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Processo n.:
Requerente:
Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO
APRESENTADA PELO
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
6. Neste sentido, para aclarar este Juízo, importante se faz comentar que o
neologismo desaposentação, passou a chamar a atenção dos juristas
especialistas na matéria da seguridade social, a partir do ano de
1996, especialmente após a publicação de um artigo científico
denominado Direito à Desaposentação, elaborado pelo Ilustre Professor
Wladimir Novaes Martinez e publicado no Jornal do 9º Congresso
Brasileiro de Previdência Social – CBPS.
12. Mesmo se isso ocorresse, ou seja, que fosse alegado a ocorrência prazo
decadencial nos moldes do artigo correto – aliás, prazo prescricional,
pois trata do direito de ação do segurado - não haveria que se falar em
ocorrência de prescrição no presente caso, pois não se trata o direito ora
embatido, de revisão do ato de concessão do benefício previdenciário,
mas sim, de renúncia à aposentadoria como já esposado.
13. Ainda, sobre o art. 103, caput, da Lei 8.213/91, o Professor Fábio
Zambitte Ibrahim, em sua obra Direito Previdenciário, pág. 365, Editora
Impetus, 9ª Edição preceitua:
20. Desta forma, indiscutível que a norma aqui comentada não constitui
vedação aos direitos pleiteados pelo Autor.
DO PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE
26. Sob este prisma, frisa-se que desaposentação não reclama autorização
legal que, aliás, inexiste, provavelmente porque ninguém havia cogitado
disso; não porque o legislador a vede.
27. Desta forma, se não há proibição, deve-se entender, por ser moralmente
justa; e conseqüentemente, que há permissão, sendo esta, daquelas
que dispensam expressa determinação normativa, em consonância
com o art. 5º, inciso II, Constituição Federal, pois trata de renúncia
a direito patrimonial disponível!
28. Para concluir, vale relembrar ainda a este douto Juízo, que nem todo ato
humano lícito, legítimo e válido tem previsão legal, bem como que a
legalidade não é aqui ofendida, pois a desaposentação não causa
prejuízo a ninguém, inclusive à própria Administração Pública, que terá
total fonte custeio para o pagamento do novo benefício ao Autor, que
contribuiu após a aposentadoria, para tanto.
29. Por fim, não pode nos fugir a alegação da ilustre e nobre Procuradora da
Autarquia, de que a concessão do pedido ensejaria ofensa ao art. 40, da
CF.
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30. Sem mais delongas, a ilustre patrona, deveria ter se atentado ao fato de
que o art. 40, da CF, trata do Regime Próprio de Previdência dos
Servidores Públicos (a qual encontra-se vinculada), e não do Regime
Geral de Previdência Social - RGPS, cuja gestão e operacionalização
dos benefícios, é exercida pela Autarquia-Previdenciária que, aliás, é ré
neste processo.
34. Assim, não há que se falar em ferimento à ato jurídico perfeito em face
da Administração Pública.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Termos em que,
Pede Deferimento.
Local e data.
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NOME DO ADVOGADO
NÚMERO DA OAB