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LOUREIRO, Carlos Frederico B.

Educação ambiental crítica: contribuições e


desafios. In: MELLO, Soraia Silva de; TRAJBER, Rachel (coord.). Vamos cuidar do
Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola. Brasília: Ministério da
Educação, Coordenação Geral de Educação Ambiental: Ministério do Meio
Ambiente, Departamento de Educação Ambiental: UNESCO, 2007.

É um grande desafio atualmente a conscientização sobre a importância


do que se denomina de educação ambiental. Como elemento do currículo, possuidor
de diretrizes que norteiam seu ensino no ambiente escolar, vem se afastando da
imagem de mera apresentação de conteúdos relacionados com a biologia e
ecologia, além da conscientização sobre ações e posturas consideradas
ecologicamente adequados.

É fato que a proteção à natureza é objeto da educação ambiental,


contudo não se limita apenas aos aspectos ecológicos desta. Implica em um
aprendizado cujo objetivo principal é mudar uma postura social que não promove os
cuidados ao meio ambiente. O processo é amplo e complexo que requer
planejamento para que atenda as necessidade social de se mudar atitudes,
desenvolver habilidades e apropriação de valores e atitudes.

Neste contexto se insere a educação ambiental crítica, que é muito


complexa por envolver o ambiente social, a comunidade escolar como um todo, a
natureza, a educação e o próprio homem. Exige a participação de disciplinas afins
para embasar seus conhecimentos e ações, como por exemplo as ciências naturais
e sociais, que devem trabalhar de forma interdisciplinar. Não se finda na teoria, para
que surta efeito deve ser colocada em prática. Devem ser pensadas práxis
educacionais mais adequadas e necessárias para sua efetivação, desde a formação
dos professores, o próprio currículo.

Quanto aos educadores e educandos, são indispensáveis para a


concretização das ações definidas na postura crítica da educação ambiental, pois
devem se manter incentivados a participar do processo prático de mudança de
postura desejada e inerente a essa disciplina. Assim, a mudança proposta pelo
aprendizado da preservação do meio só se concretizam se houver adesão dos
educadores e educandos ao conhecimento ambiental que que é apresentado,
devendo então estes indivíduos se apropriarem deste e fazer uso em seu cotidiano.

Como educadora, acredito haver relevância na proposta curricular de


colocar a educação ambiental em sala de aula e no ambiente escolar, uma vez que
a escola é espaço profícuo para o aprendizado, para a absorção de novos
conhecimentos e para a disseminação de ideais e ideias. As crianças são elemento
indispensáveis nos projetos ambientais, pois com sua curiosidade nata e vontade de
aprender, logo se apropriarão dos princípios da educação ambiental.

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