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EMPREENDEDORISMO
Autoria
Socorro Rabelo/ Racquel Valério
Expediente
Reitor: Ficha Técnica
Prof. Cláudio Ferreira Bastos Autoria:
Maria Antônia do Socorro Rabelo Araújo /
Pró-Reitor Administrativo Financeiro: Racquel Valério Martins
Prof. Rafael Rabelo Bastos Supervisão de Produção Nead:
Pró-Reitor de Relações Institucionais: Francisco Cleuson do Nascimetno Alves
Prof. Cláudio Rabelo Bastos Designer instrucional:
Pró-Reitora Acadêmica: João Paulo S. Correia
Profa. Flávia Alves de Almeida Projeto gráfico e diagramação:
Francisco Cleuson do N. Alves /
Diretor de operações:
Capa e tratamento de imagens:
Prof. José Pereira de Oliveira Francisco Erbínio Alves Rodrigues
Coordenação Nead: Revisão textual:
Profa. Luciana Rodrigues Ramos João Paulo S. Correia
Ficha Catalográfica
Catalogação na Publicação
Biblioteca Centro Universitário Ateneu
108 p.
ISBN: 978-85-64026-43-8
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente,
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extensão do que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser dirigidos à Reitoria.
Seja bem-vindo!
Caro estudante, é com grande satisfação que apresento o material didático
da disciplina Empreendedorismo. Ao ler e estudar por esse material, você terá con-
dições de responder às atividades no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
1. O QUE É EMPREENDEDORISMO?.............................................................................10
1.1. O que é o empreendedor? .........................................................................................15
1.2. Ameaças e oportunidades – Como identificá-las junto ao seu negócio .....................21
3. ESTRATÉGIA CORPORATIVA.....................................................................................24
Referências .......................................................................................................................41
UNIDADE 02
Referências .......................................................................................................................64
UNIDADE 03
Referências .......................................................................................................................85
UNIDADE 04
Referências .....................................................................................................................105
Uni
Bons estudos!
EMPREENDEDORISMO 9
• Conceituar empreendedorismo e empreendedor;
• Reconhecer o objeto de estudo do empreendedorismo;
• Compreender a divisão do mercado;
• Idealizar a criação de um negócio.
1. O QUE É EMPREENDEDORISMO?
A palavra empreendedorismo tem origem no termo francês entrepreneur-
ship, que designa uma grande área de abrangência e trata de outros temas além
da criação de empresas. O empreendedorismo pode ser entendido como “um fenô-
meno cultural, expressão dos hábitos, práticas e valores das pessoas”.
Fonte: <http://bizstart.com.br/>.
1. Ter um negócio inovador é fazer algo excepcional! É fazer o que ninguém fez ainda!
Quais características das pessoas empreendedoras você optaria para administrar
o seu próprio negócio?
EMPREENDEDORISMO 11
Geralmente, as pessoas relacionam a palavra empreendedorismo a uma
empresa ou ao dono de uma. Mas, na verdade, esse termo diz respeito muito mais
à realização de sonhos e à vontade de explorar oportunidades que surgem
diante de nós. É um estado de espírito vibrante. Faz-se necessário esclarecer que
o seu objeto de estudo não é a empresa, mas sim o empreendedor, podendo
abranger as seguintes dimensões: criador de empresas, autônomo, intraempreen-
dedor, empreendedor comunitário e gestor de políticas públicas.
Para que você compreenda cada uma dessas dimensões, elas serão expli-
cadas, a seguir, de forma individualizada.
Figura 02: A criação de empresas.
Organização:
• A equipe;
• Estratégias de negócio
e funcionais;
• Estratégias de entrada em Características individuais:
Ambiente: novos produtos/mercados. Sociológicas
• Disponibilidade de capital • Percepções de desejabilidade;
de risco e outros recursos • Percepções de viabilidade;
financeiros; • Pais empreendedores;
• Presença de empreende- • Redes relacionais e contatos.
dores experientes;
• Qualidade da força de Pessoais
Criação de • Necessidade de atingir,
trabalho;
nova empresa de fazer;
• Acessibilidade aos forne-
cedores e clientes; • Necessidade de controlar;
• Proximidade a instituições • Propensão para assumir
de ensino e I&D; o risco;
• Disponibilidade de espaço • Conhecimento;
ou instalações; • Experiência;
• Acessibilidade a transportes; Restrições ambientais: • Reputação.
• Cultura da população; • Influência governamental
• Infraestruturas e serviços e legislação; Demográficas
de apoio. • Rivalidade entre competidores • Idade;
já instalados; • Gênero;
• Pressão dos produtos • Educação.
substitutos;
• Poder negocial dos clientes;
• Poder negocial dos
fornecedores.
Fonte: http://goo.gl/ze32z0
Uma boa ideia é você buscar desenvolver sua criatividade naquilo que faz
de melhor. É muito importante fazer sua autoavaliação. Pense no que você tem
prazer em realizar, algo que gosta e que tem competência para fazê-lo.
Políticas
públicas
políticas públicas
Alternativas de
Políticas Políticas de
regulatórias estímulo
Fonte: <http://goo.gl/uLQCyq>.
14 EMPREENDEDORISMO
Mudanças demográficas: movimentos migratórios, idade etc. Mudanças
sociais: consciência ambiental, nível de educação etc. Mudanças econômicas:
estabilidade macroeconômica, relações comerciais com outros países etc. Mu-
danças regulatórias: oportunidades advindas em mudanças de regulação em
setores específicos, incluindo regulações definidas em contextos multilaterais.
Mudanças tecnológicas: emergência de novas tecnologias. Esses condicionan-
tes afetam o desenvolvimento de políticas públicas de empreendedorismo e de
MPMEs. Essas políticas podem ser classificadas como políticas regulatórias e
políticas de estímulo.
Fonte: <http://goo.gl/QODqVP>.
Como o empreendedor tem sempre bem definido o que quer, mais fácil
é para ele o processo de preparar-se adequadamente, bem como aproveitar as
oportunidades que lhe surgem.
Para o empreendedor, o novo dia que começa não é “parte de uma rotina
torturante a ser empurrada com a barriga”, e sim uma etapa a vencer, um degrau
a subir rumo à realização dos seus sonhos. É aí, na visão estratégica de longo
prazo, que reside não o único, mas certamente o maior diferencial entre a visão
empreendedora e o “lugar-comum”.
EMPREENDEDORISMO 17
Enquanto muitos deixam os seus sonhos reféns das dificuldades do mo-
mento atual (às vezes até perdendo a capacidade de sonhar), o empreendedor
procura agir sobre a realidade presente a fim de transformá-la ou adequá-la a
serviço do seu futuro ou dos seus objetivos.
Aprender nunca é demais. É assim que, quem não sabe, descobre como se faz.
UM PAÍS DE EMPREENDEDORES
O brasileiro é empreendedor, mas tem que se preparar melhor. Uma pes-
quisa internacional sobre empreendedorismo, que entrevistou 43.000 pessoas em
21 países durante o ano de 2000, chegou à conclusão de que o Brasil é o país que
apresenta a maior porcentagem de empreendedores.
Eis o resultado: para cada oito brasileiros em idade adulta, um está abrindo
ou pensando em abrir um negócio.
Nos Estados Unidos (2º), a proporção é de 10 para um. Na Austrália (3º),
são 12 para um. (Revista Exame, edição 734 de 21 de fevereiro de 2001, p. 18)
O mesmo levantamento mostra que, apesar do grande número de empre-
endedores, a oportunidade de criar e manter um negócio por mais de três anos no
Brasil é relativamente baixa.
Em um outro estudo, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(SEBRAE) constatou que, de cada 100 empresas abertas no país, 71 não duram
mais que cinco anos. Os dados do SEBRAE não são nada animadores: 32% das
micro e pequenas empresas abertas no Brasil fecham suas portas já no primeiro
ano de vida; 44% não sobrevivem ao segundo; 56% desaparecem no terceiro ano
de vida, e mesmo a taxa de mortalidade caindo um pouco no quarto ano de vida,
volta a subir no quinto ano, chegando a morrer 71% das empresas, como foi dito
EMPREENDEDORISMO 19
anteriormente (Pesquisa do SEBRAE-SP).
Pouca informação – eis o problema. Essa pesquisa mostrou também que,
ao contrário do que muita gente pensa, o que leva uma empresa ao fechamento
não são os impostos ou a necessidade de crédito, mas principalmente a falta de
preparo, informação, planejamento e conhecimento específico sobre o negócio.
Fonte: Pesquisa SEBRAE-SP apud Programa Brasil Empreendedor. FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO e SEBRAE Nacional. 3. Ed.
Fonte: <http://goo.gl/hsKalH>.
Estratégia é uma diferença que faz a diferença. Isto é, algo que faz o cliente
escolher você e não o outro. Pode ser preço baixo ou preço alto. Pode ser serviço
sofisticado ou simples. Pode ser funcionalidade, beleza, conveniência. De acordo
com César Salim (2005), “é um plano, definido em etapas e ações conscientes e
estruturadas, para se atingir objetivos determinados”.
Bhide (2002) ressalta que “a estratégia precisa incorporar a visão que o empreendedor
tem quanto ao rumo que a empresa está tomando e não onde ela está agora”.
Portanto, uma estratégia clara e objetiva vai contribuir para que o negócio
venha a trazer para junto de si pessoas e recursos incorporados à visão que o em-
preendedor definiu como rumo do negócio atual, e até onde ele pretende chegar.
A estratégia também se torna fundamental para a tomada de decisão, definição
de políticas e normas que levarão a empresa ao seu objetivo.
3. ESTRATÉGIA CORPORATIVA
Na Administração, a palavra estratégia tem a mesma conotação e dá signi-
ficado a planejamento, competição, manipulação consciente e direcionamen-
to das ações de uma empresa para alcançar a meta estabelecida.
Forças
Interno
Fraquezas
Ambiente
Oportunidades
Externo
Ameaças
Fonte: <http://goo.gl/ORcRdi>.
1. O que as pessoas, cuja opinião você respeita, dizem que você sabe fazer bem?
2. Onde você quer chegar? E quando?
3. Como você está empenhado para chegar onde pretende?
4. Qual seria o nome de sua empresa?
• Caso necessite, busque discutir esta(s) questão(ões) com seu(sua) tutor(a) e
colega, na sala virtual.
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4.1. Persistência
Primeiro vamos aqui determinar a origem etimológica do termo. Podemos
dizer que vem do latim, mais precisamente do verbo persistere, que pode traduzir-
-se como “manter-se firme e quieto”. Persistência é, portanto, manter-se constan-
te em algo, durar por longo tempo.
A persistência está considerada como um valor muito importante para al-
cançar um objetivo ou chegar a uma meta. Esta característica ajuda a suprir a
carência de outras habilidades. A pessoa persistente seguirá tentando mesmo com
os eventuais fracassos e poderá obter algum aprendizado com cada um deles. A
persistência também está vinculada à superação de obstáculos, sem se importar
com o quão difícil eles são.
O empreendedor deve aprender com as dificuldades. Deve fazer muitas
vezes alguma coisa, aprendendo sempre e, se necessário, modificando a abor-
dagem em direção a um objetivo. É diferente de teimosia: fazer sempre a mesma
coisa e esperar um resultado diferente.
28 EMPREENDEDORISMO
O empreendedor tem atitudes de alguém que não desiste, pois segue sempre
rumo aos objetivos sem pensar em dificuldades ou fracassos anteriores. Devemos,
portanto, levar em conta que são as oportunidades de recomeçar que nos permitem
escolher outros caminhos e novos fins.
O fracasso é a única oportunidade para um recomeço mais inteligente. (Henry
Ford)
Quem nunca cometeu um erro nunca tentou nada novo. (Albert Einstein)
Fonte: <https://goo.gl/3sC0wu>.
Liderar é a arte de educar pelo exemplo, orientar sempre que preciso e sem
precisar ser solicitado. O líder, de forma eficaz, formula a melhor pergunta e acata
a inexperiência do outro como um desafio acolhedor de aprendizado e troca. Ele se
mantém em movimento e canaliza soluções e decisões para aqueles que estão à sua
volta. Enfim, ser líder é estimular as pessoas a persistirem em contribuir com o seu
melhor diante dos cenários atuais de desafios, riscos e incertezas.
30 EMPREENDEDORISMO
O fenômeno da liderança encontra-se em constante processo de evolução
e transformação, incorporando novos valores, características e níveis de exigência
em relação àqueles que assumem importante papel nas organizações.
Hoje é inegável que gerir o capital humano tornou-se crucial para os pro-
cessos de eficácia organizacional. Em épocas de incerteza, onde o conhecimento
predomina, já não prevalece o ditado popular “líder é pago para pensar e liderado
para executar”.
Como líder, você precisará de seus liderados para atingir metas e vice-ver-
sa. Portanto, somente existe liderança quando há liderados que seguem o líder
como exemplo ou aceitam sua influência por algum motivo.
EMPREENDEDORISMO 33
Por meio do processo de influência é que as lideranças podem inspirar
comprometimento. Isso surge ao despertar a identificação entre interesses, ne-
cessidades, valores e aspirações do empreendedor e de todos os seus liderados.
Sendo assim, se você quiser desenvolver suas competências como líder, deve
entender as motivações das pessoas que pretende liderar.
Você, como empreendedor, precisa estar antenado com o mundo para que
tenha a possibilidade de desenvolver produtos e serviços inovadores. E como po-
derá fazer isso?
Consideremos uma meta como aquilo que a pessoa se esforça para con-
seguir.
A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser
vivida olhando-se para frente. (Soren Kierkegaard – filósofo dinamarquês)
4.9. Persuasão
Uma das características mais marcantes no empreendedor é fazer as coisas
acontecerem, pois ele é dotado de maior sensibilidade para os negócios e as oportu-
nidades. Seu poder de persuasão é maior que o das demais pessoas consideradas
céticas diante de novos desafios. O poder de persuasão está ligado a uma alta
capacidade de convencer, ou seja, de induzir alguém a tomar certo tipo de atitude.
O empreendedor de sucesso leva as pessoas a acreditarem nele. Boa co-
municação, magnetismo pessoal e capacidade de convencimento são seus
pontos fortes. Com isso, podemos afirmar que persuasão é uma poderosa estra-
tégia de comunicação que consiste, por meio da utilização de recursos lógicos,
racionais ou simbólicos, induzir algo ou alguém a acatar uma ideia, apresentar uma
nova atitude e ou mesmo partir para uma nova ação.
38 EMPREENDEDORISMO
Com a autoconfiança que o empreendedor tem ao traçar objetivos e metas
para o seu negócio, ele pode enfrentar desafios que existem ao seu redor e ter do-
mínio sobre os problemas ou questionamentos que venham a aparecer, utilizando
a persuasão de maneira pacífica por meio da argumentação e lógica dos fatos.
A persuasão, quando utilizada pelo viés da emoção, no aspecto comercial,
também poderá ser empregada por meio da propaganda e da publicidade, comple-
mentando o método já anteriormente citado vinculado à razão.
4.10. Autoconfiança
Você precisa fazer aquilo que acredita lhe fazer bem, mesmo que os outros
critiquem. Esteja disposto a correr riscos e faça um esforço extra para conseguir
coisas melhores, mas admita e aprenda com seus erros. Assim estará exercitando
sua autoconfiança.
40 EMPREENDEDORISMO
REFERÊNCIAS
EMPREENDEDORISMO 41
42 EMPREENDEDORISMO
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