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CÓD: SL-052FV-22
7908433218883

 PM-RJ
 PM- RJ
POLÍCIA MILITAR DO RIO DE JANEIRO

Soldado
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OS..
 

DICA

Como passar em um concurso público?

Todos nós sabemos que é um grande desao ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa
encontrar a melhor maneira para estar omizando sua preparaçã
preparação.
o.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma movação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou este argo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparaçã
preparação.
o.

Então mãos à obra!

• Esteja focado em seu objevo: É de extrema importância você estar focado em seu objevo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia arando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a diculdade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você dena uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Dena um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias especícos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
pracamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha

contendo
• Método desuaestudo:
rona diária de avidades
Um grande denindo
aliado para facilitaroseus
melhor horário
estudos, sãode
osestudo.
resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didáca e esquemazada, contendo exercícios para pracar. Quanto mais
exercícios você realizar,
realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua
s ua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, preparação, é
rar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer lazer,, renovando as energias e evitando o estresse.

Se prepare para o concurso público

O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, parcipando de grupos com enquetes sobre
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas,
aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do
certame.
O Plano de Estudos é essencial na omização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua
rona, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento connuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de úlma hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras
disciplinas.

Vida Social

Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Umaum
Central, boa dica,
dos é fazer
fatores queexercícios
exsão
ercícios
chavessicos,
para uma simples
produção de corrida pornas
neurônios exemplo
regiõesé associadas
capaz de melhorar o funcionamento
à aprendizag
aprendizagem do Sistema Nervoso
em e memória.
 

DICA

Motvação

A movação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Caso
Então você não
é preciso seja aprovado
se movar de primeira,
diariamente é primordial
para seguir a buscaque você PERSISTA,
da aprovação, com orientações
algumas o tempo você irá adquirir para
importantes conhecimento
conseguir emovação:
experiência.
• Procure ler frases movacionais, são ómas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados
aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus movos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazer
prazeroso;
oso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te mova. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, senr a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e movação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.aposlasolucao.com.br
www.aposlasolucao.com.br 

Vamos juntos!
 

ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. As que
questõstõeses pod
poder erão
ão ser teo teoric
ricame
amente nte bas
baseadeadas as nos seg seguinuintes
tes pon
pontostos:: int
interp
erpretretaç
açãoão e comp
compree reensãnsão o de
de tex
textos
tos . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Construção de sendo e efeitos de sendo (semânca); denotação (sendo literal) e conotação (sendo gurado); relações lexic-
ai s ; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3. Intertextualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 18
4. Gêneros textuais; pologia textual; linguagem verbal e não verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01
5. Funções da linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 18
6. Variedades linguíscas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 19
7. Tipos de discurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
8. Acentuação gráca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
9. Ortograa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
10. Classe de palavras (substanvo,
(substanvo, argo, adjevo, adjevo, numeral, pronome, verbo, advérbio, advérbio, preposição, conjunção, conjunção, interjeição); estrutura e
formação de palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 23
11.
11. Sin
Sintataxxe (fr
(fras
ase,e, or
oraçaçãão, perperííod
odo;o; ter
erm mos es esse
sen nci
ciai
ais,
s, inteteggran
anttes e ac acesessó
sóririos
os da or oraç
açãão)o).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
12. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 27
13. Regência nominal e verbal (crase) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Re
14. Colocação pronominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 30
15. Coesão; coerência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 30
16. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 31

Geograa
1. Caracteríscas
Caracteríscas gerais do estado do rio de janeiro janeiro - reconhecer as relações entre entre sociedade e o ambiente ambiente natural no estado do rio de
 janeiro, destacando
destacando os impactos ambientais
ambientais produzidos e as inuências inuências dos elementos naturais naturais na sociedade uminense . . . . . . 01
2. Idencar as principais regiões do estado e suas caracteríscas gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
3. Apresentar noções básicas sobre a geograa do município do rio de janeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
4. Rec
econ
onhe
hece
cerr as
asp
pec
ecttos ge
gerrai
aiss do proc
ocesesso
so de favel eliz
izaação e su suaas caract ctereríís
sccas atu tuai
aiss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
5. Idencar em textos e grácos situações
situações problema picas da sociedade sociedade uminense e reconhecer formas de reduzir reduzir os problemas
problemas
gerados em tais situações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
13
6. Apresen
Apr esentar
tar noç
noções
ões de loc
locali
alizaç
zação
ão espa
espacia ciall den
dentro tro do est estado
ado do rio de jane janeiro iro a part
partir ir da util
utiliza
ização
ção de map mapas as . . . . . . . . . . . 15

História
1. A expansão Ultramarina Portuguesa dos séculos XV e XVI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
01
2. O sistema colonial português na América - Estrutura políco-administr
políco-administrava, ava, estrutura
estrutura sócio-econômica,
sócio-econômica, a escravidão escravidão (as formas formas de
dominação econômico-sociais); as formas de atuação do Estado Português na Colônia; a ação da Igreja, as invasões estrangeiras,
expansão territorial, interiorização
interiorização e formação das fronteiras, as reformas pombalinas, rebeliões coloniais. Movimentos e tentavas
emancipacionistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
03
3. O período joanino e o processo de independência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 10
4. A presença britânica
britânica no Brasil,
Brasil, a transferência
transferência da Corte, Corte, os tratados, as as principais medidas de de D. João VI no Brasil, Brasil, políca joanina, os
par
ard
dos
os po
pollí
íccos
os,, rev
revol
olttas
as,, con
consp
spiiraç
açõeõess e re revololuç
uçõeões,s, em
emaanc ncipipaação e con coni ittos sosociciai
aiss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5. O processo de independência do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
6. Brasil Imperial
Imperial - O Primeiro
Primeiro Reinado,
Reinado, o Período
Período Regencial e o Segundo Reinado: Reinado: aspectos, polícos, polícos, administravos,
administravos, militares, militares, cul-
turais, econômicos, sociais, territoriais, a políca externa, a questão abolicionista, o processo de modernização modernização,, a crise da monarquia
e a proclamação da república . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 16

Sociologia
1. Relações entre indivíduo e sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Disnção do espaço público e privado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
3. O Estado e os direitos humanos, cidadania e diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
 

ÍNDICE

Noções Sobre Direitos Humanos


1. Direitos e Deveres Individuais e colevos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Considerações sobre a polícia e os Direitos Humanos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 08

Legislação Brasileira De Trânsito


1. Penalidades aplicadas às infrações de trânsito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 01
2. Medidas administravas
administravas a serem adotadas pela autoridade de trânsito e seus agentes. Bibliograa/Legisl Bibliograa/Legislação ação Brasileira
Brasileira de Trânsito:
Trânsito:
Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Instui o Código de Trânsito Brasileiro), Brasileiro), Capítulo XVI - Das penalidades e Capítulo XVII - Das
medidas administravas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
12

Informáca
1. Aplicav
Aplicavos
os par
paraa proc
process
essameament nto o de te texto
xto,, plani
planilhalhass eletr
eletrôniônicacass e apraprese
esent ntaç
ações
ões:: conce
conceito itoss e modo
modoss de ul ulizizaç
açãoão . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conceitos básicos
básicos e modos
modos de emprego emprego de tecnologias,
tecnologias, ferramentas,
ferramentas, aplicavosaplicavos e procedimentos associados à rede de computadores,
internet e intranet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
09

Úlma Prova Comentada


 

LÍNGUA PORTUGUESA
1. As que
questõ stõeses pod
poder erãoão ser teoteoricricame
amente nte bas
baseadeadas as nos seg seguinuintes
tes pon
pontos tos:: int
interp
erpret
retaçaçãoão e comp
compree reensã
nsão o de
de tex
textos
tos . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Construção de sendo e efeitos de sendo (semânca); denotação (sendo literal) e conotação (sendo gurado); relações lexi -
cais;.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
cais;
3. Intertextualidade   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Intertextualidade 18
4. Gêneros textuais; pologia textual; linguagem verbal e não verbal  verbal  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 01
5. Funções da linguagem 
linguagem  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 18
6. Variedades linguíscas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 19
7. Tipos de discurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 20
8. Acentuação gráca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 22
9. Ortograa   . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Ortograa 22
10. Classe de palavras (substanvo, argo, adjevo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição); estrutura e
formação de palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 23
11. Sintaxee (frase, oração, período; termos essenciais, integrantes e acessórios da oração)
Sintax oração).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 32
12. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 27
13. Regência nominal e verbal (crase). (crase) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
29
14. Colocação pronominal 
pronominal  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 30
15. Coesão; coerência.
coerência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3030
16. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3131
 

LÍNGUA PORTUGUESA
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que uliza tanto as
AS QUESTÕES PODERÃO SER TEORICAMENTE BASE
BASE  palavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem
ADAS NOS SEGUINTES PONTOS: INTERPRETAÇÃO E verbal com a não-verbal.
COMPREENSÃO DE TEXTOS;; GÊNEROS TEXTUAIS;
TIPOLOGIA TEXTUAL; LINGUAGEM VERBAL E NÃO
VERBAL

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão
compreensão e interpretaç
interpretação?
ão?
A compreensão
compreensão é  é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita,
explícita, aquilo que está na supercie do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação
interpretação é é quando você entende o que está implícito,
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto Além de saber desses conceitos, é importante sabermos
ou que faça com que você realize inferências. idencar quando um texto é baseado em outro. O nome que
Quando Jorge fumava, ele era infeliz. damos a este processo é intertextualidade.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz. Interpretação de Texto
Percebeu a diferença? Interpretar um texto quer dizer dar sendo, inferir, chegar
a uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao
Tipos de Linguagem subentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
Existem três pos de linguagem que precisamos saber para que de um texto.
facilite a interpretação de textos. A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos
• Linguagem Verbal é aquela que uliza somente palavra
palavras.
s. Ela prévios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
pode ser escrita ou oral. texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao
crescimento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma
apreciação pessoal e críca sobre a análise do novo conteúdo lido,
afetando de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes pos de
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seleva, uma leitura analíca
e, por m, uma leitura interpretava.

É muito importante que você:


- Assista
estado, os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade,
país e mundo;
- Se possível, procure por jornais
j ornais escritos para saber de nocias
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões);
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações
ortográcas, gramacais e interpreta
interpretavas;
vas;
• Linguagem não-verbal é aquela que uliza somente imagens, - Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais
fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra. polêmicos;
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas.

Dicas para interpretar um texto:


 – Leia lentamente
lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar
compreender o sendo global do texto e idencar o seu objevo.

 – Releia o texto quantas


quantas vezes
vezes forem necessárias.
Assim, será mais fácil idencar as ideias principais de cada
parágrafo
parágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.

 – Sublinhe as ideias mais importantes.


importantes.
Sublinhar apenas quando já se ver uma boa noção da ideia
principal e das ideias secundárias do texto.
 – Separe fatos de opiniões.
opiniões.

LÍNGUA PORTUGUESA
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objevo CACHORROS
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e
mutável). Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
 – Retorne ao texto
texto sempre que necessário. espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
ami -
enunciados das questões. zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
 – Reescreva o conteúdo
conteúdo lido. se não atacassem os humanos, podiam car perto deles e comer a
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
tópicos ou esquemas. podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ómos companheiros. Um colaborava com o
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar outro e a parceria deu certo.
palavras novas, e procurar seu signicado para aumentar seu
vocabulário, fazer avidades como caça-palavras, ou cruzadinhas Ao ler apenas o tulo “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
pos -
são uma distração, mas também um aprendizado. sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
tex -
Não se esqueça, além da práca da leitura aprimorar a to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
compreensão do texto e ajudar a aprovação, ela também esmula falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
asso-
nosso foco, cria perspecvas, nos torna reexiv
reexivos,
os, pensantes, além ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias As informações que se relacionam com o tema chamamos de
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão ou seja, todas elas caminham no sendo de estabelecer uma unida-
unida-
do texto.
O primeiro objevo de uma interpretação de um texto é de deQual
fala? sendo. Portanto,,qual
Portanto
seu assunto, pense:
seusobre
tema?o Certamente
que exatamente
vocêesse texto
chegou à
a idencação de sua ideia principal. A parr daí, localizam-se conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso signica que você foi
ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões capaz de idencar o tema do texto!
apresentadas na prova.
Compreendido tudo isso, interpretar signica extrair um Fonte: hps://portuguesrapi
hps://portuguesrapido.com/tema-ideia-cen
do.com/tema-ideia-central-e-ideias-se-
tral-e-ideias-se-
signicado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso cundarias/ 
o candidato só precisa entendê-la – e não a complementar com
algum valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
nunca extrapole a visão dele. TEXTOS VARIADOS

IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO Ironia


O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia Ironia é
Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga está pensando ou senndo (ou por pudor em relação a si próprio ou
idencar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen-
diferen- com intenção depreciava e sarcásca em relação a outrem).
out rem).
tes informações de forma a construir o seu sendo global, ou seja, A ironia consiste na ulização de determinada palavra ou ex-
ex -
você precisa relacionar as múlplas partes que compõem um todo pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
signicavo,, que é o texto.
signicavo novo sendo, gerando um efeito de humor.
Em muitas situações, por exemplo, você foi esmulado a ler um Exemplo:
texto por senr-se atraído pela temáca resumida no tulo. Pois o
tulo cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
por -
que achou o tulo pouco atraente ou, ao contrário, senu-se atraí -
do pelo tulo de um livro ou de um lme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temácas diferentes, de- de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, prossão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temácas são pracamente in- in-
nitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
essen -

cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos


estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

LÍNGUA PORTUGUESA
Os textos com nalidade humorísca podem ser divididos em
quatro categorias: anedotas, cartuns, ras e charges.

Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo- mo-


dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramáca (ou sarica).

Ironia verbal 
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-sig-
nicado, normalmente oposto ao sendo literal. A expressão e a
intenção são diferentes. ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ GÊ
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! NERO EM QUE SE INSCREVE
Compreender um texto trata da análise e decodicação do que
Ironia de situação de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
Inter -
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
trabalha
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja com a subjevidade, com o que se entendeu sobre o texto.
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- li - Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual- qual -
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
personagem tulo tem obsessão por car conhecida. Ao longo da principal. Compreender relações semâncas é uma competência
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces - imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
planejou car famoso antes de morrer e se tornou famoso após a -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
pro-
morte. ssional, mas também o desenvolvime
desenvolvimento
nto pessoal.

Ironia dramáca (ou sarica) Busca de sendos


 A ironia dramáca
dramáca é um efeito
efeito de sendo
sendo que ocorre nos textos
textos Para a busca de sendos do texto, pode-se rerar do mesmo
literários quando o leitor
leitor,, a audiência, tem mais informações do que os   tópicos frasais presentes
os frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
tem um personagem sobre os eventos da narrava e sobre inten- apreensão do conteúdo exposto.
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
os signicados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
 pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé- citadas ou apresentando novos conceitos.
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con- Por m, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
explici -
 itos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo tadas pelo autor. Textos argumentavos não costumam conceder
da narrava. espaço para divagações ou hipóteses, supostamente condas nas
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor,
autor, o que não quer dizer
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa-
apa- que o leitor precise car preso na supercie do texto, mas é fun-
fun -
recer esse po de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem-exem - damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecícas.
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história
irão morrer em decorrência do seu amor. amor. As personagens agem ao Importância da interpre
interpretação
tação
longo da peça esperando conseguir angir seus objevos, mas a A práca da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
inter-
pretação. A leitura, além de favorec
favorecer
er o aprendizado de conteúdos
Humor especícos, aprimora a escrita.
Nesse caso, é muito comum a ulização de situações que pare
pare-- Uma interpretação
interpretação de texto asserva depende de inúmeros fa-
fa-
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre- pre -
Situações cômicas ou potencialmente humoríscas compar-
compar- sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz su- su -
lham da caracterísca do efeito
efeito surpresa. O humor reside em ocor
ocor-- ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto,
rer algo fora do esperado numa situação. pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
Há diversas situações em que o humor pode aparecer
aparecer.. Há as -
- que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; sendos do texto, pode-se também rerar dele os tópicos
os tópicos frasais 
frasais 
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apreen-
apreen-
acessadas como forma de gerar o riso. são do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não es- es-

LÍNGUA PORTUGUESA
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
aleató- Receita: texto
texto instrucional e injunvo que tem como objevo
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
li -
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, berdade para quem recebe a informação.
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.  
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au-
au- DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
tor: os textos argumentavos
argumentavos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente condas nas entrelinhas. Fato
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
precise car preso na supercie do texto, mas é fundamental que do fato pode ser constatada de modo indiscuvel. O fato pode é
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecícas. uma coisa que aconteceu e pode ser comprova
comprovadodo de alguma manei-
manei -
Ler com atenção é um exercício que deve ser pracado à exaustão, ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
assim como uma técnica, que fará de nós leitores procientes. Exemplo de fato:
A mãe foi viajar.
Diferença entre compreensão e interpretação
A compreensão de um texto é fazer uma análise objeva do Interpretação
texto e vericar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
interpreta- É o ato de dar sendo ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau- cau -
leitor ra conclusões subjevas do texto. sas, previmos suas consequências.
Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
apon -
Gêneros Discursivos tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
Romance: descrição
Romance:  descrição longa de ações e senmentos de perso-
perso- Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
diferen -
nagens ccios, podendo ser de comparação com a realidade ou ças sejam detectáv
detectáveis.
eis.
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No Exemplos de interpretação:
romance nós temos uma história central e várias histórias secun-
secun - A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou- ou-
dárias. tro país.
  A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua prossão
Conto:: obra de cção onde é criado seres e locais totalmente do que com a lha.
Conto
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-perso -
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única Opinião  
Opinião
ação, dada em um só espaço, eixo temáco e conito. Suas ações A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
encaminham-se diretamente
diretamente para um desfecho.  juízo de valor
valor.. É um julgamento
julgamento que tem como base a interpretação
interpretação
  que fazemos do fato.
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferenciado
diferenciado Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
coerên -
por sua extensão. Ela ca entre o conto e o romance, e tem a história cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo na do fato, ou seja, um modo parcular de olhar o fato. Esta opinião
novela é baseada no calendário. O tempo e local são denidos pelas pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
histórias dos personagens. A história (enredo) tem um ritmo mais ace-
ace -
lerado do que a do romance por ter um texto mais curto. Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
  anteriores:
Crônica:: texto que narra o codiano das pessoas, situações que
Crônica A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou- ou-
nós mesmos já vivemos e normalmente é ulizado a ironia para tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua prossão
é relevante e quando é citado, geralmente
geralmente são pequenos intervalos do que com a lha. Ela foi egoísta.
como horas ou mesmo minutos.
  Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
Poesia:: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
Poesia lin- Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-consequên-
guagem, fazendo-o de maneira parcular, reendo o momento, cias negavas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
a vida dos homens através de guras que possibilitam a criação de posivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta- esta -
imagens. mos expressando nosso julgamento.
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
Editorial:: texto dissertavo argumentavo onde expressa a
Editorial principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto analisamos um texto dissertavo.
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
con -
vencer o leitor a concordar com ele. Exemplo:
  A mãe viajou e deixou a lha só. Nem deve estar se importando
Entrevista:: texto exposivo e é marcado pela conversa de um
Entrevista com o sofrimento da lha.
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.
Tem como principal caracterísca transmir a opinião de pessoas ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS
de destaque sobre algum assunto de interesse. Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do
Canga de roda:
roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
materiali- texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as
za em uma concretude da realidade. A canga de roda permite as ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto.
crianças terem mais sendo em relação a leitura e escrita, ajudando Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento
os professores a idencar o nível de alfabez
alfabezação
ação delas. e o do leitor.

LÍNGUA PORTUGUESA
Parágrafo Língua escrita e língua falada
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é A língua escrita não é a simples reprodução gráca da língua
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma-
forma - falada, por que os sinais grácos não conseguem registrar grande
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto parte dos elementos da fala, como o mbre da voz, a entonação, e
dissertavo-argumentavo, os parágrafos devem estar todos rela-
rela- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre - mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
sentada na introdução. conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
Embora existam diferentes formas de organização de parágra-
parágra - pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li -
fos, os textos dissertavo-argumentavos
dissertavo-argumentavos e alguns gêneros jornalís-
jornalís- berdade de expressão e da sensibilidade eslísca do falante.
cos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem Linguagem popular e linguagem culta
a ideia-núcleo) e a conclusão (que rearma a ideia-básica). Em pa-
pa- Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
lingua -
rágrafos
rágraf os curtos, é raro haver conclusão. gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
nas expressões orais codianas. Porém, nada impede que ela esteja
Introdução: faz
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro
Brasileiro procurou
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
irá idencar qual o problema do texto, o porque ele está sendo o diálogo é usado para representar a língua falada.
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria
prova. Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e uentemente pelo povo. Mostra-se quase
Desenvolvimento: elabora
Desenvolvimento:  elabora melhor o tema com argumentos e sempre rebelde à norma gramacal e é carregada de vícios de lin -
ideias que
vel usar apoiem o seu
argumentos posicionamento
de várias sobre
formas, desde o assunto.
dados É possí -
estascospossí 
até-  –guagem (solecismo
erros de pronúncia,
pronúncia,– erros
graade regência
e exão;
e e concordância;
xão; ambiguidade;
ambigu cacofbarbarismo
idade; cacofonia;
onia; pleo-
pleo-
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. nasmo), expressões vulgares, gírias e preferênc
preferência
ia pela coordenação,
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
Conclusão: faz
Conclusão:  faz uma retomada breve de tudo que foi abordado está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
e conclui o texto. Esta úlma parte pode ser feita de várias maneiras irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma expressão dos esta dos emocionais etc.
pergunta reexiva,
reexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con-
con-
clusões a parr das ideias e argumentos do desenvolvimento. A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto-
conecto - se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins- ins-
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
obediên-
uente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as cia às normas gramacais. Mais comumente usada na linguagem
pe- escrita e literária, reete presgio social e cultural. É mais arcial,
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do pe-
ríodo, e o tópico que o antecede. mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto conferências, sermões, discursos polícos, comunicações cien- cien-
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também cas, nociários de TV TV,, programas culturais etc.
para a clareza do texto.
Sem os conectores (pronomes relavos, conjunções, advér- advér- Gíria
bios, preposições, palavras denotavas) as ideias não uem, muitas A gíria relaciona-se ao codiano de certos grupos sociais como
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos ulizam
sem coerência. a gíria como meio de expressão do codiano, para que as mensa-
mensa -
Esta estrutura é uma das mais ulizadas em textos argumenta-
argumenta- gens sejam decodicadas apenas por eles mesmos.
vos, e por conta disso é mais fácil para os leitores. Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-es- o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
trutura de texto, entretanto, apenas segui la já leva ao pensamento
mais direto. novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
acabar incorporada pela língua ocial, permanecer no vocabulário
NÍVEIS DE LINGUAGEM de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”,
Denição de linguagem “mina”, “po assim”.
Linguagem é qualquer meio sistemáco de comunicar ideias
ou senmentos através de signos convencion
convencionais,
ais, sonoros, grácos, Linguagem vulgar
gestuais etc. A linguagem é individual e exível e varia dependendo Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco
da idade, cultura, posição social, prossão etc. A maneira de ar-
ar - ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa há estruturas com “nóis
“nóis vai, lá”,
lá”, “eu di
di um
 um beijo”, “Ponhei
“Ponhei sal na
comida”.
linguagem, nosso eslo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguíscas, criadas pelo falante, provocam, com
Linguagem regional
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
Regionalismos são variações geográcas do uso da língua pa-pa-
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
drão, quanto às construções gramacais e empregos de certas pala-
pala-
social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico,
e caem em desuso.
nordesno, baiano, uminense, mineiro, sulino.

LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos e genêros textuais Tipo textual exposivo
Os pos textuais conguram-se
textuais conguram-se como modelos xos e abran-
abran- A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
racio -
gentes que objevam a disnção e denição da estrutura, bem cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
como aspectos linguíscos de narração, dissertação, descrição e discussão, argumentação
argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
explicação. Eles apresentam estrutura denida e tratam da forma pode ser exposiva ou argumentava.
como um aparecem
sicos que texto se apresenta e sedescrivo,
em provas: organiza. Existem
injunvo,cinco pos clás-
exposivoclás
(ou- A de
sunto dissertação-exposiva
maneira atemporal,écom
caracterizada
o objevopor
de esclarecer umma-
explicá-lo de as --
as-
ma
dissertavo-exposivo) dissertavo e narravo. Vejamos alguns neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
exemplos e as principais caracteríscas de cada um deles.
Caracteríscas
Caracterísc as principais:
Tipo textual descrivo • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo • O objevo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
infor-
objevo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma mar.
pessoa, um animal, um pensamento, um senmento, um objeto, • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
um movimento etc. • Amplia-se a ideia central, mas sem subjevidade ou defesa
Caracteríscas
Caracteríscas principais: de ponto de vista.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje - • Apresenta linguagem clara e imparcial.
vo (adjevo, locução adjeva e oração adjeva), por sua função
caracterizadora. Exemplo:
• Há descrição objeva e subjeva, normalmente numa enu-enu- O texto dissertavo consiste na ampliação, na discussão, no
meração. quesonamento, na reexão, na polemização, no debate, na ex-
• A noção temporal é normalmente estáca.  pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a deni-
deni - terminado tema.
ção. Existem dois pos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
• Normalmente aparece dentro de um texto narravo. ção exposiva (ou informava) e a argumentava (ou opinava).
• Os gêneros descrivos mais comuns são estes: manual, anún-
anún- Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
cio, propaganda, relatórios, biograa, tutorial. sunto, imparcialmente, ou discundo-o, parcialmente.

Exemplo: Tipo textual dissertavo-argumentavo


Era uma casa muito engraçada Este po de texto — muito frequente nas provas de concur-
concur-
Não nha teto, não nha nada sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias
Ninguém podia entrar nela, não apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objevidade,
Porque na casa não nha chão clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
in -
Ninguém podia dormir na rede tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor
Porque na casa não nha parede (leitor ou ouvinte).
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não nha ali Caracteríscas principais:
Caracteríscas
Mas era feita com muito esmero • Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento
Na rua dos
(Vinícius debobos, número zero
Moraes) e conclusão):
gias ideia principal
argumentavas: do texto
causa-efeito, (tese);
dados argumentos
estascos, (estraté-
(estraté-
testemunho
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo,
TIPO TEXTUAL INJUNTIVO enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su- su -
A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, gestão/solução).
instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o • Uliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações
po de texto injunvo é ulizado para predizer acontecimentos e informais) e na 3ª pessoa do presente do indicavo (normalmente
comportamentos, nas leis jurídicas. nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e
um caráter de verdade ao que está sendo dito.
Caracteríscas principais:
Caracteríscas • Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali-
modali-
• Normalmente apresenta frases curtas e objevas, com ver-
ver- zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou
bos de comando, com tom imperavo; há também o uso do futuro probabilidade) em vez de juízos de valor ou senmentos exaltados.
do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas). • Há um cuidado com a progressão temáca, isto é, com o
• Marcas de interlocução: vocavo, verbos e pronomes de 2ª desenvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se ro- ro-
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reexivas
reexivas etc. deios.
Exemplo: Exemplo:
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito-  A maioria dos problemas existe
existentes
ntes em um país em desenvol-
ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se
exprimir-se vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eciente
na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou de- administração políca (tese) , porque a força governamental certa-
nivamente dos direitos polícos. Os militares são alistáveis, desde mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência
que ociais, aspirantes a ociais, guardas-marinha, subtenentes ou de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró-
subociais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su-  poles. Isso cou claro no confronto entre a força militar do RJ e os
 perior para formação de ociais.
ociais. tracantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo
dos polícos uma mudança radical visando o bem-estar da popula-
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentava: fato-

LÍNGUA PORTUGUESA
-exemplo). É importante salientar,
salientar, portanto, que não devemos car Disser
Disserta
tavo
vo-ar
-argum
gument
entav
avo
o Edit
Editori
orial
al Jor
Jornal
nalís
ísco
co
de mãos atadas à espera de uma atude do governo só quando o Carta de opinião
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Resenha
cobrança efeva (conclusão). Argo

Tipo textual narravo Ensaio


Monograa, dissertação de
O texto narravo é uma modalidade textual em que se conta mestrado e tese de doutorado
um fato, ccio ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu-
lu-
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Narravo Romance
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narravo). Novela
Crônica
Caracteríscas principais:
Caracteríscas Contos de Fada
• O tempo verbal predominante é o passado. Fábula
• Foco narravo com narrador de 1ª pessoa (parcipa da his-
his- Lendas
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não parcipa da história –
onisciente). Sintezando: os
Sintezando: os pos textuais são xos, nitos e tratam da for-
for-
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são uidos, in-
in-
prosa, não em verso. nitos e mudam de acordo com a demanda social.

Exemplo: INTERTEXTUALIDADE
Solidão A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou
seja, é a inuência e relação que um estabelece sobre o outro. As-As -
o que João era solteiro,
o tornava assim.vivia só e eraMaria,
Conheceu feliz. Na verdade,
também a solidão
solteira, só eera
fe-
fe- sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
liz. Tão iguais, a anidade logo se transforma em paixão. Casam-se. de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- uni- existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
rem, um rou do outro a essência da felicidade. ambos: forma e conteúdo.
Nelson S. Oliveira Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de
Fonte: hps://www
hps://www.recantodasletr
.recantodasletras.com.br/con
as.com.br/contossur-
tossur- forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções
reais/4835684  textuais que apresentem diversas linguagens (visual, audiva, escri-
escri-
ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música,
GÊNEROS TEXTUAIS dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos,
Já os gêneros textuais (ou
textuais (ou discursivos) são formas diferentes provérbios, charges, dentre outros.
de expressão comunicava. As muitas formas de elaboração de um
texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro- pro - Tipos de Interte
Intertextualidade
xtualidade
dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem • Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen-
geralmen -
funções sociais especícas, próprias do dia a dia. Ademais, são te, em forma de críca irônica de caráter humorísco. Do grego (paro-
(paro-
passíveis de modicações ao longo do tempo, mesmo que preser-
preser - dès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante)
vando caracteríscas preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante a outro”. Esse
que apresenta alguns gêneros textuais classicados com os pos recurso é muito ulizado pelos programas humoríscos.
textuais que neles predominam. • Paráfrase: 
Paráfrase:  recriação de um texto já existente mantendo a
mesma ideia conda no texto original, entretanto,
entretanto, com a ulização
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis),
Tipo Textu
extual
al Pred
Predomina
ominante
nte Gêne
Gêneros
ros Textu
extuais
ais
signica a “repeção de uma sentença”.
Descrivo Diário • Epígrafe: recurso bastante ulizado em obras e textos cien -
Relatos (viagens, históricos, etc.) cos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha
Biograa e autobiograa alguma relação com o que será discudo no texto. Do grego, o ter- ter-
Nocia mo “epígrae” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior)
Currículo e “graphé” (escrita).
Lista de compras • Citação: Acréscimo
Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção
Cardápio textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
Anúncios de classicados entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor.
Injunvo Receita culinária Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re- re-
Bula de remédio lacionar a fonte ulizada é considerado “plágio”.
“plágio”. Do Lam, o termo
Manual de instruções “citação” (citare) signica convocar.
• Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros
Regulamento
Textos prescrivos textos. Do Lam, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
Exposivo Seminários • Outras formas de intertextualidade menos discudas são
Palestras o pasche, o sample, a tradução e a bricolagem.
Conferências
Entrevistas ARGUMENTAÇÃO
Trabalhos acadêmicos O ato de comunicaç
comunicação
ão não visa apenas transmir uma informa-
informa-
Enciclopédia ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem posiva
Verbetes de dicionários de si mesmo (por exemplo
exemplo,, a de um sujeito educado, ou inteligente,

LÍNGUA PORTUGUESA
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja
s eja admido como instuição bancária e sua anguidade, esta tem peso argumenta-
argumenta-
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem vo na armação da conabilidade de um banco. Portanto é prováv
provável
el
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele que se creia que um banco mais ango seja mais conável do que
propõe. outro fundado há dois ou três anos.

textoSecontém
essa é um
a nalidade úlma
componente de todo ato deAcomunicaç
argumentavo. comunicação,
ão, todo
argumentação éo Enumerar
impossível, todos
tantas sãoosaspos de de
formas argumentos é uma para
que nos valemos tarefafazer
quase
as
conjunto de recursos de natureza linguísca
linguísca desnados a persuadir pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
enten-
a pessoa a quem a comunicação se desna. Está presente em todo der bem como eles funcionam.
po de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de Já vimos diversas caracteríscas dos argumentos. É preciso
vista defendidos. acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
auditó -
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas rio, que pode ser individual ou colevo, será tanto mais fácil quanto
uma prova de verdade ou uma razão indiscuvel para comprovar a mais os argumentos esverem de acordo com suas crenças, suas
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse expectavas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
acima, é um recurso de linguagem ulizado para levar o interlocu-
interlocu- pertencente a uma dada cultura enfazando coisas que ele abomi-abomi -
tor a crer naquilo que está sendo
s endo dito, a aceitar como verdadeiro o na. Será mais fácil convencê-lo
convencê-lo valorizando coisas que ele considera
que está sendo transmido. A argumentação pertence ao domínio posivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur-
recur - associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
sos de linguagem. essa associação certamente não surria efeito
efeito,, porque lá o futebol
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
voltar ao que diz Aristóteles, lósofo grego do século IV a.C., numa de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
desvalori-
obra intulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de zado numa dada cultura.
escolher entre duas ou mais coisas”.
coisas”.
Se vermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des- des- ARGUMENTAÇÃO
vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. O ato de comunicação não visa apenas transmir uma
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas informação a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem
coisas igualmente vantajosas,
vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre-
pre- posiva de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado,
cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu - ou inteligente, ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz
mento pode então ser denido como qualquer recurso que torna seja admido como verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de
uma coisa mais desejável que outra. Isso signica que ele atua no convencer, ou seja, tem o desejo de que o ouvinte creia no que o
domínio do preferível. Ele é ulizado para fazer o interlocutor crer texto diz e faça o que ele propõe.
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos-pos - Se essa é a nalidade úlma de todo ato de comunicaç
comunicação,
ão, todo
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra. texto contém um componente argumentavo. A argumentação é o
O objevo da argumentação não é demonstrar a verdade de conjunto de recursos de natureza linguísca
linguísca desnados a persuadir
um fato, mas levar o ouvinte a admir como verdadeiro o que o a pessoa a quem a comunicação se desna. Está presente em todo
enunciador está propondo. po de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. vista defendidos.
O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre- pre - uma prova de verdade ou uma razão indiscuvel para comprovar a
missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse
admidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de acima, é um recurso de linguagem ulizado para levar o interlocutor
crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea-
encadea- a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro
verdadeiro o que
mento de premissas e conclusões. está sendo transmido. A argumentação pertence ao domínio da
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recursos
A é igual a B. de linguagem.
A é igual a C. Para compreender claramente o que é um argumento, é bom
Então: C é igual a A. voltar ao que diz Aristóteles, lósofo grego do século IV a.C., numa
obra intulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de
Admidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, escolher entre duas ou mais coisas”.
coisas”.
que C é igual a A. Se vermos de escolher entre uma coisa vantajosa e
Outro exemplo: uma desvantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos
Todo ruminante é um mamífero. argumentar. Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher
A vaca é um ruminante. entre duas coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse
Logo, a vaca é um mamífero. caso, precisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável.
O argumento pode então ser denido como qualquer recurso que
Admidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão torna uma coisa mais desejável que outra. Isso signica que ele atua
também será verdadeira
verdadeira.. no domínio do preferível. Ele é ulizado para fazer o interlocutor
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele, crer que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se possível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau - O objevo da argumentação não é demonstrar a verdade de
sível. Se o Banco do Brasil zer uma propaganda dizendo-se mais um fato, mas levar o ouvinte a admir como verdadeiro o que o
conável do que os concorrentes porque existe desde a chegada enunciador está propondo.
da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação.
banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con-
con - O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende
ável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das

LÍNGUA PORTUGUESA
premissas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
postulados admidos. No raciocínio lógico, as conclusões não ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há
dependem de crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas conhecimento. Nunca o inverso.
apenas do encadeamento de premissas e conclusões. Alex José Periscinoto.
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993,
30/8/1993, p. 5-2
A é igual a B.
A é igual a C. A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais
Então: C é igual a B. importante do que o conhecimento. Para
Para levar o auditório a aderir
a ela, o enunciador cita um dos mais célebres cienstas do mundo.
Admidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, Se um sico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem
que C é igual a A. acreditar que é verdade.
Outro exemplo:
Todo ruminante é um mamífero. Argumento de Quandade
A vaca é um ruminante. É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior
Logo, a vaca é um mamífero. número de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento
Admidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão desse po de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz
também será verdadeira
verdadeira.. largo uso do argumento de quandade.
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve- Argumento do Consenso
Argumento
se mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais É uma variante do argumento de quandade. Fundamenta-se
plausível. Se o Banco do Brasil zer uma propaganda dizendo- em armações que, numa determinada época, são aceitas como
se mais conável do que os concorrentes porque existe desde a verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que
chegada da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo- o objevo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia
nos que um banco com quase dois séculos de existência é sólido de que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao
e, por isso, conável. Embora não haja relação necessária entre indiscuvel, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que
a solidez de uma instuição bancária e sua anguidade, esta tem não desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo,
peso argumentavo na armação da conabilidade de um banco. as armações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de
Portanto é provável que se creia que um banco mais ango seja que as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos.
mais conável do que outro fundado há dois ou três anos. Ao conar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos
Enumerar todos os pos de argumentos é uma tarefa quase argumentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as
impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer frases carentes de qualquer base cienca.
as pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante
entender bem como eles funcionam. Argumento de Existência
Já vimos diversas caracteríscas dos argumentos. É preciso É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar
acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas
auditório, que pode ser individual ou colevo, será tanto mais provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o
fácil quanto
crenças, suasmais os argumentos
expectavas, esverem
seus valores. Nãodeseacordo com suas
pode convencer argumento
mão do quede existência
dois voando”.no provérbio “Mais vale um pássaro na
um auditório pertencente a uma dada cultura enfazando coisas Nesse po de argumento, incluem-se as provas documentais
que ele abomina. Será mais fácil convencê lo valorizando coisas (fotos, estascas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas
que ele considera posivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem concretas, que tornam mais aceitável uma armação genérica.
com frequência associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Durante a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o
Estados Unidos, essa associação certamente não surria efeito, exército americano era muito mais poderoso do que o iraquiano.
porque lá o futebol não é valorizado da mesma forma que no Brasil. Essa armação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia
O poder persuasivo de um argumento está vinculado ao que é ser vista como propagandís
propagandísca.
ca. No entanto, quando documentada
valorizado ou desvalorizado numa dada cultura. pela comparação do número de canhões, de carros de combate, de
navios, etc., ganhava credibilidade.
credibilidade.
Tipos de Argumento
Já vericamos que qualquer recurso linguísco desnado Argumento quase lógico
a fazer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa
argumento. e efeito, analogia, implicação, idendade, etc. Esses raciocínios
são chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios
Argumento de Autoridade
Argumento lógicos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias
É a citação, no texto, de armações de pessoas reconhecidas entre os elementos, mas sim instuir relações prováveis, possíveis,
pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, plausíveis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a
para servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse C”, “então A é igual a C”, estabelece-se uma relação de idendade
recurso produz dois efeitos disntos: revela o conhecimento do lógica. Entretanto, quando se arma “Amigo de amigo meu é meu
produtor do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao amigo” não se instui uma idendade lógica, mas uma idendade
texto a garana do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do provável.
texto um amontoado de citações. A citação precisa ser pernente e Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente
verdadeira. Exemplo: aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.” concorrem para desqualicar
desqualicar o texto do ponto de vista lógico: fugir
do tema proposto, cair em contradição, rar conclusões que não se

LÍNGUA PORTUGUESA
fundamentam nos dados apresentados, ilustrar armações gerais - Uso de armações tão amplas, que podem ser derrubadas por
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações
generalizações um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os polícos são
indevidas. ladrões”, basta um único exemplo de políco honesto para destruir
o argumento.
Argumento do Atributo - Emprego de noções ciencas sem nenhum rigor, fora do
É aquele que considera melhor o que tem propriedades picas contexto adequado, sem o signicado apropriado, vulgarizando-as e
daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais atribuindo-lhes uma signicação subjeva e grosseira. É o caso, por
raro é melhor que o comum, o que é mais renado é melhor que o exemplo,, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite
exemplo
que é mais grosseiro, etc. que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido,
Por esse movo, a publicidade usa, com muita frequência, uma vez que, a rigor, signica “ação de um Estado visando a reduzir
celebridades recomendando prédios residenciais, produtos de outros à sua dependência políca e econômica”.
econômica”.
beleza, alimentos estécos, etc., com base no fato de que o
consumidor tende a associar o produto anunciado com atributos A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situação
da celebridade. concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvidos
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da na discussão (o po de pessoa a quem se dirige a comunicação, o
competência linguísca. A ulização da variante culta e formal assunto, etc).
da língua que o produtor do texto conhece a norma linguísca Convém ainda alertar que não se convence ninguém com
socialmente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um manifestações
manifestaç ões de sinceridade do autor (como eu, que não costumo
texto em que se pode conar. Nesse sendo é que se diz que o menr...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas
modo de dizer dá conabilidade ao que se diz. feitas (como estou certo, creio rmemente, é claro, é óbvio, é

saúdeImagine-se que um médico


de uma personalidade deva
pública. Elefalar sobre
poderia o estado
fazê-lo de
das duas evidente, armo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer,
em seu texto, sinceridade e certeza, autencidade e verdade, o
maneiras indicadas abaixo,
abaixo, mas a primeira seria innitament
innitamentee mais enunciador deve construir um texto que revele isso. Em outros
adequada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria termos, essas qualidades não se prometem, manifestam-se
manifestam-se na ação.
certa estranheza e não criaria uma imagem de competência do A argumentação é a exploraç
exploração
ão de recursos para fazer parecer
médico: verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a
- Para aumentar a conabilidade do diagnósco e levando em que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz.
conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve Um texto dissertavo tem um assunto ou tema e expressa um
por bem determinar o internamento do governador pelo período ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui
de três dias, a parr de hoje, 4 de fevereiro de 2001. a argumentação, quesonamento, com o objevo de persuadir.
- Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque Argumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações
alguns deles são barrapesada, a gente botou o governador no para chegar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é
hospital por três dias. um processo de convencimento, por meio da argumentação, no
qual procura-se convencer os outros, de modo a inuenciar seu
Como dissemos antes, todo texto tem uma função
pensamento e seu comportament
comportamento. o.
argumentava, porque ninguém fala para não ser levado a sério,
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão
para ser ridicularizado, para ser desmendo: em todo ato de
comunicação deseja-se inuenciar alguém. Por mais neutro que válida, expõem-se
ou proposição, e ocom clareza ospode
interlocutor fundamentos
quesonardecada
uma passo
ideia
pretenda ser, um texto tem sempre uma orientação argumentava.
do raciocínio empregado na argumentação. A persuasão não
A orientação argumentava é uma certa direção que o falante
válida apoia-se em argumentos subjevos, apelos subliminares,
traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
homem público, pode ter a intenção de cricá-lo, de ridicularizá
ridicularizá-lo
-lo chantagens senmentais, com o emprego de “apelações”, como a
ou, ao contrário
contrário,, de mostrar sua grandeza. inexão de voz, a mímica e até o choro.
O enunciador cria a orientação argumentava de seu texto Alguns autores classicam a dissertação em duas modalidades,
dando destaque a uns fatos e não a outros, omindo certos exposiva e argumentava.
argumenta va. Esta, exige argumentação, razões a favor
episódios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras
palavras e e contra uma ideia, ao passo que a outra é informava, apresenta
não outras, etc. Veja: dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos
“O clima da festa era tão pacíco que até sogras e noras dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma
trocavam abraços afetuosos.” “tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na dissertação,
ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse
ponto de vista, a dissertação pode ser denida como discussão,
O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras debate, quesonamento, o que implica a liberdade de pensamento,
e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse a possibilidade de discordar ou concordar parcialmente.
parcialmente. A liberdade
de quesonar é fundamental, mas não é suciente para organizar
fato serve
que para ilustrar o clima
para incluir da festa nem
no argumento teria coisa
alguma ulizado o termo até,
inesperada. um texto dissertavo. É necessária também a exposição dos
Além dos defeitos de argumentação mencionados quando fundamentos, os movos, os porquês da defesa de um ponto de
tratamos de alguns pos de argumentação, vamos citar outros: vista.
- Uso sem delimitação adequada de palavra de sendo tão Pode-se dizer que o homem vive em permanente atude
amplo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu argumentava.
argumentav a. A argumentação está presente em qualquer po de
contrário. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, discurso, porém, é no texto dissertavo que ela melhor se evidencia.
pode ser usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras Para discur um tema, para confrontar argumentos e posições,
podem ter valor posivo (paz, jusça, honesdade, democracia) é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e
ou vir carregadas de valor negavo (autoritarismo, degradação do seus respecvos argumentos. Uma discussão impõe, muitas vezes,
meio ambiente, injusça, corrupção). a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre,

10

LÍNGUA PORTUGUESA
essa capacidade aprende-se com a práca. Um bom exercício A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseiase
para aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em em uma conexão ascendente, do parcular para o geral. Nesse caso,
desenvolver as seguintes habilidades: as constatações parculares levam às leis gerais, ou seja, parte de

uma-ideia
argumentação: anotarum
ou fato; imaginar todos os argumentos
interlocutor que adotea afavor de
posição fatos parculares
percurso conhecidos
do raciocínio para
se faz do os fatos
efeito paragerais, desconhecidos.
a causa. Exemplo: O
totalmente contrária; O calor dilata o ferro (parcular)
- contra-argumentação:
contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os O calor dilata o bronze (parcular)
argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresentaria
apresentaria O calor dilata o cobre (parcular)
contra a argumentação proposta; O ferro, o bronze, o cobre são metais
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação Logo, o calor dilata metais (geral,
( geral, universal)
oposta.
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido
A argumentação tem a nalidade de persuadir, portanto, e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas
argumentar consiste em estabelecer relações para rar conclusões também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos
válidas, como se procede no método dialéco. O método dialéco fatos, pode-se parr de premissas verdadeiras para chegar a uma
não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas. conclusão falsa. Tem-se, desse modo, o sosma. Uma denição
Trata-se de um método de invesgação da realidade pelo estudo inexata, uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa
de sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno analogia são algumas causas do sosma. O sosma pressupõe
em questão e da mudança dialéca que ocorre na natureza e na má fé, intenção deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o
sociedade. sosma não tem essas intenções propositais, costuma-se chamar
Descartes (1596-1650), lósofo e pensador francês, criou esse processo de argumentação de paralogismo. Encontra-se um
o método de raciocínio silogísco, baseado na dedução, que exemplo simples de sosma no seguinte diálogo:
parte do simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência - Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?
são a mesma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a - Lógico, concordo.
- Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
conclusões verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em
partes, começando-se pelas proposições mais simples até alcançar
alcançar,, - Claro que não!
por meio de deduções, a conclusão nal. Para a linha de raciocínio - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
cartesiana, é fundamental determinar o problema, dividi-lo em
partes, ordenar os conceitos, simplicando-os, enumerar todos os Exemplos de sosmas:
seus elementos e determinar o lugar de cada um no conjunto da
Dedução
dedução.
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a Todo professor tem um diploma (geral, universal)
argumentação
argumentaç ão dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro Fulano tem um diploma (parcular)
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)
regras básicas que constuem um conjunto de reexos vitais, uma
série de movimentos sucessivos e connuos do espírito em busca
da verdade: Indução
- evidência; O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor.
(parcular)
- divisão ou análise;
- ordem ou dedução; Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (parcular)
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades.
- enumeração.
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral
A enumeração pode apresentar dois pos de falhas: a omissão  – conclusão falsa)
e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
encadeamento das ideias, indispensável para o processo deduvo. Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão pode
A forma de argumentação mais empregada na redação ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são professores;
nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor.
Redentor. Comete-
acadêmica é o silogismo,
s ilogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas,
que contém três proposições: duas premissas, maior e menor, se erro quando se faz generalizações apressadas ou infundadas. A
e a conclusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise supercial
dos fatos, que leva a pronunciamentos subjevos, baseados nos
que a conclusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A
premissa maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois senmentos não ditados pela razão.
alguns não caracteri
caracterizaza a universalida
universalidade.
de. Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não
fundamentais, que contribuem para a descoberta ou comprovação
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução
(silogísca), que parte do geral para o parcular, e a indução, que vai da verdade: análise, síntese, classicação e denição. Além desses,
do parcular para o geral. A expressão formal do método deduvo existem outros métodos parculares de algumas ciências, que
adaptam os processos de dedução e indução à natureza de uma
é o silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se
em uma conexão descendente (do geral para o parcular) que leva realidade parcular. Pode-se armar que cada ciência tem seu
à conclusão. Segundo esse método, parndo-se de teorias gerais, método próprio demonstravo, comparavo, histórico etc. A
análise, a síntese, a classicação a denição são chamadas métodos
de verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação
de fenômenos parculares. O percurso do raciocínio vai da causa sistemácos, porque pela organização e ordenação das ideias visam
para o efeito. Exemplo: sistemazar a pesquisa.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligad
interligados;
os;
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal) a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para
Fulano é homem (premissa menor = parcular) o todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma
depende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto
Logo, Fulano é mortal (conclusão)

11

LÍNGUA PORTUGUESA
a síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém introdução, os termos e conceitos sejam denidos, pois, para
reunisse todas as peças de um relógio, não signica que reconstruiu expressar um quesonamento, deve-se, de antemão, expor clara
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria e racionalmente as posições assumidas e os argumentos que as
todo se as partes esvessem organiza
organizadas,
das, devidamente combinadas,  juscam. É muito importante deixar
deixar claro o campo da discussão e
seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, o a posição adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também
relógio estaria reconstruído. os pontos de vista sobre ele.
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo A denição tem por objevo a exadão no emprego da
por meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num linguagem e consiste na enumeração das qualidades próprias
conjunto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a de uma ideia, palavra ou objeto. Denir é classicar o elemento
análise, que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma conforme a espécie a que pertence, demonstra: a caracterísca que
decomposição organizada, é preciso saber como dividir o todo em o diferencia dos outros elementos dessa mesma espécie.
partes. As operações que se realizam na análise e na síntese podem Entre os vários processos de exposição de ideias, a denição
ser assim relacionadas: é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências.
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. A denição cienca ou didáca é denotava, ou seja, atribui às
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. palavras seu sendo usual ou consensual, enquanto a conotava ou
metafórica emprega
emprega palavras de sendo gurado. Segundo a lógica
A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias tradicional aristotélica,
aristotélica, a denição consta de três elementos:
a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação de - o termo a ser denido;
- o gênero ou espécie;
abordagens
dos elementos possíveis. A síntese
que farão parte dotambém
texto. é importante na escolha - a diferença especíca.
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou
informa. A análise formal pode ser cienca ou experimental; O que disngue o termo denido de outros elementos da
é caracterísca das ciências matemácas, sico-naturais e mesma espécie. Exemplo:
experimentais. A análise informal é racional ou total, consiste
em “discernir” por vários atos disntos da atenção os elementos Na frase: O homem é um animal racional classica-se:
constuvos de um todo, os diferent
diferentes
es caracteres de um objeto ou
fenômeno.
A análise decompõe o todo em partes, a classicação estabelece  
as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classicação ligam-se inmamente, a ponto de se Elemento especiediferenç
especiediferençaa
 a ser denidoespecíca
confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
análise é decomposição e classicação é hierarquisação.
É muito comum formular denições de maneira defeituosa,
Nas ciências naturais, classicam-se os seres, fatos e fenômenos
por exemplo: Análise é quando 
quando  a gente decompõe o todo em
por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a
partes. Esse po de denição é gramacalmente incorreto; quando
classicação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou
é advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é
menos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão
Tão importante
são empregados de modo mais ou menos convencional. A é saber formular uma denição, que se recorre a Garcia (1973,
classicação,, no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens,
classicação p.306), para determinar os “requisitos da denição denotava”.
gêneros e espécies, é um exemplo de classicação natural, pelas Para ser exata, a denição deve apresentar os seguintes requisitos:
caracteríscas comuns e diferenciadoras. A classicação dos - o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em
variados itens integrantes de uma lista mais ou menos caóca é que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está
arcial. realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta
ou instalação”;
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão, - o gênero deve ser sucientement
sucientementee amplo para incluir todos os
canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio, exemplos especícos da coisa denida, e sucientemente restrito
sabiá, torradeira. para que a diferença possa ser percebida sem diculdade;
Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá. - deve ser obrigatoriamente armava: não há, em verdade,
Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo. denição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”;
Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira. - deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constui
Veículos:
Veícul os: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus. denição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem”
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem);
Os elementos desta lista foram classicados por ordem
alfabéca e pelas anidades comuns entre eles. Estabelecer ou o-que
deveseser breve (conda
pretenda num
como tal, é só período).
muito longa Quando a denição,
(séries de períodos
critérios de classicação das ideias e argumentos, pela ordem ou de parágrafos), chama-se explicação, e também denição
de importância, é uma habilidade indispensável para elaborar expandida;d
o desenvolvimento de uma redação. Tanto faz que a ordem seja - deve ter uma estrutura gramacal rígida: sujeito (o termo) +
crescente, do fato mais importante para o menos importante, ou cópula (verbo de ligação ser) + predicav
predicavo o (o gênero) + adjuntos (as
decrescente, primeiro o menos importante e, no nal, o impacto diferenças).
do mais importante; é indispensável que haja uma lógica na
classicação. A elaboração do plano compreende a classicação As denições dos dicionários de língua são feitas por meio
das partes e subdivisões, ou seja, os elementos do plano devem de paráfrases denitórias, ou seja, uma operação metalinguísca
obedecer a uma hierarquiz
hierarquização.
ação. (Garcia, 1973, p. 302304.) que consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a
palavra e seus signicados.

12

LÍNGUA PORTUGUESA
A força do texto dissertavo está em sua fundamentação. credibilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais
Sempre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira no corpo de um texto constuem argumentos de autoridade. Ao
e necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada fazer uma citação, o enunciador situa os enunciados nela condos
com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional na linha de raciocínio que ele considera mais adequada para
do mundo não tem valor, se não esver acompanhado de uma explicar ou juscar um fato ou fenômeno. Esse po de argumento
fundamentação coerente e adequada. tem mais caráter conrmatório que comprobatório.
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica Apoio na consensualidade: Certas armações dispensam
clássica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o explicação
explicaç ão ou comprova
comprovação,
ção, pois seu conteúdo é aceito como válido
 julgamento da validade dos fatos. Às vezes, a argumentaç
argumentaçãoão é por consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural.
clara e pode reconhecer-se facilmente seus elementos e suas Nesse caso, incluem-se
relações; outras vezes, as premissas e as conclusões organizam-se - A declaração que expressa uma verdade universal (o homem,
de modo livre, misturando-se na estrutura do argumento. Por isso, mortal, aspira à imortalidade);
é preciso aprender a reconhecer os elementos que constuem um - A declaração que é evidente por si mesma (caso dos
argumento: premissas/conclusões. Depois de reconhecer
reconhecer,, vericar postulados e axiomas);
se tais elementos são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar - Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de
se o argumento está expresso corretamente; se há coerência e natureza subjeva ou senmental (o amor tem razões que a própria
adequação entre seus elementos, ou se há contradição. Para isso razão desconhece); implica apreciação de ordem estéca (gosto
é que se aprende os processos de raciocínio por dedução e por não se discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda
indução. Admindo-se que raciocinar é relacionar, conclui-se que que parece absurdo).
o argumento é um po especíco de relação entre as premissas e
a conclusão. Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
Procedimentos Argumentavos:
Argumentavos: Constuem os procedimentos um fato ou armação pode ser comprovada por meio de dados
argumentavos
argumentav os mais empregados para comprovar uma armação: concretos, estascos ou documentais.
exemplicação, explicitação, enumeração, comparação. Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação
Exemplicação: Procura juscar os pontos de vista por meio se realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica:
de exemplos, hierarquizar armações. São expressões comuns causa/efcausa/efeito;
eito; consequência/c
consequência/causa;
ausa; condição/oc
condição/ocorrência.
orrência.
nesse po de procedimento: mais importante que, superior a, de Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações,
maior relevância que. Empregam-se também dados estascos,  julgamento, pronunciament
pronunciamentos,
os, apreciações
apreciações que expressam
expressam opiniões
acompanhados de expressões: considerando os dados; conforme pessoais (não subjevas) devem ter sua validade comprovada,
os dados apresentados. Faz-se a exemplicação, ainda, pela e só os fatos provam. Em resumo toda armação ou juízo que
apresentação de causas e consequências, usando-se comumente as expresse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na
expressões: porque, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade
por causa de, em virtude de, em vista de, por movo de. dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra-
Explicitação:
Explicitação: O objevo desse recurso argumentavo
argumentavo é explicar
argumentação ou refutação. São vários os processos de contra
ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar argumentação:
esse objevo pela denição, pelo testemunho e pela interpretaç
interpretação.
ão. Refutação pelo absurdo: refuta-se uma armação
Na explicitação por denição, empregamse expressões como: quer demonstrando o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a
dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista, ou contraargumentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o
melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme, cordeiro”;
segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses
entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga
interpretação,
interpretaç ão, em que são comuns as seguintes expressões: parece, verdadeira;
assim, desse ponto de vista. Desqualicação do argumento: atribui-se o argumento
Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de à opinião pessoal subjeva do enunciador, restringindo-se a
elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração universalidade da armação;
de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade:
frequentes as expressões: primeiro, segundo, por úlmo, antes, consiste em refutar um argumento empregando os testemunhos de
depois, ainda, em seguida, então, presentemente, angamente, autoridade que contrariam a armação apresentada;
depois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente, Desqualicar dados concretos apresentados: consiste em
respecvamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de desautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador
espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí, baseou-se em dados corretos, mas rou conclusões falsas ou
além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no inconsequentes. Por exemplo,
exemplo, se na argumentaç
argumentação
ão armou-se, por
interior,, nas grandes cidades, no sul, no leste...
interior
Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras meio de dados to”,
desenvolvimento”
desenvolvimen estascos,
, arma-seque
que“o controle demográco
a conclusão produz
é inconsequente, o
pois
de se estabelecer a comparação, com a nalidade de comprovar baseia-se em uma relação de causa-fei
causa-feito
to dicil de ser comprovada.
uma ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da Para contraargumentar, propõese uma relação inversa: “o
mesma forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. desenvolvimento é que gera o controle demográco”.
Para estabelecer contraste,
contraste, empregam-se as expressões: mais que, Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para
menos que, melhor que, pior que. desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas
Entre outros pos de argumentos empregados para aumentar ao desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em
o poder de persuasão de um texto dissertavo encontram-se: seguida, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados
Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade para a elaboração de um Plano de Redação.
reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma
armação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a

13

LÍNGUA PORTUGUESA
Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução Em alguns casos pode-se dizer que a intertextual
intertextualidade
idade assume
tecnológica a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
- Quesonar o tema, transformá-lo em interrogação,
interrogação, responder cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura,
a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois
resposta, juscar,
juscar, criando um argumento básico; textos caracterizada por um citar o outro.
- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando
construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação um texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira,
que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualicá-la se uliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos
(rever pos de argumentaç
argumentação);
ão);  – a fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero
- Reer sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias ou de gêneros disntos, terem a mesma nalidade ou propósitos
que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias diferentes. Assim, como você constatou, uma história em
podem ser listadas livremente ou organizadas como causa e quadrinhos pode ulizar algo de um texto cienco, assim como
consequência); um poema pode valer-se de uma letra de música ou um argo de
- Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o opinião pode mencionar um provérbio conhecido.
argumento básico; Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com
- Fazer uma seleção das ideias pernentes, escolhendo as que outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com
poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se outras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao
em argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do tomá-lo como ponto de parda, ao defendê-lo, ao cricá-lo, ao
argumento básico;
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma ironizá-lo ou ao compará-lo
Os estudiosos armam com
que outros.
em todos os textos ocorre algum
sequência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos,
às partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou desenhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos
menos a seguinte: expressamos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que
 já foram formulados por outros para rearmá-los, ampliá-los
Introdução ou mesmo contradizê-los. Em outras palavras, não há textos
- função social da ciência e da tecnologia; absolutamente originais, pois eles sempre – de maneira explícita ou
- denições de ciência e tecnologia; implícita – mantêm alguma relação com algo que foi visto, ouvido
- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico. ou lido.

Desenvolvimento Tipos de Interte


Intertextualidade
xtualidade
- apresentação de aspectos posivos e negavos do A intertextualidade acontece quando há uma referência
desenvolvimento tecnológico;
desenvolvimento explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode
- como o desenvolvimento cienco-tecnológico modicou as ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, lme,
condições de vida no mundo atual; novela etc. Toda vez que uma obra zer alusão à outra ocorre a
- a tecnocracia: oposição entre uma sociedade intertextualidade.
tecnologicamente desenvolvida e a dependência tecnológica dos Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo,
países subdesenvolvidos; um saber prévio, para reconhecer e idencar quando há um
- enumerar e discur os fatores de desenvolvimento
desenvolvimento social; diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer armando
- comparar a vida de hoje com os diversos pos de vida do as mesmas ideias da obra citada ou contestand
contestando-as.
o-as.
passado; apontar semelhanças e diferença
diferenças;
s;
- analisar as condições atuais de vida nos grandes centros Na  paráfrase  as palavras são mudadas, porém a ideia do
urbanos; texto é conrmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar,
- como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar rearmar os sendos ou alguns sendos do texto citado. É dizer
mais a sociedade. com outras palavras o que já foi dito.
A  paródia  é uma forma de contestar ou ridicularizar outros
Conclusão textos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso
- a tecnologia pode libertar ou escravizar: benecios/ é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das artes.
consequências malécas; Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original
- síntese interpretava dos argumentos e contra-argumentos é retomada para transformar seu sendo, leva o leitor a uma
apresentados. reexão críca de suas verdades incontestadas
incontestadas anteriormente, com
esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos

Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de edauma busca


críca. Ospela verdadehumoríscos
programas real, concebida
fazematravés do raciocínio
uso connuo dessae
redação: é um dos possíveis.
Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece arte, frequentemente os discursos de polícos são abordados
entre dois textos, quando um texto já criado exerce inuência na de maneira cômica e contestadora, provocando risos e também
criação de um novo texto. Pode-se denir, então, a intertextualidade reexão a respeito da demagogia pracada pela classe dominante.
como sendo a criação de um texto a parr de outro texto já A  Epígrafe 
Epígrafe  é um recurso bastante ulizado em obras, textos
existente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem ciencos, desde argos, resenhas, monograas, uma vez que
funções diferentes que dependem muito dos textos/contextos em consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma
que ela é inserida. relação com o que será discudo no texto. Do grego, o termo
O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento, “epígrae
epígrae”” é formado pelos vocábulos “epi  “ epi ” (posição superior) e
não se restringindo única e exclusivamente
exclusivamente a textos literários. “graphé
graphé”” (escrita). Como exemplo podemos citar um argo sobre
Patrimônio Cultural e a epígraf
epígrafee do lósofo Aristóteles (384 a.C.-322
a.C.): “ A cultura é o melhor conforto
conforto para a velhice”
velhice”.

14

LÍNGUA PORTUGUESA
A  Citação 
Citação  é o Acréscimo de partes de outras obras numa Segunda pessoa
produção textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem O autor costuma falar diretamente com o leitor, como um
expressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro diálogo. Trata-se de um caso mais raro e faz com que o leitor se
autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sinta quase como outro personagem que parcipa da história.
sem relacionar a fonte ulizada é considerado “plágio”. Do Lam, o
termo “citação” (citare
(citare)) signica convocar. Terceira pessoa
Coloca o leitor numa posição externa, como se apenas
A  Alusão 
Alusão  faz referência aos elementos presentes em outros observasse a ação acontecer
acontecer.. Os diálogos não são como na narrava
textos. Do Lam, o vocábulo “alusão” (alludere
(alludere)) é formado por dois em primeira pessoa, já que nesse caso o autor relata as frases como
termos: “ad 
“ad ” (a, para) e “ludere
“ludere”” (brincar). alguém que esvesse apenas contando o que cada personagem
disse.
Pasche é
Pasche  é uma recorrência a um gênero.
Sendo assim, o autor deve denir se sua narrava será
A Tradução
Tradução está
 está no campo da intertextualidade porque implica transmida ao leitor por um ou vários personagens. Se a história
a recriação de um texto. é contada por mais de um ser ccio, a transição do ponto de
vista de um para outro deve ser bem clara, para que quem esver
Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao acompanhando a leitura não que confuso.
“conhecimento de mundo”, que deve ser comparlhado, ou seja,
comum ao produtor e ao receptor
A intertextualidade pressupõe de um
textos.
universo cultural muito Coerência
É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto.
amplo e complexo, pois implica a idencação / o reconhecimento de Conjunto de unidades sistemazadas numa adequada relação se- se-
remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos, mânca, que se manifesta na compabilidade entre as ideias. (Na
além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função 
função  linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com
daquela citação ou alusão em questão. outra”).
Coerência é a unidade de sendo resultante da relação que se
Intertextualidade explícita e intertextualidade implícita estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen -
A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou der a outra, produzindo um sendo global, à luz do qual cada uma
implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte, das partes ganha sendo. Coerência é a ligação em conjunto dos
ou seja, se mais direta ou se mais subentendida. elementos formavos de um texto.
A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito
A intertextual
intertextualidade
idade explícita
explícita:: aos conceitos e às relações semâncas que permitem a união dos
 – é facilmente idencada
idencada pelos leitores;
leitores; elementos textuais.
 – estabelece uma relação
relação direta com
com o texto fonte;
fonte; A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante
 – apresenta elementos
elementos que idencam o texto texto fonte; de uma língua, quando não encontra sendo lógico entre as propo-
propo-
 – não exige que haja dedução
dedução por parte do leitor; sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguísca,
 – apenas apela à compreensão
compreensão do conteúdos. tomada em sendo lato, que permite a esse falante reconhecer
reconhecer de
imediato a coerência de um discurso.
A intertextual
intertextualidade
idade implícita:
 – não é facilmente
facilmente idencada pelos leitores;
leitores; A coerência:
 – não estabelece uma relação
relação direta com o texto fonte;
fonte; - assenta-se no plano cognivo, da inteligibilidade do texto;
 – não apresenta elementos
elementos que idencam o texto texto fonte; - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão concei-
concei -
 – exige que haja dedução, inferência
inferência,, atenção e análise por tual;
parte dos leitores; - relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com
 – exige que os leitores recorram
recorram a conhecimentos
conhecimentos prévios para o aspecto global do texto;
a compreensão do conteúdo. - estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.

PONTO DE VISTA Coesão


O modo como o autor narra suas histórias provoca diferentes É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto,
sendos ao leitor em relação à uma obra. Existem três pontos numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo
de vista diferentes. É considerado o elemento da narração que ou conexão sequencial.
sequencial. Se o vínculo coesivo se faz
faz via gramáca,
gramáca,
compreende a perspecva através da qual se conta a história. fala-se em coesão gramacal. Se se faz por meio do vocabulário,

Trata-se
de exisrdadiferentes
posição dapossibilidades
qual o narrador
dearcula
Ponto adenarrava.
Vista emApesar
uma tem-se a coesão
A coesão lexical.
lexical
textual é. a ligação, a relação, a conexão entre pala-
pala-
narrava, considera-se
considera-se dois pontos de vista como fundamentais: O vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos
narrador-observador
narrador-observ ador e o narrador-personagem. gramacais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo-
compo-
nentes do texto.
Primeira pessoa Existem, em Língua Portuguesa, dois pos de coesão: 
coesão: a lexical,
Um personagem narra a história a parr de seu próprio ponto que é obda pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge- ge-
de vista, ou seja, o escritor usa a primeira pessoa. Nesse caso, lemos néricos e formas elididas, e a gramacal, que é conseguida a parr
o livro com a sensação de termos a visão do personagem podendo do emprego adequado de argo, pronome, adjevo, determinados
também saber quais são seus pensamentos, o que causa uma advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.
leitura mais ínma. Da mesma maneira que acontece nas nossas A coesão:
vidas, existem algumas coisas das quais não temos conhecimento e - assenta-se no plano gramacal e no nível frasal;
só descobrimos ao decorrer da história. - situa-se na supercie do texto, estabele conexão
conexão sequencial;

15

LÍNGUA PORTUGUESA
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes so há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca
componentes do relações
- Estabelece texto; entre os vocábulos no interior das frases. pela verdade
programas real, concebida
humoríscos fazematravés do raciocínio
uso connuo e da frequente-
dessa arte, críca. Os-
frequente
mente os discursos de polícos são abordados de maneira cômica
e contestadora, provocando risos e também reexão a respeito da
Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece demagogia pracada pela classe dominante.
entre dois textos, quando um texto já criado exerce inuência na
criação de um novo texto. Pode-se denir, então, a intertextualida-
intertextualida- A  Epígrafe 
Epígrafe  é um recurso bastante ulizado em obras, textos
de como sendo a criação de um texto a parr de outro texto já exis-
exis- ciencos, desde argos, resenhas, monograas, uma vez que con con--
tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções siste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma re- re-
diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela lação com o que será discudo no texto. Do grego, o termo “epígra- “epígra-
é inserida.  e” é formado pelos vocábulos “epi 
 e” “ epi ” (posição superior) e “graphé
“ graphé””
O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento, (escrita). Como exemplo podemos citar um argo sobre Patrimônio
não se restringindo única e exclusivamente
exclusivamente a textos literários. Cultural e a epígrafe do lósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): “ A
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextua
intertextualidade
lidade assume cultura é o melhor conforto para a velhice”
velhice”.
a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, A Citação
 Citação é
 é o Acréscimo de partes de outras obras numa pro- pro -
escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois dução textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem ex- ex -
textos caracterizada
caracterizada por um citar o outro. pressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação
texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se sem relacionar a fonte ulizada é considerado “plágio”. Do Lam, o
uliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a termo “citação” (citare
(citare)) signica convocar.
fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou
de gêneros disntos, terem a mesma nalidade ou propósitos di- di- A  Alusão 
Alusão  faz referência aos elementos presentes em outros
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos textos. Do Lam, o vocábulo “alusão” (alludere
(alludere)) é formado por dois
pode ulizar algo de um texto cienco, assim como um poema termos: “ad 
“ad ” (a, para) e “ludere
“ludere”” (brincar).
pode valer-se de uma letra de música ou um argo de opinião pode
mencionar um provérbio conhecido. Pasche é
Pasche  é uma recorrência a um gênero.
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou-
ou - A Tradução
Tradução está
 está no campo da intertextualidade porque implica
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to-to- a recriação de um texto.
má-lo como ponto de parda, ao defendê-lo, ao cricá-lo,
cricá-lo, ao ironi-
ironi-
zá-lo ou ao compará-lo com outros. Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao “conheci-
“conheci-
Os estudiosos armam que em todos os textos ocorre algum mento de mundo”,
mundo”, que deve ser comparlhado, ou seja, comum ao
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de- de- produtor e ao receptor de textos.
senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres - A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito am-
am-
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram plo e complexo, pois implica a idencação / o reconhecimento de
formulados por outros para rearmá-los, ampliá-los ou mesmo con- con- remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos,
tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi-
origi- além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função 
função 
nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita
implícita – mantêm daquela citação ou alusão em questão.
alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido.
Intertextualidade explícita e interte
Intertextualidade intertextualidade
xtualidade implícita
Tipos de Interte
Intertextualidade
xtualidade A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou
A intertextualidade acontece quando há uma referência ex- ex - implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte,
plícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer ou seja, se mais direta ou se mais subentendida.
com outras formas além do texto, música, pintura, lme, novela etc.
Toda vez que uma obra zer alusão à outra ocorre a intertextuali-
intertextuali - A intertextual
intertextualidade
idade explícita:
dade.  – é facilmente idencada
idencada pelos leitores;
leitores;
Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo,  – estabelece uma relação
relação direta com
com o texto fonte;
fonte;
um saber prévio, para reconhecer e idencar quando há um diá- diá -  – apresenta elementos
elementos que idencam o texto texto fonte;
logo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer armando as  – não exige que haja dedução
dedução por parte do leitor;
mesmas ideias da obra citada ou contestando-as.  – apenas apela à compreensão
compreensão do conteúdos.
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto A intertextual
intertextualidade
idade implícita:
é conrmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, rea-
rea -  – não é facilmente
facilmente idencada pelos leitores;
leitores;
rmar os sendos ou alguns sendos do texto citado. É dizer com  – não estabelece uma relação
relação direta com
com o texto fonte;
fonte;
outras palavras o que já foi dito.  – não apresenta elementos
elementos que idencam o texto texto fonte;
 – exige que haja dedução, inferênci
inferência,
a, atenção
atenção e análise
análise por par
par--
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros tex-
tex- te dos leitores;
tos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto  – exige que os leitores recorram
recorram a conhecimentos prévios
prévios para
de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, a compreensão do conteúdo.
um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada
para transformar seu sendo, leva o leitor a uma reexão críca
de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse proces-
proces -

16

LÍNGUA PORTUGUESA

 CONSTRUÇÃO DE SENTIDO E EFEITOS DE SENTIDO


SENTIDO SEMÂNTICA;
FIGURADO; DENOTAÇÃO
RELAÇÕES LEXICAIS SENTIDO LITERAL E CONOTAÇÃO

Signicação de palavras
As palavras podem ter diversos sendos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramáca Normava: quem cuida
dessa parte é a Semânca, que se preocupa, justamente, com os signicados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que
compõem este estudo.

Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.

O Antônimo
Antônimo são
 são palavras que têm sendos opostos a outras. Por exemplo, felicidade
exemplo, felicidade é
 é o antônimo de tristeza
tristeza,, porque o signicado de
uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem
homem que
 que é antônimo de mulher .

Já o sinônimo
sinônimo são
 são palavras que têm sendos aproximados e que podem, inclusive, substuir a outra. O uso de sinônimos é muito im-
im-
portante para produções textuais, porque evita que você que rependo a mesma palavra várias vezes. Ulizando os mesmos exemplos,
para car claro: felicidade
claro: felicidade é
 é sinônimo de alegria/contentamento
alegria/contentamento e
 e homem
homem é
 é sinônimo de macho/varão
macho/varão..

Hipônimos e Hiperônimo
Hiperônimoss
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo
hipônimo designa
 designa uma palavra de sendo mais especíco, enquanto que o hiperônimo
hiperônimo  
designa uma palavra de sendo mais genérico. Por exemplo,
exemplo, cachorro e gato
gato são
 são hipônimos, pois têm sendo especíco. E animais domés-
cos é
cos é uma expressão hiperônima, pois indica um sendo mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substanvo
colevo. Hiperônimos estão no ramo dos sendos das palavra
palavras,
s, beleza?!?!

Outros conceitos que agem diretamente no sendo das palavras são os seguintes:
Conotação e Denotação
Observe as frases:
 Amo pepino na salada.
salada.
Tenho um pepino para resolver.

As duas frases têm uma palavra em comum: pepino


comum: pepino.. Mas essa palavra tem o mesmo sendo nos dois enunciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino
frase, pepino está
 está no sendo denotavo
denotavo,, ou seja, a palavra está sendo usada no sendo próprio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no senndo conotavo
conotavo,, pois ela está sendo usada no sendo gurado e depende do con-
con-
texto para ser entendida.
Para facilitar: denotavo
facilitar: denotavo começa com D de dicionário e conotavo começa com C de contexto.

Por m, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:

Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:
abaixo:

hps://redacaonocafe.wordpres
hps://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/
s.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/ 
22/ambiguidade-na-propaganda/ 

17

LÍNGUA PORTUGUESA
Perceba que há uma duplicidade de sendo nesta construção. Por meio do po de linguagem que usamos, do tom de voz que
Podemos interpretar
interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, empregamos, etc., transmimos uma imagem nossa, não raro in- in-
por estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, conscientemente.
não têm qualidade e, por isso, terão vida úl curta. Emprega-se a expressão função emova para designar a uli-
uli-
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade
ambiguidade,, que é zação da linguagem para a manifestação do enunciador, isto é, da-
da-
 justamente a duplicidade de sendos que podem haver em uma quele que fala.
palavra, frase ou textos inteiros.
Exemplo: Nós te amamos!

Função Conava
INTERTEXTUALIDADE A função conava ou apelava é caracterizada
caracterizada por uma lingua
lingua--
gem persuasiva com a nalidade de convencer o leitor. Por isso, o
Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado grande foco é no receptor da mensagem.
em tópicos anteriores. Trata-se de uma função muito ulizada nas propagandas, pu- pu -
blicidades e discursos polícos, a m de inuenciar o receptor por
meio da mensagem
mensagem transmida.
Esse po de texto costuma se apresentar na segunda ou na ter-
ter-
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
ceira pessoa com a presença de verbos no imperavo e o uso do
vocavo.
Funções da linguagem são recursos da comunicação que, de Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com
acordo com o objevo do emissor, dão ênfase à mensagem trans-
trans - a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos inuenciam de ma-
ma-
mida, em função do contexto em que o ato comunicavo ocorre. neira bastante sul, com tentações e seduções, como os anúncios
São seis as funções da linguagem, que se encontram direta-
direta - publicitários que nos dizem como seremos bem-sucedidos, atraen-
atraen-
mente relacionadas com os elementos da comunicaç
comunicação.
ão. tes e charmosos se usarmos determinadas marcas, se consumirmos
certos produtos.
Funções da Linguagem Elementos da Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos,
Comunicação que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto esperta -
lhões, que só pensam em levar vantagem, e indivíduos atemoriza -
Função referencial ou denotava contexto dos, que se deixam conduzir sem quesonar
quesonar..
Função emova ou expressiva emissor Exemplos: Só amanhã, não perca!
Função apelava ou conava receptor Vote em mim!

Função poéca mensagem Função Poéca


Função fáca canal Esta função é caracterísca das obras literárias que possui
Função metalinguísca código como marca a ulização do sendo
s endo conotavo das palavras.
Nela, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será
transmida por meio da escolha das palavras, das expressões, das
Função Referencial
guras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento comunica-
comunica-
A função referencial tem como objevo principal informar, re-re-
vo é a mensagem.
ferenciar algo. Esse po de texto, que é voltado para o contexto da
A função poéca não pertence somente aos textos literários.
comunicação,
comunicaçã o, é escrito na terceira pessoa do singular ou do plural,
Podemos encontrar a função poéca também na publicidade ou
o que enfaza sua impessoalidade.
nas expressões codianas em que há o uso frequente de metáforas
metáforas
Para exemplicar a linguagem referencial, podemos citar os
(provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
materiais didácos, textos jornalíscos e ciencos. Todos eles, por
meio de uma linguagem denotava, informam a respeito de algo,
sem envolver aspectos subjevos ou emovos à linguagem. Exemplo:
“Basta-me um pequeno gesto,
Exemplo de uma nocia:  feito de longe e de leve,
leve,
O resultado do terceiro levantamento
levantamento feito pela Aliança Global  para que venhas comigo
 para Avidade Física de Crianças — endade internacional dedica- e eu para sempre te leve...” 
da ao esmulo da adoção de hábitos saudáveis pelos jovens — foi (Cecília Meireles)

decepcionante.
objevo de aferirRealizado
o quantoem 49 países
crianças de seis connentes
e adolescentes com o
estão fazendo Função Fáca
exercícios sicos, o estudo mostrou que elas estão muito sedentá- A função fáca tem como principal objevo estabelecer um ca- ca-
rias. Em 75% das nações parcipantes, o nível de avidade sica nal de comunicação entre o emissor e o receptor
receptor,, quer para iniciar a
 pracado por essa faixa etária está muito abaixo do recomendado transmissão da mensagem, quer para assegurar a sua connuação.
 para garanr um crescimento saudável e um envelhecime
envelhecimento
nto de A ênfase dada ao canal comunicavo.
qualidade — com bom condicionamento sico, músculos e esquele- Esse po de função é muito ulizado nos diálogos, por exem-
exem-
tos fortes e funções cognivas preservadas. De “A” a “F”, a maioria plo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao tele-
tele-
dos países rou nota “D”
“D”.. fone, etc.

Função Emova Exemplo:


Caracterizada
Caracterizada pela subjevidade com o objevo de emocionar
emocionar.. -- Calor, não é!?
É centrada no emissor, ou seja, quem envia a mensagem. A mensa
mensa-- -- Sim! Li na previsão que iria chover.
gem não precisa ser clara ou de fácil entendimento.
entendimento. -- Pois é...

18

LÍNGUA PORTUGUESA

Função Metalinguísca
É caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a lingua-
lingua-  – A do
regiões pronúncia do como
Brasil) ou “l” nal
“l”de sílaba
(em como
certas “u” (na
regiões do maioria
Rio Grandedas
gem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na linguagem caipira):
código ulizando o próprio código. quintau, quintar, quintal; pastéu, paster, pastel; faróu, farór, farol .
Nessa categoria, os textos metalinguíscos que merecem des- des -  – deslocamento
deslocamento do “r” no interior
interior da sílaba: largato, preguntar,
taque são as gramácas e os dicionários. estrupo, cardeneta,
cardeneta, picos de pessoas de baixa condição social.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um do -  – a queda do “r”
“r ” nal dos verbos, muito comum na linguagem
cumentário cinematográco
cinematográco que fala sobre a linguagem do cinema oral no português: falá, vendê, cur (em vez de curr), compô.
são alguns exemplos.  – o acréscimo de vogal no início de certas palavra palavras: s: eu me
Exemplo: alembro,, o pássaro avoa
alembro avoa,, formas comuns na linguagem clássica,
Amizade s.f.:
s.f.: 1. senmento de grande afeição, simpaa, apreço hoje frequentes na fala caipira.
entre pessoas ou endades. “sena-se feliz com a amizade do seu  – a queda de sons no início de palavras: ocê ocê,, cê
cê,, ta
ta,, tava
tava,, ma-
mestre”  relo (amarelo),
relo (amarelo), margoso
margoso (amargoso),
 (amargoso), caracteríscas na linguagem
2. POR METONÍMIA: quem é amigo, companheiro, camarada. oral coloquial.
“é uma de suas amizades éis” 
Variações Sintácas
Correlação entre as palavras da frase. No domínio da sintaxe,
como no da morfologia, não são tantas as diferenças entre uma va-va-
VARIEDADES
VARIEDADES LING UÍSTICAS riante e outra. Como exemplo, podemos citar:
 – a substuição do pronome relavo “cujo” pelo pronome
É possível encontrar no Brasil diversas variações linguíscas, “que” no início da frase mais a combinação da preposição “de” com
como na linguagem regional. Elas reúnem as variantes da língua o pronome “ele” (=dele): É um amigo que que eu
 eu já conhecia a família
que foram criadas pelos homens e são reinvent
reinventadas
adas a cada dia. dele (em vez de cuja
de cuja família eu já conhecia).
conhecia).
Delas surgem as variações que envolvem vários aspectos histó-
histó-   a mistura de tratamento entre tu tu e
 e você
você,, sobretudo quando
ricos, sociais, culturais, geográcos, entre outros. se trata de verbos no imperavo: EntraEntra,, que eu quero falar com
você (em
você  (em vez de congo
congo);); Fala
Fala baixo
 baixo que a sua (em vez de tuatua)) voz
Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por todos os
me irrita.
seus falantes em todos os lugares e em qualquer situação. Sabe-se
 – ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles che-
que, numa mesma língua, há formas disntas para traduzir o mes-
mes-
gou tarde
gou  tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou
Faltou naquela
 naquela se-
se-
mo signicado dentro de um mesmo contexto.
mana muitos alunos; Comentou-se
Comentou-se os  os episódios.
As variações que disnguem uma variante de outra se mani-
mani -
 – o uso de pronomes do caso reto com outra função que não
festam em quatro planos disntos, a saber: fônico, morfológico,
a de sujeito: encontrei ele (em
ele (em vez de encontrei-o) na rua; não irão
sintáco e lexical. sem você e eu (em
eu (em vez de mim); nada houve entre tu tu (em
 (em vez de )
e ele.
Variações
Ocorrem nas Morfológicas
formas constuintes da palavra. As diferenças en- en-  – o uso do pronome lhe como objeto direto:
direto: não lhe (em vez de
“o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem.
tre as variantes não são tantas quanto as de natureza fônica, mas  – a ausência da preposição
preposição adequada antes do pronome relarela--
não são desprezíveis. Como exemplos, podemos citar: vo em função de complemento verbal: são pessoas que que (em
 (em vez de:
 – uso de substanvos masculinos como femininos ou vice vice-- de que)
que) eu gosto muito; este é o melhor lme que
que (em
 (em vez de a que)
que)
-versa: duzentas
duzentas gramas
 gramas de presunto (duzentos), a champanha (o eu assis; você é a pessoa que
que (em
 (em vez de em que)
que) eu mais cono.
champanha), ve muita muita dó
 dó dela (muito dó), mistura do do cal
 cal (da cal).
 – a omissão do “s” como marca de plural plural de substanvos e ad-ad- Variações Léxicas
 jevos (picos do falar paulistano): os amigo e as amiga, os livro Conjunto de palavras de uma língua. As variantes do plano do
indicado, as noite fria, os caso mais comum.comum. léxico, como as do plano fônico, são muito numerosas e caracteri-
caracteri -
 – o enfraquecimento
enfraquecimento do uso do modo subjunvo:
subjunvo: Espero que o zam com nidez uma variante em confronto com outra. São exem exem--
Brasil reete
reete (reita)
 (reita) sobre o que aconteceu nas úlmas eleições; Se plos possíveis de citar:
eu estava
estava (esvesse)
 (esvesse) lá, não deixav
deixavaa acontecer; Não é possível que  – as diferença
diferençass lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, às
ele esforçou
esforçou (tenha
 (tenha se esforçado) mais que eu. vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de piada de lado a
 – o uso do prexo hiper-
hiper- em
 em vez do suxo -íssimo
-íssimo para
 para criar o lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca cueca aquilo
 aquilo que no Brasil
superlavo de adjevos, recurso muito caracterísco da linguagem chamamos de calcinha
calcinha;; o que chamamos de la
de la no
 no Brasil, em Por-
Por-
 jovem urbana: um cara hiper-humano
hiper-humano (em (em vez de humaníssimo), tugal chamam de bicha
bicha;; café da manhã em
manhã em Portugal se diz pequeno
diz pequeno
uma prova hiperdicil  (em  (em vez de dicílima), um carro hiperpossan- almoço;; camisola em Portugal traduz o mesmo que chamamos de
almoço
te (em vez de possanssimo). suéter, malha, camiseta.
camiseta.
 – a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos regula- regula-  – a escolha do adjevo maior  em   em vez do advérbio muito
muito para
 para
res: ele interviu
interviu (interveio),
 (interveio), se ele manter  (manver),
 (manver), se ele ver  (vir)
 (vir) formar o grau superlavo dos adjevos, caracteríscas da lingua- lingua-
o recado, quando ele repor  (repuser).
 (repuser). gem jovem de alguns centros urbanos: maior  legal;   legal; maior   dicil;
 – a conjugação
conjugação de verbos regulares
regulares pelo modelo de irregulares:
irregulares: Esse amigo é um carinha maior  esforçado.
  esforçado.
vareia (varia),
vareia  (varia), negoceia
negoceia (negocia).
 (negocia).
Designações das Varia
Variantes
ntes Lexicais:
Variações Fônicas  –  Arcaísmo:  palavras que já caíram de uso. Por exemplo, um
Ocorrem no modo de pronunciar os sons constuintes da pala- pala- bobalhão era
bobalhão  era chamado de coió
coió ou
 ou bocó
bocó;; em vez de refrigerante
refrigerante usa-
 usa-
vra. Entre esses casos, podemos citar: va-se gasosa
gasosa;; algo muito bom, de qualidade excelente, era supimpa
supimpa..
 – a redução de proparox
proparoxítonas
ítonas a paroxítona
paroxítonas:
s: Petrópis (Petró
(Petró--  – Neologismo: contrário do arcaísmo. São palavras recém-cria-
recém-cria-
polis), fór 
polis),  fór   (fósforo), porva
(fósforo),  porva (pólvora),
 (pólvora), todas elas formas picas de das, muitas das quais mal ou nem entraram para os dicionários. A na
pessoas de baixa condição social. computação tem vários exemplos, como escanear, deletar, printar .

19

LÍNGUA PORTUGUESA

 – Estrangeirismo: emprego de palavras emprestadas de outra concordar


língua, que ainda não foram aportuguesadas, preservando a forma consenr
de origem. Nesse caso, há muitas expressões lanas, sobretudo da contestar
linguagem jurídica, tais como: habeas-corpus
habeas-corpus (literalmente,
 (literalmente, “tenhas connuar
o corpo” ou, mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso facto 
facto  declamar
(“pelo próprio fato de”, “por isso mesmo. determinar
dizer
As palavras de origem inglesas são várias: fee
várias:  feelin
ling
g (“sensibilidade”, esclarecer
capacidade de percepção), brieng
brieng (conjunto
 (conjunto de informações básicas). exclamar
 –  Jargão: vocabulário
 vocabulário pico
 pico de um campo prossional como explicar
a medicina, a engenharia, a publicidade, o jornalismo. Furo Furo é
 é no
no-- gritar
cia dada em primeira mão. Quando o furo se revela falso, foi uma indagar
barriga..
barriga insisr
 – Gíria: vocabulário especial de um grupo que não deseja ser interrogar
entendido por outros grupos ou que pretende marcar sua idenda- idenda- interromper
de por meio da linguagem. Por exemplo
exemplo,, levar um lero (conversar).
lero (conversar). intervir

 – Preciosismo:
 procrasnar   é um
 (em vez
 (em léxico excessivamente
de adiar); excessiv amente
cinesíforo (em
cinesíforo erudito,
 (em vez muito raro:
de motorista). mandar pedir
ordenar,
 – Vulgarismo:  o contrário do preciosismo, por exemplo, de perguntar
saco cheio (em
cheio (em vez de aborrecido
aborrecido),), se ferrou (em
ferrou (em vez de se deu mal , prosseguir
arruinou-se).
arruinou-se ). protestar
reclamar
Tipos de Variação reper
As variações mais importantes, são as seguintes: replicar
 – Sociocultural: Esse po de variação pode ser percebido com responder
certa facilidade
facilidade.. retrucar
 –  Geográca: é, no Brasil, bastante grande. Ao conjunto das solicitar
caracteríscas da pronúncia de uma determinada região dá-se o
nome de sotaque: sotaque mineiro, sotaque nordesno, sotaque Os verbos declaravos podem, além de introduzir a fala, indicar
gaúcho etc. atudes, estados interiores ou situações emocionais das persona-
persona -
 –  De Situação: são provocadas pelas alterações das circuns-
circuns - gens como, por exemplo, os verbos protestar, gritar, ordenar e ou-
ou -
tâncias em que se desenrola o ato de comunicação. Um modo de tros. Esse efeito pode ser também obdo com o uso de adjevos ou
falar compavel com determinada situação é incompavel com advérbios aliados aos verbos de elocução: falou calmamente,
calmamente, gritou
outra histérica, respondeu irritada, explicou docemente.
 – Histórica: as línguas se alteram com o passar do tempo e com
o uso. Muda a forma de falar, mudam as palavras, a graa e o sen-
sen- Exemplo:
do delas. Essas alterações recebem o nome de variações históricas.
históricas. — O amor, prosseguiu sonhadora, é a grande realização de nos-nos-
sas vidas.
Ao ulizar o discurso direto – diálogos (com ou sem travessão) en-
en-
tre as personagens –, você deve optar por um dos três eslos a seguir:
TIPOS DE DISCURSO
Eslo 1:
Discurso direto João perguntou:
É a fala da personagem reproduzida elmente pelo narrador, — Que tal o carro?
ou seja, reproduzida nos termos em que foi expressa.
— Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores com-
com- Eslo 2:
pletamente bêbados, não é? João perguntou: “Que tal o carro?” (As aspas são optavas)
Foi aí que um dos bêbados pediu: Antônio respondeu: “horroroso” (As aspas são optavas)
— Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é
o seu marido que os outros querem ir para casa. Eslo 3:
(Stanislaw Ponte Preta) Verbos de elocução no meio da fala:
— Estou vendo, disse efusivamente João, que você adorou o
Observe que, no exemplo dado, a fala da personagem é intro-
intro- carro.
duzida por um travessão, que deve estar alinhado dentro do pará-
pará - — Você, retrucou Antônio, está completamente enganado.
grafo.
O narrador, ao reproduzir diretamente a fala das personagens, Verbos de elocução no m da fala:
conserva caracteríscas
caracteríscas do linguajar de cada uma, como termos de — Estou vendo que você adorou o carro — disse efusivamente
gíria, vícios de linguagem, palavrões, expressões regionais ou ca-
ca- João.
coetes pessoais. — Você está completamente enganado — retrucou Antônio.
O discurso direto geralmente apresenta verbos de elocução (ou
declaravos ou dicendi) que indicam quem está emindo a mensagem.
men sagem. Os trechos que apresentam verbos de elocução podem vir com
Os verbos declaravos ou de elocução mais comuns são: travessões ou com vírgulas. Observe os seguintes exemplos:
acrescentar — Não posso, disse ela daí a alguns instantes, não deixo meu
armar lho. (Machado de Assis)

20

LÍNGUA PORTUGUESA
— Não vá sem eu lhe ensinar a minha losoa da miséria, disse tos da personagem aparecem, no trecho transcrito, principalmente
ele, escarrachando-se diante de mim. (Machado de Assis) nas orações interrogavas, entremeadas com o discurso do narra-
narra-
dor.
— Vale cinquenta, ponderei; Sabina sabe que custou cinquenta
e oito. (Machado de Assis) Transposição de discurso
Na narração, para reconstuir a fala da personagem, uliza-se
— Ainda não, respondi secamente. (Machado de Assis) a estrutura de um discurso direto ou de um discurso indireto. O
domínio dessas estruturas é importante tanto para se empregar
Verbos de elocução depois de orações interrogavas e excla-
excla - corretamentee os po
corretament poss de discurso na redação.
mavas: Os sinais de pontuação (aspas, travessão, dois-pontos) e outros
— Nunca me viu? perguntou Virgília vendo que a encarava com recursos como grifo ou itálico, presentes no discurso direto, não
insistência. (Machado de Assis) aparecem no discurso indireto, a não ser que se queira insisr na
— Para quê? interrompeu Sabina. (Machado de Assis) atribuição do enunciado à personagem, não ao narrador. Tal insis-
insis-
— Isso nunca; não faço esmolas! disse ele. (Machado de Assis) tência, porém, é desnecessária e excessiva, pois, se o texto for bem
construído, a idencação do discurso indireto livre não oferece
Observe que os verbos de elocução aparecem em letras minús-
minús- diculdade.
culas depois dos pontos de exclamação e interrogação.

Discurso indireto Discurso Direto


No discurso indireto, o narrador exprime indiretamente a fala • Presente
da personagem. O narrador funciona como testemunha audiva e A enfermeira armou:
passa para o leitor o que ouviu da personagem. Na transcrição, o  – É uma menina.
verbo aparece na terceira pessoa, sendo imprescindível a presen-
presen-
ça de verbos dicendi (dizer, responder, retrucar, replicar, perguntar,
• Pretérito perfeito
pedir, exclamar, contestar, concordar, ordenar, gritar, indagar, de-
de -
clamar,, armar, mandar etc.), seguidos dos conecvos que (dicendi
clamar esperei demais, retrucou com indignação.
 – Já esperei demais,
armavo) ou se (dicendi interrogavo) para introduzir a fala da
personagem na voz do narrador. • Futuro do presente
A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava Pedrinho gritou:
muito conhecer Carlota e perguntou por que não a levei comigo.  – Não sairei do carro.
(Ciro dos Anjos)
• Imperavo
Fui ter com ela, e perguntei se a mãe havia dito alguma coisa; Olhou-a e disse secamente:
respondeu-me que não.  – Deixe-me em paz.
paz.
(Machado de Assis)
Outras alterações
Discurso indireto livre • Primeira ou segunda pessoa
Resultante da mistura dos discursos direto e indireto, existe Maria disse:
uma terceira modalidade de técnica narrava, o chamado discurso quero sair com Roberto hoje.
 – Não quero sair
indireto livre, processo de grande efeito eslísco. Por meio dele,
o narrador pode, não apenas reproduzir indiretamente falas das • Vocavo
personagens, mas também o que elas não falam, mas pensam, so- so-  – Você quer café,
café, João?, perguntou
perguntou a prima.
nham, desejam etc. Neste caso, discurso indireto livre corresponde
ao monólogo interior das personagens, mas expresso pelo narrador.
narrador. • Objeto indireto na oração principal 
As orações do discurso indireto livre são, em regra, independentes, A prima perguntou a João se ele queria café.
sem verbos dicendi, sem pontuação que marque a passagem da fala do
narrador para a da personagem, mas com transposições do tempo do • Forma interrogava ou imperava
verbo (pretérito imperfeito) e dos pronomes (terceira pessoa). O foco Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa:
narravo deve ser de terceira pessoa. Esse discurso é muito empregado  – E o amarelo?
na narrava moderna, pela uência e ritmo que confere ao texto.
• Advérbios de lugar e de tempo
Fabiano ouviu o relatório desconexo do bêbado, caiu numa in-
in- aqui, daqui, agora, hoje, ontem, amanhã
decisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sendo, conversa
à toa. Mas irou-se com a comparação,
comparação, deu marradas na parede. Era • Pronomes demonstravos e possessivos
bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. essa(s), esta(s)
Estava preso por isso? Como era? Então mete- se um homem na esse(s), este(s)
cadeia por que ele não sabe falar direito? isso, isto
(Graciliano
(Graciliano Ramos) meu, minha
teu, tua
Observe que se o trecho “Era bruto, sim” esvesse um discur-
discur - nosso, nossa
so direto, apresentaria a seguinte formulação: Sou bruto, sim; em
discurso indireto: Ele admiu que era bruto; em discurso indireto
livre: Era bruto, sim.
Para produzir discurso indireto livre que exprima o mundo inte
inte--
rior da personagem (seus pensamentos, desejos, sonhos, fantasias
etc.), o narrador precisa ser onisciente. Observe que os pensamen-
pensamen -

21

LÍNGUA PORTUGUESA

Discurso Indireto ORTOGRAFIA


• Pretérito imperfeito
A enfermeira armou que era uma menina. ORTOGRAFIA OFICIAL
• Futuro do pretérito • Mudanças no alfabeto:
alfabeto: O alfabeto tem 26 letras.
letras. Foram rein-
rein-
Pedrinho gritou que não sairia do carro. troduzidas as letras k, w e y.
• Pretérito mais-que-perfeito O alfabeto completo é o seguinte: A B C D E F G H I J K L M N O
Retrucou com indignação que já esperara (ou nha espera-
espera - PQRST UVWXYZ
do) demais. • Trema: Não
Trema: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
• Pretérito imperfeito do subjunvo letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue,
Olhou-a e disse secamente que o deixasse em paz. gui, que, qui.
Outras alterações
• Terceira pessoa Regras de acentuação
Maria disse que não queria sair com Roberto naquele dia.  – Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói
ói   das
• Objeto indireto na oração principal  palavras paroxítonas
paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúlma
A prima perguntou a João se ele queria café. sílaba)
• Forma declarava
Abriu o estojo, contou os lápis e depois perguntou ansiosa
pelo amarelo. Como era Como ca
lá, dali, de lá, naquele momento, naquele dia, no dia an-an- alcatéia alcateia
terior, na véspera, no dia seguinte, aquela(s), aquele(s), aquilo,
apóia apoia
seu, sua (dele, dela), seu, sua (deles, delas)
  apóio apoio

Atenção: essa
Atenção:  essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas
ACENTUAÇÃO GRÁFICA connuam com acento: Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons  – Nas palavras paroxítonas,


paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no
com mais relevo do que outros. Os sinais diacrícos servem para u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras.
Vejamos um por um: Como era Como ca
baiúca baiuca
Acento agudo: 
aberto. agudo:  marca a posição da sílaba tônica e o mbre
bocaiúva bocaiuva
 Jáá cursei a Faculdade de Hist ória.
 J
Acento circunexo:
circunexo: marca a posição da sílaba tônica e o mbre Atenção: se a palavra for oxítona e o i  ou o u esverem em
Atenção: se
fechado. posição nal (ou seguidos de 
de  s), o acento permanece. Exemplos:
Meu av ô e meus tr ês os ainda são vivos. tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este
caso afundo mais à frente).  – Não se usa mais o acento das palavra
palavrass terminadas em êem
Sou leal à mulher da minha vida. e ôo(s).
As palavras podem ser:
 – Oxítonas
Oxítonas:: quando a sílaba tônica é a úlma (ca-fé
(ca-fé,, ma-ra-cu-
ma-ra-cu- Como era Como ca
- já,
 já, ra-paz
ra-paz,, u-ru-bu
u-ru-bu...)
...) abençôo abençoo
 – Paroxítonas
Paroxítonas:: quando a sílaba
sílaba tônica é a penúlma (meme-sa,
-sa,
sa-bo-ne
sa-bo- ne-te,
-te, ré
ré-gua...)
-gua...) crêem creem
 – Proparoxítonas
Proparoxítonas:: quando a sílaba tônica é a antepenúlma
(sá
sá-ba-do,
-ba-do, tô
tô-ni-ca,
-ni-ca, his-tó
his-tó-ri-co…)
-ri-co…)  – Não se usa mais o acento que diferencia
diferenciava
va os pares pára/
para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos:
• São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico, Atenção:
íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...) • Permanece o acento diferencia
diferenciall em pôde/pode.
• São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N, • Permanece o acento diferencial em pôr/por.
R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável,
(amável, elétron, éter,
éter, • Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural
fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...) dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter,
• São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S), reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu, • É facultavo o uso do acento circunexo para diferenciar as
dói, coronéis...) palavras forma/fôrma.
• São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais
(aí, faísca, baú, juízo, Luísa...) Uso de hífen
Regra básica:
Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei-
trei - Sempre se usa o hífen diante de h: an-higiênico, super-ho-
nar e xar as regras. mem..
mem

22

LÍNGUA PORTUGUESA
Outros casos • São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N,
1. Prexo
1. Prexo terminado em vogal: R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável,
(amável, elétron, éter,
éter,
 – Sem hífen diante de
de vogal diferente:
diferente: autoescola, anaéreo. fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...)
 – Sem hífen diante de consoante diferent
diferentee de r
de r e
 e s: anteprojeto, • São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S),
semicírculo. E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu,
 – Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: anrracis- dói, coronéis...)
mo, anssocial, ultrassom. • São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais
 – Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-on- (aí, faísca, baú, juízo, Luísa...)
das.
Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei-
trei -
2. Prexo
2. Prexo terminado em consoante: nar e xar as regras.
 – Com hífen diante de mesma consoante: inter-regi
inter-regional,
onal, sub-
sub -
-bibliotecário.
 – Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su-
 persônico. CLASSE D E PALAVRAS SUBSTANTIVO,
SUBSTANTIVO, ARTIGO, ADJETI
VO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPO
PREPO 
– Sem hífen diante de
de vogal: interestadual, superinteressant
superinteressante.
e.
  Sem hífen diante dede vogal: interestadual, superinteressant
superinteressante.
e. SIÇÃO, CONJUNÇÃO, INTERJEIÇÃO; ESTRUTURA E FOR
Observações: MAÇÃO DE PALAVRAS
• Com o prexo sub
sub,, usa-se o hífen também diante de palavra
iniciada por r: sub-região, sub-raça.
sub-raça. Palavras iniciadas por h perdem CLASSES DE PALAVRAS
essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
subumanidade.
• Com os prexos circum
circum e e pan
pan,, usa-se o hífen diante de pala-
pala - Substanvo
vra iniciada por m, n e
n e vogal
vogal:: circum-navegação, pan-americano. São as palavras que atribuem nomes
nomes aos
 aos seres reais ou imagi-
• O prexo co
co agluna-se,
 agluna-se, em geral, com o segundo elemento, nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen-
sen -
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, coope- mentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata.
rar, cooperação, cooptar, coocupante.
coocupante.
• Com o prexo vice
vice,, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-al- Classicação dos substanv
substanvos
os
mirante.
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam
a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, SUBSTANTIVO SIMPLES: 
SIMPLES:  Olhos/água/
 pontapé, paraquedas, paraquedista.
paraquedista. apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/
• Com os prexos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, pró , sua estrutura. macaco/João/sabão

usa-se sempre o
recém-casado, hífen: ex-aluno,pré-vesbular
pós-graduação, sem-terra, além-mar,
pré-vesbular, aquém-mar,
, pró-europeu. SUBSTANTIVOS COMPOSTOS: 
COMPOSTOS:  Macacos-prego/
são formados por mais de um porta-voz/
radical em sua estrutura. pé-de-moleque
Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando
muita coisa. Mas não podemos parar, não é mesmo?!?! Por isso SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS: Casa/
vamos passar para mais um ponto importante. são os que dão origem a mundo/
outras palavras, ou seja, ela é população
Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons a primeira. /formiga
com mais relevo do que outros. Os sinais diacrícos servem para SUBSTANTIVOS DERIVADOS: Caseiro/mundano/
indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras. são formados por outros populacional/formigueiro
Vejamos um por um: radicais da língua.
Acento agudo: 
agudo:  marca a posição da sílaba tônica e o mbre SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: Rodrigo
aberto. designa determinado ser /Brasil
 Jáá cursei a Faculdade de Hist ória.
 J entre outros da mesma /Belo Horizonte/Estátua da
Acento circunexo:
circunexo: marca a posição da sílaba tônica e o mbre espécie. São sempre iniciados Liberdade
fechado. por letra maiúscula.
Meu av ôgrave:
Acento  e meus tr ês os
marca ainda sãodavivos.
o fenômeno crase (estudaremos este SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
referem-se qualquer ser de cachorro/prima
caso afundo mais à frente). uma mesma espécie.
Sou leal à mulher da minha vida.
SUBSTANTIVOS CONCRETOS: Leão/corrente
As palavras podem ser: nomeiam seres com existência
existência /estrelas/fadas
 – Oxítonas
Oxítonas:: quando a sílaba tônica é a úlma (ca-fé
(ca-fé,, ma-ra-cu-
ma-ra-cu- própria. Esses seres podem /lobisomem
- já,
 já, ra-paz
ra-paz,, u-ru-bu
u-ru-bu...)
...) ser animadoso ou inanimados, /saci-pererê
 – Paroxítonas
Paroxítonas:: quando a sílaba
sílaba tônica é a penúlma (meme-sa,
-sa, reais ou imaginários.
sa-bo-ne
sa-bo- ne-te,
-te, ré
ré-gua...)
-gua...) SUBSTANTIVOS ABSTRATOS: Mistério/
 – Proparoxítonas
Proparoxítonas:: quando a sílaba tônica é a antepenúlma nomeiam ações, estados, bondade/
(sá
sá-ba-do,
-ba-do, tô
tô-ni-ca,
-ni-ca, his-tó
his-tó-ri-co…)
-ri-co…) qualidades e senmentos que conança/
não tem existência própria, ou lembrança/
As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos: seja, só existem em função de amor/
• São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico, um ser. alegria
íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...)

23

LÍNGUA PORTUGUESA
SUBSTANTIVOS COLETIVOS: Elenco (de atores)/
referem-se a um conjunto acervo (de obras arscas)/
de seres da mesma espécie, buquê (de ores)
mesmo quando empregado
no singular e constuem um
substanvo comum.
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS
QUE NÃO ESTÃO AQUI!

Flexão dos Substanvos


• Gênero: Os
Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculino e feminino. E no caso dos substanvos podem ser biformes ou uni -
formes
 – Biformes: as palavras
palavras tem duas formas,
formas, ou seja, apresenta uma
uma forma para o masculino e uma para
para o feminino: gre/gresa,
gre/gresa, o pre-
pre-
sidente/a presidenta, o maestro/a maestrina
 – Uniformes: as palavra
palavrass tem uma só forma, ou seja, uma única forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em
epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariáveis: onça macho/onça fêmea,
fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira ma- ma-
cho/palmeira fêmea.
b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto que aparecem que se determina o gênero: a criança (o( o criança),
criança), a tes-
tes-
temunha (o(o testemunha),
testemunha), o individuo (a individua).
c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente, o/a
estudante, o/a colega.
• Número: Podem exionar em singular (1) e plural (mais de 1).
 – Singular: anzol, tórax,
tórax, próton, casa.
casa.
 – Plural: anzóis,
anzóis, os tórax, prótons,
prótons, casas.

• Grau: Podem
Grau: Podem apresentar-se no grau aumentavo e no grau diminuvo.
 – Grau aumentavo
aumentavo sintéco: casarão,
casarão, bocarra.
bocarra.
 – Grau aumentavo
aumentavo analíco: casa
casa grande, boca enorme.
 – Grau diminuvo sintéco:
sintéco: casinha, boquinha
boquinha
 – Grau diminuvo analíco:
analíco: casa pequena, boca
boca minúscula.

Adjevo 
Adjevo 
É a palavra invariável que especica e caracteriza o substanvo: imprensa livre
livre,, favela ocupada
ocupada.. Locução adjeva é expressão compos-
compos-
ta por substanvo (ou advérbio) ligado a outro substanvo por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um adjevo: golpe
de mestre (golpe magistral
magistral),
), jornal da tarde (jornal
tarde (jornal vesperno
vesperno).
).

Flexão do Adjevos
• Gênero:
 – Uniformes: apresentam
apresentam uma só para o masculino
masculino e o feminino: homem feliz
feliz,, mulher feliz
feliz..
 – Biformes: apresentam uma forma
forma para o masculino e outra para o feminino: juiz sábio
sábio// juíza sábia
sábia,, bairro japonês
bairro japonês// indústria japo
indústria japo--
nesa,, aluno chorão
nesa chorão// aluna chorona
chorona..

• Número:
 – Os adjevos simples
simples seguem
 seguem as mesmas regras de exão de número que os substanvos: sábio/ sábios sábios, namorador/ namoradores
namoradores,,
 japonês/ japoneses
japoneses..
 – Os adjevos compostos
compostos têm
 têm algumas peculiaridades: luvas
luvas branc
brancoo-gel
-gelo
o, garrafas
garrafas amarel
 amareloo-clara
-clarass, cintos
cintos da cor de chumbo.

• Grau:
 – Grau Comparavo
Comparavo de Superioridade: Meu me é mais vitorioso (do) que o seu.
 – Grau Comparavo
Comparavo de Inferioridade: Meu me é menos vitorioso (do) que o seu.
 – Grau Comparavo
Comparavo de Igualdade: Meu me é tão vitorioso quanto o seu.
 – Grau Superlavo Absoluto
Absoluto Sintéco: Meu me é famosíssimo
famosíssimo..
 – Grau Superlavo Absoluto
Absoluto Analíco: Meu me é muito famoso.
famoso.
 – Grau Superlavo Relavo
Relavo de Superioridade:
Superioridade: Meu me é o mais famoso de todos.
de todos.
 – Grau Superlavo Relavo
Relavo de Inferioridade;
Inferioridade; Meu me é menos famoso de todos.

Argo
É uma palavra
palavra variável
variável em gênero e número que antecede o substanvo
substanvo,, determinando de modo parcular ou genérico.
• Classicação e Flexão do Argos
 – Argos Denidos: o, a, os, as.
O menino carregava o brinquedo em suas costas.
 As meninas brincavam com as bonecas.

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LÍNGUA PORTUGUESA
 – Argos Indenidos: um, uma, uns, umas.
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.

Numeral
É a palavra
a palavra que indica uma quandade denida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classicação dos Numerais
 – Cardinais: indicam
indicam número ou quandade:
Trezentos e vinte moradores.
 – Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
Quinto ano. Primeiro lugar.
 – Mulplicavos: indicam o número de vezes pelo qual uma quandade é mulplicada:
O quíntuplo do preço.
 – Fracionários: indicam
indicam a parte de um todo:

Dois terços dos alunos foram embora.


Pronome
É a palavra que substui os substanvos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subjeva Função Objeva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, , congo
3º pessoa do singular Ele, ela, Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.

Pronomes de Tratamento Emprego


Você Ulizado em situações informais.
Senhor (e
(es) e Senhora (s) Tratamento pa
para pessoas mais ve
velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade
Vossa Ma
Magnicência Usados pa
para os
os re
reitores da
das Un
Universidades.
Empregado nas correspondências e textos
Vossa Senhoria
escritos.
Vossa Majestade Ulizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Ulizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Sandade Ulizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vos
ossa
sa Rever
eren
endí
díss
ssiima Ulliz
U izad
ado
o pa
parra sa
saccer
erdo
dottes e rel
elig
igio
ioso
soss em ger
eraal.

• Pronomes Possessivos 
Possessivos referem
referem-se
-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pe
pessoa d
do
o si
singular Meu, m
miinha, me
meus, mi
minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pe
pessoa d
do
o si
singular seu, su
sua, se
seus, su
suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vvo
ossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Pronomes Demonstravos são ulizados para indicar a posi-
posi-  – Número: Este é fácil:
fácil: singular e plural.
ção de algum elemento em
elemento em relação à pessoa seja no discurso, no  – Pessoa: Fácil
Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu (eu amei, nós amamos);
amamos); 2º
tempo ou no espaço. pessoa (tu
(tu amaste, vós amastes);
amastes); 3ª pessoa (ele(ele amou, eles ama-
ram).
ram ).
Pronomes Singular Plural
• Formas nominais do verbo
Feminino estta, es
es essa
sa,, aqu
aquel
elaa esttas
es as,, ess
essas
as,, aq
aque
uellas Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exer-
exer-
Masculino estte, es
es esse
se,, aqu
aquel
elee esttes
es es,, ess
essees, aqu
quel
eles
es cem a função de nomes (normalmente, substanvos). São elas in-
in-
nivo (terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e parcí -
• Pronomes Indenidos referem-se à 3º pessoa do discurso, pio (terminado em –DA/DO).
designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os prono-
prono -
mes indenidos podem ser variáve
variáveis
is (varia em gênero e número) e • Voz verbal
invariáveis
invariáveis (não variam em gênero e número). É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação
com o sujeito. Ela pode ser ava, passiva ou reexiva.
Classicação Pronomes In
Indenidos  – Voz ava: Segundo a gramáca tradicional, ocorre voz ava
quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação pracada pelo
algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, sujeito. Veja:
nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, mui- mui-  João pulou da cama atrasado
ta, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos,  – Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não praca, mas
poucas, todo, toda, todos, todas, outro, ou- ou- recebe a ação. A voz passiva pode ser analíca ou sintéca. A voz
Variáveis tra, outros, outras, certo, certa, certos, cer-
cer - passiva analíca é formada por:
tas, vário, vária, vários, várias, tanto, tanta, Sujeito paciente + verbo auxiliar  (ser,
 (ser, estar, car, entre outros)
tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, + verbo principal da ação conjugado no parcípio   +  preposição
quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais,  por/pelo/de + agente da passiva.
um, uma, uns, umas. A casa foi aspirada pelos rapazes
quem, alguém, ninguém, tudo, nada, ou-
ou- A voz passiva sintéca, também chamada de voz passiva prono-
prono-
Invariáveis
trem, algo, cada. minal (devido ao uso do pronome se
se)) é formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plu-
• Pronomes Interrogavos são palavras variáveis e invariáveis ral) + pronome apassivador «se»  + sujeito paciente.
ulizadas para formular perguntas diretas e indiretas. Aluga-se apartamento.

Classicação Pronomes Interrogavos Advérbio


É a palavra invariável que modica o verbo, adjevo, outro ad- ad -
qual, quais, quanto, quantos, quan-
quan-
Variáveis vérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circuns-
ta, quantas.
tância. As circunstâncias dos advérbios podem ser:
Invariáveis quem, que.  – Tempo:
Tempo: ainda,
 ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, ama-
ama-
nhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem,
• Pronomes Relavos 
Relavos referem-se a um termo já dito anterior- brevemente, atualmente,
atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio
meio--
mente na oração,
oração, evitando sua repeção. Eles também podem ser -dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez
variáveis e invariáveis. em quando, em nenhum momento, etc.
 – Lugar: Aí,
Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém,
Classicação Pronomes Relavos perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em
cima, à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja,  – Modo: assim,
Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapi-
rapi -
Variáveis cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quan-
quan- damente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às
tas. ocultas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
Invariáveis quem, que, onde.  – Armação:
efevamen
efevamente, sim, deveras,
te, realmente, decerto,
sem dúvida, comcertamen
certamente,
te,por
certeza, seguramente,
certo, etc.
Verbos  – Negação: não,
Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo al- al-
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos me-
me- gum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
teorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo.  – Intensidade: muito,
Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, as- as -
saz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco,
• Flexão verbal de todo, etc.
Os verbos podem ser exionados de algumas formas.  – Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualment
eventualmente, e, por
por--
 – Modo:
Modo:   É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na ventura, etc.
frase para indicar uma atude da pessoa que o usou. O modo é
dividido em três: indicavo (certeza, fato), subjunvo (incerteza, Preposição
subjevidade) e imperavo (ordem, pedido). É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo com
com--
 – Tempo: O
Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato ex- ex - plete o sendo do primeiro. As preposições são as seguintes:
presso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicavo: pre- pre -
sente, passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito)
e futuro (do presente e do pretérito). No subjunvo, são três: pre-
pre -
sente, pretérito imperfeito e futuro.

26

LÍNGUA PORTUGUESA
Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções,
apelos, senmentos e estados de espírito, traduzindo as reações
das pessoas.

• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!

Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas


é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a
função de cada classe de palavras, não terá diculdades para enten-
enten-
der o estudo da Sintaxe.

Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
oração a outra. As conjunções podem ser coordenavas (que ligam
orações sintacamente independentes) ou subordinavas (que li-li - Concordância é o efeito gramacal causado por uma relação
gam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser
determinante e o outro é determinado). verbal — refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal —
refere-se ao substanvo e suas formas relacionadas.
• Conjunções Coordenavas • Concordância em gênero: exão em masculino e feminino
• Concordância em número: exão em singular e plural
Tipos Conjunções Coordenavas • Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa

Adivas e, mas ainda, mas também, nem... Concordância nominal


contudo, entretanto, mas, não obstante, no Para que a concordância nominal esteja adequada, adjevos,
Adversavas argos, pronomes e numerais devem exionar em número e gêne-
entanto, porém, todavia...
ro,, de acordo com o substanvo. Há algumas regras principais que
ro
 já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar
Alternavas
quer…
assim, então, logo, pois (depois do verbo), por atento, também,
Quando aosou
há dois casos
maisespecícos.
adjevos para apenas um substanvo,
Conclusivas o substanvo permanece no singular se houver um argo entre os
conseguinte, por isso, portanto...
adjevos. Caso contrário, o substanvo deve estar no plural:
pois (antes do verbo), porquanto, porque,
Explicavas •  A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e
que...
 japonesa.
• Conjunções Subordinavas Quando há dois ou mais substanvos para apenas um adjevo,
a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjevo
Tipos Conjunções Subordinavas
Subordinavas vem antes dos substanvos, o adjevo deve concordar com o subs-
subs-
Causais Porque, pois, porquanto, como, etc. tanvo mais próximo:
• Linda casa e bairro.
Embora, conquanto, ainda que,
Concessivas
mesmo que, posto que, etc. Se o adjevo vem depois dos substanvos, ele pode concordar
Se, caso, quando, conquanto que, tanto com o substanvo mais próximo, ou com todos os substan-
substan-
Condicionais vos (sendo usado no plural):
salvo se, sem que, etc.
• Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arru-
Conformavas Conforme,
conforme), como (no
segundo, sendo de
consoante, etc. mada.
• Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arru-
Para que, a m de que, porque (no mados.
Finais
sendo de que), que, etc.
Quando há a modicação de dois ou mais nomes próprios ou
À medida que, ao passo que, à
Proporcionais de parentesco, os adjevos devem ser exionados no plural:
proporção que, etc.
•  As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão
Quando, antes que, depois que, até entre os melhores escritores brasileiros.
Temporais
que, logo que, etc.
Que, do que (usado depois de mais, Quando o adjevo assume função de predicavo de um sujeito
Comparavas ou objeto, ele deve ser exionado no plural caso o sujeito ou objeto
menos, maior, menor, melhor, etc.
seja ocupado por dois substanvos ou mais:
Que (precedido de tão, tal, tanto), • O operário e sua família estavam preocupados com as conse-
Consecuvas
de modo que, De maneira que, etc. quências do acidente.
Integrantes Que, se.

27

LÍNGUA PORTUGUESA

CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO


É PROIBIDO Deve concordar com o substanvo quando há presença
É proibida a entrada.
É PERMITIDO de um argo. Se não houver essa determinação, deve
É proibido entrada.
É NECESSÁRIO permanecer no singular e no masculino.
Mulheres dizem “obrigada”   Homens dizem
OBRI
OBRIGA
GADO
DO / OB
OBRI
RIGA
GAD
DA Deve
Deve co
conc
ncor
orda
darr co
com
m a pe
pess
ssoa
oa qu
quee fal
ala.
a.
“obrigado” .
 As bastantes crianças caram doentes com a
volta às aulas.
Quando tem função de adjevo para um substanvo,
Bastante criança cou doente com a volta às
BASTANTE concorda em número com o substanvo.
aulas.
Quando tem função de advérbio, permanece invariá
invariável.
vel.
O prefeito considerou bastante a respeito da
suspensão das aulas.
É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas”   não Havia menos mulheres que homens na la
MENOS
existe na língua portuguesa.  para a festa.
 As crianças mesmas limparam a sala depois
MESMO Devem concordar em gênero e número com a pessoa a
da aula.
PRÓPRIO que fazem referência.
Eles próprios sugeriram o tema da formatura.
Quando tem função de numeral adjevo, deve
 Adicione meia xícara
xícara de leite.
concordar com o substanvo.
MEIO / MEIA Manuela é meio arsta, além de ser
Quando tem função de advérbio, modicando um
engenheira.
adjevo, o termo é invariá
invariável.
vel.
Segue anexo o orçamento.
Seguem anexas as informações adicionais
ANEXO INCLUSO Devem concordar com o substanvo a que se referem.  As professoras estão inclusas
inclusas na greve.
O material está incluso no valor da
mensalidade.

Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver exão do verbo em número e pessoa,
pessoa , a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.

Quando o sujeito composto é


composto é colocado anterior ao verbo, o verbo cará no plural:
• A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares.

Mas, se o sujeito composto aparece


composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto car no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:
• Discuram marido e mulher. / Discuu marido e mulher.

Se o sujeito composto for
composto for formado por pessoas gramacai
gramacaiss diferentes, o verbo deve car no plural e concordando com a pessoa que
tem prioridade, a nível gramacal — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele,
eles):
• Eu e vós vamos à festa.

Quando o sujeito apresenta uma expressão parva (sugere


parva (sugere “parte de algo”), seguida
s eguida de substanvo ou pronome no plural, o verbo
pode car tanto no singular quanto no plural:
• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado.
simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.
simulado.

Quando o sujeito apresenta uma porcentagem


porcentagem,, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um subs -
tanvo (expressão parva), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substanvo:
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.

Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quandade aproximada,


aproximada, o verbo concorda com o substanvo que segue
a expressão:
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno cou abaixo da média na prova.
prova.  

Quando o sujeito é indeterminado,


indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular:
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista.

Quando o sujeito é colevo,


colevo, o verbo permanece no singular
s ingular,, concordando com o colevo parvo:
• A muldão delirou com a entrada
entrada triunfal dos arstas. / A malha cansou depois de tanto
tanto puxar o trenó.

Quando não existe sujeito na oração,


oração, o verbo ca na terceira pessoa do singular (impessoal):
• Faz chuva hoje

28

LÍNGUA PORTUGUESA
Quando o pronome relavo “que” atua
“que” atua como sujeito, o verbo DICA:  Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em
DICA: 
deverá concordar
concordar em número e pessoa com o termo da oração prin-
prin- caso de dúvida, basta substuir por uma palavra equivalente no
cipal ao qual o pronome faz referência: masculino. Se aparecer “ao”
“ao”,, deve-se usar a crase: Amanhã
crase:  Amanhã iremos
• Foi Maria que arrumou a casa. à escola / Amanhã iremos ao colégio.

Quando o sujeito da oração é o pronome relavo “quem”,


“quem”, o A regência estuda as relações de concordâncias entre os ter-
ter -
verbo pode concordar
concordar tanto com o antecedente do pronome quan- mos que completam o sendo tanto dos verbos quanto dos nomes.
to com o próprio nome, na 3ª pessoa do singular: Dessa maneira, há uma relação entre o termo regente (principal)
regente (principal) e
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa. o termo regido (complemento).
regido (complemento).

Quando o pronome indenido ou interrogavo,


interrogavo, atuando A regência está relacionada à transividade
transividade   do verbo ou do
como sujeito, esver no singular, o verbo deve car na 3ª pessoa nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa
do singular: relação é sempre intermediada com o uso adequado de alguma
• Nenhum de nós merece adoecer. preposição.
Quando houver um substanvo que apresenta forma plural,
plural, Regência nominal
porém com sendo singular, o verbo deve permanecer no singular. Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser
Exceto caso o substanvo vier precedido por determinante: um substanvo, um adjevo ou um advérbio, e o termo regido é o
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos complemento nominal, que pode ser um substanvo, um pronome
sumiram. ou um numeral.
Vale lembrar
lembrar que alguns nomes permitem mais de uma prepoprepo--
sição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras
que pedem seu complemento:
REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL CRASE

P R E P O S I Ç ÃO N OM ES
Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma
só: preposição “a” + argo “a” em palavras femininas. Ela
femininas. Ela é de-
de- acessível; acostumado; adaptado; adequado;
marcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não agradável; alusão; análogo; anterior; atento;
é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão. benecio; comum; contrário; desfavorável;
Veja, abaixo,
abaixo, as principais situações em que será correto o em-
em- devoto; equivalente; el; grato; horror;
prego da crase:
crase: A idênco; imune; indiferente; inferior; leal;
• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela alu- necessário; nocivo; obediente; paralelo;
na.  posterior; preferência; propenso; próximo;
• Indicação de horas, em casos de horas denidas e especica-
especica- semelhante; sensível; úl; visível...
das: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas. amante;amigo;capaz;certo;contemporâneo;
• Locuções preposivas: A
preposivas: A aluna foi aprovada à custa
custa de muito convicto; cúmplice; descendente; destuído;
estresse. devoto; diferente; dotado; escasso; fácil;
• Locuções conjunvas:  À medida que crescemos vamos dei- DE  feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno;
 xando de lado a capacidade de imaginar
imaginar.. inimigo; inseparável; isento; junto; longe;
• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na próxima medo; natural; orgulhoso; passível; possível;
à esquerda. seguro; suspeito; temeroso...
Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a cra-
cra - opinião; discurso; discussão; dúvida;
se::
se SOBRE insistência; inuência; informação;
• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé.  preponderante; proeminência;
proeminência; triunfo...
• Palavras repedas (mesmo quando no feminino): Melhor ter- acostumado; amoroso; analogia;
mos •uma reunião
Antes frente
de verbo: a frente.
Gostaria de aprender a pintar. compavel; cuidadoso; descontente;
generoso; impaciente; ingrato; intolerante;
COM
• Expressões que sugerem distância ou futuro: A
futuro: A médica vai te mal; misericordioso; ocupado; parecido;
atender daqui a pouco. relacionado; sasfeito; severo; solícito;
• Dia de semana (a menos que seja um dia denido): De terça triste...
a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras. abundante; bacharel; constante; doutor;
• Antes de numeral (exceto horas denidas): A
denidas): A casa da vizinha erudito; rme; hábil; incansável; inconstante;
 ca a 50 metros da esquina. EM
indeciso; morador; negligente; perito;
 práco; residente; versado...
Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultavo
• Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha lha. atentado; blasfêmia; combate; conspiração;
 / Dei um picolé à minha lha.
lha. CONTRA declaração; fúria; impotência; ligio; luta;
• Depois da palavra “até”: Levei
“até”: Levei minha avó até a feira. / Levei  protesto; reclamação;
reclamação; representação...
minha avó até à feira. PARA bom; mau; odioso; próprio; úl...
• Nomes próprios femininos (desde que não seja especicado):
Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à
 Ana da faculdade.

29

LÍNGUA PORTUGUESA
Regência verbal
Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto um
objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracteri
caracterizado
zado também por adjuntos adverbiais.
Com isso, temos que os verbos podem se classicar entre transivos e intransivos. É importante ressaltar que a transividade do
verbo vai depender do seu contexto.

Verbos intransivos:
intransivos: não exigem complemento, de modo que fazem sendo por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado
de um adjunto adverbial (modica o verbo, indicando tempo, lugar, modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser
rerado da frase sem alterar sua estrutura sintáca:
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem.

Verbos transivos diretos: exigem


diretos: exigem complemento (objeto direto), sem preposição, para que o sendo do verbo esteja completo:
• A aluna entregou o trabalho.
trabalho. / A
/ A criança quer bolo.

Verbos transivos indiretos: exigem


indiretos: exigem complemento (objeto indireto), de modo que uma preposição é necessária para estabelecer o
sendo completo:
• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da campanha eleitoral.

Verbos transivos diretos e indiretos: em algumas situações, o verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposição)
e de um objeto indireto (com preposição):
• Apresentou a dissertação
dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda à senhora.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado em tópicos anteriores.

COESÃO; COERÊNCIA

A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpretação de textos. Ambos se referem à relação
relação adequada entre os compo-
compo-
nentes do texto, de modo que são independentes entre si. Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente, e vice-versa.
Enquanto a coesão tem foco nas questões gramacais, ou seja, ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito ao
conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.

Coesão
A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de conecvos
conecvos (preposições,
 (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obda a
parr da anáfora
anáfora (retoma
 (retoma um componente) e da catáfora
catáfora (antecipa
 (antecipa um componente).
Conra, então, as principais regras que garantem a coesão textual:

R EG R A C A R AC T E R Í S T I C A S E X E M P LO S
Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos) –
João e Maria são crianças. Eles  são irmãos.
Eles são
anafórica
REFERÊNCIA Demonstrava (uso de pronomes demonstravos e Fiz todas as tarefas, exceto esta
africana. esta:: colonização
advérbios) – catafóri
catafórica
ca
Mais um ano igual aos outros...
aos outros...
Comparavaa (uso de comparações por semelhanças)
Comparav
Substuição de um termo por outro, para evitar Maria está triste. A
triste. A menina está
menina está cansada de car
SUBSTITUIÇÃO
repeção em casa.
No quarto, apenas quatro ou cinco convidados.
ELIPSE Omissão de um termo
(omissão do verbo “haver”)
Conexão entre duas orações, estabelecendo relação Eu queria ir ao cinema, mas
mas   estamos de
CONJUNÇÃO
entre elas quarentena.
Ulização de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos
Ulização
A minha casa
casa   é clara. Os quartos
quartos,, a sala
sala   e a
COESÃO LEXICAL ou palavras que possuem sendo aproximado e
cozinha têm janelas grandes.
pertencente a um mesmo grupo lexical.

Coerência
Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sendo,
sendo, e seguem uma linha clara de raciocínio.
Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garanr a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:
• Princípio da não contradição:
contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto.

30

LÍNGUA PORTUGUESA
• Princípio da não tautologia
tautologia:: a ideia não deve estar redundan-
redundan- Dois-pontos ( : )
te, ainda que seja expressa com palavras diferentes. Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída.
• Princípio da relevância:
relevância: as ideias devem se relacionar entre Em termos prácos, este sinal é usado para:
para:  Introduzir uma citação
si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumenta-
argumenta- (discurso direto) e introduzir um aposto explicavo, enumeravo,
ção. distribuvo ou uma oração subordinada substanva aposiva.
aposiva.
• Princípio da connuidade temáca
temáca:: é preciso que o assunto Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa.
tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.
• Princípio da progressão semânca:
semânca: inserir informações no-
no- Ponto e vírgula ( ; )
vas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à pro- pro - Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o
gressão de ideias. ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas,
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume
enume--
Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomen-
recomen- ração (frequente em leis), etc.
dáveis para garanr
to de mundo,
mundo , isto é, aa coerência
bagagem detextual, como samplo
informaçõe
informações conhecimen-
conhecimen
que adquirimos ao- bémEx:
uma Vilinda
na festa os deputados,
decoração senadores
e bebidas caras. e governador; vi tam-
longo da vida; inferências
inferências acerca
 acerca do conhecimento de mundo do
leitor; e informavidade
informavidade,, ou seja, conhecimentos ricos, interessan-
interessan- Travessão ( — )
tes e pouco previsíveis. Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com
o traço de divisão empregado na parção de sílabas (ab-so-lu-ta-
( ab-so-lu-ta-
-men-te)) e de palavras no m de linha. O travessão pode substuir
-men-te
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter-
inter-
PONTUAÇÃO calada e pode indicar a mudança de interlocutor,
interlocutor, na transcrição de
um diálogo, com ou sem aspas.
Pontuação Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gradão.
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema
de reforço da escrita, constuído de sinais sintácos, desnados a Parênteses e colchetes ( ) – [ ]
organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das Os parênteses assinalam um isolamento sintáco e semânco
pausas orais e escritas. Estes sinais também parcipam de todas as mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in- in-
funções da sintaxe, gramacais, entonacionais e semâncas”. (BE- (BE- midade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên-
parên-
CHARA, 2009, p. 514) tese é assinalada por uma entonação especial. Inmamente ligados
A parr da denição citada por Bechara podemos perceber a aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são uliza-
uliza -
importância dos sinais de pontuação, que é constuída por alguns dos quando já se
s e acham empregados os parênteses, para introduzi-
introduzi-
sinais grácos
grácos assim distribuídos:
distribuídos: os separadores
separadores (vírgula
 (vírgula [ , ], pon-
pon- rem uma nova inserção.
to e vírgula [ ; ], ponto nal [ . ], ponto de exclaexclamação
mação [ ! ], re
re-- Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go-
cências [ ... ]), e os de comunicação
comunicação ou ou “mensagem
mensagem”” (dois pontos vernador)
[ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ],
travessão duplo [ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses Aspas ( “ ” )
retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada
fechada [ } ]). As aspas são empregadas para dar a certa expressão sendo
parcular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação
Ponto ( . ) especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para
O ponto simples nal, que é dos sinais o que denota maior pau-
pau- apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É ulizada, ain-
ain-
sa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer po da, para marcar o discurso direto e a citação breve.
de oração que não seja a interrogava direta, a exclamava e as Ex: O “coe break” da festa estava ómo.
recências.
Estaremos presentes na festa. Vírgula
São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Eviden-
Eviden-
Ponto
Põe-sedenointerrogação
m da oração( enunciada
?) com entonação interroga-
interroga- ciaremos,
disso, vamosaqui, os principaistrês
desmiscar usos desseque
coisas sinal de pontuação.
ouvimos Antes
em relação à
va ou de incerteza, real ou ngida, também chamada retórica. vírgula:
Você vai à festa?  1º – A
–  A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “sen-
“sen-
mos” o momento certo de fazer uso dela.
Ponto de exclamação ( ! ) 2º – A
–  A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em
Põe-se no m da oração enunciada com entonação exclama-
exclama- alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o
va. leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Anal,
Ex: Que bela festa! cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?!
3º – A
– A vírgula tem sim grande importância na produção de tex- tex-
Recências ( ... ) tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou menos importante e que pode ser colocada depois.
porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or- or-
breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo >
nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo. Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj).
(SVOAdj).  
Ex: Essa festa... não sei não, viu. Maria    foi   à padaria 
Maria padaria  ontem.
Sujeito   Verbo
Sujeito Verbo   Objeto
Objeto   Adjunto

31

LÍNGUA PORTUGUESA
Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor-
ocor- • Frase: 
Frase:  Enunciado que estabelece uma comunicação de sen-
sen -
re por alguns movos: do completo.
1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado. Os jornais publicaram a nocia.
2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos. Silêncio!
3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
verbo e o adjunto. • Oração: 
Oração: Enunciado que se forma com um verbo ou com uma
locução verbal.
Podemos estabelecer, então, que se a frase esver na ordem Este lme causou grande impacto entre o público.
comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula  A inação deve connuar sob controle.
é necessária:
Ontem, Maria foi à padaria. • Período Simples: formado por uma única oração.
Maria, ontem, foi à padaria. O clima se alterou muito nos úlmos dias.
À padaria, Maria foi ontem.
• Período Composto:
Composto: formado
 formado por mais de uma oração.
Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces-
neces- O governo prometeu/ que serão criados novos empregos.
sário:
• Separa termos de mesma função sintáca, numa enumera- enumera - Bom, já está a clara a diferença entre frase, oração e período.
ção. Vamos, então, classicar os elementos que compõem uma oração:
Simplicidade, clareza, objevidade, concisão são qualidades a • Sujeito: Termo da oração do qual se declara alguma coisa.
serem observadas na redação ocial. O problema da violência preocupa os cidadãos.
• Separa aposto. • Predicado:
Predicado: Tudo que se declara sobre o sujeito.
 Aristóteles, o grande lósofo,
lósofo, foi o criador da Lógica.  A tecnologia permiu o resgate dos operários.
• Separa vocavo. • Objeto Direto: Complemento que se liga ao verbo transivo
Brasileiros, é chegada a hora de votar.
votar. direto ou ao verbo transivo direto e indireto sem o auxílio da pre-
pre-
• Separa termos repedos. posição.
 Aquele aluno era esforçado,
esforçado, esforçado.  A tecnologia tem possibilitado
possibilitado avanços notáveis.
Os pais oferecem ajuda nanceira ao lho.
• Separa certas expressões explicavas, recavas, exempli-
exempli- • Objeto Indireto: Complemento que se liga ao verbo transi-
transi -

cavas,
ou melhor, como:
quer isto é, ou
dizer, porseja, ademais,
exemplo, aléma disso,
saber,aliás,
melhor dizendo,
antes, com vo indireto ou ao verbo transivo direto e indireto por meio de
preposição.
efeito, digo. Os Estados Unidos resistem ao grave momento.
O políco, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, João gosta de beterraba.
ou seja, de fácil compreensão. • Adjunto Adverbial: Termo modicador do verbo que exprime
determinada circunstância
circunstância (tempo, lugar, modo etc.) ou intensica
• Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen-
complemen - um verbo, adjevo ou advérbio.
tos). O ônibus saiu à noite quase cheio , com desno a Salvador.
Salvador.
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os parcula- Vamos sair do mar.
res. (= ... a portaria regulamenta os casos parculares) • Agente da Passiva: Termo da oração que exprime quem pra-
pra-
ca a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
• Separa orações coordenadas assindécas. Raquel foi pedida em casamento por seu melhor
melhor amigo.
Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as • Adjunto Adnominal: Termo da oração que modica um subs-subs -
ideias na cabeça... tanvo, caracterizando-o
caracterizando-o ou determinando-o sem a intermediação
de um verbo.
• Isola o nome do lugar nas datas. Um casal de médicos eram os novos moradores do meu pré-
Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006. dio.
• Complemento Nominal: Termo da oração que completa no- no -
• Isolar conecvos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa mes, isto é, substanvos, adjevos e advérbios, e vem preposicio-
preposicio -
forma, entretanto, entre outras. E para isolar,
isolar, também, expressões nado.
conecvas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor-  A realização do torneio teve a aprovação de todos.
mações comprovam,
comprovam, etc. • Predicavo do Sujeito: Termo que atribui caracterísca ao su-su-
Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame-  jeito da oração.
nizar o problema.  A especulação imobiliária
imobiliária me parece um problema.
• Predicavo do Objeto: Termo que atribui caracteríscas ao
objeto direto ou indireto da oração.
SINTAXE FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO; TERMOS ESSEN O médico considerou o paciente hipertenso.
CIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRI OS DA ORAÇÃO • Aposto: 
Aposto:  Termo da oração que explica, esclarece, resume ou
idenca o nome ao qual se refere (substanvo,
(substanvo, pronome ou equi-equi-
valentes). O aposto sempre está entre virgulas ou após dois-pontos.
Agora chegamos no assunto que causa mais temor em muitos  A praia do Forte, lugar paradisíaco , atrai muitos turistas.
estudantes. Mas eu tenho uma boa nocia para te dar: o estudo • Vocavo: Termo da oração que se refere a um interlocutor a
da sintaxe é mais fácil do que parece e você vai ver que sabe muita quem se dirige a palavra.
coisa que nem imagina. Para começar,
começar, precisamos de classicar al-
al- Senhora , peço aguardar mais um pouco.
gumas questões importantes:

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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de orações
As partes de uma oração já está fresquinha aí na sua
s ua cabeça, não é?!?! Estudar os pos de orações que existem será moleza, moleza.
Vamos comigo!!!
Temos dois pos de orações: as coordenadas
as coordenadas,, cuja as orações de um período são independentes (não dependem uma da outra para
construir sendo completo); e as subordinadas
subordinadas,, cuja as orações de um período são dependentes (dependem uma da outra para construir
sendo completo).
As orações coordenadas podem ser sindécas
sindécas (conectadas
 (conectadas uma a outra por uma conjunção) e assindécas (que não precisam da
conjunção para estar conectadas. O serviço é feito pela vírgula).

Tipos de orações coordenadas

Orações Coordenadas Sindécas Orações Coordenadas Assindécas


Adivas Fomos para a escola e fizemos o exame final. • Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Adversavas porém não passa •
Pedro Henrique estuda muito, porém não
no vestibular. • Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lan-
lan -
chamos.
Alternavas Manuela ora quer comer hambúrguer, ora 
ora  quer
comer pizza. Alfredo está chateado, pensando em se mudar
mudar..
Conclusivas Não gostamos do restaurante, portanto 
portanto  não
iremos mais lá. Precisamos estar com cabelos arrumados, unhas feitas.

Explicavas Marina não queria falar, ou seja, ela estava de João Carlos e Maria estão radiantes, alegria que dá inveja.
mau humor.

Tipos de orações subordinadas


As orações subordinadas podem ser substanvas, adjevas e adverbiais. Cada uma delas tem suas subclassicações, que veremos
agora por meio do quadro seguinte.

Orações Subordinadas
Subjevas É certo que ele trará os a sobremesa do
Exercem a função de sujeito  jantar. 
Complevas Nominal Estou convencida de que ele é solteiro.
Exercem a função de complemento
nominal
Predicavas O problema é que ele não entregou a
Orações Subordinadas Substanvas Exercem a função de predicavo refeição no lugar.
Aposivas Eu lhe disse apenas isso: que não se
Exercem a função de aposto aborrecesse com ela.
Objevas Direta Espero que você seja feliz.
Exercem a função de objeto direto
Objevas Indireta Lembrou-se da dívida que tem com ele.
Exercem
Exerce m a função de objeto indireto
Explicavas Os alunos, que foram mal na prova de
Explicam um termo dito anteriormente. quinta, terão aula de reforço.
SEMPRE serão acompanhadas por
vírgula.
Orações Subordinadas Adjevas
Restrivas Os alunos que foram mal na prova de quinta
Restringem o sendo de um termo terão aula de reforço.
dito anteriormente. NUNCA serão
acompanhadas por vírgula.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Causais Estou vesda assim porque vou sair.


Assumem a função de advérbio de causa
Consecuvas Falou tanto que cou rouca o resto do dia.
Assumem a função de advérbio de
consequência
Comparavas A menina comia como um adulto come.
Assumem a função de advérbio de
comparação
Condicionais Desde que ele parcipe, poderá entrar na
Assumem a função de advérbio de
condição reunião.
Conformavas O shopping fechou, conforme havíamos
Assumem a função de advérbio de previsto.
Orações Subordinadas Adverbiais
conformidade
Concessivas Embora eu esteja triste, irei à festa mais
Assumem a função de advérbio de tarde.
concessão
Finais Vamos direcionar
direcionar os esforços para que todos
Assumem a função de advérbio de tenham acesso aos benecios.
nalidade
Proporcionais Quanto mais eu dormia, mais sono nha.
Assumem a função de advérbio de
proporção
Temporais Quando a noite chega, os morcegos saem de
Assumem a função de advérbio de suas casas.
tempo

Olha como esse quadro facilita a vida, não é?! Por meio dele, conseguimos ter uma visão geral das classicações e subclassicações
das orações, o que nos deixa mais tranquilos para estudá-las.

EXERCÍCIOS

1. (FEMPERJ – VALEC – JORNALISTA


JORNALISTA – 2012) Intertextualidade é a presença de um texto em outro; o pensamento abaixo que NÃO se
fundamenta em intertextualidade é:
(A) “Se tudo o que é bom dura pouco, eu já deveria ter morrido há muito tempo.”
(B) “Nariz é essa parte do corpo que brilha, espirra, coça e se mete onde não é chamada.
chamada.””
(C) “Une-te aos bons e será um deles. Ou ca aqui com a gente mesmo!”
(D) “Vamos fazer o feijão com arroz. Se puder botar um ovo, tudo bem.”
(E) “O Neymar é invendável, inegociável e imprestável.”
2. (FUNIVERSA – CEB – ADVOGADO – 2010) Assinale a alternava em que todas as palavras são acentuadas pela mesma razão.
(A) “Brasília”, “prêmios”, “vitória”.
(B) “elétrica”, “hidráulica”, “responsáveis”.
(C) “sérios”, “potência”, “após”.
(D) “Goiás”, “já”, “vários”.
(E) “solidária”, “área”, “após”.

3. (CESGRANRIO – CMB – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO


ADMINISTRATIVO – 2012) Algumas palavras são acentuadas com o objevo exclusivo
de disngui-las de outras. Uma palavra acentuada com esse objevo é a seguinte:
(A) pôr
pô r.
(B) ilhéu.
(C) sábio.
(D) também.
(E) lâmpada.

4. (FDC – PROFESSOR DE PORTUGUÊS II – 2005) Marque a série em que o hífen está corretamente empregado
empregado nas cinco palavras:
(A) pré-nupcial, ante-diluviano, an-Cristo, ultra-violeta, infra-vermelho.
(B) vice-almirante, ex-diretor, super-intendente, extrano, infra-assinado.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(C) an-alérgico, an-rábico, ab-rupto, sub-rogar, anhigiênico. (E) Estava sempre dizendo coisas de que mais tarde se arre-
arre -
(D) extraocial, antessala, contrassenso, ultrarrealismo, con-
con- penderia. Promea a si própria que da próxima vez, tomaria
trarregra. cuidado com as palavras, o que entretanto, não acontecia.
(E) co-seno, contra-cenar, sobre-comum, sub-humano, infra-infra-
-mencionado. 9. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteira-
inteira-
mente correta a pontuação do seguinte período:
5. (ESAF – SRF – AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – 2003) (A) Os personagens principais de uma história, responsáveis
Indique o item em que todas as palavras estão corretamente em - pelo sendo maior dela, dependem, muitas vezes, de peque-
peque -
pregadas e grafadas. nas providências que, tomadas por gurantes aparentemente
(A) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o po - sem importância, ditam o rumo de toda a história.
der de infringir punições legais a cidadãos aparece livre de (B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
qualquer excesso e violência. pelo sendo maior dela, dependem muitas vezes, de pequenas
(B) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exata-
exata - providências que tomadas por gurantes, aparentemente
aparentemente sem
mente nem juízes, nem professores, nem contramestres, nem importância, ditam o rumo de toda a história.
subociais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de tudo (C) Os personagens principais de uma história, responsáveis
isso, num modo de intervenção especíco. pelo sendo maior dela dependem muitas vezes de pequenas
(C) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o providências, que, tomadas por gurantes aparentemente,
poder técnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento sem importância, ditam o rumo de toda a história.
em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revol-
revol- (D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
ta que ambos possam suscitar. pelo sendo maior dela, dependem, muitas vezes de pequenas
(D) No singular poder de punir, nada mais lembra o ango po- po - providências, que tomadas por gurantes aparentemente
aparentemente sem
der do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o importância, ditam o rumo de toda a história.
corpo dos supliciados. (E) Os personagens principais de uma história, responsáveis,
(E) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um pelo sendo maior dela, dependem muitas vezes de peque-peque-
campo de prácas ilegais, sob o qual se chega a exercer con- con - nas providências, que tomadas por gurantes, aparentemente,
aparentemente,
sem importância, ditam o rumo de toda a história.
trole e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua
organização em delinqüência.
10. (CONSULPLAN – ANALISTA DE INFORMÁTICA (SDS-SC) –
6. (FCC – METRÔ/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
ADMINISTRATIVO JÚNIOR – 2008) A alternava em que todas as palavras são formadas pelo
mesmo processo de formação é:
2012) A frase que apresenta INCORREÇÕES
INCORREÇÕES quanto à ortograa é:
(A) responsabilidade, musicalidade, defeituoso;
(A) Quando jovem, o compositor demonstrava
demonstrava uma capacidade
(B) caveiro, incorrupveis, desfazer;
extraordinária
extraordin ária de imitar vários eslos musicais. (C) deslealdade, colunista, incrível;
(B) Dizem que o músico era avesso à ideia de expressar sen-
sen - (D) anoitecer, festeiro, infeliz;
mentos pessoais por meio de sua música. (E) reeducação, dignidade, enriquecer.
(C) Poucos estudiosos se despõem a discur o empacto das
composições do músico na cultura ocidental. 11. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL –
(D) Salvo algumas exceções, a maioria das óperas do compo - 2010) No verso “Para
“Para desentristecer, leãozinho”,
leãozinho”, Caetano Veloso
sitor termina em uma cena de reconciliação entre os persona-
persona - cria um neologismo. A opção que contém o processo de formação
gens. ulizado para formar a palavra nova e o po de derivação que a
(E) Alguns acreditam que o valor da obra do compositor se palavra primiva foi formada respecvamente é:
deve mais à árdua dedicação do que a arroubos de inspiração. (A) derivação prexal (des + entristecer); derivação parassinté-
parassinté-
ca (en + trist + ecer);
7. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode ser (B) derivação suxal (desentriste + cer); derivação imprópria
rerada sem prejuízo para o signicado e mantendo a norma pa- pa- (en + triste + cer);
drão na seguinte sentença: (C) derivação regressiva (des + entristecer); derivação parassin-
parassin-
(A) Mário, vem falar comigo depois do expediente. téca (en + trist + ecer);
(B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho. (D) derivação parassintéca
parassintéca (en + trist + ecer); derivação pre-
pre-
(C) Telefonei para o Tavares, meu ango chefe. xal (des + entristecer);
(D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião. (E) derivação prexal (en + trist + ecer); derivação parassinté-
parassinté-
(E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso. ca (des + entristecer).

8. (CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE ENFERMAGEM 12. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL –
DO TRABALHO – 2011) Há ERRO quanto ao emprego dos sinais de 2010) A palavra “Olhar
“Olhar”” em (meu olhar) é um exemplo de palavra
pontuação em: formada por derivação:
(A) Ao dizer tais palavras, levantou-se, despediu-se dos convi-
convi - (A) parassintéc
parassintéca;
a;
dados e rerou-se da sala: era o nal da reunião. (B) prexal;
(B) Quem disse que, hoje, enquanto eu dormia, ela saiu sorra-
sorra- (C) suxal;
teiramente pela porta? (D) imprópria;
(C) Na infância, era levada e teimosa; na juventude, tornou-se (E) regressiva.
mida e arredia; na velhice, estava sempre alheia a tudo.
(D) Perdidadanomãe,
to branca tempo, vinham-lhe àno
as brincadeiras lembrança
quintal, àatarde,
imagem mui
mui-
com os- 13.“A(CESGRANRIO
argo – BNDES
tal da demanda social”,–aADVOGADO – 2004)
classe de palavra de No tulo
“tal” é: do
irmãos e o mundo mágico dos brinquedos. (A) pronome;
(B) adjevo;

35
 

LÍNGUA PORTUGUESA
(C) advérbio; 19. (FDC – MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – 2010) Na oração
(D) substanvo; “Eles nos deixaram À VONTADE” e no trecho “inviabilizando o ata -
(E) preposição. que, que, naturalmente, deveria ser feito À DISTÂNCIA”, observa-se
a ocorrência da crase nas locuções adverbiais em caixa-alta. Nas
14. Assinale a alternava que apresenta a correta classicação
classicação locuções das frases abaixo também ocorre a crase, que deve ser
morfológica do pronome “alguém” (l. 44). marcada com o acento, EXCETO em:
(A) Pronome demonstravo. (A) Todos estavam à espera de uma solução para o problema.
(B) Pronome relavo. (B) À proporção que o tempo passava, maior era a angúsa do
(C) Pronome possessivo. eleitorado pelo resultado nal.
(D) Pronome pessoal. (C) Um problema à toa emperrou o funcionamento do sistema.

(E) Pronome indenido. (D)


vel. Os técnicos estavam face à face com um problema insolú-
insolú-
15. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na (E) O Tribunal cou à mercê dos hackers que invadiram o sis-
sis-
oração “A
“A abordagem social constui-se em um processo de traba
traba-- tema.
lho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos subli-
subli -
nhados classicam-se, respecvamente, em 20. Levando-se em consideração os conceitos de frase, oração e
(A) preposição, pronome, argo, adjevo e substanvo. período, é correto armar que o trecho abaixo é considerado um (a):
(B) pronome, preposição, argo, substanvo e adjevo. “A expectava é que o México, pressionado pelas mudanças
(C) conjunção, preposição, numeral, substanvo e pronome. americanas, entre na la.”
(D) pronome, conjunção, argo, adjevo e adjevo. (A) Frase, uma vez que é composta por orações coordenadas e
(E) conjunção, conjunção, numeral, substanvo e advérbio. subordinadas.
(B) Período, composto por três orações.
16. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011) (C) Oração, pois possui sendo completo.
Assinale a alternava em que a concordância verbal está correta. (D) Período, pois é composto por frases e orações.
(A) Haviam cooperavas de catadores na cidade de São Paulo.
21. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – MECÂNICO DE VEÍCULOS –
(B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros.
2007) Leia a seguinte sentença: Joana
sentença: Joana tomou um sonífero
sonífero e não dor-
(C) O tratamento e a desnação corretos do lixo evitaria que
35% deles fosse despejado em aterros. miu
miu.
. Assinale a alternava que classica corretamente a segunda
oração.
(D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão do lixo.
(A) Oração coordenada assindéca adiva.
(E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta
(B) Oração coordenada sindéca adiva.
de lixo.
(C) Oração coordenada sindéca adversava.
(D) Oração coordenada sindéca explicava.
17. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2012) (E) Oração coordenada sindéca alternava.
Assinale a opção que fornece a correta juscava para as relações
de concordância no texto abaixo. 22. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – BIBLIOTECÁRIO – 2007) Leia
O bom desempenho do lado real da economia proporcionou a seguinte sentença: Não precisaremos voltar ao médico nem fazer
um período de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucra- exames.. Assinale a alternava que classica corretamente as duas
exames
vidade das empresas foi decisiva para os resultados  scais favo- orações.
ráveis. Elevaram-se , de forma signicava e em valores reais, de- (A) Oração coordenada assindéca e oração coordenada adver-
adver-
 acionados  pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as sava.
receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRP
(IRPJ),
J), a Contribuição (B) Oração principal e oração coordenada sindéca adiva.
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a Contribuição para o Finan- (C) Oração coordenada assindéca e oração coordenada adi- adi -
ciamento da Seguridade Social (Cons). O crescimento da massa de va.
salários fez aumentar a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa
Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da previdência (D)
va.Oração principal e oração subordinada adverbial consecu-
consecu-
social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de capital, (E) Oração coordenada assindéca e oração coordenada adver-
adver-
responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF. bial consecuva.
(A) O uso do plural em “valores” é responsável pela exão de
plural em “deacionados”. 23. (EMPASIAL – TJ/SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – 1999) Ana-
Ana -
(B) O plural em “resultados” é responsável pela exão de plural lise sintacamente a oração em destaque:
em “Elevaram-se”. “Bem-aventurados
“Bem-aventur ados os que cam, porque eles serão recompen-
recompen-
(C) Emprega-se o singular em “proporcionou” para respeitar as sados” (Machado de Assis).
regras de concordância com “economia”. (A) oração subordinada substanva
s ubstanva compleva
compleva nominal.
(D) O singular em “a arrecadação” é responsável pela exão de
(B) oração subordinada adverbial causal.
singular em “fez aumentar”.
(C) oração subordinada adverbial temporal desenvolvida.
(E) A exão de plural em “foram” jusca-se pela concordânci
concordânciaa
(D) oração coordenada sindéca conclusiva.
com “relevantes”.
(E) oração coordenada sindéca explicava.
18. (FGV – SENADO FEDERAL – POLICIAL LEGISLATIVO FEDERAL
 – 2008) Assinale a alternava
alternava em que se tenha optado corretamen
corretamen--

te por
(A)ulizar
Vou à ou não odos
Brasília acento
meusgrave indicavo de crase.
sonhos.
(B) Nosso expediente é de segunda à sexta.
(C) Pretendo viajar a Paraíba.
(D) Ele gosta de bife à cavalo.

36
 

LÍNGUA PORTUGUESA
24. (FGV – SENADO FEDERAL – TÉCNICO LEGISLATIVO – ADMI-ADMI - dade à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos conitos
NISTRAÇÃO – 2008) “Mas o fato é que transparência deixou de ser  judiciais, o que não será interessante para para o setor empresarial”,
empresarial”, diz
um processo de observação cristalina para assumir um discurso de Maurício Guea, advogado do Instuto Sócio Ambiental (ISA). Com
polícas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer.
nada retratam as necessidades de populações disntas.”. FONTE: hp://www
hp://www.istoe.com.br/r
.istoe.com.br/reportagens/441106
eportagens/441106_A+LA
_A+LA MA+-
A oração grifada no trecho acima classica-se como: QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL
(A) subordinada substanva predicava;
(B) subordinada adjeva restriva; 27. Observe as asservas relacionadas ao texto lido:
(C) subordinada substanva subjeva; I. O texto é predominantemente narravo, já que narra um
(D) subordinada substanva objeva direta; fato.
(E) subordinada adjeva explicava. II. O texto é predominantem
predominantementeente exposivo, já que pertence ao
gênero textual editorial.
25. (FUNCAB – PREF. PORTO VELHO/RO – MÉDICO – 2009) No III. O texto é apresenta partes narravas e partes exposivas, já
trecho abaixo, as orações introduzidas pelos termos grifados são que se trata de uma reportagem.
classicadas, em relação às imediatament
imediatamentee anteriores, como: IV. O texto apresenta partes narravas e partes exposivas, já
“Não há dúvida de que precisaremos curr mais o dia a dia, se trata de um editorial.
mas nunca à custa de nossos lhos...”
(A) subordinada substanva objeva indireta e coordenada sin-
sin - Analise as asservas e responda:
déca adversava; (A) Somente a I é correta.
(B) subordinada adjeva restriva e coordenada sindéca ex- ex- (B) Somente a II é incorreta.
plicava; (C) Somente a III é correta
(C) subordinada adverbial conformava e subordinada adver-
adver- (D) A III e IV são corretas.
bial concessiva;
(D) subordinada substanva compleva nominal e coordenada 28. Observe as asservas relacionadas ao texto “A lama que
sindéca adversava
adversava;; ainda suja o Brasil”:
(E) subordinada adjeva restriva e subordinada adverbial con-
con- I- O texto é coeso, mas não é coerente, já que tem problemas

cessiva. no desenvolvimento do assunto.


II- O texto é coerente, mas não é coeso, já que apresenta pro-
pro -
26. (ACEP – PREF. QUIXADÁ/CE – PSICÓLOGO – 2010) No pe- pe - blemas no uso de conjunções e preposições.
ríodo “O essencial é o seguinte: //nunca antes neste país houve um III- O texto é coeso e coerente, graças ao bom uso das classes
governo tão imbuído da ideia // de que veio // para recomeçar a de palavras e da ordem sintáca.
história.”, a oração sublinhada é classicada como: IV- O texto é coeso e coerente, já que apresenta progressão
(A) coordenada assindéca; temáca e bom uso dos recursos coesivos.
(B) subordinada substanva compleva nominal;
(C) subordinada substanva objeva indireta; Analise as asservas e responda:
(D) subordinada substanva aposiva. (A) Somente a I é correta.
Leia o texto abaixo para responder a questão. (B) Somente a II é incorreta.
A lama que ainda suja o Brasil (C) Somente a III é correta.
Fabíola Perez(f
Perez(fabiola.perez@
abiola.perez@istoe.com.br)
istoe.com.br) (D) Somente a IV é correta.

A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um Leia o texto abaixo para responder as questões.
dos principais gargalos da conjuntura políca e econômica brasilei-
brasilei-
ra: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de UM APÓLOGO
um desastre de repercussão mundial. Conrmada a morte do Rio Machado de Assis.
Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de recu- recu-
peração efevo para a área (apenas uma carta de intenções). Tam-Tam- Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
pouco a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrola-
enrola -
anglo-australiana
anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplica-
aplica- da, para ngir que vale alguma coisa neste mundo?
ção da multa de R$ 250 milhões – sendo que não há garanas de — Deixe-me, senhora.
que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a calha pro-
pro- — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está
funda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro, com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me
coordenadora da rede de águas da Fundação SOS Mata Atlânca, der na cabeça.
sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos — Que cabeça, senhora? A senhora não é alnete, é agulha.
se tornou uma bomba relógio na região.”
região.” Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem
Para agravar
agravar a tragédia, a empresa declarou que existem riscos o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos
de rompimento nas barragens de Germano e de Santarém. Segun- Segun- outros.
do o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos 16 — Mas você é orgulhosa.
barragens de mineração em todo o País apresentam condições de — Decerto que sou.
insegurança. “O governo perdeu sua capacidade de aparelhar ór- ór - — Mas por quê?
gãos técnicos para scalização”, diz Malu. Na direção oposta — É boa! Porque coso. Então os vesdos e enfeites de nossa
Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015, do ama, quem é que os cose, senão eu?
senador Romero Jucá (PMDB-RR) que prevê licença única em um — Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora
tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo mar- mar- que quem os cose sou eu, e muito eu?
co regulatório da mineração, por sua vez, também concede priori-
priori -

37
 

LÍNGUA PORTUGUESA
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pe- pe -
daço ao outro, dou feição aos babados…
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e
mando…
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel su- su -
balterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o
trabalho obscuro e ínmo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
Estavam
Estava m nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa.
Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que
nha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a
costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, en- en -
ou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando (A) “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda en-
en -
orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre rolada, para ngir que vale alguma coisa neste mundo?” (L.02)
os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a (B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alnete, é agulha.
isto uma cor poéca. E dizia a agulha: Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar?” (L.06)
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? (C) “- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
Não repara que esta disnta costureira só se importa comigo; eu é puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço
que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e mando...” (L.14-15)
e acima… (D) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela Não repara que esta disnta costureira só se importa comigo;
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ava, como quem sabe eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando
o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que abaixo e acima.” (L.25-26)
ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era (E) “- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela
tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-pli-
plic-pli- e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí cas na caixinha de
c-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.
costura, para o dia seguinte; connuou ainda nesse e no outro, até Onde me espetam, co.
co.”” (L.40-41)
que no quarto acabou a obra, e cou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vesu-se. A costureira, que 30. O diminuvo, em Língua Portuguesa, pode expressar outros
a ajudou a vesr-se, levava a agulha espetada no corpinho, para valores semâncos além da noção de dimensão, como afevidade,
dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vesdo da pejoravidade e intensidade. Nesse sendo, pode-se armar que
bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, os valores semâncos ulizados nas formas diminuvas “unidi-
“unidi -
alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, nha”(L.26) e “corpinho”(
“corpinho”(L.32),
L.32), são, respecvamen
respecvamente,
te, de:
perguntou-lhe: (A) dimensão e pejoravidade;
— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da (B) afevidade e intensidade;
baronesa, fazendo parte do vesdo e da elegância? Quem é que (C) afevidade e dimensão;
vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para (D) intensidade e dimensão;
a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? (E) pejoravidade e afevidade.
Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alnete, de cabeça 31. Em um texto narravo como “Um Apólogo”, é muito co -
grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: — Anda, mum uso de linguagem denotava e conotava. Assinale a alterna-
alterna-
aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai go-
go- va cujo trecho rerado do texto é uma demonstração da expressi-
expressi-
zar da vida, enquanto aí cas na caixinha de costura. Faze como eu, que vidade dos termos “linha” e “agulha” em sendo gurado.
não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, co. (A) “- É boa! Porque coso. Então os vesdos e enfeites de nossa
Contei esta história a um professor de melancolia, que me dis- dis - ama, quem é que os cose, senão eu?” (L.11)
se, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a (B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alnete, é agulha.
muita linha ordinária! Agulha não tem cabeça.” (L.06)
(C) “- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um
29. De acordo com o texto “Um Apólogo” de Machado de Assis pedaço ao outro, dou feição aos babados...” (L.13)
e com a ilustração abaixo, e levando em consideração as persona-
persona- (D) “- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordi-ordi-
gens presentes nas narravas tanto verbal quanto visual, indique nária!” (L.43)
a opção em que a fala não é compavel com a associação entre os (E) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?”
elementos dos textos: (L.25)

32. De acordo com a temáca geral tratada no texto e, de modo


metafórico, considerando as relações existentes em um ambiente
de trabalho, aponte a opção que NÃO corresponde a uma ideia pre-
pre-
sente(A)
noOtexto:
texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação
equânime em ambientes colevos de trabalho;
(B) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação
equânime em ambientes colevos de trabalho;
38

LÍNGUA PORTUGUESA
(C) O texto indica que, em um ambiente colevo de trabalho,  _________________________
 ______________________________________________________
37. (IF BAIANO - ASSISTENTE
_____________________________
EM ADMINISTRAÇÃO – IF-BA –
cada sujeito possui atribuições próprias. 2019)
(D) O texto sugere que o reconhecimento no ambiente cole-  ______________________________________________________
 _________________________
cole - _____________________________
Acerca de seus conhecimentos em redação ocial, é correto
vo de trabalho parte efevamente das próprias atudes do armar que o vocavo adequado a um texto no padrão ocio des-
des-
sujeito.  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
nado ao presidente do Congresso Nacional é
(E) O texto revela que, em um ambiente colevo de trabalho, (A) Senhor Presidente.
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
frequentemente é dicil lidar com as vaidades individuais. (B) Excelenssimo Senhor Presidente.
(C) Presidente.
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
33. (FCC – TRE/MG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2005) As liberda
liberda-- (D) Excelenssimo Presidente.
des ...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a  _____________
 ______
(E) _____________
Excelenssimo
_____________
Senhor.
_____________
_____________
_____________
_____________
_________
nossa Constuição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase
acima, na ordem dada, as expressões:  ______
 _____________
38._____________
(CÂMARA _____________
_____________
DE CABO _____________
DE SANTO _____________
AGOSTINHO _____________
- PE - ________
AUXILIAR_
(A) a que – de que; ADMINISTRATIVO - INSTITUTO AOCP - 2019 )
(B) de que – com que;  ______________________________________________________
 _________________________
Referente
Referen _____________________________
te à aplicação de elementos de gramáca à redação o-o-
(C) a cujas – de cujos; cial, os sinais de pontuação estão ligados à estrutura sintáca e têm
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
(D) à que – em que; várias nalidades. Assinale a alternava que apresenta a pontuação
(E) em que – aos quais. que pode ser ulizada em lugar_____________________________
da vírgula para dar ênfase ao que
 ______________________________________________________
 _________________________
se quer dizer.
34. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2008) (A) Dois-pontos.
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
Assinale o trecho que apresenta erro de regência. (B) Ponto-e-vír
Ponto-e-vírgula.
gula.
(A) Depois de um longo período em que apresentou taxas de  ______________________________________________________
 _________________________
(C) Ponto-de-in
Ponto-de-interrogação.
terrogação._____________________________
crescimento econômico que não iam além dos 3%, o Brasil fe - (D) Ponto-de-exclamação.
cha o ano de 2007 com uma expansão de 5,3%, certamente a  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
maior taxa registrada na úlma década. 39. (UNIR - TÉCNICO DE LABORATÓRIO - ANÁLISES CLÍNICAS-
(B) Os dados ainda não são denivos, mas tudo sugere que  ______________________________________________________
 _________________________
AOCP – 2018) _____________________________
serão conrmados. A endade responsável pelo estudo foi a Pode-se dizer que redação ocial é a maneira pela qual o Poder
conhecida Comissão Econômica para a América Lana (CEPAL).  ______________________________________________________
 _________________________
Público redige atos normavos _____________________________
e comunicações. Em relação à reda-
reda-
(C) Não há dúvida de que os números são bons, num momento ção de documentos ociais, julgue, como VERDADEIRO
 ______________________________________________________
 _______________________________________ ou FALSO,
_______________
em que angimos um bom superávit em conta-corrente, em os itens a seguir.
que se revela queda no desemprego e até se anuncia a am - A língua tem por objevo a comunicação. Alguns elementos
pliação de nossas reservas monetárias, além da descoberta de são necessários para a comunicação: a) emissor, b) receptor, c) con- con -
novas fontes de petróleo. teúdo, d) código, e) meio de circulação, f) situação comunicava.
(D) Mesmo assim, olhando-se para os vizinhos de connente, Com relação à redação ocial, o emissor é o Serviço Público (Minis-(Minis-
percebe-se que nossa performance é inferior a que foi atribuí - tério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção). O assunto
da a Argenna (8,6%) e a alguns outros países com parcipação é sempre referente às atribuições do órgão que comunica. O des- des-
menor no conjunto dos bens produzidos pela América Lana. natário ou receptor dessa comunicação ou é o público, o conjunto
(E) Nem é preciso olhar os exemplos da China, Índia e Rússia, dos cidadãos, ou outro órgão público, do Execuvo ou dos outros
com crescimento acima desses patamares. Ao conjunto inteiro Poderes da União.
da América Lana, o organismo internacional está atribuindo   CERTO
um crescimento médio, em 2007, de 5,6%, um pouco maior do   ERRADO
que o do Brasil.
40. (IF-SC - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO- IF-SC - 2019 )
35.Estabelece
2010) (CESGRANRIO – SEPLAG/BA
relação – PROFESSOR PORTUGUÊS
de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem,– formeDeterminadas
as regras dopalavras
palavras são
Acordo frequentes
Ortográco na entrou
que redaçãoem
ocial.
vigorCon-
Con
em-
o seguinte par de palavra
palavras:
s: 2009, assinale a opção CORRETA
opção CORRETA que que contém apenas palavras gra-
gra -
(A) estrondo – ruído; fadas conforme o Acordo.
(B) pescador – trabalhador; I. abaixo-assinado, Advocacia-Geral
Advocacia-Geral da União, anhigiênico, ca-
ca-
(C) pista – aeroporto; pitão de mar e guerra, capitão-tenente, vice-coordenador.
(D) piloto – comissário; II. contra-almi
contra-almirante,
rante, co-obrigação, coocupante, decreto-lei, di-
di-
(E) aeronave – janho. retor-adjunto, diretor-execuvo, diretor-geral, sócio-gerente.
III. diretor-presidente, editor-assistente, editor-chefe, ex-dire-
ex-dire-
36. (VUNESP – SEAP/SP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA tor, general de brigada, general de exército, segundo-secretário.
PENITENCIÁRIA – 2012) No trecho – Para especialistas, ca uma IV.. matéria-prima, ouvidor-geral, papel-moeda, pós-graduação
IV pós-graduação,,
questão: até que ponto essa exuberância econômica no Brasil é pós-operatório, pré-escolar, pré-natal, pré-vesbular; Secretaria-
Secretaria-
sustentável ou é apenas mais uma bolha? – o termo em destaque -Geral.
tem como antônimo: V. primeira-dama, primeiro-ministro, primeiro-secretário, pró-
pró -
(A) fortuna; -avo, Procurador-Geral, relator-geral, salário-família, Secretaria-
Secretaria-
(B) opulência; -Execuva,, tenente-coronel
-Execuva tenente-coronel..
(C) riqueza;
(D) escassez; Assinale a alternava CORRETA:
(E) abundância. (A) As armações I, II, III e V estão corretas.
(B) As armações II, III, IV e V estão corretas.
(C) As armações II, III e IV estão corretas.
(D) As armações I, II e IV estão corretas.

39

LÍNGUA PORTUGUESA
(E) As armações III, IV e V estão corretas. 24 A
41. ( PC-MG - ESCRIV
ESCRIVÃO
ÃO DE POLÍCIA CIVIL - FUMARC – 2018) 25 D
Na Redação Ocial, exige-se o uso do padrão formal da língua. 26 B
Portanto, são necessários conhecimentos linguíscos que funda-funda -
mentem esses usos. 27 C
Analise o uso da vírgula nas seguintes frases do Texto 3: 28 D
1. Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de
29 E
Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem.
2. O rapaz, de 22 anos, se apresentou espontaneamente à 9ª 30 D
Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do crime. 31 D
3. Segundo a polícia, o jovem informou que nha um relaciona
relaciona--
mento dicil com a mãe e teria discudo com ela momentos antes 32 D
de desferir os golpes. 33 A

INDIQUE entre os parênteses a juscava adequada


adequada para
 para uso 34 D
da vírgula em cada frase. 35 E
( ) Para destacar deslocamento
deslocamento de termos.
36 D
( ) Para separar adjuntos adverbiais.
( ) Para indicar um aposto. 37 B
38 B
A sequência CORRETA
CORRETA,, de cima para baixo, é:
(A) 1 – 2 – 3. 39 A
(B) 2 – 1 – 3. 40 E
(C) 3 – 1 – 2.
41 C
(D) 3 – 2 – 1.

GABARITO ANOTAÇÕES

 ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
1 E
2 A  ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
3 A  ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
4 D
 ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
5 B
 ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
6 C
7 B  ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
8 E
 ____________________________ __________________________
 ______________________________________________________
9 A
 ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
10 A
11 A  ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
12 D  ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
13 A
 ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
14 E
 ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
15 B
16 E  ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
17 A  ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
18 A
 ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
19 D

20 B  ____________________________ __________________________
 ______________________________________________________
21 C  ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
22 C  ______________________________________________________
 ____________________________ __________________________
23 E

40

GEOGRAFIA

1. Caracteríscas gerais do estado do rio de janeiro - reconhecer as relações entre sociedade e o ambiente natural no estado do rio de
Caracteríscas
 janeiro, destacando
destacando os impactos ambientais
ambientais produzidos e as inuências inuências dos elementos naturais naturais na sociedade uminense . . . . . .01
2. Idencar as principais regiões do estado e suas caracterís caracteríscas cas gerais  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
3. Apresentar noções básicas sobre a geograa do município do rio de janeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
4. Reconhecer aspectos gerais do processo de faveliz favelizaçãoação e suas caracterí
caracteríscas scas atuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
5. Idencar em textos e grácos situações problema picas da sociedade uminense e reconhecer formas de reduzir os problemas
gerados em tais situações  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6. Apresentar noções de localização espacial dentro do estado do rio de janeiro a partir da utilização de mapas . . . . . . . . . . . 15
 

GEOGRAFIA

dos da natureza sobre a sociedade. Um exemplo seria o Aque-


CARACTERÍSTICAS GERAIS DO ESTADO DO RIO DE cimento Global, fruto da poluição e da degradação ambiental
JANEIRO - RECONHECER AS RELAÇÕES ENTRE SOCIE- (embora, no meio científico, essa teoria não seja um consenso).
DADE E O AMBIENTE NATURAL NO ESTADO DO RIO DE Portanto, é preciso considerar que, independente da forma
JANEIRO, DESTACANDO OS IMPACTOS AMBIENTAIS com que se estabelece essa complexa relação entre natureza e
PRODUZIDOS E AS INFLUÊNCIAS DOS ELEMENTOS
sociedade, é preciso entender que os seres humanos precisam
NATURAIS
NATURAIS NA SOCIEDADE FLUMINENSE
conservar o espaço natural, sobretudo no sentido de garantir a
existência dos recursos
ciedades futuras. e dosdas
A evolução meios inerentes
técnicas, nessea ínterim,
eles paraprecisa
as so-
Sociedade e Natureza acontecer no sentido de garantir essa dinâmica.
Desde a constituição das primeiras sociedades e o surgi-
mento das primeiras civilizações, observa-se
observa-s e a existência de uma Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/socie-
intensa e nem sempre equilibrada relação entre sociedade e na- dade-natureza.htm
tureza. Essa relação diz respeito às formas pelas quais as ações
humanas transformam o meio natural e utilizam-se deste para o
seu desenvolvimento. Além do mais, diz respeito também à for- Impactos Ambientais no Estado do Rio de Janeiro
ma pela qual as composições naturais – seres vivos, relevo, clima O presente artigo pretende identificar, discutir e entender
e recursos naturais – interferem nas dinâmicas sociais. alguns dos principais impactos ambientais urbanos que ocorrem
Por esse motivo, é importante entender a complexidade na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tais como:
como : movimen-
com que se estabelece a interação entre natureza e ação huma- tos de massa, inundações, enchentes e alagamentos.
na, pois, mesmo com a evolução dos diferentes instrumentos Resultado de reflexões que se acumularam aos poucos, a
tecnológicos e das formas de construção da sociedade, a utiliza- partir de observações e pesquisas, esse artigo foi sendo organi-
ção e transformação dos elementos naturais continuam sendo zado considerando algumas idéias básicas para compreensão do
de fundamental relevância.
Originalmente, os primeiros agrupamentos humanos, que tema proposto,
impactos comoepor
ambientais exemplo
impactos os de região
ambientais metropolitana,
urbanos. Acrescen-
eram nômades, utilizavam-se da natureza como habitat e tam- te-se a essas reflexões as experiências no dia-a-dia do autor, que
bém para a extração de alimentos. Com o passar do tempo, a sendo morador dessa região do estado, a qual é tema, buscou
constituição da agricultura no período neolítico possibilitou a formular interpretações de sua realidade, o que gerou diversas
instalação fixa das primeiras sociedades e, por extensão, o de- análises que foram devidamente expostas em nossa pesquisa.
senvolvimento de diferentes civilizações. Isso foi possível graças Nossa intenção é os relatos dos principais impactos ambien-
à evolução ocorrida nas técnicas e nos instrumentos técnicos, tais urbanos que ocorrem na Região Metropolitana do Rio de Ja-
que permitiram o cultivo e a administração dos elementos na- neiro fiquem claros, de modo que possam servir de contribuição
turais. para outras pesquisas.
Com o tempo, as sociedades tornaram-se cada vez mais de-
senvolvidas e, consequentemente, produziram transformações IMPACTOS AMBIENTAIS URBANOS NA REGIÃO METROPO-
cada vez mais avançadas em seus sistemas de técnicas, gerando LITANA DO RIO DE JANEIRO
um maior poder de construção e transformação do espaço geo- Segundo resolução do CONAMA (conselho nacional de meio
gráfico e os consequentes impactos sobre a natureza. Portanto, ambiente), Nº 1 de 23 de janeiro de 1986 em art. 1, considera-se
a influência da ação humana sobre a dinâmica natural tornou-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas,
gradativamente maisacontece
Essa influência complexa.
de muitas formas e perspectivas, químicas
forma de ematéria
biológicas do meiodas
ou energia ambiente, causada
atividades porque
humanas qualquer
direta
como é o caso das consequências geradas pelo desmatamento, ou indiretamente afetam: I- a saúde, a segurança e o bem estar
retirada dos recursos do solo, alteração das formas de relevo da população; II- as atividades sociais e econômicas; III- a biota;
para o cultivo (como as técnicas de terraceamento desenvolvi- IV- as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; V- a
das pelos astecas), etc. Após o século XVIII, com o desenvolvi- qualidade dos recursos ambientais.
mento da Revolução Industrial, podemos dizer que os impactos Em consonância com o CONAMA, COELHO (2006) define def ine im-
da sociedade sobre o meio natural intensificaram-se de maneira pacto ambiental como o processo de mudanças sociais e eco-
 jamaiss vista, propic
 jamai p ropiciando
iando uma
um a união de fatore
f atoress que levou
levo u ao ace- lógicas causado por perturbações (uma nova ocupação e/ou
leramento da geração de impactos ambientais. construções de um objeto
objet o novo: uma usina, uma estrada ou uma
Mas é preciso considerar que a natureza também gera im- indústria) no ambiente. Impacto ambiental diz respeito ainda, à
pactos sobre a sociedade. Essa perspectiva é de necessária com- evolução conjunta das condições sociais e ecológicas estimula-
preensão para que não se considere o espaço natural como um das pelos impulsos das relações entre forças externas e internas
meio estático, passivo, sem ação. Um exemplo mais evidente à unidade espacial e ecológica, histórica ou socialmente deter-
disso envolve os desastres naturais, como a passagem de um minada.
forte ciclone sobre uma cidade ou a ocorrência de um intenso Existem impactos ambientais espalhados por diferentes
terremoto. Essas
que a natureza sãogerar
pode apenas algumasnodas
mudanças muitas
espaço formas com
geográfico e na espaços,
forma maismasacentuada
existe ume local
mais onde sua proliferação
perceptível, que é nosocorre de
sistemas
constituição das ações humanas. urbanos. Dentro desses sistemas, os espaços ocupados pelas ati-
Em muitas abordagens, considera-se que há uma interação vidades produtivas e pelos indivíduos vão ser distintos, variando
muitas vezes caótica e até reativa entre a natureza e a socieda- conforme alguns fatores. O principal fator que determinará a
de. Nesse ponto de vista, entende-se que os impactos gerados espacialidade e o lugar onde o indivíduo irá ocupar é a socie-
sobre a natureza reverberam, cedo ou tarde, em impactos gera- dade de classes. A partir daí, concluímos que os impactos am-

GEOGRAFIA

bientais não vão ser uniformes, vão variar conforme a classe so- Os movimentos de massa ocorrem em diferentes escalas e
cial concentrada no espaço físico impactado. Assim, concluímos velocidades, variando de rastejamentos a movimentos muito
que nos espaços de população menos favorecida a intensidade rápidos. Os movimentos rápidos são denominados generica-
dos impactos ambientais vão ser maior. Sobre o tema COELHO mente de deslizamentos e tombamentos, e são muito comuns
(2006:27) sintetiza: de ocorrerem dentro da dinâmica urbana de uma região metro-
“Os problemas ambientais (ecológicos) não atingem igual- politana, já que sofrem grande influência das atividades antró-
mente todo o espaço urbano . Atingem muito mais os espaços picas. Os deslizamentos e tombamentos são deflagrados pelo
físicos de ocupação das classes sociais menos favorecidas do aumento de solicitação de mobilização de material e pela redu-
que as das classes mais elevadas . A distribuição espacial das ção da resistência do material (ação desagregadora de raízes,
primeiras está associada a desvalorização do espaço, quer pela rastejamentos, textura e estrutura favoráveis à instabilização).
proximidade dos leitos de inundação dos rios, das indústrias, de Estes processos são partes da dinâmica natural, mas tornam-se
usinas termonucleares, quer pela insalubridade...” um problema quando encontram-se relacionados à ocupação
humana, ou seja, quando em áreas naturalmente potenciais à
Os impactos ambientais urbanos são em sua maioria re- sua ocorrência são induzidas pela ação antrópica, que ocorrem
sultantes de processos como reduções da cobertura vegetal, através de construções de fixos urbanos como estradas, túneis e
impermeabilização do solo e assoreamento das bacias fluviais. habitações mal planejadas. Nessa perspectiva de relação entre
Esses fatos acarretam na redução do potencial de infiltração de eventos naturais e ação antrópica, o fenômeno é enquadrado
água das chuvas no solo urbano, que sobrecarregam as redes como sendo de risco, ou seja, fenômenos de origem natural ou
de drenagem e que acabam não dando vazão, por já estarem induzidos antropicamente e que acarretam prejuízos aos com-
obstruídas por ocupações humanas. Além disso, o caminho final ponentes do meio biofísico e social, como veremos no transcor-
dessas águas são os rios, que no espaço urbano encontram-se rer de nosso trabalho.
extremamente entulhados e assoreados por sedimentos e detri- Nos países subdesenvolvidos e de clima tropical os movi-
tos industriais e domésticos. Tais fatos, intensificam nas cidades mentos de massa vem se tornando um problema que vem se
diversos problemas ambientais urbanos, como os processos de acentuando
do em funçãocada vez mais da
do aumento nopopulação
meio urbano. Isso que
urbana, vemtem
toem
ocorren-
levado
erosão em encostas, com destaque para os movimentos de mas-
sa, além das inundações, alagamentos e enchentes. à ocupação de áreas de encostas para moradia, principalmente
por parte da população de baixa renda. Essa situação tem leva-
Os fenômenos urbanos das inundações, alagamentos e en-
do ao aumento da freqüência desses fenômenos nos grandes
chentes, apesar de serem tratados nos veículos de telecomu-
centros urbanos, gerando em alguns casos, grandes catástrofes.
nicações de forma genérica, são acontecimentos distintos. De
Antes de colocarmos em prática nossas análises sobre im-
acordo com o Manual de Desastres ambientais
ambient ais (1998) as inunda-
pactos ambientais em nosso objeto de estudo, a Região Metro-
ções podem ser definidas como o transbordamento de água pro-
politana do Rio de Janeiro, convém defini-la, localizá-la e carac-
veniente de rios, lagos ou açudes. Já alagamento, segundo esse
terizá-la socialmente e geograficamente.
mesmo manual, ocorre quando as águas ficam acumuladas nos
Segundo o CIDE (2010) a Região metropolitana do Rio de
leitos das ruas e no perímetro urbano em função de um sistema
Janeiro é composta por 16 municípios, a saber: Rio de Janeiro,
de drenagem deficiente. Por fim, as enchentes se caracterizam Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri,
pela elevação das águas de forma paulatina e previsível, man- Magé, Maricá, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, São
tendo-se em situação de cheia durante algum tempo e a seguir Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá. Segundo da-
escoam-se gradativamente. Para Ward apud Rosa (2010), o fe- dos do IBGE (2008), a Região Metropolitana do Rio de Janeiro
nômeno da enchente está relacionado ao relevo, ao solo e a fal- apresenta uma população de 11,9 milhões de pessoas, tendo a
ta de cobertura vegetal, que são elementos colaboradores para maior taxa de urbanização do país, alcançando no ano de 2000,
a ocorrência, duração e intensidade desse evento. Para esse au- segundo dados do Censo demográfico, o porcentual de 99,3%
tor, a pluviosidade é uma variável secundária, já que as caracte- de pessoas habitando áreas urbanas. Essa região apresenta em
rísticas do sítio e a conseqüente ação antrópica na mudança da seu sítio características peculiares, já que apresenta fisicamente
dinâmica natural do solo, relevo e vegetação é que intensifica o formas muito complexas e distintas. Para começar esta região,
problema das enchentes urbanas. de maneira geral, situa-se entre o litoral, que incluí a Baía de
Os problemas ambientais em encostas estão relacionadas Guanabara, e a Serra do Mar. Entre esses dois pontos localizá-se
à topografia de uma superfície, mantendo uma relação indisso- uma área de baixada, formada por uma área de planície. Espa-
ciável a qualquer evento que diminua ou elimine a cobertura lhados ao longo dessa planície aparecem marrotes arredonda-
protetora da vegetação natural ou danifique a estrutura do solo, dos com altitudes compreendidas entre 30 e 100 metros de alti-
contribuindo para o início ou aceleração de processos erosivos tude, além de alguns maciços costeiros, como os do Mendanha,
em encostas, como os movimentos de massa. Gerecinó e Pedra Branca. Também não podemos deixar de citar
A dinâmica de um relevo de encosta tem relação tanto com que nessa área de Baixada situa-se uma vasta rede hidrográfica,
a interação de variáveis endógenas, como o tipo e estrutura das formada por um grande número de rios e canais, que são ali-
formada por um grande número de rios e canais, que são ali
rochas e as atividades tectônicas, quanto exógenas, como as va- mentados através do lençol freático e/ou pelo escoamento de
riáveis climáticas, atuação de fauna e flora, etc (CHRISTOFOL- água das escarpas da Serra do Mar ou Maciços costeiros.
LETTI, 1974). Como parte dessa dinâmica ocorre os movimentos Outro aspecto importante a ser citado quando se fala em
de massa, que envolvem o desprendimento e transporte de solo impactos ambientais urbanos na RMRJ (Região Metropolitana
ou material rochoso vertente abaixo. A mobilização desse mate- do Rio de Janeiro) é o clima. Nessa região predomina o clima
rial está ligada à sua condição de instabilidade, devido à atuação tropical semi-úmido, com chuvas abundantes no verão, que é
da gravidade, podendo ser acelerada pela ação de outros agen- muito quente e invernos secos, com temperaturas amenas. A
tes, como a água. temperatura média anual é de 22 °C a 24 °C e o índice pluviomé-
trico fica entre 1.000 a 1.500 milímetros anuais.

GEOGRAFIA

Todos os aspectos citados anteriormente, como a urbaniza- vesse em boas condições e que fosse usada de maneira correta.
ção, número de habitantes, localização, características do sítio e Mas, segundo Ross, essa ação é complicada pois envolve muitas
clima da RMRJ, são agentes ativos que agem de forma integrada pessoas”.
na propagação dos impactos ambientais urbanos nessa região Então, analisando todos os relatos anteriores, percebemos
fluminense. A seguir faremos uma análise dos principais impac- que a região Metropolitana do Rio de Janeiro em função de sua
tos ambientais urbanos que ocorrem na região metropolitana topologia, de suas condições climáticas e de seus aspectos so-
do Rio de Janeiro. ciais, relacionados principalmente aos aspectos da segregação
Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro as áreas de en- espacial, é uma região susceptível a ocorrência de movimentos
costas, em via de regra, são locais desprezados e desvalorizados de massa.
dentro do espaço urbano, sendo ocupados normalmente por Os impactos ambientais urbanos, relacionados às inunda-
grupos sociais de baixa renda, constituindo nos maciços e mar- ções, enchentes ou alagamentos, que ocorrem dentro dos limi-
rotes da RMRJ, moradias irregulares e favelas. tes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, estão intimamen-
SOUZA (2000) explica que esses sítios comportam riscos e, te relacionados à ocupação de margens de rios, que ocorrem
diz ainda, que sob as condições de um clima tropical úmido, o muito em função da falta de estrutura de algumas cidades em
intenso intemperismo químico, que afeta as rochas cristalinas realizar um planejamento urbano, onde se evite a ocupação des-
dos maciços costeiros do Rio de Janeiro, mais a falta de cobertu- sas áreas. Essas ocupações em primeiro lugar dizimam as matas
ra vegetal e impermeabilidade do solo, pode gerar mobilização ciliares, o que contribui para o assoreamento dos rios, já que
de material e desagregação dos blocos rochosos, gerando movi- acabam com a camada protetora que retém os sedimentos tra-
mentos de massa. zidos pelas águas através da drenagem. Além disso, a ocupação
Num período de temporais, notadamente no verão, tantos das margens dos rios dificulta o trabalho de limpeza e dragagem
os marrotes como os maciços costeiros da RMRJ ficam sujeitos desses, o que lhes mantém sempre assoreados e entulhados.
a riscos de tombamentos e deslizamentos, já que se tornaram Por conseqüência a população que margeia os rios e canais que
áreas instáveis em função de construções desordenadas de mo- cortam a RMRJ são importantes fatores de degradação ambien-
radias sem planejamento, causando destruição e até mesmo tal, já que esses moradores, normalmente, tem ligações clandes-
grandes catástrofes, com inúmeros desabrigados e até mesmo tinas de esgoto e a maioria joga detritos e lixo domésticos em
mortos. Foi o que ocorreu recentemente com o Morro do Bum- seus leitos, entulhando esses.
ba, no dia 07 de março de 2010 em Niterói. A reportagem a se- SOUZA (2000) diz que as margens de rios e canais são sujei-
guir do portal de notícias R7 (2010) retrata com fidelidade essa tas a riscos, sobretudo devido ao acúmulo de lixo nos canais, di-
situação: ficultando o escoamento das águas pluviais. Além desse fato, na
“Até a noite de quinta-feira (8), as chuvas no Rio de Janeiro região metropolitana do Rio de Janeiro, as habitações que mar-
 já haviam
hav iam matado
mat ado mais
mai s do que
q ue o dobro
d obro do
d o que em
e m quatro
quat ro meses
mes es geiam os rios se tornam obstáculos para o escoamento da água
de temporais no Estado de São Paulo. Geógrafos ouvidos pelo em períodos de elevada pluviosidade. Além disso, por se locali-
R7 apontam dois fatores para a tragédia provocada pela chuva zar numa área litorânea, a drenagem da RMRJ sofre influência
no Rio ter sido maior que em São Paulo: o relevo do Estado e a das marés, que em dias de frente fria fazem as ondas ficarem
natureza do fenômeno dos deslizamentos de terra, que diminui altas dificultando o escoamento. Todos esses fatos somados a
a chance de sobrevivência. impermeabilidade do solo urbano, em função de sua compacta-
Para o professor de geologia da UFF (Universidade Federal ção devido à falta de cobertura vegetal, acarretam em seguidos
Fluminense) Adalberto Silva, a natureza geográfica do Rio de Ja- problemas de drenagem na região metropolitana do Rio de Ja-
neiro, aliada à ocupação irregular nas encostas, acelerou o pro- neiro, o que em períodos de grandes chuvas vão gerar inunda-
cesso de deslizamentos. Ele explica que, em São Paulo, houve ções, alagamentos e enchentes. Também não podemos deixar
muitas enchentes, enquanto no Rio predominaram os desliza- de citar, no que se refere a esses problemas, que a maior parte
mentos de casas. As chances de sobreviver a esse tipo de aci- dessas áreas que sofrem com constantes problemas de alaga-
dente são pequenas. Isso porque as vítimas não têm tempo de mentos e inundações dentro da RMRJ são áreas de ecossistemas
reagir e a lama que desce das encostas acaba sufocando-as. originalmente inundáveis, como brejos, pântanos e várzeas.
Silva entregou um estudo à Prefeitura de Niterói, em 2004, A reportagem a seguir do jornal O Globo (2009) do dia 12 de
que apontava as áreas da cidade mais suscetíveis a desabamen- novembro relata com perfeição nossas análises acerca do assun-
tos. Para o geólogo, a tragédia é anunciada. Por isso, você en- to abordado anteriormente:
trega as informações ao poder público para ele tomar as pro- “A enchente que inundou a Baixada Fluminense, na noite
vidências necessárias. Ele tem ferramentas para analisar isso e de quarta-feira e ontem, não era difícil de ser prevista. O geó-
minimizar essas tragédias”. grafo Elmo Amador, especialista na Bacia da Baía de Guanaba-
“O geógrafo e professor da USP (Universidade de São Paulo) ra, explicou que a maior parte das áreas atingidas pela água foi
Jurandyr Ross concorda que a tragédia que ocorreu o Rio não construída em cima de ecossistemas originalmente inundáveis,
é para ser uma surpresa, pois as chuvas intensas são normais como brejos, pântanos e várzeas. A inundação na região foi fa-
na região. Ele destacou que a capital fluminense é construída, cilitada ainda pela geografia - uma grande área plana cercada
predominantemente, em uma planície costeira, que é facilmen- por serras -, pela urbanização excessiva das margens dos canais
te inundável. E, ao redor dessa planície, estão as montanhas da e rios e pelo assoreamento praticamente completo de alguns
Serra do Mar, muito inclinadas e ocupadas irregularmente. dos principais deltas de rios da região, como o Iguaçu e o Meriti,
São construções frágeis, em relevo frágil. Porque é muito com enormes ilhas de lixo e areia. Amador criticou a omissão do
inclinado. poder público, já que muitas zonas ocupadas eram regularizadas
Para os dois professores, a solução ideal seria que o poder pelos próprios administradores municipais: As áreas inundadas
público retirasse todas as pessoas que vivem nesses locais de são exatamente as que correspondiam aos ecossistemas
ecossiste mas úmidos,
risco e não abandonasse a área, garantindo que ela se manti- geralmente localizados ao nível do mar. É natural que isso ocor-

GEOGRAFIA

ra ali. Há uma nítida negligência do poder público, já que muitos Neste sentido, vamos apresentar cada uma destas regiões,
loteamentos nessas áreas são regularizados. Um exemplo claro ressaltando seus municípios, características e principais ativida-
desse problema é Campos Elíseos, em Duque de Caxias”. des exercidas.
Os impactos ambientais urbanos ocorridos na rede de dre-
nagem da Região Metropolitana do Rio de Janeiro não afetarão 1. Região Metropolitana
apenas os rios ou em seu entorno, mas vai gerar impactos em Municípios: Rio de Janeiro, Niterói, Belford Roxo, Duque de
seu destino final, o mar. No caso da RMRJ esses impactos vão Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis,
chegar até a Baía de Guanabara, que é o depósito final de mui- Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, São João de
tos rios que cortam essa região, que por sua vez levam consigo Meriti, Seropédica e Tanguá.
muitos sedimentos e detritos. • Concentra mais de 80% da população do Estado e mais
de 60% do produto interno bruto.
CONCLUSÃO • 2º maior pólo industrial do país.
O objetivo deste artigo foi relatar os principais
pr incipais impactos am- • Grandes problemas sócio-ambientais (desemprego,
bientais urbanos que ocorrem na Região Metropolitana do Rio violência, pressão e poluição sobre os recursos naturais, desi-
de Janeiro, relacionados a duas variáveis de análise: áreas de gualdade sócio-espacial e exclusão social).
encosta e margens de rios.
As referências que adotamos serviram de fio condutor para 2. Região do Médio Vale do Paraíba
que nosso tema fosse contextualizado harmonicamente com Municípios: Resende, Volta Redonda, Porto Real, Barra
nosso objeto de estudo. Desta forma, foi de vital importância Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Barra do Piraí, Rio Claro, Valen-
para o entendimento de nossa pesquisa a conceituação de im- ça, Quatis e Rio das Flores.
pactos ambientais e a localização e configuração da Região me- • Região localizada no vale do rio Paraíba do Sul.
tropolitana do Rio de Janeiro. • Seu histórico de ocupação e degradação está associado
Por fim queremos deixar claro que o presente trabalho tem à atividade cafeeira.
como finalidade servir de contribuição para futuras pesquisas • É a região que mais cresce no interior do estado, devido
e, principalmente, aguçar a discussão em torno da questão am- à posição logística no eixo RJ-SP-BH.
biental na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e estimular • A atividade industrial é bastante intensa, com a presen-
a introdução em nossa sociedade de um modelo de desenvolvi- ça de empresas como: CSN (Volta Redonda), Volkswagen (Re-
mento que reduza os impactos ambientais. sende), Michelin (Itatiaia), entre outras.
• Poluição atmosférica muito intensa, pela presença de
Fonte: https://www.webartigos.com/artigos/impactos-ambien- muitas industrias.
tais-urbanos-na-regiao-metropolitana-do-rio-de-janeiro/71113 • A presença do Parque Nacional de Itatiaia alavanca o
turismo na região e fortalece o setor de comércio e serviços em
cidades como Resende e Itatiaia.
IDENTIFICAR AS PRINCIPAIS REGIÕES DO ESTADO E • Pecuária leiteira e agricultura em Valença, Barra Man-
SUAS CARACTERÍSTICAS GERAIS sa, Quatis e Resende.

O Estado do Rio de Janeiro está subdividido em 8 regiões 3. Região Centro-Sul Fluminense


de governo: Municípios: Três Rios, Areal Comendador Levy Gasparian,
1. Região Metropolitana Paraíba do Sul, Sapucaia, Vassouras, Paty dos Alferes, Mendes,
2. Região do Médio Vale do Paraíba Miguel Pereira e Engenheiro Paulo de Frontin.
3. Região Centro-Sul Fluminense • A produção cafeeira foi dinamizadora da região no pas-
4. Região Serrana sado.
5. Região das Baixadas Litorâneas • Três Rios como principal centro da região. Privilegiado
6. Região Norte Fluminense pelo entroncamento rodo-ferroviário e localização estratégica
7. Região Noroeste Fluminense entre MG e RJ.
8. Região da Costa Verde • Principais atividades econômicas: Metalurgia (Três
Rios), Alimentos, Mecânica, Cerâmica (Paraíba do Sul), Constru-
ção Civil (Miguel Pereira), entre outras.
 4. Região Serrana
Municípios: Cantagalo, Carmo, Cordeiro, Bom Jardim, Duas
Barras, Nova Friburgo, Sumidouro, Santa Maria Madalena, São
Sebastião do Alto, Trajano de Morais, Petrópolis, São José do
Vale do Rio Preto, Teresópolis e Macuco.
• Apresenta bons indicadores socioeconômicos, sendo
bem dinamizada nos setores da indústria, comércio e prestação
de serviços. Sofreu, nas últimas décadas, com o crescimento ur-
bano desordenado.
• Região sofre com os desastres naturais, devido aos in-
tensos deslizamentos de terra, normalmente, promovidos pelas
chuvas em abundância, principalmente no verão, gerando perda
de vida, bens materiais e abalo econômico na região e no estado.

GEOGRAFIA

• As terras cultivadas na região abastecem os municípios • A região está localizada na porção leste da Serra da
da região metropolitana. Mantiqueira.
• Contribuem para o desenvolvimento da agricultura: cli- • A agropecuária é a principal atividade econômica (pe-
ma e a rede hidrográfica, relevo, o solo e o índice pluviométrico. cuária leiteira). A estrutura fundiária é concentrada, os solos
• Atividade turística bastante desenvolvida, voltada para não são utilizados adequadamente e a pecuária é extensiva.
o turismo histórico (Petrópolis), turismo rural, ecoturismo, turis-
mo cultural (culturas alemãs e suíças) e o turismo de comércio 8. Região da Costa Verde
(pólos têxteis e moda íntima). Municípios: Itaguaí, Mangaraba, Angra dos Reis e Paraty.
• A industria têxtil tem um papel muito importante na *Inserção recente de Itaguaí e Mangaraba.
região, chegando a exportar lingerie para diversos países. • É a região de menor extensão territorial.
• Possui ainda uma grande unidade de Mata Atlânca do
 5. Região das Baixadas Litorâneas estado, além de diversos ecossistemas associados. Entretanto, esse
Municípios: Maricá, Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, ecossistema vem sofrendo com a expansão de avidades urbanas.
São Pedro da aldeia, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação de Bú- • Na região existem diversas reservas ambientais.
zios, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Silva Jardim, Rio Bonito • Estão localizadas as Usinas Nucleares de Angra.
e Cachoeira de Macacu. • Turismo forte em Angra dos Reis e Paraty.
• A importância do fator clima na região: o clima entre
Arraial do Cabo e Cabo Frio é diferente do restante do estado, Fonte: http://pibidgeouff.blogspot.com/2013/10/regioes-de-
sendo um local que chove menos, venta mais e o número
n úmero de dias -governo-do-estado-do-rio-de.html 
ensolarados durante o ano é maior, o que estimula o turismo de
veraneio na região.
• Ressurgência - este fenômeno, característico da região, APRESENTAR
APRESENTAR NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A GEOGRAFIA
impulsiona a indústria pesqueira em Cabo Frio. DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
• Turismo é a principal atividade, gerando diversas ou-
tras, como comércio e construção civil. Um dos primeiros territórios explorados pelos colonizado-
• Os ecossistemas de restingas e lagunas sofrem com a res portugueses, durante muito tempo a cidade do Rio de Ja-
pressão desordenada e a falta de políticas públicas para a con- neiro, localizada no estado homônimo, foi a capital do Brasil,
servação. portanto, centro administrativo do país. Mesmo que desde a
• Outros dois setores da indústria muito importantes
década de 60 a capital seja Brasília, o estado ainda sedia muitos
são: a pesca e a produção de sal, este último em decadência
decadê ncia pela
órgãos públicos.
pressão dos empreendedores imobiliários e pela concorrência
com a produção do Rio Grande do Norte.
Com o objetivo de realizar contratações para esses órgãos,
• Falta de infra-estrutura e crescimento desorganizado
anualmente uma série de editais de concursos e processos se-
impulsionado pela especulação imobiliária são os principais cau-
letivos são publicados. Embora o total domínio do conteúdo
sadores de problemas sócio-ambientais na região.
programático seja indispensável, a preparação antecipada e um
• Expansão das atividades não agrícolas.
6. Região Norte Fluminense bom material de apoio são fundamentais para o sucesso dos es-
Municípios: Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso tudantes.

Moreira, Conceição
São Francisco de Macabu,
de Itabapoana e SãoMacaé,
João daQuissamã,
Barra. São Fidélis, Nesses certames regionais, frequentemente aparecem
• Produção de etanol de cana-de-açúcar. questões específicas sobre o estado que sedia o órgão, e no Rio
• Solos férteis, relevo de planície, disponibilidade hídri- de Janeiro não é diferente. Por isso, candidatos devem estar
ca, tradição em agricultura, força de trabalho numerosa e baixo sempre em dias com a matéria de geografia do Rio de Janeiro
custo, proximidade dos grandes centros consumidores. para concursos. Confira, a seguir, o nosso resumo sobre o tema.
• Bacia de Campos: exploração do petróleo off shore.
• Indústrias ligadas ao setor petrolífero presentes cada Formação do território
vez em maior número na região. Como mencionado anteriormente, o território onde hoje
• Falta de infra-estrutura básica em cidades como Macaé está o Rio de Janeiro foi um dos primeiros a ser explorado pelos
portugueses. Uma dessas missões exploratórias chegou na Baía
e Campos.
• Royalties do petróleo aumentando receitas dos municí- de Guanabara em 1º de janeiro de 1502.
pios, sem outrora, melhorar as condições de vida da população.
• Estrutura fundiária marcada pela forte concentração de Porém, assim como no restante do território, a colonização
terras. só teve início, de fato, a partir de 1532. O local que anteriormen-
te era usado apenas para atividades extrativistas, passou a so-
 7. Região Noroeste Fluminense frer com ameaças das nações que se aventuraram tardiamente
Municípios: Itaperuna, Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, nas grandes navegações.
Cambuci, Italva, Itaocara, Lajes do Muriaé, Natividade, Porciún-
cula, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai. França, Inglaterra, Holanda e outros, constituíam uma real
• É a região mais pobre do estado, participa apenas com ameaça, e por isso, o português Martim Afonso de Souza foi en-
1% do PIB do estado. carregado de vir para o Brasil em uma missão colonizadora. Por
• Itaperuna é o maior centro da região. conta da imensidão do território brasileiro, essa colonização não
• O meio físico da região é composto por muitas serras, teve êxito em evitar os ataques, que continuaram a acontecer
rios, morros e cachoeiras. deliberadamente.

GEOGRAFIA

A próxima tentativa de conter os ataques foi a divisão do Além do limitar-se ao oceano Atlântico ao sul e ao leste,
país em 15 capitanias hereditárias, destinando cada uma delas seus estados limítrofes são Minas Gerais ao norte e a oeste, São
para um donatário, que por sua vez, ficaria responsável pela pro- Paulo a oeste e o Espírito Santo ao norte.
teção e colonização do território que havia sido designado a ele.
Rio de Janeiro e as principais cidades

O local
de São ondeque
Vicente, hoje
foiestá o Rio de
entregue ao Janeiro
pr ópriopertencia
próprio Martim deà Souza
Capitania
em A capital
estado do Rio popularmente
e é conhecida de Janeiro recebe
apenaso mesmo nome
po r “Rio”
por que o
ou “cidade
1534. Uma porção do território também fazia parte da Capitania maravilhosa”, principalmente por conta de suas belezas naturais
de São Tomé, que em 1536 foi doada a Pero Góis da Silveira. e pontos turísticos. Ela obriga, inclusive, uma das sete maravi-
lhas do mundo moderno, o Cristo Redentor.
As capitanias hereditárias também não foram efetivas, e
em 1555 a Baía de Guanabara foi invadida pelos franceses. Com A cidade é um dos centros econômicos mais importantes do
apoio do rei da França, Henrique II, eles fundaram a França An- Brasil e o polo turístico que atrai o maior número de visitantes
tártica e trouxeram aproximadamente 300 colonos calvinistas. internacionais no país, na América Latina e em todo o hemisfério
sul. É também a capital brasileira mais conhecida no exterior.
Portugal demorou quase 10 anos para tomar medidas de
combate aos franceses. Uma delas ocorreu em 1º de março de Fundada em 1º de março de 1965, de acordo com dados do
1565, e foi comandada por Estácio de Sá. Nesse dia, aconteceu Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017 a
a fundação da segunda cidade brasileira, São Sebastião do Rio população estimada era de 6.520.266 habitantes, o que corres-
de Janeiro. ponde a quase 40% de todo o território.

A partir
meras daí, contra
batalhas entre 1567 e 1568 ose portugueses
os franceses portugues
indígenas.esAlém
travaram inú-
da expul- Além
estado, da capital,
conheça que
outras é cidades
dez a maior que
e mais populosa cidade do
se destacam:
são dos primeiros, os segundos foram amplamente dizimados. • São Gonçalo – 1.038.081 habitantes
Porém, os índios que aliaram-se aos lusitanos foram poupados, • Duque de Caxias – 882.729 habitantes
e muitas vezes, recompensados. • Nova Iguaçu – 807.492 habitantes
• Niterói – 496.696 habitantes
Em 1574, em mais uma tentativa de frear os ataques ao Bra- • São João de Meriti – 483.128 habitantes
sil, a Coroa Portuguesa dividiu o país em dois governos, um com • Belford Roxo – 481.127 habitantes
sede em Salvador – BA e outro no Rio de Janeiro – RJ. Somente • Campos dos Goytacazes – 460.624 habitantes
com essa iniciativa é que ocorreu a ocupação definitiva do ter- • Petrópolis – 298.142 habitantes
ritório. • Volta Redonda – 262.970 habitantes
• Magé – 236.319 habitantes
Pouco tempo depois, em 1578, aconteceu a reunificação.
No entanto a capital passou a ser unicamente Salvador. Essa
configuração permaneceu até 1808, ano que em que a família Bandeira do Rio de Janeiro
real portuguesa chegou ao Rio de Janeiro, devolvendo à cidade

status de capital brasileira.


Ela assim permaneceu, até que em 21 de abril de 1960 Bra-
sília passou a ser a capital do Brasil. Essa transferência fez com
que a atual cidade do Rio de Janeiro se tornasse uma cidade-
-estado independente. Somente em 1975 ela se uniu ao Estado
do Rio de Janeiro, tornando-se uma capital como a conhecemos
hoje.
Detalhes do estado do Rio de Janeiro
Um dos três estados da região sudeste, o Rio de Janeiro é
representado pela sigla RJ. O gentílico do estado é o fluminense,
enquanto quem nasce na capital é chamado de carioca.
Como uma área de 43.777,954 km², o estado é quarto me-
nor estado brasileiro. Ao todo, ele tem 92 municípios, divididos
em cinco regiões geográficas intermediárias e 14 regiões geo-
gráficas imediatas, conforme detalhamento a seguir. Um dos símbolos oficiais do Rio de Janeiro, sua bandeira foi

••Rio de Redonda-Barra
Volta Janeiro: Rio de Mansa:
Janeiro,Volta
AngraRedonda-Barra
dos Reis e Rio Bonito.
Mansa, adotada
toria em Alberto
do Dr. 1965. Tanto
Rosa oFioravanti,
brasão, quanto a bandeira
atendendo a um são de au-
pedido do
Resende e Valença. então governador, General Paulo Torres.
• Petrópolis: Petrópolis, Nova Friburgo e Três Rios-Paraíba As cores azul e branco representam, respectivamente, o mar
do Sul. e a paz. No brasão, o café e a cana-de-açúcar representam a im-
• Campos dos Goytacazes: Campos dos Goytacazes, Itaperu- portância da atividade agrícola no estado, enquanto as serras, o
na e Santo Antônio de Pádua. pico Dedo de Deus, que é uma formação geológica da Serra dos
• Macaé-Rio das Ostras-Cabo Frio: Cabo Frio e Macaé-Rio Órgãos. Por fim, a águia representa o governo forte e honesto.
das Ostras.

GEOGRAFIA

População Os maciços costeiros, também chamados de maciços litorâ-


Durante o período colonial o povoamento do Rio de Janeiro neos, são as elevações que surgem nas áreas de baixada, esten-
foi bastante lento. O processo só acelerou a partir do período dendo-se desde o município de Cabo Frio até a cidade do Rio de
imperial, principalmente no auge da cafeicultura. Naquela épo- Janeiro.
ca, assim como hoje, a população já concentrava-se na capital.
Segundo dados do IBGE, a população no Rio de Janeiro em Clima
2017 era de 16,72 milhões de habitantes. O Rio de Janeiro possui climas diversos, dependendo da
região referenciada. Portanto, há áreas úmidas, semi-úmidas e
Economia secas.
Conforme citado anteriormente, o Rio de Janeiro é um dos Na porção ocidental da baixada prevalece o tropical semi-ú-
maiores centros econômicos do Brasil. Em 2015, segundo o mido, com chuvas de verão e invernos secos. O clima de monção
IBGE, o Produto Interno Bruno (PIB) do estado
es tado era de R$ 659,137 aparece nos maciços e encostas baixas da capital em função das
bilhões. Já o PIB per capita era de R$ 39.826,90. Apesar da crise chuvas de relevo.
dos últimos anos, ainda permanece entre os maiores do país. O tropical úmido com chuvas bem distribuídas durante todo
A principal fonte de renda é a petroquímica, porém, há im- o ano prevalece na porção mais rebaixada da escarpa do pla-
portantes representantes em outros setores, como a agricultu- nalto. Já o tropical de altitude, onde os verões são quentes e as
ra, pecuária, indústria e energia. A industrialização começou a se chuvas bem distribuídas a ocorrência é nas porções elevadas da
instalar a partir do século XIX, um dos motivos pelos quais é tão escarpa. O temperado úmido e suas variáveis está presente no
bem estabelecida atualmente. restante do território.
Entre 1940 e 1960 houve investimentos pesados na região,
que foram os responsáveis por consolidar a industrialização na Vegetação
capital e em toda a região metropolitana. Hoje, no Brasil, o Rio Mais de 90% do território do Rio de Janeiro era coberto por
de Janeiro ocupa o segundo lugar em desenvolvimento indus- florestas. Porém, por conta das atividades agropecuárias boa
trial. parte da vegetação original foi devastada. Delas, restam peque-
Sobressaem-se, além do petróleo e seus derivados, a cons- nas manchas, geralmente em locais de difícil acesso, por serem
trução naval, siderurgia, metalurgia, indústrias alimentícia e de em terrenos extremamente acidentados.
bebidas, têxtil, de materiais de construção, fábricas de automó- Em menor quantidade, há manguezais e restingas no litoral,
veis, entre outras. além de campos de altitude nas áreas mais elevadas.
Na agricultura, durante muito tempo o café foi o principal
produto fluminense, entretanto, por conta da característica ero- Fauna
siva do solo e a abolição da escravidão fizeram com que ele en- Os pássaros constituem uma parcela importante entre os
trasse em decadência. animais característicos do Rio de Janeiro. Mas além deles há vá-
O Rio de Janeiro é um dos poucos estados brasileiros onde a rios mamíferos de pequeno e grande porte. Conheça os princi-
agricultura é secundária na economia. A cana-de-açúcar, notória pais animais do estado:
na região dos Campos, mantém-se como um dos produtos de • Biguá
maior destaque desde o final do século XX. Laranja, tomate, ca- • Jacutinga
qui, banana, arroz, mandioca, milho e feijão também são fortes • Bicho-preguiça

na agricultura fluminense. • Gambá


Em relação a pecuária, a criação de bovinos tem destaque • Cutia
na região do vale do Paraíba do Sul. Ao final do século XIX ela • Quati
entrou como atividade substitutiva ao café, cuja produção já • Tatu
estava decaindo naquele momento. Em menor quantidade, há • Mico-leão-dourado
criatórios de porcos e galinhas. • Tucano-de-peito-amarelo
A pesca, principalmente de sardinha, também é uma impor- • Jacu
tante atividade econômica do Rio de Janeiro. • Onça-pintada
• Atobá-pardo
Relevo • Muriqui
O relevo do Rio de Janeiro pode ser dividido em três unida-
des: baixadas, terras altas e maciços costeiros. Hidrografia
As baixadas situam-se entre o oceano e o planalto. Elas são O principal rio é o Paraíba do Sul, mas no estado há inúme-
muito lembradas pelo seu nome genérico, Baixada Fluminense. ros rios que correm para o oceano Atlântico. O Paraíba do Sul
Essa porção ficou restrita ao território que engloba os municí- vem do estado de São Paulo, corta o estado no sentido oeste
pios de Duque de Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti, Jape- para leste, até desembocar no oceano, nas proximidades da di-
ri, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e Mesquita. visa com o Espírito Santo.
Localmente, elas são chamadas de Baixada dos Rios Macaé e Seus principais afluentes são os rios Piraí, Pomba, Paraibu-
São João, Baixada dos Goytacazes ou Baixada Campista, Baixada na, Dios Rios e Piabanha. Todo o sistema fluvial que nasce no
de Sepetiba e Baixada da Guanabara. alto da Serra do Mar converge para o rio Paraíba do Sul.
Nas terras altas, como o próprio nome diz, abrigam as maio- Além desses e em proporções menores, destacam-se os rios
res altitudes do estado, que estão localizadas nas áreas de pla- independentes Macaé, Macacu e São João. Em todo o litoral flu-
nalto. Destaque para a Serra do Mar, Vale do Paraíba do Sul, o minense, há, ainda, uma série de lagoas, resultantes do fecha-
Planalto do Itatiaia e o ponto mais alto do Rio de Janeiro, o Pico mento de baías por cordões litorâneos.
das Agulhas Negras.

GEOGRAFIA

Comidas típicas do Rio de Janeiro • Taxa de natalidade – entre todas as unidades federativas
É comum as pessoas pensarem que o estado do Rio de Ja- do Brasil, o Rio de Janeiro tem a segunda menor taxa de nata-
neiro não tem uma culinária própria, ou se a tem, que ela fica lidade, com 11,9%, fica à frente apenas do Rio Grande do Sul.
restrita apenas a feijoada. Essa ideia é completamente errada, • Expectativa de vida – neste quesito, o estado o ocupa a
e pelo contrário, a comida tem características muito singulares. oitava melhor posição, com expectativa de vida média de 76,2
Apesar de ter outras influências, na comida típica fluminen- anos.
se, predominam as características da culinária portuguesa. Um • Incidência da pobreza – no estado, a incidência da pobreza
pobr eza
reflexo dos anos em que, durante o Brasil Império,
Império , o estado abri- está entre as dez menores do Brasil. Com 3,9% da população de
gou a capital do país. extrema pobreza, o Rio de Janeiro fica em sétimo lugar entre
• Feijoada todas as unidades federativas.
• Filé à Oswaldo Aranha • Acesso à rede de esgoto – mais de 92% dos municípios
• Chuvisco fluminenses possuem rede de esgoto, o que o coloca o estado
• Pão doce como o quarto melhor no ranking do país.
• Biscoito Globo e chá mate
• Caldo verde Fonte: https://editalconcursosbrasil.com.br/blog/geografia-do-
• Frango assado de padaria -rio-de-janeiro-para-concursos/ 
• Podrão (gíria que dá nome ao cachorro quente feito em
barraquinhas de rua)

Realidade e principais problemas enfrentados RECONHECER ASPECTOS GERAIS DO PROCESSO DE


A partir de 2017 o Rio de Janeiro começou enfrentar proble- FAVELIZAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS ATUAIS
mas muito sérios. Uma crise econômica que afetou praticamen-
te todas as áreas do estado, seguida de um colapso na Seguran- Se a imagem da metrópole no século XX era a dos arranha-
ça Pública. -céus e das oportunidades de emprego, ao redor do mundo é
Por conta do rombo nos cofres públicos, hospitais ficaram possível, atualmente, observarmos cenários de pobreza onde
comprometidos por falta de insumos, até mesmo para atendi- vive grande parte dos habitantes das grandes cidades do século
mentos básicos e delegacias também tiveram falta de material XXI. Temos presenciado o crescimento cada vez maior do núme-
de trabalho. Houve racionamento de combustíveis e muitos ro de favelas em diversas partes do mundo; em todos os con-
servidores estaduais ficaram durante meses sem saber ao certo tinentes. Os números impressionam e quando expostos, como
quando iriam receber seus salários. feito por Mike Davis (2006), deixam atônitos até os menos en-
O problema que se arrastou durante vários governos acon- volvidos com a temática: tratam-se de aproximadamente 200
teceu principalmente pela confiança depositada dos royalties do mil favelas existentes no planeta.
petróleo, que acabou entrando em queda, frustrando todas as Esse crescimento está ligado a vários fatores, mas mencio-
expectativas. naremos apenas alguns que, obviamente, estão interligados. A
Dessa forma, o Rio de Janeiro passou a arrecadar menos im- impiedosa especulação imobiliária é um dos fatores responsá-
postos, e menos royalties. Somente entre 2013 e 2016, a receita veis pela expulsão de milhões de moradores pobres das cidade
com tributos despencou de R$ 47,5 bi para R$ 43 bi, enquanto para as periferias e para as favelas, sujeitando-os a inundações,
os royalties caíram de R$ 10 bi para apenas R$ 3,5 bi. Na con- deslizamentos e a todo tipo de risco que acabam sujeitos, le-
tramão, as despesas com previdência foram de R$ 11,8 bi para vando a graves doenças, inclusive ligadas a falta de saneamento
R$ 15,5 bi. básico. Além disso, doenças praticamente banidas dos países
Ou seja, a conta não fechava. Ainda mais levando em consi- centrais crescem vertiginosamente nessas áreas. Dados com-
deração que a situação no estado se agravou por conta da quan- provam o crescimento exponencial de tuberculose dentre os
tidade de aposentadorias. Ao ponto de que, para cada servidor habitantes das favelas. Em 2008, matéria publicada no Jornal do
na ativa, há um aposentado, a maioria com salário integral. Brasil afirmava que a favela da Rocinha, localizada na zona sul
da cidade do Rio de Janeiro, registrava a impressionante média
Após uma série de medidas, o estado começou a ir no rumo de 55 casos mensais de tuberculose, ou seja, são 600 casos para
de uma recuperação da crise, que deve acontecer pelos próxi- cada 100 mil habitantes. A ausência de debates públicos quando
mos anos, de forma lenta e gradual. se trata de crescimento tão elevado – a Organização Mundial da
Saúde (OMS) considera aceitável apenas cinco casos de incidên-
Principais indicadores socioeconômicos cia do Bacilo de Koch, causador da doença, para cada 100 mil ha-
Uma das principais formas de conhecer uma população é bitantes – somente se explica por tratar de assolar a população
entender seus indicadores socioeconômicos. Conheça quais são mais pobre da cidade.
os principais índices do Rio de Janeiro: Outro ponto importante, inclusive explorado por Davis
• Alfabetização – o Rio de Janeiro tem a segunda melhor (2006), referir-se-ia ao papel do Estado, que tem se preocu-
taxa de alfabetização do país, como 97,3%. O estado fica atrás pado apenas com obras de embelezamento urbano e medidas
somente do Distrito Federal. remediadoras – que não resolvem os problemas – ao invés de
• Pessoas com nível superior completo – 10,91% dos flumi- desenvolver políticas de inclusão social, seja no que se refere
nenses possuem graduação superior. O índice coloca o Rio de a políticas de geração de empregos, seja em forma de políticas
Janeiro como o terceiro melhor colocado no ranking. habitacionais ou no desenvolvimento de sistema de transpor-
• Mortalidade infantil – o estado registra a oitava menor tes coletivos eficientes. Maricato, no posfácio do livro de Davis
taxa de mortalidade do país, são 11,5 óbitos a cada mil nasci- (2006, p. 217), afirma que “o Brasil, por exemplo, cresceu 7 por
mentos. cento ao ano de 1940 a 1970. Na década de 1980, cresceu 1,3

GEOGRAFIA

por cento, e na década de 1990, 2,1 por cento, segundo o IBGE. tística (IBGE), esse tipo de habitação encontra-se assim defini-
Ou seja, o crescimento econômico do país, nas duas últimas dé- do: “aglomerado subnormal (favelas e similares) é um conjunto
cadas do século XX, não conseguiu incorporar nem mesmo os constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais,
habitacion ais, ocupando
ingressantes da População Economicamente Ativa (PEA) no mer- ou tendo ocupado até período recente, terreno de propriedade

cado
para ade trabalho, odoque
precarização acarretou
trabalho conseqüências dramáticas
e, conseqüentemente, também alheia (públicaem
sa, carentes, ousua
não), dispostas
maioria, de de formapúblicos
serviços desordenada e den-
essenciais”.
para a crise urbana”. Sem entrarmos no mérito da definição, por si só problemática,
Foi com a introdução das políticas neoliberais, a partir de  já na última
úl tima décad
décadaa do sécul
séculoo XIX,
XI X, em
e m 1897,
18 97, surgir
s urgiram
am as favel
favelas
as
1980, que esse processo ganhou
ganh ou força, já que houve uma política nos morros da Providência e de Santo Antônio, na área central
de privatização, uma acumulação de bens e serviços em poucas da cidade.
mãos, o que acabou desestabilizando socialmente os países pe- A cidade do Rio de Janeiro tinha problemas seríssimos de fal-
riféricos e lançando milhões de pessoas
pesso as na informalidade. Para o ta de moradia e ainda assim não parava
par ava de crescer. Entre 1903 e
sistema, segundo Davis (2006), eles são “óleo queimado”, “zeros 1906, o Prefeito Pereira Passos promoveu uma intensa reforma
econômicos”, “massa supérflua” que sequer merece entrar no urbana, na qual foram demolidos vários imóveis (grande parte
exército de reserva do capital. Essa exclusão pode ser percebi- deles de habitação popular) para par a ampliação de vias e construção
da pela crescente favelização que ocorre no planeta. Segundo de “prédios modernos”, muitos deles de inspiração parisiense.
Davis (2006, p. 34), 78,2 por cento das populações dos países Além disso, como voltaremos a falar posteriormente, o prefeito
pobres é de favelados e dados da CIA, de 2002, apresentavam impôs novas e rigorosas normas urbanísticas que acabaram por
o espantoso número de 1 bilhão de pessoas desempregadas ou inviabilizar inclusive os subúrbios para as classes mais pobres
subempregadas favelizadas. que foram desalojadas da área central da cidade. Nesse sentido,

No Rio dedeJaneiro
crescimento favelasa realidade
na cidadenão é diferente.
e dados oficiais Há um grande
(Instituto Pe- o novoosjámeios
mais, traz em
desitransporte
a sua própria
eramnegação. Para
precários, complicara ainda
obrigando força
reira Passos - IPP) trazem a informação de que cerca de 20 por de trabalho a residir próximo ao local de trabalho.
cento dos habitantes da cidade moram em favelas. Esse cresci- Desde o início do século XX – com a denominada Reforma
mento mais vertiginoso faz-se ainda mais visível a partir da dé- Passos – foram promovidas reformas urbanas vigorosas (Abreu,
cada de 1980 – conhecida no Brasil como a década perdida, já 1987, p. 60; Neves, 1996, p. 49; Vaz, Silveira, 1999, p. 59; Reis,
que o crescimento foi irrisório frente aos anteriores – e está as- 1977, p. 22), ademais, embora tenham sido formados bairros
sociado a todos os fatores enunciados anteriormente. Alto índi- ditos operários (Albernaz, 1985, p. 25), o aspecto geomórfico
ce de desemprego, crescimento da informalidade, especulação peculiar da cidade fez com que a divisão de classes por entre os
imobiliária, falta de política habitacional para população de bai- diversos bairros da cidade fosse ligeiramente borrada. Assim é
xa renda e sistema de transportes coletivos precário são apenas que observamos um grande número de favelas localizadas em
alguns exemplos dos motivos para o crescimento das favelas no bairros nobres da cidade. Contudo, importa reconhecer que a
Brasil e especificamente no município do Rio de Janeiro. própria concepção “de morador do morro” e “morador do asfal-
Com toda certeza, para falarmos sobre as origens, expan- to” por si só já denota a divisão.
são, remoção e, atualmente, exclusão concretamente proposta Houve, durante a constituição da organização espacial ca-
através da construção de muros de contenção contra o cresci- rioca no decorrer do século XX, um comportamento já conheci-
mento dasprocesso
o próprio favelas, teríamos de iniciar
de formação nossa argumentação
e expansão da cidade docom
Rio do desdeem
privado o benefício
século XIX,das
emclasses
que omais
Estado associou-se
abastadas ao capital–
da sociedade
de Janeiro, contudo nossa proposta – até por ter um caráter de sobre tal tema Jacobi (1989, p. 06-09) debruça-se com bastante
sucinto comentário – objetivará fazer uma breve, e por isso in- clareza. É nesse sentido que podemos afirmar, juntamente com
suficiente, contextualização para posteriormente abordarmos a Lojkine (1981), que as formas de urbanização são, antes
ant es de tudo,
proposta do governo do estado com o apoio da prefeitura da formas da divisão social e territorial do trabalho. Jean Lojkine
cidade, de construir muros para conter a expansão das favelas. (1981, p. 122) acredita que “não considerar a urbanização como
Para tanto, subdividimos este artigo em três partes:
part es: inicialmente elemento-chave das relações de produção (...) é retomar um dos
retornaremos ao final do século XIX e início do século XX para temas dominantes da ideologia burguesa segundo a qual só é
apontarmos o que seria considerado o surgimento das favelas ‘produtiva’ a atividade de produção da mais-valia”.
na cidade do Rio de Janeiro, além de, também, abordarmos as No último quartel do século XIX, as companhias de bondes
transformações realizadas durante a Reforma Passos, que pro- da cidade também tiveram importante papel na produção do es-
moveu grande mudança na organização espacial da cidade; na paço carioca. Longe de representarem apenas companhias de
segunda parte trataremos da expansão das favelas – que cer- transporte, estas participaram da conformação da espacialidade
tamente seguem a expansão da própria cidade e dos empregos da cidade do Rio de Janeiro, pois a partir das alianças entre o
gerados por ela – , além de apontarmos também as políticas de capital externo, o capital imobiliário, o capital fundiário e o Esta-
remoção; e, finalmente,
tando as atuais absurdas chegaremos
propostas deao fim do artigo
contenção apresen-
do crescimen- do,
reirao da
espaço
Silva urbano começa
(1992, p. a ser tal
43) elucida (con)formado. Maria
colocação ao Laisque,
afirmar Pe-
to das favelas a partir da construção de muros em seu entorno. quando da concessão para abertura das linhas para Copacabana
e Vila Isabel, ocorreram barganhas com o poder público que im-
Sobre as origens das favelas plicaram em obras que modificaram o espaço urbano:
A presença de casebres em morros da cidade data de 1865, “a Cia. Do Jardim Botânico, por exemplo, executa o desmon-
o que leva a argumentação de que já se tratariam de formas te de parte da ladeira de Santo Antônio para alargamento da rua
embrionárias de favelas. Isso porque a definição oficial inclui a da Guarda Velha, sem falar nos túneis e em aterro (como vários
conotação de adensamento, ilegalidade, pobreza, insalubridade na lagoa Rodrigo de Freitas) para construir estações; a Cia. De
e desordem. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- São Cristóvão prolonga e abre várias ruas, como condição para

GEOGRAFIA

extensão de suas linhas; a Cia. De Vila Isabel faz o aterro do man- buscou estar próximo ao local de trabalho.
t rabalho. E nesse sentido não é
gue de Praia Formosa e abre ruas no Cachambi e outros locais, de espantar que a maior parte das remoções não obteve suces-
e assim por diante”. so, pois os moradores eram alocados em locais muito distantes
Maurício Abreu (1987, p. 44) também percebe tal aliança e sem infra-estrutura de transportes.
e enaltece o que denominou “associação bonde-loteamento”. Desde meados do século XX, a ocupação da cidade conti-
Exemplificando essa forma de associação, afirma que o bairro nuou seguindo o caminho traçado já no início desse mesmo sé-
de Vila Isabel foi criado em 1873 pela Companhia Arquitetôni- culo: o declínio da população residente na área central era cada
ca, cujo proprietário era o mesmo da Companhia Ferro-Carril de vez maior e enquanto os subúrbios absorviam as classes mais
Vila Isabel, o Barão de Drummond. Visto isso, acreditamos que a baixas da população, a zona sul manteve-se como área preferida
apropriação e a produção do espaço se dá segundo os interesses da classe mais abastada da cidade. Durante a primeira metade
do Estado, do capital comercial (nesse caso, mais especificamen- do século XX a cidade se expandiu e em seu interior as fave-
te os concessionários do setor de transportes), o capital imobi- las foram sendo criadas. Era possível observar um crescimento
liário e o capital fundiário. vertical no centro e na zona sul, enquanto que nos bairros da
Evidentemente, todas essas obras de extensão das linhas de zona norte e dos subúrbios a expansão deu-se através da cons-
bondes, que contribuíram para a expansão da cidade, deman- trução horizontal, principalmente de casas unifamiliares. Lílian
davam grande quantidade de mão de obra. Esses trabalhadores Vaz (1998) enaltece o fato de que “nas décadas de 1940-1950 e
acomodavam-se nos canteiros de obra durante a construção, seguintes assistiu-se
assistiu- se à expansão metropolitana e à formação das
porém quando esta chegava ao fim, se não encontravam em- periferias”. Nesse período já havia forte pressão para a remoção
prego em novas obras, tinham de construir suas casas junto aos das favelas e a população de baixa renda que optava por não so-
locais em que pudessem conseguir trabalho. frer esse tipo de risco, tinha como alternativa as periferias cada
Em se tratando das companhias de bondes, poderíamos vez mais distantes, onde se multiplicaram os loteamentos po-
afirmar que enquanto a Companhia Jardim Botânico contribuiu pulares. Assim, segundo Vaz (1996), “nos lotes pequenos, sem
para a ocupação da freguesia da Lagoa pelas classes abastadas, infra-estruturas urbanísticas, de difícil acesso, e por isso mesmo,
as demais companhias exerciam a função de integração da área baratos, praticava-se a auto-construção. Assim, na produção dos
central da cidade aos bairros proletários de Santo Cristo, Gam- novos espaços, destacava-se o binômio loteamentos populares
boa, Saúde e Catumbi. e auto-construção, e em menor grau, a produção de conjuntos
Roberto Lobato Corrêa (1995, p. 32) dá-nos exemplo da residenciais pelo Estado”.
associação desses agentes quando da abertura do Túnel Velho Nos anos 1960 e 1970, a produção de conjuntos habitacio-
(que liga Botafogo a Copacabana) pela própria Companhia de nais esteve associada à política de remoção de favelas. Nesse
Bondes do Jardim Botânico. Para esse empreendimento foi cria- período, grande quantidade de moradores de favelas foi trans-
da a Empresa de Construções Civis, que acabou sendo a maior ferida para assentamentos distantes do núcleo, que na maio-
responsável pela valorização do arrabalde de Copacabana. ria das vezes não contava com comércio e nem com sistema de
Nesse sentido, elucida-nos Elizabeth Cardoso (1986, p. 66) transportes coletivos que desse boas condições de deslocamen-
a propósito do que vinha a ser a Empresa de Construções Civis. to para essas pessoas. Boa parte das áreas de onde foram re-
Constituiu-se de uma aliança de interesses comuns centrados movidas as favelas foi ocupada por grandes empreendimentos
nas valorizações fundiária e imobiliária. imobiliários que se destinavam à construção de conjuntos de
“Eram seus acionistas vários proprietários de terras em Co- edifícios de apartamentos de alto luxo.
pacabana, vários bancos – Banco Luso-Brasileiro, Banco Brasil e Neste momento seria importante tecer alguns esclareci-
Norte América, Banco Construtor do Brasil e Banco de Crédito mentos quanto à noção de subúrbio. Para tal, importa reconhe-
Rural e Internacional –, pelo menos uma empresa do setor in- cer, junto com José de Souza Martins (1992, p. 09), que a pers-
dustrial, a Companhia Nacional de Forjas e Estaleiros, empresas pectiva elitista do centro domina a concepção que se tem do que
comerciais, entre elas uma de exportação de café, outras em- foi [e é] o subúrbio”. Tentaremos não nos alongar em demasia,
presas imobiliárias, como a Empresa de Obras Públicas no Brasil, contudo a maneira como essa noção foi e, efetivamente, é utili-
que foi a maior acionista e a própria Botanical Garden”. zada no Rio de Janeiro tem sua especificidade. Nelson da Nóbre-
Mas isso não é tudo, participaram também da Empresa ga Fernandes (1995, p. 29) ao investigar a história da categoria
de Construções Civis um ex-Ministro da Agricultura, Comércio subúrbio no Rio de Janeiro entre 1858 e 1945, reconhece que
e Obras Públicas e dois prefeitos da cidade, dentre eles Carlos essa palavra sofreu uma transformação em seu significado tra-
Sampaio (também proprietário fundiário em Copacabana). Cor- dicional, fazendo com que deixasse de representar todas áreas
rêa (1995, p. 33) acrescenta à lista de acionistas membros da circunvizinhas à cidade para designar, de forma particular e ex-
antiga nobreza: “pelo menos seis barões e um visconde eram clusiva, os bairros populares situados ao longo das ferrovias nos
sócios dela”. Percebemos, então, a aliança entre proprietários setores norte e oeste da cidade do Rio de Janeiro.
fundiários, promotores imobiliários, bancos, empresas comer- O autor interpreta a produção do conceito carioca de subúr-
ciais e industriais e, inclusive, o Estado. bio, como o resultado de um rapto ideológico – mudança brusca
e drástica do significado de uma categoria, em que seus atribu-
tos mais originais e essenciais são expurgados de seu conteúdo,
A expansão das favelas por toda a cidade e as políticas de sendo submetidos por significados novos e complemente estra-
remoção nhos à sua extração mais genuína. Esse tipo de reforma implicou
A partir da década de 1910, as favelas crescem mais inten- na destruição dos bairros proletários centrais e o deslocamento
samente e penetram a zona sul e o seu crescimento é acompa- de seus moradores para o subúrbio, que para a ideologia domi-
nhado, nessa mesma década, pela sua repressão. Foi assim que nante, deveria ser o locus do proletariado.
presenciamos uma longa história de remoções, desconsideran-
do um fato fundamental: durante toda a história o trabalhador

10

GEOGRAFIA

Em se tratando do Rio de Janeiro, a ausência de uma efetiva Após essa explanação, podemos perceber de maneira mais
política de habitação popular, tornou a casa própria no subúrbio apropriada a forma pela qual a cidade do Rio de Janeiro se ex-
uma miragem para a maioria do proletariado. A partir de então, pandiu. As primeiras três décadas do século XX demonstraram
Fernandes (1995, p. 30) supõe que “o sentido do ‘conceito ca- notável expansão da tessitura urbana da cidade. Nesse período,
rioca de subúrbio’ experimentou o sentimento e a necessidade caracterizou-se o crescimento da cidade a partir de dois vieses:
ideológica das elites no intuito de afastar as classes subalternas as classes alta e média ocuparam as zonas sul e norte, tendo no
do Rio de Janeiro”. Estado e nas companhias concessionárias de serviços públicos
Considerando a advertência de Henri Lefebvre (1976, p. seus maiores aliados; e por outro lado, os subúrbios cariocas
46) de que o espaço é sempre uma representação carregada de caracterizaram-se como locais de residência do proletariado,
ideologia, o trinômio trem–subúrbio–pobreza só veio de fato a que, a partir do deslocamento das indústrias, se dirigiu, tam-
se concretizar depois do início do século XX, com o desenvolvi- bém, para lá. Se as zonas sul e norte tiveram apoio do Estado,
mento da ideologia da casa própria no subúrbio. “Subúrbio”, en- em se tratando dos bairros suburbanos a ocupação se deu sem
tão, passou a ser entendido como as áreas servidas por ferrovia qualquer apoio estatal ou das concessionárias. Dessa maneira,
que foram abertas ao proletariado como um dos símbolos das logo se percebia a desigualdade sócio-econômica que se refletia
alterações das relações sociais que conformam e caracterizam na espacialidade da cidade.
as reformas urbanas verificadas no Rio de Janeiro. A alternativa Pelo que vimos, o Rio de janeiro apresentou uma história
da moradia suburbana para os pobres do Rio de Janeiro apare- de crescimento urbano marcado por extensas periferias, em
cerá com grande nitidez em 1905, no âmbito de uma comissão que residia a população de classe mais baixa, e por forte desi-
designada pelo Ministério da Justiça e do Interior para “propor gualdade da oferta de infra-estrutura e de serviços, em benefí-
soluções ‘ao urgente problema das habitações populares’ na ca- cio das áreas habitadas pelas classes mais abastadas. Vetter e
pital da República” (Benchimol, 1992, p. 39). Massena (1982, p. 50), analisando a cidade, identificaram em
O subúrbio ferroviário, contudo, não foi um lugar destinado sua dinâmica uma matriz perversa de distribuição dos recursos
aos pobres, o que significa que, do ponto de vista de um direito urbanos, que direcionava os investimentos públicos direta ou
social como a habitação, a República, além de expulsar os po- indiretamente para as camadas já mais bem servidas e de mais
bres da cidade, não garantiu sequer aquela área ao proletariado alta renda. Denominaram esse modelo de “causação circular”,
da cidade. O Prefeito Pereira Passos, através do Decreto 39, de que, segundo Cardoso e Ribeiro (1996, p. 22), “passou a ser con-
10/02/1903, criou uma série de normas para construção que di- siderado pela literatura como característico do nosso padrão de
ficultava ainda mais a construção de habitações populares nos urbanização”. Harvey (1980, p. 135; 1982, p. 11), já percebendo
subúrbios. Assim, a tentativa de organização espacial acabou tal distribuição desigual, enunciava a alocação espacial diferen-
por contribuir para a formação de favelas por toda cidade – in- ciada dos equipamentos urbanos de consumo coletivo. Tal ca-
clusive naquelas áreas mais periféricas, que teoricamente se- racterística levava à ampliação da renda real daqueles que já
riam destinados aos pobres – e, ainda, incentivou a promoção possuíam elevada renda monetária. Apesar disso, convém lem-
de loteamentos irregulares na Baixada Fluminense, ou seja, para brar que, devido à especificidade geomorfológica da cidade do
além do território do, à época, Distrito Federal. É nessa conjun- Rio de Janeiro, mesmo nos bairros habitados pelas classes mais
tura de transformação socioespacial do Rio de Janeiro que se abastadas da sociedade carioca encontramos favelas sem a in-
define os subúrbios ferroviários como o lugar do proletariado. fra-estrutura mínima necessária.
Ainda hoje, no Rio de Janeiro, é comum o uso de expressões A intensificação do processo de concentração de renda em
como: subúrbio da Leopoldina (referindo-se aos bairros servidos curso culminou com a expansão da parte rica da cidade em di-
pela Estrada de Ferro da Leopoldina) e subúrbio da Central (tra- reção a São Conrado e Barra da Tijuca. Para tanto, o Estado que
tando-se dos bairros servidos pela Estrada de Ferro da Central se associou ao capital imobiliário teve importante papel, pois
do Brasil). incorreu em um enorme investimento para a construção da Au-
O conceito carioca de subúrbio é uma representação que to-Estrada Lagoa-Barra. Essa obra foi extremamente custosa,
sintetiza um discurso ideológico sobre o lugar dos pobres na ci- pois incluiu, para sua realização, a perfuração de vários túneis e
dade do Rio de Janeiro. Para Fernandes (1995, p. 31), tal concei- a construção de pistas sobrepostas encravadas na rocha. Nesse
to significa o tipo de cidadania reservada para a maioria de sua período, essas novas áreas da cidade, apesar de esparsamente
população, já que “predomina, entre nós, a idéia de um espaço habitadas, tiveram no Estado importante agente para a produ-
(suburbano) subordinado e sem história, sem criação, sem cultu- ção do espaço. A partir da associação com o capital privado, seja
ra, carente de valores estéticos em seus homens e sua natureza na abertura de estradas e ruas, seja na pavimentação e instala-
(subúrbio é quase sempre feio e sem atrativos), ausente de par- ção de infra-estrutura, o Estado investiu grandes somas de di-
ticipação política e cultural. No máximo, concede-se ao subúrbio nheiro na preparação desse novo eixo de expansão da cidade.
o lugar da reprodução”. Em um período de aproximadamente 40 anos – 1955 a 1999 –
A partir dessa leitura, constatamos que o padrão de segre- a Barra da Tijuca apresentou um crescimento surpreendente,
gação que se reproduz através do conceito carioca de subúrbio, principalmente nos últimos 15 anos (Figuras 01, 02, 03, 04 e 05).
reifica o subúrbio enquanto ideologia, o que acaba por legiti- A rede viária do Rio de Janeiro, juntamente com a constru-
mar não só os discursos que fazem apologia ao status quo como ção imobiliária, tem se constituído como marco concreto do pro-
pro -
aqueles que se opõem a ele e o denunciam; isto porque não vão cesso de produção e transformação do espaço urbano. A cons-
além da forma, ou seja, classificam as aparências mas não as trução da rede viária contribuiu, segundo Mauro Kleiman (2001,
explicam e ao não fazê-lo reificam as práticas sociais a partir da p. 1597), para a configuração de seu padrão de segregação so-
ideologia dominante. Portanto, repete-se um dos fundamentos cioespacial. Tal afirmação baseia-se na forma com que se deu
das ideologias que é a negação e/ou omissão do processo histó- Os investimentos em direção à Barra da Tijuca continuaram
rico. É a naturalização do real e sua redução ao presente, onde o com a abertura de novas vias de acesso: Avenida das Américas
passado existe para ratificá-lo. (que se prolonga em direção ao Recreio dos Bandeirantes) e a

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GEOGRAFIA

Avenida Alvorada (atual Avenida Ayrton Senna). Tais avenidas ra da Tijuca. Contudo, não devemos esquecer que, na década
favoreceram, respectivamente, a expansão imobiliária em di- de 1990, bairros como Botafogo, Lagoa, Jardim Botânico e Le-
reção ao Recreio e a acessibilidade maior a partir do bairro de blon começaram a vivenciar um processo de renovação do seu
Jacarepaguá. Contudo,
dos construídos, houve juntamente com os condomínios
também o surgimento fecha-
e o crescimento estoque
construção imobiliário pelas grandes
de apartamentos incorporadoras,
de luxo, seja para
seja para edifícios a
de es-
das favelas. Algumas, como no caso da Favela do Terreirão, bem critórios.
próximas à praia e nesse caso tratando-se de favelas planas. Esse período compreende justamente a fase em que o cres-
No caso do Rio de Janeiro, como vimos anteriormente, a ar- cimento econômico no Brasil foi praticamente nulo, não con-
ticulação entre os agentes ocorreu desde há muito tempo atrás seguindo incorporar a população economicamente ativa que
e continua a ocorrer. Apesar de o governo federal ter anuncia- chegava ao mercado de trabalho, além de apresentar um for-
do sua intenção de concentrar seus investimentos em moradia te crescimento do desemprego. A estratégia de sobrevivência
para a população de baixa renda, as principais construtoras que dessa parte da população voltou-se à informalidade e as favelas
atuam na cidade têm-se dedicado à construção para a classe próximas aos locais de trabalho tornaram-se sua opção de ha-
mais abastada. Segundo levantamento da própria Associação bitação.
de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi/RJ), Luciana Corrêa do Lago (2001, p. 1535) percebe uma ten-
publicado pelo jornal O Globo (2003), 50,5 por cento dos novos dência que se refere à “elitização da população residente em
projetos – imóveis na planta, em construção ou que acabaram de áreas com significativa intervenção do capital imobiliário, res-
ficar prontos – custam hoje mais de R$ 251 mil. Além disso, 23,7 ponsável pelas mudanças de uso do espaço”. Tratam-se, basica-
por cento referem-se a unidades com preços acima de R$ 400 mente, de áreas consolidadas e já valorizadas como Botafogo,
mil. Curiosamente,
ção dos Empresárioso do
próprio presidente
Mercado da Ademi/RJ
Imobiliário do Rio de(Associa-
Janeiro) Leblon e Lagoa.
como nova área Além dessas, aEm
de expansão. Barra
umada Tijucaáreas,
dessas se junta a elas
na Favela
na época, Márcio Fortes, ao analisar o resultado do levantamen- Santa Marta em Botafogo (Foto 06), o Governador Sérgio Cabral
to, afirma estar diante de uma grande distorção no sistema, já em parceria com o Prefeito Eduardo Paes estão pondo em ação
que em condições normais os imóveis avaliados acima de R$ 251 um plano de ocupação de favelas. Na segunda quinzena de de-
mil não deveriam representar mais de 10 por cento da oferta. zembro de 2008, foi inaugurado o novo Posto de Policiamento
Outro ponto marcante encontra-se no fato de, aproximada- Comunitário (PPC) na favela ocupada pela polícia desde 19 de
mente, 60 por cento dos imóveis serem financiados diretamente novembro do mesmo ano. Essa primeira experiência, segundo o
pelo incorporador. Nesse sentido, o financiamento caracteri- Secretário de Segurança, funcionará como projeto piloto e deve
za-se pelo curto prazo – em geral, cinco anos – o que exclui a ser expandido para outras favelas, segundo matéria publicada
possibilidade de aquisição pela parcela menos abastada da po- no jornal O Globo (19/12/2008).
pulação. A ação policial, que teria “expulsado” os traficantes, seria
E se a cidade vêm crescendo em direção da Barra da Tijuca acompanhada de uma “invasão social”, que traria atividades
(zona oeste litorânea), não é à toa que das 513 favelas regis- educativas e culturais, acesso aos serviços públicos e etc. Contu-
tradas pelo IBGE na Região Metropolitana, mais de 100 estão do, segundo o presidente da Associação de Moradores, a inva-
concentradas na zona oeste. Não nos surpreende que os núme- são social ainda não chegou.
ros oficiaisda
população cheguem a afirmar
cidade vive que aproximadamente 20% da
em favelas. Uma pesquisa
na primeira divulgada
quinzena pelode
de janeiro Instituto Pereiraque
2009, afirma Passos (IPP),
o Rio de
Paulo Bastos Cezar (Jornal do Brasil, 20 de dezembro de Janeiro já contabiliza 968 favelas, ou seja, 218 a mais do que em
2002), pesquisador do Instituto Pereira Passos (IPP), concluiu 2004. A pesquisa mostra ainda que a população favelada passou
seu trabalho sobre o crescimento das favelas afirmando que se a ocupar mais três milhões de metros quadrados do que ocupa-
a ocupação do Rio de Janeiro continuar no ritmo em que está, va em 1999. Segundo o IPP, as favelas passaram
pass aram a ocupar 3,7 por
em 2024 os condomínios e prédios de Jacarepaguá estarão to- cento do território do município.
dos cercados por favelas. Segundo o pesquisador, atualmente O Prefeito da cidade, na primeira quinzena de janeiro de
o bairro tem 113.227 favelados, ou seja, 22 por cento de um 2009, publicou quatro decretos com o objetivo de controlar o
total de 506.760 moradores. Enquanto “a população favelada crescimento das favelas. Um deles autoriza a Secretaria de Ur-
cresceu 12,53 por cento ao ano, a população normal [sic] cres- banismo a firmar convênios com universidades e institutos de
ceu em média 2 por cento nos últimos quatro anos”. Importante pesquisa para elaborar regras urbanísticas para as 968 favelas
frisar que grande parte da população favelada presta serviços até 2012. Tais regras definirão o gabarito – limite máximo de
no bairro vizinho: Barra da Tijuca. Fato é que o crescimento po- altura para prédios em certas zonas – permitido, assim como as
pulacional da Barra da Tijuca continua alto e, como no passado, áreas públicas dentro das comunidades. O prefeito determinou
tal crescimento gera uma demanda por serviços pouco qualifica- ainda que os órgãos municipais passem a demolir habitações em
dos, que atrai cada vez mais população
popu lação de baixa renda em busca áreas de risco. Outro decreto autoriza a Secretaria de Urbanis-
de postos de trabalho. mo a contratar arquitetos para ajudar a orientar os moradores
quanto às regras de construção. E, finalmente, o quarto decreto
Sinais concretos da exclusão: muros para conter o cresci- define a favela Vila Canoas, em São Conrado, como Área de Es-
mento das favelas pecial Interesse, onde será desenvolvido um projeto piloto que
Voltando os olhos para o período pós-1984, percebemos servirá como base para posterior expansão para outras favelas.
o que Lago (2001, p. 1534) denominou “elitização do mercado Ali, além de definir os gabaritos e as áreas públicas da comu-
imobiliário carioca”, pois com a crise do Sistema Financeiro de nidade, o prefeito determinou a obrigatoriedade de habite-se
Habitação (SFH) e praticamente o fim do financiamento para para qualquer obra.
construção de habitações populares, a produção das grandes
empresas passou a se concentrar mais especificamente na Bar-

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GEOGRAFIA

Contudo, a medida mais polêmica do Governo do Estado além de imóveis públicos e de empresas que faliram ou que sim-
 juntament
 junt amentee com
c om a Prefei
P refeitura
tura foi a divulga
d ivulgação
ção do início da cons
cons-- plesmente abandoram os antigos prédios. Acreditamos que há
trução, ainda este mês, de um muro de quase 650 metros de realmente um número considerável de imóveis que poderiam
comprimento por três metros de altura na Favela situada no ser convertidos em habitações populares, mas não seriam sufi-
Morro Dona Marta, em Botafogo (zona sul carioca). Se tivermos cientes para dar conta de toda a população favelada do Rio de
em conta que do outro lado da favela há um plano inclinado, Janeiro.
com teleférico para transporte da comunidade, que já serve Assusta-nos que, nos dias atuais, os governos acreditem que
como muro de contenção, ao final da construção do muro os isolar em guetos parte específica da população – a classe pobre
moradores estarão concretamente segregados No discurso,  – por po r achá-la
ach á-la inconv
i nconvenien
eniente
te ou perig
perigosa
osa vá
v á resolver
res olver algo. O pro-
pro -
o motivo para a construção do muro é apenas para impedir a blema do crescimento do tráfico de drogas, do crescimento das
devastação da floresta do entorno, tanto que três dias após a favelas e da desordem urbana estão como estão porque houve
divulgação da construção do muro, as instâncias de governo descaso com a população mais pobre e porque a escolha política
passaram a referir-se a ele como “ecolimite”. Em nota oficial o de caminhar junto às propostas neoliberais contribuíram para
governador afirma: “estamos investindo na ordem pública, en- o crescimento da informalidade. A instalação de equipamen-
frentando o tráfico de drogas e impondo limites ao crescimento tos, como infraestrutura de água e esgoto, luz e energia, gás,
desordenado”. coleta de lixo, serviço de correio, saúde e educação facilmente
A Favela Santa Marta parece ser apenas a primeira dentre encontradas no asfalto não chegaram às favelas. Então, ainda é
outras tantas, já que os secretários de Ordem Pública, de Urba- preciso pensar em políticas de construção e financiamento de
nismo e de Meio Ambiente sobrevoaram as Favelas da Rocinha habitações populares, mas tendo em conta que é preciso pen-
(São Conrado), Pavão-Pavãozinho (Copacabana) e Chapéu-Man- sar que a maioria da população necessitada não tem sequer ca-
gueira (Leme), todas na zona sul da cidade, e também demons- pacidade de endividamento, pois não tem como confirmar sua
traram preocupação com o crescimento desenfreado das cons- renda, são trabalhadores informais. É preciso levar serviços pú-
truções e com o desmatamento das áreas de floresta. Mas as blicos de qualidade até essas localidades. E finalmente, é preciso pre ciso
medidas não param por aí, já foi iniciado o monitoramento onli- respeitar essas pessoas pess oas que lá vivem e que são tão moradores da
ne da expansão das comunidades usando satélites e a remoção cidade do Rio de Janeiro como qualquer outro.
de construções fora das áreas delimitadas estão entre as ações
definidas pela prefeitura para acabar com as invasões em áreas
de florestas. Segundo os secretários municipais, estão sendo de-
finidos os limites e qualquer construção que estiver além dessa IDENTIFICAR EM TEXTOS E GRÁFICOS SITUAÇÕES
definição será derrubada. PROBLEMA TÍPICAS DA SOCIEDADE FLUMINENSE E
Essa idéia de murar as favelas e que está sendo posta em RECONHECER FORMAS DE REDUZIR OS PROBLEMAS
prática agora pela parceria entre governo e prefeitura do Estado
GERADOS EM TAIS SITUAÇÕES
do Rio de Janeiro não é nova. Em 2004, o Vice-Governador do
Estado, Luís Paulo Conde (que é arquiteto), fez essa mesma pro- A recessão, a grave crise financeira do Estado do Rio, a es-
posta para conter o crescimento da Favela da Rocinha, contudo cassez de recursos para a polícia e o desemprego estão entre os
a grande mobilização da academia e da opinião pública fez com fatores que contribuem para a atual crise de segurança.
que não a pusesse em prática. O Vice-Governador havia sido Para o antropólogo e especialista em segurança pública Luiz
Secretário de Urbanismo e, em seguida, Prefeito da cidade em Eduardo Soares, o quadro atual resulta da intensificação de prá-
meados da década de 1990. ticas e circunstâncias que estão em curso há muito tempo.
Em 1991, havia cerca de 245.000 imóveis desocupados no
Rio de Janeiro. Atualmente, estima-se que haja mais de 300.000 “O padrão tem sido o mesmo: confronto com ‘o tráfico’,
nessa mesma condição. Se olharmos atentamente, veremos ao adotando incursões bélicas às favelas, que matam inocentes,
longo das vias que cruzam as zonas industriais e portuária gal- suspeitos e até mesmo policiais. A velha ‘política’ da conhecida
pões, armazéns e prédios em sua maioria abandonados. Na área - e derrotada - guerra às drogas”, lamenta.
central da cidade a cena se repete em edifícios antigos e novos Entenda quais são os principais fatores estão por trás da
com grande quantidade de escritórios vazios. Isso acontece in- atual crise de segurança no Rio.
clusive no núcleo central da cidade.
Afirma Vaz (1996) que “nas zonas residenciais, principal- Deterioração das UPPs
mente nos bairros mais modernos, onde predominam os edifí- Nos últimos cinco anos, o número de tiroteios em comuni-
cios de apartamentos, vemos apartamentos e por vezes edifícios dades com UPPs aumentou 13.746%, de acordo com um estudo
inteiros vazios e fechados”. A autora acrescenta ainda, no que feito pela própria Polícia Militar. O número de confrontos nas
se refere ao enorme número de domicílios vazios, que esse nú- favelas com UPPs passou de 13, em 2011, para 1.555, em 2016.
mero é tão alto que daria para ocupá-los com os habitantes das As trocas de tiros se intensificaram nas últimas semanas, nota-
favelas. Segue Vaz (1996) afirmando que “há moradias para to- damente no Complexo do Alemão, onde a PM atua para instalar
dos, e o Rio de Janeiro não precisaria ter nenhuma moradia em uma cabine blindada numa das principais vias da comunidade
favela, nem tampouco, nenhuma favela! E no entanto, os dados Nova Brasília.
sobre favelas continuam a ser utilizados como demonstrativos O entusiasmo em torno da política das UPPs foi inicialmente
do déficit de habitações e da necessidade de construção de no-  justificad
 just ificado
o por uma queda vert
vertiginos
iginosaa nos índice
índicess de crimin
criminali-
ali-
vas moradias”. dade nas comunidades. Com o tempo e a expansão do programa
Evidentemente, os números apresentados pela autora – que para comunidades maiores e mais complexas - como a Rocinha
acreditamos ter tido o objetivo apenas de provocação – são da- e o próprio Complexo da Maré -, a situação começou a se dete-
dos gerais, que incorporam imóveis particulares, de veraneio, riorar.

13

GEOGRAFIA

Um dos problemas, segundo a socióloga Julita Lemgruber, Expansão da mancha de criminalidade


coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania A década entre 2006 e 2016 foi marcada por um período de
da Cândido Mendes (Cesec), foi apostar primordialmente nas otimismo que teve seu ápice em 2011, ano que apresentou os
UPPs, que tinham foco claro na capital e nunca foram uma polí- melhores indicadores de segurança. Em seguida, a situação co-
tica de segurança pública para todo o Estado - das 38 UPPs im- meçou a se deteriorar. Ao fim do período, a violência não voltou
plantadas, apenas uma, no Complexo da Mangueirinha, fica fora ao que era; mas se reconfigurou e se espalhou geograficamente
dos limites do município, na Baixada Fluminense. pelo Estado.
“Quando a política das UPPs entrou em falência, o Estado Uma pesquisa realizada pela FGV/DAPP com base nos dados
não conseguiu se movimentar rapidamente para se reestrutu- compilados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) mostrou
rar”, diz Lemgruber. que, quando a violência voltou a aumentar, ela se distribuiu
dist ribuiu pelo
Para ela, os episódios violentos que a cidade tem presencia- Estado.
do são “reações pontuais para apagar incêndios”, levando o Rio “Antes, a capital sempre acumulava os maiores números de
de volta à situação de “anos atrás”. violência”, diz Maria Isabel Couto, uma das autoras da pesquisa.
“Isso não é uma política de segurança pública. Isso são Isso foi mudando ao longo dos últimos anos, com o aumento do
ações violentas que não levam a lugar nenhum. Temos visto crime no interior do Estado e na Baixada Fluminense (região me-
uma média de quatro mortes provocadas pela polícia por dia, e tropolitana do Rio, já fora das fronteiras do município).
mais de 60 policiais já morreram no Rio só neste ano. Isso seria “A concentração na capital significava que, do ponto de vis-
um escândalo em qualquer parte do mundo. Aqui, faz parte da ta da segurança pública, os esforços e o contingente também
paisagem.” podiam ser concentrados. Hoje, a violência está muito mais dis-
Para Ignacio Cano, pesquisador da Uerj, o Estado se anco- persa, e é preciso distribuir esforços, recursos e adotar estraté-
rou nos bons resultados iniciais das UPPs sem que as políticas gias mais complexas”, diz Couto.
fossem “ampliadas, corrigidas, modificadas ou complementadas A distribuição criminal pode ser atribuída, em parte, à fuga
por novas políticas”. de traficantes de áreas ocupadas por UPPs para consolidar o
“Os gestores se limitaram a uma expansão quase automáti- domínio e outros territórios. Mas Couto considera também
ca das UPPs e do pagamento de bonificações a policias”, consi- que o descrédito das UPPs teve um importante papel. “As UPPs
dera Cano. Ele diz que as UPPs viraram o “fetiche” da segurança trouxeram a sensação de que o Rio ia finalmente dar conta do
pública no Rio; convencionou-se atribuir a elas tudo de bom que problema do tráfico. Os primeiros episódios de violência fize-
acontecia, ou tomar todos os problemas como indicativos
indicativo s de seu ram essa ideia desmantelar e mostraram que as UPPs não eram
fracasso. A situação, porém, envolve muitos outros fatores. infalíveis.”

Crise financeira no estado e na polícia Fortalecimento de facções criminosas


O cenário de recessão e grave crise financeira no Estado do Se na fase inicial as UPPs pareciam estar sufocando a atua-
Rio tem castigado servidores públicos estaduais de vários seto- ção de criminosos em algumas favelas, as disputas de territórios
res - e não é diferente com a Polícia Militar. Turistas desavisados vistas recentemente mostram que os danos causados não foram

que chegavam
passado foram ao aeroporto
recebidos pordoum
Galeão
grupopara a Olimpíada
de policiais no ano
em protes- permanentes.
Rio, A disputa de
e facções criminosas territóriosa crise
aproveitam tem sido
para constante no
agir de forma
to empunhando bandeiras dando as boas vindas ao “inferno” - mais agressiva.
“welcome to hell”, dizia em inglês, avisando que policiais e bom- “A criminalidade percebe que há um descontrole na segu-
beiros não estavam recebendo seus salários, e quem chegasse rança pública, que não há rumo, orientação”, diz Julita Lemgru-
ao Rio não estaria seguro. ber.
De lá para cá, a situação se tornou mais crítica. Devido à “Você acha que a criminalidade não percebe que o Rio está
crise, policiais ainda não receberam 13º salário nem as bonifi- à deriva, com um ex-governador preso, o mandato do atual cor-
cações a que têm direito. Maria Isabel Couto, da Diretoria de rendo risco (referência a acusações de corrupção contra o go-
Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV/ vernador Luiz Fernando Pezão), um Tribunal de Contas que está
DAPP), diz que a escassez de recursos vem prejudicando a in- na cadeia? É uma situação de falta de legitimidade do Estado,
fraestrutura e as condições de trabalho da polícia, aumentando um Estado que está um pouco à deriva, e a criminalidade perce-
a situação de vulnerabilidade. be isso claramente”, argumenta Lemgruber.
“O aumento dos indicadores de violência significa que os Mais do que isso, a desigualdade social e a falta de oportu-
policiais na ponta estão sendo colocados sob muito mais pres- nidade para jovens nas comunidades continua a contribuir para
são - isso enquanto o Estado passa por uma crise financeira vio- atrair meninos e adolescentes para o tráfico e munir as facções

lentíssima queogera
boatos de que ansiedade
Estado te msobre
não tem se vão
dinheiro parareceber
comprarsalários,
gasolina,e de recursos humanos.
Sem outra porta de saída que ofereça outras oportunidades,
de que as viaturas estão sucateadas, de que coletes a prova de  jovens
 jove ns pobre
pobress de comuni
comunidades
dades idem são atraí
atraídos
dos pelos benef
benefí-
í-
bala estão vencidos e armas estão sem manutenção. Tudo isso cios “sedutores” do tráfico - que não se reduzem a bens mate-
gera um cenário de muito estresse para um funcionário cuja fun- riais, diz o antropólogo e especialista em segurança pública Luiz
ção é ir para a rua e proteger a população.” Eduardo Soares. “Mais do que isso, estão em jogo acolhimento,
Neste ano, mais de 60 policiais já foram mortos no Rio. “A reconhecimento, valorização e pertencimento”, arma.
sociedade precisa responsabilizar o policial quando ele precisar “É possível disputar menino a menino com a fonte de recruta-
ser responsabilizado, mas também precisa entender que poli- mento criminosa. Disputar signica oferecer oferecer pelo menos os mes-
ciais estão sob extrema pressão e profundo estresse, e que eles mos benecios, com sinal inverdo, evidentemente”, considera
também são vítimas desse processo.” Soares, dando o exemplo do campo de polícas culturais, que tem
muitas experiências bem sucedidas no Brasil e no mundo.

14

GEOGRAFIA

Maria Isabel Couto, da FGV/DAPP, diz que a falta de uma política nacional de segurança também ajuda a fortalecer as facções
- que substituíram a disputa de uma ou outra favela por disputas mais amplas e ambiciosas.
“A gestão do crime não respeita fronteiras”, diz Maria Isabel Couto. “As facções estão se comunicando, criando parcerias, bus-
cando expandir sua influência e suas rotas. Há uma clara disputa nacional e internacional por territórios.”
Em contraposição, ela diz ser urgente elaborar uma política nacional de segurança pública. “O governo federal precisa entender
que se trata de uma questão nacional e que é seu dever lidar com isso. Nenhum Estado tem condições de dar conta desse controle
sozinho.”

‘Pacificação’ versus confronto


Com a “falência” da política de pacificação e o aumento da criminalidade, especialistas dizem que a doutrina policial que preco-
niza o confronto armado está voltando a ganhar força. A política das UPPs foi baseada em estratégias de policiamento comunitária
- embora, considera Julita Lemgruber, elas não tenham sido bem sucedidas em consolidar esse vínculo com as comunidades.
Porém, o velho modelo das operações policiais em favelas para confrontar o tráfico não foi abandonado, e, com o acirramento
da crise e da violência, volta a se intensificar.
O aumento do número de pessoas mortas pela polícia reflete o aumento de confrontos. Nos últimos cinco anos (2012-2016), o
número de homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial aumentou 120%, chegando a 920. Em 2012, o patamar mais
baixo na última década, foram 419 mortes. Já em 2007, antes das UPPs, o número de mortos por policiais chegou a 1.330.
“As perdas de vida decorrentes desse conjunto de ações são definidas, cinicamente, como casualties, efeitos colaterais de me-
didas ‘necessárias’. Como dizia (o ex-secretário de Segurança Pública José Mariano) Beltrame, e outros antes dele: ‘Não se fazem
omeletes sem quebrar ovos’”, diz Luiz Eduardo Soares.
“Eu acrescento: desde que não sejam seus filhos. Os efeitos dessa orientação irresponsável, mesmo criminosa, são trágicos.

APRESENTAR NOÇÕES DE LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DENTRO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A PARTIR DA UTILIZAÇÃO
DE MAPAS

O estado do Rio de Janeiro é uma das 27 unidades federativas do Brasil, e a sua capital possui a mesma nomenclatura, a famosa
“cidade maravilhosa“.

Os nascidos no estado do Rio de Janeiro são denominados fluminenses, enquanto aqueles que advém da capital são os cariocas.
Situado na região sudeste, três estados fazem fronteira com a terra carioca: Espírito Santo, a norte; Minas Gerais, a noroeste;
São Paulo, a sudoeste; e toda a sua costa leste é banhada pelo Oceano Atlântico.

Conhecido pelo grande número de praias e pontos turísticos, está entre os primeiros estados colonizados pelos portugueses.
Ela foi, também, a capital do Brasil entre os anos de 1763 e 1960.

O estado recebeu o nome de Rio de Janeiro por conta da expedição exploratória feita pelos portugueses, em que aportaram na
baía de Guanabara no dia 1 de janeiro de 1502.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a estimativa é que se tenha 17.264.943 pessoas no estado, em
uma área de 43.780 km². Só na capital, são estimadas 6.718.903 pessoas.

A sua população é fruto da mestiçagem entre os indígenas, africanos e europeus.

Considerada a segunda maior economia do país, o seu território é um dos locais com a maior industrialização.

O Rio de Janeiro é categorizado como uma das duas cidades globais brasileiras, enquadrando a região da única megalópole da
América do Sul, em um espaço que abrange até São Paulo e a Baixada Santista.

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GEOGRAFIA

Mapa político do estado do Rio de Janeiro


O estado do Rio de Janeiro possui 92 municípios e oito regiões do governo.

Mapa das regiões do Rio de Janeiro


As oito regiões de governo e municípios do Rio de Janeiro são:
1-Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ);
2-Região Noroeste;
3-Região Norte;
4-Região das Baixadas Litorâneas;
5-Região Serrana;
6-Região Centro-Sul;
7-Região do Médio Paraíba;
8-Região da Costa Verde.

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GEOGRAFIA

Mapa rodoviário do Rio de Janeiro

O estado
portes conta
apresenta as com cerca rodovias
principais de 6 mil quilômetros
e estradas dodeRio
rodovia pavimentada
de Janeiro. Veja: e asfaltada. O mapa criado pelo Ministério dos Trans-
Mapa antigo do Rio de Janeiro
O mapa antigo mostra como era o estado no ano de 1923. Segue:

Mapa do município do Rio de Janeiro – regiões e bairros


O município do Rio de Janeiro está subdividido em nove subprefeituras, agrupadas em quatro regiões ou “zonas” (zona oeste,
zona norte, centro e zona sul).

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GEOGRAFIA

Essas possuem 33 regiões administrativas, cujas quais totalizam 160 bairros.


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GEOGRAFIA

Mapa da cidade do Rio de Janeiro


EXERCÍCIOS

1-A cidade do Rio de Janeiro tem uma temperatura média anual em torno de 23ºC, apresentando uma relativa uniformidade
térmica ao longo do ano, enquanto a estação meteorológica localizada no município de Itatiaia registra médias anuais em torno de
8ºC. Assinale a alternativa que apresenta a explicação correta para este fato.
(A) A posição em latitude determina o volume de insolação que um determinado lugar recebe e as diferenças térmicas entre
os lugares.
(B) A proximidade dos corpos hídricos influencia a temperatura do ar devido às características térmicas das superfícies conti-
nentais.
(C.)A influência da altitude explica a diferença de temperatura entre lugares situados à pequena distância um do outro e na
mesma faixa de latitude.
(D) A ação das correntes oceânicas influencia a temperatura do ar porque transportam “calor” ou “frio” de um lugar para outro.
(E )A proximidade das massas florestais determina as variações sazonais da temperatura entre os lugares devido ao volume de
insolação recebido.

2-Com relação ao litoral fluminense, analise as afirmativas a seguir.


I. Na Costa Verde, o litoral é bruscamente interrompido pelos pontões graníticos os chamados “costões” e, entre eles, praias
em forma de arco.
II. Nas Baixadas Litorâneas, a intensa sedimentação deu origem a costas baixas, com extensas planícies dentro das quais en-
contram-se lagoas.
III. Na Região Metropolitana, os aterros decorrentes do crescimento urbano e o lançamento de esgotos e lixo urbano nos rios
destruíram os manguezais que atuavam como “berçários” na renovação da vida marinha.

Assinale:
(A).se apenas a afirmativa II estiver correta.
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C).se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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GEOGRAFIA

3-Ooarco
mostra maparodoviário
a seguir. metropolitano ligará o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) ao porto de Itaguaí, como

Sobre a construção do arco rodoviário, analise as afirmativas a seguir.


I. A construção do arco deve reorientar a localização espacial das atividades industriais da Região Metropolitana.
II. A construção do arco deve facilitar o escoamento da produção da orla oriental da baía de Guanabara.
III. A construção do arco deve agilizar a conexão dos principais eixos viários que acessam a Região Metropolitana.

Assinale:
(A)se apenas a afirmativa II estiver correta.
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) .se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

4-O mapa a seguir, indica a localização correta de algumas fontes geradoras de energia elétrica no Estado do Rio de Janeiro, à
exceção de uma. Assinale-a.

(A)1 As usinas termonucleares localizadas no município de Angra dos Reis.


(B) 2 A usina hidrelétrica do Funil localizada no município de Resende.
(C) . 3 A usina termelétrica Mario Lago localizada no município de Macaé.
(D).4 O complexo hidrelétrico de Lajes
Lajes localizado no município de Piraí.
(E) 5 A usina hidrelétrica de Simplício, no município de Três Rios.

5-Com relação à Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), assinale a afirmativa incorreta.
(A) A taxa de crescimento demográfico dos municípios que compõem a RMRJ é superior à do município do Rio de Janeiro.
(B)A deficiência do sistema de transporte de massas e o crescimento urbano desordenado amplificaram os problemas de inter-
-articulação da RMRJ.
(C) . A diferença entre os padrões urbanos do Rio de Janeiro e Niterói e dos demais municípios da RMRJ é muito acentuada.
(D) A RMRJ tem uma taxa de crescimento demográfico de 3.0% ao ano e contém em torno de 50% da população fluminense.
(E) A RMRJ é polinucleada com complexas relações entre seus núcleos e respectivas periferias.

20

GEOGRAFIA

6-A cidade do Rio de Janeiro :


(A) é um modelo de desenvolvimento social a ser imitado  _________________________ _____________________________
(B) é um foco de problemas insuperáveis, como a violência
urbana  _________________________ _____________________________
(C) . manteve o mesmo ritmo de crescimento desde o perío-
do colonial  _________________________ _____________________________
(D) constitui um exemplo de ocupação
o cupação racional de uma área
disponível  _________________________ _____________________________
(E) é um laboratório onde experiências inestimáveis têm
sido registradas
 _________________________ _____________________________

7-A regionalização do Estado do Rio de Janeiro vem sendo


 _________________________ _____________________________
fortalecida pela política de pólos econômicos centrados em ati-
vidades diferenciadas. Considere a afirmativa acima e assinale a
 _________________________ _____________________________
alternativa que melhor representa os pólos da Região dos Lagos
e da Região do Vale Médio do Paraíba, respectivamente:
(A) Pólo gás-químico e frutícola.  _________________________ _____________________________
(B) Pólo turístico e gás-químico.
(C) .Pólo metal-automobilístico e turístico.  _________________________ _____________________________
(D) Pólo frutícola e metal-automobilístico.
(E) Pólo turístico e metal-automobilístico.  _________________________ _____________________________
 _________________________ _____________________________

GABARITO
 _________________________ _____________________________

1 C  _________________________ _____________________________

2 E
 _________________________ _____________________________
3 E
4 C  _________________________ _____________________________

5 D
 _________________________ _____________________________
6 E
7 E  _________________________ _____________________________

 _________________________ _____________________________

 _________________________ _____________________________
ANOTAÇÕES
 _________________________ _____________________________

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21

GEOGRAFIA

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22

HISTÓRIA
1. A expansão Ultramarina Portuguesa dos séculos XV e XVI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
01
2. O sistema colonial português na América - Estrutura políco-administrava, estrutura sócio-econômica, a escravidão (as formas de
dominação econômico-sociais); as formas de atuação do Estado Português na Colônia; a ação da Igreja, as invasões estrangeiras,
expansão territorial, interiorização
interiorização e formação das fronteiras, as reformas pombalinas, rebeliões coloniais. Movimentos e tentavas
emancipacionistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
03
3. O período joanino e o processo de independência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 10
4. A presença britânica no Brasil, a transferência da Corte, os tratados, as principais medidas de D. João VI no Brasil, políca joanina, os
pardos polícos, revoltas, conspirações e revoluções, emancipação e conitos sociais  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 10
5. O processo de independência do Brasil  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 14
6. Brasil Imperial - O Primeiro Reinado, o Período Regencial e o Segundo Reinado: aspectos, polícos, administrav administravos, os, militares, cultu-
rais, econômicos, sociais, territoriais, a políca externa, a questão abolicionista, abolicionista, o processo de modernizaçã modernização, o, a crise da monarquia e
a proclamação da república . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
16
 

HISTÓRIA

A EXPANSÃO ULTRAMARINA PORTUGUESA DOS SÉCULOS XV E XVI

A expansão maríma europeia foi


europeia foi o período compreendido entre os séculos XV e XVIII quando alguns povos europeus parram para
explorar o oceano que os rodeava.
Estas viagens deram início ao processo da Revolução Comercial, ao encontro de culturas diferentes e da exploração do novo mundo,
possibilitando a interligação dos connentes.

Expansão Ultramarina
As primeiras grandes navegações
navegações permiram a superação das barreiras comerciais da Idade Média, o desenvolvimento da economia
mercanl e o fortalecimento da burguesia.
A necessidade do europeu lançar-se ao mar resultou de uma série de fatores sociais, polícos, econômicos e tecnológicos.
A Europa saía da crise do século XIV e as monarquias nacionais eram levadas
levadas a novos desaos que resultariam na expansão para ou-
tros territórios.
Veja no mapa abaixo as rotas empreendias em direção ao Ocidente pelos navegadores e o ano das viagens:
Rota das viagens

A Europa atravessava um momento de crise, pois comprava mais que vendia. No connente europeu, a oferta era de madeira, pedras,
cobre, ferro, estanho, chumbo, lã, linho, frutas, trigo, peixe, carne.
Os países do Oriente, por sua vez, dispunham de açúcar, ouro, cânfora,
cânfora, sândalo, porcelanas, pedras preciosas, cravo, canela, pimenta,
noz-moscada, gengibre, unguentos, óleos aromácos, drogas medicinais e perfumes.
Cabia aos árabes o transporte dos produtos até a Europa em caravanas realizadas
realizadas por rotas terrestres. O desno eram as cidades ita-
lianas de Gênova e Venez
Venezaa que serviam
ser viam como intermediárias para a venda das mercadorias ao restante do connente.
Outra rota disponível era pelo Mar Mediterrâneo monopolizada
monopolizada por Venez
Veneza.a. Por isso, era necessário encontrar um caminho alterna-
vo, mais rápido, seguro e, principalmente
principalmente,, econômico.
Paralelaa à necessidade de uma nova passagem, era preciso solucionar a crise dos metais na Europa, onde as minas já davam sinais de
Paralel
esgotamento.
Uma reorganização
reorganização social e políca também impulsionava à busca de mais rotas. Eram as alianças entre reis e burguesia que formaram
as monarquias nacionais.
O capital burguês nanciaria a infraestrutura cara e necessária para o feito ao mar. Anal, era preciso navios, armas, navegadores e
manmentos.
Os burgueses pagavam e recebiam em troca a parcipação nos lucros das viagens. Este foi um modo de fortalecer os Estados nacionais
e submeter à sociedade a um governo centralizado.
centralizado.
No campo da tecnologia foi necessário o aperfeiçoame
aperfeiçoamento
nto da cartograa, da astronomia e da engenharia náuca.

HISTÓRIA
Os portugueses tomaram a dianteira deste processo através Assim, Portugal estabeleceu-se na África, mas não foi possível
da chamada da Escola de Sagres. Ainda que não fosse uma ins - interceptar as caravanas carregadas de escravos, ouro, pimenta,
tuição do modo que conhecemos hoje, serviu para reunir na - marm, que paravam em Ceuta. Os árabes procuraram outras ro-
vegadores e estudiosos so patrocínio do Infante Dom Henrique tas e os portugueses foram obrigados a procurar novos caminhos
(1394-1460). para obter as mercadorias que tanto aspiravam.
Na tentava de chegar à Índia, os navegadores portugueses
Portugal  foram contornando a África e se estabelecendo na costa deste
A expansão maríma portuguesa começou através das conquistas na connente. Criaram feitorias, fortes, portos e pontos para nego-
costa da África e se expandiram para os arquipélagos próximos. Experien- ciação com os navos.
tes pescadores, eles ulizaram pequenos barcos, o barinel, para explorar A essas incursões deu-se o nome de périplo africano e nham
o entorno. o objevo de obter lucro através do comércio. Não havia o inte-
Mais tarde, desenvolveriam e construiriam as caravelas e resse em colonizar ou organizar a produção de algum produto nos
naus a m de poderem ir mais longe com mais segurança. locais explorados.
A precisão náuca foi favorecida pela bússola e o astrolábio, Em 1431, os navegadores portugueses chegavam às ilhas dos
Açores, e mais tarde, ocupariam a Madeira e Cabo Verde. O Cabo
vindos da eChina.
século XII A bússola
tem como já eraapontar
nalidade ulizadapara
pelos muçulmanos
o norte (ou paranoo do Bojador foi angido em 1434, numa expedição comandada por
sul). Por sua vez, o astrolábio é ulizado para calcular as distâncias Gil Eanes. O comércio de escravos africanos já era uma realidade
tomando como medida a posição dos corpos celestes. em 1460, com rerada de pessoas do Senegal até Serra Leoa.
No mapa a seguir é possível ver as rotas empreendidas pelos Foi em 1488 que os portugueses chegaram ao Cabo da Boa
portugueses: Esperança sob o comando de Bartolomeu Dias (1450-1500). Esse
feito constui entre as importantes marcas das conquistas marí -
mas de Portugal, pois desta maneira se encontrou uma rota para o
Oceano Índico em alternava ao Mar Mediterrâneo.
Entre 1498, o navegador Vasco da Gama (1469-1524) conse-
guiu chegar a Calicute, nas Índias, e aí estabelecer negociações com
os chefes locais.
Dentro deste contexto, a esquadra de Pedro Álvares Cabral 
(1467-1520), se afasta da costa da África a m de conrmar ses e havia
terras por ali. Desta maneira, chega nas terras onde seria o Brasil,
em 1500.

Espanha
A Espanha unicou grande parte do seu território com a queda
de Granada, em 1492, com a derrota do úlmo reino árabe. A pri-
meira incursão espanhola ao mar resultou na descoberta da Améri -
ca, pelo navegador italiano Cristóvão Colombo (1452-1516).
Apoiado pelos reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela,
Colombo paru em agosto de 1492 com as caravelas Nina e Pinta
e com a nau Santa Maria rumo a oeste, chegando à América em
outubro do mesmo ano.
Dois anos depois, o Papa Alexandre VI aprovou o Tratado de
Tordesilhas, que dividia as terras descobertas e por descobrir entre
espanhóis e portugueses.

França
 As navegações
navega ções portuguesas
portu guesas na África foram denominadas Através de uma críca ao Tratado de Tordesilhas feita pelo rei
Périplo Africano Francisco I, os franceses se lançaram em busca de territórios ultra -
marinos. A França saía da Guerra dos Cem Anos (1337-1453), das
Com tecnologia desenvolvida e a necessidade econômica de lutas do rei Luís XI (1461-1483) contra os senhores feudais.
explorar o Oceano, os portugueses ainda somaram a vontade de A parr de 1520, os franceses passaram a fazer expedições,
levar a fé católica para outros povos. chegando ao Rio de Janeiro e Maranhão, de onde foram expulsos.
As condições polícas eram bastante favoráveis. Portugal foi a Na América do Norte, chegaram à região hoje ocupada pelo Canadá
primeira nação a criar um Estado-nacional associado aos interes- e o estado da Louisiana, nos Estados Unidos.
ses mercans através da Revolução de Avis. No Caribe, se estabeleceram no Hai e na América do Sul, na
Em paz, enquanto outras nações guerreavam, houve uma Guiana.
coordenação central para as esmular e organizar as incursões
marímas. Estas seriam essenciais para suprir a falta de mão de Inglaterra
obra, de produtos agrícolas e metais preciosos. Os ingleses, que também estavam envolvidos na Guerra dos
O primeiro sucesso português nos mares foi a Conquista de Cem Anos, Guerra das Duas Rosas (1455-1485) e conitos com se -
Ceuta, em 1415. Sob o pretexto de conquista religiosa contra os nhores feudais, também queriam buscar uma nova rota para as Ín-
muçulmanos, os portugueses dominaram o porto que era o des - dias passando pela América do Norte.
no de várias expedições comerciais árabes. Assim, ocuparam o que hoje seria os Estados Unidos e o Cana-
dá. Igualmente, ocuparam ilhas no Caribe como a Jamaica e Baha -
mas. Na América do Sul, se estabeleceram na atual Guiana.

HISTÓRIA
Os métodos empregados pelo país eram bastante agressivos navegando rumo ao norte. Aportou no litoral do atual estado de
e incluía o esmulo à pirataria contra a Espanha, com a anuência ora de açúcar da colônia, o Engenho do Senhor Governador ou São
rainha Elizabeth I (1558-1603). Jorge dos Erasmos (1534). Não muito longe de São Vicente foram
Os ingleses dominaram o tráco de escravos  para a América fundadas, naquele mesmo período, duas outras vilas: Santo André
Espanhola e também ocuparam várias ilhas no Pacíco, colonizando da Borda do Campo, por João Ramalho, e Santos, por Brás Cubas.
as atuais Austrália e Nova Zelândia.
Holanda As estruturas de poder no início da colonização
A Holanda se lançou na conquista por novos territórios a m de Com o planejamento das estruturas políco-administravas
melhorar o próspero comércio que dominavam
dominavam.. Conseguiram ocu - da colônia, a Coroa portuguesa buscava viabilizar o processo de
par vários territórios na América estabelecendo-se no atual Surina- ocupação do território e criar condições para o desenvolvimento
me e em ilhas no Caribe, como Curaçao. de avidades econômicas rentáveis, de acordo com o modelo de
Na América do Norte, chegaram a fundar a cidade de Nova mercanlismo europeu. Para tanto, resolveu adotar na colônia os
Amsterdã, mas foram expulsos pelos ingleses que a rebazar
rebazaram
am de padrões administravos da metrópole, aliados à experiência portu-
Nova Iorque. guesa nas ilhas do Atlânco.
Igualmente, tentaram arrebatar
arrebatar o nordeste do Brasil durante a Em 1532, o rei dom João III decidiu aplicar na colônia da Amé -
União Ibérica, mas foram repelidos pelos espanhóis e portugueses. rica uma divisão administrava que havia dado bons resultados nos
No Pacíco, ocuparam o arquipélago da Indonésia e ali permanece- Açores e na ilha da Madeira: o sistema de capitanias hereditárias.
riam por três séculos e meio. Quase duas décadas depois, criou-se um poder central, o go-
verno-geral, e, no âmbito local, foram instuídas as câmaras muni-
cipais, semelhantes às já existentes em Portugal.
O SISTEMA COLONIAL PORTUGUÊS NA AMÉRICA  ES
TRUTURA POLÍTICOADMINISTRATIVA, ESTRUTURA As capitanias hereditári
hereditárias
as
SÓCIOECONÔMICA, A ESCRAVIDÃO AS FORMAS DE
DOMINAÇÃO ECONÔMICOSOCIAIS; AS FORMAS
DE ATUAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS NA COLÔNIA;
A AÇÃO DA IGREJA, AS INVASÕES ESTRANGEIRAS,
EXPANSÃO TERRITORIAL, INTERIORIZAÇÃO E FORMA
ÇÃO DAS FRONTEIRAS, AS REFORMAS POMBALINAS,
REBELIÕES COLONIAIS. MOVIMENTOS E TENTATIVAS
EMANCIPACIONISTAS

Em dezembro de 1530, paru de Lisboa uma esquadra que mu-


daria a história das terras conquistadas pelos portugueses na Amé-
rica. Seu comandante era Marm Afonso de Sousa, que, à frente de
quatrocentos homens, deu início à ocupação efeva do território
brasileiro.

A ocupação: primeiras providências


providências
Uma das razões pelas quais o governo de Portugal decidiu co -
lonizar as novas terras, a parr de 1530, foi o fato de que na Eu -
ropa e no Oriente a situação não era mais tão favorável para os
portugueses. Os holandeses também haviam entrado no comércio
de especiarias das Índias, concorrência que provocava a queda nos
preços dos produtos.
Assim, para os portugueses, já não compensava invesr em
viagens longas e custosas para buscá-los nas Índias e vendê-los a
preços pouco
constantes atraentes
incursões aona Europa.
litoral dasAlém
novasdisso,
terrasospara
franceses
extrairfaziam
pau -
-brasil. Entretanto, uma razão mais forte atraía as atenções da Co -
roa portuguesa para o Novo Mundo: a nocia de que na América
Espanhola havia grandes jazidas de ouro e prata.

Marm Afonso de Sousa na colônia


Marm Afonso de Sousa recebeu do governo português ordens
para combater os navios franceses, explorar o rio da Prata (segundo
alguns, via de acesso a um reino cheio de riquezas) e criar núcleos
de povoamento nas novas terras. Para isso, dispunha de poderes
tais como o de distribuir sesmarias (grandes propriedades rurais), As capitanias hereditárias eram enormes faixas de terra que se
de nomear tabeliães e de estabelecer um sistema administravo
administravo no limitavam a leste com o oceano Atlânco e a oeste com a linha de
novo território. Tordesilhas. Essas terras foram doadas pelo rei a militares, burocra-
Marm Afonso percorreu o litoral de São Paulo, onde fundou a tas e comerciantes portugueses, que receberam o tulo de “capi-
vila de São Vicente, em janeiro de 1532, e nessa região implantou tães donatários”.
a primeira unidade produtora até chegar à região do rio da Prata,

HISTÓRIA
Para formalizar seus direitos e deveres, o governo português
lançou mão de dois documentos: a Carta de Doação e o Foral.
De acordo com a Carta de Doação, o capitão donatário denha
a posse da capitania, mas não a sua propriedade.
Dessa forma, não podia nem vendê-la nem dividi-la. Já o Fo-
ral dava-lhe amplos poderes: ele podia, entre outras coisas, fun-
dar vilas, conceder terras (as sesmarias) e arrecadar impostos. Ele
também podia receber tributos sobre a produção das salinas, as
moendas de água e os engenhos, além de monopolizar a navegação
uvial.
Cabia-lhe, ainda, a aplicação das leis em suas possessões, bem
como a defesa militar da capitania.

Com as capitanias hereditárias foi criado um sistema polí -


co-administravo descentralizado, ou seja, não havia um governo
central. Todos
Todos os donatários reportavam-se diretamente
diretamente ao rei. Os
donatários eram os responsáveis pelos custos do processo de im -
plantação e do funcionamento das capitanias. Dessa forma, a Coroa
portuguesa transferia para parculares o ônus da colonizaç
colonização.
ão. Para
si, o rei reservou o monopólio das drogas-do-sertão, que eram as
especiarias da oresta Amazônica (castanha-do-pará, cravo, guara-
ná, canela etc.), e uma parte dos impostos arrecadados. Tomé de Sousa (1549-1553): durante seu governo foi fundada a
cidade de São Salvador,
Salvador, que se tomou sede do governo-geral e capi-
O governo-geral tal da colônia. A Bahia passou a ser a Capitania Real do Brasil. Foram
As capitanias não desapareceram imediatamente. Pouco a estabelecidos o primeiro bispado e o primeiro colégio da colônia.
pouco, foram retomando
retomando ao domínio da Coroa portuguesa, por con- Na imagem ao lado, a representaç
representação
ão de Tomé de Sousa desembar-
sco ou por meio do pagamento de indenizações aos donatários. cando na Terra de Santa Cruz, de autor anônimo.
Com isso, perderam seu caráter privado, passando à esfera pública. • Duarte da Costa (1553-1558): enfrentou grande instabilida-
Entretanto, manveram a função de unidade administrava até o de políca, causada, entre outros fatores, pela invasão francesa do
início do século XIX, quando transformaram-se em províncias. Rio de Janeiro (1555); entrou em atrito com o bispo do Brasil, Pero
A transferência
concluída no períododas capitanias
entre para osob
1752 e 1754, domínio da Coroa
as ordens só foi
do marquês Fernandes
de seu lho,Sardinha, queda
dom Álvaro cricava o comportamento
Costa. Um dos marcos de eseu
a violência
governo
de Pombal, espécie de primeiro-ministro de dom José I. Contudo, foi a fundação do Colégio de São Paulo, em 25 de janeiro de 1554.
em 1548 o fracasso desse sistema já havia levado o governo de Por- O colégio, fundado pelos jesuítas Manuel da Nóbrega e José de An-
tugal a criar um órgão central para administrar a colônia: o gover- chieta, deu origem à cidade de São
S ão Paulo.
no-geral. • Mem de Sá (1558-1572): fundou a cidade de São Sebasão
No ano seguinte, chegou à Bahia Tomé de Sousa, o primeiro do Rio de Janeiro em 1565; juntamente com seu sobrinho, Estácio
governador-geral.
governador-g eral. Ele veio acompanhado de aproximada
aproximadamente
mente mil de Sá, expulsou os franceses do Rio de Janeiro. É considerado o me-
pessoas, entre elas um grupo de padres jesuítas cheado por Ma- lhor governador-geral do século XVI.
nuel da Nóbrega, além de funcionários da administração, militares,
militares,
artesãos e degredados. O poder local: as câmaras municipais
O governo-geral tornou-se o centro políco da administração A parr de cerca de 1550, a administração das cidades e vilas
portuguesa na América. Sua legimidade foi estabelecida pelo Re- cou nas mãos das câmaras municipais. Esses órgãos administra-
gimento de Tomé de Sousa, de 1548, que determinava as funções vos eram formados por três ou quatro vereadores, dois juízes ordi -
administravas,
administrav as, judiciais, militares e tributárias
tr ibutárias do governador
governador-ge
-ge- nários, um procurador, um escrivão e um tesoureiro, eleitos pelos
ral. Para assessorá-lo, havia três altos funcionários: o ouvidor-mor, chamados “homens bons”. Além disso, contavam com alguns fun -
responsável pela jusça; o provedor-mor, encarregado da tributa - cionários nomeados, conhecidos como “ociais da Câmara”. Cabia
ção; e o capitão-mor, responsável pela defesa. aos membros da Câmara elaborar as leis e scalizar o seu cumpri -
O cargo de governador-geral subsisu até o século XVIII, quan- mento, assim como nomear juízes, arrecadar impostos e cuidar do
do foi substuído pelo de vice-rei. Os três primeiros governadores- patrimônio público (estradas, ruas, pontes etc.), do abastecimento
-gerais foram: e da regulamentação das prossões e do comércio.
As câmaras municipais representavam os interesses dos pro-
prietários locais. Esse poder, delegado pelos senhores de engenho
aos vereadores (membros eleitos da Câmara), às vezes entrava em
conito com o poder central, representado pelo governador-geral.
Exemplo disso foi a Câmara de Olinda, na capitania de Pernambuco,
que em 1710 chegou a comandar uma luta armada contra as tropas
do governo porque se opunha à elevação do Recife à condição de
vila.
A parr de 1642, com a criação do Conselho Ultramarino, que
denha forte controle políco-administravo
políco-administravo sobre a colônia, as câ-
maras municipais foram pouco a pouco perdendo seu poder.

HISTÓRIA
Mudanças na organização administrava colonial A Economia Açucareira: trabalho escravo 1550-1650
A organização administrava
administrava da colônia passou por várias mu- Os primerios povoadores vieram ao Brasil atraídos peloa possi -
danças entre os séculos XVI e XVIII. Em 1548 foi dado o nome de bilidade de encontrar metais e pedras preciosas e, assim, enrique -
Estado do Brasil pelo governo português. Os limites territoriais do cer rapidamente. Não veram sorte. Mas havia uma alternava: a
Brasil atual não eram, nem de perto, os do período colonial. Duran- cana-de-açúcar.
te anos, a Coroa cou apenas na exploração das faixas litorâneas e Desconhecido na Europa até o começo do século XII, o açúcar
aos poucos foi ampliando as terra para o oeste. Em 1572 foram es- chegou ao connente ainda durante a Idade Média por intermédio
tabelecidos dois governos-gerais: um ao norte, com capital em Sal - de mercadores árabes e cruzados. Além de ser ulizado como ado-
vador, e outro ao sul, com sede no Rio de Janeiro. Seis anos depois,
vador, çante, era empregado para conservar alimentos
alimentos - no caso das frutas
os governos foram reunicados, com a capital tendo permanecido cristalizadas-
cristalizadas- e no fabrico de remédios.
em Salvador. Produzido em pequena escala, era considerado especiaria de
Em 1621, uma nova divisão administrava criou o Estado do luxo: apenas nobres e reis nham condições de comprá-lo. Seu va-
Brasil, com sede em Salvador (e a parr de 1763 no Rio de Janei - lor era tão alto, que pessoas indicavam em testamento quem deve-
ria herdar, após sua morte, o açúcar que lhes pertencera em vida.
ro), e o do
Estado Estado do Maranhão,
Maranhão com com
e Grão-Pará, capital emem
sede SãoBelém).
Luís (mais
Em tarde,
1641, Portanto, a Europa era um promissor mercado consumidor, o que
houve uma reorganização administrava e a capital foi transferida signicava aos portugueses, grandes lucros. Além disso, Portugal já
para Salvador. Em 1774, a colônia voltou a ser reunicada adminis - possuía experiência na produção de cana nos Açores e na Ilha da
travamente. Madeira. Entretanto, faltava aos portugueses capital inicial e uma
eciente infra-estrutura de distribuição. Essa questão foi resolvida
O papel da Igreja na administração colonial com uma parceria com os holandeses, que já fretava
fretavam
m o açúcar pro-
A Igreja católica foi a grande parceira da Coroa portuguesa na duzido por Portugal nas ilhas do Atlânco.
tarefa de administrar a colônia. Para a instuição, os principais ob-
 jevos da conquista e da colonização das novas terras eram difun- O sistema instalado foi o de plantaon, cujas caracteríscas
dir a fé cristã em sua versão católica apostólica romana, bem como eram:
promover a catequese dos índios e administrar a vida espiritual dos Grandes propriedades (lafúndios) monoculturas (dedicadas a
apenas um produto) - os engenhos.
colonos segundo os preceitos estabelecidos pela Santa Sé. Além de
Mão-de-obra escrava (primeiramente indígena; depois africa-
crisanizar os indígenas, buscava evitar o desregramento dos cos -
na)
tumes entre os colonos, combater sua tendência à poligamia com
Produção voltada para o mercado externo.
as índias e educar os lhos desses colonos dentro dos preceitos re-
Regiões: litoral do Nordeste, Bahia e Pernambuco.
ligiosos da Igreja católica
católica..
Para isso, os primeiros religiosos a chegar trataram
trataram de construir Os lafúndios monocultores e a escravidão permiam uma
igrejas, capelas e escolas, criar paróquias e dioceses. Aos poucos produção vasta a baixos custos - o que levav
levavaa a altos lucros. O des-
ia surgindo uma estrutura material e administrava de enorme in- no era unicamente a exportação, uma vez que Portugal não nha o
teresse para o governo português e para a Santa Sé, que estavam menor interesse em desenvolver a economia interna brasileira. Os
preocupados em manter um rígido controle sobre as avidades e a lucros que permaneciam no Brasil eram poucos e cavam nas mãos
vida religiosa da colônia. dos senhores de engenho - os donos dos lafúndio-, resultando em
grande concentração de renda.
Estrutura Socioeconômica no Brasil Colonial Segundo Jorge Caldeira no livro A nação mercanlista, o ne -
A economia do Brasil colônia foi sempre voltada para o bene- gócio do açúcar se transformou em um mercado global: o nan -
cio de Portugal. Inserida no contexto do mercanlismo europeu, ciamento vinha da Holanda; a produção se fazia no nordeste da
foi caracterizada pelo pacto colonial, segundo o qual os brasileiros colônia; o reno, também na Holanda; os consumidores eram da
só podiam comercializar produtos com os portugueses, de modo Europa; a mão-de-obra vinha da África; parte dos insumos, na Euro-
que esses úlmos compravam barato,
barato, vendiam caro e ainda nham pa: outra parte, em vários pontos da América do Sul.
exclusividade na exportação das mercadorias do Brasil a outras Até meados do século XVII, a colônia portuguesa liderou a produção
nações. A grande maioria dos lucros ia para a metrópole, espe - açucareiraa mundial. A parr de então, problemas internos - como secas e
açucareir
cialmente para os cofres da Coroa portuguesa, que cobrava altos a destruição de engenhos nordesnos durante aInsurreição Pernambu-
impostos sobre a exploração dos produtos coloniais. As principais
avidades econômicas realizadas no período em nosso território cana -e, maisdatarde,
holandeses externos
região - como- aprovocaram
das Anlhas forte concorrência
a lentados produtores
decadência da
foram a extração do pau-brasil, a produção de açúcar, a mineração economia do açúcar na colônia portuguesa da América.
e a pecuária. A produção de açúcar foi a principal avidade econômica do
A primeira riqueza percebida por Portugal foi o pau-brasil( ibi - Brasil colonial durante
durante os séculos XVI e XVII, sendo ultrapassada no
rapitanga, em tupi), madeira então abundante em nosso litoral, século XVIII pela mineração.
usada como matéria-prima para a fabricação de nturas.
O pau-brasil, árvore que crescia por quase todo o litoral, media As formas de atuação do Estado Português
Português na Colônia
cerca de 20 a 30 metros, de seu tronco vermelho os índios extraiam Com a criação do Governo-Geral em 1548, pelo chamado Re-
nta para colorir as penas branca com que se enfeitavam. gimento -documento que rearmava a autoridade e soberania da
Existente também na Ásia, o pau-brasil já era conhecido na Ida - Coroa sobre a colônia, e denia os encargos e direitos dos governa-
de Média pelos europeus, que ulizavam seu corante para ngir dores-gerais -o Estado português assumia a tarefa de colonização,
tecidos. Entretanto, com a conquista de Constannopla pelos oto - sem exnguir o sistema de capitanias hereditárias.
manos, em 1453, e o bloqueio do comércio pelo Mediterrâno, o O Governador-Geral era nomeado pelo rei por um período de
preço da madeira subiu muito. Por isso a descoberta de pau-brasil quatro anos e contava com três auxiliares: o provedor-mor, encar-
na América foi uma boa para Portugal. Sua exploração se tornaria a regado das nanças e responsável pela arrecadação de tributos; o
principal avidade econômica dos portugueses na região de 1500 a capitão-mor,, responsável pela defesa e vigilância do litoral e o ouvi-
capitão-mor
1530,conhecido como perído Pré-colonial. dor-mor, encarregado de aplicar a jusça.

HISTÓRIA
A seguir, os governadores-ger
governadores-gerais
ais e suas principais realizações: Durante cinco anos, aproximadamente, ocorreram diversos
Tomé de Souza (1549/1553) conitos entre os portugueses e a Confederação. No ano de 1567,
-fundação de Salvador, em 1549, primeira cidade e capital do os portugueses derrotaram a Confederação,
Confederação, exnguindo-a e expul-
Brasil; sando os franceses do território colonial
-criação do primeiro bispado do Brasil (1551); Ao contrário do que muitos pensaram, os franceses não desis-
-vinda dos primeiros jesuítas, cheados por Manuel da Nóbre- ram tão facilmente do Brasil. Eles foram expulsos do litoral brasileiro,
ga, e início da catequese dos índios; -ampliação da distribuição de da região sudeste (Rio de Janeiro), porém estabeleceram uma nova -
sesmarias; xação no território durante o século XVII, mas na região nordeste, mais
-políca de incenvos aos engenhos de açúcar; precisamente na cidade de São Luís (atual capital do Maranhão), onde
-introdução das primeiras cabeças de gado; fundaram, em 1612, a chamada França Equinocial.
-proibição da escravidão indígena e início da adoção da mão - Outra vez, a França estava tentando desenvolver uma civi -
-de-obra escrava africana. lização no Brasil colonial. A metrópole Portugal, rapidamente, no
Duarte da Costa (1553/1558) intuito de não perder partes do território da colônia, enviou uma
-conitos entre colonos e jesuítas envolvendo a escravidão in - expedição militar à região do Maranhão. Essa expedição portugue-
dígena; sa atacou os franceses tanto por terra quanto por mar. No ano de
-invasão francesa no Rio de Janeiro, em 1555 pelo huguenotes 1615, os franceses foram derrotados e se reraram do Maranhão,
(protestantes),
(protestant es), e fundação da França Antárca; deslocando-se para a região das Guianas, onde fundaram uma colô-
-fundação do Colégio de São Paulo, no planalto de Piraninga nia, a chamada Guiana Francesa.
pelos jesuítas José de Anchieta e Manuel de Paiva; Após duas tentavas mal sucedidas de estabelecimen
estabelecimentoto de uma
civilização
civilização francesa, nos séculos XVI e XVII, no Brasil colonial (Fran-
-conito do governador com o bispo Pero Fernandes Sardinha, ça Antárda e França Equinocial), os franceses passaram a saquear,
em virtude da vida desregrada de D. Álvaro da Costa, lho do go- através de corsários (piratas), algumas cidades do litoral brasileiro,
vernador; no século XVIII. A principal delas foi a cidade do Rio de Janeiro, de
Mem de Sá (1558/1572) onde escoava todo ouro extraído da colônia rumo a Portugal. Uma
-aceleração da políca de catequese, como forma de efevar o primeira tentava de saque, em 1710, foi barrada pelos portugue-
domínio sobre os indígenas; ses; entretanto, no ano de 1711, piratas franceses tomaram a cida -
-início dos aldeamentos indígenas de jesuítas, as chamadas de do Rio de Janeiro e receberam dos portugueses um alto resgate
missões; para libertá-la: 600 mil cruzados, 100 caixas de açúcar e 200 bois.
-restabelecimento
-restabelecime nto das boas relações com o bispado; Terminavam, então, as tentavas de invasões francesas no Brasil.
-expulsão dos franceses e fundação da Segunda cidade do Bra-
sil, São Sebasão do Rio de Janeiro, em 1565. Fonte: hps://brasilescola.uol.com.br/historiab/invasoes-francesas -
-no-brasil-colonial.htm
Com a morte de Mem de Sá, a Metrópole dividiu a administra-
ção da colônia entre dois governos: D. Luís de Brito, que se instalou
Expansão Territorial Brasileira
em Salvador,
Salvador, a capital do Norte,e; ao sul, D. Antônio Salema, insta-
A expansão territorial brasileira está
brasileira está associada à diversidade
lado no Rio de Janeiro.
de avidades que foram se desenvolvendo no Brasil Colônia à me -
dida em que foi ocorrendo a expansão demográca e também em
Fonte: hps://www.mundovesbular.com.br/arcles/4433/1/BRASIL -
decorrência da crise do ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste.
-COLONIA/Paacutegina1.html 
Após a União Ibérica (1580-1640), houve a anulação do Tratado
Tratado
de Tordesilhas, que possibilitou que as terras mais afastadas do li-
toral brasileiro pudessem ser ocupadas pelos colonos, e ainda mais
A ação da Igreja, as invasões estrangeiras porque eram áreas que não interessav
interessavam
am na colonização espanho-
A França foi o primeiro reino europeu que contestou o Tratado la. Então, ocupado de maneira desigual e por diferentes movos,
de Tordesilhas
Tordesilhas (1494), que dividiu as terras descobertas na América podemos resumir a expansão territorial brasileira assim:
entre Portugal e Espanha. O litoral brasileiro era constantemente • Região Nordeste: o litoral foi o primeiro local da ocupa -
frequentado pelos franceses desde o período da extração do pau - ção portuguesa, devido ao interesse econômico da cana-de-açú-
-brasil. Os franceses, nessa época, mannham permanentes conta- car e também por movo da defesa militar do território. Podemos
tos com os povos indígenas e dessa relação arculavam acordos e observar que a maioria das capitais nordesnas, com exceção de
alianças com esses povos. Teresina-PI, são cidades litorâneas. Já o interior do Nordeste foi
No século XVI, mais especicamente no ano de 1555, os fran- povoado pela expansão da pecuária, tendo como principal eixo o
ceses fundaram a chamada França Antárca, na baía de Guana - Rio São Francisco, e outros povoamentos que eram cortados pelos
bara (atual Rio de Janeiro). Lá construíram uma sociedade com rios, como o Rio Jaguaribe, no Ceará. A pecuária torna-se o principal
inuências protestantes, uma vez que, no século XVI, milhares de meio econômico do Nordeste, que traz até hoje a gura do vaqueiro
protestantes europeus vieram em fuga da Europa para a América como representante de sua cultura.
em consequência da perseguição católica durante a Contrarreforma • Região Sudeste 
Sudeste  e Centro-Oeste:
Centro-Oeste: essas
 essas regiões foram po-
religiosa (conjunto de medidas tomadas pela Igreja Católica com o voadas pela atuação dos bandeirantes, em busca de ouro e no apre -
surgimento das religiões protestant
protestantes).
es). samento dos índios. Na verdade, a gura do bandeirante é decisiva
Sob a inuência francesa, algumas partes do litoral brasileiro para a expansão territorial brasileira, já que foi através das bandei-
ganharam diversas feitorias e fortes (militares). O principal povo ras que o interior do Brasil foi sendo penetrado, na corrida do ouro,
indígena que perpetuou a aliança com os franceses foi o Tamoio. no início do século XVIII. As cidades mineiras onde se concentrar
concentraram
am
Deste acordo surgiu a Confederação dos Tamoios (aliança entre di- a extração mineradora,
mineradora, também foi onde mais se concentrou a po -
versos povos indígenas do litoral: tupinambás, tupiniquins, goita - pulação, contribuíndo para o desenvolvimento das cidades, cons-
cás, entre outros), que possuíam um objevo em comum: derrotar trução de estradas, surgimento de vilas e a urbanizaçã
urbanização
o do Sudeste
os colonizadores portugueses. brasileiro.

HISTÓRIA
• Região Norte: teve
Norte: teve como processo de povoamento também a Assim, o formato atual das fronteiras brasileiras veio através
atuação dos bandeirantes que foram em busca das drogas do sertão (as de uma série de acordos com a Espanha, usando acidentes naturais
epeciarias da oresta Amazônica brasileira) para comercialização. e formas geográcas do relevo como limites entre as colônias das
• Região Sul: foi colonizada por incenvo da Metrópole duas nações, além de considerar a ocupação territorial. Em 1750,
para assegurar o controle das fronteiras com a América espanhola, foi assinado o Tratado de Madri, onde o território brasileiro assu-
além de ter desenvolvido um grande centro de ação jesuíca com miu seu formato atual, exceto por algumas regiões no Centro-Oes-
os Sete Povos das Missões. A Região Sul também se desenvolveu te, Norte e Sul (como o Acre, parte do Mato Grosso do Sul e uma
economicamente
economicamen te através da pecuária e charqueadas; grande parte do Rio Grande do Sul), e pequenos territórios ao longo
de toda a fronteira.
Fonte: hps://www.infoescola.com/historia/expansao-territorial-bra -
sileira/  Fonte: hps://passeinafuvest.wordpress.com/2015/08/26/a-interiori  -
zacao-e-formacao-das-fronteiras/ 
A interiorização e formação das fronteiras no Brasil colônia
Os principais fatores que levaram à interiorização do país foram:
Reformas Pombalinas
 – A pecuária
pecuária (século XVI)
Durante o reinado de Dom José I, um novo ministro inspirado
Para manter o gado distante das plantações de cana-de-açúcar,
evitando prejuízos para os produtores, os colonos adentraram na por doutrinas de tendência iluminista empreendeu diversas mu -
mata nordesna. danças na administração portuguesa. Entre 1750 e 1777, Sebasão
José de Carvalho, o Marquês de Pombal, estabeleceu uma série de
 – As missões jesuítas
jesuítas reformas modernizantes
modernizantes com o objevo de melhorar a administra-
Para levarem a cultura católica aos índios, os jesuítas veram ção do Império português e aumentar as rendas obdas através da
que se locomover até as aldeias no interior do país. exploração
exploraçã o colonial. Esse po de experiência condizia com uma ten-
dência vivida em várias monarquias européias.
 – As
As Band
Bandeieira
rass ou
ou Entr
Entrada
adass (sé
(sécul
culo
o XVI
XVI a XVII
XVIII)
I)
Os bandeirantes veram uma extrema importância na interioriza - O chamado desposmo esclarecido era uma tendência políca
ção do Brasil. A diferença entre os dois pos de expediçõe
expediçõess está no apoio que buscava conciliar a face políca conservadora absolusta com
da Coroa portuguesa (Entradas). As Entradas eram expedições de caráter princípios econômicos racionalistas. A intervenção políca “esclareci -
ocial e no início nham o objevo de expandir o território, mas logo da” de Pombal surgiu no momento em que Portugal enfrentava sérios
depois, assim como as Bandeiras, os exploradores eram enviados com problemas econômicos. A Coroa lusitana nha perdido diversas de
a missão de procurar por ouro e pedras preciosas (obtendo sucesso na suas possessões
Tratado no connente
de Methuen, asiáco
assinado junto e sofria com
à Inglaterra, em as imposições do
1703.
região de Minas Gerais e Goiás). Os bandeirantes também eram conhe -
cidos por capturarem indígenas (atacando as aldeias) e escravos fugivos
É importante destacar que apesar do Tratado de Tordesilhas De acordo com o tratado, Portugal se compromea a adquirir
(assinado por Espanha e Portugal) estabelecer um limite no territó- tecidos de lã ingleses. Em contraparda, a Inglaterra obteria toda a
rio, os colonos portugueses adentrara
adentraramm no connente bem além de produção de vinhos oferecida pelo governo português. Esse tratado
onde cava a linha imaginária do tratado. acabou gerando uma relação de extrema dependência econômica
na medida em que a demanda por tecidos era innitamente maior.maior.
O décit econômico causado por essa situação, segundo Pombal,
seria amenizado com mudanças no gasto público e na administra-
ção colonial.

Para evitar as fraudes causadas com a cobrança do quinto, pas-


sou a exigir que os mineradores da colônia pagassem um valor xo
de 1500 quilos de ouro por ano. Além disso, restringiu os pode -
res do Conselho Ultramarino e deu m às capitanias hereditárias,
passando-as para o controle direto do governo português. Visan -
do ampliar os negócios na colônia, instuiu a criação de diversas
companhias de comércio incumbidas do papel de fortalecer o setor
comercial da metrópole. Em Portugal, preocupou-se em diminuir
os gastos excessivos da Coroa Portuguesa com a criação do Erário
Régio. Tal medida, apesar de visivelmente necessária, afrontava
afrontava for-
temente as regalias e privilégios de muitos integrantes do gover -
no imperial. No plano interno, mesmo sem sucesso, Marquês de
Pombal tentou diminuir a dependência econômica lusitana com o
incenvo ao setor industrial.

Visando controlar de perto as questões jurídicas da colônia bra-


sileira, criou, em 1751, o Tribunal da Relação. Uma das mais polê -
micas medidas impostas por esse novo tribunal foi a de impor a ex-
pulsão dos jesuítas do Brasil. A decisão de caráter anclerical
anclerical visava
dar m aos conitos envolvendo os colonos e os padres jesuítas. En-
quanto os primeiros defendiam a ulização da mão-de-obra escrava
dos
paraindígenas, os religiosos
o empreendimento se negavam a ceder seus catequizados
colonial.

HISTÓRIA
As terras anteriormente administradas pela Companhia de Je- A parr de 1821, com a volta do rei e da corte para Portugal, o
sus foram tomadas por militares e colonos; ou doadas e leiloadas Brasil passou a ser governado pelo príncipe regente D. Pedro. Aten-
pela Coroa Portuguesa. Em 1757, Marquês de Pombal proibiu a per- dendo principalmente aos interesses dos grandes proprietários ru -
seguição religiosa aos cristãos-novos e – tempos depois – deu m à rais, contrários à políca das Cortes portuguesas, que desejavam
escravidão indígena. Essa úlma medida visava inserir os índios no recolonizar o Brasil, bem como pretendendo libertar-se da tutela
processo de ocupação do território e transformá-l
transformá-los
os em mão-de-o - da metrópole, que visava diminuir-lhe a autoridade, D. Pedro pro-
bra por vias consensuais. clamou a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, às
margens do riacho do Ipiranga, na província de São Paulo. É im-
No ano de 1777, a morte do rei D. José I fez com que os opo- portante destacar o papel de José Bonifácio de Andrada e Silva, à
sitores à políca pombalina afastassem o ministro do governo por- frente do chamado Ministério da Independência, na arculação do
tuguês. Acusado de arbitrariedade e de cometer crimes contra o movimento separasta.
Estado, Marquês de Pombal saiu de cena interrompendo o prete - Primeiro reinado. Aclamado imperador do Brasil, D. Pedro I
rido processo
Entretanto, osde modernização
mecanismos políca esobre
de controle econômica de Portugal.
a mineração foram tratou de dar
cio do seu ao paísocorreu
reinado, uma constuição, outorgada
outorgada
a chamada “guerra da em 1824. No iní -
independência”,
mandos durante o governo de Dona Maria I. contra as guarnições portuguesas sediadas principalmente na Bah -
ia. Em 1824, em Pernambuco, a confederação do Equador, movi -
Fonte: hps://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/refor  - mento revoltoso de caráter republicano e separasta, quesonava
mas-pombalinas.htm a excessiva centralização do poder políco nas mãos do imperador,
mas foi prontamente debelado. Em 1828, depois da guerra contra
as Províncias Unidas do Rio da Prata, o Brasil reconheceu a indepen-
Rebeliões Coloniais dência do Uruguai.
Desde a segunda metade do século 17, explodiram na colônia Depois de intensa luta diplomáca, em que foi muito importan-
várias revoltas, geralmente provocadas por interesses econômicos te a intervenção da Inglaterra, Portugal reconheceu a independên-
contrariados. Em 1684, a revolta dos Beckman, no Maranhão, vol - cia do Brasil. Frequentes conitos com a Assembleia e interesses
tou-se contra o monopólio exercido pela Companhia de Comércio dináscos em Portugal levaram D. Pedro I, em 1831, a abdicar do
do Estado do Maranhão. trono do Brasil em favor do lho D. Pedro, então com cinco anos
Já no século 18, a guerra dos emboabas envolveu paulistas e de idade.
“forasteiros” na zona das minas; a guerra dos mascates opôs os Período regencial. O reinado de D. Pedro II teve início com um
comerciantes de Recife aos aristocrácos senhores de engenho de período regencial, que durou até 1840, quando foi proclamada a
Olinda; e a revolta de Vila Rica, liderada por Filipe dos Santos, em maioridade do imperador, que contava cerca de quinze anos. Du -
1720, combateu a instuição das casas de fundição e a cobrança de rante as regências, ocorreram intensas lutas polícas em várias
novos impostos sobre a mineração do ouro. partes do país, quase sempre provocadas pelos choques entre os
Os mais importantes movimentos revoltosos desse século fo- interesses regionais e a concentração do poder no Sudeste (Rio de
ram a conjuração mineira e a conjuração baiana, as quais possuíam, Janeiro). A mais importante foi a guerra dos farrapos ou revolução
além do caráter econômico, uma clara conotação políca. A conju- farroupilha, movimento republicano e separasta ocorrido no Rio
ração mineira, ocorrida em 1789, também em Vila Rica, foi liderada Grande do Sul, em 1835, e que só terminou em 1845. Além dessa,
por Joaquim José da Silva Xavier,
Xavier, o Tiradentes, que terminou preso ocorreram revoltas na Bahia (Sabinada), no Maranhão (Balaiada) e
e enforcado, em 1792. Pretendia, entre outras coisas, a indepen - no Pará (Cabanagem).
dência e a proclamação de uma república. A conjuração baiana -- Segundo reinado. O governo pessoal de D. Pedro II começou
também chamada revolução dos alfaiates, devido à parcipação com intensas campanhas militares, a cargo do general Luís Alves de
de grande número de elementos das camadas populares (artesãos, Lima e Silva, que viria a ter o tulo de duque de Caxias, com a na-
soldados, negros libertos) --, ocorrida em 1798, nha ideias bastan- lidade de pôr termo às revoltas provinciais. A parr daí, a políca
te avançadas para a época, inclusive a exnção da escravidão. Seus interna do império brasileiro viveu uma fase de relava estabilida -
principais líderes foram executados. Mais tarde, estourou outro im - de, até 1870.
portante movimento de caráter republicano e separasta, conheci- A base da economia era a agricultura cafeeira, desenvolvida a

do como revolução pernambucana


Independência. de 1817.
Em 1808, ocorreu a chamada “inversão brasi - parr
ca e a de 1830,
seguir nono S udeste,
Sudeste,
vale inicialment
inicialmente
do Paraíba e nos (província
uminense morros
(prov como
íncia o dadeTiju
do Rio Ja--
leira”, isto é, o Brasil tornou-se a sede da monarquia portuguesa, neiro), avançando para São Paulo (vale do Paraíba e oeste paulista).
com a transferência da família real e da corte para o Rio de Janei - Até 1930, o ciclo do café constuiu o principal gerador da riqueza
ro, fugindo da invasão napoleônica na península ibérica. Ainda na brasileira. A parr da década de 1850, graças aos empreendimentos
Bahia, o príncipe regente D. João assinou o tratado de abertura dos de Irineu Evangelista de Sousa, o barão e depois visconde de Mauá,
portos brasileiros ao comércio das nações amigas, beneciando entre os quais se destaca a construção da primeira estrada de ferro
principalmente a Inglaterra. Terminava assim o monopólio portu - brasileira, ocorreu um primeiro surto de industrializ
industrialização
ação no país.
guês sobre o comércio com o Brasil e nha início o livre-cambi
livre-cambismo,
smo, A base social do império era a escravidão. Desde o período co -
que perduraria até 1846, quando foi estabelecido o protecionismo. lonial, os negros escravos constuíam a principal, e quase exclusiv
exclusiva,
a,
Além da introdução de diversos melhoramentos (Imprensa Ré- mão-de-obra no Brasil. As restrições ao tráco negreiro começaram
começaram
gia, Biblioteca Pública, Academia Militar, Jardim Botânico, faculda - por volta de 1830, por pressões da Inglaterra, então em plena re -
des de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia e outros), no governo volução industrial. Finalmente, em 1888, após intensa campanha
do príncipe regente D. João (que passaria a ter o tulo de D. João abolicionista, a chamada Lei Áurea declarava exnta a escravidão
VI a parr de 1816, com o falecimento da rainha D. Maria I) o Brasil no país. Nesse período, houve uma grande imigração para o Brasil,
foi elevado à categoria de reino e teve anexadas a seu território a sobretudo de alemães e italianos.
Guiana Francesa e a Banda Oriental do Uruguai, que tomou o nome Na políca externa, sobressaíram as guerras do Prata, em que
de província Cisplana. o Brasil enfrentou o Uruguai e a Argenna, e a da Tríplice Aliança
ou do Paraguai, que reuniu o Brasil, a Argenna e o Uruguai numa

HISTÓRIA
coligação
coligação contra o ditador paraguaio Solano López. A guerra do Pa- renga Peixoto. Parciparam, ainda, funcionários reais, como Cláu -
raguai (1864--1870), um dos episódios mais sangrentos da história dio Manuel da Costa, desembargador, e Tomás Antonio Gonzaga,
americana, terminou com a vitória dos aliados. ouvidor.
A parr de 1870, a monarquia brasileira enfrentou sucessivas Cláudio Manuel da Costa, Alvarenga Peixoto e Tomás Antonio
crises (questão religiosa, questão militar, questão da abolição), que Gonzaga também são os maiores representantes do Arcadismo no
culminaram com o movimento militar, liderado pelo marechal Deo - Brasil, cuja poesia prega o retorno à Anguidade Clássica e um es -
doro da Fonseca, que depôs o imperador e proclamou a república, lo de vida simples.
em 15 de novembro de 1889. Nessa época, o ouro já mostrava claros sinais de esgotamento,
República Velha. A Primeira República, ou República Velha, es - mas a metrópole exigia o pagamento de impostos cada vez mais
tendeu-se de 1889 até 1930. Sob a chea do marechal Deodoro, abusivos.
foi instalado um governo provisório, que convocou uma assembleia Das discussões inuenciadas pelo Iluminismo, que combaa o
constuinte para elaborar a primeira constuição republicana, pro- Ango Regime e propunha uma nova ordem políco-econômic
políco-econômica-so
a-so-
mulgada em 1891. Os governos do marechal Deodoro, e, depois, do cial os incondentes estabeleceram como objevos a proclamação
marechal Floriano Peixoto foram plenos de conitos com o Legisla- da república (embora alguns defendessem uma monarquia cons-
vo e rebeliões, como as duas revoltas da Armada. tucional), a transferência da capital do Rio de Janeiro para São João
Com a eleição de Prudente de Morais, tem início a chamada Del Rey, a liberação das manufaturas, a instalação de uma fábrica
“políca do café com leite”,
leite”, segundo a qual os presidentes da Repú- de pólvora, a criação da Universidade de Vila Rica e a anisa das
blica seriam escolhidos dentre os representantes dos estados mais dívidas.
ricos e populosos -- São Paulo e Minas Gerais -- práca que foi se- Segundo os planos, a revolução iria estourar
estourar no dia da derrama,
guida, quase sem interrupções, até 1930. cobrança de impostos atrasados que, na época, acumulavam quase
A economia agrário-exportadora connuou dominante. O café 600 arrobas de ouro. Às vésperas, o movimento foi traído por um
representava a principal riqueza brasileira, e os fazendeiros paulis- dos incondentes, Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou os pla-
tas constuíam a oligarquia mais poderosa. As classes médias eram nos ao governador das Minas Gerais, o visconde de Barbacena, em
pouco expressivas e começava a exisr um embrião de proletaria - troca da suspensão do pagamento de suas dívidas. Assim, efetuou-
do. Por ocasião da primeira guerra mundial (1914--1918), ocorreu -se a prisão dos envolvidos, em março de 1789.
um surto de industrialização, em função da substuição de impor- Em abril de 1792, a sentença condenou onze incondentes à
tações europeias por produtos fabricados no Brasil. morte. Em seguida, a decisão foi comutada (trocada) por degredo
A parr da década de 1920, o descontentamento dos milita - perpétuo na África, exceto para Joaquim José da Silva Xavier, o Ti -
res explodiu em uma série de revoltas, destacando-se a marcha da radentes, que foi executado
executado na forca, tendo sido seu corpo esquar-
coluna Prestes, entre 1924 e 1927, que percorreu grande parte do tejado e espalhado na estrada Vila Rica – Rio de Janeiro para servir
Brasil. As oligarquias alijadas do poder central também se mostra - de exemplo. Sua casa foi destruída, a terra, salgada e seus descen -
vam insasfeitas.
insasfeitas. Quando ocorreu a crise de 1929 -- iniciada com o dentes, amaldiçoados.
crash da bolsa de Nova York --, com seus reexos negavos sobre os O Tiradentes era o mais humilde de todos os envolvidos.
preços do café, a desorganização da economia, as divergências po -
líco-eleitorais das oligarquias dominantes e as aspirações de mu - Conjura Carioca (1794)
dança de amplos setores da sociedade provocaram a deagração da Eventos emancipacionistas ocorridos na cidade do Rio de Ja-
revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. neiro, entre 1794-1795, caram conhecidos como Conjura Carioca.
Nas úlmas duas décadas do século XVIII, exisu na então ca-
Fonte: hps://www.sohistoria.com.br/ef2/histbrasil/p1.php pital do Brasil Colônia uma endade formada por intelectuais (poe-
tas, escritores, advogados, médicos), chamada Sociedade Literária.
Constuída, a princípio, para debater as novidades polícas
Movimentos Emancipacionis
Emancipacionistas
tas que chegavam da Europa e da América do Norte ( Iluminismo, In-
dependência dos Estados Unidos, Revolução Francesa), assim como
A parr da segunda metade do século XVIII, os movimentos de
assuntos de caráter cienco, a Sociedade Literária ganhou a ade-
contestação ganharam novo impulso, favorecidos pelas transforma -
são de muitas pessoas, como padres, professores, ourives, marce -
ções que o mundo sofria por conta das ideias iluministas, da Revo -
lução Francesa e da Revolução Industrial.
neiros e sapateiros, entre outros, além dos grupos já citados.
Após os acontecimentos de Minas Gerais, as autoridades do
Aqui, essas ideias encontraram um campo férl para sua ex-
Rio de Janeiro passaram a ver o livre funcionamento da Socieda -
pansão. No Brasil, a crise aurífera e a decadência econômica do
de Literária com certa preocupação, principalmente por conta das
Nordeste deram origem aos primeiros movimentos emancipacio -
discussões mais acaloradas das ideias losócas e polícas de Rou-
nistas.
sseau e Voltaire.
Em 1794, o vice-rei, conde de Resende, ordenou o seu fecha -
Conjuração Mineira (1789) mento, além de instalar uma devassa (um inquérito) contra seus
O movimento emancipacionista conhecido como Incondência associados, que foram presos e invesgados como conspiradores.
Mineira (ou Conjuração Mineira), por ter sido o primeiro a pregar a O processo se estendeu até 1795, sem que fossem encontradas
independência políca, é o mais conhecido. Um de seus integran- provas conclusivas de que uma conspiração se encontrava em cur-
tes, Joaquim José da Silva Xavier – Tiradentes –, micado pelo so. Desse modo, os implicados foram libertados.
libertados.
movimento que implantou a República no país, acabou se transfor-
mando em márr da Independência. Conjuração Baiana (1798)
Na realidade, esse movimento não saiu da discussão teórica Ao contrário dos acontecimentos de Minas Gerais e do Rio de
e, por isso, para alguns historiadores, foi o movimento mais fraco. Janeiro, a Conjuração Baiana (também conhecida como Revolta dos
Seus parcipantes representavam os interesses das camadas
médias urbanas – militares, padres, estudantes, comerciantes – e Alfaiates) envolveuda
envolveu
da fase jacobinista as Revolução
camadas populares
Francesa.e sofreu nída inuência
os interesses da elite mineira, como o proprietário de minas Alva -

HISTÓRIA
Durante o mês de agosto de 1798, a cidade de Salvador teve as Isso porque Napoleão decretou o Bloqueio Connental  em
paredes de suas construções cobertas por um paneto que arma- 1806, determinando o fechamento dos portos aos navios ingleses.
va: “Animai-vos, povo bahiense, que está por chegar o tempo feliz Portugal, que apoiava a Inglaterra e nha grande relação co -
de nossa liberdade: o tempo em que seremos todos irmãos, tempo mercial com esse país, não se submeteu ao bloqueio. Isso levou a
em que seremos todos iguais”. invasão de Napoleão às terras lusitanas.
O paneto esmulava a revolução e a libertação dos escravos Sendo assim, em outubro de 1807, D. João e o rei da Inglaterra
para exterminar a opressão metropolitana e o domínio de um ho - Jorge III, assinaram um decreto que transferia a sede monárquica
mem sobre o outro. de Portugal para o Brasil.
A autoria do paneto recaiu sobre o soldado Luiz Gonzaga das Além disso, Portugal se compromea a assinar um tratado de
Virgens. Os conspiradores foram presos, entre eles escravos e mu- comércio com a Inglaterra, quando chegasse ao Brasil.
lheres. Foi dessa maneira que em 1808 o Pacto Colonial, um acordo
comercial entre a colônia e a metrópole, chega ao m. Nesse ano,
Os advogados
paneto de defesa
era muito superior argumentaram
à formação que ados
intelectual linguagem do
presos, que Dom João instuiu a “Carta Régia”, a qual permia a abertura dos
não teriam como ler e entender textos em francês e inglês que che- portos a outras nações amigas, inclusive a Inglaterra.
gavam até aqui através de jornais. Diante disso, a economia do país alavancou, no entanto, im -
Mesmo assim, quatro foram condenados à morte: Luiz Gonza- pediu o desenvolvimento das manufaturas no Brasil. Isso porque
ga das Virgens, Lucas Dantas, Manuel Fausno dos Santos e João grande parte dos produtos eram importados da Inglaterra.
de Deus do Nascimento. Todos os quatro eram pobres e mulatos. Os produtos ingleses nham uma menor taxa alfandegária
alfandegária em
relação aos outros países. Eles pagavam 15%, enquanto as outras
Revolução Pernambucana (1801) nações cerca de 24%.
Em 1796, Manuel Arruda Câmara – médico e ex-clérigo que Além da economia, o país, e sobretudo a capital, que até então
havia integrado a Sociedade Literária do Rio de Janeiro –, os ir - era o Rio de Janeiro, sofreram diversas
diversas mudanças.
mãos Luís Francisco de Paula Cavalcan, José Francisco de Paula Muitas obras de caráter público foram erigidas nesse período,
Cavalcan e Albuquerque e Francisco de Paula Cavalcan (sendo por exemplo, a casa da moeda, o banco do Brasil, o jardim botânico,
este proprietário do Engenho Suassuna), além de outras pessoas dentre outras.
inuentes de Pernambuco, fundaram, em Itambé, – o “Areópago de
Itambé” – a primeira loja maçônica do Brasil. Dela não parcipava
parcipavam
m A Educação no Período Joanino
europeus, embora a inspiração para sua criação tenham sido o ideal Na educação e na cultura, esse período marcou diversos avanços

iluminista e a Revolução Francesa. nessas áreas.


demos Issocom
conrmar porque muitos invesmentos
a construção da Bibliotecaforam feitos,
Real, da
Real, o queReal
Academia po -
A parr de 1800, imbuídos dos princípios de liberdade e igual -
de Belas Artes, da Imprensa Real, além das escolas de medicina.
dade, os membros do Areópago passaram a conspirar contra o do-
mínio português, visando à emancipação de Pernambuco por meio
Período Joanino e a Independência do Brasil
da implantação de uma república, cuja proteção seria dada por Na-
Esse período da história do Brasil inuenciou diretamente no
poleão Bonaparte.
processo de independência do país.
As autoridades da capitania de Pernambuco foram informadas
informadas
Isso porque em 1815 a administração do governo joanino ex -
dos planos dos conjurados, em maio de 1801, por um delator, o ngui a condição de colônia ao Brasil. Foi assim que o páis rece -
que levou à detenção de diversos implicados. Em razão da elevada beu o tulo de “Reino Unido de Portugal e Algarves”,
Algarves”, tornando-se a
posição social dos acusados, o processo de devassa correu em sigilo sede administrava de Portugal.
e todos foram absolvidos por falta de provas. Esse fato deixou muito descontentes os portugueses que esta-
Os ideais da Conspiração dos Suassunas (ou Conjuração dos vam em Portugal. Com isso, eles exigiam o retorno de Dom João IV,
Cavalcan),
Cavalcan), como cou conhecido o evento, reapareceram,
reapareceram, poste- que por m, retorna à Portugal para a Revolução Liberal do Porto,
riormente, na Revolução Pernambucana de 1817. em abril de 1821. Esse evento marcou o m do período joanino.
Em seu lugar permanece seu lho, Dom Pedro I. O príncipe re-
Fonte: hps://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/movimentos-e- gente governou o país de 1822 a 1831, estabelecendo em 1824, a
mancipacionistas
primeira Constuição
Quando Portugal do país.seu retorno, ele se recusou a voltar
exigiu
para a metrópole. Sendo assim, no dia 07 de setembro de 1822, ele
O PERÍODO JOANINO E O PROCESSO DE INDEPENDÊN
INDEPENDÊN declara a Independência do Brasil.
CIA
Fonte: hps://www.todamateria.com.br/periodo-joanino/ 

O período joanino corresponde a uma fase da história do Brasil


que ocorreu entre os anos de 1808 e 1821. Recebe esse nome em A PRESENÇA BRITÂNICA NO BRASIL, A TRANSFERÊN
referênciaa ao rei D. João VI que transferiu seu governo para o Brasil.
referênci CIA DA CORTE, OS TRATADOS, AS PRINCIPAIS MEDI
Vale notar que essa foi a primeira vez na história que um rei eu - DAS DE D. JOÃO VI NO BRASIL, POLÍTICA JOANINA, OS
ropeu transferiu seu reino para um país do connente americano. PARTIDOS POLÍTICOS, REVOLTAS, CONSPIRAÇÕES E
Em janeiro de 1808 e com o apoio da Inglaterra, a família real REVOLUÇÕES, EMANCIPAÇÃO E CONFLITOS SOCIAIS
portuguesa chegou ao Brasil. Cerca de 15 mil pessoas vieram com
eles, o que totalizou cerca de 2% da população portuguesa da épo-
ca. Eles se instalaram na capital do Rio de Janeiro e permaneceram As invasões inglesas no Brasil 
Brasil  devem ser consideradas sob
durante 12 anos ali. duas dimensões. A primeira delas está relacionada aos empreendi-
Ameaçados
família pelaPortugal
Real deixou invasãopara
do francês
garanr Napoleão
que o paísBonaparte,
connuassea mentos econômicos
meiro século estabelecidos
da colonização. Daí aentre
razãoingleses e indígenas
pela qual no pri -
os portugueses
independente. chamaram os ingleses de invasores. A segunda e mais conhecida, se

10

 
HISTÓRIA
caracteriza pelo crescimento das prácas de pirataria decorrentes -regente, Dom Pedro I, ocializou o m da colonização às margens
do colapso daquelas relações comerciais. Assim, as avidades de do rio Ipiranga. No entanto, como podemos imaginar que um brado
corsários e piratas devem ser analisadas em perspecva. à beira de um rio seja capaz de fazer uma nação soberana?
Outra questão primordial nesse processo é a relação que os
navios ingleses estabeleceram entre a costa brasileira e a costa afri- Para entendermos melhor o nosso processo de independência,
cana a parr de suas avidades mercanlistas. A primeira viagem é de fundamental importância que nos desloquemos para outro
dessa natureza foi registrada em 1530. O inglês William Hawkins, contexto histórico: o estabelecimento da Era Napoleônica (1799 –
negociante de Plymouth, teria empreendido três viagens, entre os 1815) no início do século XIX. Durante esse período, que encerra as
anos de 1530 e 1532. Tais excursões marcaram a entrada de co - turbulências vividas durante a Revolução Francesa, Napoleão trans-
merciantes e navegadores ingleses no Atlânco Sul. Numa delas, formou-se em chefe supremo da nação francesa.
o próprio William teria chegado à costa africana. Desde então se
tornou comum embarcações
tais, chegando inglesas criarem
à Inglaterra abarrotados rotas interconnen
de pau-brasil e marm.- Em sua gestão, Napoleão nha como grande meta industriali -
zar a economia francesa através de um agressivo plano que com -
Um comércio regular foi estabelecido entre a Inglaterra, regiões da binava pesados invesmentos estatais e uma políca internacional
África Ocidental e do Nordeste Brasileiro. Nesse sendo, a chegada agressiva. Naquela época, a maior potência industrial era a Inglater-
de ingleses à costa brasileira fez parte de um projeto de expansão ra. Com isso, Bonaparte procurou retaliar o monopólio mercadoló-
maríma iniciado na primeira metade do século XVI e caracterizado gico britânico nem que para isso vesse que ameaçar a soberania
por fortes relações econômicas. das demais nações europeias.
Um comerciante inglês chamado Pudsey, da cidade de Sou - No ano de 1806, o governo napoleônico impôs o Bloqueio Con-
thampton teria, inclusive, mandado construir um forte militar na nental à Europa. Segundo esse decreto, a França exigiu que ne-
Bahia, em 1542. Tal atude evidenciava a presença regular de ingle- nhuma nação europeia vesse relações comerciais com a Inglater-
ses no litoral brasileiro
brasileiro no início da colonização. Para evitar choques ra. Dessa maneira, o governo napoleônico ampliou seus mercados
com os portugueses, os ingleses preferiam estabelecer trocas co - consumidores e, ao mesmo tempo, desestabilizou sua maior rival
merciais com os indígenas através do escambo. Na segunda viagem políca, militar e econômica.
empreendida por Willian, um chefe indígena o teria acompanhado
até a Inglaterra e lá se apresentado à Corte, onde permaneceu. Até O príncipe regente de Portugal, Dom João VI, não acatou a ordem
ns do século XVI, a presença inglesa na costa brasileira foi carac - francesa. Isso porque, ao longo do século XVIII, a economia portuguesa
terizada pela forte relação comercial com os indígenas. Apesar da assinou uma série de tratados econômicos
econômicos que aprofundou demasiada-
diminuição da atuação inglesa no litoral brasileiro, a parr de ns mente a dependência de Portugal para com a Inglaterra. Em reposta à
do século XVI, o comércio com indígenas do Atlânco-Norte parece intransigência
intransigência portuguesa, Napoleão ameaçou invadir o território portu-
ter crescido substancialmen
substancialmente. te. guês. Pressionado por Napoleão, o governo português acabou aceitando
Na região do delta amazônico, no Estado Colonial do Mara- um plano da Inglaterra para contornar essa situação.
nhão, desde ns do século XVI e início do XVII, os ingleses estabe -
leceram contato com grupos indígenas e passaram a comercializar, Os ingleses ofereceram escolta para que a família real portu -
além de muita madeira, outras especiarias de alto valor no mercado guesa se deslocasse até o Brasil e garanu que ulizaria de suas
europeu (algodão, urucum, tabaco e gêneros do reino animal, como forças militares para expulsar as tropas napoleônicas do solo por -
papagaios, tartarugas, peixes-boi, etc.). Um mapa do delta amazô - tuguês. Em troca desses favores, Dom João deveria transferir a ca-
nico desenvolvido em 1629, pelo cartógrafo português João Teixei - pital portuguesa para o Rio de Janeiro e estabelecer um conjunto
ra Albernaz indica a localização de uma fortaleza inglesa naquela de tratados que abrissem os portos brasileiros às nações do mundo
região, da qual os portugueses haviam se apossado. Outro mapa, e oferecessem taxas alfandegárias menores aos produtos ingleses.
desenvolvido em 1640, ainda indica a localiza
localização
ção daquela fortaleza
inglesa. Não tendo melhores alternavas frente à proposta inglesa, em
Isso nos permite observar que, para além do que arma a his- novembro de 1807, cerca de 15.000 súditos da Coroa Portuguesa saí -
toriograa que trata da atuação inglesa nas colônias portuguesas, ram às pressas rumo ao Brasil. Dessa maneira, entre os anos de 1808
tal presença não
e tentavas se caracterizou
de invasões, apenas pelas
empreendidas por prácas de pirataria
comandantes como eguês.
1821, o Brasil
Além de terse sido
tornou
umopeculiar
centro administravo
acontecimentodo
nagoverno
história portu
-
polí -
Francis Drake (1577), Robert Withrington e Christopher Lister (Sal - ca portuguesa, a chegada de Dom João VI e seus cortesãos ao Brasil
vador/1587), James Lancaster (Recife/1595) e o mais famoso dos iniciou um conjunto de ações que enfraqueceram o pacto colonial.
piratas ingleses: Thomas Cavendish (Santos/1591). Portanto, se
deve observar que as colônias portuguesas na América (Brasil e Dessa maneira, podemos contemplar na administraç
administração
ão joanina
Maranhão) veram lugar de destaque nos interesses marímos in- um conjunto de ações que impulsionaram a nossa independência.
gleses. Prácas comerciais também constuíram, juntamente com Ao mesmo tempo, vemos que os gritos às margens do Ipiranga, de
prácas de pirataria, importantes elementos na expansão ultrama- Dom Pedro I, não efevar
efevaram
am as liberdades anteriormente concedi-
rina inglesa. Assim, as colônias portuguesas se caracterizaram
caracterizaram como das durante a passagem de Dom João VI em terras brasileiras.
alvo potencial, mas, também, ponto de apoio para os ingleses, nos
séculos XVI e XVII. Fonte: hps://brasilescola.uol.com.br/historiab/corte-portuguesa.htm

Fonte: hps://www.infoescola.com/historia/invasoes-inglesas-no-bra -
sil/  Os Tratados
As Grandes Navegações geraram disputas pelos territórios des-
A transferência da Corte cobertos entre os países colonizador
colonizadores
es – Portugal e Espanha – após
Todo sete de setembro celebramos o dia em que o Brasil foi a  jornada rumo ao oriente. Para dar m ao conito de interesses,
proclamado independente de Portugal. Assim, o marco de nossa foram estabelecidos limites de exploração para cada país através de
soberania políca xou-se no momento em que o então príncipe- tratados. Neste argo vamos conhecer os principais deles.

11

 
HISTÓRIA
É importante ressaltar que a palavra descobrimento  expressa mércio. Do ponto de vista cultural, o Brasil também saiu ganhando
uma forma eurocêntrica de relatar o episódio, pois os territórios com algumas medidas tomadas por D. João. O rei trouxe a Missão
 já eram ocupados pelos povos indígenas, ou seja, não eram desco- Francesa para o Brasil, esmulando o desenvolvimen
desenvolvimento
to das artes no
nhecidos. nosso país. Criou o Museu Nacional, a Biblioteca Real, a Escola Real
O primeiro acordo ocorreu em 1493, com a Bula inter Coetera,
Coetera, de Artes e o Observatório Astronômico. E também foram criados
criada pelo papa Alexandre VI. Foi denida uma linha imaginária a vários cursos (agricultura, cirurgia, química, desenho técnico, etc)
100 léguas de Cabo Verde, na costa africana, que dividia o mundo nos estados da Bahia e Rio de Janeiro.
entre os dois países ibéricos. Determinav
Determinavaa que a parte leste (africa-
na) teria domínio português enquanto a oeste (americana) seria de Fonte: hps://nobrasil.wordpress.com/2010/10/14/medidas-toma -
posse espanhola. das-por-d-joao-vi/ 
Entretanto,
Entretant o, essa linha passava pelo Oceano Atlânco, o que fez
com que Portugal se sensse prejudicado e com receio de perder os Políca Joanina no Brasil
territórios conquistados, mesmo sem ter chegado ainda ao Brasil.
Para resolver tal situação, a linha foi deslocada, cando agora a 370 A Políca Externa Joanina
léguas de Cabo Verde, o que foi acordado com o Tratado de Torde- A transferência da sede da monarquia portuguesa para a sua
silhas,, em 1494.
silhas colônia americana fez com que a políca externa de Portugal pas-
sasse a ser aqui decidida, instalando-se
instalando-se no Rio de Janeiro o Ministé-
A linha deniria, posteriormente, como seria a divisão do Brasil rio da Guerra e Assuntos Estrangeiros.
Estrangeiros.
entre as duas nações. No entanto, não foi respeitada, de modo que
Portugal dominou a parte leste do novo connente, enquanto a Es- A Questão de Caiena
panha se preocupou com a colonização do norte e oeste. Em 1º de maio de 1808, já instalada no Brasil a sede do Reino,
Em 1681, foi assinado o Tratado de Lisboa,
Lisboa, pelo qual a Espanha que pretendia ser “um império poderoso, cheio de presgio e que
devolveu a Portugal a Colônia de Sacramento, que havia invadido. garansse a segurança de seus súditos,” D. João declarou guerra a
Em 1703, outro acordo foi rmado, o Tratado de Methuen ou Napoleão e aos franceses e considerou nulos os tratados assinados
Tratado de Panos e Vinhos,
Vinhos , porém este não discua territórios, anteriormente com aquele país.
mas estabelecia alianças comerciais entre Inglaterra – com a indús- Com o objevo de ampliar seu Império na América, eliminar a
tria têxl – e Portugal, com os vinhos. ameaça francesa e, ao mesmo tempo, vingar-se da invasão napo-
Já entre
Portugal 1713 e 1715,
e Espanha. ocorreram
O primeiro os tratados
estabelecia o riode Utrecht, como
Utrecht,
Oiapoque entre leônica em Portugal,
incorporando-a D. João
aos seus resolveu ocupar a Guiana Francesa,
domínios.
divisão entre Brasil e Guiana Francesa e o segundo tratava de uma Para tanto, enviou uma força militar com o objevo de restabe -
nova devolução da colônia de Sacramento
S acramento a Portugal. lecer os limites entre o Brasil e a Guiana.
Em 1750, um novo tratado substuía o de Tordesilhas, o cha - Recebendo reforço naval da Inglaterra, as forças portuguesas
mado Tratado de Madri.
Madri. Uma de suas principais caracteríscas foi parram para o ataque e, em janeiro de 1809, tomaram posse da
o u posides, que trazia o conceito do usucapião, ou seja, a terra Colônia em nome de D. João.
pertence a quem a ocupa, de modo que a Colônia de Sacramento Em 1815, com a derrota de Napoleão, a posse da Colônia vol-
voltou a pertencer à Espanha, assim como regiões a oeste de Tor - tou a ser reivindicada pelo Governo francês, agora sob o domínio
desilhas, como os Sete Povos das Missões, que eram ocupados por de Luís XVIII.
portugueses, pertenceriam agora a Portugal. Consequentemente, Como os termos da proposta francesa não foram aceitos por D.
Portugal comandaria a região do Brasil e a Espanha, a região do João, a questão passou a ser discuda pelo Congresso de Viena, no
Prata. ano seguinte.
Em 1761, o Tratado de El Pardo revogou
Pardo revogou o Tratado de Madri, Nessas conversações a França concordou em recuar os limites
mas foi retomado em 1777, com o Tratado de Santo Ildefonso,
Ildefonso, po- de sua Colônia até a divisa proposta pelo Governo português.
rém este dava a posse de Sete Povos das Missões à Espanha, o que Entretanto, somente em 1817 os portugueses deixaram Caie -
foi novamente alterado
alterado em 1801, quando a região voltou ao domí - na, com a assinatura de um convênio entre a França e o novo Reino
nio português através do Tratado de Badajós. Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Fonte: hps://www
hps://www.infoenem.com.br/v
.infoenem.com.br/veja-os-tratados-da-co
eja-os-tratados-da-co-
lonizacao-entre-portugueses-e-espanhois/ A Questão do Prata
Desde os primeiros tempos da colonização da América a região
As Principais Medidas de D. João VI no Brasil plana foi objeto de disputa entre Espanha e Portugal, especial -
No ano de 1818, a mãe de D. João, D. Maria I, faleceu e D. João mente a Colônia do Sacramento
Sacramento,, atual Uruguai, também conhecida
tornou-se rei. Passou a ser chamado de D. João VI, rei do Reino Uni- como Banda Oriental.
do a Portugal e Algarves. Uma das principais medidas tomadas por Com a assinatura do Tratado de Badajoz, em 1801, que deu a
D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos de Portu - Portugal a posse dos Sete Povos das Missões e à Espanha a colônia
gal. A principal beneciada foi à Inglaterra, que passou a ter vanta- de Sacramento, a paz na região parecia ter sido selada.
gens comerciais e dominar o comércio com o Brasil. Os produtos Entretanto, a vinda da família real para o Brasil e o domínio da
ingleses chegavam ao Brasil com impostos de 15%, enquanto de Península Ibérica por Napoleão mudaram a situação.
outros países deveriam pagar 24%. Isso fez com que nosso país fos - Desde o estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro, o Gover -
se inundado por produtos ingleses. Esta medida acabou prejudican- no português demonstrou interesse em conquistar a margem es-
do o desenvolvimento da indústria brasileira. D. João adotou várias querda do rio da Prata.
medidas econômicas que favorec
favoreceram
eram o desenvolvimen
desenvolvimentoto brasilei- A situação da Espanha, agora aliada da França e, portanto,

ro. Entre
to de as principais,
indústrias decidimos
no Brasil, citar: de
construção esmulo ao estabelecimen
estradas, cancelamento- inimiga de Portugal
oportunidade e da Inglaterra,
de se instalar propiciava
na cobiçada a D.
região do Joãopara
Prata, excelente
o que
da lei que não permia a criação de fábricas no Brasil, reformas procurou o apoio da Inglaterra.
em portos, criação do Banco do Brasil e instalação da Junta de Co-

12
 

HISTÓRIA
Os representantes ingleses no Rio de Janeiro não se posiciona- Já na Primeira República, os pardos anteriores todos desapa-
ram logo sobre a questão, escaldados que estavam por conta das recem, surgindo conitos entre novas ideologias emergentes, como
duas tentavas infruferas realizadas em 1806 para se apossarem por exemplo militaristas, civilistas, comunistas e liberais, girando
de Buenos Aires e de Montevidéu. Resolveram aguardar
aguardar instruções em torno da questão principal de divisão do poder entre militares e
de seu Governo para agir. grandes lafundiários, além da discussão da parcipação do capital
Logo depois, em setembro de 1808, informados da revolta estrangeiro
estrangeiro no país.
espanhola contra o domínio francês, os ingleses desaprovaram a O período de 1930 a 1945 será dominado pela carismáca  -
posição portuguesa, pois agora a Espanha voltara a ser sua
s ua aliada. gura de Getúlio Vargas, que estabelece um regime personalista, es-
D. Carlota Joaquina também nha interesses pessoais na do - pecialmente após a fundação do Estado Novo (1937), e consquente
minação das angas colônias espanholas, visto ser lha do rei da proibição da avidade políca.
Espanha, Carlos
sionado pelos IV, deposto
franceses, por Napoleão,
Fernando VII. e irmã do herdeiro apri- O 1945
rar de período seguinte,
a 1964, ondeconhecido como República
três importantes Liberal, irá
pardos disputam du--
o po
Assim, julgava-se com direitos às colônias espanholas, por ser der: PSD, PTB e UDN, e sob os quais orbitam menores agremiações
a única representante legíma dos Bourbon espanhóis na América. como por exemplo o PSP e PST.
Lord Strangford, encarregado pela Inglaterra de cuidar de am - A ditadura militar de 1964 faz nova “limpeza” na cena políca
bas as situações, teve melhor acolhida junto a D. João, pois D. Car - brasileira, exnguindo todos os pardos legalmente instuídos, e
lota já havia estabelecido contatos com angos colonos espanhóis, reforçando a perseguição aos postos na ilegalidade, especialmen-
que lhe davam esperanças de conseguir o seu intento. te o PCB (Pardo Comunista Brasileiro, fundado em 1923, e ilegal
durante maior parte de sua existência). Só duas agremiações eram
Tolhida em sua ação por D. João, a quem a Inglaterra pedira permidas: ARENA, pardo de apoio da situação, e MDB (atual
auxílio, D. Carlota viu, aos poucos, suas aspirações irem por água PMDB), de oposição, que congregava todas as losoas de oposi-
abaixo,, inclusive pela desconança dos espanhóis em relação à sua
abaixo ção ao regime.
lealdade à causa da Espanha, por ser casada com o príncipe portu - Com a redemocrazação, em 1985, um “enxurrada” de novos
guês. pardos vão sendo criados e exntos, fruto natural da reconquis-
Mas a dominação da Espanha pela França detonara um pro - tada liberade políca. O PMDB, herdeiro do oposicionista MDB da
cesso de independência entre as colônias espanholas, do qual re - época anterior emerge como principal pardo. Logo após, surgem
sultaram países como a Argenna e o Paraguai, que se tornaram outras forças importantes como o PSDB e o PT, que na atualidade
independentes em 1810 e 1811, respecvamente. estão quase que em todos os casos disputando os mais importantes
Sob o pretexto de defender o Rio Grande dos conitos que postos nos estados e a nível federal.
eclodiam em suas fronteira
fronteiras,
s, D. João organiz
organizou
ou tropas luso-brasilei- Atualmente, o cenário democráco brasileiro conta com 27
ras que se dirigiram para o sul, em direção à região plana, com a pardos avos (não necessariamente possuindo representação no
intenção de anexá-la ao Império português. Congresso Nacional, mas tendo registro denivo ante o TSE (Tribu-
Resolvidos os problemas fronteiriços, foi assinado um armis - nal Superior Eleitoral), aptos portanto a apresentarem candidatos
cio entre o governo de D. João e a Junta que governava Buenos Ai - em quaisquer eleições ou se coligarem de acordo com a orientação
res. Mas a proclamação da independência das Províncias Unidas do de seu diretório), não sendo considerado o recentemente funda -
Rio da Prata ocasionou a retomada de violentos conitos na região do PSD, que deve brevemente conquistar seu registro denivo,
conhecida como a Banda Oriental do Uruguai, que não aceitava as aumentando para 28 o número de pardos polícos plenamente
imposições de Buenos Aires. Por este movo os uruguaios retoma- avos.
ram a luta. As matérias que lidam com pracamente todos os aspectos dos
Pretendendo resguardar suas fronteiras e, também, expandir o pardos e das eleições, estabelecendo os parâmetros aos quais es-
seu Império, D. João ordenou a invasão e ocupação da região, que tes devem seguir, encontram-se atualmente na Constuição e no
se tornou a Província Cisplana, incorporada ao Brasil até 1827. Código Eleitoral. Na Constuição, tratam especialmente
especialmente do tema os
capítulos IV, que engloba os argos 14 e 15 e V, abrangendo o argo

Pardos polícos
O Brasil possui umae eleições
tradição no
de Brasil
livre criação de pardos polí- 17.
cadoNoaos
capítulo IV,polícos
pardos são abordados os direitos polícos, e o V é dedi -
propriamente.
cos que remonta à independência, mesmo considerando que, no -
toriamente, tais endades não tenham demonstrado um conteúdo Fonte: hps://www.infoescola.com/polica/pardos-policos-e-elei  -
ideológico sólido que lhes permita serem disntos uns aos outros coes-no-brasil/ 
através de toda história do Brasil como Império e República. Ao
mesmo tempo, nossa história democráca, apesar dos percalços e
de ocasionais interrupções, segue rumo à maturidade, tendo suas Revoltas conspirações
conspirações e revoluções e a emancipação e os con-
raízes mais angas no período colonial, onde os cidadãos da Améri - itos sociais.
ca portuguesa já votavam para escolher os seus representan
representantes
tes em As Revoltas do Período Colonial Brasileiro se dividiram entre
níveis regionais. interesses navistas e interesses separasta
s eparastas.
s.
A evolução das forças e dos pardos polícos ao longo do Im - O Brasil foi colonizado por Portugal a parr de 1500, mas a
pério (1822-1889) reea os interesses dos países estrangeiros so- efeva exploração do território não começou no mesmo ano. Ini -
bre o Brasil, principalmente pelo fato do país ter sido colônia por - cialmente, os portugueses apenas extraíam das terras brasileiras
tuguesa e também pelo fato da independência ser resultado direto o pau-brasil que era trocado com os indígenas. Na falta de metais
das negociações entre ingleses, portugueses e brasileiros. Como preciosos, que demoraram ser encontrados, esse po de relação
pardos permanentes, que resisram até o m do Império, exis - de troca, chamada escambo, permaneceu por algumas décadas. A
ram somente dois, o Pardo Conservador e o Pardo Liberal, sob os postura dos portugueses em relação ao Brasil só se alterou quando
quais orbitaram durante todo o período monárquico pardos me - a ameaça de perder a nova terra e seus benecios para outras na -
nores e efêmeros. cionalidades aumentou.

13
 

HISTÓRIA
Com o desenvolvimento da exploração do Brasil em sendo co-
lonial, ou seja, tudo que era produzido em território brasileiro iria O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
para Portugal, a metrópole e detentora dos lucros nais. Esse po
de relação estava inserido na lógica do Mercanlismo que marcava
marcava Para compreender o verdadeiro signicado histórico da inde-
as ligações de produção e lucro entre colônias e suas respecvas pendência do Brasil, levaremos em consideraçã
consideração
o duas importantes
metrópoles. O modelo que possui essas caracteríscas é chamado questões:
de Pacto Colonial, mas as recentes pesquisas de historiadores estão
demonstrando novas abrangências
abrangências sobre a rigidez desse po de re- Em primeiro lugar,
lugar, entender que o 07 de setembro de 1822 não
lação comercial. Ao que parece, o Pacto Colonial não era tão rígido foi um ato isolado do príncipe D. Pedro, e sim um acontecimento
como se disse por muitos anos, a colônia nha certa autonomia que integra o processo de crise do Ango Sistema Colonial, iniciada
para negociar seus produtos e apresentar seus interesses.
interesses. com as revoltas de emancipação no nal do século XVIII. Ainda é
De toda forma, é certo que o po de relação entre metrópole muito comum a memória do estudante associar a independência
e colônia envolveu a práca da exploração. O objevo das metró - do Brasil ao quadro de Pedro Américo, “O Grito do Ipiranga”, que
poles era auferir o máximo de lucros possíveis com a produção das personica o acontecimento na gura de D. Pedro.
colônias. No Brasil, antes do ouro ser encontrado e causar grande
alvoroço, a cana-de-açúcar era o principal produto produzido, na Em segundo lugar, perceber que a independência do Brasil,
região Nordeste. restringiu-se à esfera políca, não alterando em nada a realidade
A exploração excessiva
excessiva que era feita pela metrópole portugue- sócio-econômica, que se manteve com as mesmas caracteríscas
sa teve seus reexos de descontentamento a parr do nal do sé- do período colonial.
culo XVII. Neste, ocorreu apenas um movimento de revolta, mas Valorizando essas duas questões, faremos uma breve avaliação
Valorizando
foi ao longo do século XVIII que os casos se mulplicaram. Entre histórica do processo de independência do Brasil.
todos esses movimentos, podem-se disnguir duas orientações nas Desde as úlmas décadas do século XVIII assinala-se na Amé -
revoltas: a de po navista e a de po separasta
separasta.. As revoltas que rica Lana a crise do Ango Sistema Colonial. No Brasil, essa crise
se encaixam no primeiro modelo são caracterizadas por conitos foi marcada pelas rebeliões de emancipação, destacando-se a In -
ocorridos entre os colonos ou defesa de interesses de membros da condência Mineira e a Conjuração Baiana. Foram os primeiros mo-
elite colonial. Somente as revoltas de po separasta que pregavam vimentos sociais da história do Brasil a quesonar o pacto colonial
uma independência em relação a Portugal. A Revolta dos Beckman e assumir um caráter republicano. Era apenas o início do processo
ocorreu no ano de 1684 sobs ob liderança dos irmãos Manuel e Tomas de independência políca do Brasil, que se estende até 1822 com
Beckman.. O evento que se passou no Maranhão
Beckman Maranhão reivindicava
 reivindicava me- o “sete de setembro”. Esta situação de crise do ango sistema co-
lhorias na administração colonial, o que foi visto com maus olhos lonial, era na verdade, parte integrante da decadência do Ango
pelos portugueses que reprimiram os revoltosos violentamente. Foi Regime europeu, debilitado pela Revolução Industrial na Inglaterra
a única revolta do século XVII. e principalmente pela difusão do econômico e dos princípios ilumi-
A Guerra dos Emboabas foi um conito que ocorreu entre nistas, que juntos formarão a base ideológica para a Independên -
1708 e 1709. O confronto em Minas Gerais aconteceu porque os cia dos Estados Unidos (1776) e para a Revolução Francesa (1789).
bandeirantes paulistas queriam ter exclusiv
exclusividade
idade na exploraç
exploração
ão do Trata-se de um dos mais importantes movimentos de transição na
ouro recém descoberto no Brasil, mas levas e mais levas de portu - História, assinalado pela passagem da idade moderna para a con -
gueses chegavam à colônia para invesr na exploração. A tensão temporânea, representada pela transição do capitalismo comercial
culminou em conito entre as partes. para o industrial.
A Guerra dos Mascates aconteceu logo em seguida, entre 1710
e 1711. O confronto em Pernambuco envolveu senhores de enge- Os Movimentos de Emancipação
nho de Olinda e comerciant
comercianteses portugueses de Recife. A elevação de A Incondência Mineira destacou-se por ter sido o primeiro
Recife à categoria de vila desagradou a aristocracia rural de Olinda, movimento social republicano-emancipacionista
republicano-emancipacionista de nossa história.
gerando um conito. O embate chegou ao m com a intervenção de Eis aí sua importância maior, já que em outros aspectos cou mui-
Portugal e equiparação entre Recife e Olinda. to a desejar. Sua composição social por exemplo, marginalizava as
A Revolta de Filipe dos Santos aconteceu em 1720. O líder Fili- camadas mais populares, congurando-se num movimento elista
pe dos Santos Freire representou a insasfação dos donos de minas estendendo-se no máximo às camadas médias da sociedade, como
de ouro em Vila Rica com a cobrança do quinto e a instalação das intelectuais, militares, e religiosos. Outros pontos que contribuíram
Casas de Fundição. A Coroa Portuguesa condenou Filipe dos Santos para debilitar o movimento foram a precária arculação militar e a
à morte e encerrou o movimento violentamente. postura regionalista, ou seja, reivindicavam a emancipação e a re-
A Incondência Mineira,
Mineira, já com caráter de revolta separas - pública para o Brasil e na práca preocupavam-se com problemas
ta, aconteceu em 1789. A revolta dos mineiros contra a exploração locais de Minas Gerais. O mais grave contudo foi a ausência de uma
dos portugueses pretendia tornar Minas Gerais independente de postura clara que defendesse a abolição da escravatura. O desfe -
Portugal, mas o movimento foi descoberto antes de ser deagrado cho do movimento foi assinalado quando o governador Visconde de
e acabou sendo punido com rigidez pela metrópole. Tiradentes
Tiradentes   foi Barbacena suspendeu a derrama -- seria o pretexto para deagrar a
morto e esquartejado em praça pública para servir de exemplo aos revolta - e esvaziou a conspiração, iniciando prisões acompanhadas
demais do que aconteceria aos descontentes com Portugal. de uma verdadeira devassa.
A Conjuração Baiana,
Baiana, também separasta, ocorreu em 1798. O
movimento ocorrido na Bahia pretendia separar o Brasil de Portu - Os líderes do movimento foram presos e enviados para o Rio
gal e acabar com o trabalho escravo. Foi severamente punida pela de Janeiro responderam pelo crime de incondência (falta de  -
Coroa Portuguesa. delidade ao rei), pelo qual foram condenados. Todos negaram sua
parcipação no movimento, menos Joaquim José da Silva Xavier,
Xavier, o
Fonte: hps://www.infoescola.com/historia/revoltas-do-periodo-colo - alferes conhecido como Tiradentes, que assumiu a responsabilida -
nial-brasileiro/  de de liderar o movimento. Após decreto de D. Maria I é revogada
a pena de morte dos incondentes, exceto a de Tiradentes. Alguns

14
 

HISTÓRIA
tem a pena transformada em prisão temporária, outros em prisão O Signicado Histórico da Independência
perpétua. Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão, onde prova - A aristocracia rural brasileira encaminhou a independência do
velmente foi assassinado. Brasil com o cuidado de não afetar seus privilégios, representados
Tiradentes, o de mais baixa condição social, foi o único conde - pelo lafúndio e escravismo. Dessa forma, a independência foi im-
nado à morte por enforcamento. Sua cabeça foi cortada e levada posta vercalmente, com a preocupação em manter a unidade na -
para Vila Rica. O corpo foi esquartejado e espalhado pelos cami- cional e conciliar as divergências existentes dentro da própria elite
nhos de Minas Gerais (21 de abril de 1789). Era o cruel exemplo rural, afastando os setores mais baixos da sociedade representados
que cava para qualquer outra tentava de quesonar o poder da por escravos e trabalhadores pobres em geral.
metrópole. Com a volta de D. João VI para Portugal e as exigências para
que também o príncipe regente voltasse, a aristocracia rural passa
O exemplo parece que não assustou a todos, já que nove a viver sob um dicil dilema: conter a recolonizarão e ao mesmo
anos mais tarde iniciava-se na Bahia a Revolta dos Alfaiates, tam - tempo evitar que a ruptura com Portugal assumisse o caráter re -
bém chamada de Conjuração Baiana. A inuência da loja maçônica volucionário-republicano
volucionário-republ icano que marcav
marcavaa a independência da América
Cavaleiros da Luz deu um sendo mais intelectual ao movimento Espanhola, o que evidentement
evidentementee ameaçaria seus privilégios.
que contou também com uma ava parcipação de camadas po- A maçonaria (reaberta no Rio de Janeiro com a loja maçônica
pulares como os alfaiates João de Deus e Manuel dos Santos Lira. Comércio e Artes) e a imprensa uniram suas forças contra a postura
Eram pretos, mesços, índios, pobres em geral, além de soldados recolonizadora
recolonizado ra das Cortes.
e religiosos. Justamente por possuir uma composição social mais D. Pedro é sondado para car no Brasil, pois sua parda poderia
abrangente com parcipação popular, a revolta pretendia uma re - representar o esfacelamento do país. Era preciso ganhar o apoio de D.
pública acompanhada da abolição da escravatura. Controlado pelo Pedro, em torno do qual se concrezariam os interesses da aristocracia
governo, as lideranças populares do movimento foram executadas rural brasileira. Um abaixo assinado de oito mil assinaturas foi levado
por enforcamento, enquanto que os intelectuais foram absolvidos. por José Clemente Pereira (presidente do Senado) a D. Pedro em 9 de
Outros movimentos de emancipação também foram controla-  janeiro
 janeiro de 182
1822,2, solicitan
solicitando
do sua perm
permanên
anência
cia no Bra
Brasil.
sil. Cedendo
Cedendo às
dos, como a Conjuração do Rio de Janeiro em 1794, a Conspiração pressões, D. Pedro decidiu-se: “Como é para o bem de todos e felicida-
dos Suaçunas em Pernambuco (1801) e a Revolução Pernambucana de geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que co”.
de 1817. Esta úlma, já na época que D. João VI havia se estabeleci- É claro que D. Pedro decidiu car bem menos pelo povo e bem
do no Brasil. Apesar de condas todas essas rebeliões foram deter-
minantes para o agravamento
agravamento da crise do colonialismo no Brasil, já mais
futurapela aristocracia,não
independência quealterar
o apoiaria como imperador
a realidade em troca
socioeconômica da-
colo
que trouxeram pela primeira vez os ideais iluministas e os objevos nial. Contudo, o Dia do co era mais um passo para o rompimen-
republicanos. to denivo com Portugal. Graças a homens como José Bonifácio
de Andrada e Silva (patriarca da independência), Gonçalves Ledo,
A Família Real no Brasil e a Preponderância Inglesa José Clemente Pereira e outros, o movimento de independência
Se o que dene a condição de colônia é o monopólio imposto adquiriu um ritmo surpreendente com o cumpra-se, onde as leis
pela metrópole, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixa- portuguesas seriam obedecidas somente com o aval de D. Pedro,
va de ser colônia. O monopólio não mais exisa. Rompia-se o pacto que acabou aceitando o tulo de Defensor Perpétuo do Brasil (13
colonial e atendia-se assim, os interesses da elite agrária brasileira, de maio de 1822), oferecido pela maçonaria e pelo Senado. Em 3
acentuando as relações com a Inglaterra, em detrimento das tradi - de junho foi convocada uma Assembleia Geral Constuinte e Le-
cionais relações com Portugal. gislava e em primeiro de agosto considerou-se inimigas as tropas
portuguesas que tentassem desembarcar no Brasil.
Esse episódio, que inaugura a políca de D. João VI no Brasil,
é considerado a primeira medida formal em direção ao “sete de
São Paulo vivia um clima de instabilidade para os irmãos Andra -
setembro”.
das, pois Marm Francisco (vice-presidente da Junta Governava
de São Paulo) foi forçado a demir-se, sendo expulso da província.
EssaHá muito Portugal
dependência dependia
acentua-se comeconomicamente
a vinda de D. JoãodaVIInglaterra.
ao Brasil, Em Portugal, a reação tornava-se radical, com ameaça de envio de
que gradualmente deixava de ser colônia de Portugal, para entrar tropas, caso o príncipe não retornasse imediatamente.
na esfera do domínio britânico. Para Inglaterra industrializada, a in-
dependência da América Lana era uma promissora oportunidade José Bonifácio, transmiu a decisão portuguesa ao príncipe,
de mercados, tanto fornecedores, como consumidores.  juntamente com carta sua e de D. Maria Leopoldina, que cara no
Rio de Janeiro como regente. No dia sete de setembro de 1822 D. Pe -
Com a assinatura dos Tratados de 1810 (Comércio e Navegação dro que se encontrava às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo,
e Aliança e Amizade), Portugal perdeu denivamente o monopólio após a leitura das cartas que chegaram em suas mãos, bradou: “É tem -
do comércio brasileiro e o Brasil caiu diretamente na dependência po... Independência ou morte... Estamos separados de Portugal”. Che -
do capitalismo inglês. gando no Rio de Janeiro (14
( 14 de setembro de 1822), D. Pedro foi aclama-
do Imperador Constucional do Brasil. Era o início do Império, embora
Em 1820, a burguesia mercanl portuguesa colocou m ao a coroação apenas se realizasse em primeiro de dezembro de 1822.
absolusmo em Portugal com a Revolução do Porto. Implantou-se A independência não marcou nenhuma ruptura com o proces-
uma monarquia constucional, o que deu um caráter liberal ao mo- so de nossa história colonial. As bases socioeconômicas (trabalho
vimento. Mas, ao mesmo tempo, por tratar-se de uma burguesia escravo, monocultura e lafúndio), que representavam a manu -
mercanl que tomava o poder, essa revolução assume uma postu - tenção dos privilégios aristocrácos, permaneceram inalteradas.
ra
seurecolonizadora sobre
lho aproxima-se o Brasil.
ainda D. João
mais da VI retorna
a ruralpara
aristocracia
aristocraci Portugal
brasileira, e
que O “sete de
políca, quesetembro” foi14
já começara apenas a consolidação
anos atrás, de uma
com a abertura dosruptura
portos.
sena-se duplamente ameaçada em seus interesses: a intenção re-
colonizadoraa de Portugal e as guerras de independência na América
colonizador Fonte: hp://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codi -
Espanhola, responsáveis pela divisão da região em repúblicas. go=3
15

HISTÓRIA
terra, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Connental, que
BRASIL IMPERIAL  O PRIMEIRO REINADO, O PERÍODO consisa na proibição às nações europeias de comercializar com a
REGENCIAL E O SEGUNDO REINADO: ASPECTOS, PO Inglaterra.
LÍTICOS, ADMINISTRATIVOS, MILITARES, CULTURAIS, Segundo essa políca estabelecida por Napoleão, as nações
ECONÔMICOS, SOCIAIS, TERRITORIAIS, A POLÍTICA que não aderissem ao bloqueio seriam militarmente invadidas pe -
EXTERNA, A QUESTÃO ABOLICIONISTA, O PROCESSO las tropas francesas. Portugal não aceitou aderir a esse bloqueio,
DE MODERNIZAÇÃO, A CRISE DA MONARQUIA E A  justamente porque a Inglaterra era sua maior aliada políca e eco-
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA nômica. Para fechar essa brecha existente, Napoleão ordenou a in-
vasão da Península Ibérica em 1807.
Brasil Imperial é um período da história brasileira entre 7 de Comseu
colocou a invasão francesa,
irmão, José Napoleão
Bonaparte, destuiu
no trono o rei espanhol
espanhol. Durante ae
setembro de 1822 (Independência do Brasil) e 15 de novembro de
1889 (Proclamação da República). Neste período, o Brasil foi gover- invasão napoleônica em Portugal,
Portugal, D. João VI optou por fugir da pre-
nado por dois monarcas: D. Pedro I e D. Pedro II. sença das tropas francesas e, assim, realizou o embarque às pressas
com tudo o que pudesse carregar para o Brasil. A respeito disso,
segue o relato de Boris Fausto:
Entre 25 e 27 de novembro de 1807, cerca de 10 a 15 mil pes -
soas embarcaram em navios portugueses rumo ao Brasil, sob a pro-
teção da frota inglesa. Todo um aparelho burocráco vinha para a
Colônia: ministros, conselheiros, juízes da Corte Suprema, funcio-
nários do Tesouro, patentes do Exército e da Marinha, membros do
alto clero. Seguiam também o tesouro real, os arquivos do governo,
uma máquina impressora e várias bibliotecas que seriam a base da
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
A expedição portuguesa era composta de 46 embarcações,
que foram escoltadas até a costa brasileira pela Marinha inglesa.
A viagem foi cheia de percalços, como uma tempestade que sepa -
rou parte dos navios, a falta de comida por causa da quandade de
 A Independência do Brasil  pessoas e, de acordo com os historiadores, um surto de piolhos que
Em 1799, Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França. forçou as mulheres a rasparem os cabelos.
Seus projetos industrialista
industrialistass e expansionista
expansionistass levaram ao confronto D. João VI e toda a Corte portuguesa chegaram ao Brasil, na
direto com a Inglaterra. Por isso, em 1806, determinou o Bloqueio região de Salvador,
Salvador, em janeiro de 1808. No mês seguinte, o rei por-
Connental: o connente foi proibido de manter relações com os tuguês embarcou para a cidade do Rio de Janeiro, chegando a essa
britânicos. Isto afetou diretamente Portugal. cidade em março. Do Rio de Janeiro, D. João VI governaria Portugal
Ameaçada de invasão, a Corte do Regente D. João rerou-se e o Brasil até 1821, quando, então, retornou à Europa.
para o Brasil. Pressões inglesas e brasileiras o levaram a assinar a
Quais grandes mudanças ocorreram com a chegada de D. João
abertura dos portos, em 1808, pondo um m no Pacto Colonial. Era
VI ao Brasil?
o domínio inglês.
Assim que chegou ao Brasil, D. João VI tomou a primeira medi-
Os Tratados de 1810 selaram de vez tal domínio. E o Brasil foi
da de relevância
relevância:: a abertura dos portos brasileiros às nações ami-
elevado a Reino Unido de Portugal, em 1815. Esta submissão de D.
gas.. Isso aconteceu no dia 28 de janeiro de 1808 e iniciou todas as
gas
João a Londres irritou profundamente a burguesia lusitana, pois a
mudanças que estavam por vir. A abertura dos portos brasileiros
Independência parecia inevitável. Mesmo a repressão joanina aos às nações amigas signicava, na práca, que a única nação a bene-
republicanos da Revolução Pernambucana de 1817 não bastou para ciar-se disso seria a Inglaterra, dona de um gigantesco comércio
aplacar a iraem
Assim, de1820,
Lisboa.
a Revolução do Porto implantou a monarquia marímo.
Essa medida signicou o m do monopólio comercial exercido
exercido
constucional e D. João VI voltou a Portugal. Aqui deixou o Príncipe por Portugal sobre as avidades econômicas do Brasil e permia
D. Pedro como Regente. Formaram-se duas agremiações rivais: o aos comerciantes e grandes proprietários brasileiros negociar dire-
Pardo Português, desejando a recolonização do Brasil, e o Pardo tamente com seus compradores estrangeiros. Para Portugal, essa
Brasileiro,, da aristocracia. Em 1822, por duas vezes, D. Pedro foi in-
Brasileiro medida era resultado de uma necessidade óbvia, uma vez que, com
mado a retornar: em 9 de Janeiro deu a decisão do “Fico” e a 7 de a ocupação francesa, seria impossível comercializar com os portos
Setembro, o “Grito do Ipiranga”. Nascia o Império. portugueses.
Outras decisões importantes tomadas por D. João VI foram a
Período Joanino permissão para instalar manufaturas no Brasil e a criação de incen-
O Período Joanino refere-se ao momento da história da colo - vos para que essas manufaturas surgissem. Apesar dessa medi -
nização brasileira marcado
marcado pela presença da família real portugue - da ser extremamente importante, as mercadorias manufaturadas
sa no Brasil. Essa época especíca foi iniciada em 1808, quando a produzidas no Brasil sofriam com a concorrência das mercadorias
Corte portuguesa e D. João VI chegaram ao Brasil, e estendeu-se inglesas, que possuíam mais qualidade e um preço atravo (Por-
até 1821, quando esse rei, pressionado pelas cortes portuguesas, tugal taxou as mercadorias inglesas em apenas 15% de imposto al -
optou por retornar para Portugal. Durante esse período, a família fandegário).
real portuguesa habitou a cidade do Rio
R io de Janeiro. Por ordem de D. João VI, foram desenvolvidas faculdades de
medicina em Salvador e no Rio de Janeiro. Além disso, construíram-
Por que a família real portuguesa mudou-se para o Brasil? -se museus, teatros e bibliotecas, e foi permida a instalação de
A mudança da família real portuguesa para o Brasil estava
estava rela- uma pograa na cidade do Rio de Janeiro. Tudo isso contribuiu
cionada com os acontecimentos na Europa durante o Período Na - para o crescimento do intelectualismo no Brasil e possibilitou a cir-
poleônico. Como forma de enfraquecer economicamente a Ingla culação de ideias, sobretudo na capital.

16

HISTÓRIA
Esse crescimento do intelectualismo no Brasil acabou incen - monarquia centralista.
centralista. O desfecho foi o golpe da “noite da agonia”:
vando a vinda de intelectuais e arstas estrangeiros notáveis da - a Constuinte foi dissolvida. D. Pedro, então, outorgou a Constui-
quele período, como a viagem do botânico e naturalista francês ção que seus conselheiros elaboraram
elaboraram e fortaleceu-se com o Poder
Auguste de Saint-Hilaire e a Missão Arsca Francesa, que trouxe Moderador.
importantes arstas franceses, com destaque para Debret 
Debret   e suas
pinturas sobre o Rio de Janeiro.
No entanto, a medida mais importante tomada por D. João
ocorreu em 1815, quando o Brasil foi elevado à  à  condição de Reino
e, assim, surgiu o Reino de Portugal, Brasil e Algarves. Isso aconte-
ceu porque as nações integrantes do Congresso de Viena considera-
vam inaceitável
inaceitável que um rei europeu esvesse em uma colônia e não
em seu reino de fato. Como resposta, D. João VI tomou essa medida
e transformou o Brasil em parte integrante do reino português.

Além de permirem o desenvolvimento econômico e intelec -


tual do Rio de Janeiro, todas essas mudanças resultaram no aumen-
to populacional da cidade do Rio de Janeiro, que passou de 50 mil
habitantes, em 1808, para 100 mil habitantes em 1822.

Como foi a políca externa de D. João durante o Período Joa-


nino? Quinta da Boa Vista
Enquanto esteve presente no Brasil, D. João VI envolveu-se di -
retamente em questões territoriais com nações vizinhas e territó - A reação veio na revolta da Confederação do Equador, em
rios vizinhos dominados por nações estrangeiras. Primeiramente, 1824. A repressão custou a vida de expoentes liberais, como Frei
houve a invasão da Guiana Francesa, realizada em 1809. D. João Caneca. Neste mesmo ano os E.U.A. reconheceram o Brasil livre.
VI ordenou essa ocupação, junto com tropas inglesas, como repre -
sália à ocupação de Portugal pelos franceses. A presença lusitana Mas
cadasosnegociações
reconhecimentos português
que geraram e inglês
a dívida só vieram
externa. após intrin
Em seguida, Pedro-
na Guiana Francesa estendeu-se até 1817, quando essa região foi I envolveu-se na questão sucessória portuguesa e na Guerra Cispla-
devolvida para a França após a derrota de Napoleão. na, perdendo o Uruguai.
Outra questão muito importante, e que gerou impactos no Bra- Em 1830, as agitações resultaram no assassinato do jornalista
sil após a independência, foi o conito pela Cisplana. Por ordem de oposição Líbero Badaró e na “noite das garrafadas”, entre lusos
de D. João VI, a Banda Oriental do Rio da Prata (atual Uruguai) foi e brasileiros. Foi a crise nal: no dia 7 de Abril de 1831, a abdicação
invadida e anexada ao território brasileiro em 1811. Pouco tempo de D. Pedro encerrou o 1 Reinado.
depois, em 1816, foram travadas guerras contra José Argas, que
lutava pela independência do Uruguai.  As Regências do Império
O Período Regencial (1831-40) foi o mais conturbado do Impé-
Como foi o retorno de D. João VI para Portugal? rio. Durante as Regências Trinas,
Trinas, Provisória e Permanente, a disputa
O retorno da Corte portuguesa a Portugal decorreu das pres - pelo poder caracterizou um “Avanço Liberal”. O Pardo Português
sões que D. João VI passou a sofrer da burguesia portuguesa a parr tornou-se o grupo restaurador “Caramuru” defendendo a volta de
de 1820. Nesse momento, era iniciada a Revolução Liberal do Porto, Pedro I; o Pardo Brasileiro dividiu-se nos grupos Exaltado (“Farrou-
na qual a burguesia formou as cortes portuguesas (espécie de as- pilha”) e Moderado (“Chimango”), respecvamente a favor e contra
sembleia) e passou a exigir mudanças em Portugal de acordo com uma maior descentraliz
descentralização
ação políca.
os princípios liberais
Os liberais e ilustrados
portugueses em voga.
queriam que algumas mudanças fos A Regência Trina Permanente
Permanente criou, em 1831, a Guarda Nacio-
- nal, através do Ministro da Jusça Padre Diogo Feijó. A nova arma
sem implantadas com a nalidade de recuperar a economia portu- servia à repressão interna e deu origem aos “coronéis” das elites
guesa. As principais exigências das cortes portuguesas eram o re- agrárias. A Constuição foi reformada através do Ato Adicional de
baixamento do Brasil novamente à condição de colônia e o retorno
baixamento 1834. Foram criadas as Assembleias Legislavas Provinciais, abolido
imediato de D. João VI para Portugal. Essas pressões exerci
exercidas
das pelas o Conselho de Estado e substuída a Regência TrinaTrina pela Una.
cortes portuguesas forçaram o rei a retornar por causa do temor de Estas parcas vitórias liberais produziram, então, o Regresso
perder o trono português. Conservador. Os regentes Feijó, do Pardo Progressista, e Araújo
D. João VI retornou para Portugal com aproximadamente
aproximadamente qua- Lima, do Regressista, enfrentaram a radicalização das Rebeliões Re-
tro mil pessoas em 1821, no entanto, deixou seu lho D. Pedro, genciais: Cabanagem (PA),
(PA), Sabinada (BA), Balaiada (MA) e a Guerra
futuro D. Pedro I, como regente do Brasil. As tensões provocadas dos Farrapos (RS/SC) foram as principais. Todas de caráter federa-
pelas cortes portuguesas com o Brasil e D. Pedro criaram a ruptura vo, embora tão disntas. E a principal foi o Golpe da Maioridade,
que deu início ao processo de independência do Brasil. em 1840.

O Primeiro Reinado
A monarquia brasileira consolidou-se de forma críca. A marca
do 1 Reinado foi a disputa pelo poder entre o Imperador Pedro I e a
elite aristocráca nacional.
nacional. O primeiro confronto deu-se na outorga
da Constuição de 1824.
Durante o ano anterior as relações entre o governo e a Assem-
bleia Constuinte foram tensas. Enquanto a maioria “brasileira”
pretendia reduzir o poder do Trono, os “portugueses” defendiam a

17

HISTÓRIA
O segundo reinado - de 1840 a 1889 A estabilidade políca revelou a contradição entre as aparên -
cias democrácas e a essência autoritária do regime. As eleições
eram censitárias e fraudulentas, apelidadas de “Eleições do Cace-
te”.. Os Pardos Liberal e Conservador eram elistas, sem diferenças
te”
ideológicas signicavas. E o parlamentarismo às avessas permia
ao Poder Moderador do rei manipular tanto o 1 Ministro como o
Parlamento.
Entre 1851 e 1870, o Império enfrentou as Guerras Externas

no Prata. Foram
pansionista, peloconitos
controlesangrentos causados
da navegação pelo
nos rios dacaudilhismo
Bacia Planaexe-
inuenciados pelos interesses ingleses na região.
Principalmentee a Guerra contra Solano Lopes (Paragua
Principalment (Paraguai)
i) trouxe
dráscos aumentos na dívida externa e inuências polícas sobre
os militares, atuantes de ora em diante no movimento republicano.
republicano.

O Império do Café O Movimento Republicano e o 13 de Maio


O café foi introduzido no Brasil em princípios do século XVIII. Os pardos e grupos agrários revezavam-se no poder numa
Sua rápida ascensão o pôs na ponta da economia entre as déca - gangorra viciada e alheia aos reclamos da sociedade em mutação.
das de trinta dos séculos XIX e XX. A independência e a revolta dos O trabalho assalariado imigrante e a semi-servidão sufocav
sufocavam
am a es -
escravos no Hai, principal produtor, abriu espaço para o Brasil no cravidão. E Pedro II observava estrelas.
mercado mundial. Em 1870, através do jornal A República, o Manifesto Republica-
O café pôde aproveitar a infraestrutura econômica já instalada no de Quinno Bocaiúva lançou a proposta do Pardo Republicano
no Sudeste, os solos adequados da região (sobretudo a terra roxa) à sociedade. Mas só três anos depois, com a fundação do Pardo
e não precisou de mão-de-obra qualicada na instalação das pri - Republicano Paulista na Convenção de Itu, surgiu o grupo dos “Re -
meiras lavouras. Assim, o invesmento inicial de capital foi rela- publicanos Históricos”.
vamente baixo. Os “Republicanos Idealistas” organizaram-se
organizaram-se em torno do Exér-
As consequências imediatas mostraram-se na modernização cito, que fundou o Clube Militar.
Militar. Dessa forma, os cafeicultores e as
das relações de produção. O café foi gradavamente substuindo emergentes classes médias urbanas encontravam seus interlocuto-
os escravos pelos assalariados, sobretudo imigrantes europeus. res. A Campanha Abolicionista tomou espaço com a Lei do Ventre -
Para tanto, contribuíram as pressões inglesas pelo m do tráco -Livre de 1871, mesmo ano da Questão Religiosa, entre o governo
negreiro. e a cúpula católica.
Em 1844, foi aprovada a Lei Alves Branco, que exnguiu taxas A Lei Saraiva-Cotegipe libertou os sexagenários em meio à
alfandegárias favoráveis aos ingleses, vigentes desde 1810. Invo- Questão Militar. A 13 de Maio de 1888 a Princesa Isabel assinou a
cando os mesmos tratados daquele ano, foi promulgado o Bill Aber- Lei Áurea, exnguindo a escravidão no Brasil. Foi a gota d’água. A
deen, em 1845. Esta lei, juntamente com a Lei Eusébio de Queirós monarquia desabou no dia 15 de novembro de 1889. O Marechal
de 1850, exnguiram o tráco e levantaram a questão abolicionista. Deodoro da Fonseca expulsou a família Bragança do Brasil e instau -
Eram os primeiros passos capitalistas de um país, ainda incapaz rou a República.
de aceitar a industrializa
industrialização
ção sonhada pelo Barão de Mauá.
Resumo Cronológico dos principais fatos da História do Brasil
 A Glória de Pedro II  Imperial

Principais fatos históricos do Primeiro Reinado (1822 a 1831)


- 7 de setembro de 1822: Proclamação da Independência do
Brasil por D. Pedro I (então príncipe regente).
- 12 de outubro de 1822 - D. Pedro I é aclamado imperador no
Rio de Janeiro.
- 1823 - Reunião da Assembleia Geral Constuinte e Legisla -
va com o objevo de criar a primeira constuição brasileira. Com
pouco tempo de trabalha, a Assembleia é dissolvida pelo imperador
que cria o Conselho de Estado.
- 1824 - A Constuição Brasileira é outorgada por D. Pedro I.
- 1824 - Confederação do Equador: movimento revolucionário
e emancipacionista ocorrido na região nordeste do Brasil.
- 1825 a 1828 - Guerra da Cisplana: movimento que tornou a
região do Uruguai independente do Brasil.
- 1831 - Após muitos protestos populares e oposição de vários
D. Pedro II setores da sociedade, D. Pedro I abdica ao trono em favor de seu
lho.
Em 1847, o jovem imperador prematuramente entronado em
1840, completou vinte anos. Foi instaurado o sistema parlamenta - Principais fatos históricos do Período Regencial (1831 a 1840)
rista de governo e o café ganhou os mercados do mundo. A úlma - Neste período o Brasil foi governado por regentes. Regência
guerra civil do Império sangrou Pernambuco na Revolução Praieira Trina Provisória, Regência Trina Permanente, Regência Una de Feijó,
de 1848. A monarquia mostrava-se mais uma vez surda às reivindi - Regência Una de Araújo Lima
cações “radicais” dos liberais.

18

HISTÓRIA
- O período foi marcado por várias revoltas sociais. A maior par- 2. (IFB/2017 – IFB)
IFB) “A principal caracterísca políca da inde-
te delas eram em protesto contra as péssimas condições de vida, pendência brasileira foi a negociação entre a elite nacional, a coroa
alta de impostos, autoritarismo e abandono social das camadas portuguesa e a Inglaterra, tendo como gura mediadora o príncipe
mais populares da população. Neste contexto podemos citar: Ba - D. Pedro”
laiada, Cabanagem, Sabinada, Guerra dos Malês, Cabanada e Revo- (CARVALHO,
(CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 1.
lução Farroupilha
Farroupilha.. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 26).
- 1840 (23 de julho) - Golpe da Maioridade com apoio do Par-
do Liberal. Maioridade de Dom Pedro II foi declarada. Leia as armavas com relação ao processo de emancipação
políca do Brasil.
Principais fatos históricos do Segundo Reinado (1840 a 1889) I) As tentavas das Cortes lusitanas em recolonizar o Brasil uni-
- 1841 - Dom Pedro II é coroado imperador do Brasil. ram os luso-americanos em torno da ideia de perpetuar os laços
- 1844 - Decretação da Tarifa Alves Branco que protege as ma- polícos que uniam, entre si, os lados europeu e americano do Im-
nufaturas brasileiras. pério Português.
- 1850 - Lei Eusébio de Queiróz: m do tráco de escravos. II) A escolha da monarquia em vez da república, como alterna-
- 1862 e 1865 - Questão Chrise - rompimento das relações va políca para o Brasil independente, derivou da convicção da elite
diplomácas entre Brasil e Grã-Breta
Grã-Bretanha.
nha. brasileira de que só um monarca poderia manter a ordem social e
- 1864 a 1870 - Guerra do Paraguai - conito militar
militar na América a união territorial.
do Sul entre o Paraguai e a Tríplice Aliança (Brasil, Argenna e Uru - III) Desde o retorno do Rei D. João VI para Portugal, em 1821, a
guai) com o apoio do Reino Unido. Em 1870 é declarada a derrota elite brasileira percebeu a necessidade de uma solução políca que
do Paraguai. implicasse a separação entre Brasil e Portugal.
- 1870 - Fundação do Pardo Republicano Brasileiro. IV) O papel dos escravos e livres pobres foi decisivo para a tran -
- 1871 - Lei do Ventre Livre: liberdade aos lhos de escravas, sição do Brasil de colônia para emancipado policamente.
nascidos a parr daquela data. V) A independência do Brasil trouxe grandes
grandes limitações dos di -
- 1872 a 1875 - Questão Religiosa: conito pelo poder entre a reitos civis, uma vez que manteve a escravidão.
Igreja Católica e a monarquia brasileira.
brasileira.
- 1875 - Começa o período de imigração para o Brasil. Italianos, Assinale a alternava que apresenta somente as armavas
espanhóis, alemães e japoneses chegam ao Brasil para trabalharem CORRETAS.
na lavoura de café e nas indústrias. (A) I, V
- 1882 - Início do Ciclo da Borracha: o Brasil torna-se um dos (B) II, IV
principais produtores e exportadores de borracha do mundo. (C) II, V
- 1884 a 1887 - Questão Militar: crise políca e conitos entre a (D) I, IV
Monarquia Brasileira e o Exército. (E) III, IV
- 1885 - Lei dos Sexagená
Sexagenários:
rios: liberdade aos escravos com mais
de 65 anos de idade. 3. (CESPE - Instuto Rio Branco) Durante o Primeiro Reinado
- 1888 - Lei Áurea decretada pela Princesa Isabel: abolição da consolidou-se a independência nacional, construiu-se o arcabou-
escravidão no Brasil. ço instucional do Império do Brasil e estabeleceram-se relações
- 1889 - Proclamação da República no Brasil em 15 de novem - diplomácas com diversos países. Acerca desse período da histó-
bro. Fim da Monarquia e início da República. ria do Brasil, julgue (C ou E) o item subsequente.
Originalmente uma questão concernente apenas ao eixo das
relações simétricas entre os Estados envolvidos, a Guerra da Cis -
EXERCÍCIOS plana encerrou-se com a interferência de uma potência externa
ao conito.
  CERTO
1. (UFMT- IF/MT) Durante o período imperial brasileiro, o libe-   ERRADO
ralismo foi uma das correntes polícas inuentes na composição do
nascente Estado independente, tendo, em diferentes momentos, 4. (MPE/GO– MPE/GO) Acerca da história do Brasil, é incorreto
pautado seus rumos. Há que se observar, no entanto, que, diferen- armar:
temente do modelo europeu, o liberalismo encontrado no Brasil (A) Em 15 de novembro de 1889, ocorreu a Proclamação da
nha suas idiossincrasias. A parr do exposto, marque V para as República pelo Marechal Deodoro da Fonseca e teve início a
armavas verdadeiras
verdadeiras e F para as falsas. República Velha,
Velha, que só veio terminar em 1930 com a chegada
( ) Os limites do liberalismo brasileiro
brasileiro esveram marcados pela de Getúlio Vargas ao poder. A parr daí, têm destaque na his -
manutenção da escravidão e da estrutura arcaica de produção. tória brasileira a industrialização do país; sua parcipação na
( ) Os adeptos do liberalismo pertenciam às classes médias ur - Segunda Guerra Mundial ao lado dos Estados Unidos; e o Golpe
banas, agentes públicos e manumidos ou libertos. Militar de 1964, quando o general Castelo Branco assumiu a
( ) O liberalismo brasileiro mostrou seus limites durante a ela - Presidência.
boração da Constuição de 1824. (B) A ditadura militar, a pretexto de combater a subversão e a
( ) A aproximação de D. Pedro I com os portugueses no Brasil corrupção, suprimiu direitos constucionais, perseguiu e cen-
ajudou a estruturar o pensamento liberal no primeiro reinado. surou os meios de comunicação, exnguiu os pardos polí -
cos e criou o bipardarismo. Após o m do regime militar, os
Assinale a sequência correta. deputados federais e senadores se reuniram no ano de 1988
(A) F, V, F, V em Assembléia Nacional Constuinte e promulgaram a nova
(B) V, V, F, F Constuição, que amplia os direitos individuais. O país se rede-
(C) V, F, V, F mocraza, avança economicamente e cada vez mais se insere
(D) F, F, V, V no cenário internacional.

19

HISTÓRIA
(C) O período que vai de 1930 a 1945, a parr da derrubada 8. (CESPE/ – DEPEN) Na
DEPEN) Na década de 90 do século passado, pela
do presidente Washington Luís em 1930, até a volta do país à primeira vez em dois séculos, faltava inteiramente
inteiramente ao mundo, qual -
democracia em 1945, é chamado de Era Vargas, em razão do quer sistema ou estrutura internacional. O único Estado restante
forte controle na pessoa do caudilho Getúlio Domeles Vargas, que teria sido reconhecido como grande potência, eram os Estados
que assumiu o controle do país, no período. Neste período está Unidos da América. O que isso signicava na práca era bastante
compreendido o chamado Estado Novo (1937-1945). obscuro. A Rússia fora reduzida ao tamanho que nha no século
(D) Em 1967, o nome do país foi alterado para República Fede- XII. A Grã-Bretanha e a França gozavam apenas de um  status pura-
rava do Brasil. mente regional. A Alemanha e o Japão eram sem dúvida “grandes
(E) Fernando Collor foi eleito em 1989, na primeira eleição di - potências” econômicas, mas nenhum dos dois senra a necessida -
reta para Presidente da República desde 1964. Seu governo de de apoiar seus enormes recursos econômicos com força militar.
militar.
perdurou até 1992, quando foi afastado pelo Senado Federal Eric Hobsbawm. Era dos extremos. O breve século XX, 1914-1991. São
devido a processo de “impugnação
“impugnação”” movido contra ele. Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 538 (com adaptações).

5. (MPE/GO– MPE/GO) A volta democráca de Getúlio Vargas A parr das ideias apresentadas no texto, julgue o próximo
ao poder, após ser eleito no ano de 1950, cou caracterizada pelo item, referentes à políca internacional no século XX e à ordem
presidente: mundial instaurada após o m da Guerra Fria.
(A) ter se aproximado dos angos líderes militares do Estado A despeito da derrocada da anga União Soviéca em 1991, o
Novo e ter dado um golpe de Estado em 1952. contexto imediatamente posterior à Guerra Fria não foi marcado
(B) ter exercido um governo de tendência populista e ter se pelo estabelecimento de um sistema internacional organizado
organizado para
suicidado em 1954. reduzir conitos e garanr o equilíbrio entre os estados.
(C)) ter exercido um governo de tendência autoritária, com o   CERTO
apoio de Carlos Lacerda.   ERRADO
(D) ter exercido um governo de tendência populista que foi a
base para sua reeleição em 1955.
(E) nãosubstuído
sendo ter levadopor
o governo
seu vice,adiante porem
Café Filho, movos
1951. de saúde, GABARITO

6. (NC-UFPR – UFPR) Sobre
UFPR) Sobre a redemocraz
redemocrazação
ação no Brasil pós -
ditadura, assinale a alternava correta. 1 C
(A) Uma das ações que marcou o processo de redemocraza-
ção foi a campanha pelas eleições diretas para a presidência da 2 C
República, que cou conhecida como “Diretas já”. 3 CERTO
(B) O bipardarismo foi uma das marcas do período pós-dita-
dura, movo pelo qual a ARENA e o MDB foram os únicos par- 4 E
dos polícos autorizados a funcionar no período 5 B
(C) O presidente Tancredo Neves foi o primeiro presidente elei -
6 A
to pelo voto popular após a ditadura militar.
(D) Devido às graves denúncias que ocorreram, o presidente 7 C
José Sarney foi afastado da presidência da República. Esse pro- 8 CERTO
cesso cou conhecido como impeachment
(E) Fernando Collor de Mello foi um dos presidentes eleitos
após a ditadura militar e cou famoso pela criação do Progra -
ma Bolsa-Famíli
Bolsa-Família.
a.

7. (Prefeitura de Bem/MG - Prefeitura de Bem/MG) É alter-


nava verdadeira, correspondente às principais caracteríscas do
Feudalismo.
(A) Economia e sociedade agrárias e cultura predominante -
mente laica.
(B) Trabalho assalariado, cultura teocêntrica e poder políco
centralizado
centralizado nas mãos do rei.
(C) As relações entre a nobreza feudal baseavam-se nos laços
de suserania e vassalagem: tornava-se suserano o nobre que
doava um feudo a outro; e vassalo, o nobre que recebia o feu -
do.
(D) Trabalho
Trabalho regulado pelas obrigações servis e sociedade com
grande mobilidade.
grande mobilidade.

20

SOCIOLOGIA

1. Relações entre indivíduo e sociedade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01


2. Disnção do espaço público e privado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
3. O Estado
Estado e os direitos
direitos humanos, cidadania
cidadania e diversidade
diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
 

SOCIOLOGIA

WEBER X DURKHEIM
RELAÇÕES ENTRE INDIVÍDUO E SOCI EDADE Dois dos principais mestres da sociología clássica compreen -
deram de maneira diversa a relação entre indivíduos e sociedade.
A visão dicotômica entre indivíduo e sociedade é fundamental Enquanto Emile Durkheim priorizou a sociedade na análise dos
nas Ciências Sociais, e faz parte dos primórdios do desenvolvimen- fenômenos sociais, considerando-a externa aos indivíduos e deter -
to da Sociologia, que surgiu em meio a um crescente processo de minadora de suas ações, Max Weber entendia ser preponderante o
papel dos atores sociais e as suas ações. Weber entendia a socieda-
industrialização iniciado
gimento de inúmeros ainda no
problemas século
sociais noXVIII
inicioedo
que levouseguinte,
século ao sur - de como o conjunto das interações sociais. A “ação social”, objeto
quando surgiu a disciplina. Podemos dizer que as transformações ocor- de estudo weberiano, toma este signicado quando seu sendo é
reram pela transição de uma realidade rural para um ambiente urbano orientado pelo conjunto de pessoas que constuem a sociedade.
e industrial. O advento de estruturas sociais mais complexas fez com Para Durkheim, os fatos sociais são anteriores e exteriores
que os homens se vissem na necessidade de compreendê-las. Brota aos indivíduos, exercendo sobre eles um poder coercivo que se
uma nova ciência que, parndo do instrumental das ciências naturais e impõe sobre as vontades individuais. Num sendo oposto, Weber
exatas, tenta explicar a realidade, estudando sistemacamente o com- priorizou as ações individuais para compreender a sociedade, con -
portamento social dos grupos e as interações humanas. siderando-as como um componente universal e parcular da vida
Basicamente buscou-se compreender que todas as relações social, fundamental para se conhecer o funcionamento das socie-
sociais estão conectadas, formando um todo social, que chamamos dades humanas, em que vigoram as interações entre indivíduos e
de sociedade. A passagem de uma sociedade rural para uma so - grupos sociais.
ciedade urbana, com a formação de grandes cidades, abriu novos
espaços de sociabilidade, em que conviveram pessoas diferentes e Fonte: hp://educacao.globo.com/sociologia/assunto/confitos-e-vida-
estranhas umas às outras, com objevos e movações disntas. Es- -em-sociedade/individuo-e-sociedade.html 
ses novos espaços substuíram os espaços tradicionais de relações.
Essa transição é essencial para compreender a sociologia. O rápido
processo de urbanização provocou a degradação do espaço urbano
anterior, do meio ambiente, e a destruição dos valores tradicionais. DISTINÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO E PRIVADO
As indústrias atraíram as populações rurais para as cidades.
Quando caminhos pelas ruas públicas percebemos diversas
CONCEITOS DE SOCIEDADE  formas de manifestações sociais; vemos tudo aquilo que não pe -
A sociedade, tal como passou a ser compreendida no inicio dimos e que não escolhemos. Casas e prédios são construídos de
do século XIX, pressupunha um grupo relavamente autônomo forma escolhidas por construtoras e podem prejudicar nossa con -
de pessoas que ocupavam um território comum, sendo, de certa templação da paisagem. Temos aí a mistura do público com o priva -
forma, constuintes de uma cultura comum. Além disso, predomi - do. Para entender o que é público temos que ter sempre em mente
nava a ideia de que as pessoas comparlhavam uma idendade. que o público é aonde todos os cidadãos pode usufruir do espaço
As relações sociais, não só referentes às pessoas, mas, inclusive, com os mesmos direitos legais, sem disnção de etnias ou classes
às instuições (família, escola, religião, políca, economia, mídia), sociais; o espaço privado é todo aquele que pagamos para mandar
moldavam as diversas sociedades. Assim, havendo uma enorme co- num determinado espaço, pagamos aos estados impostos prediais,
nexão entre essas relações, a mudança em uma acarretaria numa que é uma forma de licença geográca, e neste espaço dominamos
transformação em outra. no metro quadrado pago. Porém não é desta forma que é entendi-
A sociedade é entendida, portanto, como algo dinâmico, em da pela população, constantemente o espaço público se transforma
permanente processo de mudança, já que as relações e instuições no espaço privado: aumentando o espaço de garagens, trancaan-
sociais acabam por dar connuidade à própria vida social. Torna-se do “ruas sem saída”, proibindo os demais de usufruir deste espaço.
claro, ademais, que existe uma profunda e inevitável relação entre
os indivíduos e a sociedade. As Ciências Sociais lidaram com essa Temos também nos espaços públicos os “não lugares”, que
relação de diferentes modos, ora enfazando a prevalência da so- são os espaços de uxos de pessoas, como trens e ônibus colevos.
ciedade sobre os individuos, ora considerando certa autonomia nas Nestes espaços o público se transforma no privado, mediante ao
ações individuais. Para o antropólogo Ralph Linton, por exemplo, a pagamento da tarifa. Ao pagar a tarifa estamos privazando um
sociedade, em vez do indivíduo, é a unidade principal, aquela onde veículo que circula num espaço público e dentro do colevo, man -
os seres humanos vivem como membros de grupos mais ou menos damos nos assentos que escolhemos ou não. Neste momento so -
organizados. mos os donos do lugar.

OBJETO DE ESTUDO No espaço público exercemos nossas crenças e culturas. Sen-


A sociologia é o estudo cienco da sociedade. Parte de méto-
do a humanidade local por meio da invenção local a criação de tal
dos ciencos (observação, análise, comparação) e possui objetos
cultura, o ser humano absorve a cultura e expõe para o público o
de estudo especícos. Traz para o campo das ciências a gura do
que deveria ser privado. Ao construir uma igreja ou um templo re-
ciensta social. Assim, diferentes de outras ciências, a sociologia
ligioso, estamos expondo nossas crenças e hábitos privados para
tem como parte integrante de seu objeto de estudo o próprio ob-
o espaço público, e apenas separando por uma parede e portão. É
servador. Este, ao mesmo tempo em que observa o fenômeno, so -
fre inuência e inuencia seu objeto de estudo. nestesendo
são, contexto
umaque os “pichadores”
construção alegam
de alvenaria seus direitosda
a transgressão deliberda
expres --
Essa realidade leva a uma discussão sobre a objevidade do
trabalho cienco e sobre a (im)possível neutralidade do ciensta de, sendo assim a danicação da estéca sica do espaço.
social. Fato que não ocorre nas ciências sicas, por exemplo, o ho -
mem desempenha um duplo papel nas ciências sociais: é ao mesmo No espaço privado temos a nossa liberdade de expressão e
tempo objeto e sujeito do conhecimento. Aquele que desempenha sexual? Digo que não temos. Nem mesmo nos espaço privado so -
as ações sociais e as interpreta. Por isso se busca tanto a objevida- mos livres. Estamos constantemente sendo inuenciados pelo pen-
de nos casos estudados. samento privado de blocos dominantes, que inigem à liberdade

SOCIOLOGIA

sexual e de expressão no ambiente privado. Sexo e sexualidade Algumas das caracteríscas mais importantes dos direitos hu-
são controlados, vigiados e caluniados por pessoas públicas que manos são:
não respeitam a liberdade privada; tal controle e críca é a favor - Os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dig -
de uma tal socialização moral de que todos “devem” apreender e nidade e o valor de cada pessoa;
viver. - Os direitos humanos são universais, o que quer dizer que são
Podemos concluir que constantemente inigimos o espaço pú- aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas;
blico e o privado simultaneamente, numa ordem vigente realizada - Os direitos humanos são inalienáveis, e ninguém pode ser
por todos, quer queira, quer não. privado de seus direitos humanos; eles podem ser limitados em
situações especícas. Por exemplo, o direito à liberdade pode ser
Fonte: hps://www.por
hps://www.portaleducac
taleducacao.com.br/con
ao.com.br/conteudo/ar
teudo/argos/direi-
gos/direi- restringido se uma pessoa é considerada culpada de um crime dian -
to/o-espaco-publico-e-o-pr
to/o-espaco-publico-e-o-privado-infig
ivado-infigindo-os-espa
indo-os-espacos/56971
cos/56971 te de um tribunal e com o devido processo legal;
- Os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e in -
terdependentes, já que é insuciente respeitar alguns direitos hu -
O ESTADO E OS DIREITOS HUMANOS, manos e outros não. Na práca, a violação de um direito vai afetar
CIDADANIA E DIVERSIDADE o respeito por muitos outros;

Todos os direitos humanos devem, portanto, ser vistos como


Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres de igual importância, sendo igualmente essencial respeitar a digni -
humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, dade e o valor de cada pessoa.
idioma, religião ou qualquer outra condição.
Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à Normas internacionais de direitos humanos
liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à edu - A expressão formal dos direitos humanos inerentes se dá atra-
cação, entre e muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem vés das normas internacionais de direitos humanos. Uma série de
discriminação. tratados internacionais dos direitos humanos e outros instrumen-
O Direito Internacional dos Direitos Humanos estabelece as tos surgiram a parr de 1945, conferindo uma forma legal aos direi -
obrigações dos governos de agirem de determinadas maneiras ou tos humanos inerentes.
de se absterem de certos atos, a m de promover e proteger os A criação das Nações Unidas viabilizou um fórum ideal para o
direitos humanos e as liberdades de grupos ou indivíduos. desenvolvimento e a adoção dos instrumentos internacionais de
Desde o estabelecimento das Nações Unidas, em 1945 – em direitos humanos. Outros instrumentos foram adotados a nível re-
meio ao forte lembrete sobre os horrores da Segunda Guerra Mun - gional, reendo as preocupações sobre os direitos humanos par-
dial –, um de seus objevos fundamentais tem sido promover e culares a cada região.
encorajar o respeito aos direitos humanos para todos, conforme A maioria dos países também adotou constuições e outras
espulado na Carta das Nações Unidas: leis que protegem formalmente os direitos humanos básicos. Mui -
“Considerando que os povos das Nações Unidas rearmaram, tas vezes, a linguagem ulizada pelos Estados vem dos instrumen -
tos internacionais de direitos humanos.
na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na
As normas internacionais de direitos humanos consistem, prin-
dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos en-
cipalmente, de tratados e costumes, bem como declarações, dire -
tre homens e mulheres, e que decidiram promover o progresso so -
trizes e princípios, entre outros.
cial e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, …
a Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos
Tratados
Diretos
povos e Humanos como o ideal comum a ser angido por todos os
todas as nações…” Um tratado é um acordo entre os Estados, que se comprome -
tem com regras especícas. Tratados internacionais têm diferen-
tes designações, como pactos, cartas, protocolos, convenções e
Contexto e denição dos direitos humanos
acordos. Um tratado é legalmente vinculavo para os Estados que
Os direitos humanos são comumente compreendidos como tenham consendo em se comprometer com as disposições do tra-
aqueles direitos inerentes ao ser humano. O conceito de Direitos tado – em outras palavras, que são parte do tratado.
t ratado.
Humanos reconhece que cada ser humano pode desfrutar de seus Um Estado pode fazer parte de um tratado através de uma ra -
direitos humanos sem disnção de raça, cor, sexo, língua, religião, cação, adesão ou sucessão.
opinião políca ou de outro po, origem social ou nacional ou con- A racação é a expressão formal do consenmento de um
dição de nascimento ou riqueza. Estado em se comprometer com um tratado. Somente um Estado
Os direitos humanos são garandos legalmente pela lei de di-
que tenha assinado o tratado anteriormente – durante o período
reitos humanos, protegendo indivíduos e grupos contra ações que no qual o tratado esteve aberto a assinaturas – pode racá-lo.
interferem nas liberdades fundamentais e na dignidade humana. A racação consiste de dois atos processuais: a nível interno,
Estão expressos em tratados, no direito internacional consue- requer a aprovação pelo órgão constucional apropriado – como o
tudinário, conjuntos de princípios e outras modalidades do Direito. Parlamento, por exemplo. A nível internacional, de acordo com as
A legislação de direitos humanos obriga os Estados a agir de uma disposições do tratado em questão, o instrumento de racação
determinada maneira e proíbe os Estados de se envolverem em a- deve ser formalmente transmido ao depositário, que pode ser um
vidades especícas. No entanto, a legislação não estabelece os di- Estado ou uma organização internacional como a ONU.
reitos humanos. Os direitos humanos são direitos inerentes a cada A adesão implica o consenmento de um Estado que não te -
pessoa simplesmente por ela ser um humano. nha assinado anteriormente o instrumento. Estados racam tra-
Tratados e outras modalidades do Direito costumam servir tados antes e depois de este ter entrado em vigor. O mesmo se
para proteger formalmente os direitos de indivíduos ou grupos aplica à adesão.
contra ações ou abandono dos governos, que interferem no des - Um Estado também pode fazer parte de um tratado por su-
frute de seus direitos humanos. cessão, que acontece em virtude de uma disposição especíca do
tratado ou de uma declaração. A maior parte dos tratados não são

SOCIOLOGIA

auto-executáveis. Em alguns Estados tratados são superiores à le - amar o próximo, ainda mais quando o próximo nos faz algum mal.
gislação interna, enquanto em outros Estados tratados recebem Jesus ensinou ainda que deveríamos “orar e amar nossos inimigos”
status constucional e em outros apenas certas disposições de um (Mateus 5: 44). O contexto histórico em que Jesus começou a pre -
tratado são incorporadas à legislação interna. gar era de completa dominação de Israel pelos romanos. Sendo que
Um Estado pode, ao racar um tratado, formular reservas a Pilatos, era o governador romano de toda aquela região. Assim, um
ele, indicando que, embora consinta em se comprometer com a  judeu ter que amar o próximo, o rar e amar seus inimigos era um
maior parte das disposições, não concorda com se comprometer  judeu ter que amar um romano, seu inimigo máximo, ocupante de
com certas disposições. No entanto, uma reserva não pode derro- suas terras e opressor do povo. Por isso, esse ensinamento de Jesus
tar o objeto e o propósito do tratado. causou polêmica em sua época.
Além disso, mesmo que um Estado não faça parte de um tra - Desse modo, o respeito pelo próximo é o respeito pelos direi-
tado ou não tenha formulado reservas, o Estado pode ainda estar tos humanos. Não podemos fazer o mal ao próximo, pois os ho -
compromedo com as disposições do tratado que se tornaram di- mens foram feitos a imagem e semelhança de Deus. Assim, o ensi -
reito internacional consuetudinário ou constuem normas impera- namento cristão de amor ao próximo é o fundamento histórico dos
vas do direito internacional, como a proibição da tortura. Todos direitos humanos.
os tratados das Nações Unidas estão reunidos em treaes.un.org.
As gerações ou dimensões dos direitos humanos
Costume A doutrina costuma dividir a evolução histórica dos direitos
O direito internacional consuetudinário – ou simplesmente fundamentais em gerações de direito. Mas, parte da doutrina
“costume” – é o termo usado para descrever uma práca geral e abandou o termo geração, para adotar a expressão dimensão. O
consistente seguida por Estados, decorrente de um senmento de argumento é de que geração pressupõe a superação da geração
obrigação legal. anterior. O que não ocorre com os direitos fundamentais, pois to -
Assim, por exemplo, enquanto a Declaração Universal dos Di - das as gerações seguintes não superam a anterior, mas as comple -
reitos Humanos não é, em si, um tratado vinculavo, algumas de mentam, por isso é preferido o uso de “dimensão”. Independente
suas disposições têm o caráter de direito internacional consuetu - da nomenclatura ulizada, Pedro Lenza (2010: 740) apresenta a
dinário. seguinte classicação:
a) Direitos humanos de 1ª geração: referem-se às liberdades
Declarações, resoluções etc. adotadas pelos órgãos das Na- públicas e aos direitos polícos, ou seja, direitos civis e polícos
ções Unidas a traduzirem o valor de liberdade. Documentos históricos (séculos
Normas gerais do direito internacional – princípios e prácas XVII, XVIII e XIX): 1) Magna Carta de 1215, assinada pelo rei Joao
com os quais a maior parte dos Estados concordaria – constam, sem terra;2) Paz de Wesália (1648);3) Habeas Corpus Act (1679);4)
muitas vezes, em declarações, proclamações, regras, diretrizes, re - Bill of Rights (1688); 5) Declarações, seja a americana (1776) , seja
comendações e princípios. a francesa (1789).
Apesar de não ter nenhum feito legal sobre os Estados, elas b) Direitos humanos de 2ª geração: referem-se aos chamados
representam um consenso amplo por parte da comunidade inter - direitos sociais, como saúde, educação, emprego entre outros. Do -
nacional e, portanto, têm uma força moral forte e inegável em ter- cumentos históricos: Constuição de Weimar (1919), na Alemanha
mos na práca dos Estados, em relação a sua conduta das relações e o Tratado de Versalhes, 1919. Que instuiu a OIT.
internacionais. c) Direitos humanos de 3ª geração: são os direitos relacionados
O valor de tais instrumentos está no reconhecimento e na acei- a sociedade atual, marcada por amplos conitos de massa, envol-
tação por um grande número de Estados e, mesmo sem o efeito vendo o direito ambiental e também o direito do consumidor, onde

vinculavo legal, podem ser vistos como uma declaração de princí - essesd)direitos
Direitosdifusos
humanosmuita
de das vezes sofrem
4º geração: violações.
Norberto Bobbio, defende
pios amplamente aceitos pela comunidade internacional.
que esses direitos estão relacionados com os avanços no campo
A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos
da engenharia genéca, ao colocarem em risco a própria existência
Indígenas, por exemplo, recebeu o apoio dos Estados Unidos em
humana, através da manipulação do patrimônio genéco.
2010, o úlmo dos quatro Estados-membros da ONU que se opu-
e) Direitos humanos de 5ª geração: Paulo Bonavides defende
seram a ela.
essa ideia. Para ele, essa geração refere-se ao direito à paz mundial.
Ao adotar a Declaração, os Estados se comprometeram a reco-
A paz seria o objevo da geração a qual vivemos, que constantemen-
nhecer os direitos dos povos indígenas sob a lei internacional, com
te é ameaçada pelo terrorismo e pelas guerras (Portela: 2013: 817).
o direito de serem respeitados como povos disntos e o direito de
determinar seu próprio desenvolvimento de acordo com sua cultu- Reconhecimento e Posivação dos direitos fundamentais no
ra, prioridades e leis consuetudinárias (costumes) direito nacional
No plano internacional podemos armar que o principal docu-
Evolução histórica e classicação dos direitos fundamentais mento que posivou os direitos humanos foi a Declaração Univer -
sal dos Direitos Humanos (1948) da ONU.
Origem histórica dos direitos humanos: Crisanismo No plano interno, a Constuição de 1988 posivou em seu tex-
Podemos armar que os direitos humanos tem sua origem no to diversos direitos fundamentais. Vale ressaltar, que o rol do art.
Crisanismo. Sendo que o crisanismo nasceu na anga Palesna,
onde era situado o Estado de Israel. 5º é exemplicavo,
nunca sua redução oupodendo haver
supressão. Atéampliação
porque adesses direitos, mas
CF/88 considera os
A mensagem de Jesus Cristo, conforme vemos em Mateus 22: direitos e garanas individuais e colevos como claúsula pétrea
36-40, pode ser resumida em dois mandamentos: a) Amar a Deus (art. 60, §4º,IV).
sobre todas as coisas e b) Amar o próximo com a si mesmo. Ora, Todas as gerações de direitos humanos foram posivados no
o primeiro mandamento já havia sido dado por Deus a Moisés no texto constucional. As liberdades individuais constam no art. 5º.
Monte Sinai e este mandamento não seria dicil de ser atendido. O Os direitos sociais no art. 6º. Os direitos polícos nos arts. 14 a 16.
segundo mandamento, agora dado por Jesus, o Filho de Deus, foi O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado no art.
que causou polêmica em sua época. Amar a Deus é fácil. Dicil é 225. A saúde no art. 6º e no art. 196 e assim por diante.

SOCIOLOGIA

A Emenda 45/2004, acrescentou ao art. 5º, o §3º, o qual dispõe Paulo Gustavo Gonet Branco (2011: 174) explica que esse dis -
que os tratados internacionais sobre direitos humanos, que forem posivo tem como signicado essencial ressaltar que as normas
aprovados em cada casa do Congresso Nacional, por 3/5 de seus que denem direitos fundamentais são normas de caráter precep -
membros, em dois turnos, equivalem às emendas constucionais, vo, e não meramente programáco. Ainda segundo o autor, os juí -
ou seja, esses tratados ganham status de norma constucional. zes podem e devem aplicar diretamente as normas constucionais
Desse modo,
tos humanos com a Emenda
aprovados 45/2004,
nos termos os tratados
do § 3º, do art. 5ºsobre direi -
da CF/88, para resolver
legislador os casos
venha, antes,sob sua apreciação.
reper Nãoosé termos
ou esclarecer necessário que o
da norma
ampliaram o bloco de constucionalidade, juntando-se às normas constucional para que ela seja aplicada.
 jurídicas do texto constucional. O disposto no art. 5º, § 1º, da CF, é um disposivo de suma
importância, pois o mesmo servirá de fundamento de validade para
Ecácia dos Direitos Fundamentais a ecácia vercal e horizontal dos direitos fundamentais.

Conceito de ecácia Ecácia vercal e horizontal dos direitos fundamentais


Antes de entrarmos na análise da ecácia dos direitos funda- A ecácia vercal signica que o Estado, em suas relações com
mentais, é preciso sabermos o que signica a expressão “ecácia.” os parculares, deverá respeitar as normas de direitos fundamen -
Pois bem, ecácia pode ser denida como algo que produz efeitos. tais. O Estado, portanto, deverá respeitar as liberdades individuais,
Segundo a doutrina, há dois pos de ecácia das normas: a ju- tais como a liberdade de crença, de expressão, sexual, enm, as -
rídica e social. Michel Temer (2005: 23) ensina que a ecácia social suntos da esfera privada dos indivíduos. Mas a função do Estado
se verica na hipótese da norma vigente, isto é, com potencialidade não é apenas garanr essa proteção. No caso dos direitos funda -
para regular determinadas relações, ser efevamente aplicada a ca- mentais sociais, como a saúde, educação e outros, o Estado deve
sos concretos. Já a ecácia jurídica, ainda segundo Temer, signica ter uma postura posiva no sendo de efevar aqueles direitos.
que a norma está apta a produzir efeitos na ocorrência de relações Assim, a ecácia vercal dá ao Estado esse duplo papel: garan-
concretas; mas já produz efeitos jurídicos na medida em que a sua sta e efevados dos direitos fundamentais.
simples edição resulta na revogação de todas as normas anteriores No que tange a ecácia horizontal dos direitos fundamentais,
que com ela conitam. Embora não aplicada a casos concretos, é podemos armar que esses direitos também podem ser aplicados
aplicável juridicamente
juridicamente no sendo negavo antes apontado. Isto é: as relações privadas. Os parculares nas relações que travam entre
rera a ecácia da normavidade anterior. É ecaz juridicamente, si devem também obedecer os direitos fundamentais.
embora não tenha sido aplicada concretamente. Segundo Daniel Sarmento (2004: 223), a premissa da ecácia
Entendemos que as normas constucionais que regulam o di - horizontal dos direitos fundamentais é o fato de que vivemos em
reito a saúde e a defesa do consumidor são normas que possuem uma sociedade desigual em que a opressão pode provir não ape -
também ecácia social, na lição de Michel Temer. A ecácia jurídica nas do Estado, mas de uma mulplicidade de atores privados, pre -
é inerente à espécie, mas a ecácia social existe também pela pró- sentes em esferas como o mercado, a família, a sociedade civil e a
pria abrangência de que esses direitos fundamentais apresentam. empresa.
Vale ressaltar, que uma norma jurídica poderá ter vigência, Várias teorias surgiram para explicar a vinculação dos parcu-
mas poderá não ser ecaz, ou seja, devido a alguma circunstancia lares aos direitos fundamentais, mas duas se destacaram e veram
uma norma pode não apresentar efeitos jurídicos. No entanto, so - origem no direito germânico: a) Teoria da Ecácia Indireta e Media-
mente uma norma vigente poderá ser ecaz. ta dos Direitos Fundamentais na Esfera Privada e b) Teoria da Ecá-
cia Direta e Imediata dos Direitos Fundamentais na Esfera Privada.
Sobre o tema vigência e ecácia, assim leciona Ingo Sarlet
Segundo Sarmento (2004:238), a teoria da ecácia horizontal
(2012: 236): salientar, ainda, que a doutrina pátria tradicional-
Importa mediata ou indireta dos direitos fundamentais (Mielbare Dri-
wirkung) foi desenvolvida originariamente na doutrina alemã por
mente tem disnguido – e neste parcular verica-se substancial
Günter Dürig, em obra publicada em 1956, e tornou-se a concepção
consenso – as noções de vigência e ecácia, situando-as em planos
dominante no direito germânico, sendo hoje adotada pela maioria
diferenciados. Tomando-se a paradigmáca lição de José Afonso da
dos juristas daquele país e pela sua Corte Constucional. Trata-se
Silva, a vigência consiste na qualidade da norma que a faz exisr de construção intermediária entre a que simplesmente nega a vin-
 juridicamente (após regular promulgação e publicação), tornando- culação dos parculares aos direitos fundamentais, e aquela que
-a de observância obrigatória de tal sorte que a vigência constui sustenta a incidência direta destes direitos na esfera privada.
verdadeiro pressuposto de ecácia, na medida em que apenas a Ainda segundo Sarmento (2004: 238), para a teoria da ecácia
norma vigente pode ser ecaz. mediata, os direitos fundamentais não ingressam no cenário priva-
Desse modo, somente uma norma jurídica que possua vigência do como direitos subjevos, que possam ser invocados a parr da
poderá produzir efeitos jurídicos, ou seja, será ecaz, sendo que no Constuição. Para Dürig, a proteção constucional da autonomia
presente texto, nos interessa conhecer a ecácia das normas jurídi- privada pressupõe a possibilidade de os indivíduos renunciarem a
cas constucionais que tratam dos direitos fundamentais. direitos fundamentais no âmbito das relações privadas que man-
tem, o que seria inadmissível nas relações travadas com o Poder
Ecácia plena e imediata dos direitos fundamentais: análise Público. Por isso, certos atos contrários aos direitos fundamentais
do art. 5º, § 1º, da CF/88 , que seriam inválidos quando pracados pelo Estado, podem ser
De acordo, com o art. 5º, §1º, de nossa Carta Constucional, as lícitos no âmbito do Direito Privado.
normas relavas às garanas e aos direitos fundamentais, possuem Não concordamos com essa teoria, pois entendemos que os
ecácia plena e imediata. Isso signica, que essas normas jurídicas parculares devem sim respeito aos direitos fundamentais, espe -
não precisarão da atuação do legislador infra-constucional, para cialmente nas relações contratuais e naquelas que envolvem o di-
poderem ser efevadas. Essas normas, portanto, não precisarão re - reito do consumidor, tendo em vista que nessas áreas as violações
ceber regulamentação legal para serem ecazes. Assim, as mesmas aos direitos fundamentais são mais intensas.
poderão ser aplicadas pelo intérprete imediatamente aos casos Já a teoria da ecácia direta dos direitos fundamentais nas re -
concretos. lações privadas, conforme leciona Sarmento (2004: 245), foi defen-
dida inicialmente na Alemanha por Hans Carl Nipperdey, a parr do

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início da década de 50. Segundo ele, embora alguns direitos funda- ção os mesmos passam a serem considerados como direitos funda-
mentais previstos na Constuição alemã vinculem apenas o Estado, mentais. Parte da doutrina entende que os direitos fundamentais
outros, pela sua natureza, podem ser invocados diretamente nas seriam os direitos humanos que receberam posivação.
relações privadas, independentemente de qualquer mediação por Para exemplicarmos a armação feita, podemos mencionar
parte do legislador , revesndo-se de oponibilidade erga omnes. Ni- a lição de Paulo Gonet Branco (2011: 166), para quem a expressão
pperdey jusca sua armação com base na constatação de que os direitos humanos ou direitos do homem, é reservada para aquelas
perigos que espreitam os direitos fundamentais no mundo contem- reinvindicações de perene respeito a certas posições essenciais ao
porâneo não provem apenas do Estado, mas também dos poderes homem. São direitos postulados em bases jusnaturalistas, contam
sociais e de terceiros em geral. A opção constucional pelo Estado com índole losóca e não possuem como caracterísca básica a
Social importaria no reconhecimento desta realidade, tendo como posivação numa ordem jurídica parcular. Já a locução direitos
consequência a extensão dos direitos fundamentais às relações en- fundamentais é reservada aos direitos relacionados com posições
tre parculares. básicas das pessoas, inscritos em diplomas normavos de cada Es -
Somos pardários da teoria da ecácia direta e imediata dos tado. São direitos que vigem numa ordem jurídica concreta, sendo,
direitos fundamentais as relações privadas, tendo em vista que
por isso, garandos e limitados no espaço e no tempo, pois são
como defendeu Nipperdey os abusos nas relações jurídicas ocor -
assegurados na medida em que cada Estado os consagra.
rem não apenas tendo o Estado como protagonista, mas muitos
Assim, podemos conceituar direitos humanos como aqueles
atores privados, como as grandes empresas que violam constante-
direitos básicos inerentes a todas as pessoas sem disnção, adqui-
mente os direitos fundamentais dos consumidores.
ridos com seu nascimento, tais como o direito à vida, à liberdade
Outro argumento pelo qual defendemos a teoria em tela é jus -
de locomoção, à liberdade expressão, liberdade de culto, etc, que
tamente o disposto no art. 5º,§ 1º da CF, que dispõe sobre a apli -
ainda não receberam posivação constucional e até então são
cação imediata das normas de garana dos direitos fundamentais.
apenas aspirações. As pessoas já nascem sendo tulares desses di-
Para nós o disposivo abarca as relações entre os parculares e o
Estado. reitos básicos.
Com a posivação no texto constucional, esses direitos hu-
Do ponto de vista losóco, e usando a visão do liberalismo de
manos tornam-se direitos fundamentais, tornando-se objevos a
princípios de John Rawls, podemos também argumentar em favor
serem alcançados pelo Estado e também pelos demais atores pri -
da teoria que os direitos fundamentais previstos na Constuição
vados, como iremos demonstrar adiante.
Federal, tais como o direito à saúde e o direito a um meio ambiente
Vale ressaltar também que, a noção de direitos fundamentais
ecologicamente equilibrado, são exemplos de bens primários que
está inmamente relacionada com o princípio da dignidade da pes -
devem ser distribuídos pelo Estado às pessoas de forma equitava.
soa humana, o qual pressupõe que todo ser humano deve possuir
Na concepção de jusça de Rawls, os homens escolhem num
um mínimo existencial para ter uma vida digna. A ideia de dignida-
estado hipotéco chamado de “posição original” os princípios de
de da pessoa humana foi trabalhada inicialmente por Kant, para
 jusça que irão governar a sociedade. Estes princípios são a liber-
quem “ o homem é um m em si mesmo”, conforme ensina Ricardo
dade e a igualdade. As instuições sociais (Estado) e as demais pes -
Caslho ( 2012: 134). Podemos armar que a dignidade humana é
soas devem obediência a esses princípios.
a “fundamentalidade” dos direitos fundamentais, ou seja, é o fun -
A escolha desses princípios na posição original é feita pelos
damento de validade.
homens sob um “véu de ignorância”, ou seja, eles não sabem que
No Brasil, a Constuição de 1988, posivou a dignidade da pes-
papéis terão nessa futura sociedade e se serão beneciados por soa humana no art. 1º, inciso III, como fundamento da República
esses princípios. A escolha, portanto, foi justa porque obedeceu ao Federava do Brasil.
procedimento.
Por essa óca, mais do que nunca prevalece o entendimento Caracterização
que esses princípios de jusça vinculam os parculares, tendo em Podemos apresentar didacamente as seguintes caracterís-
vista que os mesmos na posição original escolheram esses princí - cas dos direitos fundamentais:
pios. Assim, não apenas o Estado, mas os demais atores privados a) Historicidade: A historicidade signica que os direitos funda-
devem obediência a esses princípios e têm o dever de distribuir os mentais variam de acordo com a época e com o lugar;
bens primários (direitos fundamentais) de forma justa. b) Concorrência: os direitos fundamentais podem ser exercidos
E qual a posição adotada pelo Supremo Tribunal Federal? de forma concorrente. Ou seja, é possível exercer dois ou mais di -
Nossa Corte suprema adotou, sabiamente, a teoria de Nipperdey, reitos fundamentais ao mesmo tempo;
conforme podemos ver pela transcrição parcial da ementa do RE c) Indisponiblidade: o tular não pode dispor dos direitos fun-
201819, que teve como relator para o acordão o Min. Gilmar Men - damentais;
des e foi o leading case da questão, nos seguintes
s eguintes termos: d) Inalienabilidade: os direitos fundamentais não podem ser
transferidos a terceiros;
Princípios e) Irrenunciabilidade: o tular não pode renunciar um direito
Antes de apresentarmos uma conceituação do que seja direi - fundamental. A pessoa pode até não exercer o direito, mas não
tos humanos, necessário é estabelecermos a nomenclatura mais pode renunciar;
adequada.
nos”, outrosIsto porque alguns
de “direitos usam a expressão
fundamentais” “direitos
e outros ainda huma -
de “direitos
“ direitos f) Imprescribilidade: os direitos fundamentais não estão su-
 jeitos a nenhum po de prescrição, pois os mesmos são sempre
do homem”. Qual seria a nomenclatura correta? Entendemos que exercitáveis sem limite temporal. Exemplo: o direito à vida;
todas são corretas, mas preferimos ulizar neste texto a expres- g) Indivisibilidade: os direitos fundamentais não podem ser fra -
são “ direitos fundamentais”, pois a mesma está relacionada com cionados. A pessoa deve exercê-lo em sua totalidade;
a ideia de posivação dos direitos humanos. Assim, quando a bus - h) Interdependência: signica que os direitos fundamentais
ca pela efevação desses direitos são apenas aspirações dentro de são interdependentes, isto é, um direito fundamental depende da
uma comunidade podemos chamá-los de direitos humanos, mas existência do outro. Ex: a liberdade de expressão necessita do res-
quando os mesmos são posivados num texto de uma Constui- peito à integridade sica;

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I) Complementariedade: os direitos fundamentais possuem o Para o Supremo Tribunal Federal, os direitos fundamentais
atributo da complementariedade, ou seja, um complementa o ou - também não são absolutos e podem sofrer limitação, conforme a
tro. Ex: o direito à saúde complementa à vida, e assim sucessiva - ementa abaixo transcrita:
mente  OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS NÃO TÊM CARÁTER
m) Universalidade: os direitos humanos são apresentados ABSOLUTO. Não há, no sistema constucional brasileiro, direitos
como universais, ou seja, são desnados a todos os seres humanos ou garanas que se revistam de caráter absoluto, mesmo porque
em todos os lugares do mundo, independente emente de religião, razões de relevante interesse público ou exigências derivadas do
de raça, credo, etc. No entanto, alguns autores mostram que em princípio de convivência das liberdades legimam, ainda que ex -
certos países os direitos humanos não são aplicados em razão das cepcionalmente, a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medi-
tradições culturais. Seria a chamada teoria do “relavismo cultural” das restrivas das prerrogavas individuais ou colevas, desde que
dos direitos humanos. Sobre o assunto, assim leciona Paulo Henri - respeitados os termos estabelecidos pela própria Constuição. O
que Portela (2013: 833): estatuto constucional das liberdades públicas, ao delinear o regi -
me jurídico a que estas estão sujeitas - e considerado o substrato
“ (...) o universalismo é contestado por parte da doutrina, que éco que as informa - permite que sobre elas incidam limitações de
fundamentalmente defende que os diferentes povos do mundo ordem jurídica, desnadas, de um lado, a proteger a integridade do
possuem valores disntos e que, por isso, não seria possível es - interesse social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa
tabelecer uma moral universal única, válida indisntamente para das liberdades, pois nenhum direito ou garana pode ser exercido
todas as pessoas humanas e sociedades. É a noção de relavismo em detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos direitos
cultural, ou simplesmente relavismo, que defende , ademais, que e garanas de terceiros (Grifamos. Jurisprudência: STF, Pleno, RMS
o universalismo implicaria imposição de ideias e concepções que na 23.452/RJ, Relator Ministro Celso de Mello, DJ de 12.05.2000, p.
realidade, pertenceriam ao universo da cultura ocidental.” 20.).
Um exemplo práco desse relavismo cultural é que em países Assim, a limitação dos direitos fundamentais podem ocorrer
islâmicos os direitos das minorias não são respeitados. A imprensa quando esses direitos entram em colisão entre ou até mesmo
 já divulgou, por exemplo, que a teocracia islâmica que governa o quando a limitação é prevista no texto constucional.
Irã enforca em praça pública as pessoas que são homossexuais. São
mortos em nome da religião muçulmana, que considera pecado a Princípios universais de direitos humanos
sua opção sexual. Isso ocorre em pleno século XXI. Temos defendido que a Constuição efevamente democrá-
Um outro exemplo de violação sistemáca dos direitos huma - ca (Constuição enquanto processo legimador das mudanças
nos com base em crenças religiosas, que também já foi divulgado democracamente apontadas pela população) deve ter como valor
pela imprensa mundial, é a mulação de mulheres muçulmanas básico apenas os princípios universais de direitos humanos. É ne-
em alguns nações africanas. Milhares de mulheres têm seus clitóris cessário, pois, explicar o signicado desta expressão, que para nós
arrancados para que não sintam prazer sexual, pois na religião islâ- deverá representar todo o conteúdo principiológico constante do
mica, extremamente machista, somente o homem pode ter prazer. texto federal.
Novamente, a religião islâmica viola os direitos humanos em nome Já estudamos a expressão “princípios constucionais”, sendo
de preceitos religiosos. que propusemos ainda classicação que contemple os princípios
Quem defende o relavismo cultural arma que a ideia de di - (regras em sendo amplo, ou com grau de abrangência maior) fun-
reitos fundamentais é uma ideia cristã-ocidental e não tem como damentais, setoriais e os deduzidos da Constuição. As Constui -
ser aplicada em algumas regiões do mundo. ções tem diferentes princípios e oferece tratamentos variados aos
Concordamos com a armação de que os direitos fundamen- grupos e direitos fundamentais da pessoa humana.
tais são um ideal cristão e ocidental, mas não podemos concordar Estes direitos fundamentais e os seus princípios basilares serão
com o relavismo cultural. Entendemos que todas as pessoas no variáveis de acordo com o texto constucional. Desta forma, uma
mundo inteiro devem ser tratadas com dignidade. Constuição Liberal limitar-se-á a declarar os direitos individuais
Em todo o caso, o universalismo dos direitos humanos é ex - e os direitos polícos, sendo que dentro do referencial teórico da
pressamente consagrado no bojo da própria Declaração de Viena época, os direitos humanos se reduziam, numa perspecva cons -
de 1993, a qual diz que “todos os direitos humanos são universais, tucional, a este conteúdo, dentro de uma perspecva teórica que
indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados...” consagrava o abstencionismo estatal e considerava como garana
n) Limitabilidade: os direitos fundamentais não são absolutos. constucional a simples inserção de princípios do Direito, no texto
Os mesmos podem sofrer limitações, inclusive, pelo próprio texto constucional.
constucional. Segundo Paulo Branco (2011: 162) arma que tor- De outra forma as Constuições Sociais e as Socialistas am -
nou-se voz corrente na nossa família do Direito admir que os direi- pliam este leque de direitos fundamentais, oferecendo variados
tos fundamentais podem ser objeto de limitações, não sendo, pois modelos adotados por diferentes países. Não se pode dizer, lendo
absolutos. Tornou-se pacico que os direitos fundamentais podem as Constuições Socialistas e as Constuições Sociais-Liberais (ou
sofrer limitações quando enfrentam outros valores de ordem cons- sociais assistencialistas, ou neoliberais), que estas obedecem a um
tucional, inclusive outros direitos fundamentais. Igualmente no modelo rígido, imutável de Estado para Estado.
âmbito internacional,
expressamente as declarações
limitações “ que sejamde direitos humanos
necessárias para admitem
proteger Tanto ostem
intensidade, textos socialistas
variações que como os Sociais,asestes
correspondem com maior
situações histó -
a segurança, a ordem, a saúde ou a moral pública ou os direitos e ricas especícas de cada país, sendo que estas variações ocorrem
liberdades fundamentais de outros (Art. 18 da Convenção de Direi- na forma de organização políca do Estado, mas principalmente no
tos Civis e Polícos de 1966 da ONU)”. tratamento dos direitos fundamentais e a relação entre os seus gru-
Exemplicando na Constuição pátria, Paulo Branco (2011: pos de direitos, reendo nos princípios constucionais.
163) demonstra que até o elementar direito á vida tem limitação Fica claro que os princípios constucionais não são exatamente
explícita no inciso XLVII, a, do art. 5º, em que se contempla a pena iguais, mesmo quando o po de Constuição adotada é o mesmo.
de morte em caso de guerra formalmente declarada. Ocorrerá quase sempre inuencias nacionais especícas que serão
marcantes na construção dos princípios de direitos humanos numa

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perspecva constucional, inuencias estas que terão origens em É necessário, neste momento, idencarmos quais os prin-
sistemas econômicos, culturas, histórias diferentes assim como ou- cípios deverão estar condos na Constuição democráca: a) os
tros elementos, que nos indicarão com certeza a impossibilidade princípios universais conforme foram enunciados neste argo; b) os
de se procurar um sistema constucional único de Direitos Huma- princípios e direitos universais declarados pela Declaração Univer-
nos. Aliás, mais do que a impossibilidade é a constatação de que sal de Direitos Humanos de 1948 e os princípios decorrentes desta
esta diversidade deverá ser manda, como elemento de riqueza Declaração; c) ou os princípios de Direitos Humanos consagrados
que permite a evolução do ser humano dentro de uma diversida - nas declarações internacionais em uma perspecva regional?
de que incenva e promove esta evolução desejada, afastando a Neste momento, e dentro do que já foi discudo até aqui, po-
massicação medíocre de grandes mercados transformadores dos deríamos dizer que nenhum destes. Primeiramente, é necessário
humanos em “em seres consumidores de matérias inúteis”, onde a esclarecer, que até aqui, vimos armando que o texto constucio-
perspecva de ser se transforma num ter sem limites. nal deve se limitar a conter princípios que sejam Universais, dentro
Este sistema constucional de direitos humanos, deve conviver da perspecva que se insere no item “a” acima e explicada neste
com um sistema global. É o que podemos chamar da perspecva tópico. Com isto queríamos dizer que os também considerados di -
internacionalista dos direitos humanos.(2) É importante salientar reitos humanos que são os direitos sócio-econômicos não deveriam
que esta perspecva internacionalista poderá subdividir-se em dois estar condos no texto constucional federal mas deveriam ser
novos enfoques: o enfoque regional mulnacional, onde as coin- deixados para as leis infra constucionais e as Constuições Muni -
cidências entre valores serão mais extensas e logo o numero de cipais. Podemos extrair desta armava o seguinte:
princípios será maior, e um enfoque universalista, onde se encontra I - a tese se constrói pensando a realidade do Estado brasileiro,
o desao maior dos direitos humanos hoje, que é o de estabelecer sua dimensão e organização territorial.
princípios e valores comuns, assim como direitos decorrentes des- II - os direitos sócio-econômicos não seriam suprimidos do
tes princípios, que sejam aceitos pôr todos os povos e culturas do ordenamento jurídico brasileiro mas regulamentados por normas
Planeta Terra. infra-constucionais nos seus aspectos gerais de convivência de
Aliás, poderíamos dizer que esta perspecva universalista é a modelos alternavos locais, de planejamento e invesmentos pri-
dimensão correta oposta dos direitos humanos construídos sobre vados e públicos no território da União, e pelas Constuições Muni -
valores locais. O universal é construído sobre as parcelas da menor cipais no que se refere a regulamentação da forma de propriedade
dimensão espacial sobre a qual irá se estabelecer princípios huma- e do modelo local de reparção econômica.
nos. Assim, conclui-se que o primeiro princípio humano universal III - pela complexidade de se estabelecer nacionalmente prin -
está na liberdade de ser humano integralmente, o que implica em cípios que devem ser construídos no espaço internacional, ressal-
ser efevamente livre para construir o seu futuro em comunidade. vados que os aspectos acima enunciados, nada impedem, muito
Obviamente que não iremos construir está idéia de liberdade na pelo contrário, que a Constuição consagre princípios nacionais ou
insuciente noção liberal, neoliberal ou mesmo socialista em um regionais de direitos culturais especícos, desde que manda a to-
primeiro momento, pois liberdade de ser humano, implica em ser tal autonomia da população para a construção do seu modelo de
humano de acordo com valores da comunidade em que se vive, organização social e econômica.
seja local, seja universal. As duas dimensões deverão estar sempre IV - a Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948 e os
 juntas. princípios dela decorrentes, é um texto de enorme importância his-
Os direitos humanos universais e os princípios universais de tórica, principalmente para o ocidente, mas deve ser vista dentro
direitos humanos são aqueles que podem ser aceitos por todas as do seu contexto histórico de vitória de um modelo que despontava
culturas, não se chocando
cípio encontrado em cadacom o que temdodePlaneta.
comunidade essencial a cada
Isto não prin
quer- sua supremacia
sobre questões universal
sociais e após a segunda
econômicas guerra mundial.
especícas Ao dispor
a Declaração se
dizer que os princípios universais não serão contraditórios a deter- restringe a um contexto social, políco e econômico especíco do
minados princípios e regras de culturas e comunidades especícas. pós-guerra, que deve ser superado, e como tal deve ser entendida.
Isto ocorrerá com freqüência, e signicará a superação destes prin -
cípios e regras locais pelo que existe de essencial em uma cultura Assim, concluímos, que a Constuição democráca, que pen -
planetária. Em outras palavras, a superação de regras e princípios samos, deve se aproximar de um texto que reduza seus princípios
locais ocorrerá através daquele dado que existe de humano ou de àqueles considerados universais, somados a princípios regionais,
universal em cada cultura do Planeta, ou mesmo em cada comuni- desde que não inibidores da evolução de modelos locais, princi-
dade, pois não é possível a permanência de qualquer comunidade, palmente no que diz respeito ao estabelecimento de modelos só -
mesmo por um espaço de tempo curto, se esta não ver valores de cio-econômicos pré-fabricados pelos conglomerados econômicos
autopreservação, o que implica em vida, núcleo fundamental de mundiais.(3)
humanidade que poderá ser ampliado pelos princípios universais. Um dos aspectos mais importantes na construção de uma
Dado fundamental deve ser ressaltado quando falamos em di- Constuição efevamente democráca e aberta é o da necessi-
reitos e princípios universais: felizmente a diversidade ainda existe dade de desconstucionalizar a propriedade privada. Abordamos
e desta forma os direitos humanos não devem ser, por tudo que já assim questão que vem sendo discuda em vários trabalhos que
dissemos até agora, a supremacia de valores de uma cultura sobre surgiram a parr de tese de doutorado, sobre a necessidade de
as outras, ou de um modelo de sociedade sobre os outros. A diver- desconstucionalização da ordem econômica e social do texto da
sidade é sua essência e o núcleo comum comparlhado por todas Constuição Federal e por conseqüência a desconstucionalização
as culturas será o seu real conteúdo mutável. da propriedade privada. Em vários momentos e em diversos traba -
Desta maneira os direitos universais serão aqueles que podem lhos, já nos quesonamos se seria possível fazer as mudanças de -
ser aceitos por todos os povos da Terra em todos os Estados Sobe - sejadas através dos processos formais de mudança da Constuição
ranos do Planeta. É importante lembrar que ulizamos a palavra como a emenda, juntamente com os processos de mutação.
“pode” enquanto possibilidade real de qualquer cultura humana, Entendemos que, embora a ideologia constucionalmente
e não ulizamos as expressões “devem” ou “serão” aceitos, o que adotada possa ser modicada pelos processo informais de mudan-
seria inadequado ou falso, no atual momento histórico. ça da Constuição, o que poderia abrir espaço para a mudança de
disposivos através do processo formal de emenda, entendemos

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que o ideal é um novo texto que marque a ruptura formal e histó - iniciar a reforma, exigindo ainda um quorum especíco para apro-
rica de pos de Estado diferentes, construindo efevamente uma vação. Podem iniciar o processo de reforma por meio de emendas
Constuição sintéca, democráca, essencialmente de princípios e o Presidente da República, um terço da Câmara Federal ou do Sena-
de processos democrácos, escrita , mas que permita a sua cons- do, ou ainda mais da metade das Assembléias Legislavas dos Esta-
tante evolução interpretava, codicada e extremamente rígida no dos membros, desde que aprovado o encaminhamento da emenda
que diz respeito aos processos formais de reforma. por maioria relava de seus membros.
Ao defendermos a desconstucionalização da propriedade pri- Para ser aprovada a emenda é exigida a aprovação de tres
vada, o primeiro obstáculo encontrado seria a existência de limites quintos dos membros da Câmara e do Senado, em dois turnos de
materiais ao poder de reforma da Constuição. votação em cada casa legislava.
O poder constuinte originário é o poder que cria a Constui - A diferença entre emenda e revisão consiste que a primeira
ção. Este poder tem caracteriscas de um poder inicial, soberano, é uma alteração pontual do texto, podendo ocorrer a qualquer
que não encontra limites de ordem jurídica no ordenamento ante - momento, desde que cumpridos os requisitos acima expostos. A
rior, mas apenas limitações de ordem sociológica no jogo de forças revisão de forma diferente, pode ocorrer uma ou mais vezes, se-
sociais que atuam no momento de seu funcionamento. Como tal o gundo dispor o texto, consisndo em uma revisão de todo o texto
poder constuinte é um poder de fato, que pode ser um poder de constucional, onde se buscará uma melhor sistemazação sen-
Direito na medida em que se legimar na vontade popular cons - do possível a alteração de disposivos constucionais desde que
ciente e nos valores de jusça e de Direito vigentes em uma deter- não se desrespeite os limites materiais estabelecidos para o poder
minada sociedade no momento histórico em que atua. constuinte derivado.
Logo a natureza deste poder inicial e soberano será sempre de A Constuição de 1988 previu a revisão constucional no Ato
fato, podendo ser um poder direito na medida em que se legima das Disposições Constucionais Transitórias, com um limite tempo-
na
umvotade popular
determinado e nos valores aceitos por toda a sociedade em
momento. ral de cinco
lecendo anos
para para
o seu que este poder
funcionamento umderivado funcionasse,
procedimento estabe-
e um quorum
Este poder constuinte originário cria os poderes de reforma mais simples, sendo que o seu funcionamento se daria em sessão
da Constuição que tem como nalidade alterar as regras em sen- unicameral do Congresso Nacional, aprovando-se o texto revisado
do restrito do seu texto, que pelo menor grau de abrangência devi - por maioria absoluta dos membros.
do a sua especicidade, tem que ser modicada para acompanhar Estando previsto no ato da disposições constucionais provisó-
as mudanças exigidas pela sociedade. Logo este poder se dirige às rias, o poder de reforma por meio de revisão teve unica previsão de
regras em sendo restrito do texto, não podendo entretanto an - funcionamento, pois os disposivos transitórios se exnguem após
gir aos princípios constucionais e a ideologia constucionalmente a realização de suas disposições.
adotada, pois estas regras em sendo amplo como a própria ideo - Outro fato que merece registro é o procedimento de realização
logia constucinal são os elementos que idencam a Constuição, da revisão que foi excolhido pelo poder constuinte derivado. No
e a sua alteração não pode se dar por mecanismos de reforma, que lugar de realizar uma revisão de todo o texto e coloca-la em vota -
não se igualam ao poder criador que é o poder constuinte origi - ção, buscando com isto o objevo da revisão que é a reestrutura -
nário. ção sistemáca do texto alterando alguns disposivos especícos
A Constuição brasileira, produto de um poder constuinte sem alterar princípios e a própria ideologia constucional, alguns
originário que rompeu com o ordenamento jurídico anterior, esta - constuintes derivados, vendo a possibilidade de alterar disposi-
beleceu dois mecanismos constucionais de reforma de seu texto: vos com a maioria absoluta prevista para o seu funcionamento, que
a emenda e a revisão. seriam dicilmente alterados com a maioria de tres quintos, trans-
No texto são estabelecidos limites para atuação do poder formaram a revisão em uma série de emendas. Decorre deste fato
constuinte derivado, que é um poder de segundo grau, limitado a existencia de emendas constucionais e de emendas de revisão,
e subordinado. Portanto, além da subordinação existênte entre um cada uma com numeração especíca.
poder que é inicial e um poder de segundo grau derivado de um po- Isto posto podemos enfrentar o quesonamento a que nos
der soberano, o que implica na impossibilidade de descaracterizar a referimos anteriormente: será possível promover as profundas al-
obra do primeiro, a Constuição traz limites expressos que podem terações no texto constucional de 1988 aqui sugeridas, inclusíve
ser classicados da seguinte forma: alterar a ideologia constucional rompendo com os modelos vincu-
a) limites materiais que consistem na proibição de deliberação lados a sistemas sócio-economicos promovendo a desconstucina-
de emendas tendentes a abolir a forma de Estado Federal, a de- lização da propriedade privada?
mocracia, a separação de poderes e os direitos individuais e suas Poderíamos começar respondendo esta questão com outra
garanas. Estes limites se aplicam ao poder de reforma seja através pergunta: Para que?
de emendas, seja através de revisão. As alterações aqui sugeridas são amplas e representam um
b) limites circunstanciais que consistem na proibição do funcio- rompimento com um po de Constuição o que implica com o
namento do poder de revisão ou de emenda na vigência de Estado rompimento com alguns principios constucionais e a alteração da
de Sio, Estado de Defesa e Intervenção Federal. Ideologia constucinalmente adotada. Neste momento é necessá-
c) limite temporal que no nosso texto constucional se aplicou rio resumirmos o que já foi dito sobre mudança da Constuição.
somente ao poder de revisão e consisu na proibição de realiza - Nos referimos a dois mecanismos de alteração do texto constu -
ção da revisão antes de completados cinco anos da promulgação cional, um formal, previsto no texto constucional, que é o poder
da Constuição. constuinte derivado de emenda e revisão, e um informal que se
constui no processo de mutação interpretava da Constuição:
O poder de emenda da Constuição está previsto no argo 60 a) a mutação da Constuição ocorre através da leitura siste-
do texto permanente da Constuição e pode ser acionado a qual- máca das regras e princípios constucionais e de sua inserção em
quer momento desde que cumpridos os requisitos alí estabeleci- uma realidade social, políca e econômica especíca. Deste per -
dos para se iniciar o processo de reforma por meio de emendas. manente processo de interpretação e aplicação do texto constu -
A caracterisca de rigidez do texto constucional é marcada por cional a uma realidade concreta, ocorrem processos de evolução
processo legislavo especial onde apenas algumas pessoas podem da leitura do texto, a reformulação de conceitos e adequação de

SOCIOLOGIA

princípios com a alteração de valores. Vimos que o processo de Acrescente-se ainda que a nossa Constuição, assim como to-
mutação pode mesmo gerar um rompimento com um modelo, das as Constuições modernas, tem uma vinculação com um mode-
ou po de Estado especíco, para a sua transformação num outro lo socio-econômico especíco, seja liberal, social ou socialista como

po,
as o que pode ocorrer
transformações sociaisjustamente
se reetema na
parr do momento
alteração em quee
de conceitos vistotem
que anteriormente. O texto
como princípios de 1988,
a livre traz uma
iniciava, ordem
a livre econômicaa
concorrência,
releitura de princípios, que permanecendo no texto tem sua atua - propriedade privada, principios de origem liberal que ao lado de
lização promovida pela evolução interpretava. Exemplo pode ser princípios de origem socialista, como a função social da proprieda-
a Constuição norte americana, cujo o texto escrito, embora seja o de, o pleno emprego, a dignidade do trabalho humano, somam-se
mesmo, acrescido de 27 emendas, desde 1787, recebeu leituras ou a direitos humanos de terceira geração como o direito do consumi -
interpretações bastante diferentes em sua longa existência, o que dor e o meio ambiente, para apontar para uma ordem econômica
sugere a existência de Constuições diferentes construídas sobre o que embora avançada, pois incorpora o que há de mais atual em
mesmo texto escrito. termos de direitos fundamentais, pode no máximo ser interpreta -
Importante, entretanto, ressaltar, que existem limites para da como uma ordem econômica neoliberal em sendo amplo, com
este processo de mutação interpretava sendo que um texto ana - um modelo de Estado Social não clientelista, dentro de um modelo
líco como o nosso, repleto de regras em sentrido restrito, que se intervencionista estatal com a nalidade de promover a diminui-
aplicam a situações especícas, apresenta obstáculos por vezes in- ção das desigualdades sociais e regionais dentro de um capitalismo
superáveis, onde, nem o processo de mutação informal, nem os social. Note-se que embora esta interpretação que suscintamente
processos formais de alteração poderão vencer. Neste momento o zemos pareça óbvia no texto, muitos Autores de Direito Constu-
único caminho legimo será o de elaboração de uma nova Cons - cional defendem leitura diferente, alguns defendendo uma ordem
tuição por uma nova Assembléia Constuinte soberana e popular. liberal neste texto o que nos parece absurdo.
A distorção do texto ou a construção de leituras que ignoram Coerentemente com o que sempre defendemos em termos de
princípios constucionais, forçando uma transformação impossível, limites formais ao poder constuinte derivado, os princípios cons-
mesmo que seja um movimento legímo porque amparado pela tucionais não podem ser modicados por meio de emendas ou
vontade consciente da população, não pode ser aceito em uma or - revisão, sendo que estamos portanto dentro de um texto constu-
dem constucional democráca, pois ameaça o seu princípio maior cional vinculado a um modelo econômico e um modelo especico
de respeito ao processos democrácos de transformação. de reparção econômica, o que não pode ser modicado, a não ser
b) a outra maneira de se alterar o texto constucional é a que por outra Assembléia Constuinte.
estudamos neste argo. A alteração da Constuição através de A interpretação constucional não pode ignorar esta vincula-
emenda e revisão de seu texto em processo legislavo previsto no ção, e o papel do interprete será o de acabar com os antagonismos
texto, com limites também expressos. do texto, representado neste momento por princípios de origem
Os limites a estes processos formais são maiores, sendo que liberal ao lado de princípios de origem socialista, extraindo deste
não será possível se alterar ou suprimir princípios constucionais, texto uma nova resultante, que não poderá ser entretanto a que
o que inviabiliza a modicação da ideologia constucional e o rom - desejamos, pois esta representa o rompimento com os modelos
pimento com um po de Constuição especíca por meio destes constucionais vinculados com modelos socio-econômicos, que
mecanismos. são todos os modelos conhecidos até hoje no constucionalismo
Poderá o leitor perguntar porque os mecanismos expressa - que se armou após a Revolução francesa.
mente previstos no texto constucional são muito mais limitados Conclui-se que o novo modelo, diante das restrições existentes
em um texto analíco como o nosso, pede uma Assembléia Cons-
do que os processo informais de mutação. A resposta é simples, em um texto analíco como o nosso, pede uma Assembléia Cons
pois a lei é a interpretação que se faz dela em um momento his - tuinte Soberana e Popular, onde se discuta as bases de um Estado
que garanta voz aos seus cidadãos através de mecanismos de par -
tórico, logo a Constuição não é apenas o texto escrito mas sim a
cipação democráca permanente; que garanta fala aos cidadãos
interpretação que se faz deste texto. Conclui-se que o processo de
através da educação livre, da liberdade de informar e informar-se; e
mutação interpretava não implica na alteração do texto escrito,
onde a comunicação entre Sociedade Civil e Estado seja o elemento
na supressão de princípios, mas na constante reconstrução destes
que faça com que estes dois conceitos de confundam em um Esta -
ou seja na reconstrução da Constuição.
do que seja sensível às indicações que partem de seu povo através
A modicação formal é um processo inferior, subordinado, li - dos mecanismos democrácos constucionalmente instuídos e
mitado, enquanto a mutação interpretava é a própria constuição garandos.
limitada apenas pelo seu texto escrito.
Com base nestes dados, podemos concluir que as alterações Noções de Cidadania
sugeridas que representam um rompimento com um modelo vin- Ser cidadão é respeitar e parcipar das decisões da sociedade
culado para a criação de uma Constuição democráca, onde o para melhorar suas vidas e ade outras pessoas. Ser cidadãoé nunca
cidadão tenha liberdade e amparo na estrutura do Estado para pro- se esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser
mover as mudanças sociais e econômicas que desejar, construindo divulgada através de instuições de ensino e meios de comunica-
livremente o seu modelo na esfera territorial menor de poder que ção para o bem estar e desenvolvimento da nação.
é o Munícipio, dicilmente ocorrerá com base neste texto vigente. A cidadania consiste desde o gesto de não jogar papel na rua,
A complexidade das discussões, a variedade das decisões ju - não pichar os muros, respeitar os sinais e placas, respeitar os mais
diciais com interpretações diversas, a insegurança jurídica daí de- velhos (assim como todas às outras pessoas), não destruir telefo-
corrente, é um desgaste desnecessário e um preço que não deve nes públicos, saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia
ser pago, sendo necessário efevamente um rompimento com o quando necessário... até saber lidar com o abandono e a exclusão
ordenamento jurídico vigente e a convocação de uma Assembléia das pessoas necessitadas, o direito das crianças carentes e outros
Constuinte democráca onde este modelo e estas questões se - grandes problemas que enfrentamos em nosso país.
 jam amplamente discudas, e onde as as forças sociais se confrontem “A revolta é o úlmo dos direitos a que deve um povo livre
democrácamente na construção de um novo modelo que ofereça para garanr os interesses colevos: mas é também o mais impe -
segurança e estabilidade nas constantes mudanças sociais que ele rioso dos deveres impostos aos cidadãos.” (Juarez Távora Militar e
permirá. políco brasileiro).

SOCIOLOGIA

Consciência ecológica é uma expressão, exausvamente uli- e natureza, e também um novo eslo de vida que respeite todas
zada na bibliograa especializada, de anos recentes, sem uma preo- as criaturas que, segundo São Francisco de Assis, são nossas irmãs.
cupação da maioria dos autores de precisarem a que, exatamente, Queremos contribuir para melhorar a qualidade de vida atra -
estão se referindo. A noção focalizada se contextualiza, historica - vés da construção de um ambiente saudável, que possa ser des -
mente, no período pós Segunda Guerra Mundial, quando setores frutado por nossa geração e também pelas futuras. Vivemos hoje
da sociedade ocidental industrializada passam a expressar reação sob a hegemonia de um modelo de desenvolvimento baseado em
aos impactos destruvos produzidos pelo desenvolvimento tecno- relações econômicas que privilegiam o mercado, que usa a natu-
cienca e urbano industrial sobre o ambiente natural e construí - reza e os seres humanos como recursos e fonte de renda. Contra
do. Representa o despertar de uma compreensão e sensibilidade este modelo injusto e excludente armamos que todos os seres,
novas da degradação do meio ambiente e das consequências desse animados ou inanimados, possuem um valor existencial intrínseco
processo para a qualidade da vida humana e para o futuro da espé- que transcende valores ulitários.
cie como um todo. Por isso, a todos deve ser garanda a vida, a preservação e a
Expressa a compreensão de que a presente crise ecológica ar- connuidade. O ser humano tem a missão de administrar respon-
cula fenômenos naturais e sociais e, mais que isso, privilegia as ra- savelmente o ambiente natural, não dominá-lo e destruí-lo com
zões políco-sociais da crise relavamente aos movos biológicos sua sede insaciável de possuir e de consumir. Apesar de o quadro
e/ou técnicos. Isto porque entende que a degradação ambiental é, ecológico ser extremamente inquietante, existem cada vez mais
na verdade, consequência de um modelo, de organização políco - pessoas e endades que têm a consciência de que uma mudança é
-social e de desenvolvimento econômico, que estabelece priorida - necessária, e possível.
des e dene o que a sociedade deve produzir, como deve produzir
e como será distribuído o produto social. Isto implica no estabele-
cimento de um determinado padrão tecnológico e de uso dos re - EXERCÍCIOS
cursos naturais, associados a uma forma especíca de organização
do trabalho e de apropriação das riquezas socialmente produzidas.
Comporta, portanto, interesses divergentes entre os vários grupos 1. (CESPE - 2008 - MPE-RR - Ocial de Promotoria) Embora
sociais, dentre os quais aqueles em posição hegemônica decidem a cidadania expresse um conjunto de direitos, a possibilidade de
os rumos sociais e os impõe ao restante da sociedade. Assim, os parcipação ava na sociedade reduz-se aos economicamente pri-
impactos ecológicos e os desequilíbrios sobre os ciclos biogeoquí - vilegiados.
micos são decorrentes de decisões polícas e econômicas previa -   CERTO
mente tomadas. A solução para tais problemas, por conseguinte,   ERRADO
exige mudanças nas estruturas de poder e de produção e não me -
didas superciais e paliavas sobre seus efeitos. Essa consciência 2. (INSTITUTO AOCP - 2014 - UFGD - Assistente Administra-
ecológica, que se manifesta, principalmente, como compreensão vo)Assinale a alternava que apresenta um conceito de cidadania.
intelectual de uma realidade, desencadeia e materializa ações e (A) Cidadania é a pertença passiva e ava de indivíduos em um
senmentos que angem, em úlma instância, as relações sociais estado-nação com certos direitos e obrigações universais em
e as relações dos homens com a natureza abrangente. Isso quer um específco nível de igualdade.
dizer que a consciência ecológica não se esgota enquanto ideia ou (B) Cidadania é a pertença passiva e ava de famílias com a
teoria, dada sua capacidade de elaborar comportamentos e inspi- observação do respeito e da parcipação de seus membros nas
rar valores e senmentos relacionados com o tema. Signica, tam- decisões em conformidade com a autoridade paterna.
bém, uma nova forma de ver e compreender as relações entre os (C) Cidadania é a pertença passiva e ava de grupos sociais em
homens e destes com seu ambiente, de constatar a indivisibilida - defesa de seus interesses colevos obdos através do embate
de entre sociedade e natureza e de perceber a indispensabilida - ideológico entre grupos dominados e dominantes.
de desta para a vida humana. Aponta, ainda, para a busca de um (D) Cidadania é a pertença passiva e ava de indivíduos em
novo relacionamento com os ecossistemas naturais que ultrapasse suas classes profssionais para fazer prevalecer a qualifcação e
a perspecva individualista, antropocêntrica e ulitária que, histo- o saber de cada um no efevo exercício profssional.
ricamente, tem caracterizado a cultura e civilização modernas oci- (E) Cidadania é a pertença passiva e ava de indivíduos em um
dentais.(Leis, 1992; Unger, 1992; Mansholt, 1973; estado-nação com todos os direitos determinados pelas leis
conforme a classe social.
Bo, 1995; Morin, 1975).
Para Morin, um dos autores que mais avança no esforço de 3. (PGT - 2006 - PGT - Procurador) Em relação aos Tratados
denir o fenômeno: Internacionais de Proteção dos Direitos Humanos, é INCORRETO
“(...) a consciência ecológica é historicamente uma maneira ra - armar que:
dicalmente nova de apresentar os problemas de insalubridade, no- (A) os tratados, como acordos internacionais juridicamente
cividade e de poluição, até então julgados excêntricos, com relação obrigatórios e vinculantes, constuem a principal fonte de
aos ‘verdadeiros’ temas polícos; esta tendência se torna um pro- obrigação do Direito Internacional, e só se
s e aplicam aos Estados
 jeto políco global , já que ela crica e rejeita, tanto os fundamen- que expressamente consenrem com a sua adoção;
tos do humanismo ocidental, quanto os princípios do crescimento (B) segundo a Constuição de 1988, os tratados internacionais
e do desenvolvimento que propulsam a civilização tecnocráca.” demandam, para o seu aperfeiçoamento, um ato complexo
(Morin, 1975) onde se integram a vontade do Presidente da República e do
Sinaliza-se, assim, algumas referências preliminares que indi - Congresso Nacional;
cam o signicado aqui atribuído à expressão consciência ecológica. (C) a Carta Constucional de 1967 incluía, expressamente,
A parcipação e o exercício da cidadania, com empenho e res- dentre os direitos constucionalmente protegidos, os direitos
ponsabilidade, são fundamentais na construção de uma nova socie- enunciados nos tratados internacionais de que o Brasil fosse
dade, mais justa e em harmonia com o ambiente. Para isto,é urgen- signatário;
te descobrir novas formas de organizar as relações entre sociedade

10

SOCIOLOGIA

(D) a doutrina da incorporação imediata dos tratados interna -


cionais ao direito nacional, tão logo sejam racados, reete a
ANOTAÇÕES
concepção monista do direito, pela qual o direito internacional
e o direito interno compõem uma mesma ordem jurídica;  _________________________ _____________________________
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(E) não respondida.
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GABARITO
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1 E R RA D O  ______________________________________________________
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2 A
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3 C
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SOCIOLOGIA

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NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


HUMANOS
1. Direitos e Deveres Individuais e colevos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Considerações
Considerações sobre a polícia e os Direitos Humanos.
Humanos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
 

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


Proteção do sigilo das comunicações:
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS  XII - é inviolável
inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
telegrácas, de dados e das comunicações telefôni
telefônicas,
cas, salvo, no úl -
— Direitos e deveres individuais e colevos mo caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei es-
Os direitos e deveres individuais e colevos são todos aqueles tabelecer para ns de invesgação criminal ou instrução processual
previstos nos incisos do art. 5º da Constuição Federal.  penal; (Vide Lei nº 9.296, de 1996).
1996).

 Art. 5º   Todos
Todos são iguais perante a lei, sem disnção de qual - Liberdade de prossão:
prossão:
quer natureza, garanndo-se aos brasileiros e aos estrangeiros re-  XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ocio ou pros -
sidentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à são, atendidas as qualicações prossionais que a lei estabelecer;
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Acesso à informação:
Princípio da igualdade entre homens e mulheres:  XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguar -
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos dado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício prossional;
termos desta Constuição;
Liberdade de locomoção, direito de ir e vir:
vir:
Princípio da legalidade e liberdade de ação:  XV - é livre a locomoção no território
território nacional em te
tempo
mpo de paz,
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma  podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,
entrar, permane-
coisa senão em virtude de lei; cer ou dele sair com seus bens;

Vedação de prácas de tortura sica e moral, tratamento de- Direito de reunião:


sumano e degradante:  XVI - todos podem reunir-se pacicamente, sem armas, em lo-
III - ninguém será submedo a tortura nem a tratamento desu- cais abertos ao público, independentemente de autorização, desde
mano ou degradante; que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o
mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade com-
Liberdade de manifestação do pensamento e vedação do ano-  petente;
nimato, visando coibir abusos e não responsabilização pela veicu-
lação de ideias e prácas prejudiciais
prejudiciais::
Liberdade de associação:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o ano-  XVII - é plena a liliberdade
berdade de associação para ns lícitos, vedada
nimato; a de caráter paramilitar;
 XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de coope-
ravas independem de autorização, sendo vedada a interferência
Direito de resposta e indenização
indenização::
estatal em seu funcionamento;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,
 XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente
compulsoriamente dissolvi -
além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
das ou ter suas avidades suspensas por decisão judicial, exigindo -
Liberdade religiosa e de consciência: -se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
 XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a perma-
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo necer associado;
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garanda, na for -  XXI - as endades associavas, quando expressame
expressamente
nte auto-
ma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; rizadas, têm legimidade para representar seus liados judicial ou
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência extrajudicialmente;
religiosa nas endades civis e militares de internação coleva;
VIII - ninguém será privado de direitos por movo de crença re- Direito de propriedade e sua função social :
ligiosa ou de convicção losóca ou políca, salvo se as invocar para  XXII - é garando o direito de propriedade;
propriedade;
eximir-se
eximir -se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir  XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
 prestação alternava, xada
xada em lei;
Intervenção do Estado na propriedade:
Liberdade de expressão e proibição de censura:  XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação
IX - é livre a expressão da avidade intelectual, arsca, cien -  por necessidade ou ulidade pública, ou por interesse social, me-
 ca e de comunicação, independentemen
independentemente te de censura ou licença; diante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
 previstos nesta Constuição;
Constuição;
Proteção à imagem, honra e inmidade da pessoa humana: humana:  XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade com -
 X - são invioláveis a inmidade, a vida privada, a honra e a  petente poderá usar de propriedade parcular, parcular, assegurada ao pro -
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano  prietário indenização
indenização ulterior,
ulterior, se houver dano;
material ou moral decorrente de sua violação;
Pequena propriedade rural:
Proteção do domicílio do indivíduo:  XXVI - a pequena propriedade rural, assim denida
denida em lei, des-
 XI - a casa é asi
asilo
lo in
inviolável
violável do in
indivíduo
divíduo,, ninguém nela podendo de que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para
ninguém
 penetrar sem consenmento do morador, morador, salvo em caso de agran-  pagamento de débitos decorrentes de sua avidade produva, dis-
te delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,  pondo a lei sobre os meios de nanciar o seu desenvolvimento;
desenvolvimento;
 por determinação judicial;
judicial; (Vide Lei nº 13.105, de 20
2015)
15) (Vigência).
Direitos autorais:
 XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de ulização,
 publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdei -
ros pelo tempo que a lei xar;

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


 XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: Tribunal do Júri:
a) a proteção às parcipações individuais em obras colevas e  XXXVIII - é reconhecida a instuição do júri, com a organização
organização
à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas avidades que lhe der a lei, assegurados:
desporvas; a) a plenitude de defesa;
b) o direito de scalização do aproveitamento econômico das b) o sigilo das votações;
obras que criarem ou de que parciparem aos criadores, aos intér - c) a soberania dos veredictos;
 pretes e às respecvas representações
representações sindicais e associavas; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra
 XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos
inventos industriais pri- a vida;
vilégio temporário para sua ulização, bem como proteção às cria-
ções industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas Princípio da legalidade, da anterioridade e da retroavidade
e a outros signos disnvos, tendo em vista o interesse social e o da lei penal:
desenvolvimento
desenvolvimen to tecnológico e econômico do País;  XXXIX - não há crime sem lei anterior que o dena, nem pena
sem prévia cominação legal;
Direito de herança:  XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneciar
beneciar o réu;
 XXX - é garando o direito de herança;
herança;
 XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros
estrangeiros situados no País será Princípio da não discriminação:
regulada pela lei brasileira em benecio do cônjuge ou dos lhos  XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direi -
tos e liberdades fundamentais;
brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
do “de cujus”;
Crimes inaançáveis, imprescriveis e insusceveis de graça
Direito do consumidor: e anisa:
anisa:
 XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do con-  XLII - a práca do rracismo
acismo constui crime inaançáve
inaançávell e impres-
sumidor; crivel, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
 XLIII - a lei considerará crimes inaançáveis e insusceveis de
Direito de informação, peção e obtenção de cerdão junto graça ou anisa a práca da tortura, o tráco ilícito de entorpecen-
tes e drogas ans, o terrorismo e os denidos como crimes hedion -
aos órgãos públicos:
 XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos infor - dos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
mações de seu interesse parcular, ou de interesse colevo ou geral,  podendo evitá-los, se omirem;
omirem; (Regulamento).
 XLIV - constui crime inaançável e imprescrivel a ação de
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constucional e
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
o Estado Democráco.
sociedade e do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011).
• Crimes inaançáveis e imprescriveis : Racismo e ação de
 XXXIV - são a todos a
assegurados,
ssegurados, independ
independenteme
entemente
nte do paga-
grupos armados contra a ordem constucional e o Estado Demo-
mento de taxas:
cráco;
a) o direito de peção aos Poderes Públicos em defesa de direi -
tos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; • Crimes
ca de inaançáveis
Tortura, e insusceveis
Tráco de drogas de graça
e entorpecentes, e anisa :ePrá
terrorismo cri--
b) a obtenção de cerdões em reparções públicas, para defesa mes hediondos.
de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
Princípio da intranscendência da pena:
Princípio da proteção judiciária ou da inafastabilidade do con -
inafastabilidade  XLV
 XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado,
condenado, poden-
trole jurisdicional:
jurisdicional: do a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de
 XXXV - a lei não ex
excluirá
cluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
ou ameaça a direito; executadas,
execut adas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
Segurança jurídica:
jurídica: Individualização da pena:
 XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico  XLVI
 XLVI – a lei regulará a individualiz
individualização
ação da pena
pena e adot
adotará,
ará, entre
 perfeito e a coisa julgada; outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
Direito adquirido é
adquirido é aquele incorporado ao patrimônio jurídico b) perda de bens;
de seu tular e cujo exercício
exercício não pode mais ser rerado ou tolhido. c) multa;
Ato jurídico perfeito é a situação ou direito consumado e de - d) prestação social alternava;
nivamente exercido,
Coisa julgada  é asem nulidades
matéria perante
submeda a lei vigente.cuja sen -
a julgamento, e) suspensão ou interdição de direitos;
tença transitou em julgado e não cabe mais recurso, não podendo, Proibição de penas:
portanto, ser modicada.  XLVII
 XLVII – não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do
Tribunal de exceção: art. 84, XIX;
exceção;
 XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; b) de caráter perpétuo;
O juízo ou tribunal de exceção seria aquele criado exclusiva - c) de trabalhos forçados;
mente para o julgamento de um fato especíco já acontecido
acontecido,, onde d) de banimento;
os julgadores são escolhidos arbitrariamente. A Constuição veda e) cruéis.
tal práca, pois todos os casos devem se submeter a julgamento
dos juízos e tribunais já existentes, conforme suas competências Estabelecimentos para cumprimento de pena:
pré-xadas.  XLVIII
 XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos
estabelecimentos disntos,
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS

Respeito
 XLIX à Integridade
– é assegurado aosFísica e Moral
presos dos Presos:
o respeito à integridade sica Informação aoserá
LXIII – o preso preso :
informado de seus direitos, entre os quais o
e moral; de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da famí -
lia e de advogado;
Direito de permanência e amamentação dos lhos pela pre -
sidiária mulher: Idencação dos responsáveis pela prisão:
prisão:
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que pos - LXIV – o preso tem direito à idencação dos responsáveis por
sam permanecer com seus lhos durante o período de amamenta - sua prisão ou por seu interrogatório policial;
ção;
Relaxamento da prisão ilegal:
Extradição: LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autori -
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, dade judiciária;
em caso de crime comum, pracado antes da naturalização, ou de
comprovado envolvimento em tráco ilícito de entorpecentes e dro - Garana da liberdade provisória:
provisória:
gas ans, na forma da lei; LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mando, quando a
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime lei admir a liberdade provisória, com ou sem ança;
 políco ou de opinião;

Direito ao julgamento pela autoridade competente Prisão civil:


LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do respon -
LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela au - sável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
toridade competente;
competente; alimencia e a do depositário inel;
Devido Processo Legal: Habeas corpus:
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer
devido processo legal; ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberda-
de de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
Contraditório e a ampla defesa:
LV – aos ligantes, em processo judicial ou administravo, e aos Mandado de Segurança:
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger di -
com os meios e recursos a ela inerentes; reito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
Provas ilícitas: autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atri -
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obdas por buições do Poder Público;
meios ilícitos;
 por: LXX – o mandado de segurança colevo pode ser impetrado
Presunção de inocência: a) pardo políco com representação no Congresso Nacional;
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em jul - b) organização sindical, endade de classe ou associação legal -
gado de sentença penal condenatória; mente constuída e em funcionamento há pelo menos um ano, em
defesa dos interesses de seus membros ou associados;
Idencação criminal:
criminal:
LVIII – o civilmente idencado não será submedo a iden - Mandado de Injunção:
Injunção:
cação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento). LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta
de norma regulamentadora torne inviável o exercício
exercício dos direitos e
Ação Privada Subsidiária da Pública: liberdades constucionais e das prerrogavas inerentes à naciona -
LIX – será admida ação privada nos crimes de ação pública, se lidade, à soberania e à cidadania;
esta não for intentada no prazo legal;
Habeas data:
A publicidade dos atos processuais e o segredo de Jusça:
Jusça: LXXII – conceder-se-á habeas data:
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais a) para assegurar o conhecimento de informações relavas à
quando a defesa da inmidade ou o interesse social o exigirem;  pessoa do impetrante, constantes
constantes de registros ou bancos de dados
Legalidade da prisão:
Legalidade de endades governamentais ou de caráter público;
b) para a recação de dados, quando não se prera fazê-lo
LXI – ninguém será preso senão em agrante delito ou por or -  por processo sigiloso, judicial ou administravo;
administravo;
dem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente,
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente mi- Ação Popular:
litar, denidos em lei; LXXIII – qualquer cidadão é parte legíma para propor ação
 popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
Comunicabilidade da prisão: endade de que o Estado parcipe, à moralidade administrava,
LXII – a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, cando o
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família autor autor,, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus
do preso ou à pessoa por ele indicada; da sucumbência;

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


Assistência Judiciária: — Direitos sociais
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita Os chamados Direitos Sociais são aqueles que visam garanr
aos que comprovarem insuciência de recursos; qualidade de vida, a melhoria de suas condições e o desenvolvi-
mento da personalidade. São meios de se atender ao princípio basi-
Indenização por erro judiciário:
judiciário: lar da dignidade humana e estão previstos no art. 6º, CF.
LXXV – o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, as -  Art. 6º  São
 São direitos sociais a educação , a saúde , a alimentação ,
sim como o que car preso além do tempo xado na sentença; o trabalho , a moradia , o transporte , o lazer  , a segurança , a previ-
a  previ-
dência social   , a proteção
a proteção à maternidade
maternidade e à infinfância
ância , a assistência
Gratuidade de serviços públicos: aos desamparados , na forma desta Constuição (Redação dada
LXXVI – são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na for -  pela Emenda Constucional nº 90, de 2015).
ma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989)  
a) o registro civil de nascimento; Do direito ao trabalho
b) a cerdão de óbito; Os direitos relavos aos trabalhadores podem ser de duas or -
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas dens:
data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidada- - Direitos individuais, previstos no art. 7º, CF;
nia (Regulamento).
(Regulamento). - Direitos colevos dos trabalhadores, previstos nos arts. 9º a
11, CF.
Princípio da Celeridade Processual:
LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administravo, são asse- Os direitos individuais dos trabalhadores
trabalhadores são
 são aqueles desna-
gurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a dos a proteger a relação de trabalho contra uma profunda desigual-
celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constucional dade, de modo a compabiliz
compabilizar
ar a função laboral com a dignidade e
nº 45, de 2004). o bem-estar do trabalhador que é a parte hipossuciente da relação
trabalhista.
Aplicabilidade das normas de direitos e garanas fundamen -
tais:  Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
§ 1º As normas denidoras dos direitos e garanas fundamen- outros que visem à melhoria de sua condição social:
tais têm aplicação imediata.
Assim, todas as normas relavas aos direitos e garanas funda- Proteção contra despedida arbitrária ou sem justa causa:
causa :
mentais são autoaplicáveis.
autoaplicáveis. I – relação de emprego protegida contra despedida arbitrária
ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá
Rol é exemplicavo
exemplicavo:: indenização compensatória, dentre outros direitos;
§ 2º Os direitos e garanas expressos nesta Constuição não
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela ado -
excluem Seguro-Desemprego :
II – seguro-desemprego, em caso de desemprego involunt
involuntário;
ário;
tados, ou dos
va do Brasil tratados
seja parte. internacionais em que a República Federa -
O rol dos direitos elencados no art. 5º da CF/88 não é taxavo, Fundo de Garana por Tempo de Serviço (FGTS):
(FGTS):
mas sim exemplicavo. Os direitos e garanas ali expressos não III – fundo de garana do tempo de serviço;
excluem outros de caráter constucional, decorrentes de princípios
constucionais, do regime democráco, ou de tratados internacio- Salário mínimo:
nais. IV – salário mínimo, xado em lei, nacionalmente unicado,
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua fa -
Tratados e Convenções Internacionais de Direitos Humanos mília com moradia, alimentação,
alimentação, educação, saúde, lazer
lazer,, vestuário,
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos hu- higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos
manos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, que lhe preservem o poder aquisivo, sendo vedada sua vinculação
em dois turnos, por três quintos dos votos dos respecvos mem -  para qualquer m;
bros, serão equivalentes às emendas constucionais. (Incluído pela
Emenda Constucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma Piso salarial:
deste parágrafo: DLG nº 186, de 2008, DEC 6.949, de 2009, DLG 261, V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do
de 2015, DEC 9.522, de 2018). trabalho;
Com a Emenda Constucional n° 45 de 2004, as normas de
tratados internacionais
conhecidas como normas sobre direitos humanos
de hierarquia passaram
constucional, a ser so
porém, re -- Irredubilidadade do salário:
salário:
VI – irredubilidade do salário, salvo o disposto em convenção
mente se aprovadas pelas duas casas do Congresso por 3/5 de seus ou acordo colevo;
membros em dois turnos de votação.
Proteção aos que percebem remuneração variável:
Submissão à Jurisdição do Tribunal Penal Internacional: VII – garana de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Inter -  percebem remuneração
remuneração variável;
nacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela
Emenda Constucional nº 45, de 2004). Décimo Terceiro Salário ou Gracação Natalina:
Natalina:
O Brasil se submeteu expressamente à jurisdição do Tribunal
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração inte -
Penal Internacional, também conhecido por Corte ou Tribunal de
gral ou no valor da aposentadoria;
Haia, instuído pelo Estatuto de Roma e racado em 20 de junho
de 2002 pelo Brasil. A Emenda Constucional n° 45/2004, deu a
Remuneração
Remuner ação superior por trabalho noturno :
esta adesão força constucional. O objevo do TPI é idencar e
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
punir autores de crimes contra a humanidade.

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


Proteção do salário contra retenção dolosa: Assistência aos lhos pequenos:
pequenos :
 X – proteção do salário na forma da lei, constuindo crime sua  XXV – assistência gratuita aos lhos e dependentes desde o
retenção dolosa; nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;
(Redação dada pela Emenda Constucional nº 53, de 2006).
Parcipação nos lucros:
lucros:
 XI – parcipação nos lucros, ou resultados, desvinculada da re- Reconhecimento das convenções e acordos colevos de tra-
muneração, e, excepcionalmente,
excepcionalmente, parcipação na gestão da empre- balho:
sa, conforme denido em lei;  XXVI – reconheciment
reconhecimento
o das convenções e acordos colevos de
trabalho;
Salário-família:
 XII – salário-família
salário-família pago em razão
razão do dependente
dependente do trabalha
trabalha- Proteção em face da automação:
dor de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda  XXVII – proteção em face da automação, na forma da lei;
lei;
Constucional nº 20, de 1998).
Seguro contra acidentes de trabalho:
Jornada de Trabalho:  XXVIII – seguro con
contra
tra acidente
acidentess de trabalho, a cargo do empre-
 XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas gador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando
diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de incorrer em dolo ou culpa;
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coleva de trabalho; (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943). Ação trabalhista nos prazos prescricionais
prescricionais::
 XXIX – ação, quanto aos créditos resultantes das relações de
Jornada especial para turnos ininterruptos de revezamento:
revezamento: trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalha -
 XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos dores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a exnção do
ininterruptos de revezamento,
revezamento, salvo negociação coleva; contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constucional
nº 28, de 2000).
Repouso (ou descanso) semanal remunerado (DSR):
(DSR):
 XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente
preferencialmente aos do- Não discriminação:
mingos;  XXX – proibição de diferença de salários, de exer
exercício
cício de fun-
ções e de critério de admissão por movo de sexo, idade, cor ou
Pagamentos de horas extras: estado civil;
 XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mí -  XXXI – proibição de qualquer discrim
discriminação
inação no tocante a salário
nimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 e critérios de admissão do trabalhador portador de deciência;
§ 1º).
Proibição de disnção do trabalho
trabalho::
Férias remuneradas:  XXXII – proibição de disnção entre trabalho manual, técnico
técnico e
 XVII – gozo de férias anuais remuneradas
remuneradas com, pelo menos, um intelectual ou entre os prossionais respecvos;
terço a mais do que o salário normal;
Trabalho do menor:
Licença à gestante:  XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
 XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salá- menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis
rio, com a duração de cento e vinte dias; anos, salvo na condição de aprendiz, a parr de quatorze anos; (Re-
dação dada pela Emenda Constucional nº 20, de 1998).
Licença-paternidade: • De 14 a 16 anos: Só pode trabalhar na condição de aprendiz.
 XIX – licença-paternidade,
licença-paternidade, nos termos xados em lei; • De 16 a 18 anos: É vedado o exercício de trabalho noturno,
 perigoso ou insalubre.
Proteção da mulher no mercado de trabalho: • A parr de 18 anos: Trabalho normal.
 XX – proteção do mercado de trabalho da mulher,
mulher, mediante
incenvos especícos, nos termos da lei; Igualdade ao trabalhador avulso:
 XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
Aviso Prévio: empregacio permanente e o trabalhador avulso
 XXI de
mínimo – aviso
avtrinta
iso prévio proporcional
dias, nos termos daao
lei;tempo de serviço, sendo no Empregados doméscos:
doméscos: 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalha-
Redução dos riscos do trabalho: dores doméscos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X,
 XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de  XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV
XXIV,, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII
normas de saúde, higiene e segurança; e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a sim-
 plicação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e
Adicional por avidades penosas, insalubres ou perigosas
perigosas:: acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiarida -
 XXIII – adicional de remuneração para as avidades penosas, des, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como
insalubres ou perigosas, na forma da lei; a sua integração à previdência social (Redação dada pela Emenda
Constucional nº 72, de 2013).
Aposentadoria:
 XXIV – aposentadoria; Os Direitos Colevos dos Trabalhadores “são aqueles exerci-
dos pelos trabalhadores, colevamente
colevamente ou no interesse de uma co-
levidade” (LENZA, 2019, p. 2038) e compreendem:

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


Liberdade de Associação Prossional Sindical
Sindical::  prerrogava Naturalização 
Naturalização 
dos trabalhadores para defesa de seus interesses prossionais e A naturalização é um meio derivado, de aquisição secundária
econômicos. da nacionalidade brasileira, permida ao estrangeiro ou apátrida
Direito de Greve:
Greve: direito de abstenção coleva e simultânea que preencher determinados requisitos.
do trabalho, de modo organizado para defesa de interesses dos Também chamado de heimatlos, o apátrida é aquele que não
trabalhadores. Importante mencionar que serviços considerados possui nenhuma nacionalidade, já o polipátrida é aquele que tem
essenciais e inadiáveis à sociedade não podem ser paralisados to- mais de uma nacionalidade.
talmente para o exercício
exercício do direito de greve. Ademais, o STF (2017) A Lei nº 13.445/2017, que instui a Lei de Migração trata de
entende que servidores que atuam diretamente na área de segu - diversas questões acerca da nacionalidade e do processo de natu -
rança pública não podem entrar em greve em nenhuma hipótese. ralização,
ralização, sendo vedada a diferenciaç
diferenciação
ão arbitrária entre brasileiros
Direito de Parcipação Laboral: assegura a parcipação dos natos e naturaliz
naturalizados.
ados.
trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos § 2º   A lei não poderá estabelecer disnção entre brasileiros
em que interesses prossionais ou previdenciári
previdenciários
os sejam objeto de natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constuição.
discussão.
Direito de Representação na Empresa: Nos termos do art. 11, Portugueses:
CF: nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada Aos portugueses com residência permanente no país serão
a eleição de um representante
representante destes com a nalidade exclusiva
exclusiva de atribuídos os mesmos direitos dos brasileiros, desde que haja re-
promover-lhes
promover-l hes o entendimento direto com os empregadores. ciprocidade.
— Direitos de nacionalidade  Art. 12
A nacionalidade é a condição de sujeito natural do Estado, que § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se
pode parcipar dos atos pernentes à nação. A atribuição da nacio- houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os
nalidade se dá por dois critérios: direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Cons-
 Jus solis: será brasileiro todo aquele nascido em território na - tuição (Redação dada pela Emenda Constucional de Revisão nº
cional; 3, de 1994).
 Jus sanguinis: será brasileiro todo lho de nacional, mesmo
nascido no exterior. Perda da Nacionalidade:
O Brasil adota, em regra, o critério do jus
do jus solis, migado
solis, migado por cri- § 4º  Será
 Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
térios do  jus sanguinis.
sanguinis. O art. 12 da Constuição Federal elenca os I - ver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em
direitos da nacionalidade, dividindo os brasileiros em dois grandes virtude de avidade nociva ao interesse nacional;
grupos: os brasileiros natos e os naturalizados
naturalizados.. II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:(Redação
dada pela Emenda Constucional de Revisão nº 3, de 1994).
 Art. 12 São brasileiros:
brasileiros: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei es -
I - natos: trangeira; (Incluído pela Emenda Constucional de Revisão nº 3, de
a) os nascidos na República Federava do Brasil, ainda que de 1994).
 pais estrangeiros,
estrangeiros, desde que estes
estes não estejam a serviço de seu país; b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasilei - brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para
ra, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federa -  permanência em seu território ou para o exercí exercício
cio de direitos civis;
va do Brasil; (Incluído pela Emenda Constucional de Revisão nº 3, de 1994).
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe bra -
sileira, desde que sejam registrados em reparção brasileira com - Extradição, repatriação,
repatriação, deportação e expulsão
 petente ou venham a residir na República Federava do Brasil e A extradição, repatriação, deportação e expulsão são medidas 
medidas 
optem, em qualquer tempo, depois de angida a maioridade, pela do Estado soberano para enviar uma pessoa que se encontra refu -
nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constucio- giada em seu território a outro Estado estrangeiro.
nal nº 54, de 2007). Segundo o Ministério da Jusça (2021), a extradição é um ato de
II - naturalizados: cooperação internacional que consiste na entrega de uma pessoa, acu -
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, sada ou condenada por um ou mais crimes, ao país que a reclama. Não
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas resi - haverá extradição de brasileiro nato. Também não será concedida ex -
dência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; tradição de estrangeiro por crime políco ou de opinião. 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Re-
 pública Federava do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e de devolução Repatriação é medida
voluntária deadministrava
uma pessoa aoconsistente
seu local denoorigem
processoou
sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade bra -
de cidadania, por estar impedida de permanecer em território bra -
sileira (Redação dada pela Emenda Constucional de Revisão nº 3,
sileiro após determinado período.
de 1994).
A deportação será aplicada nas hipóteses de entrada ou esta -
da irregular de estrangeiros no território nacional e a repatriação
Cargos privavos do brasileiro nato: (art. 12, § 3º, CF)
§ 3º São privavos de brasileiro nato os cargos:
ocorre quando o clandesno é impedido de ingressar em território
I - de Presidente e Vice-Presidente
Vice-Presidente da República; nacional pela scalização fronteiriça e aeroportuária brasileira. 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; A expulsão consiste em medida administrava de rerada com-
III - de Presidente do Senado Federal; pulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; com o impedimento de reingresso por prazo determinado, congu-
V - da carreira diplomáca; rado pela práca de crimes em território brasileiro.
VI - de ocial das Forças Armadas. O banimento, que é a entrega de um brasileiro para julgamento
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda no exterior, práca comum na época da ditadura militar, é vedado
Constucional nº 23, de 1999). pela Constuição.

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


— Direitos polícos § 4º  São
 São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
Os Direitos Polícos visam assegurar a parcipação do cidadão
na vida políca e estrutural de seu Estado, garanndo-lhe o acesso Há também a inelegibilidade derivada do casamento ou do pa -
à condução da coisa pública. Abrangem o poder que qualquer ci - rentesco com o Presidente da República, com os Governadores de
dadão tem na condução dos desnos de sua colevidade, de uma Estado e do Distrito Federal e com os Prefeitos, ou com quem os
forma direta ou indireta, ou seja, sendo eleito ou elegendo repre- haja substuído dentro dos seis meses anteriores ao pleito.
sentantes junto aos poderes públicos.
Cidadania e nacionalidade são conceitos disntos, logo nacio - §7º  São
 São inelegíveis, no território de jurisdição do tular, o côn-
nal é diferente de cidadão. A condição de nacional é um pressupos-  juge e os parentes consanguíneos ou ans, até o segundo grau ou
to para a de cidadão. A cidadania em sendo estrito é o status de  por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado
nacional acrescido dos direitos polícos, isto é, o poder parcipar ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
do processo governamental, sobretudo pelo voto. substuído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já
Nos termos do art. 14 da Constuição Federal a soberania po- tular de mandato elevo e candidato à reeleição.
pular é exercida pelo sufrágio (voto) universal, direto e secreto, com
valor igual para todos. Ademais, estabelece também os instrumen- Quanto à Reeleição e desincompabil
desincompabilização,
ização, a Emenda Cons-
tos de parcipação
Plebiscito: 
Plebiscito: semidireta pelo
  manifestação povo.
popular do eleitorado que decide tucional
Poderes nº 16 trouxe
Execuvos a possibilidade
federal, estadual,de reeleição
distrital para o chefe
e municipal. dos-
Ao con
acerca de uma determinada questão. Assim, em termos prácos, é trário do sistema americano de reeleição reeleição,, que permite apenas a re -
feita uma pergunta à qual responde o eleitor. É uma consulta prévia condução por um período somente, no Brasil, após o período de um
à elaboração da lei. mandato, o governante pode voltar a se candidatar para o posto.
Referendo: manifestação
Referendo:  manifestação popular, em que o eleitor aprova ou
rejeita uma atude governamental, normalmente uma lei ou proje- § 5º  O
 O Presidente da República, os Governadores de Estado e do
to de lei já existent
existente.
e. Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou subs -
Iniciava Popular: é o direito de uma parcela da população (1% tuído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único
do eleitorado) apresentar ao Poder Legislavo um projeto de lei  período subsequente. (Redação dada pela Emenda Constucional
que deverá ser examinado e votado. Os eleitores também podem nº 16, de 1997).
usar deste instrumento em nível estadual e municipal. § 6º  Para
 Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repú-
blica, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
Alistamento eleitoral (direitos polícos avos): devem renunciar aos respecvos mandatos até seis meses antes do
Consiste na capacidade de votar, parcipar de plebiscito e re-  pleito.
ferendo, subscrever projeto de lei de iniciava popular e de propor
ação popular e se dá através do alistamento eleitoral, obrigatório Por sua vez, o militar é elegível, se cumpridos alguns requisitos:
para os maiores de dezoito anos e facultavo para os maiores de § 8º  O
  O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes con -
dezesseis e menores de dezoito, para os analfabetos e para os maio- dições:
res de setenta anos. I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
São inalistáveis
inalistáveis os
 os estrangeiros e os conscritos durante serviço da avidade;
militar obrigatório, ou seja, aqueles
aqueles que se alistaram no exército e II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
foram convocados a prestar serviço militar. autoridade superior e, se eleito, passará automacamente, no ato
da diplomação, para a inavidade.
Elegibilidade eleitoral (direitos polícos passivos):
Os direitos polícos passivos consistem na possibilidade de ser O Mandato Elevo pode ser impugnado:
votado, ou seja, na elegibilidade que é a capacidade eleitoral
eleitoral passi- § 10   O mandato el
elevo
evo poderá ser iimpugnado
mpugnado ante a Jus Jusça
ça
va consistente na possibilidade de o cidadão pleitear determinados Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruí -
mandatos polícos, mediante eleição popular, desde que preenchi- da a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
dos os devidos requisitos.  fraude;
§ 11 A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: de jusça, respondendo o autor,
autor, na forma da lei, se temerária ou de
I - a nacionalidade brasileira; manifesta má-fé.
II - o pleno exercício dos direitos polícos;
III - o alistamento
alistamento eleitoral; Suspensão e Perda dos Direitos Polícos
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; A perda e a suspensão dos direitos polícos podem-se dar,
V - a liação pardária; Regulamento. respecvamente, de forma deniva ou temporária. Ocorrerá a
VI - a idade mínima de: perda quando houver cancelamento da naturalização
naturalização por sentença
a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e transitada em julgado, no caso de recusa em cumprir obrigação a
Senador; todos imposta ou prestação alternava (é o caso do serviço militar
b) 30 para Governador e Vice-Governador de Estado e do Dis - obrigatório). Por sua vez, a suspensão dos direitos polícos se dá
trito Federal; enquanto persisrem os movos desta, ou seja, enquanto não re -
c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distri - toma a capacidade civil, o indivíduo terá seus direitos polícos sus-
tal, Prefeito, Vice-Prefeito
Vice-Prefeito e juiz de paz; pensos; readquirindo-a, alcançará, novamente o status de cidadão.
d) 18 anos para Vereador. Também
Também são passíveis de suspensão os condenados criminalmente
(com sentença transitado em julgado). Cumprida a pena, readqui -
Inelegibilidades: rem os direitos polícos; no caso de improbidade administrava, a
A Constuição não menciona exausvamente
exausvamente todas hipóteses suspensão será, da mesma forma, temporária.
de inelegibilidade, apenas xa algumas. Em regra:

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


 Art. 15. É vedada a cassação de direitos polícos, cuja perda ou Dentro desse contexto, pesquisas sobre a integraç
integração
ão dos direi-
suspensão só se dará nos casos de: tos humanos na avidade policial são extremamente necessárias
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em no sendo de mudar o histórico de violência em sua atuação.
atuação. Bus-
 julgado; cando por essa adequação, atualmente os planos de ensino das
II - incapacidade civil absoluta; academias de polícia e cursos de especialização inseriram em suas
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto du - propostas; matérias referentes à importância dos direitos humanos
rarem seus efeitos; na avidade policial. Tal procedimento tem como objevo, a ree-
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação xão desses prossionais, os quais através da produção de monogra-
alternava, nos termos do art. 5º, VIII as, argos e teses sobre o tema, conscienzem-se
conscienzem-se da necessidade
V - improbidade administrava, nos termos do art. 37, § 4º. de adequação do seu trabalho à defesa e respeito aos direitos fun-
damentais do cidadão.
— Pardos Polícos
Pardos polícos são associações de pessoas de ideologia e in- Essa pesquisa tem sua
s ua juscava embasada pela necessidade
teresses comuns, com a nalidade de exercer o poder a parr da de demonstrar que direitos humanos e avidade policial são total -
vontade popular, determinando o governo e a orientação políca mente compaveis desfazendo
desfazendo a crença de que o discurso dos direi-
nacional. Juridicamente, são verdadeiras instuições, pessoas jurí - tos humanos só traz benecios aos infratores da lei.
dicas de direito privado, constuídas na forma da lei civil, perante
o Registro Civil de Pessoas Jurídicas e que gozam de imunidade e O objevo geral da pesquisa é demonstrar a polícia como peça
autonomia para gerir sua organização interna. fundamental para garanr a democracia e a valorização dos direitos
No Brasil, o pluralismo políco é um dos fundamentos da Repú- humanos. Os objevos especícos baseiam- se em conceituar e dis-
blica, e diferente de outras nações aqui não foi instuído o dualis - correr sobre Direitos Humanos; avidade policial; cidadania; poder
mo. (direita e esquerda ou democratas e republicanos). Os pardos de polícia; polícia comunitária, abordando a atuação da polícia no
polícos têm liberdade de organização pardária, sendo livres a Distrito Federal.
criação, fusão, incorporação e a sua exnção, observados o caráter
nacional, a proibição de subordinação e recebimento de recursos Considerando-se os objevos estabelecidos no estudo, esta
nanceiros de endades ou governo estrangeiros, a vedação da u- é da como uma pesquisa exploratória. Que segundo Gil (1991),
lização de organização paramilitar, além do dever de prestar contas assume, em geral, as formas de Pesquisa Bibliográca e descriva.
à Jusça Eleitoral e do funcionamento parlamentar de acordo com
a lei. DIREITOS HUMANOS E ATIVIDADE POLICIAL
De acordo com a Lei das Eleições, coligações pardárias são
permidas. Direitos humanos
Os pardos polícos, uma vez devidamente constuídos e re- De acordo com Bobbio (2004) Direitos humanos são derivados
gistrados no TSE, têm direito a recursos do fundo pardário e aces - da dignidade e do valor inerente à pessoa humana, tais direitos são
so gratuito ao rádio e à televisão para ns de propaganda eleitoral. universais, inalienáveis e igualitários. Em outras palavras eles são
inerentes a cada ser humano, não podem ser rados ou alienados
por qualquer pessoa; sendo desnados e aplicados a qualquer indi-
víduo em igual medida – independente do critério de raça, cor,
cor, sexo,
CONSIDERAÇÕES SOBRE A POLÍCIA E OS DIREITOS idioma, religião, políca ou outro po de opinião, nacionalidade ou
HUMANOS origem social, propriedades, nascimento ou outro status qualquer.
qualquer.

A formulação de princípios ou padrões de conduta diante da Os direitos humanos podem ser melhor entendidos como aque-
condição social do homem são elementos norteadores da convi - les direitos constantes nos instrumentos internacionais: Declaração
vência social. No decurso da história da humanidade as civilizações Universal dos Direitos Humanos, O Pacto Internacional sobre os Di -
construíram diferentes sistemas de normas sociais objevando es - reitos Econômicos, Sociais e Culturais, O Pacto Internacional sobre
tabelecer padrões de relações humanas e comportamentos sociais. os Direitos Civis e Polícos, tratados
tratados regionais de direitos humanos,
A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 10 de dezembro e instrumentos especícos lidando com aspectos da proteção dos
de 1948 aborda em seus 30 argos, os valores écos básicos nor- direitos humanos como, por exemplo
exemplo,, a proibição da tortura.
teadores para proteção dos Direitos Humanos.
O direito de liberdade na concepção de Bobbio (1909)além de
De acordo com Soares (1997), os enfrentamen
enfrentamentostos atuais para a estar inmamente ligado ao principio da igualdade evolui paralela-
construção da democracia no Brasil passam, necessariamente, pela mente a ele. O que se conrma na armação conda na Declaração
éca e pela educação
educação para a cidadania. Por duas décadas, o Brasil
Brasil universal dos Direitos do Homem em seu argo 1°: “ (…) art.1° da
esteve envolvido em um sistema ditatorial (1965 a 1985). Nesse pe - Declaração
Declaraçã o Universal, “todos os homens nascem iguais em liberda-
ríodo, direitos básicos foram cerceados. Serviram à manutenção da des e direitos”, armação cujo signicado é que todos os homens
ditadura militar as forças policiais do país, as quais atuaram como nascem iguais na liberdade, no duplo sendo da expressão: “os ho-
aparelho repressor do Estado. mens têm igual direito à liberdade”
liberdade”,, “os homens têm direito a uma
igual liberdade”.
O processo de estruturação dos direitos do homem ocorre des-
de o século XVIII, quando erigiu – se o Estado de Direitos, tendo Somente após a Segunda Guerra Mundial, a qual envolveu vá -
início então os movimentos constucionalistas.
constucionalistas. Com a promulgaç
promulgação
ão rias nações e causou prejuízos mundiais; os Direitos Humanos se
da Constuição Federal de 1988, denominada constuição cidadã, rmaram e obveram reconhecimento pleno, pois o quadro de des -
buscou-se resgatar o processo de democrazação interrompido truição deixado pela guerra despertou na humanidade a necessida-
pelo período da ditadura militar e, consequentemente fazer valer de de se frear esse po de disputas.
direitos dos cidadãos que haviam sido negligenciados até então.

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


Sensibilizadas com as atrocidades das guerras, as nações mun- Avidade policial
diais decidiram fundar a Organização das Nações Unidas (ONU), e A Constuição Federal destaca quais os órgãos estão aptos a
m junho de 1945, foi assinada a Carta das Nações Unidas, a qual promover a segurança pública e detalha os pos de avidades de -
declara como objevo principal: “preservar as próximas gerações legadas a cada um deles. Esses órgãos são as diferente
diferentess polícias no
do sofrimento da guerra e rearmar os direitos fundamentais do contexto brasileiro. São elas: Polícia Federal; Polícia Rodoviária Fe -
homem”. deral; Polícia Ferroviária federal; Polícia Civil; Polícia Militar e o Cor -
po de Bombeiros Militares. Muito embora cada um desses órgãos
Em 1948, com a aprovação da Declaração Universal dos Direi- possua seu próprio campo de ação; a avidade primordial baseia-se
tos do Homem, a qual tem como princípio fundamental a dignidade na preservação da ordem pública e a incolumidade das pessoas e
da pessoa humana promoveu-se o efevo respeito aos direitos hu - do patrimônio. Porquanto o caput do art. 144 os estabelece como
manos. Dando início a elaboração de outros Pactos Internacionais órgãos de promoção de segurança pública.
sobre o referido tema.
A avidade policial brasileira é detalhada em sua Carta Políca,
Em 1966 em conformidade com os princípios proclamados dada a importância do trabalho policial, uma vez que dependendo
na Carta das Nações Unidas; foram criados o Pacto Internacional da forma como for exercida a avidade conrma ou nega o Estado
dos Direitos Civis e polícos e o Pacto Internacional dos Direitos Democráco de Direito. A avidade policial é um ocio de suma
Econômicos, Sociais e Culturais, os quais asseguram o respeito à importância, seriedade e dimensão única, pois deve atuar de for-
integridade sica e a dignidade da pessoa humana, proibindo sob ma a impedir que as garanas e liberdades constucionais sejam
qualquer pretexto a práca de tortura e execuções não levadas à violadas, Conforme a concepção de Goldstein (2003, p.28; 29), “A
 jusça; garanndo todas as prerrogav
prerrogavas
as de defesa. Ambos estão policia não está apenas obrigada a exerc
exercer
er sua limitada autoridade
inseridos na Carta Internacional de Direitos Humanos. em conformidade com a Constuição e, por meios legais, aplicar
suas restrições: também está obrigada a observar que outros não
No Brasil, a ditadura militar, instalada no ano de 1964 vigoran - infrinjam as liberdades garandas constucionalmente. Essas exi -
do até 1984, foi um marco de desrespeito aos Direitos Humanos. gências introduzem na função policial a dimensão única que torna o
O período da ditadura foi marcado por torturas de todo po e res - policiamento neste país um ocio seríssimo.
seríssimo.””
ponsável pelo desaparecimento de muitas pessoas. Todas as classes
sociais sofreram violação e restrição de Direitos. Apesar de detalhamento do trabalho policial no corpo da
Constuição; tais como: patrulhamento ostensivo; função de inves-
O Brasil se efevou como um país democráco de direito após gação e apuração de infrações penais; e preservação da ordem
a promulgação da Constuição Federal de 1988. Também chamada pública, o que se vê, hoje, é uma polícia que faz mais do que a de -
de Constuição Cidadã por contar com garanas e direitos funda- terminação legal impõe. A instuição policial absorveu avidades
mentais que reforçam a idéia de um país livre e pautado na valori - que em principio não deveriam ser suas, como por exemplo, as
zação do ser humano. Com a ruptura do ango sistema ditatorial o ocorrências que envolvem discussões familiares, tal fato pode estar
Estado nha a necessidade de resgatar a importância dos direitos ligado a falhas no Sistema de Segurança Pública ou pela mudança
do homem que nham sido negligenciados até então. Porquanto, nos anseios da sociedade.
desde 1948 havia-se erigido a Declaração Internacional dos Direitos
Humanos, no mundo. A avidade policial, atualmente, não pode ser compreendida
apenas pela óca legal. É preciso levar em conta que as leis são rígi-
Já no argo 1° da Carta Magna arma-se a condição de Estado das e invariáveis, mas a sociedade é mutável e espera uma mudan-
Democráco de Direito fundamentado em cidadania e dignidade ça na perspecva do trabalho policial. O prossional de segurança
da pessoa humana. O Brasil por ser signatário de Tratados Interna- contemporâneo é um agente promotor de cidadania e direitos hu -
cionais de Direitos Humanos, tem como princípios em suas relações manos.
internacionais a prevalência dos direitos humanos.
A avidade policial, de hoje, leva em consideração não só a in -
Os padrões internacionais de direitos humanos têm o objevo tolerância a criminalidade, mas também preocupa – se com o cará-
de prevenir que as pessoas se tornem vímas desse abuso, assegu- ter social que desempenha junto à população. O trabalho da polícia
rá-las e protegê-las caso isto aconteça. Em alguns casos a violação abrange toda a determinação legal imposta pela constuição e re-
desses direitos, são atos criminosos por si só – tortura, por exem - gimentos policiais, e, sobretudo a civilidade que o prossional deve
plo, e execuções ilegais por funcionários do Estado. ter,, no senso de responsabilidade frente à sociedade, a qual espera
ter
do agente de segurança pública; a proteção quando um conito se
Os criminosos também têm direitos humanos, por exemplo, instala.
têm direito a um julgamento justo e a um tratamento humano
quando dedos. Uma vez sentenciados por uma corte de jusça Antagonismo entre direitos humanos e polícia
pelo comemento de uma ofensa criminal, perdem o direito à li - Traçando
Tra çando perl do contexto histórico brasileiro,
brasileiro, percebe-se que
berdade durante o tempo de cumprimento da sentença. Direitos Humanos e avidade policial sempre esveram em posi-
ções antagônicas. Diante de todas as manifestações contrárias aos
No que se referem aos policiais, estes devem entender que Direitos Humanos no período da ditadura militar, a polícia ganhou
enquanto esverem invesgando um crime, estão lidando com um esgma de ações pautadas em violência, que não condiz com
suspeitos e não com pessoas que foram condenadas pelo come - modelo ideal de corporação em um Estado Democráco
Democráco de Direito.
mento de um ato criminoso (que está sendo invesg
invesgado).
ado). Apesar de
um policial acreditar que a pessoa realmente cometeu o crime, so
s o- A ulização dos aparatos policiais pelo regime autoritário da
mente a jusça poderá considerar a pessoa culpada. Este é um ele- época colocou um grande abismo entre a polícia e a sociedade. Ain-
mento essencial para um julgamento justo, prevenindo que pessoas da hoje, a população vê nos agentes de segurança um instrumento
inocentes sejam condenadas por crimes que não tenham comedo. de dominação do Estado sobre o povo e não de servidores,
s ervidores, ou seja,

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


vêem uma polícia contra o povo e não para o povo. Com a democra- conança naquele diante da insegurança que se vive atualmente. A
zação da políca brasileira, tornou-se necessário repensar o mo - polícia é a representação mais inma do Estado que a nação possui;
delo de segurança pública do país, tendo em mente que essa nova é a sua frente de atuação, nela se deposita todas as frustrações e
conjuntura da políca nacional, propicia a relação polícia e direitos esperanças no governo.
humanos como uma parceria em benecio da comunidade e não o
contrário. Espera-se muito do agir policial, porquanto a missão é nobre.
Entretanto,, a sociedade muda o discurso a toda hora. A polícia se vê
Entretanto
Inserir na instuição policial uma proposta baseada em ten - perdida nos anseios da população, que em determinado momento
dências contemporâneas a respeito de sua atuação não se constui deseja que o agente de segurança seja polido em suas ações, já em
tarefa fácil, por se tratar de instuição fechada em si, tradicionalista outras situações pede que a polícia seja uma instuição de vingança
e baseada em hierarquia e disciplina, no caso das polícias militares. social, fazendo jusça com as próprias mãos como acontecia nos
primórdios da humanidade. As pessoas estão aterrorizadas pela
A mudança no modo de agir da polícia, parte do princípio de que é
necessário que se mude a convicção que os prossionais de segu- violência que assola o país. Vive-se o clima de guerra urbana que
rança têm a respeito do valor dos direitos humanos. gera insegurança.

Mesmo dentro da polícia há o paradigma de que os militan - O policial não se deve levar por anseios ilegímos que possam
tes de direitos humanos só atuam para reprimir a ação da força, despresgiar seu trabalho. A sociedade que deseja ações desme-
procurando excessos em sua avidade e protegendo os marginais. didas por parte do agente será a mesma que proporcionará a ele o
O desconhecimento por boa parte da polícia do que sejam tais di - repúdio quando atender aos seus próprios anseios primivos.
reitos, provoca a revolta dos prossionais de segurança pública e a
noção de que os militantes de direitos humanos são subversivos e O uso da força é apenas uma das caracteríscas da avidade
atentam contra a segurança nacional. policial, ela não pode resumir o agir policial como um todo. Suas
atribuições e responsabilidades vão além, nem sempre é escolha
Os militantes de direitos humanos são mal interpretados, pelos do prossional o uso dessa prerrogav
prerrogavaa para executar suas tarefas.
policiais, em razão da história de enfrentamen
enfrentamentoto das duas posições
Como defende Balestreri (1998), o policial é um pedagogo de
em épocas de ditadura no país. O contexto histórico brasileiro re -
cidadania, ele deve ser incluído no rol dos prossionais pedagógi -
força o abismo que se criou entre direitos humanos e avidade po-
cos, ao lado das prossões consideradas formadoras de opinião.
licial, dicultando as novas losoas de policiamento.
Dessa forma, o agente de segurança é um educador, o qual educa
por meio de suas atudes ao de lidar com situações codianas. O
Na verdade, as denúncias feitas pela comunidade de Direitos
policial educador transmite cidadania, a parr de, exemplos de con -
Humanos é benéca aos bons policiais, pois minam a ação de maus
prossionais e impedem que eles connuem agindo em desacordo duta; de comportamentos baseados em moderação e bom senso.
com os direitos, maculando dessa forma, todo o corpo policial. Para O agente de segurança pública não pode mais ser visto, nos
que haja uma mudança no paradigma de antagonismo, é imprescin- dias de hoje, como agente de repressão a mando do Estado. A
dível que a polícia e as ONGS de direitos humanos se aproximem e Constuição Federal de 88, em seu argo 144, declara que a segu -
trabalhem juntas na efevação do bem maior, não para sasfação rança pública é exercida pelas polícias e que suas atribuições são
de posições, mas em favor da sociedade. a preservação da ordem pública, a incolumidade das pessoas e do
patrimônio.
POLÍCIA E CIDADANIA
A Declaração Universal dos Direitos Humanos não faz diferença  Visto desse modo, a avidade de polícia consiste em desem -
de cidadãos, ca claro que todas as pessoas são iguais em direitos
direitos penhar funções policiais, e ao mesmo tempo proteger os direitos
e deveres e veda qualquer forma de disnção. O prossional de se- humanos. Violar os direitos humanos, desrespeitar as normas legais
gurança assim como qualquer cidadão possui direitos e obrigações, como propósito de aplicar a lei não é considerado uma práca poli-
no entanto, a ele se atribui o solene dever de gurar como agente cial eciente – apesar de algumas vezes se angirem os resultados
promotor de Direitos Humanos. Os agentes de segurança possuem desejados. Quando a polícia viola a lei com o intuito de aplicá-la,
o poder de representar o Estado e se tornam, por isso, talvez, a clas- não está reduzindo a criminalidade, está se somando a ela.
se de trabalhadores com mais notoriedade em sua atuação.

Dessa forma, é necessário que se invista, vigilantemente, nas Espera-seo dos


senvolviment
senvolvimento agentes
de suas de segurança
avidades, o vigor
porém que hajanecessário no de
preocupação em
-
ações policiais esperando dos agentes uma atuação pautada sem - agir no estrito cumprimento da lei. É necessária a admiração da so-
pre no estrito cumprimento da lei, já que atuam para garan-la. É ciedade por essa classe de trabalhadores. O policial não é inimigo
importante cobrar prossionalismo nas ações. da população, deve que ser visto como agente promotor de direitos
humanos, sobretudo, de cidadania.
Em sua atuação vigilante, a população deve reconhecer que o
policial também é um cidadão com deveres, obrigações e direitos. POLÍCIA COMUNITÁRIA
Já o policial deve senr-se inserido e parcipante dessa sociedade
na mesma medida do cidadão comum. A parr da Revolução Fran- O que é polícia comunitária
cesa cidadania se tornou sinônimo de igualdade, o que signica que O policiamento comunitário baseia-se em uma concepção de
independente da prossão exercida, a pessoa não perde seu status cooperação entre agentes de segurança e a população, delimitan -
de cidadão perante a sociedade. do estratégias as quais aproximem esses dois atores no intuito de
 juntos resolverem os problemas de insegurança. Nas palavras de
Não há diferenças entre sociedade civil e sociedade policial, Skolnick e Bayley
Bayley (2006, p.69) “Este conceito de uma cooperação
cooperação
essa nem mesmo existe. O agente de segurança detém uma respon- maior entre a polícia e a comunidade é o que tem sido considerado,
sabilidade ímpar frente à população, já que a sociedade deposita em todo o mundo, como sendo “policiamento comunitário”.
comunitário”.

10

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


Para que se efeve a policia comunitária é preciso rmar parce- Polícia comunitária é uma losoa nova no Brasil. A implanta -
ria entre a comunidade e instuição policial. Unidas devem buscar ção do programa busca resgatar a tão manchada história das forças
soluções para os problemas que geram violência na comunidade. de segurança no país, que por erros do passado e também recor -
Marcineiro e Pacheco (2005, p.84) alertam que “é preciso compro- rentes nos dias de hoje prejudicou o contato com o cidadão. Pelo
memento de ambas as partes na solução dos problemas, na busca fato de em outros países a iniciava ter do sucesso, o Brasil adotou
da melhoria da qualidade de vida da comunidade”. A polícia não a implantação em todas as polícias do país. No Distrito Federal os
deve apenas ser ouvinte dos problemas da sociedade e essa não Postos Comunitários são a expressão mais latente de policiamen -
deve apenas transmir aquela seios anseios. Para que seja eciente to comunitário, entre outras iniciavas da polícia como, teatro nas
e ecaz o modelo comunitário é preciso que as duas sejam parcei- escolas e incenvo a esportes nas regiões mais pobres e violentas
ras atuantes na resolução dos problemas idencados na localida - da capital.
de que estão inseridas.
Experiência da Polícia comunitária no Distrito Federal
O policiamento comunitário baseia seu objevo principal em Polícia Comunitária é uma losoa inovadora que está sendo
atribuir a sociedade parcela de responsabilização na prevenção ao implantada em todo o mundo. O Brasil trouxe para sua realidade
crime. Incluir a comunidade na solução de seus problemas locais e esse modelo novo de policiamento. Parcipam do projeto no país
pedir a ela que explane suas opiniões e, além disso, fazer com que as instuições de segurança e defesa social. O Ministério da Jusça
ela trabalhe para prevenir o crime e diminuir suas mazelas sociais prepara os prossionais de segurança de todos os estados mem-
é função e objevo maior da polícia que trabalha com o programa bros para se tornarem mulplicadores de polícia comunitária, por
de policiamento comunitário. A parr daí, pode-se formular o pen- meio de curso de capacitação.
samento de que policiamento comunitário
comunitário é expressão máxima de
valorização de direitos humanos, é interiorizar no inmo policial a As diretrizes comunitárias de segurança do Distrito Federal op-
idéia de prossional pedagogo de cidadania e promotor de direitos taram pela segurança comunitária, pelo fato de possuírem um con-
humanos. ceito mais abrangente que engloba não só a Polícia Militar, como
espulado no conceito de Polícia Comunitária implantada no país,
Aumentar a responsabilização da polícia implica em se abrir mas também as polícias militar e civil, o Corpo de Bombeiro Militar
as crícas da população, porquanto terá que ouvi-la e saber que e o Departamento de Trânsito
Trânsito de Brasília. No entanto, o objevo é o
nem sempre é agradável o que ela ira dizer. Quando o cidadão diz mesmo da losoa de Polícia Comunitária,
Comunitária, qual seja o de aproximar
a polícia sua impressão a respeito do trabalho de seus prossionais o prossional de campo à população, prevenindo os problemas da
e essa se preocupa, gera a cumplicidade de que a instuição neces- comunidade que geram violência.
sita para a efevidade do policiamento comunitário e seu objevo
maior de prevenção do crime.
ta o Oprograma
Decreto nde° 24.316 de 23 de
policiamento Dezembro de
comunitário no 2003 regulamen
Distrito Federal.-
Se o prossional de segurança não conhece a comunidade à qual A implantação do modelo é de responsabilidade da Secretária de
está servindo, e se não conhece, principalmente, seus problemas, não Segurança Pública e de Defesa Social. O objevo do modelo de se -
atenderá aos princípios do programa comunitário. Os Conselhos Co- gurança comunitária
comunitária na cidade; segundo a legislação
legislação é reduzir os
munitários de Segurança funcionam com esse intuito, a comunidade crimes, violência e demais fatores que desarculem a ordem públi -
se reúne com representantes da polícia para explanar suas opiniões ca, pautando-se na prevenção como forma de proporcionar melhor
a respeito do trabalho policial e ajudar a polícia em soluções para os qualidade de vida à população local, porquanto quando se previne
problemas do bairro. Observa-se valorização da dignidade humana, o fato e esse não se concreza evita os prejuízos ao cidadão, a so -
efevação de cidadania e expressão democráca. ciedade e ao poder público.

As comunidades compõem-se cada uma em sua complexidade, Importante observar que para os programas de policiamento
o policiamento comunitário leva em consideração essas questões e comunitário serem ecazes e ecientes nas regiões do Distrito Fe -
acredita que modelo de patrulhamento deve ser adaptado as ne - deral é necessário adequá-los à realidade da população. Como em
cessidades de cada localidade. A proposta de descentralização do todo país, Brasília também conta com sérios problemas de desigual -
comando leva em consideração as diferença
diferençass que cada comunidade dades sociais. Portanto, estratégias de redução de criminalidade no
possui. Assim o comandante subordinado que tem liberdade para Plano Piloto devem ser diferentes das pautadas em cidades satéli -
coordenar de acordo
poderá adaptar com asforma
de melhor prioridades que lhes
o programa são apresentadas
comunitário da área tes, principalmente, naquelas mais novas e com graves problemas
sociais.
na qual atua.
Segundo Cardoso (2009,
(2009, p. 16) “o policiamento
policiamento em Brasília
Brasília
A efeva ação está no dia a dia, conhecendo as diculdades e tem que ser mais especíco, adaptando-se a realidade de cada
problemas da comunidade, diferente do comando centralizado que cidade.” o que será um desao para os responsáveis pelo mode -
se mantém distante e, conseqüentemente, o atendimento se torna lo comunitário, porquanto um dos princípios desse policiamento é
insuciente. Assim Skolnick; Bayley declaram que “a descentraliza- que ele atenda as prioridades de cada comunidade; e se adeque as
ção do comando é necessária para ser aproveitada a vantagem que diculdades de cada uma.
traz o conhecimento parcular,
parcular, obdo e alimentado pelo maior en-
volvimento da polícia na comunidade”. É fundamental que a população seja ouvida em seus anseios
dentro de sua comunidade. Para que o poder público, no caso as
Resumidamente, polícia comunitária é a losoa teórica de polícias e demais agentes sociais envolvidos na losoa, reconhe -
estudar o problema e buscar soluções junto à comunidade; policia- çam as debilidades daquela localidade, am de que se desenvolva
mento comunitário é a losoa em ação de buscar soluções para os programas comunitários necessários.
prevenir o problema antes que aconteça, também com apoio da
comunidade.

11

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


A sociedade deve se senr responsável em por m a suas ma- Ficou constatado que no período que compreendido entre 23
zelas sociais, o cidadão tem o poder – dever de opinar nas polícas horas às 2 horas da madrugada ocorria a maior parte dos crimes
de segurança pública
pública que lhe são impostas. Quem está apto a es- na região, então foi espulado esse horário para promover prácas
clarecer os problemas de uma comunidade a não ser aquele que faz esporvas com os garotos da localidade. Em horário determinado
parte dessa comunidade? Assim, armaarma Cardoso (2009, p. 17) “A passa o ônibus do programa e aquele jovem que quiser pode em -
polícia é vulnerável e não consegue arcar sozinha com a responsabi - barcar rumo ao centro de esporte, único requisito para parcipar
lidade, sendo assim, a comunidade deve ser vista como “co-produ- do “esporte a meia noite” é submeter- se a abordagem policial que
tora” da segurança e da ordem, juntamente com a polícia”. tem por objevo garanr a segurança de todos, porquanto traba-
lha- se com jovens em situação de risco.
Como forma de viabilizar uma efeva parcipação da comu -
nidade na resoluções de seus problemas criou- se, por meio dos Esses são programas comunitários que aproximam a sociedade
Decretos n° 24.101 de setembro de 2003 e 26.291 de outubro de da polícia e mudam o paradigma que se tem de uma polícia distante
2005 os Conselhos Comunitários de Segurança no Distrito Federal, e fria em relação aos problemas da comunidade. Ainda não é nor-
inspirados no modelo japonês. O conselho é formado por pessoas mal ver um prossional de segurança personagem de uma peça ou
da comunidade local que reúnem- se com as autoridades das polí - parcipando de uma parda de futebol com crianças. Os jovens,
cias civil e militar
militar,, corpo de bombeiro militar e secretária de defesa a parr dessas iniciavas internalizam conceitos novos de atuação
social, conforme o caso para juntos discurem programas que de- policial diminuindo, dessa forma a distancia entre os dois polos: co -
sarculem as causas da criminalidade naquela região. munidade e instuições policiais.

Os conselhos são separados por Regiões Administravas – A validade dos programas comunitários está na premissa de
RAS[6] do Distrito Federal e por Conselhos especiais que englobam que os prossionais de segurança atuam promovendo o direito
as áreas rurais, os conselhos escolares, os conselhos de segurança à dignidade do ser humano. Conforme, concepção de Balestreri
da Universidade de Brasília, o conselho de segurança dos rodoviá- (1998, p. 30) “o velho paradigma antagonista
antagonista da Segurança Pública
Pública
rios, os conselhos dos taxistas, dos postos de combusvel, do co- e dos Direitos Humanos precisa ser substuídos por um novo, que
mércio, da indústria gráca e do transporte alternavo. exige desacomodação de ambos os campo: “Segurança Pública com
Direitos Humanos”.”
Os Conselhos Comunitários efevam a voz democráca da so-
ciedade. O cidadão seja ele quem for,
for, a dona de casa, o comercian- Outro programa comunitário instuído como forma de aproxi-
te da esquina, o aposentado, a empregada domésca, enm todos mar a comunidade da polícia foi a implantação dos Postos de Polí -
que morem naquela comunidade ou que parcipem de um grupo cia Comunitária – PCS em todo o Distrito Federal. O modelo segue

como os taxistas
nar sobre ou rodoviários,
a estratégias pordaquele
de segurança exemplo, tem que
ponto o poder de opie-
é sensível aos Kobanscomo
funcionam japoneses, em países
pequenas comosão
delegacias Cingapura e Japão os
bem equipados postos
possuem
gera instabilidade
instabilidade na ordem daquela localidade. Ao perceber que o televisão, sala de descanso e banheiro.
problema responsável pela criminalidade
criminalidade de um bairro é talvez, um
beco escuro, a comunidade propõe em reunião do conselho que a O objevo dos postos é a sensação de segurança à comunidade,
polícia procure solucionar a questão, juntamente com a Administra- pois funcionam 24 horas o que faz com que a população sinta – se
ção da cidade a qual aquele bairro pertença. protegida. No entanto, muitas são as crícas a respeito do progra -
ma, desde sua inauguraçã
inauguraçãoo na capital. Os policiais reclamam a falta
Se um dos princípios fundamentais do modelo de polícia co - de viaturas, de efevo, de equipamento de trabalho como rádios,
munitária é atribuir responsabilidade a sociedade, os conselhos telefones, internet, computadores e até mesmo falta de água. A
são uma das formas de efevar esse modelo e fazer com que os maior reclamação dos prossionais é que recebem ordens de seus
programas traçados junto a comunidade sejam realmente ecazes, superiores para não abandonar os PSC. Criando, dessa forma um
porquanto trata o problema com os maiores interessados. policial engessado sem poder atender as solicitações
s olicitações da comunida-
de. Conforme Cardoso (2009, p. 45) “Os policiais acostumados com
Percebendo que há um número consideráv
considerável
el de violência entre o serviço operacional em viaturas se sentem deslocados no postos,
os jovens da cidade, constatados em muitos casos famosos de de- pois não “prendem” mais ninguém. Alegam que se tornaram “sim -
linquência juvenil, os prossionais de segurança em parceria com a plesmente vigias de posto”, pois estão impossibilitados de realizar
comunidade desenvolvem programas
programas por meio de teatro e esporte. qualquer po de atendimento em suas proximidades.”
proximidades.”
A companhia de teatro Pátria Amada coordenada pela Secretá- Os postos são construídos com material frágil, não suporta ros
ria de Segurança desenvolve um trabalho, por meio de peças tea - e além disso, é facilment
facilmentee inamável. Um dos postos instalados na
trais, que visa diminuir a violência e as dúvidas dessa faixa etária, cidade satélite do Guará, em 2009, foi queimado por marginais no
como gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis, uso mesmo dia de sua inauguração, fatos como esse geram insegurança
de drogas, entre outras. As peças são apresentadas em escolas pú- até mesmo entre os policiais, os quais estão preocupados com a
blicas e os scripts são elaborados observando temas do dia a dia dos segurança dos Postos Comunitários e não mais com a população.
adolescentes, como uso de drogas, estupro, abuso sexual ; esses Assim arma Cardoso (2009, p. 33) “alguns postos instalados em
são problemas graves que aumentam o índice de violência entre
áreas consideradas “perigosas” foram alvos de ameaças.
os jovens.
O programa funciona bem em outros países, pois não apenas a
Outra forma encontrada para afastar os jovens da criminalidade
população foi privilegiada, mas também os policiais que dispõe de
é o esporte, o programa “esporte a meia noite” foi implantado nas
infra-estrutura e efevo suciente. Diante de tantas reclamações a
cidades do Gama, Planalna, Ceilândia e Samambaia. Inicialmente,
respeito do modelo em Brasília, pode-se perceber que não houve a
foi implantado em Planalna por contar com diferentes grupos de
“gangues” de garotos constantemente envolvidos em conitos, os preocupação de um estudo mais detalhado sobre o funcionamento
dos Postos em outros países para assim adequá-los à realidade da
quais eram responsáveis pela maioria dos homicídios na cidade.
12

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


cidade. A população não está sasfeita com os Postos comunitários Diante do exposto conclui-se que a formação dos prossionais
e nem tão pouco os policiais que atuam neles. Conforme observa da Segurança Pública é fundamental para a qualicação das polícias
Cardoso (2009, p. 34) “As reclamações estão ocorrendo em todos brasileiras e o ensino dos Direitos Humanos no Curso de Formação
os postos. A falta de segurança e de condições para se trabalhar de policiais é uma alternava que se apresenta adequada, uma vez
é evidente, mas também é clara a reorientação das avidades de que propicia a percepção dos policiais como sujeitos e defensores
policiamento. A polícia saiu das viaturas e entrou denivamente dos Direitos Humanos garanndo a efeva aplicabilidade
aplicabilidade do conhe-
nos posto . cimento desenvolvido na práca policial.

Para que os Postos Comunitários de Segurança se tornem eca-


zes, atendam realmente a população e cumpram com a nalidade
do policiamento comunitário, aproximar a polícia da sociedade, é EXERCÍCIOS
necessário que sejam avaliados
avaliados os erros e recuperem a proposta
proposta
inicial dos postos. O maior objevo do Posto é dar sensação de se - 1. (PC/SC - Agente de Polícia - ACAFE/2014) O art. 5º da Cons-
gurança a população o que não vem acontecendo. tuição Federal trata dos direitos e deveres individuais e colevos,
espécie do gênero direitos e garanas fundamentais (Título II).
CONCLUSÃO Assim, apesar de referir-se, de modo expresso, apenas a direitos
A relação entre polícia e direitos humanos está centrada nas e deveres, também consagrou as garanas fundamentais. (LENZA,
noções de proteção e respeito, e pode ser uma relação muito posi - Pedro. Direito Constucional Esquemazado, São Paulo: Saraiva,
va. De fato é função da polícia a proteção dos direitos humanos. Tal 2009,13ª. ed., p. 671).
proteção se faz de maneira genérica, mantendo a ordem social, de Com base na armação acima, analise as questões a seguir e
modo que todos os direitos humanos, de todas as categorias pos - assinale a alternava correta.
sam ser gozados. Quando há uma quebra na ordem social, a capa- I - Os direitos são bens e vantagens prescritos na norma cons -
cidade e habilidade do Estado em promover e proteger os direitos tucional, enquanto as garanas são os instrumentos através dos
humanos são consideravelmente diminuídos ou destruídos. Ainda, quais se assegura o exer
exercício
cício dos aludidos direitos.
é parcialmente por meio da avidade policial que o Estado ange II - O rol dos direitos expressos nos 78 incisos e parágrafos do
suas obrigações legais de proteger alguns direitos humanos especí - art. 5º da Constuição Federal é meramente exemplicavo.
cos – o direito à vida, por exemplo. III - Os direitos e garanas expressos na Constuição Federal
não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
Dentre as prossões públicas pode-se dizer que a polícia é uma adotados, ou dos tratados internacionais em que o Brasil seja parte.
das que possui maior responsabilidade em relação à imagem do Es - IV - São invioláveis a inmidade, a vida privada, a honra e a
tado. É necessário que os agentes públicos de segurança
segurança resgatem imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano
os anos perdidos de autoritarismo e distanciamento da sociedade material ou moral decorrente de sua violação.
brasileira. A história da origem policial no Brasil explica o porquê de V - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
seus traços de violência. assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garanda, na for-
ma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias.
Tendo em vista esse histórico, cada policial ao entrar na corpo-
ração devem estar conscientes de que a policia não é mais a mes - (A) Apenas I, II e III estão corretas.
ma, agora mais que nunca; deve-se fortalecer o sendo de fazer (B) Apenas II, III e IV estão corretas.
de sua missão um ato nobre. Policiais devem respeitar os direitos (C) Apenas III e V estão corretas.
humanos no desenvolvimento de suas avidades prossionais. Em (D) Apenas IV e V estão corretas.
outras palavras, considerando que é função da polícia a proteção (E) Todas as questões estão corretas.
dos direitos humanos, o requisito de respeito a esses direitos afe -
ta diretamente o modo como a polícia desempenha todas as suas 2. (PC/SC - Agente de Polícia - ACAFE/2014) Os remédios cons-
funções. tucionais são as formas estabelecidas pela Constuição Federal
para concrezar e proteger os direitos fundamentais a m de que
Diante dos anos que macularam a imagem policial as instui - sejam assegurados os valores essenciais e indisponíveis do ser hu-
ções
para de segurança
mudança nas pública e as
diretrizes de polícas governamentais
policiamento acenam
em todo Brasil, se -
mano.
Assim, é correto armar, exceto:
guindo assim uma tendência mundial. Os cursos de integração das (A) O habeas corpus pode ser formulado sem advogado, não
normas de direitos humanos na avidade policial são de extrema tendo de obedecer a qualquer formalidade processual, e o pró -
importância, pois conscienza o prossional policial de que o poder prio cidadão prejudicado pode ser o autor
autor..
a ele atribuído deve ser ulizado sempre em benecio da socieda- (B) O habeas corpus é ulizado sempre que alguém sofrer ou se
de. achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberda-
de de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder
poder..
Quanto ao programa de policiamento comunitário,
comunitário, sua efeva- (C) O autor da ação constucional de habeas corpus recebe o
ção depende do entendimento de que a idéia é que haja a parcipa- nome de impetrante; o indivíduo em favor do qual se impetra,
ção da comunidade nas formulações, implementações e avaliações paciente, podendo ser o mesmo impetrante, e a autoridade
das polícas de segurança pública e estratégias de policiamento. A que praca a ilegalidade
ilegalidade,, autoridade coatora.
instalação de cada Posto Comunitário de Segurança pode tornar-se (D) Caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares
um instrumento avançado entre o relacionament
relacionamento o da Polícia Militar militares.
e comunidade na redução dos índices de criminalidade, no aumen- (E) O habeas corpus será prevenvo quando alguém se achar
to da conança dos serviços prestados, maior ecácia nas ações e ameaçado de sofrer violência, ou repressivo, quando for con -
adoção de eslo de gerenciamento parcipavo. creta a lesão.

13

NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


3. (PC/SC - Agente de Polícia - ACAFE/2014) Ainda em relação (C) não haverá pena de morte em nenhuma circunstânc
circunstância.
ia.
aos outros remédios constucionais analise as questões a seguir e (D) os templos religiosos, entendidos como casas de Deus, pos-
assinale a alternava correta. suem garana de inviolabilidade domiciliar.
I - O habeas data assegura o conhecimento de informações re-
lavas à pessoa do impetrante
impetrante,, constantes de registros ou banco de 7. (PC/MG - Invesgador de Polícia - FUMARC/2014) NÃO gura
dados de endades governamenta
governamentaisis ou de caráter público. entre as garanas expressas no argo 5º da Constuição Federal:
II - Será concedido habeas data para a recação de dados, (A) a obtenção de cerdões em reparções públicas.
quando não se prera fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou ad- (B) a defesa do consumidor
consumidor,, prevista em estatuto próprio.
ministravo. (C) o respeito à integridade sica dos presos, garando pela lei
III - Em se tratando de registro ou banco de dados de enda - de execução penal.
de governamental, o sujeito passivo na ação de habeas data será a (D) a remuneração do trabalho noturno superior ao diurno,
pessoa jurídica componente da administração direta e indireta do posto que condo na legislação ordinária trabalhista.
Estado.
IV - O mandado de injunção serve para requerer à autoridade 8 (PC/MG - Invesgador de Polícia - FUMARC/2014) A casa é
competente que faça uma lei para tornar viável o exercício dos di- asilo inviolável do indivíduo, podendo-se nela entrar, sem permis -
reitos e liberdades constucionais. são do morador, EXCETO
V - O pressuposto lógico do mandado de injunção é a demo - (A) em caso de desastre.
ra legislava que impede um direito de ser efevado pela falta de (B) em caso de agrante delito.
complementação
complementaç ão de uma lei. (C) para prestar socorro.
(D) por determinação judicial, a qualquer hora.
(A) Todas as armações estão corretas.
(B) Apenas I, II e III estão corretas. 9 (Prefeitura de Florianópolis/SC - Administrador - FGV/2014)
(C) Apenas II, III e IV estão corretas. Em tema de direitos e garanas fundamentais,
fundamentais, o argo 5º da Cons-
(D) Apenas II, III e V estão corretas. tuição da República estabelece que é:
(E) Apenas IV e V estão corretas. (A) livre a manifestação do pensamento, sendo fomentado o
anonimato;
4 (PC/SC - Agente de Polícia - ACAFE/2014) O devido processo (B) assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,
legal estabelecido como direito do cidadão na Constuição Federal que substui o direito à indenização por dano material, moral
congura dupla proteção ao indivíduo, pois atua no âmbito material ou à imagem;
de proteção
rar-lhe ao direito
paridade de liberdade
de condições com oeEstado
no âmbito
paraformal, ao assegu-
defender-se. (C) assegurado
o sigilo da fonte,a quando
todos onecessário
acesso à informação
ao exerc ícioeprossional;
exercício resguardado
Com base na armação acima, analise as questões a seguir e (D) livre a expressão da avidade intelectual, arsca, cienca
assinale a alternava correta. e de comunicação, ressalvados os casos de censura ou licença;
I - Ninguém será processado nem sentenciado senão pela au- (E) direito de todos receber dos órgãos públicos informações
toridade competente. de seu interesse parcular, sendo vedada a alegação de sigilo
II - A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais por imprescindibilidade à segurança da sociedade e do Estado.
quando a defesa da inmidade ou o interesse social o exigirem.
III - São admissíveis, no processo, as provas obdas por meios 10. (TJ-RJ - Técnico de Avidade Judiciária - FGV/2014) A parr
ilícitos. da Emenda Constucional nº 45/2004, os tratados e convenções
IV - Ninguém será levado à prisão ou nela mando, quando a lei internacionais sobre direitos humanos:
admir a liberdade provisória, com ou sem ança. (A) sempre terão a natureza jurídica de lei, exigindo a sua apro-
V - Não haverá prisão civil por dívida, nem mesmo a do depo - vação, pelo Congresso Nacional e a promulgaç
promulgação, ão, na ordem in -
sitário inel. terna, pelo Chefe do Poder Execuvo;
(B) sempre terão a natureza jurídica de emenda constucional,
(A) Apenas I, II e IV estão corretas. exigindo, apenas, que a sua aprovação, pelo Congresso Nacio -
(B) Apenas I, III e V estão corretas. nal, se dê em dois turnos de votação, com o voto favorável de
(C) Apenas III e IV estão corretas. dois terços dos respecvos membros;
(D) Apenas IV e V estão corretas. (C) podem ter a natureza jurídica de emenda constucional,
(E) Todas as questões estão corretas. desde que a sua aprovaç
aprovação,
ão, pelo Congresso Nacional, se dê em
dois turnos de votação, com o voto favorável de três quintos
5 (PC/MG - Invesgador de Polícia - FUMARC/2014) Sobre a Lei dos respecvos membros;
Penal, é CORRETO armar que (D) podem ter a natureza jurídica de lei complementar, desde
(A) não retroage, salvo para beneciar o réu. que o Congresso Nacional venha a aprová-los com observância
(B) não retroage, salvo se o fato criminoso ainda não for co - do processo legislavo ordinário;
nhecido. (E) sempre terão a natureza jurídica de atos de direito inter -
(C) retroage, salvo disposição expressa em contrário. nacional, não se integrando, em qualquer hipótese, à ordem
(D) retroage, se ainda não houver processo penal instaurado.  jurídica interna.

6. (PC/MG - Invesgador de Polícia - FUMARC/2014) Sobre as


garanas fundamentais estabelecidas na Constuição Federal, é
CORRETO armar que
(A) a Lei Penal é sempre irretroava.

(B) a práca do racismo constui crime inaançável e impres -


crivel.

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NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS

GABARITO ANOTAÇÕES
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1 E
2 D  ______________________________________________________
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3 A  ______________________________________________________
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4 A
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5 A
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6   B

7   D  ______________________________________________________
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8 D  ______________________________________________________
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9   C
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10 C
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ANOTAÇÕES
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NOÇÕES SOBRE DIREITOS HUMANOS


ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES
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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


1. Penalidades
Penalidades aplicadas às infrações
infrações de trânsito
trânsito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Medidas administravas
administravas a serem adotadas pela autoridade de trânsito e seus agentes. Bibliograa/Legislação Bibliograa/Legislação Brasileira de Trânsito:
Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Instui o Código de Trânsito Brasileiro), Brasileiro), Capítulo XVI - Das penalidades e Capítulo XVII - Das
medidas administra
administravas
vas  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
 
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO

PENALIDADES APLICADAS ÀS INFRAÇÕES DE TRÂNSITO

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) detalha cada po de infração e suas consequências. A maioria dos condutores só presta atenção
em tudo o que está descrito no CTB sobre as infrações e outras informações enquanto estão cursando as aulas de legislação. Logo que
conseguem a aprovação no exame, pensam que não precisam mais saber tudo isso, mas esse é um grande – e perigoso – engano.
O CTB classica as infrações no trânsito como leves, médias, graves e gravíssimas. Para essa classicação, é levado em conta o risco
que a infração apresenta para os demais (e para o próprio condutor).

Infrações leves
As infrações leves são aquelas que o CTB entende como as que causam situações de menor risco no trânsito
As penalidades para as infrações leves são multa de R$ 88,38 e três pontos na carteira. Além disso, há a aplicação de medidas admi-
nistravass quando necessário (como a remoção do veículo, por exemplo).
nistrava

EXEMPLOS DE INFRAÇÕES LEVES

1
 

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO

2
 

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO

Infrações médias
As infrações médias são aquelas que, de acordo com o CTB, apresentam um nível de perigo mediano.
As penalidades para as infrações médias são multa de R$ 130,16 e quatro pontos na carteira, além da aplicação de medidas adminis-
travas quando necessário (como a remoção do veículo, por exemplo).

EXEMPLO DE INFRAÇÕES MÉDIAS

3
 

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


4

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


Infrações graves
O Código de Tr
Trânsito
ânsito Brasileiro classica as Infrações Graves como aquelas cujo o risco é considerado alto.
As penalidades para as infrações graves são multa de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira, além da aplicação de medidas administra-
vas quando necessário (como a remoção do veículo, por exemplo).

EXEMPLOS DE INFRAÇÕES GRAVES


5

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


Infrações Gravíssimas
As infrações gravíssimas são aquelas cujo risco ou perigo causado para si mesmo e para os demais é considerado alssimo.
As penalidades para as infrações gravíssimas
gravíssimas têm parcularidades em relação às outras infrações. Todas elas resultam em sete pontos
na CNH, mas também pode haver suspensão da habilitação de forma imediata. Além disso, as multas são calculadas levando em conside-
ração os fatores mulplicadores.

EXEMPLOS DE INFRAÇÕES GRAVÍSSIMAS

O que são os fatores mulplicadores


mulplicadores e como funcionam?
O Código de Trânsito Brasileiro vem sendo atualizado ano após ano, desde que entrou em vigor. Em 2014, uma dessas atualizações
criou o chamado “fator mulplicador” para algumas infrações gravíssimas, na tentava de diminuir acidentes ao aumentar as penalidades
para as condutas consideradas de alto risco.
As multas para as infrações gravíssimas são de R$ 293,47. Quando a infração tem um fator mulplicador,
mulplicador, o valor da multa é mulpli-
cado por esse fator
fator.. Por exemplo: o fator mulplicador para a infração de parcipar de “rachas” é dez. Logo, a multa para quem cometer
essa infração será de R$ 2.934,70 (o valor da multa mulplicado por 10).
Como é possível perceber, os mulplicadores mudaram bastante a vida dos condutores, exigindo atenção redobrada em relação ao
respeito às normas de trânsito previstas pelo CTB.
6

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


Infrações auto-suspensiva
auto-suspensivass
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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO

O QUE SÃO CRIMES DE TRÂNSITO


Todas as condutas proibidas aos condutores de veículo automotores estão descritas na Lei nº 9.503/1997, que instui o Código de
Trânsito Brasileiro.
Na lei, há infrações civis e administravas, punidas pelos órgãos de trânsito com multas e penalidades, por exemplo, a suspensão do
direito de dirigir.
Mas há, também, infrações penais, ou seja, os crimes de trânsito. Nesses casos, o infrator não é apenas autuado pelo órgão de trân-
sito, mas sofre um processo judicial criminal.
Esse processo está sujeito às regras descritas no Código Penal e no Código de Processo Penal.
O Decreto-Lei nº 3.914/1941, que se trata da Lei de Introdução do Código Penal, conceitua o que é crime em seu primeiro argo:
“Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternava ou
cumulavamente com a pena de multa; (…).”
Se cometer um crime de trânsito, o motorista pode ser condenado às penalidades de detenção ou multa. Também é possível que o
 juiz aplique a penalidade
penalidade de suspensão ou proibição de se obter a permissão
permissão ou a habilitação.
habilitação.
Conforme previsto pelo Código Penal, também é possível que a pena de detenção seja substuída por uma pena restriva de direito,
como a prestação de serviços à comunidade.

O Que Diz o CTB Sobre Crimes no Trânsito


O Código de Tr
Trânsito
ânsito Brasileiro (CTB) é dividido em capítulos. O XV, por exemplo, versa sobre as infrações de trânsito.
Ou seja, você encontrará lá todas as condutas que são
s ão consideradas infrações de trânsito e suas respecvas punições.
No caso dos crimes de trânsito, também há um capítulo especíco, o de número XIX, que conta com duas seções.
A primeira é dedicada às disposições gerais, na qual você encontra o art. 291, que conrma o que eu disse anteriormente sobre as
normas a serem aplicadas:
“Art. 291. Aos crimes comedos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código
Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de
1995, no que couber.”
Nessa seção, há também argos que dispõem sobre as penalidades de suspensão ou proibição de obter a habilitação e de multa
reparatória.
No argo 298, há uma lista com circunstâncias
circunstâncias em que as penalidades do crime de trânsito são agravadas.
Elas são, por exemplo, o veículo ulizado para cometer
cometer o crime estar sem as placas ou com placas falsas (art. 298, II), o condutor en-
volvido não possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Permissão Para Dirigir (PPD) (art. 298, III), ou cometer o crime sobre faixa
de pedestres (art. 298, VII).

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


Na segunda seção do capítulo XIX do CTB, são descritos os cri- Segundo o argo 294 do CTB, o juiz pode decretar a suspensão
mes em espécie e as respecvas penalidades. como medida cautelar, em qualquer fase da invesgação, caso jul-
gue necessário para a garana da ordem pública.
Quais Infrações Preveem Penalidades de Crimes de Trânsito O prazo de suspensão, conforme o argo 293, é de dois meses
São 11 os crimes de trânsito descritos no CTB. Eles constam nos a cinco anos. É importante saber que, se o réu esver preso por
argos 302 a 312, que especicam qual o prazo mínimo e máximo consequência da condenação, esse prazo não estará correndo.
de detenção para cada caso. Já a penalidade de multa reparatória, prevista
prevista no argo 297, é
Veja quais são: aplicada para indenizar
indenizar a víma ou seus sucessores quando houver
Argo 302: Pracar homicídio culposo na direção de veículo prejuízo material resultante do crime.
automotor; A multa não pode ser superior ao valor do prejuízo demons-
Argo 303: Pracar lesão corporal culposa na direção de veícu- trado no processo, e o pagamento é realizado mediante depósito
lo automotor;  judicial.
Argo 304: Deixar de prestar imediato socorro à víma em aci- Voltando ao assunto da detenção, o juiz tem alguns critérios
dente, de forma direta ou solicitando auxílio de autoridade pública; para decidir qual será a pena, ou seja, o tempo exato de restrição
Argo 305: Afastar-se o condutor do veículo do local do aci- de liberdade, entre os prazos previstos no CTB.
dente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa Eles são citados no argo 59 do Código Penal. Conra:
ser atribuída; “Art. 59 – O juiz, atendendo à culpabilidade, aos anteceden-
Argo 306: Conduzir veículo automotor com capacidade psico- tes, à conduta social, à personalidade do agente, aos movos, às
motora alterada em razão da inuência de álcool ou de outra subs- circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comporta-
tância psicoava que determine dependência; mento da víma, estabelecerá, conforme seja necessário e sucien-
Argo 307: Violar a suspensão ou a proibição de se obter a per- te para reprovação e prevenção do crime:
missão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com I – as penas aplicáveis dentre as cominadas;
fundamento neste Código; II – a quandade de pena aplicável, dentro dos limites previs-
Argo 308: Parcipar de corrida, disputa ou compeção auto- tos.”
mobilísca não autorizada na via pública, gerando risco de dano à
propriedade pública ou privada; Portanto
Portanto,, o réu é avaliado a parr de:
-Culpabilidade;
Argo 309: Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a de-
-Antecedentes;
vida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o
-Conduta social;
direito de dirigir, gerando perigo de dano;
-Personalidade;
Argo 310: Permir, conar ou entregar a direção de veículo
-Movação.
automotor a pessoa que não possa ou não esteja em condições
de dirigir – por exemplo, pessoa não habilitada, com CNH cassada,
Também são avaliadas as circunstâncias e consequências do
suspensa, com seu estado de saúde, sica ou mental alterado, ou
crime e o comportamento da víma.
embriagada;
Essas premissas valem para qualquer crime. Nos crimes de
Argo 311: Trafegar em velocidade incompavel com a segu-
trânsito, o juiz avalia ainda outros possíveis agrava
agravantes,
ntes, exatamen-
rança onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas
te aqueles que constam no argo 298 do CTB, transcritos no início
 – escolas, hospitais, paradas de ônibus etc. –, gerando perigo de
deste texto.
dano;
Por outro lado, há crimes cujos agravantes vêm nos próprios
Argo 312: Alterar o estado de lugar
lugar,, de coisa ou de pessoa en-
disposivos legais, ou seja, nos argos especícos que os descre-
volvida em crime, a m de induzir a erro o agente policial, o perito,
vem.
ou juiz.
A seguir, veja quando isso acontece no CTB.
Agora que
de trânsito, você
é hora deconheceu
conhecer oasque diz o Código
penalidades sobrepara
previstas os crimes
quem
Agravantes
cometê-los.
Há, como lhe falei, descrições de agravantes atribuídos especi-
Na próxima seção, você conhecerá as penas previstas e verá
camente a alguns crimes.
quais multas de trânsito podem levar um motorista à prisão.
Um exemplo é crime de homicídio culposo na direção de veícu-
lo automotor (art. 302 do CTB).
Quais Multas Podem Levar à Prisão?
Segundo o parágrafo primeiro desse argo, a pena – que é de
Todos os crimes de trânsito descritos no CTB têm como pena a
dois a quatro anos de detenção e suspensão – pode sers er aumentada
detenção. Entre um e outro, no entanto
entanto,, mudam os prazos e outras
de um terço à metade se o réu:
parcularidades na aplicação da pena.
-Não possuir Permissão para Dirigir (habilitação provisória) ou
O tempo mínimo dessa pena é seis meses, com exceção do cri-
Carteira de Habilitação;
me de homicídio culposo na direção de veículo automotor,
automotor, descrito
-Pracar o crime em faixa de pedestres ou na calçada;
no art. 302, cuja pena mínima é de dois anos.
-Deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco
Quanto à pena máxima de detenção, há infrações cuja privação
pessoal, à víma do acidente;
de liberdade pode chegar a um ano, dois, três ou quatro anos.
O crime descrito no art. 303, pracar lesão corporal culposa na
No exercício de sua prossão ou avidade, esver conduzindo
direção de veículo, por exemplo, pode gerar pena de seis meses a
dois anos. veículo
Os de transporte
mesmos de passageiros.
agravantes são atribuídos ao crime do art. 303:
Já, para o condutor que violar a suspensão da CNH, o art. 307
“Pracar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor”.
prevê detenção de seis meses a um ano.
Já no argo 308, que penaliza o motorista que parcipou de
Alguns crimes também são penalizados, como já mencionei an-
compeção automobilísca não autorizada em via pública, gerando
tes, com a suspensão ou proibição de obter a habilitação.
situação de risco, os agrava
agravantes
ntes são outros.

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


O tempo de detenção, que é de seis meses a três anos, aumen- O que pode acontecer é o promotor de jusça concluir que
ta nos seguintes casos: a conduta do motorista foi dolosa e, desse modo, processá-lo de
Se a conduta criminosa resultar em lesão corporal de natureza acordo com o Código Penal, e não com o CTB.
grave, e caso as circunstâncias demonstrem que o agente não quis No caso de homicídio, por exemplo,
exemplo, em vez de ser enquadrado
o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena será de reclu- no argo 302 do CTB, será acusado por homicídio simples, confor-
são de três a seis anos; me o art. 121 do Código Penal.
Se da práca do crime resultar morte (também sem que haja Isso não acontece apenas quando se conclui que o motoris-
indícios de intenção
são de cinco de produzir o resultado), a pena será de reclu-
a dez anos. ta deliberadamente direciona o veículo contra um pedestre, por
exemplo.
O que signica detenção? Pode acontecer de ser imputada a práca dolosa quando acon-
Você observou que, até agora, falei sempre em detenção, com tece o chamado dolo eventual, isto é, quando o agente aceita o
exceção
exceçã o dos agravantes do argo 308, que podem converter a pena risco de cometer o crime pracando determinada conduta.
em reclusão. Por exemplo, se um condutor ultrapassa um sinal vermelho e,
Para quem não conhece os meandros da lei, as duas penas po- sem intenção, atropela um pedestre e este acaba falecendo, esta-
dem soar parecidas. Porém, elas têm as suas diferença
diferenças. s. mos diante de uma possibilidade de aplicação do dolo eventual.
Tanto detenção quanto reclusão são consideradas, segundo o Embora o motorista não vesse a intenção de atropelar aquela
Código Penal, penas privavas de liberdade. pessoa, ele assumiu o risco de adotar uma conduta infracional.
Elas são detalhadas no argo 33 do Código: Para algumas situações em que um condutor comete crime de
“Art. 33 – A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fe- trânsito, as autoridades xam um valor para que ele seja solto du-
chado, semiaberto ou aberto. A de detenção em regime semiaberto rante o processo judicial.
ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado.”
fechado.” Esse valor é chamado de ança e você, provav
provavelmente,
elmente, já ouviu
Ou seja, o motorista condenado pelos crimes de trânsito pre- falar nela em algum momento.
vistos no CTB cumprirá pena no regime semiaberto ou aberto. O Mas você sabe como ela funciona? É o que lhe explicarei na
que isso quer dizer? próxima seção. Siga a leitura!
No regime semiaberto, o preso pode trabalhar
trabalhar,, seja no próprio Como Funciona a Fiança
local ou então externamente. Também
Também é admido que ele saia para
ter aulas em curso prossionalizante,
prossionalizante, de segundo grau ou superior
superior.. O condutor que pracou um crime de trânsito poderá ser preso
Uma reportagem do Jornal Nacional de 2013 dá uma ideia me- em agrante pela autoridade policial.
O condutor que pracou um crime de trânsito poderá ser preso
lhor de como é o codiano do condenado a detenção em regime
em agrante pela autoridade policial.
semiaberto:
Nesse caso, o delegado de polícia poderá conceder a liberdade
“A lei exige cercas ou muros altos, portão de ferro, controle
mediante o pagamento de uma ança, conforme disposto no art.
de saída – para estudar ou trabalhar às 7h e para retornar antes
322 do Código de Processo Penal:
das 19h. Celas sem luxo nem mordomia. O banheiro é colevo, e o
“Art. 322 – A autoridade policial somente poderá conceder
chuveiro um simples cano de água fria. Geralmente as camas são
ança nos casos de infração cuja pena privava de liberdade máxi-
triliches, com três andares.” [sic] ma não seja superior a 4 (quatro) anos.”
Já o regime aberto, segundo o argo 36 do Código Penal, ba- A prisão em agrante não deve ser confundida com a detenção
seia-se na “autodisciplina e senso de responsabilidade do conde- sobre a qual falamos anteriormente.
nado”. A lógica da ança é que o réu deposite o dinheiro nos cofres
Desse modo, o condenado pode trabalhar
t rabalhar fora durante
durante o dia e públicos como garana de que não irá fugir durante o processo ju-
passar a noite em casa de albergado ou em sua própria residência. dicial.
Já na
poderá serpena de reclusão,
em regime como você viu no argo 33, a pena
fechado. Até o julgamento, ele tem direito à presunção de inocência, as-
sim, poderá responder o processo em liberdade.
Nesse caso, o preso cará em um estabelecimento de seguran- Caso seja absolvido, o dinheiro pago como ança será devol-
ça máxima ou média, sendo proibido de deixá-lo. vido.
Para entender os crimes de trânsito, é preciso buscar informa- No Código de Trânsito Brasileiro,
Brasileiro, o art. 301 diz que o condutor
ções no Código Penal, como você pôde perceber. que se envolveu em um acidente de trânsito que resultou em víma
Na próxima seção, você lerá um pouco mais sobre a legislação não será preso em agrante caso preste pronto e integral socorro.
penal que se aplica aos crimes de trânsito. Então, para não ser preso antes da condenação judicial e não
precisar pagar ança, basta estar disponível para o socorro.
Crimes Dolosos ou Culposos: Como Eles Aparecem no CTB? Veja que isso não quer dizer que é necessário salvar uma vida,
Dolo é uma palavra que signica, no direito penal, a intenção anal, a motorista pode não possuir o conhecimento e a habilidade
de violar a lei, seja por ação ou omissão, agindo propositalmente ou técnica para isso.
assumindo o risco de cometer o crime. O que precisa ser feito é tomar as medidas que estejam ao seu
Sendo assim, o crime doloso, segundo o argo 18 do Código alcance, como isolar a víma e acionar o serviço de urgência.
Penal, é aquele em que “o agente quis o resultado ou assumiu o Assim como muitos outros tópicos relacionados ao direito de
risco de produzi-lo”. trânsito, os crimes de trânsito também são cercados de polêmicas.
A outra possibilidade é o crime ser culposo, ou seja, “quando Uma das principais está relacionada à diferença entre dolo
o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou eventual e culpa consciente. A seguir, veja o que os diferencia e o
imperícia”, também na denição do Código Penal. que um advogado especialista na área tem a dizer sobre isso.
Aos crimes classicados como dolosos, é claro, são conferidas
as penas mais severas. Embriaguez Ao Volante é Crime de Trânsito?
Quanto aos crimes de trânsito descritos no Código de Trânsito O crime descrito no art. 306 do Código de Trânsito fala sobre
Brasileiro,, nenhum é classicado como doloso.
Brasileiro dirigir com a capacidade psicomotora alterada.
alterada. Veja o que diz o tre-
cho:

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


“Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psico- Para dar andamento adequado a esse processo, você precisará
motora alterada em razão da inuência de álcool ou de outra subs- buscar o auxílio de um(a) advogado(a).
tância psicoava que determine dependência: Ele(a) o representará e tomará as devidas providências para
Penas – detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão
s uspensão que você ulize todas as suas chances de recorrer e buscar a absol-
ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir vição ao nal do processo.
veículo automotor.”
Mas, anal, o que eleva a infração do art. 165 ao crime do art. O que devemos entender sobre processo administravo de
306? trânsito?
Segundo o § 1º do argo 306, essa conduta pode ser constata- Após começar a atuar em processos envolvendo a matéria de
da pelas seguintes maneiras: trânsito percebi logo a ausência de material especíco disponível
Concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por no cenário nacional. Assim, como tenho dedicado estudo a este
litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por tema e atuação práca, pretendo, de alguma forma, transmir o
litro de ar alveolar; ou conhecimento e desmiscar o que é o processo administra
administravo
vo de
Sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo CONTRAN, al- trânsito.
teração da capacidade psicomotora. Certo que aqui faremos uma abordagem mais genérica e em
Essa vericação pode acontecer mediante “teste de alcoolemia linguagem mais simplista para o entendimento do público em geral.
ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou Em outros argos serão feitas análises mais profundas.
outros meios de prova em direito admidos”. Assim, o que fazer quando recebo uma multa de trânsito?
A polêmica reside no fato de o CTB prever a prova testemunhal Quais são os meus direitos? Como funciona o procedimento (ou
do agente de trânsito como forma de comprovar a alteração da ca- processo) de trânsito?
pacidade motora. Primeiramente
Primeiramen te temos de entender o seguinte, toda multa é um
No anexo II da Resolução nº 432/2012 do Conselho Nacional de ato do poder público e todo ato do poder público deve elmente
Trânsito (CONTRAN), consta uma lista de sinais nos quais o agente pode seguir a Lei sob pena de nulidade, neste caso nosso Código de Trân-
se basear para observar as alterações na capacidade psicomotora. sito Brasileiro - CTB (Lei n. 9.503/97), Resoluções do Contran (Con-
Alguns deles são sonolência, olhos vermelhos e odor elico no selho Nacional de TrTrânsito),
ânsito), princípios constucionais entre outros.
hálito, além de atudes como agressividade e exaltação. Segundo, que toda infração, por mais leve que seja, deve pas-
O mais comum, no entanto, é somente enquadrar a conduta do mo- sar por um processo ou procedimento administravo
administravo para verica-
torista como crime caso ele tenha aceito o teste do bafômetro e o resulta- ção de sua legalidade pela autoridade de trânsito. É o que dispõe o
do tenha sido superior a 0,3 mg de álcool por litro de ar alveolar. art. 281 do CTB.
A prova testemunhal é contestada com frequência porque, Ou seja, toda autuação de infração de trânsito é por natureza
apesar de o agente de trânsito ter fé pública, averiguar que um uma ‘penalização’, um ato do Estado que adentra na esfera parcu-
condutor está com os olhos vermelhos e com sono pode não ser lar do cidadão e gera correção, danos, portanto, o processo serve
suciente para enquadrá-lo no crime do art. 306. para vericar se todas as etapas, prazos e regras foram cumpridas
Sinais como esses podem ter proveniênci
proveniências as muito diversas, que pelo Estado, já que, antes de se exigir o cumprimento por parte do
não o consumo de bebidas alcoólicas. cidadão, deve o Estado cumprir sua parte.
Portanto, de modo geral, o crime de trânsito é mais comum
quando o agente tem acesso ao resultado do teste do bafômetro O processo administravo serve de controle sobre os atos do
pelo condutor. estado.
Quando o caso é uma infração, como a prevista no art. 165, é
possível recorrer administravamente.
administravamente. Mas e quanto aos crimes de É importante saber que, se for idencado qualquer erro na
trânsito? autuação (e atuação) por parte dos órgãos de trânsito todo o pro-
A legislação brasileira prevê
prevê o direito à defesa em todas as situ- cesso deve ser declarado nulo e por consequência anular qualquer
ações. Você sabe como ela funciona no caso de ser enquadrado em penalidade sobre o condutor
condutor,, mesmo que este esteja comprovada-
um crime de trânsito? mente errado.
Seguindo a leitura para a próxima seção, você terá sua respos-
ta. Anal, é possível recorrer de crimes de trânsito? O processo administravo em si é dividido em três fases:
Feita a autuação nasce o processo, e aqui não se deve confun-
É Possível Recorrer Contra Crimes de Trânsito? dir autuação com multa. Esta é a primeira fase, oportunidade em
Para uma resposta logo de cara: Sim! É possível! que o condutor pode apresentar a defesa prévia, protocolada, en-
No entanto, o processo será bastante diferente do recurso en- dereçada e julgada pelo próprio órgão de trânsito responsável na
viado para anular uma multa de trânsito comum. esfera da competência estabelecida pelo CTB e dentro de sua cir-
O recurso de infração é endereçado à Junta Administrava de cunscrição (art. 281, CTB), normalmente os Detrans, Ciretrans, DER.
Recursos de Infrações (JARI) na primeira instância e ao Conselho Vale ressaltar que o condutor, em todos os atos de julgamen-
Estadual de Trânsito (CETRAN) na segunda instância. to, e da própria autuação, deve receber a nocação, sob pena de
Já, nos casos de crime, o processo é julgado judicialmente. nulidade.
Da decisão do juiz, o réu poderá interpor um recurso, solicitan- Nesta primeira etapa também caso o condutor não apresente
do novo julgamento em outra instância. defesa prévia ele não terá prejuízos para posteriormente apresen-
tar recurso.
Esse é um direito assegurado pela Constuição Federal, no in- Passando para a segunda etapa do processo administravo.
ciso LV do argo 5º: Caso a defesa prévia não tenha êxito, o condutor é nocado e
“Art. 5º. (…) abre prazo para, desta vez, elaborar recurso, que será dirigido à JARI
LV – aos ligantes, em processo judicial
j udicial ou administravo, e aos (Junta Administrava de Recursos de Infrações).
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes; (…).”

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


Aqui cabe destacar que: neste ponto a autuação é converda possibilita a administração o exercício
exercício do ato vinculado nas estritas
em multa, a suspensão é conrmada, mas seus efeitos ainda estão hipóteses legais, ou seja, dever de observância ao conteúdo da lei.
suspensos por estar em curso o processo, e atenção, caso o con- Dessarte, ca claro que o agente da autoridade de trânsito (agente
dutor não recorra, perca o prazo, o processo será encerrado e os público) está subordinado ao império da lei, fruto da preservação
efeitos da infração serão aplicados. do Estado de Direito, cabendo a ele somente a observância/ obedi-
E a terceira etapa. ência ao disposto pelo legislador de trânsito no Código de Trânsito
Caso o recurso à JARI também não tenha êxito, novamente o Brasileiro, ou seja, ocorrendo infração prevista na legisla- ção de
condutor será nocado e poderá recorrer ao CETRAN (Conselho trânsito, lavrar-se-á auto de infração. Portanto, cabe anotar, que
Estadual de Trânsito). caso o agente aja em desconforme com o estabelecido na lei dei-
Esta é a úlma instância administrava. xando de observar o seu poder-dever de agir (abuso de poder) está
No geral, informações importantes que destacamos são: sujeito a sanções administravas e penais.
Enquanto esver recurso sob julgamento não pode o órgão de
trânsito impor ao condutor qualquer penalidade. 2. Da advertência Verbal/ Orientação.
Orientação.
Também, não estará obrigado o condutor pagar a multa para A Lei Federal nº5108/66, o Código Nacional de Trânsito, o le-
recorrer,, e se pagar e conseguir vencer no processo terá o reembol-
recorrer gislador previu a possibilidade do agente da autoridade de trânsito
so dos valores. diante do ilí- cito administravo de trânsito (infração) aplicasse a
Também, após esgotado o processo administravo, poderá o advertência verbal, em seu argo 188, I (Decreto-Lei 62127, de 16
condutor se socorrer ao judiciário, inclusive pleiteando medida an- de janeiro de 1967).
tecipatória para não perde o direito de dirigir. Art 188. A advertência será aplicada:
I – Verbalmente, pelo agente da autoridade de trânsito, quan-
do, em face das circunstâncias, entender involuntária e sem gra-
vidade infração punível com multa classicada nos grupos 3 e 4;
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS A SEREM ADOTADAS Era conferido ao agente público uma razoável liberdade de atuação,
PELA AUTORIDADE DE TRÂNSITO
BIBLIOGRAFIA/LEGISLAÇÃO E SEUSDE
BRASILEIRA AGENTES.
TRÂNSI
TRÂNSI observando algumas
4), valorando se disposições
convenientedoouargo
não 189 (grupos 3 ediscricio-
(dever-poder
TO: LEI N° 9.503,
9.503, DE 23 DE SETEMBRO
SET EMBRO DE 1997 (INSTI nário) a aplicação da advertência verbal no lugar da autuação. O
TUI O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO), CAPÍTULO legislador do Código de Trânsito Brasileiro
Brasileiro vetou a possibilidade do
XVI  DAS PENALIDADES E CAPÍTULO XVII  DAS MEDI agente da autoridade de trânsito aplicação da advertência verbal,
DAS ADMINISTRATIVAS prevendo somente a possibilidade de aplicação da penalidade de
advertência por escrito, competência atribuída a autoridade de
Muito se ouve por aí: Os agentes de trânsito, os “marronzi- trânsito e não ao agente da autoridade de trânsito (argo 256, I,
nhos”, os “amarelinhos” devem ter “bom senso”; O correto é ad- CTB), disposta no argo 267, vejamos o que dispõe:
verr, daí se o sujeito cometer a infração novamente, aí sim multar. Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências
competências
Mas será que o agente da autoridade de trânsito ou a autoridade estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá
aplicar,, às infrações nele previstas, as seguintes penalidades:
aplicar
de trânsito tem autonomia para se sobrepor as sinalizações regular-
regular-
[…]
mente implantadas? Permir um condutor agir de forma oposta as
I – advertência por escrito;
sinalizações de trânsito e as normas gerais de circulação? É lícito/
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por
legal? Pode o agente da autoridade de trânsito substuir a lavratura
escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser puni-
do auto de infração para imposição de penalidade (Argo 256, II,
da com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infra-
CTB) por uma advertência verbal/ orientação?
Então, vamos lá: ção, nos úlmos
prontuário doze meses,
do infrator, quando
entender estaaprovidência
autoridade,como
considerando o
mais edu-
cava.
1. Da natureza administrava da lavratura do AIIP/ AIT (auto de Trata-se
Trata-se de faculdade/ discricionariedade da autoridade de
infração para imposição de penalidade/ auto de infração de trânsi- trânsito, quando, entender tal providência como medida mais
to). Vejamos o que dispôs o legislador pátrio na Lei Federal nº 9503, educava. Vale ressaltar, que a advertência por escrito é penalidade
de 23 de Setembro de 1997, o Código de Tr Trânsito
ânsito Brasileiro em seu assim como a multa. Alguns condutores se iludem com a ideia de
argo 280 caput e a resolução 371 do Conselho Nacional de Trân- não sofrer pontos negavos na carteira nacional de habilitação e
sito: da pecúnia/multa. Ou seja, diante de um ilícito administravo de
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, trânsito/ infração
infração de trânsito não há o que se falar em adverr ver-
lavrar-se-á
lavrar -se-á auto de infração
infração,, do qual constará: […] balmente/ orientar o condutor em vez de lavrar o auto de infração
Resolução-CONTRAN nº 371: […] A lavratura do auto de infra- para que a autoridade de trânsito, na esfera das competência
competênciass esta-
ção é um ato vinculado na forma da Lei, não havendo discriciona-
belecidas pelo CTB e dentro de sua circunscrição, aplique a penali
riedade com relação a sua lavratura, conforme dispõe o argo 280 dade cabível ao condutor.
do CTB. […] A administração pública possui poderes/ instrumentos
(poderes estruturais) que, permitem à administração cumprir suas 3. A autoridade de Trânsito e o Agente de Trânsito podem se
nalidades, sobrepor-se a vontade da lei à vontade individual, o in- sobrepor as sinalizações regularmente implantadas? Tal
Tal prerroga-
teresse
para quepúblico
exerçaao interesse
seus atos emprivado.
prol doTrata-se
interessedepúblico/
um poder-dever
interesse va é conferida ao agente da autoridade no Código de Trâ
Trânsito
nsito Brasi-
leiro em seu argo 89, I:
da colevidade. O reportado ato administravo vinculado exposto Art. 89. A sinalizaç
sinalização
ão terá a seguinte ordem de prevalênc
prevalência:
ia:
na Resolu- ção nº 371, de 10 de dezembro de 2010 do Conselho I – as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circula-
Nacional de Trânsito é mera exteriorização do poder-dever vincu- ção e outros sinais;
lado da administração pública. No dever-poder vinculado inexiste […] O aludido disposivo parece conferir ao agente da auto-
margem de liberdade a administração pública para discernir o que ridade ampla autonomia para se sobrepor as regras de trânsito
seria mais oportuno, mais conveniente. O poder vinculado apenas quando assim achar pernente, mas não é bem assim, vejamos:

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


Toda norma jurídica carece de uma leitura sistemáca, e a ciência mente irá sinalizar de forma contrária às normas quando houver
responsável pelos mecanismos teóricos que serão manejados pelo um interesse colevo, algo relevant
relevantee diante das circunstânc
circunstâncias
ias que
interprete na busca da compreensão das disposições normavas, ele presenciar. Por exemplo: ocorreu um acidente próximo ao cru-
que tem por objevo fornecer conteúdo para a interpretação (usan- zamento e mesmo com o semáforo vermelho o agente determina
do critérios objevos) da lei é a ciência denominada como herme- que os condutores avancem para garanr a uidez e a segurança
nêuca jurídica. Ou seja, a mera interpretação gramacal
gramacal da norma no local.”
(de
erro.natureza
De fato,subjeva) levaI,oda
o argo 89, agente
Lei, éda autoridade
claro de trânsito
ao atribuir ao
ao agente
da autoridade de trânsito autonomia para se sobrepor as demais LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997
sinalizações, porém, tal análise deve ser feita de forma cautelosa/
atenciosa sob risco de ferir princípios constucionais e a nalidade Instui o Código de Trânsito Brasileiro.
da administração pública (interesse público/ colevo).LEGISLAÇÃO
colevo).LEGISLAÇÃO
BRASILEIRA DE TRÂNSITO CAPÍTULO XVI
Nas lições de Julyver Modesto de Araújo: DAS PENALIDADES
“Apesar de parecer que tal condição confere a este prossio-
nal uma ampla autonomia, para, inclusive, se sobrepor aos sinais Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências
competências
de trânsito, regularmente implantados, e às normas de circulação estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá
constantes do Código de Trânsito, tal análise deve ser feita com aplicar,, às infrações nele previstas, as seguintes penalidades:
aplicar
cuidado: Somente será lícita a atuação do agente de trânsito, de I - advertência por escrito;
maneira contrária às regras de trânsito ou aos sinais sicos implan- II - multa;
tados, quando houver um interesse público a ser preservado, aten- III - suspensão do direito de dirigir;
tando-se sempre aos princípios constucionais da Administra- ção IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
pública, constantes do argo 37 da Constuição Federal – legali- V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
dade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eciência; assim, VI - cassação da Permissão para Dirigir;
somente será exigível de um usuário da via a conduta determinada VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem.
pelo agente de trânsito, de maneira oposta aos sinais e regras de § 1º A aplicaçã
aplicação
o das penalidades previstas neste Código não eli-
trânsito, quando as circunstânc
circunstâncias
ias exigirem para o perfeito ordena- de as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes
mento dos uxos de tráfego e preservação da segurança viária.” No de trânsito, conforme disposições de lei.
mesmo diapasão é o escólio de Arnaldo Rizzardo (2013, pág. 210): § 2º (VETADO)
“A m de não haver confronto ou confusão na obediência dos § 3º A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos ou
sinais, deve exisr uma hierarquia na prevalência. É evidente que as endades execuvos de trânsito responsáveis pelo licenciamento
ordens do agente têm preferênc
preferência
ia ante os sinais ostensivos de trân- do veículo e habilitação do condutor.
sito. Nesta previsão, mesmo que existente semáforo, se o policial Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao pro-
se interpõe em sua frente e determinada contrariamente à sinali- prietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os
zação luminosa, a orientação que estabelece é a que deve ser obe- casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pes-
decida. Tal acontece
acontece em locais crícos de congesonamentos ou de soas sicas ou jurídicas expressamente mencionados neste Código.
anormalidades em vias próximas, que cam obstruídas por algum § 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas
acidentes. Às vezes, faz-se necessário até contrariar a sinalização, concomitantemente as penalidades de que trata este Código toda
mudando as regras de preferencialidade”. vez que houver responsabilidade solidária em infração dos precei-
Percebe-se, portanto,
portanto, que a doutrina é uniforme, e é indubitá-
vel que a aplicabilidad
aplicabilidadee do disposivo aludido trata-se de exceção, tos
faltaque
emlhes couber
comum queobservar, respondendo cada um de per si pela
lhes for atribuída.
carece que haja uma ameça ao bem jurídico tutelado pelo legisla- § 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela
dor pátrio no CTB, expresso em seu argo 1º,§2º e 5º: infração referente à prévia regularização e preenchimento das for-
Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do malidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via
território nacional, abertas à circulaçã
circulação,
o, rege-se por este Código. terrestre, conservação e inalterabilidade de suas caracteríscas,
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e componentes, agregados, habilitação legal e compavel de seus
dever dos órgãos e endades componentes do Sistema Nacional de condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva
Trânsito,
Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respecvas competências, observar.
adotar as medidas desnadas a assegurar esse direito. § 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações de-
§ 5º Os órgãos e endades de trânsito pertencentes ao Sistema correntes de atos pracados na direção do veículo.
Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da § 4º O embarcador é responsável pela infração relava ao
vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente. O transporte de carga com excesso
excesso de peso nos eixos ou no peso bru-
Professor Leandro Macedo faz o seguinte comentário (2013, pág. to total, quando simultaneamente for o único remetente da carga
270): “O trânsito é extremamente dinâmico, não sendo suporta- e o peso declarado na nota scal, fatura ou manifesto for inferior
do pela sociedade interrupções desnecessárias, devendo, as vias, àquele aferido.
portanto, estar sempre que possível com uma uidez desejável, a § 5º O transportador é o responsável pela infração relava ao
m de que possamos cumprir nossos compromissos. Foi com este transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quando a
espírito que o legislador estabeleceu a regra de prevalência de si- carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o peso
nais, para que agentes de trânsito, assim como as autoridades com bruto total.
circunscrição sobre a via pudessem melhorar a uidez do tráfego.” § 6º O transportador e o embarcador são solidariamente res-
Professor Gleydson Mendes: “Saiba que existe uma ordem de pre- ponsáveis pela infração relava ao excesso de peso bruto total, se
valência da sinalização para essas situações e em primeiro lugar o peso declarado na nota scal, fatura ou manifesto for superior ao
deve-se observar as ordens dos agentes que irão prevalecer sobre limite legal.
as normas de circula- ção e outros sinais. Entretanto, o agente so-

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


§ 7º Quando não for imediata a idencação do infrator, o II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do art. 230 e nos
principal condutor ou o proprietário do veículo terá o prazo de 30 arts. 232, 233, 233-A, 240 e 241 deste Código, sem prejuízo da apli-
(trinta) dias, contado da nocação da autuação, para apresentá-lo, cação das penalidades e medidas administravas
administravas cabíveis;
na forma em que dispuser o Contran, e, transcorrido o prazo, se não III - puníveis de forma especíca com suspensão do direito de
o zer, será considerado responsável pela infração o principal con- dirigir.” (NR)
dutor ou, em sua ausência, o proprietário do veículo. Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão ou
§ 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não haven- endade de trânsito com circunscrição sobre a via onde haja ocor-
do idencação do infrator e sendo o veículo de propriedade de rido a infração, de acordo com a competência estabelecida neste
pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprietário do veículo, Código.
manda a originada pela infração, cujo valor é o da multa mul- § 1º As multas decorrentes de infração comeda em unidade
plicada pelo número de infrações iguais comedas no período de da Federação diversa da do licenciament
licenciamento o do veículo serão arreca-
doze meses. dadas e compensadas na forma estabelecida pelo CONTRAN.
§ 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do § 2º As multas decorrentes de infração comeda em unidade
disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259. da Federação diversa daquela do licenciamento do veículo poderão
§ 10. O proprietário poderá indicar ao órgão execuvo de trân- ser comunicadas ao órgão ou endade responsável pelo seu licen-
sito o principal condutor do veículo, o qual, após aceitar a indicação
indicação,, ciamento, que providenciará a nocação.
terá seu nome inscrito em campo próprio do cadastro do veículo no § 3º (Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998)
Renavam.. (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
Renavam § 4º Quando a infração for comeda com veículo licenciado no
§ 11. O principal condutor será excluído do Renavam:
Renavam: (Incluído exterior, em trânsito no território nacional, a multa respecva de-
pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) verá ser paga antes de sua saída do País, respeitado o princípio de
I - quando houver transferê
transferência
ncia de propriedade do veículo; (In- reciprocidade.
cluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será
II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do veí- imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
culo; (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) 2016) (Vigência)
III - a parr da indicação de outro principal condutor. (Incluído I - sempre que, conforme a pontuação prevista
prevista no art. 259 des-
pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência) te Código, o infrator angir, no período de 12 (doze) meses, a se-
Art. 258. As infrações punidas com multa classicam-se, de guinte contagem de pontos:
acordo com sua gravidade, em quatro categorias: a) 20 (vinte) pontos,
pontos, caso constem 2 (duas)
(duas) ou mais infrações
I - infração de natureza gravíssima,
gravíssima, punida com multa no valor gravíssimas na pontuação;
de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta e sete b) 30 (trinta) pontos, caso
caso conste 1 (uma) infração
infração gravíssima
gravíssima
centavos); (Redação
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) na pontuação;
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste
conste nenhuma infração
infração
R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três centavos); gravíssima na pontuação;
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código,
III - infração de natureza
natureza média, punida com multa no valor de cujas infrações preveem, de forma especíca, a penalidade de sus-
R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos);
centavos); (Redação dada pensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) (Vigência)
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de R$ § 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão do
88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos). (Redação dada direito de dirigir são os seguintes: (Redação dada pela Lei nº 13.281,
pela §Lei
1ºnº(Revogado).
13.281, de 2016) (Vigência)
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) de 2016) (Vigência)
I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e, no
(Vigência) caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8 (oito) meses
§ 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator mulplicador a 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
ou índice adicional especíco é o previsto neste Código. II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses,
§ 3º (VETADO) exceto para as infrações com prazo descrito no disposivo infracio-
§ 4º (VETADO) nal, e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8
Art. 259. A cada infração comeda são computados os seguin- (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto no inciso II do art.
tes números de pontos:
263. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
I - gravíssima - sete pontos;
§ 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Car
II - grave - cinco pontos;
teira Nacional de Habilitação será devolvida a seu tular imediata-
III - média - quatro pontos;
mente após cumprida a penalidade e o curso de reciclagem.
IV - leve - três pontos.
§ 3º A imposição da penalidade de suspensão do direitodireito de
§ 1º (VETADO)
dirigir elimina a quandade de pontos computados, prevista no
§ 2º (VETADO)
§ 3o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência) inciso I do caput ou no § 5º deste argo, para ns de contagem
§ 4º Ao condutor idencado
idencado será atribuída pontuação pelas subsequente.
§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência)
infrações de sua
art. 257 deste responsabilidade,
Código, nos termos previstos no § 3º do
exceto aquelas: § 5º No caso do condutor que exerce
exerce avidade remunerada
remunerada ao
I - pracadas por passageiros usuários do serviço
ser viço de transporte veículo, a penalidade de suspensão do direito de dirigir de que trata
rodoviário de passageiros em viagens de longa distância transitan- o caput deste argo será imposta quando o infrator angir o limite
do em rodovias com a ulização de ônibus, em linhas regulares in- de pontos previsto na alínea c do inciso I do caput deste argo, in-
termunicipal, interestadual, internacional e aquelas em viagem de dependentemente da natureza das infrações comedas, facultado
longa distância por fretamento e turismo ou de qualquer modalida- a ele parcipar de curso prevenvo de reciclagem sempre que, no
de, excluídas as situações regulamentadas pelo Contran conforme período de 12 (doze) meses, angir 30 (trinta) pontos, conforme
disposto no art. 65 deste Código; regulamentação do Contran.

14

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


§ 6o Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5o, o con- Parágrafo único. Além do curso de reciclagem previsto no caput
dutor terá eliminados os pontos que lhe verem sido atribuídos, deste argo, o infrator será submedo à avaliação psicológica nos
para ns de contagem subsequente. (Incluído pela Lei nº 13.154, casos dos incisos
incisos III, IV e V do caput deste argo.
argo.’’ (NR)”
(NR)” (Parte
de 2015) promulgada pelo Congresso Nacional)
§ 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não Art. 268-A. Fica criado o Registro
Registro Nacional Posivo
Posivo de Condu-

poderá
dada fazer
pela Lei nova opçãode
nº 13.281, no2016)
período de 12 (doze) meses. (Redação
(Vigência) tores
to da (RNPC), administrado
União, com pelo
a nalidade deórgão máximo
cadastrar execuvo de
os condutores trânsi-
que não
§ 8o A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de ser- cometeram infração
infração de trânsito sujeita à pontuação prevista no art.
viço público tem o direito de ser informada dos pontos atribuídos, 259 deste Código, nos úlmos 12 (doze) meses, conforme regula-
na forma do art. 259, aos motoristas que integrem seu quadro fun- mentação do Contran.
cional, exercendo avidade remunerada ao volante, na forma que § 1º O RNPC deverá ser atualizado mensalmente.
mensalmente.
dispuser o Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) § 2º A abertura de cadastro
cadastro requer autorização
autorização prévia e ex-
ex-
§ 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o con- pressa do potencial cadastra
cadastrado.
do.
dutor que, nocado da penalidade de que trata este argo, dirigir § 3º Após a abertura do cadastro, a anotação de informação
informação no
veículo automotor em via pública. (Incluído pela Lei nº 13.281, de RNPC independe de autorizaçã
autorização
o e de comunicação ao cadastrado.
2016) (Vigência) § 4º A exclusão
exclusão do RNPC dar-se-á:
§ 10. O processo de suspensão do direito de dirigir a que se I - por solicitação do cadastrado;
cadastrado;
refere o inciso II do caput deste argo deverá ser instaurado con- II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação por infração;
comitantemente
comitanteme nte ao processo de aplicação da penalidade de multa, III - quando o cadastrado ver o direito de dirigir suspenso;
e ambos serão de competência do órgão ou endade responsável IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastrado
pela aplicação da multa, na forma denida pelo Contran. esver cassada ou com validade vencida há mais de 30 (trinta) dias;
 § 11. O Contran regulamentará
regulamentará as disposições deste argo. (In- V - quando o cadastrado esver cumprindo pena privava de
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) liberdade.
Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 5º A consulta ao RNPC
RNPC é garanda
garanda a todos os cidadãos, nos
Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á: termos da regulamentação do Contran.
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir § 6º A União, os Estados, o Distrito Federal
Federal e os Municípios po-
qualquer veículo; derão ulizar o RNPC para conceder benecios scais ou tarifários
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infra- aos condutores cadastrados, na forma da legislação especíca de
ções previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, cada ente da Federação
174 e 175;
III - quando condenado judicialmente
judicialmente por delito de trânsito, ob- CAPÍTULO XVII
servado o disposto no art. 160. DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
§ 1º Constatada, em processo administravo, a irregularidade
na expedição do documento de habilitação, a autoridade expedido- Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera
ra promoverá o seu cancelamento. das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua cir-
§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de cunscrição, deverá adotar as seguintes medidas administravas:
Habilitação,, o infrator poderá requerer sua reabilitaç
Habilitação reabilitação,
ão, submeten- I - retenção do veículo;
do-se a todos os exames necessários à habilitação, na forma esta- II - remoção do veículo;
belecida pelo CONTRAN. III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
Art. 264. (VETADO) IV - recolhiment
recolhimento
o da Permissão para Dirigir;
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de V - recolhimento do Cercado de Registro;
cassação do documento de habilitaçã
habilitaçãoo serão aplicadas por decisão VI - recolhimento do Cercado de Licenciamento Anual;
fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo VII - (VETADO)
administravo,
administrav o, assegurado ao infrator amplo direito de defesa. VIII - transbordo do excesso de carga;
Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia
ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulavamente, as res- de substância entorpecente ou que determine dependência sica
pecvas penalidades. ou psíquica;
Art. 267. Deverá ser imposta
imposta a penalidade de advertência
advertência por X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias
escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida e na faixa de domínio das vias de circulação, restuindo-os aos seus
com multa, caso o infrator não tenha comedo nenhuma outra in- proprietários, após o pagamento de multas e encargos devidos.
fração nos úlmos 12 (doze) meses. XI - realização de exames de apdão sica, mental, de legisla-
§ 1º (Revogado). ção, de práca de primeiros socorros e de direção veicular.
veicular. (Incluído
§ 2º (Revogado).” (NR) pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 268. O infrator será submedo a curso de reciclagem, na § 1º A ordem, o consenmento, a scalização, as medidas ad-
forma estabelecida pelo CONTRAN: ministravas e coercivas adotadas pelas autoridades de trânsito
I - (revogado); e seus agentes terão por objevo prioritário a proteção à vida e à
II - quando suspenso do direito de dirigir; incolumidade sica da pessoa.
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja con- § 2º As medidas administravas previstas neste argo não eli-
tribuído, independentemente de processo judicial; dem a aplicação das penalidades impostas por infrações estabeleci-
estabeleci-
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito; das neste Código, possuindo caráter complementar
complementar a estas.
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está § 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional de Ha-
colocando em risco a segurança do trânsito; bilitação e a Permissão para Dirigir.
VI - (revogado)
(revogado).. § 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X o
disposto nos arts. 271 e 328, no que couber
couber..

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


§ 5º No caso de documentos
documentos em meio digital, as as medidas ad- § 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente no
ministravas previstas nos incisos III, IV, V e VI do caput deste argo
ministravas momento da remoção do veículo, a autoridade de trânsito, no pra-
serão realizadas por meio de registro no Renach ou Renavam, con- zo de 10 (dez) dias contado da data da remoção, deverá expedir
expedir ao
forme o caso, na forma estabelecida pelo Contran.” (NR) proprietário a nocação prevista no § 5º, por remessa postal ou
Art. 270. O veículo poderá ser redo nos casos expressos neste por outro meio tecnológico hábil que assegure a sua ciência, e, caso
Código. reste frustrada, a nocação poderá ser feita por edital. (Redação
§ 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da in- dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
fração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a situação. § 7o A nocação devolvida por desatualização do endereço
§ 2º Quando não for possível
possível sanar a falha no
no local da infra-
infra- do proprietário do veículo ou por recusa desse de recebê-la será
ção, o veículo, desde que ofereça condições de segurança para cir- considerada recebida para todos os efeitos (Incluído pela Lei nº
culação, deverá ser liberado e entregue a condutor regularmente 13.160, de 2015)
habilitado, mediante recolhimento
recolhimento do Cercado de Licenciamento § 8o Em caso de veículo licenciado no exterior, a nocação
Anual, contra apresentação de recibo, assinalando-se ao condutor será feita por edital. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
prazo razoável, não superior a 30 (trinta) dias, para regularizar a § 9º Não caberá remoção nos casos casos em que a irregularidade
irregularidade
situação, e será considerado nocado para essa nalidade na mes- for sanada no local da infração.
ma ocasião. § 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será cor-
§ 3º O Cercado de Licenciamento Anual será devolvido ao respondente ao período integral, contado em dias, em que efeva-
condutor no órgão ou endade aplicadores das medidas adminis- mente o veículo permanecer em depósito, limitado ao prazo de 6
travas, tão logo o veículo seja apresentado à autoridade devida- (seis) meses. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
mente regularizado. § 11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados
§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da in- por parculares poderão ser pagos pelo proprietário diretamente
fração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se neste caso ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
o disposto no art. 271. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) § 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o res-
(Vigência) pecvo ente da Federação estabelecer a cobrança por meio de taxa
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata, instuída em lei. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
quando se tratar de veículo de transporte colevo transportando § 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do recolhi-
passageiros ou veículo transportando produto perigoso ou perecí- mento comprovar, administrava ou judicialmente, que o recolhi-
vel, desde que ofereça condições de segurança para circulação em mento foi indevido ou que houve abuso no período de retenção em
via pública. depósito, é da responsabilidade do ente público a devolução das
§ 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere o § quanas pagas por força deste argo, segundo os mesmos critérios
2o, será feito registro de restrição administrava no Renavam por da devolução de multas indevidas. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
órgão ou endade execuvo de trânsito dos Estados e do Distrito 2016)
Federal, que será rerada após comprovada a regularização. (Inclu- Art. 272. O recolhiment
recolhimentoo da Carteira Nacional de Habilitação e
ído pela Lei nº 13.160, de 2015) da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante recibo, além dos casos
§ 7o O descumprimento das obrigações estabelecidas no § 2o previstos neste Código, quando houver suspeita de sua inautenci-
resultará em recolhimento do veículo ao depósito, aplicando-se, dade ou adulteraç
adulteração.
ão.
Art. 273. O recolhimento do Cercado de Registro dar-se-á
nesse caso, o disposto no art. 271. (Incluído pela Lei nº 13.160, de
mediante recibo, além dos casos previstos neste Código, quando:
2015)
I - houver suspeita de inautencidade ou adulteração;
Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste II - se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade
Código, para o depósito xado pelo órgão ou endade competente,
no prazo de trinta dias.
com circunscrição sobre a via.
Art. 274. O recolhimento do Cercado de Licenciamento Anu-
§ 1o A restuição do veículo removido só ocorrerá mediante al dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código,
prévio pagamento de multas, taxas e despesas com remoção e es- quando:
tada, além de outros encargos previstos na legislação especíca. I - houver suspeita de inautencidade ou adulteração;
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
II - se o prazo de licenciamento esver vencido;
§ 2o A liberação do veículo removido é condicionada ao repa- III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não pu-
ro de qualquer componente ou equipamento obrigatório que não der ser sanada no local.
esteja em perfeito estado de funcionamento. (Incluído pela Lei nº Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é condição
13.160, de 2015) para que o veículo possa prosseguir viagem e será efetuado às ex-
§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência que pensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da multa aplicável.
aplicável.
não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável pela Parágrafo
Parágr afo único. Não sendo possível desde logo atender ao dis-
remoção liberará o veículo para reparo, na forma transportada, me- posto neste argo, o veículo será recolhido ao depósito, sendo libe-
diante autorização, assinalando prazo para reapresentação. (Reda- rado após sanada a irregularidade e pagas as despesas de remoção
ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016) e estada.
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo po- Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue
derão ser realizados por órgão público, diretamente,
diretamente, ou por parcu- ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previs-
lar contratado por licitação pública, sendo o proprietário do veículo tas no art. 165. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
o responsável pelo pagamento dos custos desses serviços. (Reda- Parágrafo
Parágr afo único. O Contran disciplinará as margens de tolerân-
ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016) cia quando a infração for apurada por meio de aparelho de medi-
§ 5o O proprietário ou o condutor deverá ser nocado, no ato ção, observada a legislação metrológica. (Redação dada pela Lei nº
de remoção do veículo, sobre as providências necessárias à sua res- 12.760, de 2012)
tuição e sobre o disposto no art. 328, conforme regulamentação Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em aci-
do CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) dente de trânsito ou que for alvo de scalizaç
scalizaçãoão de trânsito poderá
ser submedo a teste, exame clínico,
clínico, perícia ou outro procedimen-

16

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE TRÂNSITO


to que, por meios técnicos ou ciencos, na forma disciplinada pelo
Contran, permita cercar inuência de álcool ou outra substância
ANOTAÇÕES
psicoava que determine dependência. (Redação dada pela Lei nº
12.760, de 2012)  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
§ 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser carac-  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
terizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que indi-
quem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito
admidas. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administra
administravas
vas
estabelecidas no art. 165-A deste Código ao condutor que se recu-  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
sar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
deste argo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 278. Ao condutor que se evadir da scalização,
scalização, não subme-  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
tendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de pesagem, xos
ou móveis, será aplicada a penalidade prevista no art. 209, além  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
da obrigação de retornar ao ponto de evasão para m de pesagem
obrigatória.  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação policial,
a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado, aplican-  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
do-se, além das penalidades em que incorre, as estabelecidas no
art. 210.  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
Art. 278-A. O condutor que se ulize de veículo para a práca
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
do crime de receptação, descaminho, contrabando, previstos nos
arts. 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
de 1940 (Código Penal), condenado por um desses crimes em de-
cisão judicial transitada em julgado, terá cassado seu documento  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
de habilitação ou será proibido de obter a habilitação para dirigir
veículo automotor pelo prazo de 5 (cinco) anos. (Incluído pela Lei  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
nº 13.804, de 2019)
§ 1º O condutor condenado poderá requerer sua reabilitação,  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação
habilitação,, na for-
ma deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019)  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
§ 2º No caso do condutor preso em agrante na práca dos
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
crimes de que trata o caput deste argo, poderá o juiz, em qual-
quer fase da invesgação ou da ação penal, se houver necessidade  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
para a garana da ordem pública, como medida cautelar, de ocio,
ou a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante repre-  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
sentação da autoridade policial, decretar, em decisão movada, a
suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo auto-  _________________________
 ______________________________________________________
_____________________________
motor,, ou a proibição de sua obtenção. (Incluído pela Lei nº 13.804,
motor
de 2019)  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
Art. 279. Em caso de acidente com víma, envolvendo veículo
 _________________________ _____________________________
 ______________________________________________________
equipado com registrador instantâneo de velocidade e tempo, so-
mente o perito ocial encarregado do levantamento pericial poderá  ______
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rerar o disco ou unidade armazenadora do registro.
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ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES
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INFORMÁTICA
1. Aplicavos para processamento
processamento de texto, planilhas eletrônicas e apresentações: conceitos e modos de ulização  . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conceitos básicos e modos de emprego de tecnologias, ferramentas, ferramentas, aplicavos e procedimentos associados à rede de computadores,
internet e intranet  . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
 

INFORMÁTICA

APLICATIVOS PARA PROCESSAMENTO DE TEXTO, PLANILHAS ELETRÔNICAS E APRESENTAÇÕES: CONCEITOS E MO-


MO-
DOS DE UTILIZAÇÃO

Microso Oce

O Microso Oce é um conjunto de aplicavos essenciais para uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas em
geral são ulizadas e cobradas em provas o Editor de Textos – Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações – Power -
Point. A seguir vericamos sua ulização mais comum:

Word
O Word é um editor de textos amplamente ulizado. Com ele podemos redigir cartas, comunicações, livros, aposlas, etc. Vamos
então apresentar suas principais funcionalidades.

• Área de trabalho do Word


Nesta área podemos digitar nosso texto e formata-lo de acordo com a necessidade.
1

INFORMÁTICA
• Iniciando um novo documento

A parr deste botão retornamos para a área de trabalho do Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações de -
sejadas.

• Alinhamentos
Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para atender às necessidades. Na tabela a seguir, vericamos
vericamos os alinhamen-
tos automácos disponíveis na plataforma do Word.

GUIA PÁGINA INICIAL A L I N H A M E N TO TEC L A DE ATAL HO

Juscar ((aarruma a direito e a esquerda de acordo co


com a margem Ctrl + J

Alinhamento à direita Ctrl + G


Centralizar o texto Ctrl + E

Alinhamento à esquerda Ctrl + Q  

• Formatação de letras (Tipos e Tamanho)


Presente em Fonte, na área de ferrament
ferramentas
as no topo da área de trabalho, é neste menu que podemos formatar os aspectos básicos de
nosso texto. Bem como: po de fonte, tamanho (ou pontuação), se será maiúscula ou minúscula e outros itens nos recursos automácos.

GU I A PÁGI NA I NI C I A L F UN Ç ÃO

Tipo de letra

Tamanho

Aumenta / diminui tamanho

Recursos automácos de caixa-altas e baixas

Limpa a formatação

• Marcadores
Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da seguinte forma:

INFORMÁTICA

Podemos então ulizar na página inicial os botões para operar diferentes pos de marcadores automácos:

• Outros Recursos interessantes:

GU I A ÍCO NE F U NÇ ÃO
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Tabelas
Inserir
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Revisão Vericação e correção ortográca

Arquivo Salvar
Excel
O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cálculos automácos, análise de dados, grácos, totais automácos, dentre
outras funcionalidades importantes, que fazem
fazem parte do dia a dia do uso pessoal e empresarial.
São exemplos de planilhas:
 – Planilha de vendas;
vendas;
 – Planilha de custos.

Desta forma ao inserirmos dados, os valores são


s ão calculados automacamente.

• Mas como é uma planilha de cálculo?


 – Quando inseridos em alguma célula da planilha,
planilha, os dados são calculados
calculados automacamente
automacamente mediante a aplicação
aplicação de fórmulas
fórmulas espe-
cícas do aplicavo.
 – A unidade central do Excel
Excel nada mais
mais é que o cruzamento entre
entre a linha e a coluna. No exemplo
exemplo coluna
coluna A, linha 2 ( A2 )

INFORMÁTICA
 – Podemos também ter
ter o intervalo A1..B3

 – Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na célula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica de uma
planilha.

• Formatação células
• Fórmulas básicas

ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY)
SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY)
MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY)
DIVISÃO =(célulaX/célulaY)

• Fórmulas de comum intere


interesse
sse

MÉDIA (em um intervalo de células) =MEDIA(célula X:célulaY)


MÁXIMA (em um intervalo de células) =MAX(célula X:célulaY)
MÍNIMA (em um intervalo de células) =MIN(célula X:célulaY)

PowerPoint
O PowerPoint é um editor que permite a criação de apresentações personalizadas para os mais diversos ns. Existem uma série de
recursos avançados para a formatação das apresentações, aqui veremos os princípios para a ulização do aplicavo.

INFORMÁTICA
• Área de Trabalho do PowerPoint

Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escrever conteúdos, redimensionar,
redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até mesmo
excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as caixas, colocando um tulo na superior e um texto na caixa inferior, também
alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor.
Perceba que a formatação dos textos é padronizada. O mesmo po de padrão é encontrado para ulizarmos entre o PowerPoint, o
Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos, no que diz respeito à formataç
formatação
ão básica de textos. Conra no tópico referen-
te ao Word, itens de formatação básica de texto como: alinhamentos, pos e tamanhos de letras, guias de marcadores e recursos gerais.
Especicamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente ulizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam a
aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no trabalho com o programa.

INFORMÁTICA
Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo, obtendo vários no mesmo formato. Assim liberamos uma série de miniaturas, pelas
navegador, alternando entre áreas de trabalho. A edição em cada uma delas, é feita da mesma maneira, como já apresen-
quais podemos navegador,
tado anteriormente.

Percebemos agora que temos uma apresentação com quatro slides padronizados, bastando agora editá-lo com os textos que se ze-
rem necessários. Além de copiar podemos mover cada slide de uma posição para outra ulizando o mouse.
As Transições são recursos de apresentação bastante ulizados no PowerPoint. Servem para criar breves animações automácas para
passagem entre elementos das apresentações.

Tendo passado pelos aspectos básicos da criação de uma apresentaçã


apresentação,
o, e tendo a nossa pronta, podemos apresentá-la bastando clicar
no ícone correspondente no canto inferior direito.

INFORMÁTICA
Um úlmo recurso para chamarmos atenção é a possibilidade de acrescentar efeitos
efeitos sonoros e interav
interavos
os às apresentações, levando
a experiência dos usuários a outro nível.

Oce 2013
A grande novidade do Oce 2013 foi o recurso para explorar a navegação sensível ao toque (TouchScreen), que está disponível nas
versões 32 e 64. Em equipamentos com telas sensíveis ao toque (TouchScreen) pode-se explorar este recurso, mas em equipamentos com
telas simples funciona normalmente.
O Oce 2013 conta com uma grande integração com a nuvem, desta forma documentos, congurações pessoais e aplicav
aplicavos
os podem
ser gravados no Skydrive, permindo acesso através de smarones diversos.

• Atualizações no Word
 – O visual foi totalmente
totalmente aprimorado
aprimorado para permir usuários trabalhar
trabalhar com o toque na tela (TouchScreen);
(TouchScreen);
 – As imagens podem ser editadas dentro
dentro do documento;
 – O modo leitura foi aprimorado
aprimorado de modo que textos
textos extensos agora cam
cam disponíveis em colunas,
colunas, em caso de pausa na leitura;
leitura;
 – Pode-se iniciar do mesmo
mesmo ponto parado anteriormente;
anteriormente;
 – Podemos visualizar
visualizar vídeos dentro do documento,
documento, bem como editar PDF(s).
PDF(s).

 –• Além
Atualizações no Excel
de ter uma navegação simplicada, um novo conjunto de grácos e tabelas dinâmicas estão disponíveis, dando ao usuário
melhores formas de apresentar dados.
 – Também
Também está totalmente
totalmente integrado
integrado à nuvem Microso.

• Atualizações no PowerPoint
 – O visual teve melhorias signicavas, o PowerP
PowerPoint
oint do Oce2013 tem um grande número de templates para uso de criação de
apresentações prossionais;
 – O recurso de uso de múlplos monitores
monitores foi aprimorado;
aprimorado;
 – Um recurso de zoom
zoom de slide foi incorporado,
incorporado, permindo o destaque
destaque de uma determinada área
área durante a apresentação;
apresentação;
 – No modo apresentador é possível
possível visualizar o próximo
próximo slide antecipadamente;
antecipadamente;
 – Estão disponíveis
disponíveis também o recurso de edição
edição colaborava
colaborava de apresentações.
apresentações.

Oce 2016
O Oce 2016 foi um sistema concebido para trabalhar juntamente
juntamente com o Windows 10. A grande novidade foi o recurso que permite
que várias pessoas trabalhem simultaneamente em um mesmo projeto. Além disso, vemos a integração com outras ferramentas, tais
como Skype. O pacote Oce 2016 também roda em smarones de forma geral.

• Atualizações no Word
 – No Word 2016 vários
vários usuários podem trabalhar ao mesmo tempo, a edição colaborava
colaborava já está presente em outros produtos,
produtos, mas
no Word agora é real, de modo que é possível até acompanhar quando outro usuário está digitando;
 – Integração à nuvem
nuvem da Microso, onde se pode acessar
acessar os documentos em tablets e smarones;
smarones;
 – É possível interagir diretamente
diretamente com o Bing (mecanismo
(mecanismo de pesquisa da Microso, semelhante ao Google), para
para ulizar a pesquisa
inteligente;
 – É possível escrever equações como o mouse, caneta de toque, ou com o dedo em disposivos touchscreen, facilita
facilitando
ndo assim a
digitação de equações.

• Atualizações no Excel
 – O Excel do Oce 2016 manteve as funcionalidades
funcionalidades dos anteriores, mas agora com uma maior integração
integração com disposivos móveis,
além de ter aumentado o número de grácos e melhorado a questão do comparlhamento dos arquivos.

• Atualizações no PowerPoint
 – O PowerPoint
PowerPoint 2016 manteve
manteve as funcionalidades
funcionalidades dos anteriores, agora com
com uma maior integração
integração com disposivos moveis,
moveis, além de
ter aumentado o número de templates melhorado a questão do comparlhamento dos arquivos;
 – O PowerPoint
PowerPoint 2016 também permite
permite a inserção de objetos
objetos 3D na apresentação.
apresentação.

Oce 2019
O OFFICE 2019 manteve a mesma linha da Microso, não houve uma mudança tão signicava. Agora temos mais modelos em 3D,
todos os aplicavos estão integrados como disposivos sensíveis ao toque, o que permite que se faça destaque em documentos.

• Atualizações no Word
 – Houve o acréscimo de ícones,
ícones, permindo assim um melhor desenvolvimento
desenvolvimento de documentos;
documentos;

INFORMÁTICA

 – Outro recurso que foi


foi implementado foi
foi o “Ler em voz alta”
alta”. Ao clicar no botão o Word
Word vai ler o texto
texto para você.
 

• Atualizações no Excel
 – Foram adicionadas novas fórmulas
fórmulas e grácos. Tendo
Tendo como destaque o gráco de mapas que permite criar uma visualizaç
visualização
ão de algum
algum
mapa que deseja construir.

• Atualizações no PowerPoint
 – Foram adicionadas
adicionadas a ferramenta
ferramenta transformar
transformar e a ferramenta
ferramenta de zoom facilitando
facilitando assim o desenvolvimento
desenvolvimento de apresentações;
apresentações;
 – Inclusão de imagens 3D na apresentação.
apresentação.

INFORMÁTICA
Oce 365
O Oce 365 é uma versão que funciona como uma assinatura semelhante ao Nelix e Spof. Desta forma não se faz necessário sua
instalação, basta ter uma conexão com a internet e ulizar o Word, Excel e PowerPoint.
Observações importantes:
 – Ele é o mais atualizado
atualizado dos OFFICE(s), portanto todas
todas as melhorias citadas constam
constam nele;
 – Sua atualização
atualização é frequente, pois a própria
própria Microso é responsável
responsável por isso;
 – No nosso caso o Word,
Word, Excel e PowerPoint
PowerPoint estão
estão sempre atualizados.
atualizados.

CONCEITOS BÁSICOS E MODOS DE EMPREGO DE TECNOLOGIAS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS


ASSOCIADOS À REDE DE COMPUTA
COMPUTADORES,
DORES, INTERNET E INTRANET

Tipos de rede de computadores

• LAN: Rele Local, abrange somente um perímetro denido. Exemplos: casa, escritório, etc.

INFORMÁTICA
• MAN: Rede Metropolitana, abrange uma cidade, por exemplo.

• WAN: É uma rede com grande abrangência sica, maior que a MAN, Estado, País; podemos citar até a INTERNET para entender-
entender -
mos o conceito.
Navegação e navegadores da Internet

• Internet
É conhecida como a rede das redes. A internet é uma coleção global de computadores, celulares e outros disposivos que se comu -
nicam.

• Procedimentos de Internet e intranet


Através desta conexão, usuários podem ter acesso a diversas informações, para trabalho, laser, bem como para trocar mensagens,
comparlhar dados, programas, baixar documentos (download), etc.

• Sites
Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é chamada web site. Através de navegadores, conseguimos acessar web
sites para operações diversas.

10

INFORMÁTICA
• Links
O link nada mais é que uma referência a um documento, onde o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente aponta
para uma determinada página, pode apontar para um documento qualquer para se fazer o download ou simplesmente abrir.abrir.

Dentro deste contexto vamos relatar funcionalidades de alguns dos principais navegadores de internet: Microso Internet Explorer
Explorer,,
Mozilla Firefox e Google Chrome.

Internet Explorer 11

• Idencar o ambiente
O Internet Explorer é um navegador desenvolvido pela Microso, no qual podemos acessar sites variados. É um navegador simpli -
cado com muitos recursos novos.
Dentro deste ambiente temos:
 – Funções de controle de privacidade:
privacidade: Trata-se
Trata-se de funções
funções que protegem e controlam
controlam seus dados pessoais coletados
coletados por sites;
 – Barra de pesquisas:
pesquisas: Esta barra permite
permite que digitemos um endereço do site desejado.
desejado. Na gura temos como
como exemplo:
exemplo: hps://www.
hps://www.
gov.br/pt-br/

 – Guias
pt-br/ de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site hps://www.gov
está aberta. hps://www.gov.br/ .br/
 – Favoritos:
Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos
favoritos
 – Ferra
Ferramen
mentas:
tas: Per
Permit
mitem
em real
realiza
izarr diver
diversas
sas funç
funções
ões tais
tais com
como:
o: impri
imprimir
mir,, acessa
acessarr o hist
históric
órico
o de nav
navega
egação
ção,, cong
congura
urações
ções,, dentre
dentre outr
outras.
as.

Desta forma o Internet Explorer 11, torna a navega


navegação
ção da internet muito mais agradável, com textos, elementos grácos e vídeos que
possibilitam ricas experiências para os usuários.

• Caracteríscas e componentes da janela principal do Internet Explorer

11

INFORMÁTICA
À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização, além de percebemos que a barra de ferramentas ca automa-
camente desavada, possibilitando uma maior área de exibição.

Vamos destacar
destacar alguns pontos segundo as indicações da gura:
1. Voltar/Avançar página
Como o próprio nome diz, clicando neste botão voltamos página visitada anteriormente;

2. Barra de Endereços
Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página procurada;

3. Ícones para manipulação do endereço da URL


Estes ícones são pesquisar , atualizar  ou
 ou fechar , dependendo da situação pode aparecer fechar  ou
 ou atualizar .

4. Abas de Conteúdo
São mostradas as abas das páginas carregada
carregadas.
s.

5. Página Inicial, favoritos, ferramentas, comentários


6. Adicionar à barra de favoritos

Mozila Firefox

Vamos falar agora do funcionamento geral do Firefox, objeto de nosso estudo:

Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Voltar para a página inicial do Firefox

5 Barra de Endereços

6 Ver históricos e favoritos

7 Mostra um painel sobre os favoritos (Barra, Menu e outros)

12

INFORMÁTICA

8 Sincronização com a conta FireFox (Vamos detalhar adiante)

9 Mostra menu de contexto com várias opções

 – Sincroniz
Sincronizaçã
ação
o Firefox:
Firefox: Ato
Ato de guardar
guardar seus dados
dados pessoais
pessoais na interne
internet,
t, cando
cando assim
assim disponív
disponíveis
eis em qualquer
qualquer lugar
lugar.. Seus dados
dados como:
Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc., sempre estarão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado com o seu e-mail de
cadastro. E lembre-se: ao ulizar um computador público sempre desave a sincronização para manter seus dados seguros após o uso.

Google Chrome
O Chrome é o navegador mais popular atualmente e disponibiliza inúmeras funções que, por serem ómas, foram implementadas
por concorrentes.
Vejamos:

• Sobre as abas
No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas também como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta, se quiser-
mos abrir outra para digitar ou localizar outro site, temos o sinal (+).
A barra de endereços é o local em que se digita o link da página visitada. Uma outra função desta barra é a de busca, sendo que ao
digitar palavras-chave
palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é acionado e exibe os resultados.

Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

5 Adicionar Favoritos

6 Usuário Atual

7 Exibe um menu de contexto que iremos relatar seguir.

13

INFORMÁTICA
O que vimos até aqui, são
s ão opções que já estamos acostumados ao navegar
navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebemos que
o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum atualmente, a
seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcionalidades.

• Favoritos
No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adicionar
adicionar uma página aos favoritos, clique na estrela que ca à direita da barra
de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido, e pronto.
Por padrão, o Chrome salva seus sites
s ites favoritos na Barra de Favoritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista. Para
removê-lo, basta clicar em excluir.
• Histórico
O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, para acessá-lo,
podemos clicar em Histórico no menu, ou ulizar atalho do teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba, onde pode-
mos pesquisá
pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo dia a dia se preferir
preferir..

• Pesquisar palavras
Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em busca de uma palavra ou frase especíca. Neste caso, ulizamos o atalho
do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa de texto na qual podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.

• Salvando Textos e Imagens da Internet


Vamos navegar
navegar até a imagem desejada e clicar com o botão direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.

• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de algum site direto para o seu computador (texto, músicas, lmes etc.). Neste caso,
o Chrome possui um item no menu, onde podemos ver o progresso e os downloads concluídos.

• Sincronização
Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é importante para manter atualizadas nossas operações, desta forma, se por
algum movo trocarmos de computador
computador,, nossos dados estarão disponíveis na sua conta Google.

14

INFORMÁTICA
Por exemplo:
 – Favoritos,
Favoritos, histórico, senhas e outras
outras congurações estarão
estarão disponíveis.
disponíveis.
 – Informações do seu perl são salvas
salvas na sua Conta do Google.

No canto superior direito, onde está a imagem com a foto do usuário, podemos clicar no 1º item abaixo para avar e desavar.
Safari

O Safari é o navegador da Apple, e disponibiliza inúmeras funções implementadas.


Vejamos:

• Guias

 – Para abrirmos
abrirmos outras guias podemos simplesmente
simplesmente teclar CTRL + T ou

Vejamos os comandos principais de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

15

INFORMÁTICA

4 Barra de Endereço.

5 Adicionar Favoritos

6 Ajustes Gerais

7 Menus para a página atual.


8 Lista de Leitura

Perceba que o Safari, como os outros, oferece ferramentas bastante comuns.


Vejamos algumas de suas funcionalidades:

• Lista de Leitura e Favoritos


No Safari é possível adicionar sites à lista de leitura para posterior consulta, ou aos favoritos, caso deseje salvar seus endereços. Para
adicionar uma página, clique no “+” a que ca à esquerda da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido e pronto.
Por padrão, o Safari salva seus sites na lista de leitura, mas você pode criar pastas para organizar melhor seus favoritos. Para removê-
-lo, basta clicar em excluir.

• Histórico e Favoritos

16

INFORMÁTICA
• Pesquisar palavras
Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos em busca de uma palavra ou frase especíca. Neste caso ulizamos o atalho
do teclado Ctrl + F, para abrir uma caixa de texto na qual podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.

• Salvando Textos e Imagens da Internet


Vamos navegar
navegar até a imagem desejada e clicar com o botão direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.

• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de um algum site direto para o seu computador (texto, músicas, lmes etc.). Neste
caso, o Safari possui um item no menu onde podemos ver o progresso e os downloads concluídos.

Correio Eletrônico
O correio eletrônico, também conhecido
conhecido como e-mail, é um serviço ulizado para envio e recebimento de mensagens de texto e ou-
tras funções adicionais como anexos junto com a mensagem.
Para envio de mensagens externas o usuário deverá estar conectado a internet, caso contrário ele cará limitado a sua rede local.
Abaixo vamos relatar algumas caracteríscas
caracteríscas básicas sobre o e-mail
 – Nome do Usuário: é o nome de login escolhido
escolhido pelo usuário na hora
hora de fazer
fazer seu e-mail. Exemplo:
Exemplo: joaodasilva, no caso este é nome
do usuário;
 – @ : Símbolo padronizado
padronizado para uso em correios eletrônicos;
eletrônicos;
 –  Nome do domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria das vezes, a empresa;
 –

Vejamos um exemplo: joaodasilva@gmail.com.br


joaodasilva@gmail.com.br / @hotmail.com.br / @editora.com.br
 – Caixa de Entrada:
Entrada: Onde cam armazenadas
armazenadas as mensagens recebidas;
recebidas;
 – Caixa de Saída:
Saída: Onde cam armazenadas
armazenadas as mensagens ainda não enviadas;
enviadas;
 – E-mails Enviados:
Enviados: Como o próprio nome diz, é onde cam
cam os e-mails que foram
foram enviados;
 – Rascunho: Guarda as mensagens
mensagens que você ainda não terminou de
de redigir;
 – Lixeira:
Lixeira: Armazena as mensagens
mensagens excluídas.
excluídas.

Ao escrever mensagens, temos os seguintes campos:


 – Para: é o campo
campo onde será inserido o endereço
endereço do desnatário do e-mail;
 – CC: este campo é usado para mandar cópias da mesma mensagem. Ao usar esse campo os endereços aparecerão para todos os
desnatários envolvidos;
 – CCO: sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior,
anterior, no entanto os endereços só aparecerão para os respecvos donos da
mensagem;
 – Assunto: campo desnado ao assunto
assunto da mensagem;
 – Anexos: são dados que são anexados
anexados à mensagem
mensagem (imagens, programas,
programas, música, textos
textos e outros);
 – Corpo da Mensagem: espaço onde será
será escrita a mensagem.

17

INFORMÁTICA
• Uso do correio eletrônico
 – Inicialmente o usuário
usuário deverá ter uma conta
conta de e-mail;
 – Esta conta
conta poderá ser fornecida
fornecida pela empresa ou criada
criada através
através de sites que fornecem o serviço. As diretrizes
diretrizes gerais sobre a criação
criação
de contas estão no tópico acima;
 – Uma vez criada a conta, o usuário poderá
poderá ulizar um cliente
cliente de e-mail na internet
internet ou um gerenciador de e-mail disponível;
disponível;
 – Atualmente existem vários gerenciadores
gerenciadores disponíveis no mercado, tais como: Microso Outlook, Mozila Thunderbird, Opera Mail,
Gmail, etc.;
 – O Microso outlook é talvez o mais conhecido gerenciador de e-mail, dentro deste
deste contexto
contexto vamos usá-lo
usá-lo como exemplo nos tópicos
adiante, lembrando que todos funcionam de formas bastante parecidas.

• Preparo e envio de mensagens

• Boas prácas para criação de mensagens


 – Uma mensagem deverá
deverá ter um assunto. É possível
possível enviar mensagem sem o Assunto, porém não é o adequado;
adequado;
 – A mensagem deverá
deverá ser clara, evite mensagens
mensagens grandes ao extremo
extremo dando muitas voltas;
voltas;
 – Vericar
Vericar com cuidado os desnatários
desnatários para o envio correto
correto de e-mails, evitando
evitando assim problemas de envios
envios equivocados.

• Anexação de arquivos

Uma função adicional quando criamos mensagens é de anexar um documento à mensagem, enviando assim juntamente com o texto.

• Boas prácas para anexar arquivos à mensagem


 – E-mails tem limites
limites de tamanho, não podemos
podemos enviar coisas que excedem
excedem o tamanho,
tamanho, estas mensagens irão
irão retornar;
 – Deveremos evitar
evitar arquivos grandes
grandes pois além do limite do e-mail,
e-mail, estes demoram em excesso
excesso para serem carregados.
carregados.

18

INFORMÁTICA
Computação de nuvem (Cloud Compung) • Armazenamento de dados da nuvem (Cloud Storage)

• Conceito de Nuvem (Cloud)


A “Nuvem”, também referenciada como “Cloud”, são os servi -
ços distribuídos pela INTERNET que atendem as mais variadas de-
mandas de usuários e empresas.

A ideia de armazenamento na nuvem ( Cloud Storage ) é sim -


ples. É, basicamente, a gravação de dados na Internet.
Este envio de dados pode ser manual ou automáco, e uma vez
que os dados estão armazenados na nuvem, eles podem ser aces -
sados em qualquer lugar do mundo por você ou por outras pessoas
que verem acesso.
São exemplos de Cloud Storage: DropBox, Google Drive, One-
One -
Drive.
As informações são mandas em grandes Data Centers  das
empresas que hospedam e são supervisionadas por técnicos res-
ponsáveis por seu efuncionamento.
relatórios, grácos Estesseus
outras formas para Data Centers  oferecem
clientes gerenciarem
seus dados e recursos, podendo modicar conforme a necessidade.
O armazenamento em nuvem tem as mesmas caracteríscas
que a computação em nuvem que vimos anteriormente, em termos
de pracidade, agilidade, escalabilidade e exibilidade
exibilidade..
A internet é a base da computação em nuvem, os servidores Além dos exemplos citados acima, grandes empresas, tais
remotos detêm os aplicavos e serviços para distribuí-los aos usuá- como a IBM, Amazon, Microso e Google possuem serviçosser viços de nu-
rios e às empresas. vem que podem ser contrata
contratados.
dos.
A computação em nuvem permite que os consumidores alu-
guem uma infraestrutura sica de um data center  (provedor
 (provedor de ser-
viços em nuvem). Com acesso à Internet, os usuários e as empresas EXERCÍCIOS
usam aplicavos e a infraestrutura alugada para acessarem seus
arquivos, aplicações, etc., a parr de qualquer computador conec-
tado no mundo. 1. (FGV-SEDUC -AM) O disposivo de hardware que tem como
Desta forma todos os dados e aplicações estão localizadas em principal função a digitalização de imagens e textos, convertendo as
um local chamado Data Center dentro
Center dentro do provedor. versões em papel para o formato digital, é denominado
A computação em nuvem tem inúmeros produtos, e esses pro- (A) joysck.
dutos são subdivididos de acordo com todos os serviços em nuvem, (B) ploer.
mas os principais aplicavos da computação em nuvem estão nas (C) scanner.
áreas de: Negócios, Indústria, Saúde, Educação, Bancos, Empresas (D) webcam.
de TI, Telecomunicações. (E) pendrive.

2. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) João comprou um


novo jogo para seu computador e o instalou sem que ocorressem
erros. No entanto, o jogo executou de forma lenta e apresentou
baixa resolução. Considerando esse contexto, selecione a alterna-
va que contém a placa de expansão que poderá ser trocada ou
adicionada para resolver o problema constatado por João.
(A) Placa de som
(B) Placa de fax modem
(C) Placa usb
(D) Placa de captura

(E) Placa de vídeo

19

INFORMÁTICA
3. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) Há vários pos de pe - 9. (CESPE – PEFOCE) Entre os sistemas operacionais Windows
riféricos ulizados em um computador, como os periféricos de saída 7, Windows Vista e Windows XP, apenas este úlmo não possui ver-
e os de entrada. Dessa forma, assinale a alternava que apresenta são para processadores de 64 bits.
um exemplo de periférico somente de entrada.   CERTO
(A) Monitor   ERRADO
(B) Impressora
(C) Caixa de som 10. (CPCON – PREF, PORTALEGRE) Existem muitas versões do
(D) Headphone Microso Windows disponíveis para os usuários. No entanto, não é
(E) Mouse uma versão ocial do Microso Windows
(A) Windows 7
4. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado- (B) Windows 10
res, Internet, os serviços
ser viços de comunicação e informação são disponi- (C) Windows 8.1
bilizados por meio
URL (Uniform de endereços
Resource ).eUm
Locator ).
links com formatos
exemplo padronizados
padronizad
de formato os-
de ende (D) Windows Server
(E) Windows 9 2012
reço válido na Internet é:
(A) hp:@site.com.br 11. (MOURA MELO – CAJAMAR) É uma versão inexistente do
(B) HTML:site.estado.gov Windows:
(C) html://www
html://www.mundo.com
.mundo.com (A) Windows Gold.
(D) hps://meusite.org.br (B) Windows 8.
(E) www
www.#social.*site.com
.#social.*site.com (C) Windows 7.
(D) Windows XP.
5. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido-
res e armazenamento comparlhados, com soware disponível e 12. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e
localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe-
presencial, chamamos esse serviço de: cuta?
(A) Computação On-Line. (A) Capturar qualquer item da área de trabalho.
(B) Computação na nuvem. (B) Capturar uma imagem a parr de um scanner.
(C) Computação em Tempo Real. (C) Capturar uma janela inteira
(D) Computação em Block Time. (D) Capturar uma seção retangular da tela.
(E) Computação Visual (E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou
uma caneta eletrônica
6. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos
de ulização de tecnologias, ferramentas,
ferramentas, aplicavos e procedimen- 13. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8,
tos associados à Internet, julgue o próximo item. assinale a alternava INCORRETA:
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter- (A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos
net para diversas nalidades, ainda não é possível extrair apenas o pela Microso.
áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no (B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa-
Youtube (hp://www.youtube.com). ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem -
( ) Certo pre visível ao usuário.
( ) Errado (C) É possível executar aplicavos desenvolvidos para Windows
7 dentro do Windows 8.
7. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na ulização de um browser, a (D) O Windows 8 possui um anvírus próprio, denominado
execução de JavaScripts ou de programas Java hoss pode provocar
execução Kapersky.
danos ao computador do usuário. (E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado-
( ) Certo res x86 e 64 bits.
( ) Errado
14. (CESPE BANCO DA AMAZÔNIA) O Linux, um sistema mul -
8. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico
Técnico recebe um e-mail tarefa e mulusuário, é disponível em várias distribuições, entre as
com arquivo anexo em seu computador e o anvírus acusa existên- quais, Debian, Ubuntu, Mandriva e Fedora.
cia de vírus. ( ) Certo
Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser ( ) Errado
adotado no exemplo acima.
(A) Abrir o e-mail para vericar o conteúdo, antes de enviá-lo 15. (FCC – DNOCS) - O comando Linux que lista o conteúdo de
ao administrador de rede. um diretório, arquivos ou subdiretórios é o
(B) Executar o arquivo anexo, com o objevo de vericar o po (A) init 0.
de vírus. (B) init 6.
(C) Apagar o e-mail, sem abri-lo. (C) exit
(D) Armazenar o e-mail na área de backup, para ns de moni- (D) ls.
toramento. (E) cd.
(E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a
analisá-lo posteriormente. 16. (SOLUÇÃO) O Linux faz disnção de letras maiúsculas ou
minúsculas
  CERTO
  ERRADO

20

INFORMÁTICA
17. (CESP -UERN) Na suíte Microso Oce, o aplicavo 12 B
(A) Excel é desnado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô
nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção 13 D
de textos organizados por linhas e colunas idencadas por nú- 14 CERTO
meros e letras.
(B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração 15 D
e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT. 16 CERTO
(C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é
17 A
úl na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos
que o Excel. 18 D
(D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa - 19 CERTO
gens de correio eletrônico.
(E) Outlook é ulizado, por usuários cadastrados, para o envio 20 CERTO
e recebimento de páginas web.

18. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternava que apresen -


ta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Pági-
na Inicial” do Word 2010.
ANOTAÇÕES
(A) Denir o po de fonte a ser usada no documento.
(B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
do documento.
(C) Denir o alinhamento do texto.  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
(D) Inserir uma tabela no texto
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
19. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint
2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relavos a esse apli -  _________________________
 ______________________________________________________
_____________________________
cavo.
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?.

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 _________________________ _____________________________
  CERTO  _________________________ _____________________________
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  ERRADO
20. (CESPE – CAIXA) O PowerP
PowerPoint
oint permite adicionar efeitos so -  _________________________
 ______________________________________________________
_____________________________
noros à apresentação em elaboração.
  CERTO  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
  ERRADO
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 _________________________ _____________________________

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 _________________________ _____________________________
GABARITO
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________

1 C  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
2 E  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
3 E
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
4 D
5 B  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________

6 ERRADO  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
7 CERTO  ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
8 C
 ______________________________________________________
 _________________________ _____________________________
9 CERTO
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________
_
10 D
11 A  _____________
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21

INFORMÁTICA
ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

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22

 
ÚLTIMA PROVA COMENTADA
III - O comportamento da narradora-personagem
narradora-personagem é meio aluci-
aluci-
PORTUGUÊS nado, em uma posição defensiva, esquiva-se do problema e revela
sua convicção de não ajudar, por ser inacessível às pessoas caren-
caren -
Eu faço não com a cabeça tes.
(1) O homem se aproxima.......ponto de ônibus. Tem um papel Quais armavas estão corretas?
na mão, lista, receita, não sei. Fala coisas que não entendo. (A) Apenas I e II.
(2) Evito olhar o papel, evito olhar para ele, querendo afastá- (B) Apenas I e III.
-lo com meu desinteresse. Quando percebo que quer dinheiro faço (C) Apenas II e III.
que não com a cabeça. E connuo fazendo não até que ele se afasta. (D) I, II e III.
(3) Moça, chama-me o chão. Não é o chão, é uma pessoa aco -
corada junto ....... parede. Estou com pressa, respondo sem falar.
falar. 2. Em:
(4) Não quero que limpem meu vidro. Não_________de cane- “-Moça?...
- Não posso(1) a senhorapodia...(2)
tas esferográcas.
esferográcas. Não vou comprar loteria hoje, o bilhete caído não
é um apelo da sorte,
s orte, é uma malha a mais que chega.......vasta
chega.......vasta rede. - ...(3) dizer onde ca a “Praça XV”?”
(5) O umbigo ainda pendente, o bebê mole no calor, largado Acerca da pontuação do trecho acima, informe se é verdadeiro
no colo da mãe, ao nível dos meus pés. Se eu comprar uma lata de (V) ou falso (F) o que se arma e, em seguida, assinale a alternava
leite em pó ela não terá água ltrada, não terá mamadeira, não terá que apresenta a sequência correta de cima para baixo:
nada para usar o leite. Então não compro. ( ) As recências no primeiro caso, sugerem que o falante está
(6) Traço a cidade na reta dos meus passos, na fuga a tantas inseguro, mido.
mãos. Mas é dicil andar neste Páo dos Milagres, porque me falta ( ) As recências no segundo caso, indicam que a fala da pessoa
uma perna. E é dicil_________, porque me falta um olho. No Páo foi bruscamente interrompida pela da narradora-per
narradora-personagem.
sonagem.
da Cidade só quero descansar de tudo o que me falta. [...] ( ) A s recências no terceiro caso,
caso, indicam que houve uma pau-
pau-
(7) Vou e u .......corredor das ruas. sa na fala que havia sido interrompida.
(8) Boa noite, sorrio para o porteiro da boate que me abre a ( ) Depois de “posso” deveria ser usado dois pontos ou ponto
porta. de exclamação.
(9) Obrigada, sorrio para o chofer do táxi que me leva. ( ) A ausência do sinais de pontuação depois de “posso”
“posso”,, indica
(10) Até amanhã, despeço-me do maítre que me serviu o jantar jantar.. que uma das falas seguiu-se instantanea
instantaneamente
mente a outra.
(11) Eu tão genl. (A) V, F, V, V, F. -
(12) - Moça?... a senhora podia... (B) F, V, F, F, F.
(13) - Não posso (C) V ,V ,F ,F ,V .
(14) -... dizer onde ca a “Praça XV”? (D) F, F, V, V, V.
(15) As mulheres, todos sabem, alugam criancinhas para pedir
esmolas na rua. Então não dou esmola para as mulheres, que es- 3. Acerca da acentuação gráca das palavras, informe se é ver
ver--
pancarão os meninos porque nada ganharam. dadeiro (V) ou falso (F) o que se arma, e em seguida, assinale a
(16) E as criancinhas, todos dizem, são pivetes em potencial. alternava que apresenta a sequência correta de cima para baixo:
Então não dou esmolas, para que prossigam. ( ) A mesma regra de acentuação que serve para “pé(s)” serve
(17) O cego vende lixas de unhas que não compro porque corto também para “até”.
com tesouras. E agulhas de costura, que não compro porque não ( ) A palavra “caído”
“caído” recebe acento agudo no “i” por não formar
são da marca que me agrada. Ou não vende nada, e não dou dinhei- ditongo com a vogal anterior.
ro, porque todo dia passo por ele e se eu der dinheiro todo dia não ( ) “Ônibus” e “esferográcas” recebem acento por obedece-
obedece-
há dinheiro que chegue. rem à mesma norma gramacal.
(18) Alô? Aqui é do Orfanato
Orfanato,, será que a senhora podería... ( ) A palavra “dicil” é acentuada por ser uma paroxítona ter-
ter -
(19) Alô? Aqui é do Asilo, quem sabe, a senhora’ minada em “l”. “Ardil” e “perl” deveriam estar acentuadas pela
podería... mesma razão,
(20)viajando.
me está Não posso. Não
Aqui estou.
não moraFecha a porta.
ninguém com Não
esseatende. Mada-
nome. Não viu (A) F,
(B) F, V,
F, F,
V,V.
F.
o aviso na porta? Cuidado com o cão. Fale com o porteiro. Deixe (C) V, V, F, F.
recado. Passe outro dia. (D) V, F, V, V.
(21) O homem vem a mim no ponto de ônibus. Desvio o Olhar
que não estou com medo. Ele me olha e pede, sabendo que não vou 4. Sobre a forma verbal em destaque na oração “connuo a
dar. E eu faço não com a cabeça. E eu o odeio por me levar a fazer fazer não até que ele se afasta” (2º parágrafo):
não. E não. Faço não. Não. Com a cabeça. I - O primeiro verbo é auxiliar.
(Marina Colosan, A cosa das palavras. Coleção Para
Para gostar de II - A forma verbal confere uma ideia de ação durava.
lei. São Paulo, Aca, 2002.) III - Poderia ser substuída pela forma simples “farei”.
“farei”.
Quais armavas estão corretas?
1. Analise as armavas referentes
referentes ao texto: (A) Apenas I e II.
I - O texto é uma denúncia contra a exclusão social a que estão (B) Apenas I e III.
submedos milhões de brasileiros. (C) Apenas II e III.
II - O texto crica a insensibilidade de pessoas que se fecham (D) I, II e III.
em um individualismo egoísta e recusam-se a contribuir para mino-
mino-
rar o sofrimento das pessoas míseras.

 
ÚLTIMA PROVA COMENTADA
5. Analise as armavas referente
referente aos verbos rerados do texto
e, em seguida, assinale a alternava incorreta: GABARITO COMENTADO
(A) “querendo” (2o parágrafo)
parágrafo) está no gerúndio e é irregular no
presente do subjunvo. 1 A
(B) “respondo” (3o parágrafo) está no presente do indicavo e
admite voz passiva. 2 C
(C) “chegue” (17° parágrafo)
parágrafo) está no presente do subjunvo e é 3 B
um verbo que indica movimento.
4 ANULADA
(D) “há” (17° parágrafo) está no presente do indicavo
indicavo,, o verbo
haver quando pessoal, não se usa na 2a pessoa do singular do 5 ANULADA
imperavo negavo. 6 C
6. Analise os trechos rerados do texto e as armações sobre 7 C
cada um e, em seguida, assinale a alternava que contém arma-
arma- 8 C
ção incorreta: 9 A
(A) “Quando
“Quando percebo
 percebo que quer dinheiro” (2o parágrafo) o ter-
ter -
mo destacado introduz uma circunstância
circunstância de tempo e pode ser 10 D
substuído por “mal”.
(B) “Só quero descansar de tudo o que me falta.” (6º parágra-
parágra -
fo). O vocábulo “o” é pronome demonstravo e exerce a fun- fun - 1. Nota-se ao longo do texto a insensibilidade da narradora,
ção sintáca de adjunto adnominal. rearmando preconceitos estabelecidos pela sociedade e sua visão
(C) “Não quero que
que limpem
 limpem meu vidro.” (4o parágrafo). O vocá-
vocá - bem estabelecida da exclusão social narrada nas situações apresen-
apresen-
bulo “que” é uma conjunção integrante, está introduzindo uma tadas. Por isso, alternava A.
oração subordinada substanva subjeva.
(D) “Fala coisas que
que   não entendo.” (Io parágrafo). O vocábulo 2. É importante o estudo da pontuação para conseguirmos re-
“que” é um pronome relavo exercendo a função sintáca de rar dos textos seus sendos e, no trecho apresentado, vemos as
objeto direto. recências servindo não apenas de marca de pontuação, mas como
marca de eslo que ajuda a estabelecer bem a situação de diálogo
7. Assinale a alternava que idenca corretamente a relação transcrita. A leitura pausada e a intepretação práca do uso das re-
re -
de sendo estabelecida pelos elementos coesivos destacados nos cências na situação apresentada nos leva a concluir a alternava
trechos rerados do texto: C como a correta.
(A) “porque
“porque me
 me falta uma perna” (6° parágraf
parágrafo)
o) = explicaç
explicação.
ão.
(B) “para
“para que prossigam”
que prossigam” (16° parágrafo) = causa. 3. Alternava B é a correta. O primeiro caso é falso, pois pés diz
(C) “e
“e não dou dinheiro” (17° parágrafo)
parágrafo) = oposição. respeito a um monossílabo tônico, enquanto até é uma terminada
(D) “porque
“porque todo
 todo dia passo por ele” (17° parágrafo) = nalida-
nalida - em vogal “e”; no segundo, em caído temos o caso de um hiato, por
de. isso a acentuação; no terceiro as duas palavra
palavrass são proparox
proparoxítonas;
ítonas;
por m, enquanto “dicil” é uma paroxítona, as outras duas são
8. Assinale a alternava que preenche corretamente as lacunas oxítonas terminada em “l”.
de linha connua no texto:
(A) pressiso - enchergar - njindo. 4. QUESTÃO ANULADA
(B) precizo - enchergar - njindo.
(C) preciso - enxergar - ngindo. 5. QUESTÃO ANULADA
(D) pressizo - enxergar - ngindo.
6. Lembrando que Oração Subordinada Substanva Subjeva é
9. Obedecendo a norma gramacal quanto à regência verbal e aquela que exerce a função de sujeito da oração principal, temos
nominal, assinale a alternava que preenche corretamente as lacu-
lacu- “Não quero”: oração principal
principal / “que limpem
limpem meu vidro.”
vidro.” sujeito
nas de linha ponlhada no texto: da oração principal.
(A) no - à - à - no
(B) do - a - na – pelo 7. No trecho em questão há a ideia de que, mesmo sem vender
(C) ao - da - até o – ao nada o narrador não dá dinheiro, gerando o tom de oposição.
(D) até o - à - sob - pelo.
8. Aqui é requirida atenção a escrita correta das palavras, sendo
10. Assinale a alternava que caracteriz
caracterizaa corretamente o texto: a alternava C a única com todos os itens corretamente grafados.
grafados.
(A) É do gênero textual argumentavo,
argumentavo, a narradora fundamen-
fundamen-
ta seu ponto de vista. 9. Importante atentar à construção das frases em questão, or-
or -
(B) É do gênero textual editorial que tem a nalidade de per-
per- ganizando corretamente os conecvos listados. Uma dica é ler em
suadir o leitor. voz alta, pois nosso conhecimento natural da língua falada ajuda
(C) É do gênero textual conto por apresentar uma sucessão de nesse po de percepção. Nos levando à resposta correta, A.
acontecimento, envolvendo a narradora.
(D) É do gênero textual crônica que oscila entre a literatura e
 jornalismo.

2
 

ÚLTIMA PROVA COMENTADA


10. O texto é uma crônica, pois não argumenta ou tentar per-
per- 15. Um indicador econômico de determinado país é a Renda Per
suadir, tampouco tem apenas a intenção de narrar acontecimentos.
suadir, acontecimentos. Capita. Este indicador pode ser classicado como:
Ele trás uma série de recortes de um dia codiano, reconhecido (A) Impreciso, pois a fórmula (RN/Pop - Renda Nacional dividi-
dividi-
pelo leitor, e com seu tom de retrato de uma parcela da realidade, do pela população) atesta apenas a renda média dos que po- po -
oscila entre o jornalismo e com o eslo literário, ulizando-se da dem comprovar sua renda.
narração e enredo. (B) Preciso, e é também denominado IDH (índice de Desenvol-
Desenvol-
vimento Humano).
(C) Impreciso, pois não leva em conta a concentraç
concentração
ão de renda
SOCIOLOGIA ao atestar a condição de desenvolvimento de um país.
(D) Preciso, pois em países considerados desenvolvidos, com

11. Leia as seguintes


Proposição I proposições: renda per capita alta, conclui-se que a população seja rica.
A sociedade comunitária geralmente é de limitada diferencia-
diferencia -
ção de papéis, com relações sociais duradouras, com contatos so-so-
ciais primários. GABARITO COMENTADO
Proposição II
Sociedades societárias caracterizam-se pela acentuada divisão
do trabalho, com muitos papéis sociais, organizados numa comple-
comple- 11 B
xa estrutura social.
Proposição III 12 ANULADA
Na sociedade societária, o comportamento é regulado pelo cos-
cos - 13 D
tume e as pessoas envolvidas comparlham as experiências indivi-
indivi-
14 A
duais.
Assinale: 15 C
(A) Estão corretas somente as proposições I e III.
(B) Estão corretas somente as proposições I e II.
(C) Estão corretas somente as proposições II e III. 11. Resposta: B.
(D) Estão corretas as proposições I, II e III. As proposições I e II estão corretas, visto que a sociedade so -
cietária encarna princípios e estruturas das sociedades modernas,
12. Entre os diversos documentos que tratam dos direitos hu- como o exacerbado individualismo, a perda de uma noção do todo
manos e da cidadania, podemos citar a Declaração Universal dos social, a complexicação de postos e funções, a desconexão do co-co-
Direitos do Homem. A respeito deste documento, é incorreto ar- ar- levo e uma percepção pouco clara quanto às regras. Já as socieda-
socieda-
mar que: des comunitárias possuem maior homogeneidade, maior consciên-
(A) É uma recomendação da ONU aos países membros, assina-assina- cia coleva e regras e costumes claros e estabelecidos.
da em 1948. No entanto, a proposição III se equivoca ao armar uma carac-
carac -
(B) Reconhece que toda pessoa tem direitos ao trabalho e a terísca da sociedade comunitária como sendo da sociedade so- so-
escolha de emprego. cietária.
(C) Seus argos contemplam, entre outros, o direito à - liberda-
liberda- Portanto, a letra B é a alternava correta.
de, a vida e a segurança pessoal.
(D) É um documento elaborado pela Assembleia Geral das Na- 12. ANULADA.
ções Unidas, em 1950. Esta questão foi anulada, pois o gabarito preliminar dado pela
banca era a letra C, no entanto, o enunciado da questão refere-se
13. Assinale a única alternava que não contem caracteríscas a escolha de uma única alternava incorreta, e a alternava D tam-
tam-
corretas dos grupos sociais: bém é incorreta, pois a Declaraç
Declaração
ão Universal dos Direitos Humanos
(A) Pluralidade de indivíduos; interação social; objevo comum. foi adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas
(B) Interação social; objevo comum; consciência coleva. (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948.
(C) Objevo comum; consciência coleva; connuidade.
(D) Interação social; independência individual; singularidade 13. Resposta: D.
de indivíduos. As principais caracteríscas dos grupos sociais são a pluralidade
de indivíduos, a interaç
interação
ão entre eles (social), a consciência coleva,
14. O conceito de mobilidade social vercal está corretamente o objevo comum, a connuidade, a exterioridade e a organização.
denido em: No entanto, independência individual e singularidade de indivíduos
(A) Pode ser mobilidade ascendente, quando um indivíduo não fazem parte.
passa a integrar um grupo social economicamente superior ou Portanto, a resposta incorreta é a alternava D.
pode ser descendente, quando um indivíduo passa a integrar
um grupo social economicamente inferior. 14. Resposta: A.
(B) Ocorre sempre que um indivíduo obtém melhoria de con-
con - A mobilidade social exige uma mudança signicava na condi-
condi-
dições de vida, sem necessariamente mudar de classe social. ção nanceira a ponto de permir a ascensão social de uma classe
(C) Ocorre sempre que um indivíduo aumente ou diminua sua para outra. Esse movimento vercal pode acontecer para cima e
condição nanceira. para baixo, mas precisa ser contundente a ponto de impor tal trans-
(D) Todas as alternavas estão corretas. formação.
Considerando tal armava,
armava, percebe-se que as letras B e C não
denem corretamente o conceito de mobilidade social.
Portanto, a letra A é a alternava correta.

3
 

ÚLTIMA PROVA COMENTADA


15. Resposta: C.
A Renda Per Capita é medida através da fórmula RN/Pop - Ren-
Ren-
da Nacional dividida pela população, porém é imprecisa, pois des-
des -
considera a concentração de renda e idenca tão somente
s omente a renda
média de TODA a população e não apenas de quem pode compro-
compro -
var renda.
Já o IDH trata-se de outro indicador que mede dados como edu-
edu-
cação e saúde.
Portanto, a resposta correta é a alternava C.

GEOGRAFIA Considerando o roteiro de vistas e o mapa supra apresentados,


necessariamente o Comandante Geral da PMERJ, nas datas previs-previs-
tas, estará nas seguintes cidades:
16. Segundo dados do Censo 2010, realizado pelo Instuto Bra-
Bra- (A) Três Rios - São João da Barra - Volta Redonda – Itaperuna
sileiro de Geograa e Estasca (IBGE), a população residente em - Para.
aglomerados subnormals (popularmente conhecidos por comuni- (B) Para - São Joao da Barra - Itaperuna - Volta Redonda - Três
dades ou favelas) representava 23% do total da população cario- Rios. *
ca. E contextualizando
contextualizando os aglomerados subnormals no território do (C) Três Rios - Itaperuna - Volta Redonda - São João da Barra -
município do Rio de Janeiro (RJ) é correto armar que: Para.
(A) Nos úlmos cinquenta anos, a cidade do Rio de Janeiro tem (D) São João da Barra - Volta Redonda - Para - Itaperuna - Três
apresentado uma forte dinâmica de mudança de localização Rios.
das favelas, dirigindo-se das áreas mais centrais, na porção les-
te da cidade, para as mais periféricas, na porção oeste. 18. Os fragmentos abaixo se referem às caracteríscas de algu-
algu-
(B) As regiões conhecidas como Complexo do Alemão, Santa mas regiões uminenses. Leia-os atentamente:
Cruz, Méier, Barra da Tijuca, Ramos e Madureira abrigam, em
conjunto, mais de oitenta por cento de todo o conngente de
população moradora em favelas da cidade do Rio de Janeiro
(RJ).
(C) As maiores proporções de habitantes em favelas se locali-
locali -
zam nas zonas leste e norte da cidade do Rio de Janeiro, sendo
que a explicação territorial para tal aglomeração é a expressiva
presença de equipamentos sociais e de serviços nestas regiões.
(D) Os aglomerados subnormals cariocas são reconhecidamen-
te áreas de ocupação das áreas mais planas e péssimas condi-
condi -
ções de infraestrutura urbana.

17. Para resolução desta questão, observe o mapa abaixo:

Considerando os fragmentos acima, podemos armar que:


Uma das funções do Comandante Geral da Polícia Militar
Militar do Es-
Es - (A) As caracteríscas do fragmento 1 se referem à região Cen -
tado do Rio de Janeiro - PMERJ é visitar frequentemente os quartéis tro Sul uminense.
e seções vinculadas, inspecionando suas avidades em desenvolvi-
desenvolvi- (B) A região da Costa Verde uminense é corretamen
corretamente
te caracte-
caracte-
mento. Assim sendo, suponhamos que tal ocial tenha o seguinte rizada pelo fragmento 2.
roteiro de visitas: (C) O fragmento 3 revela contextos da região Médio Paraíba.
(D) Os fragmentos 1 e 3 são relacionados às caracteríscas da
Região Metropolitana.

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ÚLTIMA PROVA COMENTADA


19. Segundo esmavas ociais, o setor industrial como um
todo responde por um terço das emissões de gases de efeito estufa HISTÓRIA
do Estado do Rio de Janeiro. De tal forma, arma-se como estratégia
adequada para ajudar a diminuir emissões de carbono no Estado: 21. No plano interno, Marquês de Pombal instuiu uma refor-
refor -
(A) Angir metas pactuadas pela Cercação ISO 9001:2008, ma que desagradou muitos daqueles que viviam das regalias ofere-
 junto ao Painel Inter governamenta
governamentall sobre
s obre Mudanças Climá
Climá-- cidas pela Coroa Portuguesa:
cas (IPCC) e o governo brasileiro. (A) Incenvou o desenvolvimento de uma indústria nacional
(B) Tolher processos produvos ecientes combinados com com pretensões de diminuir a dependência econômica do país.
menor emissão de carbono, através
através de incrementos tributários (B) A expulsão dos jesuítas do Brasil.
e de instrumentos de apoio à produção mais limpa. (C) A criação de várias companhias de comércio incumbidas de
(C) A captação direta ao consumo de água bruta e ao lança- dar maior uxo às transações comerciais entre a colônia e a
mento de euentes nos corpos hídricos. metrópole.
(D) O incremento da políca de compensação ambiental para (D) O chamado Erário Régio nha como papel controlar os gas-
gas-
os casos irreversíveis de emissão de carbono. tos do corpo de funcionários reais e, principalmente, reduzir os
seus gastos.
20. Observe os dados abaixo:
22. Assinale a alternava correta,
correta, quanto às armavas abaixo,
sobre a Insurreição Pernambucana:
I - A Insurreição Pernambucana
Pernambucana ocorreu no contexto da ocupa-
ocupa-
ção holandesa na Região Nordeste do Brasil, em meados do século
XVII.
II - Representou uma ação de confronto com os holandeses por
parte dos portugueses, comandados principalmente por João Fer- Fer -
nandes Vieira, um próspero senhor de engenho de Pernambuco.
III - Nessa luta contra os holandeses, os portugueses contaram
com o importante auxílio de alguns africanos libertos e também de
índios
IVpoguares.
- A oposição dos portugueses aos holandeses ocorreu em
decorrência da intensicação da cobrança de impostos e também
da cobrança dos emprésmos realizados pelos senhores de enge-
enge-
nho de origem portuguesa com os banqueiros holandeses.
(A) Apenas as armavas I, II e IV estão corretas.
(B) Apenas as armavas I, III e IV estão corretas.
(C) Apenas as armavas I e IV estão corretas.
Analisando os dados acima apresentados, é adequado armar (D) Todas as armavas estão corretas.
que:
(A) A morte de jovens na faixa etária de 15 a 29 anos, tendo 23. A Batalha do Jenipapo, ocorrida no dia 13 de março de
como causa intervenções legais e operações de guerra está in-in - 1823, foi um confronto:
ma e unicamente vinculada à atude preconceituosa de agen-
agen- (A) Que evidencia as péssimas condições de vida da popula-
popula-
tes de segurança contra jovens das comunidades pobres. ção mais pobre e domínio políco e econômico dos grandes
(B) No ano de 2010, o expressivo número de mortes por inter-
inter- fazendeiros.
venções legais e operações de guerra pode ser vinculado ao (B) Considerado fundamental no processo de independência e
contexto de exclusão social e à clara marginalização de várias consolidação do território brasileiro.
áreas do município de Rio de Janeiro. (C) Que se consisu numa sublevação de caráter
caráter racial, de es-
es-
(C) Ao se comparar dados dos anos 2005 e 2010, conclui-se que cravos africanos, organizados em tomo de propostas radicais
a expressiva diminuição de mortes por causa de agressões e para libertação dos demais escravos africanos.
acidentes de transporte na faixa etária em questão, refere-se à (D) Que teve início entre as elites militares, médicas e jornalis-
jornalis -
consolidação de medidas legais inseridas nas úlmas décadas tas do atual município de Campo Maior, na província do Piauí.
no contexto social brasileiro. Medidas estas que conferem aos
 jovens a liberdade de movimentos e tratament
tratamento
o judicial dife-
renciado.
(D) Em termos percentuais, as causas externas de óbito do ano
de 2005 em relação ao do ano 2010 apresentam signicava
queda, em especial aos relacionados a eventos indetermina-
dos.
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ÚLTIMA PROVA COMENTADA


24. O sendo da colonização - A avidade colonizadora euro-
euro- 16. Com o início do processo de favelização da cidade, ca claro
peia aparece como desdobramento da expansão puramente co- que a população pobre vai procurar se localizar à retaguarda das
mercial. Passou-se da circulação para a produção, no caso portu-
portu - classes sociais com maior poder aquisivo e vai subsisr como mão
guês, esse movimento realizou-se através da agricultura tropical. - de-obra de diferentes avidades para os grupos sociais abastados,
Os dois pos de avidade, circulação e produção, coexisram. Isso fato que permanece até hoje, com a permanência dos mora do- do-
signica que a economia colonial cou atrelada ao comércio euro-
euro - res de favelas essencialmente como trabalhadores de serviços. No
peu. Segundo Caio Prado Jr., o sendo da colonização era explícito: entanto, em uma cidade como o Rio de Janeiro temos empecilhos
(A) Como elemento da expansão mercanl da Europa, regulado como a supervalorização imobiliária no centro da cidade, próxima
pelos interesses da nobreza. ao litoral, impulsionada, entre outros fatores, pela acumulação do
(B) Fornecer produtos tropicais e minerais para o mercado ex-
terno. centro
e aindananceiro
nanceir o dapolíca
leva a uma cidade nessa área, edas
área,
de remoção pelofavelas
turismo. Isso levou
do centro da
(C) A colônia transforma-se em instrumento de poder da me- cidade para as áreas periféricas ao redor da cidade, ou em direção
trópole, o o condutor, a práca mercanlista, visara essencial-
essencial - aos morros, ocupando estas áreas de forma precária. Esta políca
mente o poder da própria burguesia. ainda persiste, com a valorização de locais especícos para constru-
constru-
(D) Na centralização do poder como condição para os países ção de obras. Esta dinâmica urbana causa a mobilidade destas com
saírem em busca de novos mercados. unidades marginalizadas conforme as demandas do capital, como
expressa na alternava correta, em que se de monstra a mudança
25. Após a deagração da Revolução de Avis, Portugal passou de localização de favelas
favelas de uma área a outra da c idade.
por um processo de mudanças onde não podemos armar que:
(A) A nacionaliza
nacionalização
ção dos impostos, leis e exérc
exércitos
itos favoreceram 17. Segundo o mapa temos que as cidades que pertencem as
a ascendência das avidades comerciais de sua burguesia mer- mer- regiões informadas segunda a agenda são:
canl. 23/08 – Centro Sul: Três Rios
(B) A prosperidade material alcançada por meio desse conjunto 24/08 – Região Noroeste:
Noroeste: Itaperuna
de medidas ofereceu condições para o invesmento em novas 25/08 – Médio Paraíba
Paraíba:: Volta Redonda
empreitadas mercans. 26/08 – Região Norte: São João da Barra
(C) Parte desse câmbio de mercadorias era intermediada pelos 27/08 – Sul Fluminense:
Fluminense: Para
Para
italianos genoveses que, via Mar Mediterrâneo
Mediterrâneo,, introduziam as A alternava que corresponde é a:
especiarias orientais na Europa. (C) Três Rios - Itaperuna - Volta Redonda - São João da Barra -
(D) Nesse período, as principais rotas comerciais estavam vol-vol - Para.
tadas no trânsito entre a Ásia (China, Pérsia, Japão e índia) e as
nações mercanlistas europeias. 18. Analisando as alternavas temos que:
(A) As caracteríscas do fragmento 1 se referem à região Cen -
tro Sul uminense. – na verdade este fragmento refere-se a região
GABARITO COMENTADO Norte uminense, trazendo destaque para cana-de-açúcar. -ERRA-
-ERRA-
DA
(B) A região da Costa Verde uminense é corretamente carac-
carac-
16 A terizada pelo fragmento 2. – A região em questão é mais voltada ao
turismo, um pouco de indústria Naval - INCORRETA
17 C (C) O fragmento 3 revela contextos da região Médio Paraíba. –
18 C Caminho entre Rio – São Paulo. É uma região que vem crescendo
bastante - CORRETA
19 D
(D) Os fragmentos 1 e 3 são relacionados às caracteríscas da
20 B
Região Metropolitana.
relacionados – A região -metropolitana,
a grande população INCORRETO e seus problemas
21 D
22 D 19. Não se pretende impedir o crescimento econômico e a in-
23 B dustrialização no estado. O incremento da políca de compensa-
compensa-
24 B ção ambiental
ambiental para
para os casos irreversíveis
irreversíveis de emissão de carbono,
aliada ao incenvo à avidades produvas não poluidoras são duas
25 C estratégias adotadas pela Secretaria
Secretaria do Ambiente do Rio de Janei-
Janei-
ro, vinculada a Subsecreta
Subsecretaria
ria de Economia Verde,
Verde, para a redução
da emissão de gases de efeito estufa, principalmente por parte do
setor industrial, que é um dos principais emissores.

20. A alternava que


que melhor retratada
retratada os apresentados
apresentados dados
da tabela. São áreas que existem muitos confrontos e combates
com alta letalidade.

21. O marquês de Pombal fez Erário Régio am de controlar os


gastos da coroa Portuguesa, desagradando-a.

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