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EAL 305 – Microbiologia de Alimentos

Relatório – Isolamento e Transferência de microrganismo

Rafaela Gusson Rodrigues – 21.01229-6

1-) OBJETIVO

O isolamento de um microrganismo consiste na obtenção de uma cultura pura, ou seja,


colônias isoladas de um único microrganismo. A finalidade do isolamento é a
identificação e classificação do microrganismo, uma vez que apenas a observação de
caracteres morfológicos não é suficiente. Características bioquímicas, sorológicas e de
patogenicidade, entre outras, podem ser estudadas, a depender do microrganismo que
se deseja identificar.

A partir de qualquer material contaminado, é necessário inocular o microrganismo em


um meio de cultura e, caso seja necessário, transferi-lo para outro meio depois de
determinado tempo devido ao esgotamento nutricional e acúmulo de toxinas,
considerando-se a dinâmica de crescimento bacteriano em sistema fechado.

2-) MATERIAL E MÉTODOS

2.1-) Material

- Solução salina

- Swab estéril

- Placa de Petri contendo meio de cultura Ágar

- Bico de Bunsen

- Tubo de ensaio contendo meio de cultura Ágar

- Alça de inoculação estéril

- Agulha de inoculação estéril

2.2-) Método

- Para coleta das amostras, foram escolhidas as seguintes fontes de contaminação:


cabelo, sola do tênis, dedo da mão, casca do pepino, interior do pepino e ar. Com
exceção do ar, cuja placa foi apenas destampada e deixada em contato com o ambiente,
as demais amostras foram coletadas individualmente com o auxílio de um swab estéril,
que foi imerso em solução salina e friccionado levemente contra o material escolhido.
Após, o swab foi friccionado em movimentos de zigue-zague na placa de Petri com meio
ágar, a fim de inocular os microrganismos da amostra coletada. Todo o procedimento
foi realizado próximo à chama. As placas foram tampadas e mantidas em estufa a 36°C
por 24h, com a tampa voltada para baixo a fim de evitar contaminação das culturas por
acúmulo de água de condensação.

- Após uma semana, as colônias foram analisadas e uma das placas foi escolhida para
a retirada de uma das colônias para isolamento e transferência para outros três meios.
Para a semeadura em Placa de Petri contendo meio ágar, o material foi coletado com a
alça de inoculação estéril através do deslizamento em uma região da placa com inóculo
bacteriano e, logo após, a alça foi deslizada em movimentos de zigue-zague no novo
meio em quatro etapas de sentidos distintos, até o esgotamento do material, a fim de
obter um isolamento perfeito. Todo o procedimento foi realizado próximo à chama.

- Para o tubo de ensaio com ágar inclinado, o material foi coletado com a alça de
inoculação estéril através do deslizamento em uma região da placa com inóculo
bacteriano e, logo após, a alça foi deslizada em movimentos de zigue-zague no novo
meio até o esgotamento do material. Todo o procedimento foi realizado próximo à
chama.

- Para o tubo de ensaio contendo ágar reto, o material foi coletado com a agulha de
inoculação estéril pela técnica de picada. Todo o procedimento foi realizado próximo à
chama.

- A placa foi tampada e mantida em estufa a 36°C durante 24h, com a tampa voltada
para baixo a fim de evitar contaminação das culturas por acúmulo de água de
condensação. Após uma semana, os resultados foram analisados.

3-) RESULTADOS

3.1-) Características das colônias isoladas do ambiente e dos alimentos

3.1.1-) Placa Ar

Características: puntiforme, circular, chata, de borda inteira, superfície lisa, sem


pigmento, opaca.

Número: 23
3.1.2-) Placa Tênis

Características – tipo 1: puntiforme, circular, chata, de borda inteira, superfície lisa, sem
pigmento, brilhante.

Número: 34

Características – tipo 2: 0,4-0,7 cm, irregular, chata, de borda inteira, superfície


ondulada, sem pigmento, opaca, transparente.

Número: 10

3.1.3-) Placa Casca de pepino

Características – tipo 1: puntiforme, circular, chata, de borda inteira, superfície lisa, sem
pigmento, brilhante.

Número: muitas

Características – tipo 2: 0,1-0,4 cm, circular, elevada, de borda inteira, superfície lisa,
amarela, brilhante.

Número: muitas
3.1.4-) Placa Rodela de pepino

Características – tipo 1: puntiforme, circular, chata, de borda inteira, superfície lisa, sem
pigmento, opaca.

Número: muitas

Características – tipo 2: 0,1-0,4 cm, circular, elevada, de borda inteira, superfície lisa,
amarela, brilhante.

Número: 21

3.1.5-) Placa Mão

Características – tipo 1: 0,2-0,3 cm, circular, elevada, de borda inteira, superfície lisa,
mucoide, verde, brilhante.

Número: 3

Características – tipo 2: 0,2 cm, circular, elevada, de borda inteira, superfície lisa,
rosada, brilhante.

Número: 1

Características – tipo 3: 0,2 cm, circular, elevada, de borda inteira, superfície lisa, sem
pigmento, brilhante.

Número: 17
3.1.6-) Placa Cabelo

Características: puntiforme, circular, chata, de borda inteira, superfície lisa, sem


pigmento, opaca.

Número: 24

3.2-) Características da colônia escolhida para isolamento

Placa escolhida: Rodela de pepino

Características – tipo 2: 0,1-0,4 cm, circular, elevada, de borda inteira, superfície lisa,
amarela, brilhante.

Número: muitas

4-) DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

As colônias apresentadas nas placas Cabelo e Ar apresentaram o menor número de


colônias e menor tamanho também. As colônias apresentaram características
parecidas, o que também foi encontrado na placa Tênis.

As colônias de coloração amarela foram encontradas nas placas Rodela de pepino e


Casca de pepino e foram escolhidas para isolamento. Na placa, depois de isoladas, as
colônias se apresentaram em maior número. Apresentou crescimento em Placa de Petri
contendo meio ágar e tubo de ensaio com ágar inclinado. Não apresentou crescimento
no método picada de inoculação em tubo de ensaio.

Após comparação com a literatura, pode-se considerar a possibilidade da bactéria


isolada ser do gênero Xanthomonas, comumente presenta na parte aérea das plantas.
As características descritas em literatura são compatíveis com as analisadas em
laboratório, mas, para determinação da espécie, seriam necessárias análises além da
morfologia.
5-) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CLÁUDIO, Organização ; DINIZ, Galuppo. ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS


Disciplina: Bacteriologia Curso: Farmácia.. Disponível em:
<https://www.ufjf.br/microbiologia/files/2013/05/ROTEIRO-PARA-AULAS-
PR%c3%81TICAS-bacteriologia-2018-vers%c3%a3o-02-2018.pdf>.

LISIANNE BRITTES BENITEZ; FERNANDA FLEIG ZENKNER ; MIREILA ANDREA


LERSCH. CARACTERIZAÇÃO DE BACTÉRIA FITOPATOGÊNICA ISOLADA DE
BRASSICA OLERACEA L. Anais do Salão de Ensino e de Extensão, p. 43, 2012.

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