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Autos n° ...
Local..., data...
Advogado...
OAB...
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO “X”.
Apelante: Rita
Processo n° ...
I – DOS FATOS
Rita foi denunciada pelo Ministério Pú blico pela prá tica do crime de furto
qualificado pelo rompimento de obstá culo, previsto no artigo 155, §4º, inciso I, do
Có digo Penal.
II – DO DIREITO
Como é sabido, uma conduta para ser configurada em crime é necessá rio
haver tipicidade, ilicitude e culpabilidade. Sem tais características a conduta pode
nã o se enquadrar penalmente.
Na hipó tese em tela, a acusada subtraiu cinco tintas de cabelo, que somaram
o valor de R$49,95 (quarenta e nove reais e noventa e cinco centavos), sendo que
nã o afasta o princípio da insignificâ ncia e nem caracteriza que possa existir uma
habitualidade criminosa.
Assim sendo, requer ainda que seja aplicada a minorante em seu grau
má ximo, de 2/3 (eis que o valor da res nã o se aproximou significativamente do
entã o salá rio mínimo vigente à época dos fatos).
O princípio non bis in idem ou ne bis in idem significa que ninguém pode ser
julgado mais do que uma vez pela prá tica do mesmo crime.
Dessa forma, o magistrado, ao utilizar uma mesma circunstâ ncia (trâ nsito
em julgado da sentença condenató ria por crime de estelionato) para elevar a pena-
base na primeira fase da dosimetria e também para elevar a pena-intermediá ria na
segunda fase da dosimetria, feriu o princípio do bis in idem.
Ainda, percebe que o regime inicial foi fixado de maneira errada pelo
magistrado de piso, pois o mesmo fixou o regime semi-aberto para o cumprimento
da pena.
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