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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO

IAN PATRICK SILVA CAMPOS

AVA2

SALVADOR
2022
IAN PATRICK SILVA CAMPOS

AVA2

Dissertação solicitada pelo professor da


matéria de Juizados Especiais Cíveis da
Universidade Jorge Amado.

Disciplina: Juizados Especiais


Cíveis

SALVADOR
2022
 
Tutela de urgência no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis.

Para a concessão da tutela de urgência prevista no art. 300 do CPC é


necessário que todos os requisitos legais insertos no artigo citado estejam
concomitantemente comprovados. Se exige “elementos que evidenciem a
probabilidade do direito” e “o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.

Da análise em alguns casos, abstraindo qualquer discussão sobre os


motivos de não ter tido comprovado motivo para tutela, pode-se interligada a
outros viés, como o pedido de inversão o ônus da prova, deve-se ter em conta
que o regramento legal não promove a inversão automática (inversão ope legis),
mas, ao contrário, pode outorgar expressamente ao juízo o poder-dever de
inverter o ônus, se presentes dados pressupostos. De fato, a CF inclui dentre os
princípios da ordem econômica a defesa do consumidor (art. 170, V) e dentre os
direitos fundamentais a sua proteção pelo Estado (art. 5º., XXII). Dando
concretude ao comando constitucional — inclusive ao que determina o dever de
legislar (ADCT 48) — o Congresso aprovou o Código de Defesa do Consumidor,
com a seguinte regra:

Art. 6o São direitos básicos do consumidor:


VIII - a facilitação da óefesa rfe seus direitos, inclusive com a inversão do
ônus da prova, a seo favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou qoanc/o for ele hipossuficiente, segoni:fo as regras
ordinárias de experiências;

Como se nota, a inversão não é automática, mesmo porque não pode


impor ao réu prova de extrema dificuldade ou impossível, diabólica. É justamente
por essa razão que cabe ao juiz analisar, caso a caso, a necessidade da inversão
do ônus para facilitação da defesa do consumidor, vetor constitucional de
interpretação, mas sem impor ao réu uma prova impossivel.

Finalmente, registre-se que a inversão não pode ser tratada apenas como
regra de julgamento, isto é, não pode surpreender o réu, sob pena de macular o
contraditório. É justamente por isso que o CPC atual trouxe regra específica
sobre tema, impondo que a inversão do ônus (agora possível nos processos em
geral), “deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que Ihe foi
atribuído” (art. 373, § 1º) e, ainda, “não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
 

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