UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE HISTÓRIA

Disciplina: História Contemporânea 1 - Noturno

Prof. Dr. Hugo Rincon Azevedo
Discentes: Kamylla Oliveira Silva

Texto crítico do filme Germinal (1993) e do texto: BRESCIANI, Maria Stella Martins.
Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. São Paulo: Editora Brasiliense,
1989.

Síntese do filme e do livro

Germinal (1993) - O filme dirigido por Claude Berri é baseado na obra de Émile Zola, e tem
como objetivo ilustrar a França do século XIX, mais especificamente no que diz respeito às
condições e as relações de trabalho análogas à escravidão enfrentadas pelos trabalhadores nas
minas de carvão daquele período. Desse modo, encurralados e sem outras opções de trabalho,
é diante deste cenário que o enredo da trama se forma no que seria o estopim para uma
organização e mobilização da classe operária em busca de melhorias - o que acaba por
promover uma greve -, mediante as injustiças e péssimas condições de vida e de trabalho. Se
baseia também na dificuldade enfrentada por esses trabalhadores enquanto tentam se juntar e
formar uma unidade forte e que consiga efetivamente viabilizar mudanças. A obra vai tratar
denunciar diversos problemas sociais vividos por essas pessoas, como por exemplo o trabalho
infantil, a extensa carga horária, os problemas de saúde ocasionados pelo trabalhado nas
minas carvoeiras, etc. Além disso, o nome germinal faz menção a questão de germinar as
sementes antes delas botarem, ou seja, uma metáfora, referente ao que seria o começo de
movimentos trabalhistas em prol de algo em comum e a identidade como classe trabalhadora.

Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza por Maria Stella Martins Bresciani -
Em seu livro Bresciani observa acerca do vínculo estabelecido entre os espaços urbanos e a
pobreza nas cidades de Londres e em Paris ao longo do século XIX. Sendo assim, ela vai
analisar ao longo do texto destacando a questão do repentino crescimento dessas cidades e
migração gerada por esse crescimento que traziam consigo a ilusão melhores condições de
vida e em busca de trabalho, rendendo assim desvalorização da mão de obra, péssimas
condições de trabalho e também uma hostilização social, marginalização. Desse modo, a
autora vai se utilizar para sustentar sua escrita, em registros no geral, como: pinturas,
romances, fotografias e diários, a fim de destacar e exprimir o que seria esse “espetáculo da
pobreza”, exprimindo em paralelo o papel das elites e do Estado nessas questões.