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CÓD: SL-052FV-22
7908433218883
PM-RJ
PM- RJ
POLÍCIA MILITAR DO RIO DE JANEIRO
Soldado
A APO
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STIL
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DICA
Todos nós sabemos que é um grande desao ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa
encontrar a melhor maneira para estar omizando sua preparaçã
preparação.
o.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma movação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou este argo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparaçã
preparação.
o.
• Esteja focado em seu objevo: É de extrema importância você estar focado em seu objevo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia arando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a diculdade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você dena uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Dena um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias especícos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
pracamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo
• Método desuaestudo:
rona diária de avidades
Um grande denindo
aliado para facilitaroseus
melhor horário
estudos, sãode
osestudo.
resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didáca e esquemazada, contendo exercícios para pracar. Quanto mais
exercícios você realizar,
realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua
s ua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, preparação, é
rar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer lazer,, renovando as energias e evitando o estresse.
O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, parcipando de grupos com enquetes sobre
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas,
aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do
certame.
O Plano de Estudos é essencial na omização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua
rona, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento connuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de úlma hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras
disciplinas.
Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Umaum
Central, boa dica,
dos é fazer
fatores queexercícios
exsão
ercícios
chavessicos,
para uma simples
produção de corrida pornas
neurônios exemplo
regiõesé associadas
capaz de melhorar o funcionamento
à aprendizag
aprendizagem do Sistema Nervoso
em e memória.
DICA
Motvação
A movação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso
Então você não
é preciso seja aprovado
se movar de primeira,
diariamente é primordial
para seguir a buscaque você PERSISTA,
da aprovação, com orientações
algumas o tempo você irá adquirir para
importantes conhecimento
conseguir emovação:
experiência.
• Procure ler frases movacionais, são ómas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados
aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus movos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazer
prazeroso;
oso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te mova. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, senr a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e movação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.aposlasolucao.com.br
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Vamos juntos!
ÍNDICE
Língua Portuguesa
1. As que
questõstõeses pod
poder erão
ão ser teo teoric
ricame
amente nte bas
baseadeadas as nos seg seguinuintes
tes pon
pontostos:: int
interp
erpretretaç
açãoão e comp
compree reensãnsão o de
de tex
textos
tos . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Construção de sendo e efeitos de sendo (semânca); denotação (sendo literal) e conotação (sendo gurado); relações lexic-
ai s ; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3. Intertextualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 18
4. Gêneros textuais; pologia textual; linguagem verbal e não verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .01
5. Funções da linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 18
6. Variedades linguíscas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 19
7. Tipos de discurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
8. Acentuação gráca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
9. Ortograa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
10. Classe de palavras (substanvo,
(substanvo, argo, adjevo, adjevo, numeral, pronome, verbo, advérbio, advérbio, preposição, conjunção, conjunção, interjeição); estrutura e
formação de palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 23
11.
11. Sin
Sintataxxe (fr
(fras
ase,e, or
oraçaçãão, perperííod
odo;o; ter
erm mos es esse
sen nci
ciai
ais,
s, inteteggran
anttes e ac acesessó
sóririos
os da or oraç
açãão)o).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
12. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 27
13. Regência nominal e verbal (crase) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Re
14. Colocação pronominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 30
15. Coesão; coerência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 30
16. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 31
Geograa
1. Caracteríscas
Caracteríscas gerais do estado do rio de janeiro janeiro - reconhecer as relações entre entre sociedade e o ambiente ambiente natural no estado do rio de
janeiro, destacando
destacando os impactos ambientais
ambientais produzidos e as inuências inuências dos elementos naturais naturais na sociedade uminense . . . . . . 01
2. Idencar as principais regiões do estado e suas caracteríscas gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
3. Apresentar noções básicas sobre a geograa do município do rio de janeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
4. Rec
econ
onhe
hece
cerr as
asp
pec
ecttos ge
gerrai
aiss do proc
ocesesso
so de favel eliz
izaação e su suaas caract ctereríís
sccas atu tuai
aiss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
5. Idencar em textos e grácos situações
situações problema picas da sociedade sociedade uminense e reconhecer formas de reduzir reduzir os problemas
problemas
gerados em tais situações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
13
6. Apresen
Apr esentar
tar noç
noções
ões de loc
locali
alizaç
zação
ão espa
espacia ciall den
dentro tro do est estado
ado do rio de jane janeiro iro a part
partir ir da util
utiliza
ização
ção de map mapas as . . . . . . . . . . . 15
História
1. A expansão Ultramarina Portuguesa dos séculos XV e XVI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
01
2. O sistema colonial português na América - Estrutura políco-administr
políco-administrava, ava, estrutura
estrutura sócio-econômica,
sócio-econômica, a escravidão escravidão (as formas formas de
dominação econômico-sociais); as formas de atuação do Estado Português na Colônia; a ação da Igreja, as invasões estrangeiras,
expansão territorial, interiorização
interiorização e formação das fronteiras, as reformas pombalinas, rebeliões coloniais. Movimentos e tentavas
emancipacionistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
03
3. O período joanino e o processo de independência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 10
4. A presença britânica
britânica no Brasil,
Brasil, a transferência
transferência da Corte, Corte, os tratados, as as principais medidas de de D. João VI no Brasil, Brasil, políca joanina, os
par
ard
dos
os po
pollí
íccos
os,, rev
revol
olttas
as,, con
consp
spiiraç
açõeõess e re revololuç
uçõeões,s, em
emaanc ncipipaação e con coni ittos sosociciai
aiss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5. O processo de independência do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
6. Brasil Imperial
Imperial - O Primeiro
Primeiro Reinado,
Reinado, o Período
Período Regencial e o Segundo Reinado: Reinado: aspectos, polícos, polícos, administravos,
administravos, militares, militares, cul-
turais, econômicos, sociais, territoriais, a políca externa, a questão abolicionista, o processo de modernização modernização,, a crise da monarquia
e a proclamação da república . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 16
Sociologia
1. Relações entre indivíduo e sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Disnção do espaço público e privado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
3. O Estado e os direitos humanos, cidadania e diversidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
ÍNDICE
Informáca
1. Aplicav
Aplicavos
os par
paraa proc
process
essameament nto o de te texto
xto,, plani
planilhalhass eletr
eletrôniônicacass e apraprese
esent ntaç
ações
ões:: conce
conceito itoss e modo
modoss de ul ulizizaç
açãoão . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conceitos básicos
básicos e modos
modos de emprego emprego de tecnologias,
tecnologias, ferramentas,
ferramentas, aplicavosaplicavos e procedimentos associados à rede de computadores,
internet e intranet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
09
LÍNGUA PORTUGUESA
1. As que
questõ stõeses pod
poder erãoão ser teoteoricricame
amente nte bas
baseadeadas as nos seg seguinuintes
tes pon
pontos tos:: int
interp
erpret
retaçaçãoão e comp
compree reensã
nsão o de
de tex
textos
tos . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Construção de sendo e efeitos de sendo (semânca); denotação (sendo literal) e conotação (sendo gurado); relações lexi -
cais;.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
cais;
3. Intertextualidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Intertextualidade 18
4. Gêneros textuais; pologia textual; linguagem verbal e não verbal verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 01
5. Funções da linguagem
linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 18
6. Variedades linguíscas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 19
7. Tipos de discurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 20
8. Acentuação gráca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 22
9. Ortograa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Ortograa 22
10. Classe de palavras (substanvo, argo, adjevo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição); estrutura e
formação de palavras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 23
11. Sintaxee (frase, oração, período; termos essenciais, integrantes e acessórios da oração)
Sintax oração).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 32
12. Concordância nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 27
13. Regência nominal e verbal (crase). (crase) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
29
14. Colocação pronominal
pronominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 30
15. Coesão; coerência.
coerência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3030
16. Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3131
LÍNGUA PORTUGUESA
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que uliza tanto as
AS QUESTÕES PODERÃO SER TEORICAMENTE BASE
BASE palavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem
ADAS NOS SEGUINTES PONTOS: INTERPRETAÇÃO E verbal com a não-verbal.
COMPREENSÃO DE TEXTOS;; GÊNEROS TEXTUAIS;
TIPOLOGIA TEXTUAL; LINGUAGEM VERBAL E NÃO
VERBAL
LÍNGUA PORTUGUESA
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objevo CACHORROS
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e
mutável). Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
– Retorne ao texto
texto sempre que necessário. espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
ami -
enunciados das questões. zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
– Reescreva o conteúdo
conteúdo lido. se não atacassem os humanos, podiam car perto deles e comer a
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
tópicos ou esquemas. podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
casa, além de serem ómos companheiros. Um colaborava com o
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar outro e a parceria deu certo.
palavras novas, e procurar seu signicado para aumentar seu
vocabulário, fazer avidades como caça-palavras, ou cruzadinhas Ao ler apenas o tulo “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
pos -
são uma distração, mas também um aprendizado. sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
tex -
Não se esqueça, além da práca da leitura aprimorar a to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
compreensão do texto e ajudar a aprovação, ela também esmula falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
asso-
nosso foco, cria perspecvas, nos torna reexiv
reexivos,
os, pensantes, além ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias As informações que se relacionam com o tema chamamos de
seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão ou seja, todas elas caminham no sendo de estabelecer uma unida-
unida-
do texto.
O primeiro objevo de uma interpretação de um texto é de deQual
fala? sendo. Portanto,,qual
Portanto
seu assunto, pense:
seusobre
tema?o Certamente
que exatamente
vocêesse texto
chegou à
a idencação de sua ideia principal. A parr daí, localizam-se conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
as ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso signica que você foi
ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões capaz de idencar o tema do texto!
apresentadas na prova.
Compreendido tudo isso, interpretar signica extrair um Fonte: hps://portuguesrapi
hps://portuguesrapido.com/tema-ideia-cen
do.com/tema-ideia-central-e-ideias-se-
tral-e-ideias-se-
signicado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso cundarias/
o candidato só precisa entendê-la – e não a complementar com
algum valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
nunca extrapole a visão dele. TEXTOS VARIADOS
LÍNGUA PORTUGUESA
Os textos com nalidade humorísca podem ser divididos em
quatro categorias: anedotas, cartuns, ras e charges.
Exemplo:
Ironia verbal
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-sig-
nicado, normalmente oposto ao sendo literal. A expressão e a
intenção são diferentes. ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ GÊ
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! NERO EM QUE SE INSCREVE
Compreender um texto trata da análise e decodicação do que
Ironia de situação de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
Inter -
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
trabalha
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja com a subjevidade, com o que se entendeu sobre o texto.
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- li - Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual- qual -
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
personagem tulo tem obsessão por car conhecida. Ao longo da principal. Compreender relações semâncas é uma competência
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces - imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
planejou car famoso antes de morrer e se tornou famoso após a -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
pro-
morte. ssional, mas também o desenvolvime
desenvolvimento
nto pessoal.
LÍNGUA PORTUGUESA
tão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira aleató-
aleató- Receita: texto
texto instrucional e injunvo que tem como objevo
ria, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
li -
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, berdade para quem recebe a informação.
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au-
au- DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
tor: os textos argumentavos
argumentavos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente condas nas entrelinhas. Fato
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
precise car preso na supercie do texto, mas é fundamental que do fato pode ser constatada de modo indiscuvel. O fato pode é
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecícas. uma coisa que aconteceu e pode ser comprova
comprovadodo de alguma manei-
manei -
Ler com atenção é um exercício que deve ser pracado à exaustão, ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
assim como uma técnica, que fará de nós leitores procientes. Exemplo de fato:
A mãe foi viajar.
Diferença entre compreensão e interpretação
A compreensão de um texto é fazer uma análise objeva do Interpretação
texto e vericar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta-
interpreta- É o ato de dar sendo ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau- cau -
leitor ra conclusões subjevas do texto. sas, previmos suas consequências.
Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
apon -
Gêneros Discursivos tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
Romance: descrição
Romance: descrição longa de ações e senmentos de perso-
perso- Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
diferen -
nagens ccios, podendo ser de comparação com a realidade ou ças sejam detectáv
detectáveis.
eis.
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No Exemplos de interpretação:
romance nós temos uma história central e várias histórias secun-
secun - A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou- ou-
dárias. tro país.
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua prossão
Conto:: obra de cção onde é criado seres e locais totalmente do que com a lha.
Conto
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-perso -
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única Opinião
Opinião
ação, dada em um só espaço, eixo temáco e conito. Suas ações A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
encaminham-se diretamente
diretamente para um desfecho. juízo de valor
valor.. É um julgamento
julgamento que tem como base a interpretação
interpretação
que fazemos do fato.
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferenciado
diferenciado Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
coerên -
por sua extensão. Ela ca entre o conto e o romance, e tem a história cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
principal, mas também tem várias histórias secundárias. O tempo na do fato, ou seja, um modo parcular de olhar o fato. Esta opinião
novela é baseada no calendário. O tempo e local são denidos pelas pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
histórias dos personagens. A história (enredo) tem um ritmo mais ace-
ace -
lerado do que a do romance por ter um texto mais curto. Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
anteriores:
Crônica:: texto que narra o codiano das pessoas, situações que
Crônica A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou- ou-
nós mesmos já vivemos e normalmente é ulizado a ironia para tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua prossão
é relevante e quando é citado, geralmente
geralmente são pequenos intervalos do que com a lha. Ela foi egoísta.
como horas ou mesmo minutos.
Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
Poesia:: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
Poesia lin- Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-consequên-
guagem, fazendo-o de maneira parcular, reendo o momento, cias negavas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
a vida dos homens através de guras que possibilitam a criação de posivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta- esta -
imagens. mos expressando nosso julgamento.
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
Editorial:: texto dissertavo argumentavo onde expressa a
Editorial principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto analisamos um texto dissertavo.
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
con -
vencer o leitor a concordar com ele. Exemplo:
A mãe viajou e deixou a lha só. Nem deve estar se importando
Entrevista:: texto exposivo e é marcado pela conversa de um
Entrevista com o sofrimento da lha.
entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.
Tem como principal caracterísca transmir a opinião de pessoas ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS
de destaque sobre algum assunto de interesse. Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do
Canga de roda:
roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
materiali- texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as
za em uma concretude da realidade. A canga de roda permite as ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto.
crianças terem mais sendo em relação a leitura e escrita, ajudando Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento
os professores a idencar o nível de alfabez
alfabezação
ação delas. e o do leitor.
LÍNGUA PORTUGUESA
Parágrafo Língua escrita e língua falada
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é A língua escrita não é a simples reprodução gráca da língua
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma-
forma - falada, por que os sinais grácos não conseguem registrar grande
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto parte dos elementos da fala, como o mbre da voz, a entonação, e
dissertavo-argumentavo, os parágrafos devem estar todos rela-
rela- ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre - mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
sentada na introdução. conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
Embora existam diferentes formas de organização de parágra-
parágra - pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li -
fos, os textos dissertavo-argumentavos
dissertavo-argumentavos e alguns gêneros jornalís-
jornalís- berdade de expressão e da sensibilidade eslísca do falante.
cos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem Linguagem popular e linguagem culta
a ideia-núcleo) e a conclusão (que rearma a ideia-básica). Em pa-
pa- Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
lingua -
rágrafos
rágraf os curtos, é raro haver conclusão. gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
nas expressões orais codianas. Porém, nada impede que ela esteja
Introdução: faz
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro
Brasileiro procurou
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
irá idencar qual o problema do texto, o porque ele está sendo o diálogo é usado para representar a língua falada.
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria
prova. Linguagem Popular ou Coloquial
Usada espontânea e uentemente pelo povo. Mostra-se quase
Desenvolvimento: elabora
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e sempre rebelde à norma gramacal e é carregada de vícios de lin -
ideias que
vel usar apoiem o seu
argumentos posicionamento
de várias sobre
formas, desde o assunto.
dados É possí -
estascospossí
até- –guagem (solecismo
erros de pronúncia,
pronúncia,– erros
graade regência
e exão;
e e concordância;
xão; ambiguidade;
ambigu cacofbarbarismo
idade; cacofonia;
onia; pleo-
pleo-
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. nasmo), expressões vulgares, gírias e preferênc
preferência
ia pela coordenação,
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
Conclusão: faz
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
e conclui o texto. Esta úlma parte pode ser feita de várias maneiras irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma expressão dos esta dos emocionais etc.
pergunta reexiva,
reexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con-
con-
clusões a parr das ideias e argumentos do desenvolvimento. A Linguagem Culta ou Padrão
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto-
conecto - se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins- ins-
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
obediên-
uente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as cia às normas gramacais. Mais comumente usada na linguagem
pe- escrita e literária, reete presgio social e cultural. É mais arcial,
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do pe-
ríodo, e o tópico que o antecede. mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto conferências, sermões, discursos polícos, comunicações cien- cien-
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também cas, nociários de TV TV,, programas culturais etc.
para a clareza do texto.
Sem os conectores (pronomes relavos, conjunções, advér- advér- Gíria
bios, preposições, palavras denotavas) as ideias não uem, muitas A gíria relaciona-se ao codiano de certos grupos sociais como
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos ulizam
sem coerência. a gíria como meio de expressão do codiano, para que as mensa-
mensa -
Esta estrutura é uma das mais ulizadas em textos argumenta-
argumenta- gens sejam decodicadas apenas por eles mesmos.
vos, e por conta disso é mais fácil para os leitores. Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-es- o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os
trutura de texto, entretanto, apenas segui la já leva ao pensamento
mais direto. novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode
acabar incorporada pela língua ocial, permanecer no vocabulário
NÍVEIS DE LINGUAGEM de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”,
Denição de linguagem “mina”, “po assim”.
Linguagem é qualquer meio sistemáco de comunicar ideias
ou senmentos através de signos convencion
convencionais,
ais, sonoros, grácos, Linguagem vulgar
gestuais etc. A linguagem é individual e exível e varia dependendo Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco
da idade, cultura, posição social, prossão etc. A maneira de ar-
ar - ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa há estruturas com “nóis
“nóis vai, lá”,
lá”, “eu di
di um
um beijo”, “Ponhei
“Ponhei sal na
comida”.
linguagem, nosso eslo (forma de expressão pessoal).
As inovações linguíscas, criadas pelo falante, provocam, com
Linguagem regional
o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
Regionalismos são variações geográcas do uso da língua pa-pa-
incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
drão, quanto às construções gramacais e empregos de certas pala-
pala-
social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico,
e caem em desuso.
nordesno, baiano, uminense, mineiro, sulino.
LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos e genêros textuais Tipo textual exposivo
Os pos textuais conguram-se
textuais conguram-se como modelos xos e abran-
abran- A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
racio -
gentes que objevam a disnção e denição da estrutura, bem cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
como aspectos linguíscos de narração, dissertação, descrição e discussão, argumentação
argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
explicação. Eles apresentam estrutura denida e tratam da forma pode ser exposiva ou argumentava.
como um aparecem
sicos que texto se apresenta e sedescrivo,
em provas: organiza. Existem
injunvo,cinco pos clás-
exposivoclás
(ou- A de
sunto dissertação-exposiva
maneira atemporal,écom
caracterizada
o objevopor
de esclarecer umma-
explicá-lo de as --
as-
ma
dissertavo-exposivo) dissertavo e narravo. Vejamos alguns neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
exemplos e as principais caracteríscas de cada um deles.
Caracteríscas
Caracterísc as principais:
Tipo textual descrivo • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo • O objevo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
infor-
objevo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma mar.
pessoa, um animal, um pensamento, um senmento, um objeto, • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
um movimento etc. • Amplia-se a ideia central, mas sem subjevidade ou defesa
Caracteríscas
Caracteríscas principais: de ponto de vista.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje - • Apresenta linguagem clara e imparcial.
vo (adjevo, locução adjeva e oração adjeva), por sua função
caracterizadora. Exemplo:
• Há descrição objeva e subjeva, normalmente numa enu-enu- O texto dissertavo consiste na ampliação, na discussão, no
meração. quesonamento, na reexão, na polemização, no debate, na ex-
• A noção temporal é normalmente estáca. pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a deni-
deni - terminado tema.
ção. Existem dois pos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
• Normalmente aparece dentro de um texto narravo. ção exposiva (ou informava) e a argumentava (ou opinava).
• Os gêneros descrivos mais comuns são estes: manual, anún-
anún- Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
cio, propaganda, relatórios, biograa, tutorial. sunto, imparcialmente, ou discundo-o, parcialmente.
LÍNGUA PORTUGUESA
-exemplo). É importante salientar,
salientar, portanto, que não devemos car Disser
Disserta
tavo
vo-ar
-argum
gument
entav
avo
o Edit
Editori
orial
al Jor
Jornal
nalís
ísco
co
de mãos atadas à espera de uma atude do governo só quando o Carta de opinião
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Resenha
cobrança efeva (conclusão). Argo
Exemplo: INTERTEXTUALIDADE
Solidão A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou
seja, é a inuência e relação que um estabelece sobre o outro. As-As -
o que João era solteiro,
o tornava assim.vivia só e eraMaria,
Conheceu feliz. Na verdade,
também a solidão
solteira, só eera
fe-
fe- sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
liz. Tão iguais, a anidade logo se transforma em paixão. Casam-se. de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- uni- existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
rem, um rou do outro a essência da felicidade. ambos: forma e conteúdo.
Nelson S. Oliveira Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de
Fonte: hps://www
hps://www.recantodasletr
.recantodasletras.com.br/con
as.com.br/contossur-
tossur- forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções
reais/4835684 textuais que apresentem diversas linguagens (visual, audiva, escri-
escri-
ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música,
GÊNEROS TEXTUAIS dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos,
Já os gêneros textuais (ou
textuais (ou discursivos) são formas diferentes provérbios, charges, dentre outros.
de expressão comunicava. As muitas formas de elaboração de um
texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro- pro - Tipos de Interte
Intertextualidade
xtualidade
dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem • Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen-
geralmen -
funções sociais especícas, próprias do dia a dia. Ademais, são te, em forma de críca irônica de caráter humorísco. Do grego (paro-
(paro-
passíveis de modicações ao longo do tempo, mesmo que preser-
preser - dès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante)
vando caracteríscas preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante a outro”. Esse
que apresenta alguns gêneros textuais classicados com os pos recurso é muito ulizado pelos programas humoríscos.
textuais que neles predominam. • Paráfrase:
Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a
mesma ideia conda no texto original, entretanto,
entretanto, com a ulização
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis),
Tipo Textu
extual
al Pred
Predomina
ominante
nte Gêne
Gêneros
ros Textu
extuais
ais
signica a “repeção de uma sentença”.
Descrivo Diário • Epígrafe: recurso bastante ulizado em obras e textos cien -
Relatos (viagens, históricos, etc.) cos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha
Biograa e autobiograa alguma relação com o que será discudo no texto. Do grego, o ter- ter-
Nocia mo “epígrae” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior)
Currículo e “graphé” (escrita).
Lista de compras • Citação: Acréscimo
Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção
Cardápio textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
Anúncios de classicados entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor.
Injunvo Receita culinária Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re- re-
Bula de remédio lacionar a fonte ulizada é considerado “plágio”.
“plágio”. Do Lam, o termo
Manual de instruções “citação” (citare) signica convocar.
• Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros
Regulamento
Textos prescrivos textos. Do Lam, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
Exposivo Seminários • Outras formas de intertextualidade menos discudas são
Palestras o pasche, o sample, a tradução e a bricolagem.
Conferências
Entrevistas ARGUMENTAÇÃO
Trabalhos acadêmicos O ato de comunicaç
comunicação
ão não visa apenas transmir uma informa-
informa-
Enciclopédia ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem posiva
Verbetes de dicionários de si mesmo (por exemplo
exemplo,, a de um sujeito educado, ou inteligente,
LÍNGUA PORTUGUESA
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja
s eja admido como instuição bancária e sua anguidade, esta tem peso argumenta-
argumenta-
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem vo na armação da conabilidade de um banco. Portanto é prováv
provável
el
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele que se creia que um banco mais ango seja mais conável do que
propõe. outro fundado há dois ou três anos.
textoSecontém
essa é um
a nalidade úlma
componente de todo ato deAcomunicaç
argumentavo. comunicação,
ão, todo
argumentação éo Enumerar
impossível, todos
tantas sãoosaspos de de
formas argumentos é uma para
que nos valemos tarefafazer
quase
as
conjunto de recursos de natureza linguísca
linguísca desnados a persuadir pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
enten-
a pessoa a quem a comunicação se desna. Está presente em todo der bem como eles funcionam.
po de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de Já vimos diversas caracteríscas dos argumentos. É preciso
vista defendidos. acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
auditó -
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas rio, que pode ser individual ou colevo, será tanto mais fácil quanto
uma prova de verdade ou uma razão indiscuvel para comprovar a mais os argumentos esverem de acordo com suas crenças, suas
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse expectavas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
acima, é um recurso de linguagem ulizado para levar o interlocu-
interlocu- pertencente a uma dada cultura enfazando coisas que ele abomi-abomi -
tor a crer naquilo que está sendo
s endo dito, a aceitar como verdadeiro o na. Será mais fácil convencê-lo
convencê-lo valorizando coisas que ele considera
que está sendo transmido. A argumentação pertence ao domínio posivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur-
recur - associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
sos de linguagem. essa associação certamente não surria efeito
efeito,, porque lá o futebol
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
voltar ao que diz Aristóteles, lósofo grego do século IV a.C., numa de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
desvalori-
obra intulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de zado numa dada cultura.
escolher entre duas ou mais coisas”.
coisas”.
Se vermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des- des- ARGUMENTAÇÃO
vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. O ato de comunicação não visa apenas transmir uma
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas informação a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem
coisas igualmente vantajosas,
vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre-
pre- posiva de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado,
cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu - ou inteligente, ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz
mento pode então ser denido como qualquer recurso que torna seja admido como verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de
uma coisa mais desejável que outra. Isso signica que ele atua no convencer, ou seja, tem o desejo de que o ouvinte creia no que o
domínio do preferível. Ele é ulizado para fazer o interlocutor crer texto diz e faça o que ele propõe.
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos-pos - Se essa é a nalidade úlma de todo ato de comunicaç
comunicação,
ão, todo
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra. texto contém um componente argumentavo. A argumentação é o
O objevo da argumentação não é demonstrar a verdade de conjunto de recursos de natureza linguísca
linguísca desnados a persuadir
um fato, mas levar o ouvinte a admir como verdadeiro o que o a pessoa a quem a comunicação se desna. Está presente em todo
enunciador está propondo. po de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. vista defendidos.
O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre- pre - uma prova de verdade ou uma razão indiscuvel para comprovar a
missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse
admidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de acima, é um recurso de linguagem ulizado para levar o interlocutor
crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea-
encadea- a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro
verdadeiro o que
mento de premissas e conclusões. está sendo transmido. A argumentação pertence ao domínio da
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recursos
A é igual a B. de linguagem.
A é igual a C. Para compreender claramente o que é um argumento, é bom
Então: C é igual a A. voltar ao que diz Aristóteles, lósofo grego do século IV a.C., numa
obra intulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de
Admidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, escolher entre duas ou mais coisas”.
coisas”.
que C é igual a A. Se vermos de escolher entre uma coisa vantajosa e
Outro exemplo: uma desvantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos
Todo ruminante é um mamífero. argumentar. Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher
A vaca é um ruminante. entre duas coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse
Logo, a vaca é um mamífero. caso, precisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável.
O argumento pode então ser denido como qualquer recurso que
Admidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão torna uma coisa mais desejável que outra. Isso signica que ele atua
também será verdadeira
verdadeira.. no domínio do preferível. Ele é ulizado para fazer o interlocutor
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele, crer que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se possível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau - O objevo da argumentação não é demonstrar a verdade de
sível. Se o Banco do Brasil zer uma propaganda dizendo-se mais um fato, mas levar o ouvinte a admir como verdadeiro o que o
conável do que os concorrentes porque existe desde a chegada enunciador está propondo.
da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação.
banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con-
con - O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende
ável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das
LÍNGUA PORTUGUESA
premissas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
postulados admidos. No raciocínio lógico, as conclusões não ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há
dependem de crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas conhecimento. Nunca o inverso.
apenas do encadeamento de premissas e conclusões. Alex José Periscinoto.
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993,
30/8/1993, p. 5-2
A é igual a B.
A é igual a C. A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais
Então: C é igual a B. importante do que o conhecimento. Para
Para levar o auditório a aderir
a ela, o enunciador cita um dos mais célebres cienstas do mundo.
Admidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente, Se um sico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem
que C é igual a A. acreditar que é verdade.
Outro exemplo:
Todo ruminante é um mamífero. Argumento de Quandade
A vaca é um ruminante. É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior
Logo, a vaca é um mamífero. número de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento
Admidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão desse po de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz
também será verdadeira
verdadeira.. largo uso do argumento de quandade.
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve- Argumento do Consenso
Argumento
se mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais É uma variante do argumento de quandade. Fundamenta-se
plausível. Se o Banco do Brasil zer uma propaganda dizendo- em armações que, numa determinada época, são aceitas como
se mais conável do que os concorrentes porque existe desde a verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que
chegada da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo- o objevo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia
nos que um banco com quase dois séculos de existência é sólido de que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao
e, por isso, conável. Embora não haja relação necessária entre indiscuvel, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que
a solidez de uma instuição bancária e sua anguidade, esta tem não desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo,
peso argumentavo na armação da conabilidade de um banco. as armações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de
Portanto é provável que se creia que um banco mais ango seja que as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos.
mais conável do que outro fundado há dois ou três anos. Ao conar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos
Enumerar todos os pos de argumentos é uma tarefa quase argumentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as
impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer frases carentes de qualquer base cienca.
as pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante
entender bem como eles funcionam. Argumento de Existência
Já vimos diversas caracteríscas dos argumentos. É preciso É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar
acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas
auditório, que pode ser individual ou colevo, será tanto mais provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o
fácil quanto
crenças, suasmais os argumentos
expectavas, esverem
seus valores. Nãodeseacordo com suas
pode convencer argumento
mão do quede existência
dois voando”.no provérbio “Mais vale um pássaro na
um auditório pertencente a uma dada cultura enfazando coisas Nesse po de argumento, incluem-se as provas documentais
que ele abomina. Será mais fácil convencê lo valorizando coisas (fotos, estascas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas
que ele considera posivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem concretas, que tornam mais aceitável uma armação genérica.
com frequência associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Durante a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o
Estados Unidos, essa associação certamente não surria efeito, exército americano era muito mais poderoso do que o iraquiano.
porque lá o futebol não é valorizado da mesma forma que no Brasil. Essa armação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia
O poder persuasivo de um argumento está vinculado ao que é ser vista como propagandís
propagandísca.
ca. No entanto, quando documentada
valorizado ou desvalorizado numa dada cultura. pela comparação do número de canhões, de carros de combate, de
navios, etc., ganhava credibilidade.
credibilidade.
Tipos de Argumento
Já vericamos que qualquer recurso linguísco desnado Argumento quase lógico
a fazer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa
argumento. e efeito, analogia, implicação, idendade, etc. Esses raciocínios
são chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios
Argumento de Autoridade
Argumento lógicos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias
É a citação, no texto, de armações de pessoas reconhecidas entre os elementos, mas sim instuir relações prováveis, possíveis,
pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, plausíveis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a
para servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse C”, “então A é igual a C”, estabelece-se uma relação de idendade
recurso produz dois efeitos disntos: revela o conhecimento do lógica. Entretanto, quando se arma “Amigo de amigo meu é meu
produtor do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao amigo” não se instui uma idendade lógica, mas uma idendade
texto a garana do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do provável.
texto um amontoado de citações. A citação precisa ser pernente e Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente
verdadeira. Exemplo: aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.” concorrem para desqualicar
desqualicar o texto do ponto de vista lógico: fugir
do tema proposto, cair em contradição, rar conclusões que não se
LÍNGUA PORTUGUESA
fundamentam nos dados apresentados, ilustrar armações gerais - Uso de armações tão amplas, que podem ser derrubadas por
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações
generalizações um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os polícos são
indevidas. ladrões”, basta um único exemplo de políco honesto para destruir
o argumento.
Argumento do Atributo - Emprego de noções ciencas sem nenhum rigor, fora do
É aquele que considera melhor o que tem propriedades picas contexto adequado, sem o signicado apropriado, vulgarizando-as e
daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais atribuindo-lhes uma signicação subjeva e grosseira. É o caso, por
raro é melhor que o comum, o que é mais renado é melhor que o exemplo,, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite
exemplo
que é mais grosseiro, etc. que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido,
Por esse movo, a publicidade usa, com muita frequência, uma vez que, a rigor, signica “ação de um Estado visando a reduzir
celebridades recomendando prédios residenciais, produtos de outros à sua dependência políca e econômica”.
econômica”.
beleza, alimentos estécos, etc., com base no fato de que o
consumidor tende a associar o produto anunciado com atributos A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situação
da celebridade. concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvidos
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da na discussão (o po de pessoa a quem se dirige a comunicação, o
competência linguísca. A ulização da variante culta e formal assunto, etc).
da língua que o produtor do texto conhece a norma linguísca Convém ainda alertar que não se convence ninguém com
socialmente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um manifestações
manifestaç ões de sinceridade do autor (como eu, que não costumo
texto em que se pode conar. Nesse sendo é que se diz que o menr...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas
modo de dizer dá conabilidade ao que se diz. feitas (como estou certo, creio rmemente, é claro, é óbvio, é
10
LÍNGUA PORTUGUESA
essa capacidade aprende-se com a práca. Um bom exercício A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseiase
para aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em em uma conexão ascendente, do parcular para o geral. Nesse caso,
desenvolver as seguintes habilidades: as constatações parculares levam às leis gerais, ou seja, parte de
uma-ideia
argumentação: anotarum
ou fato; imaginar todos os argumentos
interlocutor que adotea afavor de
posição fatos parculares
percurso conhecidos
do raciocínio para
se faz do os fatos
efeito paragerais, desconhecidos.
a causa. Exemplo: O
totalmente contrária; O calor dilata o ferro (parcular)
- contra-argumentação:
contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os O calor dilata o bronze (parcular)
argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresentaria
apresentaria O calor dilata o cobre (parcular)
contra a argumentação proposta; O ferro, o bronze, o cobre são metais
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação Logo, o calor dilata metais (geral,
( geral, universal)
oposta.
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido
A argumentação tem a nalidade de persuadir, portanto, e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas
argumentar consiste em estabelecer relações para rar conclusões também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos
válidas, como se procede no método dialéco. O método dialéco fatos, pode-se parr de premissas verdadeiras para chegar a uma
não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas. conclusão falsa. Tem-se, desse modo, o sosma. Uma denição
Trata-se de um método de invesgação da realidade pelo estudo inexata, uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa
de sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno analogia são algumas causas do sosma. O sosma pressupõe
em questão e da mudança dialéca que ocorre na natureza e na má fé, intenção deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o
sociedade. sosma não tem essas intenções propositais, costuma-se chamar
Descartes (1596-1650), lósofo e pensador francês, criou esse processo de argumentação de paralogismo. Encontra-se um
o método de raciocínio silogísco, baseado na dedução, que exemplo simples de sosma no seguinte diálogo:
parte do simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência - Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?
são a mesma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a - Lógico, concordo.
- Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
conclusões verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em
partes, começando-se pelas proposições mais simples até alcançar
alcançar,, - Claro que não!
por meio de deduções, a conclusão nal. Para a linha de raciocínio - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
cartesiana, é fundamental determinar o problema, dividi-lo em
partes, ordenar os conceitos, simplicando-os, enumerar todos os Exemplos de sosmas:
seus elementos e determinar o lugar de cada um no conjunto da
Dedução
dedução.
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a Todo professor tem um diploma (geral, universal)
argumentação
argumentaç ão dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro Fulano tem um diploma (parcular)
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)
regras básicas que constuem um conjunto de reexos vitais, uma
série de movimentos sucessivos e connuos do espírito em busca
da verdade: Indução
- evidência; O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor.
(parcular)
- divisão ou análise;
- ordem ou dedução; Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (parcular)
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades.
- enumeração.
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral
A enumeração pode apresentar dois pos de falhas: a omissão – conclusão falsa)
e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
encadeamento das ideias, indispensável para o processo deduvo. Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão pode
A forma de argumentação mais empregada na redação ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são professores;
nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor.
Redentor. Comete-
acadêmica é o silogismo,
s ilogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas,
que contém três proposições: duas premissas, maior e menor, se erro quando se faz generalizações apressadas ou infundadas. A
e a conclusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise supercial
dos fatos, que leva a pronunciamentos subjevos, baseados nos
que a conclusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A
premissa maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois senmentos não ditados pela razão.
alguns não caracteri
caracterizaza a universalida
universalidade.
de. Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não
fundamentais, que contribuem para a descoberta ou comprovação
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução
(silogísca), que parte do geral para o parcular, e a indução, que vai da verdade: análise, síntese, classicação e denição. Além desses,
do parcular para o geral. A expressão formal do método deduvo existem outros métodos parculares de algumas ciências, que
adaptam os processos de dedução e indução à natureza de uma
é o silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se
em uma conexão descendente (do geral para o parcular) que leva realidade parcular. Pode-se armar que cada ciência tem seu
à conclusão. Segundo esse método, parndo-se de teorias gerais, método próprio demonstravo, comparavo, histórico etc. A
análise, a síntese, a classicação a denição são chamadas métodos
de verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação
de fenômenos parculares. O percurso do raciocínio vai da causa sistemácos, porque pela organização e ordenação das ideias visam
para o efeito. Exemplo: sistemazar a pesquisa.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligad
interligados;
os;
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal) a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para
Fulano é homem (premissa menor = parcular) o todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma
depende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto
Logo, Fulano é mortal (conclusão)
11
LÍNGUA PORTUGUESA
a síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém introdução, os termos e conceitos sejam denidos, pois, para
reunisse todas as peças de um relógio, não signica que reconstruiu expressar um quesonamento, deve-se, de antemão, expor clara
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria e racionalmente as posições assumidas e os argumentos que as
todo se as partes esvessem organiza
organizadas,
das, devidamente combinadas, juscam. É muito importante deixar
deixar claro o campo da discussão e
seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, o a posição adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também
relógio estaria reconstruído. os pontos de vista sobre ele.
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo A denição tem por objevo a exadão no emprego da
por meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num linguagem e consiste na enumeração das qualidades próprias
conjunto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a de uma ideia, palavra ou objeto. Denir é classicar o elemento
análise, que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma conforme a espécie a que pertence, demonstra: a caracterísca que
decomposição organizada, é preciso saber como dividir o todo em o diferencia dos outros elementos dessa mesma espécie.
partes. As operações que se realizam na análise e na síntese podem Entre os vários processos de exposição de ideias, a denição
ser assim relacionadas: é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências.
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. A denição cienca ou didáca é denotava, ou seja, atribui às
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. palavras seu sendo usual ou consensual, enquanto a conotava ou
metafórica emprega
emprega palavras de sendo gurado. Segundo a lógica
A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias tradicional aristotélica,
aristotélica, a denição consta de três elementos:
a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação de - o termo a ser denido;
- o gênero ou espécie;
abordagens
dos elementos possíveis. A síntese
que farão parte dotambém
texto. é importante na escolha - a diferença especíca.
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou
informa. A análise formal pode ser cienca ou experimental; O que disngue o termo denido de outros elementos da
é caracterísca das ciências matemácas, sico-naturais e mesma espécie. Exemplo:
experimentais. A análise informal é racional ou total, consiste
em “discernir” por vários atos disntos da atenção os elementos Na frase: O homem é um animal racional classica-se:
constuvos de um todo, os diferent
diferentes
es caracteres de um objeto ou
fenômeno.
A análise decompõe o todo em partes, a classicação estabelece
as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classicação ligam-se inmamente, a ponto de se Elemento especiediferenç
especiediferençaa
a ser denidoespecíca
confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
análise é decomposição e classicação é hierarquisação.
É muito comum formular denições de maneira defeituosa,
Nas ciências naturais, classicam-se os seres, fatos e fenômenos
por exemplo: Análise é quando
quando a gente decompõe o todo em
por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a
partes. Esse po de denição é gramacalmente incorreto; quando
classicação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou
é advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é
menos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão
Tão importante
são empregados de modo mais ou menos convencional. A é saber formular uma denição, que se recorre a Garcia (1973,
classicação,, no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens,
classicação p.306), para determinar os “requisitos da denição denotava”.
gêneros e espécies, é um exemplo de classicação natural, pelas Para ser exata, a denição deve apresentar os seguintes requisitos:
caracteríscas comuns e diferenciadoras. A classicação dos - o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em
variados itens integrantes de uma lista mais ou menos caóca é que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está
arcial. realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta
ou instalação”;
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão, - o gênero deve ser sucientement
sucientementee amplo para incluir todos os
canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio, exemplos especícos da coisa denida, e sucientemente restrito
sabiá, torradeira. para que a diferença possa ser percebida sem diculdade;
Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá. - deve ser obrigatoriamente armava: não há, em verdade,
Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo. denição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”;
Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira. - deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constui
Veículos:
Veícul os: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus. denição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem”
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem);
Os elementos desta lista foram classicados por ordem
alfabéca e pelas anidades comuns entre eles. Estabelecer ou o-que
deveseser breve (conda
pretenda num
como tal, é só período).
muito longa Quando a denição,
(séries de períodos
critérios de classicação das ideias e argumentos, pela ordem ou de parágrafos), chama-se explicação, e também denição
de importância, é uma habilidade indispensável para elaborar expandida;d
o desenvolvimento de uma redação. Tanto faz que a ordem seja - deve ter uma estrutura gramacal rígida: sujeito (o termo) +
crescente, do fato mais importante para o menos importante, ou cópula (verbo de ligação ser) + predicav
predicavo o (o gênero) + adjuntos (as
decrescente, primeiro o menos importante e, no nal, o impacto diferenças).
do mais importante; é indispensável que haja uma lógica na
classicação. A elaboração do plano compreende a classicação As denições dos dicionários de língua são feitas por meio
das partes e subdivisões, ou seja, os elementos do plano devem de paráfrases denitórias, ou seja, uma operação metalinguísca
obedecer a uma hierarquiz
hierarquização.
ação. (Garcia, 1973, p. 302304.) que consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a
palavra e seus signicados.
12
LÍNGUA PORTUGUESA
A força do texto dissertavo está em sua fundamentação. credibilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais
Sempre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira no corpo de um texto constuem argumentos de autoridade. Ao
e necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada fazer uma citação, o enunciador situa os enunciados nela condos
com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional na linha de raciocínio que ele considera mais adequada para
do mundo não tem valor, se não esver acompanhado de uma explicar ou juscar um fato ou fenômeno. Esse po de argumento
fundamentação coerente e adequada. tem mais caráter conrmatório que comprobatório.
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica Apoio na consensualidade: Certas armações dispensam
clássica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o explicação
explicaç ão ou comprova
comprovação,
ção, pois seu conteúdo é aceito como válido
julgamento da validade dos fatos. Às vezes, a argumentaç
argumentaçãoão é por consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural.
clara e pode reconhecer-se facilmente seus elementos e suas Nesse caso, incluem-se
relações; outras vezes, as premissas e as conclusões organizam-se - A declaração que expressa uma verdade universal (o homem,
de modo livre, misturando-se na estrutura do argumento. Por isso, mortal, aspira à imortalidade);
é preciso aprender a reconhecer os elementos que constuem um - A declaração que é evidente por si mesma (caso dos
argumento: premissas/conclusões. Depois de reconhecer
reconhecer,, vericar postulados e axiomas);
se tais elementos são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar - Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de
se o argumento está expresso corretamente; se há coerência e natureza subjeva ou senmental (o amor tem razões que a própria
adequação entre seus elementos, ou se há contradição. Para isso razão desconhece); implica apreciação de ordem estéca (gosto
é que se aprende os processos de raciocínio por dedução e por não se discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda
indução. Admindo-se que raciocinar é relacionar, conclui-se que que parece absurdo).
o argumento é um po especíco de relação entre as premissas e
a conclusão. Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
Procedimentos Argumentavos:
Argumentavos: Constuem os procedimentos um fato ou armação pode ser comprovada por meio de dados
argumentavos
argumentav os mais empregados para comprovar uma armação: concretos, estascos ou documentais.
exemplicação, explicitação, enumeração, comparação. Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação
Exemplicação: Procura juscar os pontos de vista por meio se realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica:
de exemplos, hierarquizar armações. São expressões comuns causa/efcausa/efeito;
eito; consequência/c
consequência/causa;
ausa; condição/oc
condição/ocorrência.
orrência.
nesse po de procedimento: mais importante que, superior a, de Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações,
maior relevância que. Empregam-se também dados estascos, julgamento, pronunciament
pronunciamentos,
os, apreciações
apreciações que expressam
expressam opiniões
acompanhados de expressões: considerando os dados; conforme pessoais (não subjevas) devem ter sua validade comprovada,
os dados apresentados. Faz-se a exemplicação, ainda, pela e só os fatos provam. Em resumo toda armação ou juízo que
apresentação de causas e consequências, usando-se comumente as expresse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na
expressões: porque, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade
por causa de, em virtude de, em vista de, por movo de. dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra-
Explicitação:
Explicitação: O objevo desse recurso argumentavo
argumentavo é explicar
argumentação ou refutação. São vários os processos de contra
ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar argumentação:
esse objevo pela denição, pelo testemunho e pela interpretaç
interpretação.
ão. Refutação pelo absurdo: refuta-se uma armação
Na explicitação por denição, empregamse expressões como: quer demonstrando o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a
dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista, ou contraargumentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o
melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme, cordeiro”;
segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses
entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga
interpretação,
interpretaç ão, em que são comuns as seguintes expressões: parece, verdadeira;
assim, desse ponto de vista. Desqualicação do argumento: atribui-se o argumento
Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de à opinião pessoal subjeva do enunciador, restringindo-se a
elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração universalidade da armação;
de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade:
frequentes as expressões: primeiro, segundo, por úlmo, antes, consiste em refutar um argumento empregando os testemunhos de
depois, ainda, em seguida, então, presentemente, angamente, autoridade que contrariam a armação apresentada;
depois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente, Desqualicar dados concretos apresentados: consiste em
respecvamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de desautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador
espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí, baseou-se em dados corretos, mas rou conclusões falsas ou
além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no inconsequentes. Por exemplo,
exemplo, se na argumentaç
argumentação
ão armou-se, por
interior,, nas grandes cidades, no sul, no leste...
interior
Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras meio de dados to”,
desenvolvimento”
desenvolvimen estascos,
, arma-seque
que“o controle demográco
a conclusão produz
é inconsequente, o
pois
de se estabelecer a comparação, com a nalidade de comprovar baseia-se em uma relação de causa-fei
causa-feito
to dicil de ser comprovada.
uma ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da Para contraargumentar, propõese uma relação inversa: “o
mesma forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. desenvolvimento é que gera o controle demográco”.
Para estabelecer contraste,
contraste, empregam-se as expressões: mais que, Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para
menos que, melhor que, pior que. desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas
Entre outros pos de argumentos empregados para aumentar ao desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em
o poder de persuasão de um texto dissertavo encontram-se: seguida, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados
Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade para a elaboração de um Plano de Redação.
reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma
armação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a
13
LÍNGUA PORTUGUESA
Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução Em alguns casos pode-se dizer que a intertextual
intertextualidade
idade assume
tecnológica a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
- Quesonar o tema, transformá-lo em interrogação,
interrogação, responder cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura,
a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois
resposta, juscar,
juscar, criando um argumento básico; textos caracterizada por um citar o outro.
- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando
construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação um texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira,
que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualicá-la se uliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos
(rever pos de argumentaç
argumentação);
ão); – a fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero
- Reer sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias ou de gêneros disntos, terem a mesma nalidade ou propósitos
que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias diferentes. Assim, como você constatou, uma história em
podem ser listadas livremente ou organizadas como causa e quadrinhos pode ulizar algo de um texto cienco, assim como
consequência); um poema pode valer-se de uma letra de música ou um argo de
- Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o opinião pode mencionar um provérbio conhecido.
argumento básico; Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com
- Fazer uma seleção das ideias pernentes, escolhendo as que outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com
poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se outras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao
em argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do tomá-lo como ponto de parda, ao defendê-lo, ao cricá-lo, ao
argumento básico;
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma ironizá-lo ou ao compará-lo
Os estudiosos armam com
que outros.
em todos os textos ocorre algum
sequência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos,
às partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou desenhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos
menos a seguinte: expressamos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que
já foram formulados por outros para rearmá-los, ampliá-los
Introdução ou mesmo contradizê-los. Em outras palavras, não há textos
- função social da ciência e da tecnologia; absolutamente originais, pois eles sempre – de maneira explícita ou
- denições de ciência e tecnologia; implícita – mantêm alguma relação com algo que foi visto, ouvido
- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico. ou lido.
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LÍNGUA PORTUGUESA
A Citação
Citação é o Acréscimo de partes de outras obras numa Segunda pessoa
produção textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem O autor costuma falar diretamente com o leitor, como um
expressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro diálogo. Trata-se de um caso mais raro e faz com que o leitor se
autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sinta quase como outro personagem que parcipa da história.
sem relacionar a fonte ulizada é considerado “plágio”. Do Lam, o
termo “citação” (citare
(citare)) signica convocar. Terceira pessoa
Coloca o leitor numa posição externa, como se apenas
A Alusão
Alusão faz referência aos elementos presentes em outros observasse a ação acontecer
acontecer.. Os diálogos não são como na narrava
textos. Do Lam, o vocábulo “alusão” (alludere
(alludere)) é formado por dois em primeira pessoa, já que nesse caso o autor relata as frases como
termos: “ad
“ad ” (a, para) e “ludere
“ludere”” (brincar). alguém que esvesse apenas contando o que cada personagem
disse.
Pasche é
Pasche é uma recorrência a um gênero.
Sendo assim, o autor deve denir se sua narrava será
A Tradução
Tradução está
está no campo da intertextualidade porque implica transmida ao leitor por um ou vários personagens. Se a história
a recriação de um texto. é contada por mais de um ser ccio, a transição do ponto de
vista de um para outro deve ser bem clara, para que quem esver
Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao acompanhando a leitura não que confuso.
“conhecimento de mundo”, que deve ser comparlhado, ou seja,
comum ao produtor e ao receptor
A intertextualidade pressupõe de um
textos.
universo cultural muito Coerência
É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto.
amplo e complexo, pois implica a idencação / o reconhecimento de Conjunto de unidades sistemazadas numa adequada relação se- se-
remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos, mânca, que se manifesta na compabilidade entre as ideias. (Na
além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função
função linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com
daquela citação ou alusão em questão. outra”).
Coerência é a unidade de sendo resultante da relação que se
Intertextualidade explícita e intertextualidade implícita estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen -
A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou der a outra, produzindo um sendo global, à luz do qual cada uma
implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte, das partes ganha sendo. Coerência é a ligação em conjunto dos
ou seja, se mais direta ou se mais subentendida. elementos formavos de um texto.
A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito
A intertextual
intertextualidade
idade explícita
explícita:: aos conceitos e às relações semâncas que permitem a união dos
– é facilmente idencada
idencada pelos leitores;
leitores; elementos textuais.
– estabelece uma relação
relação direta com
com o texto fonte;
fonte; A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante
– apresenta elementos
elementos que idencam o texto texto fonte; de uma língua, quando não encontra sendo lógico entre as propo-
propo-
– não exige que haja dedução
dedução por parte do leitor; sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguísca,
– apenas apela à compreensão
compreensão do conteúdos. tomada em sendo lato, que permite a esse falante reconhecer
reconhecer de
imediato a coerência de um discurso.
A intertextual
intertextualidade
idade implícita:
– não é facilmente
facilmente idencada pelos leitores;
leitores; A coerência:
– não estabelece uma relação
relação direta com o texto fonte;
fonte; - assenta-se no plano cognivo, da inteligibilidade do texto;
– não apresenta elementos
elementos que idencam o texto texto fonte; - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão concei-
concei -
– exige que haja dedução, inferência
inferência,, atenção e análise por tual;
parte dos leitores; - relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com
– exige que os leitores recorram
recorram a conhecimentos
conhecimentos prévios para o aspecto global do texto;
a compreensão do conteúdo. - estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.
Trata-se
de exisrdadiferentes
posição dapossibilidades
qual o narrador
dearcula
Ponto adenarrava.
Vista emApesar
uma tem-se a coesão
A coesão lexical.
lexical
textual é. a ligação, a relação, a conexão entre pala-
pala-
narrava, considera-se
considera-se dois pontos de vista como fundamentais: O vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos
narrador-observador
narrador-observ ador e o narrador-personagem. gramacais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo-
compo-
nentes do texto.
Primeira pessoa Existem, em Língua Portuguesa, dois pos de coesão:
coesão: a lexical,
Um personagem narra a história a parr de seu próprio ponto que é obda pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge- ge-
de vista, ou seja, o escritor usa a primeira pessoa. Nesse caso, lemos néricos e formas elididas, e a gramacal, que é conseguida a parr
o livro com a sensação de termos a visão do personagem podendo do emprego adequado de argo, pronome, adjevo, determinados
também saber quais são seus pensamentos, o que causa uma advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.
leitura mais ínma. Da mesma maneira que acontece nas nossas A coesão:
vidas, existem algumas coisas das quais não temos conhecimento e - assenta-se no plano gramacal e no nível frasal;
só descobrimos ao decorrer da história. - situa-se na supercie do texto, estabele conexão
conexão sequencial;
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LÍNGUA PORTUGUESA
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes so há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca
componentes do relações
- Estabelece texto; entre os vocábulos no interior das frases. pela verdade
programas real, concebida
humoríscos fazematravés do raciocínio
uso connuo e da frequente-
dessa arte, críca. Os-
frequente
mente os discursos de polícos são abordados de maneira cômica
e contestadora, provocando risos e também reexão a respeito da
Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece demagogia pracada pela classe dominante.
entre dois textos, quando um texto já criado exerce inuência na
criação de um novo texto. Pode-se denir, então, a intertextualida-
intertextualida- A Epígrafe
Epígrafe é um recurso bastante ulizado em obras, textos
de como sendo a criação de um texto a parr de outro texto já exis-
exis- ciencos, desde argos, resenhas, monograas, uma vez que con con--
tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções siste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma re- re-
diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela lação com o que será discudo no texto. Do grego, o termo “epígra- “epígra-
é inserida. e” é formado pelos vocábulos “epi
e” “ epi ” (posição superior) e “graphé
“ graphé””
O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento, (escrita). Como exemplo podemos citar um argo sobre Patrimônio
não se restringindo única e exclusivamente
exclusivamente a textos literários. Cultural e a epígrafe do lósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): “ A
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextua
intertextualidade
lidade assume cultura é o melhor conforto para a velhice”
velhice”.
a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, A Citação
Citação é
é o Acréscimo de partes de outras obras numa pro- pro -
escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois dução textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem ex- ex -
textos caracterizada
caracterizada por um citar o outro. pressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação
texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se sem relacionar a fonte ulizada é considerado “plágio”. Do Lam, o
uliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a termo “citação” (citare
(citare)) signica convocar.
fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou
de gêneros disntos, terem a mesma nalidade ou propósitos di- di- A Alusão
Alusão faz referência aos elementos presentes em outros
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos textos. Do Lam, o vocábulo “alusão” (alludere
(alludere)) é formado por dois
pode ulizar algo de um texto cienco, assim como um poema termos: “ad
“ad ” (a, para) e “ludere
“ludere”” (brincar).
pode valer-se de uma letra de música ou um argo de opinião pode
mencionar um provérbio conhecido. Pasche é
Pasche é uma recorrência a um gênero.
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou-
ou - A Tradução
Tradução está
está no campo da intertextualidade porque implica
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to-to- a recriação de um texto.
má-lo como ponto de parda, ao defendê-lo, ao cricá-lo,
cricá-lo, ao ironi-
ironi-
zá-lo ou ao compará-lo com outros. Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao “conheci-
“conheci-
Os estudiosos armam que em todos os textos ocorre algum mento de mundo”,
mundo”, que deve ser comparlhado, ou seja, comum ao
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de- de- produtor e ao receptor de textos.
senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres - A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito am-
am-
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram plo e complexo, pois implica a idencação / o reconhecimento de
formulados por outros para rearmá-los, ampliá-los ou mesmo con- con- remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos,
tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi-
origi- além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função
função
nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita
implícita – mantêm daquela citação ou alusão em questão.
alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido.
Intertextualidade explícita e interte
Intertextualidade intertextualidade
xtualidade implícita
Tipos de Interte
Intertextualidade
xtualidade A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou
A intertextualidade acontece quando há uma referência ex- ex - implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte,
plícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer ou seja, se mais direta ou se mais subentendida.
com outras formas além do texto, música, pintura, lme, novela etc.
Toda vez que uma obra zer alusão à outra ocorre a intertextuali-
intertextuali - A intertextual
intertextualidade
idade explícita:
dade. – é facilmente idencada
idencada pelos leitores;
leitores;
Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, – estabelece uma relação
relação direta com
com o texto fonte;
fonte;
um saber prévio, para reconhecer e idencar quando há um diá- diá - – apresenta elementos
elementos que idencam o texto texto fonte;
logo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer armando as – não exige que haja dedução
dedução por parte do leitor;
mesmas ideias da obra citada ou contestando-as. – apenas apela à compreensão
compreensão do conteúdos.
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto A intertextual
intertextualidade
idade implícita:
é conrmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, rea-
rea - – não é facilmente
facilmente idencada pelos leitores;
leitores;
rmar os sendos ou alguns sendos do texto citado. É dizer com – não estabelece uma relação
relação direta com
com o texto fonte;
fonte;
outras palavras o que já foi dito. – não apresenta elementos
elementos que idencam o texto texto fonte;
– exige que haja dedução, inferênci
inferência,
a, atenção
atenção e análise
análise por par
par--
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros tex-
tex- te dos leitores;
tos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto – exige que os leitores recorram
recorram a conhecimentos prévios
prévios para
de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, a compreensão do conteúdo.
um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada
para transformar seu sendo, leva o leitor a uma reexão críca
de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse proces-
proces -
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LÍNGUA PORTUGUESA
Signicação de palavras
As palavras podem ter diversos sendos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramáca Normava: quem cuida
dessa parte é a Semânca, que se preocupa, justamente, com os signicados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que
compõem este estudo.
Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.
O Antônimo
Antônimo são
são palavras que têm sendos opostos a outras. Por exemplo, felicidade
exemplo, felicidade é
é o antônimo de tristeza
tristeza,, porque o signicado de
uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem
homem que
que é antônimo de mulher .
Já o sinônimo
sinônimo são
são palavras que têm sendos aproximados e que podem, inclusive, substuir a outra. O uso de sinônimos é muito im-
im-
portante para produções textuais, porque evita que você que rependo a mesma palavra várias vezes. Ulizando os mesmos exemplos,
para car claro: felicidade
claro: felicidade é
é sinônimo de alegria/contentamento
alegria/contentamento e
e homem
homem é
é sinônimo de macho/varão
macho/varão..
Hipônimos e Hiperônimo
Hiperônimoss
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo
hipônimo designa
designa uma palavra de sendo mais especíco, enquanto que o hiperônimo
hiperônimo
designa uma palavra de sendo mais genérico. Por exemplo,
exemplo, cachorro e gato
gato são
são hipônimos, pois têm sendo especíco. E animais domés-
cos é
cos é uma expressão hiperônima, pois indica um sendo mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substanvo
colevo. Hiperônimos estão no ramo dos sendos das palavra
palavras,
s, beleza?!?!
Outros conceitos que agem diretamente no sendo das palavras são os seguintes:
Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
salada.
Tenho um pepino para resolver.
Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:
abaixo:
hps://redacaonocafe.wordpres
hps://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/
s.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/
22/ambiguidade-na-propaganda/
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LÍNGUA PORTUGUESA
Perceba que há uma duplicidade de sendo nesta construção. Por meio do po de linguagem que usamos, do tom de voz que
Podemos interpretar
interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, empregamos, etc., transmimos uma imagem nossa, não raro in- in-
por estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, conscientemente.
não têm qualidade e, por isso, terão vida úl curta. Emprega-se a expressão função emova para designar a uli-
uli-
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade
ambiguidade,, que é zação da linguagem para a manifestação do enunciador, isto é, da-
da-
justamente a duplicidade de sendos que podem haver em uma quele que fala.
palavra, frase ou textos inteiros.
Exemplo: Nós te amamos!
Função Conava
INTERTEXTUALIDADE A função conava ou apelava é caracterizada
caracterizada por uma lingua
lingua--
gem persuasiva com a nalidade de convencer o leitor. Por isso, o
Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi abordado grande foco é no receptor da mensagem.
em tópicos anteriores. Trata-se de uma função muito ulizada nas propagandas, pu- pu -
blicidades e discursos polícos, a m de inuenciar o receptor por
meio da mensagem
mensagem transmida.
Esse po de texto costuma se apresentar na segunda ou na ter-
ter-
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
ceira pessoa com a presença de verbos no imperavo e o uso do
vocavo.
Funções da linguagem são recursos da comunicação que, de Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com
acordo com o objevo do emissor, dão ênfase à mensagem trans-
trans - a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos inuenciam de ma-
ma-
mida, em função do contexto em que o ato comunicavo ocorre. neira bastante sul, com tentações e seduções, como os anúncios
São seis as funções da linguagem, que se encontram direta-
direta - publicitários que nos dizem como seremos bem-sucedidos, atraen-
atraen-
mente relacionadas com os elementos da comunicaç
comunicação.
ão. tes e charmosos se usarmos determinadas marcas, se consumirmos
certos produtos.
Funções da Linguagem Elementos da Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos,
Comunicação que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto esperta -
lhões, que só pensam em levar vantagem, e indivíduos atemoriza -
Função referencial ou denotava contexto dos, que se deixam conduzir sem quesonar
quesonar..
Função emova ou expressiva emissor Exemplos: Só amanhã, não perca!
Função apelava ou conava receptor Vote em mim!
decepcionante.
objevo de aferirRealizado
o quantoem 49 países
crianças de seis connentes
e adolescentes com o
estão fazendo Função Fáca
exercícios sicos, o estudo mostrou que elas estão muito sedentá- A função fáca tem como principal objevo estabelecer um ca- ca-
rias. Em 75% das nações parcipantes, o nível de avidade sica nal de comunicação entre o emissor e o receptor
receptor,, quer para iniciar a
pracado por essa faixa etária está muito abaixo do recomendado transmissão da mensagem, quer para assegurar a sua connuação.
para garanr um crescimento saudável e um envelhecime
envelhecimento
nto de A ênfase dada ao canal comunicavo.
qualidade — com bom condicionamento sico, músculos e esquele- Esse po de função é muito ulizado nos diálogos, por exem-
exem-
tos fortes e funções cognivas preservadas. De “A” a “F”, a maioria plo, nas expressões de cumprimento, saudações, discursos ao tele-
tele-
dos países rou nota “D”
“D”.. fone, etc.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Função Metalinguísca
É caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a lingua-
lingua- – A do
regiões pronúncia do como
Brasil) ou “l” nal
“l”de sílaba
(em como
certas “u” (na
regiões do maioria
Rio Grandedas
gem que se refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na linguagem caipira):
código ulizando o próprio código. quintau, quintar, quintal; pastéu, paster, pastel; faróu, farór, farol .
Nessa categoria, os textos metalinguíscos que merecem des- des - – deslocamento
deslocamento do “r” no interior
interior da sílaba: largato, preguntar,
taque são as gramácas e os dicionários. estrupo, cardeneta,
cardeneta, picos de pessoas de baixa condição social.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um do - – a queda do “r”
“r ” nal dos verbos, muito comum na linguagem
cumentário cinematográco
cinematográco que fala sobre a linguagem do cinema oral no português: falá, vendê, cur (em vez de curr), compô.
são alguns exemplos. – o acréscimo de vogal no início de certas palavra palavras: s: eu me
Exemplo: alembro,, o pássaro avoa
alembro avoa,, formas comuns na linguagem clássica,
Amizade s.f.:
s.f.: 1. senmento de grande afeição, simpaa, apreço hoje frequentes na fala caipira.
entre pessoas ou endades. “sena-se feliz com a amizade do seu – a queda de sons no início de palavras: ocê ocê,, cê
cê,, ta
ta,, tava
tava,, ma-
mestre” relo (amarelo),
relo (amarelo), margoso
margoso (amargoso),
(amargoso), caracteríscas na linguagem
2. POR METONÍMIA: quem é amigo, companheiro, camarada. oral coloquial.
“é uma de suas amizades éis”
Variações Sintácas
Correlação entre as palavras da frase. No domínio da sintaxe,
como no da morfologia, não são tantas as diferenças entre uma va-va-
VARIEDADES
VARIEDADES LING UÍSTICAS riante e outra. Como exemplo, podemos citar:
– a substuição do pronome relavo “cujo” pelo pronome
É possível encontrar no Brasil diversas variações linguíscas, “que” no início da frase mais a combinação da preposição “de” com
como na linguagem regional. Elas reúnem as variantes da língua o pronome “ele” (=dele): É um amigo que que eu
eu já conhecia a família
que foram criadas pelos homens e são reinvent
reinventadas
adas a cada dia. dele (em vez de cuja
de cuja família eu já conhecia).
conhecia).
Delas surgem as variações que envolvem vários aspectos histó-
histó- a mistura de tratamento entre tu tu e
e você
você,, sobretudo quando
ricos, sociais, culturais, geográcos, entre outros. se trata de verbos no imperavo: EntraEntra,, que eu quero falar com
você (em
você (em vez de congo
congo);); Fala
Fala baixo
baixo que a sua (em vez de tuatua)) voz
Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por todos os
me irrita.
seus falantes em todos os lugares e em qualquer situação. Sabe-se
– ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles che-
que, numa mesma língua, há formas disntas para traduzir o mes-
mes-
gou tarde
gou tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou
Faltou naquela
naquela se-
se-
mo signicado dentro de um mesmo contexto.
mana muitos alunos; Comentou-se
Comentou-se os os episódios.
As variações que disnguem uma variante de outra se mani-
mani -
– o uso de pronomes do caso reto com outra função que não
festam em quatro planos disntos, a saber: fônico, morfológico,
a de sujeito: encontrei ele (em
ele (em vez de encontrei-o) na rua; não irão
sintáco e lexical. sem você e eu (em
eu (em vez de mim); nada houve entre tu tu (em
(em vez de )
e ele.
Variações
Ocorrem nas Morfológicas
formas constuintes da palavra. As diferenças en- en- – o uso do pronome lhe como objeto direto:
direto: não lhe (em vez de
“o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem.
tre as variantes não são tantas quanto as de natureza fônica, mas – a ausência da preposição
preposição adequada antes do pronome relarela--
não são desprezíveis. Como exemplos, podemos citar: vo em função de complemento verbal: são pessoas que que (em
(em vez de:
– uso de substanvos masculinos como femininos ou vice vice-- de que)
que) eu gosto muito; este é o melhor lme que
que (em
(em vez de a que)
que)
-versa: duzentas
duzentas gramas
gramas de presunto (duzentos), a champanha (o eu assis; você é a pessoa que
que (em
(em vez de em que)
que) eu mais cono.
champanha), ve muita muita dó
dó dela (muito dó), mistura do do cal
cal (da cal).
– a omissão do “s” como marca de plural plural de substanvos e ad-ad- Variações Léxicas
jevos (picos do falar paulistano): os amigo e as amiga, os livro Conjunto de palavras de uma língua. As variantes do plano do
indicado, as noite fria, os caso mais comum.comum. léxico, como as do plano fônico, são muito numerosas e caracteri-
caracteri -
– o enfraquecimento
enfraquecimento do uso do modo subjunvo:
subjunvo: Espero que o zam com nidez uma variante em confronto com outra. São exem exem--
Brasil reete
reete (reita)
(reita) sobre o que aconteceu nas úlmas eleições; Se plos possíveis de citar:
eu estava
estava (esvesse)
(esvesse) lá, não deixav
deixavaa acontecer; Não é possível que – as diferença
diferençass lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e, às
ele esforçou
esforçou (tenha
(tenha se esforçado) mais que eu. vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de piada de lado a
– o uso do prexo hiper-
hiper- em
em vez do suxo -íssimo
-íssimo para
para criar o lado do Oceano. Em Portugal chamam de cueca cueca aquilo
aquilo que no Brasil
superlavo de adjevos, recurso muito caracterísco da linguagem chamamos de calcinha
calcinha;; o que chamamos de la
de la no
no Brasil, em Por-
Por-
jovem urbana: um cara hiper-humano
hiper-humano (em (em vez de humaníssimo), tugal chamam de bicha
bicha;; café da manhã em
manhã em Portugal se diz pequeno
diz pequeno
uma prova hiperdicil (em (em vez de dicílima), um carro hiperpossan- almoço;; camisola em Portugal traduz o mesmo que chamamos de
almoço
te (em vez de possanssimo). suéter, malha, camiseta.
camiseta.
– a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos regula- regula- – a escolha do adjevo maior em em vez do advérbio muito
muito para
para
res: ele interviu
interviu (interveio),
(interveio), se ele manter (manver),
(manver), se ele ver (vir)
(vir) formar o grau superlavo dos adjevos, caracteríscas da lingua- lingua-
o recado, quando ele repor (repuser).
(repuser). gem jovem de alguns centros urbanos: maior legal; legal; maior dicil;
– a conjugação
conjugação de verbos regulares
regulares pelo modelo de irregulares:
irregulares: Esse amigo é um carinha maior esforçado.
esforçado.
vareia (varia),
vareia (varia), negoceia
negoceia (negocia).
(negocia).
Designações das Varia
Variantes
ntes Lexicais:
Variações Fônicas – Arcaísmo: palavras que já caíram de uso. Por exemplo, um
Ocorrem no modo de pronunciar os sons constuintes da pala- pala- bobalhão era
bobalhão era chamado de coió
coió ou
ou bocó
bocó;; em vez de refrigerante
refrigerante usa-
usa-
vra. Entre esses casos, podemos citar: va-se gasosa
gasosa;; algo muito bom, de qualidade excelente, era supimpa
supimpa..
– a redução de proparox
proparoxítonas
ítonas a paroxítona
paroxítonas:
s: Petrópis (Petró
(Petró-- – Neologismo: contrário do arcaísmo. São palavras recém-cria-
recém-cria-
polis), fór
polis), fór (fósforo), porva
(fósforo), porva (pólvora),
(pólvora), todas elas formas picas de das, muitas das quais mal ou nem entraram para os dicionários. A na
pessoas de baixa condição social. computação tem vários exemplos, como escanear, deletar, printar .
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LÍNGUA PORTUGUESA
– Preciosismo:
procrasnar é um
(em vez
(em léxico excessivamente
de adiar); excessiv amente
cinesíforo (em
cinesíforo erudito,
(em vez muito raro:
de motorista). mandar pedir
ordenar,
– Vulgarismo: o contrário do preciosismo, por exemplo, de perguntar
saco cheio (em
cheio (em vez de aborrecido
aborrecido),), se ferrou (em
ferrou (em vez de se deu mal , prosseguir
arruinou-se).
arruinou-se ). protestar
reclamar
Tipos de Variação reper
As variações mais importantes, são as seguintes: replicar
– Sociocultural: Esse po de variação pode ser percebido com responder
certa facilidade
facilidade.. retrucar
– Geográca: é, no Brasil, bastante grande. Ao conjunto das solicitar
caracteríscas da pronúncia de uma determinada região dá-se o
nome de sotaque: sotaque mineiro, sotaque nordesno, sotaque Os verbos declaravos podem, além de introduzir a fala, indicar
gaúcho etc. atudes, estados interiores ou situações emocionais das persona-
persona -
– De Situação: são provocadas pelas alterações das circuns-
circuns - gens como, por exemplo, os verbos protestar, gritar, ordenar e ou-
ou -
tâncias em que se desenrola o ato de comunicação. Um modo de tros. Esse efeito pode ser também obdo com o uso de adjevos ou
falar compavel com determinada situação é incompavel com advérbios aliados aos verbos de elocução: falou calmamente,
calmamente, gritou
outra histérica, respondeu irritada, explicou docemente.
– Histórica: as línguas se alteram com o passar do tempo e com
o uso. Muda a forma de falar, mudam as palavras, a graa e o sen-
sen- Exemplo:
do delas. Essas alterações recebem o nome de variações históricas.
históricas. — O amor, prosseguiu sonhadora, é a grande realização de nos-nos-
sas vidas.
Ao ulizar o discurso direto – diálogos (com ou sem travessão) en-
en-
tre as personagens –, você deve optar por um dos três eslos a seguir:
TIPOS DE DISCURSO
Eslo 1:
Discurso direto João perguntou:
É a fala da personagem reproduzida elmente pelo narrador, — Que tal o carro?
ou seja, reproduzida nos termos em que foi expressa.
— Bonito papel! Quase três da madrugada e os senhores com-
com- Eslo 2:
pletamente bêbados, não é? João perguntou: “Que tal o carro?” (As aspas são optavas)
Foi aí que um dos bêbados pediu: Antônio respondeu: “horroroso” (As aspas são optavas)
— Sem bronca, minha senhora. Veja logo qual de nós quatro é
o seu marido que os outros querem ir para casa. Eslo 3:
(Stanislaw Ponte Preta) Verbos de elocução no meio da fala:
— Estou vendo, disse efusivamente João, que você adorou o
Observe que, no exemplo dado, a fala da personagem é intro-
intro- carro.
duzida por um travessão, que deve estar alinhado dentro do pará-
pará - — Você, retrucou Antônio, está completamente enganado.
grafo.
O narrador, ao reproduzir diretamente a fala das personagens, Verbos de elocução no m da fala:
conserva caracteríscas
caracteríscas do linguajar de cada uma, como termos de — Estou vendo que você adorou o carro — disse efusivamente
gíria, vícios de linguagem, palavrões, expressões regionais ou ca-
ca- João.
coetes pessoais. — Você está completamente enganado — retrucou Antônio.
O discurso direto geralmente apresenta verbos de elocução (ou
declaravos ou dicendi) que indicam quem está emindo a mensagem.
men sagem. Os trechos que apresentam verbos de elocução podem vir com
Os verbos declaravos ou de elocução mais comuns são: travessões ou com vírgulas. Observe os seguintes exemplos:
acrescentar — Não posso, disse ela daí a alguns instantes, não deixo meu
armar lho. (Machado de Assis)
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LÍNGUA PORTUGUESA
— Não vá sem eu lhe ensinar a minha losoa da miséria, disse tos da personagem aparecem, no trecho transcrito, principalmente
ele, escarrachando-se diante de mim. (Machado de Assis) nas orações interrogavas, entremeadas com o discurso do narra-
narra-
dor.
— Vale cinquenta, ponderei; Sabina sabe que custou cinquenta
e oito. (Machado de Assis) Transposição de discurso
Na narração, para reconstuir a fala da personagem, uliza-se
— Ainda não, respondi secamente. (Machado de Assis) a estrutura de um discurso direto ou de um discurso indireto. O
domínio dessas estruturas é importante tanto para se empregar
Verbos de elocução depois de orações interrogavas e excla-
excla - corretamentee os po
corretament poss de discurso na redação.
mavas: Os sinais de pontuação (aspas, travessão, dois-pontos) e outros
— Nunca me viu? perguntou Virgília vendo que a encarava com recursos como grifo ou itálico, presentes no discurso direto, não
insistência. (Machado de Assis) aparecem no discurso indireto, a não ser que se queira insisr na
— Para quê? interrompeu Sabina. (Machado de Assis) atribuição do enunciado à personagem, não ao narrador. Tal insis-
insis-
— Isso nunca; não faço esmolas! disse ele. (Machado de Assis) tência, porém, é desnecessária e excessiva, pois, se o texto for bem
construído, a idencação do discurso indireto livre não oferece
Observe que os verbos de elocução aparecem em letras minús-
minús- diculdade.
culas depois dos pontos de exclamação e interrogação.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Atenção: essa
Atenção: essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas
ACENTUAÇÃO GRÁFICA connuam com acento: Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Outros casos • São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N,
1. Prexo
1. Prexo terminado em vogal: R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável,
(amável, elétron, éter,
éter,
– Sem hífen diante de
de vogal diferente:
diferente: autoescola, anaéreo. fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...)
– Sem hífen diante de consoante diferent
diferentee de r
de r e
e s: anteprojeto, • São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S),
semicírculo. E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu,
– Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: anrracis- dói, coronéis...)
mo, anssocial, ultrassom. • São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais
– Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-on- (aí, faísca, baú, juízo, Luísa...)
das.
Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei-
trei -
2. Prexo
2. Prexo terminado em consoante: nar e xar as regras.
– Com hífen diante de mesma consoante: inter-regi
inter-regional,
onal, sub-
sub -
-bibliotecário.
– Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su-
persônico. CLASSE D E PALAVRAS SUBSTANTIVO,
SUBSTANTIVO, ARTIGO, ADJETI
VO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PREPO
PREPO
– Sem hífen diante de
de vogal: interestadual, superinteressant
superinteressante.
e.
Sem hífen diante dede vogal: interestadual, superinteressant
superinteressante.
e. SIÇÃO, CONJUNÇÃO, INTERJEIÇÃO; ESTRUTURA E FOR
Observações: MAÇÃO DE PALAVRAS
• Com o prexo sub
sub,, usa-se o hífen também diante de palavra
iniciada por r: sub-região, sub-raça.
sub-raça. Palavras iniciadas por h perdem CLASSES DE PALAVRAS
essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
subumanidade.
• Com os prexos circum
circum e e pan
pan,, usa-se o hífen diante de pala-
pala - Substanvo
vra iniciada por m, n e
n e vogal
vogal:: circum-navegação, pan-americano. São as palavras que atribuem nomes
nomes aos
aos seres reais ou imagi-
• O prexo co
co agluna-se,
agluna-se, em geral, com o segundo elemento, nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen-
sen -
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, coope- mentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata.
rar, cooperação, cooptar, coocupante.
coocupante.
• Com o prexo vice
vice,, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-al- Classicação dos substanv
substanvos
os
mirante.
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam
a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, SUBSTANTIVO SIMPLES:
SIMPLES: Olhos/água/
pontapé, paraquedas, paraquedista.
paraquedista. apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/
• Com os prexos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, pró , sua estrutura. macaco/João/sabão
usa-se sempre o
recém-casado, hífen: ex-aluno,pré-vesbular
pós-graduação, sem-terra, além-mar,
pré-vesbular, aquém-mar,
, pró-europeu. SUBSTANTIVOS COMPOSTOS:
COMPOSTOS: Macacos-prego/
são formados por mais de um porta-voz/
radical em sua estrutura. pé-de-moleque
Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando
muita coisa. Mas não podemos parar, não é mesmo?!?! Por isso SUBSTANTIVOS PRIMITIVOS: Casa/
vamos passar para mais um ponto importante. são os que dão origem a mundo/
outras palavras, ou seja, ela é população
Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons a primeira. /formiga
com mais relevo do que outros. Os sinais diacrícos servem para SUBSTANTIVOS DERIVADOS: Caseiro/mundano/
indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras. são formados por outros populacional/formigueiro
Vejamos um por um: radicais da língua.
Acento agudo:
agudo: marca a posição da sílaba tônica e o mbre SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS: Rodrigo
aberto. designa determinado ser /Brasil
Jáá cursei a Faculdade de Hist ória.
J entre outros da mesma /Belo Horizonte/Estátua da
Acento circunexo:
circunexo: marca a posição da sílaba tônica e o mbre espécie. São sempre iniciados Liberdade
fechado. por letra maiúscula.
Meu av ôgrave:
Acento e meus tr ês os
marca ainda sãodavivos.
o fenômeno crase (estudaremos este SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
referem-se qualquer ser de cachorro/prima
caso afundo mais à frente). uma mesma espécie.
Sou leal à mulher da minha vida.
SUBSTANTIVOS CONCRETOS: Leão/corrente
As palavras podem ser: nomeiam seres com existência
existência /estrelas/fadas
– Oxítonas
Oxítonas:: quando a sílaba tônica é a úlma (ca-fé
(ca-fé,, ma-ra-cu-
ma-ra-cu- própria. Esses seres podem /lobisomem
- já,
já, ra-paz
ra-paz,, u-ru-bu
u-ru-bu...)
...) ser animadoso ou inanimados, /saci-pererê
– Paroxítonas
Paroxítonas:: quando a sílaba
sílaba tônica é a penúlma (meme-sa,
-sa, reais ou imaginários.
sa-bo-ne
sa-bo- ne-te,
-te, ré
ré-gua...)
-gua...) SUBSTANTIVOS ABSTRATOS: Mistério/
– Proparoxítonas
Proparoxítonas:: quando a sílaba tônica é a antepenúlma nomeiam ações, estados, bondade/
(sá
sá-ba-do,
-ba-do, tô
tô-ni-ca,
-ni-ca, his-tó
his-tó-ri-co…)
-ri-co…) qualidades e senmentos que conança/
não tem existência própria, ou lembrança/
As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos: seja, só existem em função de amor/
• São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico, um ser. alegria
íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...)
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LÍNGUA PORTUGUESA
SUBSTANTIVOS COLETIVOS: Elenco (de atores)/
referem-se a um conjunto acervo (de obras arscas)/
de seres da mesma espécie, buquê (de ores)
mesmo quando empregado
no singular e constuem um
substanvo comum.
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS
QUE NÃO ESTÃO AQUI!
• Grau: Podem
Grau: Podem apresentar-se no grau aumentavo e no grau diminuvo.
– Grau aumentavo
aumentavo sintéco: casarão,
casarão, bocarra.
bocarra.
– Grau aumentavo
aumentavo analíco: casa
casa grande, boca enorme.
– Grau diminuvo sintéco:
sintéco: casinha, boquinha
boquinha
– Grau diminuvo analíco:
analíco: casa pequena, boca
boca minúscula.
Adjevo
Adjevo
É a palavra invariável que especica e caracteriza o substanvo: imprensa livre
livre,, favela ocupada
ocupada.. Locução adjeva é expressão compos-
compos-
ta por substanvo (ou advérbio) ligado a outro substanvo por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um adjevo: golpe
de mestre (golpe magistral
magistral),
), jornal da tarde (jornal
tarde (jornal vesperno
vesperno).
).
Flexão do Adjevos
• Gênero:
– Uniformes: apresentam
apresentam uma só para o masculino
masculino e o feminino: homem feliz
feliz,, mulher feliz
feliz..
– Biformes: apresentam uma forma
forma para o masculino e outra para o feminino: juiz sábio
sábio// juíza sábia
sábia,, bairro japonês
bairro japonês// indústria japo
indústria japo--
nesa,, aluno chorão
nesa chorão// aluna chorona
chorona..
• Número:
– Os adjevos simples
simples seguem
seguem as mesmas regras de exão de número que os substanvos: sábio/ sábios sábios, namorador/ namoradores
namoradores,,
japonês/ japoneses
japoneses..
– Os adjevos compostos
compostos têm
têm algumas peculiaridades: luvas
luvas branc
brancoo-gel
-gelo
o, garrafas
garrafas amarel
amareloo-clara
-clarass, cintos
cintos da cor de chumbo.
• Grau:
– Grau Comparavo
Comparavo de Superioridade: Meu me é mais vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparavo
Comparavo de Inferioridade: Meu me é menos vitorioso (do) que o seu.
– Grau Comparavo
Comparavo de Igualdade: Meu me é tão vitorioso quanto o seu.
– Grau Superlavo Absoluto
Absoluto Sintéco: Meu me é famosíssimo
famosíssimo..
– Grau Superlavo Absoluto
Absoluto Analíco: Meu me é muito famoso.
famoso.
– Grau Superlavo Relavo
Relavo de Superioridade:
Superioridade: Meu me é o mais famoso de todos.
de todos.
– Grau Superlavo Relavo
Relavo de Inferioridade;
Inferioridade; Meu me é menos famoso de todos.
Argo
É uma palavra
palavra variável
variável em gênero e número que antecede o substanvo
substanvo,, determinando de modo parcular ou genérico.
• Classicação e Flexão do Argos
– Argos Denidos: o, a, os, as.
O menino carregava o brinquedo em suas costas.
As meninas brincavam com as bonecas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
– Argos Indenidos: um, uma, uns, umas.
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.
Numeral
É a palavra
a palavra que indica uma quandade denida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classicação dos Numerais
– Cardinais: indicam
indicam número ou quandade:
Trezentos e vinte moradores.
– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
Quinto ano. Primeiro lugar.
– Mulplicavos: indicam o número de vezes pelo qual uma quandade é mulplicada:
O quíntuplo do preço.
– Fracionários: indicam
indicam a parte de um todo:
• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.
• Pronomes Possessivos
Possessivos referem
referem-se
-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.
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LÍNGUA PORTUGUESA
• Pronomes Demonstravos são ulizados para indicar a posi-
posi- – Número: Este é fácil:
fácil: singular e plural.
ção de algum elemento em
elemento em relação à pessoa seja no discurso, no – Pessoa: Fácil
Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu (eu amei, nós amamos);
amamos); 2º
tempo ou no espaço. pessoa (tu
(tu amaste, vós amastes);
amastes); 3ª pessoa (ele(ele amou, eles ama-
ram).
ram ).
Pronomes Singular Plural
• Formas nominais do verbo
Feminino estta, es
es essa
sa,, aqu
aquel
elaa esttas
es as,, ess
essas
as,, aq
aque
uellas Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exer-
exer-
Masculino estte, es
es esse
se,, aqu
aquel
elee esttes
es es,, ess
essees, aqu
quel
eles
es cem a função de nomes (normalmente, substanvos). São elas in-
in-
nivo (terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e parcí -
• Pronomes Indenidos referem-se à 3º pessoa do discurso, pio (terminado em –DA/DO).
designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os prono-
prono -
mes indenidos podem ser variáve
variáveis
is (varia em gênero e número) e • Voz verbal
invariáveis
invariáveis (não variam em gênero e número). É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação
com o sujeito. Ela pode ser ava, passiva ou reexiva.
Classicação Pronomes In
Indenidos – Voz ava: Segundo a gramáca tradicional, ocorre voz ava
quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação pracada pelo
algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, sujeito. Veja:
nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, mui- mui- João pulou da cama atrasado
ta, muitos, muitas, pouco, pouca, poucos, – Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não praca, mas
poucas, todo, toda, todos, todas, outro, ou- ou- recebe a ação. A voz passiva pode ser analíca ou sintéca. A voz
Variáveis tra, outros, outras, certo, certa, certos, cer-
cer - passiva analíca é formada por:
tas, vário, vária, vários, várias, tanto, tanta, Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser,
(ser, estar, car, entre outros)
tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, + verbo principal da ação conjugado no parcípio + preposição
quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais, por/pelo/de + agente da passiva.
um, uma, uns, umas. A casa foi aspirada pelos rapazes
quem, alguém, ninguém, tudo, nada, ou-
ou- A voz passiva sintéca, também chamada de voz passiva prono-
prono-
Invariáveis
trem, algo, cada. minal (devido ao uso do pronome se
se)) é formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plu-
• Pronomes Interrogavos são palavras variáveis e invariáveis ral) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente.
ulizadas para formular perguntas diretas e indiretas. Aluga-se apartamento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções,
apelos, senmentos e estados de espírito, traduzindo as reações
das pessoas.
• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!
Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
oração a outra. As conjunções podem ser coordenavas (que ligam
orações sintacamente independentes) ou subordinavas (que li-li - Concordância é o efeito gramacal causado por uma relação
gam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser
determinante e o outro é determinado). verbal — refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal —
refere-se ao substanvo e suas formas relacionadas.
• Conjunções Coordenavas • Concordância em gênero: exão em masculino e feminino
• Concordância em número: exão em singular e plural
Tipos Conjunções Coordenavas • Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa
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LÍNGUA PORTUGUESA
Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver exão do verbo em número e pessoa,
pessoa , a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.
Se o sujeito composto for
composto for formado por pessoas gramacai
gramacaiss diferentes, o verbo deve car no plural e concordando com a pessoa que
tem prioridade, a nível gramacal — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele,
eles):
• Eu e vós vamos à festa.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Quando o pronome relavo “que” atua
“que” atua como sujeito, o verbo DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em
DICA:
deverá concordar
concordar em número e pessoa com o termo da oração prin-
prin- caso de dúvida, basta substuir por uma palavra equivalente no
cipal ao qual o pronome faz referência: masculino. Se aparecer “ao”
“ao”,, deve-se usar a crase: Amanhã
crase: Amanhã iremos
• Foi Maria que arrumou a casa. à escola / Amanhã iremos ao colégio.
P R E P O S I Ç ÃO N OM ES
Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma
só: preposição “a” + argo “a” em palavras femininas. Ela
femininas. Ela é de-
de- acessível; acostumado; adaptado; adequado;
marcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não agradável; alusão; análogo; anterior; atento;
é considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão. benecio; comum; contrário; desfavorável;
Veja, abaixo,
abaixo, as principais situações em que será correto o em-
em- devoto; equivalente; el; grato; horror;
prego da crase:
crase: A idênco; imune; indiferente; inferior; leal;
• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela alu- necessário; nocivo; obediente; paralelo;
na. posterior; preferência; propenso; próximo;
• Indicação de horas, em casos de horas denidas e especica-
especica- semelhante; sensível; úl; visível...
das: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas. amante;amigo;capaz;certo;contemporâneo;
• Locuções preposivas: A
preposivas: A aluna foi aprovada à custa
custa de muito convicto; cúmplice; descendente; destuído;
estresse. devoto; diferente; dotado; escasso; fácil;
• Locuções conjunvas: À medida que crescemos vamos dei- DE feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno;
xando de lado a capacidade de imaginar
imaginar.. inimigo; inseparável; isento; junto; longe;
• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na próxima medo; natural; orgulhoso; passível; possível;
à esquerda. seguro; suspeito; temeroso...
Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a cra-
cra - opinião; discurso; discussão; dúvida;
se::
se SOBRE insistência; inuência; informação;
• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé. preponderante; proeminência;
proeminência; triunfo...
• Palavras repedas (mesmo quando no feminino): Melhor ter- acostumado; amoroso; analogia;
mos •uma reunião
Antes frente
de verbo: a frente.
Gostaria de aprender a pintar. compavel; cuidadoso; descontente;
generoso; impaciente; ingrato; intolerante;
COM
• Expressões que sugerem distância ou futuro: A
futuro: A médica vai te mal; misericordioso; ocupado; parecido;
atender daqui a pouco. relacionado; sasfeito; severo; solícito;
• Dia de semana (a menos que seja um dia denido): De terça triste...
a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras. abundante; bacharel; constante; doutor;
• Antes de numeral (exceto horas denidas): A
denidas): A casa da vizinha erudito; rme; hábil; incansável; inconstante;
ca a 50 metros da esquina. EM
indeciso; morador; negligente; perito;
práco; residente; versado...
Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultavo
• Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha lha. atentado; blasfêmia; combate; conspiração;
/ Dei um picolé à minha lha.
lha. CONTRA declaração; fúria; impotência; ligio; luta;
• Depois da palavra “até”: Levei
“até”: Levei minha avó até a feira. / Levei protesto; reclamação;
reclamação; representação...
minha avó até à feira. PARA bom; mau; odioso; próprio; úl...
• Nomes próprios femininos (desde que não seja especicado):
Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o convite à
Ana da faculdade.
29
LÍNGUA PORTUGUESA
Regência verbal
Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) quanto um
objeto indireto (preposicionado), podendo ser caracteri
caracterizado
zado também por adjuntos adverbiais.
Com isso, temos que os verbos podem se classicar entre transivos e intransivos. É importante ressaltar que a transividade do
verbo vai depender do seu contexto.
Verbos intransivos:
intransivos: não exigem complemento, de modo que fazem sendo por si só. Em alguns casos, pode estar acompanhado
de um adjunto adverbial (modica o verbo, indicando tempo, lugar, modo, intensidade etc.), que, por ser um termo acessório, pode ser
rerado da frase sem alterar sua estrutura sintáca:
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem.
Verbos transivos diretos e indiretos: em algumas situações, o verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem preposição)
e de um objeto indireto (com preposição):
• Apresentou a dissertação
dissertação à banca. / O menino ofereceu ajuda à senhora.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
COESÃO; COERÊNCIA
A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpretação de textos. Ambos se referem à relação
relação adequada entre os compo-
compo-
nentes do texto, de modo que são independentes entre si. Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente, e vice-versa.
Enquanto a coesão tem foco nas questões gramacais, ou seja, ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito ao
conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.
Coesão
A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de conecvos
conecvos (preposições,
(preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obda a
parr da anáfora
anáfora (retoma
(retoma um componente) e da catáfora
catáfora (antecipa
(antecipa um componente).
Conra, então, as principais regras que garantem a coesão textual:
R EG R A C A R AC T E R Í S T I C A S E X E M P LO S
Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos) –
João e Maria são crianças. Eles são irmãos.
Eles são
anafórica
REFERÊNCIA Demonstrava (uso de pronomes demonstravos e Fiz todas as tarefas, exceto esta
africana. esta:: colonização
advérbios) – catafóri
catafórica
ca
Mais um ano igual aos outros...
aos outros...
Comparavaa (uso de comparações por semelhanças)
Comparav
Substuição de um termo por outro, para evitar Maria está triste. A
triste. A menina está
menina está cansada de car
SUBSTITUIÇÃO
repeção em casa.
No quarto, apenas quatro ou cinco convidados.
ELIPSE Omissão de um termo
(omissão do verbo “haver”)
Conexão entre duas orações, estabelecendo relação Eu queria ir ao cinema, mas
mas estamos de
CONJUNÇÃO
entre elas quarentena.
Ulização de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos
Ulização
A minha casa
casa é clara. Os quartos
quartos,, a sala
sala e a
COESÃO LEXICAL ou palavras que possuem sendo aproximado e
cozinha têm janelas grandes.
pertencente a um mesmo grupo lexical.
Coerência
Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sendo,
sendo, e seguem uma linha clara de raciocínio.
Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garanr a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:
• Princípio da não contradição:
contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto.
30
LÍNGUA PORTUGUESA
• Princípio da não tautologia
tautologia:: a ideia não deve estar redundan-
redundan- Dois-pontos ( : )
te, ainda que seja expressa com palavras diferentes. Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída.
• Princípio da relevância:
relevância: as ideias devem se relacionar entre Em termos prácos, este sinal é usado para:
para: Introduzir uma citação
si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumenta-
argumenta- (discurso direto) e introduzir um aposto explicavo, enumeravo,
ção. distribuvo ou uma oração subordinada substanva aposiva.
aposiva.
• Princípio da connuidade temáca
temáca:: é preciso que o assunto Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa.
tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.
• Princípio da progressão semânca:
semânca: inserir informações no-
no- Ponto e vírgula ( ; )
vas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à pro- pro - Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o
gressão de ideias. ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas,
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume
enume--
Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomen-
recomen- ração (frequente em leis), etc.
dáveis para garanr
to de mundo,
mundo , isto é, aa coerência
bagagem detextual, como samplo
informaçõe
informações conhecimen-
conhecimen
que adquirimos ao- bémEx:
uma Vilinda
na festa os deputados,
decoração senadores
e bebidas caras. e governador; vi tam-
longo da vida; inferências
inferências acerca
acerca do conhecimento de mundo do
leitor; e informavidade
informavidade,, ou seja, conhecimentos ricos, interessan-
interessan- Travessão ( — )
tes e pouco previsíveis. Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com
o traço de divisão empregado na parção de sílabas (ab-so-lu-ta-
( ab-so-lu-ta-
-men-te)) e de palavras no m de linha. O travessão pode substuir
-men-te
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter-
inter-
PONTUAÇÃO calada e pode indicar a mudança de interlocutor,
interlocutor, na transcrição de
um diálogo, com ou sem aspas.
Pontuação Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gradão.
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema
de reforço da escrita, constuído de sinais sintácos, desnados a Parênteses e colchetes ( ) – [ ]
organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das Os parênteses assinalam um isolamento sintáco e semânco
pausas orais e escritas. Estes sinais também parcipam de todas as mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in- in-
funções da sintaxe, gramacais, entonacionais e semâncas”. (BE- (BE- midade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên-
parên-
CHARA, 2009, p. 514) tese é assinalada por uma entonação especial. Inmamente ligados
A parr da denição citada por Bechara podemos perceber a aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são uliza-
uliza -
importância dos sinais de pontuação, que é constuída por alguns dos quando já se
s e acham empregados os parênteses, para introduzi-
introduzi-
sinais grácos
grácos assim distribuídos:
distribuídos: os separadores
separadores (vírgula
(vírgula [ , ], pon-
pon- rem uma nova inserção.
to e vírgula [ ; ], ponto nal [ . ], ponto de exclaexclamação
mação [ ! ], re
re-- Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go-
cências [ ... ]), e os de comunicação
comunicação ou ou “mensagem
mensagem”” (dois pontos vernador)
[ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ],
travessão duplo [ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses Aspas ( “ ” )
retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada
fechada [ } ]). As aspas são empregadas para dar a certa expressão sendo
parcular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação
Ponto ( . ) especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para
O ponto simples nal, que é dos sinais o que denota maior pau-
pau- apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É ulizada, ain-
ain-
sa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer po da, para marcar o discurso direto e a citação breve.
de oração que não seja a interrogava direta, a exclamava e as Ex: O “coe break” da festa estava ómo.
recências.
Estaremos presentes na festa. Vírgula
São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Eviden-
Eviden-
Ponto
Põe-sedenointerrogação
m da oração( enunciada
?) com entonação interroga-
interroga- ciaremos,
disso, vamosaqui, os principaistrês
desmiscar usos desseque
coisas sinal de pontuação.
ouvimos Antes
em relação à
va ou de incerteza, real ou ngida, também chamada retórica. vírgula:
Você vai à festa? 1º – A
– A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “sen-
“sen-
mos” o momento certo de fazer uso dela.
Ponto de exclamação ( ! ) 2º – A
– A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em
Põe-se no m da oração enunciada com entonação exclama-
exclama- alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o
va. leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Anal,
Ex: Que bela festa! cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?!
3º – A
– A vírgula tem sim grande importância na produção de tex- tex-
Recências ( ... ) tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou menos importante e que pode ser colocada depois.
porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or- or-
breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo >
nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo. Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj).
(SVOAdj).
Ex: Essa festa... não sei não, viu. Maria foi à padaria
Maria padaria ontem.
Sujeito Verbo
Sujeito Verbo Objeto
Objeto Adjunto
31
LÍNGUA PORTUGUESA
Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor-
ocor- • Frase:
Frase: Enunciado que estabelece uma comunicação de sen-
sen -
re por alguns movos: do completo.
1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado. Os jornais publicaram a nocia.
2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos. Silêncio!
3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
verbo e o adjunto. • Oração:
Oração: Enunciado que se forma com um verbo ou com uma
locução verbal.
Podemos estabelecer, então, que se a frase esver na ordem Este lme causou grande impacto entre o público.
comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula A inação deve connuar sob controle.
é necessária:
Ontem, Maria foi à padaria. • Período Simples: formado por uma única oração.
Maria, ontem, foi à padaria. O clima se alterou muito nos úlmos dias.
À padaria, Maria foi ontem.
• Período Composto:
Composto: formado
formado por mais de uma oração.
Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces-
neces- O governo prometeu/ que serão criados novos empregos.
sário:
• Separa termos de mesma função sintáca, numa enumera- enumera - Bom, já está a clara a diferença entre frase, oração e período.
ção. Vamos, então, classicar os elementos que compõem uma oração:
Simplicidade, clareza, objevidade, concisão são qualidades a • Sujeito: Termo da oração do qual se declara alguma coisa.
serem observadas na redação ocial. O problema da violência preocupa os cidadãos.
• Separa aposto. • Predicado:
Predicado: Tudo que se declara sobre o sujeito.
Aristóteles, o grande lósofo,
lósofo, foi o criador da Lógica. A tecnologia permiu o resgate dos operários.
• Separa vocavo. • Objeto Direto: Complemento que se liga ao verbo transivo
Brasileiros, é chegada a hora de votar.
votar. direto ou ao verbo transivo direto e indireto sem o auxílio da pre-
pre-
• Separa termos repedos. posição.
Aquele aluno era esforçado,
esforçado, esforçado. A tecnologia tem possibilitado
possibilitado avanços notáveis.
Os pais oferecem ajuda nanceira ao lho.
• Separa certas expressões explicavas, recavas, exempli-
exempli- • Objeto Indireto: Complemento que se liga ao verbo transi-
transi -
cavas,
ou melhor, como:
quer isto é, ou
dizer, porseja, ademais,
exemplo, aléma disso,
saber,aliás,
melhor dizendo,
antes, com vo indireto ou ao verbo transivo direto e indireto por meio de
preposição.
efeito, digo. Os Estados Unidos resistem ao grave momento.
O políco, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, João gosta de beterraba.
ou seja, de fácil compreensão. • Adjunto Adverbial: Termo modicador do verbo que exprime
determinada circunstância
circunstância (tempo, lugar, modo etc.) ou intensica
• Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen-
complemen - um verbo, adjevo ou advérbio.
tos). O ônibus saiu à noite quase cheio , com desno a Salvador.
Salvador.
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os parcula- Vamos sair do mar.
res. (= ... a portaria regulamenta os casos parculares) • Agente da Passiva: Termo da oração que exprime quem pra-
pra-
ca a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
• Separa orações coordenadas assindécas. Raquel foi pedida em casamento por seu melhor
melhor amigo.
Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as • Adjunto Adnominal: Termo da oração que modica um subs-subs -
ideias na cabeça... tanvo, caracterizando-o
caracterizando-o ou determinando-o sem a intermediação
de um verbo.
• Isola o nome do lugar nas datas. Um casal de médicos eram os novos moradores do meu pré-
Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006. dio.
• Complemento Nominal: Termo da oração que completa no- no -
• Isolar conecvos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa mes, isto é, substanvos, adjevos e advérbios, e vem preposicio-
preposicio -
forma, entretanto, entre outras. E para isolar,
isolar, também, expressões nado.
conecvas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor- A realização do torneio teve a aprovação de todos.
mações comprovam,
comprovam, etc. • Predicavo do Sujeito: Termo que atribui caracterísca ao su-su-
Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame- jeito da oração.
nizar o problema. A especulação imobiliária
imobiliária me parece um problema.
• Predicavo do Objeto: Termo que atribui caracteríscas ao
objeto direto ou indireto da oração.
SINTAXE FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO; TERMOS ESSEN O médico considerou o paciente hipertenso.
CIAIS, INTEGRANTES E ACESSÓRI OS DA ORAÇÃO • Aposto:
Aposto: Termo da oração que explica, esclarece, resume ou
idenca o nome ao qual se refere (substanvo,
(substanvo, pronome ou equi-equi-
valentes). O aposto sempre está entre virgulas ou após dois-pontos.
Agora chegamos no assunto que causa mais temor em muitos A praia do Forte, lugar paradisíaco , atrai muitos turistas.
estudantes. Mas eu tenho uma boa nocia para te dar: o estudo • Vocavo: Termo da oração que se refere a um interlocutor a
da sintaxe é mais fácil do que parece e você vai ver que sabe muita quem se dirige a palavra.
coisa que nem imagina. Para começar,
começar, precisamos de classicar al-
al- Senhora , peço aguardar mais um pouco.
gumas questões importantes:
32
LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de orações
As partes de uma oração já está fresquinha aí na sua
s ua cabeça, não é?!?! Estudar os pos de orações que existem será moleza, moleza.
Vamos comigo!!!
Temos dois pos de orações: as coordenadas
as coordenadas,, cuja as orações de um período são independentes (não dependem uma da outra para
construir sendo completo); e as subordinadas
subordinadas,, cuja as orações de um período são dependentes (dependem uma da outra para construir
sendo completo).
As orações coordenadas podem ser sindécas
sindécas (conectadas
(conectadas uma a outra por uma conjunção) e assindécas (que não precisam da
conjunção para estar conectadas. O serviço é feito pela vírgula).
Explicavas Marina não queria falar, ou seja, ela estava de João Carlos e Maria estão radiantes, alegria que dá inveja.
mau humor.
Orações Subordinadas
Subjevas É certo que ele trará os a sobremesa do
Exercem a função de sujeito jantar.
Complevas Nominal Estou convencida de que ele é solteiro.
Exercem a função de complemento
nominal
Predicavas O problema é que ele não entregou a
Orações Subordinadas Substanvas Exercem a função de predicavo refeição no lugar.
Aposivas Eu lhe disse apenas isso: que não se
Exercem a função de aposto aborrecesse com ela.
Objevas Direta Espero que você seja feliz.
Exercem a função de objeto direto
Objevas Indireta Lembrou-se da dívida que tem com ele.
Exercem
Exerce m a função de objeto indireto
Explicavas Os alunos, que foram mal na prova de
Explicam um termo dito anteriormente. quinta, terão aula de reforço.
SEMPRE serão acompanhadas por
vírgula.
Orações Subordinadas Adjevas
Restrivas Os alunos que foram mal na prova de quinta
Restringem o sendo de um termo terão aula de reforço.
dito anteriormente. NUNCA serão
acompanhadas por vírgula.
33
LÍNGUA PORTUGUESA
Olha como esse quadro facilita a vida, não é?! Por meio dele, conseguimos ter uma visão geral das classicações e subclassicações
das orações, o que nos deixa mais tranquilos para estudá-las.
EXERCÍCIOS
4. (FDC – PROFESSOR DE PORTUGUÊS II – 2005) Marque a série em que o hífen está corretamente empregado
empregado nas cinco palavras:
(A) pré-nupcial, ante-diluviano, an-Cristo, ultra-violeta, infra-vermelho.
(B) vice-almirante, ex-diretor, super-intendente, extrano, infra-assinado.
34
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) an-alérgico, an-rábico, ab-rupto, sub-rogar, anhigiênico. (E) Estava sempre dizendo coisas de que mais tarde se arre-
arre -
(D) extraocial, antessala, contrassenso, ultrarrealismo, con-
con- penderia. Promea a si própria que da próxima vez, tomaria
trarregra. cuidado com as palavras, o que entretanto, não acontecia.
(E) co-seno, contra-cenar, sobre-comum, sub-humano, infra-infra-
-mencionado. 9. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteira-
inteira-
mente correta a pontuação do seguinte período:
5. (ESAF – SRF – AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – 2003) (A) Os personagens principais de uma história, responsáveis
Indique o item em que todas as palavras estão corretamente em - pelo sendo maior dela, dependem, muitas vezes, de peque-
peque -
pregadas e grafadas. nas providências que, tomadas por gurantes aparentemente
(A) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o po - sem importância, ditam o rumo de toda a história.
der de infringir punições legais a cidadãos aparece livre de (B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
qualquer excesso e violência. pelo sendo maior dela, dependem muitas vezes, de pequenas
(B) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exata-
exata - providências que tomadas por gurantes, aparentemente
aparentemente sem
mente nem juízes, nem professores, nem contramestres, nem importância, ditam o rumo de toda a história.
subociais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de tudo (C) Os personagens principais de uma história, responsáveis
isso, num modo de intervenção especíco. pelo sendo maior dela dependem muitas vezes de pequenas
(C) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o providências, que, tomadas por gurantes aparentemente,
poder técnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento sem importância, ditam o rumo de toda a história.
em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revol-
revol- (D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
ta que ambos possam suscitar. pelo sendo maior dela, dependem, muitas vezes de pequenas
(D) No singular poder de punir, nada mais lembra o ango po- po - providências, que tomadas por gurantes aparentemente
aparentemente sem
der do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o importância, ditam o rumo de toda a história.
corpo dos supliciados. (E) Os personagens principais de uma história, responsáveis,
(E) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um pelo sendo maior dela, dependem muitas vezes de peque-peque-
campo de prácas ilegais, sob o qual se chega a exercer con- con - nas providências, que tomadas por gurantes, aparentemente,
aparentemente,
sem importância, ditam o rumo de toda a história.
trole e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua
organização em delinqüência.
10. (CONSULPLAN – ANALISTA DE INFORMÁTICA (SDS-SC) –
6. (FCC – METRÔ/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
ADMINISTRATIVO JÚNIOR – 2008) A alternava em que todas as palavras são formadas pelo
mesmo processo de formação é:
2012) A frase que apresenta INCORREÇÕES
INCORREÇÕES quanto à ortograa é:
(A) responsabilidade, musicalidade, defeituoso;
(A) Quando jovem, o compositor demonstrava
demonstrava uma capacidade
(B) caveiro, incorrupveis, desfazer;
extraordinária
extraordin ária de imitar vários eslos musicais. (C) deslealdade, colunista, incrível;
(B) Dizem que o músico era avesso à ideia de expressar sen-
sen - (D) anoitecer, festeiro, infeliz;
mentos pessoais por meio de sua música. (E) reeducação, dignidade, enriquecer.
(C) Poucos estudiosos se despõem a discur o empacto das
composições do músico na cultura ocidental. 11. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL –
(D) Salvo algumas exceções, a maioria das óperas do compo - 2010) No verso “Para
“Para desentristecer, leãozinho”,
leãozinho”, Caetano Veloso
sitor termina em uma cena de reconciliação entre os persona-
persona - cria um neologismo. A opção que contém o processo de formação
gens. ulizado para formar a palavra nova e o po de derivação que a
(E) Alguns acreditam que o valor da obra do compositor se palavra primiva foi formada respecvamente é:
deve mais à árdua dedicação do que a arroubos de inspiração. (A) derivação prexal (des + entristecer); derivação parassinté-
parassinté-
ca (en + trist + ecer);
7. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode ser (B) derivação suxal (desentriste + cer); derivação imprópria
rerada sem prejuízo para o signicado e mantendo a norma pa- pa- (en + triste + cer);
drão na seguinte sentença: (C) derivação regressiva (des + entristecer); derivação parassin-
parassin-
(A) Mário, vem falar comigo depois do expediente. téca (en + trist + ecer);
(B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho. (D) derivação parassintéca
parassintéca (en + trist + ecer); derivação pre-
pre-
(C) Telefonei para o Tavares, meu ango chefe. xal (des + entristecer);
(D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião. (E) derivação prexal (en + trist + ecer); derivação parassinté-
parassinté-
(E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso. ca (des + entristecer).
8. (CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE ENFERMAGEM 12. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL –
DO TRABALHO – 2011) Há ERRO quanto ao emprego dos sinais de 2010) A palavra “Olhar
“Olhar”” em (meu olhar) é um exemplo de palavra
pontuação em: formada por derivação:
(A) Ao dizer tais palavras, levantou-se, despediu-se dos convi-
convi - (A) parassintéc
parassintéca;
a;
dados e rerou-se da sala: era o nal da reunião. (B) prexal;
(B) Quem disse que, hoje, enquanto eu dormia, ela saiu sorra-
sorra- (C) suxal;
teiramente pela porta? (D) imprópria;
(C) Na infância, era levada e teimosa; na juventude, tornou-se (E) regressiva.
mida e arredia; na velhice, estava sempre alheia a tudo.
(D) Perdidadanomãe,
to branca tempo, vinham-lhe àno
as brincadeiras lembrança
quintal, àatarde,
imagem mui
mui-
com os- 13.“A(CESGRANRIO
argo – BNDES
tal da demanda social”,–aADVOGADO – 2004)
classe de palavra de No tulo
“tal” é: do
irmãos e o mundo mágico dos brinquedos. (A) pronome;
(B) adjevo;
35
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) advérbio; 19. (FDC – MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – 2010) Na oração
(D) substanvo; “Eles nos deixaram À VONTADE” e no trecho “inviabilizando o ata -
(E) preposição. que, que, naturalmente, deveria ser feito À DISTÂNCIA”, observa-se
a ocorrência da crase nas locuções adverbiais em caixa-alta. Nas
14. Assinale a alternava que apresenta a correta classicação
classicação locuções das frases abaixo também ocorre a crase, que deve ser
morfológica do pronome “alguém” (l. 44). marcada com o acento, EXCETO em:
(A) Pronome demonstravo. (A) Todos estavam à espera de uma solução para o problema.
(B) Pronome relavo. (B) À proporção que o tempo passava, maior era a angúsa do
(C) Pronome possessivo. eleitorado pelo resultado nal.
(D) Pronome pessoal. (C) Um problema à toa emperrou o funcionamento do sistema.
te por
(A)ulizar
Vou à ou não odos
Brasília acento
meusgrave indicavo de crase.
sonhos.
(B) Nosso expediente é de segunda à sexta.
(C) Pretendo viajar a Paraíba.
(D) Ele gosta de bife à cavalo.
36
LÍNGUA PORTUGUESA
24. (FGV – SENADO FEDERAL – TÉCNICO LEGISLATIVO – ADMI-ADMI - dade à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos conitos
NISTRAÇÃO – 2008) “Mas o fato é que transparência deixou de ser judiciais, o que não será interessante para para o setor empresarial”,
empresarial”, diz
um processo de observação cristalina para assumir um discurso de Maurício Guea, advogado do Instuto Sócio Ambiental (ISA). Com
polícas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer.
nada retratam as necessidades de populações disntas.”. FONTE: hp://www
hp://www.istoe.com.br/r
.istoe.com.br/reportagens/441106
eportagens/441106_A+LA
_A+LA MA+-
A oração grifada no trecho acima classica-se como: QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL
(A) subordinada substanva predicava;
(B) subordinada adjeva restriva; 27. Observe as asservas relacionadas ao texto lido:
(C) subordinada substanva subjeva; I. O texto é predominantemente narravo, já que narra um
(D) subordinada substanva objeva direta; fato.
(E) subordinada adjeva explicava. II. O texto é predominantem
predominantementeente exposivo, já que pertence ao
gênero textual editorial.
25. (FUNCAB – PREF. PORTO VELHO/RO – MÉDICO – 2009) No III. O texto é apresenta partes narravas e partes exposivas, já
trecho abaixo, as orações introduzidas pelos termos grifados são que se trata de uma reportagem.
classicadas, em relação às imediatament
imediatamentee anteriores, como: IV. O texto apresenta partes narravas e partes exposivas, já
“Não há dúvida de que precisaremos curr mais o dia a dia, se trata de um editorial.
mas nunca à custa de nossos lhos...”
(A) subordinada substanva objeva indireta e coordenada sin-
sin - Analise as asservas e responda:
déca adversava; (A) Somente a I é correta.
(B) subordinada adjeva restriva e coordenada sindéca ex- ex- (B) Somente a II é incorreta.
plicava; (C) Somente a III é correta
(C) subordinada adverbial conformava e subordinada adver-
adver- (D) A III e IV são corretas.
bial concessiva;
(D) subordinada substanva compleva nominal e coordenada 28. Observe as asservas relacionadas ao texto “A lama que
sindéca adversava
adversava;; ainda suja o Brasil”:
(E) subordinada adjeva restriva e subordinada adverbial con-
con- I- O texto é coeso, mas não é coerente, já que tem problemas
A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um Leia o texto abaixo para responder as questões.
dos principais gargalos da conjuntura políca e econômica brasilei-
brasilei-
ra: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de UM APÓLOGO
um desastre de repercussão mundial. Conrmada a morte do Rio Machado de Assis.
Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de recu- recu-
peração efevo para a área (apenas uma carta de intenções). Tam-Tam- Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
pouco a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela — Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrola-
enrola -
anglo-australiana
anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplica-
aplica- da, para ngir que vale alguma coisa neste mundo?
ção da multa de R$ 250 milhões – sendo que não há garanas de — Deixe-me, senhora.
que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a calha pro-
pro- — Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está
funda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro, com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me
coordenadora da rede de águas da Fundação SOS Mata Atlânca, der na cabeça.
sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos — Que cabeça, senhora? A senhora não é alnete, é agulha.
se tornou uma bomba relógio na região.”
região.” Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem
Para agravar
agravar a tragédia, a empresa declarou que existem riscos o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos
de rompimento nas barragens de Germano e de Santarém. Segun- Segun- outros.
do o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos 16 — Mas você é orgulhosa.
barragens de mineração em todo o País apresentam condições de — Decerto que sou.
insegurança. “O governo perdeu sua capacidade de aparelhar ór- ór - — Mas por quê?
gãos técnicos para scalização”, diz Malu. Na direção oposta — É boa! Porque coso. Então os vesdos e enfeites de nossa
Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015, do ama, quem é que os cose, senão eu?
senador Romero Jucá (PMDB-RR) que prevê licença única em um — Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora
tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo mar- mar- que quem os cose sou eu, e muito eu?
co regulatório da mineração, por sua vez, também concede priori-
priori -
37
LÍNGUA PORTUGUESA
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pe- pe -
daço ao outro, dou feição aos babados…
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e
mando…
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel su- su -
balterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o
trabalho obscuro e ínmo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
Estavam
Estava m nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa.
Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que
nha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a
costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, en- en -
ou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando (A) “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda en-
en -
orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre rolada, para ngir que vale alguma coisa neste mundo?” (L.02)
os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a (B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alnete, é agulha.
isto uma cor poéca. E dizia a agulha: Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar?” (L.06)
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? (C) “- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
Não repara que esta disnta costureira só se importa comigo; eu é puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço
que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e mando...” (L.14-15)
e acima… (D) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela Não repara que esta disnta costureira só se importa comigo;
agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ava, como quem sabe eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando
o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que abaixo e acima.” (L.25-26)
ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era (E) “- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela
tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-pli-
plic-pli- e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí cas na caixinha de
c-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém.
costura, para o dia seguinte; connuou ainda nesse e no outro, até Onde me espetam, co.
co.”” (L.40-41)
que no quarto acabou a obra, e cou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vesu-se. A costureira, que 30. O diminuvo, em Língua Portuguesa, pode expressar outros
a ajudou a vesr-se, levava a agulha espetada no corpinho, para valores semâncos além da noção de dimensão, como afevidade,
dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vesdo da pejoravidade e intensidade. Nesse sendo, pode-se armar que
bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, os valores semâncos ulizados nas formas diminuvas “unidi-
“unidi -
alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, nha”(L.26) e “corpinho”(
“corpinho”(L.32),
L.32), são, respecvamen
respecvamente,
te, de:
perguntou-lhe: (A) dimensão e pejoravidade;
— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da (B) afevidade e intensidade;
baronesa, fazendo parte do vesdo e da elegância? Quem é que (C) afevidade e dimensão;
vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para (D) intensidade e dimensão;
a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? (E) pejoravidade e afevidade.
Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alnete, de cabeça 31. Em um texto narravo como “Um Apólogo”, é muito co -
grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: — Anda, mum uso de linguagem denotava e conotava. Assinale a alterna-
alterna-
aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai go-
go- va cujo trecho rerado do texto é uma demonstração da expressi-
expressi-
zar da vida, enquanto aí cas na caixinha de costura. Faze como eu, que vidade dos termos “linha” e “agulha” em sendo gurado.
não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, co. (A) “- É boa! Porque coso. Então os vesdos e enfeites de nossa
Contei esta história a um professor de melancolia, que me dis- dis - ama, quem é que os cose, senão eu?” (L.11)
se, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a (B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alnete, é agulha.
muita linha ordinária! Agulha não tem cabeça.” (L.06)
(C) “- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um
29. De acordo com o texto “Um Apólogo” de Machado de Assis pedaço ao outro, dou feição aos babados...” (L.13)
e com a ilustração abaixo, e levando em consideração as persona-
persona- (D) “- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordi-ordi-
gens presentes nas narravas tanto verbal quanto visual, indique nária!” (L.43)
a opção em que a fala não é compavel com a associação entre os (E) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?”
elementos dos textos: (L.25)
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) O texto indica que, em um ambiente colevo de trabalho, _________________________
______________________________________________________
37. (IF BAIANO - ASSISTENTE
_____________________________
EM ADMINISTRAÇÃO – IF-BA –
cada sujeito possui atribuições próprias. 2019)
(D) O texto sugere que o reconhecimento no ambiente cole- ______________________________________________________
_________________________
cole - _____________________________
Acerca de seus conhecimentos em redação ocial, é correto
vo de trabalho parte efevamente das próprias atudes do armar que o vocavo adequado a um texto no padrão ocio des-
des-
sujeito. ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
nado ao presidente do Congresso Nacional é
(E) O texto revela que, em um ambiente colevo de trabalho, (A) Senhor Presidente.
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
frequentemente é dicil lidar com as vaidades individuais. (B) Excelenssimo Senhor Presidente.
(C) Presidente.
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
33. (FCC – TRE/MG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2005) As liberda
liberda-- (D) Excelenssimo Presidente.
des ...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a _____________
______
(E) _____________
Excelenssimo
_____________
Senhor.
_____________
_____________
_____________
_____________
_________
nossa Constuição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase
acima, na ordem dada, as expressões: ______
_____________
38._____________
(CÂMARA _____________
_____________
DE CABO _____________
DE SANTO _____________
AGOSTINHO _____________
- PE - ________
AUXILIAR_
(A) a que – de que; ADMINISTRATIVO - INSTITUTO AOCP - 2019 )
(B) de que – com que; ______________________________________________________
_________________________
Referente
Referen _____________________________
te à aplicação de elementos de gramáca à redação o-o-
(C) a cujas – de cujos; cial, os sinais de pontuação estão ligados à estrutura sintáca e têm
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
(D) à que – em que; várias nalidades. Assinale a alternava que apresenta a pontuação
(E) em que – aos quais. que pode ser ulizada em lugar_____________________________
da vírgula para dar ênfase ao que
______________________________________________________
_________________________
se quer dizer.
34. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2008) (A) Dois-pontos.
______________________________________________________
_________________________ _____________________________
Assinale o trecho que apresenta erro de regência. (B) Ponto-e-vír
Ponto-e-vírgula.
gula.
(A) Depois de um longo período em que apresentou taxas de ______________________________________________________
_________________________
(C) Ponto-de-in
Ponto-de-interrogação.
terrogação._____________________________
crescimento econômico que não iam além dos 3%, o Brasil fe - (D) Ponto-de-exclamação.
cha o ano de 2007 com uma expansão de 5,3%, certamente a ______________________________________________________
_________________________ _____________________________
maior taxa registrada na úlma década. 39. (UNIR - TÉCNICO DE LABORATÓRIO - ANÁLISES CLÍNICAS-
(B) Os dados ainda não são denivos, mas tudo sugere que ______________________________________________________
_________________________
AOCP – 2018) _____________________________
serão conrmados. A endade responsável pelo estudo foi a Pode-se dizer que redação ocial é a maneira pela qual o Poder
conhecida Comissão Econômica para a América Lana (CEPAL). ______________________________________________________
_________________________
Público redige atos normavos _____________________________
e comunicações. Em relação à reda-
reda-
(C) Não há dúvida de que os números são bons, num momento ção de documentos ociais, julgue, como VERDADEIRO
______________________________________________________
_______________________________________ ou FALSO,
_______________
em que angimos um bom superávit em conta-corrente, em os itens a seguir.
que se revela queda no desemprego e até se anuncia a am - A língua tem por objevo a comunicação. Alguns elementos
pliação de nossas reservas monetárias, além da descoberta de são necessários para a comunicação: a) emissor, b) receptor, c) con- con -
novas fontes de petróleo. teúdo, d) código, e) meio de circulação, f) situação comunicava.
(D) Mesmo assim, olhando-se para os vizinhos de connente, Com relação à redação ocial, o emissor é o Serviço Público (Minis-(Minis-
percebe-se que nossa performance é inferior a que foi atribuí - tério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção). O assunto
da a Argenna (8,6%) e a alguns outros países com parcipação é sempre referente às atribuições do órgão que comunica. O des- des-
menor no conjunto dos bens produzidos pela América Lana. natário ou receptor dessa comunicação ou é o público, o conjunto
(E) Nem é preciso olhar os exemplos da China, Índia e Rússia, dos cidadãos, ou outro órgão público, do Execuvo ou dos outros
com crescimento acima desses patamares. Ao conjunto inteiro Poderes da União.
da América Lana, o organismo internacional está atribuindo CERTO
um crescimento médio, em 2007, de 5,6%, um pouco maior do ERRADO
que o do Brasil.
40. (IF-SC - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO- IF-SC - 2019 )
35.Estabelece
2010) (CESGRANRIO – SEPLAG/BA
relação – PROFESSOR PORTUGUÊS
de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem,– formeDeterminadas
as regras dopalavras
palavras são
Acordo frequentes
Ortográco na entrou
que redaçãoem
ocial.
vigorCon-
Con
em-
o seguinte par de palavra
palavras:
s: 2009, assinale a opção CORRETA
opção CORRETA que que contém apenas palavras gra-
gra -
(A) estrondo – ruído; fadas conforme o Acordo.
(B) pescador – trabalhador; I. abaixo-assinado, Advocacia-Geral
Advocacia-Geral da União, anhigiênico, ca-
ca-
(C) pista – aeroporto; pitão de mar e guerra, capitão-tenente, vice-coordenador.
(D) piloto – comissário; II. contra-almi
contra-almirante,
rante, co-obrigação, coocupante, decreto-lei, di-
di-
(E) aeronave – janho. retor-adjunto, diretor-execuvo, diretor-geral, sócio-gerente.
III. diretor-presidente, editor-assistente, editor-chefe, ex-dire-
ex-dire-
36. (VUNESP – SEAP/SP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA tor, general de brigada, general de exército, segundo-secretário.
PENITENCIÁRIA – 2012) No trecho – Para especialistas, ca uma IV.. matéria-prima, ouvidor-geral, papel-moeda, pós-graduação
IV pós-graduação,,
questão: até que ponto essa exuberância econômica no Brasil é pós-operatório, pré-escolar, pré-natal, pré-vesbular; Secretaria-
Secretaria-
sustentável ou é apenas mais uma bolha? – o termo em destaque -Geral.
tem como antônimo: V. primeira-dama, primeiro-ministro, primeiro-secretário, pró-
pró -
(A) fortuna; -avo, Procurador-Geral, relator-geral, salário-família, Secretaria-
Secretaria-
(B) opulência; -Execuva,, tenente-coronel
-Execuva tenente-coronel..
(C) riqueza;
(D) escassez; Assinale a alternava CORRETA:
(E) abundância. (A) As armações I, II, III e V estão corretas.
(B) As armações II, III, IV e V estão corretas.
(C) As armações II, III e IV estão corretas.
(D) As armações I, II e IV estão corretas.
39
LÍNGUA PORTUGUESA
(E) As armações III, IV e V estão corretas. 24 A
41. ( PC-MG - ESCRIV
ESCRIVÃO
ÃO DE POLÍCIA CIVIL - FUMARC – 2018) 25 D
Na Redação Ocial, exige-se o uso do padrão formal da língua. 26 B
Portanto, são necessários conhecimentos linguíscos que funda-funda -
mentem esses usos. 27 C
Analise o uso da vírgula nas seguintes frases do Texto 3: 28 D
1. Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de
29 E
Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem.
2. O rapaz, de 22 anos, se apresentou espontaneamente à 9ª 30 D
Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do crime. 31 D
3. Segundo a polícia, o jovem informou que nha um relaciona
relaciona--
mento dicil com a mãe e teria discudo com ela momentos antes 32 D
de desferir os golpes. 33 A
GABARITO ANOTAÇÕES
______________________________________________________
____________________________ __________________________
1 E
2 A ______________________________________________________
____________________________ __________________________
3 A ______________________________________________________
____________________________ __________________________
4 D
______________________________________________________
____________________________ __________________________
5 B
______________________________________________________
____________________________ __________________________
6 C
7 B ______________________________________________________
____________________________ __________________________
8 E
____________________________ __________________________
______________________________________________________
9 A
______________________________________________________
____________________________ __________________________
10 A
11 A ______________________________________________________
____________________________ __________________________
12 D ______________________________________________________
____________________________ __________________________
13 A
______________________________________________________
____________________________ __________________________
14 E
______________________________________________________
____________________________ __________________________
15 B
16 E ______________________________________________________
____________________________ __________________________
17 A ______________________________________________________
____________________________ __________________________
18 A
______________________________________________________
____________________________ __________________________
19 D
20 B ____________________________ __________________________
______________________________________________________
21 C ______________________________________________________
____________________________ __________________________
22 C ______________________________________________________
____________________________ __________________________
23 E
40
GEOGRAFIA
1. Caracteríscas gerais do estado do rio de janeiro - reconhecer as relações entre sociedade e o ambiente natural no estado do rio de
Caracteríscas
janeiro, destacando
destacando os impactos ambientais
ambientais produzidos e as inuências inuências dos elementos naturais naturais na sociedade uminense . . . . . .01
2. Idencar as principais regiões do estado e suas caracterís caracteríscas cas gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
3. Apresentar noções básicas sobre a geograa do município do rio de janeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
4. Reconhecer aspectos gerais do processo de faveliz favelizaçãoação e suas caracterí
caracteríscas scas atuais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
5. Idencar em textos e grácos situações problema picas da sociedade uminense e reconhecer formas de reduzir os problemas
gerados em tais situações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
6. Apresentar noções de localização espacial dentro do estado do rio de janeiro a partir da utilização de mapas . . . . . . . . . . . 15
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA
bientais não vão ser uniformes, vão variar conforme a classe so- Os movimentos de massa ocorrem em diferentes escalas e
cial concentrada no espaço físico impactado. Assim, concluímos velocidades, variando de rastejamentos a movimentos muito
que nos espaços de população menos favorecida a intensidade rápidos. Os movimentos rápidos são denominados generica-
dos impactos ambientais vão ser maior. Sobre o tema COELHO mente de deslizamentos e tombamentos, e são muito comuns
(2006:27) sintetiza: de ocorrerem dentro da dinâmica urbana de uma região metro-
“Os problemas ambientais (ecológicos) não atingem igual- politana, já que sofrem grande influência das atividades antró-
mente todo o espaço urbano . Atingem muito mais os espaços picas. Os deslizamentos e tombamentos são deflagrados pelo
físicos de ocupação das classes sociais menos favorecidas do aumento de solicitação de mobilização de material e pela redu-
que as das classes mais elevadas . A distribuição espacial das ção da resistência do material (ação desagregadora de raízes,
primeiras está associada a desvalorização do espaço, quer pela rastejamentos, textura e estrutura favoráveis à instabilização).
proximidade dos leitos de inundação dos rios, das indústrias, de Estes processos são partes da dinâmica natural, mas tornam-se
usinas termonucleares, quer pela insalubridade...” um problema quando encontram-se relacionados à ocupação
humana, ou seja, quando em áreas naturalmente potenciais à
Os impactos ambientais urbanos são em sua maioria re- sua ocorrência são induzidas pela ação antrópica, que ocorrem
sultantes de processos como reduções da cobertura vegetal, através de construções de fixos urbanos como estradas, túneis e
impermeabilização do solo e assoreamento das bacias fluviais. habitações mal planejadas. Nessa perspectiva de relação entre
Esses fatos acarretam na redução do potencial de infiltração de eventos naturais e ação antrópica, o fenômeno é enquadrado
água das chuvas no solo urbano, que sobrecarregam as redes como sendo de risco, ou seja, fenômenos de origem natural ou
de drenagem e que acabam não dando vazão, por já estarem induzidos antropicamente e que acarretam prejuízos aos com-
obstruídas por ocupações humanas. Além disso, o caminho final ponentes do meio biofísico e social, como veremos no transcor-
dessas águas são os rios, que no espaço urbano encontram-se rer de nosso trabalho.
extremamente entulhados e assoreados por sedimentos e detri- Nos países subdesenvolvidos e de clima tropical os movi-
tos industriais e domésticos. Tais fatos, intensificam nas cidades mentos de massa vem se tornando um problema que vem se
diversos problemas ambientais urbanos, como os processos de acentuando
do em funçãocada vez mais da
do aumento nopopulação
meio urbano. Isso que
urbana, vemtem
toem
ocorren-
levado
erosão em encostas, com destaque para os movimentos de mas-
sa, além das inundações, alagamentos e enchentes. à ocupação de áreas de encostas para moradia, principalmente
por parte da população de baixa renda. Essa situação tem leva-
Os fenômenos urbanos das inundações, alagamentos e en-
do ao aumento da freqüência desses fenômenos nos grandes
chentes, apesar de serem tratados nos veículos de telecomu-
centros urbanos, gerando em alguns casos, grandes catástrofes.
nicações de forma genérica, são acontecimentos distintos. De
Antes de colocarmos em prática nossas análises sobre im-
acordo com o Manual de Desastres ambientais
ambient ais (1998) as inunda-
pactos ambientais em nosso objeto de estudo, a Região Metro-
ções podem ser definidas como o transbordamento de água pro-
politana do Rio de Janeiro, convém defini-la, localizá-la e carac-
veniente de rios, lagos ou açudes. Já alagamento, segundo esse
terizá-la socialmente e geograficamente.
mesmo manual, ocorre quando as águas ficam acumuladas nos
Segundo o CIDE (2010) a Região metropolitana do Rio de
leitos das ruas e no perímetro urbano em função de um sistema
Janeiro é composta por 16 municípios, a saber: Rio de Janeiro,
de drenagem deficiente. Por fim, as enchentes se caracterizam Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri,
pela elevação das águas de forma paulatina e previsível, man- Magé, Maricá, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Queimados, São
tendo-se em situação de cheia durante algum tempo e a seguir Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica e Tanguá. Segundo da-
escoam-se gradativamente. Para Ward apud Rosa (2010), o fe- dos do IBGE (2008), a Região Metropolitana do Rio de Janeiro
nômeno da enchente está relacionado ao relevo, ao solo e a fal- apresenta uma população de 11,9 milhões de pessoas, tendo a
ta de cobertura vegetal, que são elementos colaboradores para maior taxa de urbanização do país, alcançando no ano de 2000,
a ocorrência, duração e intensidade desse evento. Para esse au- segundo dados do Censo demográfico, o porcentual de 99,3%
tor, a pluviosidade é uma variável secundária, já que as caracte- de pessoas habitando áreas urbanas. Essa região apresenta em
rísticas do sítio e a conseqüente ação antrópica na mudança da seu sítio características peculiares, já que apresenta fisicamente
dinâmica natural do solo, relevo e vegetação é que intensifica o formas muito complexas e distintas. Para começar esta região,
problema das enchentes urbanas. de maneira geral, situa-se entre o litoral, que incluí a Baía de
Os problemas ambientais em encostas estão relacionadas Guanabara, e a Serra do Mar. Entre esses dois pontos localizá-se
à topografia de uma superfície, mantendo uma relação indisso- uma área de baixada, formada por uma área de planície. Espa-
ciável a qualquer evento que diminua ou elimine a cobertura lhados ao longo dessa planície aparecem marrotes arredonda-
protetora da vegetação natural ou danifique a estrutura do solo, dos com altitudes compreendidas entre 30 e 100 metros de alti-
contribuindo para o início ou aceleração de processos erosivos tude, além de alguns maciços costeiros, como os do Mendanha,
em encostas, como os movimentos de massa. Gerecinó e Pedra Branca. Também não podemos deixar de citar
A dinâmica de um relevo de encosta tem relação tanto com que nessa área de Baixada situa-se uma vasta rede hidrográfica,
a interação de variáveis endógenas, como o tipo e estrutura das formada por um grande número de rios e canais, que são ali-
formada por um grande número de rios e canais, que são ali
rochas e as atividades tectônicas, quanto exógenas, como as va- mentados através do lençol freático e/ou pelo escoamento de
riáveis climáticas, atuação de fauna e flora, etc (CHRISTOFOL- água das escarpas da Serra do Mar ou Maciços costeiros.
LETTI, 1974). Como parte dessa dinâmica ocorre os movimentos Outro aspecto importante a ser citado quando se fala em
de massa, que envolvem o desprendimento e transporte de solo impactos ambientais urbanos na RMRJ (Região Metropolitana
ou material rochoso vertente abaixo. A mobilização desse mate- do Rio de Janeiro) é o clima. Nessa região predomina o clima
rial está ligada à sua condição de instabilidade, devido à atuação tropical semi-úmido, com chuvas abundantes no verão, que é
da gravidade, podendo ser acelerada pela ação de outros agen- muito quente e invernos secos, com temperaturas amenas. A
tes, como a água. temperatura média anual é de 22 °C a 24 °C e o índice pluviomé-
trico fica entre 1.000 a 1.500 milímetros anuais.
GEOGRAFIA
Todos os aspectos citados anteriormente, como a urbaniza- vesse em boas condições e que fosse usada de maneira correta.
ção, número de habitantes, localização, características do sítio e Mas, segundo Ross, essa ação é complicada pois envolve muitas
clima da RMRJ, são agentes ativos que agem de forma integrada pessoas”.
na propagação dos impactos ambientais urbanos nessa região Então, analisando todos os relatos anteriores, percebemos
fluminense. A seguir faremos uma análise dos principais impac- que a região Metropolitana do Rio de Janeiro em função de sua
tos ambientais urbanos que ocorrem na região metropolitana topologia, de suas condições climáticas e de seus aspectos so-
do Rio de Janeiro. ciais, relacionados principalmente aos aspectos da segregação
Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro as áreas de en- espacial, é uma região susceptível a ocorrência de movimentos
costas, em via de regra, são locais desprezados e desvalorizados de massa.
dentro do espaço urbano, sendo ocupados normalmente por Os impactos ambientais urbanos, relacionados às inunda-
grupos sociais de baixa renda, constituindo nos maciços e mar- ções, enchentes ou alagamentos, que ocorrem dentro dos limi-
rotes da RMRJ, moradias irregulares e favelas. tes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, estão intimamen-
SOUZA (2000) explica que esses sítios comportam riscos e, te relacionados à ocupação de margens de rios, que ocorrem
diz ainda, que sob as condições de um clima tropical úmido, o muito em função da falta de estrutura de algumas cidades em
intenso intemperismo químico, que afeta as rochas cristalinas realizar um planejamento urbano, onde se evite a ocupação des-
dos maciços costeiros do Rio de Janeiro, mais a falta de cobertu- sas áreas. Essas ocupações em primeiro lugar dizimam as matas
ra vegetal e impermeabilidade do solo, pode gerar mobilização ciliares, o que contribui para o assoreamento dos rios, já que
de material e desagregação dos blocos rochosos, gerando movi- acabam com a camada protetora que retém os sedimentos tra-
mentos de massa. zidos pelas águas através da drenagem. Além disso, a ocupação
Num período de temporais, notadamente no verão, tantos das margens dos rios dificulta o trabalho de limpeza e dragagem
os marrotes como os maciços costeiros da RMRJ ficam sujeitos desses, o que lhes mantém sempre assoreados e entulhados.
a riscos de tombamentos e deslizamentos, já que se tornaram Por conseqüência a população que margeia os rios e canais que
áreas instáveis em função de construções desordenadas de mo- cortam a RMRJ são importantes fatores de degradação ambien-
radias sem planejamento, causando destruição e até mesmo tal, já que esses moradores, normalmente, tem ligações clandes-
grandes catástrofes, com inúmeros desabrigados e até mesmo tinas de esgoto e a maioria joga detritos e lixo domésticos em
mortos. Foi o que ocorreu recentemente com o Morro do Bum- seus leitos, entulhando esses.
ba, no dia 07 de março de 2010 em Niterói. A reportagem a se- SOUZA (2000) diz que as margens de rios e canais são sujei-
guir do portal de notícias R7 (2010) retrata com fidelidade essa tas a riscos, sobretudo devido ao acúmulo de lixo nos canais, di-
situação: ficultando o escoamento das águas pluviais. Além desse fato, na
“Até a noite de quinta-feira (8), as chuvas no Rio de Janeiro região metropolitana do Rio de Janeiro, as habitações que mar-
já haviam
hav iam matado
mat ado mais
mai s do que
q ue o dobro
d obro do
d o que em
e m quatro
quat ro meses
mes es geiam os rios se tornam obstáculos para o escoamento da água
de temporais no Estado de São Paulo. Geógrafos ouvidos pelo em períodos de elevada pluviosidade. Além disso, por se locali-
R7 apontam dois fatores para a tragédia provocada pela chuva zar numa área litorânea, a drenagem da RMRJ sofre influência
no Rio ter sido maior que em São Paulo: o relevo do Estado e a das marés, que em dias de frente fria fazem as ondas ficarem
natureza do fenômeno dos deslizamentos de terra, que diminui altas dificultando o escoamento. Todos esses fatos somados a
a chance de sobrevivência. impermeabilidade do solo urbano, em função de sua compacta-
Para o professor de geologia da UFF (Universidade Federal ção devido à falta de cobertura vegetal, acarretam em seguidos
Fluminense) Adalberto Silva, a natureza geográfica do Rio de Ja- problemas de drenagem na região metropolitana do Rio de Ja-
neiro, aliada à ocupação irregular nas encostas, acelerou o pro- neiro, o que em períodos de grandes chuvas vão gerar inunda-
cesso de deslizamentos. Ele explica que, em São Paulo, houve ções, alagamentos e enchentes. Também não podemos deixar
muitas enchentes, enquanto no Rio predominaram os desliza- de citar, no que se refere a esses problemas, que a maior parte
mentos de casas. As chances de sobreviver a esse tipo de aci- dessas áreas que sofrem com constantes problemas de alaga-
dente são pequenas. Isso porque as vítimas não têm tempo de mentos e inundações dentro da RMRJ são áreas de ecossistemas
reagir e a lama que desce das encostas acaba sufocando-as. originalmente inundáveis, como brejos, pântanos e várzeas.
Silva entregou um estudo à Prefeitura de Niterói, em 2004, A reportagem a seguir do jornal O Globo (2009) do dia 12 de
que apontava as áreas da cidade mais suscetíveis a desabamen- novembro relata com perfeição nossas análises acerca do assun-
tos. Para o geólogo, a tragédia é anunciada. Por isso, você en- to abordado anteriormente:
trega as informações ao poder público para ele tomar as pro- “A enchente que inundou a Baixada Fluminense, na noite
vidências necessárias. Ele tem ferramentas para analisar isso e de quarta-feira e ontem, não era difícil de ser prevista. O geó-
minimizar essas tragédias”. grafo Elmo Amador, especialista na Bacia da Baía de Guanaba-
“O geógrafo e professor da USP (Universidade de São Paulo) ra, explicou que a maior parte das áreas atingidas pela água foi
Jurandyr Ross concorda que a tragédia que ocorreu o Rio não construída em cima de ecossistemas originalmente inundáveis,
é para ser uma surpresa, pois as chuvas intensas são normais como brejos, pântanos e várzeas. A inundação na região foi fa-
na região. Ele destacou que a capital fluminense é construída, cilitada ainda pela geografia - uma grande área plana cercada
predominantemente, em uma planície costeira, que é facilmen- por serras -, pela urbanização excessiva das margens dos canais
te inundável. E, ao redor dessa planície, estão as montanhas da e rios e pelo assoreamento praticamente completo de alguns
Serra do Mar, muito inclinadas e ocupadas irregularmente. dos principais deltas de rios da região, como o Iguaçu e o Meriti,
São construções frágeis, em relevo frágil. Porque é muito com enormes ilhas de lixo e areia. Amador criticou a omissão do
inclinado. poder público, já que muitas zonas ocupadas eram regularizadas
Para os dois professores, a solução ideal seria que o poder pelos próprios administradores municipais: As áreas inundadas
público retirasse todas as pessoas que vivem nesses locais de são exatamente as que correspondiam aos ecossistemas
ecossiste mas úmidos,
risco e não abandonasse a área, garantindo que ela se manti- geralmente localizados ao nível do mar. É natural que isso ocor-
GEOGRAFIA
ra ali. Há uma nítida negligência do poder público, já que muitos Neste sentido, vamos apresentar cada uma destas regiões,
loteamentos nessas áreas são regularizados. Um exemplo claro ressaltando seus municípios, características e principais ativida-
desse problema é Campos Elíseos, em Duque de Caxias”. des exercidas.
Os impactos ambientais urbanos ocorridos na rede de dre-
nagem da Região Metropolitana do Rio de Janeiro não afetarão 1. Região Metropolitana
apenas os rios ou em seu entorno, mas vai gerar impactos em Municípios: Rio de Janeiro, Niterói, Belford Roxo, Duque de
seu destino final, o mar. No caso da RMRJ esses impactos vão Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis,
chegar até a Baía de Guanabara, que é o depósito final de mui- Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, São João de
tos rios que cortam essa região, que por sua vez levam consigo Meriti, Seropédica e Tanguá.
muitos sedimentos e detritos. • Concentra mais de 80% da população do Estado e mais
de 60% do produto interno bruto.
CONCLUSÃO • 2º maior pólo industrial do país.
O objetivo deste artigo foi relatar os principais
pr incipais impactos am- • Grandes problemas sócio-ambientais (desemprego,
bientais urbanos que ocorrem na Região Metropolitana do Rio violência, pressão e poluição sobre os recursos naturais, desi-
de Janeiro, relacionados a duas variáveis de análise: áreas de gualdade sócio-espacial e exclusão social).
encosta e margens de rios.
As referências que adotamos serviram de fio condutor para 2. Região do Médio Vale do Paraíba
que nosso tema fosse contextualizado harmonicamente com Municípios: Resende, Volta Redonda, Porto Real, Barra
nosso objeto de estudo. Desta forma, foi de vital importância Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Barra do Piraí, Rio Claro, Valen-
para o entendimento de nossa pesquisa a conceituação de im- ça, Quatis e Rio das Flores.
pactos ambientais e a localização e configuração da Região me- • Região localizada no vale do rio Paraíba do Sul.
tropolitana do Rio de Janeiro. • Seu histórico de ocupação e degradação está associado
Por fim queremos deixar claro que o presente trabalho tem à atividade cafeeira.
como finalidade servir de contribuição para futuras pesquisas • É a região que mais cresce no interior do estado, devido
e, principalmente, aguçar a discussão em torno da questão am- à posição logística no eixo RJ-SP-BH.
biental na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e estimular • A atividade industrial é bastante intensa, com a presen-
a introdução em nossa sociedade de um modelo de desenvolvi- ça de empresas como: CSN (Volta Redonda), Volkswagen (Re-
mento que reduza os impactos ambientais. sende), Michelin (Itatiaia), entre outras.
• Poluição atmosférica muito intensa, pela presença de
Fonte: https://www.webartigos.com/artigos/impactos-ambien- muitas industrias.
tais-urbanos-na-regiao-metropolitana-do-rio-de-janeiro/71113 • A presença do Parque Nacional de Itatiaia alavanca o
turismo na região e fortalece o setor de comércio e serviços em
cidades como Resende e Itatiaia.
IDENTIFICAR AS PRINCIPAIS REGIÕES DO ESTADO E • Pecuária leiteira e agricultura em Valença, Barra Man-
SUAS CARACTERÍSTICAS GERAIS sa, Quatis e Resende.
GEOGRAFIA
• As terras cultivadas na região abastecem os municípios • A região está localizada na porção leste da Serra da
da região metropolitana. Mantiqueira.
• Contribuem para o desenvolvimento da agricultura: cli- • A agropecuária é a principal atividade econômica (pe-
ma e a rede hidrográfica, relevo, o solo e o índice pluviométrico. cuária leiteira). A estrutura fundiária é concentrada, os solos
• Atividade turística bastante desenvolvida, voltada para não são utilizados adequadamente e a pecuária é extensiva.
o turismo histórico (Petrópolis), turismo rural, ecoturismo, turis-
mo cultural (culturas alemãs e suíças) e o turismo de comércio 8. Região da Costa Verde
(pólos têxteis e moda íntima). Municípios: Itaguaí, Mangaraba, Angra dos Reis e Paraty.
• A industria têxtil tem um papel muito importante na *Inserção recente de Itaguaí e Mangaraba.
região, chegando a exportar lingerie para diversos países. • É a região de menor extensão territorial.
• Possui ainda uma grande unidade de Mata Atlânca do
5. Região das Baixadas Litorâneas estado, além de diversos ecossistemas associados. Entretanto, esse
Municípios: Maricá, Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, ecossistema vem sofrendo com a expansão de avidades urbanas.
São Pedro da aldeia, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Armação de Bú- • Na região existem diversas reservas ambientais.
zios, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Silva Jardim, Rio Bonito • Estão localizadas as Usinas Nucleares de Angra.
e Cachoeira de Macacu. • Turismo forte em Angra dos Reis e Paraty.
• A importância do fator clima na região: o clima entre
Arraial do Cabo e Cabo Frio é diferente do restante do estado, Fonte: http://pibidgeouff.blogspot.com/2013/10/regioes-de-
sendo um local que chove menos, venta mais e o número
n úmero de dias -governo-do-estado-do-rio-de.html
ensolarados durante o ano é maior, o que estimula o turismo de
veraneio na região.
• Ressurgência - este fenômeno, característico da região, APRESENTAR
APRESENTAR NOÇÕES BÁSICAS SOBRE A GEOGRAFIA
impulsiona a indústria pesqueira em Cabo Frio. DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
• Turismo é a principal atividade, gerando diversas ou-
tras, como comércio e construção civil. Um dos primeiros territórios explorados pelos colonizado-
• Os ecossistemas de restingas e lagunas sofrem com a res portugueses, durante muito tempo a cidade do Rio de Ja-
pressão desordenada e a falta de políticas públicas para a con- neiro, localizada no estado homônimo, foi a capital do Brasil,
servação. portanto, centro administrativo do país. Mesmo que desde a
• Outros dois setores da indústria muito importantes
década de 60 a capital seja Brasília, o estado ainda sedia muitos
são: a pesca e a produção de sal, este último em decadência
decadê ncia pela
órgãos públicos.
pressão dos empreendedores imobiliários e pela concorrência
com a produção do Rio Grande do Norte.
Com o objetivo de realizar contratações para esses órgãos,
• Falta de infra-estrutura e crescimento desorganizado
anualmente uma série de editais de concursos e processos se-
impulsionado pela especulação imobiliária são os principais cau-
letivos são publicados. Embora o total domínio do conteúdo
sadores de problemas sócio-ambientais na região.
programático seja indispensável, a preparação antecipada e um
• Expansão das atividades não agrícolas.
6. Região Norte Fluminense bom material de apoio são fundamentais para o sucesso dos es-
Municípios: Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso tudantes.
Moreira, Conceição
São Francisco de Macabu,
de Itabapoana e SãoMacaé,
João daQuissamã,
Barra. São Fidélis, Nesses certames regionais, frequentemente aparecem
• Produção de etanol de cana-de-açúcar. questões específicas sobre o estado que sedia o órgão, e no Rio
• Solos férteis, relevo de planície, disponibilidade hídri- de Janeiro não é diferente. Por isso, candidatos devem estar
ca, tradição em agricultura, força de trabalho numerosa e baixo sempre em dias com a matéria de geografia do Rio de Janeiro
custo, proximidade dos grandes centros consumidores. para concursos. Confira, a seguir, o nosso resumo sobre o tema.
• Bacia de Campos: exploração do petróleo off shore.
• Indústrias ligadas ao setor petrolífero presentes cada Formação do território
vez em maior número na região. Como mencionado anteriormente, o território onde hoje
• Falta de infra-estrutura básica em cidades como Macaé está o Rio de Janeiro foi um dos primeiros a ser explorado pelos
portugueses. Uma dessas missões exploratórias chegou na Baía
e Campos.
• Royalties do petróleo aumentando receitas dos municí- de Guanabara em 1º de janeiro de 1502.
pios, sem outrora, melhorar as condições de vida da população.
• Estrutura fundiária marcada pela forte concentração de Porém, assim como no restante do território, a colonização
terras. só teve início, de fato, a partir de 1532. O local que anteriormen-
te era usado apenas para atividades extrativistas, passou a so-
7. Região Noroeste Fluminense frer com ameaças das nações que se aventuraram tardiamente
Municípios: Itaperuna, Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, nas grandes navegações.
Cambuci, Italva, Itaocara, Lajes do Muriaé, Natividade, Porciún-
cula, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai. França, Inglaterra, Holanda e outros, constituíam uma real
• É a região mais pobre do estado, participa apenas com ameaça, e por isso, o português Martim Afonso de Souza foi en-
1% do PIB do estado. carregado de vir para o Brasil em uma missão colonizadora. Por
• Itaperuna é o maior centro da região. conta da imensidão do território brasileiro, essa colonização não
• O meio físico da região é composto por muitas serras, teve êxito em evitar os ataques, que continuaram a acontecer
rios, morros e cachoeiras. deliberadamente.
GEOGRAFIA
A próxima tentativa de conter os ataques foi a divisão do Além do limitar-se ao oceano Atlântico ao sul e ao leste,
país em 15 capitanias hereditárias, destinando cada uma delas seus estados limítrofes são Minas Gerais ao norte e a oeste, São
para um donatário, que por sua vez, ficaria responsável pela pro- Paulo a oeste e o Espírito Santo ao norte.
teção e colonização do território que havia sido designado a ele.
Rio de Janeiro e as principais cidades
O local
de São ondeque
Vicente, hoje
foiestá o Rio de
entregue ao Janeiro
pr ópriopertencia
próprio Martim deà Souza
Capitania
em A capital
estado do Rio popularmente
e é conhecida de Janeiro recebe
apenaso mesmo nome
po r “Rio”
por que o
ou “cidade
1534. Uma porção do território também fazia parte da Capitania maravilhosa”, principalmente por conta de suas belezas naturais
de São Tomé, que em 1536 foi doada a Pero Góis da Silveira. e pontos turísticos. Ela obriga, inclusive, uma das sete maravi-
lhas do mundo moderno, o Cristo Redentor.
As capitanias hereditárias também não foram efetivas, e
em 1555 a Baía de Guanabara foi invadida pelos franceses. Com A cidade é um dos centros econômicos mais importantes do
apoio do rei da França, Henrique II, eles fundaram a França An- Brasil e o polo turístico que atrai o maior número de visitantes
tártica e trouxeram aproximadamente 300 colonos calvinistas. internacionais no país, na América Latina e em todo o hemisfério
sul. É também a capital brasileira mais conhecida no exterior.
Portugal demorou quase 10 anos para tomar medidas de
combate aos franceses. Uma delas ocorreu em 1º de março de Fundada em 1º de março de 1965, de acordo com dados do
1565, e foi comandada por Estácio de Sá. Nesse dia, aconteceu Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017 a
a fundação da segunda cidade brasileira, São Sebastião do Rio população estimada era de 6.520.266 habitantes, o que corres-
de Janeiro. ponde a quase 40% de todo o território.
A partir
meras daí, contra
batalhas entre 1567 e 1568 ose portugueses
os franceses portugues
indígenas.esAlém
travaram inú-
da expul- Além
estado, da capital,
conheça que
outras é cidades
dez a maior que
e mais populosa cidade do
se destacam:
são dos primeiros, os segundos foram amplamente dizimados. • São Gonçalo – 1.038.081 habitantes
Porém, os índios que aliaram-se aos lusitanos foram poupados, • Duque de Caxias – 882.729 habitantes
e muitas vezes, recompensados. • Nova Iguaçu – 807.492 habitantes
• Niterói – 496.696 habitantes
Em 1574, em mais uma tentativa de frear os ataques ao Bra- • São João de Meriti – 483.128 habitantes
sil, a Coroa Portuguesa dividiu o país em dois governos, um com • Belford Roxo – 481.127 habitantes
sede em Salvador – BA e outro no Rio de Janeiro – RJ. Somente • Campos dos Goytacazes – 460.624 habitantes
com essa iniciativa é que ocorreu a ocupação definitiva do ter- • Petrópolis – 298.142 habitantes
ritório. • Volta Redonda – 262.970 habitantes
• Magé – 236.319 habitantes
Pouco tempo depois, em 1578, aconteceu a reunificação.
No entanto a capital passou a ser unicamente Salvador. Essa
configuração permaneceu até 1808, ano que em que a família Bandeira do Rio de Janeiro
real portuguesa chegou ao Rio de Janeiro, devolvendo à cidade
••Rio de Redonda-Barra
Volta Janeiro: Rio de Mansa:
Janeiro,Volta
AngraRedonda-Barra
dos Reis e Rio Bonito.
Mansa, adotada
toria em Alberto
do Dr. 1965. Tanto
Rosa oFioravanti,
brasão, quanto a bandeira
atendendo a um são de au-
pedido do
Resende e Valença. então governador, General Paulo Torres.
• Petrópolis: Petrópolis, Nova Friburgo e Três Rios-Paraíba As cores azul e branco representam, respectivamente, o mar
do Sul. e a paz. No brasão, o café e a cana-de-açúcar representam a im-
• Campos dos Goytacazes: Campos dos Goytacazes, Itaperu- portância da atividade agrícola no estado, enquanto as serras, o
na e Santo Antônio de Pádua. pico Dedo de Deus, que é uma formação geológica da Serra dos
• Macaé-Rio das Ostras-Cabo Frio: Cabo Frio e Macaé-Rio Órgãos. Por fim, a águia representa o governo forte e honesto.
das Ostras.
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA
Comidas típicas do Rio de Janeiro • Taxa de natalidade – entre todas as unidades federativas
É comum as pessoas pensarem que o estado do Rio de Ja- do Brasil, o Rio de Janeiro tem a segunda menor taxa de nata-
neiro não tem uma culinária própria, ou se a tem, que ela fica lidade, com 11,9%, fica à frente apenas do Rio Grande do Sul.
restrita apenas a feijoada. Essa ideia é completamente errada, • Expectativa de vida – neste quesito, o estado o ocupa a
e pelo contrário, a comida tem características muito singulares. oitava melhor posição, com expectativa de vida média de 76,2
Apesar de ter outras influências, na comida típica fluminen- anos.
se, predominam as características da culinária portuguesa. Um • Incidência da pobreza – no estado, a incidência da pobreza
pobr eza
reflexo dos anos em que, durante o Brasil Império,
Império , o estado abri- está entre as dez menores do Brasil. Com 3,9% da população de
gou a capital do país. extrema pobreza, o Rio de Janeiro fica em sétimo lugar entre
• Feijoada todas as unidades federativas.
• Filé à Oswaldo Aranha • Acesso à rede de esgoto – mais de 92% dos municípios
• Chuvisco fluminenses possuem rede de esgoto, o que o coloca o estado
• Pão doce como o quarto melhor no ranking do país.
• Biscoito Globo e chá mate
• Caldo verde Fonte: https://editalconcursosbrasil.com.br/blog/geografia-do-
• Frango assado de padaria -rio-de-janeiro-para-concursos/
• Podrão (gíria que dá nome ao cachorro quente feito em
barraquinhas de rua)
GEOGRAFIA
por cento, e na década de 1990, 2,1 por cento, segundo o IBGE. tística (IBGE), esse tipo de habitação encontra-se assim defini-
Ou seja, o crescimento econômico do país, nas duas últimas dé- do: “aglomerado subnormal (favelas e similares) é um conjunto
cadas do século XX, não conseguiu incorporar nem mesmo os constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais,
habitacion ais, ocupando
ingressantes da População Economicamente Ativa (PEA) no mer- ou tendo ocupado até período recente, terreno de propriedade
cado
para ade trabalho, odoque
precarização acarretou
trabalho conseqüências dramáticas
e, conseqüentemente, também alheia (públicaem
sa, carentes, ousua
não), dispostas
maioria, de de formapúblicos
serviços desordenada e den-
essenciais”.
para a crise urbana”. Sem entrarmos no mérito da definição, por si só problemática,
Foi com a introdução das políticas neoliberais, a partir de já na última
úl tima décad
décadaa do sécul
séculoo XIX,
XI X, em
e m 1897,
18 97, surgir
s urgiram
am as favel
favelas
as
1980, que esse processo ganhou
ganh ou força, já que houve uma política nos morros da Providência e de Santo Antônio, na área central
de privatização, uma acumulação de bens e serviços em poucas da cidade.
mãos, o que acabou desestabilizando socialmente os países pe- A cidade do Rio de Janeiro tinha problemas seríssimos de fal-
riféricos e lançando milhões de pessoas
pesso as na informalidade. Para o ta de moradia e ainda assim não parava
par ava de crescer. Entre 1903 e
sistema, segundo Davis (2006), eles são “óleo queimado”, “zeros 1906, o Prefeito Pereira Passos promoveu uma intensa reforma
econômicos”, “massa supérflua” que sequer merece entrar no urbana, na qual foram demolidos vários imóveis (grande parte
exército de reserva do capital. Essa exclusão pode ser percebi- deles de habitação popular) para par a ampliação de vias e construção
da pela crescente favelização que ocorre no planeta. Segundo de “prédios modernos”, muitos deles de inspiração parisiense.
Davis (2006, p. 34), 78,2 por cento das populações dos países Além disso, como voltaremos a falar posteriormente, o prefeito
pobres é de favelados e dados da CIA, de 2002, apresentavam impôs novas e rigorosas normas urbanísticas que acabaram por
o espantoso número de 1 bilhão de pessoas desempregadas ou inviabilizar inclusive os subúrbios para as classes mais pobres
subempregadas favelizadas. que foram desalojadas da área central da cidade. Nesse sentido,
No Rio dedeJaneiro
crescimento favelasa realidade
na cidadenão é diferente.
e dados oficiais Há um grande
(Instituto Pe- o novoosjámeios
mais, traz em
desitransporte
a sua própria
eramnegação. Para
precários, complicara ainda
obrigando força
reira Passos - IPP) trazem a informação de que cerca de 20 por de trabalho a residir próximo ao local de trabalho.
cento dos habitantes da cidade moram em favelas. Esse cresci- Desde o início do século XX – com a denominada Reforma
mento mais vertiginoso faz-se ainda mais visível a partir da dé- Passos – foram promovidas reformas urbanas vigorosas (Abreu,
cada de 1980 – conhecida no Brasil como a década perdida, já 1987, p. 60; Neves, 1996, p. 49; Vaz, Silveira, 1999, p. 59; Reis,
que o crescimento foi irrisório frente aos anteriores – e está as- 1977, p. 22), ademais, embora tenham sido formados bairros
sociado a todos os fatores enunciados anteriormente. Alto índi- ditos operários (Albernaz, 1985, p. 25), o aspecto geomórfico
ce de desemprego, crescimento da informalidade, especulação peculiar da cidade fez com que a divisão de classes por entre os
imobiliária, falta de política habitacional para população de bai- diversos bairros da cidade fosse ligeiramente borrada. Assim é
xa renda e sistema de transportes coletivos precário são apenas que observamos um grande número de favelas localizadas em
alguns exemplos dos motivos para o crescimento das favelas no bairros nobres da cidade. Contudo, importa reconhecer que a
Brasil e especificamente no município do Rio de Janeiro. própria concepção “de morador do morro” e “morador do asfal-
Com toda certeza, para falarmos sobre as origens, expan- to” por si só já denota a divisão.
são, remoção e, atualmente, exclusão concretamente proposta Houve, durante a constituição da organização espacial ca-
através da construção de muros de contenção contra o cresci- rioca no decorrer do século XX, um comportamento já conheci-
mento dasprocesso
o próprio favelas, teríamos de iniciar
de formação nossa argumentação
e expansão da cidade docom
Rio do desdeem
privado o benefício
século XIX,das
emclasses
que omais
Estado associou-se
abastadas ao capital–
da sociedade
de Janeiro, contudo nossa proposta – até por ter um caráter de sobre tal tema Jacobi (1989, p. 06-09) debruça-se com bastante
sucinto comentário – objetivará fazer uma breve, e por isso in- clareza. É nesse sentido que podemos afirmar, juntamente com
suficiente, contextualização para posteriormente abordarmos a Lojkine (1981), que as formas de urbanização são, antes
ant es de tudo,
proposta do governo do estado com o apoio da prefeitura da formas da divisão social e territorial do trabalho. Jean Lojkine
cidade, de construir muros para conter a expansão das favelas. (1981, p. 122) acredita que “não considerar a urbanização como
Para tanto, subdividimos este artigo em três partes:
part es: inicialmente elemento-chave das relações de produção (...) é retomar um dos
retornaremos ao final do século XIX e início do século XX para temas dominantes da ideologia burguesa segundo a qual só é
apontarmos o que seria considerado o surgimento das favelas ‘produtiva’ a atividade de produção da mais-valia”.
na cidade do Rio de Janeiro, além de, também, abordarmos as No último quartel do século XIX, as companhias de bondes
transformações realizadas durante a Reforma Passos, que pro- da cidade também tiveram importante papel na produção do es-
moveu grande mudança na organização espacial da cidade; na paço carioca. Longe de representarem apenas companhias de
segunda parte trataremos da expansão das favelas – que cer- transporte, estas participaram da conformação da espacialidade
tamente seguem a expansão da própria cidade e dos empregos da cidade do Rio de Janeiro, pois a partir das alianças entre o
gerados por ela – , além de apontarmos também as políticas de capital externo, o capital imobiliário, o capital fundiário e o Esta-
remoção; e, finalmente,
tando as atuais absurdas chegaremos
propostas deao fim do artigo
contenção apresen-
do crescimen- do,
reirao da
espaço
Silva urbano começa
(1992, p. a ser tal
43) elucida (con)formado. Maria
colocação ao Laisque,
afirmar Pe-
to das favelas a partir da construção de muros em seu entorno. quando da concessão para abertura das linhas para Copacabana
e Vila Isabel, ocorreram barganhas com o poder público que im-
Sobre as origens das favelas plicaram em obras que modificaram o espaço urbano:
A presença de casebres em morros da cidade data de 1865, “a Cia. Do Jardim Botânico, por exemplo, executa o desmon-
o que leva a argumentação de que já se tratariam de formas te de parte da ladeira de Santo Antônio para alargamento da rua
embrionárias de favelas. Isso porque a definição oficial inclui a da Guarda Velha, sem falar nos túneis e em aterro (como vários
conotação de adensamento, ilegalidade, pobreza, insalubridade na lagoa Rodrigo de Freitas) para construir estações; a Cia. De
e desordem. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- São Cristóvão prolonga e abre várias ruas, como condição para
GEOGRAFIA
extensão de suas linhas; a Cia. De Vila Isabel faz o aterro do man- buscou estar próximo ao local de trabalho.
t rabalho. E nesse sentido não é
gue de Praia Formosa e abre ruas no Cachambi e outros locais, de espantar que a maior parte das remoções não obteve suces-
e assim por diante”. so, pois os moradores eram alocados em locais muito distantes
Maurício Abreu (1987, p. 44) também percebe tal aliança e sem infra-estrutura de transportes.
e enaltece o que denominou “associação bonde-loteamento”. Desde meados do século XX, a ocupação da cidade conti-
Exemplificando essa forma de associação, afirma que o bairro nuou seguindo o caminho traçado já no início desse mesmo sé-
de Vila Isabel foi criado em 1873 pela Companhia Arquitetôni- culo: o declínio da população residente na área central era cada
ca, cujo proprietário era o mesmo da Companhia Ferro-Carril de vez maior e enquanto os subúrbios absorviam as classes mais
Vila Isabel, o Barão de Drummond. Visto isso, acreditamos que a baixas da população, a zona sul manteve-se como área preferida
apropriação e a produção do espaço se dá segundo os interesses da classe mais abastada da cidade. Durante a primeira metade
do Estado, do capital comercial (nesse caso, mais especificamen- do século XX a cidade se expandiu e em seu interior as fave-
te os concessionários do setor de transportes), o capital imobi- las foram sendo criadas. Era possível observar um crescimento
liário e o capital fundiário. vertical no centro e na zona sul, enquanto que nos bairros da
Evidentemente, todas essas obras de extensão das linhas de zona norte e dos subúrbios a expansão deu-se através da cons-
bondes, que contribuíram para a expansão da cidade, deman- trução horizontal, principalmente de casas unifamiliares. Lílian
davam grande quantidade de mão de obra. Esses trabalhadores Vaz (1998) enaltece o fato de que “nas décadas de 1940-1950 e
acomodavam-se nos canteiros de obra durante a construção, seguintes assistiu-se
assistiu- se à expansão metropolitana e à formação das
porém quando esta chegava ao fim, se não encontravam em- periferias”. Nesse período já havia forte pressão para a remoção
prego em novas obras, tinham de construir suas casas junto aos das favelas e a população de baixa renda que optava por não so-
locais em que pudessem conseguir trabalho. frer esse tipo de risco, tinha como alternativa as periferias cada
Em se tratando das companhias de bondes, poderíamos vez mais distantes, onde se multiplicaram os loteamentos po-
afirmar que enquanto a Companhia Jardim Botânico contribuiu pulares. Assim, segundo Vaz (1996), “nos lotes pequenos, sem
para a ocupação da freguesia da Lagoa pelas classes abastadas, infra-estruturas urbanísticas, de difícil acesso, e por isso mesmo,
as demais companhias exerciam a função de integração da área baratos, praticava-se a auto-construção. Assim, na produção dos
central da cidade aos bairros proletários de Santo Cristo, Gam- novos espaços, destacava-se o binômio loteamentos populares
boa, Saúde e Catumbi. e auto-construção, e em menor grau, a produção de conjuntos
Roberto Lobato Corrêa (1995, p. 32) dá-nos exemplo da residenciais pelo Estado”.
associação desses agentes quando da abertura do Túnel Velho Nos anos 1960 e 1970, a produção de conjuntos habitacio-
(que liga Botafogo a Copacabana) pela própria Companhia de nais esteve associada à política de remoção de favelas. Nesse
Bondes do Jardim Botânico. Para esse empreendimento foi cria- período, grande quantidade de moradores de favelas foi trans-
da a Empresa de Construções Civis, que acabou sendo a maior ferida para assentamentos distantes do núcleo, que na maio-
responsável pela valorização do arrabalde de Copacabana. ria das vezes não contava com comércio e nem com sistema de
Nesse sentido, elucida-nos Elizabeth Cardoso (1986, p. 66) transportes coletivos que desse boas condições de deslocamen-
a propósito do que vinha a ser a Empresa de Construções Civis. to para essas pessoas. Boa parte das áreas de onde foram re-
Constituiu-se de uma aliança de interesses comuns centrados movidas as favelas foi ocupada por grandes empreendimentos
nas valorizações fundiária e imobiliária. imobiliários que se destinavam à construção de conjuntos de
“Eram seus acionistas vários proprietários de terras em Co- edifícios de apartamentos de alto luxo.
pacabana, vários bancos – Banco Luso-Brasileiro, Banco Brasil e Neste momento seria importante tecer alguns esclareci-
Norte América, Banco Construtor do Brasil e Banco de Crédito mentos quanto à noção de subúrbio. Para tal, importa reconhe-
Rural e Internacional –, pelo menos uma empresa do setor in- cer, junto com José de Souza Martins (1992, p. 09), que a pers-
dustrial, a Companhia Nacional de Forjas e Estaleiros, empresas pectiva elitista do centro domina a concepção que se tem do que
comerciais, entre elas uma de exportação de café, outras em- foi [e é] o subúrbio”. Tentaremos não nos alongar em demasia,
presas imobiliárias, como a Empresa de Obras Públicas no Brasil, contudo a maneira como essa noção foi e, efetivamente, é utili-
que foi a maior acionista e a própria Botanical Garden”. zada no Rio de Janeiro tem sua especificidade. Nelson da Nóbre-
Mas isso não é tudo, participaram também da Empresa ga Fernandes (1995, p. 29) ao investigar a história da categoria
de Construções Civis um ex-Ministro da Agricultura, Comércio subúrbio no Rio de Janeiro entre 1858 e 1945, reconhece que
e Obras Públicas e dois prefeitos da cidade, dentre eles Carlos essa palavra sofreu uma transformação em seu significado tra-
Sampaio (também proprietário fundiário em Copacabana). Cor- dicional, fazendo com que deixasse de representar todas áreas
rêa (1995, p. 33) acrescenta à lista de acionistas membros da circunvizinhas à cidade para designar, de forma particular e ex-
antiga nobreza: “pelo menos seis barões e um visconde eram clusiva, os bairros populares situados ao longo das ferrovias nos
sócios dela”. Percebemos, então, a aliança entre proprietários setores norte e oeste da cidade do Rio de Janeiro.
fundiários, promotores imobiliários, bancos, empresas comer- O autor interpreta a produção do conceito carioca de subúr-
ciais e industriais e, inclusive, o Estado. bio, como o resultado de um rapto ideológico – mudança brusca
e drástica do significado de uma categoria, em que seus atribu-
tos mais originais e essenciais são expurgados de seu conteúdo,
A expansão das favelas por toda a cidade e as políticas de sendo submetidos por significados novos e complemente estra-
remoção nhos à sua extração mais genuína. Esse tipo de reforma implicou
A partir da década de 1910, as favelas crescem mais inten- na destruição dos bairros proletários centrais e o deslocamento
samente e penetram a zona sul e o seu crescimento é acompa- de seus moradores para o subúrbio, que para a ideologia domi-
nhado, nessa mesma década, pela sua repressão. Foi assim que nante, deveria ser o locus do proletariado.
presenciamos uma longa história de remoções, desconsideran-
do um fato fundamental: durante toda a história o trabalhador
10
GEOGRAFIA
Em se tratando do Rio de Janeiro, a ausência de uma efetiva Após essa explanação, podemos perceber de maneira mais
política de habitação popular, tornou a casa própria no subúrbio apropriada a forma pela qual a cidade do Rio de Janeiro se ex-
uma miragem para a maioria do proletariado. A partir de então, pandiu. As primeiras três décadas do século XX demonstraram
Fernandes (1995, p. 30) supõe que “o sentido do ‘conceito ca- notável expansão da tessitura urbana da cidade. Nesse período,
rioca de subúrbio’ experimentou o sentimento e a necessidade caracterizou-se o crescimento da cidade a partir de dois vieses:
ideológica das elites no intuito de afastar as classes subalternas as classes alta e média ocuparam as zonas sul e norte, tendo no
do Rio de Janeiro”. Estado e nas companhias concessionárias de serviços públicos
Considerando a advertência de Henri Lefebvre (1976, p. seus maiores aliados; e por outro lado, os subúrbios cariocas
46) de que o espaço é sempre uma representação carregada de caracterizaram-se como locais de residência do proletariado,
ideologia, o trinômio trem–subúrbio–pobreza só veio de fato a que, a partir do deslocamento das indústrias, se dirigiu, tam-
se concretizar depois do início do século XX, com o desenvolvi- bém, para lá. Se as zonas sul e norte tiveram apoio do Estado,
mento da ideologia da casa própria no subúrbio. “Subúrbio”, en- em se tratando dos bairros suburbanos a ocupação se deu sem
tão, passou a ser entendido como as áreas servidas por ferrovia qualquer apoio estatal ou das concessionárias. Dessa maneira,
que foram abertas ao proletariado como um dos símbolos das logo se percebia a desigualdade sócio-econômica que se refletia
alterações das relações sociais que conformam e caracterizam na espacialidade da cidade.
as reformas urbanas verificadas no Rio de Janeiro. A alternativa Pelo que vimos, o Rio de janeiro apresentou uma história
da moradia suburbana para os pobres do Rio de Janeiro apare- de crescimento urbano marcado por extensas periferias, em
cerá com grande nitidez em 1905, no âmbito de uma comissão que residia a população de classe mais baixa, e por forte desi-
designada pelo Ministério da Justiça e do Interior para “propor gualdade da oferta de infra-estrutura e de serviços, em benefí-
soluções ‘ao urgente problema das habitações populares’ na ca- cio das áreas habitadas pelas classes mais abastadas. Vetter e
pital da República” (Benchimol, 1992, p. 39). Massena (1982, p. 50), analisando a cidade, identificaram em
O subúrbio ferroviário, contudo, não foi um lugar destinado sua dinâmica uma matriz perversa de distribuição dos recursos
aos pobres, o que significa que, do ponto de vista de um direito urbanos, que direcionava os investimentos públicos direta ou
social como a habitação, a República, além de expulsar os po- indiretamente para as camadas já mais bem servidas e de mais
bres da cidade, não garantiu sequer aquela área ao proletariado alta renda. Denominaram esse modelo de “causação circular”,
da cidade. O Prefeito Pereira Passos, através do Decreto 39, de que, segundo Cardoso e Ribeiro (1996, p. 22), “passou a ser con-
10/02/1903, criou uma série de normas para construção que di- siderado pela literatura como característico do nosso padrão de
ficultava ainda mais a construção de habitações populares nos urbanização”. Harvey (1980, p. 135; 1982, p. 11), já percebendo
subúrbios. Assim, a tentativa de organização espacial acabou tal distribuição desigual, enunciava a alocação espacial diferen-
por contribuir para a formação de favelas por toda cidade – in- ciada dos equipamentos urbanos de consumo coletivo. Tal ca-
clusive naquelas áreas mais periféricas, que teoricamente se- racterística levava à ampliação da renda real daqueles que já
riam destinados aos pobres – e, ainda, incentivou a promoção possuíam elevada renda monetária. Apesar disso, convém lem-
de loteamentos irregulares na Baixada Fluminense, ou seja, para brar que, devido à especificidade geomorfológica da cidade do
além do território do, à época, Distrito Federal. É nessa conjun- Rio de Janeiro, mesmo nos bairros habitados pelas classes mais
tura de transformação socioespacial do Rio de Janeiro que se abastadas da sociedade carioca encontramos favelas sem a in-
define os subúrbios ferroviários como o lugar do proletariado. fra-estrutura mínima necessária.
Ainda hoje, no Rio de Janeiro, é comum o uso de expressões A intensificação do processo de concentração de renda em
como: subúrbio da Leopoldina (referindo-se aos bairros servidos curso culminou com a expansão da parte rica da cidade em di-
pela Estrada de Ferro da Leopoldina) e subúrbio da Central (tra- reção a São Conrado e Barra da Tijuca. Para tanto, o Estado que
tando-se dos bairros servidos pela Estrada de Ferro da Central se associou ao capital imobiliário teve importante papel, pois
do Brasil). incorreu em um enorme investimento para a construção da Au-
O conceito carioca de subúrbio é uma representação que to-Estrada Lagoa-Barra. Essa obra foi extremamente custosa,
sintetiza um discurso ideológico sobre o lugar dos pobres na ci- pois incluiu, para sua realização, a perfuração de vários túneis e
dade do Rio de Janeiro. Para Fernandes (1995, p. 31), tal concei- a construção de pistas sobrepostas encravadas na rocha. Nesse
to significa o tipo de cidadania reservada para a maioria de sua período, essas novas áreas da cidade, apesar de esparsamente
população, já que “predomina, entre nós, a idéia de um espaço habitadas, tiveram no Estado importante agente para a produ-
(suburbano) subordinado e sem história, sem criação, sem cultu- ção do espaço. A partir da associação com o capital privado, seja
ra, carente de valores estéticos em seus homens e sua natureza na abertura de estradas e ruas, seja na pavimentação e instala-
(subúrbio é quase sempre feio e sem atrativos), ausente de par- ção de infra-estrutura, o Estado investiu grandes somas de di-
ticipação política e cultural. No máximo, concede-se ao subúrbio nheiro na preparação desse novo eixo de expansão da cidade.
o lugar da reprodução”. Em um período de aproximadamente 40 anos – 1955 a 1999 –
A partir dessa leitura, constatamos que o padrão de segre- a Barra da Tijuca apresentou um crescimento surpreendente,
gação que se reproduz através do conceito carioca de subúrbio, principalmente nos últimos 15 anos (Figuras 01, 02, 03, 04 e 05).
reifica o subúrbio enquanto ideologia, o que acaba por legiti- A rede viária do Rio de Janeiro, juntamente com a constru-
mar não só os discursos que fazem apologia ao status quo como ção imobiliária, tem se constituído como marco concreto do pro-
pro -
aqueles que se opõem a ele e o denunciam; isto porque não vão cesso de produção e transformação do espaço urbano. A cons-
além da forma, ou seja, classificam as aparências mas não as trução da rede viária contribuiu, segundo Mauro Kleiman (2001,
explicam e ao não fazê-lo reificam as práticas sociais a partir da p. 1597), para a configuração de seu padrão de segregação so-
ideologia dominante. Portanto, repete-se um dos fundamentos cioespacial. Tal afirmação baseia-se na forma com que se deu
das ideologias que é a negação e/ou omissão do processo histó- Os investimentos em direção à Barra da Tijuca continuaram
rico. É a naturalização do real e sua redução ao presente, onde o com a abertura de novas vias de acesso: Avenida das Américas
passado existe para ratificá-lo. (que se prolonga em direção ao Recreio dos Bandeirantes) e a
11
GEOGRAFIA
Avenida Alvorada (atual Avenida Ayrton Senna). Tais avenidas ra da Tijuca. Contudo, não devemos esquecer que, na década
favoreceram, respectivamente, a expansão imobiliária em di- de 1990, bairros como Botafogo, Lagoa, Jardim Botânico e Le-
reção ao Recreio e a acessibilidade maior a partir do bairro de blon começaram a vivenciar um processo de renovação do seu
Jacarepaguá. Contudo,
dos construídos, houve juntamente com os condomínios
também o surgimento fecha-
e o crescimento estoque
construção imobiliário pelas grandes
de apartamentos incorporadoras,
de luxo, seja para
seja para edifícios a
de es-
das favelas. Algumas, como no caso da Favela do Terreirão, bem critórios.
próximas à praia e nesse caso tratando-se de favelas planas. Esse período compreende justamente a fase em que o cres-
No caso do Rio de Janeiro, como vimos anteriormente, a ar- cimento econômico no Brasil foi praticamente nulo, não con-
ticulação entre os agentes ocorreu desde há muito tempo atrás seguindo incorporar a população economicamente ativa que
e continua a ocorrer. Apesar de o governo federal ter anuncia- chegava ao mercado de trabalho, além de apresentar um for-
do sua intenção de concentrar seus investimentos em moradia te crescimento do desemprego. A estratégia de sobrevivência
para a população de baixa renda, as principais construtoras que dessa parte da população voltou-se à informalidade e as favelas
atuam na cidade têm-se dedicado à construção para a classe próximas aos locais de trabalho tornaram-se sua opção de ha-
mais abastada. Segundo levantamento da própria Associação bitação.
de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi/RJ), Luciana Corrêa do Lago (2001, p. 1535) percebe uma ten-
publicado pelo jornal O Globo (2003), 50,5 por cento dos novos dência que se refere à “elitização da população residente em
projetos – imóveis na planta, em construção ou que acabaram de áreas com significativa intervenção do capital imobiliário, res-
ficar prontos – custam hoje mais de R$ 251 mil. Além disso, 23,7 ponsável pelas mudanças de uso do espaço”. Tratam-se, basica-
por cento referem-se a unidades com preços acima de R$ 400 mente, de áreas consolidadas e já valorizadas como Botafogo,
mil. Curiosamente,
ção dos Empresárioso do
próprio presidente
Mercado da Ademi/RJ
Imobiliário do Rio de(Associa-
Janeiro) Leblon e Lagoa.
como nova área Além dessas, aEm
de expansão. Barra
umada Tijucaáreas,
dessas se junta a elas
na Favela
na época, Márcio Fortes, ao analisar o resultado do levantamen- Santa Marta em Botafogo (Foto 06), o Governador Sérgio Cabral
to, afirma estar diante de uma grande distorção no sistema, já em parceria com o Prefeito Eduardo Paes estão pondo em ação
que em condições normais os imóveis avaliados acima de R$ 251 um plano de ocupação de favelas. Na segunda quinzena de de-
mil não deveriam representar mais de 10 por cento da oferta. zembro de 2008, foi inaugurado o novo Posto de Policiamento
Outro ponto marcante encontra-se no fato de, aproximada- Comunitário (PPC) na favela ocupada pela polícia desde 19 de
mente, 60 por cento dos imóveis serem financiados diretamente novembro do mesmo ano. Essa primeira experiência, segundo o
pelo incorporador. Nesse sentido, o financiamento caracteri- Secretário de Segurança, funcionará como projeto piloto e deve
za-se pelo curto prazo – em geral, cinco anos – o que exclui a ser expandido para outras favelas, segundo matéria publicada
possibilidade de aquisição pela parcela menos abastada da po- no jornal O Globo (19/12/2008).
pulação. A ação policial, que teria “expulsado” os traficantes, seria
E se a cidade vêm crescendo em direção da Barra da Tijuca acompanhada de uma “invasão social”, que traria atividades
(zona oeste litorânea), não é à toa que das 513 favelas regis- educativas e culturais, acesso aos serviços públicos e etc. Contu-
tradas pelo IBGE na Região Metropolitana, mais de 100 estão do, segundo o presidente da Associação de Moradores, a inva-
concentradas na zona oeste. Não nos surpreende que os núme- são social ainda não chegou.
ros oficiaisda
população cheguem a afirmar
cidade vive que aproximadamente 20% da
em favelas. Uma pesquisa
na primeira divulgada
quinzena pelode
de janeiro Instituto Pereiraque
2009, afirma Passos (IPP),
o Rio de
Paulo Bastos Cezar (Jornal do Brasil, 20 de dezembro de Janeiro já contabiliza 968 favelas, ou seja, 218 a mais do que em
2002), pesquisador do Instituto Pereira Passos (IPP), concluiu 2004. A pesquisa mostra ainda que a população favelada passou
seu trabalho sobre o crescimento das favelas afirmando que se a ocupar mais três milhões de metros quadrados do que ocupa-
a ocupação do Rio de Janeiro continuar no ritmo em que está, va em 1999. Segundo o IPP, as favelas passaram
pass aram a ocupar 3,7 por
em 2024 os condomínios e prédios de Jacarepaguá estarão to- cento do território do município.
dos cercados por favelas. Segundo o pesquisador, atualmente O Prefeito da cidade, na primeira quinzena de janeiro de
o bairro tem 113.227 favelados, ou seja, 22 por cento de um 2009, publicou quatro decretos com o objetivo de controlar o
total de 506.760 moradores. Enquanto “a população favelada crescimento das favelas. Um deles autoriza a Secretaria de Ur-
cresceu 12,53 por cento ao ano, a população normal [sic] cres- banismo a firmar convênios com universidades e institutos de
ceu em média 2 por cento nos últimos quatro anos”. Importante pesquisa para elaborar regras urbanísticas para as 968 favelas
frisar que grande parte da população favelada presta serviços até 2012. Tais regras definirão o gabarito – limite máximo de
no bairro vizinho: Barra da Tijuca. Fato é que o crescimento po- altura para prédios em certas zonas – permitido, assim como as
pulacional da Barra da Tijuca continua alto e, como no passado, áreas públicas dentro das comunidades. O prefeito determinou
tal crescimento gera uma demanda por serviços pouco qualifica- ainda que os órgãos municipais passem a demolir habitações em
dos, que atrai cada vez mais população
popu lação de baixa renda em busca áreas de risco. Outro decreto autoriza a Secretaria de Urbanis-
de postos de trabalho. mo a contratar arquitetos para ajudar a orientar os moradores
quanto às regras de construção. E, finalmente, o quarto decreto
Sinais concretos da exclusão: muros para conter o cresci- define a favela Vila Canoas, em São Conrado, como Área de Es-
mento das favelas pecial Interesse, onde será desenvolvido um projeto piloto que
Voltando os olhos para o período pós-1984, percebemos servirá como base para posterior expansão para outras favelas.
o que Lago (2001, p. 1534) denominou “elitização do mercado Ali, além de definir os gabaritos e as áreas públicas da comu-
imobiliário carioca”, pois com a crise do Sistema Financeiro de nidade, o prefeito determinou a obrigatoriedade de habite-se
Habitação (SFH) e praticamente o fim do financiamento para para qualquer obra.
construção de habitações populares, a produção das grandes
empresas passou a se concentrar mais especificamente na Bar-
12
GEOGRAFIA
Contudo, a medida mais polêmica do Governo do Estado além de imóveis públicos e de empresas que faliram ou que sim-
juntament
junt amentee com
c om a Prefei
P refeitura
tura foi a divulga
d ivulgação
ção do início da cons
cons-- plesmente abandoram os antigos prédios. Acreditamos que há
trução, ainda este mês, de um muro de quase 650 metros de realmente um número considerável de imóveis que poderiam
comprimento por três metros de altura na Favela situada no ser convertidos em habitações populares, mas não seriam sufi-
Morro Dona Marta, em Botafogo (zona sul carioca). Se tivermos cientes para dar conta de toda a população favelada do Rio de
em conta que do outro lado da favela há um plano inclinado, Janeiro.
com teleférico para transporte da comunidade, que já serve Assusta-nos que, nos dias atuais, os governos acreditem que
como muro de contenção, ao final da construção do muro os isolar em guetos parte específica da população – a classe pobre
moradores estarão concretamente segregados No discurso, – por po r achá-la
ach á-la inconv
i nconvenien
eniente
te ou perig
perigosa
osa vá
v á resolver
res olver algo. O pro-
pro -
o motivo para a construção do muro é apenas para impedir a blema do crescimento do tráfico de drogas, do crescimento das
devastação da floresta do entorno, tanto que três dias após a favelas e da desordem urbana estão como estão porque houve
divulgação da construção do muro, as instâncias de governo descaso com a população mais pobre e porque a escolha política
passaram a referir-se a ele como “ecolimite”. Em nota oficial o de caminhar junto às propostas neoliberais contribuíram para
governador afirma: “estamos investindo na ordem pública, en- o crescimento da informalidade. A instalação de equipamen-
frentando o tráfico de drogas e impondo limites ao crescimento tos, como infraestrutura de água e esgoto, luz e energia, gás,
desordenado”. coleta de lixo, serviço de correio, saúde e educação facilmente
A Favela Santa Marta parece ser apenas a primeira dentre encontradas no asfalto não chegaram às favelas. Então, ainda é
outras tantas, já que os secretários de Ordem Pública, de Urba- preciso pensar em políticas de construção e financiamento de
nismo e de Meio Ambiente sobrevoaram as Favelas da Rocinha habitações populares, mas tendo em conta que é preciso pen-
(São Conrado), Pavão-Pavãozinho (Copacabana) e Chapéu-Man- sar que a maioria da população necessitada não tem sequer ca-
gueira (Leme), todas na zona sul da cidade, e também demons- pacidade de endividamento, pois não tem como confirmar sua
traram preocupação com o crescimento desenfreado das cons- renda, são trabalhadores informais. É preciso levar serviços pú-
truções e com o desmatamento das áreas de floresta. Mas as blicos de qualidade até essas localidades. E finalmente, é preciso pre ciso
medidas não param por aí, já foi iniciado o monitoramento onli- respeitar essas pessoas pess oas que lá vivem e que são tão moradores da
ne da expansão das comunidades usando satélites e a remoção cidade do Rio de Janeiro como qualquer outro.
de construções fora das áreas delimitadas estão entre as ações
definidas pela prefeitura para acabar com as invasões em áreas
de florestas. Segundo os secretários municipais, estão sendo de-
finidos os limites e qualquer construção que estiver além dessa IDENTIFICAR EM TEXTOS E GRÁFICOS SITUAÇÕES
definição será derrubada. PROBLEMA TÍPICAS DA SOCIEDADE FLUMINENSE E
Essa idéia de murar as favelas e que está sendo posta em RECONHECER FORMAS DE REDUZIR OS PROBLEMAS
prática agora pela parceria entre governo e prefeitura do Estado
GERADOS EM TAIS SITUAÇÕES
do Rio de Janeiro não é nova. Em 2004, o Vice-Governador do
Estado, Luís Paulo Conde (que é arquiteto), fez essa mesma pro- A recessão, a grave crise financeira do Estado do Rio, a es-
posta para conter o crescimento da Favela da Rocinha, contudo cassez de recursos para a polícia e o desemprego estão entre os
a grande mobilização da academia e da opinião pública fez com fatores que contribuem para a atual crise de segurança.
que não a pusesse em prática. O Vice-Governador havia sido Para o antropólogo e especialista em segurança pública Luiz
Secretário de Urbanismo e, em seguida, Prefeito da cidade em Eduardo Soares, o quadro atual resulta da intensificação de prá-
meados da década de 1990. ticas e circunstâncias que estão em curso há muito tempo.
Em 1991, havia cerca de 245.000 imóveis desocupados no
Rio de Janeiro. Atualmente, estima-se que haja mais de 300.000 “O padrão tem sido o mesmo: confronto com ‘o tráfico’,
nessa mesma condição. Se olharmos atentamente, veremos ao adotando incursões bélicas às favelas, que matam inocentes,
longo das vias que cruzam as zonas industriais e portuária gal- suspeitos e até mesmo policiais. A velha ‘política’ da conhecida
pões, armazéns e prédios em sua maioria abandonados. Na área - e derrotada - guerra às drogas”, lamenta.
central da cidade a cena se repete em edifícios antigos e novos Entenda quais são os principais fatores estão por trás da
com grande quantidade de escritórios vazios. Isso acontece in- atual crise de segurança no Rio.
clusive no núcleo central da cidade.
Afirma Vaz (1996) que “nas zonas residenciais, principal- Deterioração das UPPs
mente nos bairros mais modernos, onde predominam os edifí- Nos últimos cinco anos, o número de tiroteios em comuni-
cios de apartamentos, vemos apartamentos e por vezes edifícios dades com UPPs aumentou 13.746%, de acordo com um estudo
inteiros vazios e fechados”. A autora acrescenta ainda, no que feito pela própria Polícia Militar. O número de confrontos nas
se refere ao enorme número de domicílios vazios, que esse nú- favelas com UPPs passou de 13, em 2011, para 1.555, em 2016.
mero é tão alto que daria para ocupá-los com os habitantes das As trocas de tiros se intensificaram nas últimas semanas, nota-
favelas. Segue Vaz (1996) afirmando que “há moradias para to- damente no Complexo do Alemão, onde a PM atua para instalar
dos, e o Rio de Janeiro não precisaria ter nenhuma moradia em uma cabine blindada numa das principais vias da comunidade
favela, nem tampouco, nenhuma favela! E no entanto, os dados Nova Brasília.
sobre favelas continuam a ser utilizados como demonstrativos O entusiasmo em torno da política das UPPs foi inicialmente
do déficit de habitações e da necessidade de construção de no- justificad
just ificado
o por uma queda vert
vertiginos
iginosaa nos índice
índicess de crimin
criminali-
ali-
vas moradias”. dade nas comunidades. Com o tempo e a expansão do programa
Evidentemente, os números apresentados pela autora – que para comunidades maiores e mais complexas - como a Rocinha
acreditamos ter tido o objetivo apenas de provocação – são da- e o próprio Complexo da Maré -, a situação começou a se dete-
dos gerais, que incorporam imóveis particulares, de veraneio, riorar.
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GEOGRAFIA
que chegavam
passado foram ao aeroporto
recebidos pordoum
Galeão
grupopara a Olimpíada
de policiais no ano
em protes- permanentes.
Rio, A disputa de
e facções criminosas territóriosa crise
aproveitam tem sido
para constante no
agir de forma
to empunhando bandeiras dando as boas vindas ao “inferno” - mais agressiva.
“welcome to hell”, dizia em inglês, avisando que policiais e bom- “A criminalidade percebe que há um descontrole na segu-
beiros não estavam recebendo seus salários, e quem chegasse rança pública, que não há rumo, orientação”, diz Julita Lemgru-
ao Rio não estaria seguro. ber.
De lá para cá, a situação se tornou mais crítica. Devido à “Você acha que a criminalidade não percebe que o Rio está
crise, policiais ainda não receberam 13º salário nem as bonifi- à deriva, com um ex-governador preso, o mandato do atual cor-
cações a que têm direito. Maria Isabel Couto, da Diretoria de rendo risco (referência a acusações de corrupção contra o go-
Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV/ vernador Luiz Fernando Pezão), um Tribunal de Contas que está
DAPP), diz que a escassez de recursos vem prejudicando a in- na cadeia? É uma situação de falta de legitimidade do Estado,
fraestrutura e as condições de trabalho da polícia, aumentando um Estado que está um pouco à deriva, e a criminalidade perce-
a situação de vulnerabilidade. be isso claramente”, argumenta Lemgruber.
“O aumento dos indicadores de violência significa que os Mais do que isso, a desigualdade social e a falta de oportu-
policiais na ponta estão sendo colocados sob muito mais pres- nidade para jovens nas comunidades continua a contribuir para
são - isso enquanto o Estado passa por uma crise financeira vio- atrair meninos e adolescentes para o tráfico e munir as facções
lentíssima queogera
boatos de que ansiedade
Estado te msobre
não tem se vão
dinheiro parareceber
comprarsalários,
gasolina,e de recursos humanos.
Sem outra porta de saída que ofereça outras oportunidades,
de que as viaturas estão sucateadas, de que coletes a prova de jovens
jove ns pobre
pobress de comuni
comunidades
dades idem são atraí
atraídos
dos pelos benef
benefí-
í-
bala estão vencidos e armas estão sem manutenção. Tudo isso cios “sedutores” do tráfico - que não se reduzem a bens mate-
gera um cenário de muito estresse para um funcionário cuja fun- riais, diz o antropólogo e especialista em segurança pública Luiz
ção é ir para a rua e proteger a população.” Eduardo Soares. “Mais do que isso, estão em jogo acolhimento,
Neste ano, mais de 60 policiais já foram mortos no Rio. “A reconhecimento, valorização e pertencimento”, arma.
sociedade precisa responsabilizar o policial quando ele precisar “É possível disputar menino a menino com a fonte de recruta-
ser responsabilizado, mas também precisa entender que poli- mento criminosa. Disputar signica oferecer oferecer pelo menos os mes-
ciais estão sob extrema pressão e profundo estresse, e que eles mos benecios, com sinal inverdo, evidentemente”, considera
também são vítimas desse processo.” Soares, dando o exemplo do campo de polícas culturais, que tem
muitas experiências bem sucedidas no Brasil e no mundo.
14
GEOGRAFIA
Maria Isabel Couto, da FGV/DAPP, diz que a falta de uma política nacional de segurança também ajuda a fortalecer as facções
- que substituíram a disputa de uma ou outra favela por disputas mais amplas e ambiciosas.
“A gestão do crime não respeita fronteiras”, diz Maria Isabel Couto. “As facções estão se comunicando, criando parcerias, bus-
cando expandir sua influência e suas rotas. Há uma clara disputa nacional e internacional por territórios.”
Em contraposição, ela diz ser urgente elaborar uma política nacional de segurança pública. “O governo federal precisa entender
que se trata de uma questão nacional e que é seu dever lidar com isso. Nenhum Estado tem condições de dar conta desse controle
sozinho.”
APRESENTAR NOÇÕES DE LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DENTRO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO A PARTIR DA UTILIZAÇÃO
DE MAPAS
O estado do Rio de Janeiro é uma das 27 unidades federativas do Brasil, e a sua capital possui a mesma nomenclatura, a famosa
“cidade maravilhosa“.
Os nascidos no estado do Rio de Janeiro são denominados fluminenses, enquanto aqueles que advém da capital são os cariocas.
Situado na região sudeste, três estados fazem fronteira com a terra carioca: Espírito Santo, a norte; Minas Gerais, a noroeste;
São Paulo, a sudoeste; e toda a sua costa leste é banhada pelo Oceano Atlântico.
Conhecido pelo grande número de praias e pontos turísticos, está entre os primeiros estados colonizados pelos portugueses.
Ela foi, também, a capital do Brasil entre os anos de 1763 e 1960.
O estado recebeu o nome de Rio de Janeiro por conta da expedição exploratória feita pelos portugueses, em que aportaram na
baía de Guanabara no dia 1 de janeiro de 1502.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a estimativa é que se tenha 17.264.943 pessoas no estado, em
uma área de 43.780 km². Só na capital, são estimadas 6.718.903 pessoas.
Considerada a segunda maior economia do país, o seu território é um dos locais com a maior industrialização.
O Rio de Janeiro é categorizado como uma das duas cidades globais brasileiras, enquadrando a região da única megalópole da
América do Sul, em um espaço que abrange até São Paulo e a Baixada Santista.
15
GEOGRAFIA
16
GEOGRAFIA
O estado
portes conta
apresenta as com cerca rodovias
principais de 6 mil quilômetros
e estradas dodeRio
rodovia pavimentada
de Janeiro. Veja: e asfaltada. O mapa criado pelo Ministério dos Trans-
Mapa antigo do Rio de Janeiro
O mapa antigo mostra como era o estado no ano de 1923. Segue:
17
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA
1-A cidade do Rio de Janeiro tem uma temperatura média anual em torno de 23ºC, apresentando uma relativa uniformidade
térmica ao longo do ano, enquanto a estação meteorológica localizada no município de Itatiaia registra médias anuais em torno de
8ºC. Assinale a alternativa que apresenta a explicação correta para este fato.
(A) A posição em latitude determina o volume de insolação que um determinado lugar recebe e as diferenças térmicas entre
os lugares.
(B) A proximidade dos corpos hídricos influencia a temperatura do ar devido às características térmicas das superfícies conti-
nentais.
(C.)A influência da altitude explica a diferença de temperatura entre lugares situados à pequena distância um do outro e na
mesma faixa de latitude.
(D) A ação das correntes oceânicas influencia a temperatura do ar porque transportam “calor” ou “frio” de um lugar para outro.
(E )A proximidade das massas florestais determina as variações sazonais da temperatura entre os lugares devido ao volume de
insolação recebido.
Assinale:
(A).se apenas a afirmativa II estiver correta.
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C).se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
19
GEOGRAFIA
3-Ooarco
mostra maparodoviário
a seguir. metropolitano ligará o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) ao porto de Itaguaí, como
Assinale:
(A)se apenas a afirmativa II estiver correta.
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) .se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
4-O mapa a seguir, indica a localização correta de algumas fontes geradoras de energia elétrica no Estado do Rio de Janeiro, à
exceção de uma. Assinale-a.
5-Com relação à Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), assinale a afirmativa incorreta.
(A) A taxa de crescimento demográfico dos municípios que compõem a RMRJ é superior à do município do Rio de Janeiro.
(B)A deficiência do sistema de transporte de massas e o crescimento urbano desordenado amplificaram os problemas de inter-
-articulação da RMRJ.
(C) . A diferença entre os padrões urbanos do Rio de Janeiro e Niterói e dos demais municípios da RMRJ é muito acentuada.
(D) A RMRJ tem uma taxa de crescimento demográfico de 3.0% ao ano e contém em torno de 50% da população fluminense.
(E) A RMRJ é polinucleada com complexas relações entre seus núcleos e respectivas periferias.
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GEOGRAFIA
GABARITO
_________________________ _____________________________
1 C _________________________ _____________________________
2 E
_________________________ _____________________________
3 E
4 C _________________________ _____________________________
5 D
_________________________ _____________________________
6 E
7 E _________________________ _____________________________
_________________________ _____________________________
_________________________ _____________________________
ANOTAÇÕES
_________________________ _____________________________
______ _______ ______ _______ ______ _______ ______ _______ _ _________________________ _____________________________
______ _______ ______ _______ ______ _______ ______ _______ _ _________________________ _____________________________
21
GEOGRAFIA
22
HISTÓRIA
1. A expansão Ultramarina Portuguesa dos séculos XV e XVI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
01
2. O sistema colonial português na América - Estrutura políco-administrava, estrutura sócio-econômica, a escravidão (as formas de
dominação econômico-sociais); as formas de atuação do Estado Português na Colônia; a ação da Igreja, as invasões estrangeiras,
expansão territorial, interiorização
interiorização e formação das fronteiras, as reformas pombalinas, rebeliões coloniais. Movimentos e tentavas
emancipacionistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
03
3. O período joanino e o processo de independência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 10
4. A presença britânica no Brasil, a transferência da Corte, os tratados, as principais medidas de D. João VI no Brasil, políca joanina, os
pardos polícos, revoltas, conspirações e revoluções, emancipação e conitos sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 10
5. O processo de independência do Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 14
6. Brasil Imperial - O Primeiro Reinado, o Período Regencial e o Segundo Reinado: aspectos, polícos, administrav administravos, os, militares, cultu-
rais, econômicos, sociais, territoriais, a políca externa, a questão abolicionista, abolicionista, o processo de modernizaçã modernização, o, a crise da monarquia e
a proclamação da república . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
16
HISTÓRIA
Expansão Ultramarina
As primeiras grandes navegações
navegações permiram a superação das barreiras comerciais da Idade Média, o desenvolvimento da economia
mercanl e o fortalecimento da burguesia.
A necessidade do europeu lançar-se ao mar resultou de uma série de fatores sociais, polícos, econômicos e tecnológicos.
A Europa saía da crise do século XIV e as monarquias nacionais eram levadas
levadas a novos desaos que resultariam na expansão para ou-
tros territórios.
Veja no mapa abaixo as rotas empreendias em direção ao Ocidente pelos navegadores e o ano das viagens:
Rota das viagens
A Europa atravessava um momento de crise, pois comprava mais que vendia. No connente europeu, a oferta era de madeira, pedras,
cobre, ferro, estanho, chumbo, lã, linho, frutas, trigo, peixe, carne.
Os países do Oriente, por sua vez, dispunham de açúcar, ouro, cânfora,
cânfora, sândalo, porcelanas, pedras preciosas, cravo, canela, pimenta,
noz-moscada, gengibre, unguentos, óleos aromácos, drogas medicinais e perfumes.
Cabia aos árabes o transporte dos produtos até a Europa em caravanas realizadas
realizadas por rotas terrestres. O desno eram as cidades ita-
lianas de Gênova e Venez
Venezaa que serviam
ser viam como intermediárias para a venda das mercadorias ao restante do connente.
Outra rota disponível era pelo Mar Mediterrâneo monopolizada
monopolizada por Venez
Veneza.a. Por isso, era necessário encontrar um caminho alterna-
vo, mais rápido, seguro e, principalmente
principalmente,, econômico.
Paralelaa à necessidade de uma nova passagem, era preciso solucionar a crise dos metais na Europa, onde as minas já davam sinais de
Paralel
esgotamento.
Uma reorganização
reorganização social e políca também impulsionava à busca de mais rotas. Eram as alianças entre reis e burguesia que formaram
as monarquias nacionais.
O capital burguês nanciaria a infraestrutura cara e necessária para o feito ao mar. Anal, era preciso navios, armas, navegadores e
manmentos.
Os burgueses pagavam e recebiam em troca a parcipação nos lucros das viagens. Este foi um modo de fortalecer os Estados nacionais
e submeter à sociedade a um governo centralizado.
centralizado.
No campo da tecnologia foi necessário o aperfeiçoame
aperfeiçoamento
nto da cartograa, da astronomia e da engenharia náuca.
HISTÓRIA
Os portugueses tomaram a dianteira deste processo através Assim, Portugal estabeleceu-se na África, mas não foi possível
da chamada da Escola de Sagres. Ainda que não fosse uma ins - interceptar as caravanas carregadas de escravos, ouro, pimenta,
tuição do modo que conhecemos hoje, serviu para reunir na - marm, que paravam em Ceuta. Os árabes procuraram outras ro-
vegadores e estudiosos so patrocínio do Infante Dom Henrique tas e os portugueses foram obrigados a procurar novos caminhos
(1394-1460). para obter as mercadorias que tanto aspiravam.
Na tentava de chegar à Índia, os navegadores portugueses
Portugal foram contornando a África e se estabelecendo na costa deste
A expansão maríma portuguesa começou através das conquistas na connente. Criaram feitorias, fortes, portos e pontos para nego-
costa da África e se expandiram para os arquipélagos próximos. Experien- ciação com os navos.
tes pescadores, eles ulizaram pequenos barcos, o barinel, para explorar A essas incursões deu-se o nome de périplo africano e nham
o entorno. o objevo de obter lucro através do comércio. Não havia o inte-
Mais tarde, desenvolveriam e construiriam as caravelas e resse em colonizar ou organizar a produção de algum produto nos
naus a m de poderem ir mais longe com mais segurança. locais explorados.
A precisão náuca foi favorecida pela bússola e o astrolábio, Em 1431, os navegadores portugueses chegavam às ilhas dos
Açores, e mais tarde, ocupariam a Madeira e Cabo Verde. O Cabo
vindos da eChina.
século XII A bússola
tem como já eraapontar
nalidade ulizadapara
pelos muçulmanos
o norte (ou paranoo do Bojador foi angido em 1434, numa expedição comandada por
sul). Por sua vez, o astrolábio é ulizado para calcular as distâncias Gil Eanes. O comércio de escravos africanos já era uma realidade
tomando como medida a posição dos corpos celestes. em 1460, com rerada de pessoas do Senegal até Serra Leoa.
No mapa a seguir é possível ver as rotas empreendidas pelos Foi em 1488 que os portugueses chegaram ao Cabo da Boa
portugueses: Esperança sob o comando de Bartolomeu Dias (1450-1500). Esse
feito constui entre as importantes marcas das conquistas marí -
mas de Portugal, pois desta maneira se encontrou uma rota para o
Oceano Índico em alternava ao Mar Mediterrâneo.
Entre 1498, o navegador Vasco da Gama (1469-1524) conse-
guiu chegar a Calicute, nas Índias, e aí estabelecer negociações com
os chefes locais.
Dentro deste contexto, a esquadra de Pedro Álvares Cabral
(1467-1520), se afasta da costa da África a m de conrmar ses e havia
terras por ali. Desta maneira, chega nas terras onde seria o Brasil,
em 1500.
Espanha
A Espanha unicou grande parte do seu território com a queda
de Granada, em 1492, com a derrota do úlmo reino árabe. A pri-
meira incursão espanhola ao mar resultou na descoberta da Améri -
ca, pelo navegador italiano Cristóvão Colombo (1452-1516).
Apoiado pelos reis Fernando de Aragão e Isabel de Castela,
Colombo paru em agosto de 1492 com as caravelas Nina e Pinta
e com a nau Santa Maria rumo a oeste, chegando à América em
outubro do mesmo ano.
Dois anos depois, o Papa Alexandre VI aprovou o Tratado de
Tordesilhas, que dividia as terras descobertas e por descobrir entre
espanhóis e portugueses.
França
As navegações
navega ções portuguesas
portu guesas na África foram denominadas Através de uma críca ao Tratado de Tordesilhas feita pelo rei
Périplo Africano Francisco I, os franceses se lançaram em busca de territórios ultra -
marinos. A França saía da Guerra dos Cem Anos (1337-1453), das
Com tecnologia desenvolvida e a necessidade econômica de lutas do rei Luís XI (1461-1483) contra os senhores feudais.
explorar o Oceano, os portugueses ainda somaram a vontade de A parr de 1520, os franceses passaram a fazer expedições,
levar a fé católica para outros povos. chegando ao Rio de Janeiro e Maranhão, de onde foram expulsos.
As condições polícas eram bastante favoráveis. Portugal foi a Na América do Norte, chegaram à região hoje ocupada pelo Canadá
primeira nação a criar um Estado-nacional associado aos interes- e o estado da Louisiana, nos Estados Unidos.
ses mercans através da Revolução de Avis. No Caribe, se estabeleceram no Hai e na América do Sul, na
Em paz, enquanto outras nações guerreavam, houve uma Guiana.
coordenação central para as esmular e organizar as incursões
marímas. Estas seriam essenciais para suprir a falta de mão de Inglaterra
obra, de produtos agrícolas e metais preciosos. Os ingleses, que também estavam envolvidos na Guerra dos
O primeiro sucesso português nos mares foi a Conquista de Cem Anos, Guerra das Duas Rosas (1455-1485) e conitos com se -
Ceuta, em 1415. Sob o pretexto de conquista religiosa contra os nhores feudais, também queriam buscar uma nova rota para as Ín-
muçulmanos, os portugueses dominaram o porto que era o des - dias passando pela América do Norte.
no de várias expedições comerciais árabes. Assim, ocuparam o que hoje seria os Estados Unidos e o Cana-
dá. Igualmente, ocuparam ilhas no Caribe como a Jamaica e Baha -
mas. Na América do Sul, se estabeleceram na atual Guiana.
HISTÓRIA
Os métodos empregados pelo país eram bastante agressivos navegando rumo ao norte. Aportou no litoral do atual estado de
e incluía o esmulo à pirataria contra a Espanha, com a anuência ora de açúcar da colônia, o Engenho do Senhor Governador ou São
rainha Elizabeth I (1558-1603). Jorge dos Erasmos (1534). Não muito longe de São Vicente foram
Os ingleses dominaram o tráco de escravos para a América fundadas, naquele mesmo período, duas outras vilas: Santo André
Espanhola e também ocuparam várias ilhas no Pacíco, colonizando da Borda do Campo, por João Ramalho, e Santos, por Brás Cubas.
as atuais Austrália e Nova Zelândia.
Holanda As estruturas de poder no início da colonização
A Holanda se lançou na conquista por novos territórios a m de Com o planejamento das estruturas políco-administravas
melhorar o próspero comércio que dominavam
dominavam.. Conseguiram ocu - da colônia, a Coroa portuguesa buscava viabilizar o processo de
par vários territórios na América estabelecendo-se no atual Surina- ocupação do território e criar condições para o desenvolvimento
me e em ilhas no Caribe, como Curaçao. de avidades econômicas rentáveis, de acordo com o modelo de
Na América do Norte, chegaram a fundar a cidade de Nova mercanlismo europeu. Para tanto, resolveu adotar na colônia os
Amsterdã, mas foram expulsos pelos ingleses que a rebazar
rebazaram
am de padrões administravos da metrópole, aliados à experiência portu-
Nova Iorque. guesa nas ilhas do Atlânco.
Igualmente, tentaram arrebatar
arrebatar o nordeste do Brasil durante a Em 1532, o rei dom João III decidiu aplicar na colônia da Amé -
União Ibérica, mas foram repelidos pelos espanhóis e portugueses. rica uma divisão administrava que havia dado bons resultados nos
No Pacíco, ocuparam o arquipélago da Indonésia e ali permanece- Açores e na ilha da Madeira: o sistema de capitanias hereditárias.
riam por três séculos e meio. Quase duas décadas depois, criou-se um poder central, o go-
verno-geral, e, no âmbito local, foram instuídas as câmaras muni-
cipais, semelhantes às já existentes em Portugal.
O SISTEMA COLONIAL PORTUGUÊS NA AMÉRICA ES
TRUTURA POLÍTICOADMINISTRATIVA, ESTRUTURA As capitanias hereditári
hereditárias
as
SÓCIOECONÔMICA, A ESCRAVIDÃO AS FORMAS DE
DOMINAÇÃO ECONÔMICOSOCIAIS; AS FORMAS
DE ATUAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS NA COLÔNIA;
A AÇÃO DA IGREJA, AS INVASÕES ESTRANGEIRAS,
EXPANSÃO TERRITORIAL, INTERIORIZAÇÃO E FORMA
ÇÃO DAS FRONTEIRAS, AS REFORMAS POMBALINAS,
REBELIÕES COLONIAIS. MOVIMENTOS E TENTATIVAS
EMANCIPACIONISTAS
HISTÓRIA
Para formalizar seus direitos e deveres, o governo português
lançou mão de dois documentos: a Carta de Doação e o Foral.
De acordo com a Carta de Doação, o capitão donatário denha
a posse da capitania, mas não a sua propriedade.
Dessa forma, não podia nem vendê-la nem dividi-la. Já o Fo-
ral dava-lhe amplos poderes: ele podia, entre outras coisas, fun-
dar vilas, conceder terras (as sesmarias) e arrecadar impostos. Ele
também podia receber tributos sobre a produção das salinas, as
moendas de água e os engenhos, além de monopolizar a navegação
uvial.
Cabia-lhe, ainda, a aplicação das leis em suas possessões, bem
como a defesa militar da capitania.
HISTÓRIA
Mudanças na organização administrava colonial A Economia Açucareira: trabalho escravo 1550-1650
A organização administrava
administrava da colônia passou por várias mu- Os primerios povoadores vieram ao Brasil atraídos peloa possi -
danças entre os séculos XVI e XVIII. Em 1548 foi dado o nome de bilidade de encontrar metais e pedras preciosas e, assim, enrique -
Estado do Brasil pelo governo português. Os limites territoriais do cer rapidamente. Não veram sorte. Mas havia uma alternava: a
Brasil atual não eram, nem de perto, os do período colonial. Duran- cana-de-açúcar.
te anos, a Coroa cou apenas na exploração das faixas litorâneas e Desconhecido na Europa até o começo do século XII, o açúcar
aos poucos foi ampliando as terra para o oeste. Em 1572 foram es- chegou ao connente ainda durante a Idade Média por intermédio
tabelecidos dois governos-gerais: um ao norte, com capital em Sal - de mercadores árabes e cruzados. Além de ser ulizado como ado-
vador, e outro ao sul, com sede no Rio de Janeiro. Seis anos depois,
vador, çante, era empregado para conservar alimentos
alimentos - no caso das frutas
os governos foram reunicados, com a capital tendo permanecido cristalizadas-
cristalizadas- e no fabrico de remédios.
em Salvador. Produzido em pequena escala, era considerado especiaria de
Em 1621, uma nova divisão administrava criou o Estado do luxo: apenas nobres e reis nham condições de comprá-lo. Seu va-
Brasil, com sede em Salvador (e a parr de 1763 no Rio de Janei - lor era tão alto, que pessoas indicavam em testamento quem deve-
ria herdar, após sua morte, o açúcar que lhes pertencera em vida.
ro), e o do
Estado Estado do Maranhão,
Maranhão com com
e Grão-Pará, capital emem
sede SãoBelém).
Luís (mais
Em tarde,
1641, Portanto, a Europa era um promissor mercado consumidor, o que
houve uma reorganização administrava e a capital foi transferida signicava aos portugueses, grandes lucros. Além disso, Portugal já
para Salvador. Em 1774, a colônia voltou a ser reunicada adminis - possuía experiência na produção de cana nos Açores e na Ilha da
travamente. Madeira. Entretanto, faltava aos portugueses capital inicial e uma
eciente infra-estrutura de distribuição. Essa questão foi resolvida
O papel da Igreja na administração colonial com uma parceria com os holandeses, que já fretava
fretavam
m o açúcar pro-
A Igreja católica foi a grande parceira da Coroa portuguesa na duzido por Portugal nas ilhas do Atlânco.
tarefa de administrar a colônia. Para a instuição, os principais ob-
jevos da conquista e da colonização das novas terras eram difun- O sistema instalado foi o de plantaon, cujas caracteríscas
dir a fé cristã em sua versão católica apostólica romana, bem como eram:
promover a catequese dos índios e administrar a vida espiritual dos Grandes propriedades (lafúndios) monoculturas (dedicadas a
apenas um produto) - os engenhos.
colonos segundo os preceitos estabelecidos pela Santa Sé. Além de
Mão-de-obra escrava (primeiramente indígena; depois africa-
crisanizar os indígenas, buscava evitar o desregramento dos cos -
na)
tumes entre os colonos, combater sua tendência à poligamia com
Produção voltada para o mercado externo.
as índias e educar os lhos desses colonos dentro dos preceitos re-
Regiões: litoral do Nordeste, Bahia e Pernambuco.
ligiosos da Igreja católica
católica..
Para isso, os primeiros religiosos a chegar trataram
trataram de construir Os lafúndios monocultores e a escravidão permiam uma
igrejas, capelas e escolas, criar paróquias e dioceses. Aos poucos produção vasta a baixos custos - o que levav
levavaa a altos lucros. O des-
ia surgindo uma estrutura material e administrava de enorme in- no era unicamente a exportação, uma vez que Portugal não nha o
teresse para o governo português e para a Santa Sé, que estavam menor interesse em desenvolver a economia interna brasileira. Os
preocupados em manter um rígido controle sobre as avidades e a lucros que permaneciam no Brasil eram poucos e cavam nas mãos
vida religiosa da colônia. dos senhores de engenho - os donos dos lafúndio-, resultando em
grande concentração de renda.
Estrutura Socioeconômica no Brasil Colonial Segundo Jorge Caldeira no livro A nação mercanlista, o ne -
A economia do Brasil colônia foi sempre voltada para o bene- gócio do açúcar se transformou em um mercado global: o nan -
cio de Portugal. Inserida no contexto do mercanlismo europeu, ciamento vinha da Holanda; a produção se fazia no nordeste da
foi caracterizada pelo pacto colonial, segundo o qual os brasileiros colônia; o reno, também na Holanda; os consumidores eram da
só podiam comercializar produtos com os portugueses, de modo Europa; a mão-de-obra vinha da África; parte dos insumos, na Euro-
que esses úlmos compravam barato,
barato, vendiam caro e ainda nham pa: outra parte, em vários pontos da América do Sul.
exclusividade na exportação das mercadorias do Brasil a outras Até meados do século XVII, a colônia portuguesa liderou a produção
nações. A grande maioria dos lucros ia para a metrópole, espe - açucareiraa mundial. A parr de então, problemas internos - como secas e
açucareir
cialmente para os cofres da Coroa portuguesa, que cobrava altos a destruição de engenhos nordesnos durante aInsurreição Pernambu-
impostos sobre a exploração dos produtos coloniais. As principais
avidades econômicas realizadas no período em nosso território cana -e, maisdatarde,
holandeses externos
região - como- aprovocaram
das Anlhas forte concorrência
a lentados produtores
decadência da
foram a extração do pau-brasil, a produção de açúcar, a mineração economia do açúcar na colônia portuguesa da América.
e a pecuária. A produção de açúcar foi a principal avidade econômica do
A primeira riqueza percebida por Portugal foi o pau-brasil( ibi - Brasil colonial durante
durante os séculos XVI e XVII, sendo ultrapassada no
rapitanga, em tupi), madeira então abundante em nosso litoral, século XVIII pela mineração.
usada como matéria-prima para a fabricação de nturas.
O pau-brasil, árvore que crescia por quase todo o litoral, media As formas de atuação do Estado Português
Português na Colônia
cerca de 20 a 30 metros, de seu tronco vermelho os índios extraiam Com a criação do Governo-Geral em 1548, pelo chamado Re-
nta para colorir as penas branca com que se enfeitavam. gimento -documento que rearmava a autoridade e soberania da
Existente também na Ásia, o pau-brasil já era conhecido na Ida - Coroa sobre a colônia, e denia os encargos e direitos dos governa-
de Média pelos europeus, que ulizavam seu corante para ngir dores-gerais -o Estado português assumia a tarefa de colonização,
tecidos. Entretanto, com a conquista de Constannopla pelos oto - sem exnguir o sistema de capitanias hereditárias.
manos, em 1453, e o bloqueio do comércio pelo Mediterrâno, o O Governador-Geral era nomeado pelo rei por um período de
preço da madeira subiu muito. Por isso a descoberta de pau-brasil quatro anos e contava com três auxiliares: o provedor-mor, encar-
na América foi uma boa para Portugal. Sua exploração se tornaria a regado das nanças e responsável pela arrecadação de tributos; o
principal avidade econômica dos portugueses na região de 1500 a capitão-mor,, responsável pela defesa e vigilância do litoral e o ouvi-
capitão-mor
1530,conhecido como perído Pré-colonial. dor-mor, encarregado de aplicar a jusça.
HISTÓRIA
A seguir, os governadores-ger
governadores-gerais
ais e suas principais realizações: Durante cinco anos, aproximadamente, ocorreram diversos
Tomé de Souza (1549/1553) conitos entre os portugueses e a Confederação. No ano de 1567,
-fundação de Salvador, em 1549, primeira cidade e capital do os portugueses derrotaram a Confederação,
Confederação, exnguindo-a e expul-
Brasil; sando os franceses do território colonial
-criação do primeiro bispado do Brasil (1551); Ao contrário do que muitos pensaram, os franceses não desis-
-vinda dos primeiros jesuítas, cheados por Manuel da Nóbre- ram tão facilmente do Brasil. Eles foram expulsos do litoral brasileiro,
ga, e início da catequese dos índios; -ampliação da distribuição de da região sudeste (Rio de Janeiro), porém estabeleceram uma nova -
sesmarias; xação no território durante o século XVII, mas na região nordeste, mais
-políca de incenvos aos engenhos de açúcar; precisamente na cidade de São Luís (atual capital do Maranhão), onde
-introdução das primeiras cabeças de gado; fundaram, em 1612, a chamada França Equinocial.
-proibição da escravidão indígena e início da adoção da mão - Outra vez, a França estava tentando desenvolver uma civi -
-de-obra escrava africana. lização no Brasil colonial. A metrópole Portugal, rapidamente, no
Duarte da Costa (1553/1558) intuito de não perder partes do território da colônia, enviou uma
-conitos entre colonos e jesuítas envolvendo a escravidão in - expedição militar à região do Maranhão. Essa expedição portugue-
dígena; sa atacou os franceses tanto por terra quanto por mar. No ano de
-invasão francesa no Rio de Janeiro, em 1555 pelo huguenotes 1615, os franceses foram derrotados e se reraram do Maranhão,
(protestantes),
(protestant es), e fundação da França Antárca; deslocando-se para a região das Guianas, onde fundaram uma colô-
-fundação do Colégio de São Paulo, no planalto de Piraninga nia, a chamada Guiana Francesa.
pelos jesuítas José de Anchieta e Manuel de Paiva; Após duas tentavas mal sucedidas de estabelecimen
estabelecimentoto de uma
civilização
civilização francesa, nos séculos XVI e XVII, no Brasil colonial (Fran-
-conito do governador com o bispo Pero Fernandes Sardinha, ça Antárda e França Equinocial), os franceses passaram a saquear,
em virtude da vida desregrada de D. Álvaro da Costa, lho do go- através de corsários (piratas), algumas cidades do litoral brasileiro,
vernador; no século XVIII. A principal delas foi a cidade do Rio de Janeiro, de
Mem de Sá (1558/1572) onde escoava todo ouro extraído da colônia rumo a Portugal. Uma
-aceleração da políca de catequese, como forma de efevar o primeira tentava de saque, em 1710, foi barrada pelos portugue-
domínio sobre os indígenas; ses; entretanto, no ano de 1711, piratas franceses tomaram a cida -
-início dos aldeamentos indígenas de jesuítas, as chamadas de do Rio de Janeiro e receberam dos portugueses um alto resgate
missões; para libertá-la: 600 mil cruzados, 100 caixas de açúcar e 200 bois.
-restabelecimento
-restabelecime nto das boas relações com o bispado; Terminavam, então, as tentavas de invasões francesas no Brasil.
-expulsão dos franceses e fundação da Segunda cidade do Bra-
sil, São Sebasão do Rio de Janeiro, em 1565. Fonte: hps://brasilescola.uol.com.br/historiab/invasoes-francesas -
-no-brasil-colonial.htm
Com a morte de Mem de Sá, a Metrópole dividiu a administra-
ção da colônia entre dois governos: D. Luís de Brito, que se instalou
Expansão Territorial Brasileira
em Salvador,
Salvador, a capital do Norte,e; ao sul, D. Antônio Salema, insta-
A expansão territorial brasileira está
brasileira está associada à diversidade
lado no Rio de Janeiro.
de avidades que foram se desenvolvendo no Brasil Colônia à me -
dida em que foi ocorrendo a expansão demográca e também em
Fonte: hps://www.mundovesbular.com.br/arcles/4433/1/BRASIL -
decorrência da crise do ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste.
-COLONIA/Paacutegina1.html
Após a União Ibérica (1580-1640), houve a anulação do Tratado
Tratado
de Tordesilhas, que possibilitou que as terras mais afastadas do li-
toral brasileiro pudessem ser ocupadas pelos colonos, e ainda mais
A ação da Igreja, as invasões estrangeiras porque eram áreas que não interessav
interessavam
am na colonização espanho-
A França foi o primeiro reino europeu que contestou o Tratado la. Então, ocupado de maneira desigual e por diferentes movos,
de Tordesilhas
Tordesilhas (1494), que dividiu as terras descobertas na América podemos resumir a expansão territorial brasileira assim:
entre Portugal e Espanha. O litoral brasileiro era constantemente • Região Nordeste: o litoral foi o primeiro local da ocupa -
frequentado pelos franceses desde o período da extração do pau - ção portuguesa, devido ao interesse econômico da cana-de-açú-
-brasil. Os franceses, nessa época, mannham permanentes conta- car e também por movo da defesa militar do território. Podemos
tos com os povos indígenas e dessa relação arculavam acordos e observar que a maioria das capitais nordesnas, com exceção de
alianças com esses povos. Teresina-PI, são cidades litorâneas. Já o interior do Nordeste foi
No século XVI, mais especicamente no ano de 1555, os fran- povoado pela expansão da pecuária, tendo como principal eixo o
ceses fundaram a chamada França Antárca, na baía de Guana - Rio São Francisco, e outros povoamentos que eram cortados pelos
bara (atual Rio de Janeiro). Lá construíram uma sociedade com rios, como o Rio Jaguaribe, no Ceará. A pecuária torna-se o principal
inuências protestantes, uma vez que, no século XVI, milhares de meio econômico do Nordeste, que traz até hoje a gura do vaqueiro
protestantes europeus vieram em fuga da Europa para a América como representante de sua cultura.
em consequência da perseguição católica durante a Contrarreforma • Região Sudeste
Sudeste e Centro-Oeste:
Centro-Oeste: essas
essas regiões foram po-
religiosa (conjunto de medidas tomadas pela Igreja Católica com o voadas pela atuação dos bandeirantes, em busca de ouro e no apre -
surgimento das religiões protestant
protestantes).
es). samento dos índios. Na verdade, a gura do bandeirante é decisiva
Sob a inuência francesa, algumas partes do litoral brasileiro para a expansão territorial brasileira, já que foi através das bandei-
ganharam diversas feitorias e fortes (militares). O principal povo ras que o interior do Brasil foi sendo penetrado, na corrida do ouro,
indígena que perpetuou a aliança com os franceses foi o Tamoio. no início do século XVIII. As cidades mineiras onde se concentrar
concentraram
am
Deste acordo surgiu a Confederação dos Tamoios (aliança entre di- a extração mineradora,
mineradora, também foi onde mais se concentrou a po -
versos povos indígenas do litoral: tupinambás, tupiniquins, goita - pulação, contribuíndo para o desenvolvimento das cidades, cons-
cás, entre outros), que possuíam um objevo em comum: derrotar trução de estradas, surgimento de vilas e a urbanizaçã
urbanização
o do Sudeste
os colonizadores portugueses. brasileiro.
HISTÓRIA
• Região Norte: teve
Norte: teve como processo de povoamento também a Assim, o formato atual das fronteiras brasileiras veio através
atuação dos bandeirantes que foram em busca das drogas do sertão (as de uma série de acordos com a Espanha, usando acidentes naturais
epeciarias da oresta Amazônica brasileira) para comercialização. e formas geográcas do relevo como limites entre as colônias das
• Região Sul: foi colonizada por incenvo da Metrópole duas nações, além de considerar a ocupação territorial. Em 1750,
para assegurar o controle das fronteiras com a América espanhola, foi assinado o Tratado de Madri, onde o território brasileiro assu-
além de ter desenvolvido um grande centro de ação jesuíca com miu seu formato atual, exceto por algumas regiões no Centro-Oes-
os Sete Povos das Missões. A Região Sul também se desenvolveu te, Norte e Sul (como o Acre, parte do Mato Grosso do Sul e uma
economicamente
economicamen te através da pecuária e charqueadas; grande parte do Rio Grande do Sul), e pequenos territórios ao longo
de toda a fronteira.
Fonte: hps://www.infoescola.com/historia/expansao-territorial-bra -
sileira/ Fonte: hps://passeinafuvest.wordpress.com/2015/08/26/a-interiori -
zacao-e-formacao-das-fronteiras/
A interiorização e formação das fronteiras no Brasil colônia
Os principais fatores que levaram à interiorização do país foram:
Reformas Pombalinas
– A pecuária
pecuária (século XVI)
Durante o reinado de Dom José I, um novo ministro inspirado
Para manter o gado distante das plantações de cana-de-açúcar,
evitando prejuízos para os produtores, os colonos adentraram na por doutrinas de tendência iluminista empreendeu diversas mu -
mata nordesna. danças na administração portuguesa. Entre 1750 e 1777, Sebasão
José de Carvalho, o Marquês de Pombal, estabeleceu uma série de
– As missões jesuítas
jesuítas reformas modernizantes
modernizantes com o objevo de melhorar a administra-
Para levarem a cultura católica aos índios, os jesuítas veram ção do Império português e aumentar as rendas obdas através da
que se locomover até as aldeias no interior do país. exploração
exploraçã o colonial. Esse po de experiência condizia com uma ten-
dência vivida em várias monarquias européias.
– As
As Band
Bandeieira
rass ou
ou Entr
Entrada
adass (sé
(sécul
culo
o XVI
XVI a XVII
XVIII)
I)
Os bandeirantes veram uma extrema importância na interioriza - O chamado desposmo esclarecido era uma tendência políca
ção do Brasil. A diferença entre os dois pos de expediçõe
expediçõess está no apoio que buscava conciliar a face políca conservadora absolusta com
da Coroa portuguesa (Entradas). As Entradas eram expedições de caráter princípios econômicos racionalistas. A intervenção políca “esclareci -
ocial e no início nham o objevo de expandir o território, mas logo da” de Pombal surgiu no momento em que Portugal enfrentava sérios
depois, assim como as Bandeiras, os exploradores eram enviados com problemas econômicos. A Coroa lusitana nha perdido diversas de
a missão de procurar por ouro e pedras preciosas (obtendo sucesso na suas possessões
Tratado no connente
de Methuen, asiáco
assinado junto e sofria com
à Inglaterra, em as imposições do
1703.
região de Minas Gerais e Goiás). Os bandeirantes também eram conhe -
cidos por capturarem indígenas (atacando as aldeias) e escravos fugivos
É importante destacar que apesar do Tratado de Tordesilhas De acordo com o tratado, Portugal se compromea a adquirir
(assinado por Espanha e Portugal) estabelecer um limite no territó- tecidos de lã ingleses. Em contraparda, a Inglaterra obteria toda a
rio, os colonos portugueses adentrara
adentraramm no connente bem além de produção de vinhos oferecida pelo governo português. Esse tratado
onde cava a linha imaginária do tratado. acabou gerando uma relação de extrema dependência econômica
na medida em que a demanda por tecidos era innitamente maior.maior.
O décit econômico causado por essa situação, segundo Pombal,
seria amenizado com mudanças no gasto público e na administra-
ção colonial.
HISTÓRIA
As terras anteriormente administradas pela Companhia de Je- A parr de 1821, com a volta do rei e da corte para Portugal, o
sus foram tomadas por militares e colonos; ou doadas e leiloadas Brasil passou a ser governado pelo príncipe regente D. Pedro. Aten-
pela Coroa Portuguesa. Em 1757, Marquês de Pombal proibiu a per- dendo principalmente aos interesses dos grandes proprietários ru -
seguição religiosa aos cristãos-novos e – tempos depois – deu m à rais, contrários à políca das Cortes portuguesas, que desejavam
escravidão indígena. Essa úlma medida visava inserir os índios no recolonizar o Brasil, bem como pretendendo libertar-se da tutela
processo de ocupação do território e transformá-l
transformá-los
os em mão-de-o - da metrópole, que visava diminuir-lhe a autoridade, D. Pedro pro-
bra por vias consensuais. clamou a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, às
margens do riacho do Ipiranga, na província de São Paulo. É im-
No ano de 1777, a morte do rei D. José I fez com que os opo- portante destacar o papel de José Bonifácio de Andrada e Silva, à
sitores à políca pombalina afastassem o ministro do governo por- frente do chamado Ministério da Independência, na arculação do
tuguês. Acusado de arbitrariedade e de cometer crimes contra o movimento separasta.
Estado, Marquês de Pombal saiu de cena interrompendo o prete - Primeiro reinado. Aclamado imperador do Brasil, D. Pedro I
rido processo
Entretanto, osde modernização
mecanismos políca esobre
de controle econômica de Portugal.
a mineração foram tratou de dar
cio do seu ao paísocorreu
reinado, uma constuição, outorgada
outorgada
a chamada “guerra da em 1824. No iní -
independência”,
mandos durante o governo de Dona Maria I. contra as guarnições portuguesas sediadas principalmente na Bah -
ia. Em 1824, em Pernambuco, a confederação do Equador, movi -
Fonte: hps://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiadobrasil/refor - mento revoltoso de caráter republicano e separasta, quesonava
mas-pombalinas.htm a excessiva centralização do poder políco nas mãos do imperador,
mas foi prontamente debelado. Em 1828, depois da guerra contra
as Províncias Unidas do Rio da Prata, o Brasil reconheceu a indepen-
Rebeliões Coloniais dência do Uruguai.
Desde a segunda metade do século 17, explodiram na colônia Depois de intensa luta diplomáca, em que foi muito importan-
várias revoltas, geralmente provocadas por interesses econômicos te a intervenção da Inglaterra, Portugal reconheceu a independên-
contrariados. Em 1684, a revolta dos Beckman, no Maranhão, vol - cia do Brasil. Frequentes conitos com a Assembleia e interesses
tou-se contra o monopólio exercido pela Companhia de Comércio dináscos em Portugal levaram D. Pedro I, em 1831, a abdicar do
do Estado do Maranhão. trono do Brasil em favor do lho D. Pedro, então com cinco anos
Já no século 18, a guerra dos emboabas envolveu paulistas e de idade.
“forasteiros” na zona das minas; a guerra dos mascates opôs os Período regencial. O reinado de D. Pedro II teve início com um
comerciantes de Recife aos aristocrácos senhores de engenho de período regencial, que durou até 1840, quando foi proclamada a
Olinda; e a revolta de Vila Rica, liderada por Filipe dos Santos, em maioridade do imperador, que contava cerca de quinze anos. Du -
1720, combateu a instuição das casas de fundição e a cobrança de rante as regências, ocorreram intensas lutas polícas em várias
novos impostos sobre a mineração do ouro. partes do país, quase sempre provocadas pelos choques entre os
Os mais importantes movimentos revoltosos desse século fo- interesses regionais e a concentração do poder no Sudeste (Rio de
ram a conjuração mineira e a conjuração baiana, as quais possuíam, Janeiro). A mais importante foi a guerra dos farrapos ou revolução
além do caráter econômico, uma clara conotação políca. A conju- farroupilha, movimento republicano e separasta ocorrido no Rio
ração mineira, ocorrida em 1789, também em Vila Rica, foi liderada Grande do Sul, em 1835, e que só terminou em 1845. Além dessa,
por Joaquim José da Silva Xavier,
Xavier, o Tiradentes, que terminou preso ocorreram revoltas na Bahia (Sabinada), no Maranhão (Balaiada) e
e enforcado, em 1792. Pretendia, entre outras coisas, a indepen - no Pará (Cabanagem).
dência e a proclamação de uma república. A conjuração baiana -- Segundo reinado. O governo pessoal de D. Pedro II começou
também chamada revolução dos alfaiates, devido à parcipação com intensas campanhas militares, a cargo do general Luís Alves de
de grande número de elementos das camadas populares (artesãos, Lima e Silva, que viria a ter o tulo de duque de Caxias, com a na-
soldados, negros libertos) --, ocorrida em 1798, nha ideias bastan- lidade de pôr termo às revoltas provinciais. A parr daí, a políca
te avançadas para a época, inclusive a exnção da escravidão. Seus interna do império brasileiro viveu uma fase de relava estabilida -
principais líderes foram executados. Mais tarde, estourou outro im - de, até 1870.
portante movimento de caráter republicano e separasta, conheci- A base da economia era a agricultura cafeeira, desenvolvida a
HISTÓRIA
coligação
coligação contra o ditador paraguaio Solano López. A guerra do Pa- renga Peixoto. Parciparam, ainda, funcionários reais, como Cláu -
raguai (1864--1870), um dos episódios mais sangrentos da história dio Manuel da Costa, desembargador, e Tomás Antonio Gonzaga,
americana, terminou com a vitória dos aliados. ouvidor.
A parr de 1870, a monarquia brasileira enfrentou sucessivas Cláudio Manuel da Costa, Alvarenga Peixoto e Tomás Antonio
crises (questão religiosa, questão militar, questão da abolição), que Gonzaga também são os maiores representantes do Arcadismo no
culminaram com o movimento militar, liderado pelo marechal Deo - Brasil, cuja poesia prega o retorno à Anguidade Clássica e um es -
doro da Fonseca, que depôs o imperador e proclamou a república, lo de vida simples.
em 15 de novembro de 1889. Nessa época, o ouro já mostrava claros sinais de esgotamento,
República Velha. A Primeira República, ou República Velha, es - mas a metrópole exigia o pagamento de impostos cada vez mais
tendeu-se de 1889 até 1930. Sob a chea do marechal Deodoro, abusivos.
foi instalado um governo provisório, que convocou uma assembleia Das discussões inuenciadas pelo Iluminismo, que combaa o
constuinte para elaborar a primeira constuição republicana, pro- Ango Regime e propunha uma nova ordem políco-econômic
políco-econômica-so
a-so-
mulgada em 1891. Os governos do marechal Deodoro, e, depois, do cial os incondentes estabeleceram como objevos a proclamação
marechal Floriano Peixoto foram plenos de conitos com o Legisla- da república (embora alguns defendessem uma monarquia cons-
vo e rebeliões, como as duas revoltas da Armada. tucional), a transferência da capital do Rio de Janeiro para São João
Com a eleição de Prudente de Morais, tem início a chamada Del Rey, a liberação das manufaturas, a instalação de uma fábrica
“políca do café com leite”,
leite”, segundo a qual os presidentes da Repú- de pólvora, a criação da Universidade de Vila Rica e a anisa das
blica seriam escolhidos dentre os representantes dos estados mais dívidas.
ricos e populosos -- São Paulo e Minas Gerais -- práca que foi se- Segundo os planos, a revolução iria estourar
estourar no dia da derrama,
guida, quase sem interrupções, até 1930. cobrança de impostos atrasados que, na época, acumulavam quase
A economia agrário-exportadora connuou dominante. O café 600 arrobas de ouro. Às vésperas, o movimento foi traído por um
representava a principal riqueza brasileira, e os fazendeiros paulis- dos incondentes, Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou os pla-
tas constuíam a oligarquia mais poderosa. As classes médias eram nos ao governador das Minas Gerais, o visconde de Barbacena, em
pouco expressivas e começava a exisr um embrião de proletaria - troca da suspensão do pagamento de suas dívidas. Assim, efetuou-
do. Por ocasião da primeira guerra mundial (1914--1918), ocorreu -se a prisão dos envolvidos, em março de 1789.
um surto de industrialização, em função da substuição de impor- Em abril de 1792, a sentença condenou onze incondentes à
tações europeias por produtos fabricados no Brasil. morte. Em seguida, a decisão foi comutada (trocada) por degredo
A parr da década de 1920, o descontentamento dos milita - perpétuo na África, exceto para Joaquim José da Silva Xavier, o Ti -
res explodiu em uma série de revoltas, destacando-se a marcha da radentes, que foi executado
executado na forca, tendo sido seu corpo esquar-
coluna Prestes, entre 1924 e 1927, que percorreu grande parte do tejado e espalhado na estrada Vila Rica – Rio de Janeiro para servir
Brasil. As oligarquias alijadas do poder central também se mostra - de exemplo. Sua casa foi destruída, a terra, salgada e seus descen -
vam insasfeitas.
insasfeitas. Quando ocorreu a crise de 1929 -- iniciada com o dentes, amaldiçoados.
crash da bolsa de Nova York --, com seus reexos negavos sobre os O Tiradentes era o mais humilde de todos os envolvidos.
preços do café, a desorganização da economia, as divergências po -
líco-eleitorais das oligarquias dominantes e as aspirações de mu - Conjura Carioca (1794)
dança de amplos setores da sociedade provocaram a deagração da Eventos emancipacionistas ocorridos na cidade do Rio de Ja-
revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder. neiro, entre 1794-1795, caram conhecidos como Conjura Carioca.
Nas úlmas duas décadas do século XVIII, exisu na então ca-
Fonte: hps://www.sohistoria.com.br/ef2/histbrasil/p1.php pital do Brasil Colônia uma endade formada por intelectuais (poe-
tas, escritores, advogados, médicos), chamada Sociedade Literária.
Constuída, a princípio, para debater as novidades polícas
Movimentos Emancipacionis
Emancipacionistas
tas que chegavam da Europa e da América do Norte ( Iluminismo, In-
dependência dos Estados Unidos, Revolução Francesa), assim como
A parr da segunda metade do século XVIII, os movimentos de
assuntos de caráter cienco, a Sociedade Literária ganhou a ade-
contestação ganharam novo impulso, favorecidos pelas transforma -
são de muitas pessoas, como padres, professores, ourives, marce -
ções que o mundo sofria por conta das ideias iluministas, da Revo -
lução Francesa e da Revolução Industrial.
neiros e sapateiros, entre outros, além dos grupos já citados.
Após os acontecimentos de Minas Gerais, as autoridades do
Aqui, essas ideias encontraram um campo férl para sua ex-
Rio de Janeiro passaram a ver o livre funcionamento da Socieda -
pansão. No Brasil, a crise aurífera e a decadência econômica do
de Literária com certa preocupação, principalmente por conta das
Nordeste deram origem aos primeiros movimentos emancipacio -
discussões mais acaloradas das ideias losócas e polícas de Rou-
nistas.
sseau e Voltaire.
Em 1794, o vice-rei, conde de Resende, ordenou o seu fecha -
Conjuração Mineira (1789) mento, além de instalar uma devassa (um inquérito) contra seus
O movimento emancipacionista conhecido como Incondência associados, que foram presos e invesgados como conspiradores.
Mineira (ou Conjuração Mineira), por ter sido o primeiro a pregar a O processo se estendeu até 1795, sem que fossem encontradas
independência políca, é o mais conhecido. Um de seus integran- provas conclusivas de que uma conspiração se encontrava em cur-
tes, Joaquim José da Silva Xavier – Tiradentes –, micado pelo so. Desse modo, os implicados foram libertados.
libertados.
movimento que implantou a República no país, acabou se transfor-
mando em márr da Independência. Conjuração Baiana (1798)
Na realidade, esse movimento não saiu da discussão teórica Ao contrário dos acontecimentos de Minas Gerais e do Rio de
e, por isso, para alguns historiadores, foi o movimento mais fraco. Janeiro, a Conjuração Baiana (também conhecida como Revolta dos
Seus parcipantes representavam os interesses das camadas
médias urbanas – militares, padres, estudantes, comerciantes – e Alfaiates) envolveuda
envolveu
da fase jacobinista as Revolução
camadas populares
Francesa.e sofreu nída inuência
os interesses da elite mineira, como o proprietário de minas Alva -
HISTÓRIA
Durante o mês de agosto de 1798, a cidade de Salvador teve as Isso porque Napoleão decretou o Bloqueio Connental em
paredes de suas construções cobertas por um paneto que arma- 1806, determinando o fechamento dos portos aos navios ingleses.
va: “Animai-vos, povo bahiense, que está por chegar o tempo feliz Portugal, que apoiava a Inglaterra e nha grande relação co -
de nossa liberdade: o tempo em que seremos todos irmãos, tempo mercial com esse país, não se submeteu ao bloqueio. Isso levou a
em que seremos todos iguais”. invasão de Napoleão às terras lusitanas.
O paneto esmulava a revolução e a libertação dos escravos Sendo assim, em outubro de 1807, D. João e o rei da Inglaterra
para exterminar a opressão metropolitana e o domínio de um ho - Jorge III, assinaram um decreto que transferia a sede monárquica
mem sobre o outro. de Portugal para o Brasil.
A autoria do paneto recaiu sobre o soldado Luiz Gonzaga das Além disso, Portugal se compromea a assinar um tratado de
Virgens. Os conspiradores foram presos, entre eles escravos e mu- comércio com a Inglaterra, quando chegasse ao Brasil.
lheres. Foi dessa maneira que em 1808 o Pacto Colonial, um acordo
comercial entre a colônia e a metrópole, chega ao m. Nesse ano,
Os advogados
paneto de defesa
era muito superior argumentaram
à formação que ados
intelectual linguagem do
presos, que Dom João instuiu a “Carta Régia”, a qual permia a abertura dos
não teriam como ler e entender textos em francês e inglês que che- portos a outras nações amigas, inclusive a Inglaterra.
gavam até aqui através de jornais. Diante disso, a economia do país alavancou, no entanto, im -
Mesmo assim, quatro foram condenados à morte: Luiz Gonza- pediu o desenvolvimento das manufaturas no Brasil. Isso porque
ga das Virgens, Lucas Dantas, Manuel Fausno dos Santos e João grande parte dos produtos eram importados da Inglaterra.
de Deus do Nascimento. Todos os quatro eram pobres e mulatos. Os produtos ingleses nham uma menor taxa alfandegária
alfandegária em
relação aos outros países. Eles pagavam 15%, enquanto as outras
Revolução Pernambucana (1801) nações cerca de 24%.
Em 1796, Manuel Arruda Câmara – médico e ex-clérigo que Além da economia, o país, e sobretudo a capital, que até então
havia integrado a Sociedade Literária do Rio de Janeiro –, os ir - era o Rio de Janeiro, sofreram diversas
diversas mudanças.
mãos Luís Francisco de Paula Cavalcan, José Francisco de Paula Muitas obras de caráter público foram erigidas nesse período,
Cavalcan e Albuquerque e Francisco de Paula Cavalcan (sendo por exemplo, a casa da moeda, o banco do Brasil, o jardim botânico,
este proprietário do Engenho Suassuna), além de outras pessoas dentre outras.
inuentes de Pernambuco, fundaram, em Itambé, – o “Areópago de
Itambé” – a primeira loja maçônica do Brasil. Dela não parcipava
parcipavam
m A Educação no Período Joanino
europeus, embora a inspiração para sua criação tenham sido o ideal Na educação e na cultura, esse período marcou diversos avanços
10
HISTÓRIA
caracteriza pelo crescimento das prácas de pirataria decorrentes -regente, Dom Pedro I, ocializou o m da colonização às margens
do colapso daquelas relações comerciais. Assim, as avidades de do rio Ipiranga. No entanto, como podemos imaginar que um brado
corsários e piratas devem ser analisadas em perspecva. à beira de um rio seja capaz de fazer uma nação soberana?
Outra questão primordial nesse processo é a relação que os
navios ingleses estabeleceram entre a costa brasileira e a costa afri- Para entendermos melhor o nosso processo de independência,
cana a parr de suas avidades mercanlistas. A primeira viagem é de fundamental importância que nos desloquemos para outro
dessa natureza foi registrada em 1530. O inglês William Hawkins, contexto histórico: o estabelecimento da Era Napoleônica (1799 –
negociante de Plymouth, teria empreendido três viagens, entre os 1815) no início do século XIX. Durante esse período, que encerra as
anos de 1530 e 1532. Tais excursões marcaram a entrada de co - turbulências vividas durante a Revolução Francesa, Napoleão trans-
merciantes e navegadores ingleses no Atlânco Sul. Numa delas, formou-se em chefe supremo da nação francesa.
o próprio William teria chegado à costa africana. Desde então se
tornou comum embarcações
tais, chegando inglesas criarem
à Inglaterra abarrotados rotas interconnen
de pau-brasil e marm.- Em sua gestão, Napoleão nha como grande meta industriali -
zar a economia francesa através de um agressivo plano que com -
Um comércio regular foi estabelecido entre a Inglaterra, regiões da binava pesados invesmentos estatais e uma políca internacional
África Ocidental e do Nordeste Brasileiro. Nesse sendo, a chegada agressiva. Naquela época, a maior potência industrial era a Inglater-
de ingleses à costa brasileira fez parte de um projeto de expansão ra. Com isso, Bonaparte procurou retaliar o monopólio mercadoló-
maríma iniciado na primeira metade do século XVI e caracterizado gico britânico nem que para isso vesse que ameaçar a soberania
por fortes relações econômicas. das demais nações europeias.
Um comerciante inglês chamado Pudsey, da cidade de Sou - No ano de 1806, o governo napoleônico impôs o Bloqueio Con-
thampton teria, inclusive, mandado construir um forte militar na nental à Europa. Segundo esse decreto, a França exigiu que ne-
Bahia, em 1542. Tal atude evidenciava a presença regular de ingle- nhuma nação europeia vesse relações comerciais com a Inglater-
ses no litoral brasileiro
brasileiro no início da colonização. Para evitar choques ra. Dessa maneira, o governo napoleônico ampliou seus mercados
com os portugueses, os ingleses preferiam estabelecer trocas co - consumidores e, ao mesmo tempo, desestabilizou sua maior rival
merciais com os indígenas através do escambo. Na segunda viagem políca, militar e econômica.
empreendida por Willian, um chefe indígena o teria acompanhado
até a Inglaterra e lá se apresentado à Corte, onde permaneceu. Até O príncipe regente de Portugal, Dom João VI, não acatou a ordem
ns do século XVI, a presença inglesa na costa brasileira foi carac - francesa. Isso porque, ao longo do século XVIII, a economia portuguesa
terizada pela forte relação comercial com os indígenas. Apesar da assinou uma série de tratados econômicos
econômicos que aprofundou demasiada-
diminuição da atuação inglesa no litoral brasileiro, a parr de ns mente a dependência de Portugal para com a Inglaterra. Em reposta à
do século XVI, o comércio com indígenas do Atlânco-Norte parece intransigência
intransigência portuguesa, Napoleão ameaçou invadir o território portu-
ter crescido substancialmen
substancialmente. te. guês. Pressionado por Napoleão, o governo português acabou aceitando
Na região do delta amazônico, no Estado Colonial do Mara- um plano da Inglaterra para contornar essa situação.
nhão, desde ns do século XVI e início do XVII, os ingleses estabe -
leceram contato com grupos indígenas e passaram a comercializar, Os ingleses ofereceram escolta para que a família real portu -
além de muita madeira, outras especiarias de alto valor no mercado guesa se deslocasse até o Brasil e garanu que ulizaria de suas
europeu (algodão, urucum, tabaco e gêneros do reino animal, como forças militares para expulsar as tropas napoleônicas do solo por -
papagaios, tartarugas, peixes-boi, etc.). Um mapa do delta amazô - tuguês. Em troca desses favores, Dom João deveria transferir a ca-
nico desenvolvido em 1629, pelo cartógrafo português João Teixei - pital portuguesa para o Rio de Janeiro e estabelecer um conjunto
ra Albernaz indica a localização de uma fortaleza inglesa naquela de tratados que abrissem os portos brasileiros às nações do mundo
região, da qual os portugueses haviam se apossado. Outro mapa, e oferecessem taxas alfandegárias menores aos produtos ingleses.
desenvolvido em 1640, ainda indica a localiza
localização
ção daquela fortaleza
inglesa. Não tendo melhores alternavas frente à proposta inglesa, em
Isso nos permite observar que, para além do que arma a his- novembro de 1807, cerca de 15.000 súditos da Coroa Portuguesa saí -
toriograa que trata da atuação inglesa nas colônias portuguesas, ram às pressas rumo ao Brasil. Dessa maneira, entre os anos de 1808
tal presença não
e tentavas se caracterizou
de invasões, apenas pelas
empreendidas por prácas de pirataria
comandantes como eguês.
1821, o Brasil
Além de terse sido
tornou
umopeculiar
centro administravo
acontecimentodo
nagoverno
história portu
-
polí -
Francis Drake (1577), Robert Withrington e Christopher Lister (Sal - ca portuguesa, a chegada de Dom João VI e seus cortesãos ao Brasil
vador/1587), James Lancaster (Recife/1595) e o mais famoso dos iniciou um conjunto de ações que enfraqueceram o pacto colonial.
piratas ingleses: Thomas Cavendish (Santos/1591). Portanto, se
deve observar que as colônias portuguesas na América (Brasil e Dessa maneira, podemos contemplar na administraç
administração
ão joanina
Maranhão) veram lugar de destaque nos interesses marímos in- um conjunto de ações que impulsionaram a nossa independência.
gleses. Prácas comerciais também constuíram, juntamente com Ao mesmo tempo, vemos que os gritos às margens do Ipiranga, de
prácas de pirataria, importantes elementos na expansão ultrama- Dom Pedro I, não efevar
efevaram
am as liberdades anteriormente concedi-
rina inglesa. Assim, as colônias portuguesas se caracterizaram
caracterizaram como das durante a passagem de Dom João VI em terras brasileiras.
alvo potencial, mas, também, ponto de apoio para os ingleses, nos
séculos XVI e XVII. Fonte: hps://brasilescola.uol.com.br/historiab/corte-portuguesa.htm
Fonte: hps://www.infoescola.com/historia/invasoes-inglesas-no-bra -
sil/ Os Tratados
As Grandes Navegações geraram disputas pelos territórios des-
A transferência da Corte cobertos entre os países colonizador
colonizadores
es – Portugal e Espanha – após
Todo sete de setembro celebramos o dia em que o Brasil foi a jornada rumo ao oriente. Para dar m ao conito de interesses,
proclamado independente de Portugal. Assim, o marco de nossa foram estabelecidos limites de exploração para cada país através de
soberania políca xou-se no momento em que o então príncipe- tratados. Neste argo vamos conhecer os principais deles.
11
HISTÓRIA
É importante ressaltar que a palavra descobrimento expressa mércio. Do ponto de vista cultural, o Brasil também saiu ganhando
uma forma eurocêntrica de relatar o episódio, pois os territórios com algumas medidas tomadas por D. João. O rei trouxe a Missão
já eram ocupados pelos povos indígenas, ou seja, não eram desco- Francesa para o Brasil, esmulando o desenvolvimen
desenvolvimento
to das artes no
nhecidos. nosso país. Criou o Museu Nacional, a Biblioteca Real, a Escola Real
O primeiro acordo ocorreu em 1493, com a Bula inter Coetera,
Coetera, de Artes e o Observatório Astronômico. E também foram criados
criada pelo papa Alexandre VI. Foi denida uma linha imaginária a vários cursos (agricultura, cirurgia, química, desenho técnico, etc)
100 léguas de Cabo Verde, na costa africana, que dividia o mundo nos estados da Bahia e Rio de Janeiro.
entre os dois países ibéricos. Determinav
Determinavaa que a parte leste (africa-
na) teria domínio português enquanto a oeste (americana) seria de Fonte: hps://nobrasil.wordpress.com/2010/10/14/medidas-toma -
posse espanhola. das-por-d-joao-vi/
Entretanto,
Entretant o, essa linha passava pelo Oceano Atlânco, o que fez
com que Portugal se sensse prejudicado e com receio de perder os Políca Joanina no Brasil
territórios conquistados, mesmo sem ter chegado ainda ao Brasil.
Para resolver tal situação, a linha foi deslocada, cando agora a 370 A Políca Externa Joanina
léguas de Cabo Verde, o que foi acordado com o Tratado de Torde- A transferência da sede da monarquia portuguesa para a sua
silhas,, em 1494.
silhas colônia americana fez com que a políca externa de Portugal pas-
sasse a ser aqui decidida, instalando-se
instalando-se no Rio de Janeiro o Ministé-
A linha deniria, posteriormente, como seria a divisão do Brasil rio da Guerra e Assuntos Estrangeiros.
Estrangeiros.
entre as duas nações. No entanto, não foi respeitada, de modo que
Portugal dominou a parte leste do novo connente, enquanto a Es- A Questão de Caiena
panha se preocupou com a colonização do norte e oeste. Em 1º de maio de 1808, já instalada no Brasil a sede do Reino,
Em 1681, foi assinado o Tratado de Lisboa,
Lisboa, pelo qual a Espanha que pretendia ser “um império poderoso, cheio de presgio e que
devolveu a Portugal a Colônia de Sacramento, que havia invadido. garansse a segurança de seus súditos,” D. João declarou guerra a
Em 1703, outro acordo foi rmado, o Tratado de Methuen ou Napoleão e aos franceses e considerou nulos os tratados assinados
Tratado de Panos e Vinhos,
Vinhos , porém este não discua territórios, anteriormente com aquele país.
mas estabelecia alianças comerciais entre Inglaterra – com a indús- Com o objevo de ampliar seu Império na América, eliminar a
tria têxl – e Portugal, com os vinhos. ameaça francesa e, ao mesmo tempo, vingar-se da invasão napo-
Já entre
Portugal 1713 e 1715,
e Espanha. ocorreram
O primeiro os tratados
estabelecia o riode Utrecht, como
Utrecht,
Oiapoque entre leônica em Portugal,
incorporando-a D. João
aos seus resolveu ocupar a Guiana Francesa,
domínios.
divisão entre Brasil e Guiana Francesa e o segundo tratava de uma Para tanto, enviou uma força militar com o objevo de restabe -
nova devolução da colônia de Sacramento
S acramento a Portugal. lecer os limites entre o Brasil e a Guiana.
Em 1750, um novo tratado substuía o de Tordesilhas, o cha - Recebendo reforço naval da Inglaterra, as forças portuguesas
mado Tratado de Madri.
Madri. Uma de suas principais caracteríscas foi parram para o ataque e, em janeiro de 1809, tomaram posse da
o u posides, que trazia o conceito do usucapião, ou seja, a terra Colônia em nome de D. João.
pertence a quem a ocupa, de modo que a Colônia de Sacramento Em 1815, com a derrota de Napoleão, a posse da Colônia vol-
voltou a pertencer à Espanha, assim como regiões a oeste de Tor - tou a ser reivindicada pelo Governo francês, agora sob o domínio
desilhas, como os Sete Povos das Missões, que eram ocupados por de Luís XVIII.
portugueses, pertenceriam agora a Portugal. Consequentemente, Como os termos da proposta francesa não foram aceitos por D.
Portugal comandaria a região do Brasil e a Espanha, a região do João, a questão passou a ser discuda pelo Congresso de Viena, no
Prata. ano seguinte.
Em 1761, o Tratado de El Pardo revogou
Pardo revogou o Tratado de Madri, Nessas conversações a França concordou em recuar os limites
mas foi retomado em 1777, com o Tratado de Santo Ildefonso,
Ildefonso, po- de sua Colônia até a divisa proposta pelo Governo português.
rém este dava a posse de Sete Povos das Missões à Espanha, o que Entretanto, somente em 1817 os portugueses deixaram Caie -
foi novamente alterado
alterado em 1801, quando a região voltou ao domí - na, com a assinatura de um convênio entre a França e o novo Reino
nio português através do Tratado de Badajós. Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Fonte: hps://www
hps://www.infoenem.com.br/v
.infoenem.com.br/veja-os-tratados-da-co
eja-os-tratados-da-co-
lonizacao-entre-portugueses-e-espanhois/ A Questão do Prata
Desde os primeiros tempos da colonização da América a região
As Principais Medidas de D. João VI no Brasil plana foi objeto de disputa entre Espanha e Portugal, especial -
No ano de 1818, a mãe de D. João, D. Maria I, faleceu e D. João mente a Colônia do Sacramento
Sacramento,, atual Uruguai, também conhecida
tornou-se rei. Passou a ser chamado de D. João VI, rei do Reino Uni- como Banda Oriental.
do a Portugal e Algarves. Uma das principais medidas tomadas por Com a assinatura do Tratado de Badajoz, em 1801, que deu a
D. João foi abrir o comércio brasileiro aos países amigos de Portu - Portugal a posse dos Sete Povos das Missões e à Espanha a colônia
gal. A principal beneciada foi à Inglaterra, que passou a ter vanta- de Sacramento, a paz na região parecia ter sido selada.
gens comerciais e dominar o comércio com o Brasil. Os produtos Entretanto, a vinda da família real para o Brasil e o domínio da
ingleses chegavam ao Brasil com impostos de 15%, enquanto de Península Ibérica por Napoleão mudaram a situação.
outros países deveriam pagar 24%. Isso fez com que nosso país fos - Desde o estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro, o Gover -
se inundado por produtos ingleses. Esta medida acabou prejudican- no português demonstrou interesse em conquistar a margem es-
do o desenvolvimento da indústria brasileira. D. João adotou várias querda do rio da Prata.
medidas econômicas que favorec
favoreceram
eram o desenvolvimen
desenvolvimentoto brasilei- A situação da Espanha, agora aliada da França e, portanto,
ro. Entre
to de as principais,
indústrias decidimos
no Brasil, citar: de
construção esmulo ao estabelecimen
estradas, cancelamento- inimiga de Portugal
oportunidade e da Inglaterra,
de se instalar propiciava
na cobiçada a D.
região do Joãopara
Prata, excelente
o que
da lei que não permia a criação de fábricas no Brasil, reformas procurou o apoio da Inglaterra.
em portos, criação do Banco do Brasil e instalação da Junta de Co-
12
HISTÓRIA
Os representantes ingleses no Rio de Janeiro não se posiciona- Já na Primeira República, os pardos anteriores todos desapa-
ram logo sobre a questão, escaldados que estavam por conta das recem, surgindo conitos entre novas ideologias emergentes, como
duas tentavas infruferas realizadas em 1806 para se apossarem por exemplo militaristas, civilistas, comunistas e liberais, girando
de Buenos Aires e de Montevidéu. Resolveram aguardar
aguardar instruções em torno da questão principal de divisão do poder entre militares e
de seu Governo para agir. grandes lafundiários, além da discussão da parcipação do capital
Logo depois, em setembro de 1808, informados da revolta estrangeiro
estrangeiro no país.
espanhola contra o domínio francês, os ingleses desaprovaram a O período de 1930 a 1945 será dominado pela carismáca -
posição portuguesa, pois agora a Espanha voltara a ser sua
s ua aliada. gura de Getúlio Vargas, que estabelece um regime personalista, es-
D. Carlota Joaquina também nha interesses pessoais na do - pecialmente após a fundação do Estado Novo (1937), e consquente
minação das angas colônias espanholas, visto ser lha do rei da proibição da avidade políca.
Espanha, Carlos
sionado pelos IV, deposto
franceses, por Napoleão,
Fernando VII. e irmã do herdeiro apri- O 1945
rar de período seguinte,
a 1964, ondeconhecido como República
três importantes Liberal, irá
pardos disputam du--
o po
Assim, julgava-se com direitos às colônias espanholas, por ser der: PSD, PTB e UDN, e sob os quais orbitam menores agremiações
a única representante legíma dos Bourbon espanhóis na América. como por exemplo o PSP e PST.
Lord Strangford, encarregado pela Inglaterra de cuidar de am - A ditadura militar de 1964 faz nova “limpeza” na cena políca
bas as situações, teve melhor acolhida junto a D. João, pois D. Car - brasileira, exnguindo todos os pardos legalmente instuídos, e
lota já havia estabelecido contatos com angos colonos espanhóis, reforçando a perseguição aos postos na ilegalidade, especialmen-
que lhe davam esperanças de conseguir o seu intento. te o PCB (Pardo Comunista Brasileiro, fundado em 1923, e ilegal
durante maior parte de sua existência). Só duas agremiações eram
Tolhida em sua ação por D. João, a quem a Inglaterra pedira permidas: ARENA, pardo de apoio da situação, e MDB (atual
auxílio, D. Carlota viu, aos poucos, suas aspirações irem por água PMDB), de oposição, que congregava todas as losoas de oposi-
abaixo,, inclusive pela desconança dos espanhóis em relação à sua
abaixo ção ao regime.
lealdade à causa da Espanha, por ser casada com o príncipe portu - Com a redemocrazação, em 1985, um “enxurrada” de novos
guês. pardos vão sendo criados e exntos, fruto natural da reconquis-
Mas a dominação da Espanha pela França detonara um pro - tada liberade políca. O PMDB, herdeiro do oposicionista MDB da
cesso de independência entre as colônias espanholas, do qual re - época anterior emerge como principal pardo. Logo após, surgem
sultaram países como a Argenna e o Paraguai, que se tornaram outras forças importantes como o PSDB e o PT, que na atualidade
independentes em 1810 e 1811, respecvamente. estão quase que em todos os casos disputando os mais importantes
Sob o pretexto de defender o Rio Grande dos conitos que postos nos estados e a nível federal.
eclodiam em suas fronteira
fronteiras,
s, D. João organiz
organizou
ou tropas luso-brasilei- Atualmente, o cenário democráco brasileiro conta com 27
ras que se dirigiram para o sul, em direção à região plana, com a pardos avos (não necessariamente possuindo representação no
intenção de anexá-la ao Império português. Congresso Nacional, mas tendo registro denivo ante o TSE (Tribu-
Resolvidos os problemas fronteiriços, foi assinado um armis - nal Superior Eleitoral), aptos portanto a apresentarem candidatos
cio entre o governo de D. João e a Junta que governava Buenos Ai - em quaisquer eleições ou se coligarem de acordo com a orientação
res. Mas a proclamação da independência das Províncias Unidas do de seu diretório), não sendo considerado o recentemente funda -
Rio da Prata ocasionou a retomada de violentos conitos na região do PSD, que deve brevemente conquistar seu registro denivo,
conhecida como a Banda Oriental do Uruguai, que não aceitava as aumentando para 28 o número de pardos polícos plenamente
imposições de Buenos Aires. Por este movo os uruguaios retoma- avos.
ram a luta. As matérias que lidam com pracamente todos os aspectos dos
Pretendendo resguardar suas fronteiras e, também, expandir o pardos e das eleições, estabelecendo os parâmetros aos quais es-
seu Império, D. João ordenou a invasão e ocupação da região, que tes devem seguir, encontram-se atualmente na Constuição e no
se tornou a Província Cisplana, incorporada ao Brasil até 1827. Código Eleitoral. Na Constuição, tratam especialmente
especialmente do tema os
capítulos IV, que engloba os argos 14 e 15 e V, abrangendo o argo
Pardos polícos
O Brasil possui umae eleições
tradição no
de Brasil
livre criação de pardos polí- 17.
cadoNoaos
capítulo IV,polícos
pardos são abordados os direitos polícos, e o V é dedi -
propriamente.
cos que remonta à independência, mesmo considerando que, no -
toriamente, tais endades não tenham demonstrado um conteúdo Fonte: hps://www.infoescola.com/polica/pardos-policos-e-elei -
ideológico sólido que lhes permita serem disntos uns aos outros coes-no-brasil/
através de toda história do Brasil como Império e República. Ao
mesmo tempo, nossa história democráca, apesar dos percalços e
de ocasionais interrupções, segue rumo à maturidade, tendo suas Revoltas conspirações
conspirações e revoluções e a emancipação e os con-
raízes mais angas no período colonial, onde os cidadãos da Améri - itos sociais.
ca portuguesa já votavam para escolher os seus representan
representantes
tes em As Revoltas do Período Colonial Brasileiro se dividiram entre
níveis regionais. interesses navistas e interesses separasta
s eparastas.
s.
A evolução das forças e dos pardos polícos ao longo do Im - O Brasil foi colonizado por Portugal a parr de 1500, mas a
pério (1822-1889) reea os interesses dos países estrangeiros so- efeva exploração do território não começou no mesmo ano. Ini -
bre o Brasil, principalmente pelo fato do país ter sido colônia por - cialmente, os portugueses apenas extraíam das terras brasileiras
tuguesa e também pelo fato da independência ser resultado direto o pau-brasil que era trocado com os indígenas. Na falta de metais
das negociações entre ingleses, portugueses e brasileiros. Como preciosos, que demoraram ser encontrados, esse po de relação
pardos permanentes, que resisram até o m do Império, exis - de troca, chamada escambo, permaneceu por algumas décadas. A
ram somente dois, o Pardo Conservador e o Pardo Liberal, sob os postura dos portugueses em relação ao Brasil só se alterou quando
quais orbitaram durante todo o período monárquico pardos me - a ameaça de perder a nova terra e seus benecios para outras na -
nores e efêmeros. cionalidades aumentou.
13
HISTÓRIA
Com o desenvolvimento da exploração do Brasil em sendo co-
lonial, ou seja, tudo que era produzido em território brasileiro iria O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
para Portugal, a metrópole e detentora dos lucros nais. Esse po
de relação estava inserido na lógica do Mercanlismo que marcava
marcava Para compreender o verdadeiro signicado histórico da inde-
as ligações de produção e lucro entre colônias e suas respecvas pendência do Brasil, levaremos em consideraçã
consideração
o duas importantes
metrópoles. O modelo que possui essas caracteríscas é chamado questões:
de Pacto Colonial, mas as recentes pesquisas de historiadores estão
demonstrando novas abrangências
abrangências sobre a rigidez desse po de re- Em primeiro lugar,
lugar, entender que o 07 de setembro de 1822 não
lação comercial. Ao que parece, o Pacto Colonial não era tão rígido foi um ato isolado do príncipe D. Pedro, e sim um acontecimento
como se disse por muitos anos, a colônia nha certa autonomia que integra o processo de crise do Ango Sistema Colonial, iniciada
para negociar seus produtos e apresentar seus interesses.
interesses. com as revoltas de emancipação no nal do século XVIII. Ainda é
De toda forma, é certo que o po de relação entre metrópole muito comum a memória do estudante associar a independência
e colônia envolveu a práca da exploração. O objevo das metró - do Brasil ao quadro de Pedro Américo, “O Grito do Ipiranga”, que
poles era auferir o máximo de lucros possíveis com a produção das personica o acontecimento na gura de D. Pedro.
colônias. No Brasil, antes do ouro ser encontrado e causar grande
alvoroço, a cana-de-açúcar era o principal produto produzido, na Em segundo lugar, perceber que a independência do Brasil,
região Nordeste. restringiu-se à esfera políca, não alterando em nada a realidade
A exploração excessiva
excessiva que era feita pela metrópole portugue- sócio-econômica, que se manteve com as mesmas caracteríscas
sa teve seus reexos de descontentamento a parr do nal do sé- do período colonial.
culo XVII. Neste, ocorreu apenas um movimento de revolta, mas Valorizando essas duas questões, faremos uma breve avaliação
Valorizando
foi ao longo do século XVIII que os casos se mulplicaram. Entre histórica do processo de independência do Brasil.
todos esses movimentos, podem-se disnguir duas orientações nas Desde as úlmas décadas do século XVIII assinala-se na Amé -
revoltas: a de po navista e a de po separasta
separasta.. As revoltas que rica Lana a crise do Ango Sistema Colonial. No Brasil, essa crise
se encaixam no primeiro modelo são caracterizadas por conitos foi marcada pelas rebeliões de emancipação, destacando-se a In -
ocorridos entre os colonos ou defesa de interesses de membros da condência Mineira e a Conjuração Baiana. Foram os primeiros mo-
elite colonial. Somente as revoltas de po separasta que pregavam vimentos sociais da história do Brasil a quesonar o pacto colonial
uma independência em relação a Portugal. A Revolta dos Beckman e assumir um caráter republicano. Era apenas o início do processo
ocorreu no ano de 1684 sobs ob liderança dos irmãos Manuel e Tomas de independência políca do Brasil, que se estende até 1822 com
Beckman.. O evento que se passou no Maranhão
Beckman Maranhão reivindicava
reivindicava me- o “sete de setembro”. Esta situação de crise do ango sistema co-
lhorias na administração colonial, o que foi visto com maus olhos lonial, era na verdade, parte integrante da decadência do Ango
pelos portugueses que reprimiram os revoltosos violentamente. Foi Regime europeu, debilitado pela Revolução Industrial na Inglaterra
a única revolta do século XVII. e principalmente pela difusão do econômico e dos princípios ilumi-
A Guerra dos Emboabas foi um conito que ocorreu entre nistas, que juntos formarão a base ideológica para a Independên -
1708 e 1709. O confronto em Minas Gerais aconteceu porque os cia dos Estados Unidos (1776) e para a Revolução Francesa (1789).
bandeirantes paulistas queriam ter exclusiv
exclusividade
idade na exploraç
exploração
ão do Trata-se de um dos mais importantes movimentos de transição na
ouro recém descoberto no Brasil, mas levas e mais levas de portu - História, assinalado pela passagem da idade moderna para a con -
gueses chegavam à colônia para invesr na exploração. A tensão temporânea, representada pela transição do capitalismo comercial
culminou em conito entre as partes. para o industrial.
A Guerra dos Mascates aconteceu logo em seguida, entre 1710
e 1711. O confronto em Pernambuco envolveu senhores de enge- Os Movimentos de Emancipação
nho de Olinda e comerciant
comercianteses portugueses de Recife. A elevação de A Incondência Mineira destacou-se por ter sido o primeiro
Recife à categoria de vila desagradou a aristocracia rural de Olinda, movimento social republicano-emancipacionista
republicano-emancipacionista de nossa história.
gerando um conito. O embate chegou ao m com a intervenção de Eis aí sua importância maior, já que em outros aspectos cou mui-
Portugal e equiparação entre Recife e Olinda. to a desejar. Sua composição social por exemplo, marginalizava as
A Revolta de Filipe dos Santos aconteceu em 1720. O líder Fili- camadas mais populares, congurando-se num movimento elista
pe dos Santos Freire representou a insasfação dos donos de minas estendendo-se no máximo às camadas médias da sociedade, como
de ouro em Vila Rica com a cobrança do quinto e a instalação das intelectuais, militares, e religiosos. Outros pontos que contribuíram
Casas de Fundição. A Coroa Portuguesa condenou Filipe dos Santos para debilitar o movimento foram a precária arculação militar e a
à morte e encerrou o movimento violentamente. postura regionalista, ou seja, reivindicavam a emancipação e a re-
A Incondência Mineira,
Mineira, já com caráter de revolta separas - pública para o Brasil e na práca preocupavam-se com problemas
ta, aconteceu em 1789. A revolta dos mineiros contra a exploração locais de Minas Gerais. O mais grave contudo foi a ausência de uma
dos portugueses pretendia tornar Minas Gerais independente de postura clara que defendesse a abolição da escravatura. O desfe -
Portugal, mas o movimento foi descoberto antes de ser deagrado cho do movimento foi assinalado quando o governador Visconde de
e acabou sendo punido com rigidez pela metrópole. Tiradentes
Tiradentes foi Barbacena suspendeu a derrama -- seria o pretexto para deagrar a
morto e esquartejado em praça pública para servir de exemplo aos revolta - e esvaziou a conspiração, iniciando prisões acompanhadas
demais do que aconteceria aos descontentes com Portugal. de uma verdadeira devassa.
A Conjuração Baiana,
Baiana, também separasta, ocorreu em 1798. O
movimento ocorrido na Bahia pretendia separar o Brasil de Portu - Os líderes do movimento foram presos e enviados para o Rio
gal e acabar com o trabalho escravo. Foi severamente punida pela de Janeiro responderam pelo crime de incondência (falta de -
Coroa Portuguesa. delidade ao rei), pelo qual foram condenados. Todos negaram sua
parcipação no movimento, menos Joaquim José da Silva Xavier,
Xavier, o
Fonte: hps://www.infoescola.com/historia/revoltas-do-periodo-colo - alferes conhecido como Tiradentes, que assumiu a responsabilida -
nial-brasileiro/ de de liderar o movimento. Após decreto de D. Maria I é revogada
a pena de morte dos incondentes, exceto a de Tiradentes. Alguns
14
HISTÓRIA
tem a pena transformada em prisão temporária, outros em prisão O Signicado Histórico da Independência
perpétua. Cláudio Manuel da Costa morreu na prisão, onde prova - A aristocracia rural brasileira encaminhou a independência do
velmente foi assassinado. Brasil com o cuidado de não afetar seus privilégios, representados
Tiradentes, o de mais baixa condição social, foi o único conde - pelo lafúndio e escravismo. Dessa forma, a independência foi im-
nado à morte por enforcamento. Sua cabeça foi cortada e levada posta vercalmente, com a preocupação em manter a unidade na -
para Vila Rica. O corpo foi esquartejado e espalhado pelos cami- cional e conciliar as divergências existentes dentro da própria elite
nhos de Minas Gerais (21 de abril de 1789). Era o cruel exemplo rural, afastando os setores mais baixos da sociedade representados
que cava para qualquer outra tentava de quesonar o poder da por escravos e trabalhadores pobres em geral.
metrópole. Com a volta de D. João VI para Portugal e as exigências para
que também o príncipe regente voltasse, a aristocracia rural passa
O exemplo parece que não assustou a todos, já que nove a viver sob um dicil dilema: conter a recolonizarão e ao mesmo
anos mais tarde iniciava-se na Bahia a Revolta dos Alfaiates, tam - tempo evitar que a ruptura com Portugal assumisse o caráter re -
bém chamada de Conjuração Baiana. A inuência da loja maçônica volucionário-republicano
volucionário-republ icano que marcav
marcavaa a independência da América
Cavaleiros da Luz deu um sendo mais intelectual ao movimento Espanhola, o que evidentement
evidentementee ameaçaria seus privilégios.
que contou também com uma ava parcipação de camadas po- A maçonaria (reaberta no Rio de Janeiro com a loja maçônica
pulares como os alfaiates João de Deus e Manuel dos Santos Lira. Comércio e Artes) e a imprensa uniram suas forças contra a postura
Eram pretos, mesços, índios, pobres em geral, além de soldados recolonizadora
recolonizado ra das Cortes.
e religiosos. Justamente por possuir uma composição social mais D. Pedro é sondado para car no Brasil, pois sua parda poderia
abrangente com parcipação popular, a revolta pretendia uma re - representar o esfacelamento do país. Era preciso ganhar o apoio de D.
pública acompanhada da abolição da escravatura. Controlado pelo Pedro, em torno do qual se concrezariam os interesses da aristocracia
governo, as lideranças populares do movimento foram executadas rural brasileira. Um abaixo assinado de oito mil assinaturas foi levado
por enforcamento, enquanto que os intelectuais foram absolvidos. por José Clemente Pereira (presidente do Senado) a D. Pedro em 9 de
Outros movimentos de emancipação também foram controla- janeiro
janeiro de 182
1822,2, solicitan
solicitando
do sua perm
permanên
anência
cia no Bra
Brasil.
sil. Cedendo
Cedendo às
dos, como a Conjuração do Rio de Janeiro em 1794, a Conspiração pressões, D. Pedro decidiu-se: “Como é para o bem de todos e felicida-
dos Suaçunas em Pernambuco (1801) e a Revolução Pernambucana de geral da nação, estou pronto. Diga ao povo que co”.
de 1817. Esta úlma, já na época que D. João VI havia se estabeleci- É claro que D. Pedro decidiu car bem menos pelo povo e bem
do no Brasil. Apesar de condas todas essas rebeliões foram deter-
minantes para o agravamento
agravamento da crise do colonialismo no Brasil, já mais
futurapela aristocracia,não
independência quealterar
o apoiaria como imperador
a realidade em troca
socioeconômica da-
colo
que trouxeram pela primeira vez os ideais iluministas e os objevos nial. Contudo, o Dia do co era mais um passo para o rompimen-
republicanos. to denivo com Portugal. Graças a homens como José Bonifácio
de Andrada e Silva (patriarca da independência), Gonçalves Ledo,
A Família Real no Brasil e a Preponderância Inglesa José Clemente Pereira e outros, o movimento de independência
Se o que dene a condição de colônia é o monopólio imposto adquiriu um ritmo surpreendente com o cumpra-se, onde as leis
pela metrópole, em 1808 com a abertura dos portos, o Brasil deixa- portuguesas seriam obedecidas somente com o aval de D. Pedro,
va de ser colônia. O monopólio não mais exisa. Rompia-se o pacto que acabou aceitando o tulo de Defensor Perpétuo do Brasil (13
colonial e atendia-se assim, os interesses da elite agrária brasileira, de maio de 1822), oferecido pela maçonaria e pelo Senado. Em 3
acentuando as relações com a Inglaterra, em detrimento das tradi - de junho foi convocada uma Assembleia Geral Constuinte e Le-
cionais relações com Portugal. gislava e em primeiro de agosto considerou-se inimigas as tropas
portuguesas que tentassem desembarcar no Brasil.
Esse episódio, que inaugura a políca de D. João VI no Brasil,
é considerado a primeira medida formal em direção ao “sete de
São Paulo vivia um clima de instabilidade para os irmãos Andra -
setembro”.
das, pois Marm Francisco (vice-presidente da Junta Governava
de São Paulo) foi forçado a demir-se, sendo expulso da província.
EssaHá muito Portugal
dependência dependia
acentua-se comeconomicamente
a vinda de D. JoãodaVIInglaterra.
ao Brasil, Em Portugal, a reação tornava-se radical, com ameaça de envio de
que gradualmente deixava de ser colônia de Portugal, para entrar tropas, caso o príncipe não retornasse imediatamente.
na esfera do domínio britânico. Para Inglaterra industrializada, a in-
dependência da América Lana era uma promissora oportunidade José Bonifácio, transmiu a decisão portuguesa ao príncipe,
de mercados, tanto fornecedores, como consumidores. juntamente com carta sua e de D. Maria Leopoldina, que cara no
Rio de Janeiro como regente. No dia sete de setembro de 1822 D. Pe -
Com a assinatura dos Tratados de 1810 (Comércio e Navegação dro que se encontrava às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo,
e Aliança e Amizade), Portugal perdeu denivamente o monopólio após a leitura das cartas que chegaram em suas mãos, bradou: “É tem -
do comércio brasileiro e o Brasil caiu diretamente na dependência po... Independência ou morte... Estamos separados de Portugal”. Che -
do capitalismo inglês. gando no Rio de Janeiro (14
( 14 de setembro de 1822), D. Pedro foi aclama-
do Imperador Constucional do Brasil. Era o início do Império, embora
Em 1820, a burguesia mercanl portuguesa colocou m ao a coroação apenas se realizasse em primeiro de dezembro de 1822.
absolusmo em Portugal com a Revolução do Porto. Implantou-se A independência não marcou nenhuma ruptura com o proces-
uma monarquia constucional, o que deu um caráter liberal ao mo- so de nossa história colonial. As bases socioeconômicas (trabalho
vimento. Mas, ao mesmo tempo, por tratar-se de uma burguesia escravo, monocultura e lafúndio), que representavam a manu -
mercanl que tomava o poder, essa revolução assume uma postu - tenção dos privilégios aristocrácos, permaneceram inalteradas.
ra
seurecolonizadora sobre
lho aproxima-se o Brasil.
ainda D. João
mais da VI retorna
a ruralpara
aristocracia
aristocraci Portugal
brasileira, e
que O “sete de
políca, quesetembro” foi14
já começara apenas a consolidação
anos atrás, de uma
com a abertura dosruptura
portos.
sena-se duplamente ameaçada em seus interesses: a intenção re-
colonizadoraa de Portugal e as guerras de independência na América
colonizador Fonte: hp://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codi -
Espanhola, responsáveis pela divisão da região em repúblicas. go=3
15
HISTÓRIA
terra, Napoleão Bonaparte decretou o Bloqueio Connental, que
BRASIL IMPERIAL O PRIMEIRO REINADO, O PERÍODO consisa na proibição às nações europeias de comercializar com a
REGENCIAL E O SEGUNDO REINADO: ASPECTOS, PO Inglaterra.
LÍTICOS, ADMINISTRATIVOS, MILITARES, CULTURAIS, Segundo essa políca estabelecida por Napoleão, as nações
ECONÔMICOS, SOCIAIS, TERRITORIAIS, A POLÍTICA que não aderissem ao bloqueio seriam militarmente invadidas pe -
EXTERNA, A QUESTÃO ABOLICIONISTA, O PROCESSO las tropas francesas. Portugal não aceitou aderir a esse bloqueio,
DE MODERNIZAÇÃO, A CRISE DA MONARQUIA E A justamente porque a Inglaterra era sua maior aliada políca e eco-
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA nômica. Para fechar essa brecha existente, Napoleão ordenou a in-
vasão da Península Ibérica em 1807.
Brasil Imperial é um período da história brasileira entre 7 de Comseu
colocou a invasão francesa,
irmão, José Napoleão
Bonaparte, destuiu
no trono o rei espanhol
espanhol. Durante ae
setembro de 1822 (Independência do Brasil) e 15 de novembro de
1889 (Proclamação da República). Neste período, o Brasil foi gover- invasão napoleônica em Portugal,
Portugal, D. João VI optou por fugir da pre-
nado por dois monarcas: D. Pedro I e D. Pedro II. sença das tropas francesas e, assim, realizou o embarque às pressas
com tudo o que pudesse carregar para o Brasil. A respeito disso,
segue o relato de Boris Fausto:
Entre 25 e 27 de novembro de 1807, cerca de 10 a 15 mil pes -
soas embarcaram em navios portugueses rumo ao Brasil, sob a pro-
teção da frota inglesa. Todo um aparelho burocráco vinha para a
Colônia: ministros, conselheiros, juízes da Corte Suprema, funcio-
nários do Tesouro, patentes do Exército e da Marinha, membros do
alto clero. Seguiam também o tesouro real, os arquivos do governo,
uma máquina impressora e várias bibliotecas que seriam a base da
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
A expedição portuguesa era composta de 46 embarcações,
que foram escoltadas até a costa brasileira pela Marinha inglesa.
A viagem foi cheia de percalços, como uma tempestade que sepa -
rou parte dos navios, a falta de comida por causa da quandade de
A Independência do Brasil pessoas e, de acordo com os historiadores, um surto de piolhos que
Em 1799, Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França. forçou as mulheres a rasparem os cabelos.
Seus projetos industrialista
industrialistass e expansionista
expansionistass levaram ao confronto D. João VI e toda a Corte portuguesa chegaram ao Brasil, na
direto com a Inglaterra. Por isso, em 1806, determinou o Bloqueio região de Salvador,
Salvador, em janeiro de 1808. No mês seguinte, o rei por-
Connental: o connente foi proibido de manter relações com os tuguês embarcou para a cidade do Rio de Janeiro, chegando a essa
britânicos. Isto afetou diretamente Portugal. cidade em março. Do Rio de Janeiro, D. João VI governaria Portugal
Ameaçada de invasão, a Corte do Regente D. João rerou-se e o Brasil até 1821, quando, então, retornou à Europa.
para o Brasil. Pressões inglesas e brasileiras o levaram a assinar a
Quais grandes mudanças ocorreram com a chegada de D. João
abertura dos portos, em 1808, pondo um m no Pacto Colonial. Era
VI ao Brasil?
o domínio inglês.
Assim que chegou ao Brasil, D. João VI tomou a primeira medi-
Os Tratados de 1810 selaram de vez tal domínio. E o Brasil foi
da de relevância
relevância:: a abertura dos portos brasileiros às nações ami-
elevado a Reino Unido de Portugal, em 1815. Esta submissão de D.
gas.. Isso aconteceu no dia 28 de janeiro de 1808 e iniciou todas as
gas
João a Londres irritou profundamente a burguesia lusitana, pois a
mudanças que estavam por vir. A abertura dos portos brasileiros
Independência parecia inevitável. Mesmo a repressão joanina aos às nações amigas signicava, na práca, que a única nação a bene-
republicanos da Revolução Pernambucana de 1817 não bastou para ciar-se disso seria a Inglaterra, dona de um gigantesco comércio
aplacar a iraem
Assim, de1820,
Lisboa.
a Revolução do Porto implantou a monarquia marímo.
Essa medida signicou o m do monopólio comercial exercido
exercido
constucional e D. João VI voltou a Portugal. Aqui deixou o Príncipe por Portugal sobre as avidades econômicas do Brasil e permia
D. Pedro como Regente. Formaram-se duas agremiações rivais: o aos comerciantes e grandes proprietários brasileiros negociar dire-
Pardo Português, desejando a recolonização do Brasil, e o Pardo tamente com seus compradores estrangeiros. Para Portugal, essa
Brasileiro,, da aristocracia. Em 1822, por duas vezes, D. Pedro foi in-
Brasileiro medida era resultado de uma necessidade óbvia, uma vez que, com
mado a retornar: em 9 de Janeiro deu a decisão do “Fico” e a 7 de a ocupação francesa, seria impossível comercializar com os portos
Setembro, o “Grito do Ipiranga”. Nascia o Império. portugueses.
Outras decisões importantes tomadas por D. João VI foram a
Período Joanino permissão para instalar manufaturas no Brasil e a criação de incen-
O Período Joanino refere-se ao momento da história da colo - vos para que essas manufaturas surgissem. Apesar dessa medi -
nização brasileira marcado
marcado pela presença da família real portugue - da ser extremamente importante, as mercadorias manufaturadas
sa no Brasil. Essa época especíca foi iniciada em 1808, quando a produzidas no Brasil sofriam com a concorrência das mercadorias
Corte portuguesa e D. João VI chegaram ao Brasil, e estendeu-se inglesas, que possuíam mais qualidade e um preço atravo (Por-
até 1821, quando esse rei, pressionado pelas cortes portuguesas, tugal taxou as mercadorias inglesas em apenas 15% de imposto al -
optou por retornar para Portugal. Durante esse período, a família fandegário).
real portuguesa habitou a cidade do Rio
R io de Janeiro. Por ordem de D. João VI, foram desenvolvidas faculdades de
medicina em Salvador e no Rio de Janeiro. Além disso, construíram-
Por que a família real portuguesa mudou-se para o Brasil? -se museus, teatros e bibliotecas, e foi permida a instalação de
A mudança da família real portuguesa para o Brasil estava
estava rela- uma pograa na cidade do Rio de Janeiro. Tudo isso contribuiu
cionada com os acontecimentos na Europa durante o Período Na - para o crescimento do intelectualismo no Brasil e possibilitou a cir-
poleônico. Como forma de enfraquecer economicamente a Ingla culação de ideias, sobretudo na capital.
16
HISTÓRIA
Esse crescimento do intelectualismo no Brasil acabou incen - monarquia centralista.
centralista. O desfecho foi o golpe da “noite da agonia”:
vando a vinda de intelectuais e arstas estrangeiros notáveis da - a Constuinte foi dissolvida. D. Pedro, então, outorgou a Constui-
quele período, como a viagem do botânico e naturalista francês ção que seus conselheiros elaboraram
elaboraram e fortaleceu-se com o Poder
Auguste de Saint-Hilaire e a Missão Arsca Francesa, que trouxe Moderador.
importantes arstas franceses, com destaque para Debret
Debret e suas
pinturas sobre o Rio de Janeiro.
No entanto, a medida mais importante tomada por D. João
ocorreu em 1815, quando o Brasil foi elevado à à condição de Reino
e, assim, surgiu o Reino de Portugal, Brasil e Algarves. Isso aconte-
ceu porque as nações integrantes do Congresso de Viena considera-
vam inaceitável
inaceitável que um rei europeu esvesse em uma colônia e não
em seu reino de fato. Como resposta, D. João VI tomou essa medida
e transformou o Brasil em parte integrante do reino português.
O Primeiro Reinado
A monarquia brasileira consolidou-se de forma críca. A marca
do 1 Reinado foi a disputa pelo poder entre o Imperador Pedro I e a
elite aristocráca nacional.
nacional. O primeiro confronto deu-se na outorga
da Constuição de 1824.
Durante o ano anterior as relações entre o governo e a Assem-
bleia Constuinte foram tensas. Enquanto a maioria “brasileira”
pretendia reduzir o poder do Trono, os “portugueses” defendiam a
17
HISTÓRIA
O segundo reinado - de 1840 a 1889 A estabilidade políca revelou a contradição entre as aparên -
cias democrácas e a essência autoritária do regime. As eleições
eram censitárias e fraudulentas, apelidadas de “Eleições do Cace-
te”.. Os Pardos Liberal e Conservador eram elistas, sem diferenças
te”
ideológicas signicavas. E o parlamentarismo às avessas permia
ao Poder Moderador do rei manipular tanto o 1 Ministro como o
Parlamento.
Entre 1851 e 1870, o Império enfrentou as Guerras Externas
no Prata. Foram
pansionista, peloconitos
controlesangrentos causados
da navegação pelo
nos rios dacaudilhismo
Bacia Planaexe-
inuenciados pelos interesses ingleses na região.
Principalmentee a Guerra contra Solano Lopes (Paragua
Principalment (Paraguai)
i) trouxe
dráscos aumentos na dívida externa e inuências polícas sobre
os militares, atuantes de ora em diante no movimento republicano.
republicano.
18
HISTÓRIA
- O período foi marcado por várias revoltas sociais. A maior par- 2. (IFB/2017 – IFB)
IFB) “A principal caracterísca políca da inde-
te delas eram em protesto contra as péssimas condições de vida, pendência brasileira foi a negociação entre a elite nacional, a coroa
alta de impostos, autoritarismo e abandono social das camadas portuguesa e a Inglaterra, tendo como gura mediadora o príncipe
mais populares da população. Neste contexto podemos citar: Ba - D. Pedro”
laiada, Cabanagem, Sabinada, Guerra dos Malês, Cabanada e Revo- (CARVALHO,
(CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 1.
lução Farroupilha
Farroupilha.. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 26).
- 1840 (23 de julho) - Golpe da Maioridade com apoio do Par-
do Liberal. Maioridade de Dom Pedro II foi declarada. Leia as armavas com relação ao processo de emancipação
políca do Brasil.
Principais fatos históricos do Segundo Reinado (1840 a 1889) I) As tentavas das Cortes lusitanas em recolonizar o Brasil uni-
- 1841 - Dom Pedro II é coroado imperador do Brasil. ram os luso-americanos em torno da ideia de perpetuar os laços
- 1844 - Decretação da Tarifa Alves Branco que protege as ma- polícos que uniam, entre si, os lados europeu e americano do Im-
nufaturas brasileiras. pério Português.
- 1850 - Lei Eusébio de Queiróz: m do tráco de escravos. II) A escolha da monarquia em vez da república, como alterna-
- 1862 e 1865 - Questão Chrise - rompimento das relações va políca para o Brasil independente, derivou da convicção da elite
diplomácas entre Brasil e Grã-Breta
Grã-Bretanha.
nha. brasileira de que só um monarca poderia manter a ordem social e
- 1864 a 1870 - Guerra do Paraguai - conito militar
militar na América a união territorial.
do Sul entre o Paraguai e a Tríplice Aliança (Brasil, Argenna e Uru - III) Desde o retorno do Rei D. João VI para Portugal, em 1821, a
guai) com o apoio do Reino Unido. Em 1870 é declarada a derrota elite brasileira percebeu a necessidade de uma solução políca que
do Paraguai. implicasse a separação entre Brasil e Portugal.
- 1870 - Fundação do Pardo Republicano Brasileiro. IV) O papel dos escravos e livres pobres foi decisivo para a tran -
- 1871 - Lei do Ventre Livre: liberdade aos lhos de escravas, sição do Brasil de colônia para emancipado policamente.
nascidos a parr daquela data. V) A independência do Brasil trouxe grandes
grandes limitações dos di -
- 1872 a 1875 - Questão Religiosa: conito pelo poder entre a reitos civis, uma vez que manteve a escravidão.
Igreja Católica e a monarquia brasileira.
brasileira.
- 1875 - Começa o período de imigração para o Brasil. Italianos, Assinale a alternava que apresenta somente as armavas
espanhóis, alemães e japoneses chegam ao Brasil para trabalharem CORRETAS.
na lavoura de café e nas indústrias. (A) I, V
- 1882 - Início do Ciclo da Borracha: o Brasil torna-se um dos (B) II, IV
principais produtores e exportadores de borracha do mundo. (C) II, V
- 1884 a 1887 - Questão Militar: crise políca e conitos entre a (D) I, IV
Monarquia Brasileira e o Exército. (E) III, IV
- 1885 - Lei dos Sexagená
Sexagenários:
rios: liberdade aos escravos com mais
de 65 anos de idade. 3. (CESPE - Instuto Rio Branco) Durante o Primeiro Reinado
- 1888 - Lei Áurea decretada pela Princesa Isabel: abolição da consolidou-se a independência nacional, construiu-se o arcabou-
escravidão no Brasil. ço instucional do Império do Brasil e estabeleceram-se relações
- 1889 - Proclamação da República no Brasil em 15 de novem - diplomácas com diversos países. Acerca desse período da histó-
bro. Fim da Monarquia e início da República. ria do Brasil, julgue (C ou E) o item subsequente.
Originalmente uma questão concernente apenas ao eixo das
relações simétricas entre os Estados envolvidos, a Guerra da Cis -
EXERCÍCIOS plana encerrou-se com a interferência de uma potência externa
ao conito.
CERTO
1. (UFMT- IF/MT) Durante o período imperial brasileiro, o libe- ERRADO
ralismo foi uma das correntes polícas inuentes na composição do
nascente Estado independente, tendo, em diferentes momentos, 4. (MPE/GO– MPE/GO) Acerca da história do Brasil, é incorreto
pautado seus rumos. Há que se observar, no entanto, que, diferen- armar:
temente do modelo europeu, o liberalismo encontrado no Brasil (A) Em 15 de novembro de 1889, ocorreu a Proclamação da
nha suas idiossincrasias. A parr do exposto, marque V para as República pelo Marechal Deodoro da Fonseca e teve início a
armavas verdadeiras
verdadeiras e F para as falsas. República Velha,
Velha, que só veio terminar em 1930 com a chegada
( ) Os limites do liberalismo brasileiro
brasileiro esveram marcados pela de Getúlio Vargas ao poder. A parr daí, têm destaque na his -
manutenção da escravidão e da estrutura arcaica de produção. tória brasileira a industrialização do país; sua parcipação na
( ) Os adeptos do liberalismo pertenciam às classes médias ur - Segunda Guerra Mundial ao lado dos Estados Unidos; e o Golpe
banas, agentes públicos e manumidos ou libertos. Militar de 1964, quando o general Castelo Branco assumiu a
( ) O liberalismo brasileiro mostrou seus limites durante a ela - Presidência.
boração da Constuição de 1824. (B) A ditadura militar, a pretexto de combater a subversão e a
( ) A aproximação de D. Pedro I com os portugueses no Brasil corrupção, suprimiu direitos constucionais, perseguiu e cen-
ajudou a estruturar o pensamento liberal no primeiro reinado. surou os meios de comunicação, exnguiu os pardos polí -
cos e criou o bipardarismo. Após o m do regime militar, os
Assinale a sequência correta. deputados federais e senadores se reuniram no ano de 1988
(A) F, V, F, V em Assembléia Nacional Constuinte e promulgaram a nova
(B) V, V, F, F Constuição, que amplia os direitos individuais. O país se rede-
(C) V, F, V, F mocraza, avança economicamente e cada vez mais se insere
(D) F, F, V, V no cenário internacional.
19
HISTÓRIA
(C) O período que vai de 1930 a 1945, a parr da derrubada 8. (CESPE/ – DEPEN) Na
DEPEN) Na década de 90 do século passado, pela
do presidente Washington Luís em 1930, até a volta do país à primeira vez em dois séculos, faltava inteiramente
inteiramente ao mundo, qual -
democracia em 1945, é chamado de Era Vargas, em razão do quer sistema ou estrutura internacional. O único Estado restante
forte controle na pessoa do caudilho Getúlio Domeles Vargas, que teria sido reconhecido como grande potência, eram os Estados
que assumiu o controle do país, no período. Neste período está Unidos da América. O que isso signicava na práca era bastante
compreendido o chamado Estado Novo (1937-1945). obscuro. A Rússia fora reduzida ao tamanho que nha no século
(D) Em 1967, o nome do país foi alterado para República Fede- XII. A Grã-Bretanha e a França gozavam apenas de um status pura-
rava do Brasil. mente regional. A Alemanha e o Japão eram sem dúvida “grandes
(E) Fernando Collor foi eleito em 1989, na primeira eleição di - potências” econômicas, mas nenhum dos dois senra a necessida -
reta para Presidente da República desde 1964. Seu governo de de apoiar seus enormes recursos econômicos com força militar.
militar.
perdurou até 1992, quando foi afastado pelo Senado Federal Eric Hobsbawm. Era dos extremos. O breve século XX, 1914-1991. São
devido a processo de “impugnação
“impugnação”” movido contra ele. Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 538 (com adaptações).
5. (MPE/GO– MPE/GO) A volta democráca de Getúlio Vargas A parr das ideias apresentadas no texto, julgue o próximo
ao poder, após ser eleito no ano de 1950, cou caracterizada pelo item, referentes à políca internacional no século XX e à ordem
presidente: mundial instaurada após o m da Guerra Fria.
(A) ter se aproximado dos angos líderes militares do Estado A despeito da derrocada da anga União Soviéca em 1991, o
Novo e ter dado um golpe de Estado em 1952. contexto imediatamente posterior à Guerra Fria não foi marcado
(B) ter exercido um governo de tendência populista e ter se pelo estabelecimento de um sistema internacional organizado
organizado para
suicidado em 1954. reduzir conitos e garanr o equilíbrio entre os estados.
(C)) ter exercido um governo de tendência autoritária, com o CERTO
apoio de Carlos Lacerda. ERRADO
(D) ter exercido um governo de tendência populista que foi a
base para sua reeleição em 1955.
(E) nãosubstuído
sendo ter levadopor
o governo
seu vice,adiante porem
Café Filho, movos
1951. de saúde, GABARITO
6. (NC-UFPR – UFPR) Sobre
UFPR) Sobre a redemocraz
redemocrazação
ação no Brasil pós -
ditadura, assinale a alternava correta. 1 C
(A) Uma das ações que marcou o processo de redemocraza-
ção foi a campanha pelas eleições diretas para a presidência da 2 C
República, que cou conhecida como “Diretas já”. 3 CERTO
(B) O bipardarismo foi uma das marcas do período pós-dita-
dura, movo pelo qual a ARENA e o MDB foram os únicos par- 4 E
dos polícos autorizados a funcionar no período 5 B
(C) O presidente Tancredo Neves foi o primeiro presidente elei -
6 A
to pelo voto popular após a ditadura militar.
(D) Devido às graves denúncias que ocorreram, o presidente 7 C
José Sarney foi afastado da presidência da República. Esse pro- 8 CERTO
cesso cou conhecido como impeachment
(E) Fernando Collor de Mello foi um dos presidentes eleitos
após a ditadura militar e cou famoso pela criação do Progra -
ma Bolsa-Famíli
Bolsa-Família.
a.
20
SOCIOLOGIA
SOCIOLOGIA
WEBER X DURKHEIM
RELAÇÕES ENTRE INDIVÍDUO E SOCI EDADE Dois dos principais mestres da sociología clássica compreen -
deram de maneira diversa a relação entre indivíduos e sociedade.
A visão dicotômica entre indivíduo e sociedade é fundamental Enquanto Emile Durkheim priorizou a sociedade na análise dos
nas Ciências Sociais, e faz parte dos primórdios do desenvolvimen- fenômenos sociais, considerando-a externa aos indivíduos e deter -
to da Sociologia, que surgiu em meio a um crescente processo de minadora de suas ações, Max Weber entendia ser preponderante o
papel dos atores sociais e as suas ações. Weber entendia a socieda-
industrialização iniciado
gimento de inúmeros ainda no
problemas século
sociais noXVIII
inicioedo
que levouseguinte,
século ao sur - de como o conjunto das interações sociais. A “ação social”, objeto
quando surgiu a disciplina. Podemos dizer que as transformações ocor- de estudo weberiano, toma este signicado quando seu sendo é
reram pela transição de uma realidade rural para um ambiente urbano orientado pelo conjunto de pessoas que constuem a sociedade.
e industrial. O advento de estruturas sociais mais complexas fez com Para Durkheim, os fatos sociais são anteriores e exteriores
que os homens se vissem na necessidade de compreendê-las. Brota aos indivíduos, exercendo sobre eles um poder coercivo que se
uma nova ciência que, parndo do instrumental das ciências naturais e impõe sobre as vontades individuais. Num sendo oposto, Weber
exatas, tenta explicar a realidade, estudando sistemacamente o com- priorizou as ações individuais para compreender a sociedade, con -
portamento social dos grupos e as interações humanas. siderando-as como um componente universal e parcular da vida
Basicamente buscou-se compreender que todas as relações social, fundamental para se conhecer o funcionamento das socie-
sociais estão conectadas, formando um todo social, que chamamos dades humanas, em que vigoram as interações entre indivíduos e
de sociedade. A passagem de uma sociedade rural para uma so - grupos sociais.
ciedade urbana, com a formação de grandes cidades, abriu novos
espaços de sociabilidade, em que conviveram pessoas diferentes e Fonte: hp://educacao.globo.com/sociologia/assunto/confitos-e-vida-
estranhas umas às outras, com objevos e movações disntas. Es- -em-sociedade/individuo-e-sociedade.html
ses novos espaços substuíram os espaços tradicionais de relações.
Essa transição é essencial para compreender a sociologia. O rápido
processo de urbanização provocou a degradação do espaço urbano
anterior, do meio ambiente, e a destruição dos valores tradicionais. DISTINÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO E PRIVADO
As indústrias atraíram as populações rurais para as cidades.
Quando caminhos pelas ruas públicas percebemos diversas
CONCEITOS DE SOCIEDADE formas de manifestações sociais; vemos tudo aquilo que não pe -
A sociedade, tal como passou a ser compreendida no inicio dimos e que não escolhemos. Casas e prédios são construídos de
do século XIX, pressupunha um grupo relavamente autônomo forma escolhidas por construtoras e podem prejudicar nossa con -
de pessoas que ocupavam um território comum, sendo, de certa templação da paisagem. Temos aí a mistura do público com o priva -
forma, constuintes de uma cultura comum. Além disso, predomi - do. Para entender o que é público temos que ter sempre em mente
nava a ideia de que as pessoas comparlhavam uma idendade. que o público é aonde todos os cidadãos pode usufruir do espaço
As relações sociais, não só referentes às pessoas, mas, inclusive, com os mesmos direitos legais, sem disnção de etnias ou classes
às instuições (família, escola, religião, políca, economia, mídia), sociais; o espaço privado é todo aquele que pagamos para mandar
moldavam as diversas sociedades. Assim, havendo uma enorme co- num determinado espaço, pagamos aos estados impostos prediais,
nexão entre essas relações, a mudança em uma acarretaria numa que é uma forma de licença geográca, e neste espaço dominamos
transformação em outra. no metro quadrado pago. Porém não é desta forma que é entendi-
A sociedade é entendida, portanto, como algo dinâmico, em da pela população, constantemente o espaço público se transforma
permanente processo de mudança, já que as relações e instuições no espaço privado: aumentando o espaço de garagens, trancaan-
sociais acabam por dar connuidade à própria vida social. Torna-se do “ruas sem saída”, proibindo os demais de usufruir deste espaço.
claro, ademais, que existe uma profunda e inevitável relação entre
os indivíduos e a sociedade. As Ciências Sociais lidaram com essa Temos também nos espaços públicos os “não lugares”, que
relação de diferentes modos, ora enfazando a prevalência da so- são os espaços de uxos de pessoas, como trens e ônibus colevos.
ciedade sobre os individuos, ora considerando certa autonomia nas Nestes espaços o público se transforma no privado, mediante ao
ações individuais. Para o antropólogo Ralph Linton, por exemplo, a pagamento da tarifa. Ao pagar a tarifa estamos privazando um
sociedade, em vez do indivíduo, é a unidade principal, aquela onde veículo que circula num espaço público e dentro do colevo, man -
os seres humanos vivem como membros de grupos mais ou menos damos nos assentos que escolhemos ou não. Neste momento so -
organizados. mos os donos do lugar.
SOCIOLOGIA
sexual e de expressão no ambiente privado. Sexo e sexualidade Algumas das caracteríscas mais importantes dos direitos hu-
são controlados, vigiados e caluniados por pessoas públicas que manos são:
não respeitam a liberdade privada; tal controle e críca é a favor - Os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dig -
de uma tal socialização moral de que todos “devem” apreender e nidade e o valor de cada pessoa;
viver. - Os direitos humanos são universais, o que quer dizer que são
Podemos concluir que constantemente inigimos o espaço pú- aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas;
blico e o privado simultaneamente, numa ordem vigente realizada - Os direitos humanos são inalienáveis, e ninguém pode ser
por todos, quer queira, quer não. privado de seus direitos humanos; eles podem ser limitados em
situações especícas. Por exemplo, o direito à liberdade pode ser
Fonte: hps://www.por
hps://www.portaleducac
taleducacao.com.br/con
ao.com.br/conteudo/ar
teudo/argos/direi-
gos/direi- restringido se uma pessoa é considerada culpada de um crime dian -
to/o-espaco-publico-e-o-pr
to/o-espaco-publico-e-o-privado-infig
ivado-infigindo-os-espa
indo-os-espacos/56971
cos/56971 te de um tribunal e com o devido processo legal;
- Os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e in -
terdependentes, já que é insuciente respeitar alguns direitos hu -
O ESTADO E OS DIREITOS HUMANOS, manos e outros não. Na práca, a violação de um direito vai afetar
CIDADANIA E DIVERSIDADE o respeito por muitos outros;
SOCIOLOGIA
auto-executáveis. Em alguns Estados tratados são superiores à le - amar o próximo, ainda mais quando o próximo nos faz algum mal.
gislação interna, enquanto em outros Estados tratados recebem Jesus ensinou ainda que deveríamos “orar e amar nossos inimigos”
status constucional e em outros apenas certas disposições de um (Mateus 5: 44). O contexto histórico em que Jesus começou a pre -
tratado são incorporadas à legislação interna. gar era de completa dominação de Israel pelos romanos. Sendo que
Um Estado pode, ao racar um tratado, formular reservas a Pilatos, era o governador romano de toda aquela região. Assim, um
ele, indicando que, embora consinta em se comprometer com a judeu ter que amar o próximo, o rar e amar seus inimigos era um
maior parte das disposições, não concorda com se comprometer judeu ter que amar um romano, seu inimigo máximo, ocupante de
com certas disposições. No entanto, uma reserva não pode derro- suas terras e opressor do povo. Por isso, esse ensinamento de Jesus
tar o objeto e o propósito do tratado. causou polêmica em sua época.
Além disso, mesmo que um Estado não faça parte de um tra - Desse modo, o respeito pelo próximo é o respeito pelos direi-
tado ou não tenha formulado reservas, o Estado pode ainda estar tos humanos. Não podemos fazer o mal ao próximo, pois os ho -
compromedo com as disposições do tratado que se tornaram di- mens foram feitos a imagem e semelhança de Deus. Assim, o ensi -
reito internacional consuetudinário ou constuem normas impera- namento cristão de amor ao próximo é o fundamento histórico dos
vas do direito internacional, como a proibição da tortura. Todos direitos humanos.
os tratados das Nações Unidas estão reunidos em treaes.un.org.
As gerações ou dimensões dos direitos humanos
Costume A doutrina costuma dividir a evolução histórica dos direitos
O direito internacional consuetudinário – ou simplesmente fundamentais em gerações de direito. Mas, parte da doutrina
“costume” – é o termo usado para descrever uma práca geral e abandou o termo geração, para adotar a expressão dimensão. O
consistente seguida por Estados, decorrente de um senmento de argumento é de que geração pressupõe a superação da geração
obrigação legal. anterior. O que não ocorre com os direitos fundamentais, pois to -
Assim, por exemplo, enquanto a Declaração Universal dos Di - das as gerações seguintes não superam a anterior, mas as comple -
reitos Humanos não é, em si, um tratado vinculavo, algumas de mentam, por isso é preferido o uso de “dimensão”. Independente
suas disposições têm o caráter de direito internacional consuetu - da nomenclatura ulizada, Pedro Lenza (2010: 740) apresenta a
dinário. seguinte classicação:
a) Direitos humanos de 1ª geração: referem-se às liberdades
Declarações, resoluções etc. adotadas pelos órgãos das Na- públicas e aos direitos polícos, ou seja, direitos civis e polícos
ções Unidas a traduzirem o valor de liberdade. Documentos históricos (séculos
Normas gerais do direito internacional – princípios e prácas XVII, XVIII e XIX): 1) Magna Carta de 1215, assinada pelo rei Joao
com os quais a maior parte dos Estados concordaria – constam, sem terra;2) Paz de Wesália (1648);3) Habeas Corpus Act (1679);4)
muitas vezes, em declarações, proclamações, regras, diretrizes, re - Bill of Rights (1688); 5) Declarações, seja a americana (1776) , seja
comendações e princípios. a francesa (1789).
Apesar de não ter nenhum feito legal sobre os Estados, elas b) Direitos humanos de 2ª geração: referem-se aos chamados
representam um consenso amplo por parte da comunidade inter - direitos sociais, como saúde, educação, emprego entre outros. Do -
nacional e, portanto, têm uma força moral forte e inegável em ter- cumentos históricos: Constuição de Weimar (1919), na Alemanha
mos na práca dos Estados, em relação a sua conduta das relações e o Tratado de Versalhes, 1919. Que instuiu a OIT.
internacionais. c) Direitos humanos de 3ª geração: são os direitos relacionados
O valor de tais instrumentos está no reconhecimento e na acei- a sociedade atual, marcada por amplos conitos de massa, envol-
tação por um grande número de Estados e, mesmo sem o efeito vendo o direito ambiental e também o direito do consumidor, onde
vinculavo legal, podem ser vistos como uma declaração de princí - essesd)direitos
Direitosdifusos
humanosmuita
de das vezes sofrem
4º geração: violações.
Norberto Bobbio, defende
pios amplamente aceitos pela comunidade internacional.
que esses direitos estão relacionados com os avanços no campo
A Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos
da engenharia genéca, ao colocarem em risco a própria existência
Indígenas, por exemplo, recebeu o apoio dos Estados Unidos em
humana, através da manipulação do patrimônio genéco.
2010, o úlmo dos quatro Estados-membros da ONU que se opu-
e) Direitos humanos de 5ª geração: Paulo Bonavides defende
seram a ela.
essa ideia. Para ele, essa geração refere-se ao direito à paz mundial.
Ao adotar a Declaração, os Estados se comprometeram a reco-
A paz seria o objevo da geração a qual vivemos, que constantemen-
nhecer os direitos dos povos indígenas sob a lei internacional, com
te é ameaçada pelo terrorismo e pelas guerras (Portela: 2013: 817).
o direito de serem respeitados como povos disntos e o direito de
determinar seu próprio desenvolvimento de acordo com sua cultu- Reconhecimento e Posivação dos direitos fundamentais no
ra, prioridades e leis consuetudinárias (costumes) direito nacional
No plano internacional podemos armar que o principal docu-
Evolução histórica e classicação dos direitos fundamentais mento que posivou os direitos humanos foi a Declaração Univer -
sal dos Direitos Humanos (1948) da ONU.
Origem histórica dos direitos humanos: Crisanismo No plano interno, a Constuição de 1988 posivou em seu tex-
Podemos armar que os direitos humanos tem sua origem no to diversos direitos fundamentais. Vale ressaltar, que o rol do art.
Crisanismo. Sendo que o crisanismo nasceu na anga Palesna,
onde era situado o Estado de Israel. 5º é exemplicavo,
nunca sua redução oupodendo haver
supressão. Atéampliação
porque adesses direitos, mas
CF/88 considera os
A mensagem de Jesus Cristo, conforme vemos em Mateus 22: direitos e garanas individuais e colevos como claúsula pétrea
36-40, pode ser resumida em dois mandamentos: a) Amar a Deus (art. 60, §4º,IV).
sobre todas as coisas e b) Amar o próximo com a si mesmo. Ora, Todas as gerações de direitos humanos foram posivados no
o primeiro mandamento já havia sido dado por Deus a Moisés no texto constucional. As liberdades individuais constam no art. 5º.
Monte Sinai e este mandamento não seria dicil de ser atendido. O Os direitos sociais no art. 6º. Os direitos polícos nos arts. 14 a 16.
segundo mandamento, agora dado por Jesus, o Filho de Deus, foi O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado no art.
que causou polêmica em sua época. Amar a Deus é fácil. Dicil é 225. A saúde no art. 6º e no art. 196 e assim por diante.
SOCIOLOGIA
A Emenda 45/2004, acrescentou ao art. 5º, o §3º, o qual dispõe Paulo Gustavo Gonet Branco (2011: 174) explica que esse dis -
que os tratados internacionais sobre direitos humanos, que forem posivo tem como signicado essencial ressaltar que as normas
aprovados em cada casa do Congresso Nacional, por 3/5 de seus que denem direitos fundamentais são normas de caráter precep -
membros, em dois turnos, equivalem às emendas constucionais, vo, e não meramente programáco. Ainda segundo o autor, os juí -
ou seja, esses tratados ganham status de norma constucional. zes podem e devem aplicar diretamente as normas constucionais
Desse modo,
tos humanos com a Emenda
aprovados 45/2004,
nos termos os tratados
do § 3º, do art. 5ºsobre direi -
da CF/88, para resolver
legislador os casos
venha, antes,sob sua apreciação.
reper Nãoosé termos
ou esclarecer necessário que o
da norma
ampliaram o bloco de constucionalidade, juntando-se às normas constucional para que ela seja aplicada.
jurídicas do texto constucional. O disposto no art. 5º, § 1º, da CF, é um disposivo de suma
importância, pois o mesmo servirá de fundamento de validade para
Ecácia dos Direitos Fundamentais a ecácia vercal e horizontal dos direitos fundamentais.
SOCIOLOGIA
início da década de 50. Segundo ele, embora alguns direitos funda- ção os mesmos passam a serem considerados como direitos funda-
mentais previstos na Constuição alemã vinculem apenas o Estado, mentais. Parte da doutrina entende que os direitos fundamentais
outros, pela sua natureza, podem ser invocados diretamente nas seriam os direitos humanos que receberam posivação.
relações privadas, independentemente de qualquer mediação por Para exemplicarmos a armação feita, podemos mencionar
parte do legislador , revesndo-se de oponibilidade erga omnes. Ni- a lição de Paulo Gonet Branco (2011: 166), para quem a expressão
pperdey jusca sua armação com base na constatação de que os direitos humanos ou direitos do homem, é reservada para aquelas
perigos que espreitam os direitos fundamentais no mundo contem- reinvindicações de perene respeito a certas posições essenciais ao
porâneo não provem apenas do Estado, mas também dos poderes homem. São direitos postulados em bases jusnaturalistas, contam
sociais e de terceiros em geral. A opção constucional pelo Estado com índole losóca e não possuem como caracterísca básica a
Social importaria no reconhecimento desta realidade, tendo como posivação numa ordem jurídica parcular. Já a locução direitos
consequência a extensão dos direitos fundamentais às relações en- fundamentais é reservada aos direitos relacionados com posições
tre parculares. básicas das pessoas, inscritos em diplomas normavos de cada Es -
Somos pardários da teoria da ecácia direta e imediata dos tado. São direitos que vigem numa ordem jurídica concreta, sendo,
direitos fundamentais as relações privadas, tendo em vista que
por isso, garandos e limitados no espaço e no tempo, pois são
como defendeu Nipperdey os abusos nas relações jurídicas ocor -
assegurados na medida em que cada Estado os consagra.
rem não apenas tendo o Estado como protagonista, mas muitos
Assim, podemos conceituar direitos humanos como aqueles
atores privados, como as grandes empresas que violam constante-
direitos básicos inerentes a todas as pessoas sem disnção, adqui-
mente os direitos fundamentais dos consumidores.
ridos com seu nascimento, tais como o direito à vida, à liberdade
Outro argumento pelo qual defendemos a teoria em tela é jus -
de locomoção, à liberdade expressão, liberdade de culto, etc, que
tamente o disposto no art. 5º,§ 1º da CF, que dispõe sobre a apli -
ainda não receberam posivação constucional e até então são
cação imediata das normas de garana dos direitos fundamentais.
apenas aspirações. As pessoas já nascem sendo tulares desses di-
Para nós o disposivo abarca as relações entre os parculares e o
Estado. reitos básicos.
Com a posivação no texto constucional, esses direitos hu-
Do ponto de vista losóco, e usando a visão do liberalismo de
manos tornam-se direitos fundamentais, tornando-se objevos a
princípios de John Rawls, podemos também argumentar em favor
serem alcançados pelo Estado e também pelos demais atores pri -
da teoria que os direitos fundamentais previstos na Constuição
vados, como iremos demonstrar adiante.
Federal, tais como o direito à saúde e o direito a um meio ambiente
Vale ressaltar também que, a noção de direitos fundamentais
ecologicamente equilibrado, são exemplos de bens primários que
está inmamente relacionada com o princípio da dignidade da pes -
devem ser distribuídos pelo Estado às pessoas de forma equitava.
soa humana, o qual pressupõe que todo ser humano deve possuir
Na concepção de jusça de Rawls, os homens escolhem num
um mínimo existencial para ter uma vida digna. A ideia de dignida-
estado hipotéco chamado de “posição original” os princípios de
de da pessoa humana foi trabalhada inicialmente por Kant, para
jusça que irão governar a sociedade. Estes princípios são a liber-
quem “ o homem é um m em si mesmo”, conforme ensina Ricardo
dade e a igualdade. As instuições sociais (Estado) e as demais pes -
Caslho ( 2012: 134). Podemos armar que a dignidade humana é
soas devem obediência a esses princípios.
a “fundamentalidade” dos direitos fundamentais, ou seja, é o fun -
A escolha desses princípios na posição original é feita pelos
damento de validade.
homens sob um “véu de ignorância”, ou seja, eles não sabem que
No Brasil, a Constuição de 1988, posivou a dignidade da pes-
papéis terão nessa futura sociedade e se serão beneciados por soa humana no art. 1º, inciso III, como fundamento da República
esses princípios. A escolha, portanto, foi justa porque obedeceu ao Federava do Brasil.
procedimento.
Por essa óca, mais do que nunca prevalece o entendimento Caracterização
que esses princípios de jusça vinculam os parculares, tendo em Podemos apresentar didacamente as seguintes caracterís-
vista que os mesmos na posição original escolheram esses princí - cas dos direitos fundamentais:
pios. Assim, não apenas o Estado, mas os demais atores privados a) Historicidade: A historicidade signica que os direitos funda-
devem obediência a esses princípios e têm o dever de distribuir os mentais variam de acordo com a época e com o lugar;
bens primários (direitos fundamentais) de forma justa. b) Concorrência: os direitos fundamentais podem ser exercidos
E qual a posição adotada pelo Supremo Tribunal Federal? de forma concorrente. Ou seja, é possível exercer dois ou mais di -
Nossa Corte suprema adotou, sabiamente, a teoria de Nipperdey, reitos fundamentais ao mesmo tempo;
conforme podemos ver pela transcrição parcial da ementa do RE c) Indisponiblidade: o tular não pode dispor dos direitos fun-
201819, que teve como relator para o acordão o Min. Gilmar Men - damentais;
des e foi o leading case da questão, nos seguintes
s eguintes termos: d) Inalienabilidade: os direitos fundamentais não podem ser
transferidos a terceiros;
Princípios e) Irrenunciabilidade: o tular não pode renunciar um direito
Antes de apresentarmos uma conceituação do que seja direi - fundamental. A pessoa pode até não exercer o direito, mas não
tos humanos, necessário é estabelecermos a nomenclatura mais pode renunciar;
adequada.
nos”, outrosIsto porque alguns
de “direitos usam a expressão
fundamentais” “direitos
e outros ainda huma -
de “direitos
“ direitos f) Imprescribilidade: os direitos fundamentais não estão su-
jeitos a nenhum po de prescrição, pois os mesmos são sempre
do homem”. Qual seria a nomenclatura correta? Entendemos que exercitáveis sem limite temporal. Exemplo: o direito à vida;
todas são corretas, mas preferimos ulizar neste texto a expres- g) Indivisibilidade: os direitos fundamentais não podem ser fra -
são “ direitos fundamentais”, pois a mesma está relacionada com cionados. A pessoa deve exercê-lo em sua totalidade;
a ideia de posivação dos direitos humanos. Assim, quando a bus - h) Interdependência: signica que os direitos fundamentais
ca pela efevação desses direitos são apenas aspirações dentro de são interdependentes, isto é, um direito fundamental depende da
uma comunidade podemos chamá-los de direitos humanos, mas existência do outro. Ex: a liberdade de expressão necessita do res-
quando os mesmos são posivados num texto de uma Constui- peito à integridade sica;
SOCIOLOGIA
I) Complementariedade: os direitos fundamentais possuem o Para o Supremo Tribunal Federal, os direitos fundamentais
atributo da complementariedade, ou seja, um complementa o ou - também não são absolutos e podem sofrer limitação, conforme a
tro. Ex: o direito à saúde complementa à vida, e assim sucessiva - ementa abaixo transcrita:
mente OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS NÃO TÊM CARÁTER
m) Universalidade: os direitos humanos são apresentados ABSOLUTO. Não há, no sistema constucional brasileiro, direitos
como universais, ou seja, são desnados a todos os seres humanos ou garanas que se revistam de caráter absoluto, mesmo porque
em todos os lugares do mundo, independente emente de religião, razões de relevante interesse público ou exigências derivadas do
de raça, credo, etc. No entanto, alguns autores mostram que em princípio de convivência das liberdades legimam, ainda que ex -
certos países os direitos humanos não são aplicados em razão das cepcionalmente, a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medi-
tradições culturais. Seria a chamada teoria do “relavismo cultural” das restrivas das prerrogavas individuais ou colevas, desde que
dos direitos humanos. Sobre o assunto, assim leciona Paulo Henri - respeitados os termos estabelecidos pela própria Constuição. O
que Portela (2013: 833): estatuto constucional das liberdades públicas, ao delinear o regi -
me jurídico a que estas estão sujeitas - e considerado o substrato
“ (...) o universalismo é contestado por parte da doutrina, que éco que as informa - permite que sobre elas incidam limitações de
fundamentalmente defende que os diferentes povos do mundo ordem jurídica, desnadas, de um lado, a proteger a integridade do
possuem valores disntos e que, por isso, não seria possível es - interesse social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa
tabelecer uma moral universal única, válida indisntamente para das liberdades, pois nenhum direito ou garana pode ser exercido
todas as pessoas humanas e sociedades. É a noção de relavismo em detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos direitos
cultural, ou simplesmente relavismo, que defende , ademais, que e garanas de terceiros (Grifamos. Jurisprudência: STF, Pleno, RMS
o universalismo implicaria imposição de ideias e concepções que na 23.452/RJ, Relator Ministro Celso de Mello, DJ de 12.05.2000, p.
realidade, pertenceriam ao universo da cultura ocidental.” 20.).
Um exemplo práco desse relavismo cultural é que em países Assim, a limitação dos direitos fundamentais podem ocorrer
islâmicos os direitos das minorias não são respeitados. A imprensa quando esses direitos entram em colisão entre ou até mesmo
já divulgou, por exemplo, que a teocracia islâmica que governa o quando a limitação é prevista no texto constucional.
Irã enforca em praça pública as pessoas que são homossexuais. São
mortos em nome da religião muçulmana, que considera pecado a Princípios universais de direitos humanos
sua opção sexual. Isso ocorre em pleno século XXI. Temos defendido que a Constuição efevamente democrá-
Um outro exemplo de violação sistemáca dos direitos huma - ca (Constuição enquanto processo legimador das mudanças
nos com base em crenças religiosas, que também já foi divulgado democracamente apontadas pela população) deve ter como valor
pela imprensa mundial, é a mulação de mulheres muçulmanas básico apenas os princípios universais de direitos humanos. É ne-
em alguns nações africanas. Milhares de mulheres têm seus clitóris cessário, pois, explicar o signicado desta expressão, que para nós
arrancados para que não sintam prazer sexual, pois na religião islâ- deverá representar todo o conteúdo principiológico constante do
mica, extremamente machista, somente o homem pode ter prazer. texto federal.
Novamente, a religião islâmica viola os direitos humanos em nome Já estudamos a expressão “princípios constucionais”, sendo
de preceitos religiosos. que propusemos ainda classicação que contemple os princípios
Quem defende o relavismo cultural arma que a ideia de di - (regras em sendo amplo, ou com grau de abrangência maior) fun-
reitos fundamentais é uma ideia cristã-ocidental e não tem como damentais, setoriais e os deduzidos da Constuição. As Constui -
ser aplicada em algumas regiões do mundo. ções tem diferentes princípios e oferece tratamentos variados aos
Concordamos com a armação de que os direitos fundamen- grupos e direitos fundamentais da pessoa humana.
tais são um ideal cristão e ocidental, mas não podemos concordar Estes direitos fundamentais e os seus princípios basilares serão
com o relavismo cultural. Entendemos que todas as pessoas no variáveis de acordo com o texto constucional. Desta forma, uma
mundo inteiro devem ser tratadas com dignidade. Constuição Liberal limitar-se-á a declarar os direitos individuais
Em todo o caso, o universalismo dos direitos humanos é ex - e os direitos polícos, sendo que dentro do referencial teórico da
pressamente consagrado no bojo da própria Declaração de Viena época, os direitos humanos se reduziam, numa perspecva cons -
de 1993, a qual diz que “todos os direitos humanos são universais, tucional, a este conteúdo, dentro de uma perspecva teórica que
indivisíveis, interdependentes e inter-relacionados...” consagrava o abstencionismo estatal e considerava como garana
n) Limitabilidade: os direitos fundamentais não são absolutos. constucional a simples inserção de princípios do Direito, no texto
Os mesmos podem sofrer limitações, inclusive, pelo próprio texto constucional.
constucional. Segundo Paulo Branco (2011: 162) arma que tor- De outra forma as Constuições Sociais e as Socialistas am -
nou-se voz corrente na nossa família do Direito admir que os direi- pliam este leque de direitos fundamentais, oferecendo variados
tos fundamentais podem ser objeto de limitações, não sendo, pois modelos adotados por diferentes países. Não se pode dizer, lendo
absolutos. Tornou-se pacico que os direitos fundamentais podem as Constuições Socialistas e as Constuições Sociais-Liberais (ou
sofrer limitações quando enfrentam outros valores de ordem cons- sociais assistencialistas, ou neoliberais), que estas obedecem a um
tucional, inclusive outros direitos fundamentais. Igualmente no modelo rígido, imutável de Estado para Estado.
âmbito internacional,
expressamente as declarações
limitações “ que sejamde direitos humanos
necessárias para admitem
proteger Tanto ostem
intensidade, textos socialistas
variações que como os Sociais,asestes
correspondem com maior
situações histó -
a segurança, a ordem, a saúde ou a moral pública ou os direitos e ricas especícas de cada país, sendo que estas variações ocorrem
liberdades fundamentais de outros (Art. 18 da Convenção de Direi- na forma de organização políca do Estado, mas principalmente no
tos Civis e Polícos de 1966 da ONU)”. tratamento dos direitos fundamentais e a relação entre os seus gru-
Exemplicando na Constuição pátria, Paulo Branco (2011: pos de direitos, reendo nos princípios constucionais.
163) demonstra que até o elementar direito á vida tem limitação Fica claro que os princípios constucionais não são exatamente
explícita no inciso XLVII, a, do art. 5º, em que se contempla a pena iguais, mesmo quando o po de Constuição adotada é o mesmo.
de morte em caso de guerra formalmente declarada. Ocorrerá quase sempre inuencias nacionais especícas que serão
marcantes na construção dos princípios de direitos humanos numa
SOCIOLOGIA
perspecva constucional, inuencias estas que terão origens em É necessário, neste momento, idencarmos quais os prin-
sistemas econômicos, culturas, histórias diferentes assim como ou- cípios deverão estar condos na Constuição democráca: a) os
tros elementos, que nos indicarão com certeza a impossibilidade princípios universais conforme foram enunciados neste argo; b) os
de se procurar um sistema constucional único de Direitos Huma- princípios e direitos universais declarados pela Declaração Univer-
nos. Aliás, mais do que a impossibilidade é a constatação de que sal de Direitos Humanos de 1948 e os princípios decorrentes desta
esta diversidade deverá ser manda, como elemento de riqueza Declaração; c) ou os princípios de Direitos Humanos consagrados
que permite a evolução do ser humano dentro de uma diversida - nas declarações internacionais em uma perspecva regional?
de que incenva e promove esta evolução desejada, afastando a Neste momento, e dentro do que já foi discudo até aqui, po-
massicação medíocre de grandes mercados transformadores dos deríamos dizer que nenhum destes. Primeiramente, é necessário
humanos em “em seres consumidores de matérias inúteis”, onde a esclarecer, que até aqui, vimos armando que o texto constucio-
perspecva de ser se transforma num ter sem limites. nal deve se limitar a conter princípios que sejam Universais, dentro
Este sistema constucional de direitos humanos, deve conviver da perspecva que se insere no item “a” acima e explicada neste
com um sistema global. É o que podemos chamar da perspecva tópico. Com isto queríamos dizer que os também considerados di -
internacionalista dos direitos humanos.(2) É importante salientar reitos humanos que são os direitos sócio-econômicos não deveriam
que esta perspecva internacionalista poderá subdividir-se em dois estar condos no texto constucional federal mas deveriam ser
novos enfoques: o enfoque regional mulnacional, onde as coin- deixados para as leis infra constucionais e as Constuições Muni -
cidências entre valores serão mais extensas e logo o numero de cipais. Podemos extrair desta armava o seguinte:
princípios será maior, e um enfoque universalista, onde se encontra I - a tese se constrói pensando a realidade do Estado brasileiro,
o desao maior dos direitos humanos hoje, que é o de estabelecer sua dimensão e organização territorial.
princípios e valores comuns, assim como direitos decorrentes des- II - os direitos sócio-econômicos não seriam suprimidos do
tes princípios, que sejam aceitos pôr todos os povos e culturas do ordenamento jurídico brasileiro mas regulamentados por normas
Planeta Terra. infra-constucionais nos seus aspectos gerais de convivência de
Aliás, poderíamos dizer que esta perspecva universalista é a modelos alternavos locais, de planejamento e invesmentos pri-
dimensão correta oposta dos direitos humanos construídos sobre vados e públicos no território da União, e pelas Constuições Muni -
valores locais. O universal é construído sobre as parcelas da menor cipais no que se refere a regulamentação da forma de propriedade
dimensão espacial sobre a qual irá se estabelecer princípios huma- e do modelo local de reparção econômica.
nos. Assim, conclui-se que o primeiro princípio humano universal III - pela complexidade de se estabelecer nacionalmente prin -
está na liberdade de ser humano integralmente, o que implica em cípios que devem ser construídos no espaço internacional, ressal-
ser efevamente livre para construir o seu futuro em comunidade. vados que os aspectos acima enunciados, nada impedem, muito
Obviamente que não iremos construir está idéia de liberdade na pelo contrário, que a Constuição consagre princípios nacionais ou
insuciente noção liberal, neoliberal ou mesmo socialista em um regionais de direitos culturais especícos, desde que manda a to-
primeiro momento, pois liberdade de ser humano, implica em ser tal autonomia da população para a construção do seu modelo de
humano de acordo com valores da comunidade em que se vive, organização social e econômica.
seja local, seja universal. As duas dimensões deverão estar sempre IV - a Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948 e os
juntas. princípios dela decorrentes, é um texto de enorme importância his-
Os direitos humanos universais e os princípios universais de tórica, principalmente para o ocidente, mas deve ser vista dentro
direitos humanos são aqueles que podem ser aceitos por todas as do seu contexto histórico de vitória de um modelo que despontava
culturas, não se chocando
cípio encontrado em cadacom o que temdodePlaneta.
comunidade essencial a cada
Isto não prin
quer- sua supremacia
sobre questões universal
sociais e após a segunda
econômicas guerra mundial.
especícas Ao dispor
a Declaração se
dizer que os princípios universais não serão contraditórios a deter- restringe a um contexto social, políco e econômico especíco do
minados princípios e regras de culturas e comunidades especícas. pós-guerra, que deve ser superado, e como tal deve ser entendida.
Isto ocorrerá com freqüência, e signicará a superação destes prin -
cípios e regras locais pelo que existe de essencial em uma cultura Assim, concluímos, que a Constuição democráca, que pen -
planetária. Em outras palavras, a superação de regras e princípios samos, deve se aproximar de um texto que reduza seus princípios
locais ocorrerá através daquele dado que existe de humano ou de àqueles considerados universais, somados a princípios regionais,
universal em cada cultura do Planeta, ou mesmo em cada comuni- desde que não inibidores da evolução de modelos locais, princi-
dade, pois não é possível a permanência de qualquer comunidade, palmente no que diz respeito ao estabelecimento de modelos só -
mesmo por um espaço de tempo curto, se esta não ver valores de cio-econômicos pré-fabricados pelos conglomerados econômicos
autopreservação, o que implica em vida, núcleo fundamental de mundiais.(3)
humanidade que poderá ser ampliado pelos princípios universais. Um dos aspectos mais importantes na construção de uma
Dado fundamental deve ser ressaltado quando falamos em di- Constuição efevamente democráca e aberta é o da necessi-
reitos e princípios universais: felizmente a diversidade ainda existe dade de desconstucionalizar a propriedade privada. Abordamos
e desta forma os direitos humanos não devem ser, por tudo que já assim questão que vem sendo discuda em vários trabalhos que
dissemos até agora, a supremacia de valores de uma cultura sobre surgiram a parr de tese de doutorado, sobre a necessidade de
as outras, ou de um modelo de sociedade sobre os outros. A diver- desconstucionalização da ordem econômica e social do texto da
sidade é sua essência e o núcleo comum comparlhado por todas Constuição Federal e por conseqüência a desconstucionalização
as culturas será o seu real conteúdo mutável. da propriedade privada. Em vários momentos e em diversos traba -
Desta maneira os direitos universais serão aqueles que podem lhos, já nos quesonamos se seria possível fazer as mudanças de -
ser aceitos por todos os povos da Terra em todos os Estados Sobe - sejadas através dos processos formais de mudança da Constuição
ranos do Planeta. É importante lembrar que ulizamos a palavra como a emenda, juntamente com os processos de mutação.
“pode” enquanto possibilidade real de qualquer cultura humana, Entendemos que, embora a ideologia constucionalmente
e não ulizamos as expressões “devem” ou “serão” aceitos, o que adotada possa ser modicada pelos processo informais de mudan-
seria inadequado ou falso, no atual momento histórico. ça da Constuição, o que poderia abrir espaço para a mudança de
disposivos através do processo formal de emenda, entendemos
SOCIOLOGIA
que o ideal é um novo texto que marque a ruptura formal e histó - iniciar a reforma, exigindo ainda um quorum especíco para apro-
rica de pos de Estado diferentes, construindo efevamente uma vação. Podem iniciar o processo de reforma por meio de emendas
Constuição sintéca, democráca, essencialmente de princípios e o Presidente da República, um terço da Câmara Federal ou do Sena-
de processos democrácos, escrita , mas que permita a sua cons- do, ou ainda mais da metade das Assembléias Legislavas dos Esta-
tante evolução interpretava, codicada e extremamente rígida no dos membros, desde que aprovado o encaminhamento da emenda
que diz respeito aos processos formais de reforma. por maioria relava de seus membros.
Ao defendermos a desconstucionalização da propriedade pri- Para ser aprovada a emenda é exigida a aprovação de tres
vada, o primeiro obstáculo encontrado seria a existência de limites quintos dos membros da Câmara e do Senado, em dois turnos de
materiais ao poder de reforma da Constuição. votação em cada casa legislava.
O poder constuinte originário é o poder que cria a Constui - A diferença entre emenda e revisão consiste que a primeira
ção. Este poder tem caracteriscas de um poder inicial, soberano, é uma alteração pontual do texto, podendo ocorrer a qualquer
que não encontra limites de ordem jurídica no ordenamento ante - momento, desde que cumpridos os requisitos acima expostos. A
rior, mas apenas limitações de ordem sociológica no jogo de forças revisão de forma diferente, pode ocorrer uma ou mais vezes, se-
sociais que atuam no momento de seu funcionamento. Como tal o gundo dispor o texto, consisndo em uma revisão de todo o texto
poder constuinte é um poder de fato, que pode ser um poder de constucional, onde se buscará uma melhor sistemazação sen-
Direito na medida em que se legimar na vontade popular cons - do possível a alteração de disposivos constucionais desde que
ciente e nos valores de jusça e de Direito vigentes em uma deter- não se desrespeite os limites materiais estabelecidos para o poder
minada sociedade no momento histórico em que atua. constuinte derivado.
Logo a natureza deste poder inicial e soberano será sempre de A Constuição de 1988 previu a revisão constucional no Ato
fato, podendo ser um poder direito na medida em que se legima das Disposições Constucionais Transitórias, com um limite tempo-
na
umvotade popular
determinado e nos valores aceitos por toda a sociedade em
momento. ral de cinco
lecendo anos
para para
o seu que este poder
funcionamento umderivado funcionasse,
procedimento estabe-
e um quorum
Este poder constuinte originário cria os poderes de reforma mais simples, sendo que o seu funcionamento se daria em sessão
da Constuição que tem como nalidade alterar as regras em sen- unicameral do Congresso Nacional, aprovando-se o texto revisado
do restrito do seu texto, que pelo menor grau de abrangência devi - por maioria absoluta dos membros.
do a sua especicidade, tem que ser modicada para acompanhar Estando previsto no ato da disposições constucionais provisó-
as mudanças exigidas pela sociedade. Logo este poder se dirige às rias, o poder de reforma por meio de revisão teve unica previsão de
regras em sendo restrito do texto, não podendo entretanto an - funcionamento, pois os disposivos transitórios se exnguem após
gir aos princípios constucionais e a ideologia constucionalmente a realização de suas disposições.
adotada, pois estas regras em sendo amplo como a própria ideo - Outro fato que merece registro é o procedimento de realização
logia constucinal são os elementos que idencam a Constuição, da revisão que foi excolhido pelo poder constuinte derivado. No
e a sua alteração não pode se dar por mecanismos de reforma, que lugar de realizar uma revisão de todo o texto e coloca-la em vota -
não se igualam ao poder criador que é o poder constuinte origi - ção, buscando com isto o objevo da revisão que é a reestrutura -
nário. ção sistemáca do texto alterando alguns disposivos especícos
A Constuição brasileira, produto de um poder constuinte sem alterar princípios e a própria ideologia constucional, alguns
originário que rompeu com o ordenamento jurídico anterior, esta - constuintes derivados, vendo a possibilidade de alterar disposi-
beleceu dois mecanismos constucionais de reforma de seu texto: vos com a maioria absoluta prevista para o seu funcionamento, que
a emenda e a revisão. seriam dicilmente alterados com a maioria de tres quintos, trans-
No texto são estabelecidos limites para atuação do poder formaram a revisão em uma série de emendas. Decorre deste fato
constuinte derivado, que é um poder de segundo grau, limitado a existencia de emendas constucionais e de emendas de revisão,
e subordinado. Portanto, além da subordinação existênte entre um cada uma com numeração especíca.
poder que é inicial e um poder de segundo grau derivado de um po- Isto posto podemos enfrentar o quesonamento a que nos
der soberano, o que implica na impossibilidade de descaracterizar a referimos anteriormente: será possível promover as profundas al-
obra do primeiro, a Constuição traz limites expressos que podem terações no texto constucional de 1988 aqui sugeridas, inclusíve
ser classicados da seguinte forma: alterar a ideologia constucional rompendo com os modelos vincu-
a) limites materiais que consistem na proibição de deliberação lados a sistemas sócio-economicos promovendo a desconstucina-
de emendas tendentes a abolir a forma de Estado Federal, a de- lização da propriedade privada?
mocracia, a separação de poderes e os direitos individuais e suas Poderíamos começar respondendo esta questão com outra
garanas. Estes limites se aplicam ao poder de reforma seja através pergunta: Para que?
de emendas, seja através de revisão. As alterações aqui sugeridas são amplas e representam um
b) limites circunstanciais que consistem na proibição do funcio- rompimento com um po de Constuição o que implica com o
namento do poder de revisão ou de emenda na vigência de Estado rompimento com alguns principios constucionais e a alteração da
de Sio, Estado de Defesa e Intervenção Federal. Ideologia constucinalmente adotada. Neste momento é necessá-
c) limite temporal que no nosso texto constucional se aplicou rio resumirmos o que já foi dito sobre mudança da Constuição.
somente ao poder de revisão e consisu na proibição de realiza - Nos referimos a dois mecanismos de alteração do texto constu -
ção da revisão antes de completados cinco anos da promulgação cional, um formal, previsto no texto constucional, que é o poder
da Constuição. constuinte derivado de emenda e revisão, e um informal que se
constui no processo de mutação interpretava da Constuição:
O poder de emenda da Constuição está previsto no argo 60 a) a mutação da Constuição ocorre através da leitura siste-
do texto permanente da Constuição e pode ser acionado a qual- máca das regras e princípios constucionais e de sua inserção em
quer momento desde que cumpridos os requisitos alí estabeleci- uma realidade social, políca e econômica especíca. Deste per -
dos para se iniciar o processo de reforma por meio de emendas. manente processo de interpretação e aplicação do texto constu -
A caracterisca de rigidez do texto constucional é marcada por cional a uma realidade concreta, ocorrem processos de evolução
processo legislavo especial onde apenas algumas pessoas podem da leitura do texto, a reformulação de conceitos e adequação de
SOCIOLOGIA
princípios com a alteração de valores. Vimos que o processo de Acrescente-se ainda que a nossa Constuição, assim como to-
mutação pode mesmo gerar um rompimento com um modelo, das as Constuições modernas, tem uma vinculação com um mode-
ou po de Estado especíco, para a sua transformação num outro lo socio-econômico especíco, seja liberal, social ou socialista como
po,
as o que pode ocorrer
transformações sociaisjustamente
se reetema na
parr do momento
alteração em quee
de conceitos vistotem
que anteriormente. O texto
como princípios de 1988,
a livre traz uma
iniciava, ordem
a livre econômicaa
concorrência,
releitura de princípios, que permanecendo no texto tem sua atua - propriedade privada, principios de origem liberal que ao lado de
lização promovida pela evolução interpretava. Exemplo pode ser princípios de origem socialista, como a função social da proprieda-
a Constuição norte americana, cujo o texto escrito, embora seja o de, o pleno emprego, a dignidade do trabalho humano, somam-se
mesmo, acrescido de 27 emendas, desde 1787, recebeu leituras ou a direitos humanos de terceira geração como o direito do consumi -
interpretações bastante diferentes em sua longa existência, o que dor e o meio ambiente, para apontar para uma ordem econômica
sugere a existência de Constuições diferentes construídas sobre o que embora avançada, pois incorpora o que há de mais atual em
mesmo texto escrito. termos de direitos fundamentais, pode no máximo ser interpreta -
Importante, entretanto, ressaltar, que existem limites para da como uma ordem econômica neoliberal em sendo amplo, com
este processo de mutação interpretava sendo que um texto ana - um modelo de Estado Social não clientelista, dentro de um modelo
líco como o nosso, repleto de regras em sentrido restrito, que se intervencionista estatal com a nalidade de promover a diminui-
aplicam a situações especícas, apresenta obstáculos por vezes in- ção das desigualdades sociais e regionais dentro de um capitalismo
superáveis, onde, nem o processo de mutação informal, nem os social. Note-se que embora esta interpretação que suscintamente
processos formais de alteração poderão vencer. Neste momento o zemos pareça óbvia no texto, muitos Autores de Direito Constu-
único caminho legimo será o de elaboração de uma nova Cons - cional defendem leitura diferente, alguns defendendo uma ordem
tuição por uma nova Assembléia Constuinte soberana e popular. liberal neste texto o que nos parece absurdo.
A distorção do texto ou a construção de leituras que ignoram Coerentemente com o que sempre defendemos em termos de
princípios constucionais, forçando uma transformação impossível, limites formais ao poder constuinte derivado, os princípios cons-
mesmo que seja um movimento legímo porque amparado pela tucionais não podem ser modicados por meio de emendas ou
vontade consciente da população, não pode ser aceito em uma or - revisão, sendo que estamos portanto dentro de um texto constu-
dem constucional democráca, pois ameaça o seu princípio maior cional vinculado a um modelo econômico e um modelo especico
de respeito ao processos democrácos de transformação. de reparção econômica, o que não pode ser modicado, a não ser
b) a outra maneira de se alterar o texto constucional é a que por outra Assembléia Constuinte.
estudamos neste argo. A alteração da Constuição através de A interpretação constucional não pode ignorar esta vincula-
emenda e revisão de seu texto em processo legislavo previsto no ção, e o papel do interprete será o de acabar com os antagonismos
texto, com limites também expressos. do texto, representado neste momento por princípios de origem
Os limites a estes processos formais são maiores, sendo que liberal ao lado de princípios de origem socialista, extraindo deste
não será possível se alterar ou suprimir princípios constucionais, texto uma nova resultante, que não poderá ser entretanto a que
o que inviabiliza a modicação da ideologia constucional e o rom - desejamos, pois esta representa o rompimento com os modelos
pimento com um po de Constuição especíca por meio destes constucionais vinculados com modelos socio-econômicos, que
mecanismos. são todos os modelos conhecidos até hoje no constucionalismo
Poderá o leitor perguntar porque os mecanismos expressa - que se armou após a Revolução francesa.
mente previstos no texto constucional são muito mais limitados Conclui-se que o novo modelo, diante das restrições existentes
em um texto analíco como o nosso, pede uma Assembléia Cons-
do que os processo informais de mutação. A resposta é simples, em um texto analíco como o nosso, pede uma Assembléia Cons
pois a lei é a interpretação que se faz dela em um momento his - tuinte Soberana e Popular, onde se discuta as bases de um Estado
que garanta voz aos seus cidadãos através de mecanismos de par -
tórico, logo a Constuição não é apenas o texto escrito mas sim a
cipação democráca permanente; que garanta fala aos cidadãos
interpretação que se faz deste texto. Conclui-se que o processo de
através da educação livre, da liberdade de informar e informar-se; e
mutação interpretava não implica na alteração do texto escrito,
onde a comunicação entre Sociedade Civil e Estado seja o elemento
na supressão de princípios, mas na constante reconstrução destes
que faça com que estes dois conceitos de confundam em um Esta -
ou seja na reconstrução da Constuição.
do que seja sensível às indicações que partem de seu povo através
A modicação formal é um processo inferior, subordinado, li - dos mecanismos democrácos constucionalmente instuídos e
mitado, enquanto a mutação interpretava é a própria constuição garandos.
limitada apenas pelo seu texto escrito.
Com base nestes dados, podemos concluir que as alterações Noções de Cidadania
sugeridas que representam um rompimento com um modelo vin- Ser cidadão é respeitar e parcipar das decisões da sociedade
culado para a criação de uma Constuição democráca, onde o para melhorar suas vidas e ade outras pessoas. Ser cidadãoé nunca
cidadão tenha liberdade e amparo na estrutura do Estado para pro- se esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser
mover as mudanças sociais e econômicas que desejar, construindo divulgada através de instuições de ensino e meios de comunica-
livremente o seu modelo na esfera territorial menor de poder que ção para o bem estar e desenvolvimento da nação.
é o Munícipio, dicilmente ocorrerá com base neste texto vigente. A cidadania consiste desde o gesto de não jogar papel na rua,
A complexidade das discussões, a variedade das decisões ju - não pichar os muros, respeitar os sinais e placas, respeitar os mais
diciais com interpretações diversas, a insegurança jurídica daí de- velhos (assim como todas às outras pessoas), não destruir telefo-
corrente, é um desgaste desnecessário e um preço que não deve nes públicos, saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia
ser pago, sendo necessário efevamente um rompimento com o quando necessário... até saber lidar com o abandono e a exclusão
ordenamento jurídico vigente e a convocação de uma Assembléia das pessoas necessitadas, o direito das crianças carentes e outros
Constuinte democráca onde este modelo e estas questões se - grandes problemas que enfrentamos em nosso país.
jam amplamente discudas, e onde as as forças sociais se confrontem “A revolta é o úlmo dos direitos a que deve um povo livre
democrácamente na construção de um novo modelo que ofereça para garanr os interesses colevos: mas é também o mais impe -
segurança e estabilidade nas constantes mudanças sociais que ele rioso dos deveres impostos aos cidadãos.” (Juarez Távora Militar e
permirá. políco brasileiro).
SOCIOLOGIA
Consciência ecológica é uma expressão, exausvamente uli- e natureza, e também um novo eslo de vida que respeite todas
zada na bibliograa especializada, de anos recentes, sem uma preo- as criaturas que, segundo São Francisco de Assis, são nossas irmãs.
cupação da maioria dos autores de precisarem a que, exatamente, Queremos contribuir para melhorar a qualidade de vida atra -
estão se referindo. A noção focalizada se contextualiza, historica - vés da construção de um ambiente saudável, que possa ser des -
mente, no período pós Segunda Guerra Mundial, quando setores frutado por nossa geração e também pelas futuras. Vivemos hoje
da sociedade ocidental industrializada passam a expressar reação sob a hegemonia de um modelo de desenvolvimento baseado em
aos impactos destruvos produzidos pelo desenvolvimento tecno- relações econômicas que privilegiam o mercado, que usa a natu-
cienca e urbano industrial sobre o ambiente natural e construí - reza e os seres humanos como recursos e fonte de renda. Contra
do. Representa o despertar de uma compreensão e sensibilidade este modelo injusto e excludente armamos que todos os seres,
novas da degradação do meio ambiente e das consequências desse animados ou inanimados, possuem um valor existencial intrínseco
processo para a qualidade da vida humana e para o futuro da espé- que transcende valores ulitários.
cie como um todo. Por isso, a todos deve ser garanda a vida, a preservação e a
Expressa a compreensão de que a presente crise ecológica ar- connuidade. O ser humano tem a missão de administrar respon-
cula fenômenos naturais e sociais e, mais que isso, privilegia as ra- savelmente o ambiente natural, não dominá-lo e destruí-lo com
zões políco-sociais da crise relavamente aos movos biológicos sua sede insaciável de possuir e de consumir. Apesar de o quadro
e/ou técnicos. Isto porque entende que a degradação ambiental é, ecológico ser extremamente inquietante, existem cada vez mais
na verdade, consequência de um modelo, de organização políco - pessoas e endades que têm a consciência de que uma mudança é
-social e de desenvolvimento econômico, que estabelece priorida - necessária, e possível.
des e dene o que a sociedade deve produzir, como deve produzir
e como será distribuído o produto social. Isto implica no estabele-
cimento de um determinado padrão tecnológico e de uso dos re - EXERCÍCIOS
cursos naturais, associados a uma forma especíca de organização
do trabalho e de apropriação das riquezas socialmente produzidas.
Comporta, portanto, interesses divergentes entre os vários grupos 1. (CESPE - 2008 - MPE-RR - Ocial de Promotoria) Embora
sociais, dentre os quais aqueles em posição hegemônica decidem a cidadania expresse um conjunto de direitos, a possibilidade de
os rumos sociais e os impõe ao restante da sociedade. Assim, os parcipação ava na sociedade reduz-se aos economicamente pri-
impactos ecológicos e os desequilíbrios sobre os ciclos biogeoquí - vilegiados.
micos são decorrentes de decisões polícas e econômicas previa - CERTO
mente tomadas. A solução para tais problemas, por conseguinte, ERRADO
exige mudanças nas estruturas de poder e de produção e não me -
didas superciais e paliavas sobre seus efeitos. Essa consciência 2. (INSTITUTO AOCP - 2014 - UFGD - Assistente Administra-
ecológica, que se manifesta, principalmente, como compreensão vo)Assinale a alternava que apresenta um conceito de cidadania.
intelectual de uma realidade, desencadeia e materializa ações e (A) Cidadania é a pertença passiva e ava de indivíduos em um
senmentos que angem, em úlma instância, as relações sociais estado-nação com certos direitos e obrigações universais em
e as relações dos homens com a natureza abrangente. Isso quer um específco nível de igualdade.
dizer que a consciência ecológica não se esgota enquanto ideia ou (B) Cidadania é a pertença passiva e ava de famílias com a
teoria, dada sua capacidade de elaborar comportamentos e inspi- observação do respeito e da parcipação de seus membros nas
rar valores e senmentos relacionados com o tema. Signica, tam- decisões em conformidade com a autoridade paterna.
bém, uma nova forma de ver e compreender as relações entre os (C) Cidadania é a pertença passiva e ava de grupos sociais em
homens e destes com seu ambiente, de constatar a indivisibilida - defesa de seus interesses colevos obdos através do embate
de entre sociedade e natureza e de perceber a indispensabilida - ideológico entre grupos dominados e dominantes.
de desta para a vida humana. Aponta, ainda, para a busca de um (D) Cidadania é a pertença passiva e ava de indivíduos em
novo relacionamento com os ecossistemas naturais que ultrapasse suas classes profssionais para fazer prevalecer a qualifcação e
a perspecva individualista, antropocêntrica e ulitária que, histo- o saber de cada um no efevo exercício profssional.
ricamente, tem caracterizado a cultura e civilização modernas oci- (E) Cidadania é a pertença passiva e ava de indivíduos em um
dentais.(Leis, 1992; Unger, 1992; Mansholt, 1973; estado-nação com todos os direitos determinados pelas leis
conforme a classe social.
Bo, 1995; Morin, 1975).
Para Morin, um dos autores que mais avança no esforço de 3. (PGT - 2006 - PGT - Procurador) Em relação aos Tratados
denir o fenômeno: Internacionais de Proteção dos Direitos Humanos, é INCORRETO
“(...) a consciência ecológica é historicamente uma maneira ra - armar que:
dicalmente nova de apresentar os problemas de insalubridade, no- (A) os tratados, como acordos internacionais juridicamente
cividade e de poluição, até então julgados excêntricos, com relação obrigatórios e vinculantes, constuem a principal fonte de
aos ‘verdadeiros’ temas polícos; esta tendência se torna um pro- obrigação do Direito Internacional, e só se
s e aplicam aos Estados
jeto políco global , já que ela crica e rejeita, tanto os fundamen- que expressamente consenrem com a sua adoção;
tos do humanismo ocidental, quanto os princípios do crescimento (B) segundo a Constuição de 1988, os tratados internacionais
e do desenvolvimento que propulsam a civilização tecnocráca.” demandam, para o seu aperfeiçoamento, um ato complexo
(Morin, 1975) onde se integram a vontade do Presidente da República e do
Sinaliza-se, assim, algumas referências preliminares que indi - Congresso Nacional;
cam o signicado aqui atribuído à expressão consciência ecológica. (C) a Carta Constucional de 1967 incluía, expressamente,
A parcipação e o exercício da cidadania, com empenho e res- dentre os direitos constucionalmente protegidos, os direitos
ponsabilidade, são fundamentais na construção de uma nova socie- enunciados nos tratados internacionais de que o Brasil fosse
dade, mais justa e em harmonia com o ambiente. Para isto,é urgen- signatário;
te descobrir novas formas de organizar as relações entre sociedade
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GABARITO
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1 E R RA D O ______________________________________________________
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2 A
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3 C
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ANOTAÇÕES ______________________________________________________
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Art. 5º Todos
Todos são iguais perante a lei, sem disnção de qual - Liberdade de prossão:
prossão:
quer natureza, garanndo-se aos brasileiros e aos estrangeiros re- XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ocio ou pros -
sidentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à são, atendidas as qualicações prossionais que a lei estabelecer;
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Acesso à informação:
Princípio da igualdade entre homens e mulheres: XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguar -
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos dado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício prossional;
termos desta Constuição;
Liberdade de locomoção, direito de ir e vir:
vir:
Princípio da legalidade e liberdade de ação: XV - é livre a locomoção no território
território nacional em te
tempo
mpo de paz,
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar,
entrar, permane-
coisa senão em virtude de lei; cer ou dele sair com seus bens;
Respeito
XLIX à Integridade
– é assegurado aosFísica e Moral
presos dos Presos:
o respeito à integridade sica Informação aoserá
LXIII – o preso preso :
informado de seus direitos, entre os quais o
e moral; de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da famí -
lia e de advogado;
Direito de permanência e amamentação dos lhos pela pre -
sidiária mulher: Idencação dos responsáveis pela prisão:
prisão:
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que pos - LXIV – o preso tem direito à idencação dos responsáveis por
sam permanecer com seus lhos durante o período de amamenta - sua prisão ou por seu interrogatório policial;
ção;
Relaxamento da prisão ilegal:
Extradição: LXV – a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autori -
LI – nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, dade judiciária;
em caso de crime comum, pracado antes da naturalização, ou de
comprovado envolvimento em tráco ilícito de entorpecentes e dro - Garana da liberdade provisória:
provisória:
gas ans, na forma da lei; LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mando, quando a
LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime lei admir a liberdade provisória, com ou sem ança;
políco ou de opinião;
A formulação de princípios ou padrões de conduta diante da Os direitos humanos podem ser melhor entendidos como aque-
condição social do homem são elementos norteadores da convi - les direitos constantes nos instrumentos internacionais: Declaração
vência social. No decurso da história da humanidade as civilizações Universal dos Direitos Humanos, O Pacto Internacional sobre os Di -
construíram diferentes sistemas de normas sociais objevando es - reitos Econômicos, Sociais e Culturais, O Pacto Internacional sobre
tabelecer padrões de relações humanas e comportamentos sociais. os Direitos Civis e Polícos, tratados
tratados regionais de direitos humanos,
A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 10 de dezembro e instrumentos especícos lidando com aspectos da proteção dos
de 1948 aborda em seus 30 argos, os valores écos básicos nor- direitos humanos como, por exemplo
exemplo,, a proibição da tortura.
teadores para proteção dos Direitos Humanos.
O direito de liberdade na concepção de Bobbio (1909)além de
De acordo com Soares (1997), os enfrentamen
enfrentamentostos atuais para a estar inmamente ligado ao principio da igualdade evolui paralela-
construção da democracia no Brasil passam, necessariamente, pela mente a ele. O que se conrma na armação conda na Declaração
éca e pela educação
educação para a cidadania. Por duas décadas, o Brasil
Brasil universal dos Direitos do Homem em seu argo 1°: “ (…) art.1° da
esteve envolvido em um sistema ditatorial (1965 a 1985). Nesse pe - Declaração
Declaraçã o Universal, “todos os homens nascem iguais em liberda-
ríodo, direitos básicos foram cerceados. Serviram à manutenção da des e direitos”, armação cujo signicado é que todos os homens
ditadura militar as forças policiais do país, as quais atuaram como nascem iguais na liberdade, no duplo sendo da expressão: “os ho-
aparelho repressor do Estado. mens têm igual direito à liberdade”
liberdade”,, “os homens têm direito a uma
igual liberdade”.
O processo de estruturação dos direitos do homem ocorre des-
de o século XVIII, quando erigiu – se o Estado de Direitos, tendo Somente após a Segunda Guerra Mundial, a qual envolveu vá -
início então os movimentos constucionalistas.
constucionalistas. Com a promulgaç
promulgação
ão rias nações e causou prejuízos mundiais; os Direitos Humanos se
da Constuição Federal de 1988, denominada constuição cidadã, rmaram e obveram reconhecimento pleno, pois o quadro de des -
buscou-se resgatar o processo de democrazação interrompido truição deixado pela guerra despertou na humanidade a necessida-
pelo período da ditadura militar e, consequentemente fazer valer de de se frear esse po de disputas.
direitos dos cidadãos que haviam sido negligenciados até então.
Mesmo dentro da polícia há o paradigma de que os militan - O policial não se deve levar por anseios ilegímos que possam
tes de direitos humanos só atuam para reprimir a ação da força, despresgiar seu trabalho. A sociedade que deseja ações desme-
procurando excessos em sua avidade e protegendo os marginais. didas por parte do agente será a mesma que proporcionará a ele o
O desconhecimento por boa parte da polícia do que sejam tais di - repúdio quando atender aos seus próprios anseios primivos.
reitos, provoca a revolta dos prossionais de segurança pública e a
noção de que os militantes de direitos humanos são subversivos e O uso da força é apenas uma das caracteríscas da avidade
atentam contra a segurança nacional. policial, ela não pode resumir o agir policial como um todo. Suas
atribuições e responsabilidades vão além, nem sempre é escolha
Os militantes de direitos humanos são mal interpretados, pelos do prossional o uso dessa prerrogav
prerrogavaa para executar suas tarefas.
policiais, em razão da história de enfrentamen
enfrentamentoto das duas posições
Como defende Balestreri (1998), o policial é um pedagogo de
em épocas de ditadura no país. O contexto histórico brasileiro re -
cidadania, ele deve ser incluído no rol dos prossionais pedagógi -
força o abismo que se criou entre direitos humanos e avidade po-
cos, ao lado das prossões consideradas formadoras de opinião.
licial, dicultando as novas losoas de policiamento.
Dessa forma, o agente de segurança é um educador, o qual educa
por meio de suas atudes ao de lidar com situações codianas. O
Na verdade, as denúncias feitas pela comunidade de Direitos
policial educador transmite cidadania, a parr de, exemplos de con -
Humanos é benéca aos bons policiais, pois minam a ação de maus
prossionais e impedem que eles connuem agindo em desacordo duta; de comportamentos baseados em moderação e bom senso.
com os direitos, maculando dessa forma, todo o corpo policial. Para O agente de segurança pública não pode mais ser visto, nos
que haja uma mudança no paradigma de antagonismo, é imprescin- dias de hoje, como agente de repressão a mando do Estado. A
dível que a polícia e as ONGS de direitos humanos se aproximem e Constuição Federal de 88, em seu argo 144, declara que a segu -
trabalhem juntas na efevação do bem maior, não para sasfação rança pública é exercida pelas polícias e que suas atribuições são
de posições, mas em favor da sociedade. a preservação da ordem pública, a incolumidade das pessoas e do
patrimônio.
POLÍCIA E CIDADANIA
A Declaração Universal dos Direitos Humanos não faz diferença Visto desse modo, a avidade de polícia consiste em desem -
de cidadãos, ca claro que todas as pessoas são iguais em direitos
direitos penhar funções policiais, e ao mesmo tempo proteger os direitos
e deveres e veda qualquer forma de disnção. O prossional de se- humanos. Violar os direitos humanos, desrespeitar as normas legais
gurança assim como qualquer cidadão possui direitos e obrigações, como propósito de aplicar a lei não é considerado uma práca poli-
no entanto, a ele se atribui o solene dever de gurar como agente cial eciente – apesar de algumas vezes se angirem os resultados
promotor de Direitos Humanos. Os agentes de segurança possuem desejados. Quando a polícia viola a lei com o intuito de aplicá-la,
o poder de representar o Estado e se tornam, por isso, talvez, a clas- não está reduzindo a criminalidade, está se somando a ela.
se de trabalhadores com mais notoriedade em sua atuação.
10
As comunidades compõem-se cada uma em sua complexidade, Importante observar que para os programas de policiamento
o policiamento comunitário leva em consideração essas questões e comunitário serem ecazes e ecientes nas regiões do Distrito Fe -
acredita que modelo de patrulhamento deve ser adaptado as ne - deral é necessário adequá-los à realidade da população. Como em
cessidades de cada localidade. A proposta de descentralização do todo país, Brasília também conta com sérios problemas de desigual -
comando leva em consideração as diferença
diferençass que cada comunidade dades sociais. Portanto, estratégias de redução de criminalidade no
possui. Assim o comandante subordinado que tem liberdade para Plano Piloto devem ser diferentes das pautadas em cidades satéli -
coordenar de acordo
poderá adaptar com asforma
de melhor prioridades que lhes
o programa são apresentadas
comunitário da área tes, principalmente, naquelas mais novas e com graves problemas
sociais.
na qual atua.
Segundo Cardoso (2009,
(2009, p. 16) “o policiamento
policiamento em Brasília
Brasília
A efeva ação está no dia a dia, conhecendo as diculdades e tem que ser mais especíco, adaptando-se a realidade de cada
problemas da comunidade, diferente do comando centralizado que cidade.” o que será um desao para os responsáveis pelo mode -
se mantém distante e, conseqüentemente, o atendimento se torna lo comunitário, porquanto um dos princípios desse policiamento é
insuciente. Assim Skolnick; Bayley declaram que “a descentraliza- que ele atenda as prioridades de cada comunidade; e se adeque as
ção do comando é necessária para ser aproveitada a vantagem que diculdades de cada uma.
traz o conhecimento parcular,
parcular, obdo e alimentado pelo maior en-
volvimento da polícia na comunidade”. É fundamental que a população seja ouvida em seus anseios
dentro de sua comunidade. Para que o poder público, no caso as
Resumidamente, polícia comunitária é a losoa teórica de polícias e demais agentes sociais envolvidos na losoa, reconhe -
estudar o problema e buscar soluções junto à comunidade; policia- çam as debilidades daquela localidade, am de que se desenvolva
mento comunitário é a losoa em ação de buscar soluções para os programas comunitários necessários.
prevenir o problema antes que aconteça, também com apoio da
comunidade.
11
Os conselhos são separados por Regiões Administravas – A validade dos programas comunitários está na premissa de
RAS[6] do Distrito Federal e por Conselhos especiais que englobam que os prossionais de segurança atuam promovendo o direito
as áreas rurais, os conselhos escolares, os conselhos de segurança à dignidade do ser humano. Conforme, concepção de Balestreri
da Universidade de Brasília, o conselho de segurança dos rodoviá- (1998, p. 30) “o velho paradigma antagonista
antagonista da Segurança Pública
Pública
rios, os conselhos dos taxistas, dos postos de combusvel, do co- e dos Direitos Humanos precisa ser substuídos por um novo, que
mércio, da indústria gráca e do transporte alternavo. exige desacomodação de ambos os campo: “Segurança Pública com
Direitos Humanos”.”
Os Conselhos Comunitários efevam a voz democráca da so-
ciedade. O cidadão seja ele quem for,
for, a dona de casa, o comercian- Outro programa comunitário instuído como forma de aproxi-
te da esquina, o aposentado, a empregada domésca, enm todos mar a comunidade da polícia foi a implantação dos Postos de Polí -
que morem naquela comunidade ou que parcipem de um grupo cia Comunitária – PCS em todo o Distrito Federal. O modelo segue
como os taxistas
nar sobre ou rodoviários,
a estratégias pordaquele
de segurança exemplo, tem que
ponto o poder de opie-
é sensível aos Kobanscomo
funcionam japoneses, em países
pequenas comosão
delegacias Cingapura e Japão os
bem equipados postos
possuem
gera instabilidade
instabilidade na ordem daquela localidade. Ao perceber que o televisão, sala de descanso e banheiro.
problema responsável pela criminalidade
criminalidade de um bairro é talvez, um
beco escuro, a comunidade propõe em reunião do conselho que a O objevo dos postos é a sensação de segurança à comunidade,
polícia procure solucionar a questão, juntamente com a Administra- pois funcionam 24 horas o que faz com que a população sinta – se
ção da cidade a qual aquele bairro pertença. protegida. No entanto, muitas são as crícas a respeito do progra -
ma, desde sua inauguraçã
inauguraçãoo na capital. Os policiais reclamam a falta
Se um dos princípios fundamentais do modelo de polícia co - de viaturas, de efevo, de equipamento de trabalho como rádios,
munitária é atribuir responsabilidade a sociedade, os conselhos telefones, internet, computadores e até mesmo falta de água. A
são uma das formas de efevar esse modelo e fazer com que os maior reclamação dos prossionais é que recebem ordens de seus
programas traçados junto a comunidade sejam realmente ecazes, superiores para não abandonar os PSC. Criando, dessa forma um
porquanto trata o problema com os maiores interessados. policial engessado sem poder atender as solicitações
s olicitações da comunida-
de. Conforme Cardoso (2009, p. 45) “Os policiais acostumados com
Percebendo que há um número consideráv
considerável
el de violência entre o serviço operacional em viaturas se sentem deslocados no postos,
os jovens da cidade, constatados em muitos casos famosos de de- pois não “prendem” mais ninguém. Alegam que se tornaram “sim -
linquência juvenil, os prossionais de segurança em parceria com a plesmente vigias de posto”, pois estão impossibilitados de realizar
comunidade desenvolvem programas
programas por meio de teatro e esporte. qualquer po de atendimento em suas proximidades.”
proximidades.”
A companhia de teatro Pátria Amada coordenada pela Secretá- Os postos são construídos com material frágil, não suporta ros
ria de Segurança desenvolve um trabalho, por meio de peças tea - e além disso, é facilment
facilmentee inamável. Um dos postos instalados na
trais, que visa diminuir a violência e as dúvidas dessa faixa etária, cidade satélite do Guará, em 2009, foi queimado por marginais no
como gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis, uso mesmo dia de sua inauguração, fatos como esse geram insegurança
de drogas, entre outras. As peças são apresentadas em escolas pú- até mesmo entre os policiais, os quais estão preocupados com a
blicas e os scripts são elaborados observando temas do dia a dia dos segurança dos Postos Comunitários e não mais com a população.
adolescentes, como uso de drogas, estupro, abuso sexual ; esses Assim arma Cardoso (2009, p. 33) “alguns postos instalados em
são problemas graves que aumentam o índice de violência entre
áreas consideradas “perigosas” foram alvos de ameaças.
os jovens.
O programa funciona bem em outros países, pois não apenas a
Outra forma encontrada para afastar os jovens da criminalidade
população foi privilegiada, mas também os policiais que dispõe de
é o esporte, o programa “esporte a meia noite” foi implantado nas
infra-estrutura e efevo suciente. Diante de tantas reclamações a
cidades do Gama, Planalna, Ceilândia e Samambaia. Inicialmente,
respeito do modelo em Brasília, pode-se perceber que não houve a
foi implantado em Planalna por contar com diferentes grupos de
“gangues” de garotos constantemente envolvidos em conitos, os preocupação de um estudo mais detalhado sobre o funcionamento
dos Postos em outros países para assim adequá-los à realidade da
quais eram responsáveis pela maioria dos homicídios na cidade.
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GABARITO ANOTAÇÕES
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1 E
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3 A ______________________________________________________
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4 A
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5 A
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6 B
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8 D ______________________________________________________
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9 C
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10 C
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ANOTAÇÕES
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O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) detalha cada po de infração e suas consequências. A maioria dos condutores só presta atenção
em tudo o que está descrito no CTB sobre as infrações e outras informações enquanto estão cursando as aulas de legislação. Logo que
conseguem a aprovação no exame, pensam que não precisam mais saber tudo isso, mas esse é um grande – e perigoso – engano.
O CTB classica as infrações no trânsito como leves, médias, graves e gravíssimas. Para essa classicação, é levado em conta o risco
que a infração apresenta para os demais (e para o próprio condutor).
Infrações leves
As infrações leves são aquelas que o CTB entende como as que causam situações de menor risco no trânsito
As penalidades para as infrações leves são multa de R$ 88,38 e três pontos na carteira. Além disso, há a aplicação de medidas admi-
nistravass quando necessário (como a remoção do veículo, por exemplo).
nistrava
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Infrações médias
As infrações médias são aquelas que, de acordo com o CTB, apresentam um nível de perigo mediano.
As penalidades para as infrações médias são multa de R$ 130,16 e quatro pontos na carteira, além da aplicação de medidas adminis-
travas quando necessário (como a remoção do veículo, por exemplo).
3
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poderá
dada fazer
pela Lei nova opçãode
nº 13.281, no2016)
período de 12 (doze) meses. (Redação
(Vigência) tores
to da (RNPC), administrado
União, com pelo
a nalidade deórgão máximo
cadastrar execuvo de
os condutores trânsi-
que não
§ 8o A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de ser- cometeram infração
infração de trânsito sujeita à pontuação prevista no art.
viço público tem o direito de ser informada dos pontos atribuídos, 259 deste Código, nos úlmos 12 (doze) meses, conforme regula-
na forma do art. 259, aos motoristas que integrem seu quadro fun- mentação do Contran.
cional, exercendo avidade remunerada ao volante, na forma que § 1º O RNPC deverá ser atualizado mensalmente.
mensalmente.
dispuser o Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) § 2º A abertura de cadastro
cadastro requer autorização
autorização prévia e ex-
ex-
§ 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o con- pressa do potencial cadastra
cadastrado.
do.
dutor que, nocado da penalidade de que trata este argo, dirigir § 3º Após a abertura do cadastro, a anotação de informação
informação no
veículo automotor em via pública. (Incluído pela Lei nº 13.281, de RNPC independe de autorizaçã
autorização
o e de comunicação ao cadastrado.
2016) (Vigência) § 4º A exclusão
exclusão do RNPC dar-se-á:
§ 10. O processo de suspensão do direito de dirigir a que se I - por solicitação do cadastrado;
cadastrado;
refere o inciso II do caput deste argo deverá ser instaurado con- II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação por infração;
comitantemente
comitanteme nte ao processo de aplicação da penalidade de multa, III - quando o cadastrado ver o direito de dirigir suspenso;
e ambos serão de competência do órgão ou endade responsável IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastrado
pela aplicação da multa, na forma denida pelo Contran. esver cassada ou com validade vencida há mais de 30 (trinta) dias;
§ 11. O Contran regulamentará
regulamentará as disposições deste argo. (In- V - quando o cadastrado esver cumprindo pena privava de
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) liberdade.
Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 5º A consulta ao RNPC
RNPC é garanda
garanda a todos os cidadãos, nos
Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á: termos da regulamentação do Contran.
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir § 6º A União, os Estados, o Distrito Federal
Federal e os Municípios po-
qualquer veículo; derão ulizar o RNPC para conceder benecios scais ou tarifários
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infra- aos condutores cadastrados, na forma da legislação especíca de
ções previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, cada ente da Federação
174 e 175;
III - quando condenado judicialmente
judicialmente por delito de trânsito, ob- CAPÍTULO XVII
servado o disposto no art. 160. DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
§ 1º Constatada, em processo administravo, a irregularidade
na expedição do documento de habilitação, a autoridade expedido- Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera
ra promoverá o seu cancelamento. das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua cir-
§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de cunscrição, deverá adotar as seguintes medidas administravas:
Habilitação,, o infrator poderá requerer sua reabilitaç
Habilitação reabilitação,
ão, submeten- I - retenção do veículo;
do-se a todos os exames necessários à habilitação, na forma esta- II - remoção do veículo;
belecida pelo CONTRAN. III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
Art. 264. (VETADO) IV - recolhiment
recolhimento
o da Permissão para Dirigir;
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de V - recolhimento do Cercado de Registro;
cassação do documento de habilitaçã
habilitaçãoo serão aplicadas por decisão VI - recolhimento do Cercado de Licenciamento Anual;
fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo VII - (VETADO)
administravo,
administrav o, assegurado ao infrator amplo direito de defesa. VIII - transbordo do excesso de carga;
Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia
ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulavamente, as res- de substância entorpecente ou que determine dependência sica
pecvas penalidades. ou psíquica;
Art. 267. Deverá ser imposta
imposta a penalidade de advertência
advertência por X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias
escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida e na faixa de domínio das vias de circulação, restuindo-os aos seus
com multa, caso o infrator não tenha comedo nenhuma outra in- proprietários, após o pagamento de multas e encargos devidos.
fração nos úlmos 12 (doze) meses. XI - realização de exames de apdão sica, mental, de legisla-
§ 1º (Revogado). ção, de práca de primeiros socorros e de direção veicular.
veicular. (Incluído
§ 2º (Revogado).” (NR) pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 268. O infrator será submedo a curso de reciclagem, na § 1º A ordem, o consenmento, a scalização, as medidas ad-
forma estabelecida pelo CONTRAN: ministravas e coercivas adotadas pelas autoridades de trânsito
I - (revogado); e seus agentes terão por objevo prioritário a proteção à vida e à
II - quando suspenso do direito de dirigir; incolumidade sica da pessoa.
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja con- § 2º As medidas administravas previstas neste argo não eli-
tribuído, independentemente de processo judicial; dem a aplicação das penalidades impostas por infrações estabeleci-
estabeleci-
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito; das neste Código, possuindo caráter complementar
complementar a estas.
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está § 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional de Ha-
colocando em risco a segurança do trânsito; bilitação e a Permissão para Dirigir.
VI - (revogado)
(revogado).. § 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X o
disposto nos arts. 271 e 328, no que couber
couber..
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ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES
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INFORMÁTICA
1. Aplicavos para processamento
processamento de texto, planilhas eletrônicas e apresentações: conceitos e modos de ulização . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conceitos básicos e modos de emprego de tecnologias, ferramentas, ferramentas, aplicavos e procedimentos associados à rede de computadores,
internet e intranet . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
INFORMÁTICA
Microso Oce
O Microso Oce é um conjunto de aplicavos essenciais para uso pessoal e comercial, ele conta com diversas ferramentas, mas em
geral são ulizadas e cobradas em provas o Editor de Textos – Word, o Editor de Planilhas – Excel, e o Editor de Apresentações – Power -
Point. A seguir vericamos sua ulização mais comum:
Word
O Word é um editor de textos amplamente ulizado. Com ele podemos redigir cartas, comunicações, livros, aposlas, etc. Vamos
então apresentar suas principais funcionalidades.
INFORMÁTICA
• Iniciando um novo documento
A parr deste botão retornamos para a área de trabalho do Word, onde podemos digitar nossos textos e aplicar as formatações de -
sejadas.
• Alinhamentos
Ao digitar um texto, frequentemente temos que alinhá-lo para atender às necessidades. Na tabela a seguir, vericamos
vericamos os alinhamen-
tos automácos disponíveis na plataforma do Word.
GU I A PÁGI NA I NI C I A L F UN Ç ÃO
Tipo de letra
Tamanho
Limpa a formatação
• Marcadores
Muitas vezes queremos organizar um texto em tópicos da seguinte forma:
INFORMÁTICA
Podemos então ulizar na página inicial os botões para operar diferentes pos de marcadores automácos:
GU I A ÍCO NE F U NÇ ÃO
- Mudar Forma
Página inicial - Mudar cor de Fundo
- Mudar cor do texto
- Inserir Tabelas
Tabelas
Inserir
- Inserir Imagens
Arquivo Salvar
Excel
O Excel é um editor que permite a criação de tabelas para cálculos automácos, análise de dados, grácos, totais automácos, dentre
outras funcionalidades importantes, que fazem
fazem parte do dia a dia do uso pessoal e empresarial.
São exemplos de planilhas:
– Planilha de vendas;
vendas;
– Planilha de custos.
INFORMÁTICA
– Podemos também ter
ter o intervalo A1..B3
– Para inserirmos dados, basta posicionarmos o cursor na célula, selecionarmos e digitarmos. Assim se dá a iniciação básica de uma
planilha.
• Formatação células
• Fórmulas básicas
ADIÇÃO =SOMA(célulaX;célulaY)
SUBTRAÇÃO =(célulaX-célulaY)
MULTIPLICAÇÃO =(célulaX*célulaY)
DIVISÃO =(célulaX/célulaY)
PowerPoint
O PowerPoint é um editor que permite a criação de apresentações personalizadas para os mais diversos ns. Existem uma série de
recursos avançados para a formatação das apresentações, aqui veremos os princípios para a ulização do aplicavo.
INFORMÁTICA
• Área de Trabalho do PowerPoint
Nesta tela já podemos aproveitar a área interna para escrever conteúdos, redimensionar,
redimensionar, mover as áreas delimitadas ou até mesmo
excluí-las. No exemplo a seguir, perceba que já movemos as caixas, colocando um tulo na superior e um texto na caixa inferior, também
alinhamos cada caixa para ajustá-las melhor.
Perceba que a formatação dos textos é padronizada. O mesmo po de padrão é encontrado para ulizarmos entre o PowerPoint, o
Word e o Excel, o que faz deles programas bastante parecidos, no que diz respeito à formataç
formatação
ão básica de textos. Conra no tópico referen-
te ao Word, itens de formatação básica de texto como: alinhamentos, pos e tamanhos de letras, guias de marcadores e recursos gerais.
Especicamente sobre o PowerPoint, um recurso amplamente ulizado a guia Design. Nela podemos escolher temas que mudam a
aparência básica de nossos slides, melhorando a experiência no trabalho com o programa.
INFORMÁTICA
Com o primeiro slide pronto basta duplicá-lo, obtendo vários no mesmo formato. Assim liberamos uma série de miniaturas, pelas
navegador, alternando entre áreas de trabalho. A edição em cada uma delas, é feita da mesma maneira, como já apresen-
quais podemos navegador,
tado anteriormente.
Percebemos agora que temos uma apresentação com quatro slides padronizados, bastando agora editá-lo com os textos que se ze-
rem necessários. Além de copiar podemos mover cada slide de uma posição para outra ulizando o mouse.
As Transições são recursos de apresentação bastante ulizados no PowerPoint. Servem para criar breves animações automácas para
passagem entre elementos das apresentações.
INFORMÁTICA
Um úlmo recurso para chamarmos atenção é a possibilidade de acrescentar efeitos
efeitos sonoros e interav
interavos
os às apresentações, levando
a experiência dos usuários a outro nível.
Oce 2013
A grande novidade do Oce 2013 foi o recurso para explorar a navegação sensível ao toque (TouchScreen), que está disponível nas
versões 32 e 64. Em equipamentos com telas sensíveis ao toque (TouchScreen) pode-se explorar este recurso, mas em equipamentos com
telas simples funciona normalmente.
O Oce 2013 conta com uma grande integração com a nuvem, desta forma documentos, congurações pessoais e aplicav
aplicavos
os podem
ser gravados no Skydrive, permindo acesso através de smarones diversos.
• Atualizações no Word
– O visual foi totalmente
totalmente aprimorado
aprimorado para permir usuários trabalhar
trabalhar com o toque na tela (TouchScreen);
(TouchScreen);
– As imagens podem ser editadas dentro
dentro do documento;
– O modo leitura foi aprimorado
aprimorado de modo que textos
textos extensos agora cam
cam disponíveis em colunas,
colunas, em caso de pausa na leitura;
leitura;
– Pode-se iniciar do mesmo
mesmo ponto parado anteriormente;
anteriormente;
– Podemos visualizar
visualizar vídeos dentro do documento,
documento, bem como editar PDF(s).
PDF(s).
–• Além
Atualizações no Excel
de ter uma navegação simplicada, um novo conjunto de grácos e tabelas dinâmicas estão disponíveis, dando ao usuário
melhores formas de apresentar dados.
– Também
Também está totalmente
totalmente integrado
integrado à nuvem Microso.
• Atualizações no PowerPoint
– O visual teve melhorias signicavas, o PowerP
PowerPoint
oint do Oce2013 tem um grande número de templates para uso de criação de
apresentações prossionais;
– O recurso de uso de múlplos monitores
monitores foi aprimorado;
aprimorado;
– Um recurso de zoom
zoom de slide foi incorporado,
incorporado, permindo o destaque
destaque de uma determinada área
área durante a apresentação;
apresentação;
– No modo apresentador é possível
possível visualizar o próximo
próximo slide antecipadamente;
antecipadamente;
– Estão disponíveis
disponíveis também o recurso de edição
edição colaborava
colaborava de apresentações.
apresentações.
Oce 2016
O Oce 2016 foi um sistema concebido para trabalhar juntamente
juntamente com o Windows 10. A grande novidade foi o recurso que permite
que várias pessoas trabalhem simultaneamente em um mesmo projeto. Além disso, vemos a integração com outras ferramentas, tais
como Skype. O pacote Oce 2016 também roda em smarones de forma geral.
• Atualizações no Word
– No Word 2016 vários
vários usuários podem trabalhar ao mesmo tempo, a edição colaborava
colaborava já está presente em outros produtos,
produtos, mas
no Word agora é real, de modo que é possível até acompanhar quando outro usuário está digitando;
– Integração à nuvem
nuvem da Microso, onde se pode acessar
acessar os documentos em tablets e smarones;
smarones;
– É possível interagir diretamente
diretamente com o Bing (mecanismo
(mecanismo de pesquisa da Microso, semelhante ao Google), para
para ulizar a pesquisa
inteligente;
– É possível escrever equações como o mouse, caneta de toque, ou com o dedo em disposivos touchscreen, facilita
facilitando
ndo assim a
digitação de equações.
• Atualizações no Excel
– O Excel do Oce 2016 manteve as funcionalidades
funcionalidades dos anteriores, mas agora com uma maior integração
integração com disposivos móveis,
além de ter aumentado o número de grácos e melhorado a questão do comparlhamento dos arquivos.
• Atualizações no PowerPoint
– O PowerPoint
PowerPoint 2016 manteve
manteve as funcionalidades
funcionalidades dos anteriores, agora com
com uma maior integração
integração com disposivos moveis,
moveis, além de
ter aumentado o número de templates melhorado a questão do comparlhamento dos arquivos;
– O PowerPoint
PowerPoint 2016 também permite
permite a inserção de objetos
objetos 3D na apresentação.
apresentação.
Oce 2019
O OFFICE 2019 manteve a mesma linha da Microso, não houve uma mudança tão signicava. Agora temos mais modelos em 3D,
todos os aplicavos estão integrados como disposivos sensíveis ao toque, o que permite que se faça destaque em documentos.
• Atualizações no Word
– Houve o acréscimo de ícones,
ícones, permindo assim um melhor desenvolvimento
desenvolvimento de documentos;
documentos;
INFORMÁTICA
• Atualizações no Excel
– Foram adicionadas novas fórmulas
fórmulas e grácos. Tendo
Tendo como destaque o gráco de mapas que permite criar uma visualizaç
visualização
ão de algum
algum
mapa que deseja construir.
• Atualizações no PowerPoint
– Foram adicionadas
adicionadas a ferramenta
ferramenta transformar
transformar e a ferramenta
ferramenta de zoom facilitando
facilitando assim o desenvolvimento
desenvolvimento de apresentações;
apresentações;
– Inclusão de imagens 3D na apresentação.
apresentação.
INFORMÁTICA
Oce 365
O Oce 365 é uma versão que funciona como uma assinatura semelhante ao Nelix e Spof. Desta forma não se faz necessário sua
instalação, basta ter uma conexão com a internet e ulizar o Word, Excel e PowerPoint.
Observações importantes:
– Ele é o mais atualizado
atualizado dos OFFICE(s), portanto todas
todas as melhorias citadas constam
constam nele;
– Sua atualização
atualização é frequente, pois a própria
própria Microso é responsável
responsável por isso;
– No nosso caso o Word,
Word, Excel e PowerPoint
PowerPoint estão
estão sempre atualizados.
atualizados.
• LAN: Rele Local, abrange somente um perímetro denido. Exemplos: casa, escritório, etc.
INFORMÁTICA
• MAN: Rede Metropolitana, abrange uma cidade, por exemplo.
• WAN: É uma rede com grande abrangência sica, maior que a MAN, Estado, País; podemos citar até a INTERNET para entender-
entender -
mos o conceito.
Navegação e navegadores da Internet
• Internet
É conhecida como a rede das redes. A internet é uma coleção global de computadores, celulares e outros disposivos que se comu -
nicam.
• Sites
Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é chamada web site. Através de navegadores, conseguimos acessar web
sites para operações diversas.
10
INFORMÁTICA
• Links
O link nada mais é que uma referência a um documento, onde o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente aponta
para uma determinada página, pode apontar para um documento qualquer para se fazer o download ou simplesmente abrir.abrir.
Dentro deste contexto vamos relatar funcionalidades de alguns dos principais navegadores de internet: Microso Internet Explorer
Explorer,,
Mozilla Firefox e Google Chrome.
Internet Explorer 11
• Idencar o ambiente
O Internet Explorer é um navegador desenvolvido pela Microso, no qual podemos acessar sites variados. É um navegador simpli -
cado com muitos recursos novos.
Dentro deste ambiente temos:
– Funções de controle de privacidade:
privacidade: Trata-se
Trata-se de funções
funções que protegem e controlam
controlam seus dados pessoais coletados
coletados por sites;
– Barra de pesquisas:
pesquisas: Esta barra permite
permite que digitemos um endereço do site desejado.
desejado. Na gura temos como
como exemplo:
exemplo: hps://www.
hps://www.
gov.br/pt-br/
– Guias
pt-br/ de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site hps://www.gov
está aberta. hps://www.gov.br/ .br/
– Favoritos:
Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos
favoritos
– Ferra
Ferramen
mentas:
tas: Per
Permit
mitem
em real
realiza
izarr diver
diversas
sas funç
funções
ões tais
tais com
como:
o: impri
imprimir
mir,, acessa
acessarr o hist
históric
órico
o de nav
navega
egação
ção,, cong
congura
urações
ções,, dentre
dentre outr
outras.
as.
11
INFORMÁTICA
À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização, além de percebemos que a barra de ferramentas ca automa-
camente desavada, possibilitando uma maior área de exibição.
Vamos destacar
destacar alguns pontos segundo as indicações da gura:
1. Voltar/Avançar página
Como o próprio nome diz, clicando neste botão voltamos página visitada anteriormente;
2. Barra de Endereços
Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página procurada;
4. Abas de Conteúdo
São mostradas as abas das páginas carregada
carregadas.
s.
Mozila Firefox
5 Barra de Endereços
12
INFORMÁTICA
– Sincroniz
Sincronizaçã
ação
o Firefox:
Firefox: Ato
Ato de guardar
guardar seus dados
dados pessoais
pessoais na interne
internet,
t, cando
cando assim
assim disponív
disponíveis
eis em qualquer
qualquer lugar
lugar.. Seus dados
dados como:
Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc., sempre estarão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado com o seu e-mail de
cadastro. E lembre-se: ao ulizar um computador público sempre desave a sincronização para manter seus dados seguros após o uso.
Google Chrome
O Chrome é o navegador mais popular atualmente e disponibiliza inúmeras funções que, por serem ómas, foram implementadas
por concorrentes.
Vejamos:
• Sobre as abas
No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas também como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta, se quiser-
mos abrir outra para digitar ou localizar outro site, temos o sinal (+).
A barra de endereços é o local em que se digita o link da página visitada. Uma outra função desta barra é a de busca, sendo que ao
digitar palavras-chave
palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é acionado e exibe os resultados.
4 Barra de Endereço.
5 Adicionar Favoritos
6 Usuário Atual
13
INFORMÁTICA
O que vimos até aqui, são
s ão opções que já estamos acostumados ao navegar
navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebemos que
o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum atualmente, a
seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcionalidades.
• Favoritos
No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adicionar
adicionar uma página aos favoritos, clique na estrela que ca à direita da barra
de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido, e pronto.
Por padrão, o Chrome salva seus sites
s ites favoritos na Barra de Favoritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista. Para
removê-lo, basta clicar em excluir.
• Histórico
O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, para acessá-lo,
podemos clicar em Histórico no menu, ou ulizar atalho do teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba, onde pode-
mos pesquisá
pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo dia a dia se preferir
preferir..
• Pesquisar palavras
Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em busca de uma palavra ou frase especíca. Neste caso, ulizamos o atalho
do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa de texto na qual podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de algum site direto para o seu computador (texto, músicas, lmes etc.). Neste caso,
o Chrome possui um item no menu, onde podemos ver o progresso e os downloads concluídos.
• Sincronização
Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é importante para manter atualizadas nossas operações, desta forma, se por
algum movo trocarmos de computador
computador,, nossos dados estarão disponíveis na sua conta Google.
14
INFORMÁTICA
Por exemplo:
– Favoritos,
Favoritos, histórico, senhas e outras
outras congurações estarão
estarão disponíveis.
disponíveis.
– Informações do seu perl são salvas
salvas na sua Conta do Google.
No canto superior direito, onde está a imagem com a foto do usuário, podemos clicar no 1º item abaixo para avar e desavar.
Safari
• Guias
– Para abrirmos
abrirmos outras guias podemos simplesmente
simplesmente teclar CTRL + T ou
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INFORMÁTICA
4 Barra de Endereço.
5 Adicionar Favoritos
6 Ajustes Gerais
• Histórico e Favoritos
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INFORMÁTICA
• Pesquisar palavras
Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos em busca de uma palavra ou frase especíca. Neste caso ulizamos o atalho
do teclado Ctrl + F, para abrir uma caixa de texto na qual podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.
• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de um algum site direto para o seu computador (texto, músicas, lmes etc.). Neste
caso, o Safari possui um item no menu onde podemos ver o progresso e os downloads concluídos.
Correio Eletrônico
O correio eletrônico, também conhecido
conhecido como e-mail, é um serviço ulizado para envio e recebimento de mensagens de texto e ou-
tras funções adicionais como anexos junto com a mensagem.
Para envio de mensagens externas o usuário deverá estar conectado a internet, caso contrário ele cará limitado a sua rede local.
Abaixo vamos relatar algumas caracteríscas
caracteríscas básicas sobre o e-mail
– Nome do Usuário: é o nome de login escolhido
escolhido pelo usuário na hora
hora de fazer
fazer seu e-mail. Exemplo:
Exemplo: joaodasilva, no caso este é nome
do usuário;
– @ : Símbolo padronizado
padronizado para uso em correios eletrônicos;
eletrônicos;
– Nome do domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria das vezes, a empresa;
–
17
INFORMÁTICA
• Uso do correio eletrônico
– Inicialmente o usuário
usuário deverá ter uma conta
conta de e-mail;
– Esta conta
conta poderá ser fornecida
fornecida pela empresa ou criada
criada através
através de sites que fornecem o serviço. As diretrizes
diretrizes gerais sobre a criação
criação
de contas estão no tópico acima;
– Uma vez criada a conta, o usuário poderá
poderá ulizar um cliente
cliente de e-mail na internet
internet ou um gerenciador de e-mail disponível;
disponível;
– Atualmente existem vários gerenciadores
gerenciadores disponíveis no mercado, tais como: Microso Outlook, Mozila Thunderbird, Opera Mail,
Gmail, etc.;
– O Microso outlook é talvez o mais conhecido gerenciador de e-mail, dentro deste
deste contexto
contexto vamos usá-lo
usá-lo como exemplo nos tópicos
adiante, lembrando que todos funcionam de formas bastante parecidas.
• Anexação de arquivos
Uma função adicional quando criamos mensagens é de anexar um documento à mensagem, enviando assim juntamente com o texto.
18
INFORMÁTICA
Computação de nuvem (Cloud Compung) • Armazenamento de dados da nuvem (Cloud Storage)
19
INFORMÁTICA
3. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) Há vários pos de pe - 9. (CESPE – PEFOCE) Entre os sistemas operacionais Windows
riféricos ulizados em um computador, como os periféricos de saída 7, Windows Vista e Windows XP, apenas este úlmo não possui ver-
e os de entrada. Dessa forma, assinale a alternava que apresenta são para processadores de 64 bits.
um exemplo de periférico somente de entrada. CERTO
(A) Monitor ERRADO
(B) Impressora
(C) Caixa de som 10. (CPCON – PREF, PORTALEGRE) Existem muitas versões do
(D) Headphone Microso Windows disponíveis para os usuários. No entanto, não é
(E) Mouse uma versão ocial do Microso Windows
(A) Windows 7
4. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado- (B) Windows 10
res, Internet, os serviços
ser viços de comunicação e informação são disponi- (C) Windows 8.1
bilizados por meio
URL (Uniform de endereços
Resource ).eUm
Locator ).
links com formatos
exemplo padronizados
padronizad
de formato os-
de ende (D) Windows Server
(E) Windows 9 2012
reço válido na Internet é:
(A) hp:@site.com.br 11. (MOURA MELO – CAJAMAR) É uma versão inexistente do
(B) HTML:site.estado.gov Windows:
(C) html://www
html://www.mundo.com
.mundo.com (A) Windows Gold.
(D) hps://meusite.org.br (B) Windows 8.
(E) www
www.#social.*site.com
.#social.*site.com (C) Windows 7.
(D) Windows XP.
5. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido-
res e armazenamento comparlhados, com soware disponível e 12. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e
localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe-
presencial, chamamos esse serviço de: cuta?
(A) Computação On-Line. (A) Capturar qualquer item da área de trabalho.
(B) Computação na nuvem. (B) Capturar uma imagem a parr de um scanner.
(C) Computação em Tempo Real. (C) Capturar uma janela inteira
(D) Computação em Block Time. (D) Capturar uma seção retangular da tela.
(E) Computação Visual (E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou
uma caneta eletrônica
6. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos
de ulização de tecnologias, ferramentas,
ferramentas, aplicavos e procedimen- 13. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8,
tos associados à Internet, julgue o próximo item. assinale a alternava INCORRETA:
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter- (A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos
net para diversas nalidades, ainda não é possível extrair apenas o pela Microso.
áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no (B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa-
Youtube (hp://www.youtube.com). ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem -
( ) Certo pre visível ao usuário.
( ) Errado (C) É possível executar aplicavos desenvolvidos para Windows
7 dentro do Windows 8.
7. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na ulização de um browser, a (D) O Windows 8 possui um anvírus próprio, denominado
execução de JavaScripts ou de programas Java hoss pode provocar
execução Kapersky.
danos ao computador do usuário. (E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado-
( ) Certo res x86 e 64 bits.
( ) Errado
14. (CESPE BANCO DA AMAZÔNIA) O Linux, um sistema mul -
8. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico
Técnico recebe um e-mail tarefa e mulusuário, é disponível em várias distribuições, entre as
com arquivo anexo em seu computador e o anvírus acusa existên- quais, Debian, Ubuntu, Mandriva e Fedora.
cia de vírus. ( ) Certo
Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser ( ) Errado
adotado no exemplo acima.
(A) Abrir o e-mail para vericar o conteúdo, antes de enviá-lo 15. (FCC – DNOCS) - O comando Linux que lista o conteúdo de
ao administrador de rede. um diretório, arquivos ou subdiretórios é o
(B) Executar o arquivo anexo, com o objevo de vericar o po (A) init 0.
de vírus. (B) init 6.
(C) Apagar o e-mail, sem abri-lo. (C) exit
(D) Armazenar o e-mail na área de backup, para ns de moni- (D) ls.
toramento. (E) cd.
(E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a
analisá-lo posteriormente. 16. (SOLUÇÃO) O Linux faz disnção de letras maiúsculas ou
minúsculas
CERTO
ERRADO
20
INFORMÁTICA
17. (CESP -UERN) Na suíte Microso Oce, o aplicavo 12 B
(A) Excel é desnado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô
nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção 13 D
de textos organizados por linhas e colunas idencadas por nú- 14 CERTO
meros e letras.
(B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração 15 D
e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT. 16 CERTO
(C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é
17 A
úl na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos
que o Excel. 18 D
(D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa - 19 CERTO
gens de correio eletrônico.
(E) Outlook é ulizado, por usuários cadastrados, para o envio 20 CERTO
e recebimento de páginas web.
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CERTO _________________________ _____________________________
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ERRADO
20. (CESPE – CAIXA) O PowerP
PowerPoint
oint permite adicionar efeitos so - _________________________
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noros à apresentação em elaboração.
CERTO ______________________________________________________
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ERRADO
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GABARITO
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1 C ______________________________________________________
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2 E ______________________________________________________
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3 E
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4 D
5 B ______________________________________________________
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6 ERRADO ______________________________________________________
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7 CERTO ______________________________________________________
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8 C
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9 CERTO
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10 D
11 A _____________
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21
INFORMÁTICA
ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES
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22
ÚLTIMA PROVA COMENTADA
III - O comportamento da narradora-personagem
narradora-personagem é meio aluci-
aluci-
PORTUGUÊS nado, em uma posição defensiva, esquiva-se do problema e revela
sua convicção de não ajudar, por ser inacessível às pessoas caren-
caren -
Eu faço não com a cabeça tes.
(1) O homem se aproxima.......ponto de ônibus. Tem um papel Quais armavas estão corretas?
na mão, lista, receita, não sei. Fala coisas que não entendo. (A) Apenas I e II.
(2) Evito olhar o papel, evito olhar para ele, querendo afastá- (B) Apenas I e III.
-lo com meu desinteresse. Quando percebo que quer dinheiro faço (C) Apenas II e III.
que não com a cabeça. E connuo fazendo não até que ele se afasta. (D) I, II e III.
(3) Moça, chama-me o chão. Não é o chão, é uma pessoa aco -
corada junto ....... parede. Estou com pressa, respondo sem falar.
falar. 2. Em:
(4) Não quero que limpem meu vidro. Não_________de cane- “-Moça?...
- Não posso(1) a senhorapodia...(2)
tas esferográcas.
esferográcas. Não vou comprar loteria hoje, o bilhete caído não
é um apelo da sorte,
s orte, é uma malha a mais que chega.......vasta
chega.......vasta rede. - ...(3) dizer onde ca a “Praça XV”?”
(5) O umbigo ainda pendente, o bebê mole no calor, largado Acerca da pontuação do trecho acima, informe se é verdadeiro
no colo da mãe, ao nível dos meus pés. Se eu comprar uma lata de (V) ou falso (F) o que se arma e, em seguida, assinale a alternava
leite em pó ela não terá água ltrada, não terá mamadeira, não terá que apresenta a sequência correta de cima para baixo:
nada para usar o leite. Então não compro. ( ) As recências no primeiro caso, sugerem que o falante está
(6) Traço a cidade na reta dos meus passos, na fuga a tantas inseguro, mido.
mãos. Mas é dicil andar neste Páo dos Milagres, porque me falta ( ) As recências no segundo caso, indicam que a fala da pessoa
uma perna. E é dicil_________, porque me falta um olho. No Páo foi bruscamente interrompida pela da narradora-per
narradora-personagem.
sonagem.
da Cidade só quero descansar de tudo o que me falta. [...] ( ) A s recências no terceiro caso,
caso, indicam que houve uma pau-
pau-
(7) Vou e u .......corredor das ruas. sa na fala que havia sido interrompida.
(8) Boa noite, sorrio para o porteiro da boate que me abre a ( ) Depois de “posso” deveria ser usado dois pontos ou ponto
porta. de exclamação.
(9) Obrigada, sorrio para o chofer do táxi que me leva. ( ) A ausência do sinais de pontuação depois de “posso”
“posso”,, indica
(10) Até amanhã, despeço-me do maítre que me serviu o jantar jantar.. que uma das falas seguiu-se instantanea
instantaneamente
mente a outra.
(11) Eu tão genl. (A) V, F, V, V, F. -
(12) - Moça?... a senhora podia... (B) F, V, F, F, F.
(13) - Não posso (C) V ,V ,F ,F ,V .
(14) -... dizer onde ca a “Praça XV”? (D) F, F, V, V, V.
(15) As mulheres, todos sabem, alugam criancinhas para pedir
esmolas na rua. Então não dou esmola para as mulheres, que es- 3. Acerca da acentuação gráca das palavras, informe se é ver
ver--
pancarão os meninos porque nada ganharam. dadeiro (V) ou falso (F) o que se arma, e em seguida, assinale a
(16) E as criancinhas, todos dizem, são pivetes em potencial. alternava que apresenta a sequência correta de cima para baixo:
Então não dou esmolas, para que prossigam. ( ) A mesma regra de acentuação que serve para “pé(s)” serve
(17) O cego vende lixas de unhas que não compro porque corto também para “até”.
com tesouras. E agulhas de costura, que não compro porque não ( ) A palavra “caído”
“caído” recebe acento agudo no “i” por não formar
são da marca que me agrada. Ou não vende nada, e não dou dinhei- ditongo com a vogal anterior.
ro, porque todo dia passo por ele e se eu der dinheiro todo dia não ( ) “Ônibus” e “esferográcas” recebem acento por obedece-
obedece-
há dinheiro que chegue. rem à mesma norma gramacal.
(18) Alô? Aqui é do Orfanato
Orfanato,, será que a senhora podería... ( ) A palavra “dicil” é acentuada por ser uma paroxítona ter-
ter -
(19) Alô? Aqui é do Asilo, quem sabe, a senhora’ minada em “l”. “Ardil” e “perl” deveriam estar acentuadas pela
podería... mesma razão,
(20)viajando.
me está Não posso. Não
Aqui estou.
não moraFecha a porta.
ninguém com Não
esseatende. Mada-
nome. Não viu (A) F,
(B) F, V,
F, F,
V,V.
F.
o aviso na porta? Cuidado com o cão. Fale com o porteiro. Deixe (C) V, V, F, F.
recado. Passe outro dia. (D) V, F, V, V.
(21) O homem vem a mim no ponto de ônibus. Desvio o Olhar
que não estou com medo. Ele me olha e pede, sabendo que não vou 4. Sobre a forma verbal em destaque na oração “connuo a
dar. E eu faço não com a cabeça. E eu o odeio por me levar a fazer fazer não até que ele se afasta” (2º parágrafo):
não. E não. Faço não. Não. Com a cabeça. I - O primeiro verbo é auxiliar.
(Marina Colosan, A cosa das palavras. Coleção Para
Para gostar de II - A forma verbal confere uma ideia de ação durava.
lei. São Paulo, Aca, 2002.) III - Poderia ser substuída pela forma simples “farei”.
“farei”.
Quais armavas estão corretas?
1. Analise as armavas referentes
referentes ao texto: (A) Apenas I e II.
I - O texto é uma denúncia contra a exclusão social a que estão (B) Apenas I e III.
submedos milhões de brasileiros. (C) Apenas II e III.
II - O texto crica a insensibilidade de pessoas que se fecham (D) I, II e III.
em um individualismo egoísta e recusam-se a contribuir para mino-
mino-
rar o sofrimento das pessoas míseras.
ÚLTIMA PROVA COMENTADA
5. Analise as armavas referente
referente aos verbos rerados do texto
e, em seguida, assinale a alternava incorreta: GABARITO COMENTADO
(A) “querendo” (2o parágrafo)
parágrafo) está no gerúndio e é irregular no
presente do subjunvo. 1 A
(B) “respondo” (3o parágrafo) está no presente do indicavo e
admite voz passiva. 2 C
(C) “chegue” (17° parágrafo)
parágrafo) está no presente do subjunvo e é 3 B
um verbo que indica movimento.
4 ANULADA
(D) “há” (17° parágrafo) está no presente do indicavo
indicavo,, o verbo
haver quando pessoal, não se usa na 2a pessoa do singular do 5 ANULADA
imperavo negavo. 6 C
6. Analise os trechos rerados do texto e as armações sobre 7 C
cada um e, em seguida, assinale a alternava que contém arma-
arma- 8 C
ção incorreta: 9 A
(A) “Quando
“Quando percebo
percebo que quer dinheiro” (2o parágrafo) o ter-
ter -
mo destacado introduz uma circunstância
circunstância de tempo e pode ser 10 D
substuído por “mal”.
(B) “Só quero descansar de tudo o que me falta.” (6º parágra-
parágra -
fo). O vocábulo “o” é pronome demonstravo e exerce a fun- fun - 1. Nota-se ao longo do texto a insensibilidade da narradora,
ção sintáca de adjunto adnominal. rearmando preconceitos estabelecidos pela sociedade e sua visão
(C) “Não quero que
que limpem
limpem meu vidro.” (4o parágrafo). O vocá-
vocá - bem estabelecida da exclusão social narrada nas situações apresen-
apresen-
bulo “que” é uma conjunção integrante, está introduzindo uma tadas. Por isso, alternava A.
oração subordinada substanva subjeva.
(D) “Fala coisas que
que não entendo.” (Io parágrafo). O vocábulo 2. É importante o estudo da pontuação para conseguirmos re-
“que” é um pronome relavo exercendo a função sintáca de rar dos textos seus sendos e, no trecho apresentado, vemos as
objeto direto. recências servindo não apenas de marca de pontuação, mas como
marca de eslo que ajuda a estabelecer bem a situação de diálogo
7. Assinale a alternava que idenca corretamente a relação transcrita. A leitura pausada e a intepretação práca do uso das re-
re -
de sendo estabelecida pelos elementos coesivos destacados nos cências na situação apresentada nos leva a concluir a alternava
trechos rerados do texto: C como a correta.
(A) “porque
“porque me
me falta uma perna” (6° parágraf
parágrafo)
o) = explicaç
explicação.
ão.
(B) “para
“para que prossigam”
que prossigam” (16° parágrafo) = causa. 3. Alternava B é a correta. O primeiro caso é falso, pois pés diz
(C) “e
“e não dou dinheiro” (17° parágrafo)
parágrafo) = oposição. respeito a um monossílabo tônico, enquanto até é uma terminada
(D) “porque
“porque todo
todo dia passo por ele” (17° parágrafo) = nalida-
nalida - em vogal “e”; no segundo, em caído temos o caso de um hiato, por
de. isso a acentuação; no terceiro as duas palavra
palavrass são proparox
proparoxítonas;
ítonas;
por m, enquanto “dicil” é uma paroxítona, as outras duas são
8. Assinale a alternava que preenche corretamente as lacunas oxítonas terminada em “l”.
de linha connua no texto:
(A) pressiso - enchergar - njindo. 4. QUESTÃO ANULADA
(B) precizo - enchergar - njindo.
(C) preciso - enxergar - ngindo. 5. QUESTÃO ANULADA
(D) pressizo - enxergar - ngindo.
6. Lembrando que Oração Subordinada Substanva Subjeva é
9. Obedecendo a norma gramacal quanto à regência verbal e aquela que exerce a função de sujeito da oração principal, temos
nominal, assinale a alternava que preenche corretamente as lacu-
lacu- “Não quero”: oração principal
principal / “que limpem
limpem meu vidro.”
vidro.” sujeito
nas de linha ponlhada no texto: da oração principal.
(A) no - à - à - no
(B) do - a - na – pelo 7. No trecho em questão há a ideia de que, mesmo sem vender
(C) ao - da - até o – ao nada o narrador não dá dinheiro, gerando o tom de oposição.
(D) até o - à - sob - pelo.
8. Aqui é requirida atenção a escrita correta das palavras, sendo
10. Assinale a alternava que caracteriz
caracterizaa corretamente o texto: a alternava C a única com todos os itens corretamente grafados.
grafados.
(A) É do gênero textual argumentavo,
argumentavo, a narradora fundamen-
fundamen-
ta seu ponto de vista. 9. Importante atentar à construção das frases em questão, or-
or -
(B) É do gênero textual editorial que tem a nalidade de per-
per- ganizando corretamente os conecvos listados. Uma dica é ler em
suadir o leitor. voz alta, pois nosso conhecimento natural da língua falada ajuda
(C) É do gênero textual conto por apresentar uma sucessão de nesse po de percepção. Nos levando à resposta correta, A.
acontecimento, envolvendo a narradora.
(D) É do gênero textual crônica que oscila entre a literatura e
jornalismo.
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3
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