.
— Especialmente por você. Então, o que você faria com todo esse dinheiro?
— Eu construiria uma grande instalação de vida assistida e não cobraria dos
moradores que vivessem lá.
— Agora, quem tem o coração bom?
Ela deixou passar e fez outra pergunta.
— Qual é o seu maior medo?
Assistir o ódio florescer em seus olhos quando você descobrir que foi eu quem
te machucou. Bowie mordeu a língua para manter a verdade na baía.
— Era a minha vez, por sinal. Mas, para responder sua pergunta, eu faço um
monte de coisas que as pessoas consideram perigosas. Eu escalo, eu viajo em áreas de
deserto, eu mergulho. Mas a coisa que me deu uma pausa está em entrar em cavernas
subaquáticas. Eu me perdi uma só vez, perdi minha luz. Meu oxigênio quase acabou
antes que eu fosse resgatado.
Cassie estremeceu apenas considerando Bowie quase morrendo.
— Estou tão feliz que você saiu. Quantas vezes você teve que mergulhar em
caverna?
— Só quando alguém se mete em encrenca e eu sou chamado para ajudar. —
Ele balançou a cabeça e sorriu. — Isso não acontece com muita frequência, talvez nunca
mais. Joseph McCoy costumava fazer como um esporte. Maluco.
— Estar no escuro, debaixo d'água profunda deve ser aterrorizante. — Ela se
abraçou. — Tenho medo de ficar sozinha e minha cadeira de rodas ficar presa em
alguma coisa e eu não possa me soltar e eu não possa andar, talvez atravessar uma rua
e eu estar no trânsito. — Ela riu nervosamente. — Eu sei que não faz sentido, mas a
ideia de estar presa me assusta.
Bowie colocou sua mão sobre a dela.
— Eu entendo completamente. Ok, minha vez. Vamos clarear isso. Qual é o seu
super-herói de quadrinhos favorito?
— Oh, isso é fácil. Mulher-gato. — Ela fez a sua pequena mão em garras e
rosnou para ele.
— Impressionante socialite rica que rouba bugingangas bonitas? — Ele
levantou uma sobrancelha para ela. — Isso é atração?
— Não. — Cassie riu. — É o couro preto e o chicote.
Bowie riu.
— Você me surpreende o tempo todo. Então, isso significa que eu posso
amarrá-la e ter o meu caminho com você?
Ela estreitou os olhos para ele.
— Bem, eu estava meio que pensando em te amarrar.
— Eu tenho uma corda na parte de trás do meu carro.
Ela corou com o pensamento e seguiu em frente para a próxima pergunta.
— Qual é o segredo que você esteve com vergonha de me dizer?
Novamente Bowie pensou no que ele estava escondendo. Eles tinham acabado
de puxar para Centerville. Não demoraria muito para eles entrarem no East Texas.
Conversar com Cassie era divertido, ele estava aprendendo muito sobre ela e quanto
mais ele aprendia, mais ele gostava. Mas algumas das perguntas foram batendo um
pouco demasiado perto de casa.
— Envergonhado, deixe-me ver. Bem, eu choro em filmes às vezes.
— Você o quê? — Cassie riu. Quando ele deu a ela um olhar de lado, pegou sua
mão e beijou-a. — Eu acho que é a coisa mais doce que eu já ouvi. Diga-me um casal
que já te fez chorar.
Bowie gemeu, mas respondeu.
— Um Sonho Possível, o fim do Homem-aranha 2, quando o menino levantou-
se para o vilão e quando o pai de Superman foi morto pelo tornado em o Homem de
Aço.
Ela sorriu para ele.
— Tenho vergonha de entrar e sair da minha van, porque o elevador da minha
cadeira de rodas faz um barulho horrível e todo mundo me olha.
Bowie acrescentou isso a sua lista de coisas que precisavam ser corrigidas. Em
cima da sua cabeça, ele perguntou. — Qual é a única coisa que você gostaria de mudar
em mim?
A mandíbula de Cassie caiu. Será que ele estava brincando? Ele era perfeito.
Ah, era isso.
— Fisicamente, mentalmente, socialmente, todos os sentidos, você é muito
perfeito - para mim. — Então, ela se apressou a acrescentar. — Não que eu quero que
nada mude especificamente, mas você me faz perceber o quão inadequada eu sou.
Bowie não disse nada de imediato. Eles estavam saindo de Crockett e ele
simplesmente parou na frente de um Whataburger. Virando-se para ela, ele se inclinou
para perto até que ele pudesse agarrar a cabeça dela e beijar seus lábios. O que ele fez,
por duas vezes.
— Cassie, você é tão preciosa. A única coisa que eu mudaria em você seria tirar
a sua dor. Em todas as outras coisas, você é sem falhas. Você me entende?
— Sim, Bowie. — Ela estava atordoada.
Depois de alguns momentos, ele puxou de volta na estrada. Ele estava em uma
programação. George estava esperando por ele. Sua pequena voz quebrou o silêncio.
— Há uma operação que eu poderia fazer, mas é arriscada.
Bowie quase saiu da estrada.
— O que você quer dizer?
— Pode me ajudar ou me machucar. — Ela balançou a cabeça, claramente não
querendo falar sobre isso. Empurrando uma mecha de cabelo atrás da orelha, ela
explodiu com outra pergunta. — A frequência média de relações sexuais para casais é
de cerca de oito vezes por mês. Quantas vezes você gostaria de fazer sexo comigo?
— Boom! — Bowie riu. — E não era a sua vez, pombinha. — Ela corou, mas ele
respondeu. — Todos os dias.
— Duas vezes por dia, — ela respondeu.
— Essa é minha garota. — Ele se sentia crescer duro só de pensar nisso. — De
todas as coisas que você poderia fazer para ou por mim sexualmente, o que você acha
que iria me excitar mais?
Nossa, ela realmente não tinha feito nada para ele, ainda. Ele tinha feito quase
tudo.
— Eu não sei. Um boquete?
Apenas ela dizer as palavras era a coisa mais linda de sempre.
— Na verdade, eu adoro ver você gozar. É a mais bela visão do mundo ver o
seu prazer e saber que eu fiz você se sentir assim.
— A coisa que você faz para mim que me excita mais é a forma como você me
faz sentir querida, como você quer estar comigo mais do que qualquer outro lugar do
mundo.
— Você percebe que nós vamos ter que parar em uma dessas estradas
madeireiras para que eu possa violentar você, não é? — Bowie brincou, mas ele não
estava brincando. Vamos sair do sexo o tempo suficiente para o meu pau ir para baixo.
— Qual é o momento mais embaraçoso que você consegue se lembrar?
— Oh, meu Deus. — Cassie tentou pensar. Eles estavam entrando na parte
bosques de pinheiros de East Texas. Bowie abrandou, olhando para o desvio que
levaria para Beaumont. — Não foi um momento, foi um monte deles. Ao mesmo
tempo, quando um homem me notava como em um bar e vinha falar comigo, talvez
pedir-me para dançar e, em seguida, perceber que eu estava numa cadeira de rodas. —
Ela deixou as palavras caírem. Olhando para Bowie, ela viu o olhar em seus olhos, seus
doces olhos. — Mas você era diferente. Você não encontrou me querendo. Você viu
algo em mim que ninguém jamais viu.
— Oh, baby. — Ele tocou seu rosto. — O resto deles eram bastardos cegos e eu
sou grato que eram ou eu não estaria aqui com você agora.
Envergonhada de revelar muito, Cassie esqueceu o que Bowie tinha dito sobre
sexo e saltou da frigideira para o fogo.
— Diga-me a sua melhor fantasia sexual?
Que Deus o ajude.
— Você não tem misericórdia, não é?
— Sim, eu tenho. Por favor, não faça da fantasia algo que você só poderia fazer
comigo.
Bowie queria xingar. Ele queria apenas comê-la com os olhos, mas ele também
precisava mantê-los entre as valas.
— Você é minha fantasia.
Ela apertou os gordos lábios rosados em uma linha apertada e olhou para ele.
— Pare com isso. Estamos tendo uma conversa aqui.
— Você é tão fofa. — Bowie não conseguia conter as palavras, se ele estivesse
usando um cachecol. Bom, ele a fez sorrir. — Ok, eu vou te dizer uma. — Deus,
esperava no alto céu que eles pudessem fazer isso algum dia. — Eu imagino você
sentada no meu colo, de frente para mim. Eu estou dentro de você e te beijando e
acariciando seus seios e você me apertando tão apertado. — Ele não disse como ela
apertava-o, ele estava pensando em sua vagina, mas se tudo o que poderia ser era seus
doces braços, ele não iria reclamar. — E, assim estando unido com você daquele jeito,
sentindo você perto de mim, me envolvendo, me faz vir tão duro.
Bowie estava em um semáforo em Jasper, então, por apenas um momento, eles
apenas olharam um para o outro.
— Ufa! — Cassie começou a abanar-se que quebrou a tensão sensual, fazendo
Bowie bufar. Ele virou a cabeça de volta para a estrada e ela se perguntou o que diabos
ela estava fazendo com esse homem. Certamente ele viria para os seus sentidos logo e
perceberia sua loucura.
— Cuspa, jogue limpo.
A fantasia sexual dela?
— Você conheceu e ultrapassou qualquer fantasia que eu já tive. — Meu Deus,
ela precisava de um filtro.
Bowie fez uma careta para ela.
— Vamos, eu disse. Dê-me algo para trabalhar.
Cassie respirou fundo.
— Eu sempre quis fazer sexo em uma piscina ou banheira de hidromassagem.
— Bom. — Bowie sorriu. Ok, ele tinha algo para trabalhar. — Minha vez. Ok,
Cassie-para-resumir, diga-me qual é a única coisa que você faria se pudesse, que você
não acha que vai ser capaz de fazer? — Ele sabia que estava empurrando-a, mas se ele
estava em um negócio de realizar sonhos, ele precisava saber.
Cassie brincou com o bracelete em seu pulso, o que ela tinha perdido e Bowie
encontrou.
— Você está me levando para Galveston. Isso é um sonho se tornado realidade.
Ela lhe deu um olhar cheio de esperança e ele achou difícil de respirar.
— Mas, se vamos realmente fazer algo louco aqui, eu sempre quis fazer
mergulho. — Ela jogou o comentário fora, esperando que ele fosse rir dela. — O mar, a
praia, a grande liberdade do fluxo contínuo e fluxo das ondas sempre me fascinaram.
Eu não posso acreditar que você está fazendo o possível para eu ver.
— Nós vamos ter o tempo de nossas vidas. — Bowie prometeu. Cassie não
sabia, mas ele estava fazendo uma lista e estaria chamando alguns favores.
— Eu acredito em você. — Mordendo o lábio inferior, ela deixou sua mente
vagar para as possibilidades. Galveston. Ela poderia até cantar a velha canção de Glen
Campbell pelo coração. — Então, qual é a única coisa que você não pensa que você vai
ser capaz de fazer? — Cassie não podia imaginar este homem querendo algo que ele
não poderia imaginar obter.
Bowie apertou sua mão no volante. As palavras ficaram presas em sua
garganta. Ele podia dizer Ver Cassie caminhar. Mas havia algo mais, algo mais que ela
devia saber se…
— Eu gostaria de poder gerar um filho.
Cassie não sabia o que dizer.
— Bowie… — Ela não sabia se ele estava se referindo a ela, ou o quê. — Eu…
Bowie olhou para ela, a angústia em seu rosto.
— Eu sou estéril.
Capítulo Nove

— Oh, Bowie, eu sinto muito. — Cassie não sabia o que dizer.


Bowie balançou a cabeça e sorriu.
— Não se preocupe. Aceitei há muito tempo. — Ele soltou um suspiro. — Mau
caso de caxumba quando eu tinha quatorze anos.
Por um tempo os dois estavam em silêncio. O caminhão estava comendo as
milhas.
— O desvio para a plataforma de petróleo é cerca de quatro quilômetros à
frente.
Cassie odiava perguntar, mas eles tinham estado na estrada há muito tempo. —
Depois de deixar a máquina, você acha que nós poderíamos parar para ir ao banheiro?
Droga!
— Desculpe, baby. Claro. Você devia ter dito alguma coisa.
— Não tem problema. — Cassie assegurou. — Eu estou bem.
Bowie soltou um suspiro duro. Normalmente, ele era mais atencioso.
— Foi toda essa conversa interessante. Acabei de perder a noção do tempo.
Preocupado com ela, Bowie não esperou. Ele parou na primeira estação de
abastecimento grande o suficiente para ter um banheiro decente. Ela protestou, mas ele
foi com ela, ajudando-a a partir do caminhão, em sua cadeira, e empurrando-a em
frente ao estacionamento e para a loja.
— Esta é a parte que eu não gosto, — ela murmurou. — Eu odeio ter que pedir
às pessoas para cuidarem de mim.
— Você não pediu. — Bowie disse secamente. Deixe-me cuidar de você. Oh
Deus, por favor, me deixe. A cada momento que passava com ela, sua determinação
para fazê-la parte de sua vida só crescia.
Resmungando. Resmungando. Cassie corou, fez o seu negócio e saiu do
banheiro. Na verdade, era uma área espaçosa, uma boa instalação para deficiente. Ela
não teve problemas para usá-lo em tudo. Enquanto lavava as mãos, ela pensou em
tudo o que ela e Bowie tinham compartilhado. Uma infinidade de pensamentos e
emoções estavam clamando em sua cabeça, a lógica e a razão guerrearam com os
acontecimentos surreais nas últimas semanas com Bowie. A única parte dela que não
estava confusa era o seu coração e aquele pequeno otário sabia exatamente o que
queria - Bowie.
— Cassie?
Tap. Tap. Tap.
Outra mulher, uma morena, com a mesma idade que Cassie estava lavando as
mãos. Ela olhou para o espelho, assustou e olhou nos olhos de Cassie.
— Essa é você?
— Sim. — Ela balançou a cabeça solenemente. — Só um segundo, Bowie. Eu
estou bem.
Segurando as mãos no secador automático, a mulher deu-lhe um sorriso.
— Namorado?
Cassie tinha acabado e estava esperando ela para sair na frente. Ouvir Bowie
Malone ser referido como o namorado dela soou estranho, mas agora estava correto,
em sua maior parte.
— Sim, ele é meio que superprotetor.
Balançando a cabeça como se entendesse, sua companheira de banheiro saiu.
Cassie não pode deixar de rir quando a senhora abriu a porta, deu uma olhada em
Bowie, fechou e se virou para Cassie.
— Meu Deus, ele é malditamente lindo!
Um sentimento de orgulho desmedido consumia. Os fatos não podiam ser
negados.
— Sim, ele é. — Quando era a vez dela, ele estava esperando bem na porta com
um sorriso no rosto que claramente disse a Cassie que tinha ouvido cada palavra. —
Não tenha uma cabeça grande.
Bowie tinha as alças de sua cadeira na mão.
— Já tenho. — Ele se inclinou. — Duas delas, você deveria saber.
***
Depois de deixar o reboque com o seu parceiro, Bowie e Cassie foram em
direção ao sul em Beaumont, em seguida, viraram para oeste em direção Houston.
— Vamos sair da I-10 na saída Winnie e passar por Crystal Beach e Gilchrist. Eu
acho que você vai gostar da balsa.
Os olhos de Cassie se iluminaram.
— Eu vou gostar de tudo.
Bowie acenou para os arredores.
— A maioria das pessoas não acha que esta parte do mundo é muito bonita. É
tão plana, com arrozais e granjas de lagosta. Mas acho uma certa beleza na aridez.
Eles fizeram uma conversa boba, discutindo filmes e programas de TV que
tanto gostavam. Não foi nenhuma surpresa para Cassie que Bowie gostava de séries
como Justified ou Game of Thrones, enquanto ela gostava de The Good Wife e Dallas.
Depois que eles passaram por Winnie, Bowie chamou sua atenção para o horizonte.
— Olha, você vê alguma coisa diferente?
No início, ela não via. E então ela percebeu que havia algo diferente sobre a
forma como a terra parecia à distância. Aos poucos, ela entendeu. À frente, não muitos
quilômetros, a terra parou. Eles estavam indo diretamente para o Golfo do México.
Uma sensação quase estranha veio a Cassie quando ela pegou que eles estavam indo
para o ponto onde a terra deixaria e a grande massa de água estaria espalhada diante
dela. Ela estava tentada a prender a respiração. Eles passaram o Canal Intracoastal.
— Anos atrás, esta era uma ponte levadiça. — Ele ressaltou barcaças flutuantes
abaixo deles e mais ao longe. — Esta hidrovia tem cinco mil milhas de comprimento.
Vai ao longo da costa do Golfo e até a costa atlântica. Barcaças e navios podem
atravessar sem os perigos do mar aberto.
Cassie se esticou para ver.
— Quão profundo é?
— Apenas cerca de quatro metros. — Bowie respondeu. — Conecta muitos
cursos de água naturais. Algum dia, eu gostaria de tomar um barco ao longo de seu
comprimento, só para vê-lo todo eu mesmo.
— Eu não posso imaginar tal liberdade, — Cassie sussurrou.
Um sentimento de temor começou a montar em Cassie, uma antecipação. E
quando eles chegaram a uma pequena curva, ela levou um momento para perceber que
a estrada estava tomando um rumo oeste, porque eles estavam na beira do oceano.
Exatamente no limite.
— Oh, meu Deus! — Cassie pegou o painel do caminhão e olhou para fora.
Bowie nem hesitou. Ele diminuiu a velocidade e saiu da estrada, indo
diretamente para a areia.
— Costumava haver mais distância entre a praia e a estrada. Furacões
devoraram o ambiente. — É verdade, a distância entre a autoestrada para a torrente de
rolamento era apenas cerca de nove metros ou mais.
Cassie estava hipnotizada. Ela olhou e olhou. A água era tão azul, mas um
trovão, rolando em um movimento contínuo, branco - tampado e maciço.
— Posso sair?
— Claro, é um dia muito quente. — Bowie foi e pegou sua cadeira de rodas e
ajudou-a nela. Ela estava se contorcendo como uma criança, tão animada. Ele a colocou
no chão, mas ele teve que empurrar a cadeira porque a areia era profunda e úmida.
Com um sorriso, ele a viu levantar as mãos no ar, como se estivesse tentando pegar o
vento. O som mais bonito que ele já tinha ouvido, uma risada de puro deleite, saltou de
seus lábios.
— Eu amo isso!
Ele inclinou-se para beijá-la.
— Estou feliz.
— É sempre assim tão barulhento? — O rugido constante foi um pouco de uma
surpresa para Cassie.
— Às vezes é mais alto. Adoro ver uma tempestade chegando. — Sons de
gaivotas adicionaram ao rugido da maré quebrando.
— Podemos caminhar um pouco? — Ela apontou para a praia.
— É claro. — Ele virou a cadeira e se dirigiu para o leste. — Espere um pouco.
— Ele parou e entrou na frente dela e se ajoelhou. — Vamos tirar os sapatos e você
pode balançar os pés na água. — Nos olhos arregalados dela, ele disse. — Você pode
sentir, certo? Quero dizer, você pode ficar em pé.
— Sim, — ela concordou, balançando a cabeça. — Mas não vou ficar suja?
Removendo seus sapatos, ele os colocou no saquinho carryall pendurado ao
lado da cadeira.
— Eu vou te limpar, não há problema. Agora lembre-se, a água vai estar gelada.
Cassie segurou os braços da cadeira como se estivesse indo para impulsionar-se
para a água. Bowie dirigiu um pouco mais perto da linha de água e quando a próxima
onda veio, espirrou em seus pés.
— Bowie! — Ela gritou e os dois riram de alegria. Sabendo que ela estava em
êxtase, eles viajaram em algumas centenas de metros mais até que o vento aumentou e
ele a pegou abraçando-se.
— Frio?
— Não, — ela respondeu.
— Cassie… — Ele repreendeu com uma palavra. — Temos muito tempo e eu
prometo que vou fazer isso de novo quando chegarmos a nossa cabana. Você pode
colocar algumas roupas mais quentes.
— Oh, tudo bem. — Ela fez um pouco de beicinho. Quando ele parou e se
dirigiu para as costas dela, ela virou-se e beijou-lhe a mão. — Obrigada, isso foi
maravilhoso.
Ele se inclinou e tocou seus lábios para o topo da sua cabeça.
— Você estará mais que agradecida, é só esperar até ver o que mais eu tenho
planejado.
Cassie tremia de emoção.
— Eu não posso esperar.
Eles carregaram de volta e dirigiram-se em direção oeste ao fim da Península
Bolivar. Quase todo o caminho, o mar era apenas do outro lado da estrada. Havia
alguns lugares onde ele saiu de vista, mas não muitos. Quando eles atravessaram uma
pequena ponte, Bowie disse a ela que era Rollover Pass, onde as águas do Golfo fluíam
sobre a Rollover Bay, do outro lado da península.
— Por que é chamado Rollover?
— Ah. — Bowie sorriu, — uma história se passa com isso. O passe ganhou o seu
nome a partir da época do domínio espanhol, quando traficantes evitavam as estações
aduaneiras de Galveston com barris de rum e outras importações ou exportações sobre
a parte mais estreita da Península Bolivar. Eles ainda usaram este local durante a
proibição.
Cassie olhou para a esquerda e para a direita.
— Eu posso ver a baía a partir daqui, esta é uma peça muito estreita de terra.
— Três furacões enormes devastaram esta região - o infame furacão de 1900,
Carla em 1961 e Ike em 2008. Houve lugares na península que perderam dezenove
metros de praia durante o Ike.
— Eu não posso imaginar o poder de um furacão. — Cassie ponderou.
— Quando chegarmos à ilha há algumas coisas que eu vou lhe mostrar.
Lembre-me, — ele prometeu. Ao longo do caminho ele apontou as casas de praia. — A
maior parte dessa área foi completamente achatada no Ike. Estas casas foram todas
reconstruídas.
— Eles não estão com medo de que outra tempestade virá e vá levá-los para
longe de novo?
Bowie deu de ombros.
— O espírito humano é indomável. Navios negreiros costumavam desembarcar
por aqui. — Ele apontou para os restos de Fort Travis. — Eles iriam descarregar e
forçar os escravos a marchar daqui para New Orleans, alguns quatrocentos e oitenta
quilômetros.
— Isso é horrível. — Ela balançou a cabeça, imaginando o calor e os mosquitos.
— O que é isso? — Ela apontou para frente.
— O fim da linha. — Bowie disse com uma risada. — Bem-vindo ao Ferry.
Sua boca estava aberta como eles fizeram o seu caminho para o barco com uma
infinidade de carros, caminhões, vans e motocicletas. Assim que eles estavam
estacionados e o barco partiu, Bowie deu a volta até a porta e abriu-a.
— Vamos lá, biscoito. Não há espaço no convés para a sua cadeira, mas você
tem que ver isso.
A garganta de Cassie se engasgou um pouco quando ele a pegou em seus
braços. Ela abraçou-o pelo pescoço e levou-a para o lado.
— Uau. — Esta era a primeira vez que ela via um navio de perto. Vários foram
passando, petroleiros e navios de carga. — Olhe, há um navio de cruzeiro!
— Você gostaria de ir em um cruzeiro algum dia? — Perguntou.
— Claro que sim! — Bowie riu.
Quando eles deixaram a balsa, ele a levou para baixo do paredão.
— Vamos voltar amanhã ou no dia seguinte e aprofundar o assunto.
— Onde está a nossa cabana?
Cabana. Bem, não era exatamente uma cabana. Ele tinha alugado uma mansão,
com um elevador e uma piscina aquecida.
— É no extremo oeste da ilha, a cerca de vinte e sete quilômetros daqui. — Ao
longo do caminho, ela olhou para o surfe, lojas de praia, restaurantes e bares.
— Um carnaval? — Ela quase gritou quando viu Pleasure Pier.
— Gostaria de voltar e montar alguns brinquedos?
Cassie sorriu, mas balançou a cabeça.
— Eu não sei. Nós vamos falar sobre isso. Ok?
— Sim, vamos ver. — Ele não gostava dela assumindo que ela não podia fazer
alguma coisa, ou que ele não gostaria de estar lá para ela quando ela tentasse fazê-lo.
Seguindo seu olhar, ele explicou o que estava vendo. — A construção do paredão foi
iniciada em 1902, em resposta ao furacão que matou oito mil pessoas. Ele foi
finalmente concluído em 1963.
— Oito mil? — Ela ficou surpresa e horrorizada.
— Sim. O paredão é de dezesseis quilômetros de comprimento e cinco metros
de altura e mantinha fora todas as tempestades que sobrecarregaram a ilha até Ike em
2008. Agora eles estão contemplando a construção de uma barreira que chamam de Ike
Dike que protegeria todos da Ilha de Galveston e o Houston Ship Channel.
Cassie não entendia o que ele estava dizendo. Ela ainda estava presa nas oito
mil pessoas.
— Como isso poderia acontecer, tantas pessoas morrendo?
Bowie suspirou.
— O ano de 1900 foi antes de termos relatórios meteorológicos disponíveis, é
claro. Houve alguns relatos de uma tempestade nas ilhas distantes e, em seguida, a
Flórida, mas quem assistiu as tempestades informou que havia ido até o litoral do
Atlântico. Eles estavam errados. Quando a tempestade atingiu a ilha, ela entrou como
categoria 4, com uma tempestade de pelo menos quatro metros. Galveston fica apenas
a dois metros acima do nível do mar. A onda tomou conta de toda a ilha. Se você falar
sobre a tempestade, qualquer um na ilha sabe que você está falando da tempestade de
1900. Famílias inteiras foram perdidas, juntamente com noventa crianças que viviam
em um orfanato que estava na praia por lá. Os ricos estavam a salvo no Palácio do
Bispo, uma mansão de pedra, enquanto hordas de pobres morreram em uma igreja do
outro lado da rua.
Cassie poderia dizer que ele estava preso ao que ele estava dizendo, não havia
tristeza em sua voz.
— Isso faz você perceber o quão frágil é a vida, não é mesmo? E como devemos
tratar cada momento que temos com respeito.
— Sim. — Bowie concordou. Balançando a cabeça, ele dissipou os pensamentos
tristes. Eles levaram para baixo da parede do mar até que tomou uma ligeira virada
para o interior e o paredão desapareceu. Cassie se esforçou para ver a água. — Não se
preocupe. — Bowie apontou. — A praia ainda está lá. Eu quero que você mantenha os
olhos abertos. As casas são magníficas aqui.
E elas eram. Cassie estava estupefata. Algumas das casas eram casas normais de
praia sobre palafitas, algumas mais agradáveis do que outras. Mas o que a deixou sem
fôlego foram as mansões. Três casas com andares, que pareciam casas de boneca de
gengibre. Enormes casas, casas que deviam ter custado literalmente milhões.
— Quem mora aqui?
Bowie riu.
— Eu não sei. Médicos, advogados, executivos, pessoas de todos lugares. Estas
são casas de veraneio. Muitas delas são alugadas durante uma parte do ano. Eu sempre
imaginei que eles tinham de alugá-las a pagar o seguro, uma vez que se senta
diretamente na praia.
As cores fascinavam Cassie. É claro que algumas casas eram brancas ou cinzas,
mas muitas eram azul, verde, pêssego, rosa, roxo e amarelo.
— Tem uma sensação muito Caribenha, todas essas cores pastel.
Ligando seu pisca-pisca ele se virou e Cassie quase esvoaçou.
— Por que paramos aqui? — Bowie puxou até uma casa grande, exatamente na
praia. Era amarela, dois andares sentada sobre uma garagem coberta e um pátio.
— Este é o lugar onde vamos ficar?
— Saia daqui! — Disse Cassie com espanto.
— Acho que você não está pedindo para sair. — Ele riu quando ele conseguiu
sua cadeira de rodas pronta.
— Não em sua vida!
Ela não sabia para onde olhar primeiro. A casa era linda e a praia estava lá –
exatamente lá! Nem mesmo sete metros de distância.
— Há um elevador, — ele anunciou com orgulho. — E uma pequena piscina
aquecida fora do pátio.
— Eu não posso acreditar nisso. — Ela ficou maravilhada quando ele ficou no
elevador e mostrou-lhe como funcionava. — Eu nunca na minha vida tive ninguém
fazendo nada parecido com isso para mim. — Segurando a mão dela, ela chamou-o
para um beijo. — Obrigada.
— Meu prazer.
Quando chegaram ao segundo andar, ele virou-a para fora e desfrutou de exibir
os arredores. Bowie tinha pesquisado cuidadosamente as casas on-line para encontrar a
perfeita.
— Tem uma cozinha completa, dois banheiros, um deles com espaço de sobra
para sua cadeira e apenas olhe para todo este vidro e o deck. Não há melhor vista do
mundo.
Tudo era lindo. Havia até uma lareira. Mas o lugar que atraiu mais foi a
plataforma onde ela poderia apenas sentar e olhar para o Golfo.
— Isso é um navio? — Ela apontou na distância.
— É uma plataforma de petróleo. Mas se você manter seus olhos abertos, você
pode ver um navio. — Ele correu para o caminhão e pegou a bagagem deles enquanto
ela apenas sentou e bebeu da vista. Quando voltou, ela o seguiu. — Eu acho que nós
estaremos dormindo no mesmo quarto. Certo? — Ele perguntou, com um sorriso
assimétrico.
— Espero que sim, — ela respondeu com franqueza.
— Bom. Siga-me. — Ele a levou para o quarto principal de bom tamanho com
uma cama king size, um banheiro no quarto e portas francesas que levava para o
convés, de frente para o oceano. — O que você quer fazer primeiro?
Cassie olhou para fora.
— Eu quero caminhar pela praia e caçar conchas. — Depois de perceber que ela
havia dito, corrigiu-se. — Bem, você sabe, você me empurra para baixo na praia e
vamos procurar conchas. Eu também quero entrar na água tão ruim que eu posso
provar, mas eu sei que isso não é possível.
— Não, é muito frio para que você entre na água. — Ele sentou-se na cama ao
lado da cadeira. — Mas se você vestir roupas mais quentes, nós vamos dar um passeio
e quando voltarmos, vamos comer alguma coisa e depois pular na piscina aquecida
juntos. — Ele virou a cadeira para que ela estivesse enfrentando ele. — O que acha
disso?
— Perfeito. — Ela foi para ele. — Eu gostaria de poder ir para seu colo. Eu amo
ser segurada.
Bowie foi tentado a pegá-la.
— Temos que experimentar. — Ele teve uma ideia. — Prepare-se, eu poderia ter
um plano. Você trouxe um maiô?
Uma carranca cruzou seu rosto.
— Não.
Com uma piscadela e um sorriso perverso, ele respondeu. — Que bom que a
nossa piscina é quente e privada, estaremos nadando sem roupa.
Rápido como um piscar de olhos, ela encontrou um blusão e um robe de colo.
— Agora eu pareço oficialmente como uma inválida.
— O que você disse? — Bowie perguntou do outro quarto. Podia ouvi-lo
guardando algumas coisas na cozinha.
— Nada, eu estou pronta quando você estiver.
Quando ela rolou para encontrá-lo, ele puxou o cabelo para fora sob a gola.
— Uma cachoeira de ouro. — Enrolando-o no punho, ele inclinou a cabeça para
um beijo. — Você é a própria tentação.
Cassie sentiu seus mamilos endurecer e ela o beijou de volta, deslizando a
língua em sua boca.
— Espero que você aproveite esta viagem, tanto quanto eu.
— Mais. Sem duvidas. — Levando-a para o elevador, subiram a bordo e foram
para a praia.
Cassie colocou o manto sob as pernas e fechou o zíper de sua jaqueta. Assim
que eles saíram dos limites da garagem, o vento batia em seu cabelo como um tornado.
Ela reuniu-o e segurou-a por cima do ombro. Bowie levou-a para baixo em direção à
água, a poucos metros da linha da maré e virou para oeste.
— Vamos ver o que podemos encontrar.
Estava ficando tarde e o sol estava absolutamente magnífico sobre a água.
— Eu nunca vi uma vista mais linda da minha vida. Parece um cartaz. — Cassie
ficou maravilhada com o rico roxo, rosa vibrante e laranja brilhante que se espalhou
sobre o céu como a paleta de um artista.
— Segure. — Bowie parou na areia. — Eu acho que vejo alguma coisa. — Ele
andou mais alguns metros em direção à água. — Eu encontrei um dólar de areia 5. —
Ele entregou a ela e Cassie aceitou, correndo o polegar em toda a casca granulada.
5 Também conhecido como bolacha de praia
— É lindo. — Ela segurou com as duas mãos, como se fosse precioso.
— Você conhece a história do dólar de areia? — Perguntou.
— Sim, acho que sim. — Ela passou o dedo sobre a superfície. — Não há uma
estrela no meio, as pessoas a relacionam com a estrela de Belém e há buracos nas
laterais e no meio representando as chagas de Cristo. — Ela virou.
— E se você abrir, há cinco pombinhas dentro.
— Mas eu não quero quebrá-lo para abrir. — Ela segurou-o perto.
— Você não precisa, — ele garantiu.
— Hey! Como vocês estão? — Cassie olhou para cima e lá estava uma ruiva
estonteante parada na frente deles. Ela não tinha visto a abordagem da estranha, então
ela deve ter vindo para baixo de uma das casas de praia.
— Olá. — Bowie falou com a mulher.
— Oi, — disse Cassie com um sorriso.
— Eu sou Sasha Wilson, eu vivo lá em cima. — Ela apontou para uma casa
bonita e moderna, com uma abundância de vidro.
— Sou Bowie Malone e esta é a minha namorada, Cassie Cartwright.
Assim que Bowie disse namorada, duas coisas aconteceram. O rosto de Sasha
caiu e o coração de Cassie pulou. Cassie não sabia quem estava mais surpresa.
— Oh, — disse Sasha e fez uma pausa como se a informação mudasse tudo. —
Bem, nós estamos tendo uma pequena festa e eu vi vocês andando – uh - passando e
pensei em convidá-los.
Cassie sabia como Bowie parecia e ela podia imaginar vê-lo passeando na praia
como um magnífico Viking que tinha acabado de nadar na terra. Ela também viu a
mulher olhar dela para Bowie e de volta para Cassie com um olhar de confusão e
descrença. Em outras palavras, o que um homem como Bowie está fazendo com uma
aleijada?
Cassie não respondeu, ela não precisava. Bowie fez.
— Muito obrigado, Sasha, mas Cassie e eu já temos planos que nós
simplesmente não podemos quebrar. — Com um sorriso, ele pegou as alças de sua
cadeira de rodas e eles seguiram o seu caminho.
Eles não foram muito longe porque com o pôr do sol, a temperatura caiu. Cassie
viu uma água-viva e um pedaço de coral de cores vivas que Bowie pegou para ela.
Quando eles voltaram para sua casa de praia, em vez de ir para o elevador, Bowie
passou para o caminhão.
— Para onde vamos? — Ela perguntou quando ele cuidadosamente a carregou.
— Você gosta de caranguejos?
— Sim, acho que sim.
— Você acha? — Bowie brincou.
— Bem, eu gosto de bolinho de caranguejo e salada de caranguejo. — Ela
ofereceu quando ele ligou o motor e saiu.
— Comida feminina. Nós estamos indo pegar um par de baldes de pernas de
Joe Crab Shack, voltar e ficar sujos em conjunto.
Cassie riu. Bowie poderia fazer qualquer coisa soar sexy.
Eles fizeram a viagem de volta para o paredão, pegaram a comida e voltaram
para a casa de praia. Logo, os dois estavam no fundo até o cotovelo de manteiga e suco
de caranguejo.
— Limpe o seu queixo, você está melada pequena esguicho. — Ele entregou-lhe
um rolo de papel toalha. — Nós vamos ter que mergulhar você na piscina para lhe
limpar.
Cassie sorriu.
— Eu estou suja por toda parte.
— Droga, eu estou com fome. — Os olhos de Bowie cresceram encapuzados.
— Você não está cheio? — Cassie empurrou o restante do caranguejo, batata e
milho em direção a ele. — Há uma abundância.
— Eu tenho uma fome diferente que precisa ser alimentada.
Calor e excitação inundaram Cassie quando ela percebeu que ele estava falando
sobre sexo! Com ela!
— Oh.
Eles terminaram a refeição rapidamente, com os olhos se encontrando.
— Pronta? — Ele perguntou e ela sabia que significava para mais que um
mergulho. Exatamente o que estava prestes a acontecer, ela não sabia, mas ela confiava
completamente em Bowie.
— Precisamos de toalhas. — Ela foi para o banheiro, tanto para ter um
momento para se recompor como alcançar roupas para se secar. Empilhando-as no
colo, ela voltou a encontrar Bowie esperando por ela ao lado da porta do elevador. —
Eu nunca nadei nua antes. — Ela mordeu o lábio inferior e olhou para ele timidamente.
— Eu nunca nadei. Faz um longo tempo desde que eu mesmo estive em uma banheira.
— Bem, você está em uma surpresa. — Bowie sentiu seu coração apertar. Ela
havia perdido muito, mas não mais, não se ele tivesse algo a dizer sobre isso.
Quando chegaram ao fundo, Bowie rolou até um portão, que ele destrancou.
Quando Cassie viu pela primeira vez o interior do pátio privado, escondido atrás de
um muro de tijolos de três metros, estava atônita. A piscina não era enorme, talvez
cinco por dez metros, de uma forma artística de rim. Era linda para ela, ela não iria
fazer quaisquer voltas.
— Ok, há uma cabana aquecida por aqui. Vamos entrar lá e tirar a roupa e, em
seguida, fazer um mergulho louco para a água quente. — Ele virou-a e começou a se
despir. Cassie hesitou. — O que há de errado? — Ele perguntou. Ajoelhando-se em
frente a ela com apenas sua calça jeans, ele ergueu o queixo dela e olhou em seus olhos.
— Um pouco nervosa, um pouco animada, um pouco tímida, — ela sussurrou
quando ela começou a tirar a jaqueta dela.
— Um pouco doce, um pouco fofa, muito sexy. — Ele começou a ajudá-la.
Descartando o manto do colo, novamente ele tirou os sapatos dela. — Você não tem
roupas suficientes.
— A água vai me aquecer.
— Sim, — ele concordou. — E a mim.
Em poucos segundos eles estavam nus. Cassie não podia deixar de cruzar os
braços sobre os seios, deixando cair o cabelo sobre seu corpo. Ela desejou que ela
pudesse encobrir suas pernas flácidas completamente, mas ela não podia.
— E agora? — Ela perguntou, olhando para baixo, em qualquer lugar, menos
para ele. Ele era muito fascinante de ver. Por que ela estava tão nervosa? Ela tinha
estado nua com ele antes.
— Você é linda. Não se esconda de mim, Rapunzel. — Lentamente, ela baixou
os braços e apenas olhou para ele, esperando. Quando ele se inclinou suavemente
sobre ela e a buscou, ela tremeu. — Não fique nervosa. Você vai adorar isto. Eu nunca
vou deixar você fora das minhas mãos.
Ela se agarrou a seu pescoço, absorvendo o calor do seu corpo quando ele a
segurou nos braços fortes, em seguida, entrou cuidadosamente para dentro da piscina.
— Ah! — Ela gritou um pouco, depois riu. — Eu esperava que fosse frio, mas
não é.
— Não, se sente bem. — Embalando-a perto, Bowie saiu do raso em direção ao
meio da piscina. — Você está bem? — Ele viu seu rosto quando sentiu o fluxo de água
quente sobre o corpo dela. Sem deixa-la solta, ele se deitou, puxou-a para cima dele e
começou a nadar, segurando-a no alto em seu peito.
— Bowie! — Ela segurou-o com força.
— Você está segura, eu não vou deixar nada acontecer com você.
Depois de alguns segundos, ela relaxou e apenas se deitou em cima de seu
grande corpo e maravilhou-se com a liberdade da água.
— Agora segure. — Ele a beijou na cabeça. Levando as mãos, deixou-a deslizar
fora, mas ele segurou, então todo o seu corpo estava estendido na água, enquanto ele
segurava suas mãos. — Calma. — Ele riu quando ela engoliu um pouco de água. —
Olha, eu estou de pé. Eu só estou te rebocando como uma barca.
— Eu amo isso! — Ela olhou para ele com um sorriso que rivalizava com o sol
da manhã. Ele a puxou um pouco, então chegou até a cintura dela para apoiá-la
enquanto movia os braços dela.
— Como é que sente as pernas?
Cassie deixou-se tomar conhecimento de seu próprio corpo. A emoção de estar
na água com Bowie era tão maravilhosa que ela não se permitiu concentrar em como
ela estava se sentindo. Para seu espanto, nada machuca. Na verdade, ela podia se
mover muito mais fácil e mais livre. Timidamente, ela moveu suas pernas, só um
pouco.
— Olha, — ela gritou. Bowie viu suas belas pernas se moverem em um leve
movimento de chute.
— Bom, baby. — Ele se inclinou para beijar-lhe o braço. — Aquaterapia pode
ser incrível para você. — Ele também tinha pensando em adquirir o equipamento para
ela ter FES, a estimulação elétrica funcional, que quando combinada com outras
terapias poderiam despertar passagens nervosas adormecidas.
— Eu aposto que podia, mas eu não acho que posso chegar ao Y com muita
frequência.
— Bem, não vamos nos preocupar com isso agora. — Ele só tinha ido por um
dia, mas tinha a intenção de chamar o tio mais tarde naquela noite e descobrir se ele
teve alguma sorte contatando empreiteiros. A piscina teria que ser acrescentada aos
seus planos.
Por cerca de meia hora, eles brincaram. Ele adorava vê-la descobrir que ela
podia mover suas pernas ainda mais. Observando-a pinotear nua o tinha tão duro
como uma rocha. Finalmente - finalmente, ela notou.
— Oh, meu Deus. — Ela colocou a mão em seu braço e segurou, alavancando-se
para que ela pudesse tocá-lo. Através da refração da água, ele parecia incrivelmente
grande e iminente palpável. Quem era ela para resistir? Fechando a mão em torno dele,
esfregou, olhou no rosto dele e lhe deu uma piscadela atrevida. — O que temos aqui?
— Eu não sei, o que você acha que é? — Ele queria impulsionar em sua mão,
mas ele se controlou, mal.
— Eu acho que é grande, forte, perfeito e… — Falar sobre ser corajosa. Bem,
aqui vai. — Meu.
— Malditamente certo. — Bowie a pegou debaixo dos braços, puxou contra ele
e caminhou até os degraus da piscina. Sentando-se no terceiro degrau, ele guiou-a para
seu colo. Ela ainda estava imersa na água o suficiente para ser flutuante. Mas tê-la tão
perto, toda escorregadia e nua era incompreensível. — Olhe para você.
Cassie foi fraca com os braços dele fechados nela. A boca de Bowie desceu com
quente, pressão de pesquisa. Ela deixou as mãos ficarem em seu peito, esfregou os
peitorais, então deslizou em torno das costas para acariciar os poderosos músculos de
cada lado de sua coluna vertebral. Com mordidas, beijos chupados, ele lambeu seu
caminho até sua garganta, explorando com ternura. Cassie clamava para chegar mais
perto dele, arqueando as costas e empurrando seus seios em seu peito.
— Eu amo estar perto de você, — ela sussurrou enquanto esfregava seus
mamilos e para trás contra a pele áspera de cabelo.
— Você está molhada? — Bowie passou os dedos entre suas dobras para
encontrar uma maciez que a simples água não poderia dar. — Sim, você está.
— Como você pode dizer? — Ela se sentia excitada, mesmo que suas pernas
balançavam um pouco sem jeito de cada lado de suas coxas fortes.
— Porque você está quente e cremosa e não há água no mundo que se sente
como o mel que eu encontro aqui. — Bowie cuidadosamente segurou-a pelos quadris e
a levantou até que pudesse caber na cabeça de seu pênis para sua abertura. — Isto não
deve doer… — Ele ternamente devorou seus lábios e ele empurrou-se dentro da bainha
de luva apertada dela. Um prazer impossível quase cegou. — Deus, baby, você se sente
tão bem. Por favor, por favor… — Ele não sabia o que ele estava pedindo, mas ela disse
exatamente o que ele precisava ouvir.
— Bowie, Bowie. — Ela cavou seus dedos em seus ombros, segurando. — É
uma sensação tão boa.
Seus seios estavam pesados, doloridos. Ela precisava de Bowie tanto.
Como se ele entendia seus desejos, ele cobriu os seios com as mãos grandes e
começou a ordenhar os mamilos enquanto comia em sua boca. Cassie se entregou a ele.
Deus, o homem podia beijar. De repente, lembrou-se da fantasia dele. Era isso! O que
eles estavam fazendo. Eles estavam na água como se tivesse sonhado, mas ela estava
em seu colo e ele precisava… ele queria. Com todo seu poder, Cassie se concentrou em
onde se juntaram e apertou. Ela estava no meio esperando uma goiva de dor, em vez
sentiu Bowie, sentiu-o dentro dela e Senhor tenha misericórdia, sentia tão bem.
— Foda-se. — Bowie enterrou o rosto em seu pescoço.
Isso foi o suficiente para a confirmação de Cassie para saber que ela estava
fazendo a coisa certa. Talvez tenha sido a água ou podia não se machucar de qualquer
forma por causa de como ele estava apoiando-a, mas por alguma razão, Cassie
flexionou os músculos femininos e deu prazer a seu homem. Permitindo-se a subir e
descer enquanto ela o massageava, Cassie trabalhou sua boceta em seu pau, até que
ambos gritaram de alegria.
Capítulo Dez

Bowie moveu o cabelo de Cassie fora do ombro dela. Sua pequena sereia estava
dormindo. Ela sorriu um pouco quando ele a tocou. Saindo da cama, ele pegou o
celular. Ele tinha um par de ligações para fazer.
A primeira foi para George para verificar o trabalho que estavam fazendo no
momento. A segunda foi para o tio Michael para descobrir que sorte ele teve tendo as
coisas alinhadas para suas renovações. Bowie estava feliz em saber que ele tinha
encontrado um empreiteiro para entrar e começar a trabalhar nos armários, rampas e
banheiros. Enquanto conversavam, Michael deu-lhe mais algumas ideias sobre coisas
que poderiam ajudar Cassie ao redor da casa e propriedade. Seu tio não tinha feito
nenhum segredo que ele tinha algumas dúvidas sobre essa relação, mas ele não hesitou
em ajudar Bowie onde ele podia.
A última chamada, no entanto, foi a melhor. Como parte de seu trabalho de
monitoramento e resgate, ele atuou como um dos mergulhadores para Água Azul,
uma organização de busca e salvamento. Ele tinha um amigo em Galveston, que
também era um membro da Água Azul, aquele que não só dirigia uma escola de
mergulho, mas aquele cuja esposa era uma das biólogas da Moody Gardens Aquarium
Pyramid. Se Cassie pensava que ela teve um bom tempo esta noite, ele não podia
esperar para ver a cara dela quando soubesse de sua próxima surpresa.
Depois de fazer as chamadas, ele se arrastou de volta para a cama. Como um
ímã, foi questão de segundos antes que ela estava abraçada contra ele. Um doce abraço
cheio que ele nunca tinha segurado. Pensando que ela estava dormindo, ele acariciava
suas costas e beijou sua testa. Ela cheirava tão doce. Tudo nela era macio. Então, ele
percebeu, ela estava pressionando contra ele - sutis pequenos movimentos, leves de
seus quadris. Incapaz de se conter, Bowie enfiou a mão entre seus corpos e procurou
sua feminilidade. Ela estava molhada.
— Me quer?
— Sim, — ela sussurrou. — Se está tudo bem. Eu queria você a noite toda.
Uma onda de luxúria o atingiu como uma marreta.
— Você nunca vai gastar um minuto na minha cama insatisfeita, Cassie. Da
próxima vez que você precisar de mim, me acorde.
Tinham dormido nus e ele não tinha se vestido, então não havia nada para
impedi-los. Bowie passou o braço em torno das costas dela para apoiá-la quando ele
inclinou a cabeça para o peito dela. Quando a boca dele fechou ao redor do mamilo
tenso, ele começou a chupar, puxando profundamente. Cassie segurou em seus
ombros, afundando as unhas na pele dele.
— Oh, Bowie, mais, mais, isso é tão bom! — Ela segurou-se nele, ronronando,
contorcendo-se, ofegante. Sua resposta sexy alucinante só o fez tentar mais, então ele
lambia seu mamilo e abriu a boca, mamando no pico sensível. E então todo o corpo
dela estremeceu. Será que ela estava chegando ao clímax? Bowie passou a mão até sua
boceta e enfiou o dedo em sua fenda e com certeza, ela apertou e vibrou ao seu redor.
Meu Deus!
O coração de Bowie bateu contra seu peito. Se ele não ficasse dentro dela nos
próximos cinco segundos, ele morreria.
— Eu não posso esperar, baby. Por favor. Por favor.
Os olhos de Cassie estavam molhados de lágrimas. Nenhuma lágrima de dor,
mas lágrimas de felicidade absoluta.
— Eu quero você. — Com o maior cuidado, ele encaixava seu corpo ao dela.
Podia senti-lo tremer. Cassie levantou a perna. Uma vez ela teria vergonha, mas agora
ela só precisava acomodar as necessidades dele. Ajudá-lo, eles arrumaram seu pênis na
sua vagina e ele deslizou para dentro. Ela ficou tão emocionada, Cassie começou a
beijar seu peito, deixando os dentes raspar sua pele. Estar tão perto dele quanto
humanamente possível era o seu maior desejo.
Bowie se moveu dentro dela, suavemente, mas construindo gradualmente. Ele
tentou segurar, mas as contrações borboleta dos músculos internos dela acariciando
seu pau levaram-no a enchê-la com o calor brilhante.
Depois de um início incrível, o dia estava num bom começo. Vestiram-se,
comeram algumas frutas frescas que Bowie trouxe com eles e saíram para fazer alguns
passeios turísticos. Ele levou Cassie para Murdoch no paredão e comprou, o que
parecia para ela, uma de cada lembrança que pudesse encontrar. Eles alugaram uma
bicicleta surrey para que ela pudesse se sentar ao lado dele e enquanto visitavam a ilha,
indo até a vertente histórica e verificaram muitas das esculturas esculpidas em troncos
de árvores destruídas pelo furacão Ike. Cassie estava fascinada com as esculturas que
variaram de árvores cheias de pássaros, para as sereias e para crianças brincando.
Para o almoço eles foram para um favorito da ilha, Gaido Restaurante onde
Bowie pediu-lhes um prato de frutos do mar. Os olhos de Cassie eram maiores do que
a barriga, mas Bowie conseguiu terminar o seu e o resto dela.
— Quando formos para casa, se você quiser, eu gostaria que você conhecesse o
McCoys. Eles são da família.
— Eu gostaria disso, — Cassie respondeu. — Depois que você me disse sobre o
resgate de Aron, vi uma reportagem sobre isso nas notícias. Imagine como fiquei
chocado ao ver que um dos meus primos estava envolvido na missão.
Bowie parecia perplexo.
— Quem? — E então ele bateu-lhe. — Cartwright. Destry Cartwright. Você está
relacionada com aquele tubarão?
Ela poderia dizer pelo seu sorriso que ele não quis ofender.
— Sim. Nossos pais eram primos de primeiro grau. Lembro-me dele e de sua
família vindo à nossa casa muitas vezes, quando eu era mais jovem, mas não somos
mais próximos uma vez que crescemos. Ele está ocupado fazendo uma vida para si
mesmo e assim também eu, tal como ela é.
— Você realizou um grande negócio, quando iniciou sozinha um negócio bem
sucedido. Eu estou orgulhoso de você.
— Obrigada. — Ela entrelaçou os dedos nos dele quando o garçom encheu seu
copo de vinho. — Destry realmente fez bem, no entanto, um herói condecorado, um
funcionário da Suprema Corte e um advogado bem sucedido.
— Além disso, a sua associação com os equalizadores, eles fizeram muita coisa
boa. — Ele passou a dizer-lhe sobre alguns de seus casos que ele estava ciente. — Eles
resgataram um menino sequestrado em sua casa, outro menino que havia se afastado
no pântano, uma noiva que foi sequestrada no dia do casamento por um ex-irado, para
não mencionar encontrar o filho do governador, que havia sido roubado e vendido
pelo avô materno da criança.
Os olhos de Cassie se arregalaram. Ela não sabia de tudo isso.
— Isso é incrível, mas não menos impressionante do que o que você faz para
ajudar as pessoas.
Bowie desviou seu louvor com um comentário casual e aceno.
— Vamos sair daqui. Temos um lugar para estar. — Pagando a conta, ele guiou-
a para fora do restaurante de tema náutico e pela enorme estátua de um caranguejo
que adornava o meio do estacionamento frontal. O barulho das ondas cumprimentou-
os desde que eram do outro lado da rua do mar.
— Para onde vamos? — Ela perguntou, olhando por cima do ombro para ele
quando eles fizeram o seu caminho para o seu caminhão.
— A primeira parada é Tangerine, a boutique na Post Office Street.
— O que há lá?
— Você vai comprar um vestido novo e um par de sapatos bonito. — Bowie
pegou a mão dela e beijou sua palma.
— Um vestido novo? Para mim? — Ela olhou perplexa.
— Bem, certamente não para mim. — Ele bufou. Bowie abriu a boca para imitar
a dela, fazendo-a rir. — Nós vamos dançar.
***
Nunca na imaginação de Cassie que ela teria previsto a próxima noite.
— Eu amo você neste vestido vermelho. — Bowie olhou para ela com apreço
ousado.
Ela acalmou as mãos para baixo nos lados, o vestido nunca teria sido aquele que
ela teria escolhido para si mesma. Roupa sexy assim era apenas fora de seu campo de
experiência. Bowie tinha apenas planamente tomado o controle. Ele arrasou em
Tangerine, escolheu um vestido, um biquíni, um par de sapatos bonito - mesmo roupa
interior com meias e uma cinta-liga. Cassie se sentiu como uma deusa.
— Eu me sinto sexy, — ela admitiu. E o clube estava deslumbrante. Cassie tinha
estado em alguns bares como Arkey, mas este era uma coisa completamente diferente.
Pretensioso era uma palavra que vinha à mente. As luzes estavam baixas, a música era
lenta e ela podia sentir seu corpo desejar mover para o ritmo. Mas dançar? Ela
realmente não queria ser girada em sua cadeira na pista de dança, de modo que ela
estava esperando que viesse para desfrutar a banda e ter algumas bebidas era o que
Bowie tinha em mente.
Bowie poderia dizer que ela estava um pouco nervosa.
— Você confia em mim? — Ele perguntou baixinho, olhando profundamente
para aqueles enormes olhos verdes.
Nenhuma questão sobre isso.
— Sim, eu confio.
— Bom. — Antes que ela pudesse entender suas intenções, ele a pegou em seus
braços e caminhou até a pista de dança.
Cassie escondeu a cabeça em seu pescoço.
— Olhe para cima, doce menina. — Ele reorganizou-a em seus braços,
segurando-a como uma noiva no dia do casamento e ele começou a balançar, beijando
seus lábios enquanto a música os rodeava.
Obedecendo a ele, ela levantou a cabeça. Haviam outros casais perto deles,
alguns dançando e alguns observando das mesas. Mas não havia risadinhas, sem
olhares maliciosos, sem balanços de cabeça de desaprovação. Tudo o que ela viu nos
rostos de cada mulher na sala era inveja.
Dando-se para Bowie, ela permitiu sua esperança subindo quando ele balançou
a batida suave.
— Sabe o que você é? — Cassie sussurrou no ouvido dele.
— Um grande e velho caipira bruto? — Ele brincou com ela.
Ela passou a mão sob o cabelo escuro pesado.
— Sem chance disso. — Segurando a cabeça para beijar seus lábios, ela
murmurou. — Você é um herói, um tecelão de sonhos.
Bowie a abraçou um pouco mais perto. Ela o fez se sentir como um maldito
herói.
— Segure-se em mim, baby. O melhor ainda está para vir.
E ele não estava mentindo, pensou Cassie. Quando chegou em sua casa, a
magia começou. Bowie tinha a despido lentamente. E quando ele a deixou sem nada,
além das meias e cinta-liga, ele literalmente caiu de joelhos.
— Caramba. — Ele abriu as pernas dela e beijou o interior de sua coxa. — Sabe
o que eu vou fazer?
Cassie sabia o que ela esperava que ele fizesse.
— Me beijar?
Bowie riu.
— Oh sim, essa é uma maneira de colocar. — Espalhando-a aberta, ele colocou
um beijo de boca aberta exatamente sobre seu clitóris. — Eu irei lamber sua boceta até
você desmaiar.
Cassie descobriu que Bowie Malone era um homem de palavra.
***
Na manhã seguinte, Bowie estava tão animado que não sabia se ele poderia
manter seus planos em segredo ou não.
— Basta usar seu biquíni sob a roupa e não faça mais perguntas.
— Mas por quê? — Ela perguntou pela terceira vez. Cassie percebeu que ela
parecia uma menina irritante.
— Estamos em Galveston! Será que precisamos de uma melhor razão para usar
uma roupa de banho? — Ele se recusou a entregar sua surpresa, ele era muito bom.
Quando saíram, Cassie estava confusa. Eles não foram para a praia. Eles não
iam para a piscina. Em vez disso, ele carregou-a no caminhão e foi para o leste de volta
à cidade. Não importava o quanto ela fez beicinho ou quão alto ela puxou a saia.
Embora Bowie olhasse e até mesmo colocasse uma mão quente em sua coxa, ele não
desistiu e contou-lhe para onde estavam indo. Então, quando eles estacionaram dentro
da Moody Gardens e ele comprou bilhetes, ela estava mastigando o freio.
— O que estamos fazendo?
— Bem, — ele começou devagar, — há um monte de coisas para fazer aqui. —
Ele apontou para a esquerda em uma área enorme de neve de areia branca na baía. —
Palm Beach é bonita…
— Nós estamos indo para o parque aquático? — Ela não colocou muita atenção
passando Bowie. Afinal de contas, eles tinham dançado e nadado na piscina.
— Não, não nesta viagem. — Ele apontou para o outro lado. — E há o campo de
golfe.
Ela apenas fez uma careta para ele.
— Minha deficiência é cinquenta e seis.
Ele riu.
— O mais alto possível é quarenta e dois.
— Exatamente.
— E há a Rainforest Pyramid. — Ele apontou para a pirâmide de vidro de dez
andares que chamou sua atenção. — Há uma cachoeira, cavernas de morcegos e mais
de mil espécies de outros animais e plantas tropicais.
— Cavernas de morcego? — Ela fez uma cara de pânico cômico que o fez sorrir.
— Há também um pedalinho.
— Eu gosto do som disso. — Ela estendeu os braços enquanto ele a movia do
assento à sua cadeira.
— Mas, nós não estamos fazendo nada disso. — Ele estava tentando ser
misterioso.
— Você só está me torturando, não é? — Cassie disse com um pouco de Huff.
— Vingança, querida. — Bowie declarou placidamente. — Você me manteve
em um estado constante de luxúria. Estar perto de você sem estar enterrado dentro de
você é o tipo mais doce de tortura.
Cassie choramingou um pouco. O que se diz a uma coisa dessas?
O lugar era enorme, por isso, quando Bowie começou a roda-la na direção
oposta, ela viu alguma coisa lá na frente. Outra pirâmide - uma maior que era azul
sólida como estava cheia de água.
— Isso é para onde estamos indo?
— Sim, senhora. — Ele levou uma mão e levantou o cabelo dela de trás das
costas para que ele caísse em uma cascata de ouro brilhante. Deus, ele gostava de ter
seus dedos se enredando na massa sedosa. — Esse é o Aquarium Pyramid. Doze
histórias, um aquário de quinze milhões de litros dividido em tanques diferentes para
representar climas e habitats oceânicos específicos.
— Sério? — Cassie estava intrigada. — Será que vamos ver os tubarões?
— Sim. — Bowie disse enquanto ele a guiou pela multidão. — Mas você não vai
nadar com eles.
— Bem, eu não esperava.
— Eles vão estar em um túnel específico, seguro, longe de nós, enquanto nós
mergulhamos.
— O quê? — Cassie gritou tão alto que chamou a atenção de todos em torno
dela. — Eu não posso mergulhar!
— Sim, você pode. Meu amigo tem tudo organizado.
Com esse anúncio surpreendente Cassie não sabia se ria ou se chorava.
— Bowie, — ela tinha que perguntar. — Por que você está fazendo tudo isso
por mim?
A pergunta dela deixou Bowie perplexo por um momento ou dois. Por quê?
Então, ele só disse a verdade. Ele não podia dar-lhe toda a verdade agora, mas esta
parte podia.
— Porque me faz feliz lhe trazer alegria.
Naquele momento, tudo o que estava segurando Cassie foi libertado.
Ela caiu de cabeça sobre se apaixonar por Bowie Malone.
O próximo tempinho foi um borrão. Eles não estavam sozinhos no aquário
pirâmide, mas eles foram levados para trás dos bastidores. Ela conheceu Kenneth e
Sonja Horton, os amigos de Bowie. Ele os apresentou e explicou como eles se
conhecerem mutuamente.
— Sim, eu conheci Malone bem quando estávamos ajudando com um resgate
da ferry na costa da Malásia um par de anos atrás.
Cassie se lembrou de ouvir sobre isso. O barco tinha tentado fazer uma curva
acentuada, absorveu água e naufragou com mais de quatrocentos e cinquenta pessoas a
bordo, muitas delas crianças. Alguns tinham ficados presos. Sabendo que Bowie tinha
estado lá fez seu coração doer.
— O perigo que ambos enfrentaram me oprime, — ela admitiu.
Sonja assentiu com a cabeça.
— Eu concordo, mas Ken parece prosperar.
— Adrenalina, baby. — Ken beijou sua esposa. — Agora, vamos ver o que
podemos fazer por você.
Cassie apenas sentou e assistiu enquanto os outros três examinaram
equipamentos - tanques, nadadeira, máscaras - e então ela viu, outra cadeira de rodas.
— O que é isso? — Ela apontou.
Bowie sorriu.
— Esse é o seu corcel, My Fair Lady.
Ela não entendeu.
— Eu vou subaquática em uma cadeira de rodas?
Sonja empurrou-o em direção a ela. — Uma cadeira de rodas muito especial,
especialmente equipada para utilização subaquática. — Ela mostrou-lhe como ela
operava.
— Você vai adorar. Eu tenho uma amiga que usa uma e ela diz que é como
voar. Estas grandes barbatanas de plástico ligadas as pedaleiras permitem manobrar
com facilidade.
Uma magnífica emoção fez Cassie tremer.
— Eu não sei se eu posso. — Era a sensação de quando você queria fazer algo
tão ruim que você podia prová-lo, mas você estava com medo de fazê-lo ao mesmo
tempo.
— Eu vou com você. — Bowie assegurou-lhe, como se essa afirmação devia
acabar com todos os seus medos.
E acabou.
Demorou um pouco, mas ele cuidadosamente a instruiu sobre o uso do
aparelho de respiração e mudou-a para a cadeira, amarrando-a, explicando como os
controles funcionavam.
— Você nunca vai estar sozinha por um momento, por isso não tenha medo.
Ok? — Ele a olhou bem nos olhos, em busca de confirmação que ela queria fazer isso.
— Tudo bem, — ela concordou. — Mas e os peixes?
Bowie riu.
— Eles não vão saber o que está acontecendo em seu tanque. — E eles não
souberam. A partir do momento que Bowie mostrou-lhe como respirar e a enganchou
na cadeira, até o momento em que ele abaixou a subaquática, Cassie não tinha
realmente acreditado no que estava acontecendo. Mas Bowie estava bem ao lado dela,
assim como ele prometeu. E não demorou muito até que ela pegou o jeito e logo ela
estava realizando manobras através da água, perseguindo peixes anjo, chegando a
tocar os golfinhos e pairando sobre a perna de trás de uma tartaruga.
Cassie estava em êxtase. Ela nunca tinha conhecido que tal liberdade ou
maravilha existia.
Porra, ele desejava ter uma câmera. Se ele não tivesse que deixá-la, ele ia nadar
para cima e conseguir que Sonja tirasse algumas fotos. Inferno, ele nunca tinha visto
ninguém correr debaixo d'água antes, mas ela estava voando ao redor, lado a lado,
para cima e para baixo. Os peixes estavam deslizando, provavelmente se perguntando
quais novas espécies de vida marinha tinham sido introduzidas no seu habitat. Mesmo
em torno do bocal, ele poderia dizer que ela estava exultante. Nadando ao lado dela,
ele ajudou, mostrando-lhe como fazer uma cambalhota na cadeira.
E Senhor tenha Misericórdia.
Uma vez que ele fez, ela estava fora como um pequeno cavalo-marinho,
brincando, saltando e girando. Fez cócegas nele ver as pessoas a observá-los. Ele podia
vê-los batendo palmas e ele não os culpava. Ver Cassie feliz assim era um espetáculo
para ser visto.
Bowie a deixou brincar até que fosse óbvio que ela estava esgotada, então ele a
puxou de volta para o lugar onde eles pudessem sair. Kenneth e sua esposa estavam lá
esperando. Ficou aliviado ao ver que Sonja estava acenando com uma câmera, ela tinha
tirado fotos.
— Você me viu? — Cassie gritou com entusiasmo exuberante.
— Sim, nós vimos. — Sonja assegurou-lhe com um sorriso indulgente. — Você
se divertiu?
— Mais do que nunca! — Ela piscou para Bowie, torcendo a boca fofa para um
lado. — Exceto por, você sabe.
— Você sabe, o quê? — Bowie perguntou com um sorriso não tão inocente.
— Eu vou te mostrar mais tarde, — ela prometeu com uma piscadela e Bowie se
sentiu endurecer apesar da frieza em sua pele. Demorou um tempo para se trocar e
depois Cassie tinha que ver o resto do aquário e… ela nunca silenciou. Tudo que Bowie
podia fazer era beijá-la de vez em quando e apenas deixá-la falar. Ela estava sobre a
lua.
Foi algo assim… e foi tudo Cassie…
"Isso foi incrível!
Você viu o peixe anjo?
Esse golfinho totalmente gostava de mim.
As pessoas estavam realmente olhando para mim?
Eu não posso acreditar que fizemos isso!
Você disse que tem fotos?
Quando podemos fazer isso de novo?
Sem você, eu nunca teria feito nada disso e eu nunca, nunca esquecerei isso ou você
enquanto eu viver."
Ele começou a dizer-lhe que ele nunca lhe daria a chance de esquecer, mas ele
não teve a chance. Ela levantou os braços para abraçá-lo e ele parou bem no meio da
Moody Gardens e beijou-a até que ela não tinha mais fôlego para falar.
Mais tarde… na cama, ela lhe mostrou o seu apreço e a única coisa que ela
achou mais divertido do que o mergulho era ela e Bowie amando um ao outro.
— Deite-se de barriga. — Ele ficou ao lado da cama, nu e completamente
excitado.
Ela não discutiu, embora ela o mantivesse a vista, tanto quanto possível. Cassie
não queria perder um momento de tudo o que estava na mente deste homem.
Com um grunhido do fundo da garganta de intenções, Bowie colocou o joelho
na cama e se aproximou dela. Começando por seus pés e movendo-se até os
tornozelos, ele começou a esfregar as pernas requintadas.
— Diga-me se eu te machucar. — Massagem terapêutica era um dos
tratamentos que ele havia lido a respeito de alguém em seu estado. Embora, ao ver sua
bunda perfeita em forma de coração empoleirada lá em cima para o seu deleite, a
terapia era a coisa mais distante de sua mente.
Cassie não sabia se era toda a atividade como o exercício na água, se ela era
apenas ultrassensível ou se ela estava tão apaixonada que ela estava imaginando
coisas, mas parecia que podia sentir mais do que o usual. As mãos acariciando e
acalmando, correndo para cima e para baixo das pernas, cada passe o levando cada vez
mais perto para o local que ela mais precisava dele.
Cassie estava se afogando no desejo. Agarrando o travesseiro, ela enterrou um
gemido abafado.
— Porra, você tem uma pequena bunda quente.
Arrepios correram sobre sua pele. As palmas das mãos de Cassie estavam
suando, seu coração batia forte, seu corpo todo doía.
— Role, baby. — Ela fez e quando ela olhou para o rosto dele, Bowie estava
visualmente a devorando. — Você é minha, só minha. Diga as palavras.
Todo o corpo dela reagiu ao escaldante olhar possessivo dele.
— Eu sou sua. Eu sou sua desde que você me queira.
— Quanto tempo você tem? — Ele passou as mãos sobre o pescoço e os ombros
para baixo, cobrindo os seios e os moldando, elevando-os aos lábios, onde ele rodou e
beliscou até que ela estava se contorcendo embaixo dele.
— Por favor, Bowie? — Ela sussurrou.
— Por favor, o quê? Apenas me diga o que você quer, e é seu, se estiver em meu
poder.
— Venha para dentro de mim, eu preciso tanto de você.
Quem era ele para privá-la de algo que ele tanto necessitava.
— Vamos tentar algo novo. — Levantando-se atrás dela, deixando-a deitar em
seus braços. Levantando a perna suavemente, ele entrou por trás dela, e então ele
começou a transar com ela suavemente, com uma mão no peito e a outra escavando e
massageando sua vulva, seus dedos girando e esfregando seu clitóris até que ambos
explodiram. Cassie se desfazendo em seus braços era a mais sexy maldita visão que ele
já tinha visto.
Dormiram bem juntos, Cassie em seus braços. Bowie tinha relaxado um pouco,
não constantemente nervoso como se ele estivesse indo feri-la com um movimento
súbito no meio da noite. Ela tinha lhe assegurado de que as dores vinham de ficar
sobre suas pernas, e não de movimentá-las na cama. Mas a melhor parte foi que sua
vida amorosa estava fora deste mundo, ambos estavam aprendendo como agradar um
ao outro e as melhores maneiras que eles poderiam se encaixar.
Cassie queria fazer o que fosse preciso para fazer Bowie feliz. A própria ideia de
que ele poderia encontrar prazer nela e seu corpo lhe trouxe alegria.
— Pronta para se levantar, dorminhoca? — Ele perguntou a ela, esfregando o
rosto em seu cabelo. — Nós temos que ir para casa hoje.
— Awww, — disse ela, mas ela não tinha reclamações. — Isto tem sido um
sonho para mim, mas eu estou pronta para ir. Eu tenho certeza que eu tenho pedidos
de velas e você tem o seu trabalho. A vida continua.
Bowie resmungou um pouco e divertidamente mordeu no pescoço, acariciando-
a.
— Você nunca ouviu falar? George tem alguma placa em nosso escritório - Live,
Laugh and Love6. Concordo com todas essas coisas, especialmente a parte do amor.
6 Viva, Ria e Ame
Suas palavras a emocionaram. Ela queria dizer a ele que o amava, mas Cassie
não podia evitar, mas querer que ele dissesse as palavras, as palavras específicas, Eu te
amo. Não era o sonho de toda garota?
Não demorou muito antes de estarem com as malas prontas e na estrada. Desta
vez, eles voltaram através de Houston e se dirigiram em direção a noroeste por
Bandera. Parte do tempo eles se deram as mãos e conversaram, parte do tempo, ela
cochilou. Mas Cassie veio imediatamente bem acordada quando Bowie trouxe um
determinado assunto…
— Cassie, — ele começou devagar. — Quando formos para casa, eu quero que
você pense em algo por mim.
— O que é isso? — Ele parecia sério. Ele estava prestes a propor? Cada nervo
dela ficou tenso. O que ela diria? Como se isso fosse uma pergunta, a palavra sim
pairava em seus lábios.
— Eu quero que você more comigo.
Morar com ele? Cassie foi pega de surpresa. Não era o que ela estava
esperando, mas esta era a forma como as coisas eram feitas hoje em dia. Sendo criada
pela avó, Cassie era provavelmente um pouco da velha escola. As pessoas não se
ligavam uns aos outros como antigamente, não sem um ensaio de funcionamento e as
coisas às vezes de casais apenas mantinham casual. Eles dormiram juntos, eles viveram
juntos, mas não era considerado para sempre.
Rapidamente, pensamentos e sentimentos guerreavam em sua cabeça. Ela
queria estar com Bowie. Ela o amava. Estar perto dele pelo tempo que eles tivessem era
melhor do que nunca saber o que era em tudo.
Bowie esperou pela resposta dela. Ele estava prestes a tentar persuadi-la com as
reformas quando ela respondeu.
— Sim, se você tem certeza que não vai causar-lhe um monte de problemas.
— Obrigado, — ele deu um suspiro de alívio. Então ele perguntou. —
Problemas? Quais problemas? — Droga. O que ela diria sobre todas as mudanças que
ele estava fazendo? Ele tinha a intenção de contar a ela, mas agora ele pensou que
apenas esperaria e a deixaria ver por si mesma. — Cassie, meu amor, — ele se inclinou
para beijá-la. — Você vale o que for preciso.
Para o restante da viagem, ele fez o seu melhor para mantê-la entretida. Ele até
cantou para ela, não muito bem, mas ele fez uma droga de bom cover de Luke Bryan,
You Can Crash My Party Anytime.
Quando chegaram em casa, Bowie estava animado por ver o quintal cheio de
caminhões de operários.
— O que está acontecendo? — Cassie olhou com espanto.
Bowie sorriu.
— Espere e verá.
Os cães e gatos se encontraram com eles com grande alegria e Cassie teve que
parar para fazer carinho em todos. Bowie pegou a bagagem e viu um dos empreiteiros
que ele reconheceu. Indo até ele, ele foi informado da situação. O homem queria que
ele continuasse e checasse, mas ele queria esperar Cassie.
— Você recebeu bastante carinho dos cães e gatos para prendê-la por um
tempo?
Cassie deu uma risadinha.
— Sim, eu estou indo.
Bowie veio até ela e abaixou-se, sussurrando em seu ouvido. — Você tem que
pensar em outra coisa a dizer, em vez de eu estou vindo. Diga: Eu estou no meu caminho
ou Estarei ai. Eu estou vindo faz-me incapaz de andar. — Ele apontou para baixo em seu
pênis inchado.
— Oh, Toot. — Ela riu um pouco mais. Mas ela o deixou empurrá-la em direção
à casa onde ela foi recebida com uma bela rampa que levava à direita para a varanda.
— Não Bowie, você fez. — Ele não respondeu, mas apenas a guiou para entrar na casa
no meio de toda a atividade. E o que ela viu a surpreendeu. A cozinha estava sendo
renovada com armários duas alturas. Trabalhadores estavam carregando novos
acessórios para o banheiro. — Você está fazendo isso por mim. — Não era mesmo uma
pergunta. — Mesmo antes de você me pedir para morar com você.
— Eu estava confiante demais? — Ele estava com medo de que ela poderia estar
com raiva.
Os olhos de Cassie se encheram de lágrimas.
— Não, você é incrível.
***
Não demorou muito tempo para se estabelecer e os trabalhadores fizeram um
progresso rápido. Cassie fez-se em casa. Sua segunda noite depois de voltar de
Galveston, o telefone tocou no meio da noite.
— Alô? — Perguntou Bowie sonolento.
— Levante-se. Temos uma mulher desaparecida no Lago Travis. A família
pensa que ela poderia ter se reunido com o jogo sujo. — A voz de Tanner rapidamente
acordou Bowie.
— Droga. Você está me pegando?
— Estarei na sua garagem em cinco minutos.
Bowie desligou, apressadamente se vestiu e beijou Cassie na testa.
— Tenho que ir, Cassie. Pode ter havido um afogamento.
— Oh, não. — Cassie se sentou. — Tenha cuidado, por favor.
— Eu vou estar de volta logo que puder. Este é perto, não é como se eu
estivesse voando para o Canadá. — Mais um beijo na testa e ele reuniu seu
equipamento e estava fora da porta.
Tanner estava parando quando ele saiu para a madrugada. Rastejando no lado
do passageiro, ele perguntou. — Qual é a história?
— Aqui. — Ele entregou a Bowie um refrigerante que tinha comprado para ele,
completo com tampa e canudo. — A família relatou o desaparecimento. Ela tem vinte e
dois anos, vivia com o marido perto de Pace Bend. Os vizinhos os viram brigar. Ele diz
que ela saiu às pressas e, provavelmente, está com uma amiga.
— Obrigado pela bebida. — Bowie percebeu que ele não iria esquecer, Tanner
vivia com cafeína e raramente se esquecia de incluir Bowie se ele estava por perto.
Sabendo que não havia mais do que isso na história para obter uma equipe de
mergulho, ele perguntou. — Agora, diga-me o que veio à tona?
— Assim que a família começou a fazer perguntas, um homem baixo na marina
disse que viu o marido voltando com seu barco, por horas, depois da meia noite -
sozinho.
— E? — Ele sabia que havia mais.
— Alguém encontrou o anel de casamento dela, gravado com seus nomes e a
data do casamento.
— Inferno. — Bowie acomodou-se para baixo para o passeio. — Eu odeio esse
tipo de coisa. A probabilidade de encontrá-la segurando a algum toco é pequena.
— Sim, mas temos que tentar. — Tanner colocou suas luzes brilhantes quando
eles puxaram para fora na estrada e seguiu para o norte. Depois de alguns momentos
de reflexão, Tanner falou novamente. — Então, como Cassie está?
Bowie não podia deixar de sorrir.
— Bem, ela estava bem quando eu dei um beijo de despedida um segundo ou
dois atrás.
Tanner bufou.
— Seu cachorro.
Bowie ficou sério, sabendo que ele podia confiar em Tanner.
— Estou refazendo a casa para ela. Pedi a ela para morar comigo.
— Isso não é um pouco de repente? — Mesmo nas sombras, Bowie podia ver a
preocupação no rosto de seu amigo.
— Nós passamos muito tempo juntos. — Ele disse a Tanner sobre sua viagem
Galveston e levá-la para o mergulho.
— Parece que você mostrou a ela um bom tempo.
Bowie conversava com Tanner frequentemente, por isso ele sabia sobre Cassie
encontrá-lo em casa com o gás ligado. Mas havia algo que ele não sabia.
— Eu devo a ela, Tanner.
— Sim, você deve. — Ele ainda estava falando sobre o gás.
— Não, você não entende. — Bowie soltou um suspiro duro. — Você se lembra
de eu lhe contar sobre o acidente de caça onde eu atirei nessa menina?
— Sim. — Tanner estava olhando para Bowie tão duro quanto podia e ainda
mantendo um olho na estrada.
— A menina era Cassie.
Tanner desviou.
— Foda-se. Como foi que você descobriu? É por isso que você está com ela?
— Não. — Bowie balançou a cabeça, tentando não ficar ofendido. — Eu estava
com ela antes que eu soubesse. Tio Michael reconheceu o nome dela.
— Você tem certeza que é a mesma menina? — Tanner não podia acreditar.
— Não, não completamente, mas eu tenho certeza que ele está certo.
— Se você tem apenas quase certeza, você não falou sobre isso com ela, não é?
Bowie olhou para a distância enquanto o sol se levantou sobre a região
montanhosa.
— Não, eu não disse a ela.
— Você tem que dizer a ela. — Tanner insistiu. — E amarrando-se a ela não é a
maneira de pagá-la de volta.
Isso deixou Bowie com raiva.
— Eu não estou com ela por causa do acidente. — Ele tentou fazer isso tão claro
quanto podia. — Eu ficaria com ela de qualquer maneira.
— Você a ama. — Tanner terminou o pensamento.
— Sim, eu amo. — Bowie admitiu. Sentiu-se bem em admiti-lo.
Tanner esperava que ele percebesse o quão ruim isso poderia acabar.
— Tenha malditamente certeza, Malone. Tenha malditamente certeza. Esta é a
vida dela que você está falando. Se você não está com ela pelos motivos certos, você só
vai machucá-la.
Merda.
— Eu sei o que estou fazendo. — Bowie insistiu. — Eu quero estar com ela a
cada minuto do dia.
— Sim, mas o que ela vai fazer quando descobrir a verdade? No que ela vai
acreditar?
Bowie não tinha respostas para isso, então ele calou a boca e deixou-se pensar.
Quando puxou para a marina, havia outros esperando - o xerife, alguns deputados e
mais voluntários. Bowie e Tanner se vestiram e esperaram para obter instruções.
Eles receberam um barco e um lugar para procurar. Dirigindo-se para
McGregor Park, uma área rochosa escorada do lago, Tanner riu, ainda bebendo sua
cola.
— Você sabe para onde estamos indo, não é?
— O quê? — Perguntou Bowie, sem realmente colocar um monte de
pensamento.
— Hippie Hollow, McGregor também é conhecido como Hippie Hollow.
Bowie teve que pensar um minuto.
— A praia de nudismo. — Tanner assentiu com um sorriso.
— Bem, certamente é muito cedo e muito frio para que as pessoas estejam
brincando se divertindo no seu todo.
Tanner deu de ombros.
— Você quer dizer que o anel foi encontrado na praia de nudismo? —
Perguntou Bowie.
— A trama se complica, hein.
— Eu diria que sim.
Quando Tanner terminou de ajustar seu equipamento bucal, Bowie começou no
rádio para confirmar suas vinte e suas instruções. Para sua surpresa, várias pessoas
estavam na praia, assistindo, sentados em torno de aquecedores elétricos com roupões
de banho e cobertores embrulhados em torno deles.
— Você acha que eles estão nus sob essa capa?
— Caramba, se eu sei.
Vários barcos já estavam na água e alguns estavam um pouco demasiado perto
para o conforto do Bowie.
— Tudo bem, vamos nos preparar para dar uma olhada. — Eles sempre
esperavam que eles não encontrassem nada, não com esses tipos de missões. Tanner
inclinou para trás para o lado e entrou na água e Bowie fez o mesmo. Apesar de seus
trajes isolados, a água estava fria e escura. As luzes que usavam em seus pulsos
fizeram veias finas de iluminação. Neste ponto, a água estava com cerca de quinze
metros de profundidade. Fora um pouco mais longe, a profundidade caiu para mais de
sessenta metros. Havia alguns detritos no fundo rochoso e muita vegetação aquática.
Fazendo uma grade em sua mente, Bowie começou a nadar cerca de quinze metros
para a frente e depois para trás cruzando. Uma vez que ele pensou ter visto alguma
coisa, mas não era nada, mas um grande balde de tinta.
— Bowie, eu tenho alguma coisa. — A voz de Tanner veio no rádio no ouvido
dele.
— O quê?
— Eu acho que é ela, amarrada a um maldito pneu.
Capítulo Onze

Amarrada a um pneu. Morta. Outra vida, desperdiçada.


Merda. Deus, às vezes ele odiava esse trabalho. Bowie começou a fazer o seu
caminho para a superfície e assim quando ele fez, ele viu algo que Tanner não viu.
— Tanner, cuidado! — Tanner estava chegando, Bowie podia ver as bolhas. Ele
seria lento uma vez que ele estava rebocando o corpo da menina, peso morto,
literalmente. Mas havia um barco acelerando em direção a eles e parecia que ele estaria
em cima de Tanner antes que ele percebesse.
BAM!
Porra! Bowie decolou, nadando. Tanner havia sido atingido. Pressionando o
botão em seu rádio, ele pediu ajuda.
— Acidente! Homem caído. Fora do Hippy Hollow. Vítima encontrada. — Isso
era tudo que Bowie teve tempo para dizer. Ele fez o seu caminho para Tanner, que
estava ofegante. — Tanner! Você está ferido?
— A pontalete pegou a minha perna. Eu estou sangrando. Muito.
Merda.
Bowie chegou até ele e pode ver que a água estava vermelha de sangue. Tanner
estava ferido. A adrenalina de Bowie começou a fluir. Ele o rebocou de volta para o
barco.
— Eu a deixei ir, — disse ele tristemente.
— Não tem problema, nós sabemos onde ela está. Vamos arrumá-lo em
primeiro lugar.
— Não sei… — disse Tanner.
Bowie içou Tanner, ajudando-o, empurrando-o até que ele foi para o lado e, em
seguida, ele seguiu.
— Deixe-me ver.
O sol estava alto no céu do leste e Bowie ainda tinha a sua lanterna, mas não
precisou de muita iluminação para ver o sangue jorrar da coxa de Tanner. Sua artéria
femoral tinha sido cortada. Ele estava sangrando. Droga. Droga. Droga. Bowie colocou
a mão sobre a ferida, procurando freneticamente por algo para estancar a fonte. Ele
pediu cada bit de formação, instinto e imaginação que tinha para salvar a vida de seu
amigo, quando seus olhos pousaram sobre o canudo. Agarrando-o, ordenou a Tanner.
— Ponha a mão na sua perna. — Tanner balançou. — Você não malditamente
desmaie em cima de mim agora, — ele ordenou a seu amigo. Tomando a faca, ele
aparou o canudo, em seguida, empurrou a mão de Tanner para longe. Rezando por um
milagre, ele colocou a palha na artéria e tentou ligar as extremidades cortadas. — Por
favor, por favor, por favor. — Ele colocou, em seguida, pegou um pouco de fita adesiva
para prender.
— Você está passando fita adesiva em mim? — A voz de Tanner era fraca.
— Estou realizando uma cirurgia delicada aqui, cale a boca. — Aplicando a fita,
então ele tirou uma jaqueta de trás do assento e segurou-a na lesão. Olhando para o
amigo, que não ficou surpreso ao descobrir que ele tinha desmaiado. O som de um
motor de barco e uma sirene era bem-vindo. Bowie deu um suspiro pesado de alívio.
Deus, ele precisava de Cassie.
***
— Não me deixe cair! — Cassie gritou, mas ela estava rindo. — Isso é tão
selvagem.
George e Michael estavam de cada lado de Jasmine quando Cassie montou um
camelo pela primeira vez.
— Não se mexa muito, menina. — George ordenou. Essa coisa toda o deixava
nervoso. — Se deixarmos alguma coisa acontecer com você, Bowie vai nos matar.
— Mata você por quê? — Bowie estava chegando ao redor do lado do celeiro.
— Merda, — Michael sussurrou. — Ele está de volta.
— Bowie! — Cassie gritou em saudação. — Olhe para mim!
Bowie fez e ele quase morreu.
— Leve-a para baixo, — ele disse as palavras em voz baixa, com a intenção
enfática.
George não discutiu.
— Vamos, a diversão acabou.
— Mas eu não terminei. — Cassie protestou.
— Eu acho que você terminou ou nós terminamos. — Michael ajudou George a
levá-la de volta na cadeira. — Nós cuidamos dela, — explicou a seu sobrinho. — Ela
queria fazer.
— Falaremos sobre isso mais tarde. — Bowie deu aos mais velhos um olhar
mau. — Como está a minha menina? — Ele veio e pegou o beijo que ele estava
precisando. — Deus, eu senti sua falta.
— Eu também senti sua falta. — Ela o abraçou apertado.
— Venha comigo. — Ele a pegou. — Vocês dois encrenqueiros tragam sua
cadeira e a coloque na varanda para mim.
— O que há de errado? — George gritou para ele, percebendo que algo estava
errado.
— Tanner quase morreu e eu preciso ficar sozinho com Cassie.
— Ele está bem? — Perguntou Michael.
— Sim, eu dei uma de MacGyver o colocando de volta junto.
George e Michael queria fazer mais perguntas, mas sabia que esse não era o
momento.
Levando Cassie para dentro, ele mal notou o progresso que tinha sido feito na
casa. Mais tarde, ele iria dar uma olhada de perto. Mas não agora.
— Você está chateado. — Ela tocou seu rosto. — Tanner foi ferido?
— Ele foi atingido por uma hélice de barco, cortou sua artéria femoral.
— Oh, Deus. — Ela beijou sua bochecha, áspera por uma sombra de cinco
horas. — Você o salvou não foi? — Não havia nenhuma dúvida em sua mente.
— Talvez, sim. Mas agora eu preciso de você para me salvar. — Levando-a para
sua cama, ele se sentou com ela na capa de edredom marrom. Ela tinha dormido aqui
ontem à noite em sua cama, ele ainda podia ver a cópia de sua cabeça sobre o
travesseiro ao lado dele. — Eu preciso tanto de você, — ele gemeu. Bowie chegou por
trás de seu pescoço e tirou sua camisa, deixando-a saber que ele estava desesperado.
Arremessando a camisa no chão, ele olhou para ela lentamente de cima para baixo.
Cassie começou a tirar suas próprias roupas, aproveitando a fome refletida no
rosto dele, a fome por ela. Quando ele tirou os sapatos e caiu com um baque na
madeira dura, ela estremeceu um pouco, sabendo o que estava por vir.
Bowie se aproximava, estreitando a distância entre eles. Forçando-se a diminuir
o ritmo, ele juntou as mãos e pressionou as palmas das mãos dela para seu peito nu.
Cassie fechou os olhos, permitindo-se a tocá-lo, movendo os dedos suavemente
pelos cabelos no peito, encontrando seus mamilos, os esfregando. Ele empurrou sob as
palmas das mãos e ela sentiu seus próprios sucos começarem a fluir. Inclinando-se um
pouco, ela beijou seu abdômen, deixando suas mãos perambularem mais para baixo
em direção ao seu estômago.
— Cassie, Cassie, — ele gemeu. — Você me faz doer. — Apesar de seus poucos
momentos juntos, seu toque era inerentemente inocente, mas incrivelmente ansioso
quando ela mergulhou um dedo provocador dentro do cós da calça jeans antes de
deslizar de volta para traçar os músculos de seus braços e lateral, antes de voltar para
onde ela tinha começado, para seus peitorais.
— Você não tem que doer. Eu tenho apenas o que você precisa. — A adoração
óbvia dele a encorajou.
— Deus, sim, você tem. — Empurrando-a de volta para a cama, ele a montou,
sua boca foi para o rosto dela, beijando a pele frágil ao redor dos olhos. — Você é tão
macia. — E excitada, Bowie poderia dizer que ela estava tão excitada quanto ele,
porque ela ainda estava alcançando, massageando o peito dele, enredando os dedos no
pouquinho de cabelo, manuseando seus mamilos. — Este vestido tem que ir. —
Impaciência o levou a tomar o assunto em suas próprias mãos e puxar o material para
cima e sobre a cabeça. Quando o fez, partes de Bowie estavam dando-lhe uma ovação
de pé. Essa riqueza de cabelos dourados Rapunzel virou-se com o puxão e correu de
volta para a bagunça sexy que implorava por suas mãos. O olhar no rosto dela era
quase a sua ruína, porque ela olhou para ele com pura luxúria em seus olhos. Através
da fina renda de seu sutiã branco, Bowie podia ver que seus seios estavam inchados e
os mamilos estavam tão duros e prontos para ser sugados.
— Venha até aqui. — Ela acenou com um dedo delicado. — Você está muito
longe.
Na sequência, onde ela liderou, ele se inclinou para um beijo longo e profundo.
Agarrando seus bíceps, tentou segurá-lo no lugar, mas ele tinha outra agenda. Com
destreza ágil, ele desfez o sutiã e calcinha de Cassie, deixando seu corpo exuberante nu
para a inspeção e prazer.
Cassie estava tão excitada, ela foi tentada a se tocar. Seu clitóris estava
latejando.
— Bowie, faça alguma coisa, — ela insistiu.
— Estou me estimulando. — Ele brincou a meio caminho, amando sua
interação. Indo devagar era difícil, Cassie não tinha ideia de como ela era sexy. Deitada
de costas, piscando para ele, toda uma mulher de carne lambível tentando-o fora de
controle. — Droga. — Ele esfregou o pênis, que estava dolorosamente inchado e
exigindo atenção. — Você está tão fodível agora.
— Bem. — Cassie desafiou-o com um sorriso. — O que você está esperando, um
convite impresso? — Em um movimento especificamente projetado para deixá-lo
louco, ela pegou suas mãos e espalhou suas próprias coxas, mostrando-lhe o quão
molhada e rosa e pronta ela estava para ele. Tirando as cuecas que ele usava, Bowie
acariciava seu próprio pênis, antecipando o que ele iria sentir afundando dentro dela.
Cassie levantou a mão para ajudá-lo.
— Parece que precisa de duas mãos para fazer esse trabalho.
— Tudo por você, baby. — Ele deixou-a bombear-lhe um par de vezes antes ele
tivesse que pará-la. — Eu não quero gozar na sua mão, não desta vez.
— Às vezes as preliminares são superestimadas, — ela resmungou docemente,
precisando dele para satisfazê-la. — Eu o perseguiria se pudesse.
O grande homem-pantera que escorria sensualidade, riu.
— Eu não estou fugindo. — Ela era uma delícia. O que ele já fez sem ela?
Tomando seu pau na mão, ele arrastou a ponta através do creme em sua fenda,
observando seu rosto enquanto seus olhos estavam encapuzados e ela lambeu a parte
inferior de seu lábio. — Você pode sentir isso?
— Deus, sim.
— Bom. — Então bloqueando seu olhar para Cassie, ele se apoiou em um dos
braços, usou os dedos para abri-la como uma flor e entrou. Não havia nenhuma
maneira que ele pudesse conter o gemido que retumbou acima de sua garganta
enquanto ele saboreava o prazer do ajuste apertado, molhado. Deus, os malditos dedos
dele enrolaram!
— Eu me senti tão vazia sem você, — ela confessou, seus cílios esvoaçantes, um
olhar de timidez entrou nos olhos dela.
— Nós encaixamos, baby. — Ele mergulhou para beijá-la. — Abra mais amplo
para mim.
Ela se abaixou para persuadir as pernas dela, um movimento que teria uma vez
a mortificado, mas Bowie era tão fácil com a deficiência que ela não se sentia mais
engraçada sobre isso. Quando ela fez mais espaço para ele, ele afundou um pouco mais
profundo. Observando seu rosto era um estudo da paixão de um homem. Ela adorava
ver seu bloqueio de mandíbula, ele mordendo o lábio inferior, o desprezo feroz de seu
lábio e a fome devastadora em seus olhos. Uma mulher poderia gozar só de olhar para
ele, para não mencionar a realidade requintada de fazer amor com ele.
— Mais, — ela exigiu.
Bowie obedeceu, empurrando. Cassie podia sentir sua invasão e ela apertou
seus músculos internos, com fome para reivindicar a posse dele, segurando-o por tudo
o que valia a pena.
Quando ele ouviu o gemido baixo de aprovação, ele cresceu encorajado e
começou a bombear entre as coxas, longas, lentas, empurrando dentro e fora, amando
o deslize do seu pau quando ela ordenhou-o em sua bainha apertada.
— Mais duro, Bowie.
Bowie ficou tenso. Esta foi a primeira vez que ela tinha pedido mais. Deus, ele
queria foder com ela, mas ele sabia que tinha de ser gentil, cuidadoso. Ela era delicada
e frágil. Doeu se segurar, mas ele faria qualquer coisa por ela, qualquer coisa.
— Você tem certeza?
Ele poderia amá-la suavemente para sempre, mantendo seus instintos
primitivos na baía, se fosse preciso.
Mas ela não estava tendo nada disso. Colocando a mão em seu rosto, ela
implorou.
— Eu quero sentir o máximo de você que eu puder.
Deus.
— E você vai me contar, você vai me pedir para parar se doer?
Ela assentiu com a cabeça.
— Eu sei que você está se segurando e eu não quero que você se segure.
Bowie estremeceu, balançando com o prazer de estar com as bolas profundas
em Cassie.
— Segure-se em mim.
Espalhando as coxas dela com os joelhos, Bowie entrou nas profundezas dela
rápido e duro. Observando seu rosto, ele a viu arquear o pescoço, um som baixo de
lamento vindo de seus lábios. Bowie sentiu um arrepio, ele iria agradar a sua mulher.
Antes que ela pudesse tomar outra respiração, ele puxou e empurrou dentro, fora,
dentro, fora, dentro.
— Sim! — Ela gritou. — É tão bom. — Cassie queria saber, sem sombra de
dúvida o que ela estava ansiando. E Bowie estava mostrando a ela que ela era.
Uma e outra vez, ele bateu nela, balançando a cama. O guincho do colchão e a
batida da cabeceira na parede foram uma prova do prazer erótico que cada um estava
dando para o outro.
Bowie não conseguia tirar os olhos do rosto dela. Ela estava excitada, gostando,
amando, ansiosa e quente além da medida.
Cassie segurou quando ele empurrou nela.
— Mais, mais, — ela entoou, sentindo a onda de um clímax crescendo dentro
dela. Isso era o que ela estava esperando. Isso era o que ela precisava.
Bowie deu-lhe mais, martelando para dentro e para fora, seu grosso pau
aparecendo e desaparecendo enquanto ele a fodia. O orgasmo caiu sobre seu corpo
inteiro, trovejando, rugindo, fazendo com que o sangue dela cantasse em suas veias.
— Bowie! — Ela passou as unhas pelos seus braços, mas ele não mudou de
ritmo, ele não ficou lento, ele continuou dirigindo nela quando ela quebrou, pulsando e
brilhando com êxtase absoluto.
Bowie assistia com admiração quando ela gozou e a visão combinado com o
êxtase de sua vibração em torno de seu pênis empurrou-o a explodir. Ele sentiu a força
de seu gozo fervendo e ele o soltou com um grito triunfante, derramando dentro dela.
***
— Estou nervosa, — Cassie admitiu quando como eles puxaram sob o sinal de
Tebow Ranch. Mesmo que Bowie tinha a acolhido em seu mundo quase perfeitamente,
tornando um lugar para ela, refazendo sua casa, enchendo-a de amor, carinho e paixão
sem igual. Ainda assim… essas pessoas eram importantes para ele.
— Eles vão te amar. Não se preocupe por um segundo.
Fácil para ele dizer, Cassie pensou quando ele a ajudou a sair do caminhão.
Mesmo antes de ele fechar a porta, havia pessoas na varanda chamando um bem-
vindo.
— Bowie!
Cassie olhou para cima para ver um homem jovem e bonito, talvez catorze ou
quinze anos sair no quintal para cumprimentá-los. Não tímido, este.
— Ei, eu sou Nathan. — Ele estendeu a mão e Cassie tomou. — Estou feliz por
vocês todos estarem aqui. Cady preparou um Boudain recheado de lombo de porco,
Libby fez gumbo, Avery fez assado de aspargos e Skye fez algum tipo de salada
estranha com nozes e queijo fedorento.
— Parece ótimo, — disse Cassie, um pouco surpresa.
— Hey, Nathan. — Bowie deu um tapinha no ombro do menino. — Sem
sobremesa?
— Oh sim, nós sempre temos sobremesa. Jessie fez um bolo de chocolate ontem.
— Nathan McCoy, esta é Cassie Cartwright, a minha namorada.
Droga, Cassie ainda corava cada vez que ele dizia isso.
— Prazer em conhecê-la. — Ele sorriu. — Minha namorada está lá dentro. Ela
está em uma cadeira de rodas também.
O anúncio de Nathan veio como uma surpresa para ambos Bowie e Cassie, mas
Bowie se recuperou primeiro.
— Esta é Tina?
— Sim. — Nathan se iluminou quando eles atravessaram um grande quintal
cheio de canteiros plantados com amores-perfeitos. — Ela esteve em um acidente de
carro. Como você se machucou? Ou você nasceu desse jeito?
Bowie tossiu, mas Cassie não hesitou. Este jovem não tinha malícia, por isso
nem ela teria.
— Eu fui baleada acidentalmente por um menino em um acidente de caça. Foi
antes de eu sequer começar na escola e ele não era muito mais velho do que eu penso.
O rosto de Nathan cresceu conturbado.
— Que terrível, eu sinto muito.
— Eu também, para nós dois. — Cassie ofereceu as palavras casualmente, mas
eles caíram na orelha de Bowie como bálsamo de Gileade 7. Ela iria perdoá-lo, ele sabia
disso, ele precisava contar a ela em breve.
7 Um Relato conhecido no livro bíblico de Gênesis conta que José foi vendido por seus irmãos a uns
comerciantes ismaelitas a caminho do Egito. A caravana vinha de Gileade, e os camelos transportavam
bálsamo e outros itens para o Egito. (Gênesis 37:25) Esse breve relato indica que no Oriente Médio antigo
o bálsamo de Gileade era muito valorizado por suas propriedades curativas especiais
— Entrem nesta casa!
Bowie riu. Aron chamou-os como se estivesse chamando um cachorro. O
homem era uma peça de trabalho. Um dos melhores homens do mundo, mas cabeça-
dura nem sequer começar a descrevê-lo.
— Estamos indo! — Bowie berrou. — Como você conseguiu que uma senhora
como Libby se casasse com você, eu nunca vou entender.
Cassie inclinou a cabeça para trás para olhar para Bowie.
— Lembre-se, não diga estamos indo. Isso é conversa sobre sexo.
— Shhhh. — Bowie bufou. — Você me terá duro e impaciente, se você não se
calar.
— Como está o Tanner? — Esta pergunta era de Jacob. Bowie manobrou Cassie
pelo mar de McCoys.
— Ele vai ficar bem. — Quando eles finalmente entraram na sala, ele deu um
passo para trás. — Eu vou te dizer mais sobre Barron em um segundo, mas agora
deixe-me apresentar a todos vocês Cassie Cartwright. — Ele começou apontando para
o círculo de meia-lua de pessoas que os cercavam. — Cassie estes são Aron e Libby
McCoy.
— Olá. É tão bom te conhecer. — Ela não conseguia deixar de olhar para Libby,
que estava muito grávida. O que Bowie tinha dito sobre não poder ter filhos voltou
para ela. Se eles tivessem um futuro juntos, talvez ele gostaria de adotar. Cassie pensou
que poderia ser uma boa mãe.
Bowie ficou mais perto do grande homem no grupo, um verdadeiro gigante.
— E este é o meu melhor amigo Jacob e sua esposa Jessie e meu xará, o pequeno
Bowie.
Jessie sorriu para ela e antes mesmo que ela pudesse dizer qualquer coisa, Jessie
viu onde os olhos de Cassie estavam indo e colocou o bebê no colo. Cassie estava
surpreendida. — Ele é tão bonito.
— Olha só como seu pai, — disse Jacob com orgulho.
Bowie ignorou e continuou as apresentações.
— Esse idiota presunçoso é Joseph e sua bela esposa Cady.
Joseph tirou o chapéu e Cady deu-lhe uma saudação gentil.
— Estamos honrados, Cassie.
Cassie estava um pouco sobrecarregada. Todos os homens eram grandes e as
mulheres foram gentis.
— Não, eu sou a honrada.
— Este jagunço em couro é Isaac McCoy e sua Sra. Avery. — Ele tocou Cassie
para ver como o homem parecendo intimidador segurou sua esposa tão ternamente.
— Olá, — ela falou com Avery e Isaac. Avery parecia familiar, mas ela não
conseguia lembrar. Talvez mais tarde ela iria se lembrar de onde.
— Cassie, este é Noah e sua noiva Skye Blue. E você se encontrou com Nathan e
esta é sua amiga Tina. — Cassie apertou a mão de Tina primeiro. A menina parecia
como se sentisse em casa. Em seguida, ela cumprimentou Noah e Skye. Eles eram um
casal lindo, ele com o cabelo loiro e ela com a sua distintiva ascendência indígena.
Deus, todo mundo era bonito. Sentia-se sobrecarregada.
Após as apresentações, os McCoys se moveram e eles desviaram-se para a mesa
de jantar. Parecia ser um lugar bem usado e amado. Fotos cobriam as paredes e, apesar
de tudo parecia confortável, eles não pareciam exibir sua riqueza. Linha final, esta
parecia uma casa.
— Cassie, conte-nos sobre si mesma. — Cady começou a conversa quando
todos se reuniram ao redor da grande mesa e começou a passar em torno do alimento,
estilo familiar.
Cassie tentou descobrir o que ela teria que poderia interessar essas pessoas.
— Eu tenho uma empresa que fabrica velas e loções para o corpo, — ela
ofereceu com um olhar esperançoso.
— Parabéns. — Avery falou. — Você tem um catálogo?
— Eu tenho um site.
— E eu posso garantir as velas. Muito obrigada pela que você fez para a B.T. —
Ela apontou para o bebê que Cassie ainda estava segurando, ela não conseguia parar
de acariciar sua pele lisa.
— Falando de Sr. BT, por que você não me deixa levá-lo fora de suas mãos? —
Jacob estendeu a mão para ele. Eu sou um especialista em comer com uma mão e
segurar uma garrafa com a outra.
— Eu pensei que era Isaac. — Joseph riu.
Isaac revirou os olhos.
— Eu tenho o bar agora, espertinho.
Cassie se sentiu confortável. Ela poderia dizer que essas pessoas se amavam,
mesmo se eles estivessem cheios de piadas. Ela estava sentada entre Jessie e Bowie.
— A refeição está maravilhosa, muito obrigada. — Ela abordou todas as
mulheres.
Joseph deu um tapinha no seu estômago.
— Nós comemos assim o tempo todo.
A conversa na mesa era feliz, mas um pouco confusa para ela. Houve discussão
da data do parto de Libby, o casamento próximo de Avery, os primos McCoy, que
foram descendo para uma vista em breve e o resgate de Aron. Tudo parecia bastante
otimista até Noah falar.
— Bowie, você sabe que eu falei com você sobre encontrar minha mãe.
— Sim, você já descobriu alguma coisa? — Bowie chegou debaixo da mesa e
encontrou a mão de Cassie.
— Não, mas eu acho que sei por onde começar. — Skye devolveu de Noah uma
massagem reconfortante.
— O que é isso? — Perguntou Joseph. Aparentemente, isso era novidade para
todos.
— Quando Skye e eu fomos para o Cattle Barron's Ball, de volta quando eles
deram o prematuro prêmio memorial de Aron, — disse ele, fazendo uma pausa,
quando Aron tirou o chapéu. — Velho Sealy Cooper veio até mim depois e disse algo
estranho.
— Como o quê? — Perguntou Isaac.
— Ele disse que se lembrou do dia que papai me trouxe para casa. Sealy
costumava montar no circuito de rodeio com o meu pai, então eu acho que eu vou
visitá-lo e descobrir se ele sabe alguma coisa. — Noah parecia esperançoso.
Jacob não conseguia ficar quieto.
— Olha, eu não acho que isso é sábio.
Cassie podia sentir a tensão se construindo na sala.
Noah jogou o guardanapo.
— Sabe, Jacob, tenho a nítida sensação de que você sabe mais sobre isso do que
você está me deixando saber.
Aron olhou para Jacob, em seguida, levantou a mão.
— Espere, aqui. Eu sou o mais velho e me lembro mais sobre isso do que
ninguém. — Aron apontou o garfo para Noah. — Quando papai te trouxe para casa,
todos nós pensamos que era Natal. Não havia um maldito de nós que não estava feliz
por ter você, mesmo mamãe. — Ele tomou um gole de chá. — Eu não estou dizendo
que ela não estava magoada com o que o papai fez, mas ela não deixou ao redor de
qualquer um de nós filhos.
— Ela nunca deixou em torno de mim também, — confessou Noah.
— Então, eu não vejo por que você apenas não pode deixar para lá. — Jacob
persistiu.
— Agora, Jacob, — Isaac interrompeu. — Se fosse comigo, eu gostaria de saber.
— Eu também, — Joseph concordou.
Nathan, que era quase demasiado jovem para se lembrar de seus pais,
perguntou inocentemente. — Mamãe era minha mãe ou eu fui adotado também?
— Não. — Noah balançou a cabeça. — Todos nos lembramos de você ter
nascido e ver mamãe grávida.
Cassie assistia o acontecimento. Ela não podia deixar de ver uma sombra
atravessar o rosto de Jacob. Isso a fez pensar. O zumbido de um telefone fez a conversa
a cessar.
— Desculpe-me. — Jacob se levantou da mesa. Ele desceu alguns metros e
falou, parecia ser uma conversa feliz porque ele estava sorrindo. Quando desligou, ele
voltou.
— Micah comprou um novo cavalo em Marble Falls, diz que é um puro-sangue
Percheron, dezenove palmos de altura. — Ele mediu bem acima de sua cabeça.
— Quão alto é isso? — Perguntou Libby.
— Um metro e noventa e três ou tão alto quanto eu na cernelha8.
8 Do latim cernicula, garrote ou cachaço é a região proeminente nos grandes quadrúpedes onde se unem
as espáduas em forma de cruz
— Caramba, isso é um grande cavalo. — Nathan assobiou. — Eu com certeza
que gostaria de vê-lo.
Jacob sentou-se, parecendo satisfeito consigo mesmo.
— Bem, você está prestes a ver. Micah e Destry estão trazendo-o para exibi-lo
em poucos minutos.
— Qual o nome dele? — Perguntou Tina.
— Eu não sei. — Jacob sorriu. — Nós vamos perguntar quando chegar aqui.
— Destry e Cassie são primos. — Bowie anunciou do nada.
— Sério? — Skye virou para Cassie. — Ele é um cara legal. Eu fui capaz de
conhecê-lo quando todos os caras estavam se preparando para ir para o México atrás
de Aron. — Ela olhou para Cassie perto. — Bem, eu acho que eu posso ver alguma
semelhança.
— Oh, Cassie é muito mais bonita. — Bowie observou secamente.
— Ora, muito obrigada. — Cassie riu. — Isso é um alívio.
Eles falaram sobre Galveston e quanta diversão Cassie teve na água.
— Eu tive, eu nunca vou esquecer o que senti ao whiz ao redor e dar
cambalhotas na cadeira.
— Vocês deveriam a ter visto, ela parecia Ariel. — Bowie a abraçou.
— Exceto que em uma cadeira de rodas, — acrescentou Cassie.
— Hey, eu passei algum tempo em uma cadeira. — Joseph ficou sério. — A
vida parece diferente daí, não é?
— Ela parece, — Cassie concordou.
— Espero que a sua visão do mundo melhorou. — Bowie falou. — Cassie está
morando comigo.
— Parabéns! — Libby bateu palmas. — Isso exige algo especial. — Ela se
levantou para pegar alguns copos de vinho e duas garrafas. — Uma delas é não
alcoólica para aqueles de nós que estão grávidas.
— Cuidado com a água nestas partes, Cassie. — Isaac piscou para ela. — As
mulheres tendem a vir com essa doença de nove meses com bastante facilidade por
aqui.
Bowie ficou tenso, Cassie apertou a mão dele. Naquela hora uma batida na
porta efetivamente mudou de assunto. Em alguns momentos, ela viu seu primo e outro
homem entrar no cômodo. Os homens levantaram-se para encontrá-los e conduzir
ambos Destry e Micah para a mesa. Isaac puxou mais duas cadeiras.
— Deixe-me arrumá-los um prato. — Cady ofereceu.
— Não, nada para mim. — Micah acenou com a mão. — Nós comemos no
Saltlick no caminho através de Austin.
— Nem eu, — disse Destry. Nesse momento, ele notou Cassie. — Bem, hey!
— Olá, primo, — Cassie cumprimentou. — Já faz um tempo.
Destry pareceu surpreso.
— O que… — Ele agiu como se ele não soubesse o que dizer.
— Ela está comigo. — Bowie declarou incisivamente como se esperasse ser
desafiado.
Em vez disso, Destry sorriu.
— Ótimo! Estou feliz por vocês dois. — Ele levantou-se para apertar a mão de
Bowie. — Nós vamos ter que nos reunir em breve, Cassie, e nos atualizar.
— Eu gostaria disso.
A comoção na mesa não caiu bem com o pequeno BT, ele montou um uivo
concebido para causar em todos os adultos na sala para se sentar e tomar nota.
— Wow, Jacob. Ele tem um par de pulmões tão bom quanto o seu. — Micah
observou secamente.
Jessie segurou-o.
— Este é Bowie Travis McCoy, nomeado pelo melhor amigo de Jacob, Bowie
Travis Malone.
Micah sorriu.
— Que é uma honra.
Destry sorriu, mas seus olhos pareciam confusos. Ele continuou olhando para
trás e para frente entre Bowie e Cassie. Mas ele não disse nada.
Depois de terminar sua refeição e esvaziar as duas garrafas de vinho, todos
saíram para encontrar a nova aquisição de Micah. Cassie tinha que admitir, ele não era
apenas o maior cavalo que já tinha visto, mas ele era o melhor.
— Este é Black Gold. — Micah anunciou orgulhosamente.
— Senhor, ele é lindo. — Avery acariciou o nariz de grande garanhão. — Você
tem um vencedor aqui.
— Eu estou indo produzir alguns campeões com certeza. — Micah assentiu.
Bowie notou que Cassie estava abraçando a si mesma.
— Frio? — Perguntou.
— Um pouco.
— Está pronta para ir para casa? — Ele acariciou seu pescoço.
Casa. Um tremor atravessou seu coração.
— Sim, eu estou pronta para ir para casa.
Eles se despediram de todos os McCoys e Cassie abraçou o pescoço de Destry.
— Eu vou te ligar amanhã, — ele prometeu, beijando-a na bochecha.
— Venha visitar-nos. — Bowie ofereceu.
— Claro que sim, — disse ele, mas Cassie podia reconhecer que Destry tinha
algo em mente.
O que era?
***
— Estamos ficando melhor nisso. — Cassie suspirou quando ela caiu sobre o
travesseiro.
— Ha! — Bowie riu. — Você deve estar satisfeita com dois orgasmos.
— Três. — Ela levantou o número necessário de dedos.
— De qualquer maneira, é uma boa maneira dos diabos de começar o dia. — Ele
se levantou e se espreguiçou. — Quais são seus planos?
Cassie balançou um pouco e rolou para olhar para ele.
— Bem, se está tudo bem, eu pensei que eu ia fazer um lote de loção de mão
para complementar a minha nova fragrância da vela.
Ela parecia tão deliciosa esticada na frente dele que ele não poderia resistir
beijar cada pedaço de pele que ele podia ver exposta em sua barriga, onde sua camisola
tinha subido.
— E qual seria essa nova fragrância?
— Sol e mar. Inspirado por nossa viagem juntos.
— Eu não posso esperar para senti-la. — Ele começou a recolher suas roupas.
— E você? — Ela perguntou. — Você tem tempo para o café?
— Está manhã estarei na loja por um tempo. Por que eu não corro e começo as
coisas e apareço de volta em cerca de uma hora e meia.
— Ótimo, eu vou fazer alguns waffles.
— Descanse um pouco, se você quiser, eu gosto da ideia de você estar aqui na
minha cama.
— A nossa cama. — Cassie suspirou, satisfeita.
— Nossa cama, — ele concordou. A vida era perfeita.
Quase.
Quando Bowie saiu da loja, George e Michael estavam bebendo café.
— Como está o Tanner? — Perguntou George.
— Deixe-me saber mais tarde. — Ele foi até sua mesa e sentou na cadeira que
rangeu e chamou o seu amigo.
Quando Tanner respondeu, sua voz era fraca.
— Malone, meu herói.
Bowie riu.
— Ei, eu tenho que mantê-lo por perto, você é o meu alívio cômico. Sério, como
você está?
— Eu vou viver, tive que pegar algumas transfusões, mas eu vou estar tão bom
como novo em poucos dias.
— Fico feliz em ouvir isso.
— Eu te devo minha vida, cara. Você me salvou. — Tanner bufou. Bowie podia
ouvir vozes ao fundo. — Os médicos me dizem que vão redigir a sua técnica em
algumas revistas médicas.
— Ei, eu acho que cada kit médico devidamente embalados deviam incluir
canudos e fita adesiva. Além disso, lembre-se, você me salvou primeiro. Eu te devia
uma.
Quando Bowie saiu do telefone, George tinha deixado para fazer uma entrega a
curto prazo. Mas Michael estava esperando por ele.
— O que está acontecendo?
Seu tio enfiou a mão no bolso de trás e tirou um recorte de jornal amarelado.
— Eu achei isso. Eu pensei que eu o tinha, sua tia guardava tudo, que Deus a
tenha.
— O quê? — Ele estendeu a mão, sabendo em seu coração o que seria.
— Prova. — Aquela palavra que Michael falou perfurou o peito de Bowie.
Passando por cima da luz, ele começou a ler.

17 de Julho de 1995
Cassie Cartwright, de seis anos, filha de Elzie e Adele Cartwright, foi baleada no sábado por
Travis Malone, nove anos de idade, filho de Jim e Mary Malone. O incidente foi considerado um
acidente. Malone e um amigo estavam atirando rifles em um alvo e Cartwright estava a alguma
distância atrás do alvo. Ela foi levada às pressas para o hospital em estado crítico. Nenhuma
acusação foi arquivada.
Mesmo que o artigo só confirmou o que ele já suspeitava em seu coração,
apenas lê-lo fez Bowie querer vomitar.
— Obrigado. — Ele tossiu, dobrou o papel e colocou no bolso de trás.
Capítulo Doze

— Se vocês estão vindo comigo, se apressem. — Cassie segurou a porta do


banheiro aberta. Sassy e Patience foram se adaptando bem, mas eles ainda
acompanhavam cada movimento que ela fazia. Os outros animais tinham os aceitado
por isso parecia que eles estavam bem no seu caminho para se tornar uma grande
família feliz.
O Bassê e o gato malhado entraram no banheiro e ela fechou a porta.
Ficar limpa agora era um sonho absoluto. Depois da renovação, o chuveiro era
enorme, dois metros de largura, um metro e meio de profundidade com um banco e
quatorze chuveiros. Não só poderia Cassie rolar toda a sua cadeira com muito espaço
de sobra, mas havia espaço para Bowie e um dos camelos se ele estava decidido a dar-
lhe um banho.
Cassie suspirou e sorriu para si mesma enquanto ensaboava e enxaguava.
Ela tinha tomado uma decisão, era a vez de dela dizer a Bowie como se sentia a
respeito dele. Segurar as palavras foi crescendo quase impossível. Ele poderia não dizê-
lo de volta, mas ele tinha mostrado que a amava de mil maneiras. Mas ela precisava
dizer as palavras. Seu amor foi um presente e ela precisava dar para ele.
Os waffles estavam no aquecedor, para que ela não se demorasse. Cassie queria
estar fora e vestida quando Bowie voltasse. Assim que ela se secou e se vestiu
novamente, ela ouviu um barulho. Demorou um pouco para descobrir que era o seu
telefone celular. Lançando-se através da porta do banheiro ela correu ao redor da cama
e pegou o telefone. Dizia o ID de chamador particular.
— Olá?
— Cassie?
Ela não reconheceu a voz.
— Sim, esta é Cassie.
— Ei, como você está hoje? É Destry.
Cassie se iluminou.
— Oh, hey, Destry! Eu estou bem. Foi tão bom vê-lo ontem à noite.
— Foi bom, eu concordo. Eu deveria ter ligado mais cedo.
Ela o ouviu limpar a garganta.
— Tem alguma coisa errada, Destry?
— Não, quero dizer…
Ele disse uma coisa que Cassie não entendia.
— O que você disse?
— O inferno, eu preciso te contar uma coisa.
— Tudo bem. — Isso não pode ser bom.
— Bowie Malone é um cara legal e eu estou contente de vocês dois estarem
juntos, mas eu tenho que perguntar se você sabe quem ele é.
— Saber quem ele é? — Cassie estava confusa. — Sim, eu o conheço há muito
tempo. Ele é um homem maravilhoso que tem um bom negócio, faz trabalhos de
caridade incrível, tem grandes amigos e adora animais. — Além disso, ele vê algo em
mim que ninguém mais vê, ela acrescentou silenciosamente.
— Eu não tenho dúvida nenhuma disso, eu tive relações positivas com ele
pessoalmente e os McCoys consideram que ele é da família.
— Então, o que você quer dizer? — Cassie se sentiu nervosa e insegura.
Ela não tinha ideia do que Destry ia dizer. Bowie era casado? Ela não tinha visto
nenhuma indicação de uma mulher. Ele estava em apuros?
— Cassie… — Destry parecia estar lutando com as palavras. — Bowie Malone é
a pessoa que atirou em você quando você era uma garotinha. A culpa é dele que você é
do jeito que é.
Tudo o que ela podia fazer era ofegar. Não havia ar em seus pulmões.
Como podia ser isso? Se ela não tivesse sentada, ela teria caído.
— Como você sabe?
— Lembrei-me do nome. Todos o chamavam de Travis na época e eu o conheço
agora como Bowie Malone. Eu nunca tinha ouvido alguém chamá-lo de Bowie Travis
antes. Mas quando ouvi Jessie falar sobre como o bebê foi nomeado por ele, me bateu.
Então, liguei para meu pai e perguntei.
— Meu Deus, — foi tudo o que conseguiu dizer.
— Então, eu acredito que você não sabia e ele com certeza não confessou.
— Eu não acho que ele sabe. — Cassie exclamou. — Ele nunca disse uma
palavra. Certamente ele teria dito alguma coisa.
Destry tentou soar reconfortante.
— Talvez ele não saiba. Ele era muito jovem e seus pais tentaram protegê-lo. Na
verdade, eles se mudaram não muito depois do incidente.
Cassie apenas gaguejou, ela não sabia o que pensar.
— Bem, eu não sei…
— Olha, eu não tinha a intenção de incomodá-la. Eu apenas pensei que você
deveria saber.
— Não, eu estou feliz que você fez. — Ela escovou o cabelo da frente dos olhos
e algumas lágrimas do rosto. — Posso pensar sobre isso e retornar para você?
— Você não me deve nada, Cassie. — Destry falou uniformemente. — Eu só
tinha que lhe dizer, eu pensei que eu lhe devia isso. O que você faz com a informação é
inteiramente sua decisão.
Uma vez que ela colocou o telefone no gancho, ela colocou a cabeça entre as
mãos e tremeu. Ela não sabia o que pensar. Tudo o que eles tinham dito e feito correu
através de sua mente. Ela poderia perdoá-lo? Ela poderia viver com isso? Sim.
A resposta foi um inequívoco sim.
Assim como ela havia dito anos atrás para sua avó, ela já havia perdoado o
rapaz que fez isso com ela. E agora, descobrir que o menino era o homem que ela
amava não mudou nada.
E ele não sabia, ele não podia. Bowie nunca tinha dito, o encontro foi acidental e
sua relação tinha evoluído normalmente. A única coisa que incomodava era como dar a
notícia a ele.
Apesar de sua resolução, Cassie estava um pouco fora de seu jogo. Ela se
dirigiu para a cozinha e notou que Bowie estava atrasado, quase uma hora depois do
que ele disse que seria. Ele estava ocupado, e ela podia entender isso. Então, ela deixou
os waffles onde eles estavam e passou a ir sobre o seu dia, trabalhando em suas poções
e fazendo um bolo para o jantar. As tarefas mundanas a faziam se sentir melhor.
Depois de mais uma hora, ela jogou os waffles e decidiu fazer um stir fry no
caso dele vir para o almoço. Algo deve ter surgido.
A cozinha era um sonho de trabalhar agora de que ela poderia alcançar os
cortadores. Tudo era facilmente acessível. Cortar os legumes, dourar um pouco de
carne, acrescentando os temperos, não demorou muito para que ela tivesse uma
mistura saborosa. Por fim, ela colocou em arroz e em seguida sentou-se à mesa para
trabalhar em seu website.
Cassie perdeu a noção do tempo, por isso, quando Bowie entrou pela porta dos
fundos, ela pulou. Ao vê-lo, depois do que tinha acabado de aprender, foi um pouco
estranho. Parte dela parou para analisar o que sentia por ele e pelo acidente;
ressentimento, raiva, suspeita, desconfiança? Não, ela sentia nenhuma dessas coisas.
Tudo o que podia detectar em seu coração e mente era a alegria em sua presença, o
interesse em seu bem-estar e um imenso amor e necessidade de estar com ele.
— Ei, você perdeu os meus waffles. Há algo de errado?
Bowie murmurou baixinho: — Eu sinto muito, cupcake. — Ele a beijou
brevemente. — Eu fiquei preocupado com alguma coisa e esqueci. Perdoe-me?
— Claro, claro. Eu tenho o almoço pronto e bolo. — Ela ofereceu com uma
cadência de sua voz.
— Parece maravilhoso, deixe lavar-me. — Ele desapareceu.
Algo o estava incomodando? Cassie pegou seus pratos. Diabos, sabendo o que
ela sabia, sua imaginação pode ir selvagem.
A mente de Bowie era uma mistura de emoções. Obter confirmação de seu
papel no trágico passado de Cassie tinha feito mais de um impacto sobre ele do que ele
imaginava. Caminhando para sua mesa, ele abriu a gaveta e tirou o recorte de jornal
dentro. Não havia dúvida de que ele ia ter que lidar com isso, mas agora ele tinha uma
tarefa mais importante em sua mente.
Anéis.
Nos próximos dias, Bowie ia fazer a pergunta e pedir para Cassie se casar com
ele.
— Bowie!
A voz de Cassie ecoou pela casa. Uma onda de desejo e medo rasgou. E se ele
fodeu com isso? Talvez ele devesse apenas dizer-lhe tudo isso agora.
Era estranho, Bowie tinha enfrentado uma série de perigos em sua vida, mas
esta foi a única vez que ele estava realmente com medo.
***
— Deixe-me ver sua mão, Cassie-para-resumir.
Eles estavam assistindo filmes, aconchegados juntos no sofá, assistindo O
Silêncio dos Inocentes. Ela colocou a mão na sua e imediatamente apertou o cerco
contra os dedos quando Buffalo Bill seguiu o movimento de Jodie Foster no escuro
enquanto ele estava usando óculos de visão noturna.
Quando estava prestes a tocar o cabelo de Jodie, Cassie pulou um pouco e
escondeu a cabeça no peito de Bowie.
— Eu não posso acreditar que você nunca viu esse filme. — Ele estava fazendo
um grande esforço para melhorar o repertório cinematográfico de Cassie. Havia o
preocupado que ela nunca tinha visto O Iluminado ou Uma Obra Prima do Medo ou 3
Homens e um Bebê ou O Poderoso Chefão - filmes que ele sempre amou.
— Eu assisto o History Channel e QVC, — ela falou em sua camisa. — Coisas
como essa me assustam quando estou sozinha.
— Você não está mais sozinha. — Ele pegou a mão dela e começou a brincar
com um anel que usava no dedo anelar direito. Certamente, seria o mesmo tamanho de
seu dedo do anel de casamento. Deslizando o anel fora, ele colocou em seu dedo
mindinho e ele veio direito à primeira junta. Gotcha! Agora, ele poderia medir para o
joalheiro.
Sem pensar, ele jogou a perna no sofá e empurrou-a para que ela estivesse mais
em cima dele. O movimento a fez estremecer e ela soltou um pequeno murmúrio de
dor.
— Deus, eu sinto muito, Cassie. — Ele ficou imediatamente parado. — Eu não
tive a intenção de machucá-la.
— Está tudo bem. — Ela deu um tapinha no seu estômago. — Apenas me
moveu para o lado errado, isso não acontece muitas vezes.
Ainda assim, machucando-a, o machucava.
— Conte-me sobre a operação que você mencionou no caminho para Galveston.
— Bowie puxou o cabelo longe de seu rosto para que ele pudesse vê-la melhor.
Ela levou o seu dedo e desenhou uma forma do coração em seu peito.
— Minha família brigou por isso.
— Por quê? Se é dinheiro, isso não é problema. Eu pagaria qualquer valor, a
qualquer hora para te ajudar, eu quero que você saiba disso.
Cassie ficou tensa. Ela não queria falar sobre isso com Bowie. Não contar a ele
sobre o envolvimento dele sentia como se mentisse para ela.
— O dinheiro não era realmente o problema.
Era agora. Sendo trabalhadora por conta própria, ela não tinha um seguro de
saúde muito bom.
— Qual era o problema? — Ele inclinou o queixo para que ela pudesse olhar
para ele.
Inferno, ela não sabia o que dizer. Mas ela disse.
— Porque isso poderia ir de qualquer maneira.
— O que você quer dizer? — Os médicos nunca afirmaram que poderia me
fazer andar perfeitamente de novo, mas eles poderiam remover o fragmento de bala
que está pressionando em minha espinha. Mas…
Cassie o sentiu tremer debaixo dela, então ela abraçou-o com força.
— Mas o quê?
— Bem, uma das duas coisas poderia acontecer. No melhor caso, eu poderia
estar livre da dor, o que seria maravilhoso. Eu poderia ficar melhor, andar um pouco,
talvez com aparelhos.
— Na pior das hipóteses? — Bowie se preparou. Ele nunca pediria a ela para
colocar sua vida em risco.
— Na pior das hipóteses é que eu perco todas as sensações abaixo das
vértebras, e estar verdadeiramente paralisada, sem, mais sentir nada abaixo da cintura.
Cada palavra que ela falou causou em Bowie sofrimentos indizíveis. Isso tudo
foi culpa dele.
— Se isso significa que você não tem dor, Cassie, como você pode dizer não?
— Porque, eu não poderia ter prazer também. E você não…
— Não o que, boneca? — Ele beijou uma lágrima de seu rosto.
— Você não iria me querer mais.
Ele pegou o rosto dela na palma da mão, para que ela não conseguia desviar o
olhar.
— Eu sempre quero você! Sexo não é o motivo pelo que estou com você!
O coração de Cassie se encheu de amor.
— Mas com certeza faz estar juntos divertido. — Tentando mostrar-lhe o
quanto ela queria, ela moveu a mão até sua virilha e segurou a protuberância que ela
encontrou lá. — Eu não acho que posso desistir disso, eu não acho que eu posso
desistir de você.
— Há muitas maneiras de fazer amor, Srta. Cassie. E ninguém está falando
sobre desistir de ninguém. — Ele não tinha terminado completamente com este
argumento, mas a fricção insistente dela em seu pau foi tornando-se difícil de se
concentrar.
— Podemos falar sobre isso mais tarde? — Ela perguntou.
— Qualquer coisa que você disser, baby. — Bowie saiu de debaixo dela e
levantou-se, deslizando seus braços por baixo dela e pegando-a como se fosse feita de
vidro afiado.
— Bowie, não se preocupe com o que aconteceu antes. Eu quero você, todo
você, eu vou deixar você saber se eu sentir a primeira pontada de dor. — Ela beijou sua
bochecha. — Mas, por favor, por favor, me trate como se fosse qualquer outra mulher.
Qualquer outra mulher? Ela não entendeu.
— Isso é impossível. Eu nunca me importei com qualquer outra mulher do jeito
que eu me importo de você.
Levando Cassie para o quarto do piso térreo que ele tinha renovado até um
elevador poder ser instalado, ele a colocou no meio da cama king size.
— Você é tão linda. — passando seu vestido sobre sua cabeça, ele roçou sua
boca através de seu sutiã, a renda fez muito pouco para esconder sua aréola inchada ou
o rosa distendido inchado de seu mamilo. — Eu não posso tirar meus olhos de você.
Você é como um dom precioso. Saber que eu posso te tocar, te beijar, fazer amor com
você é incrível. O que foi que eu fiz para merecer você?
— Talvez tenha sido apenas predestinado, — disse ela. Talvez tudo isso -
acidente, seu encontro casual, o milagre que ele poderia estar atraído por ela, talvez
tudo era apenas destinado a ser.
— Eu sou um homem de sorte, — ele gemeu quando ele desabotoou o sutiã e
capturou os dois seios em suas mãos, seus polegares esfregando em seus mamilos. —
Você parece tão boa, me sinto muito bem, — ele gemeu quando ele massageava seus
seios nus.
— Você sabe do que precisamos? — Ela perguntou quando ele se inclinou para
seu peito e começou a mamar.
Ele não tirou a boca, apenas disse, — Hmmm? — Com o mamilo ainda na boca.
Cassie amassou seus dedos pelos cabelos dele.
— Precisamos de um desses balanços de sexo.
Bowie parou no meio chupar.
— O que você disse? — Seu pênis foi de apenas duro para concreto.
— Já vi fotos dessa coisa de balanço, ele tipo que parece com uma rede com
todos esses cabos e estribos, mas eu adoraria me pendurar lá, enquanto você…
— Foda-se! — Ele atirou as suas vestes, da esquerda e direita. — Eu vou te
comprar um maldito parque inteiro, se você quiser. Inferno, eu vou construir outra ala
da casa. — Bowie era urgente agora, precisando dela com desespero ao contrário de
qualquer outro que já tinha experimentado. — Se você quer tentar algo novo, vamos
fazer isso.
Ele puxou dois travesseiros para baixo e os empilhou.
— Deite através destes, viradas para baixo. Ele vai colocar o seu pequeno rabo
no ar e eu posso levá-la por trás, sem colocar pressão sobre você. Ok?
Balanço de sexo, meu Deus. Quão abençoado um homem poderia ser? Cassie o
deixou ajuda-la a se organizar a sobre os travesseiros. Já não sentia qualquer
constrangimento, tudo o que ela sentia era amor e uma dor constante por estar com ele
como ela podia.
— Você me quer? — Ele perguntou, com um grunhido quando ele caiu de
joelhos na cama atrás dela.
— Deus, sim, — ela gemeu. Com um rápido, certo empurrão nos quadris dele,
ele a empalou.
Êxtase arqueou através de seu corpo como eletricidade viva e Cassie agarrou a
cabeceira da cama e segurou firme quando Bowie empurrou duro, exigente,
empurrando, batendo.
— Oh meu Deus, oh meu deus, — ela cantava enquanto empurrava em sua
boceta de novo e de novo. Ela podia ouvir sua carne batendo juntos. E quando ele
chegou embaixo dela para brincar com seu clitóris, ela sentiu o mundo explodir em
chamas no momento exato em que ele explodiu dentro dela. Cassie sentiu-se fora de
controle e ela apertou o cerco contra o mais forte que podia, amando o pulsar de seu
pênis e a corrida de umidade como ele surgiu dentro dela. Os tremores pareciam ir e
vir quando ele acariciou suas costas, beijou seu pescoço e disse-lhe quão preciosa ela
era.
Depois, Cassie não se lembrava de ficar sob as cobertas ou Bowie a limpar.
Tudo que ela sabia era que ela estava feliz, acolhida, segura e satisfeita.
***
Alguns dias só começam ruins e pioram à medida que eles continuam.
Aqueles eram os dias em que Bowie só desejava que ele pudesse fechar os olhos
e acordar em sua cama e começar de novo. O primeiro erro, ele dormiu demais e
perdeu uma teleconferência com o chefão da plataforma de petróleo e seu gerente
geral. Em segundo lugar, de alguma forma, o porco pote-barriga tinha ficado trancado
no celeiro e tinha comido um saco inteiro de milho e George teve que levá-lo ao
veterinário quando Bowie foi deixado para fazer as pazes com o pessoal do petróleo.
Pior, ele perdeu o almoço com Cassie, o que o colocou em um clima de tempestade e,
em seguida, o telefone tocou.
— Olá?
— Malone, este é Arnold Copeland de Wimberley. Temos uma situação, eu
tenho certeza que você já ouviu. Desde que é o filho do senador Horton e um amigo,
está em todas as notícias. Eu sei que o seu parceiro de mergulho está fora de serviço,
mas nós precisamos de você. Nós contatamos Joseph McCoy para nos ajudar. Ele tem
alguma experiência nesta área.
Mesmo antes de fazer a pergunta, Bowie teve um mau pressentimento.
— Não, eu não ouvi nada, o que estamos falando?
— Poço de Jacob. As crianças foram fazer mergulho em cavernas no poço de
Jacob e elas não voltaram. — Esta notícia fez tudo o que tinha dado errado naquele dia
um pedaço de bolo. Calafrios cobriram o corpo de Bowie, quando ele percebeu o que
estava sendo solicitado a fazer. Ele havia realizado dezenas e dezenas de salvamentos
em sua carreira e não havia muita coisa no mundo que ele não iria atacar, mas poço de
Jacob era um lugar que lhe dava arrepios. Ele tinha estado lá duas vezes e jurou a tudo
por tudo que era sagrado que ele não iria nunca voltar.
Pela primeira vez, Bowie quase disse não.
— Quanto tempo eles estão lá em baixo?
— Por muito tempo, mesmo com um tanque extra, mas ainda é classificada
como uma missão de resgate neste momento.
— Bem, pelo menos é alguma coisa. — Mas se ele tivesse conseguido passar da
segunda câmara, havia um par de lugares que poderia enganar um mergulhador
experiente, muito menos um novato. Uma falsa chaminé, um leito de cascalho, que era
quase como areia movediça e uma sala cheia de lodo fino que poderia vomitar uma
nuvem e obscurecer a sua visão até que você não sabia que fim foi para cima e isto era
apenas alguns dos perigos. Havia também a possibilidade de envenenamento narcose
por nitrogênio. Pelo menos nove pessoas haviam morrido no poço de Jacob, alguns
cujos restos mortais nunca foram recuperados.
Bowie abaixou a cabeça e enviou uma oração.
— Eu estarei lá o mais rápido que eu posso dirigir.
Ele nem sequer teve tempo para voltar para casa. Chamando Cassie em seu
celular, ele deixou tocar até que foi para o correio de voz. Droga. Não havia tempo a
perder. Agarrando seu equipamento, ele saiu.
***
Cassie ouviu o telefone tocando, mas parecia que ela não podia se mover. Ela
estava pegando as coisas em seu quarto e encontrou o talão de cheques do Bowie. Sem
querer o colocar no local errado, ela tinha ido até sua mesa para colocá-lo na gaveta de
cima. Ela não tinha nenhuma intenção de bisbilhotar. Mas quando ela concentrou seus
olhos, ela viu seu próprio nome em um pedaço de papel de jornal amarelado.

CASSIE CARTWRIGHT BALEADA EM ACIDENTE

Com os dedos trêmulos, ela ergueu e examinou o pequeno artigo. Uma dor
esmagadora centrada em torno de seu coração. Cassie pensou que ia desmaiar.
Bowie sabia.
Ele sabia.
Bowie sabia que ele tinha sido o único a atirar nela.
Cassie se dobrou na cadeira. Deus. Deus. Deus. Ele sabia.
Ela estava tremendo. Balançando. Tentando descobrir o que isso significava. Ele
sabia, mas ele não tinha dito nada. Deus, ele estava refazendo sua casa. Ele levou-a
para sua casa. Bowie foi abrindo espaço para ela em seu mundo. Ele estava dando a ela
uma vida que ela nunca esperava ter.
— Deus, não! — Cassie começou a chorar.
Bowie não estava com ela porque a amava. Ele não estava com ela porque ele a
desejava.
Bowie estava com ela porque se sentia culpado.
Tristeza a venceu que ela mal conseguia se mover. Incapaz de suportar, ela
pegou algumas de suas coisas e chamou Sassy e Patience. Levou um par de viagens e
um pouco de tempo para carregar suas velas e materiais, mas o mais rápido que pode,
Cassie os carregou e dirigiu para casa. Ela mal conseguia ver a estrada através da
névoa de lágrimas.
Seu mundo tinha apenas quebrado a seus pés.
***
Bowie dirigiu o mais rápido que pôde. Era pouco mais de cento e vinte
quilômetros de Bandera ao poço de Jacob. Ele só tinha estado na estrada cerca de 20
minutos, quando ele decidiu chamar Cassie novamente. Chegando no bolso para seu
telefone celular, ele veio vazio.
— Merda! — Ele procurou em torno do assento e se inclinou para procurar em
sua engrenagem. Droga! Ele havia deixado deitada sobre a mesa.
— Porra, eu não posso voltar agora. A vida de alguém está dependendo de nós.
— Ele correu, deixando sua mente vagar. Hoje, ele tinha planejado comprar um anel
para Cassie. Bowie tinha que sorrir, lembrando sua paixão da noite anterior. Deus, ela
era quente. Ele a amava muito. A única nuvem em seu céu era o fato de que ele não
tinha sido honesto sobre seu passado.
Senhor, quem ele estava enganando? Isso não era uma nuvem, era uma porra
de um ciclone. Bowie prometeu, logo que ele chegasse em casa, ele iria fazê-la
entender, de alguma forma.
Quanto mais se aproximava de Wimberley, mais as lembranças do poço de
Jacob vieram clamando em sua mente. Ele tinha feito uma abundância de mergulho em
cavernas. Na verdade, ele e Joseph tinham feito algumas juntos.
Inferno, Joseph tinha recordes no passado. Mas poço de Jacob não era um lugar
normal. Se ele acreditasse em maldições, ele diria que o lugar foi marcado por uma
tragédia. A história completa da primavera era desconhecida. Os nativos americanos
consideravam a área sagrada e exploradores espanhóis descreveram em seus diários.
Um sobrevivente da Batalha de San Jacinto nomeou poço de Jacob, depois de vir sobre
a primavera e pensando que o lembrou dos poços descritos na Bíblia. Esforços foram
feitos no passado para impedir as pessoas de mergulharem em cavernas, mas mesmo
uma grade que tinha sido instalado foi removida e uma mensagem deixada na parede
da caverna, não tente manter-nos de fora.
A própria experiência de Bowie tinha sido de arrepiar os cabelos. A primavera
em Cypress Creek iria engoli-lo inteiro se você desse uma chance.
Sem dúvida, era um dos locais de mergulho mais perigosos do mundo. Ele
esteve em uma missão para resgatar dois mergulhadores de Houston. A tentativa de
resgate se tornou uma missão para recuperar os restos mortais.
Os mergulhadores inexperientes tinham simplesmente ficado sem ar. Mas na
terceira câmara, Bowie tinha ficado enterrado no cascalho deslizante. Ele ainda se
lembrava do pânico, o pressentimento, o tipo de filme de terror, terror de saber o quão
profundo estava subterrâneo e da incapacidade de se libertar. Assim quando ele ficou
sem ar, ele foi resgatado por dois outros mergulhadores, um deles tinha sido Tanner. A
subida rápida, inconsciente, mas necessária tinha rompido seu estômago. Um encontro
com a morte perto assim era obrigado a assombrar ninguém.
Quando ele desligou na estrada que levava à pastagem, Bowie podia ver
reunindo uma multidão. Todos, desde policiais a repórteres aos paramédicos.
Vendo Joseph, ele pulou do caminhão e correu até onde ele estava.
— Hey, McCoy, posso usar o telefone?
Joseph falou pausadamente: — Bem, olá para você também. — Mas ele lhe
entregou o celular.
— Eu vou explicar em um segundo. — Sem perder tempo, ele tentou número
de Cassie de novo, mas ainda assim, não houve resposta. O correio de voz era ótimo,
mas não desta vez. — Cassie, me ligue! — Ele exigiu. Em seguida, ele tentou Tio
Michael. Graças a Deus, ele respondeu. — Hey, não há tempo, apenas ouça. Estou ao
poço de Jacob. Eu não tenho uma escolha, mas para ir.
— Droga. — Seu tio sabia o que aquilo significava.
— Escute, eu preciso de você para encontrar Cassie, ela não atende o celular.
Estou preocupado. Vou verificar com você quando eu puder.
— Claro.
Bowie desligou, ouvindo seu nome sendo chamado.
— Pronto para ir para baixo, Malone?
Não. A resposta era não.
***
— Bem, onde diabos você pensa que ela está? — George perguntou a Michael
quando eles saíram da casa. — Você acha que devemos chamar a polícia?
— Não. — Michael balançou a cabeça. — Ela poderia ter ido fazer algum afazer,
não adianta entrar em pânico ainda.
— Vamos verificar na casa dela. — George sugeriu.
— Boa ideia. — Juntos, eles pularam no jipe de Michael e foram para o antigo
lugar Sever. Quando eles chegaram, a van de Cassie estava lá. — Graças a Deus.
Mas quando eles foram para a porta e bateram, ninguém respondeu.
— Eu vou entrar. — George abriu a porta. E não estava trancada. — Cassie!
Cassie!
Para seu espanto, ela não estava em casa. O único som de vida foi o latido do
cachorrinho na distância.
— Talvez ela partiu com alguém. — Michael sugeriu.
— Talvez. — George limpou o rosto com a bandana. — Deus, ela tem quente
como um fogo de artifício nesta casa.
— Sim, — Michael observou. — As mulheres são criaturas frias, eu acho. — Ele
olhou pela janela, vendo nada de estranho. — Bem, inferno. O que fazemos agora?
— Eu acho que voltar para casa e esperar um pouco. Talvez nós vamos ouvir de
Bowie em breve. — George começou a sair pela porta.
— Eu estou preocupado com ele. Ele prefere caminhar pelo inferno com seus
pés descalços do que descer no poço de Jacob.
George e Michael voltaram a Vega Verde e tentaram trabalhar, mas George não
conseguia parar de pensar em Cassie.
— Cara, eu espero que ela esteja bem. Se ela não estiver, só vai matar Bowie.
Michael lavou a graxa das mãos.
— O que você quer fazer?
— Voltar lá, eu acho. Nós realmente não demos uma boa olhada em volta. Eu
tenho um sentimento engraçado. Você se lembra de ouvir aquele pequeno cão salsicha
latir? Esse cão raramente saía de seu lado.
— Eu concordo, vamos lá. — Michael começou, mas ele não conseguiu três
passos antes que seu celular tocou. — Bowie?
— Não, senhor. Este é Copeland. McCoy me disse que Bowie chamou esse
número anterior. Você é o parente mais próximo?
Parente mais próximo? Michael quase tropeçou. Ele teve que agarrar seu
caminhão para apoio.
— Eu sou seu tio.
— Bem, eu tenho de informar que Bowie Malone não veio para cima de seu
mergulho na caverna. Joseph McCoy veio tona e voltou para baixo para encontrá-lo.
Mas achamos que você deveria saber.
— O que há de errado? — George gritou. Ele podia ler o rosto de Michael como
um livro.
— Bowie perdido para baixo nas cavernas. Joseph voltou atrás dele.
— Deus, precisamos ir até lá. — George parou e olhou em volta, sem saber o
que fazer. — Não, nós precisamos ver a Cassie em primeiro lugar.
— Eu concordo, mas vamos nos apressar.
Desta vez, quando eles voltaram para a pequena casa branca, eles decidiram
tomar uma abordagem diferente. — Eu vou correr para dentro e olhar mais uma vez,
— George ofereceu. — E você acha aquele cachorro.
***
Bowie pensou em Cassie. Ele podia ver seu lindo rosto. No escuro preto da
caverna, ela era a única luz que ele podia ver.
Como diabos tinha tudo dado tão errado? Ele e Joseph tinham encontrado os
corpos, eles tinham tirado seus tanques em um corredor estreito e eles os tinham
perdido no escuro. Joseph tinha começado a fazer o seu caminho para sair com um
Homem, enquanto Bowie estava seguindo com o outro. Foi um processo trabalhoso
lento. Tudo tinha sido bem até que tinham chegado no meio da terceira câmara. Joseph
estava bem na frente dele quando um cinto tinha escorregado do corpo e jogado uma
enorme nuvem de lodo, efetivamente cegando Bowie.
Ele lutou contra o pânico. Não era possível dizer se o que era para cima e o que
era para baixo, Bowie não tinha escolha a não ser deixar o corpo e começar a tentar
encontrar o seu caminho para fora. Era como nadar através da fumaça, ele não
conseguia ver nada. Por fim, ele tocou o lado da caverna e ele começou a segui-lo. Ele
não podia dizer se ele estava indo para cima e para baixo, mas quando ele chegou a um
beco sem saída, ele sabia que estava acabado.
Tudo o que podia pensar era que ele nunca disse a Cassie que a amava.
***
— Cassie! Cassie! — George e Michael começaram a andar no meio do mato
atrás de sua casa. Algumas guinés correram em volta freneticamente, assustadas com
os passos pesados e grandes vozes.
— Pare! — Michael levantou a mão e George parou ao lado dele. — Ouça.
Eles podiam ouvir um cachorro latindo a alguma distância.
— Vamos. Para baixo pela enseada. — George decolou em uma corrida.
— Oh, Deus. — Michael bufou enquanto seguia seu amigo. Eles correram
algumas centenas de metros mais. — Cassie!
— Eu estou aqui. — Veio uma voz fraca.
Rompendo os arbustos, viram Cassie no chão.
— Você está bem? — George exclamou enquanto corriam para ela.
— Sim, acho que sim. — Ela começou a soluçar. — Minha cadeira ficou presa
em uma raiz e me virei.
— O que você está fazendo aqui, menina? — Michael perguntou quando ele a
pegou.
— Eu só precisava pensar, — ela chorou. — Foi um erro.
— Eu diria que sim, — disse George e Michael bateu-lhe. — Quer dizer, eu só
estou feliz que te encontrei.
— Por que você saiu de casa? Bowie tentou alcançá-la várias vezes.
— Eu desliguei meu telefone, — Cassie admitiu.
— Por quê? Vocês dois brigaram? — Perguntou George.
Michael não disse nada, porque ele pensou que ele sabia sobre qual era o
problema e não era o seu gato para deixar fora do saco.
— Não, não realmente, — disse Cassie suavemente.
— Bem, agora não é hora de se preocupar com coisas como essa, — disse
Michael. — Bowie está em apuros.
— Em apuros! — As preocupações de Cassie por ela voaram diretamente para
fora de sua mente. — Onde ele está?
— Vamos lá, vamos a ele. Vamos explicar no caminho.
Michael e George a levaram e ela trocou de roupa rapidamente, tremendo de
preocupação.
— Onde ele está? — Ela gritou, não querendo esperar para saber mais.
— Depressa, Cassie! — Disse George.
— Ele foi chamado para um mergulho ao poço de Jacob.
Michael não pensou que Cassie saberia o que era, mas era uma texana.
— Não, não, — ela sussurrou. — Isso é uma armadilha mortal.
— Exatamente, e ele esteve preso lá antes. Se Bowie tem uma fobia sobre algum
lugar, é esse.
Cassie queria gritar e gritar, mas agora que não faria nenhum bem. Ela
precisava chegar a Bowie.
— Vamos deixar os animais dentro. Estou pronta.
Pouco tempo depois, eles estavam em seu caminho.
***
Joseph McCoy não estava disposto a desistir. Desta vez, ele trouxe uma linha
guia e ele iria encontrar o seu amigo ou… bem, não só foi um ou que ele consideraria.
Seguindo seu caminho de volta através da primeira câmara, ele veio para a abertura
menor levando para a próxima câmara. A cada momento ele pensou em Cady e seus
filhos não nascidos. Mergulho em cavernas não era novidade para ele, mas das outras
vezes tinha sido para o esporte ou a exploração, uma vez que até mesmo para
estabelecer um recorde.
Mas salvar uma vida, isso era completamente diferente. Ele era um tomador de
risco nato, mas isso foi antes que ele tivesse uma família. Agora, ele só pretendia
descer, pegar Bowie, e dar o fora dessa merda de buraco.
Mais à frente ele podia ver uma nuvem de lodo. Não é de admirar. Deus, ele
esperava que Bowie estivesse bem. Se ele tivesse estado por muito tempo, mesmo com
o ar, ele poderia começar a ter envenenamento por narcose de nitrogênio e, em
seguida, ele não estaria pensando claramente que era a possibilidade mais perigosa de
todas. Mantendo seu foco e lutando para manter a calma, Joseph continuou na abertura
em forma de funil. Esta câmara era estreita e cerca de dezesseis metros de
comprimento. Alguns lugares eram tão apertados, ele estava tocando o fundo com o
seu corpo e raspando seu tanque de ar na parte superior. Merda.
Joseph começou a rezar. Bowie era família. Jacob pensou mais de Bowie do que
ele fazia de mais alguém, além de Jessie e BT, Joseph imaginou. Ele não podia deixar
nada acontecer com seu amigo. De repente, ele viu algo se mover. Bowie! Aumentando
sua velocidade, ele estendeu a mão para tocar a figura e Bowie empurrou. Quando
seus olhos se encontraram por trás das máscaras, que não precisava de palavras para se
comunicar. Era hora de ir para casa.
Na superfície, uma multidão ainda maior se reuniu. Todo mundo ficou muito
triste com a morte e horrorizado que poço de Jacob poderia reclamar mais uma vítima
no mesmo dia. Michael, George e Cassie pairaram perto do caminhão de Bowie,
esperando.
Cassie juntou as mãos e balançou-se na cadeira. Ela estava tão preocupada.
Mais do que qualquer coisa ela desejava que ela pudesse ter dito a ele que o amava. Por
que ela se segurou? Realmente não importava sobre o seu passado e ela não sabia o
que o futuro reservava, mas não queria viver em um mundo sem Bowie Travis Malone.
— Olha! Lá estão eles! — Gritos e movimento obscureceram a visão de Cassie,
até que ela o viu. Deus o viu! Tentando mover em direção a ele, ela continuou correndo
em obstáculo após obstáculo.
— Bowie!
Do outro lado do caminho, Bowie a ouviu.
— Cassie! — Ele respondeu.
— Espere, — um médico advertiu quando Bowie começou a se levantar.
— Você não vai a lugar nenhum até que eu diga.
Bowie fez uma careta, mas ele ainda estava sentado. Olhando para cima, viu
George e Michael trazendo Cassie em direção a ele. Deus, ela estava chorando.
— Espere, eu estarei aí, — disse ele, apesar do olhar de advertência que recebeu
do EMT. Merda, ele estava fraco. Apesar de sua urgência para sair do poço, Joseph o
tinha obrigado a ir devagar e no ritmo certo para evitar um problema como ele tinha
experimentado antes.
— Eu vou viver? — Perguntou.
— Sim, acho que sim.
— Bom. — Então ele empurrou para cima e longe e caminhou os poucos passos
até onde ela estava sentada, parecendo um anjo de cabelos dourados.
— Bowie, eu estava com tanto medo, — ela gritou e levantou os braços.
George e seu tio se afastaram e criaram um pouco de uma barreira para eles.
Bowie caiu de joelhos e colocou a cabeça em seu colo.
— Eu estava com medo também. Por que eu não podia te encontrar por
telefone?
— Sinto muito. Eu fugi.
— Fugiu? — Ele olhou para cima. — Por quê? — Vendo as lágrimas, tomou-a
nos braços e beijou-a uma e outra vez. — Você está bem?
Ela soluçou um soluço suave.
— Fiquei presa em um toco.
Bowie bufou.
— O que diabos você estava fazendo em um toco?
— Eu fui até o riacho atrás da minha casa.
— Para quê? — Ela apenas balançou a cabeça. Abraçando-a perto, ele
sussurrou. — Veja, você precisa de mim.
— Podemos ir a algum lugar e ficarmos sozinhos? Eu tenho algo para lhe contar
e falar com você.
A voz e o rosto dela estavam sérios e Bowie sentiu um arrepio passar por cima
de seu corpo.
— Sim, senhora, deixe-me falar com alguns caras primeiro. Não vai demorar,
mas um minuto.
Com um pouco de esforço, ele se levantou e se foi apenas um curto período de
tempo, falando com Joseph, George, Michael e algum homem que Cassie não conhecia.
Um repórter tentou entrar para falar com ela, mas Michael não iria deixá-lo perto.
Cassie estava grata.
Logo, ele estava em seu caminho de volta. Ela não conseguia tirar os olhos dele.
Ele era tão amado. A ideia de algo acontecer com ele era totalmente inaceitável.
— Vamos.
— Tudo bem. — Ele a levou para o seu caminhão e em um minuto eles foram
carregados e puxando para fora do parque. — Eu não quero esperar. Vamos estacionar.
— Ele pegou uma estrada lateral e empurrou seu acento todo o caminho para trás. —
Posso te abraçar?
Cassie hesitou. Ela poderia dizer o que ela precisava dizer em seus braços?
— Sim. — Ela decidiu que podia. A verdade pode não libertá-los, mas isso
abriria as portas da comunicação.
— Agora, por que você foi de volta para sua casa? Queria ir para alimentar as
guinés? Coloquei comida suficiente para um par de dias, para durar uma semana e se
você quiser, podemos levar os urubus para minha casa.
— Não, eu acho que os guinés devem permanecer onde estão. Talvez eu precise
ficar lá com eles. — Deus, isso era difícil. Ela não sabia o que ela estava esperando, mas
não era a maneira como ele reagiu.
— Não voltar para mim? Por quê? O que quer dizer…? — Ele procurou os
olhos, à procura de respostas.
Nervosa e agitada, suas palavras saíram agitadas.
— Eu sei quem você é. Eu sei que você é a pessoa que…
Ela não tinha que ser eloquente para Bowie entendê-la. Lanças enormes de
culpa perfuraram o coração e alma dele. As lágrimas começaram a rolar pelo rosto
dele.
— Deus, Cassie. Eu sinto muito. Por favor me perdoe, me perdoe. Eu não teria
feito isso por nada no mundo. Se eu pudesse voltar as mãos do tempo, eu faria. Por
favor, não me deixe por causa disso… — Ele a puxou para perto e enterrou o rosto em
seu pescoço. — Perdoe-me, por favor.
Ela acariciou sua cabeça, acariciando seus cabelos.
— Está tudo bem, Bowie. Eu perdoo você. Eu te perdoei há muito tempo, antes
de eu saber que era você. Eu não vou sair de casa, porque estou com raiva ou chateada
com o acidente.
— Então, por quê? Por quê? — Ele implorou, emoldurando seu rosto.
— Se você pode me perdoar, então por que não podemos ficar juntos?
Mais uma vez ela tentou formar as palavras.
— Estou saindo porque…
Sem entender, ele perguntou com desespero.
— Você não me ama?
Cassie começou a chorar de novo, segurando-o firmemente.
— Sim, é por isso que eu não posso estar com você.
— Baby, não faz o mínimo sentido. Tente novamente. — Ele a beijou com
reverência. — Eu acho que você é a mulher mais bonita do mundo.
De repente, a barragem rompeu e as palavras vieram derramando-se.
— Eu preciso ir, porque eu te amo e você só está comigo porque se sente
responsável. Você descobriu quem eu sou e você está tentando recompensar para mim.
Você está sacrificando sua vida para tentar me pagar e eu não vou aceitar! Eu não
posso suportar isso. É por isso que eu tenho que ir para casa.
— Não, não. — Bowie protestou. — Você não entende. Você acha que eu estou
com você porque eu sinto pena de você? Eu porra te adoro, eu daria minha vida por
você, eu quero você, só você. Eu não me importo se você pode caminhar, correr, saltar
ou apenas deixar-me carregá-la o resto de seus dias. Eu te amo, Cassie Cartwright. Eu
gostaria de poder apagar as horas e não ter puxado o gatilho, eu trocaria de lugar com
você em um piscar de olhos, mas eu não estou com você porque me sinto responsável,
estou com você, porque vou morrer longe de você.
O coração de Cassie quase parou de bater.
— Você quer dizer isso.
O que Cassie disse não era uma pergunta, era uma declaração. Mas Bowie não
entendia.
— Eu não sei como convencê-la, Cassie. Eu não sei quais palavras dizer.
Gentilmente, ela beijou as lágrimas de suas bochechas.
— Você não precisa de palavras, eu acredito em você. Você me ama, eu posso
ver isso escrito em seu rosto.
— Podemos ir para casa? — Ele sussurrou.
— Sim, vamos para casa.
Epílogo

Bowie passeou pelo corredor do hospital. Ele tinha ajuda. Destry, Jacob, George
e Michael andavam com ele.
— Por que eles não vêm me dizer alguma coisa?
— Em breve, amigo, em breve.
Levou algum tempo, mas Bowie tinha convencido Cassie a fazer a operação. Se
ela pudesse estar livre da dor, ele estava disposto a abrir mão de tudo o que possuía.
— Sr. Malone? — A voz de um médico fez com que ele girasse.
— Ela está em recuperação.
— Como ela está?
Ele caminhou até o grupo de homens.
— Bem, foi um procedimento delicado e não podemos ter a certeza absoluta,
mas acho que eu tenho o fragmento de bala, sem fazer mais danos à medula espinhal.
Bowie quase ficou de joelhos com alívio.
— Posso vê-la?
— Só um minuto, deixe-me explicar. — O médico tinha mais a dizer.
Jacob tocou no ombro de seu amigo, dando-lhe apoio.
— Continue.
— Eu não estou dizendo que ela vai voltar a andar. Não posso nem começar a
prometer algo assim. Mas com a reabilitação, pode haver alguma melhora.
— Enquanto ela não estiver sofrendo, isso é tudo que eu peço.
— Ótimo. — O médico estendeu a mão para apertar a de Bowie. — Acho que
conseguimos esse objetivo.
— Posso vê-la?
— Sim, você pode ir à sala de recuperação. Pode ser um pouco antes de ela
acordar.
— Eu quero estar lá com ela.
— Vamos para a sala de espera, — Michael chamou, mas Bowie nem sequer
olhou para trás.
Quando entrou no quarto, ela estava dormindo, seu cabelo dourado espalhado
sobre o travesseiro. Ele caminhou até ela e se ajoelhou ao lado da cama, colocando seu
rosto tão perto dela que podia.
— Cassie, minha Cassie. Estou aqui.
Ela não se mexeu, então ele apenas se ajoelhou ao lado da cama e cobriu a mão
dela com a sua, colocando sua cabeça sobre a cama. Ele precisava de algum tempo para
recuperar o atraso em seus agradecimentos dando orações de qualquer maneira. Bowie
não sabia quanto tempo ele ficou lá de joelhos.
Isso realmente não importava, ele estava perto dela. Mas quando sentiu uma
mão suave no seu cabelo, ele quase chorou de alívio.
— Bowie?
Ele atirou a seus pés e colocou os braços em volta dela suavemente.
— Baby, oh, baby. Estou tão aliviado.
— Estou? — Cassie não sabia o que perguntar. Ela estava grogue.
— O médico acha que funcionou. Ele removeu a bala. — Uma bala que ele
colocou nela. Enquanto ele vivesse, ele nunca esqueceria. Sabendo que ela o tinha
perdoado valeu o mundo, mas levaria muito mais tempo para ele perdoar a si mesmo.
— Eu nunca vou ser perfeita, — ela sussurrou.
— Você já é perfeita, — foi sua resposta simples. — Se você está livre da dor,
isso é o suficiente de um milagre para mim.
— Você tem certeza? — Ela queria muito ser exatamente o que ele precisava.
— Cassie, eu quero você na minha casa, na minha cama e no meu coração. Eu
quero que você entre em minha vida e deixe as suas preocupações para trás. —
Tomando-lhe a mão, beijou a palma da mão e colocou um anel em seu dedo. — Você
quer se casar comigo?
— Sim, eu te amo, Bowie. — Ela jogou os braços em volta do pescoço.
— Eu não quero que você nunca me deixe ir.
Lento e delicadamente, ele a beijou.
— Bem-vinda ao meu mundo, Cassie.
Sobre a Autora

A cidade natal de Sable será sempre New Orleans. Ela ama a cultura da
Louisiana e permeia tudo o que faz. Agora, ela vive no grande estado do Texas e como
a maioria das mulheres do sul, ela adora cozinhar comida do sul - especialmente Cajun
e Tex-Mex. Ela também gosta de pesquisar o sobrenatural, mas shhhh não conte a
ninguém.
Sable escreve romances. Ela vive em Nova Orleans. Ela acredita que seu
objetivo como escritora é fazer com que seus leitores riam com alegria, chorarem em
simpatia e se abanem quando leem as partes quentes - ha!
Os mundos que ela cria em seus livros são aqueles em que prevalece a direita, o
amor vence tudo e esperar por um herói não é um sonho impossível.

Capítulo Doze (243/910)

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