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Processo n: 9876523456987-9
Gean e Jari, já qualificado nos autos em epígrafe, por seu advogado, infra
assinado, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro
no artigo 600, caput, do Código de Processo Penal, apresentar
RECURSO DE APELAÇÃO
Termos em que,
Pede Deferimento.
OAB N: 345-65
RAZÕES DE APELAÇÃO
COLÊNDA CÂMARA
DOUTOS DESEMBARGADORES
SÍNTESE DO PROCESSADO
A defesa preliminar apresentada pelo apelante (fls. 12/15) não foi acolhida,
sendo a denúncia recebida (fls. 09/10).
Com a máxima vênia, o douto magistrado a quo não agiu com o costumeiro
acerto que lhe é peculiar, motivo pelo qual o.decisum deve ser reformado,
pelos fundamentos expostos a seguir.
DO DIREITO
DO CRIME IMPOSSÍVEL
Os apelantes foram condenados por supostamente ter realizado uma
abordagem armada, seguindo de roubo de dois ou mais aparelhos celulares de
uma suposta vitima que caminhava pelo centro de Goiânia.
O diploma penal brasileiro estabelece que “não se pune a tentativa quando, por
ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é
impossível consumar-se o crime” (art.17, CP).
Com efeito, para que o crime de ameaça seja consumado, é preciso que a
conduta do sujeito ativo seja apta a intimidar a vítima, o que claramente não
ocorreu no presente caso.
Considerando que apelante e vítima se afirmam nunca ter tido contato um com
o outro e a própria vitima não encontra recordação de medo na voz.do apelante
ate mesmo da própria altura.
DA ATIPICIDADE DA CONDUTA
A conduta imputada ao apelante é, data máxima vênia, atípica, uma vez que a
simples condução de automóvel com o intuito de acompanhar outro veículo não
tem a mínima capacidade de expor a vida ou a saúde de alguém a perigo.
Por certo, no mundo moderno que vivemos atualmente, com uma sociedade
que a cada dia anseia por mais produtividade, o tempo cada vez mais escasso
e o trânsito sempre caótico devido ao elevado número de veículos aliado ao
mau planejamento das Autoridades Públicas, é absolutamente normal – e
algumas vezes até necessário – que ao se lançar nessa aventura de dirigir em
uma grande cidade como esta, o condutor adote uma direção extremamente
agressiva, com constante mudança de faixa (que eventualmente pode levar à
uma “fechada” em outro veículo), avançando quando o semáforo está amarelo
e emitindo sinais sonoros e de luz, tudo, obviamente, respeitando as lei
vigentes.
Com efeito, o apelante fora condenado como incurso no artigo 132, do Código
Penal e artigo 34, da Lei das, porque supostamente teria realizado uma
perseguição automobilística pelas ruas desta cidade, muitas vezes “fechando”
o carro da vítima e dando sinais de luz para que esta parasse.
Todavia, com o avanço da indústria automobilística, com carros cada dia mais
resistentes, seguros e confiáveis, o comportamento do acusado esteve bem
longe de causar perigo direito e iminente à vida ou saúde de alguém.
DA INSUFICIÊNCIA DE PROVAS
Outrossim, insta salientar que os documentos juntados às fl. 15/29 e 120 não
podem nem mesmo serem considerados como prova, uma vez que
apresentam formatação que impede uma leitura lógica deles, além de não
poder se afirmar quem enviou e recebeu aquelas mensagens.
A verdade é que não há nos autos nenhuma prova que incrimine o apelante.
DO PEDIDO
Ante todo o exposto, requer o Apelante que após conhecido, seja dado
provimento ao presente Recuso de Apelação para o fim de:
II. Caso não seja reconhecido o crime impossível, seja o apelante absolvido da
acusação do crime tipificado no artigo 157, do Código Penal, bem como da
contravenção penal prevista no artigo 65, da Lei das , com fulcro no artigo 226,
do Código de Processo Penal, ante a atipicidade do fato narrado;
Termos em que,
Pede Deferimento.
OAB N: 543-56