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INSTITUTO SUPERIOR MUTASSA

UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO

1º TRABALHO DE DIDÁCTICA DE PORTUGUÊS II


TEORIAS DE APRENDIZAGEM E SEUS PERCURSORES

LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS COM HABILIDADES EM


FRANCÊS

Chimoio, Março de 2023


INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO

1º TRABALHO DE DIDÁCTICA DE PORTUGUÊS II


TEORIAS DE APRENDIZAGEM E SEUS PERCURSORES

2º Ano; 1º semestre.

Estudantes:
Albino Rodrigues Flávio Domingos Seawalha
Ana João Francisco Gonçalves Xadreque
Ana Paula Charles Inês José Jemusse
Betinho Bito Jorge Chiquire Isabel Castigo Escova
Carlos Ferrão Machipissa Johane João André
Conciente Francisco Paulino José colete
Elias Fernando Cadafunda José Florindo Raquia
Elias Gonçalves Chiano José Rui Izequias
Ernesto José Mateus Jaime Charra
Fátima Bonifácio

Docente:
Msc. Suzana Cudzica

LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS COM HABILIDADES EM


FRANCÊS

Chimoio, Março de 2023


Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4
Objectivos: .................................................................................................................... 4
 Objectivo geral:....................................................................................................... 4
 Objectivos específicos: ............................................................................................ 4
Metodologia:..................................................................................................................... 4
TEORIAS DE APRENDIZAGEM E SEUS PRECURSORES ....................................... 5
Contextualização: ......................................................................................................... 5
Conceito da teoria: ........................................................................................................ 5
Teorias de aprendizagem, seus precursores e exemplos............................................... 5
a) Empirismo ou Ambientalismo .................................................................... 6
Behaviorismo ........................................................................................................... 6
Behaviorismo metodológico ou behaviorismo clássico ........................................... 6
Exemplo de behaviorismo metodológico: ................................................................ 6
Behaviorismo radical ................................................................................................ 7
Racionalismo ................................................................................................................ 7
Inatismo ................................................................................................................... 8
Os interacionistas ou Interacionismo ........................................................................ 8
Construtivismo ou cognitivismo............................................................................... 8
Socioconstrutivismo ................................................................................................. 9
Teorias Humanistas .................................................................................................... 10
Conclusão ....................................................................................................................... 11
Referências bibliográficas .............................................................................................. 12
Introdução

Neste presente trabalho da cadeira de Didáctica de Português II, com o tema, teorias de
Aprendizagem e seus precursores visa abordar sobre as teorias num sentido amplo,
desde a sua origem, os seus conceitos, e exemplos. Tendo em conta que no campo das
escolas da aprendizagem, a mesma se baseia de formas diferentes com relação ao aluno,
dessa forma o educando pode ser um sujeito passivo ou activo, diante dessa busca pela
aprendizagem. Uma teoria da aprendizagem é uma tentativa de descrever o que
acontece quando se aprende e como se aprende. Em psicologia e em educação, são os
diversos modelos ou padrões que visam explicar o processo de aprendizagem pelos
indivíduos. Para os seres humanos se desenvolverem é necessário aprender coisas novas
a todo o momento. Sejam habilidades motoras, idiomas ou cálculos matemáticos: todos
possuem seus próprios métodos para processar a informação transformá-la em
conhecimento.

Objectivos:
 Objectivo geral:
 Conhecer as teorias de aprendizagem

 Objectivos específicos:
 Mencionar as teorias de aprendizagem e seus precursores.
 Explicar as teorias de aprendizagem e seus respectivos exemplos.

Metodologia:
A metodologia usada durante a pesquisa para a elaboração deste trabalho foi
fundamentada, basicamente, na pesquisa bibliográfica. Segundo Gil, a pesquisa
bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas e
publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos e páginas
de Web sites. (Gil, 2008). De acordo com Gil, os exemplos mais característicos desse
tipo de pesquisa são investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise
das diversas posições acerca de um problema. (Gil, 2007, Apud Gerhardt, Silveira,
2009).

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TEORIAS DE APRENDIZAGEM E SEUS PRECURSORES

Contextualização:
As Teorias de aprendizagem são os estudos que procuram investigar, sistematizar e
propor soluções relacionadas ao campo do aprendizado humano.
Esta área de investigação remonta à Grécia Antiga, neste período, o processo pelo qual
uma pessoa adquire conhecimento já era tema de investigação dos filósofos gregos.
Entretanto, a área de estudo ganhou destaque a partir do século XX, quando o advento
da psicologia.
O principal factor que diferencia uma teoria de outra é o ponto de vista sob o qual cada
uma trabalha. Existem as teorias que abordam a aprendizagem a partir do
comportamento, outras a partir do aspecto humano ou, ainda, aquelas que consideram
apenas a capacidade cognitiva de cada um.
Como o campo da investigação do conhecimento humano é bastante vasto, algumas
teorias obtiveram destaque ao longo do século, servindo como base teórica para os
estudos nesta área.

Conceito da teoria:
Denominam-se teorias da aprendizagem os modelos que visam explicar o processo de
aprendizagem pelos indivíduos. As teorias de aprendizagem buscam reconhecer a
dinâmica envolvida nos actos de ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da
evolução cognitiva do homem, e tentam explicar a relação entre o conhecimento pré-
existente e o novo conhecimento.

Teorias de aprendizagem, seus precursores e exemplos.


Do ponto de vista dos modelos de aquisição existem muitas teorias de aprendizagem
nomeadamente: Teoria Experiencial, Teoria Cognitiva da Aprendizagem, Teoria Social
Cognitiva, Andragogia, Teoria da Carga Cognitiva e a Teoria de Fitts e Posner, entre
outras. Porém, abordaremos duas correntes principais: O empirismo (também chamado
de ambientalismo e associativismo) e o Racionalismo. E outras teorias derivadas desses
dois grupos.

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a) Empirismo ou Ambientalismo
Os principais precursores dessa corrente foram David Hume (1711-1776) e John Locke
(1632-1704). O empirismo é uma teoria do conhecimento que defende que todo saber
humano advém das experiências sensoriais. Logo, um indivíduo quando nasce é uma
tábua rasa, e tudo o que ele sabe será aprendido ao longo de sua vida. Derivam dessa
corrente empirista, o behaviorismo (comportamentalismo) e o conexionismo.

Behaviorismo

O behaviorismo pode ser classificado em dois tipos: O behaviorismo metodológico e o


radical.

Behaviorismo metodológico ou behaviorismo clássico

O behaviorismo metodológico fundamenta-se no estudo do comportamento observável


e evidente, isto é, do comportamento que os sentidos sensoriais podem perceber.
O principal nome desse tipo de behaviorismo é John B. Watson. Considerado o pai da
escola behaviorista, o psicólogo foi o precursor da psicologia social com foco na
pesquisa. Ele acreditava ser possível prever o comportamento humano.

Exemplo de behaviorismo metodológico:


As afirmações de Watson sobre o conceito de behaviorismo metodológico tinham como
base a teoria do condicionamento clássico, do fisiologista e médico russo Ivan Pavlov
(1849 - 1936). Pavlov provou que após repetir por diversas vezes a experiência de tocar
um sino e, em seguida, mostrar a comida a seus cachorros, criou-se uma associação
entre o som do sino e o alimento.
Assim, mesmo que não vissem nenhuma comida, o simples som do sino já era
suficiente para fazer os cães salivarem.
Chamado de O cão de Pavlov, o experimento foi uma validação do condicionamento
clássico, que defende que o comportamento não pode ser controlado e funciona quase
como um reflexo involuntário.
Em outro experimento, chamado pequeno Albert, um bebé, que possuía um
comportamento calmo, foi exposto durante um longo período a situações de stress
sonoro. Ao final do experimento, o bebé abandonou seu comportamento tranquilo e
passou a temer situações que antes não causavam nenhuma reacção adversa.

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Behaviorismo radical

O behaviorismo radical surgiu como oposição ao behaviorismo metodológico e afirmou


que sentimentos, emoções e outros factores mentais não dão origem à conduta; são, na
verdade, parte integrante dela.
Desenvolvido por Burrhus Frederic Skinner (1904 - 1990), psicólogo e filósofo
americano, esse tipo de behaviorismo é baseado em um princípio chamado de
“condicionamento operante”.
Segundo ele, o indivíduo controla a forma como vai se comportar com base no que
aprende sobre a relação entre seu comportamento e as consequências que seus actos
acarretam possíveis consequências, como:
 Reforço positivo - um prémio ou gratificação como estímulo pela acção
realizada (por exemplo: dar um biscoito ao cão, quando ele dá a pata)
 Reforço negativo - retirada de um estímulo desagradável (por exemplo: deixar
de molhar ou interromper uma corrente eléctrica).
 Punição - sanção por um comportamento não desejado (por exemplo: castigos
físicos).
Então, é possível condicionar as acções a partir de associações com possíveis
consequências. Essas associações seriam suficientes para condicionar o comportamento.
É de se destacar o uso desse tipo de behaviorismo na educação, pois ele defende que a
teoria da aprendizagem está directamente relacionada aos estímulos recebidos pelos
alunos.

b) Racionalismo
O Racionalismo é uma corrente filosófica que traz como argumento a noção de que a
razão é a única forma que o ser humano tem de alcançar o verdadeiro conhecimento por
completo. O filósofo, físico e matemático René Descartes (1596-1650) foi um dos
principais difusores dos pensamentos ligados a essa teoria.

Um exemplo disso seria a matemática, onde não precisamos confiar em nossos sentidos
para estabelecer que 2 + 2 = 4.

Do racionalismo derivam o inatismo (nativismo, apriorismo) e interacionismo


(construtivismo).

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Inatismo

A concepção inatista parte do pressuposto de que os eventos que ocorrem após o


nascimento não são essenciais ou importantes para o desenvolvimento (Davis &
Oliveira, 1994). As qualidades e capacidades básicas de cada ser humano, sua
personalidade, seus valores, hábitos e crenças, sua forma de pensar, suas reacções
emocionais e mesmo sua conduta social já se encontrariam basicamente prontas e em
sua forma final por ocasião do nascimento, sofrendo pouca diferenciação qualitativa e
quase nenhuma transformação ao longo da existência. O papel da educação e do ensino
é tentar interferir o mínimo possível no processo do desenvolvimento espontâneo da
pessoa.

Exemplo de uma visão inatista:


O professor que possui uma visão inatista, acredita que não existe métodos de ensino
para alunos com dificuldades, simplesmente acreditam que não a nada a se fazer por
este aluno.

Os interacionistas ou Interacionismo
É a vertente pedagógica a qual acredita que a interacção das pessoas com o meio e os
objectos é preponderante para a aprendizagem. O conhecimento não está pronto ou
definido ao nascer, nem é adquirido passivamente graças às pressões do meio.
Por exemplo: É através da interacção com outras pessoas, adultos e crianças que, desde
o nascimento, o bebé vai construindo suas características, modo de agir, de pensar, de
sentir, seu conhecimento e sua visão de mundo (Cavalcanti, 2010).
O interacionismo, por sua vez, se divide em interacionismo cognitivista (Piaget) e
interacionismo sociointeracionista (Vygotsky). A base comum do interacionismo
considera que os seres humanos constroem o conhecimento a partir do “erro”.

Construtivismo ou cognitivismo

Conhecido por teoria cognitivista de Jean Piaget, defendia que


é a partir do processo cognitivo que o ser humano consegue desenvolver suas
capacidades intelectuais e emocionais, isto é, linguagem, pensamento, memória,
raciocínio, capacidade de compreensão, percepção etc. O cognitivismo entende a
aprendizagem como um processo interno, que envolve o pensamento, e que, portanto,
não pode ser observado directamente: as mudanças externas e observáveis são fruto de

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mudanças internas relacionadas com mentalizações, sentimentos, emoções e
significações da pessoa.

Socioconstrutivismo

Também conhecido por sócio-interacionismo de Lev Vygotsky, ao contrário de outras


teorias pedagógicas, como a piagetiana, que sugerem a necessidade de o ensino ajustar-
se a estruturas mentais já estabelecidas, Vygotsky entende o homem e seu
desenvolvimento numa perspectiva sociocultural, ou seja, percebe que o homem se
constitui na interacção com o meio em que está inserido (Resende, 2009). Por isso, sua
teoria ganhou o nome de socioconstrutivismo, sendo também denominada
sociointeracionismo, também defendia que o homem não é um ser passivo, visto que é
um ser que, ao criar cultura, cria a si mesmo (Stadler et al).
Como afirmar, então, que uma criança só adquire conhecimento quando passa a
frequentar a escola? O pensamento de Vygotsky é contrário: fora da escola, a criança
desenvolve seu potencial, sim, com todas as trocas estabelecidas, também quanto ao
desenvolvimento da língua escrita. Porém Vygotsky não diminui a importância do
ambiente escolar, pois quando a criança se familiariza com o mundo escolar ocorre algo
fundamentalmente novo em seu desenvolvimento: a criança sai da sua zona de
desenvolvimento real e passa, com auxílio do professor ou outro mediador, para a zona
de desenvolvimento potencial – caracterizando a zona de desenvolvimento proximal
(Magalhães, 2007).
A zona de desenvolvimento real refere-se à etapa em que a criança soluciona os
problemas de forma independente, sem ajuda;
A zona de desenvolvimento potencial refere-se à etapa em que a criança está pronta
para compreensão de problemas mais complexos, mas ainda necessitando da ajuda de
um mediador (Stadler et al).
A zona de desenvolvimento proximal é uma metáfora criada para explicar como
ocorre a aprendizagem. É a distância entre o nível real e nível potencial da criança
(Magalhães, 2007).

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Teorias Humanistas

Fazem parte das teorias humanistas, as seguintes: Humanismo de Carl Rogers (1902-
1987), teoria da aprendizagem transformadora de Jack Mezirow (1970), teoria da
aprendizagem experiencial de David Kolb (1971), teoria de Aprendizagem
significativa de David Ausubel (1918-2008).
Humanismo
Humanismo de Carl Rogers (1902-1987) segue uma abordagem humanista, muito
diferenciada das anteriores, pois seu objectivo não é o controlo do comportamento, o
desenvolvimento cognitivo ou a formulação de um bom currículo e sim o crescimento
pessoal do aluno. Esta abordagem considera o aluno como pessoa e o ensino deve
facilitar a sua auto realização visando à aprendizagem que transcende e engloba as
aprendizagens afectivas, cognitivas e psicomotoras.
Exemplo:
Carl Rogers acreditava que os seres humanos têm um desejo básico, o de se auto
realizar, isto é, atingir o nível mais elevado possível do seu potencial. Rogers cita o
exemplo de uma flor, que crescerá todo seu potencial se as condições como ambiente,
água e iluminação forem adequadas. Nos alunos ele referiu que não podia ensinar nada
a ninguém, apenas criaria um ambiente favorável para quem quer aprender.

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Conclusão

Depois da nossa indagação, concluímos que conhecendo as bases de como o indivíduo


pode adquirir conhecimento, o professor poderá entender melhor quais modalidades e
estratégias podem ser aplicadas para gerar uma aprendizagem de qualidade. E qualquer
modo, as teorias de aprendizagem, tendo surgido, possivelmente, porque conforme
salienta Bigge (1977) “o homem não só quis aprender como também, frequentemente,
sua curiosidade o impeliu a tentar aprender como se aprende”.
As teorias de aprendizagem buscam reconhecer a dinâmica envolvida nos actos de
ensinar e aprender, partindo do reconhecimento da evolução cognitiva do homem, e
tentam explicar a relação entre o conhecimento pré-existente e o novo conhecimento.

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Referências bibliográficas

 Magalhães, Mônica M. G. A perspectiva da Linguística: linguagem, língua e


fala. Rio de Janeiro, 2007.
 Mizukami, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.
 Ostermann, F., & Cavalcanti, C. J. H. Teorias de Aprendizagem. Porto Alegre:
Evangraf, 2010. Disponível em
http://www.ufrgs.br/uab/informacoes/publicacoes/materiais-de-fisica-para-
educacaobasica/ teorias_de_aprendizagem_fisica.pdf. Acesso em mar. 2020.
 Resende, Muriel L. M. Vygotsky: um olhar sociointeracionista do
desenvolvimento da língua escrita. Disponível
em: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=1195.
Publicado em: 25/11/2009
 Stadler, Gesane; ROMANOWSKI, Joana P.; Lazarin, Luciane; ENS, Romilda
T.; Vasconcellos, Sílvia. Proposta pedagógica interacionista. Disponível
em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2004/anaisEvento/Documento
s/CI/TC-CI0087.pdf.

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