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CURSO DE DIREITO
JACIARA – MT
Sumário
Vulnerabilidade do consumidor
E ainda completa:
Com a mitigação do modelo liberal da autonomia da vontade e a massificação
dos contratos, percebe-se uma discrepância na discussão e aplicação das
regras comerciais, o que justifica a presunção de vulnerabilidade, reconhecida
como uma condição jurídica, pelo tratamento legal de proteção. Tal presunção é
absoluta ou iure et de iure, não aceitando declinação ou prova em contrário, em
hipótese alguma.”
Ou seja, ele desviou da regra geral prevista no Código de Processo Civil visando
facilitar a defesa dos direitos do consumidor.
O próprio artigo 6º, inciso VIII, expõe os requisitos para aplicação da inversão do
ônus da prova no CDC: Quando a alegação do consumidor for verossímil e
quando o consumidor for hipossuficiente.
Desde logo, convém deixar claro que esses requisitos não são cumulativos. Isto
é, não é necessária a presença de ambos. Se o juiz verificar a presença de
apenas um dos requisitos, será declarada a inversão do ônus da prova.
Por fim, importa salientar que há casos em que a inversão do ônus da prova se
dá por força da lei. Como por exemplo, nos casos previstos nos artigos 12, § 3º,
II, 14, § 3º, I, e 38 do CDC.
1. técnica;
2. econômica;
3. informacional.
4.
Hipossuficiência Técnica
Hipossuficiência Econômica
Embora não seja essencial que o consumidor faça o pedido de inversão do ônus
da prova, é sempre bom deixar registrado o requerimento já na petição inicial.
A fim de que o réu possa exercer o contraditório e o juiz possa analisar a questão
carregado dos argumentos já vertidos nos autos.
Análise do pedido
Essa prática já não é mais aceita, pois o Superior Tribunal de Justiça pacificou o
entendimento de que a inversão do ônus da prova é regra de instrução. Ou seja,
deve ser analisada na fase instrutória do processo.
Outro ponto importante a ressaltar é que a inversão do ônus da prova não opera
necessariamente a inversão do ônus de custeio da prova. Portanto, é o
entendimento do Superior Tribunal de Justiça:
Esse entendimento é contestado por parte da doutrina com razão. Pois, nos
dizeres de Flávio Tartuce:
Não parece ser lógico que o consumidor adiante uma despesa que só interessa
ao fornecedor, por ser sua única forma de evitar uma derrota na decisão judicial”.
Por fim, cabe frisar que é nula a cláusula que estabeleça a inversão do ônus da
prova em prejuízo do consumidor nos termos artigo 51, inciso VI, do CDC.
Conclusão