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A alimentação dos seus

ancestrais é mais segura que


aquela margarina para o seu
coração
Dr. Rondó , Médico Nutrólogo

Olá, aqui é o Dr. Rondó

Quantas vezes você ouviu uma orientação para que você


reduza o consumo de carne vermelha?

Pois, de mim, você sempre ouvirá o contrário. Eu digo isso há


pelo menos 20 anos: coma carne vermelha!

As recomendações das diretrizes alimentares que limitam ou


proíbem o consumo de todo tipo de carne vermelha,
processada ou não, acabam de perder o sentido de uma vez
por todas.

Isso porque, no fim do ano passado, uma pesquisa realizada


por cientistas da Universidade de Dalhousie, no Canadá,
causou um alvoroço na comunidade científica.

Trata-se de um conjunto de recomendações sobre consumo de


carne vermelha e de carne processada desenvolvida com base
em cinco revisões sistemáticas que consideram todas as
questões.

Essa revisão sobre valores e preferências relacionadas à


saúde rendeu 54 artigos da Austrália, Canadá, Europa e
Estados Unidos, incluindo 41 estudos quantitativos e 13
qualitativos.

Mesmo assim, a American Heart Association, a American


Cancer Society e a Harvard School of Public Health resistem a
aceitarem o estudo.

Para o nosso encontro de hoje, reuni uma lista dos benefícios


da carne vermelha para a nossa saúde.

Mas, especialmente, quero focar em uma delas...

...as carnes carregam o segredo pré-histórico da pressão


ideal.

Nossos ancestrais ingeriam o que eram designados para


comer. Com isso, obtinham os nutrientes necessários para
manter a pressão arterial em uma faixa saudável,
principalmente por meio da alimentação com carne vermelha
— de animais que, naquela época, não eram alimentados com
ração.

Um dos principais nutrientes que eles recebiam nessa dieta,


que nós atualmente não recebemos, é a coenzima Q10
(CoQ10).

Os estudos mostram que níveis ótimos de coenzima Q10


podem reduzir a pressão arterial de 17 para 11
mmHg na pressão sistólica e de 10 para 8
mmHg na pressão diastólica.

Mais um estudo confirma isso.

Com a suplementação de apenas 120 mg / dia de CoQ10 por


oito semanas, pacientes com hipertensão arterial e doença
arterial coronariana apresentaram a
diminuição da pressão sistólica em uma média de 12 mmHg e
a pressão diastólica em uma média de 6 mmHg em
comparação com um placebo.

Todas as células de seu corpo precisam de CoQ10, essencial


para o funcionamento normal do coração, em especial, e de
todos os órgãos vitais.

Ela energiza o coração para bombear eficientemente o sangue


por todo o corpo.

Com o passar dos anos, temos ainda mais a necessidade de


CoQ10, pois nossos níveis vão caindo com o processo natural
de envelhecimento.

Nós podemos obter a CoQ10 por meio da alimentação. Por


isso, não tenha medo de ingerir carne vermelha, desde que de
animais criados a pasto.

No Brasil, 94% dos animais são criados a pasto. Fale com o


seu açougueiro e questione a qualidade da carne que você
compra.

Se você tiver pressão arterial alta, os estudos recomendam


entre 50 a 100 mg por dia de suplemento de CoQ10, de
preferência como ubiquinol (forma reduzida da CoQ10), que é
mais eficiente.

O churrasco está liberado

Voltando a uma das revisões sistemáticas, essa feita com 4


milhões de participantes e que derrotou de uma vez por todas
qualquer mito relacionado à carne, apresento alguns achados
para você se assegurar de que o churrasquinho é seguro para
o seu coração (mais do que remédios):

O remédio tão "saudável" quanto cigarros


Um remédio campeão de vendas no Brasil esconde números
assustadores. As pessoas que o utilizam têm risco 530 por
cento maior de morrer e 35 por cento a mais de ter câncer,
igual a um fumante. Tudo sobre ele, aqui.

Não há evidências de que a diminuição da ingestão de carne


vermelha possa resultar em redução de risco cardiovasculares
(doença cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do
miocárdio);
Não há evidências de que a diminuição da ingestão de carne
vermelha possa resultar em redução de risco de diabetes tipo
2; e
Não há diferenças estatisticamente significativas para
mortalidade por todas as causas e mortalidade cardiovascular.
Demonizaram a carne processada? Veja estes
resultados...
Meta-análise de 10 estudos de corte com 778.000
participantes, avaliando-se os efeitos da redução de ingestão
de carne vermelha processada, apresentou:
ausência de evidências significativas cardiometabólicas
adversa (mortalidade por todas as causas, mortalidade
cardiovascular, acidente vascular cerebral, infarto do
miocárdio); e
ausência de evidências em relação ao diabetes tipo 2.
Outros 70 estudos de corte com pouco mais de 6 milhões de
participantes não mostram riscos aumentados de incidência
cardiometabólicos e adversos de câncer (mortalidade por
câncer de próstata e incidência de câncer de mama geral,
colorretal, esofágico, gástrico, hepático,
pancreático, endometrial, oral, ovariana).
Eu espero que todos esses números sejam suficientes para
que você continue desfrutando do prazer que é comer um
churrasquinho. A melhor forma: mal passado ou ao ponto.

E aí, topa um churrasco no domingo com a família? Seu


coração agradecerá.

Eu lhe desejo dias melhores.

[VÍDEO] Emagrecer facilmente como aos 20


anos... depois dos 40?

Neste vídeo, a Dra. Denise de Carvalho ensina a derreter 8, 10


ou 20 quilos facilmente, em qualquer idade.
O segredo? Despertar o Hormônio Acelerador de
Metabolismo. Assista clicando aqui.

Referências bibliográficas:
Methods for trustworthy nutritional recommendations
NutriRECS (Nutritional Recommendations and accessible
Evidence summaries Composed of Systematic reviews): a
protocol. BMC Med Res Methodol. 2018;18:162
The philosophy of evidence-based principles and practice in
nutrition. Mayo Clin Proc Innov Qual Outcomes. 2019, 3;189-
99
Reduction of red and processed meat intake and cancer
mortality and incidence. A systematic review and meta-analysis
of cohort studies. Ann Intern Med. 1 October 2019
Patterns of red and processed meat consumption and risk for
cardiometabolic and cancer outcomes. A systematic review
and meta-analysis of cohort studies. Ann Intern Med. 1
October 2019
Effect of lower versus higher red meat intake on
cardiometabolic and cancer outcomes. A systematic review of
randomized trials. Ann Intern Med. 1 October 2019
Red and processed meat consumption and risk for all-cause
mortality and cardiometabolic outcomes. A systematic review
and meta-analysis of cohort studies. Ann Intern Med. 1
October 2019
Health-related values and preferences regarding meat
consumption. A mixed-methods systematic review. Ann Intern
Med. 1 October 2019
Red meat and health outcomes: a systematic
review. PROSPERO 2017 CRD42017074074.
The impact of residual and unmeasured confounding in
epidemiologic studies: a simulation study. Am J Epidemiol.
2007;166:646-55

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