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Palestra Pré Curso de Culinária Ovo-Lacto-Vegetariana

Verso Inicial: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer


outra coisa, fazei tudo para glória de Deus .”I Co. 10:31

Abertura: Atualmente as pessoas vêm aderindo a dieta vegetariana.


Inúmeros motivos influenciam essa decisão. Como por exemplo, motivação
religiosa, anatômica e fisiológica, espiritual, ética, saúde, ecológica e
econômica.
A dieta vegetariana difere da dieta onívora em vários aspectos. Na dieta
vegetariana encontramos subdivisões Veganismo, Lacto-vegetariana, Ovo-
lacto-vegetariana, Ovo-vegetariana, Crudívora, Frugívera. Nesta palestra,
falaremos especificamente sobre a dieta Ovo-lacto-vegetariana.
Na Roma Antiga e na Grécia, o vegetarianismo foi defendido por
Pitágoras que é considerado como o pai do vegetarianismo, para ele os
homens e os animais compartilhavam a mesma alma, e seu argumento era
baseado em uma dieta sem carne, que tinha três pontas: veneração religiosa,
saúde física e responsabilidade ecológica.
Além de Pitágoras grandes filósofos defendiam o vegetarianismo, como
Aristóteles.
Alguns historiadores dizem que o primeiro a praticar essa dieta foi o
matemático e filósofo grego Pitágoras, em sua permanência no Egito. Para ele
comer carne “interferia no alcance da pura contemplação”.

Desenvolvimento: Ecologia, saúde e preocupação com os animais


foram uns dos argumentos responsáveis pela retomada do vegetarianismo,
ocorridos na década de 70. A ecologia refere-se à quantidade de pastagem de
gado e que deveriam ser aproveitados para o plantio. A saúde é almejada
através de uma alimentação saudável, procurando se basear na ciência. Muitas
pessoas aderem ao vegetarianismo, por uma questão ética, com a
preocupação com a fome mundial, em conservar energia e em preservar a
terra.
Ellen White recebeu a visão sobre a reforma, necessária que tinha que
ser feita, na saúde em 6 de junho de 1863: “Foi na casa do irmão A. Hilliard,
em Otsego, Michigan, no dia 6 de junho de 1863, que o grande assunto
da Reforma da Saúde foi exposto perante mim em visão. ” — The Review and
Herald, 8 de outubro de 1867.
A primeira apresentação escrita da Sra. White sobre o assunto da
saúde, se encontra no Spiritual Gifts 4:120-151 (1864) num capítulo intitulado
“Saúde. Nesse artigo ela expõe de forma resumida os grandes princípios
apresentados na visão de 1863 e escreve o seguinte sobre a alimentação
cárnea: Deus deu a nossos primeiros pais a comida que ele planejou que a
raça deveria comer. Era contrário a seu plano tirar a vida de qualquer
criatura. Não deveria haver morte no Éden. Os frutos das árvores do jardim,
era o necessário para o homem se alimentar… Deus deu permissão ao homem
para comer alimento animal depois do dilúvio. Cada coisa da superfície
necessária para a subsistência humana tinha sido destruída, e, portanto, o
Senhor vendo a necessidade deu a Noé a permissão para comer dos
animais limpos que ele levara consigo na arca. Mas alimentos de origem
animal não eram o artigo mais saudável para a alimentação do
homem. {Spiritual Gifts 4a: 120,3} Outra declaração interessante é a de
que: Muitos morrem de doenças causadas inteiramente pelo consumo de
carne, mas o mundo não parece ser sábio sobre isto*. {4aSG 147.1} *Tradução
livre.
A mesa de muitas professas cristãs é dia a dia posta com uma variedade
de pratos que irritam o estômago e produzem um estado febril no
organismo. Comidas de carneconstituem o principal artigo de alimentação na
mesa de algumas famílias, até que seu sangue fica cheio de humores
cancerosos e escrofulosos. Seu corpo compõe-se daquilo que eles ingerem.
Mas ao sobrevir-lhes sofrimento e doença, isto é considerado aflição vinda da
Providência. — Testimonies for the Church 3:563 (1875).
Se a carne for abandonada, se o gosto não for estimulado nessa
direção, se a apreciação por frutas e cereais for encorajada, logo será como
Deus no início desejou que fosse. Nenhuma carne será usada por Seu
povo. — Carta 3, 1884. {CRA 82.2}
O uso comum de carne de animais mortos tem tido influência
deteriorante sobre a moral, bem como na constituição física. A má saúde,
em uma variedade de formas, caso fosse rastreada até à causa, mostraria o
seguro resultado da alimentação cárnea. — Manuscrito 22, 1887. {CRA 383.3}
Entre os que estão aguardando a vinda do Senhor, o comer carne
será afinal abandonado; a carne deixará de fazer parte de sua alimentação.
Devemos ter sempre isto em vista, e esforçar-nos por trabalhar firmemente
nessa direção. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 119 (1890). {CRA
380.4}
O regime cárneo é a questão séria. Hão de seres humanos viver da
carne de animais mortos? A resposta, segundo a luz dada por Deus, é:
Não, decididamente Não. Manuscrito 3, 1897. {CRA 388.3}
Foi-me mostrado claramente que o povo de Deus deve assumir
atitude firme contra o comer carne. Daria Deus por trinta anos a Seu povo a
mensagem de que, se quiser ter sangue puro e mente clara precisa abandonar
o uso da carne, se Ele não quisesse que eles dessem ouvidos a essa
mensagem? Pelo uso de alimentos cárneos a natureza animal é fortalecida
e enfraquecida a espiritual. — Carta 48, 1902. {CRA 383.1}
A dieta frugívora e herbívora é a mais adequada ao homem,
comparando com as características fisiológicas e anatômicas dos animais.
De acordo com as características anatômicas e fisiológicas dos animais
herbívoros, carnívoros e frugívoros, percebe-se que estes são os que mais se
assemelham ao homem. Pois os homens não possuem dentes caninos frontais
pontiagudos, não possuem garras e transpiram por meio de milhares de poros.
A acidez de seu estômago é de 20 vezes menos concentrado do que nos
carnívoros o estômago possui duodeno como um segundo estômago, as
glândulas salivares, são bem desenvolvidas e a saliva é alcalina, a mandíbula é
curta, e ele deveria se alimentar de cereais, vegetais, frutas e nozes, possuem
profusão de ptialina para pré digerir cereais.
Alimentar-se, visa à busca pela essência de uma alma pura, pela
espiritualidade, e obtenção de saúde física estando diretamente ligado à
consciência. E certo que o corpo em estado equilibrado favorece o
desenvolvimento mental e espiritual, mas isto não quer dizer, que uma
alimentação natural não torna alguém mais espiritual.
Na dieta vegetariana deve-se acrescentar os alimentos funcionais e
orgânicos reduzir o sal levando em consideração o gênero, a idade, o peso e a
altura. A dieta deve ser balanceada procurando equilibrar os alimentos em
todas as refeições, contendo uma variedade de cores, visando atender as
necessidades nutricionais dos indivíduos e administrando as carências de
vitamina B12, ferro, proteínas, gorduras, colesterol, aminoácidos essenciais e
fibras, que de fato existem em adotar a dieta vegetariana e principalmente na
gravidez, lactação, e período de crescimento.
Atualmente existem profissionais que orientam os interessados pela
dieta vegetariana e realizam estudos sobre os benefícios da adesão da dieta.
Diversas doenças como obesidade, artrite, reumatóide, osteoporose, câncer,
diabetes, está relacionados com alimentos de origem vegetal e a resistência
dos adeptos por essa alimentação vegetariana.
A dieta vegetariana indica taxas menores de diabetes, câncer de cólon
e de mama, doenças cardiovasculares e da vesícula biliar. Porém os dados
não são suficientes para provar que a dieta onívora não é igualmente benéfica.
Soja e outros grãos integrais estão sendo substituídos, das proteínas
animais pelas vegetais, vem sendo correlacionada com redução no risco de
coronariopatias, implicando diminuição natural no consumo de gorduras
saturadas. Dentre as proteínas vegetais, a da soja vem sendo a mais estudada
e alguns resultados apontam seu efeito redutor do colesterol, especialmente
em indivíduos hipercolesterolêmicos.

Encerramento: Recentemente houve vários estudos com vegetarianos


mostrando o número considerável de benefícios comparados a um grupo
controle de não vegetarianos. Foi comprovada a menor ocorrência de doenças
cardiovasculares em vegetarianos em relação a indivíduos onívoros. Estudos
demonstram que os vegetarianos apresentam pressão arterial mais baixa
(entre 5 mmHg e 10 mmHg) que os onívoros e menor prevalência de
hipertensão arterial, mesmo quando o índice de massa corporal é similar. A
mortalidade por doença isquêmica do coração foi 24% mais baixa entre os
VEGs, comparativamente aos ONIs, sendo ainda mais baixa entre os
ovolactovegetarianos. O menor risco cardiovascular entre VEGs poderia ser
explicado, em parte, pela ocorrência de níveis mais baixos de colesterol nesses
indivíduos.
Em um estudo brasileiro realizado com vegetarianos e onívoros para
comparar as diferenças nos níveis de colesterol, concluiu-se que os níveis de
Colesterol total, Colesterol LDL e Triglicérides foram menores em indivíduos
vegetarianos. Já em relação à taxa de HDL, os números foram basicamente os
mesmos, porém a proporção entre HDL e Colesterol total foi maior entre os
indivíduos onde a carne não está incluída na alimentação.
A dieta vegetariana contém uma proporção maior de cereais integrais,
legumes e sementes que possuem um grande número de fitoquímicos e
antioxidantes que reduzem o risco de hipertensão e câncer.
The Oxford Vegetarian Study com 3.277 adultos relatou um índice 10%
menor de colesterol e uma taxa 25% menor de morte por doenças isquêmicas
do coração entre os vegetarianos em relação a onívoros. A taxa de mortalidade
por alguns tipos de câncer em vegetarianos também foi reduzida.
Além de um índice menor de ocorrência de constipação (prisão de
ventre), cálculos biliares e apendicite.
O risco elevado de câncer em populações onívoras, em comparação a
vegetarianos pode ser explicado por um maior consumo de gordura saturada e
um maior valor calórico ingerido.

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