Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sumário
O surgimento
A produção da cerveja é uma atividade que faz parte das experiências humanas
desde os primórdios da civilização, quando os povos deixaram de ser nômades
e começaram a se fixar em pequenas vilas, onde a cevada era um dos grãos
cultivados e utilizados como base para a alimentação.
Além disso, a produção em grande escala propiciou uma redução dos custos
e consequente disseminação da cultura da cerveja pelo mundo.
O mundo atual
Como pudemos ver, a história
da cerveja marcou diversas
civilizações até chegar aos dias
atuais. Hoje, especialmente no
segmento de cervejas artesanais,
seguimos disseminando cada
vez mais estilos, sabores e
descobertas. Assim, incentivamos
o consumo dessa bebida que
marcou diversas culturas e segue
em grande expansão.
Cheers!
Água
A água representa cerca de 90% da
composição da cerveja e influencia
diretamente na qualidade do produto.
Diversas propriedades químicas presentes
nela podem interferir no resultado final.
Malte
Malte é o nome dado ao cereal que tenha passado pelo processo de malteação.
Diversos grãos podem passar por esse processo, como trigo, centeio, aveia e
cevada, sendo este o cereal mais utilizado na produção de cerveja atualmente.
Isso ocorre devido à sua estrutura rica em amido e a presença de enzimas
chamadas amilases, que ajudam na conversão do amido em açúcar.
O que é
malteação?
Para obter o malte, o processo
de malteação começa com
a umidificação do grão para
que comece a germinar. Dessa
forma, são ativadas enzimas
fundamentais no processo de
produção de cerveja. Depois, a
germinação é interrompida e os
grãos são secos em diferentes
temperaturas. Essas temperaturas
de secagem ou torragem conferem
sabores e aromas diferentes para
cada tipo de malte.
Lúpulo
O lúpulo é uma planta trepadeira que produz pequenos cones usados
na fabricação de cervejas. Sua utilização foi introduzida no ano de 822.
Anteriormente, era utilizada uma mistura de ervas, raízes e especiarias
denominada gruit para realizar a sua função.
Levedura
As leveduras cervejeiras
são os microrganismos
responsáveis por consumir
os açúcares provenientes do
malte e transformar em gás
carbônico, álcool e outros
compostos. Portanto, são as
grandes responsáveis pela
transformação do mosto
em cerveja.
produzem as cervejas da
produzem cervejas da família Ale.
família Lager. Elas fermentam
Elas fermentam em temperaturas
em temperaturas mais baixas
mais altas e produzem uma grande
e produzem cervejas menos
quantidade de subprodutos.
complexas.
Moagem do malte
A moagem do malte serve para expor
todo o material interno e permitir que
as enzimas atuem em toda a estrutura
do grão de cevada durante o processo
de mostura.
Mosturação
Na tina de mosturação, o malte moído é
misturado à água e submetido a diferentes
temperaturas, iniciando em torno de 44ºC
e finalizando em 78ºC. Nessa etapa, os
compostos do malte se tornam solúveis e o
amido é quebrado em moléculas de açúcares
menores, que serão consumidos pela lavadura
no processo de fermentação.
Clarificação/
Filtração
Toda a mistura que estava na tina de mosturação
é transferida para a tina de Clarificação, que
possui uma peneira com fundo falso no seu
interior. Essa peneira faz com que toda a
parte sólida do malte fique retida, separando
o mosto do bagaço.
Whirlphool
Finalizada a fervura, o mosto é transferido para
a tina Whirlpool. Nessa tina, por meio de uma
ação centrípeta, uma espécie de “redemoinho”
é formada, para concentrar toda a matéria
coagulada do lúpulo e das proteínas no centro da
tina. Essa matéria é conhecida como trub quente..
Fermentação
Com o tanque de fermentação devidamente
higienizado, é realizada a adição da levedura
e a transferência do mosto. A fermentação
dura em torno de 7 dias, e é nessa etapa que
os açúcares são transformados em álcool e
gás carbônico. Após esse processo, o tanque
é colocado a 0°C para iniciar a maturação.
Maturação
A maturação dura entre 7 e 18 dias e serve para
acentuar e refinar os sabores e aromas da cerveja.
Em alguns estilos de cervejas, como IPA e APA, é
realizado o processo de dry hopping no início desse
processo, que nada mais é do que a adição de
lúpulo diretamente no tanque de maturação, para
intensificar seu aroma e frescor.
Pasteurização
Saindo da enchedora, as garrafas são
direcionadas para o pasteurizador, com
o objetivo de eliminar os microrganismos
que podem alterar o sabor e deteriorar
a cerveja, garantindo estabilidade e
maior validade ao produto.
Rotulagem
Depois de pasteurizadas, as garrafas são
rotuladas e encaixotadas, e estão prontas para
serem degustadas e distribuídas.
Ale
Durante muito tempo boa parte das cervejas eram dessa família. As Ales
também são conhecidas como cervejas de alta fermentação, pois grande
parte das leveduras sobe para a superfície do tanque durante essa etapa do
processo. Além disso, as temperaturas de fermentação dessa etapa são mais
altas, entre 14 e 25ºC.
Lager
É a família de cervejas mais
popular do mundo. As
cervejas Lager também são
conhecidas como cervejas
de baixa fermentação.
Ao contrário das Ales,
grande parte das leveduras
permanece na parte inferior
do tanque durante a
fermentação, que ocorre em
temperaturas mais baixas,
entre 8 e 16ºC.
Essas cervejas costumam ser
leves e menos complexas em
aroma e sabor, como os estilos
Pilsen, American Lager e Bock.
Escola Alemã
Quando nos referimos à Escola Alemã, estamos falando de uma cultura
cervejeira tradicional e milenar, que abrange Alemanha, República Tcheca,
Áustria, Holanda e Polônia.
Essa escola contribuiu com o rigor
técnico, cuidado e padronização da
produção de cerveja. Tanto que sua
história é marcada por regras e limites
para produção e comercialização,
como a famosa Reinheitsgebot de
1516, ou Lei da Pureza Alemã. Essa
regulamentação defendia o uso apenas
de cevada, lúpulo e água na produção
de cerveja, rejeitando as bebidas que
utilizavam aditivos como trigo, milho
ou ervas.
Fiel à família das cervejas Ale, a Escola Britânica é reconhecida por fabricar cervejas
lupuladas, secas, complexas e aromáticas, mas com menos carbonatação. Alguns
dos estilos mais comuns dessa escola são as Pale Ale, Porter, Stout, Barley Wine
e as famosas IPAs.
Escola Belga
Considerada o “paraíso das cervejas”, a Bélgica é reconhecida por quebrar
regras e desafiar limites. O país é tão importante para a cultura cervejeira, que
em 2016 a Unesco o nomeou Patrimônio Intangível da Humanidade.
Essa escola possui grande diversidade de estilos, com destaque para a criatividade
e pelo desenvolvimento da fermentação espontânea. Suas cervejas costumam
ser mais ácidas e complexas, e podem levar ingredientes como coentro, frutas e
outros condimentos. Entre os estilos mais tradicionais estão Witbier, Dubbel e as
peculiares Lambic.
Outras características
Além de não passar pelo processo de pasteurização, o chope tem outras
características particulares.
ABV:
ABV ou Alcohol by Volume é o padrão de medida utilizado atualmente para
expressar em percentual o teor alcoólico das bebidas.
EBC:
A escala EBC, derivada da organização European Brewing Convention, é a
escala mais utilizada no Brasil e nos países da Europa para medir a coloração
de uma cerveja. Ela possui algumas variações, que começam no 0 (água),
passam por 3 (amarelo-palha), atingindo valores superiores a 80 (preto opaco).
Artesanal