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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES

Instituto Federal de Brasília – IFB


Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID
Subprojeto - Geografia

RESENHA CRÍTICA DA "PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E A EDUCAÇÃO


ESCOLAR”

Keven Douglas Paca Gomes


keven62128@estudante.ifb.edu.br

De início, Saviani conceitua a pedagogia histórico-crítica como semelhante à uma


pedagogia dita dialética. A pedagogia dialética é uma abordagem educacional que
busca estimular o pensamento crítico e o desenvolvimento do aluno por meio do
diálogo e da reflexão. Ela enfatiza a interação entre professor e aluno, bem como a
interação entre os próprios alunos, promovendo o debate e a troca de ideias. O
método da dialética foi desenvolvido por Sócrates por volta do século VI a.C. e
atualmente permanece vivo por conta do materialismo histórico dialético de Marx.
Entretanto, Saviani opta pelo termo de pedagogia histórico-crítica por conta de ser
mais específico e melhor interpretável, e de fato, o termo dialética é muito amplo já
que foi usado por muitos pensadores para expressar coisas completamente
diferentes ao longo da história.
Ao decorrer do texto, é narrada de forma breve a história da educação no Brasil,
começando com a pedagogia católica vinda com os Jesuítas, passando pela
pedagogia tradicional leiga baseada em ideais liberalistas, que culmina na “escola
nova” que segue concepções filosóficas humanistas modernas de ensino no século
XX, e durante o declínio da escola nova cresce a pedagogia tecnicista a de forma
geral, esses métodos não buscavam gerar cidadãos pensantes, e sim, apenas
reprodutores das normas sociais. Saviani opõe-se duramente ao processo
educacional gestado e mantido pelos interesses da classe burguesa, por acreditar
que o sistema apenas permite que o trabalhador desenvolva na escola ferramentas
básicas para se manter no exercício do trabalho. Cita ainda, que anteriormente, no
período de modo de produção escravista, o senhor de escravos tinha tempo ocioso,
por isso educava-se em escolas, enquanto isso, o explorado era educado pela
atividade do seu trabalho.
Apesar de definir a escola como necessária à formação de todos, e ter grande
apreço por sociedades cooperativas, o autor diminui a importância de itinerários
formativos que tratam de diversos temas relevantes em nossa sociedade, como:
meio ambiente e educação sexual. E acaba optando por restringir o currículo as
matérias de habilidades não críticas.

Referência Bibliográfica
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES
Instituto Federal de Brasília – IFB
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID
Subprojeto - Geografia

SAVIANI. A pedagogia histórico-crítica e a educação escolar (2021)

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