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Banco do Brasil
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NV-011JH-21
Cód.: 7908428800802
Obra Produção Editorial
Banco do Brasil
Carolina Gomes
Josiane Inácio
Organização
Arthur de Carvalho
Autores
Roberth Kairo
LÍNGUA PORTUGUESA • Monalisa Costa, Ana Cátia Collares e Saula Isabela Diniz
Giselli Neves
Capa
Projeto Gráfico
ISBN 978-65-87525-23-5
Edição:
Junho/2021
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LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................................................13
COMPREENSÃO DE TEXTOS.............................................................................................................. 13
ORTOGRAFIA OFICIAL........................................................................................................................ 16
REDAÇÃO............................................................................................................................................. 59
LÍNGUA INGLESA................................................................................................................89
CONHECIMENTO DE UM VOCABULÁRIO FUNDAMENTAL PARA A COMPREENSÃO
DE TEXTOS........................................................................................................................................... 89
MATEMÁTICA.................................................................................................................... 123
NÚMEROS INTEIROS, RACIONAIS, REAIS E PROBLEMAS DE CONTAGEM................................123
LÓGICA PROPOSICIONAL................................................................................................................140
NOÇÕES DE CONJUNTOS................................................................................................................146
MATRIZES..........................................................................................................................................168
DETERMINANTES.............................................................................................................................171
SISTEMAS LINEARES.......................................................................................................................174
SEQUÊNCIAS.....................................................................................................................................178
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO.........................................................................................................................187
MOBILE BANKING............................................................................................................................................188
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO.........................................................................................................................209
POLÍTICAS ECONÔMICAS................................................................................................................210
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS.........................................................................................................224
MERCADO DE CRÉDITO – OPERAÇÕES ATIVAS E GARANTIAS..................................................231
MERCADO DE CAPITAIS...................................................................................................................257
MERCADO DE CÂMBIO.....................................................................................................................267
AUTORREGULAÇÃO BANCÁRIA......................................................................................................279
LEGISLAÇÃO ANTICORRUPÇÃO.....................................................................................................289
REDES DE COMPUTADORES............................................................................................................403
SEGMENTAÇÃO DE MERCADO........................................................................................................454
TÉCNICAS DE VENDAS.....................................................................................................................460
DA PRÉ-ABORDAGEM AO PÓS-VENDAS.......................................................................................................461
LEI Nº 8.078/1990)..........................................................................................................................................477
INFERÊNCIA – ESTRATÉGIAS DE INTERPRETAÇÃO
A DEDUÇÃO
Como gemas para financiá-lo, nosso herói desa- O pensamento dedutivo parte do conhecimento
fiou valentemente todos os risos desdenhosos que geral, visando ao conhecimento particular, assim,
tentaram dissuadi-lo de seu plano. “Os olhos enga-
para a lógica dedutiva, as premissas verdadeiras não
nam” disse ele, “um ovo e não uma mesa tipificam
corretamente esse planeta inexplorado.” Então as podem gerar enunciados falsos. Resposta: Certo.
três irmãs fortes e resolutas saíram à procura de
provas, abrindo caminho, às vezes através de imen- 3. (UFPE – 2018 - Adaptada) Na temática da Lógica,
sidões tranquilas, mas amiúde através de picos e leia o texto a seguir sobre os tipos de inferência:
vales turbulentos (KLEIMAN, 2016, p. 24). A dedução e a indução são conhecidas com o nome
de inferência, isto é, concluir alguma coisa a partir
Agora, tente responder as seguintes perguntas de outra já conhecida. Sobre a indução e a dedu-
sobre o texto: ção, entende-se como inferências mediatas.
Quem é o herói de que trata o texto? (CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1996, p. 68.)
Quem são as três irmãs? Adaptado.
Qual é o planeta inexplorado?
Certamente, você não conseguiu responder nenhu- A autora acima enfatiza a singularidade dos tipos de
ma dessas questões, porém, ao descobrir o título des- inferência no âmbito da razão discursiva. Sobre isso,
se texto, sua compreensão sobre essas perguntas será observe a seguinte inferência:
afetada. O texto chama-se “A descoberta da América Sócrates é homem e mortal
por Colombo”. Agora, volte ao texto, releia-o e busque Platão é homem e mortal
responder às questões; certamente você não terá mais Aristóteles é homem e mortal
as mesmas dificuldades. Logo, todos os homens são mortais.
LÍNGUA PORTUGUESA
1. (FGV – 2019) “Quando se julga por indução e sem o O raciocínio é indutivo, porque parte de premissas
necessário conhecimento dos fatos, às vezes chega- particulares para outras mais genéricas. Resposta:
-se a ser injusto até mesmo com os malfeitores”. Letra C. 15
USO DOS PORQUÊS
ORTOGRAFIA OFICIAL
É muito comum haver confusão com os usos das
As regras de ortografia são muitas e, na maioria dos formas dos porquês, pois no contexto de uso discursi-
casos, contraproducentes, tendo em vista que a lógica vo (fala) não necessitamos distinguir foneticamente.
da grafia e da acentuação das palavras, muitas vezes, é Porém, existem quatro formas de escrita dos porquês,
derivada de processos históricos de evolução da língua.
as quais se distinguem por função sintática, morfo-
Por isso, vale lembrar a dica de ouro do aluno cra-
lógica e pela sua posição no período. Veja a tirinha a
que em ortografia: leia sempre! Somente a prática de
leitura irá lhe garantir segurança no processo de gra- seguir e como são realizadas essas distinções:
fia das palavras.
Em relação à acentuação, por outro lado, a maior
parte das regras não são efêmeras, porém, são em
grande número. Neste material, iremos apresen-
tar uma forma condensada e prática de nunca mais
esquecer os acentos e os motivos pelos quais as pala-
vras são acentuadas.
Ainda sobre aspectos ortográficos da língua portu-
guesa, é importante estarmos atentos ao uso de letras Disponível em: https://bit.ly/3oIvkDs
cujos sons são semelhantes e geram confusão quanto
à escrita correta. Veja:
Os tipos de porquês:
z É com X ou CH? Empregamos X após os ditongos.
Ex.: ameixa, frouxo, trouxe. � Porque: conjunção causal ou explicativa (igual a
“pois”, “uma vez que”).
Jogava vôlei porque os amigos o chamavam.
USAMOS X: USAMOS CH:
� Porquê: substantivo abstrato com propósito de
� Depois da sílaba em, se � Depois da sílaba em, se justificar. Pode ser acompanhado de artigo, prono-
a palavra não for derivada a palavra for derivada de me, adjetivo ou numeral. Pode vir no singular e no
de palavras iniciadas por palavras iniciadas por CH: plural.
CH: enxerido, enxada encher, encharcar Ex.: Não sabia o porquê de ela ter ido embora.
� Depois de ditongo: cai- � Em palavras derivadas Ele não entendeu os porquês de tantas brigas.
xa, faixa de vocábulos que são gra-
� Depois da sílaba ini- fados com CH: recauchu- � Por que: inicia perguntas diretas ou está presen-
cial me se a palavra não tar, fechadura te no interior de perguntas indiretas, podendo
for derivada de vocábulo ser substituído por “por qual razão” ou “por qual
iniciado por CH: mexer, motivo”. Pode ser também que tenha o significado
mexilhão de “pelo qual” e suas flexões.
Ex.: Quero saber por que você não visitou seu primo.
Fonte: instagram/academiadotexto. Acesso em: 10/10/2020. Os lugares por que passei são incríveis.
z É com G ou com J? Usamos G em substantivos termi- � Por quê: aparecerá sempre no final de uma fra-
nados em: -agem; igem; -ugem. Ex.: viagem, ferrugem; se, podendo ser substituído por “por qual motivo”,
Palavras terminadas em: ágio, -égio, -ígio, -ógio, “por qual razão”.
-úgio. Ex.: sacrilégio, pedágio; Ex.: Você não me falou nada, por quê?
Verbos terminados em -ger e -gir. Ex.: proteger, fugir; Ela escutou tudo isso sem saber por quê.
Usamos J em formas verbais terminadas em -jar ou
-jer. Ex.: viajar, lisonjear;
Termos derivados do latim escritos com j.
z É com Ç ou S? Após ditongos, usamos, geralmente, EXERCÍCIO COMENTADO
Ç quando houver som de S, e escrevemos S quando
houver som de Z. Ex.: eleição; Neusa; coisa. 1. (FCC – 2012) Está correto o emprego de ambos os
z É com S ou com Z? palavras que designam nacio- elementos destacados em:
nalidade ou títulos de nobreza e terminam em -ês
e -esa devem ser grafadas com S. Ex.: norueguesa; a) Se o por quê da importância primitiva de Paraty estava
inglês; marquesa; duquesa. na sua localização estratégica, a importância de que
Palavras que designam qualidade, cuja termina- goza atualmente está na relevância histórica porque é
ção seja -ez ou -eza, são grafadas com Z: reconhecida.
Embriaguez; lucidez; acidez. b) Ninguém teria porque negar a Paraty esse duplo mereci-
mento de ser poesia e história, por que o tempo a esco-
Essas regras para correção ortográfica das pala- lheu para ser preservada e a natureza, para ser bela.
vras, em geral, apresentam muitas exceções; por isso é c) Os dissabores por que passa uma cidade turística
importante ficar atento e manter uma rotina de leitu- devem ser prevenidos e evitados pela Casa Azul, por-
ra, pois esse aprendizado é consolidado com a prática. que ela nasceu para disciplinar o turismo.
Sua capacidade ortográfica ficará melhor a partir da d) Porque teria a cidade passado por tão longos anos
leitura e da escrita de textos, por isso, recomendamos de esquecimento? Criou-se uma estrada de ferro, eis
que se mantenha atualizado e leia fontes confiáveis de porque.
informação, pois além de contribuir para seu conhe- e) Não há porquê imaginar que um esquecimento é sem-
cimento geral, sua habilidade em língua portuguesa pre deplorável; veja-se como e por quê Paraty acabou
16 também aumentará. se tornando um atraente centro turístico.
O “por que” na sentença da alternativa C está correta- Cessão
mente empregado, pois possui sentido de “pelo qual”.
O “porque” logo em seguida também está correto, pois Tem sentido de “ceder”, “repartir”.
tem função de explicar o nascimento da Casa Azul: Ex.: O governo autorizou a cessão de livros para
para disciplinar o turismo. Resposta: Letra C. as escolas.
Demais Ao encontro de
Advérbio de intensidade. Assume também a fun- Significa “ser favorável a” e “aproximar-se de”.
ção de pronome indefinido. Ex.: A opinião dos estudantes ia ao encontro das
Ex.: Gritamos demais no jogo, por isso estamos nossas. (sentido de “corresponder”)
roucos. (advérbio) Ele foi ao encontro dos amigos. (sentido de
Eu amo essa cantora, ela é demais! (advérbio) “encontrar-se com”)
Sabemos o motivo principal, os demais não foram
divulgados. (pronome indefinido) De encontro a
EM VEZ DE / AO INVÉS DE Para não errar mais, faça a seguinte operação sem-
pre que em dúvida: Mal é antônimo de Bem / Mau é
Em vez de
antônimo de Bom.
Significa “substituição”, “troca”.
Ex.: Em vez de estudar, ficou brincando com os
amigos.
CLASSE E EMPREGO DE PALAVRAS
Ao invés de
INTRODUÇÃO
Indica “algo inverso”, “oposição”.
Ex.: Ao invés de ligar o som, desligou-o.
A palavra morfologia refere-se ao estudo das for-
TRAZ / TRÁS / ATRÁS mas; por isso, o termo é usado pelos linguistas e tam-
bém pelos médicos que estudam as formas dos órgãos
Traz e suas funções.
Analogamente, para compreender bem as funções
Do verbo “trazer”, conjugado na terceira pessoa do de uma forma, seja ela uma palavra, seja um órgão,
singular. precisamos conhecer como essa forma se classifica
Ex.: Ele sempre me traz flores quando vem me ver. e como se organiza. Por isso, em língua portuguesa,
estudamos as formas das palavras na morfologia, que
Trás
organiza as classes das palavras em dez categorias.
Significa “na parte posterior” e é sempre precedi- A seguir, iremos estudar detalhadamente cada uma
do de preposição. delas e também acrescentamos um “bônus” para seus
Ex.: Ele estava por trás disso tudo desde o começo. estudos: as palavras denotativas, atualmente, muito
Ande mais depressa, senão ficará pra trás. cobradas por bancas exigentes.
Atrás ARTIGOS
z Ordinais: indicam a ordem de sucessão de uma Todas as frases colocam adequadamente os nume-
série. Ex.: foi o segundo colocado do concurso; che- rais nas frases, por extenso, e entre parênteses. Res-
gou em último/penúltimo/antepenúltimo lugar.
posta: Letra D.
z Multiplicativos: indicam o aumento proporcio-
nal de uma quantidade. Ex.: Ele ganha o triplo no SUBSTANTIVOS
novo emprego.
z Fracionários: indicam a diminuição proporcio- Os substantivos classificam os seres em geral. Uma
nal de uma quantidade. Ex.: Tomou um terço característica básica dessa classe é admitir um deter-
de vinho; o copo estava meio cheio; ele recebeu minante, artigo, pronome etc. Os substantivos flexio-
metade do pagamento. nam-se em gênero, número e grau.
A forma um pode assumir na língua a função de A classificação dos substantivos admite nove tipos
artigo indefinido ou de numeral cardinal; então, como diferentes de substantivos. São eles:
podemos reconhecer cada função? É preciso observar
o contexto em uso. z Simples: Formados a partir de um único radical.
Durante a votação, houve um deputado que se Ex.: vento, escola;
posicionou contra o projeto.
z Composto: Formados pelo processo de justaposi-
LÍNGUA PORTUGUESA
Igualdade: igual a, como, tanto quanto, tão Plural dos adjetivos compostos
quanto;
O plural dos adjetivos compostos segue as seguin-
Superioridade: mais do que; tes regras:
Inferioridade: menos do que.
z Invariável: adjetivos compostos como azul-mari-
Ex.: Somos tão complexos quanto simplórios
nho, azul-celeste, azul-ferrete; locuções formadas
(comparativo de igualdade);
de cor + de + substantivo, como em cor-de-rosa,
O amor é mais suficiente do que o dinheiro cor-de-cáqui; adjetivo + substantivo, como tape-
(comparativo de superioridade); tes azul-turquesa, camisas amarelo-ouro.
Homens são menos engajados do que mulhe-
res (comparativo de inferioridade). z Varia o último elemento: 1º elemento é palavra
invariável, como em mal-educados, recém-forma-
dos; adjetivo + adjetivo, como em lençóis verde-
z Grau superlativo: em relação ao grau superlati- -claros, cabelos castanho-escuros.
vo, é importante considerar que o valor semântico
desse grau apresenta variações, podendo indicar: Adjetivos Pátrios
Característica de um ser elevada ao último Os adjetivos pátrios também são conhecidos como
grau: Superlativo absoluto, que pode ser analí- gentílicos e designam a naturalidade ou nacionalidade
tico (associado ao advérbio) ou sintético (asso- dos seres.
ciação de prefixo ou sufixo ao adjetivo); O sufixo -ense, geralmente, designa a origem de
um ser relacionada a um estado brasileiro. Ex.: ama-
Característica de um ser relacionada com zonense, fluminense, cearense.
outros indivíduos da mesma classe: Superla- Uma outra curiosidade sobre os adjetivos pátrios diz
tivo relativo, que pode ser de superioridade (O respeito ao adjetivo brasileiro, formado com o sufixo
mais) ou de inferioridade (O menos) -eiro, costumeiramente usado para designar profissões.
Ex.: O candidato é muito humilde (Superlativo O gentílico que designa nossa nacionalidade teve
absoluto analítico). origem com as pessoas que comercializavam o pau-
O candidato é humílimo (Superlativo absoluto -brasil, esse ofício dava-lhes a alcunha de “brasileiros”,
22 sintético). termo que passou a indicar os nascidos em nosso país.
Veja abaixo alguns deles:
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (FGV – 2017) Há, em língua portuguesa, um grupo de adjetivos chamados “adjetivos de relação”, que possuem marcas
diferentes de outros adjetivos, como a de não poder ser empregado antes do substantivo a que se refere, nem receber
grau superlativo. Assinale a opção que indica o adjetivo do texto que não está incluído nessa categoria:
a) Herói nacional.
b) Guerra mundial.
c) Diferença social.
LÍNGUA PORTUGUESA
d) Povo cordial.
e) Traço cultural.
Como vimos, uma outra característica dos adjetivos de relação é a objetividade. Esses adjetivos não denotam
questões subjetivas, tal qual o adjetivo “cordial”, na letra D, a única sem adjetivo de relação. Resposta: Letra D
ADVÉRBIOS
Advérbios são palavras invariáveis que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Em alguns
casos, os advérbios também podem modificar uma frase inteira, indicando circunstância.
Os grandes cientistas da gramática da língua portuguesa apresentam uma lista exaustiva com as funções dos
advérbios. Porém, decorá-las além de desgastante, pode não ter o resultado esperado na resolução de questões
de concurso. 23
Dessa forma, atente-se às principais funções designadas por um advérbio e, a partir delas, consiga interpretar
a função exercida nos enunciados das questões que tratem dessa classe de palavras.
Ainda assim, julgamos pertinente apresentar algumas funções basilares exercidas pelo advérbio:
Novamente, chamamos sua atenção para a função que o advérbio deve exercer na oração. Como dissemos,
essas palavras modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio; por isso, para identificar com mais pro-
priedade a função denotada pelos advérbios, é preciso perguntar: Como? Onde? Como? Por quê?
As respostas sempre irão indicar circunstâncias adverbiais expressas por advérbios, locuções adverbiais ou
orações adverbiais.
Vejamos como podemos identificar a classificação/função adequada dos advérbios:
z O homem morreu... de fome (causa); com sua família (companhia); em casa (lugar); envergonhado (modo).
z A criança comeu... demais (intensidade); ontem (tempo); com garfo e faca (instrumento); às claras (modo).
Locuções dverbiais
As locuções adverbiais, como já mostramos anteriormente, são bem semelhantes às locuções adjetivas. É
importante saber que as locuções adverbiais apresentam um valor passivo.
Nesse exemplo, o termo em negrito é uma locução adverbial, pois o valor é de passividade, ou seja, se inverter-
mos a ordem e inserirmos um verbo na voz passiva, a frase manterá seu sentido. Vejamos:
Colapso foi ameaçado: essa frase faz sentido e apresenta valor passivo, logo, sem o verbo, a locução destaca-
da anteriormente é adverbial.
Ainda sobre esse assunto, perceba que em locuções como esta: “Característica da nação”, o termo destacado
não terá o mesmo valor passivo, pois não aceitará a inserção de um verbo com essa função:
Nação foi característica*: essa frase quebra a estrutura gramatical da língua portuguesa, que não admite voz
passiva em termos com função de posse, caso das locuções adjetivas. Isso torna tal estrutura agramatical, por
isso, inserimos um asterisco (*) para indicar essa característica.
Dica
Locuções adverbiais apresentam valor passivo.
Locuções adjetivas apresentam valor de posse.
Com essa dica, esperamos que você seja capaz de diferenciar essas locuções em questões; ademais, buscamos
desenvolver seu aprendizado para que não seja preciso gastar seu valioso tempo decorando listas de locuções
adverbiais. Lembre-se: o sentido está no texto.
Advérbios Interrogativos
Os advérbios interrogativos são, muitas vezes, confundidos com pronomes interrogativos. Para evitar essa
confusão, devemos saber que os advérbios interrogativos introduzem uma pergunta, exprimindo ideia de tempo,
modo ou causa.
Exs.:
Como foi a prova?
Quando será a prova?
Onde será realizada a prova?
Por que a prova não foi realizada?
De maneira geral, as palavras como, onde, quando e por que são advérbios interrogativos, pois não substi-
tuem nenhum nome de ser (vivo), exprimindo ideia de modo, lugar, tempo e causa.
Grau do Advérbio
Assim como os adjetivos, os advérbios podem ser flexionados nos graus comparativo e superlativo.
24 Vejamos as principais mudanças sofridas pelos advérbios quando flexionados em grau:
GRAU COMPARATIVO
NORMAL SUPERIORIDADE INFERIORIDADE IGUALDADE
Bem Melhor (mais bem*) - Tão bem
Mal Pior (mais mal*) - Tão mal
Muito Mais - -
Pouco menos - -
Obs.: As formas “mais bem” e “mais mal” são aceitas quando acompanham o particípio verbal.
GRAU SUPERLATIVO
Advérbios e Adjetivos
O adjetivo é, como vimos, uma classe de palavras variável, porém, quando se refere a um verbo, ele fica inva-
riável, confundindo-se com o advérbio.
Nesses casos, para ter certeza de qual é classe da palavra, basta tentar colocá-la no feminino ou no plural; caso
a palavra aceite uma dessas flexões, será adjetivo.
Palavras Denotativas
São termos que apresentam semelhança aos advérbios, em alguns casos são até classificados como tal, mas
não exercem função modificadora de verbo, adjetivo ou advérbio.
Sobre as palavras denotativas, é fundamental que você saiba identificar o sentido a elas atribuído, pois, geral-
mente, é isso que as bancas de concurso cobram.
Além dessas expressões, há, ainda, as partículas expletivas ou de realce, geralmente compostas pela forma ser
+ que (é que). A principal característica dessas palavras é que podem ser retiradas sem causar prejuízo sintático
ou semântico na frase. Ex.: Eu é que faço as regras / Eu faço as regras.
Outras palavras denotativas expletivas são: lá, cá, não, é porque etc.
z O adjunto adverbial deve sempre vir posicionado após o verbo ou complemento verbal, caso venha deslocado,
em geral, separamos por vírgulas.
z Em uma sequência de advérbios terminados com o sufixo -mente, apenas o último elemento recebe a termi-
nação destacada.
LÍNGUA PORTUGUESA
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (SCT – 2020) Assinale a opção em que as palavras denotativas não foram bem classificadas:
A expressão “isto é” designa explicação, portanto, o item incorreto é a alternativa C. Resposta: Letra C. 25
2. (FCC – 2018) Julgue o item a seguir: Os pronomes oblíquos tônicos são pronunciados
O antônimo de “bem-estar” se constrói com o adjetivo com força e precedidos de preposição. Costumam ter
mau. função de complemento:
PRONOMES z 3ª pessoa: Si, consigo (singular ou plural); ele (s), ela (s)
Pronomes são palavras que representam ou acom- Importante lembrar que não devemos usar prono-
panham um termo substantivo. Dessa forma, a função mes do caso reto como objeto ou complemento ver-
dos pronomes é substituir ou determinar uma pala- bal, como em: “mate ele”. Contudo, o gramático Celso
vra. Os pronomes indicam: pessoas, relações de pos- Cunha destaca que é possível usar os pronomes do
se, indefinição, quantidade, localização no tempo, no caso reto como complemento verbal, desde que ante-
espaço e no meio textual, entre tantas outras funções. cedidos pelos vocábulos “todos”, “só”, “apenas” ou
Destacamos, ainda, que os pronomes exercem “numeral”. Ex.: Encontrei todos eles na festa; Encon-
papel importante na análise sintática e também na trei apenas ela na festa.
interpretação textual, pois colaboram para a comple- Após a preposição “entre”, em estrutura de reci-
mentação de sentido de termos essenciais da oração, procidade, devemos usar os pronomes oblíquos tôni-
além de estruturar a organização textual, contribuin- cos. Ex.: Entre mim e ele não há segredos.
do para a coesão e também para a coerência de um
texto. Pronomes de Tratamento
Pronomes Pessoais
Os pronomes de tratamento são formas que expres-
Os pronomes pessoais designam as pessoas do dis- sam uma hierarquia social institucionalizada linguis-
curso; algumas informações relevantes sobre eles são: ticamente. As formas de pronomes de tratamento
apresentam algumas peculiaridades importantes:
z Já os que se relacionam com o objeto indireto são: z Vossa Majestade (V. M.): Reis, imperadores e seus
Lhe, lhes, (me, te, se, nos, vos – complementados respectivos femininos;
por preposição). Ex.: Já lhe disse tudo (disse tudo z Vossa Reverendíssima (V. Rev. Ma.): Sacerdotes;
a ele).
z Vossa Senhoria (V. Sa.): Funcionários públicos gra-
Devemos lembrar que todos os pronomes pessoais duados, oficiais até o posto de coronel, tratamento
são pronomes substantivos; além disso, é importan- cerimonioso a comerciantes importantes;
te saber que eu e tu não podem ser regidos por pre-
z Vossa Santidade (V. S.): Papa;
posição e que os pronomes ele(s), ela (s), nós e vós
podem ser retos ou oblíquos, dependendo da função z Vossa Excelência Reverendíssima (V. Exa. Revma.):
26 que exercem. Bispos.
Os exemplos acima fazem referência a pronomes z Referência ao tempo presente. Ex.: Esta semana
de tratamento e suas respectivas designações sociais começarei a dieta; Neste mês, pagarei a última
conforme indica o Manual de Redação Oficial da Pre- prestação da casa.
sidência da República; portanto, essas designações
devem ser seguidas com atenção quando o gênero z Referência ao espaço textual. Ex.: Encontrei Joana
textual abordado for um gênero oficial. e Carla no shopping, esta procurava um presente
Sobre o uso das abreviaturas das formas de trata- para o marido (o pronome refere-se ao último ter-
mento, é importante destacar: mo mencionado).
O plural de algumas abreviaturas é feito com letras
dobradas, como: V. M. / VV. MM.; V. A. / VV. AA. Usamos esse, essa, isso para indicar:
Porém, na maioria das abreviaturas terminadas
com a letra a, por exemplo, o plural é feito com o z Referência ao espaço físico, indicando o afasta-
acréscimo do s: V. Exa. / V. Exas.; V. Ema. / V.Emas. mento de algo de quem fala. Ex.: Essa sua gravata
O tratamento adequado a Juízes de Direito é Meri- combinou muito com você.
tíssimo Juiz. O tratamento dispensado ao Presidente
da República nunca deve ser abreviado. z Pode indicar distância que se deseja manter. Ex.:
Não me fale mais nisso; A população não confia
Pronomes Indefinidos nesses políticos.
z Referência ao tempo passado. Ex.: Nessa semana,
Os pronomes indefinidos indicam quantidade de eu estava doente; Esses dias estive em São Paulo.
maneira vaga e sempre devem ser utilizados na 3ª
pessoa do discurso. Os pronomes indefinidos podem z Referência a algo já mencionado no texto/ na fala.
variar e podem ser invariáveis, vejamos: Ex.: Continuo sem entender o porquê de você ter
falado sobre isso; Sinto uma energia negativa nes-
z Variáveis: Algum, Alguma / Alguns, Algumas; sa sua expressão.
Nenhum, Nenhuma / Nenhuns, Nenhumas; Todo,
Toda/ Todos, Todas; Outro, Outra / Outros, Outras; Usamos aquele, aquela, aquilo para indicar:
Muito, Muita / Muitos, Muitas; Tanto, Tanta / Tan-
tos, Tantas; Quanto, Quanta / Quantos, Quantas; z Referência ao espaço físico, indicando afastamen-
Pouco, Pouca / Poucos, Poucas etc. to de quem fala e de quem ouve. Ex.: Margarete,
quem é aquele ali perto da porta?
z Invariáveis: Alguém; Ninguém; Tudo; Outrem;
Nada; Cada; Quem; Menos; Mais; Que. z Referência a um tempo muito remoto, um passado
muito distante. Ex.: Naquele tempo, podíamos dor-
As palavras certo e bastante serão pronomes mir com as portas abertas; Bons tempos aqueles!
indefinidos quando vierem antes do substantivo, e
serão adjetivos quando vierem depois. Ex.: Busco cer- z Referência a um afastamento afetivo. Ex.: Não
to modelo de carro (Pronome indefinido) / Busco o conheço aquela mulher.
modelo de carro certo (adjetivo). z Referência ao espaço textual, indicando o primeiro
A palavra bastante frequentemente gera dúvida termo de uma relação expositiva. Ex.: Saí para lan-
quanto a ser advérbio, adjetivo ou pronome indefini- char com Ana e Beatriz, esta preferiu beber chá,
do, por isso, fique atento: aquela, refrigerante.
z Bastante (advérbio): será invariável e equivalen-
te ao termo “muito”. Ex.: Elas são bastante famosas. Dica
z Bastante (adjetivo): será variável e equivalente O pronome “mesmo” não pode ser usado em
ao termo “suficiente”. Ex.: A comida e a bebida não função demonstrativa referencial, veja:
foram bastantes para a festa. O candidato fez a prova, porém o mesmo esque-
ceu de preencher o gabarito. ERRADO.
z Bastante (Pronome indefinido): “Bastantes ban-
cos aumentaram os juros”
O candidato fez a prova, porém esqueceu de
preencher o gabarito. CORRETO.
Pronomes Demonstrativos
da por eles no tempo, no espaço físico ou no espaço 1. (FCC – 2018) “Tratando do estado de solidão ou da
textual. necessidade de convívio, Sêneca vê no estado de soli-
dão uma contrapartida da necessidade de convívio,
z 1ª pessoa: Este, Estes / Esta, Estas. assim como vê na necessidade de convívio uma aber-
z 2ª pessoa: Esse, Esses / Essa, Essas. tura para encontrar satisfação no estado de solidão.”
z 3ª pessoa: Aquele, Aqueles / Aquela, Aquelas. Evitam-se as viciosas repetições do texto acima subs-
z Invariáveis: isto, isso, aquilo. tituindo-se os elementos grifados, na ordem dada, por:
Usamos este, esta, isto para indicar: a) naquele – desta – nesta – naquele.
b) nisso – daquilo – naquela – deste.
z Referência ao espaço físico, indicando a proximi- c) este – do outro – na primeira – no último.
dade de algo ao falante. Ex.: Esta caneta aqui é d) nisto – disso – naquela – desse.
minha; Entreguei-lhe isto como prova. e) na primeira – do segundo – numa – noutra. 27
Devemos lembrar das regras de proximidade e dis- z Emprego de o qual: o pronome relativo o qual e
tância que organizam o uso dos pronomes demons- suas variações (os quais, a qual, as quais) é usa-
trativos. Resposta: Letra A. do em substituição a outros pronomes relativos,
sobretudo o que, a fim de evitar fenômenos lin-
Pronomes Relativos guísticos, como queísmo. Ex.: O Brasil tem um pas-
sado do qual (que) ninguém se lembra.
Uma das classes de pronomes mais complexas, os
pronomes relativos têm função muito importante na O pronome o qual pode auxiliar na compreensão
língua, refletida em assuntos de grande relevância textual, desfazendo estruturas ambíguas.
em concursos, como a análise sintática. Dessa forma,
é essencial conhecer adequadamente a função desses Pronomes Interrogativos
elementos a fim de saber utilizá-los corretamente.
Os pronomes relativos referem-se a um substantivo São utilizados para introduzir uma pergunta ao tex-
ou a um pronome substantivo, mencionado anterior- to e se apresentam de formas variáveis (Que? Quais?
mente. A esse nome (substantivo ou pronome mencio- Quanto? Quantos?) e invariáveis (Que? Quem?). Ex.:
nado anteriormente) chamamos de antecedente. O que é aquilo? Quem é ela? Qual sua idade? Quantos
São pronomes relativos: anos tem seu pai?
O ponto de exclamação só é usado nas interrogati-
z Variáveis: O qual, os quais, cujo, cujos, quanto, vas diretas. Nas indiretas, aparece apenas a intenção
quantos / A qual, as quais, cuja, cujas, quanta, interrogativa, indicada por um verbo como: pergun-
quantas. tar, indagar etc. Ex.: Indaguei quem era ela.
Os pronomes interrogativos que e quem são pro-
z Invariáveis: Que, quem, onde, como.
nomes substantivos.
z Emprego do pronome relativo que: pode ser asso-
ciado a pessoas, coisas ou objetos. Ex.: Encontrei Pronomes Possessivos
o homem que desapareceu; O cachorro que esta-
va doente morreu; A caneta que emprestei nunca Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do
recebi de volta. discurso e indicam posse:
z Subjuntivo: exprime atitude de dúvida, desejo ou * Nem todas as formas verbais apresentam desi-
possibilidade. Ex.: Se eu estudasse, seria aprovado. nências modo-temporais.
z Imperativo: designa ordem, convite, conselho, súpli-
ca ou pedido. Ex.: Estuda! Assim, serás aprovado. Flexões Modo-Temporais – Tempos Compostos
(Indicativo)
Tempos
z Pretérito perfeito composto: Verbo auxiliar: TER
O tempo designa o recorte temporal em que a ação (presente do indicativo) + verbo principal particí-
verbal foi realizada. Basicamente, podemos indicar pio. Ex.: Tenho estudado.
o tempo dessa ação no Passado, Presente ou Futuro.
z Pretérito mais-que-perfeito composto: Verbo auxi-
Porém, existem ramificações específicas.
liar: TER (pretérito imperfeito do indicativo) + ver-
bo principal no particípio. Ex.: Tinha passado.
z Presente: pode expressar não apenas um fato
atual, como também uma ação habitual. Ex.: z Futuro composto: Verbo auxiliar: TER (futuro do
Estudo todos os dias no mesmo horário. indicativo) + verbo principal no particípio. Ex.:
Uma ação passada. Terei saído.
Ex.: Vargas assume o cargo e instala uma ditadura.
z Futuro do pretérito composto: Verbo auxiliar: TER
Uma ação futura.
(futuro do pretérito simples) + verbo principal no
Ex.: Amanhã, estudo mais! (equivalente a estudarei)
particípio. Ex.: Teria estudado.
z Pretérito perfeito: ação realizada plenamente no
passado. Ex.: Estudei até ser aprovado. Flexões Modo-Temporais – Tempos Compostos
Pretérito imperfeito: ação inacabada, que pode (Subjuntivo)
indicar uma ação frequentativa, vaga ou durativa.
Ex.: Estudava todos os dias. z Pretérito perfeito composto: Verbo auxiliar: TER
Pretérito mais-que-perfeito: ação anterior à ou- (presente o subjuntivo) + Verbo principal particí-
tra mais antiga. Ex.: Quando notei, a água já trans- pio. Ex.: (que eu) Tenha estudado.
bordara da banheira.
z Pretérito mais-que-perfeito composto: Verbo auxi-
z Futuro do presente: indica um fato que deve ser liar: TER (pretérito imperfeito do subjuntivo) +
realizado em um momento vindouro. Ex.: Estuda- verbo principal no particípio. Ex.: (se eu) Tivesse
rei bastante ano que vem. estudado
z Futuro do pretérito: expressa um fato posterior
z Futuro composto: Verbo auxiliar: TER (futuro sim-
em relação a outro fato já passado. Ex.: Estudaria
ples do subjuntivo) + verbo principal no particípio.
muito, se tivesse me planejado.
Ex.: (quando eu) tiver estudado.
A partir dessas informações, podemos também iden-
tificar os verbos conjugados nos tempos simples e nos Formas Nominais do Verbo e Locuções Verbais
tempos compostos. Os tempos verbais simples são for-
mados por uma única palavra, ou verbo, conjugado no As formas nominais do verbo são as formas infi-
presente, passado ou futuro; já os tempos compostos são nitiva, particípio e gerúndio que eles assumem em
formados por dois verbos, um auxiliar e um principal, determinados contextos. São chamadas nominais pois
nesse caso, o verbo auxiliar é o único a sofrer flexões. funcionam como substantivos, adjetivo ou advérbios.
Agora, vamos conhecer as desinências modo-temporais
dos tempos simples e compostos, respectivamente: z Gerúndio: é marcado pela terminação -NDO, seu
valor indica duração de uma ação e, por vezes,
Flexões modo-temporais – tempos simples pode funcionar como um advérbio ou um adjetivo.
Ex.: Olhando para seu povo, o presidente se
compadeceu.
MODO MODO
TEMPO z Particípio: é marcado pelas terminações -ado,
INDICATIVO SUBJUNTIVO
-ido, -do, -to, -go, -so, corresponde nominalmente
LÍNGUA PORTUGUESA
Vós Criais
Com verbos cuja transitividade seja TD ou TDI;
Verbos concordam com o sujeito; Eles/Vocês Criam
Com a voz passiva sintética.
Os verbos terminados em -ear, por sua vez, geral-
Lembramos que na voz passiva nunca haverá objeto
direto (OD), pois ele se transforma em sujeito paciente. mente, são irregulares e apresentam alguma modi-
ficação no radical ou nas desinências. Assim como o
z Índice de indeterminação do sujeito: o SE fun- verbo passear, são derivados dessa terminação os
cionará nessa condição quando não for possível verbos:
identificar o sujeito explícito ou subentendido.
Além disso, não podemos confundir essa função PRESENTE - INDICATIVO
do SE com a de apassivador, já que para ser índi-
ce de indeterminação do sujeito a oração precisa Eu Passeio
estar na voz ativa.
Outra importante característica do SE como índi- Tu Passeias
ce de indeterminação do sujeito ocorre em verbos
transitivos indiretos, verbos intransitivos ou verbos Ele/Você Passeia
de ligação. Além disso, o verbo sempre deverá estar
Nós Passeamos
na 3ª pessoa do singular. Ex.: Acredita-se em Deus.
z Pronome reflexivo: na função de pronome refle- Vós Passeais
xivo, a partícula SE indicará reflexão ou recipro-
Eles/Vocês Passeiam
cidade, auxiliando a construção dessas vozes
verbais, respectivamente. Nessa função, suas prin-
cipais características são: Conjugação de Alguns Verbos
Sujeito recebe e pratica a ação;
Vamos, agora, conhecer algumas conjugações de
funcionará, sintaticamente, como objeto direto
ou indireto; verbos irregulares importantes, que sempre são obje-
o sujeito da frase poderá estar explícito ou to de questões em concursos.
implícito. Ex.: Ele se via no espelho / Deu-se um Fazem paradigma com o verbo aderir, mantendo
presente de aniversário. as mesmas desinências desse verbo, as formas
1. (FCC – 2018) Observe as seguintes passagens: Importante: Pois com sentido explicativo ini-
cia uma oração e justifica outra. Ex.: Volte, pois
I. Para o comitê, Brasília era um marco do desenvolvi- sinto saudades.
mento moderno.
II. Mas, para ganhar o título de patrimônio mundial, preci- Pois conclusivo fica após o verbo, deslocado entre
sava de leis... vírgulas: Nessa instabilidade, o dólar voltará, pois, a
III. Criadas por Lucio Costa para organizar o sítio urbano... subir.
IV. Para muitos, o Plano Piloto lembra um avião.
z Conclusiva: Logo, portanto, então, por isso, assim,
Considerando-se o contexto, o vocábulo para exprime por conseguinte, destarte, pois (deslocado na fra-
ideia de finalidade em: se). Ex.: Estava despreparado, por isso, não fui
aprovado.
a) I e III, apenas.
b) I, II e IV, apenas. As conjunções e, nem não devem ser empregadas
c) III e IV, apenas. juntas (e nem), tendo em vista que ambas indicam a
d) II e III, apenas. mesma relação aditiva o uso concomitante acarreta
e) I, II, III e IV. em redundância.
z Na indicação de horas, quando o “à uma” puder Frase é todo enunciado com sentido completo.
ser substituído por às duas, há crase. Quando o a Pode ser formada por apenas uma palavra ou por um
uma equivaler a a duas, não ocorre crase; conjunto de palavras.
z Usa-se a crase no “a” de àquele(s), àquela(s) e àqui- Ex.: Fogo!
lo quando tais pronomes puderem ser substituídos Silêncio!
por a este, a esta e a isto; “A igreja, com este calor, é fornalha...” (Graciliano
Ramos)
z Usa-se crase antes de casa, distância, terra e
nomes de cidades quando esses termos estiverem Oração
acompanhados de determinantes. Ex.: Estou à dis-
tância de 200 metros do pico da montanha.
Enunciado que se estrutura em torno de um verbo
(explícito, implícito ou subentendido) ou de uma locu-
A compreensão da crase vai muito além da estética ção verbal. Quanto ao sentido, a oração pode apresen-
gramatical, pois serve também para evitar ambigui- tá-lo completo ou incompleto.
dades comuns, como o caso seguinte: Lavando a mão. Ex.: Você é um dos que se preocupam com a
Nessa ocasião, usa-se a forma “Lavando a mão”, poluição.
pois “a mão” é o objeto direto, e, portanto, não exi-
“A roda de samba acabou” (Chico Buarque)
ge preposição. Usa-se a forma “à mão” em situações
como “Pintura feita à mão”, já que “à mão” seria o
advérbio de instrumento da ação de pintar. Período
a) Somente as proposições II e IV estão corretas. Os termos que formam o período simples são dis-
b) Estão corretas somente as proposições I, III e IV. tribuídos em: essenciais (Sujeito e Predicado), inte-
c) Estão corretas somente as proposições II, III e IV. grantes (complemento verbal, complemento nominal
d) Estão corretas somente as proposições I, II e III. e agente da passiva) e acessórios (adjunto adnominal,
e) Todas as proposições estão corretas. adjunto adverbial e aposto). 37
Termos Essenciais da Oração Tipos de Sujeito
São aqueles indispensáveis para a estrutura básica Quanto à função na oração, o sujeito classifica-se em:
da oração. Costuma-se associar esses termos a situa-
ções analógicas, como um almoço tradicional brasi-
leiro constituído basicamente de arroz e feijão, por Simples
exemplo. São eles: Sujeito e Predicado. Veremos a
seguir cada um deles. DETERMINADO Composto
SUJEITO Elíptico
O núcleo é a palavra base do sujeito. É a principal z Indeterminado: quando não é possível identificar
porque é a respeito dela que o predicado diz algo. O o sujeito na oração, mas ainda sim está presente.
núcleo indica a palavra que realmente está exercen- Encontra-se na 3ª pessoa do plural ou representa-
do determinada função sintática, que atua ou sofre do por um índice de indeterminação do sujeito, a
a ação. O núcleo do sujeito apresentará um substan- partícula “se”.
tivo, ou uma palavra com valor de substantivo, ou
pronome. Colocando-se o verbo na 3ª pessoa do plural,
não se referindo a nenhuma palavra determi-
z O sujeito simples contém apenas um núcleo. nada no contexto.
Ex.: O povo pediu providências ao governador. Ex.: Passaram cedo por aqui, hoje.
Sujeito: O povo Entende-se que alguém passou cedo.
Núcleo do sujeito: povo
Colocando-se verbos sem complemento direto
z Já o sujeito composto, o núcleo será constituído (intransitivos, transitivos diretos ou de ligação)
de dois ou mais termos. na 3ª pessoa do singular acompanhados do pro-
As luzes e as cores são bem visíveis. nome se, que atua como índice de indetermina-
Sujeito: As luzes e as cores ção do sujeito.
Núcleo do sujeito: luzes/cores Ex.: Não se vê com a neblina.
Entende-se que ninguém consegue ver nessa
Dica condição.
Para determinar o sujeito da oração, colocam-se
as expressões interrogativas quem? ou o quê?
Antes do verbo. EXERCÍCIO COMENTADO
Ex.: A população pediu uma providência ao
governador. 1. (CONSESP – 2018) Assinale a alternativa em que
quem pediu uma providência ao governador? temos sujeito indeterminado.
Resposta: A população (sujeito).
Ex.: O pêndulo do relógio iria de um lado para o a) Levaram-me para uma casa velha.
outro. b) Era uma tarde maravilhosa.
o que iria de um lado para o outro? c) Vendem-se espetos de carne aqui.
38 Resposta: O pêndulo do relógio (sujeito). d) Alguns assistiram ao filme até o final.
A construção verbal “Levaram-me”, da alternativa
A, indica que o sujeito está na 3ª pessoa do plural EXERCÍCIO COMENTADO
e é indeterminado porque não se sabe quem levou.
Resposta: Letra A. 1. (FURB – 2019) Assinale a alternativa que contém
a classificação correta do sujeito da oração “Neste
Sujeito Inexistente ou Oração sem Sujeito primeiro momento, foram entregues 30 aparelhos
auditivos”.
Esse tipo de situação ocorre quando uma oração
a) Sujeito composto.
não tem sujeito mas tem sentido completo. Os verbos
b) Oração sem sujeito.
são impessoais e normalmente representam fenôme-
c) Sujeito oculto (desinencial).
nos da natureza. Pode ocorrer também o verbo fazer d) Sujeito indeterminado.
ou haver no sentido de existir. e) Sujeito simples.
Geia no Paraná.
Fazia um mês que tinha sumido.
Basta de confusão. O sujeito da oração é “30 aparelhos auditivos”. Na
Há dois anos esse restaurante abriu. ordem direta, a sentença fica: “30 aparelhos audi-
tivos foram entregues neste primeiro momento”.
Como o sujeito é formado por apenas um núcleo, o
sujeito é simples. Resposta: Letra E.
EXERCÍCIO COMENTADO
PREDICADO
1. (FEPESE – 2016) Na oração “Uma partícula extrema-
mente quente e pesada começou a se ‘contorcer’”, o É o termo que contém o verbo e informa algo sobre
núcleo do sujeito é a palavra: o sujeito. Apesar de o sujeito e o predicado serem ter-
mos essenciais na oração, há casos em que a oração
a) quente. não possui sujeito. Mas, se a oração é estruturada em
torno de um verbo e ele está contido no predicado, é
b) pesada.
impossível existir uma oração sem sujeito.
c) partícula.
d) contorcer
O predicado pode ser:
e) extremamente.
z Aquilo que se declara a respeito do sujeito.
“Partícula” corresponde ao termo central do sujei- Ex.: “A esposa e o amigo seguem sua marcha.”
to “uma partícula extremamente quente e pesada”. (José de Alencar)
Portanto, tem função de núcleo do sujeito. Resposta: Predicado: seguem sua marcha
Letra C. z Uma declaração que não se refere a nenhum sujei-
to (oração sem sujeito):
Classificação do Sujeito Quanto à Voz Ex.: Chove pouco nesta época do ano.
Predicado: Chove pouco nesta época do ano.
z Voz ativa (sujeito agente)
Ex.: Cláudia corta cabelos de terça a sábado. Para determinar o predicado, basta separar o
Nesse caso, o termo “Cláudia” é a pessoa que exer- sujeito. Ocorrendo uma oração sem sujeito, o predica-
ce a ação na frase. do abrangerá toda a declaração. A presença do verbo
é obrigatória, seja de forma explícita ou implícita:
z Voz passiva sintética (sujeito paciente) Ex.: “Nossos bosques têm mais vidas.” (Gonçalves
Dias)
Ex.: Corta-se cabelo.
Sujeito: Nossos bosques. Predicado: têm mais vida.
Pode-se ler “Cabelo é cortado”, ou seja, o sujeito
Ex.: “Nossa vida mais amores”. (Gonçalves Dias)
“cabelo” sofre uma ação, diferente do exemplo do Sujeito: Nossa vida. Predicado: mais amores.
item anterior. O “-se” é a partícula apassivadora da
oração. Classificação do Predicado
Importante notar que não há preposição entre A classificação do predicado depende do significa-
o verbo e o substantivo. Se houvesse, por exemplo, do e do tipo de verbo que apresenta.
LÍNGUA PORTUGUESA
z Verbo transitivo direto (VTD): é o verbo que exi- Ex.: “O homem parou atento.” (Murilo Mendes)
ge um complemento não preposicionado, o objeto Verbo intransitivo: parou
direto. Predicativo do sujeito: atento
Ex.: “Fazer sambas lá na vila é um brinquedo.”
Noel Rosa Repare que no primeiro exemplo o termo “atento”
Verbo Transitivo Direto: Fazer. está caracterizando o sujeito “O homem” e, por isso, é
Ex.: Ele trouxe os livros ontem. considerado predicativo do sujeito.
Verbo Transitivo Direto: trouxe.
z Verbo transitivo indireto (VTI): o verbo transiti- Ex.: “Fabiano marchou desorientado.” (Olavo Bilac)
vo indireto tem como necessidade o complemen- Verbo intransitivo: marchou
to acompanhado de uma preposição para fazer Predicativo do sujeito: desorientado
sentido.
Ex.: Nós acreditamos em você. No segundo exemplo, o termo “desorientado” indi-
Verbo transitivo indireto: acreditamos ca um estado do termo “Fabiano”, que também é sujei-
Preposição: em to. Temos mais um caso de predicativo do sujeito.
Ex.: Frida obedeceu aos seus pais.
Verbo transitivo indireto: obedeceu Ex.: “Ptolomeu achou o raciocínio exato.” (Macha-
Preposição: a (a + os) do de Assis)
Ex.: Os professores concordaram com isso. Verbo transitivo direto: achou
Verbo transitivo indireto: concordaram Objeto direto: o raciocínio
40 Preposição: com Predicativo do objeto: exato
No terceiro exemplo, o termo “exato” caracteriza um Complementos Verbais
julgamento relacionado ao termo “o raciocínio”, que é o
objeto direto dessa oração. Com isso, podemos concluir São termos que completam o sentido de verbos
que temos um caso de predicativo do objeto, visto que transitivos diretos e transitivos indiretos.
“exato” não se liga a “Ptolomeu”, que é o sujeito.
O que é o predicativo do objeto? z Objeto direto: revela o alvo da ação. Não é acom-
É o termo que confere uma característica, uma panhado de preposição.
qualidade, ao que se refere. Ex.: Examinei o relógio de pulso.
A formação do predicativo do objeto se dá por um Gostaria de vê-lo no topo do mundo.
adjetivo ou por um substantivo. O técnico convocou somente os do Brasil. (os =
Ex.: Consideramos o filme proveitoso. aqueles)
Predicativo do objeto: proveitoso
Ex.: Chamavam-lhe vitoriosa, pelas conquistas. Pronomes e sua relação com o objeto direto
Predicativo do objeto: vitoriosa Além dos pronomes oblíquos o(s), a(s) e suas
Para facilitar a identificação do predicativo do variações lo(s), la(s), no(s), na(s), “que” quase sem-
objeto, o recomendável é desdobrar a oração, acres- pre exercem função de objeto direto, os pronomes
centando-lhe um verbo de ligação, cuja função especí- oblíquos me, te, se, nos, vos também podem exercer
fica é relacionar o predicativo ao nome. essa função sintática.
O filme foi proveitoso. Ex.: Levou-me à sabedoria esta aula. (= “Levaram
Ela era vitoriosa.
quem? A minha pessoa”)
Nessas duas últimas formas, os termos seriam pre-
Nunca vos tomeis como grandes personalidades.
dicativos do sujeito, pois são precedidos de verbos de
(= “Nunca tomeis quem? Vós”)
ligação (foi e era, respectivamente).
Convidaram-na para o almoço de despedida. (=
“Convidaram quem? Ela”)
Depois de terem nos recebido, abriram a caixa. (=
EXERCÍCIOS COMENTADOS “Receberam quem? Nós”)
Os pronomes demonstrativos o, a, os, as podem
1. (SERCTAM – 2016) Na oração “Este homem parece ser objetos diretos. Normalmente, aparecem antes do
uma criança”, o termo destacado é: pronome relativo que.
Ex.: Escuta o que eu tenho a dizer. (Escuta algo:
a) sujeito. esse algo é o objeto direto)
b) predicado verbal. Observe bem a que ele mostrar. (a = pronome
c) predicativo do objeto. feminino definido)
d) predicado nominal.
e) predicado verbo-nominal. z Objeto direto preposicionado
O verbo “parece” é transitivo direto, e “uma crian-
ça” tanto complementa o sentido do verbo como Mesmo que o verbo transitivo direto não exija
caracteriza o sujeito “Este homem”. Portanto, o tre- preposição no seu complemento, algumas palavras
cho “parece uma criança” corresponde a um predi- requerem o uso da preposição para não perder o sen-
cado nominal. Resposta: Letra D. tido de “alvo” do sujeito.
Além disso, há alguns casos obrigatórios e outros
2. (FUMARC – 2012) Há oração sem sujeito em: facultativos.
a) “Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno.”
b) “Outrora, falava-se em realidade: análise da realidade [...]” Exemplos com ocorrência obrigatória de preposição:
c) “Com certeza, já haviam tomado café da manhã em
casa [...]” Não entendo nem a ele nem a ti.
d) “É muito grave esse processo de abstração da lingua- Respeitava-se aos mais antigos.
gem, de sentimentos [...]” Ali estava o artista a quem nosso amigo idolatrava.
Amavam-se um ao outro.
Oração sem sujeito acontece quando não há um ele- “Olho Gabriela como a uma criança, e não mulher
mento ao qual se atribui o predicado. Ocorre, por feita.” (Ciro dos Anjos)
exemplo, quando temos o verbo “haver” no sentido
de existir, acontecer, pois o mesmo não tem sujei-
to. Na alternativa B, temos o verbo falar na 3º pes- Exemplos com ocorrência facultativa de preposição:
LÍNGUA PORTUGUESA
O vocativo é um termo que não mantém relação As orações são sintaticamente independentes. Isso
sintática com outro termo dentro da oração. Não per- significa que uma não possui relação sintática com
tence nem ao sujeito, nem ao predicado. É usado para verbos, nomes ou pronomes das demais orações no
chamar ou interpelar a pessoa que o enunciador dese- período.
ja se comunicar. É um termo independente, pois Ex.: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”
não faz parte da estrutura da oração. (Fernando Pessoa)
Ex.: Recepcionista, por favor, agende minha Oração coordenada 1: Deus quer
consulta. Oração coordenada 2: o homem sonha
44 Ela te diz isso desde ontem, Fábio. Oração coordenada 3: a obra nasce.
Ex.: “Subi devagarinho, colei o ouvido à porta da Orações Subordinadas Substantivas
sala de Damasceno, mas nada ouvi.” (M. de Assis)
Oração coordenada assindética: Subi devagarinho São classificadas nas seguintes categorias:
Oração coordenada assindética: colei o ouvido à
porta da sala de Damasceno z Orações subordinadas substantivas conectivas:
Oração coordenada sindética: mas nada ouvi são introduzidas pelas conjunções subordinativas
Conjunção adversativa: mas nada integrantes que e se.
Ex.: Dizem que haverá novos aumentos de
Orações Coordenadas Sindéticas impostos.
Não sei se poderei sair hoje à noite.
As orações coordenadas podem aparecer ligadas z Orações subordinadas substantivas justapos-
às outras através de um conectivo (elo), ou seja, atra- tas: introduzidas por advérbios ou pronomes
vés de um síndeto, de uma conjunção, por isso o nome interrogativos (onde, como, quando, quanto,
sindética. Veremos agora cada uma delas: quem etc.)
z Ex.: Ignora-se onde eles esconderam as joias
z Aditivas: exprimem ideia de sucessibilidade ou roubadas.
simultaneidade. Não sei quem lhe disse tamanha mentira.
Conjunções constitutivas: e, nem, mas, mas tam-
bém, mas ainda, bem como, como também, se- z Orações subordinadas substantivas reduzidas:
não também, que (= e). não são introduzidas por conectivo, e o verbo fica
Ex.: Pedro casou-se e teve quatro filhos. no infinitivo.
Os convidados não compareceram nem explica- Ex.: Ele afirmou desconhecer estas regras.
ram o motivo. z Orações subordinadas substantivas subjetivas:
exercem a função de sujeito. O verbo da oração
z Adversativas: exprimem ideia de oposição, con-
principal deve vir na voz ativa, passiva analítica
traste ou ressalva em relação ao fato anterior.
ou sintética. Em 3ª pessoa do singular, sem se refe-
Conjunções constitutivas: mas, porém, todavia, rir a nenhum termo na oração.
contudo, entretanto, no entanto, senão, não obs- Ex.: Foi importante o seu regresso. (sujeito)
tante, ao passo que, apesar disso, em todo caso. Foi importante que você regressasse. (sujeito ora-
Ex.: Ele é rico, mas não paga as dívidas. cional) (or. sub. subst. subje.)
“A morte é dura, porém longe da pátria é dupla a z Orações subordinadas substantivas objetivas
morte.” (Laurindo Rabelo) diretas: exercem a função de objeto direto de um
z Alternativas: exprimem fatos que se alternam ou verbo transitivo direto ou transitivo direto e indi-
se excluem. reto da oração principal.
Ex.: Desejo o seu regresso. (OD)
Conjunções constitutivas: (ou), (ou ... ou), (ora ...
Desejo que você regresse. (OD oracional) (or. sub.
ora), (que ... quer), (seja ... seja), (já ... já), (talvez
subst. obj. dir.)
... talvez).
Ex.: Ora responde, ora fica calado. z Orações subordinadas substantivas completi-
Você quer suco de laranja ou refrigerante? vas nominais: exercem a função de complemento
nominal de um substantivo, adjetivo ou advérbio
z Conclusivas: exprimem uma conclusão lógica da oração principal.
sobre um raciocínio. Ex.: Tenho necessidade de seu apoio. (comple-
Conjunções constitutivas: logo, portanto, por con- mento nominal)
seguinte, pois isso, pois (o “pois” sem ser no início Tenho necessidade de que você me apoie. (com-
de frase). plemento nominal oracional) (or. sub. subst. com-
Ex.: Estou recuperada, portanto viajarei próxima pl. nom.)
semana.
z Orações subordinadas substantivas predicati-
“Era domingo; eu nada tinha, pois, a fazer.” (Paulo
vas: funcionam como predicativos do sujeito da
Mendes Campos)
oração principal. Sempre figuram após o verbo de
z Explicativas: justificam uma opinião ou ordem ligação ser.
expressa. Conjunções constitutivas: que, porque, Ex.: Meu desejo é a sua felicidade. (predicativo do
porquanto, pois. sujeito)
Ex.: Vamos dormir, que é tarde. (o “que” equivale Meu desejo é que você seja feliz. (predicativo do
a “pois”) sujeito oracional) (or. sub. subst. predic.)
Vamos almoçar de novo porque ainda estamos
LÍNGUA PORTUGUESA
� Orações subordinadas adverbiais concessivas: z Podem ser reescritas (desenvolvidas) com esses
indica certo obstáculo em relação ao fato expres- conectivos;
so na outra oração, sem, contudo, impedi-lo. São
z Podem ser iniciadas por preposição ou locução
introduzidas por: embora, ainda que, mesmo que,
prepositiva.
por mais que, se bem que etc.
Ex.: Mesmo que chova, iremos à praia amanhã. Ex.: Terminada a prova, fomos ao restaurante.
O. S. Adv. reduzida de particípio: não começa com
� Orações subordinadas adverbiais condicionais: conjunção
são introduzidas por: se, caso, desde que, salvo se, Quando terminou a prova, fomos ao restaurante.
contanto que, a menos que etc. (desenvolvida)
Ex.: Você terá sucesso desde que se esforce para tal. O. S. Adv. Desenvolvida: começa com conjunção
� Orações subordinadas adverbiais conformati-
vas: são introduzidas por: como, conforme, segun- Orações Reduzidas de Infinitivo
do, consoante.
Ex.: Ele deverá agir conforme combinamos. Podem ser substantivas, adjetivas ou adverbiais.
� Orações subordinadas adverbiais consecutivas: Se o infinitivo for pessoal, irá flexionar normalmente.
são introduzidas por: que (precedido na oração
anterior de termos intensivos como tão, tanto, z Substantivas: Ex.: É preciso trabalhar muito. (O.
tamanho etc.) de sorte que, de modo que, de forma S. substantiva subjetiva reduzida de infinitivo)
que, sem que. Deixe o aluno pensar. (O. S. substantiva objetiva
Ex.: A garota rio tanto, que se engasgou. direta reduzida de infinitivo)
“Achei as rosas mais belas do que nunca, e tão per- A melhor política é ser honesto. (O. S. substantiva
46 fumadas que me estontearam.” (Cecília Meireles) predicativa reduzida de infinitivo)
Este é um difícil livro de se ler. (O. S. substantiva Resumindo: período composto por coordenação e
completiva nominal reduzida de infinitivo) subordinação.
Temos uma missão: subir aquela escada. (O. S. As orações subordinadas são coordenadas entre si,
substantiva apositiva reduzida de infinitivo) ligadas ou não por conjunção.
z Adjetivas: Ex.: João não é homem de meter os pés
pelas mãos. z Orações subordinadas substantivas coordena-
O meu manual para fazer bolos certamente vai das entre si
agradar a todos. Ex.: Espero que você não me culpe, que não culpe
z Adverbiais: Ex.: Apesar de estar machucado, meus pais, nem que culpe meus parentes.
continua jogando bola. Oração principal: Espero
Sem estudar, não passarão. Oração coordenada 1: que você não me culpe
Ele passou mal, de tanto comer doces. Oração coordenada 2: que não culpe meus pais
Oração coordenada 3: nem que culpe meus
Orações Reduzidas de Gerúndio parentes.
A vírgula também é facultativa quando a expres- No trecho “o que lhe é devido e, depois, reclamar a
são de tempo, modo e lugar não for uma expressão, restituição, se julgada procedente a sua pretensão”,
mas uma palavra só. Exemplos: as duas primeiras vírgulas isolam o advérbio de
Antes vamos conversar. / Antes, vamos conversar. tempo “depois”, que está deslocado; a última vírgula
Geralmente almoço em casa. / Geralmente, almoço justifica-se pela condicional “se julgada procedente
48 em casa. a sua pretensão”. Resposta: Letra C.
Uso de Ponto e Vírgula Como disse o poeta: “Só não se inventou a máqui-
na de fazer versos ― já havia o poeta parnasiano”.
É empregado nos seguintes casos o sinal de ponto
e vírgula (;): Parênteses
� Nos contrastes, nas oposições, nas ressalvas Têm função semelhante à dos travessões e das
Ex.: Ela, quando viu, ficou feliz; ele, quando a viu, vírgulas no sentido que colocam em relevo certos ter-
ficou triste. mos, expressões ou orações.
� No lugar das conjunções coordenativas deslocadas Ex.: Os professores (amigos meus do curso carioca)
Ex.: O maratonista correu bastante; ficou, portan- vão fazer videoaulas. (aposto explicativo)
to, exausto. Meninos (pediu ela), vão lavar as mãos, que vamos
jantar. (oração intercalada)
� No lugar do e seguido de elipse do verbo (= zeugma)
Ex.: Na linguagem escrita é o leitor; na fala, o Ponto-final
ouvinte.
Prefiro brigadeiros; minha mãe, pudim; meu pai,
É o sinal que denota maior pausa.
sorvete.
Usa-se:
� Em enumerações, portarias, sequências
Ex.: São órgãos do Ministério Público Federal: � Para indicar o fim de oração absoluta ou de
o Procurador-Geral da República; período.
o Colégio de Procuradores da República; Ex.: “Itabira é apenas uma fotografia na parede.”
o Conselho Superior do Ministério Público Federal. Carlos Drummond de Andrade
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL Por questão de ênfase, o verbo pode também con-
cordar com o pronome reto antecedente. Ex.: Fomos
nós quem resolvemos a questão.
Na elaboração da frase, as palavras relacionam-se
umas com as outras. Ao se relacionarem, elas obede-
z Quando o sujeito é um pronome interrogativo,
cem a alguns princípios: um deles é a concordância.
demonstrativo ou indefinido no plural + de nós /
Observe o exemplo: de vós, o verbo pode concordar com o pronome no
plural ou com nós / vós. Ex.: Alguns de nós resol-
A pequena garota andava sozinha pela cidade. viam essa questão. / Alguns de nós resolvíamos
A: Artigo, feminino, singular; essa questão.
Pequena: Adjetivo, feminino, singular;
z Quando o sujeito é formado por palavras plurali-
Garota: Substantivo, feminino, singular.
zadas, normalmente topônimos (Amazonas, férias,
Minas Gerais, Estados Unidos, óculos etc.), se hou-
Tanto o artigo quanto o adjetivo (ambos adjuntos ver artigo definido antes de uma palavra plura-
adnominais) concordam com o gênero (feminino) e o lizada, o verbo fica no plural. Caso não haja esse
número (singular) do substantivo. artigo, o verbo fica no singular. Ex.: Os Estados
Na língua portuguesa, há dois tipos de concordân- Unidos continuam uma potência.
cia: verbal e nominal. Estados Unidos continua uma potência.
Santos fica em São Paulo. (Corresponde a: “A cida-
CONCORDÂNCIA VERBAL de de Santos fica em São Paulo.”)
ção verbal)
Deixei-os brincar aqui. (pronome oblíquo átono to ou complemento no plural
sendo sujeito do infinitivo) Ex.: Conversa breve nos corredores pode gerar
atrito. (verbo no singular)
Quando o sujeito do infinitivo for um substantivo
no plural, usa-se tanto o infinitivo pessoal quanto o Casos Facultativos
impessoal. “Mandei os garotos sair/saírem”.
z A multidão de pessoas invadiu/invadiram o
Navegar é preciso, viver não é preciso. (infinitivo estádio.
com valor genérico)
z Aquele comediante foi um dos que mais me fez/
São casos difíceis de solucionar. (infinitivo prece-
fizeram rir.
dido de preposição de ou para)
Soldados, recuar! (infinitivo com valor de imperativo) z Fui eu quem faltou/faltei à aula. 53
z Quais de vós me ajudarão/ajudareis? Colocar o substantivo no singular e, ao enumerar
os adjetivos (também no singular), antepor um artigo
z “Os Sertões” marcou/marcaram a literatura
a cada um, menos no primeiro deles. Ex.: Ele estuda a
brasileira.
língua inglesa, a francesa e a alemã.
z Somente 1,5% das pessoas domina/dominam a
ciência. (1,5% corresponde ao singular) z Com função de predicativo do sujeito
z Chegaram/Chegou João e Maria. Com o verbo após o sujeito, o adjetivo concordará
z Um e outro / Nem um nem outro já veio/vieram com a soma dos elementos.
aqui. Ex.: A casa e o quintal estavam abandonados.
z Eu, assim como você, odeio/odiamos a política Com o verbo antes do sujeito o predicativo do su-
brasileira. jeito acompanhará a concordância do verbo, que por
sua vez concordará tanto com a soma dos elementos
z O problema do sistema é/são os impostos. quanto com o nome mais próximo.
z Hoje é/são 22 de agosto. Ex.: Estava abandonada a casa e o quintal. / Esta-
vam abandonados a casa e o quintal.
z Devemos estudar muito para atingir/atingirmos
a aprovação. Como saber quando o adjetivo tem valor de adjun-
to adnominal ou predicativo do sujeito? Substitua os
z Deixei os rapazes falar/falarem tudo. substantivos por um pronome:
Ex.: Existem conceitos e regras complicados.
Silepse de Número e de Pessoa (substitui-se por “eles”)
Fazendo a troca, fica “Eles existem”, e não “Eles
Conhecida também como “concordância irregular,
existem complicados”.
ideológica ou figurada”. Vejamos os casos:
Como o adjetivo desapareceu com a substituição,
então é um adjunto adnominal.
z Silepse de número: usa-se um termo discordando
do número da palavra referente, para concordar z Com função de predicativo do objeto
com o sentido semântico que ela tem. Ex.: Flor tem
vida muito curta, logo murcham. (ideia de plurali- Recomenda-se concordar com a soma dos substan-
dade: todas as flores) tivos, embora alguns estudiosos admitam a concor-
z Silepse de pessoa: o autor da frase participa do dância com o termo mais próximo.
processo verbal. O verbo fica na 1ª pessoa do plu- Ex.: Considero os conceitos e as regras complicados.
ral. Ex.: Os brasileiros, enquanto advindos de Tenho como irresponsáveis o chefe do setor e
diversas etnias, somos multiculturais. seus subordinados.
Algumas convenções
CONCORDÂNCIA NOMINAL
� Obrigado / próprio / mesmo
Define-se como a adaptação em gênero e número Ex.: A mulher disse: “Muito obrigada”.
que ocorre entre o substantivo (ou equivalente, como A própria enfermeira virá para o debate.
o adjetivo) e seus modificadores (artigos, pronomes, Elas mesmas conversaram conosco.
adjetivos, numerais).
O adjetivo e as palavras adjetivas concordam em Dica
gênero e número com o nome a que se referem.
Ex.: Parede alta. / Paredes altas. O termo mesmo no sentido de “realmente” será
Muro alto. / Muros altos. invariável.
Ex.: Os alunos resolveram mesmo a situação.
Casos com adjetivos
z Só / sós
z Com função de adjunto adnominal: quando o Variáveis quando significarem “sozinho” /
adjetivo funcionar como adjunto adnominal e esti- “sozinhos”.
ver após os substantivos, poderá concordar com Invariáveis quando significarem “apenas,
as somas desses ou com o elemento mais próximo. somente”.
Ex.: Encontrei colégios e faculdades ótimas. / Ex.: As garotas só queriam ficar sós. (As garotas
Encontrei colégios e faculdades ótimos. apenas queriam ficar sozinhas.)
A locução “a sós” é invariável.
Há casos em que o adjetivo concordará apenas Ex.: Ela gostava de ficar a sós. / Eles gostavam de
com o nome mais próximo, quando a qualidade per-
ficar a sós.
tencer somente a este.
Ex.: Saudaram todo o povo e a gente brasileira. � Quite / anexo / incluso
Foi um olhar, uma piscadela, um gesto estranho Concordam com os elementos a que se referem.
Ex.: Estamos quites com o banco.
Quando o adjetivo funcionar como adjunto adno- Seguem anexas as certidões negativas.
minal e estiver antes dos substantivos, poderá con- Inclusos, enviamos os documentos solicitados.
cordar apenas com o elemento mais próximo. Ex.:
Existem complicadas regras e conceitos. � Meio
Quando houver apenas um substantivo qualifica- Quando significar “metade”: concordará com o
do por dois ou mais adjetivos pode-se: elemento referente.
Colocar o substantivo no plural e enumerar o ad- Ex.: Ela estava meio (um pouco) nervosa.
jetivo no singular. Ex.: Ele estuda as línguas inglesa, Quando significar “um pouco”: será invariável.
54 francesa e alemã. Ex.: Já era meio-dia e meia (metade da hora).
� Grama Na alternativa A, a frase enunciada pela menina
Quando significar “vegetação”, é feminino; quan- deveria flexionar no feminino o adjetivo “obrigada”,
do significar unidade de medida, é masculino. portanto está incorreta. Na alternativa B, o adjeti-
Ex.: Comprei duzentos gramas de farinha. vo “inclusa” deve concordar em gênero e número,
“A grama do vizinho sempre é mais verde.” havendo a necessidade do plural, o mesmo ocorre
� É proibido entrada / É proibida a entrada em C, portanto mais duas alternativas incorretas.
Se o sujeito vier determinado, a concordância do Na alternativa D a palavra “meia” é um advérbio,
verbo e do predicativo do sujeito será regular, ou pois modifica o adjetivo tonta, sendo, portanto,
seja, tanto o verbo quanto o predicativo concorda- invariável, acarretando o erro dessa alternativa. Já
rão com o determinante. na alternativa E termos “bastantes” corretamente
Ex.: Caminhada é bom para a saúde. / Esta cami- empregado, pois assume valor de “muitos”. Respos-
nhada está boa. ta: Letra E
É proibido entrada de crianças. / É proibida a
entrada de crianças. 2. (TJ-SC – 2010) Assinale a frase correta em termos de
Pimenta é bom? / A pimenta é boa? concordância nominal:
� Menos / pseudo
São invariáveis. a) Por essa razão se faz necessária a agilização de pro-
Ex.: Havia menos violência antigamente. cedimentos como a apuração da base de cálculos.
Aquelas garotas são pseudoatletas. / Seu argumen- b) Julgo procedente em parte os pedidos promovidos
to é pseudo-objetivo. por Maria e José.
c) As duplicatas apenso não foram resgatadas.
� Muito / bastante d) O veículo estará à sua disposição no local e hora
Quando modificam o substantivo: concordam com aprazado.
ele. e) Embora meia tonta, a moça conseguiu dizer “muito
Quando modificam o verbo: invariáveis. obrigado”.
Ex.: Muitos deles vieram. / Eles ficaram muito
irritados.
O trecho “[...] se faz necessária a agilização” está
Bastantes alunos vieram. / Os alunos ficaram bas-
correto porque o termo “necessária” concorda com
tante irritados.
o artigo definido feminino singular “a”. Resposta:
Se ambos os termos puderem ser substituídos por
“vários”, ficarão no plural. Se puderem ser substi- Letra A
tuídos por “bem”, ficarão invariáveis.
3. (TJ-SC – 2010) “Ao meio-dia e ____ , encontrando a
� Tal qual porta da lancheria _____ aberta, Joana entrou e pediu
Tal concorda com o substantivo anterior; qual, ____ grama de sal e _____ porção de sanduíche.” O tex-
com o substantivo posterior. to fica gramaticalmente correto com a inserção de:
Ex.: O filho é tal qual o pai. / O filho é tal quais os
pais. a) meia – meio – meia – meia
Os filhos são tais qual o pai. / Os filhos são tais
b) meio – meia – meio – meia
quais os pais.
c) meia – meia – meia – meia
Silepse (também chamada concordância figurada)
d) meia – meio – meio – meia
É a que se opera não com o termo expresso, mas o
e) meio – meio – meio – meio
que está subentendido.
Ex.: São Paulo é linda! (A cidade de São Paulo é linda!)
Estaremos aberto no final de semana. (Estaremos Ao meio-dia e [meia hora], [...] a porta da lancheria
com o estabelecimento aberto no final de semana.) [meio = um pouco] aberta, [...] pediu [meio = meta-
Os brasileiros estamos esperançosos. (Nós, brasi- de do termo masculino grama] grama de sal e meia
leiros, estamos esperançosos.) porção [...]. Resposta: Letra D
Flexão apenas do segundo elemento Ex.: Aquela moça não esquecia os favores recebidos.
V. T. D: esquecia
� Nos substantivos compostos formados por tema Objeto direto: os favores recebidos.
verbal ou palavra invariável + substantivo ou Aquela moça não se esquecia dos favores recebidos.
adjetivo: V. T. I.: se esquecia
bate-papo – bate-papos; Objeto indireto: dos favores recebidos.
quebra-cabeça – quebra-cabeças;
arranha-céu – arranha-céus; No entanto, na Língua Portuguesa, há verbos
ex-namorado – ex-namorados; que, mudando-se a regência, mudam de sentido,
56 vice-presidente – vice-presidentes. alterando seu significado.
Ex.: Neste país aspiramos ar poluídos. � Casar: intransitivo; transitivo indireto; transitivo
(aspiramos = sorvemos) direto e indireto
V. T. D.: aspiramos Ex.: Eles casaram na Itália há anos. (intransitivo)
Objeto direto: ar poluídos. A jovem não queria casar com ninguém. (transiti-
Os funcionários aspiram a um mês de férias. vo indireto)
(aspiram = almejam) O pai casou a filha com o vizinho. (transitivo dire-
V. T. I.: aspiram to e indireto)
Objeto indireto: a um mês de férias � Chamar: transitivo direto; transitivo seguido de
predicativo do objeto
A seguir, uma lista dos principais verbos que Ex.: Chamou o filho para o almoço. (transitivo dire-
geram dúvidas quanto à regência: to com sentido de “convocar”)
Chamei-lhe inteligente. (transitivo seguido de pre-
� Abraçar: transitivo direto dicativo do objeto com sentido de “denominar,
Ex.: Abraçou a namorada com ternura. qualificar”)
O colar abraçava-lhe elegantemente o pescoço � Custar: transitivo indireto; transitivo direto e indi-
� Agradar: transitivo direto; transitivo indireto reto; intransitivo
Ex.: A menina agradava o gatinho. (transitivo dire- Ex.: Custa-lhe crer na sua honestidade. (transitivo
to com sentido de “acariciar”) indireto com sentido de “ser difícil”)
A notícia agradou aos alunos. (transitivo indireto A imprudência custou lágrimas ao rapaz. (transiti-
vo direto e indireto: sentido de “acarretar”)
no sentido de “ser agradável a”)
Este vinho custou trinta reais. (intransitivo)
� Agradecer: transitivo direto; transitivo indireto;
� Esquecer: admite três possibilidades
transitivo direto e indireto
Ex.: Esqueci os acontecimentos.
Ex.: Agradeceu a joia. (transitivo direto: objeto não Esqueci-me dos acontecimentos.
personificado) Esqueceram-me os acontecimentos.
Agradeceu ao noivo. (transitivo indireto: objeto
personificado) � Implicar: transitivo direto; transitivo indireto;
Agradeceu a joia ao noivo. (transitivo direto e indi- transitivo direto e indireto
reto: refere-se a coisas e pessoas) Ex.: A resolução do exercício implica nova teoria.
(transitivo direto com sentido de “acarretar”)
� Ajudar: transitivo direto; transitivo indireto Mamãe sempre implicou com meus hábitos.
Ex.: Seguido de infinitivo intransitivo precedido da (transitivo indireto com sentido de “mostrar má
preposição a, rege indiferentemente objeto direto disposição”)
e objeto indireto. Ele implicou-se em negócios ilícitos. (transitivo
Ajudou o filho a fazer as atividades. (transitivo direto) direto e indireto com sentido de envolver-se”)
Ajudou ao filho a fazer as atividades. (transitivo � Informar: transitivo direto e indireto
indireto) Ex.: Referente à pessoa: objeto direto; referente à
Se o infinitivo preposicionado for intransitivo, coisa: objeto indireto, com as preposições de ou
rege apenas objeto direto: sobre
Ajudaram o ladrão a fugir. Informaram o réu de sua condenação.
Não seguido de infinitivo, geralmente rege objeto Informaram o réu sobre sua condenação.
direto: Referente à pessoa: objeto direto; referente à coi-
Ajudei-o muito à noite. sa: objeto indireto, com a preposição a
Informaram a condenação ao réu.
� Ansiar: transitivo direto; transitivo indireto
� Interessar-se: verbo pronominal transitivo indi-
Ex.: A falta de espaço ansiava o prisioneiro. (tran- reto, com as preposições em e por
sitivo direto com sentido de “angustiar”) Ex.: Ela interessou-se por minha companhia.
Ansiamos por sua volta. (transitivo indireto com
sentido de “desejar muito” – não admite “lhe” � Namorar: intransitivo; transitivo indireto; transi-
como complemento) tivo direto e indireto
Ex.: Eles começaram a namorar faz tempo. (intran-
� Aspirar: transitivo direto; transitivo indireto sitivo com sentido de “cortejar”)
Ex.: Aspiramos o ar puro das montanhas. (transiti- Ele vivia namorando a vitrine de doces. (transitivo
vo direto com sentido de “respirar”) indireto com sentido de “desejar muito”)
Sempre aspiraremos a dias melhores. (transitivo “Namorou-se dela extremamente.” (A. Gar-
LÍNGUA PORTUGUESA
1. (CEPERJ – 2013) “...não passa de uma manifestação z Palavras negativas: nunca, jamais, não. Ex.: Não
de racismo, do qual, aliás, o brasileiro gosta de decla- me submeto a essas condições.
rar-se isento”. Nessa oração, o emprego da forma “do z Pronomes indefinidos, demonstrativos, relati-
qual” está ligado à presença do termo “isento”, que vos. Ex: Foi ela que me colocou nesse papel.
solicita a presença da preposição de. A frase criada z Conjunções subordinativas. Ex.: Embora se apre-
apresenta desvio da norma culta nesse mesmo tipo de sente como um rico investidor, ele nada tem.
estrutura em: z Gerúndio precedido da preposição em. Ex: Em se
tratando de futebol, Maradona foi um ídolo.
a) Os assaltos dos quais falam são cotidianos na cidade z Infinitivo pessoal preposicionado. Ex.: Na espe-
de São Paulo. rança de sermos ouvidos, muito lhe agradecemos.
b) Os crimes contra os quais lutam os policiais oferecem z Orações interrogativas, exclamativas, optati-
58 perigo à sociedade. vas (exprimem desejo). Ex.: Como te iludes!
Mesóclise a aceitação mútua de erros e desvios da norma culta
escrita: “ele escreve tudo errado, mas eu aceito para
Pronome posicionado no meio do verbo. não ser cobrado por ele da mesma forma quando
errar”. Usam-se imagens, símbolos gráficos, abrevia-
Casos que atraem o pronome para mesóclise: ções que mais se assemelham a códigos criptografa-
Os pronomes devem ficar no meio dos verbos que dos do que à própria língua portuguesa.
estejam conjugados no futuro, caso não haja nenhum O maior problema é que isso gera um reforço nega-
motivo para uso da próclise. Ex.: “Dar-te-ei meus bei- tivo: treina-se uma escrita que não promove a prática
jos agora...” ideal da comunicação verbal normatizada. O resul-
tado é que, quando ocorre a exigência da produção
Ênclise escrita, a prática que se tem não promove a eficiência
nessa categoria de comunicação.
Pronome posicionado após o verbo.
Como, em pouco tempo, desenvolver a habilidade da
Casos que atraem o pronome para ênclise: escrita em quem tem dificuldade de passar para o
papel o que tem na sua cabeça?
z Início de frase ou período. Ex.: Sinto-me muito
honrada com esse título. Inicialmente, em um procedimento tradicional
z Imperativo afirmativo. Ex.: Sente-se, por favor. de produção de textos, começa-se pela apresentação
z Advérbio virgulado. Ex.: Talvez, diga-me o quan- de exemplos de textos bem escritos, mostra-se sua
to sou importante. estrutura, apresentam-se as partes que o compõem.
Depois disso, inicia-se a identificação dessas partes e
Casos proibidos: Início de frase: Me dá esse cader- de como elaborá-las separadamente: como se constrói
no! (errado) / Dá-me esse caderno! (certo). um parágrafo; quais são as fases de sua elaboração;
Depois de ponto e vírgula: Falou pouco; se lembrou quais são os diferentes tipos de parágrafos. Também é
de nada (errado) / Falou pouco; lembrou-se de nada mostrado como podem ser os parágrafos que introdu-
(correto). zem, desenvolvem e concluem um texto dissertativo.
Depois de particípio: Tinha lembrado-se do fato E só depois de exercitar esses primeiros procedimen-
(errado) / Tinha se lembrado do fato (correto). tos é que se passa à produção de um trabalho comple-
to, buscando a eficiência do todo por intermédio do
agrupamento de cada uma das partes estudadas até a
formação de um bloco contínuo e completo.
REDAÇÃO
Importante!
REDAÇÃO DISCURSIVA
O truncamento desse trabalho ocorrerá certa-
Alunos, vamos trabalhar nesse material a redação mente se o aprendiz não se dispuser a praticar
discursiva. Aqui, apresentaremos a vocês um projeto esses conceitos. É aí que começa a frustração
de redação dissertativa. Você irá estudar algumas dos potenciais autores, pois muitas vezes só vão
características inovadoras no conceito de produção de tentar praticar a escritura da sua redação após
textos para quem quer atingir um melhor resultado terem terminado o estudo do livro didático e
em provas que exijam do candidato a habilidade de sentem muita dificuldade no momento do agru-
produzir um texto. pamento, isto é, de fazer virar o todo, aquilo que
Neste material serão apresentados os aspectos aprendeu a fazer por partes. Se o resultado não
gerais da redação discursiva em sua estrutura textual, for satisfatório, eles simplesmente assumirão a
bem como todos os passos para a sua produção com dificuldade como uma inabilidade pessoal.
eficiência. Porém, é importante dar atenção às dúvi-
das que geralmente são apresentadas pelos alunos
para que se possa dar solução aos principais proble- Como proposta de solução para essa dificulda-
mas que eles relatam. de, vamos partir de um princípio inverso em que se
começa da materialização do texto eficiente, satisfa-
Por que é tão difícil produzir um texto eficiente? zendo os anseios dos nossos alunos: começamos pelo
todo para depois estudarmos as partes. Esse trabalho
Sempre se ouvem os temores de alunos quanto consiste na elaboração de máscaras de redação, o que
LÍNGUA PORTUGUESA
às provas que cobram dos candidatos habilidades na proporciona a você um ponto de partida concreto na
produção de questões discursivas. Alguns dizem se produção de redações eficientes a partir de modelos
sentirem tão despreparados que terminam por desis- prontos e que poderão ser reproduzidos e adaptados
tir dos concursos que trazem a redação como critério para qualquer tema proposto pela banca organizado-
de classificação. ra do concurso, respeitando ainda o caráter da origi-
Tem de se reconhecer que o hábito de escrever não nalidade e da criatividade de cada autor.
está na prática do cotidiano da maioria das pessoas e As máscaras de redação garantem a eficácia sobre
que, hoje em dia, quando se dispõem a fazê-lo, exerci- os principais quesitos exigidos pelas bancas organiza-
tam essa habilidade normalmente em ambientes vir- doras dos critérios de correção dos textos, tais como
tuais como sites de comunicação e na elaboração de progressão textual e sequencialização, coesão e conse-
e-mail. Nesses expedientes ocorre o que chamam de quentemente coerência, além de atender naturalmen-
“pacto da mediocridade”, sem intenção ofensiva, que te à estrutura própria dos textos dissertativos. Outro
caracteriza a postura displicente de como se escreve e ponto importante é o de permitir ao candidato uma 59
projeção bem aproximada da extensão do seu texto Se tiver de pôr título, qual palavra dele deve-se pôr
em número de linhas. em maiúscula?
Outra finalidade dessa proposta é também a de
desenvolver uma maior agilidade na projeção e na Há duas possibilidades:
construção da redação, otimizando o tempo de sua
elaboração durante a prova. Então vamos lá! z A primeira forma convencionada diz que só a pri-
meira palavra do título deve ser iniciada por letra
maiúscula, como em:
DÚVIDAS FREQUENTES QUANTO À REDAÇÃO PARA
CONCURSOS PÚBLICOS
É bom fazer redação com o Nélson!
Selecionamos dúvidas que frequentemente apare-
z A segunda forma permite que você coloque todas
cem sobre as redações para concursos públicos e que as palavras com iniciais maiúsculas, com exceção
certamente pode ser a sua dúvida. Vejamos: dos vocábulos monossilábicos e átonos (sem senti-
do próprio), como preposições e artigos:
Qual o peso ou a importância da redação em um
concurso público? É bom fazer Redação com o Nélson!
O peso da redação é muito grande, por isso, ela Nomes próprios são sempre com iniciais
faz a diferença na aprovação. Nos concursos atuais, maiúsculas.
a redação se tornou o passaporte para o ingresso em Use pontuação significativa se for necessário,
grande parte das carreiras públicas, pois de nada vale como interrogação e exclamação. O ponto final
um resultado positivo na prova objetiva se não obti- é dispensável.
ver sucesso em sua redação.
É preciso usar letra cursiva ou pode ser de forma?
Os candidatos costumam dedicar seu tempo de
estudos à prova objetiva e deixar a redação por últi-
Como já dissemos, a letra cursiva (letra de mão)
mo. Na maioria das vezes, passam naquela e repro-
só será necessária se for uma exigência do edital. De
vam nesta. Não dá para subestimar a redação, é uma maneira geral, o que se pede é a legibilidade.
preciso exercitar sempre. Nesse caso você pode até misturar tudo:
Caligrafia / Caligrafia / CALIGRAFIA / CaliGrAfia
O que conta mais para um bom resultado: ter bons É importante sempre se lembrar de respeitar as
conhecimentos sobre o assunto apresentado na regras de caixa alta e caixa baixa, ou seja, maiúscula e
proposta ou ter bons conhecimentos em língua minúscula devem ser diferenciadas:
portuguesa? Caixa alta <CALIGRAFIA>, caixa baixa <caligrafia>.
Tese: A comida dos brasileiros é muito saudável tudo de que ele necessita para seu longo dia de trabalho”.
e tem tudo de que ele necessita para seu longo dia de O próximo passo seria o de levantar alguns argumen-
trabalho. tos que sustentassem a tese proposta com valor de ver-
Argumentos: carboidratos no arroz com feijão; dade. Veja como fizemos. Já que estávamos falando da
proteínas no bife com salada; glicose e cafeína do alimentação dos brasileiros, nada melhor do que falar-
cafezinho preto com açúcar. mos sobre seus pontos positivos, pontos estes reconhe-
cidos até por especialistas em alimentação mundial. O
1° Parágrafo valor nutricional que compõe o nosso prato mais popu-
lar. Isso mesmo, o “pf”, o “prato feito” que encontramos
Todos sabem o quanto, em nosso país, a comida em bares, pequenos restaurantes e, principalmente, na
é saudável e tem tudo de que os brasileiros necessi- maioria das mesas do povo brasileiro: o arroz com fei-
tam para seu longo dia de trabalho. Verifica-se que jão, bife e salada, finalizado com um cafezinho preto. 65
Decompomos esse prato e identificamos seus prin- Veja agora uma coletânea de frases que podem
cipais ingredientes, aqueles merecedores de destaque auxiliá-lo na introdução de seus parágrafos iniciais:
como boa argumentação a favor de nossa tese. Marcamos
o “carboidrato”, presente no arroz e no feijão, como nosso É de conhecimento geral que ... Todos sabem que,
primeiro ponto positivo. Depois foi a vez das “proteínas” em nosso país, há tempos, observa- se...
presentes no bife com salada e chegamos, finalmente, à Cogita-se, com muita frequência, que...
“cafeína” e ao “açúcar” presentes no cafezinho. Pronto, já Muito se tem discutido, recentemente, acerca de...
temos a primeira parte de nosso projeto organizado. É de fundamental importância o (a)....
O próximo passo é juntar tudo no primeiro parágra- Ao fazer uma análise da sociedade, busca-se desco-
fo, de maneira organizada, de forma que as ideias sejam brir as causas de....
Talvez seja difícil dizer o motivo pelo qual...
apresentadas em uma sequência que deixe claro ao leitor
sobre o que será falado e também qual será a sequência
Assim como no segundo parágrafo, o terceiro e o
de argumentos que será apresentado para dar credibili-
quarto também seguiram o mesmo princípio quanto
dade a nossa tese. Veja o modelo do primeiro parágrafo:
às relações de coesão. As conjunções foram posicio-
nadas para dar coerência a quase qualquer tipo de
Todos sabem o quanto, em nosso país, _____________ argumentação. Veja os parágrafos seguindo suas res-
____________________. Verifica-se que____________________(,) pectivas estruturas vazias:
___________________ além de _____________________ forne-
cem (ou - resultam, culminam, têm como consequência...) 3o Parágrafo:
_________________________________________________________.
67
MÁSCARA 02 5° (2º parágrafo) justificativas (por que isso
ocorre?): argumento “a)” + provas e exemplos
1o Parágrafo (mostre casos conhecidos ou dê exemplos seme-
lhantes ao seu argumento).
Entre os aspectos referentes a _______________.
6° Construa o parágrafo unindo as informa-
______________________ três pontos merecem desta-
ções anteriores ao argumento “a)”
que especial. O primeiro é __________________________;
_________________________________________________
o segundo ________________ e por fim________________
____________________________________________________.
2o Parágrafo
7° Faça o mesmo esquema no 3º e 4º parágra-
fos para os argumentos “b)” e “c)”
Alguns argumentam que________________________
_________________________________________________
______________________ para________________________.
___________________________________________________.
Isso porque _______________________________. Dessa
forma______________________________________________.
48° Elabore sua conclusão: (confirme sua tese
dizendo que, se algum dos argumentos não for
3 Parágrafo
o
considerado, a ideia inicial não poderá ser sus-
tentada, ou que os resultados propostos não serão
Outra preocupação constante é _______________
atingidos).
___________________________________, pois____________
_________________________________________________
________________________. Como se isso não bastasse,
___________________________________________________.
________________________ que _______________________
____________ Daí _______________________________ que
____________e que__________________________________.
esse prato foi se popularizando por todo o país, passan- Desde a época da ________________ sabe-se que
do a ser uma parte quase que indispensável da refeição ___________________________________________________
dos brasileiros. para ____________________________________. Principal-
mente hoje em dia, reconhece-se que ____________
Divisão: o parágrafo de divisão, processo tam- _____________________________________________, além
bém quase que exclusivamente didático, por de________________________________________________
causa das suas características de objetividade ____________________________________________________.
e clareza, que consiste em apresentar o tópico
frasal (frase que introduz o parágrafo) sob a
forma de divisão ou discriminação das ideias Preenchendo o modelo, teremos:
a serem desenvolvidas (normalmente a divisão
vem precedida por uma definição, ambas no Desde a época da escravidão no Brasil sabia-se
mesmo parágrafo ou em parágrafos distintos). que a alimentação dada a esses novos brasileiros era 69
boa e tinha tudo de que eles necessitavam para suprir Preenchendo o modelo, teremos:
os desgastes de um longo dia de trabalho. Hoje em dia
principalmente, já se reconhece que os carboidratos A cidade (ou região) em destaque é Pindaíba da
do arroz e do feijão, as proteínas da carne e das verduras Serra, que fica localizada em Monte Mole, região
fornecem um completo abastecimento de energia soma- nobre de Pindorama. É aí onde se localiza uma das
da ao prazer, justificando os hábitos do passado como mais belas reservas naturais de paioca-rija, um cipó
responsáveis pela tradição alimentar que preservamos. medicinal e afrodisíaco muito cobiçado pelos morado-
Interrogação: A ideia núcleo do parágrafo por res dessa região. Cercada por uma densa floresta
interrogação é colocada por intermédio de uma de mambutis gigantes, foi bem no centro desse san-
pergunta a qual serve mais como recurso retó- tuário tropical que a próspera cidadezinha se tornou
rico, uma vez que a questão levantada deve ser uma espécie de centro cultural da região por preservar
respondida pelo próprio autor. Seu desenvolvi- até hoje um dos mais tradicionais rituais de nossa his-
mento é feito por intermédio da confecção de tória: a sagração da taioba-plus, entidade sagrada e
uma resposta à pergunta. reverenciada pelos devotos naobilicos.
70
Ao preenchermos o modelo, teremos: verduras, por sua vez, oferecem as fibras que nos auxi-
liam no processamento dos alimentos pelo nosso orga-
Entre os aspectos referentes à alimentação dos nismo ajudando na absorção dos nutrientes.
brasileiros, três pontos merecem destaque especial. O
primeiro é quanto aos carboidratos presentes no arroz Desenvolvimento por exploração de causa
com feijão; o segundo diz respeito às proteínas pre- e consequência: Dentro de uma perspectiva
sentes no bife com salada e por fim a glicose somada à lógica e simples devemos compreender causa
cafeína no cafezinho preto com açúcar que fornecem um como um fator como gerador de problemas e
completo abastecimento de energia somada ao prazer. consequência como os problemas gerados pela
causa. Trabalhar com causas e consequências é
Desenvolvimento por exploração de contras-
apresentar os aspectos que levaram ao proble-
te de ideias: na ordenação do parágrafo por
ma discutido e as suas decorrências.
exposição de contrastes entre si, vocês podem se
servir de comparações, ideias paralelas, ideias
diferentes e ideias opostas.
Modelo nº 6
É de fundamental importância o ___________
Modelo nº 4 ___________________________________________________
Muitos acreditam que __________________________ __________ para___________________. Podemos men-
________________________________________________, por cionar, por exemplo, ____________________________
causa da _____________________________. Por outro que____________________, por causa ________________.
lado, sabe-se também que _________________________
____________________________________________________
________________, quando muitas vezes _____________ Ao preenchermos o modelo, teremos:
____________________________________________________.
É de fundamental importância o consumo de ali-
mentos ricos no fornecimento de energia para a movi-
Ao preenchermos o modelo, teremos: mentação do nosso corpo. Podemos mencionar, por
exemplo, o arroz com feijão que diariamente abastece
Muitos acreditam que o cafezinho preto com açúcar a nossa mesa, por causa de sua riqueza em carboidra-
pode causar excitação e ansiedade quando consumido em tos. Esse complexo alimentar nos recompõe da energia
excesso, por causa da cafeína e da glicose presentes nele. própria consumida durante o dia.
Por outro lado, sabe-se também que essas substâncias
fornecem uma carga suplementar de energia nos deixan- z Parágrafo de conclusão
do despertos logo após o almoço, quando muitas vezes
somos acometidos por uma sonolência indesejada. A conclusão de uma dissertação é o momento de
Desenvolvimento por exploração de ideias ana- se mostrar que o objetivo proposto na introdução foi
lógicas e comparação: para organização das ideias, atingido. É de fundamental importância que não ocor-
nossos redatores valem-se de expressões que indicam ra contradição com a tese proposta no início de sua
confronto valendo-se do artifício de contrapor ideias, redação, o que descaracterizaria toda a argumenta-
seres, coisas, fatos ou fenômenos. Tal confronto tanto ção. Vocês, nesse momento, devem fazer uma síntese
pode ser de contrastes como de semelhanças. Analo- geral; ou retomar a ideia inicial, reforçando os pon-
gia e comparação são também espécies de confronto:
tos de partida do raciocínio. Podem também demons-
“A analogia é uma semelhança parcial que sugere
trar que uma solução a um problema foi encontrada
uma semelhança oculta, mais completa. Na compara-
ou que uma proposta de solução pode ser alcança-
ção, as semelhanças são reais, sensíveis numa forma
verbal própria, em que entram normalmente os cha- da, ou ainda que uma resposta a uma pergunta foi
mados conectivos de comparação (quanto, como, do encontrada.
que, tal qual)”. – Comunicação em prosa Moderna – Esse momento pode também gerar um questio-
Othon M. Garcia. namento final, desde que não concorra com suas
Por exemplo: exposições anteriores. A satisfação do leitor deve ser
contemplada na conclusão para que ele não se sinta
frustrado pela expectativa criada quanto ao tema.
Modelo nº 5 Essa volta ao início do texto que a conclusão faz é algo
No caso das _______________________, porque cada que chamamos de circularidade. Esse caráter finaliza-
LÍNGUA PORTUGUESA
qual tem seus próprios valores __________________. dor da conclusão também colabora para a progressão
Enquanto a __________________________________, as e continuidade textual.
________, por sua vez, _____________________________.
Tipos diferentes de parágrafos de conclusão:
podemos enumerar alguns exemplos de con-
Ao preenchermos o modelo, teremos: clusões satisfatórias que todos poderão usar
em seus textos dissertativos.
No caso das proteínas do bife e da salada que Conclusão por síntese ou resumo: o primei-
comemos, seria melhor não generalizar, porque cada ro recurso com que trabalharemos será o do
qual tem seus próprios valores para a alimentação. resumo ou síntese geral. Nesse caso vocês reto-
Enquanto a carne é rica em proteínas que repõem mam, resumidamente, aquilo que exploraram
as perdas musculares pelo desgaste do dia-a-dia, as durante o texto: 71
Preenchendo o modelo, teremos:
Modelo nº 1
Levando-se em consideração esses aspectos Tendo em vista os aspectos observados sobre
__________________ somos levados a acreditar que nossa alimentação, só nos resta esperar que se
não é apenas por ____________________________, mas garanta a todo brasileiro o acesso a esse rico cardápio.
também _________________________________. Sendo Ou quem saiba ainda que se divulgue o sucesso de
assim_____________________________________________. nossa combinação alimentar para que o mundo saiba
que no Brasil se come bem. Consequentemente será
possível a qualquer um balancear com eficiência e bai-
xo custo do que se põe na mesa de sua casa.
Ao preenchermos o modelo, teremos: Agora, pessoal, é começar a criar seus próprios
arranjos e utilizar essas técnicas para compor reda-
ções eficientes que garantam seu sucesso em qualquer
Levando-se em consideração esses aspectos
tipo de concurso que peça a vocês um posicionamento
práticos do prato do brasileiro, somos levados a acre-
específico sobre qualquer tema.
ditar que não é apenas por prazer que somos sedu-
zidos pela nossa culinária, mas também por tudo o Construindo as Máscaras de Redação
que ela nos oferece para a manutenção de nossa saúde.
Sendo assim, a falta de qualquer um desses ingredien- Vamos agora montar nosso quebra-cabeças? Veja
tes nos causará debilidade além de insatisfação. como arranjamos os modelos de maneiras diferentes.
Observe que fizemos a opção por abrir nossa redação com uma declaração inicial. Como abordamos um tema
geral, sem uma relevância científica notória e que representa na verdade um conhecimento cultural somado às
observações de médicos e nutricionistas, a declaração foi a melhor alternativa, já que não se compromete com a
obrigatoriedade de recorrência a uma fonte de conhecimento referencial.
Em seguida, arranjamos os parágrafos de desenvolvimento mesclando os vários modelos apresentados ante-
riormente. Ao mesmo tempo em que eles nos ofereciam diversas alternativas para a estruturação de nosso pro-
jeto, também nos orientavam dando caminhos a seguir na argumentação. É como se montássemos realmente um
quebra-cabeça.
Escolhemos três modelos diferentes de parágrafos de desenvolvimento para esse projeto. Por enumerações, o
temporal e o por contraste. Forçamos um pouco a barra, primeiro criando a máscara para, só depois, completar
nossa redação. Afinal de contas, essa é a vantagem do projeto de máscaras.
Vejam como ficou:
É fato notório que a comida dos brasileiros é muito boa e tem tudo de que eles necessitam para o seu longo dia de
trabalho. Sabe-se que o arroz-com-feijão nos fornece um completo abastecimento de energia somado ao prazer.
Entre os aspectos referentes a esse par considerado completo que é o arroz com feijão, três pontos mere-
cem destaque especial. O primeiro está na riqueza de carboidratos presentes nele e que nos reabastece repondo
a energia consumida durante o dia; o segundo nos reporta ao sabor exótico e marcante que o alimento oferece,
tornando-o sempre uma escolha positiva quanto ao prazer e por fim deve-se levar em conta a vantagem do baixo
custo dessa combinação se comparado a outros alimentos também computados como importantes para a com-
posição de uma alimentação rica.
No passado, quando pensávamos em alimentação, notávamos que sua relação com sobrevivência era mui-
to maior comparada à que vemos recentemente. Hoje, por outro lado, a qualidade desses alimentos e a quali-
dade da saúde que eles proporcionam tornaram-se o foco desse pensamento. O resultado disso é que comer, na
atualidade, tornou-se um ritual de bem viver.
Muitos acreditam que a comida presente em nossas mesas é uma das mais saudáveis do mundo, por cau-
sa da sua variedade e equilíbrio. Por outro lado, sabe-se também que poderá engordar, quando muitas
vezes for consumida sem medida, com inspiração apenas no sabor e no prazer que oferece.
Levando-se em consideração esses aspectos práticos do prato do brasileiro somos levados a acreditar
que não é apenas por prazer que somos seduzidos pela nossa culinária, mas também por tudo o que ela nos ofe-
rece para a manutenção de nossa saúde. Sendo assim, concluímos que a falta desse ingrediente em nossa mesa
nos causará debilidade além de insatisfação.
Com esses modelos apresentados, desejamos mostrar como é possível programar e treinar nossos trabalhos de
redação se exercitarmos essas habilidades. Porém, é de fundamental importância que você busque ou crie um
modelo de máscara com o qual você mais se identifique. Isso para que, no momento de produção de sua redação,
principalmente se ocorrer durante uma prova de concurso, você já esteja organizado. Com isso, espera-se que
vocês tenham a vantagem de partir direto para a elaboração de seu texto sem ter de ficar parados buscando ins-
piração em um momento em que todo segundo é importante.
LÍNGUA PORTUGUESA
Neste assunto trabalharemos com a análise de algumas propostas de variadas instituições para mostrar as
diferenças entre elas. Veremos também como vêm sendo apresentados os temas e como agir diante das diferentes
exigências feitas nas últimas provas de concursos. Depois passaremos ao trabalho de orientação de como evitar
erros comuns e como buscar soluções para alguns problemas que venhamos a enfrentar quando estivermos
escrevendo a nossa redação durante a prova.
Vejamos então a proposta feita a seguir. Observe que, antes de iniciar a apresentação do tema, há orientações
claras da instituição aos candidatos para que não incorram em erros que possam desclassificá-los ou que ainda
não percam pontuações significativas na avaliação de seu texto.
73
Veja a proposta abaixo: Como última informação eles alertam para que
não se usem parênteses com essa finalidade. Os
Prova Discursiva
parênteses são elementos gramaticais de pontuação e
como tal devem ser usados em sua indicação correta,
z Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso dese-
isolando termos pertinentes ao texto e é dessa forma
je, os espaço para rascunho indicado no presente
que será avaliado seu uso.
caderno.Em seguida, transcreva o texto para a folha
Observe agora os textos motivadores para essa pro-
de texto definitivo da prova discursiva, no local
posta e o tema que deve ser abordado obrigatoriamente:
apropriado, pois não será avaliado fragmento de
texto escrito em local indevido.
Direito à saúde
z Qualquer fragmento de texto além da extensão máxi-
ma de linhas disponibilizadas será desconsiderado.
O direito à saúde é parte do conjunto de direitos
z Na Folha de Texto Definitivo, a presença de qual-
chamados de direitos sociais, que têm como inspira-
quer marca identificadora no espaço destinado à
ção o valor da igualdade entre as pessoas. No Brasil,
transição do texto definitivo acarretará a anulação
esse direito apenas foi reconhecido na CF; antes disso,
da sua prova discursiva.
o Estado apenas oferecia atendimento à saúde para
z Ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 13,00
trabalhadores com carteira assinada e suas famílias; as
pontos, dos quais até 0,60 ponto será atribuído
outras pessoas tinham acesso a esses serviços como um
ao quesito apresentação (legibilidade, respeito às
margens e indicação de parágrafos) e estrutura tex- favor e não como um direito. Na Constituinte de 1988,
tual (organização das ideias em texto estruturado). as responsabilidades do Estado foram repensadas, e
promover a saúde de todos passou a ser seu dever: “A
saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
Inicialmente o candidato é orientado a usar a folha de
mediante políticas sociais e econômicas que visem à
rascunho e depois transcrevê-la para a folha definitiva.
redução do risco de doença e de outros agravos e ao
Por quê? Porque muitos candidatos deixam para
acesso universal e igualitário às ações e serviços para a
fazer suas redações ao término da prova objetiva,
promoção, proteção e recuperação” (CF, art. 196).
quando a prova discursiva ocorre concomitante-
A saúde é um direito de todos porque sem ela
mente a esta, e acabam administrando mal o tempo.
não há condições de uma vida digna, e é um dever
Quando isso ocorre, acabam fazendo suas redações
do Estado porque é financiada pelos impostos que são
diretamente na folha definitiva e têm de assumir os
pagos pela população. Dessa forma, para que o direi-
riscos de cometer erros que não podem ser revertidos.
Ou ainda, não conseguem passar o texto “a limpo” e to à saúde seja uma realidade, é preciso que o Estado
esperam que seja corrigido assim mesmo. crie condições de atendimento em postos de saúde,
É importante saber que, por determinação apresenta- hospitais, programas de prevenção, medicamentos
da geralmente nos editais, os rascunhos não serão lidos. etc., e, além disso, é preciso que esse atendimento seja
Dessa forma, os candidatos perdem a oportunidade universal (atingindo a todos os que precisam) e inte-
de disputar a vaga para esse concurso, pois são desclas- gral (garantindo tudo de que a pessoa precise).
sificados como se não houvessem feito sua redação. A criação do SUS está diretamente relacionada à
Como falam sobre um lugar apropriado para a tomada de responsabilidade por parte do Estado.
transcrição do texto e declaram que não considera- Organizado com o objetivo de proteger, o SUS deve
rão fragmentos de textos escritos em lugar indevido, promover e recuperar a saúde de todos os brasilei-
os candidatos deverão ficar atentos às margens e ao ros, independentemente de onde morem, de tra-
número de linhas disponibilizado. Ou seja, se ultrapas- balharem ou não e de quais sintomas apresentem.
sadas as trinta linhas da folha, certamente a conclusão Infelizmente, esse sistema ainda não está completa-
ficará fragmentada. Se a margem for ultrapassada, mente organizado e ainda existem muitas falhas, no
aquela parte da palavra não será lida. O resultado des- entanto seus direitos estão garantidos e devem ser
sas desatenções prejudicará toda a coerência do texto, cobrados para que sejam cumpridos. Internet: <nev.
além de comprometer a estrutura dissertativa. incubadora.fapesp.br> (com adaptações).
Por fim, vêm as orientações quanto ao erro de gra- A humanização é um movimento com crescente e
fia: que nem sempre aparecem nesse quadro inicial, disseminada presença, assumindo diferentes sentidos
mas que sempre servem como referência para todas as segundo a proposta de intervenção eleita. Aparece, à
provas. Lembrem-se sempre de que o corretor não é primeira vista, como a busca de um ideal, pois, sur-
um perito do serviço de inteligência nacional, que bus- gindo em distintas frentes de atividades e com signi-
ca meios científicos e investigativos para decodificar ficados variados, segundo os seus proponentes, tem
informações relevantes de uma mensagem secreta. Por representado uma síntese de aspirações genéricas
isso, se seu texto tiver problemas quanto à legibilidade, por uma perfeição moral das ações e relações entre
mais pontos serão perdidos, ou pior, serão desclassifi- os sujeitos humanos envolvidos. Cada uma dessas
cados caso não se possa ler o que foi escrito. frentes arrola e classifica um conjunto de questões
Veja como as bancas trabalham com o possível práticas, teóricas, comportamentais e afetivas que
erro na transcrição de uma palavra. Você deve apenas teriam uma resultante humanizadora.
passar um traço sobre a palavra, a frase, o trecho ou o Nos serviços de saúde, essa intenção humanizado-
sinal gráfico e escrever em seguida o respectivo subs- ra se traduz em diferentes proposições: melhorar a
tituto. Exemplo: relação médico-paciente; organizar atividades de
convívio, amenizadas e lúdicas, como as brinquedo-
Depois de hoje, iremos para nossas cag casas muito tecas e outras ligadas às artes plásticas, à música e ao
felizes. teatro; garantir acompanhante na internação da crian-
ERROU? ça; implementar novos procedimentos na atenção
CORRIGIU! psiquiátrica, na realização do parto — parto humani-
74 zado — e na atenção ao recém-nascido de baixo peso
— programa da mãe-canguru —; amenizar as condi- Unificar as informações sobre o oferecimen-
ções do atendimento aos pacientes em regime de to de serviços apropriados aos pacientes, bem
terapia intensiva; denunciar a “mercantilização” da como oferecer meios de locomoção contínua
medicina; criticar a “instituição total” e tantas outras aos que necessitam de buscar outras unidades
proposições. Internet: <www.scielo.br> que possam atendê-los;
Fiscalizar e avaliar continuamente a qua-
A NECESSIDADE DE HUMANIZAÇÃO DOS lidade dos serviços oferecidos expondo os
SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE resultados à população, além de apresentar
cronogramas dos projetos de evolução de
z Compreendendo a proposta desenvolvimento científico e tecnológico a
serem implementados em prol da saúde.
O primeiro passo, ao analisar os textos propostos,
é buscar os principais pontos de maior destaque por Feito isso, vamos usar o processo inverso com as
eles abordados. Destacamos para vocês as palavras- palavras-chave e organizar nosso projeto de texto.
-chave de cada parágrafo para construir uma síntese Observe:
sobre as principais ideias. Essa é uma atitude que tam- Já passou da hora de reconhecer no povo brasileiro
bém pode ser tomada durante a análise das propostas, o valor de homem vivente e não apenas de ver esse povo
pois é assim que poderá se construir a tese em sinto- como se fosse um coletivo impessoal; como se não res-
nia com o tema. pirassem, nem pensassem; como se fossem um núme-
O próximo passo é organizar essas informações, ro em um gráfico de estatística e não existissem. Para
relacionando-as ao tema, como se elas pudessem res- que o homem prevaleça com sua dignidade, deve-se
ponder a uma pergunta feita a partir do tema. Veja procurar treinar melhor os profissionais de saúde,
uma possibilidade: unificar as informações sobre o oferecimento de
serviços, além de fiscalizar e avaliar continuamen-
z Como humanizar os serviços públicos de saúde? te a qualidade dos serviços oferecidos.
Daqui para frente vocês já sabem... é o Arroz-com-
Vamos agora produzir algumas possíveis respostas -Feijão, ou seja, os modelos que apresentamos exten-
com as palavras que destacamos no texto: samente ao longo do material.
Demonstramos aqui algumas formas diferentes de
Cobrar dos governantes condições dignas de análise de propostas, mas que compreendem pratica-
atendimento por se tratar de um dever do esta- mente a forma básica de trabalho com todas as dife-
do reverter em benefícios à população os valo- rentes instituições e diferentes propostas, assim como
res arrecadados em impostos; dissemos que faríamos. Vamos passar agora para o aca-
Responsabilizar o governo pela proteção e bamento de nossa redação, pois alguns aspectos devem
recuperação da saúde de todos; ou ser observados antes que fechemos a nossa redação.
z Por que é necessário humanizar os serviços 20 DICAS COM SÍNTESE DE ALGUNS ASPECTOS DE
públicos? GRANDE RELEVÂNCIA
Para garantir a todos o direito à saúde, já que se Reunimos aqui algumas informações importantes
trata de uma determinação de nossa constituição, para a organização e revisão de seu trabalho. Algumas
prestando serviços de atendimento ao público; até já foram trabalhadas anteriormente, mas as retoma-
remos para criar um procedimento de observação geral.
Para destacar que a humanização dos serviços
públicos não é apenas uma aspiração de perfeição
moral, mas, antes de tudo, um programa de melho- z 1° Estética: grafia / alinhamento / paragrafação /
ria nas relações de convívio com os agentes de respeito às margens;
saúde, promovendo o desenvolvimento de novos Essa serve para qualquer prova de concurso. Já
procedimentos de atendimento aos pacientes; falamos a respeito disso, mas é importante reforçar.
A maioria das bancas exige que os candidatos apre-
Para poder denunciar as especulações e a mer-
sentem uma escrita que permita a leitura clara do tex-
cantilização dos serviços médicos e criticar a
to sem a preocupação com o tipo de letra, respeitando
instituição em sua totalidade e rejeitar proposi-
apenas questões de caixa alta (letra grande marcan-
ções que não atendam às aspirações populares.
do o início de frases e nomes próprios) e caixa baixa
(letra pequena compondo o restante da palavra).
Agora vamos criar uma tese que se encaixe com
A segunda parte desse item aborda o respeito às
essas respostas, como por exemplo:
LÍNGUA PORTUGUESA
2 cm
Parágrafo Ordem direta:
Eu comprei um belo carro novo hoje pela manhã.
Margens
z 5° Colocação pronominal: qualquer palavra atrai
o pronome oblíquo, por isso não inicie orações e
períodos com verbo.
O último item desse quesito trata da paragrafação, Caso você esteja com qualquer dúvida em relação
ou seja, disposição dos parágrafos dentro da redação. à colocação pronominal, coloque uma palavra antes
O candidato deverá deixar bem clara a distância em do verbo e o pronome será atraído para trás do verbo.
que se iniciará a escritura do parágrafo para que se Assim a colocação pronominal sempre ficará correta.
faça a diferença com a escrita iniciada junto à mar-
gem. Um afastamento de aproximadamente 2 cm já Falaria-se muito sobre este assunto naquele dia.
é suficiente, ou ainda recorra à velha dica da escola, (errado)
pulando dois dedos.
Falar-se-ia muito sobre este assunto naquele dia.
z 2° O erro: apenas uma linha sobre as palavras (certo)
erradas;
Ou
Já falamos sobre isso, mas vou trazer esse item de
Muito se falaria sobre este assunto naquele dia.
volta:
(sempre certo)
Você deve apenas passar um traço sobre a palavra,
a frase, o trecho ou o sinal gráfico e escrever em segui-
z 6° Impessoalidade: as verdades gerais sempre
da o respectivo substituto.
têm maior valor.
Exemplo:
As opiniões pessoais pouco contribuem para a
Depois de hoje, iremos para nossas cag casas muito
sustentação de uma ideia. Por isso as afirmações
felizes.
apresentadas terão melhor aceitação se trouxerem
representações gerais de valor coletivo:
z 3° Faça períodos curtos: + ou - 3 períodos por
Acredita-se em vez de Acredito
parágrafo.
Sabe-se em vez de Sei
Com os modelos que lhes apresentamos, vocês
Ou outras expressões generalizantes como:
puderam observar que, para cada parágrafo de apro-
É de conhecimento geral... / Muitos entendem
ximadamente 5 linhas, usamos pelo menos 3 perío-
que... / Muito se tem discutido sobre...
dos. Com isso conseguimos algumas vantagens como
a de ser mais objetivos e diretos ao abordar uma ideia
e também a de isolar um possível erro dentro de um z 7° A tese: é aí que você apresenta o seu ponto de
período sem projetá-lo para o resto do parágrafo. vista, o seu posicionamento diante do tema;
z 8° Os argumentos: é comum a cobrança de temas
(1)É de fundamental importância o ........................ próprios às funções dos cargos disputados, por isso
........................ ........................ ........................ ........................ preste sempre atenção nos assuntos recorrentes
para........................ ........................./(2) Podemos mencio- dos textos da prova;
nar, por exemplo, ................................................................
que........................ ........................, por causa .................... z 9° Não se põe título nas redações para concursos: a
.........................../ (3) Esse ........................ ........................do menos que isso seja uma exigência do edital.
que........................ ......................... z 10° Evite a repetição das palavras: use sinôni-
76 mos e outros termos de recuperação.
que = o qual / a qual; anos. Um levantamento, por meio da Lei de Acesso
onde = em que , no qual / na qual; à Informação, indicou mais de 1,7 milhão de autua-
ções, com crescimento contínuo desde 2008. O avanço
z 11° Vocabulário: procure sempre a clareza na das infrações nos últimos cinco anos ficou acima do
apropriação vocabular. A linguagem simples torna aumento da frota de veículos e de pessoas habilitadas:
o texto mais fluente: pense em explicar seus argu- o número de motoristas flagrados bêbados continua
mentos como se falasse a uma criança de 10 anos. crescendo, em vez de diminuir com o endurecimento
Não use erudições do tipo “hodiernamente”; diga: das punições ao longo desses anos. Internet: <g1.glo-
atualmente ou hoje em dia bo.com> (com adaptações).
z 12° Interferência positiva: se possível apresen- Nas estradas federais que cortam o estado de Per-
te propostas que dêem solução aos problemas nambuco, durante o feriadão de Natal, a PRF registrou
levantados na redação. Não fique apenas fazendo cento e três acidentes de trânsito, com cinquenta e
dois feridos e sete mortos. Segundo a corporação, seis
constatações óbvias. “Se é para falar bobagem, o
motoristas foram presos por dirigir bêbados e houve
melhor é ficar quieto.”
oitenta e sete autuações pela Lei Seca. Os números
z 13° Não faça críticas ao governo: essa postura é são parte da Operação Integrada Rodovia, deflagrada
pobre e pouco criativa – é o que se chama de lugar pela PRF. Em 2017, foram registrados noventa aciden-
comum. É como se vocês fossem pedir emprego tes. No ano passado, a ação da polícia teve um dia a
em uma empresa e criticassem o patrão durante a menos. Internet: <g1.globo.com> (com adaptações).
entrevista. Isso é ser muito ingênuo. Considerando que os fragmentos de texto acima
z 14° O rascunho é importante: é a sua garantia de têm caráter unicamente motivador, redija um texto
poder fazer uma revisão eliminando erros, além dissertativo acerca do seguinte tema.
disso, o acabamento bem feito garante a você até O Combate às Infrações de Trânsito nas Rodo-
10 % da nota da redação se a estética for um dos vias Federais Brasileiras
critérios de pontuação. Vale sempre a pena capri- Ao elaborar seu texto, aborde os seguintes aspectos:
char. Lembre-se de que é função de quem escreve
seduzir o leitor e o estímulo visual contribui para 1. Medidas adotadas pela PRF no combate às infra-
que haja uma boa impressão; ções; [valor: 7,00 pontos]
z 15° Atente para as expressões vagas ou de signifi- 2. Ações da sociedade que auxiliem no combate às
cado amplo e sua adequada contextualização. Ex.: infrações; [valor: 6,00 pontos]
conceitos como “certo”, “errado”, “democracia”, 3. Atitudes individuais para a diminuição das infra-
“justiça”, “liberdade”, “felicidade” etc. ções. [valor: 6,00 pontos]
z 16° Evite expressões como “belo”, “bom’, “mau”,
Tema 2
“incrível”, “péssimo”, “triste”, “pobre”, “rico” etc;
são juízos de valor sem carga informativa, impre-
Preâmbulo da Constituição Federal de 1988 (CF)
cisos e subjetivos.
dispõe que o Estado democrático se destina a asse-
z 17° Fuja do lugar-comum, frases feitas e expres- gurar o exercício dos direitos sociais e individuais,
sões cristalizadas: “a pureza das crianças”, “a sabe- a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvi-
doria dos velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios mento, a igualdade e a justiça como valores supremos
da linguagem oral devem ser evitados, bem como de uma sociedade fraterna, pluralista e sem precon-
o uso de “etc” e as abreviações. ceitos, fundada na harmonia social e comprometida,
z 18° Não se usam entre aspas palavras estrangei- na ordem interna e internacional, com a solução pací-
ras sem correspondência na língua portuguesa: fica das controvérsias. A missão das forças policiais
hippie, status, dark, punk, chips etc. é garantir ao cidadão o exercício dos direitos e das
garantias fundamentais previstos na CF e nos instru-
z 19° Observe se não há repetição de ideias, falta de
mentos internacionais subscritos pelo Brasil (art. 5.º,
clareza, construções sem nexo (conjunções mal
§ 2.º, da CF).
empregadas), falta de concatenação (coesão) de
O cumprimento dessa missão exige preparo dos
ideias nas frases e nos parágrafos entre si, divaga-
integrantes das corporações policiais, que devem per-
ção ou fuga ao tema proposto.
seguir incansavelmente a verdade dos fatos sem se
z 20° Caso você tenha feito uma pergunta na tese afastar da estrita observância ao ordenamento jurí-
ou no corpo do texto, verifique se a argumenta- dico vigente, que deve ser observado por todos, em
ção responde à pergunta. Se você eventualmente respeito ao Estado democrático de direito. Wlamir
encerrar o texto com uma interrogação, esta pode Leandro Motta Campos. Polícia Federal e o Estado
estar corretamente empregada desde que a argu-
LÍNGUA PORTUGUESA
z 1 Natureza jurídica da busca e apreensão, seus Código Civil (…) Art. 187 Também comete ato ilí-
objetivos e suas características e normas gerais. cito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
[valor: 7,00 pontos] manifestamente os limites impostos pelo seu fim eco-
z 2 Requisitos para o cumprimento da busca e nômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
apreensão em suas modalidades domiciliar e pes-
soal. [valor: 6,00 pontos] Internet: .<www.planalto.gov.br>
z 3 Relativamente à situação hipotética apresenta-
da: possibilidade jurídica de realização da diligên- “Não podemos confundir liberdade de expressão
cia no horário noturno. [valor: 3,00 pontos] nas redes sociais com irresponsabilidade, senão o
z 4 Relativamente à situação hipotética apresenta- exercício dessa liberdade torna-se abuso de direito”,
da: possibilidade jurídica de realização de busca alerta a advogada Patrícia Peck Pinheiro, especialista
pessoal nas pessoas encontradas no interior do em direito digital. “O que mais prejudica a liberdade
imóvel, bem como no interior dos veículos estacio- de todos é o abuso de alguns, a ofensa covarde e anô-
nados na garagem. [valor: 3,00 pontos] nima, isso não é democracia”. Os chamados crimes
contra a honra na Internet — que envolvem ameaça,
Tema 7
calúnia, difamação, injúria e falsa identidade — têm
gerado cada vez mais processos judiciais. Um levan-
João foi indiciado em inquérito policial (IP), e, no
tamento divulgado pelo Superior Tribunal de Justi-
curso deste, o juiz competente, de ofício, decretou a pri-
ça lista sessenta e cinco julgamentos recentes que
são temporária do dito indiciado. Para defender seus
LÍNGUA PORTUGUESA
interesses, João constituiu um advogado que, na pri- resultaram em pagamento de indenizações, retirada
meira oportunidade, requereu ao delegado de polícia de páginas do ar, responsabilização de agressores e
responsável acesso a todos os elementos de prova no outras condenações em favor das vítimas. Na opinião
curso do IP, para permitir a ampla defesa de seu cliente, de Patrícia Peck, a falta de educação e a impunidade
de modo a se garantir, assim, o devido processo legal. contribuem para os excessos na Internet. Segundo
Acerca da situação hipotética acima apresentada ela, “Sem educação em ética e leis, corremos o risco
e do IP, redija um texto dissertativo que atenda, de de a liberdade de expressão e o anonimato digital se
modo fundamentado, às determinações e aos questio- converterem em verdadeiros entraves à evolução da
namentos seguintes. sociedade digital, pois tornarão o ambiente da Inter-
net selvagem e inseguro”.
z 1 Apresente o conceito e a finalidade do IP. [valor:
2,00 pontos] Internet< www.cartacapital.com.br> (com adaptações) 79
Considerando as ideias precedentes nos fragmen- uma finalidade ilícita, ao passo que, tratando-se de con-
tos textuais apresentados anteriormente, redija um duta culposa, a finalidade é quase sempre lícita. Nesse
texto dissertativo a respeito do seguinte tema: caso, os meios escolhidos e empregados pelo agente
O anonimato digital e o abuso do direito à liber- para atingir a finalidade lícita é que são inadequa-
dade de expressão dos ou mal utilizados. Rogério Greco. Curso de direito
Ao construir seu texto, apresente um exemplo de
penal – parte geral. p. 196 (com adaptações).
situação em que emissão de opinião no meio digital
Considerando que o fragmento de texto acima tem
pode significar abuso de direito e discuta maneiras de
prevenir ou coibir esse tipo de comportamento. caráter unicamente motivador, redija um texto dis-
sertativo acerca dos crimes culposos.
Tema 10 Seu texto deve conter, necessariamente,
Um tribunal regional eleitoral elaborou o seu pla- z 1. Os elementos do crime culposo e a descrição de pelo
no estratégico junto à cúpula de juízes. Do ponto de menos dois desses elementos; [valor: 12,00 pontos]
vista administrativo, o plano foi bem elaborado, z 2. Os conceitos de culpa inconsciente, culpa consciente
no entanto a estratégia não está sendo alcançada. A e dolo eventual e suas diferenças; [valor: 12,00 pontos]
maioria dos servidores não tem conhecimento da mis-
são, da visão de futuro, dos valores, nem sabe associar z 3. Os conceitos de culpa imprópria e tentativa.
ao plano estratégico as atividades que executa no dia [valor: 14,00 pontos]
a dia do órgão. O mapa estratégico passou a ser um
mero cartaz sem significado nas paredes do tribunal. Tema 13
Considerando que o princípio constitucional da
eficiência vem ganhando cada vez mais destaque A foto de Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos
nos processos de gestão judiciária e administrativa de idade morto em uma praia da Turquia quando
das cortes judiciais brasileiras; e considerando ainda sua família tentava imigrar para a Europa, comoveu
que, para o alcance da eficiência, é necessário que os o mundo todo. E serviu para vários países europeus
órgãos do Poder Judiciário revisem suas estruturas, ampliarem sua quota de refugiados — não todos,
sua forma de funcionamento e, sobretudo, dispo-
naturalmente — e para a opinião pública internacio-
nham de um plano bem estruturado para executar
nal se conscientizar da magnitude do problema repre-
adequadamente a estratégia e garantir a qualidade
dos serviços prestados à população, redija um texto sentado pelas centenas de milhares, talvez milhões,
dissertativo a respeito do plano estratégico do tribu- de famílias que fogem da África e do Oriente Médio
nal do caso hipotético descrito. Ao elaborar seu texto, para o mundo ocidental, onde, acreditam, encontra-
faça o que se pede a seguir: rão trabalho, segurança e uma vida digna e decente
que seus países não lhe oferecem.
z 1. Discorra sobre planejamento estratégico e sua Considerando que o fragmento de texto acima tem
finalidade. [valor: 10,00 pontos] caráter unicamente motivador, redija um texto dis-
z 2. Defina missão, visão e valores organizacionais. sertativo acerca do seguinte tema:
[valor: 10,00 pontos] As atuais correntes migratórias: o drama huma-
no que afronta a consciência universal
z 3. Explique o que são objetivos estratégicos. [valor: Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os
8,00 pontos]
seguintes aspectos:
z 4. Aponte as possíveis falhas na execução da estra-
tégia e as possíveis ações a serem adotadas para que z 1.Os fatores que levam milhares de pessoas a
a estratégia seja alcançada. [valor: 10,00 pontos] enfrentar a perigosa travessia do Mediterrâneo;
[valor: 3,50 pontos]
Tema 11
z 2. O dilema moral vivido pela Europa entre rece-
Considerando a integração da gestão da qualidade ber ou rejeitar os imigrantes; [valor: 3,00 pontos]
no cotidiano das organizações, redija um texto disser- z 3. O papel da opinião pública internacional na
tativo acerca do seguinte tema. sociedade contemporânea. [valor: 3,00 pontos]
Ao elaborar seu texto, faça o que se pede a seguir. Na trajetória da administração pública brasileira,
destacam-se o modelo burocrático, associado ao poder
z 1.Conceitue o ciclo PDCA. [valor: 10,00 pontos] racional-legal, e o modelo gerencialista, representado
z 2. Cite e defina as quatro fases do ciclo PDCA.
pela nova administração pública. Discorra sobre os
[valor: 15,00 pontos]
seguintes tópicos, relacionados a esses dois modelos:
z 3. Apresente o detalhamento das etapas da primei-
ra fase do ciclo PDCA. [valor: 13,00 pontos]
z 1. Contextos em que esses modelos surgiram;
Tema 12 [valor: 9,00 pontos]
z 2. Propósito de cada um desses modelos; [valor:
Toda conduta dolosa ou culposa pressupõe uma 9,00 pontos]3. Princípios e práticas norteadores
finalidade. A diferença entre elas reside no fato de que, (apresente, ao menos, três para cada modelo).
80 em se tratando de conduta dolosa, como regra, existe [valor: 20,00 pontos]
Tema 15 z 3. Objetivos expressos na Lei do RDC; [valor: 2,50
pontos]
O comandante de determinado quartel instaurou
inquérito policial militar para apurar desvios de mate- z 4. Diretrizes relativas às licitações e aos contratos
riais na seção do almoxarifado. No curso do procedimen- administrativos. [valor: 3,00 pontos]
to, o encarregado indiciou um tenente, um sargento, um
cabo e um soldado, imputando-lhes a autoria dos fatos. Tema 18
No indiciamento, os quatro constituíram o mesmo advo-
gado para defende-los, o qual, de imediato, solicitou ao Quando não havia um Estado organizado, a
encarregado o acesso a todos os procedimentos realiza- solução dos conflitos se dava pela atuação dos pró-
dos, tenham sido eles documentados ou não, para possi- prios interessados: a força vencia a disputa. No
bilitar a ampla defesa e o contraditório. entanto, com a consolidação do Estado, atribuiu-se
A respeito das informações descritas na situação ao Poder Judiciário, imparcial, a função de aplicar a
hipotética acima e com base no entendimento do lei na busca da pacificação social. Assim, a jurisdição
Supremo Tribunal Federal e na legislação e doutrina garantiu ao Estado a legitimidade para agir em nome
pertinentes, redija um texto dissertativo acerca do do interesse público e, ao jurisdicionado, a segurança
pedido do advogado. jurídica para prosperar.
Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os Redija um texto dissertativo acerca do clean code.
seguintes aspectos: Seu texto deverá abordar, necessariamente,
Tema 16
Certamente a consolidação dos bitcoins não revogará Texto para as questões 8, 9, 10 e 11.
as outras modalidades de circulação de riqueza cria-
Ciência do esporte – sangue, suor e análises
das ao longo da história, posto que ainda é possível
trocar mercadorias, emitir letras de câmbio, transacio- Na luta para melhorar a performance dos atletas […],
nar com moedas e outros títulos. Ao longo do tempo o Comitê Olímpico Brasileiro tem, há dois anos, um
aprendemos também que os instrumentos se renova- departamento exclusivamente voltado para a Ciência
ram e se tornaram mais sofisticados, fato que consti- do Esporte. De estudos sobre a fadiga à compra de
tui um desafio para o mundo do direito. materiais para atletas de ponta, a chave do êxito é uma
AVANZI, Dane. UOL TV Todo Dia. Disponível em: <http://portal. só: o detalhamento personalizado das necessidades.
tododia.uol.com.br/_conteudo/2015/03/opiniao/65848-moeda- Talento é fundamental. Suor e entrega, nem se fala.
digital-deve-revolucionar-a-sociedade.php>. Acesso em: 09 ago. Mas o caminho para o ouro olímpico nos dias atuais
2015. passa por conceitos bem mais profundos. Sem distin-
Adaptado. ção entre gênios da espécie e reles mortais, a máqui-
na humana só atinge o máximo do potencial se suas
5. (CESGRANRIO — 2015) Para que a leitura de um texto características individuais forem minuciosamente
seja bem sucedida, é preciso reconhecer a sequência estudadas. Num universo olímpico em que muitas
em que os conteúdos foram apresentados. Esse texto, vezes um milésimo de segundo pode separar glória e
antes de explicar como eram realizadas as transações fracasso, entra em campo a Ciência do Esporte. Por-
financeiras na época medieval, refere-se que grandes campeões também são moldados atra-
vés de análises laboratoriais, projetos acadêmicos e
a) à importância da criação de novos serviços na área finan- modernos programas de computador.
ceira, o que é de grande relevância para a sociedade. A importância dos estudos científicos cresceu de tal
b) à possibilidade de criação de lastro para as moedas vir- forma que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) há dois
tuais devido à adesão de grandes empresas mundiais. anos criou um departamento exclusivamente dedica-
c) à invenção de um documento financeiro para evitar o do ao tema. [...]
transporte de valores entre grandes distâncias. — Nós trabalhamos para potencializar as chances de
d) à criação de instrumento a ser utilizado na aquisição resultados. O que se define como Ciência do Esporte
de produtos e serviços por meio eletrônico. é na verdade uma quantidade ampla de informações
e) ao surgimento do fenômeno da internet, responsável que são trazidas para que técnico e atleta possam uti-
pela transformação do mundo em uma aldeia global. lizá-las da melhor maneira possível. Mas o líder será
sempre o treinador. Ele decide o que é melhor para
6. (CESGRANRIO — 2015) De acordo com as regras de o atleta — ressalta o responsável pela gerência de
regência verbal estabelecidas pela norma-padrão da desenvolvimento e projetos especiais, que cuida da
Língua Portuguesa, o elemento destacado está ade- área de Ciência do Esporte no COB, Jorge Bichara.
quadamente empregado em: A gerência também abrange a coordenação médica do
comitê. Segundo Bichara, a área de Ciência do Esporte
a) Os inadimplentes infringem aos regulamentos estabe- está dividida em sete setores: fisiologia, bioquímica,
lecidos pelas financeiras ao deixar de cumprir os pra- nutrição, psicologia, meteorologia, treinamento espor-
zos dos empréstimos. tivo e vídeo análise.
b) Os comerciantes elogiaram aos bancos às medidas Reposição individualizada
tomadas a favor de seus empreendimentos.
c) Vários executivos procuram realizar cursos de espe- Na prática, o atleta de alto rendimento pode dispor
cialização porque cobiçam aos estágios mais avança- desde novos equipamentos, que o deixem em igual-
dos da carreira. dade de condições de treino com seus principais con-
d) Os funcionários mais graduados das grandes empre- correntes, até dados fisiológicos que indicam o tipo de
sas aspiram aos melhores cargos tendo em vista o reposição ideal a ser feita após a disputa.
aumento de seu poder aquisitivo. No futebol feminino, já temos o perfil de desgaste de
e) Algumas grandes empresas responsáveis pelas redes cada atleta e pudemos desenvolver técnicas individuais
sociais ludibriam aos princípios estabelecidos por lei de recuperação. Algumas precisam beber mais água,
ao permitir postagens agressivas. outras precisam de isotônico — explica Sidney Caval-
LÍNGUA PORTUGUESA
12. (CESGRANRIO — 2013) Que forma verbal está empre- Dialética da mudança
gada no mesmo tempo e modo que pudemos?
Certamente porque não é fácil compreender certas
a) Forem questões, as pessoas tendem a aceitar algumas afir-
b) Cresceu
mações como verdades indiscutíveis(a) e até mesmo a
c) Será
irritar-se quando alguém insiste em discuti-las. É natu-
d) Deixem
ral que isso aconteça, quando mais não seja porque
e) Indicam
as certezas nos dão segurança e tranquilidade. Pô-las
em questão equivale a tirar o chão de sob nossos pés.
13. (CESGRANRIO — 2013)
Não necessito dizer que, para mim, não há verdades
indiscutíveis, embora acredite em determinados valo-
100 Coisas
res e princípios que me parecem consistentes. De fato,
É febre. Livros listando as cem coisas que você deve é muito difícil, senão impossível, viver sem nenhuma
fazer antes de morrer, os cem lugares que você deve certeza, sem valor algum.
conhecer antes de morrer, os cem pratos que você No passado distante, quando os valores religiosos se
deve provar antes de morrer. Primeiramente, me impunham à quase totalidade das pessoas, poucos
espanta o fato de todos terem a certeza absoluta de eram os que questionavam, mesmo porque, dependen-
84 que você vai morrer. Eu prefiro encarar a morte como do da ocasião, pagavam com a vida seu inconformismo.
Com o desenvolvimento do pensamento objetivo e da 15. (CESGRANRIO — 2013) No trecho do Texto “Introduzi-
ciência, aquelas certezas inquestionáveis passaram a ram-se as ideias não só de evolução como de revolu-
segundo plano, dando lugar a um novo modo de lidar ção.”, o verbo concorda em número com o substantivo
com as certezas e os valores. Questioná-los, reava- que o segue.
liá-los, negá-los, propor mudanças às vezes radicais O verbo deverá ser flexionado no plural, caso o subs-
tornou-se frequente e inevitável, dando-se início a uma tantivo destacado que o segue esteja no plural, EXCE-
nova época da sociedade humana. Introduziram-se as TO em:
ideias não só de evolução como de revolução(b).
Naturalmente, essas mudanças não se deram do dia a) Ao se implantar o uso do computador nas salas de
para a noite, nem tampouco se impuseram à maio- aula, corresponde-se à expectativa dos alunos de
ria da sociedade. O que ocorreu de fato foi um pro- estarem antenados com os novos tempos.
cesso difícil e conflituado em que, pouco a pouco, a b) Com o advento dos novos tempos, reafirma-se a tese
visão inovadora veio ganhando terreno e, mais do que relacionada à necessidade de mudança.
isso, conquistando posições estratégicas, o que tor-
c) Defende-se a visão conservadora do mundo com o
nou possível influir na formação de novas gerações,
argumento de que a sociedade não aceita mudanças.
menos resistentes a visões questionadoras.
d) Em outras épocas, valorizava-se a pessoa que não ques-
A certa altura desse processo, os defensores das tionava os valores religiosos impostos à população.
mudanças acreditavam-se senhores de novas ver- e) No passado, questionava-se a mudança de valores e
dades, mais consistentes porque eram fundadas no
crenças para não incentivar o caos social.
conhecimento objetivo das leis que governam o mun-
do material e social. Mas esse conhecimento era ain-
Texto para as questões 16 e 17
da precário e limitado.
Inúmeras descobertas reafirmam a tese de que a 100 Coisas
mudança é inerente à realidade tanto material quanto
espiritual(c), e que, portanto, o conceito de imutabilida-
É febre. Livros listando as cem coisas que você deve
de é destituído de fundamento.
fazer antes de morrer, os cem lugares que você deve
Ocorre, porém, que essa certeza pode induzir a outros conhecer antes de morrer, os cem pratos que você
erros: o de achar que quem defende determinados deve provar antes de morrer. Primeiramente, me
valores estabelecidos está indiscutivelmente errado.
espanta o fato de todos terem a certeza absoluta de
Em outras palavras, bastaria apresentar-se como ino-
que você vai morrer. Eu prefiro encarar a morte como
vador para estar certo. Será isso verdade? Os fatos
uma hipótese. Mas, no caso, de acontecer, serei obri-
demonstram que tanto pode ser como não.
gada mesmo a cumprir todas essas metas antes? Não
Mas também pode estar errado quem defende os valo- dá pra fechar por cinquenta em vez de cem?
res consagrados e aceitos. Só que, em muitos casos,
não há alternativa senão defendê-los. E sabem por quê? Outro dia estava assistindo a um DVD promocional que
Pela simples razão de que toda sociedade é, por defini- também mostra, como imaginei, as cem coisas que a
ção, conservadora, uma vez que, sem princípios e valo- gente precisa porque precisa fazer antes de morrer.
res estabelecidos, seria impossível o convívio social. Me deu uma angústia, pois, das cem, eu fiz onze até
Uma comunidade cujos princípios e normas mudassem agora. Falta muito ainda. Falta dirigir uma Ferrari, fazer
a cada dia seria caótica e, por isso mesmo, inviável. um safári, frequentar uma praia de nudismo, comer
Por outro lado, como a vida muda e a mudança é ine- algo exótico (um baiacu venenoso, por exemplo), visi-
rente à existência, impedir a mudança é impossível(d). tar um vulcão ativo, correr uma maratona [...].
Daí resulta que a sociedade termina por aceitar as Se dependesse apenas da minha vontade, eu já teria
mudanças(e), mas apenas aquelas que de algum modo um plano de ação esquematizado, mas quem fica com
atendem a suas necessidades e a fazem avançar. as crianças? Conseguirei cinco férias por ano? E quem
patrocina essa brincadeira?
GULLAR, Ferreira. Dialética da mudança. Folha de São Paulo, 6 maio
2012, p. E10. Hoje é dia de mais um sorteio da Mega-Sena. O prê-
mio está acumulado em cinquenta milhões de reais.
14. (CESGRANRIO — 2013) No Texto, o verbo atender exi- A maioria das pessoas, quando perguntadas sobre
ge a presença de uma preposição para introduzir o ter- o que fariam com a bolada, responde: pagar dívidas,
mo regido. comprar um apartamento, um carro, uma casa na
Essa mesma exigência ocorre na forma verbal desta- serra, outra na praia, garantir a segurança dos filhos e
cada em: guardar o resto para a velhice.
LÍNGUA PORTUGUESA
88
O objetivo, ou o propósito, do texto se encontra
em meio à leitura. Assim, para identificá-lo, é preci-
so realizar uma leitura atenta que vai além do que
está escrito. Bem como mencionado anteriormente, a
— Wow, I love your new pants! They are beautiful. ENGLISH PORTUGUÊS
Where did you get them? — said the American girl
— Excuse me??? — the English man replied with a Chocolate Chocolate
surprised expression on his face.
Different Diferente
— Your new pants... Why? What’s wrong? — She
had her eyes wide open. Constant Constante
— Oh, you mean my trousers? Yeah, they great. I
bought them at the shop downtown. — he finally under- Music Música
stood what she meant.
Interesting Interessante
— What did you think I was talking about first?
— she, on the other hand, was still confused with the Present Presente
whole conversation.
Important Importante
LÍNGUA INGLESA
Por via das dúvidas quanto ao uso de uma palavra To be saved by the bell Ser “salvo pelo gongo”
e seu significado, alguns renomados dicionários “Quebrar o gelo”,
como o Oxford Dictionary e o Merriam-Webster To break the ice
descontrair
Dictionary possuem suas versões online hoje,
o que pode auxiliar o estudante a conferir rapi- Observe que na tabela apresentada, algumas
damente em seu computador ou celular se uma expressões possuem equivalentes na língua portugue-
palavra é cognata ou não.
sa e outras não. Isso ocorre devido ao fato de que tra-
duções não são suficientes para entender o contexto
EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS
de um idioma. É preciso entender a cultura, a história,
o humor e até a população de um país para realmen-
Todo idioma possui uma gama de expressões idio-
máticas oriundas de sua cultura, do folclore, dos cos- te poder entender como esse idioma foi construído e
tumes e das interações entre grupos sociais em um fundamentado. Este aprofundamento permitirá um
país. As expressões idiomáticas no inglês são frases conhecimento mais amplo do idioma, o que será bené-
que não significam exatamente o que se esperaria tra- fico sempre que se fizer necessário estudar aspectos
duzindo-as ao pé da letra. Em alguns casos, as expres- linguísticos que estão intrinsecamente relacionados à
sões possuem equivalente na língua portuguesa, em cultura, aos costumes e à população de um país.
outros são tão característicos daquela cultura que
sequer possuem um equivalente direto e precisam ser ESTRATÉGIAS PARA INTERPRETAR TEXTOS
explicadas com outras palavras.
Algumas expressões são utilizadas em conversas Na hora de interpretar um texto em inglês, antes
comuns do cotidiano, cada qual com sua peculiari- mesmo de iniciar a leitura, deve-se responder a algu-
dade, sem regras que padronizem seu uso. Basta um mas perguntas que identificam pontos cruciais do tex-
conhecimento mais popular do idioma, através de to, capazes de estabelecer critérios úteis para facilitar
músicas, filmes, séries e vídeos, para ser capaz de
a interpretação no momento em que a leitura será
identificar quando uma expressão não quer dizer o
realizada. Confira a seguir:
que ela literalmente significaria ao ser traduzida. Con-
fira uma lista de expressões idiomáticas comuns na
língua inglesa: z Identificar quem é o autor;
z Identificar quem é o narrador (por vezes é o pró-
prio autor);
To make a long face Fazer cara de desgosto z Identificar a quem o texto se dirige, seu público;
To make something up Inventar uma história z Identificar o gênero textual em questão;
Ao expressar uma ideia por meio de uma oração na língua inglesa, há duas possibilidades quanto ao senti-
do da frase que podem ser observadas: o denotativo e o conotativo. Ambos possuem funções distintas de igual
importância para a construção intencional de ideias em um idioma e, bem como no português, estão presentes
na comunicação.
Orações com o sentido denotativo expressam o sentido literal da mensagem, ou seja, é a representação real e
exata das palavras e ideias apresentadas na frase.
Já o sentido conotativo expressa uma ideia metafórica ou figurada a partir de comparações e expressões idio-
máticas. Observe a comparação das orações a seguir para entender melhor os conceitos de denotação e conotação:
A primeira oração pode ser definida como uma denotação, pois expressa de forma literal o estado da tem-
peratura do lado de fora. Já a segunda oração é conotativa devido ao uso do verbo freezing (congelando) – pro-
vavelmente não esteja frio a ponto de um indivíduo ser congelado, mas a ideia é expressar que o frio do lado de
fora é intenso.
Confira mais um exemplo:
z That knockout was the highlight of the boxing match (Aquele nocaute foi o ponto alto da luta de boxe).
z Angelina Jolie was a knockout in that beautiful black dress (Angelina Jolie estava um nocaute naquele lindo
vestido preto).
Veja que, na primeira oração, o interlocutor fala de um nocaute com o sentido exato da palavra; já na segunda
oração, a ideia de “nocaute” é conotativa, pois apenas ilustra e transmite as impressões do interlocutor de forma
metafórica devido à aparência da atriz – ou seja, a beleza era tanta que “nocauteou” aqueles que a avistaram em
seu vestido preto.
Algumas expressões idiomáticas são úteis para a construção de orações no sentido conotativo, pois indicam
ideias metafóricas que apenas simbolizam o contexto real. Veja na tabela a seguir alguns exemplos de frases cono-
tativas, com suas traduções literais e também o sentido real.
It’s raining cats and dogs. Está chovendo gatos e cachorros. Está chovendo muito.
You didn’t see the accident, Você não viu o acidente, tenha um Você não viu o acidente, tenha piedade/
have a heart! coração. dó.
I won’t tell anyone, my lips are Eu não contarei a ninguém, meus lábios Eu não contarei a ninguém, minha boca
sealed. estão selados. é um túmulo/está fechada.
The lie you just told him won’t A mentira que você acabou de contar a A mentira que você acabou de contar a
wash. ele não vai lavar. ele não vai colar/não será acreditada.
Break a leg, you’ll do great! Quebre uma perna, você irá bem! Boa sorte, você irá bem!
They caught me red-handed. Eles me pegaram de mão vermelha. Eles me pegaram no flagra.
We had no clue she stole the Nós não tínhamos nenhuma pista de Nós não fazíamos ideia de que ela rou-
pen. que ela roubou a caneta. bou a caneta.
LÍNGUA INGLESA
She roared like a lion because Ela rugiu como um leão porque estava Ela gritou/resmungou alto porque esta-
she was hungry. com fome. va com fome.
Os exemplos anteriores podem exemplificar de maneira clara a noção de que nem sempre as orações em
inglês poderão ser traduzidas de modo literal, pois possuem sentidos completamente diferentes da tradução ori-
ginal, afinal, sua intenção é metafórica, figurativa, configurando-se, assim, conotativa.
A simplicidade do sentido denotativo, por outro lado, pode ser observada na sua construção, pois cada palavra
expressa o próprio sentido semântico, sem que haja qualquer tipo de representação figurativa. Confira a tabela a
seguir com exemplos de orações denotativas e seus significados. 95
Tipos de substantivos
ORAÇÃO DENOTATIVA TRADUÇÃO
She was feeling dizzy be- Ela estava com tontura por PROPER NOUNS EXEMPLOS SIGNIFICADO
cause of the hot weather. causa do clima quente.
Referem-se ao nome dos
seres de modo específi- Caroline Caroline
Você estava estudando co, indicando o nome de Australia Austrália
Were you studying for the
para o exame com os pessoas, de locais, dos London Londres
exam with the boys? dias e meses, nomes Architect Arquiteto
meninos?
próprios de instituições, Friday Sexta-feira
Gabe tried to convince us Gabe tentou nos conven- marcas e organizações, Pepsi Pepsi
to go with him. cer de irmos com ele. de profissões etc..
Concretos Significado
Ela poderia me ajudar
Could she help me with
com a minha lição de Chair Cadeira
my homework?
casa? Fantasy Fantasia
Armor Armadura
She received a letter from Ela recebeu uma carta de Bee Abelha
her friend. sua amiga. Dream Sonho
Por que eles estavam tra- Coletivos Significado
Why were they working
balhando até tão tarde na
so late last Friday? Kennel Canil
sexta-feira?
People Pessoas
Shoal Cardume
Note que, nas orações anteriores, não há jogo de Herd Manada
palavras ou expressões incomuns que indiquem algo Grove Arvoredo
além do que as palavras de fato significam, pois a
Abstratos Significado
intenção é realmente expressar-se de modo literal,
“sem rodeios”, sem metáforas. Love Amor
Hate Ódio
Encouragement Encorajamento
Kindness Bondade
CONHECIMENTO DOS ASPECTOS Spirit Espírito
GRAMATICAIS BÁSICOS PARA A
COMPREENSÃO DE TEXTOS
COMMON NOUNS
SUBSTANTIVOS
Contáveis Significado
Os substantivos são responsáveis por nomear os
seres, isto é, nomeiam objetos, pessoas, lugares, emo- Table Mesa
ções, fenômenos da natureza, animais etc. Dentre Pencil Lápis
Pillow Travesseiro
todos os elementos importantes de serem aprendi-
Door Porta
dos em um outro idioma, os substantivos compõem
uma classe de palavras cruciais para a construção Incontáveis Significado
de um bom aprendizado na língua inglesa, pois é a
partir deles que se constitui um vasto conhecimento Bread Pão
Water Água
de vocabulário. Podemos classificar os substantivos
Advice Conselho
em dois grupos: proper nouns (substantivos próprios)
Information Informação
96 e common nouns (substantivos comuns).
COMMON NOUNS SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO
ao sufixo ou às terminações de cada palavra. Como via cas para cada grupo. Confira a seguir.
de regra, é só acrescentar o –s ou -es, no caso de pala-
vras terminadas em –s, –ss, –ch, –sh, –x, –z e –o, ao fim Pronomes pessoais
da palavra para que ela se torne plural.
São eles as palavras que indicam pessoas, lugares,
SINGULAR PLURAL TRADUÇÃO objetos, animais, entre outros. Dentro deste grupo
existem dois casos: subject pronouns, que agem como
Car Cars Carro/carros sujeitos nas orações, os que realizam a ação; e object
pronouns, os que são objetos da ação ou “sofrem” a
Bus Buses Ônibus/ônibus
ação na oração. Observe seu uso e exemplos: 97
z Subject Pronouns
z Object Pronouns
Pronomes possesivos
É comum ao falante de língua portuguesa confundir-se e utilizar o pronome possessivo your (seu, sua) para se
referir aos sujeitos da primeira pessoa do singular he, she e it, pois em português é possível a construção de uma
oração como “ela ama seus pais”, considerando que “seus” é pronome possessivo referente ao sujeito ela; estaria
errada, no entanto, a tradução pé da letra “she loves your parents”, pois o pronome possessivo your se refere ao
sujeito You. O correto, então, seria “she loves her parents”.
Pronomes reflexivos
Estes pronomes são utilizados para concordar com o sujeito inicial da oração e sempre aparecem logo após o
verbo. Vale ressaltar que os pronomes reflexivos são usados apenas com um grupo específico de verbos na língua
inglesa, propriamente reflexivos. Confira a seguir alguns exemplos.
I check it myself.
MYSELF A mim, a mim mesmo, -me
Eu chequei eu mesmo.
Temos dois tipos especiais de pronomes, os demonstrativos ou relativos e os indefinidos. Os pronomes demons-
trativos são usados para indicar algo durante a oração, são eles: this (este, esta, isto), these (estes, estas), that (aque-
le, aquela, aquilo) e those (aqueles, aquelas). Veja alguns exemplos:
Helen will show us that beautiful painting. (Helen vai nos mostrar aquela linda pintura)
How much for those pants? (Quanto custam aquelas calças?)
Os pronomes relativos são usados para indicar relação entre partes da oração, são eles: that (que), which (o
qual, a qual, que), whose (cujo, cuja, de quem), who (que, quem), whom (a quem). Veja alguns exemplos:
This is the bus which takes me home (Este é o ônibus que me leva para a casa)
Is this the girl whose house was robbed? (Esta é a garota cuja casa foi roubada?)
He is the teacher who got arrested. (Ele é o professor que foi preso)
The man whom you called is my husband. (O homem a quem você ligou é meu marido).
I never knew that sang. (Eu nunca soube que você cantava) 99
Já os pronomes indefinidos são aqueles que acompanham o substantivo de maneira imprecisa, ou seja, sem de
fato identificar quem ou o que é o pronome através de algumas palavras específicas. Observe a tabela com alguns
exemplos:
Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos são elementos linguísticos usados em perguntas para as quais as respostas são um
nome. Observe a seguir a tabela:
Where have you been? I’ve been jogging at the park. (Estive correndo no
Where (onde, aonde)
(Onde você esteve?) parque?)
A partir dos exemplos, é possível observar que, no caso dos pronomes interrogativos, a resposta é sempre um
nome, ainda que de modo oculto ou subentendido. Os pronomes interrogativos jamais se referem às circunstân-
cias ou razões.
O estudo dos tempos verbais na língua inglesa é um dos mais importantes tópicos a ser abordado diante da
necessidade de maior compreensão técnica do idioma. Diferentemente da língua portuguesa, o inglês possui pou-
cos tempos verbais, apresentando características e conjugações simples e semelhantes, o que facilita o estudo do
idioma. Cada qual possui usos específicos e características únicas que devem ser exploradas durante o aprofun-
damento no conhecimento sobre a língua.
Simple present
O presente simples em inglês, a caráter de estudo, possui uma divisão simples entre pronomes. Os pronomes
da terceira pessoa do singular enquadram-se em uma categoria e os demais em outra. Apesar de suas conjugações
serem simples ao expressar ações no tempo presente, em alguns casos elas se diferenciam. O padrão de conjuga-
ção no presente simples é estabelecido, retirando o “to” do verbo no infinitivo em todos os casos.
Observe que o “to” foi removido para realizar a conjugação de acordo com o pronome em questão. Essa regra
se aplica à seguinte lista de pronomes (veja como exemplo a conjugação do verbo citado anteriormente):
100
I (eu) Eat I (eu) Am (sou, estou)
You (tu, você) Eat You (tu, você) Are (é, está)
You (vós, vocês) Eat They (Eles, elas) Are (são, estão)
O uso do presente contínuo é utilizado para expres- A partir do conhecimento deste tempo verbal, pode-
sar ações que se iniciam no presente e seguem con- mos explorar a estrutura do present continuous. Soma-
LÍNGUA INGLESA
tinuamente. Para se comunicar no presente simples do ao verbo to be, adiciona-se um verbo de ação no
contínuo, é preciso utilizar um verbo muito famoso gerúndio, caracterizado na língua inglesa pelo sufixo
da língua inglesa, o verbo ser e estar, o to be. Antes -ing, a fim de expressar uma ação contínua. Observe:
de entender o presente simples contínuo, devemos ter
pleno conhecimento do uso deste verbo importante Lucy is playing with the other kids. (Lucy está brin-
do idioma. Novamente, separaremos os sujeitos em cando com as outras crianças)
dois grupos para conjugarmos o verbo ser e estar no You aren’t doing your job well. (Você não está
tempo presente na afirmativa (obs.: abre-se apenas fazendo seu trabalho bem)
uma exceção para o sujeito em primeira pessoa, I, que Are they studying for the test? (Eles estão estudan-
apresenta conjugação diferenciada): do para a prova?) 101
Simple past
Did she finish high school Ela terminou o ensino
in January? médio em janeiro?
O passado simples da língua inglesa é utilizado
para expressar ações realizadas e finalizadas no tem- Did we start a new busi- Nós começamos um
po passado. Ao utilizarmos este tempo verbal deve- ness course? novo curso de negócios?
mos ter em mente dois conceitos importantes: o uso
do verbo auxiliar Did e a existência de dois grupos de Did you cry the whole Vocês choraram durante
verbos no passado (regulares e irregulares). movie? o filme todo?
Os verbos regulares no passado possuem uma ter-
Did they try to convince her Eles tentaram convencê-
minação padrão em “-ed” ou “-ied” (verbos termina-
of the truth? -la da verdade?
dos em y precedidos por uma consoante). No entanto,
existem muitas exceções e muitos verbos que não se
comportam da mesma maneira quando conjugados Quando nos referimos aos verbos irregulares do
no tempo passado, estes são chamados irregulares. passado, não podemos definir nenhuma regra espe-
A mudança nos verbos para o tempo passado a cífica para identificá-los, mas podemos memorizar as
partir de modificações na estrutura do próprio verbo exceções para melhor nos comunicarmos em inglês.
ocorre apenas em frases afirmativas. Em frases nega- Confira a seguir uma tabela de verbos irregulares
tivas e interrogativas, utilizamos o verbo auxiliar did e como exemplo:
o verbo retorna ao seu estado original (infinitivo sem
o “to”). Confira alguns exemplos com verbos regulares
na afirmativa: VERBO
VERBO NO
IRREGULAR TRADUÇÃO
INFINITIVO
NO PASSADO
I studied at a public Eu estudei em uma esco-
school! la pública. To eat Ate Comer
You worked really hard! Você trabalhou duro! To come Came Vir
She finished high school in Ela terminou o ensino To leave Left Partir, sair, deixar
January. médio em janeiro.
To understand Understood Entender
We started a new busi- Nós começamos um
ness course. novo curso de negócios. To say Said Dizer
You cried the whole Vocês choraram durante To send Sent Enviar
movie. o filme todo.
To write Wrote Escrever
They tried to convince her Eles tentaram convencê-
of the truth -la da verdade To read Read Ler
We didn’t start a new busi- Nós não começamos um To bring Brought Trazer
ness course. novo curso de negócios.
To buy Bought Comprar
You didn’t cry the whole Vocês não choraram du-
movie. rante o filme todo. To sell Sold Vender
A partir do conhecimento deste tempo verbal, Tradução: Ele conversou com o diretor.
podemos explorar a estrutura do past continuous.
Somado ao verbo to be, adiciona-se um verbo de ação O verbo to talk (conversar) é um verbo regular e,
no gerúndio, caracterizado na língua inglesa pelo portanto, assume sua forma no particípio de maneira
sufixo -ing, a fim de expressar uma ação contínua. idêntica a sua forma no passado simples, talked.
Observe: Em frases negativas no presente perfect, é o verbo
auxiliar que fica negativo. Soma-se o not ao have ou ao
Luke was playing with Jimmy. (Luke estava brin- has, podendo vir contraído como haven’t ou hasn’t.
LÍNGUA INGLESA
TO BE (PARTICÍPIO) been She had already eaten when we arrived home with
pizza.
VERBO GERÚNDIO working (Ela já tinha comido quando nós chegamos em
casa com pizza)
COMPLEMENTO in the company
TEMPO for a long time. Observe que na oração anterior a primeira parte,
identificada como past perfect, expressa uma ação
Tradução: Ela trabalha na empresa há muito tempo. que já havia acontecido antes da oração em present
simple. Ainda que as ações na oração estejam inver-
Note que é necessário acrescentar o verbo to be no tidas, o past perfect marca a ordem cronológica dos
particípio e complementar com um verbo no gerún- acontecimentos.
dio, que é o verbo responsável pela ideia de continui-
dade temporal na oração, marcado pelo sufixo -ing When we arrived home with pizza, she had already
(work – working). Como você pode observar, o pre- eaten,
sente perfect continuous não pode ser traduzido de (Quando nós chegamos em casa com pizza, ela já
forma literal, pois não possuímos um equivalente a tinha comido.)
ele na língua portuguesa, quando queremos dizer que
alguém ainda hoje realiza uma ação que realizava no Note que, assim como no presente perfect, alguns
passado, usamos o presente simples: advérbios de frequência são utilizados no past perfect
para indicar ações que já ocorreram ou não em algum
Ex.: Ele joga tênis desde os 12 anos. momento na vida. São eles: ever, already, never e yet.
Eles são colocados logo após o verbo auxiliar, salvo
No inglês, isto se dá de forma diferente pela com- pelo yet que deve estar no fim da oração. Observe
preensão de que a ação de jogar o esporte se inicia no alguns exemplos:
passado e segue ocorrendo até o presente como uma
ação contínua em gerúndio (ele ainda está jogando). She had never been to another country. (Ela nunca
Observe como esta mesma oração ficaria em inglês: tinha estado em outro país)
I had already made that mistakes. (Eu já tinha
Ex.: He has been playing tennis since he was 12. cometido aquele erro)
Had you ever had thai food before this? (Você já
Apesar de não existir incidência de tempo de modo tinha comido comida tailandesa antes disso?)
exato, como dia da semana ou a hora, no presente per- They hadn’t decided anything yet. (Eles não tinham
104 fect continuous há sim incidência de tempo de modo decidido nada ainda)
Past perfect continuous ação mais antiga no passado, por ser marcada pelo
past perfect em sua estrutura (had been investigating),
O past perfect continuous da língua inglesa é um e a seguinte oração, “eles finalmente o resolveram”,
tempo verbal usado para expressar ações que se ini- expressa outra ação no passado simples, o que indica
ciaram no tempo passado, antes de outra ação tam- que ela ocorreu após a mais antiga na linha cronológi-
bém no passado, e continuaram ocorrendo dentro de ca de tempo. Confira ainda mais um exemplo:
um determinado tempo de forma contínua, repercu-
tindo até um determinado momento no próprio pre- When our grandpa decided to order pizza (2), we
térito, também podendo indicar mudanças de estado had already had dinner (1).
e comportamento. Observe a seguir:
Passado
SUJEITO He (1) (2) Presente
He had been investigating the case for months (1) A conjugação das orações com going to no futuro
when they finally cracked it (2). simples se dá do mesmo modo que as orações com
verb to be no presente simples.
(Ele estava investigando o caso há meses quando Em orações cuja intenção é expressar um futuro
eles finalmente o resolveram) incerto ou mais distante do presente, usa-se o WILL.
Sua estrutura é bem simples, observe um exemplo na
LÍNGUA INGLESA
É preferível que esta oração seja substituída por “ele By – utiliza-se They will have Eles terão entre-
conversará com vocês sobre o assunto durante a pales- quando nos refe- delivered the gado o projeto
tra” na língua portuguesa. No inglês, no entanto, utili- rimos a prazos e project by noon. até o meio-dia.
za-se do presente continuous para indicar que a ação tempo limite.
será contínua e permanecerá sendo realizada por mais
tempo do que de costume. Para isso utilizamos o auxiliar For – refere-se John will have John estará es-
do futuro WILL + o verb to be no infinitivo (sem o “to”) + ao tempo total, been studying tudando há um
um verbo com ing + complemento da frase. à duração de for a whole year. ano.
uma atividade
He will be talking to you about the subject during
Since – expres- They will have Eles estarão
the lecture.
sa o tempo been together juntos desde a
inicial de uma since the party. festa.
Veja a seguir mais exemplos em diferentes modos:
possível ação
futura, marcan-
The principal will be hosting the do seu tempo.
anual party.
AFIRMATIVA
(O diretor estará sendo o anfitrião
da festa anual) Observe que, em seu uso na negativa, apenas colo-
ca-se o not depois do verbo auxiliar do futuro WILL
She won’t be calling any of the em- (também apresentado com contração – won’t):
ployees this week.
NEGATIVA
Ela não estará ligando para ne-
nhum funcionário esta semana SUJEITO They
Will she be attending prom with her WILL + NOT will not/won’t
boyfriend? HAVE (AUX.) have
INTERROGATIVA
Ela estará indo à festa de formatu-
ra com seu namorado? TO BE (PARTICÍPIO) been
Este tempo verbal pode ser um pouco diferente Já na interrogativa, basta inverter a posição do
para falantes da língua portuguesa, mas quando bem sujeito e do verbo auxiliar do futuro WILL:
estudado é passível de ser completamente compreen-
dido e totalmente usual. O future perfect continuous WILL Will
expressa a continuação de ações que serão termina-
das em algum tempo no futuro, ou seja, incluem uma SUJEITO Anna
ideia de passado dentro do tempo verbal futuro em
HAVE (AUX.) have
106 sua estrutura.
Note que os verbos apresentados nos exemplos
TO BE (PARTICÍPIO) been
anteriores (recommend, suggest, demand, ask) todos
VERB + ING traveling dão a ideia de sugestões, pedidos ou requisições, exis-
tem alguns outros também que expressam a mesma
COMPLEMENTO since March. ideia, tais como: propose (propor), insist (insistir),
intend (pretender), request (solicitar), requite (exigir),
Tradução: Anna estará viajando desde março? entre outros.
Logo em seguida do pronome objeto ao qual se
Imperativo e subjuntivo refere o pedido, vem acompanhado o verbo em seu
formato infinitivo (sem o to). Observe que em outros
O imperativo trata-se de um recurso linguísti- tipos de oração o correto seria “she comes”, “the mee-
co usado quando o interlocutor pretende dar uma ting ends”, “the gates are” ou “the service starts”, no
ordem, um comando, uma proibição ou uma instru- entanto, ao se tratar do subjuntivo, é necessário apli-
ção de modo direto. Quando utilizamos o imperativo car a regra do infinitivo.
na língua inglesa, a oração não necessita vir acom- No caso de orações negativas no presente do sub-
panhada de um sujeito porque subentende-se quem juntivo, coloca-se o not (não), antes do verbo no infi-
receberá a ordem pelo contexto. nitivo. Confira:
Em alguns casos, quando a ação em questão pre-
sente na frase é afirmativa, é necessário que o verbo z We recommend that she not come early. (Nós reco-
esteja em sua forma no infinitivo, ou seja sem con- mendamos que ela não chegue cedo)
jugação, com a ausência do “to”. É observando este z The company suggests that the meeting not end by
modo verbal único que se pode identificar a presença noon. (A empresa sugere que a reunião não termi-
de uma frase imperativa em inglês. Observe a seguir ne até o meio-dia)
alguns exemplos afirmativos: z Presidency demanded that the gates not be closed.
(A presidência exigiu que os portões não estives-
z et out of the way! (Saia do caminho)
G sem fechados)
z Wait for me, please. (Espere por mim, por favor) z Our pastor asked that the service not start earlier
z Stay here, I’ll be right back. (Fique aqui, eu já volto) today. (Nosso pastor pediu que o culto não comece
z Do whatever you have to do. (Faça o que tiver que mais cedo hoje)
fazer)
Voz ativa e passiva
Já quando a ordem, sugestão, comando ou instru-
ção é algo negativo, com o sentido de proibição, usa-se A voz ativa ocorre quando o discurso é direto na
DO NOT (não) para início de frase, podendo aparecer ordem sujeito + verbo + complemento da oração/objeto,
em sua forma contraída DON’T. Observe: costuma ser a ordem “natural” das orações e é a forma
mais comum e simples de comunicar uma mensagem.
z o not feed the animals. (Não alimente os animais)
D Já a voz passiva ocorre quando o discurso é indireto e o
z Don’t talk to me like this. (Não fale comigo assim) complemento da oração, ou seu objeto, toma o lugar de
z Do not start it without me. (Não comece sem mim) sujeito; este discurso trata-se de um recurso linguístico
z Don’t cry, it’s okay. (Não chore, está tudo bem) mais complexo, muito utilizado em livros, em poemas e
também em situações em que o objeto é mais importan-
Quando falamos sobre o tema subjuntivo na língua te de ser mencionado na oração em determinado con-
inglesa, estamos nos referindo a uma forma gramati- texto. Observe a diferença na tabela a seguir:
cal usada a fim de fazer pedidos, sugestões, bem como
em orações condicionais. O presente do subjuntivo VOZ She read all the Ela leu todos os
pode ser identificado a partir de um uso específico do ATIVA books livros
verbo em orações, encontramos o verbo em questão
VOZ All the books were Todos os livros
sem a conjugação esperada, mas sim no infinitivo sem
PASSIVA read by her. foram lidos por ela.
o “to” — be (ser), see (ver), prepare (preparar), keep
(manter) etc. Além disso, as orações no presente do
subjuntivo, usadas para expressar sugestões ou pedi- Note que no primeiro exemplo a ordem direta da
dos, vêm marcadas pela conjunção that (que). Obser- voz ativa é estabelecida.
ve alguns exemplos:
COMPLEMENTO/OBJETO DA
SUJEITO VERBO
z We recommend that she come early. (Nós recomen- AÇÃO
LÍNGUA INGLESA
He left his cell phone here. His cell phone was left here.
Pretérito
(Ele deixou seu celular) (Seu celular foi deixado aqui)
My mom will study that ancient civilization. That ancient civilization will be studied by my mom.
Futuro
(Minha mãe vai estudar aquela civilização antiga) (Aquela civilização antiga será estudada por minha mãe)
Existem outros tempos verbais mais complexos como o present, past ou future perfect, entre outros, que tam-
bém apresentam orações em voz passiva. A estrutura permanece a mesma das orações em tempos verbais mais
simples, no entanto, é necessário atentar-se à estrutura original de cada tempo verbal, cujo uso de verbos no par-
ticípio (done, been, seen, known) e verbos auxiliares (have, had, will have) já é usual Veja:
Julie had been developing new ideas. New ideas had been developing by Julie.
Past perfect
(Julie estava desenvolvendo novas ideias) (Novas ideias estavam sendo desenvolvidas pela Julie)
We will have started the project by Monday. The project will have been started by us by Monday.
Future perfect
(Nós teremos começado o projeto até segunda) (O projeto terá sido começado por nós até segunda)
Importante
O uso da voz passiva é um dos temas mais comuns de se encontrar em provas e concursos. Recomendamos
um estudo aprofundado de seu uso, em especial quanto à interpretação de texto.
ADJETIVOS
Os adjetivos dão características aos substantivos, a fim de expressar o estado, a condição, a qualidade ou os
defeitos a eles. Em inglês, podem apresentar variação quanto ao grau, podendo estabelecer relações comparativas
ou superlativas. No entanto, não possuem variação quanto ao gênero (masculino e feminino) e número (singular e
plural), como ocorre na língua portuguesa. Sendo assim, um adjetivo é usado de maneira imutável para referir-se a
qualquer substantivo, seja ele no masculino ou no feminino, no singular ou no plural. Veja a seguir alguns exemplos:
Which brownie do you prefer: the small chocolate-chip ones or the big chocolate ones?
(Quais brownies você prefere: os pequenos de pepitas de chocolate ou os grandes de chocolate?)
Tipos de adjetivos
Podemos classificar os diferentes tipos de adjetivos em alguns grupos específicos conforme a ideia que expres-
sam em uma oração. Observe a tabela:
TIPOS EXEMPLO
Adjetivos de tamanho big (grande), small (pequeno), huge (enorme), tiny (minúsculo).
Adjetivos de cor green (verde), Orange (laranja), blue (azul), silver (prateado).
Adjetivos de material plastic (plástico), metal (metal), cotton (algodão), wood (madeira).
108
TIPOS EXEMPLO
Adjetivos de opinião beautiful (bonito), weird (estranho), awful (horrível), good (bom).
Adjetivos de religião atheist (ateu), catholic (católico), jewish (judeu), buddist (budista).
Adjetivos de idade old (velho), young (jovem), teenager (adolescente), adult (adulto)
Antes de mais nada, deve-se ter bem claro que a posição e ordem dos adjetivos em inglês funciona de forma
diferente do uso comum em português. Os adjetivos em inglês devem vir antes do substantivo.
Além disso, quando a oração apresenta mais de um adjetivo, é preciso seguir uma ordem específica. Observe
o esquema abaixo e confira alguns exemplos:
Opinião → Tamanho → Idade → Formato → Cor → Origem → Religião → Material → Propósito → Nome
That was a pretty (1) little (2) Baptist (3) church (4). // Aquela era uma igrejinha batista pequena e bela.
Those were some really ugly-looking (1) brown (2) leather (3) horseback-riding (4) pants (5). // Aquelas
calças de couro marrons de cavalgar eram muito feias.
I lost my heart-shaped (1) yellow (2) Indian (3) cotton (4) pillow (5) on our trip to Bali! // Eu perdi minha
almofada amarela de formato de coração de algodão indiano na nossa viagem para Bali!
Adjetivos possessivos
Os adjetivos possessivos no inglês são parecidos com os pronomes possessivos e à maneira como os usamos.
Em uma oração, eles pedem que um substantivo os acompanhe logo após seu uso.
Observe os adjetivos possessivos juntamente com o pronome a quem se referem:
We Our We love to spend our money! Nós amamos gastar nosso dinheiro!
You Your The teacher loves your kids. A professora ama seus filhos.
They Their Their car is very noisy. O carro deles é muito barulhento.
109
Grau dos adjetivos
Quando falamos em grau de adjetivos em inglês, referimo-nos a dois tipos: aos adjetivos comparativos e aos
adjetivos superlativos. Eles se referem aos adjetivos relativos da língua inglesa.
Adjetivos relativos
z Comparativos
Usamos os adjetivos comparativos para estabelecer comparação entre dois ou mais seres (substantivos),
podendo esta comparação ser:
Uma regra gramatical importante a ser estabelecida quanto aos comparativos é o uso de -er ou -ier em adje-
tivos com 3 ou menos sílabas, como em fast – faster ou busy – busier, seguidos de than (do que) para estabelecer
relação de comparação; e o uso de more ou less seguido de adjetivos com 3 ou mais sílabas, como em interesting
– more interesting/less interesting, igualmente seguido de than (do que) para estabelecer relação de comparação.
z Superlativos
Usamos os adjetivos superlativos para intensificar o grau de superioridade ou inferioridade de um ser (subs-
tantivos) em detrimento de outros.
Uma regra gramatical importante a ser estabelecida quanto aos superlativos é o uso de -est ou -iest (no caso de
adjetivos terminados em y) em adjetivos com 3 ou menos sílabas, como em nice – nicest ou pretty – prettiest, ante-
cedido do artigo the. Em alguns casos, quando há a sequência consoante + vogal + consoante (cvc), como no caso
do adjetivo big ou fun, deve-se dobrar a última consoante e acrescentar -est à palavra (the biggest; the funnest). No
caso de adjetivos com mais de 3 sílabas, devemos colocar the most (o/a mais) antes dele. Confira:
Adjetivos interrogativos
Os adjetivos interrogativos são também conhecidos na língua inglesa como Wh- questions. No entanto, não são
todos que se qualificam como adjetivos. Os adjetivos interrogativos são utilizados em perguntas acompanhando
os substantivos, ou seja, quantificando e qualificando-os de algum modo. Observe a tabela e seus respectivos
exemplos:
WHICH Qual, quais, que Which one do you prefer? Qual deles você prefere?
HOW
Quanta, quanto How much water did you drink today? Quanta água você bebeu hoje?
MUCH
HOW
Quantos, quantos How many years have you spent abroad? Quantos anos você passou no exterior?
MANY
Adjetivos determinantes
Quando falamos em adjetivos determinantes, referimo-nos aos adjetivos que usamos para determinar sobre
qual substantivo estamos falando em uma oração. Confira na tabela a seguir os principais adjetivos determinan-
tes e seus usos em exemplos.
This (este, esta, isto) This cake is huge Este bolo é enorme
These (estes, estas) These shoes are ugly. Estes sapatos são feios.
That (aquele, aquela) That book was old. Aquele livro era velho.
Those (aqueles, aquelas) Those kids can’t swim Aquelas crianças não sabem nadar.
Neither (nenhum, nenhuma) Neither car is for sale Nenhum dos carros está à venda.
Every (cada, todo, toda) Every girl in town knows him. Toda garota da cidade o conhece.
Both (ambos, os dois) Both my parents love musicals. Ambos meus pais amam musicais.
Each (cada, cada um) Each one of you can learn. Cada um de vocês pode aprender.
Other (outro, outra, outros, outras) She has other problems Ela tem outros problemas
Another (um outro, uma outra) Can I have another slice of pie?
torta?
CONJUNÇÕES
Seja em inglês ou em português, as conjunções são responsáveis por conectar a ideia de uma oração a outra,
estabelecendo relação entre elas, podendo acrescentar informações, contrapô-las ou explicá-las. Veja a seguir a
forma como uma conjunção é capaz de unir ideias de orações separadas.
John was very frustrated. John got fired. (John estava muito frustrado. John foi demitido)
John was very frustrated because he got fired. (John estava muito frustrado porque ele foi demitido) 111
A conjunção because conectou as orações de maneira natural, organizando as ideias sem que haja quebra na
narrativa da oração. Confira a seguir algumas das conjunções mais usadas da língua inglesa e exemplos:
E: une ideias e acrescenta She went to the store and bought Ela foi ao mercado e comprou
And
informações some fruits. algumas frutas
Embora, apesar de: indica con- Although she was tired, she went Embora ela estivesse cansa-
Although
traposição, contraste for a walk da, ela foi caminhar.
Embora, porém: expressa contras- They were willing to start, the rain, Eles estavam dispostos a come-
However
te, contraponto (formal de but) however, poured outside. çar, a chuva, porém, caía lá fora.
If Se: indica condição I’ll only go if you come with me. Eu só vou se você for comigo.
ADVÉRBIOS
Advérbios são classes de palavras responsáveis por alterar o sentido do verbo. Dependendo do tipo de sentido
que conferem à oração, os advérbios podem ser classificados em advérbios de tempo, modo, lugar, afirmação,
negação, ordem, dúvida, intensidade, frequência e advérbios interrogativos. Veja a seguir a explicação para cada
tipo e seus respectivos exemplos.
Advérbios de tempo
SOON The doctor will be here soon. O médico estará aqui em breve.
LATELY Why is she so upset lately? Por que ela está tão chateada ultimamente?
Advérbios de modo
GLADLY They gadly received our gift. Eles alegremente receberam nosso presente.
WHEREVER We can go wherever you want. Nós podemos ir a qualquer lugar que você quiser.
BEHIND The shoes were behind the door. Os sapatos estavam atrás da porta
FURTHER He can’t be further from the truth. Ele não podia estar mais longe da verdade.
NEAR There’s na excelente pizza place near here. Há uma ótima pizzaria perto daqui.
Advérbios de afirmação
Expressa certeza com relação à ação em questão.
SURELY She surely knows how to dance. Ela certamente sabe dançar.
CERTAINLY John certainly didn’t mean no harm. John certamente não quis fazer mal algum.
EVIDENTLY The kids evidently love their parents. As crianças evidentemente amam seus pais.
Advérbios de negação
Expressa negação quanto a ação em questão.
NOT He is not the guy for you. Ele não é cara para você.
Advérbios de ordem
SECONDLY And, secondly, I’m really bad at making friends. E, em segundo lugar, eu sou ruim em fazer amigos.
LASTLY Lastly, they played my favorite song. Por último, eles tocaram minha música favorita.
Advérbios de dúvida
MAYBE Maybe she doesn’t like cats. Talvez ela não goste de gatos.
PROBABLY They probably had too much to drink. Eles provavelmente beberam demais.
Advérbios de intensidade
STRONGLY She strongly agrees with them. Ela concorda veementemente com eles.
EXACTLY He knew exaclty what I wanted. Ele sabia exatamente o que eu queroa.
My parents gave me nearly enough money to Meus pais me deram dinheiro quase o suficiente para
NEARLY
travel. eu viajar.
NEVER Mom never says how much she cares. Mamãe nunca diz o quanto ela se importa.
OFTEN Ian often visits his grandparents. Ian frequentemente visita seus avós.
Advérbios interrogativos
WHERE Did you see where she went? Você viu onde ela foi?
HOW How much do you feed your dog? Quanto você alimenta o seu cachorro?
WHY Why didn’t they come? Por que eles não vieram?
PREPOSIÇÕES
Assim como no português, as preposições na língua inglesa são elementos que funcionam como conectivos
entre orações, ligando-as de acordo com a relação que se pretende estabelecer entre uma informação e outra,
completando o sentido de uma frase por completo. Algumas preposições são recorrentes e aparecem em quase
toda comunicação verbal na língua inglesa. Conheça a seguir algumas delas:
114
Além destas preposições, existem diversas outras
ON SOBRE A; EM CIMA DE; ACIMA DE; EM; NO; NA.
que indicam lugar e lugar. Confira a seguir:
Usamos a preposição on para indicar tempo de
modo específico. PREPOSIÇÕES DE TEMPO SIGNIFICADO
She was born on July 17th, 1992.
(Ela nasceu em 17 de julho de 1992) Before Antes
Usamos a preposição on antes dos dias da semana.
After Depois
We have to work on the weekend.
(Nós temos que trabalhar no fim de semana) During Durante
Ron never goes jogging on Sundays.
(Ron nunca faz cooper aos domingos.) Since Desde
Usamos a preposição on para indicar que um
For Por
objeto ou pessoa sobre determinada superfície.
Her pencils are on her desk. Until/till Até
(Os lápis dela estão em sua escrivaninha)
Joseph is dancing on the stage. From Desde, da, das
(Joseph está dançando no palco)
Up to Até agora
Usamos a preposição on para indicar endere-
ços (apenas nomes). By Até
The office is on Maple Avenue.
(O escritório é na avenida Maple) At Às
Usamos a preposição on para falar de meios
Ago Atrás
onde informações estão disponíveis.
We watch the Oprah Winfrey show on TV. Past Antes (hora)
(Nós assistimos ao show da Oprah Winfrey na TV)
You can purchase our products on our website.
(Você pode adquirir nossos produtos em nosso site) PREPOSIÇÕES DE LUGAR SIGNIFICADO
On Sobre
Under Debaixo
FOR PARA; DURANTE; POR; HÁ.
In Em
Usamos a preposição for para indicar a finali-
dade de algo. Above Acima
My wife uses our porch area for painting.
(Minha esposa usa nossa área da sacada para In front Em frente à
pintar)
Across Do outro lado
Usamos a preposição for para expressar o mo-
tivo ou o propósito do objeto em questão. Below Abaixo
This store is for women only.
(Esta loja é apenas para mulheres) Along Ao longo de
Usamos a preposição for para indicar a duração
de tempo de algum evento ou acontecimento. Behind Atrás
He has been working in that company for eleven Beside Ao lado
years.
(Ele trabalha naquela empresa há onze anos) Between Entre
You’ve been in the bathroom for half an hour.
(Você está no banheiro há uma hora) Among Entre
By Ao lado de
z N
ão se deve usar o the antes de substantivos que She could smell the flowers from her room. (Ela
expressam ideia de generalização, caso contrá- podia sentir o cheiro das flores de seu quarto)
rio a ideia expressa passa a ser sobre um grupo They love driving the race cars. (Eles amam dirigir
específico. os carros de corrida)
The job is perfect for you! (O emprego é perfeito She loves to play the piano (Ela ama tocar piano)
para você!) They were playing the tuba. (Eles estavam tocando
They saw the damage and got worried. (Eles viram tuba)
o estrago e ficaram preocupados) The tango is an Argentinian dance (O tango é uma
dança argentina)
z Usa-se o the para falar de pontos específicos do glo- z Usa-se o the antes de nomes de construções e obras
bo terrestre. famosas.
The Equator is a pointer for countries’ weather (O We just saw the Eiffe Tower (Acabamos de ver a
Equador é um indicador para o clima dos países) Torre Eiffel)
They were discussing the Greenwich meridian sca- The Coliseum is outstanding! (O Coliseu é incrível)
les. (Eles estavam discutindo sobre as escalas do We love the Sistine Chapel (Nós amamos a Capela
116 meridiano de Greenwich) Sistina)
z U
sa-se o the para nos referirmos ao elemento gra- and vice versa. Loan clerks sort and record informa-
matical de gradação comparativa (quanto mais..., tion about loans. Statement clerks are responsible
quanto menos...) for preparing the monthly balance sheets of checking
account customers. Securities clerks record, file, and
maintain stocks, bonds, and other investment certifi-
The less we speak the better. (Quanto menos falar-
cates. They also keep track of dividends and interest
mos, melhor)
on these certificates.
The more we study the more tired we get. (Quanto
mais estudamos, mais cansadas ficamos)
Other clerks operate the business machines on which
The cheaper the clothes the worse their quality.
modern banks rely. Proof operators sort checks and
(Quanto mais barata a roupa, pior a qualidade)
record the amount of each check. Bookkeeping clerks
keep records of each customer’s account. In addition
z Usa-se o the antes de números ordinais. to these specialists, banks need general clerical help
— data entry keyers, file clerks, mail handlers, and
She lives on the 1st floor. (Ela mora no 1º andar) messengers — just as any other business does.
The party is on the 23rd of June. (A festa é no 23º dia
de junho) Education and Training Requirements
Quanto aos artigos indefinidos a e an, é válido Bank clerks usually need a high school education with
mencionar a diferença de uso entre ambas as pala- an emphasis on basic skills in typing, bookkeeping,
vras. Usamos a quando o substantivo em seguida se and business math. Knowledge of computers and
inicia com uma consoante ou com o som de consoan- business machines is also helpful. Prospective bank
te; já o an, usamos quando a palavra que o sucede se workers may be tested on their clerical skills when they
inicia com uma vogal ou com o som de uma vogal. are interviewed. Most banks provide new employees
with on-the-job training.
z S he is a teacher. (Ela é uma professora)
z She is an engineer. (Ela é uma engenheira) Getting the Job
Algumas palavras específicas da língua inglesa são Sometimes bank recruiters visit high schools to look
grafadas com letras iniciais em consoantes que não for future employees. High school placement offices
possuem som ao serem pronunciadas, nestes casos can tell students whether this is the practice at their
usamos o artigo an. Ex.: an hour (uma hora); an homa- school. If not, prospective bank workers can apply
ge (uma homenagem); an honest man (um homem directly to local banks through their personnel depart-
honesto. ments. Bank jobs may be listed with state and private
employment agencies. Candidates can also check
Internet job sites and the classified ads in local news-
papers as well.
Importante!
O uso de a e an serve apenas para o singular. Advancement Possibilities and Employment Outlook
Quando os substantivos se apresentam no plural,
deve-se utilizar elementos quantificadores, como Banks prefer to promote their employees rather than
many (muitos), much (muito), some (alguns), any hire new workers for jobs that require experience.
(algum, nenhum), a few (alguns), etc. Clerks frequently become tellers or supervisors. Many
banks encourage their employees to further their edu-
cation at night.
According to the U.S. Bureau of Labor Statistics,
employment of bank clerks was expected to decline
HORA DE PRATICAR! through the year 2014, because many banks are elec-
tronically automating their systems and eliminating
paperwork as well as many clerical tasks. Workers
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.
with knowledge of data processing and computers will
have the best opportunities. In addition to jobs creat-
Bank Clerk Job Description ed through expansion, openings at the clerical level
often occur as workers move up to positions of greater
Definition and Nature of the Work responsibility.
Banks simplify people’s lives, but the business of bank- Working Conditions
ing is anything but simple. Every transaction — from
cashing a check to taking out a loan — requires care- Although banks usually provide a pleasant working
LÍNGUA INGLESA
ful record keeping. Behind the scenes in every bank or atmosphere, clerks often work alone, at times per-
savings and loan association there are dozens of bank forming repetitive tasks. Bank clerks generally work
clerks, each an expert at keeping one area of he bank’s between thirty-five and forty hours per week, but they
business running smoothly. may be expected to take on evening and Saturday
shifts depending on bank hours.
New account clerks open and close accounts and
answer questions for customers. Interest clerks record Earnings and Benefits
interest due to savings account customers, as well as
the interest owed to the bank on loans and other invest- The salaries of bank clerks vary widely depending on
ments. Exchange clerks, who work on international the size and location of the bank and the clerk’s expe-
accounts, translate foreign currency values into dollars rience. According to the Bureau of Labor Statistics, 117
median salaries ranged from $23,317 to $27,310 per Leia o texto a seguir para responder às questões de 6 a 10.
year in 2004 depending on experience and title. Gen-
erally, loan clerks are on the high end of this range, Why Millennials Don’t Like Credit Cards
whereas general office clerks are on the lower end.
Banks typically offer their employees excellent ben- by Holly Johnson
efits. Besides paid vacations and more than the usu-
al number of paid holidays, employees may receive Cheap, easy credit might have been tempting to young
health and life insurance and participate in pension people in the past, but not to today’s millennials. Accord-
and profit-sharing plans. Some banks provide financial ing to a recent survey by Bankrate of over 1,161 consum-
aid so that workers can continue their education. ers, 63% of adults ages 18 to 29 live without a credit card
of any kind, and another 23% only carry one card.
Available at: <http://careers.stateuniversity.com/pages/151/ Bank-
Clerk.html>. Retrieved on: Aug. 22, 2017. Adapted.
The Impact of the Great Recession
Research shows that the environment millennials grew
1. (CESGRANRIO – 2018) In “Candidates can also check
up in might have an impact on their finances. Unlike
Internet job sites and the classified ads in local news-
other generations, millennials lived through econom-
papers as well”, the modal verb can is replaced, with-
ic hardships during a time when their adult lives were
out change in meaning, by:
beginning. According to the Bureau of Labor Statistics,
the Great Recession caused millennials to stray from
a) Should.
historic patterns when it comes to purchasing a home
b) Must.
c) Will. and having children, and a fear of credit cards could be
d) May. another symptom of the economic environment of the
e) Need. times.
And there’s much data when it comes to proving that
2. (CESGRANRIO – 2018) The main purpose of the text is to: millennials grew up on shaky economic ground. The
Pew Research Center reports that 36% of millennials
a) Introduce the many categories of bank clerks one can lived at home with their parents in 2012. Meanwhile,
find in a financial institution. the unemployment rate for people ages 16 to 24 was
b) Present an overview of the career of a bank clerk to an 14.2% (more than twice the national rate) in early
eventual future professional. 2014, according to the BLS. With those figures, it’s no
c) Denounce the disadvantages associated with the clerk wonder that millennials are skittish when it comes to
profession. credit cards. It makes sense that young people would
d) Discuss all the benefits offered to employees who be afraid to take on any new forms of debt.
work in a bank.
e) Ask for changes in the way bank recruiters select their A Generation Plagued with Student Loan Debt
future employees. But the Great Recession isn’t the only reason millenni-
als could be fearful of credit. Many experts believe that
3. (CESGRANRIO – 2018) The fragment “Banks simplify the nation’s student loan debt level might be related
people’s lives, but the business of banking is anything to it. According to the Institute for College Access &
but simple” means that banking is a(n): Success, 71% of millennials (or 1.3 million students)
who graduated from college in 2012 left school with at
a) Ordinary occupation. least some student loan debt, with the average amount
b) Elementary job. owed around $29,400.
c) Complex activity. With so much debt already under their belts, millen-
d) Trivial profession. nials are worried about adding any credit card debt to
e) Easy business. the pile. After all, many adults with student loan debt
need to make payments for years, and even decades.
4. (CESGRANRIO – 2018) In “In addition to these spe-
cialists, banks need general clerical help”, the phrase How Millennials Can Build Credit Without a Credit
these specialists refers to: Card
The fact that millennials are smart enough to avoid
a) “messengers”. credit card debt is a good thing, but that doesn’t mean
b) “mail handlers”. the decision has its drawbacks. According to Experi-
c) “proof operators” and “bookkeeping clerks”. an, most adults need a positive credit history in order
d) “data entry keyers”. to qualify for an auto loan or mortgage. Even worse,
e) “file clerks”. having no credit history is almost as bad as having a
negative credit history in some cases.
5. (CESGRANRIO – 2018) In the sentence of the text
“Generally, loan clerks are on the high end of this range, Still, there are plenty of ways millennials can build a
whereas general office clerks are on the lower end”, credit history without a credit card. A few tips:
the word whereas: � Make payments on installment loans on time. Wheth-
er it’s a car loan, student loan or personal loan, make
a) Expresses a contrast. sure to mail in those payments on time and pay at least
b) Highlights a problem. the minimum amount required.
c) Imposes a condition. � Put at least one household or utility bill in your name.
d) Introduces an example. Paying your utility or household bills on time can help
118 e) Points out a solution. you build a positive credit history.
� Get a secured credit card. Unlike traditional credit Leia o texto a seguir para responder às questões de 11
cards, the funds secured credit cards offer are backed by a 15.
money the user deposits. Signing up for a secured card is
one way to build a positive credit history without any risk. Financial System
The fact that millennials are leery of credit cards is prob-
ably a good thing in the long run. After all, not having a People have virtually unlimited needs, but the eco-
credit card is the perfect way to stay out of credit card nomic resources to supply those needs are limited.
debt. Even though it might be harder to build a credit his- Therefore, the greatest benefit of an economy is to
tory without credit cards, the vast majority of millennials provide the most desirable consumer goods and ser-
have decided that the plastic just isn’t worth it. vices in the most desirable amounts – what is known
Available at: <http://money.usnews.com/money/blogs/my- as the efficient allocation of economic resources. To
money/2014/11/04/why-millennials-dont-like-creditcards>. Retrieved produce these consumer goods and services requires
on: Nov. 10th, 2014. Adapted.
capital in the form of labor, land, capital goods used
to produce a desired product or service, and entrepre-
6. (CESGRANRIO – 2015) In the sentence of the text “Still,
neurial ability to use these resources together to the
there are plenty of ways millennials can build a credit
greatest efficiency in producing what consumers want
history without a credit card”, the quantifier plenty of
most. Real capital consists of the land, labor, tools and
can be replaced, with no change in meaning, by:
machinery, and entrepreneurial ability to produce con-
a) some. sumer goods and services, and to acquire real capital
b) few. costs money.
c) a few. The financial system of an economy provides the
d) a little. means to collect money from the people who have it
e) lots of. and distribute it to those who can use it best. Hence,
the efficient allocation of economic resources is
7. (CESGRANRIO – 2015) The main purpose of the text is to: achieved by a financial system that allocates mon-
ey to those people and for those purposes(C) that will
a) Explain the millennials’ credit card affection.
yield the greatest return(d).
b) Defend the millennials’ fear of credit card use.
c) Describe the millennials’ attitude towards the credit card. The financial system is composed of the products and
d) Present the millennials’ credit card historical background. services(e) provided by financial institutions(a), which
e) Demonstrate the millennials’ need of credit card use to include banks, insurance companies, pension funds,
build a credit history. organized exchanges, and the many other compa-
nies(b) that serve to facilitate economic transactions.
8. (CESGRANRIO – 2015) The sentence of the text “With Virtually all economic transactions are effected by
so much debt already under their belts, millennials are one or more of these financial institutions. They create
worried about adding any credit card debt to the pile” financial instruments, such as stocks and bonds, pay
conveys the idea that millenials have: interest on deposits, lend money to creditworthy bor-
rowers, and create and maintain the payment systems
a) Piles of bills to pay every month, but they can use their
of modern economies.
credit cards moderately.
These financial products and services are basedon the
b) So many bills to pay that credit card bills wouldn’t
following fundamental objectives of any modern finan-
make much difference.
cial system:
c) So many bills to pay that they have to sell their belongings.
� to provide a payment system;
d) So much debt to pay that they can’t afford another one.
e) No credit cards simply because they don’t like them. � to give money time value;
� to offer products and services to reduce financial risk
9. (CESGRANRIO – 2015) In the sentence of the text “the or to compensate risk-taking for desirableobjectives;
Great Recession caused millennials to stray from his- � to collect and disperse information that allows the
toric patterns when it comes to purchasing a home most efficient allocation of economic resources;
and having children”, the word stray can be replaced, � to create and maintain financial markets that provide
with no change in meaning, by: prices, which indicates how well investments are per-
forming, which also determines the subsequent alloca-
a) stem. tion of resources, and to maintain economic stability.
b) start.
c) range. Available at: <http://thismatter.com/money/banking/ financial-
d) follow. system.htm>. Retrieved on: July 27th, 2015. Adapted.
e) deviate.
LÍNGUA INGLESA
8 D
a) Have reason to suppose that secondary education
problems have all ended. 9 E
b) Have reason to suppose that secondary education
10 A
problems with quality have improved.
c) Can be happy because education quality rate has 11 A
climbed over 30 percent.
d) Could be happy concerning students’ access to sec- 12 B
ondary school and completion of the course.
13 D
e) Should be very concerned with the poor rate of access
to secondary school. 14 A
a) Work ethics.
b) Intelligence.
ANOTAÇÕES
c) Basic math knowledge.
d) General culture knowledge.
e) Reading and writing abilities.
a) workers.
b) unpredictability.
c) managers.
d) dynamism.
e) economy.
9 GABARITO
LÍNGUA INGLESA
1 D
2 B
3 C
4 C
5 A
6 E
121
ANOTAÇÕES
122
A soma ou subtração de um número par com outro
ímpar tem resultado ímpar.
Ex.: 14 + 5 = 19; 14 – 5 = 9.
Exemplo: 5, 6, 7 são números consecutivos, porém z Números Inteiros não negativos = {4,5,6...}. Veja
10, 9, 11 não são. Assim, (n-1, n e n+1) são números que são os números naturais.
consecutivos. z Números Inteiros não positivos = {… -3, -2, -1, 0}.
Veja que o zero também faz parte deste conjunto,
z Números naturais pares: é aquele que, ao ser divi- pois ele não é positivo nem negativo.
dido por 2, não deixa resto. Por isso o zero também
z Números inteiros negativos = {… -3, -2, -1}. O zero
é par. Logo, todos os números que terminam em 0,
não faz parte.
2, 4, 6 ou 8 são pares.
z Números naturais ímpares: ao serem divididos por z Números inteiros positivos = {5, 6, 7...}. Novamen-
2, deixam resto 1. Todos os números que terminam te, o zero não faz parte.
MATEMÁTICA
em 1, 3, 5, 7 ou 9 são ímpares.
Operações com números inteiros
A soma ou subtração de dois números pares tem
resultado par. Há quatro operações básicas que podemos efetuar
Ex.: 12 + 8 = 20; 12 – 8 = 4. com estes números são: adição, subtração, multiplica-
ção e divisão.
A soma ou subtração de dois números ímpares tem
resultado par. z Adição: é dada pela soma de dois números. Ou
Ex.: 13 + 7 = 20; 13 – 7 = 6. seja, a adição de 20 e 5 é: 20 + 5 = 25 123
Veja mais alguns exemplos:
Adição de 15 e 3: 15 + 3 = 18 SINAIS NA MULTIPLICAÇÃO
Adição de 55 e 30: 55 + 30 = 85 Operações Resultados
Principais propriedades da operação de adição: + + +
- + -
Q
Esquematizando:
Quociente z Frações:
Resto
8 3 7
Dividendo = Divisor × Quociente + Resto Ex.: 3 , 5 , 11 etc.
30 = 5 · 6 + 0
z Números decimais.
As principais propriedades da operação de divisão:
Ex.: 1,75
z Propriedade comutativa: a divisão não possui essa
z Dízimas periódicas.
propriedade.
z Propriedade associativa: a divisão não possui essa Ex.: 0,33333...
propriedade.
Operações e propriedades dos números racionais
Elemento neutro: a unidade (1) é o elemento neu-
tro da divisão, pois ao dividir qualquer número z Adição de números decimais: segue a mesma lógi-
por 1, o resultado será o próprio número. ca da adição comum.
Ex.: 15 / 1 = 15.
Ex.: 15,25 + 5,15 = 20,4
z Propriedade do fechamento: aqui chegamos em
z Subtração de números decimais: segue a mesma
uma diferença enorme dentro das operações de
lógica da subtração comum.
números inteiros, pois a divisão não possui essa
propriedade, uma vez que ao dividir números Ex.: 57,3 – 0,12 = 57,18
inteiros podemos obter resultados fracionários ou
decimais. z Multiplicação de números decimais: aplicamos o
mesmo procedimento da multiplicação comum.
Ex.: 2 / 10 = 0,2 (não pertence ao conjunto dos
números inteiros). Ex.: 4,6 × 1,75 = 8,05
6! 6·5·4! = 6 · 5 = 30
=
4! 4!
R
Princípio Fundamental da Contagem
CAJU CUJA ACJU AUJC Imagine agora que quiséssemos posicionar 5 pes-
soas nas cadeiras de uma praça, mas temos apenas 3
CAUJ CJUA ACUJ ... cadeiras à disposição. De quantas formas poderíamos
fazer isso?
CUAJ CJAU AUCJ ... Para a primeira cadeira temos 5 pessoas disponí-
veis, isto é, 5 possibilidades. Já para a segunda cadei-
Desta maneira, o número de anagramas é 4! =
4·3·2·1 = 24 anagramas. ra, restam-nos 4 possibilidades, dado que uma já foi
ANAGRAMA é a ordenação de maneira distinta das utilizada na primeira cadeira. Por último, na terceira
letras que compõem uma determinada palavra. cadeira, poderemos colocar qualquer das 3 pessoas
restantes. Observe que sempre sobrarão duas pessoas
Permutação com Repetição em pé, pois temos apenas 3 cadeiras. A quantidade de
formas de posicionar essas pessoas sentadas é dada
Quantos anagramas têm na palavra ARARA? O
pela multiplicação abaixo:
problema é causado por conta da repetição de letras
na palavra ARARA. Veja que temos 3 letras A e 2 letras Formas de organizar 5 pessoas em 3 cadeiras =
R. De maneira tradicional, faríamos 5! (número de
letras na palavra), mas é preciso que descontemos as 5 · 4 · 3 = 60
letras repetidas. Assim, devemos dividir pelo número
de letras fatorial, ou seja, 3! e 2!. O exemplo acima é um caso típico de arranjo sim-
ples. Sua fórmula é dada abaixo:
5! 5·4·3! 5·4
3!·2·1 = 2
= = 10
3!·2! n!
A(n, p) =
(n - p) !
Temos, então, 10 anagramas na palavra ARARA.
Lembre-se de que pretendemos posicionar “n” ele-
Dica
mentos em “p” posições (p sendo menor que n), e onde
Na permutação com repetição devemos descon- a ordem dos elementos diferencia uma possibilidade
tar os anagramas iguais, por isso dividimos pelo da outra.
fatorial do número de letras repetidas. Observe a resolução do nosso exemplo usando a
fórmula:
Permutação com Repetição
5! 5!
Vamos imaginar que temos uma mesa circular com A(5, 3) = = = 5·4·3·2·1 = 60
(5 - 3) ! 2! 2·1
5 lugares e queremos ordenar 5 pessoas de maneiras
distintas. Observe as duas disposições abaixo das pes- Uma outra informação muito importante é que
soas A, B, C, D, e E ao redor da mesa: nos problemas envolvendo arranjo simples a ordem
dos elementos importa, ou seja, a ordem é diferente
MATEMÁTICA
CADEIRA 1ª 2ª 3ª
D C C B OCUPANTE Ana Bianca Clara 127
Perceba que Daniele e Esmeralda ficaram em pé C(6, 3)= 6!
=
6 · 5 · 4 · 3! = 6 · 5 · 4 = 6 · 5 · 4 = 5 · 4 = 20.
(6 - 3) !3! 3!3! 3! 3·2·1
nessa disposição.
Resposta: Letra E.
Vamos descobrir o número de formas de escolher 3 Paulo tem disponível 14 filmes no total, 5 de terror, 6
pistas em 6, visto que ao escolher 3 pistas, restarão de aventura e 3 de romance; e dentre esses 14 filmes
outras 3 pistas que vão compor o outro grupo de disponíveis tem que escolher um, portanto o total
pistas. Dessa maneira, de quantas formas podemos de possibilidades será dado pela combinação de 14
escolher 3 pistas em um grupo de 6? Aqui a ordem elementos, tomados um a um.
128 não é relevante, então, vamos usar a combinação: C(14,1) = 14 possibilidades. Resposta: Letra D.
5. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em um processo de cole- Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
ta de fragmentos papilares para posterior identifica- (quilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (mlímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)
ção de criminosos, uma equipe de 15 papiloscopistas
deverá se revezar nos horários de 8 h às 9 h e de 9 h às
10 h.
×100 ×100 ×100 ×100 ×100 ×100
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item
a seguir.
Se dois papiloscopistas forem escolhidos, um para Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
atender no primeiro horário e outro no segundo horá-
rio, então a quantidade, distinta, de duplas que podem
:100 :100 :100 :100 :100 :100
ser formadas para fazer esses atendimentos é supe-
rior a 300.
Exemplo: Converter 5,3 m2 para cm2.
( ) CERTO ( ) ERRADO Para sair do metro quadrado e chegar no cen-
Quantos servidores há para escolher que ficará no tímetro quadrado devemos multiplicar por 10000
1° horário? 15. (100x100), pois “andamos” duas casas até chegar em
Agora, já para escolher o que ficará no 2° horário, centímetro quadrado. Logo,
temos apenas 14, pois um já foi escolhido para ficar
no 1° horário. Multiplicando as possibilidades =
5,3m2 = 5,3 x 10000 = 53000 cm2.
15x14 = 210. Resposta: Errado.
Medidas de Comprimento
×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000 ×1.000
A unidade principal tomada como referência é o
metro. Além dele, temos outras seis unidades dife- Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
rentes que servem para medir dimensões maiores ou
menores. A conversão de unidades de comprimento
segue potências de 10. Veja o esquema abaixo: :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000 :1.000
As unidades abaixo são as mais utilizadas quando Veja agora algumas relações que você precisar ter
estamos trabalhando a massa de uma matéria. Veja
quais são: em mente para resolver diversas questões:
Utilizando a propriedade das somas externas: z Soma com Produto por Escalar:
MATEMÁTICA
C D C+D a c a + 2b c + 2d
= = = =
3 2 = 3+2 b d b d
Perceba que C + D = 10.000 (as partes somadas), Vejamos um exemplo para melhor entendimento:
então podemos substituir na proporção: Uma empresa vai dividir o prêmio de R$13.000
proporcionalmente ao número de anos trabalhados.
C D C+D 10.000 São dois funcionários que trabalham há 2 anos na
= = = = 2.000
3 2 3+2 5 empresa e três funcionários que trabalham há 3 anos. 131
Seja A o prêmio dos funcionários com 2 anos e B Primeiro vamos chamar de X, Y e Z as partes pro-
o prêmio dos funcionários com 3 anos de empresa, porcionais, respectivamente a 4, 5 e 6. Sendo assim, X
temos: é proporcional a 4, Y é proporcional a 5 e Z é propor-
A
=
B cional a 6, ou seja, podemos representar na forma de
2 3 razão. Veja:
4x - 2 5
=
5x + 1 8
EXERCÍCIOS COMENTADOS 8 (4x - 2) = 5 (5x + 1)
32x – 16 = 25x + 5
1. (FAEPESUL - 2016) Em uma turma de graduação em 7x = 21
Matemática Licenciatura, de forma fictícia, temos x=3
que a razão entre o número de mulheres e o número Para sabermos o total de pessoas, basta substituir o
total de alunos é de 5/8. Determine a quantidade de valor de X na primeira equação:
homens desta sala, sabendo que esta turma tem 120 9x = 9 x 3 = 27 é o número total de pessoas nesse
alunos. grupo. Resposta: Letra D.
soas com 20 anos farão aniversário, assim como uma 4. (CESPE-CEBRASPE - 2018) A respeito de razões, pro-
pessoa com 21 anos, e a razão em questão passará a porções e inequações, julgue o item seguinte.
ser de 5/8. O número total de pessoas nesse grupo é Situação hipotética: Vanda, Sandra e Maura receberam
R$ 7.900 do gerente do departamento onde trabalham,
a) 30. para ser divido entre elas, de forma inversamente propor-
b) 29. cional a 1/6, 2/9 e 3/8, respectivamente. Assertiva: Nes-
c) 28. sa situação, Sandra deverá receber menos de R$ 2.500.
d) 27.
e) 26. ( ) CERTO ( ) ERRADO 133
6x
+
9x
+
8x
= 7.900 z Grandezas Inversamente Proporcionais: o aumen-
1 2 3 to de uma grandeza implica a redução da outra;
Tirando o MMC entre 1, 2 e 3 vamos achar 6. Temos: Vamos esquematizar para sabermos quando será
direta ou inversamente proporcional:
36x 27x 16x
6
+ 6
+ 6
= 7.900
DIRETAMENTE + / + OU - / -
PROPORCIONAL
79x
= 7.900
6 Aqui as grandezas aumentam ou diminuem juntas
x = 600 (sinais iguais)
Sendo assim, Sandra está inversamente proporcio-
nal a: PROPORCIONAL + / - OU - / +
9x
2 Aqui uma grandeza aumenta e a outra diminui
(sinais diferentes)
Basta substituirmos o valor de X na proporção. Agora vamos esquematizar a maneira que iremos
resolver os diversos problemas:
9x 9 x 600
= = 2.700
2 2 DIRETAMENTE MULTIPLICA CRUZADO
PROPORCIONAL
Agora vamos somar 5x com 7x = 12x Veja que de 12m para 30m tivemos um aumento (+)
12x é igual ao total que é 396 e que para fazermos um muro maior vamos precisar
12x = 396 de mais tijolos, ou seja, também deverá ser aumentado
x = 33 (+). Logo, as grandezas são diretamente proporcionais
Portanto o número de meninos será: e vamos resolver multiplicando cruzado. Observe:
Meninos = 5X = 5 x 33 = 165. Resposta: Letra C.
12 m -------- 2 160 (tijolos)
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTAS
30 m -------- X (tijolos)
Regra de Três Simples 12 · X = 30 . 2160
12X = 64800
A Regra de Três Simples envolve apenas duas X = 5400 tijolos
grandezas. São elas:
Assim, comprovamos que realmente são necessá-
z Grandeza Dependente: é aquela cujo valor se dese- rios mais tijolos.
ja calcular a partir da grandeza explicativa;
z Grandeza Explicativa ou Independente é aque- z Uma equipe de 5 professores gastou 12 dias para
la utilizada para calcular a variação da grandeza corrigir as provas de um vestibular. Considerando
dependente. a mesma proporção, quantos dias levarão 30 pro-
fessores para corrigir as provas?
Existem dois tipos principais de proporcionalida-
des que aparecem frequentemente em provas de con- Do mesmo jeito que no exemplo anterior, vamos
cursos públicos. Veja abaixo: montar a relação e analisar:
1800 4
#
10 a) 5 horas e 54 minutos
X = 3 9 b) 6 horas e 06 minutos.
c) 6 horas e 20 minutos.
4 · X · 10 = 1800 · 3 · 9 d) 6 horas e 40 minutos.
X = 1215 páginas que esse mesmo equipamento é e) 7 horas e 06 minutos.
capaz de digitalizar. Resposta: Letra C.
Das 9h às 15h = 6 horas = 360 min
7. (VUNESP - 2016) Em uma fábrica, 5 máquinas, todas 360 min ------ 5 máquinas ----- 600 unidades (cortam-se os zeros
operando com a mesma capacidade de produção, iguais)
x ------------- 3 máquinas ---- 400 unidades (cortam-se os zeros
fabricam um lote de peças em 8 dias, trabalhando 6 iguais)
horas por dia. O número de dias necessários para que
4 dessas máquinas, trabalhando 8 horas por dia, fabri- 360 3 6
= #
quem dois lotes dessas peças é X 5 4
8x = 120
x = 120/8 a) 6 horas e 40 minutos.
x = 15 dias. b) 6 horas e 58 minutos.
Resposta: Letra E. c) 7 horas e 12 minutos.
d) 7 horas e 20 minutos.
8. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No item a seguir é apre- e) 7 horas e 35 minutos.
sentada uma situação hipotética, seguida de uma
assertiva a ser julgada, a respeito de proporcionalida- 3 máquinas ------------ 5 mil garrafas ------------ 4 horas
de, divisão proporcional, média e porcentagem. 2 máquinas ------------ 6 mil garrafas ------------ x 137
Veja que se aumentar o tempo de trabalho quer dizer Veja um exemplo:
que serão engarrafados mais refrigerantes (direta) e
se aumentar o tempo de trabalho quer dizer que são Roberto assistiu a 2 aulas de Matemática Financei-
menos máquinas trabalhando (inversa). ra. Sabendo que o curso que ele comprou possui um
total de 8 aulas, qual é o percentual de aulas já assisti-
4 5000 2 das por Roberto?
= #
X 6000 3 O todo de aulas é 8. Para descobrir o percentual,
devemos dividir a parte pelo todo e obter uma fração.
2·X·5 = 4·6·3
2 1
10X = 72 =
8 4
x = 7, 2 horas (7 horas + 0,2 horas = 7 horas + 0,2 ×
60 min = 7 horas e 12 minutos)
Precisamos transformar em porcentagem, ou seja,
OBS: Para transformar horas em minutos, basta
vamos multiplicar a fração por 100:
multiplicarmos o número por 60 min. Logo, 0,2 horas
= 0,2 x 60 = 120/10 = 12 min. Resposta: Letra C. 1 x 100 = 25%
4
PORCENTAGENS
Soma e Subtração de Porcentagem
A porcentagem é uma medida de razão com base
100. Ou seja, corresponde a uma fração cujo denomi- As operações de soma e subtração de porcentagem
nador é 100. Vamos observar alguns exemplos e notar são as mais comuns. É o que acontece quando se diz
como podemos representar um número porcentual. que um número excede, reduziu, é inferior ou é supe-
rior ao outro em tantos por cento. A grandeza inicial
30 corresponderá sempre a 100%. Então, basta somar ou
30% = (forma de fração)
100 subtrair o percentual fornecido dos 100% e multipli-
car pelo valor da grandeza.
30 Exemplo 1:
30% = = 0,3 (forma decimal)
100 Paulinho comprou um curso de 200 horas-aula.
Porém, com a publicação do edital, a escola precisou
30 3 aumentar a carga horária em 15%. Qual o total de
30% = = (forma de fração simplificada) horas-aula do curso ao final?
100 10
Inicialmente, o curso de Paulinho tinha um total
de 200 horas-aula que correspondiam a 100%. Com o
Sendo assim, a razão 30% pode ser escrita de
aumento porcentual, o novo curso passou a ter 100% +
várias maneiras:
15% das aulas inicialmente previstas. Portanto, o total
de horas-aula do curso será:
30 3
30% = = 0,3 =
100 10
(1 + 0,15) x 200 = 1,15 x 200 = 230 horas-aula
Também é possível fazer a conversão inversa, isto A avaliação do crescimento ou da redução percen-
é, transformar um número qualquer em porcentual. tual deve ser feita sempre em relação ao valor inicial
Para isso, basta multiplicar por 100. Veja: da grandeza.
25 x 100 = 2500% -
Variação percentual = Final Inicial
0,35 x 100 = 35% Inicial
0,586 x 100 = 58,6%
Veja mais um exemplo para podermos fixar melhor.
Exemplo 2:
Número Relativo
Juliano percebeu que ele ainda não assistiu a 200
aulas do seu curso. Ele deseja reduzir o número de
A porcentagem traz uma relação entre uma parte e aulas não assistidas a 180. É correto afirmar que, se
um todo. Quando dizemos 10% de 1000, o 1000 corres- Juliano chegar às 180 aulas almejadas, o número terá
ponde ao todo. Já o 10% corresponde à fração do todo caído 20%?
que estamos especificando. Para descobrir a quanto A variação percentual de uma grandeza corres-
isso corresponde, basta multiplicar 10% por 1000. ponde ao índice:
10% de 1000 =
10 x 1000 = 100 Final - Inicial 180 - 200
100 Variação percentual = = =
Inicial 200
a) 10 deputadas.
b) 14 deputadas. Vamos somar todos os valores e igualar ao total que
c) 15 deputadas. é 100%: 45% + 15% + 35% + X = 100%
d) 20 deputadas. 95% + X = 100%
e) 25 deputadas. X = 5%. Resposta: Letra E.
Tendo isso em vista, podemos afirmar claramen- Ex.: Esta frase é uma mentira.
te que a frase “Paula vai à praia” é uma proposição
lógica, pois temos a presença de um verbo (ir), uma Quando atribuímos um valor de verdade para
informação completa (temos o sujeito claro na oração) a frase, então na verdade ele mentiu, uma vez que
e podemos afirmar se é verdade ou falsa. a própria frase já diz isso. E se atribuirmos o valor
falso, então a frase é verdade, pois a frase diz ela é
Importante! uma mentira e já sabemos que isso é falso. Perceba
que sempre que valoramos a frase ela nos resulta um
Proposição Lógica é uma oração declarativa que valor contrário, ou seja, estamos diante de uma frase
admite apenas um valor lógico: V ou F. que é contraditória em si mesma. Isto é a definição de
um paradoxo.
Ou então podemos também esquematizar o que é
SENTENÇA ABERTA
uma proposição lógica assim:
Chama-se proposição toda sentença declarativa
que pode ser valorada ou só como verdadeira ou só Dizemos que uma sentença é aberta quando não
como falsa. A presença do verbo é obrigatória junta- conseguimos ter a informação completa que a oração
mente com o sentido completo (caráter informativo). nos mostra. Veja o exemplo abaixo:
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
z Disjunção Inclusiva (conectivo “ou”): Sua repre- z Conectivo “Se então” usando “Desde que, Caso,
sentação simbólica é v. Basta, Quem, Todos, Qualquer, Toda vez que”
Exemplo: Exemplos:
Exemplo: Dica
Na linguagem natural: Ou o elefante corre rápi- Na condicional a 1° proposição é o termo ante-
do ou a raposa é lenta; cedente e a 2° é o termo consequente.
Na linguagem simbólica: p v q. PQ
P = antecedente
z Condicional (conectivos “se, então”): Sua repre- Q = consequente
sentação simbólica é →.
Exemplo:
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Na linguagem natural: Se estudar, então vai
passar; 1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) As proposições P, Q e R a
Na linguagem simbólica: p → q. seguir referem-se a um ilícito penal envolvendo João,
Carlos, Paulo e Maria:
z Bicondicional (conectivo “se e somente se”): Sua P: “João e Carlos não são culpados”. Q: “Paulo não é
representação simbólica é ⟷. mentiroso”. R: “Maria é inocente”.
Considerando que ~X representa a negação da propo-
Exemplo: sição X, julgue o item a seguir.
A proposição “Se Paulo é mentiroso então Maria é
Na linguagem natural: Bino vai ao cinema se e culpada.” pode ser representada simbolicamente por
somente se ele receber dinheiro; (~Q)↔(~R).
Na linguagem simbólica: p⟷q.
( ) CERTO ( ) ERRADO
z Negação: Uma proposição quando negada, recebe
valores lógicos opostos dos valores lógicos da pro- Veja que temos uma proposição condicional (se
posição original. O símbolo que iremos utilizar é então) e a representação simbólica apresentada é de
¬p ou ~p. uma bicondional. Representação da condicional ().
Resposta: Errado.
Exemplos:
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o seguinte
p: O gato é amarelo. item, relativo à lógica proposicional e à lógica de
~p: O gato não é amarelo.
argumentação.
q: Raciocínio Lógico é difícil.
A proposição “A construção de portos deveria ser
~q: É falso que raciocínio lógico é difícil.
uma prioridade de governo, dado que o transporte
r: Maria chegou tarde em casa ontem.
~r: Não é verdade que Maria chegou tarde em casa de cargas por vias marítimas é uma forma bastante
ontem. econômica de escoamento de mercadorias.” Pode ser
representada simbolicamente por P∧Q, em que P e Q
MATEMÁTICA
A negação além da forma convencional, pode ser são proposições simples adequadamente escolhidas.
escrita com as expressões abaixo:
( ) CERTO ( ) ERRADO
É falso que ...
Não é verdade que... A representação simbólica apresentada para julgar-
mos é de uma conjunção. E na questão foi apresen-
Agora que já fomos apresentados aos conectivos tada uma proposição composta pela condicional na
lógicos, vamos ver algumas “camuflagens” dos opera- forma “camuflada” dentro de uma relação de causa
dores lógicos que podem aparecer na prova. Veja: e consequência “ Dado que...”. Resposta: Errado. 145
3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Considere as seguintes
proposições: P: O paciente receberá alta; Q: O paciente NOÇÕES DE CONJUNTOS
receberá medicação; R: O paciente receberá visitas.
Tendo como referência essas proposições, julgue o INTRODUÇÃO À TEORIA DE CONJUNTOS
item a seguir, considerando que a notação ~S significa
a negação da proposição S. Conjunto é uma reunião de elementos ou pessoas
A proposição ~P→[Q∨R] pode assim ser traduzida: Se que possuem a mesma característica, por exemplo,
numa festa pode haver o conjunto de pessoas que só
o paciente receber alta, então ele não receberá medi-
bebem cerveja ou o conjunto daquelas que só gostam
cação ou não receberá visitas. de músicas eletrônicas.
Representamos um conjunto da seguinte forma:
( ) CERTO ( ) ERRADO
Conjunto X
P: O paciente receberá alta;
~P: O paciente não receberá alta;
y
Q: O paciente receberá medicação;
R: O paciente receberá visitas.
A proposição ~P→[Q∨R] pode assim ser traduzida: x
Se o paciente NÃO receber alta, então ele receberá
medicação ou receberá visitas. Resposta: Errado.
Podemos afirmar que no interior do círculo há
4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item a seguir, a
todos os elementos que pertencem (compõem) ao con-
respeito de lógica proposicional. junto X, já na parte externa do círculo, estão todos os
A proposição “A vigilância dos cidadãos exercida pelo elementos que não fazem parte de X, ou seja, “y” não
Estado é consequência da radicalização da sociedade pertence ao conjunto X.
civil em suas posições políticas.” pode ser corretamente
representada pela expressão lógica P→Q, em que P e Q
Dica
são proposições simples escolhidas adequadamente.
No gráfico acima podemos dizer que o elemento
( ) CERTO ( ) ERRADO “x” pertence ao conjunto X e o elemento “y” não
pertence.
A vigilância dos cidadãos exercida pelo Estado é
(verbo de ligação) consequência da radicalização Matematicamente, usamos o símbolo Є para indi-
da sociedade civil em suas posições políticas. Temos car essa relação de pertinência. Isto é: x Є X, já o ele-
apenas um verbo e por esse motivo é uma proposi- mento “y” não pertence ao conjunto X, onde usamos o
ção simples. símbolo ∉ para essa relação de não pertinência. Mate-
Cuidado com o uso da palavra consequência em maticamente: y ∉ X.
proposições como esta. Em determinadas situações,
de fato, teremos uma proposição condicional, senão Complemento de um conjunto
vejamos:
O complemento de X é o conjunto formado por
Passar (verbo no infinitivo) é consequência de estu-
todos os elementos do Universo e o elemento “y” faz
dar (verbo no infinitivo)
parte dele, claro que com exceção daqueles que estão
Nesse caso temos uma proposição composta pela
presentes em X. Representamos o complemento, ou
condicional. Resposta: Errado.
complementar, pelo símbolo XC. Podemos afirmar
que “y” não pertence a X, mas pertence ao conjunto
5. (CESPE-CEBRASPE – 2016) Considerando os símbo- complementar de X: matematicamente: y Є XC.
los normalmente usados para representar os conecti-
vos lógicos, julgue o item seguinte, relativos a lógica Interpretando regiões e conhecendo a Interseção e
proposicional e à lógica de argumentação. Nesse sen- União de Conjuntos
tido, considere, ainda, que as proposições lógicas sim-
ples sejam representadas por letras maiúsculas. Uma outra situação é quando temos dois conjuntos
A sentença A fiscalização federal é imprescindível (X e Y), podemos representar da seguinte forma, no
para manter a qualidade tanto dos alimentos quanto geral:
dos medicamentos que a população consome pode
ser representada simbolicamente por P∧Q. X Y
( ) CERTO ( ) ERRADO
X Y Importante!
Entenda a diferença:
● Falamos que um elemento pertence ou não
pertence a um conjunto;
X–Y X∩Y Y–X ● Falamos que um conjunto está contido ou não
está contido em outro conjunto.
X ∪ Y = {2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}
Significa “Para todo” ou
∀ para todo
“Para qualquer que seja”
Relação de “Contém”/“Não Contém” e “Está
Contido”/“Não Está Contido” entre Conjuntos Indica relação de pertinên-
Є pertence
cia de elementos.
Em algumas situações, a intersecção entre os con- Indica relação de não per-
∉ não pertence
juntos X e Y pode ser todo o conjunto Y, por exemplo. tinência de elementos.
Isso acontece quando todos os elementos de B são tam-
∃ existe Indica relação de existência.
bém elementos de A. Veja isso no gráfico a seguir: 147
SÍMBOLO NOME EXPLICAÇÃO 3. Preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações);
Indica que não há relação
∄ não existe
de existência
Matemática Português
Indica que um conjunto
⊂ está contido está contido em outro
conjunto.
Indica que um conjunto
não está
⊄ não está contido em ou-
contido
tro conjunto
Indica que determinado 10
⊃ contém conjunto contém outro
conjunto
Indica que determinado
⊅ não contém conjunto não contém ou- 4. Preencha as demais informações no diagrama;
tro conjunto
Serve para fazer a ligação Matemática (20) Português (30)
entre a composição de um
| tal que
conjunto na “representa-
ção em chaves”
união de
A ∪ B Lê-se como “X união Y”.
conjuntos
interseção de Lê-se como “X intersec- 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20
A ∩ B
conjuntos ção Y”
diferença de Lê-se como “diferença de
A-B
conjuntos A com B”
5
Refere-se ao complemen-
XC complementar
to do conjunto X
Total = X
Diagrama de VENN 20 gostam de Matemática
30 gostam de Português
Vamos entender como se resolve questões que 10 gostam dos dois
envolvem Operações com Conjuntos se relacionan- 10 gostam apenas de Matemática
do. Acompanhe os exemplos a seguir e a maneira 20 gostam apenas de Português
como desenvolvemos suas resoluções:
5 não gostam de nenhuma
z Em uma sala de aula, 20 alunos gostam de Mate-
mática, 30 gostam de Português, e 10 gostam das 5. Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
duas matérias. Sabendo que 5 alunos não gostam tos envolvidos;
de nenhuma dessas duas matérias, quantos alunos
há nessa sala de aula? Matemática (20) Português (30)
Siga os passos abaixo:
1. Identifique os conjuntos;
2. Represente em forma de diagramas;
3. Preencha as informações de dentro para fora (da
interseção para as demais informações);
4. Preencha as demais informações no diagrama; 20 – 10 = 10 10 30 – 10 = 20
5. Some todas as regiões e iguale ao total de elemen-
tos envolvidos.
Vamos à resolução:
5
1. Identifique os conjuntos;
2. Represente em forma de diagramas; 10+10+20+5 = X
X = 45 alunos é o total dessa sala.
Matemática Português Também seria possível resolver esse tipo de ques-
tão usando a seguinte fórmula:
Traduzindo a fórmula:
Total de elementos da união = soma dos conjuntos
– interseções dois a dois + interseção dos três
Bom! Já vimos a teoria e precisamos praticar o que
aprendemos, não é mesmo? Vamos praticar!
Carol
Vamos extrair as informações e colocar dentro dos Dos 30 passageiros, são 25 que estiveram apenas
diagramas: em A ou B, de modo que os outros 5 passageiros esti-
800 contêineres distribuição; veram apenas em C. Veja ainda que 6 passageiros
0 contêineres com os 3 produtos; estiveram A e B, de modo que os outros 19 estiveram
300 contêineres carne bovina; somente em um desses dois países. Logo,
450 contêineres carne suína;
100 contêineres com frango e carne bovina;
A B
150 contêineres com carne suína e carne bovina;
100 contêineres com frango e carne suína.
Bovina Frango
X 6 25 – 6 – x =
50 100 X
19 – x
150 100
200 Suína C 5
A g B
O domínio (D) de uma função é sempre o próprio As Funções Injetoras são funções tais que os dis-
conjunto de partida, ou seja, é formado por todos os
tintos elementos do domínio se relacionam com dis-
possíveis elementos do conjunto A (D=A) e nos gráficos
são os valores que a abscissa (eixo x) pode assumir. O tintos elementos da imagem, ou seja, dois elementos
contra domínio (CD=B) é o conjunto de chegada, for- do domínio não podem ter a mesma imagem (Figura
mado por todos os elementos do conjunto B e são for- a). Uma função 𝑓: ℝ → ℝ dada por 𝑓(x) = 4x é injetora,
mados por todos os valores que as ordenadas (eixo y)
visto que para x1 ≠ x2tem-se 4x1 ≠ 4x2, logo, 𝑓 (x1) ≠ 𝑓
podem assumir. A imagem (Im) é formada por todos os
elementos do contra domínio que se relacionam com (x2).
algum elemento do domínio. Assim, quando todo ele- a) Diagrama para funções injetoras
mento x ϵ A está associado a um elemento y ϵ B, dize-
mos que y é a imagem de x, e denotamos por y = 𝑓(x).
Seja uma função 𝑓: ℕ → ℕ, ou seja, com domínio
e contra domínio nos naturais, definida por y = 𝑓(x)
= x + 2. Seu conjunto imagem é formado por meio da
substituição dos valores de x = {0, 1, 2, 3, 4, ...}, perten-
cente aos ℕ, em y = 𝑓(x), então para x = 1 → y = 𝑓(1) = 1
+ 2 = 3, e assim sucessivamente, de modo geral, a Im(
𝑓) = x + 2.
Importante!
b) Diagrama para funções sobrejetoras
Se tivermos um elemento do conjunto de parti-
da (A) do qual não tem seu respectivo valor em
relação ao conjunto (B), então essa relação não
é função.
√x – 2
𝑓(x) = c) Diagrama para funções bijetoras
√3 – x
x+3
𝑓[g(x)] = 2g(x) = x + 3 → g(x) =
2
x2 – 1
𝑓(x) = x – 1 e g(x) =
x+1
Assim, para o domínio A = {1, 2, 3} tem-se:
𝑓(1) = 1 – 1 = 0
𝑓(2) = 2 – 1 = 1
𝑓(3) = 3 – 1 = 2
Funções Periódicas e Compostas Como 𝑓(1) = g(1); 𝑓(2) = g(2); 𝑓(3) = g(3) para todo x
∊ A, temos que as funções são iguais.
Funções periódicas a grosso modo são funções Podemos ter outras relações entre funções, como
especiais de fácil identificação visual ou gráfica, nas a soma de duas funções 𝑓 e g definida por:
quais se observa uma característica de repetição do (𝑓 + g) (x) = 𝑓 (x) + g(x).
decorrer da curva em intervalos subsequentes.
Uma função 𝑓 : ℝ → ℝ é dita periódica de tempo T, A diferença entre funções, definida por:
se existe uma constante positiva T tal que 𝑓(x) = 𝑓(x + (𝑓 – g) (x) = 𝑓 (x) – g(x).
T) para todo x ϵ ℝ. Assim, se 𝑓 é periódica de período
T, então, 𝑓 também é periódica de período nT, onde O produto entre funções:
n ϵ ℕ, 𝑓(x) = 𝑓(x + T) = 𝑓(x + 2T) = ... = 𝑓(x + nT). Por (𝑓 · g) (x) = 𝑓 (x) · g(x).
exemplo, funções trigonométricas 𝑓(x) =sen(x) e g(x) =
cos(x), são funções periódicas de período T =2π.
E o quociente entre funções:
Para que uma função composta 𝑓 com g exista,
cada uma delas 𝑓 e g devem ser funções dentro do (𝑓 / g) (x) = 𝑓 (x) / g(x), g(x) ≠ 0.
domínio e contra domínio definidos, ou seja, 𝑓: A → B
e g: B → C. Então, para todo x ϵ A temos um único y ϵ Em cada uma das operações anteriores o domínio
B tal que y = 𝑓(x) e para todo y ϵ B tem-se um único z da função resultante consiste naqueles valores de x
ϵ C tal que z = 𝑓(y), logo, existe uma função h: A → C, que estão no domínio de cada uma das funções 𝑓 e g,
definida por h(x) = z. Pode-se ainda indicá-la como 𝑓οg sendo que quando tivermos o quociente existe a neces-
MATEMÁTICA
1
y = 2x – 1 = 0 → 2x = 1 → x =
2
{
y = 𝑓(x) = c. O gráfico da função constante é uma reta
paralela ao eixo das abcissas (eixo x) passando pelo –x + 1, se x < –2
ponto (x, y) = (0, c), figura a seguir, assim o conjunto
Imagem (Im) de 𝑓 é Im = {c}. a) 𝑓(x) = x2 – 1, se – 2 ≤ x ≤ 1
–x + 1, se x > 1
(Figura 10a);
y=4 y=–2
{
y+1
𝑓(x) = y = 2x – 1 → 2x = y + 1 → x =
2
Figura 11. Funções (a) 𝑓(x) = 2x – 1, (b) 𝑓–1(x) = (x + 1)/2 e (c) as
duas funções mais a bissetriz em pontilhado.
Logo, se 𝑓 = {(x, y) ∊ A × B | y = 2x – 1}, então:
FUNÇÃO LINEAR, AFIM E QUADRÁTICA
𝑓–1 = { (y, x) ∊ B × A | x =
y+1
2
Função Linear e Afim
Figura 12. Gráfico da Função Linear 𝑓(x) = 2x e o ponto (x, y) = (2, 4).
b
üü =ℵℵ=
üüü
𝑓(x) ax + b < 0 → x > – ;
a
Figura 13. Gráfico da Função Afim 𝑓(x) = 2x + 1 e o ponto (x, y) = (1, 3).
Seja a função 𝑓(x) = 2x + 1, sua raiz é dada por:
Uma Função Afim é crescente sempre que o coe-
ficiente angular for positivo e decrescente quando o 1
2x + 1 = 0 → x = –
mesmo for negativo. 2
b
𝑓(x) = ax + b = 0 → x = –
a
{
S1 ⌒ S2= x∊ℜ|x>
1
{ (x + 2)
≥1
3 (3X – 1)
Ou seja,
x üü
+ 2 <ℵℵ=
üüü 0→x<–2
1
(x + 2) (x + 2) (–2x + 3
3xüü
üüü 0→x<
– 1 <ℵℵ= ≥1→ –1≥0→ ≥0
3 (3x – 1) 3x – 1 (3x – 1
Assim temos:
𝑓(x)
> 0 → 𝑓(x) = – 2x + 3 e g(x) = 3x – 1
g(x)
Logo, a solução para esse segundo caso é S3 ⌒ S4 = Seguindo os dois passos acima temos:
{x ∊ ℜ | x < – 2}. Assim, o conjunto solução para inequa-
ção produto (x + 2) (3x – 1) > 0 é:
3
– üü
üüü
2x + 3ℵℵ=
≥0→x –≤
{
S = {S1 ⌒ S2} ◡ {S3 ⌒ S4} = x ∊ ℜ | x < –2 ou x >
1
{ 1
2
MATEMÁTICA
3 3xüü
üüü– 1 >ℵℵ=
0→x>
3
{
S1 ⌒ S2= x∊ℜ|
1
<x≤
3
{ 2 4
3
– üü
üüü
2x +ℵℵ=
3≤0→x –≥
2
1
üü
üüü
3x –ℵℵ=
1<0→x<
3
{ [ ]
2
ℜ| 2a 4a2
3 2
Para ∆ = 0 temos:
2x) < 0, para achar o conjunto solução primeiro encon- S1 ◡ S2 = x ∊ ℜ | x < –1 ou 0 < x < ou x > 2
üü ℵℵ=
üüü =ℵℵ üü ü
tra-se as raízes de cada função 𝑓(x) = 2x2 + x – 1 e g(x) 2
= – x2 + 2x:
üü ℵℵ=
üüü Máximo e Mínimo para Função Quadrática
üü –(1)
üüü ℵℵ= – √9
y ou yM ≤ y, respectivamente. Ao valor xM ∊ D𝑓 tal que
yM = 𝑓(xM) chamamos de ponto máximo ou mínimo da
xüü
üüü= ℵℵ= = –1 função. Esse ponto também conhecido como vértice
1
2·2 da função quadrática ou da parábola. Denotamos o
𝑓(x) = 0
vértice como:
–(1) + √9 1
xüü
üüü
= ℵℵ=
2
=
2·2 2
ℵℵ–b ℵ–∆ℵ
üü ü(xM, yℵ
üüü ) = V (xv, yv) = V ℵ , ℵ ℵ
–(2) – √4 M
ℵü2a üℵ
ü ü4a
xüü
üüü
1
= ℵℵ= =2
2 · (–1)
g(x) = 0 Para a função quadrática 𝑓(x) = x2 – 3x + 2, o vértice
–(2) + √4
xüü
üüü
2
= ℵℵ= =0 é dado por:
2 · (–1)
ℵℵ–b ℵ
–∆ℵ
Para 𝑓(x) = 2x2 + x – 1, com ∆ > 0 e a > 0: üü ü
üüü ℵ V(xv , yv) = V ℵ , üüℵ ℵ üüüüüü
ℵü2a
ü 4aℵ
1 ℵℵ
– ( –3) –((–3)2 – 4 · 1 ·ℵ
2)ℵ
𝑓(x) > 0, x ∊ ℜ | x < –1 ou x >
üü ü
üüü ℵ =V ℵ , ℵ ℵ ü
2
ℵüü2 · 1 4·1 üüℵ
=ℵℵ üü ü 1
𝑓(x) < 0, x ∊ ℜ | –1=<ℵxℵ
< ℵℵ3 ℵ1ℵ
üü ü
2 üü ü
üüü ℵ =V ℵ , – 4ℵ ℵ üüüüüü
160 ℵü2ü üüℵ
Sendo a = 1 > 0, então a concavidade da parábola –(4) – √16
está voltada para cima e o vértice será ponto de míni- xüü
üüü
= ℵℵ=
1
= –4
mo da função. 2·1
O vértice de uma função quadrática será ponto de –(4) + √16
máximo da função quando a < 0 e ponto de mínimo xüü
üüü
= ℵℵ=
2
=0
da função quando a > 0. 2·1
x,üü
üüüse xℵℵ=
≥0 Dessa forma construímos o gráfico para x2 + 4x no
𝑓(x) = intervalo abaixo de –4 e acima de 0 e para –x2 – 4x no
üü ℵℵ=
üüü
– x, se x < 0
intervalo entre –4 e 0 (Figura 16).
As raízes das sentenças definidas pela função
O gráfico para a função modular 𝑓(x) = |x| é defi- modular podem também ser chamadas de ponto (s)
nido pela junção dos dois gráficos da função de duas de inflexão da curva (funções quadráticas) ou da reta
sentenças (x e –x) e resultará em duas semi-retas de (funções lineares ou Afim). Inflexão é um ponto sobre
origem na raiz da função, (x, y) = (0,0), ou seja, essas uma curva na qual a curvatura troca o sinal, nesse
retas são bissetrizes dos primeiro e segundo quadran- caso indo para o lado positivo do eixo y, pois, Im(𝑓)
tes do plano (Figura 15). = 𝔑+.
O domínio da função modular é o conjunto dos
reais, ou seja, para todo x ∊ ℝ, existe um único y ∊
Im(𝑓), sendo que a imagem da função assume somen-
te valores positivos (reais não negativos (ℝ+)). Logo,
Im(𝑓) = ℜ+. Note, que no gráfico da função as retas
ficam acima do eixo x, onde todos valores para y são
positivos (Figura 15).
Equações Modulares
x üü
+ 2 =ℵℵ=
üüü 3→x =1
|x + 2| = 3 ⇔
üü ℵℵ=
üüü
x + 2 = –3 → x = –5
x2üü
üüü ℵℵ=
+ 4x
𝑓(x) =
üü
–(x
üüü + 4x)
2 ℵℵ=
S = {–5, 1}
A essas duas funções encontramos as suas raízes: Caso tenhamos duas funções modulares, como a
equação |3x + 2| = |x – 1|, a solução é dada da seguin-
∆ = b2 – 4ac = 42 – 4 · 1 · 0 = 16 te forma: 161
3 Já para x < –1 temos –x –1 ≥ 7 – 2x ⇔ x ≥ 8, com
3xüü
üüü+ 2ℵℵ=
=x–1→x=– solução:
2
|3x + 2| = |x – 1| ⇔
1 S2 = {x ∊ ℜ| x < –1} ⌒ {x ∊ ℜ| x ≥ 8} = {∅}
3xüü
üüü+ 2ℵℵ=
= –x + 1 → x = –
4
Assim, a solução de |x + 1| + 2x – 7 ≥ 0 é dada por:
üü
üüü
= ℵ üü1
3 ℵℵℵ=ü
S= – ,– S1 ◡ S2 = {x ∊ ℜ| x ≥ 2} ◡ ∅ = {x ∊ ℜ| x ≥ 2}
üü
üüü
= ℵ üü4
2 ℵℵℵ=ü
FUNÇÃO EXPONENCIAL
E na situação de uma função modular, como a
equação |3x + 2| = 2x – 3, a solução é válida para valo- Definição, Características, Domínio, Imagem e
res de x tal que 2x – ≥ 0 → x ≥ 3/2. A solução da equa-
Gráfico
ção é dada por:
Inequações Exponenciais
ℵ ℵx
ü ℵ1ℵ ≥ ü125
ℵ5ℵ
Temos duas formas:
ℵ1ℵ ℵ1ℵ
x x
Figura 17. Gráfico da Função Exponencial, (a) crescente (𝑓(x) = 2x) e
(b) decrescente (𝑓(x) = (0, 5)x ). ü ℵ5ℵ üü → ℵ ℵ
≥ 125 ü
≥ 53 → (5–1)x ≥ 53 → 5–x ≥ 53
ℵℵ ℵ5ℵ
Equações Exponenciais
5–x ≥ 53 → – x ≥ 3 → x ≤ –3
Equações exponenciais são aquelas equações nas
quais a incógnita x está no expoente, como: 2x = 32 e S = {x ∊ ℜ | x ≤ –3}
2x – 4x = 2.
A forma de solucionar a equação exponencial é
ℵ1 ℵx ℵ1ℵx ℵ 1ℵx ℵ 1ℵ–3
deixando todas as potências com a mesma base, como ü ℵ ℵ ≥ü125ü→ ℵ ℵ ≥ü53 →
ü ℵ ℵ ≥üü ℵ ℵ ü
a 𝑓(x) = ax é injetora, podemos dizer que potências ℵ5 ℵ ℵ 5ℵ ℵ 5ℵ ℵ 5ℵ
iguais e de mesma base têm expoentes iguais, ou seja,
ax = ay ⇔ x = y, (a ∊ ℜ*+ –{1}) x ≤ –3
Seja a equação exponencial 2x = 128, temos a solu-
ção o valor de x igual a: S = {x ∊ ℜ | x ≤ –3}
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
2x = 128 → 2x = 27→ x = 7
S = {7} Logaritmo
ℵbℵ
ü a ℵ ℵ = log
z b > 0 e c > 0 → log ü a b – loga c, então loga
ℵc ℵ
ℵ1 ℵ
ü ℵ ℵ = –ü loga c;
ℵc ℵ
z α ∊ ℝ → loga bα = α · (loga b);
1
z n ∊ ℕ → loga √b = loga(b) =
*
loga b ;
n
z a, b, c ∊ ℝ+ e a ≠ 1, c ≠ 1:
logc b
loga b = , mudança de base com quociente;
logc a
z a, b, c ∊ ℝ+ e a ≠ 1, c ≠ 1: loga b = logc b · log a
c,
mudança de base com produto;
1
z a ≠ 1, b ≠ 1 loga b = ;
loga a
1
z β ∊ ℝ* logaβ b = loga b ;
β
üü ℵℵ=
üüü –(–5) + √25 5
2x + 5 > 0 → x > –5/2 xüü
üüü
= ℵℵ=
1
=
2·2 2
log4 (3x + 2) = log4 (2x + 5) → (3x + 2) = (2x + 5) → x = 3
S = {3} Como para a 𝑓(x) = 2x2 – 5x temos a > 0 e ∆ > 0,
então a solução para 𝑓(x) > 0 é:
Agora para a equação logarítmica log4 (2x2 + 5x + 4)
= 2 temos x igual a:
üü ℵℵ==ℵℵ üü5
üüü ü
∆ = b2 – 4ac = 52 – 4 · 2 · (–12) = 25 + 96 = 121 a = 2 > 1 → log2 (2x2 – 5x) ≤ log2 3 → 2x2 – 5x ≤ 3 → 2x2
– 5x – 3 ≤ 0
– b – √∆ – 5 – √121
xüü
2x2 – 5x – 3 ≤ 0 → ∆ = (–5)2 – 4 · 2 · (–3) = 25 + 24 = 49
üüü
1
= ℵℵ= = = –4
2a 2·2
– (–5) – √49 1
xüü
üüü
= ℵℵ=
– b + √∆ – 5 +√121 3
xüü
üüü
= ℵℵ= = = 1
= –
2
2a 2·2 2 2·2 2
– (–5) + √49
xüü
üüü
1
= ℵℵ= = 3
üü
üü3
üüü
=ℵℵ ü
ℵℵ= 2·2
S= – 4,
=ℵℵ üü2
üü
üüü ü
ℵℵ=
Como para a g(x) = 2x2 – 5x – 3 temos a > 0 e ∆ > 0,
então a solução para g(x) ≤ 0 é:
Inequações Logarítmicas
üü ℵℵ=
üüü ℵℵ üüü
=1
Inequações logarítmicas são aquelas inequações
do tipo: loga 𝑓(x) >loga g(x) e loga 𝑓(x) > α, α ∊ ℝ e com S2 = x∊ℜ|– ≤x≤3
=2
üü ℵℵ=
üüü ℵℵ üüü
(a ∊ ℜ*+ –{1}).
A forma de solucionar a inequação logarítmica é
deixando os logaritmos com as mesma base, e aplican- Assim, a solução da inequação logarítmica log2
do as desigualdades em casos de bases maiores que (2x2 – 5x) ≤ log2 3 é dada pela intersecção das soluções
um ou entre zero e um, lembrando que as 𝑓(x) = g(x) acima:
> 0 ou aplicando propriedade inversa e transforman-
do em equação exponencial, loga 𝑓(x) = α → 𝑓(x) = aα. üü ℵℵ=
üüü ℵℵ üüü
=5
1
Esquematizando temos: S = S1 ⌒ S2 = x∊ℜ|– ≤ x < 0 ou <x≤3
üü ℵℵ=
üüü 2 =2
ℵℵ üüü
üü >ℵℵ=
üüü
𝑓(x) g(x) se a>1
loga 𝑓(x) > loga g(x) ⇔ E na inequação logarítmica log2 (3x + 5) > 3, temos:
0 üü
< 𝑓(x)
üüü ℵℵ=< g(x) se 0 < a < 1
a > 1 → log2 (3x + 5) > 3 → 3x + 5 > 23 → 3x + 5 > 8 → x > 1
ou
Mas, a função 𝑓(x) = 3x + 5 > 0, então:
üü >ℵℵ=
üüü
𝑓(x) ak se a >1
loga 𝑓(x) > k ⇔
MATEMÁTICA
5
0 üü
< 𝑓(x)
üüü ℵℵ=< ak se 0 < a < 1 𝑓(x) = 3x + 5 > 0 → x > –
3
0 üü
< 𝑓(x)
üüü ℵℵ=< ak se a>1
loga 𝑓(x) > k ⇔
üü ℵℵ=
üüü
𝑓(x) > a se 0 < a < 1
k Como a solução x > 1 é também maior que:
Logaritmos Decimais 20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201
21 3222 3243 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404
São funções logarítmicas onde a base a = 10, ou
22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598
pode ser escrita como potência de base 10, como: log10
𝑓(x) ou log10α 𝑓(x), α ∊ ℝ*. Pode-se ter também a nota- 23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784
ção: log10 𝑓(x) = log 𝑓(x), onde não há a necessidade de 24 3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962
escrever o valor 10 na base. Todas as características
e propriedades de logaritmos também valem para os 25 3979 3997 4014 4031 4048 4065 4082 4099 4116 4133
logaritmos decimais. 26 4150 4166 4183 4200 4216 4232 4249 4265 4281 4298
Segue algumas propriedades:
27 4314 4330 4346 4362 4378 4393 4409 4425 4440 4456
z 10c ≤ x < 10c+1 ⇔ log 10c ≤ log x < log 10c+1 → c ≤ log x 28 4472 4487 4502 4518 4533 4548 4564 4579 4594 4609
< c + 1, x > 0 e c ∊ ℤ; 29 4624 4639 4654 4669 4683 4698 4713 4728 4742 4757
z log x = c + m, onde c ∊ ℤ é característica e 0 ≤ m < 1
é a mantissa; 30 4771 4786 4800 4814 4829 4843 4857 4871 4886 4900
z x > 1 → c ≥ 0; 0 < x < 1 → c < 0; 31 4914 4928 4942 4955 4969 4983 4997 5011 5024 5038
z A mantissa (m) é um valor tabelado;
32 5051 5065 5079 5092 5105 5119 5132 5145 5159 5172
z A mantissa do decimal de x não se altera quando
multiplica-se x por potência de 10 com expoente 33 5185 5198 5211 5224 5237 5250 5263 5276 5289 5302
inteiro, ou seja a mantissa (m) de log x não muda 34 5315 5328 5340 5353 5366 5378 5391 5403 5416 5428
quando temos log10p x, p ∊ ℤ.
35 5441 5453 5465 5478 5490 5502 5514 5527 5539 5551
Valores da característica (c) são dados da seguinte
36 5563 5575 5587 5599 5611 5623 5635 5647 5658 5670
forma:
37 5882 5694 5705 5717 5729 5740 5752 5763 5775 5786
38 5798 5809 5821 5832 5843 5855 5866 5877 5888 5899
log 2,3 → c = 0
üü ℵℵ=
üüü 39 5911 5922 5933 5944 5955 5966 5977 5988 5999 6010
log 31,421 → c = 1
x>1 40 6021 6031 6042 6053 6064 6075 6085 6096 6107 6117
log 204 → c = 2
üü ℵℵ=
üüü 41 6128 6138 6149 6160 6170 6180 6191 6201 6212 6222
log 6542,3 → c = 3 42 6232 6243 6253 6263 6274 6284 6294 6304 6314 6325
43 6335 6345 6355 6365 6375 6385 6395 6405 6415 6425
log 0,2 → c = –1
üü ℵℵ=
üüü 44 6435 6444 6454 6464 6474 6484 6493 6503 6513 6522
log 0,035 → c = –2
0<x<1 45 6532 6542 6551 6561 6571 6580 6590 6599 6609 6618
log 0,00405 → c = –3
üü ℵℵ=
üüü 46 6628 6637 6646 6656 6665 6675 6684 6693 6702 6712
log 0,00053 → c = –4 47 6721 6730 6739 6749 6758 6767 6776 6785 6794 6803
48 6812 6821 6830 6839 6848 6857 6866 6875 6884 6893
Ou seja, o c é a quantidade de algarismos da parte 49 6902 6911 6920 6928 6937 6946 6955 6964 6972 6981
inteira menos 1 em caso de x > 1 e para 0 < x < 1 é o
oposto (negativo) da quantidade de zeros (inclusive o 50 6990 6998 7007 7016 7024 7033 7042 7050 7059 7067
zero antes da vírgula!) que precede o primeiro alga- 51 7075 7084 7093 7101 7110 7118 7126 7135 7143 7152
rismo significativo. 52 7160 7168 7177 7185 7193 7202 7210 7218 7226 7235
Sendo a mantissa tabelada para N = 234 (m =
53 7243 7251 7259 7267 7275 7284 7292 7300 7308 7316
0,3692), Tabela 1, c = 1, assim o valor do log 23,4 = c +
m = 1 + 0,3692 = 1,3692. 54 7324 7332 7340 7348 7356 7464 7372 7380 7388 7396
2 2 10
a) n<2. t= = =2· = 20 anos
b) n=2. 0,1 1 1
c) n=3.
10
d) n<3.
e) n>3. Resposta: Letra A.
Inicialmente temos as seguintes funções para sindi- 5. (FAFIPA – 2016) Os valores de x que satisfazem a ine-
cato e empresa, respectivamente: quação (x2 + 2x -15 / x + 2 )≤ 0 pertencem a:
yS = 31,25t + 7,05n
yE = 12,03t + 12,03n a) (-∞-5]U[-2,3].
Para a empresa ser maior que a do sindicato temos: b) (-∞-5]U(-2,3].
yE > ys → 12,03t + 12,03n > 31,25t + 7,05n c) (-∞-5]U(-2,3).
Deixando em função de número de peças produzi- d) (-∞-5)U[-2,3].
das por hora temos:
12,03n – 7,05n > 31,25t – 12,03t → 4,98n > 19,22t → Para a razão ser negativa existem dois conjuntos de
n > 3,86t soluções possíveis:
Logo, para o valor da empresa ser maior que a do 1º) x2 + 2x – 15 ≥ 0 e x + 2 < 0:
sindicato os funcionários terão que produzir mais x < –2
que três peças por hora trabalhada, ou seja, n>3. x2 + 2x – 15 ≥ 0
Resposta: Letra E.
∆ = b2 – 4ac = 4 – 4 · 1 · (–15) = 4 + 60 = 64
3. (FCC – 2016) O valor da expressão log2 16 + log4 8 + – b – √∆ –2–8
log8 4 é igual a: xüü
üüü
1
= ℵℵ= = = –5
2a 2
a) 5. – b + √∆ –2 + 8
b) 23/2. xüü
üüü
2
= ℵℵ= = =3
c) 37/6. 2a 2
d) 5/4.
MATEMÁTICA
{
1
= = –5 a21 a22
2a 2
(lê – se a um um) elemento que está na 1ª linha
– b + √∆ –2 + 8 a11
e 1ª coluna.
xüü
üüü
= ℵℵ=
2
= =3 (lê – se a um dois) elemento que está na 1ª linha
2a 2 a12
e 2ª coluna.
Como ∆ > 0 e a > 0 a parábola tem duas raízes e (lê – se a um um) elemento que está na 2ª linha
a21
a concavidade voltada para cima assim para que a e 1ª coluna.
função quadrática seja negativa a solução é em S3 (lê – se a um um) elemento que está na 2ª linha
a22
= {x ∊ ℜ | – 5 < x < 3} mas também deve satisfazer e 2ª coluna.
a solução S4 = {x ∊ ℜ | x > –2}, assim, S3 ⌒ S4 = {x ∊
Observação: Uma matriz M de ordem m ⨉ n tam-
ℜ | –2 < x ≤ 3}.
bém pode ser indicada por M = (aij) ou M = (aij) m ⨉ n.
A solução final é dada pela união das parciais:
(S1 ⌒ S2) ◡ (S3 ⌒ S4) = {x ∊ ℜ | x ≤ – 5 ou –2 < x ≤ 3} = TIPOS DE MATRIZES
(– ∞, –5] ◡ (–2, 3]. Resposta: Letra B.
Matriz Linha
REFERÊNCIAS
É toda matriz do tipo 1 ⨉ n, ou seja, é uma matriz
DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e que possui apenas uma linha.
aplicações. 3. ed. São Paulo: Ática, 2016. 3 v. Exemplo:
IEZZI, Gelson et al. Fundamentos de Matemática C = [–3 4 1] é uma matriz linha de ordem 1x3
Elementar. 3. ed. São Paulo: Atual, 1977. 10 v. M = (–9 7 0 –√15) é uma matriz linha de ordem 1x4
Matriz Nula
MATRIZES
É a matriz que possui todos os elementos iguais a
Matrizes podem ser definidas da seguinte manei-
zero.
ra: sejam dois números naturais m e n diferentes de
zero, denominamos matriz de ordem m por n (indi- Exemplo:
ca-se m x n) qualquer tabela M formada por núme-
= G
ros pertencentes ao conjunto dos reais, sendo estes 0 0 0 0
E= é uma matriz nula de ordem 2x4
números distribuídos em m linhas e n colunas. 0 0 0 0
Exemplos:
e o
0 0
> H
-2 1 0
A= é uma matriz de ordem 2x3, N= é a matriz nula de ordem 2x2
2 4 3 0 0
[ ][ ][ ]
diagonal principal são iguais a 1. A matriz identidade
4 –1 2 ∙ 4 2 ∙ (– 1) 8 –2
é representada pela letra maiúscula I, seguida da sua 2. 0 5 = 2 ∙ 0 2 ∙ 5 = 0 10
ordem, ou seja, In. 3 √2 2 ∙ 3 2 ∙ √2 6 2 ∙ √2
Exemplos:
MATEMÁTICA
[ ] [ ]
1 –2
2 4 2
∙ 0 5
RS VW
–1 –3 5 4 0
SS 4 5 WW
2x3 2x3 At = SS2 7W W
SS 2 W W
[ (– 1)2 ∙∙ 11 ++ 4(–∙ 3)0 +∙ 02 +∙ 45 ∙ 4 (– 1)2∙(–(–2)2)++4(–∙ 53)+∙ 25 ∙+05 ∙ 0 ] S-1
T
5 W3x2
X
Se B = [– 1 0 ⁵√19 – 6]1x4, sua transposta é
RS V
[ 10 16
19 – 13 ]
2x2
SS - 1 WWW
SS 0 WW
SS5 WW
[ ]
Bt =
1 SS 19WW
–2 ∙ [ 3 –5 4 0 ]
1x4
SS - 6 WW
12 4x1
3x1 T X
1∙3 1 ∙ (– 5) 1∙4 1∙0 � Propriedades de uma matriz transposta
[ (– 2) ∙ 3 (– 2) ∙ (– 5)
12 ∙ 3 12 ∙ (– 5)
(– 2) ∙ 4
12 ∙ 4
(– 2)
∙0
12 ∙ 0 ] A matriz transposta admite as seguintes propriedades:
[ ]
3 –5 4 0 P1) (At)t = A
– 6 10 – 8 0 P2) (A + B)t = At + Bt
36 –60 48 0 P3) (k . A)t = k . At
3x4
P4) (A . B)t = Bt . At
[ 5 –3 1
0 3 –2 ] 3x2
∙
[ ]
1
–1
10 3x1
MATRIZ SIMÉTRICA
[ 21 ∙∙ 77 ++ 37 ∙∙ (–(– 2)2) 1 ∙ (– 3) + 3 ∙ 1
2 ∙ (– 3) + 7 ∙ 1 ] = [ 01 0
1 ] =I 2 Se M = [ 26 –1
5 ]
, então:
A ∙ A– 1 = [ –72 –3
1 ]∙[ ]1
2
3
7
det M = 2 ∙ 5 – [6 ∙ (– 1)] = 10 – (– 6) = 10 + 6 = 16
Fazendo A-1 = [ ac b
d ], temos: Podemos memorizar essa definição da seguinte
maneira:
{ a +2a3b= 1= 0
1 1 z Os termos precedidos pelo sinal – são obtidos
⇒a= eb=–
2 6 multiplicando-se os elementos segundo as flechas
situadas na direção da diagonal secundária.
{ c +2c3d= 0= 1
1 Este dispositivo apresentado acima é conhecido
⇒c=0ed= como Regra de Sarrus, e é utilizado para o cálculo de
3
determinantes de ordem 3.
Vejamos agora um exemplo numérico:
> H
1
2
- 16
RS V
Portanto, A-1 =
0
1
SS1 2 1W
W
3
SS5 W
- 2W
Seja M = 3 WW , calcule o seu determinante
SS
� Propriedades de uma matriz inversa 2 4 - 1W
T X
A matriz inversa admite as seguintes propriedades: Utilizando a regra de Sarrus, temos que:
P1) (A-1)-1 = A 1 2 1 1 2
P2) (A . B)-1 = B-1 . A-1 det M = 5 3 – 2 5 3 = 1 ∙ 3 ∙ (1) + 2 ∙ (– 2) ∙
2 4 –1 2 4
P3) (At)-1 = (A-1)t
2 + 1 ∙ 5 ∙ 4 – (1 ∙ 3 ∙ 2 + 1 ∙ (– 2) ∙ 4 + 2 ∙ 5 ∙ (– 1))
1 2 1 1 2
det M = 5 3 – 2 5 3 = – 3 – 8 + 20 – (6 – 8
DETERMINANTES 2 4 –1 2 4
– 10) = 9 – (– 12) = 9 + 12 = 21, portanto, o det de M
Determinantes podem ser definidos do seguinte = 21
modo: considere o conjunto das matrizes quadra-
das de elementos reais. Seja M uma matriz de ordem MENOR COMPLEMENTAR
n desse conjunto. Denominamos determinante da
matriz M (e indicamos por det M) o número que asso- Considere uma matriz M de ordem n ≥ 2. Seja aij
ciamos a matriz M, operando seus elementos confor- um elemento de M. Definimos menor complementar
do elemento aij, e indicamos por Dij, como sendo o
MATEMÁTICA
[ ]
1 –2 3 ∙ 1 ∙ (4 + 12) + 3 ∙ (– 1) ∙ (10 + 3) + 4 ∙ 1 ∙ (20 – 2) = 16 – 39
linha e a primeira coluna da matriz M, 1 – 1 5 , + 72 = 49
2 4 –2
calculando assim o determinante dos elementos Observações: podemos utilizar Sarrus ou Laplace
restantes. no cálculo do determinante de uma matriz qualquer,
O raciocínio é análogo para os demais termos, por- os resultados obtidos serão os mesmos. Na utilização
tanto teremos: de Laplace qualquer fila (linha ou coluna) escolhida
produzirá o mesmo valor de determinante. De prefe-
1 5 = – 12, D = 1 – 1 = 6, rência, escolha sempre a fila com a maior quantidade
D12 =
2 –2 13
2 4 de elementos iguais a zero. Este procedimento facilita
os cálculos do determinante.
D21 = – 2 3 = – 8, D22 = 1 3 = – 8,
4 –2 2 –2 PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES
D23 = 1 – 2 = 8, D31 = – 2 3 = – 7,
2 4 –1 5 A definição de determinante e o teorema de Lapla-
1 3 1 – 2 = 1. ce nos permitem fazer o cálculo de qualquer deter-
D32 = = 2, D33 = minante, no entanto, é possível simplificar o cálculo
1 5 1 –1
com a aplicação de certas propriedades. Vejamos estas
COMPLEMENTO ALGÉBRICO (COFATOR) propriedades:
e o , o det A = 14
4 -1 Exemplos:
Se A =
2 3 JK 1 - 2 - 1N
O
Se quiséssemos descobrir o determinante de 3 . A, KK OO
faríamos: Seja M = KK 3 4 7O
O , o det M = 0, pois a 3ª coluna
KK- - 3O
O
det 3 . A = (3)2 . det A = 9 . 14 = 126 5 2
L P
é a soma da 1ª coluna com a 2 ª coluna.
P5) Troca de filas paralelas JK2 NO
-3
KK 5 OO
Seja M uma matriz de ordem n ≥ 2. Se trocarmos Seja N = KK1 4 0O OO , o det N = 0, pois a 3ª linha é
KK
10 O
de posição duas filas paralelas, obteremos uma nova - 10
3
matriz M’ tal que det M’ = - det M L P
Exemplo: o dobro da 2ª linha menos a 1ª linha.
RS VW
SS 1 -1 2W
W P9) Teorema de Binet
Seja M = SS 0 3 4W
WW , o det M = 13
SS W
S- 3 5 1W Se A e B são matrizes quadradas de ordem n, então
T X det (AB) = det A . det B
Exemplo:
Se trocarmos de posição a primeira coluna com a
Seja A = e o , o det A = 5 e B = e o , o det
3 2 -2 -7
segunda coluna, teremos: -1 1
B = 3, 1 2
RS V Logo, pelo Teorema de Binet, o det (A . B) = det A .
SS- 1 1 2W
W
SS 3 W det B = 5 . 3 = 15
M’ = 0 4W
WW o det M’ = - 13 Observação: decorre a seguinte relação do Teore-
SS W
S5 -3 1W ma de Binet:
T X
Portanto a conclusão que chegamos é que: det M’ 1
det A–1 =
= - det M det A
O raciocínio é análogo, caso fosse feita a troca de Exemplo:
RS V
linhas paralelas.
SS0 3 - 1W
W
SS2 W
P6) Filas paralelas iguais Seja A = -4 3WWW , o det A = 19 , logo o det A–1 =
SS
1
=
1 S1 2 - 3WW
Se uma matriz M de ordem n ≥ 2 tem duas filas det A 19 T X
paralelas formadas por elementos respectivamente
P10) Matriz triangular
iguais, então det M = 0.
Exemplo: O determinante de uma matriz triangular (aquela
cujos elementos acima ou abaixo da diagonal princi-
RS V pal são todos iguais a zero) é dado pelo produto dos
SS- 1 0 2W
W
SS 4 W elementos da diagonal principal.
Seja M = 5 7W
WW , o det de M = 0, pois a 1ª e 3ª Exemplos:
SS W
S- 1 2W RS V
0W
0
T X SS- 3 W
MATEMÁTICA
0
SS 1 W
linha são iguais. Seja A = 2 0WWW , como temos uma matriz
SS
S4 -5 - 1WW
P7) Filas paralelas proporcionais
T X
triangular superior, ou seja, todos os elementos acima
Se uma matriz de ordem n ≥ 2 tem duas filas para- da diagonal principal são nulos, logo o determinante
lelas formadas por elementos respectivamente pro- de A será dado pelo produto dos elementos da diago-
porcionais, então det M = 0. nal principal da matriz A.
Exemplo: Portanto: det A = ( - 3) . 2 . ( - 1) = 6 173
{
RS V
SS1 -2 7 W
W a11x1 + a12x2 + a13x3 + . . . + a1nxn = c1
SS0 W
Seja B = 4 2WWW , como temos uma matriz a21x1 + a22x2 + a23x3 + . . . + a2nxn = c2
SS
S0 0 - 3WW S a31x1 + a32x2 + a33x3 + . . . + a3nxn = c3
T X ∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙
triangular inferior, ou seja, todos os elementos acima am1x1 + am2x2 + am3x3 + . . . + amnxn = cm
da diagonal principal são nulos, logo o determinante
de B será dado pelo produto dos elementos da diago-
Note que pela definição do produto de matrizes, o
nal principal da matriz B.
sistema linear genérico acima, pode ser escrito na for-
Portanto: det B = 1 . 4 . ( - 3) = - 12
ma matricial da seguinte maneira:
[ ][ ] [ ]
a11 a12 a13 ... a1n x1 c1
SISTEMAS LINEARES a21 a22 a23 ... a2n x2 c2
EQUAÇÃO LINEAR a31 a32 a33 ... a3n x3 = c3
∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙∙ ∙ ∙
Denominamos equação linear toda equação do
tipo: am1 am2 am3 ... amn xn cn
{ [ ][][ ]
Quando o termo independente é nulo, dizemos
que a equação linear é homogênea. – 3x + 2y – z = – 1 –3 2 –1 x –1
Exemplos: x + y – 5z = 3 ⇒ 1 1 –5 ∙ y = 3
2x – 5y + 2z = 4 2 –5 2 z 4
a) 4x + 3y – z = – 1
b) 2x – y = 3
SOLUÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR
c) – 2x – y + 5z = 0 (Equação linear homogênea)
Seja uma sequência ou n-upla ordenada de núme-
Não são equações lineares as equações abaixo: ros reais (a1, a2, a3, . . . , an), a mesma será solução de
um sistema linear S, se for a solução de todas as equa-
a) x2 + y – z3 = 3 ções lineares de S, ou seja:
b) xy – 5z = –7
c) x – 2y + √z = 3
a11a1 + a12a2 + a13a3 + . . . + a1nan = c1 (setença verdadeira)
{ 4x – y = 2 Exemplo:
{
x + 7y = 1
x + 2y – 2z = – 5
Neste caso temos um sistema linear de duas incóg- 2x – 3y + z = 9
nitas, sendo elas x e y. O 2 e o 1 são os termos indepen-
3x – y + 3z = 8
dentes desse sistema.
{
O sistema acima admite como solução a tripla
– 3x + 2y – z = – 1
ordenada (1,-2,1), pois substituindo estas coordenadas
x + y – 5z = 3 em cada uma das equações lineares, temos:
{
2x – 5y + 2z = 4
{
(1) +2 (– 2) – 2 (1) = – 5 1–4–2=–5
Neste caso temos um sistema linear de três incóg-
nitas, sendo elas x, y e z. O -1, e o 4 são os termos inde- 2(1) – 3 (– 2) + (1) = 9 ⇒ 2+6+1=9
pendentes desse sistema. 3+2+3=8
3(1) – (– 2) + 3(1) = 8
{
Um sistema linear de m equações com n incógni- –5=–5
tas, indicado por m x n (lemos “m por n”), pode ser 9 = 9 .todas as sentenças são verdadeiras.
174 representado por um conjunto de equações do tipo: 8=8
SISTEMA LINEAR HOMOGÊNEO
Dx 11 Dy 22
portanto: x = = = 1, y = = = 22
Chamamos de sistema linear homogêneo, aquele D 11 D 11
possui todos os termos independentes nulos, ou seja,
iguais a zero.
Exemplo: Logo a solução do sistema é o par ordenado (1, 2)
{ {
x + y + 2z = 0 x – 2y + z = 0
b) 2x + y – 3z = – 5
3x + 4y – z = 0 4x – y – z = – 1
2x + 3y – 3z = 0
1 –2 1 0 –2 1
D = 2 1 – 3 = 10, Dx = – 5 1 – 3 = 10
Todo sistema linear homogêneo admite a solução
4 –1 –1 –1 –1 –1
nula (0, 0, ..., 0), chamada de solução trivial. Além da
solução trivial um sistema linear homogêneo pode ter
outras soluções. 1 0 1 1 –2 0
Dy = 2 – 5 – 3 = 20, Dz = 2 1 – 5 = 30
4 –1 –1 4 –1 –1
MÉTODOS PRÁTICOS PARA A RESOLUÇÃO DE UM
SISTEMA
Dx 10 Dy 20
portanto: x = = = 1, y = = =2
Regra de Cramer
D 10 D 10
Inicialmente consideremos o seguinte sistema Dz 30
z= = =3
linear:
D 10
{ aa xx ++ bb yy == cc
1
2
1
2
1
2
Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, 2, 3).
[a ]
a1 b1
é a matriz incompleta do sistema c1 e c2, Os sistemas lineares podem ser classificados con-
b2
2 forme o esquema abaixo:
são os termos independentes do sistema.
a1 b1 determinado
D= , é o determinante da matriz incompleta
a2 b2 possível
do sistema.
indeterminado
Sistema
c1 b1
Dx = , é o determinante da matriz obtida
c2 b2
impossível
por meio da troca dos coeficientes de x, pelos termos
independentes, na matriz incompleta. Sistema Possível e Determinado
a1 c1
Dy = , é o determinante da matriz obtida
a2 c2 Um sistema será possível e determinado (SPD),
quando o determinante D da matriz incompleta for
por meio da troca dos coeficientes de y, pelos termos
diferente de zero, ou seja, D ≠ 0.
independentes, na matriz incompleta.
Sistema Possível e Indeterminado
O exemplo acima é análogo para qualquer sistema
linear n x n, portanto a regra de Cramer pode ser apli-
cada para resolver qualquer sistema linear n x n, onde Um sistema será possível e indeterminado (SPI),
D ≠ 0. A solução será dada pelas seguintes razões: quando o determinante D da matriz incompleta for
igual a zero (D = 0) e os determinantes das incógnitas
( )
também: (D1 = D2 = D3 = ... = Dn = 0)
D1 D2 D3 Dn
X1 = ,X2 = ,X3 = , . . . , xn =
D D D D Sistema Impossível
de Cramer:
for diferente de zero.
D = 3 – 4 = 11, Dx = – 5 – 4 = 11, D =
2 1 4 1
3
2
– 5 = 22
4
{
a) 4x – y = 1
2x + 3y = 5
{
vamos verificar se é SPI ou SI.
x + 2y – 2z = – 5
– 7y + 5z = 19
1 2 –1 1 1 –1 1 2 1 – 7y + 9z = 23
Dx = 2 – 3 4 = 0, Dy = 2 2 4 = 0, Dz = 2 – 3 2 = 0
3 –1 3 33 3 3 –1 3 Substituiremos a terceira linha por uma nova,
fazendo a seguinte operação:
Como D = 0, Dx = 0, Dy = 0 e Dz = 0, o sistema é SPI.
z Vamos multiplicar a 2ª equação por (- 1) e adicio-
c)
{ – 2x + y – 3z = 0
x – y – 5z = 2
nar o resultado à 3ª equação.
3x – 2y + 2z = – 3
–2 1 –3
D = 1 – 1 – 5 = 0, como D = 0, o sistema não é SPD,
{ x + 2y – 2z = – 5
– 7y + 5z = 19
4z = 4
4z = 4
0 1 –3
Dx = 2 – 1 – 5 = 40 , Como D ≠ 0, o sistema é SI. 4
–3 –2 –2
x
z=
4
Não é necessário analisar o determinante das incóg-
z=1
nitas y e z, uma vez que um deles já apresenta resulta-
do diferente de zero. Obtendo y na 2ª equação:
Como z = 1, vamos substituir o seu valor na 2ª
ESCALONAMENTO DE SISTEMAS LINEARES equação e encontrar o y:
{ {
res na 1ª equação e encontrar o x:
x+y+z=3 x+y+z–t=6
S1 0x + y + z = 2 , S2 0x – y – 4z + 3t = – 13 x + 2y – 2z = – 5
0x + 0y + z = 1 0x + 0y + 12z – 6t = 20
x + 2 (– 2) – 2(1) = – 5
x–4–2=–5
Vejamos um exemplo prático de como resolver um x–6=–5
sistema linear por escalonamento: x=–5+6
x=1
{ 2x – 3y + z = 9
x + 2y – 2z = – 5
3x – y + 3z = 8
Logo a solução do sistema é a tripla ordenada (1, -2, 1).
{ x + 2y – 2z = – 5
2x – 3y + z = 9
3x – y + 3z = 8
B=
[
2
a
4+a
1
b
2+b
0
c
c ] é:
a) 0
Substituiremos a segunda linha por uma nova, b) 2b - c
176 fazendo a seguinte operação: c) a + b + c
d) 6 + a + b + c
e) 2bc + c - a ( –11 2
–1
∙ ) ( ) = (31 –42 )
a b
c d
A matriz B é uma matriz quadrada de ordem 3, para Fazendo o produto entre as matrizes no primeiro
calcular os seus determinantes, vamos utilizar a membro, temos:
Regra de Sarrus:
2 1 0 2 1 ( (– 1)1 ∙∙ aa ++ (–2 ∙1)c ∙ c 1∙b+2∙d
) (
(– 1) ∙ b + (– 1) ∙ d
=
3 –2
1 4 )
a b c a b ,
4+a 2+b c 4+a 2+b
(–a a+ –2cc b + 2d
–b–d ) = (31 –42 )
Vamos fazer o produto das diagonais principais,
menos o produto das diagonais secundárias. Pela igualdade de matrizes geraremos o seguinte
sistema linear:
{
2 ∙ b ∙ c + 1 ∙ c ∙ (4 + a) + 0 ∙ a ∙ (2 + b) – [0 ∙ b ∙ (4 + a) +
2 ∙ c ∙ (2 + b) + 1 ∙ a ∙ c] = 2bc +4c + ac – [4c + 2bc + ac] a + 2c = 3
= 2bc + 4c + ac – 4c – 2bc – ac = 0 Resposta: Letra A. b + 2d = – 2
2. (ESAF – 2012) Dada as matrizes: –a–c=1
{
a) 8 a + 2c = 3
b) 12 –a–c=1
c) 9
b + 2d = – 2
d) 15
e) 6 –b–d=4
Pelo Teorema de Binet, temos que: o det (A ∙ B) = det Vamos encontrar primeiramente os valores de a e
A ∙ det B c, fazendo a soma da linha 1 com a linha 2, temos:
Calculando separadamente cada um dos determi- c=4
nantes, teremos:
Substituindo c por 4 na primeira linha, temos:
2 3
Det A = = 2 ∙ 3 – (3 ∙ 1) = 6 – 3 = 3 a + 2c = 3
1 3
2 4 a + 2 ∙ (4) = 3
Det B = =2∙3–4∙1=6–4=2 a+8=3
1 3
a=3–8
Portanto o det (A ∙ B) = detA ∙ detB = 3 ∙ 2 = 6 Respos- a=–5
ta: Letra E.
Para encontrar os valores de b e d, faremos a soma
da linha 3 com a linha 4, obtendo:
3. (CESGRANRIO – 2011) Considere a equação matricial
AX = B, d=2
Substituindo d por 2 na linha 4, temos:
Se A = ( –11 2
–1 ) e B = (31 –42 ) , então a matriz X é: –b–d=4
– b – (2) = 4
–b–2=4
a)
( 22 –54 ) –b=4+2
–b=6
b)
( –45 –26 ) b=–6
c) (
Portanto a matriz X será igual a:
–5 –6
( )
– 1 – 4)
3 –1 4 2
Resposta: Letra B.
d) (
2 ) {3x2x ++ my
–5 –8 y = 18
4. (UNIRIO – 2009) Se o sistema: possui
3 =k
e) (
0 3)
4 0 infinitas soluções, o produto k ∙ m, vale:
a) 8
MATEMÁTICA
Substituindo as três matrizes conhecidas na equa- Se o sistema possui infinitas soluções, ele é um siste-
ção inicial, temos: ma possível indeterminado (SPI). Pela regra de Cra-
mer um sistema linear 2x2 será SPI, se e somente se,
A∙X=B D = 0, Dx = 0 e Dy = 0. 177
Para encontrar o valor de m vamos calcular o deter- 0 5 1 0 5
minante da matriz incompleta, igualando o mesmo Dx = 1 1 – 2 1 1 = 0 ∙ 1 ∙ (– 4) + 5 ∙ (– 2) ∙ (– 1)
a zero, teremos, portanto: –1 3 –4–1 3
+ 1 ∙ 1 ∙ 3 – [1 ∙ 1 ∙ (– 1) + 0 ∙ (– 2) ∙ 3 + 5 ∙ 1 ∙ (– 4)]
3 1
=0
2 m Dx = 10 + 3 – (– 1 – 20) = 13 – (– 21) = 13 + 21 = 34
3∙m–2∙1=0 Logo Dx = 34
3m – 2 = 0 Fazendo:
3m = 2 Dx 34
2 x= = = 2, portanto x = 2. Resposta: Letra B.
m= D 17
3
Para encontrar o valor de k, basta calcular o determi-
nante em relação a uma das duas incógnitas, já que
descobrimos o valor de m, porém para facilitar os
SEQUÊNCIAS
cálculos vamos calcular o determinante em relação
a y, igualando o mesmo a zero, teremos o seguinte:
SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS
3 18
=0
2 k Esse tema é cobrado de uma maneira que ao mes-
3 ∙ k – 2 ∙ 18 = 0 mo tempo que pode parecer fácil, pode ser bem com-
3k – 36 = 0 plicado. Descobrir a lei de formação ou padrão da
3k = 36 sequência é o seu principal objetivo, pois nas ques-
36
k= tões sobre sequências/raciocínio sequencial, você
3 será apresentado a um conjunto de dados dispostos
k = 12 de acordo com alguma “regra” implícita, alguma lógi-
Não se esqueça que o exercício não pede os valores ca de formação. O desafio é exatamente descobrir
de m e k, mas sim o produto entre eles. Fazendo o essa “regra” para, com isso, encontrar outros termos
produto entre m e k, teremos: daquela mesma sequência.
Veja o exemplo abaixo:
2 24
m∙k= ∙ 12 = =8
3 3 2, 4, 6, 8,...
Resposta: Letra A.
A primeira pergunta que podemos fazer para
5. (CESGRANRIO – 2011) Considere o sistema a seguir: achar a lei de formação é: os números estão aumen-
tando ou diminuindo?
{ x + 5y + z = 0
4x + y – 2z = 1
7x + 3y – 4z = – 1
Caso eles estejam aumentando, devemos tentar as
operações de soma ou multiplicação entre os termos.
Nesse sistema o valor de x é: Veja o nosso exemplo que fora postado: 2, 4, 6, 8,.. Do
primeiro termo para o segundo, somamos o número
a) 3 dois e depois repetimos isso.
b) 2
c) 1 2+2=4
d) 0 4+2=6
e) -1 6+2=8
O exercício pede somente o valor da incógnita
Logo, o nosso próximo termo será o número 10,
x, portanto podemos utilizar a regra de Cramer,
pois 8+2 = 10.
para encontrar o seu valor. Pela regra de Cramer,
D Caso os números estejam diminuindo, você pode
sabemos que: x = x . Calculando os respectivos buscar uma lógica envolvendo subtrações ou divisões
D
determinantes pela regra de Sarrus, teremos: entre os termos.
Agora, observe esta outra sequência:
1 5 1
D= 4 1 –2
7 3 –4 2, 3, 5, 7, 11, 13, ...
LOGICALOGICALOGICALOGICA...
7 # (1 + 13)
Veja que 1+2=3, 3+2=5, 5+2=7, 7+2=9, e assim suces- S7 =
2
sivamente. Temos um exemplo nítido de uma Progres-
são Aritmética (PA) com uma razão 2, ou seja, r = 2 e 7 # 14
S7 =
termo inicial igual a 1. Em questões envolvendo pro- 2
gressões aritméticas, é importante você saber obter o 98
termo geral e a soma dos termos, conforme veremos S7 = = 49
2
a seguir.
Dependendo do sinal da razão r, a PA pode ser:
Termo geral da PA PA crescente: se r > 0, a PA terá termos em ordem
crescente.
Trata-se de uma fórmula que, a partir do primei- Ex.: {1, 4, 7, 10, 13, 16...} → r = 3
PA decrescente: se r < 0, a PA terá termos em ordem
ro termo e da razão da PA, permite calcular qualquer
decrescente.
outro termo. Temos a seguinte fórmula:
Ex.: {20, 19, 18, 17 ...} → r = -1
PA constante: se r = 0, todos os termos da PA serão
an = a1 + (n-1)r iguais.
Ex.: {7, 7, 7, 7, 7, 7, 7...} → r = 0.
Nesta fórmula, an é o termo de posição n na PA (o
“n-ésimo” termo); a1 é o termo inicial, r é a razão e n é
Dica
a posição do termo na PA.
Usando o nosso exemplo acima, vamos descobrir PA crescente: se r > 0;
o termo de posição 10. Já temos as informações que PA decrescente: se r < 0;
180 precisamos: {1,3,5,7,9,11, 13, ...} PA constante: se r = 0.
Em uma progressão aritmética de 3 termos, o Substituindo na fórmula da média aritmética:
segundo termo ou o termo do meio é a média aritmé- (a1 + a2 + a3 + a4 )/4 = 310
tica entre o primeiro e terceiro termo. Veja: (a1+ a1 + r + a1 + 2r + a1 + 3r) / 4 = 310
4 a1 + 6r = 310 . 4
PA (a1, a2, a3) a2 = (a1 + a3)/2 4 a1 + 6. (-24) = 1240
PA (2, 4, 6) 4 = (2+6)/2 4 = 4 4 a1 - 144 = 1240
a1 = 346
Encontrando a4:
a4= 346 + (4-1).r
EXERCÍCIOS COMENTADOS a4= 346 + 3r
a4= 346 + 3. (-24)
a4 = 274. Resposta: Letra D.
1. (IBFC – 2015) O total de múltiplos de 4 existentes
entre os números 23 e 125 é: 3. (CESPE-CEBRASPE – 2017) Em cada item a seguir é
apresentada uma situação hipotética, seguida de uma
a) 25. assertiva a ser julgada, a respeito de modelos lineares,
b) 26. modelos periódicos e geometria dos sólidos.
c) 27. Manoel, candidato ao cargo de soldado combatente,
d) 28. considerado apto na avaliação médica das condições
e) 24. de saúde física e mental, foi convocado para o teste
de aptidão física, em que uma das provas consiste em
O primeiro múltiplo de 4 neste intervalo é 24 e o últi- uma corrida de 2.000 metros em até 11 minutos. Como
mo é 124. Veja que os múltiplos de 4 formam uma Manoel não é atleta profissional, ele planeja completar
PA de razão igual a 4. Então, temos as seguintes o percurso no tempo máximo exato, aumentando de
informações: uma quantidade constante, a cada minuto, a distância
a1 = 24 percorrida no minuto anterior.
an = 124 Nesse caso, se Manoel, seguindo seu plano, correr 125
r = 4 (podemos ir somando de 4 em 4 unidades para metros no primeiro minuto e aumentar de 11 metros a
obter os múltiplos). distância percorrida em cada minuto anterior, ele com-
Substituindo na fórmula do termo geral, vamos pletará o percurso no tempo regulamentar.
encontrar a quantidade de elementos (múltiplos):
( ) CERTO ( ) ERRADO
an = a1 + (n-1)r
124 = 24 + (n – 1)4 Veja que no primeiro minuto ele percorre 125
124 = 24 + 4n – 4 metros, no segundo 125 + 11 = 136 metros, no ter-
124 – 24 + 4 = 4n ceiro 125 + 2×11 = 147 metros, e assim por diante.
104 = 4n
Estamos diante de uma progressão aritmética (PA)
n = 26. Resposta: Letra B.
de termo inicial a1 = 125 e razão r = 11. O décimo
primeiro termo (correspondente ao 11º minuto) é:
2. (FCC – 2018) Rodrigo planejou fazer uma viagem em an= a1 + (n-1).r
4 dias. A quantidade de quilômetros que ele percorrerá a11 = 125 + (11 – 1).11
em cada dia será diferente e formará uma progressão a11 = 125 + 110 = 235 metros
aritmética de razão igual a − 24. A média de quilôme-
A soma das distâncias percorridas nos 11 primeiros
tros que Rodrigo percorrerá por dia é igual a 310 km.
minutos é dada pela fórmula da soma dos termos
Desse modo, é correto concluir que o número de quilô-
da PA:
metros que Rodrigo percorrerá em seu quarto e último
dia de viagem será igual a n # (a1 + an)
Sn =
2
a) 334.
b) 280. 11 # (125 + 235)
S11 =
c) 322. 2
d) 274. 11 # 360
e) 310. S11 =
2
Primeiro devemos achar o a1, para depois acharmos S11 = 180 · 11
o a4. Devemos colocar tudo em função de a1, para S11 = 1.980
podermos substituir na média. Usando a fórmula A distância total percorrida é menor do que 2.000
do termo geral: metros. Logo, Manoel não completará o percurso
r = -24 no tempo regulamentar de 11 minutos. Resposta:
an= a1 + (n-1).r Errado.
Achando a1:
a1 = a1 + (1-1).r
4. (FCC – 2017) Em um experimento, uma planta recebe
MATEMÁTICA
a1 = a1
a cada dia 5 gotas a mais de água do que havia recebi-
Colocando a2 em função de a1:
do no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu 374 gotas
a2= a1+ (2-1)r
a2 = a1 + r de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
Colocando a3 em função de a1:
a3= a1+ (3-1)r a) 64 gotas.
a3 = a1 + 2r b) 49 gotas.
Colocando a4 em função de a1: c) 59 gotas.
a4 = a1 + (4-1)r d) 44 gotas.
a4 = a1 + 3r e) 54 gotas. 181
Já sabemos que a razão é r = 5 e que o a65 = 374, Usando novamente o nosso exemplo e fazendo a
então, o a1 é dado por: soma dos 4 primeiros termos (n = 4), temos: {2, 4, 8,
a65= a1 + (n-1).r 16, 32...}
374 = a1 + (65-1)5 4
2 # (2 - 1)
374 = a1 + 64 x 5 S4 =
374 = a1 + 320 2-1
a1 = 54 gotas. 2 # (16 - 1)
S4 =
Resposta: Letra E. 1
2 # 15
S4 =
5. (CESPE-CEBRASPE – 2014) Em determinado colégio, 1
todos os 215 alunos estiveram presentes no primeiro S4 = 30
dia de aula; no segundo dia letivo, 2 alunos faltaram;
no terceiro dia, 4 alunos faltaram; no quarto dia, 6 alu- Soma dos infinitos termos de uma progressão
nos faltaram, e assim sucessivamente. geométrica
Com base nessas informações, julgue os próximos
Suponha que você corra 1000 metros, depois,
itens, sabendo que o número de alunos presentes às
você corra 500 metros, depois, você corra 250 metros
aulas não pode ser negativo.
e, depois, 125 metros – sempre metade do que você
No vigésimo quinto dia de aula, faltaram 50 alunos.
correu anteriormente. Quanto você correrá no total?
Observe que o que temos é exatamente uma progres-
( ) CERTO ( ) ERRADO são geométrica infinita, porém, essa PG é decrescente.
Quando temos uma PG infinita com razão 0 < q <
P.A. (215, 213, 211, 209,..., a25) 1, teremos que qn = 0. Entendemos, então, que quanto
Termo Geral da P.A. maior for o expoente, mais próximo de zero será. Por-
an= a1 + (n-1).r tanto, substituindo, teremos:
a25 = 215 + (25-1) · (-2)
a25 = 215 + (24· -2) a1 # (0 - 1)
S∞ =
a25 = 215 - 48 q-1
a25 = 167 alunos
a1
Logo, 215 - 167 = 48 alunos ausentes. Resposta: Errado. S∞ =
q-1
PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS
Dica
Observe a sequência abaixo: Em uma progressão geométrica, o quadrado do
termo do meio é igual ao produto dos extremos.
{2, 4, 8, 16, 32...}
{a1, a2, a3} (a2)2 = a1 × a3
Cada termo é igual ao anterior multiplicado por 2. Veja: {2, 4, 8, 16, 32...}
Este é um exemplo típico de Progressão Geométrica, 82 = 4 × 16
ou simplesmente, PG. Em uma PG, cada termo é obti- 64 = 64.
do a partir da multiplicação do anterior por um mes-
mo número, o que chamamos de razão da progressão
geométrica. A razão é simbolizada pela letra q. EXERCÍCIOS COMENTADOS
No exemplo acima, temos q = 2 e o termo inicial é
a1 = 1. Da mesma maneira que vimos para o caso de 1. (FUMARC – 2018) Se a sequência numérica repre-
PA, normalmente, precisamos calcular o termo geral sentada por (6, a2, a3, a4, a5,192) é uma Progressão
e a soma dos termos. Geométrica crescente de razão igual a q, então, é COR-
RETO afirmar que o valor de q é igual a:
Termo geral da PG
a) 2.
A fórmula a seguir nos permite obter qualquer b) 3.
termo (an) da progressão geométrica, partindo-se do c) 4.
primeiro termo (a1) e da razão (q): d) 8.
Vamos usar a fórmula da soma da PG: 4. (CESGRANRIO — 2015) Cada vez que o caixa de um
banco precisa de moedas para troco, pede ao geren-
n
a1 # (q - 1) te um saco de moedas. Em cada saco, o número de
Sn =
q-1 moedas de R$ 0,10 é o triplo do número de moedas de
R$ 0,25; o número de moedas de R$ 0,50 é a metade
MATEMÁTICA
n
a1 # (3 - 1) do número de moedas de R$ 0,10.
968 =
3-1 Para cada R$ 75,00 em moedas de R$ 0,50 no saco de
a1 # (243 - 1) moedas, quantos reais haverá em moedas de R$ 0,25?
968 = 2
a) 20
1936 = 242a1 b) 25
a1 = 1936 / 242 c) 30
a1 = 8 d) 10
Resposta: Letra E. e) 15 183
5. (CESGRANRIO — 2018) Para que seja possível admi- 9. (CESGRANRIO — 2013) Mauro precisava resolver alguns
nistrar as vendas de uma empresa, é necessário 1
exercícios de Matemática. Ele resolveu dos exercícios
estimar a demanda do mercado. Considere que uma 5
2
cidade tenha 300.000 habitantes que consomem dois no primeiro dia. No segundo dia, resolveu dos exercí-
3
sabonetes por mês e que a participação da empresa X
cios restantes e, no terceiro dia, os 12 últimos exercícios.
no mercado de sabonetes é de 30%. A demanda men-
Ao todo, quantos exercícios Mauro resolveu?
sal por sabonetes da empresa X é de
a) 30
a) 60.000 unidades b) 40
b) 90.000 unidades c) 45
c) 120.000 unidades d) 75
d) 180.000 unidades e) 90
e) 240.000 unidades
10. (CESGRANRIO — 2013) Em certa cidade, a tarifa do
metrô é R$ 2,80, e a dos ônibus, R$ 2,40. Mas os passa-
6. (CESGRANRIO — 2018) O dono de uma loja deu um
geiros que utilizam os dois meios de transporte podem
desconto de 20% sobre o preço de venda (preço ori-
optar por um bilhete único, que dá direito a uma viagem
ginal) de um de seus produtos e, ainda assim, obteve
de ônibus e uma de metrô, e custa R$ 3,80.
um lucro de 4% sobre o preço de custo desse produto. Em relação ao valor total gasto com uma viagem de
Se vendesse pelo preço original, qual seria o lucro obti- ônibus e uma de metrô pagas separadamente, o bilhe-
do sobre o preço de custo? te único oferece um desconto de, aproximadamente,
a) 40% a) 27%
b) 30% b) 30%
c) 10% c) 32%
d) 20% d) 34%
e) 25% e) 37%
14. (CESGRANRIO — 2018) Para obter uma amostra de a) geométrica, cuja razão é igual a 2.
tamanho 1.000 dentre uma população de tamanho b) geométrica, cuja razão é igual a 32.
20.000, organizada em um cadastro em que cada ele- c) aritmética, cuja razão é igual a 3.
mento está numerado sequencialmente de 1 a 20.000, d) aritmética, cuja razão é igual a 1.
um pesquisador utilizou o seguinte procedimento: e) geométrica, cuja razão é igual a 8.
I. calculou um intervalo de seleção da amostra, dividin- 19. (CESGRANRIO — 2013) A sequência an, n ∈ N é
do o total da população pelo tamanho da amostra: uma progressão aritmética cujo primeiro termo é
20.000/1.000 = 20;
a1 = −2 e cuja razão é r = 3. Uma progressão geo-
II. sorteou aleatoriamente um número inteiro, do interva-
métrica, bn, é obtida a partir da primeira, por meio
lo [1, 20]. O número sorteado foi 15; desse modo, o
da relação bn = 3an , n ? N. Se b1 e q indicam o primeiro
primeiro elemento selecionado é o 15º;
termo e a razão dessa progressão geométrica, então
III. a partir desse ponto, aplica-se o intervalo de seleção q
da amostra: o segundo elemento selecionado é o 35º vale
b1
(15+20), o terceiro é o 55º (15+40), o quarto é o 75º
(15+60), e assim sucessivamente.
a) 243.
O último elemento selecionado nessa amostra é o b) 3.
1
a) 19.997º c)
243
b) 19.995º
2
c) 19.965º d) –
3
d) 19.975º
e) 19.980º 27
e) –
6
15. (CESGRANRIO — 2013) Progressões aritméticas são
sequências numéricas nas quais a diferença entre 20. (CESGRANRIO — 2014) Seja A3x3 uma matriz quadra-
dois termos consecutivos é constante. da de ordem 3. O elemento da matriz A3x3, que ocupa
A sequência (5, 8, 11, 14, 17, ..., 68, 71) é uma progres- a linha i e a coluna j, é representado por aij, i, j = 1, 2, 3.
são aritmética finita que possui Acerca dos elementos da matriz A3x3, sabe-se que:
1
e) aritmética, cuja razão é 1 D
8
2 E
17. (CESGRANRIO — 2018) Para x > 0, seja Sx a soma
3 D
4 B
5 D
185
6 B
7 A
8 A
9 C
10 A
11 E
12 E
13 B
14 B
15 D
16 A
17 B
18 E
19 A
20 D
ANOTAÇÕES
186
ATUALIDADES DO MERCADO FINANCEIRO
INTRODUÇÃO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Nem sempre a banca organizadora do concurso dispõe o conteúdo programático do edital em uma sequência
lógica. Isso acaba dificultando a busca dos assuntos, além de prejudicar uma assimilação eficiente dos temas. Por
isso, elaboramos didaticamente o conteúdo a seguir, abordando todos os itens do edital de uma maneira que você
realmente consiga aprender e otimizar os seus estudos. Acompanhe na tabela a seguir a equivalência dos itens do
edital, reorganizados nesse material.
Internet banking
Mobile banking
Open banking
Marketplace
Correspondentes bancários
Arranjos de pagamentos
A ligação entre o computador do cliente e o computador do banco é o que basicamente se define como Home
Banking.
Para que houvesse uma redução de custos de intermediação financeira, os bancos concluíram que havia
necessidade de reduzir o trânsito e a fila de clientes nas agências.
Esse o motivo para o aprimoramento dos Bancos 24 horas, onde se dá o atendimento remoto – fora das agên-
cias – da clientela.
Esse tipo de atendimento se utiliza da rede banco 24 horas (saques, depósitos, pagamento de contas, solicitação
de entrega de talões de cheques etc.), empresas tipo balcão eletrônico, cartões magnéticos em redes de postos de
gasolina, redes de lojas.
Pode-se, então, obter uma integração dos requisitos de conveniência, segurança, eficácia e relacionamento,
exigidos pelo conceito de remote bank.
A segurança na transmissão de dados é garantia pelo perfil que o banco, concede por meio de uma palavra-cha-
ve-password que limita o acesso às informações.
187
Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/ Startup significa o ato de começar algo, normal-
contabilidade/remote-banking-(banco-virtual)/24984 mente relacionado com companhias e empresas que
estão no início de suas atividades e que buscam explo-
INTERNET BANKING/BANCO DIGITAL rar atividades inovadoras no mercado.
Empresas startup são jovens e buscam a inovação
Muito além de oferecer serviços por internet ban- em qualquer área ou ramo de atividade, procurando
king ou aplicativos que auxiliem clientes a realizar desenvolver um modelo de negócio escalável e que
suas transações financeiras, o banco digital se carac- seja repetível.
teriza por apresentar uma proposta de valor onde a Um modelo de negócio é a forma como a empre-
maioria dos seus produtos e serviços sejam oferecidos sa gera valor para os clientes. Um modelo escalável
de forma digital. e repetível significa que, com o mesmo modelo eco-
É um modelo operacional com infraestrutura nômico, a empresa vai atingir um grande número de
capaz de responder às interações de seus clientes em clientes e gerar lucros em pouco tempo, sem haver um
tempo real e criar uma cultura que se adeque às ino- aumento significativo dos custos.
vações tecnológicas de forma ágil.
De acordo com a pesquisa FEBRABAN de tecnologia MOBILE BANKING
bancária 2014, o Banco digital possui um processo não
presencial no momento da abertura de contas, com cap- Banco móvel (às vezes utilizado o termo em inglês
mobile banking) são ferramentas que disponibilizam
tura digital de documentos e informações e coleta eletrô-
alguns serviços tipicamente bancários através de dis-
nica de assinatura. Com relação à consulta e resolução de
positivos móveis, como um celular.
problemas, o banco digital possui acesso a canais eletrô-
“Mobile Banking (operação bancária móvel)
nicos para todas as consultas e contratação de produtos.
refere-se à disposição e vantagem dos serviços da
A resolução de problemas é feita por múltiplos canais operação bancária e financeiros com a ajuda dos dis-
sem a necessidade da ida à agência. positivos móveis da telecomunicação.
A variedade de serviços oferecidos pode incluir
Relação entre bancos digitais e FinTechs ou Startups facilidades para realizar operações bancárias e tran-
sações do mercado acionário, para administrar clien-
Fintechs são as startups que criam inovações no tes e para ter acesso a informações personalizadas.”
setor financeiro, baseados em tecnologia. Elas têm Serviços de informação, por outro lado, pode ser
sido uma aposta dos bancos tradicionais para acele- oferecido como um módulo independente.
rar a inovação tecnológica e se inserir na era digital.
Os bancos beneficiam-se da interação com essas OPEN BANKING E OS NOVOS MODELOS DE
empresas disruptivas pela facilidade e agilidade na NEGÓCIOS
criação e aprimoramento de produtos e serviços.
Enquanto as FinTechs veem nessa parceria, uma Se fôssemos traduzir ipsis litteris, Open Banking
maneira de validar o negócio, receber investimentos significaria Banco Aberto. Mas esse é um termo que
e ganhar experiência. remete aos métodos de Inovação Aberta pensados
Além disso, os bancos possuem uma base ampla, exclusivamente para o setor bancário.
consolidada e crescente de clientes e oferecem estabi- Dentro do que chamamos de Open Banking está
lidade, confiança e experiência em atender à regula- a prática da colaboração entre instituições bancárias
mentação do Sistema Financeiro Nacional. tradicionais com startups, fintechs e empresas de tec-
No Brasil, diversas instituições financeiras têm nologia. Essas parcerias resultam em soluções e apli-
promovido programas que dialogam com as FinTechs. cações inovadoras.
O Bradesco, por exemplo, criou em 2014 o programa E isso só acontece por que as Interfaces de Progra-
InovaBra, que promove a interação do banco com mação de Aplicativos (APIs) permitem que terceiros
startups com potencial de desenvolvimento de negó- acessem informações financeiras com eficiência, o
cios e produtos relacionados a serviços financeiros. que promove o desenvolvimento de novos aplicativos
Dentro desse ecossistema, foi criado em 2017 o Ino- e serviços. Elas também facilitam a coleta e a análises
vaBra habitat, do qual a Simply é uma das empresas sofisticadas de volumes exponenciais de dados.
participantes. Um espaço onde empresas, startups, APIs abertas são ótimas oportunidades para criar
investidores, mentores e empreendedores geram novos modelos de negócios bancários, iniciando o tão
novos negócios e buscam soluções inovadoras com necessário processo de Transformação Digital, res-
base no networking e na colaboração. ponsável por tirar as instituições financeiras da área
Outro exemplo dessa interação é o Cubo, um espa- de conforto e guiá-las rumo a estratégias fundamenta-
ço de coworking lançado pelo Itaú em parceria com das em user-centric.
a Redpoint, localizado na zona sul de São Paulo. Ele O Open Banking propõe elaboração de produtos e
comporta e apoia até cinquenta startups, sendo seis serviços online, 100% digitais que geram vantagens
delas, FinTechs. para o usuário final. Sim, a ideia não é resolver o pro-
O banco digital representa uma evolução na for- blema do banco e de seus desenvolvedores, mas o do
ma de se relacionar com o cliente tendo como base seu consumidor.
a inovação tecnológica. Ou seja, busca uma relação Idealmente, uma estratégia de Open Banking deve
mais personalizada e próxima do consumidor a fim resultar em uma melhor experiência para os consumi-
de atender uma nova geração de clientes mais exigen- dores. A diferença entre o conceito e outras estratégias
tes e conectados. rotineiras no mercado é o novo cenário criado por ele,
Fonte: http://blog.simply.com.br/banco-digital-desafio-setor-
em que correntistas acessam serviços e funcionalida-
financeiro/ des do banco a partir de sites e aplicativos terceiros.
A instituição financeira deixa de existir apenas
188 Startup em seus próprios domínios e passa a ter contato com
seu cliente em outros espaços digitais, ampliando sua fatores como idade, profissão, hobbies, gostos cultu-
atuação, público, portfólio de serviços e tempo de rais e atividades praticadas regularmente.
contato.
A plataforma de API aberta do banco deve ser z Utilize a mídia correta
capaz de conectar o correntista, mais especificamente
os dados dele, à outras plataformas de sua escolha. O Saber quem é o seu público alvo ideal é a chave
poder de escolha é do usuário, o de conexão de dados para descobrir onde o seu cliente está e, a partir dis-
é da instituição financeira. so, estabelecer qual a mídia deve ser prioritária na
Fonte: https://www.mjvinnovation.com/pt-br/blog/open-banking/ ação. Conhecer as opções de segmentação, uso e perfis
existentes em cada ambiente é essencial para que sua
O comportamento do consumidor na relação com o campanha tenha bom desempenho.
banco
z Teste variáveis
O perfil do cliente de serviços bancários tem muda-
do nos últimos anos. Bancos tradicionais já não conse- Durante a publicação da campanha é fundamental
guem suprir as necessidades de clientes que nasceram criar variantes de público para entender a receptivida-
mergulhados na era digital, como a geração Y. de de cada um. Segmentações diferentes influenciam
Por isso, a fim de oferecer um relacionamento resultados diferentes, por isso ter públicos segmenta-
mais personalizado, é essencial compreender quais dos permite elevar seu entendimento da audiência a
são os interesses e necessidades dessa nova geração cada interação da campanha, permitindo resultados
de consumidores, assim como o que eles esperam dos cada vez melhores.
serviços financeiros.
A geração digital deseja ser localizada por seus z Mensure os resultados
interesses específicos e características peculiares e
não ser somente um número em amplos dados demo- Acompanhar os dados de demografia, renda, enga-
gráficos. Ela é composta por clientes participativos e jamento, tempo de visita e conversão, disponibilizados
que desejam ser questionados sobre os produtos e ser- ao analisar as campanhas, possibilita que a cada publi-
viços que o banco oferece. cação você conheça melhor seu público. A partir disso
São consumidores que esperam que o banco tenha é possível ajustar a nova etapa da ação e segmentar
uma visão ampla de seu relacionamento, atuando de de forma ainda mais precisa, provocando impacto na
forma antecipatória, observando possíveis problemas hora certa e na pessoa certa.
e criando soluções. Eles querem ser surpreendidos com
Fonte: https://infographya.com.br/segmentacao-de-publico-no-
serviços especiais em momentos inesperados e espe-
ambiente-digital/
ram que a instituição financeira esteja ao seu lado no
longo prazo, nos diversos momentos da sua vida.
A importância da segmentação pública
Estes clientes também esperam que o banco tenha
caráter informativo e orientador. Além de terem inte-
É difícil até hoje mensurar o quanto a internet está
resse em assuntos financeiros, querem que a institui-
transformando a humanidade em todos os aspectos:
ção os eduque através de dicas e canais on-line, assim
social, cultural, econômico, mas, algumas caracterís-
como os informe sobre o atual cenário econômico,
ticas dessa nova era digital já são bastante evidentes,
alertando-os sobre mudanças financeiras.
mensuráveis e aplicáveis em estratégias de marketing.
Desejam sentir que estão seguros e protegidos, que
Na época de ouro da TV aberta, o grande público
podem escolher os melhores canais para interagir geral era o objetivo final de qualquer campanha. Ven-
com o banco. dia mais quem tinha mais espaço publicitário, quem
Fonte: http://blog.simply.com.br/banco-digital-desafio-setor- conseguia anunciar nos programas de maior audiên-
financeiro/
cia. Essa realidade mudou completamente desde que
a internet se popularizou, principalmente com o uso
SEGMENTAÇÃO E INTERAÇÕES DIGITAIS
O resultado mais relevante que o Marketing Digi- O Banco Central do Brasil autoriza o funcionamento
tal traz para a segmentação do público é otimizar a das empresas que negociam “moedas virtuais” e/
taxa de conversão — como dissemos, fazer mais com ou guardam chaves, senhas ou outras informações
menos. Ao entender os hábitos e gostos do seu públi- cadastrais dos usuários, empresas conhecidas como
co e ter um sistema integrado de monitoramento, a “exchanges”?
divulgação se torna mais barata e eficiente.
Imagine uma campanha em TV aberta que atinja Não. Essas empresas não são reguladas, autoriza-
190 um milhão de pessoas, sendo que apenas 10 mil sejam das ou supervisionadas pelo Banco Central. Não há
legislação ou regulamentação específica sobre o tema Fonte: https://blog.toroinvestimentos.com.br/bitcoin-blockchain-o-
no Brasil. que-e
O cidadão que decidir utilizar os serviços presta-
dos por essas empresas deve estar ciente dos riscos de Mineração de criptomoeda
eventuais fraudes ou outras condutas de negócio inade-
quadas, que podem resultar em perdas patrimoniais. Na rede Bitcoin, cada bloco possui diversas transa-
ções e sua transmissão acontece a cada dez minutos
É possível realizar compras de bens ou serviços no quando alguém descobre um “quebra-cabeças”.
Brasil utilizando “moedas virtuais”? O sistema Bitcoin utiliza o “Secure Hashing Algori-
thm 256” (ou SHA-256), algoritmo que fornece valores
A compra e venda de bens ou de serviços depende a partir de um conjunto alfanumérico, usando uma
de acordo entre as partes, inclusive quanto à forma função matemática e criptográfica.
de pagamento. No caso de utilização de “moedas vir- São cálculos quase impossíveis de se realizar, pois
tuais”, as partes assumem todo o risco associado. exigem uma rapidez descomunal. Assim, foram cria-
dos hardwares de mineração para solucionar esses
Qual o risco para o cidadão se as moedas virtuais cálculos.
forem utilizadas para atividades ilícitas? O objetivo desses hardwares é solucionar os algo-
ritmos matemáticos e, assim, conseguir um espaço
Se utilizada em atividades ilícitas, o cidadão pode no blockchain para registrar suas transações com as
estar sujeito à investigação por autoridades públicas. bitcoins.
Blockchains são conhecidos por serem extrema-
As “moedas virtuais” podem ser utilizadas como mente seguros e praticamente não hackeáveis. Isso
investimento? porque usam “mecanismos de consenso” que, basica-
mente, são regras que definem a forma (justa) em que
A compra e a guarda de “moedas virtuais” estão uma rede cripto deve funcionar.
sujeitas aos riscos de perda de todo o capital investido, Os dois principais mecanismos de consenso exis-
além da variação de seu preço. O cidadão que investir tentes em blockchains são proof-of-work (PoW) e
em “moedas virtuais” deve também estar ciente dos proof-of-stake (PoS).
riscos de fraudes. O algoritmo proof-of-work garante a segurança da
rede blockchain pela mineração de criptomoedas —
É permitido realizar transferência internacional processo em que poder computacional é aplicado para
utilizando “moedas virtuais”? encontrar uma solução matemática complicada que
dá o direito de transmissão de um bloco de transações.
Não. Transferências internacionais devem ser fei- Esse é o algoritmo de consenso utilizado pelas
tas por instituições autorizadas pelo Banco Central a redes Bitcoin, Ethereum (por enquanto), Bitcoin
operar no mercado de câmbio, que devem observar as Cash, Monero e demais blockchains que utilizam a
normas cambiais. mineração cripto para garantir sua segurança.
Fonte: https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/ Assim, aqueles que tiverem as máquinas de mine-
perguntasfrequentes-respostas/faq_moedasvirtuais ração mais potentes têm mais chances de encontrar
essa solução matemática mais rápido e garantir a
BlockChain segurança e confiabilidade do blockchain.
Porém, PoW é criticado, pois a mineração cripto
O BlockChain espécie de banco de dados, onde não é algo sustentável, já que milhares de máqui-
ficam armazenadas todas as informações sobre as nas precisam estar ligadas ao mesmo tempo, em
transações de Bitcoins. O mais legal é que este grande uma grande competição tecnológica, a fim de obter
arquivo é acessível a todos os usuários. a recompensa fornecida pelo protocolo a cada trans-
Dessa forma, você pode acessar essa base de dados missão de bloco (atualmente, de 6,25 BTC). E isso custa
pelo seu computador e ver uma negociação que ocor- MUITA energia elétrica, que polui o meio ambiente.
194
Com o mesmo raciocínio podemos fazer a aplica-
ção de um desconto nessa mercadoria, sendo agora o
empresário fazendo uma promoção para alavancar
as vendas desse produto, assim dando um desconto
a) 5,5% a.m.
b) 4,88% a.m.
EXERCÍCIOS COMENTADOS c) 4,17% a.m.
d) 5,00% a.m.
1. (FCC – 2019) Um barril, quando está 20% vazio, con- e) 8,33% a.m.
tém 48 litros a mais do que quando está 60% cheio. A
capacidade desse barril, em litros, é: Sabe-se que o montante (FV) é de R$1650,00 reais,
como empréstimo, o capital (PV) é de R$1500,00
a) 240. reais, pois, ele pagou R$300,00 reais de entrada, o
b) 180. prazo foi de 2 meses (n=2), assim, a taxa de juro (i)
c) 320. é dada por:
d) 360.
MATEMÁTICA FINANCEIRA
e) 120. M = FV = PV · (1 + in)
1650 = 1500 · (1 + 2i)
Deseja-se saber o volume do barril em litros, sendo 1650 = 1500 + 3000i
que quando ele está 20% vazio significa estar 80% 1650 – 1500 = 3000i
=100%-20%=0,8 cheio, se x é o volume do tanque
100% cheio, assim temos: 150
i= = 0,05 = 5,00% a.m
3000
0,8x = 48 + 0,6x → 0,8x – 0,6x = 48 → 0,2x = 48 Resposta: Letra D.
z Imobilizado: ativo imobilizado é outro subgrupo O patrimônio líquido (passivo não exigível) corres-
do não circulante. São classificados como “imobili- ponde ao saldo residual do ativo, depois de deduzidos
zados” os direitos que tenham por objeto bens cor- os passivos exigíveis.
póreos destinados à manutenção das atividades Segundo a Lei 6.404/76, o patrimônio líquido é
da companhia ou da empresa ou exercidos com dividido em capital social, reservas de capital, ajustes
essa finalidade, inclusive os decorrentes de ope- de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações
rações que transfiram à companhia os benefícios, em tesouraria e prejuízos acumulados.
riscos e controle desses bens.
Como exemplo de ativo intangível, temos marcas, Na verdade, somente devem observar o ciclo opera-
patentes, direitos de exploração econômico (luva de
cional quando esse for maior do que 12 meses. Se o
livros, direitos de exploração de imagem de terceiros
por exemplo), softwares, fundo de comércio e goo- ciclo operacional for menor, deve-se observar o pra-
dwill (cuidado, pois ele pode ser classificado tanto zo de 12 meses a contar do balanço para classificar
como investimentos quanto intangível). Quando for os ativos e passivos em circulante e não circulante.
no balanço individual será investimentos, já no balan- Resposta: Errado.
ço consolidado será intangível.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2019) Assinale a opção que
Passivo Exigível apresenta apenas contas integrantes do ativo do
balanço patrimonial de uma empresa.
Agora que já estudamos o grupo do ativo, vamos
passar a estudar o grupo do passivo exigível. a) estoques; contas a receber
O passivo compreende obrigações da entidade, b) caixa; empréstimos
seja com terceiros (passivo exigível), seja com os c) empréstimos; debêntures
sócios (passivo não exigível ou patrimônio líquido). d) capital social; fornecedores
O passivo exigível é formado pelo passivo circu-
e) obrigações tributárias; caixa
lante e o passivo não circulante. A distinção entre pas-
sivo circulante e não circulante leva em consideração
o prazo de pagamento do passivo. Das alternativas, apenas a letra A possui contas
Caso uma obrigação de pagamento seja paga em do ativo. Empréstimos, debêntures, fornecedores e
até 12 meses a contar da data do balanço, será classifi- obrigações tributárias fazem parte do passivo exigí-
cada como passivo circulante. Caso o prazo seja supe- vel. Já o capital social é conta do patrimônio líquido.
200 rior, será passivo não circulante. Resposta: Letra A.
3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A tabela a seguir repre- de verificação. É importante destacar que o balancete
senta, em reais, o balancete de verificação de uma não é uma demonstração contábil prevista na legis-
sociedade anônima em 31/12/20x0. lação, bem como não é obrigatório. Consiste em um
demonstrativo auxiliar elaborado pela entidade para
SALDO simplesmente verificar a correção da partida dobra-
CONTAS da, ou seja, se o total de débitos corresponde ao total
DEVEDOR CREDOR de créditos.
O prazo de elaboração do balancete não está pre-
Caixa 25.300 visto em nenhuma norma. Porém, existe a recomen-
Aplicação financeira 5.700 dação da elaboração mensal do balancete.
O balancete pode ser elaborado em modelos que
Estoques 4.000 vão de 2 até 8 colunas. Vamos verificar cada um des-
ses modelos.
Móveis e utensílios 10.000
MODELOS E TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO
Despesa de aluguel 3.000
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Saldo Inicial Saldo Atual
Contas
Devedor Credor Devedor Credor
Caixa ------------ ------------ 300,00
Banco 13 mil 11,9 mil
Móveis 3 mil 3,2 mil
Veículos 10 mil 10 mil
Mercadorias 1,5 mil 1,4 mil
Clientes ------- ------ 300,00
Fornecedores 500,00 400,00
Financiamentos 7 mil 6,5 mil
Capital Social 20 mil 20 mil
Vendas ------- ------ 300,00
Custo da Mercadoria
------- ------ 50,00
Vendida
Despesas ------- ------ 50,00
Total 27,5 mil 27,5 mil 27,2 mil 27,2 mil
Veja que a diferença entre o balancete de 2 e 4 colunas está nas colunas do saldo inicial. Portanto, no balancete
de 4 colunas, além do saldo final de cada conta, temos também o saldo inicial, ou seja, no início do exercício social.
Observe que o saldo das receitas e despesas estão zerados, o que não está errado, já que no final do exercício
anterior essas contas são zeradas para a apuração do resultado do exercício passado.
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Saldo Inicial Movimento do Período Saldo Atual
Conta Saldo do movimento
Devedor Credor Débito Crédito Devedor Credor
Débito Crédito
Caixa ------------ ------------ 500,00 200,00 300,00 ------- 300,00 -------
Banco 13 mil ------- ------- 1,1 mil ------- 1,1 mil 11,9 mil -------
Móveis 3 mil ------- 200,00 ------- 200,00 ------- 3,2 mil -------
Veículos 10 mil ------- ------- ------- ------- ------- 10 mil -------
Mercadorias 1,5 mil ------- ------- ------- ------- ------- 1,4 mil -------
Clientes ------- ------ 300,00 ------- ------- 300,00 300,00 -------
Fornecedores ------- 500,00 100,00 ------- 400,00 ------- ------- 400,00
Financiamentos ------- 7 mil 500,00 ------- 6,5 mil ------- ------- 6,5 mil
Capital Social ------- 20 mil ------- ------- 20 mil ------- ------- 20 mil
Vendas ------- ------ ------- 300,00 ------- 300,00 ------- 300,00
Custo da Merca-
------- ------ 50,00 ------- ------- 50,00 50,00 -------
doria Vendida
Despesas ------- ------ 50,00 ------- ------- 50,00 50,00 -------
Total 27.500,00 27.500,00 1.700,00 1.700,00 ------- ------- 27.200,00 27.200,00
No balancete de 8 colunas, acrescentam-se duas colunas referentes aos saldos dos movimentos, ou seja, a dife-
rença entre os débitos e créditos do período.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) O balancete de verificação deve ser obrigatoriamente elaborado a cada mês.
O levantamento do balancete é feito mensalmente, mas não de forma obrigatória. O que existe é uma recomen-
dação. Resposta: Errado.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A apresentação de determinado balancete de verificação com valores diferentes para o
total de débitos e créditos constitui evidência de inversão entre a conta credora e a conta devedora em pelo menos um
dos lançamentos contábeis.
Se o saldo das contas devedoras for diferente do saldo das contas credoras, diversos são os erros que causaram
MATEMÁTICA FINANCEIRA
essa anomalia, não necessariamente inversão entre contas. Pode, simplesmente, ter havido erro no valor de uma
ou outra conta em um lançamento. Resposta: Errado.
O balancete apresenta o rol das contas utilizadas na contabilidade da entidade, incluindo contas patrimoniais e
de resultado. Resposta: Certo.
4. (CESPE-CEBRASPE – 2018) O balancete de verificação pode ser levantado em modelos que vão de um mínimo de
duas colunas a um máximo de seis colunas.
a) 104,40
HORA DE PRATICAR! b) 114,00
c) 104,00
d) 103,60
1. (CESGRANRIO — 2015) Um microempresário preci-
e) 104,45
sa aumentar seu capital de giro e resolve antecipar 5
cheques de 10.000 reais cada um, todos com data de
4. (CESGRANRIO — 2013) Um cliente contraiu um
vencimento para dali a 3 meses.
empréstimo, junto a um banco, no valor de R$
20.000,00, a uma taxa de juros compostos de 4% ao
DADOS mês, com prazo de 2 trimestres, contados a partir da
liberação dos recursos. O cliente quitou a dívida exa-
X X³ tamente no final do prazo determinado, não pagando
nenhum valor antes disso.
1,042 1,131
Assim, comparando o valor de fato recebido pelo 5. (CESGRANRIO — 2013) As capitalizações oferecidas
microempresário e o valor a ser pago após 3 meses por dois fundos de investimento foram simuladas
(valor total dos cheques), o valor mais próximo da por uma operadora financeira. A aplicação inicial em
taxa efetiva mensal cobrada pelo banco, no regime de ambos os fundos foi a mesma. Na simulação, a capi-
juros compostos, é de talização no primeiro fundo de investimento durou
48 meses e se deu a juros mensais de 1%, no regi-
MATEMÁTICA FINANCEIRA
a) 6.460
b) 10.000
c) 3.138
d) 4.852
e) 7.271
15.
(CESGRANRIO — 2015) Um banco empresta R$
10.000,00, com taxa de juros de 2% ao mês, para serem
pagos em 5 pagamentos mensais consecutivos, ven-
cendo a primeira prestação um mês após o emprésti-
mo. O valor de cada prestação é de R$ 2.121,58.
a) 5.696,00
b) 6.118,00
c) 5.653,00
d) 5.565,00
e) 5.897,00
9 GABARITO
1 C
2 B
3 A
4 A
5 B
6 D
7 B
8 B
9 A
10 D
11 E
12 B
13 A
14 B
MATEMÁTICA FINANCEIRA
15 B
ANOTAÇÕES
207
ANOTAÇÕES
208
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
INTRODUÇÃO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Nem sempre a banca organizadora do concurso dispõe o conteúdo programático do edital em uma sequência
lógica. Isso acaba dificultando a busca dos assuntos, além de prejudicar uma assimilação eficiente dos temas. Por
isso, elaboramos didaticamente o conteúdo a seguir, abordando todos os itens do edital de uma maneira que você
realmente consiga aprender e otimizar os seus estudos. Acompanhe na tabela a equivalência dos itens do edital,
didaticamente reorganizados neste material.
Produtos Bancários: Noções de cartões de crédito e débito, crédito Mercado de Crédito – Operações Ativas e Garantias 231
direto ao consumidor, crédito rural, poupança, capitalização, previdên-
cia, consórcio, investimentos e seguros Produtos e Serviços Bancários 242
Dinâmica do Mercado: Operações no mercado interbancário Mercado de Crédito – Operações Ativas e Garantias 231
Mercado bancário: Operações de tesouraria, varejo bancário e recu-
Mercado de Crédito – Operações Ativas e Garantias 231
peração de crédito
Taxas de juros de curto prazo e a curva de juros; taxas de juros no-
Mercado de Crédito – Operações Ativas e Garantias 231
minais e reais
Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mer-
Mercado de Crédito – Operações Ativas e Garantias 231
cantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancárias
Noções de Mercado de capitais Mercado de Capitais 257
Noções de Mercado de Câmbio: Instituições autorizadas a operar e
Mercado de Câmbio 267
operações básicas
Regimes de taxas de câmbio fixas, flutuantes e regimes intermediários
Mercado de Câmbio 267
Taxas de câmbio nominais e reais
Impactos das taxas de câmbio sobre as exportações e importações Mercado de Câmbio 267
Diferencial de juros interno e externo, prêmios de risco, fluxo de capi-
Mercado de Câmbio 267
tais e seus impactos sobre as taxas de câmbio
Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas; Prevenção e com-
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
209
Um dia um navio choca-se com algumas pedras per-
POLÍTICAS ECONÔMICAS to da ilha e sua carga de doces é perdida na costa.
De repente, 30 toneladas de doces estão dispostas
Dentro do contexto da nossa matéria, surgirão, na praia, e qualquer pessoa que deseja doces sim-
inevitavelmente, as políticas adotadas pelo governo plesmente caminha até a praia e pega alguns. Por-
que a oferta de doces é muito maior que a procura,
para buscar o bem-estar da população. Como agente
os seus 25 quilos de doces não têm valor algum.
de peso no sistema financeiro brasileiro, o Governo
(Fonte: Ed Grabianowski)
tem por objetivo estruturar políticas para alcançar
a macroeconomia brasileira, ou seja, criar meca- Essa simples lei é um dos fatores que mais afetam
nismos para defender os interesses dos brasileiros, a inflação, pois, por definição, inflação significa:
economicamente.
É comum ouvirmos nos jornais notícias como: Aumento generalizado e persistente dos preços dos
o governo aumentou (ou diminuiu) a taxa de juros. produtos de uma cesta de consumo
Essas notícias estão ligadas, intrinsecamente, às polí-
ticas coordenadas pelo governo para estabilizar a eco- Ou seja, para haver inflação, deve haver um
nomia e o processo inflacionário. aumento de preços, mas este aumento não pode ser
As políticas traçadas pelo governo têm um objetivo pontual, deve ser generalizado. Mesmo que alguns
simples, que é aumentar ou reduzir a quantidade de produtos não aumentem de preço, se a maioria
dinheiro circulando no país, e com isso, controlar a aumentar, já é suficiente. Mas esse aumento deve ser
inflação. persistente, ou seja, contínuo.
Como em toda pesquisa científica, deve haver um
Para tanto, o governo vale-se de manobras como:
grupo de estudos, e esse grupo chamamos de cesta de
aumentar ou diminuir taxas de juros, aumentar ou consumo, porque, ao avaliar a inflação, avaliamos a
diminuir impostos e estimular ou desestimular a libe- evolução de um grupo de produtos ou serviços, e não
ração de crédito pelas instituições financeiras. cada um isoladamente.
Desta forma, imagine que você vai ao supermer-
INFLAÇÃO OU PROCESSO INFLACIONÁRIO cado e faz uma feira. Nessa feira, terá vários produ-
tos em seu carrinho, como: água, arroz, feijão, carne,
A inflação é um fenômeno econômico que ocorre milho, trigo, frutas, verduras, legumes etc. Também
devido a vários fatores. Dentre eles, está um bastante terá na mesma cesta produtos como: dólar, euro,
conhecido por todos desde o Ensino Médio, quando os gasolina, álcool (combustível), viagens, lazer, cinema,
energia etc.
professores falavam da “lei da oferta e da procura”,
Quando você terminou a cesta e foi ao caixa, a conta
lembra-se? totalizou R$ 500,00 no primeiro mês. No segundo mês,
A lei é bem simples do ponto de vista histórico, ao repetir os mesmos produtos, a conta totalizou R$
mas do ponto de vista econômico há varias variáveis 620,00; no terceiro, R$ 750,00 e, no quarto, R$ 800,00.
que levam a uma explicação do seu comportamento, Note que os preços estão subindo de forma persistente.
por exemplo: Quando o preço de algo sobe, o nosso dinheiro
O que faria você gastar mais dinheiro? Obviamen- perde valor, uma vez que precisaremos de mais reais
te, ter mais dinheiro, correto? Então, se você possuir para comprar o mesmo produto. A esse processo de
mais dinheiro, a tendência natural é que você gaste perda de valor do dinheiro damos o nome de inflação.
mais. Com isso, empresas, produtores e prestadores O processo inflacionário tem um irmão oposto que
de serviços, percebendo que você está gastando mais, é chamado de deflação. A deflação ocorre quando os
preços dos produtos começam a cair de forma genera-
elevarão seus preços, pois sabem que você pode pagar
lizada e persistente, gerando desconforto econômico
mais pelo mesmo produto, uma vez que há excesso
para os produtores, que podem chegar a desistir de
de demanda pelo produto ou serviço. produzir algo em virtude do baixo preço de venda.
Da mesma forma, se um produto é elaborado em Ambos os fenômenos têm consequências desas-
grande quantidade e a há uma sobra deste, os seus trosas no nosso bem-estar econômico, pois a inflação
preços tendem a cair, uma vez que há um excesso de gera desvalorização do nosso poder de compra, e a
oferta de produto. deflação pode gerar desinteresse dos produtores em
fabricar, o que, em ambos os casos, pode gerar desem-
Em resumo, a lei da oferta e procura declara que prego em massa. Além de tudo, ambas podem culmi-
quando a procura é alta, os preços sobem e, quan- nar na temida recessão, que significa a estagnação
do a oferta é alta, os preços caem. Dois exemplos completa ou quase total da economia de um país.
demonstram isso. Se existe um teatro com 2 mil Tanto a inflação como a deflação são fenômenos que
lugares (uma oferta fixa), o preço dos espetáculos podem ser calculados e quantificados. Para isso, nosso
dependerá de quantas pessoas desejam ingressos. governo mantém uma autarquia a postos, pronta para
Se uma peça muito popular está sendo encenada, apurar e divulgar o valor da inflação oficial, chama-
e 10 mil pessoas querem assisti-la, o teatro pode da Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
subir os preços de forma que os 2 mil mais ricos Essa autarquia chama-se Instituto Brasileiro de Geo-
possam pagar os ingressos. Quando a procura é grafia e Estatística (IBGE). O IPCA é a inflação calcula-
muito mais alta que a oferta, os preços podem subir da do dia primeiro ao dia 30 de cada mês, considerando
terrivelmente. Nosso segundo exemplo é mais ela- como cesta de serviços a de famílias com renda de até
borado. Digamos que você viva numa ilha na qual 40 salários mínimos, ou seja, quem ganha até quarenta
todos amam doces. Porém, existe um suprimento salários mínimos entra no cálculo da inflação oficial.
limitado de doces na ilha, assim, quando as pessoas A fim de manter nosso bem-estar econômico, o
trocam doces por outros itens, o preço é razoavel- governo busca estabilizar essa inflação, uma vez que
mente estável. Com o tempo, você economiza até 25 ela, por sua vez, reduz nosso poder de compra. Para
quilos de doces, que você pode trocar por um carro padronizar os parâmetros da inflação, o governo bra-
210 novo. sileiro instituiu o regime de Metas para Inflação.
Nesse regime, a meta de inflação é constituída por POLÍTICAS/SITUAÇÕES RESTRITIVAS OU
um centro de meta, que seria o valor ideal entendido POLÍTICAS/SITUAÇÕES EXPANSIONISTAS
pelo governo como uma inflação saudável.
Esse centro tem uma margem de tolerância para As políticas restritivas são resultado de ações
mais e para menos, pois, como em qualquer nota, que de alguma forma reduzem o volume de dinhei-
temos os famosos arredondamentos. É como no colé- ro circulando na economia e, consequentemente, os
gio, quando você tirava 6,5 e o professor arredondava gastos das pessoas gerando uma desaceleração da eco-
para 7, lembra? Isso ajudava muito você na hora de nomia e do crescimento. Mas por que o governo faria
fechar a nota no fim do ano e, para o governo, é do isso? A resposta é simples: faz isso para controlar a
mesmo jeito. É uma “ajudinha” para fechar a nota. inflação, pois quando há muito dinheiro circulando
Veja como foram e como estão as principais mudanças no mercado, o que acontece com os preços dos pro-
referentes a isso no Brasil: dutos? Sobem!
Para conter essa subida, o governo restringe o con-
Meta Central sofre novo corte em 2020 sumo e os gastos para que a inflação diminua. Nesse
caso, você iria ao shopping não para comprar coisas,
6% mas apenas para ver as coisas ou “dar uma voltinha”.
Teto 5,75% Isso representa nosso cenário atual desde 2014.
Teto
5,50%
Teto
5,25% Por outro lado, as políticas expansionistas são
4,50% 4,25% 5%
Meta 4%
Teto
Teto resultado de ações do governo que estimulam os
Meta 3,75% gastos e o consumo, ou seja, em cenário de baixo
Central
Central Meta 3,50%
Meta
Central Central Meta crescimento, o governo incentiva as pessoas a gastar
Central
3% 2,75% 2,50%
e as instituições financeiras, a emprestar. Isso gera
Piso 2,25% 2% um volume maior de recursos na economia, para
Piso Piso Piso Piso que o mercado não entre em recessão. Portanto, esse
resultado faria você gastar mais, endividar-se mais e
investir mais; logo você não iria ao shopping só para
ver as coisas, mas sim para comprar, e comprar mui-
2018 2019 2020 2021 2022 to! Entretanto, devemos ter cuidado, pois com muitos
Fonte: Conselho Monetário Nacional. Infográfico elaborado em: gastos, também alimentamos um crescimento acele-
09/01/2020 rado da inflação. Tivemos esse cenário recentemente
de 2008 a 2013 e hoje sofremos a crise inflacionária
Atenção! Até 31 de dezembro de 2016, a margem devido ao crescimento excessivo do consumo.
de tolerância, ou seja, de variação do centro da meta Resumindo, as políticas econômicas podem ser:
era de 2% para mais (teto) ou para menos (piso). Já a
partir de primeiro de janeiro de 2017 até 31 de dezem- z Expansionistas, quando estimulam os gastos, em-
bro de 2018, a nova margem de tolerância passou a préstimos e endividamentos para aumentar o vo-
ser de 1,5% para mais (teto) ou para menos (piso). lume de recursos circulando no país;
Para o ano de 2019, o centro da meta para a inflação z Restritivas, quando desestimulam ou restringem
será de 4,25%, com intervalo de tolerância de menos os gastos, empréstimos e endividamentos para re-
1,50% e de mais 1,50%. Para o ano de 2020, o centro duzir o volume de recursos circulando no país.
da meta para a inflação será de 4,00%, com intervalo
de tolerância de menos 1,50% e de mais 1,50%. Para o Atenção! Muitas pessoas se questionam por que
ano de 2021, o centro da meta será 3,75% com a mar- o governo, quando busca estimular o consumo e
gem de tolerância de 1,5% para mais ou para menos. aquecer a economia, simplesmente não emite mais
Para 2022, o centro será de 3,50% e para 2023, o cen- dinheiro e, com isso, resolve o “problema da falta de
tro será de 3,25% com margens de tolerância de 1,5% dinheiro”. A resposta é simples e, pelos conhecimen-
para mais e para menos. tos que você adquiriu até aqui, será perfeitamente
Além disso, o Decreto 9.083 de junho de 2017 alte- capaz de responder. Quanto mais dinheiro em circula-
rou a periodicidade de estabelecimento da meta de ção, menor seu valor; com isso, os preços irão sempre
inflação para até 30 de junho de cada terceiro ano tender a subir mais e o “problema” da falta de dinhei-
imediatamente anterior. Parece complicado, mas é ro continuará. Logo, emitir moeda não é uma solução
simples, veja: o centro da meta de inflação do ano de fácil de aceitar, pois ela pode acarretar sérios danos à
2021 foi decidido pelo Conselho Monetário Nacional estabilidade do poder de compra.
três anos antes, ou seja, até 30 de junho de 2018, e Entretanto, existe uma forma não convencional
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
assim, sucessivamente, o de 2022 deveria ser decidido de emitir moeda para que possamos, eventualmente,
até 30 de junho de 2019, sempre respeitado o limite de suprir a falta exagerada de dinheiro. Entretanto, vale
lembrar que essa forma de emitir é restrita e peculiar,
3 anos de antecedência.
pois o dinheiro será emitido apenas de forma escri-
Todas essas medidas adotadas pelo governo bus-
tural, ou seja, eletrônica, uma vez que o ato de emitir
cam estabilizar nosso poder de compra e nosso bem- papel moeda o torna suscetível a desgastes pela infla-
-estar econômico. Para utilizar essas ferramentas, o ção, já que circula livremente em qualquer lugar do
governo utiliza as famosas políticas econômicas, que país.
nada mais são do que um conjunto de medidas que Essa forma de emissão de moeda chama-se flexi-
busca estabilizar o poder de compra da moeda nacio- bilização quantitativa, quantitative easing ou, ainda,
nal, gerando bem-estar econômico para o país. afrouxamento quantitativo.
As políticas econômicas são estabelecidas pelo Na flexibilização quantitativa, a quantidade de
Governo Federal, tendo como agentes de suporte o moeda criada é chamada de valor expandido. É uma
Conselho Monetário Nacional, como normatizador, e o criação maciça de dinheiro, ou seja, afrouxamento
Banco Central, como executor dessas políticas. As ações monetário. Usualmente, os bancos centrais só impri-
desses agentes resultam em apenas duas situações para mem papel moeda seguindo a demanda de dinheiro,
o cenário econômico, que serão expostas a seguir. ou seja, não há criação espontânea de dinheiro novo. 211
Nessa técnica, os bancos centrais usam o dinheiro precisa estimular a economia. Então, a saída é arreca-
eletronicamente criado para comprar grandes quan- dar impostos e, quando estes não forem suficientes, o
tidades de títulos e diversos ativos financeiros no governo se endivida. Quando o governo emite títulos
mercado financeiro e de capitais. Isso não representa públicos federais, ele se endivida, pois os títulos públi-
entrega de dinheiro novo para os bancos empresta- cos são acompanhados de uma remuneração, uma taxa
rem, e sim como reserva bancária – depósitos que os de juros, que recebeu o nome do sistema que adminis-
bancos têm nas contas do Banco Central. tra e registra essas operações de compra e venda. Esse
sistema chama-se Sistema Especial de Liquidação e
DIVISÃO DAS POLÍTICAS ECONÔMICAS Custódia (SELIC). Esse sistema deu o nome a taxa de
juros dos títulos, chamada de taxa SELIC.
z Política Fiscal: Arrecadações menos despesas do Essa taxa de juros é o famoso juro da dívida públi-
fluxo do orçamento do governo; ca, porque o governo deve considerá-lo como despesa
z Política Cambial: Controle indireto das taxas de e endividamento. Logo, a emissão destes títulos, bem
câmbio e da balança de pagamentos; como o aumento da taxa SELIC, devem ser cautelosos
z Política Creditícia: Influência nas taxas de juros para evitar excessos de endividamento, acarretando
do mercado, através da taxa Selic; dificuldades em fechar o caixa no fim do ano.
z Política de Rendas: Controle do salário mínimo Esse fechamento de caixa pode resultar em duas
nacional e dos preços dos produtos em geral; situações. Uma chamamos de superávit e a outra, de
z Política Monetária: Controle do volume de meio déficit.
circulante disponível no país e controle do poder Resultado fiscal primário é a diferença entre as
multiplicador do dinheiro escritural. receitas primárias e as despesas primárias durante
um determinado período. O resultado fiscal nominal,
Política Fiscal ou resultado secundário, por sua vez, é o resultado
primário acrescido do pagamento líquido de juros.
A política fiscal reflete o conjunto de medidas pelas Assim, fala-se que o governo obtém superávit fiscal
quais o governo arrecada receitas e realiza despe- quando as receitas excedem as despesas em dado
sas de modo a cumprir três funções: a estabilização período; por outro lado, há déficit quando as receitas
macroeconômica, a redistribuição da renda e a alo- são menores do que as despesas.
cação de recursos. A função estabilizadora consiste na No Brasil, a política fiscal é conduzida com alto
promoção do crescimento econômico sustentado, com grau de responsabilidade fiscal. O uso equilibrado dos
baixo desemprego e estabilidade de preços. A função recursos públicos visa a redução gradual da dívida
redistributiva visa assegurar a distribuição equitativa líquida como percentual do PIB, de forma a contri-
da renda. Por fim, a função alocativa consiste no for- buir com a estabilidade, o crescimento e o desenvol-
necimento eficiente de bens e serviços públicos, com- vimento econômico do país. Mais especificamente, a
pensando as falhas de mercado. política fiscal busca a criação de empregos, o aumento
Os resultados da política fiscal podem ser avalia- dos investimentos públicos e a ampliação da rede de
dos sob diferentes ângulos, que podem focar na men- seguridade social, com ênfase na redução da pobreza
suração da qualidade do gasto público, bem como e da desigualdade.
identificar os impactos da política fiscal no bem-estar
dos cidadãos. Política Cambial
Para tanto, o governo se utiliza de estratégias como
elevar ou reduzir impostos, pois, além de sensibilizar
É o conjunto de ações governamentais diretamen-
seus cofres públicos, busca aumentar ou reduzir o
volume de recursos no mercado quando for necessário. te relacionadas ao comportamento do mercado de
A política fiscal consiste em basicamente dois obje- câmbio, inclusive no que se refere à estabilidade rela-
tivos: primeiro, ser uma fonte de receitas ou de gastos tiva das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de
para o governo, na medida em que reduz seus impos- pagamentos.
tos para estimular ou desestimular o consumo. Segun- A política cambial busca estabilizar a balança de
do, quando o governo usa a emissão de títulos públicos pagamentos tentando manter em equilíbrio seus com-
emitidos pela Secretaria do Tesouro Nacional, para ponentes, que são: a conta corrente, que registra as
comercializá-los e arrecadar dinheiro para cobrir entradas e saídas devidas ao comércio de bens e ser-
seus gastos e cumprir suas metas de arrecadação. viços, bem como pagamentos de transferências; e a
O governo tem metas de arrecadação, que muitas conta capital e financeira. Também são componentes
vezes precisam de uma “forcinha” através da comercia- dessa conta os capitais compensatórios: empréstimos
lização de títulos públicos federais no mercado financei- oferecidos pelo FMI e contas atrasadas (débitos venci-
ro. Segundo o art. 164 da Constituição Federal, é vedado dos no exterior).
ao Banco Central financiar o tesouro com recursos pró- Dentro dessa balança de pagamentos, há uma
prios, este busca capitalizar o governo comercializando outra chamada Balança Comercial, que busca esta-
os títulos emitidos pela Secretaria do Tesouro. bilizar o volume de importações e exportações den-
Desta forma, o governo consegue não só arrecadar tro do Brasil. Essa política visa equilibrar o volume de
recursos como, também, enxugar ou irrigar o merca- moedas estrangeiras dentro do Brasil para que seus
do de dinheiro, pois quando o Banco Central vende valores não pesem tanto na apuração da inflação, pois
títulos públicos federais, retira dinheiro de circulação as moedas estrangeiras estão muito presentes em nos-
e entrega títulos aos investidores. Já quando o Banco so dia a dia.
Central compra títulos de volta, devolve recursos ao Como o governo não pode interferir no câmbio
sistema financeiro, além de diminuir a dívida pública brasileiro de forma direta, uma vez que o câmbio bra-
do governo. sileiro é flutuante, o governo busca estimular exporta-
Como isso funciona? O governo vive em uma que- ções e desestimular importações quando o volume de
da de braços constante, pois precisa arrecadar mais moeda estrangeira estiver menor dentro do Brasil. Da
212 do que ganha, mas não pode deixar de gastar, pois mesma forma, caso o volume de moeda estrangeira
dentro do Brasil aumente demais, causando sua des- a economia está parada e ninguém consome, produzin-
valorização exagerada, o governo busca estimular do uma estagnação completa do setor produtivo. Com
importações para reestabelecer o equilíbrio. essa medida, o governo espera estimular o consumo e
Mas por que o governo estimularia a valorização gerar mais empregos.
de uma moeda estrangeira no Brasil? Ao estimular Ao contrário, a política monetária contracionista
a valorização de uma moeda estrangeira, atraímos consiste em reduzir a oferta de moeda, aumentan-
investidores, além de tornar o cenário mais salutar do assim a taxa de juros e reduzindo os investimen-
para os exportadores, que são os que produzem rique-
tos. Essa modalidade da política monetária é aplicada
zas e empregos dentro do Brasil. Dessa forma, ao se
quando a economia está sofrendo alta inflação, visan-
utilizar da política cambial, o governo busca estabili-
do reduzir a procura por dinheiro e o consumo cau-
zar a balança de pagamentos e estimular ou desesti-
mular exportações e importações. sando, consequentemente, uma diminuição no nível
de preços dos produtos.
Política Creditícia Esta política monetária é rigorosamente elaborada
pelas autoridades monetárias brasileiras, utilizando-
Conjunto de normas ou critérios que cada insti- -se dos seguintes instrumentos, todos regulamentados
tuição financeira utiliza para financiar ou emprestar e executados pelo Banco Central do Brasil:
recursos a seus clientes, mas sobre a supervisão do
governo, que controla os estímulos a concessão de z Mercado Aberto
crédito. Cada instituição deve desenvolver uma políti-
ca de crédito coordenada, para encontrar o equilíbrio Também conhecido como Open Market, operações
entre as necessidades de vendas e, concomitantemen- com títulos públicos são mais um dos instrumentos
te, sustentar uma carteira a receber de alta qualidade. disponíveis de política monetária. Esse instrumento,
Essa política sofre constante influência do poder considerado um dos mais eficazes, consegue equili-
governamental, pois o governo se utiliza de sua taxa brar a oferta de moeda e regular a taxa de juros em
básica de referência, a taxa SELIC, para conduzir as curto prazo.
taxas de juros das instituições financeiras para cima
A compra e venda dos títulos públicos, emitidos pela
ou para baixo.
Secretaria do Tesouro Nacional, se dá pelo Banco Cen-
Se o governo eleva suas taxas de juros, é sinal de
tral através de Leilões Formais e Informais. De acordo
que os bancos em geral seguirão seu raciocínio e ele-
varão suas taxas também, gerando uma obstrução a com a necessidade de expandir ou reter a circulação de
contratação de crédito pelos clientes tomadores ou moedas do mercado, as autoridades monetárias compe-
gastadores. Já se o governo tende a diminuir a taxa tentes resgatam ou vendem esses títulos.
SELIC, os bancos em geral tendem a seguir essa dimi- Se existe a necessidade de diminuir a taxa de juros
nuição, recebendo estímulos a contratação de crédito e aumentar a circulação de moedas, o Banco Central
para os tomadores ou gastadores. compra (resgata) títulos públicos que estejam em cir-
culação. Se a necessidade for inversa, ou seja, aumen-
Política de Rendas tar a taxa de juros e diminuir a circulação de moedas,
o Banco Central vende (oferta) os títulos disponíveis.
A política de rendas consiste na interferência do Portanto, os títulos públicos são considerados
governo nos preços e salários praticados pelo mer- ativos de renda fixa, tornando-se uma boa opção de
cado. No intuito de atender a interesses sociais, o investimento para a sociedade.
governo tem a capacidade de interferir nas forças do Outra finalidade dos títulos públicos é a de captar
mercado e impedir o seu livre funcionamento. É o que recursos para o financiamento da dívida pública, bem
ocorre quando o governo realiza um tabelamento de como financiar atividades do Governo Federal, como
preços com o objetivo de controlar a inflação. por exemplo, Educação, Saúde e Infraestrutura.
Ressaltamos que, atualmente, o governo brasileiro
Os leilões dos títulos públicos são de responsabi-
interfere tabelando o valor do salário-mínimo; entre-
lidade do BACEN, que credencia Instituições Financei-
tanto, quanto aos preços dos diversos produtos no
país, não há interferência direta do governo. ras chamadas de dealers ou líderes de mercado, para
que façam efetivamente o leilão dos títulos. Nesse caso,
Política Monetária temos o leilão informal ou Go Around, pois nem todas
as instituições são classificadas como dealers.
É a atuação de autoridades monetárias sobre a Os leilões formais são aqueles em que todas as
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
quantidade de moeda em circulação, de crédito e das instituições financeiras, credenciadas pelo BACEN,
taxas de juros controlando a liquidez global do sis- podem participar do leilão dos títulos, mas sempre
tema econômico. Essa é a mais importante política sob o comando deste.
econômica traçada pelo governo. Nela, estão contidas Além dessas formas de o governo participar do
as manobras que surtem efeitos mais eficazmente na mercado de capitais, existe o Tesouro Direto, forma
economia. que o governo encontrou que aproxima as pessoas
A política monetária influencia diretamente a quan- físicas e jurídicas em geral, ou não financeiras, da
tidade de dinheiro circulando no país e, consequente- compra de títulos públicos. O tesouro direto é um sis-
mente, a quantidade de dinheiro no nosso bolso.
tema controlado pelo BACEN para que a pessoa física
Existem dois principais tipos de política monetária
ou jurídica comum possa comprar títulos do governo
a serem adotados pelo governo: a política restritiva,
ou contracionista, e a política expansionista. dentro de sua própria casa ou escritório.
A política monetária expansiva consiste em aumen- Os títulos públicos possuem, hoje, 5 tipos diferen-
tar a oferta de moeda, reduzindo a taxa de juros tes com características que lhe concedem rentabilida-
básica e estimulando investimentos. Essa política é des distintas. A seguir, vamos conhecer quais são os
adotada em épocas de recessão, ou seja, épocas em que títulos: 213
TÍTTULOS PÚBLICOS FEDERAIS
Os juros semestrais significam que a cada semestre o governo paga a você os juros devidos, mas apenas os
juros, o principal, que é o valor que você investiu, ele só devolve no final do prazo, belezinha?! Esse pagamento de
juros semestrais, nós chamamos de CUPOM.
Outro instrumento de controle monetário é o Redesconto Bancário, no qual o Banco Central concede “emprés-
timos” às instituições financeiras a taxas acima das praticadas no mercado.
Os chamados empréstimos de assistência à liquidez são utilizados pelos bancos somente quando existe
uma insuficiência de caixa (fluxo de caixa), ou seja, quando a demanda de recursos depositados não cobre suas
necessidades.
Quando a intenção do Banco Central é de injetar dinheiro no mercado, ele baixa a taxa de juros para estimular
os bancos a pegar esses empréstimos. Os bancos, por sua vez, terão mais disponibilidade de crédito para oferecer
ao mercado; consequentemente, a economia aquece.
Quando o Banco Central tem por necessidade retirar dinheiro do mercado, as taxas de juros concedidas para
esses empréstimos são altas, desestimulando os bancos a pegá-los. Dessa forma, os bancos que precisam cumprir
com suas necessidades imediatas enxugam as linhas de crédito, disponibilizando menos crédito ao mercado; com
isso, a economia desacelera.
Vale ressaltar que o Banco Central é proibido, pela Constituição Brasileira, de emprestar dinheiro a qualquer
outra instituição que não seja uma instituição financeira. As operações de Redesconto do Banco Central podem
ser:
Intradia, destinadas a atender necessidades de liquidez das instituições financeiras ao longo do dia. É o
chamado Redesconto a juros zero;
De um dia útil, destinadas a satisfazer necessidades de liquidez decorrentes de descasamento de curtíssi-
mo prazo no fluxo de caixa de instituição financeira;
De até quinze dias úteis, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não ultrapasse quarenta e
cinco dias úteis, destinadas a satisfazer necessidades de liquidez provocadas pelo descasamento de curto
prazo no fluxo de caixa de instituição financeira e que não caracterizem desequilíbrio estrutural;
De até noventa dias corridos, podendo ser recontratadas desde que o prazo total não ultrapasse cento e
oitenta dias corridos, destinadas a viabilizar o ajuste patrimonial de instituição financeira com desequilí-
brio estrutural.
Atenção! Entende-se por operação intradia a compra com compromisso de revenda, em que a compra e a cor-
respondente revenda ocorrem no próprio dia entre a instituição financeira tomadora e o Banco Central.
Todas as operações feitas pelo BACEN são compromissadas, ou seja, a outra parte que contrata com o BACEN
assume compromissos com ele para desfazer a operação assim que o BACEN solicitar.
Sobre a Compra com Compromisso de Revenda, temos algumas observações que aparecem nas provas. Podem
ser objeto de Redesconto do Banco Central, na modalidade de compra com compromisso de revenda, os seguintes
ativos de titularidade de instituição financeira, desde que não haja restrições a sua negociação:
Títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia – Selic, que inte-
grem a posição de custódia própria da instituição financeira;
Outros títulos e valores mobiliários, créditos e direitos creditórios, preferencialmente com garantia real,
e outros ativos.
Importante!
As operações intradia e de um dia útil aceitam como garantia exclusivamente os títulos públicos federais; as
demais podem ter como garantia qualquer título aceito como garantia pelo BACEN.
214
z Recolhimento Compulsório Os instrumentos de política monetária citados aci-
ma são importantes armas para execução do quantita-
Um dos instrumentos de Política Monetária utiliza- tive easing ou flexibilidade quantitativa.
do pelo governo para aquecer ou esfriar a economia.
É um depósito obrigatório feito pelos bancos junto ao QUANTITATIVE EASING
Banco Central.
Parte de todos os depósitos que são efetuados à Quantitative easing (QE) pode ser definido como
vista, ou seja, os depósitos das contas correntes, tanto
transações de compra de ativos, tanto públicos quan-
de livre movimentação como de não livre movimen-
to privados, em larga escala, executadas pelo Banco
tação pelo cliente, depósitos a prazo e demais depósi-
Central com o objetivo de estimular a demanda agre-
tos feitos pela população, junto aos bancos, vão para
gada, seja por meio da ampliação das reservas ban-
o Banco Central. O Banco Central fixa essa taxa de
cárias, seja por meio da injeção de liquidez direta no
recolhimento. Essa taxa é variável, de acordo com os
setor privado.
interesses do governo em acelerar ou não a economia.
Após a crise de 2008, o QE ganhou grande espaço
Isso porque, ao reduzir o nível do recolhimen-
na política monetária mundial.
to, sobram mais recursos nas mãos dos bancos para
O quantitative easing tem o objetivo de atuar sobre
serem emprestados aos clientes, com isso, gerando
maior volume de recursos no mercado. Já quando a taxa de juros de longo prazo. Assim, tecnicamente,
os níveis do recolhimento aumentam, as instituições o QE é a compra de títulos de longo prazo pelo Banco
financeiras reduzem seu volume de recursos, liberan- Central com o objetivo de atuar diretamente sobre a
do menos crédito e, consequentemente, reduzindo o taxa de juros de longo prazo.
volume de recursos no mercado. Isso acontece quando o Banco Central perde a
O recolhimento compulsório tem por finalidade capacidade de atuar sobre as taxas de curto prazo
aumentar ou diminuir a circulação de moeda no país. a fim de afetar as de longo prazo com o objetivo de,
Quando o governo precisa diminuir a circulação de assim, gerar algum estímulo na economia.
moedas no país, o Banco Central aumenta a taxa do
compulsório, pois, dessa forma, as instituições finan- ORÇAMENTO PÚBLICO
ceiras terão menos crédito disponível para população;
portanto, a economia acaba encolhendo. Segundo o site do Ministério da Economia:
Ocorre o inverso quando o governo precisa aumen-
tar a circulação de moedas no país. A taxa do compul- O orçamento público é o instrumento de planeja-
sório diminui e, com isso, as instituições financeiras mento que estima as receitas que o governo espe-
fazem um depósito menor junto ao Banco Central. ra arrecadar ao longo do próximo ano e, com base
Assim, os bancos comerciais ficam com mais moe- nelas, autoriza um limite de gastos a ser realizado
da disponível e, consequentemente, aumentam suas com tais recursos.
linhas de crédito. Com mais dinheiro em circulação, há Essa programação orçamentária consta na Lei
o aumento de consumo e a economia tende a crescer. Orçamentária Anual (LOA), elaborada com base
As instituições financeiras podem fazer transferên- nas metas e prioridades do Governo definidas na
cias voluntárias, de recursos oriundos de depósitos à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
vista; porém, o depósito compulsório é obrigatório, É a LDO que estabelece a ligação entre o Plano Plu-
porque os valores que são recolhidos ao Banco Cen- rianual (PPA) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
tral são remunerados por ele para que a instituição Ao englobar receitas e despesas, o orçamento é peça
financeira não tenha prejuízos com os recursos para- fundamental para o equilíbrio das contas públicas
dos junto ao BACEN. e indica para a sociedade as prioridades definidas
O recolhimento pode ser feito em espécie (papel pelo governo, como, por exemplo, gastos com edu-
moeda), através de transferências eletrônicas para cação, saúde e segurança pública.
contas mantidas pelas instituições financeiras junto ao
BACEN ou até mesmo através de compra e venda de títu- Ou seja, o que acontece no Brasil não é diferente
los públicos federais. Além disso, o Recolhimento Com- do que acontece em uma família, é necessário definir
pulsório pode variar em função das seguintes situações: o orçamento e planejar os gastos de acordo com suas
prioridades.
� Regiões Geoeconômicas;
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
DETERMINAR COMPULSÓRIO SOBRE DEPÓSITO À O governo, como toda família, possui receitas e
VISTA despesas, e, como toda família, geralmente o gover-
Até 100% no apresenta mais Despesas do que Receitas, dessa
maneira tem-se:
DETERMINAR COMPULSÓRIO SOBRE DEMAIS TÍ-
TULOS CONTÁBEIS E FINANCEIROS
Até 60% Déficit = Gastos - Receitas
215
Quanto maior o gasto em relação às receitas, CRESCIMENTO DAS DESPESAS PÚBLICAS
maior o Déficit, de maneira contrária, quanto maior
as Receitas em relação aos gastos, tem-se Superávit. De maneira geral, os gastos públicos podem ser
O Déficit Público tem relação direta com a Dívida subdivididos em quatro categorias, sendo elas:
Pública, sendo assim:
z Consumo do Governo: Salários do Funcionalis-
mo, Consumo Corrente etc;
Quanto Mais Elevado o déficit público, Maior o au-
z Investimento do Governo;
mento da dívida
z Transferências ao Setor Privado: Como Subsídios
às Empresas;
MANEIRAS DE MENSURAÇÃO DO DÉFICIT PÚBLICO z Juros da Dívida.
De maneira geral, existem três maneiras de se De forma geral, a Dívida Pública consiste no esto-
medir o déficit público. Vamos analisar as 3 de forma que total de recursos de terceiros utilizados para
resumida: financiar o déficit público.
Todas as despesas e receitas incorridas pelo gover- São títulos emitidos pelo próprio governo para
no em determinado período. Como o próprio nome angariar recursos, na prática é a forma do governo “te
diz, o cálculo é feito pelo valor nominal, ou seja, não pedir dinheiro emprestado”. Para que você empres-
há o cálculo da inflação. Lembre-se, o Déficit Nomi- te esse recurso ao governo é necessário que o mesmo
nal não considera a inflação do período. te garanta alguma vantagem financeira na forma de
juros.
Déficit Primário Os títulos públicos não possuem garantia do FGC,
porém são considerados muito seguros, pois o gover-
Para se medir o Déficit Primário, os pagamentos e no brasileiro costuma honrar sua dívida atualmente.
recebimentos de juros são excluídos da Medida. Lem- Lembre-se que os Títulos Públicos não contam com a
bre-se, no cálculo do Déficit Primário não se conside- Garantia do FGC.
ram as despesas com juros, amortizações da dívida Entre os títulos públicos existem duas modalida-
pública, entre outras despesas e receitas financeiras. des: os títulos sem cupom e os títulos com cupom.
O principal motivo de retirar as despesas financei- Títulos sem cupom pagam seus juros apenas no
ras é evidenciar de forma concreta a fonte primária de vencimento dos títulos; enquanto títulos com cupom
aumento da dívida pública. É necessário saber que o pagam no vencimento e juros periódicos (trimestrais,
Déficit Primário é a fonte primária da dívida pública. semestrais etc).
Déficit Operacional
Importante!
É o “Déficit Real” por assim dizer, neste cálculo, é Títulos Sem Cupom pagam juros Apenas no ven-
deduzido do déficit efeitos da inflação e do pagamento cimento dos títulos.
de juros da dívida. Lembre-se que o Déficit Operacio-
Títulos Com Cupom pagam juros Periódicos.
nal deduz a Inflação e o Pagamento de Juros de seu
cálculo.
A rentabilidade de títulos com o sem cupom costu-
NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO mam ser bem parecidas, mudando apenas a frequên-
cia de pagamento.
Como uma família, o Brasil também necessita de
financiamento para suas atividades, a maneira mais Títulos sem Cupom
usual de País financiar suas atividades é por meio da
Emissão de Títulos Públicos, em resumo: São títulos públicos sem cupom:
z A maneira mais óbvia de financiar este déficit é z LFT – Letra Financeira do Tesouro (Tesouro Dire-
tomando recursos emprestados do setor privado, to Selic): Pós Fixado, atrelado à SELIC. Por ser pós
por meio da venda de títulos públicos; fixado é recomendado em cenários de alta de SELIC;
z Os títulos públicos não podem ser adquiridos dire- z LTN – Letra do Tesouro Nacional: Pré Fixado, o
tamente pelo BACEN; investidor já sabe no momento da contratação a
z Os Títulos Públicos são referenciados pela taxa rentabilidade do papel;
SELIC; z NTN-B (Principal): Notas do Tesouro Nacional Série
z Quando o governo precisa de financiamento, nor- B. Título atrelado à inflação (IGPM ou IPCA) bom
malmente sobe a taxa SELIC, o que causa um maior para o investidor que quer proteger seu ganho real.
interesse por títulos públicos;
z Um Aumento da Taxa SELIC, tira moeda da Eco- Títulos com Cupom
nomia, já que os investidores tendem a preferir
comprar títulos. São títulos públicos com cupom:
Lembre-se que um aumento da taxa Selic tende a z NTN-B: Atrelada a Inflação (IPCA ou IGPM);
216 diminuir a inflação e Vice e Versa. z NTN F: Pré-Fixado.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Uma das engrenagens mais importantes, se não a mais importante, para que o mundo seja do jeito que é, é o
dinheiro. Ele compra carros, casas, roupas, título e, segundo alguns, só não compra a felicidade. Sendo o dinheiro
carregado com toda essa importância, cada país, estado e cidade organiza-se de forma a ter seu próprio modo de
ganhar dinheiro. Essa organização, aliás, é formada de um jeito em que a maior quantidade possível de dinheiro
possa ser adquirida. Há muito tempo, o mundo funciona dessa forma. Por isso, todos os países já conhecem muitos
caminhos e atalhos para que sua organização seja elaborada para seu benefício.
Essa organização que busca o maior número possível de riquezas é definida por uma série de importantes
órgãos do estado. No Brasil, esse órgão formador da estratégia econômica do país é chamado de Sistema Finan-
ceiro Nacional. Ele tem, basicamente, a função de controlar todas as instituições que são ligadas às atividades
econômicas dentro do país, e muitas outras funções. Tem também muitos componentes que o formam.
Existem grupos dentro do grupo do Sistema Financeiro Nacional. O mais importante dentro desse sistema é o
Conselho Monetário Nacional. Esse conselho é essencial por tomar as decisões mais importantes para a que o
país funcione de forma eficiente e eficaz.
O Conselho Monetário Nacional tem sob seu comando muitos integrantes que são importantes, cada um na sua
função. No entanto, o mais importante desses membros é o Banco Central do Brasil.
O Banco Central do Brasil é o responsável pela emissão de papel-moeda e de moeda metálica, dinheiro que
circula no país. Ele exerce, junto ao Conselho Monetário Nacional, um trabalho de fiscalização nas instituições
financeiras do país. Além disso, tem diversas utilidades, como realizar operações de empréstimos e cobrança de
créditos junto às instituições financeiras. O Banco Central é considerado o banco mais importante do Brasil, acima
de todos os outros, uma espécie de “Banco dos Bancos”.
O Sistema Financeiro Nacional, então, é uma forma de várias entidades se organizarem de modo a manter
a máquina do governo funcionando. Sua utilidade é o acompanhamento e também a coordenação de todas as
atividades financeiras que acontecem no Brasil. Esse acompanhamento acontece na forma de fiscalização. Já a
coordenação está na parte em que funcionários do Banco Central agem segundo suas responsabilidades, no cená-
rio financeiro.
Esse sistema já sofreu várias mudanças ao longo dos anos. O próprio Banco Central era outra entidade, com
nome diferente: Superintendência da Moeda e do Crédito. A mudança ocorreu por meio do art. 8º da Lei nº
4.595/1964. As moedas do Brasil já mudaram várias vezes ao longo da História brasileira. A modificação de uma
moeda nacional é, em qualquer circunstância, algo que causa muitas mudanças, mas no caso da mudança para a
atual moeda (real), essa transformação foi grandiosa. Em uma época em que a inflação era um grande terror para
economia brasileira, essa mudança, chamada de plano real, conseguiu frear a inflação e normalizar os preços do
comércio interno. Isso, seguido de uma valorização da moeda nacional, resultou em uma recuperação rápida da
economia brasileira.
Quem manuseia dinheiro todos os dias, paga suas contas, recebe seu salário, nem pensa no grande sistema que
há por trás dessas operações. Na verdade, os salários são do valor que são para que a atual quantidade de dinheiro
circule no país, para que a economia brasileira seja como é. Assim, o Sistema Financeiro Nacional toma decisões
todos os dias que são refletidas na nossa realidade.
O Sistema Financeiro Nacional é um conjunto de instituições, órgãos e afins que controlam, fiscalizam e fazem
as medidas que dizem respeito à circulação da moeda e de crédito dentro do país. O Brasil, em sua Constituição
Federal de 1988, em seu art. 192, cita qual o intuito do sistema financeiro nacional: O Sistema Financeiro Nacional,
estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade, em
todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que
disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.
O Sistema Financeiro Nacional pode ser divido em duas partes distintas: subsistema normativo e subsiste-
ma operativo ou operador. O de normas responsabiliza-se por fazer regras para que se definam parâmetros
para transferência de recursos entre uma parte e outra, além de supervisionar o funcionamento de instituições
que façam atividade de intermediação monetária. Já o subsistema operativo ou operador torna possível que as
regras de transferência de recursos, definidas pelo subsistema de supervisão, sejam possíveis.
O subsistema normativo é formado por: Conselho Monetário Nacional, Conselho de Recursos do Sistema
Financeiro Nacional, Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Conselho Nacional de Segu-
ros Privados, Superintendência de Seguros Privados, Conselho Nacional da Previdência Complementar e Superin-
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
O Brasil, buscando a melhor forma de servir ao seu povo, conforme ordena a Carta Magna, tem por obrigação
criar um sistema que seja capaz de organizar, de forma eficiente, a circulação de dinheiro e suas formas deriva-
das, buscando a segurança e o desenvolvimento do país. Com isso, vem o art. 192 da nossa Constituição Federal:
Art. 192 O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País
e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas
de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital
estrangeiro nas instituições que o integram. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)
A Lei nº 4595/1964 dispõe sobre o sistema que será operado no Brasil, as autoridades monetárias que serão os
agentes responsáveis por garantir que essas operações aconteçam e que sejam seguras e solidas para os agentes
financeiros e seus clientes. Acompanhe o art. 1º:
Art. 1º O sistema Financeiro Nacional, estruturado e regulado pela presente Lei, será constituído:
I - do Conselho Monetário Nacional;
II - do Banco Central do Brasil
III - do Banco do Brasil S. A.;
IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social;
V - demais instituições financeiras públicas e privadas.
O Sistema Financeiro Nacional é ainda composto pela Comissão de Valores Mobiliários (Lei 6385/1976).
É o órgão normativo máximo no SFN. É ele quem dita as normas que serão seguidas pelas instituições finan-
ceiras. Além disso, o CMN é responsável por formular as políticas da moeda e crédito no país, ou seja, é responsá-
218 vel por coordenar todas as políticas econômicas do país e, principalmente, a política monetária.
Suas reuniões ordinárias, ou seja, comuns, são Compete ao Presidente do Conselho deliberar ad
mensais, e ao final de cada reunião é emitida uma referendum do colegiado, nos casos de urgência e de
resolução da qual é lavrada uma ata, cujo extrato é relevante interesse. Perceba que o Presidente não tem
publicado no Diário Oficial da União (DOU) e no Sis- o famoso “voto de minerva”, ou seja, não possui voto de
tema de Informação do Banco Central (SISBACEN), desempate, pois ele pode tomar decisões sozinho, em
excluindo-se os assuntos confidenciais discutidos na casos de urgência, e depois submeter essa decisão à vota-
reunião. ção na reunião ordinária ou extraordinária do colegiado.
O Banco Central do Brasil é a Secretaria-Execu-
DECRETO Nº 1.307, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1994 tiva do CMN e da Comissão Técnica da Moeda e do
Crédito (Comoc). Compete ao Banco Central organi-
Art. 30 As decisões de natureza normativa serão zar e assessorar as sessões deliberativas (preparar,
divulgadas mediante resoluções assinadas pelo assessorar, dar suporte durante as reuniões, elaborar
Presidente do Banco Central do Brasil, veicu- as atas e manter seu arquivo histórico).
ladas pelo Sistema de Informações Banco Central
(SisBacen) e publicadas no Diário Oficial da União. z Objetivos do CMN
Parágrafo único. As decisões de caráter confiden-
cial serão comunicadas somente aos interessados.
Agora, vamos saber o que o CMN faz de fato, qual
[...] sua missão. Para isso, a Lei deu ao CMN objetivos que
Art. 33º [...] são sua missão, o motivo de ele existir. Os objetivos do
§ 1º Após as atas terem sido assinadas por todos os CMN são 9, e as atribuições, que são as armas que o
conselheiros, extratos das atas serão publicados CMN tem para cumprir os objetivos, são 39!
no Diário Oficial da União, excluídos os assun- Você não precisa decorar todos os objetivos e atri-
tos de caráter confidencial. buições do CMN. Basta guardar 4 dos 6 objetivos, pois
são os que mais caem nas provas, e adicionar uma
Resumindo: Tanto as Resoluções quanto os extra- regrinha dos verbos, na qual veremos que tanto os
tos são publicados no DOU e no SISBACEN; entretanto, objetivos quanto as atribuições sempre serão inicia-
se houver algum assunto confidencial, este não será das com verbos de poder, mandar, autoridade.
divulgado a todos publicamente, apenas aos interes- Dos objetivos do CMN, descartamos 2, que são:
sados. Entretanto, a resolução como um todo deve ser Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos
publicada, excluindo-se as partes confidenciais. instrumentos financeiros” e
O CMN é um órgão colegiado, composto por um minis- Estabelecer, para fins da política monetária e
tro, o Presidente do Banco Central e o Secretário Especial cambial, as condições especificas para negociação
de Fazenda do Ministério da Economia, todos indicados de contratos derivativos...
pelo Presidente da República, sendo o Presidente do Bacen
submetido à aprovação do Senado Federal. Esses não são cobrados com frequência em provas,
até por não terem contexto ou conexão com assuntos
dos editais. Sendo assim, ficamos com 4 objetivos e as
Ministro da Economia
(Presidente do Conselho) atribuições. Mais à frente, faremos relações entre as
atribuições e os objetivos do CMN, o que nos ajudará
bastante a lembrar deles na hora da prova.
CMN Vejamos a seguir a sequência dos objetivos do CMN:
Secretário Especial de
Presidente do Banco Central Orientar
Fazenda do Ministério da
do Brasil
Economia
Propiciar
Importante: Em fevereiro de 2021, foi publicada a
Objetivos do CMN
Art. 8º O presidente do CMN poderá convidar Você percebeu algo estranho naquele que está des-
para participar das reuniões do conselho sem tacado? Ele não é um verbo de mandar, mas sim de
direito a voto outros Ministros de Estado, assim fazer, de “colocar a mão na massa”. Essa é a única
como representantes de entidades públicas ou exceção do CMN a regra dos verbos, então, atente-se
privadas. ao verbo zelar, pois ele cai muito em provas, por se
Art. 16 [...] tratar de uma exceção.
§ 1º Poderão assistir às reuniões do CMN: Agora que vimos os verbos vinculados aos objeti-
a) assessores credenciados individualmente pelos vos do CMN, você percebeu que esses verbos indicam
conselheiros; poder, mandar, autoridade. Logo, fica fácil memori-
b) convidados do presidente do conselho. zar as competências o CMN, pois elas sempre serão
§ 2º Somente aos conselheiros é dado o direito de iniciadas por um verbo que indica mandar. Então,
voto. vejamos na íntegra os objetivos: 219
Orientar a aplicação dos recursos das institui- O centro da meta é o que CMN entende que seria
ções financeiras públicas ou privadas, de forma a meta ideal para o cenário econômico do país. Entre-
a garantir condições favoráveis ao desenvolvi- tanto, engessar um número no mercado financeiro
mento equilibrado da economia nacional. não é bom, principalmente um índice que avalia os
preços do mercado; então, o CMN admite uma peque-
É muito importante que o CMN oriente a forma na variação para mais ou para menos. Caso o índice
como as instituições irão investir seus recursos, pois de inflação, IPCA, inflação oficial, esteja dentro des-
sa margem de variação (ou margem de tolerância),
más decisões no mercado financeiro custam mui-
entende-se que o Banco Central cumpriu a meta de
to dinheiro e até a falência de várias instituições. É
inflação estabelecida pelo CMN. O CMN diminuiu, a
importante destacar que ele orienta todas as institui-
partir de 2017, a margem de tolerância de 2% para
ções financeiras, incluindo as públicas.
1,5%, estabelecendo um novo teto e um novo piso.
Por causa dos objetivos, o CMN recebeu da Lei
Zelar pela liquidez e solvência das instituições 4595/64 várias atribuições, ou seja, as armas que ele
financeiras. tem para poder cumprir seus objetivos, das quais desta-
camos algumas que mais frequentes em prova. Podemos
Esse objetivo cai com muita frequência nas provas, conectá-las aos objetivos para nos ajudar a memorizar
pois se trata de uma exceção à regra dos verbos de mais, sem ter de utilizar apenas a regra dos verbos. Veja
mandar. Ele faz com que o CMN sempre tenha como a seguir os principais verbos ligados às atribuições:
preocupação buscar que as instituições financeiras
tenham recursos disponíveis em seu caixa, mantendo- Fixar diretrizes
-se líquidas e honrando seus compromissos para com
Disciplinar
seus credores, mantendo-se solventes.
Estabelecer limites
Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e
Determinar
dos instrumentos financeiros, de forma a tor-
nar mais eficiente o sistema de pagamentos e Regulamentar
Atribuições
Principais
mobilização de recursos;
Outorgar
Estabelecer, para fins da política monetária
e cambial, as condições específicas para nego- Estabelecer
ciação de contratos derivativos, estabelecendo
limites compulsórios, definindo as próprias Regular
características dos contratos existentes e crian- Expedir normas
do novos;
Coordenar as políticas monetária, creditícia, Disciplinar
orçamentária, fiscal e da dívida pública interna Delimitar
e externa.
OBJETIVOS ATRIBUIÇÕES CORRESPONDENTES
É importante destacar que o CMN sempre será
o responsável por formular essas políticas. Como Delimitar, com periodicidade não in-
Zelar pela
vimos, o CMN não costuma fazer coisas, mas apenas ferior a dois anos, o capital mínimo
liquidez e
mandar; então, quando o CMN formula políticas, ele das instituições financeiras privadas,
solvência das
as envia ao Bacen, que as executa. levando em conta sua natureza, bem
instituições
como a localização de suas sedes e
financeiras
Estabelecer a meta de inflação. agências ou filiais
Orientar a
Esse é um dos mais importantes objetivos do CMN, aplicação dos
que aparece com frequência nas provas. O CMN pas- recursos das
sa a ser o responsável por estabelecer um parâmetro instituições
para metas de inflação no Brasil. Ele, com base em financeiras
estudos e avaliações da economia, estabelece uma públicas ou
meta para a inflação oficial, que deverá ser cumpri- privadas, de Regular a constituição, o funcionamen-
da pelo Bacen dentro do ano indicado. Hoje, no Brasil, forma a garan- to e a fiscalização de todas as institui-
temos uma meta de inflação que é dividida da seguin- tir condições ções financeiras que operam no país
te forma até dezembro de 2021: favoráveis
ao desen-
volvimento
Teto de 5,25% a.a
equilibrado
da economia
Parâmetros da Meta de
Coordenar
as políticas
Centro de 3,75% a.a � Disciplinar o crédito e suas moda-
monetária,
lidades e as formas das operações
creditícia,
creditícias
Margem de tolerância de orçamentária,
� Estabelecer limites para a remunera-
1,5% para menos fiscal e da
ção das operações e serviços bancá-
dívida públi-
rios ou financeiros
ca interna e
Piso de 2,25% a.a
220 externa
Existem algumas atribuições do CMN que não I - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no
fizemos conexões, pois são bastante independentes. dia 1º de março do primeiro ano de mandato do
Entretanto, não deixaremos de comentá-las, pois Presidente da República;
caem bastante em provas, logo, merecem nossa aten- II - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início no
ção. São elas: dia 1º de janeiro do segundo ano de mandato do
Presidente da República;
z Expedir normas gerais de estatística e contabilida- III – O Presidente do Banco Central e 2 (dois) Direto-
de a serem apreciadas pelas instituições financei- res terão mandatos com início no dia 1º de janeiro
ras. Atente-se a esta atribuição, que costuma cair do terceiro ano de mandato do Presidente da Repú-
em questões mais elaboradas; blica; e
z Disciplinar as atividades das bolsas de valores IV - 2 (dois) Diretores terão mandatos com início
(define o que é uma bolsa de valores e o que elas no dia 1º de janeiro do quarto ano de mandato do
Presidente da República.
fazem);
z Fixar as diretrizes e normas da política cam-
bial, inclusive quanto a compra e venda de ouro Será admitida uma recondução para o Presiden-
e quaisquer operações em Direitos Especiais de te e para os Diretores do Banco Central do Brasil que
Saque e em moeda estrangeiras; houverem sido nomeados na forma da LC179/2021.
z Outorgar ao Banco Central da República do Bra- Além disso, no exercício dos mandatos, o presiden-
sil o monopólio das operações de câmbio quando te e os demais diretores do Bacen são fixos e estáveis.
ocorrer grave desequilíbrio no balanço de paga- Isso significa que, uma vez investidos nos cargos de
mentos ou houver sérias razões para prever a imi- diretos, eles só podem ser demitidos nas seguintes
nência de tal situação; hipóteses:
z Baixar normas que regulem as operações de câm-
bio, inclusive swaps, fixando limites, taxas, prazos Art. 5º [...]
I - a pedido;
e outras condições.
II - no caso de acometimento de enfermidade que
Atenção: Nas provas das bancas mais exigentes, incapacite o titular para o exercício do cargo;
é comum aparecer o CMN contextualizado com Con- III - quando sofrerem condenação, mediante deci-
são transitada em julgado ou proferida por órgão
gresso Nacional, Senado Federal e Câmara dos Depu-
colegiado, pela prática de ato de improbidade
tados. Então, temos uma regra básica que vai te ajudar
administrativa ou de crime cuja pena acarrete, ain-
em qualquer competência do CMN que possa ser per-
da que temporariamente, a proibição de acesso a
guntada e contextualizada com o Poder Legislativo. cargos públicos;
IV - quando apresentarem comprovado e recorren-
Dica te desempenho insuficiente para o alcance dos obje-
O CMN só se relaciona com o Senado Federal, ou tivos do Banco Central do Brasil.
seja, Câmara dos Deputados, nunca!
Segundo o § 1º do art. 5º da LC, na hipótese acima,
Exceto dois casos em que aparece o Congresso compete ao Conselho Monetário Nacional submeter ao
Nacional na Lei 4595/64: Presidente da República a proposta de exoneração, cujo
aperfeiçoamento ficará condicionado à prévia aprova-
Art. 4º [...] ção, por maioria absoluta, do Senado Federal.
XVI - Enviar obrigatoriamente ao Congresso Nacio- O Bacen é a autarquia executiva central do SFN,
nal, até o último dia do mês subsequente, relatório além de Supervisora, com a missão primária de garan-
e mapas demonstrativos da aplicação dos recolhi- tir a estabilidade do poder de compra da moeda
mentos compulsórios (vetado); nacional, e secundárias de zelar pela estabilidade e
[...] eficiência do SFN, suavizar as flutuações do nível de
§ 6º O Conselho Monetário Nacional encaminhará atividade econômica e fomentar o pleno emprego.
ao Congresso Nacional, até 31 de março de cada Realiza duas reuniões ordinárias semanalmente,
ano, relatório da evolução da situação monetária e
nas quais são lavradas circulares e as atividades de
creditícia do País no ano anterior, no qual descreve-
sua competência privativa; também podem ser emi-
rá, minudentemente as providências adotadas para
tidas resoluções. Sua sede fica em Brasília, e tem
cumprimento dos objetivos estabelecidos nesta
outras 9 representações nas capitais dos estados do
lei, justificando destacadamente os montantes das
Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro,
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Atenção! Autorizar o funcionamento de Institui- � Banco dos Bancos: Quando recebe os depósitos
compulsórios e voluntários das instituições finan-
ções Financeiras Estrangeiras no País, só por Decreto
ceiras, e estes voluntários, apenas oriundos dos
do Poder Executivo.
depósitos à vista;
Lei 4595/1964 z Banqueiro do Governo: Quando centraliza o cai-
xa do governo e administra as reservas internacio-
Art. 18 As instituições financeiras somente pode- nais, bem como as reservas em ouro do Brasil;
rão funcionar no País mediante prévia autorização z Banco Emissor: Quando emite o papel moeda
do Banco Central da República do Brasil ou decreto autorizado pelo CMN e fabricado pela Casa da
do Poder Executivo, quando forem estrangeiras. Moeda do Brasil;
z Emprestador de última Instância: Quando reali-
Conforme dito anteriormente, entretanto, em 2020 za o empréstimo de liquidez, ou redesconto, às ins-
tituições financeiras. Vale lembrar mais uma vez
o presidente editou o Decreto nº 10.029 que delegou
que o Bacen é proibido pela Constituição Federal
ao Bacen o poder de autorizar o funcionamento de
de emprestar dinheiro a qualquer entidade que
instituições financeiras estrangeiras. Reiteramos que
não seja uma instituição financeira.
deve ser levado em consideração que se trata de uma
delegação que pode ser avocada a qualquer momento,
Apenas para relembrar, esse empréstimo, que nós
e de um decreto que pode ser, também, revogado. já conhecemos pelo nome de redesconto do Banco
Não se esqueça de que o Bacen regulamenta o Central e que já explicamos no início da matéria, tem
câmbio (inciso XV do art. 10 da Lei 4595/64), a com- as seguintes modalidades, como vimos antes:
pensação de cheques e outros papéis e a concorrên-
cia entre as instituições financeiras. Acompanhe o § 2º z Intradia, destinado a atender necessidades de li-
do art. 18 da mesma lei: quidez de instituição financeira, ao longo do dia. É
o chamado redesconto a juros zero;
§ 2º O Banco Central da República do Brasil, no
z De um dia útil, destinado a satisfazer necessida-
exercício da fiscalização que lhe compete, regula-
des de liquidez decorrentes de descasamento de
rá as condições de concorrência entre instituições
curtíssimo prazo no fluxo de caixa de instituição
financeiras, coibindo-lhes os abusos com a aplica-
financeira;
ção da pena nos termos desta lei.
z De até quinze dias úteis, podendo ser recontrata-
do desde que o prazo total não ultrapasse quarenta
O CMN orienta a aplicação dos recursos das e cinco dias úteis, destinado a satisfazer necessi-
instituições financeiras. Também regulamenta a dades de liquidez provocadas pelo descasamento
constituição, o funcionamento e a fiscalização das de curto prazo no fluxo de caixa de instituição
instituições financeiras que operam no país. financeira e que não caracterizem desequilíbrio
O Bacen autoriza o funcionamento das institui- estrutural;
ções financeiras e também estabelece as condições z De até noventa dias corridos, podendo ser recon-
para exercer quaisquer cargos de direção nas insti- tratado desde que o prazo total não ultrapasse cen-
tuições financeiras privadas. to e oitenta dias corridos, destinado a viabilizar o
ajuste patrimonial de instituição financeira com
Dica desequilíbrio estrutural.
Zelar pela liquidez e solvência das instituições Entende-se por operação intradia a compra com
financeiras é do CMN. compromisso de revenda em que a compra e a corres-
222 Zelar pelo resto que aparecer é com o Bacen! pondente revenda ocorrem no próprio dia.
FORMAS DE REDESCONTO Vale ressaltar que existe também uma taxa Selic cha-
mada Selic Over, que é a taxa SELIC de um dia especí-
O Bacen só aceita redescontar Títulos Públi- fico, pois o que é traçado pelo Copom é uma meta, mas
Intradia cos Federais
o que acontece diariamente chama-se Selic Over; isso
(Juros Zero)
ocorre porque, como qualquer outro papel que vale
O Bacen só aceita redescontar Títulos Públi- dinheiro, os títulos públicos variam de preço todo dia.
1 dia útil cos Federais Até dezembro de 2017, o Copom podia divulgar
(Há cobrança de juros pelo Bacen)
essa Meta da Taxa Selic com um viés, ou seja, com uma
Qualquer título serve para ser redescontado, tendência de alta ou de baixa. Esse artifício era utili-
Até 15 dias desde que o Bacen entenda que é um título zado para casos extremos de variação econômica nos
úteis seguro e com garantia quais o Presidente do Copom poderia elevar ou abai-
(Há cobrança de juros pelo Bacen)
xar a taxa Selic sem, necessariamente, convocar uma
Qualquer título serve para ser redescontado, reunião extraordinária do colegiado do comitê. Entre-
Até 90 dias desde que o Bacen entende que é um título tanto, em 19 de dezembro de 2017, através da Circular
corridos seguro e com garantia 3868, o Bacen não mais autorizou ao Copom divulgar
(Há cobrança de juros pelo Bacen) Taxa Selic com vieses de alta ou de baixa, para evitar
quaisquer tipos de especulações no mercado.
Comitê de Política Monetária (Copom) As reuniões ordinárias do Copom ocorrem apro-
ximadamente de 45 em 45 dias e dividem-se em dois
Instituído em 20 de junho de 1996, tem como objetivo dias/sessões: geralmente, a primeira sessão às terças-
estabelecer as diretrizes da política monetária e definir -feiras e a segunda, às quartas-feiras.
a taxa de juros básica que será seguida pelos bancos.
O número de reuniões ordinárias foi reduzido para
O Copom é composto pelos membros da Diretoria
oito ao ano a partir de 2006, sendo o calendário anual
Colegiada do Banco Central do Brasil: o presiden-
divulgado até o fim de junho do ano anterior, admitidas
te, que tem o voto de qualidade; e os diretores de
modificações até o último dia do ano da divulgação.
Administração, Assuntos Internacionais e de Gestão
No primeiro dia das reuniões, os chefes de depar-
de Riscos Corporativos, Fiscalização, Organização do
Sistema Financeiro e Controle de Operações do Cré- tamento apresentam uma análise da conjuntura
dito Rural, Política Econômica, Política Monetária, doméstica abrangendo inflação, nível de atividade,
Regulação do Sistema Financeiro, e Relacionamento evolução dos agregados monetários, finanças públi-
Institucional e Cidadania. cas, balanço de pagamentos, economia internacional,
Também participam do primeiro dia da reunião os mercado de câmbio, reservas internacionais, mercado
chefes dos seguintes departamentos do Banco Central: monetário, operações de mercado aberto, avaliação
Departamento de Operações Bancárias e de Sistema prospectiva das tendências da inflação e expectati-
de Pagamentos (Deban), Departamento de Operações vas gerais para variáveis macroeconômicas.
do Mercado Aberto (Demab), Departamento Econô- No segundo dia da reunião, do qual participam
mico (Depec), Departamento de Estudos e Pesquisas apenas os membros do Comitê e o chefe do Depep,
(Depep), Departamento das Reservas Internacionais sem direito a voto, os diretores de Política Monetária
(Depin), Departamento de Assuntos Internacionais e de Política Econômica, após análise das projeções
(Derin) e Departamento de Relacionamento com In- atualizadas para a inflação, apresentam alterna-
vestidores e Estudos Especiais (Gerin). tivas para a taxa de juros de curto prazo e fazem
A primeira sessão dos trabalhos conta ainda com a recomendações acerca da política monetária. Em
presença do chefe de gabinete do presidente, do asses- seguida, os demais membros do Copom fazem suas
sor de imprensa e de outros servidores do Banco Cen- ponderações e apresentam eventuais propostas alter-
tral, quando autorizados pelo presidente. nativas. Ao final, procede-se à votação das propostas,
Destaca-se a adoção, pelo Decreto 3.088, em 21 buscando-se, sempre que possível, o consenso. A deci-
de junho de 1999, da sistemática de metas para a são final – a meta para a Taxa Selic e o viés, se houver
inflação como diretriz de política monetária. Des- – é imediatamente divulgada à imprensa ao mesmo
de então, as decisões do Copom passaram a ter como tempo em que é expedido Comunicado através do Sis-
objetivo cumprir as metas para a inflação definidas tema de Informações do Banco Central (SisBacen).
pelo Conselho Monetário Nacional. Segundo o mes- As atas em português das reuniões do Copom são
mo Decreto, se as metas não forem atingidas, cabe divulgadas às 8h30 da quinta-feira da semana posterior
ao presidente do Banco Central divulgar, em Carta a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de até
Aberta ao Ministro da Economia, os motivos do des- quatro dias úteis após o fim da segunda sessão, sen-
cumprimento, bem como as providências e prazo para
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Suas reuniões ordinárias são semanais, das quais É atribuição da CVM fiscalizar os seguintes merca-
são emitidas Instruções Normativas de vinculação dos de valores mobiliários:
Nacional. A comissão é responsável por regulamen-
tar, desenvolver, controlar e fiscalizar o Mercado de
z Mercado de balcão;
Valores Mobiliários do país. A CVM sempre vai ter
z Bolsas de valores.
suas atribuições ligadas aos termos “Valores Mobiliá-
rios” ou “Mercado de Capitais”.
Acompanhe o art. 3º da Lei 6.385/1976: Cabe ao CMN disciplinar as atividades das Bolsas
de Valores. Também compete ao CMN estabelecer,
Art. 3º Compete ao Conselho Monetário Nacional: para fins da política monetária e cambial, condições
I - definir a política a ser observada na organiza- específicas para negociação de contratos de derivati-
ção e no funcionamento do mercado de valores vos, independentemente da natureza do investidor.
mobiliários; Não são títulos de responsabilidade da CVM:
II - regular a utilização do crédito nesse mercado;
III - fixar, a orientação geral a ser observada pela z Títulos Públicos (Federais, Estaduais e Municipais);
Comissão de Valores Mobiliários no exercício de
z Títulos Cambiais.
suas atribuições;
IV - definir as atividades da Comissão de Valores
Mobiliários que devem ser exercidas em coordena- Estes são competência do Banco Central. Compete
ção com o Banco Central do Brasil. ao Bacen fiscalizar o Mercado de Capitais quando de
V - aprovar o quadro e o regulamento de pessoal da títulos de valores mobiliários não contemplados pela
Comissão de Valores Mobiliários Lei 6.385/76. Logo, o BACEN fiscaliza tudo o que a CVM
VI - estabelecer, para fins da política monetária não fiscalizar no Mercado de Capitais.
e cambial, condições específicas para negociação
de contratos derivativos, independentemente da
natureza do investidor (Incluído pela Lei nº 12.543,
de 2011)
§ 1o Ressalvado o disposto nesta Lei, a fiscaliza- INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
ção do mercado financeiro e de capitais con-
tinuará a ser exercida, nos termos da legislação SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL: ESTRUTURA
em vigor, pelo Banco Central do Brasil. (Incluído DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL; ÓRGÃOS
pela Lei nº 12.543, de 2011) NORMATIVOS E INSTITUIÇÕES SUPERVISORAS,
EXECUTORAS E OPERADORAS
Ou seja, tudo que não for dado como responsabi-
lidade da CVM, será do Bacen. Assim, a CVM e o CMN
Ótimo, agora sabemos tudo sobre quem normatiza
exercem as funções de:
e quem fiscaliza as instituições financeiras, mas quem
Assegurar o funcionamento eficiente e regular são de fato estas instituições financeiras?
dos mercados de bolsa e de balcão;
Proteger os titulares de valores mobiliários; Lei 4.595/1964
Evitar ou coibir modalidades de fraude ou
manipulação no mercado; Art. 17 Consideram-se instituições financeiras,
Assegurar o acesso do público a informações para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas
sobre valores mobiliários negociados e sobre as jurídicas públicas ou privadas, que tenham
companhias que os tenham emitido; como atividade principal ou acessória a cole-
Assegurar a observância de práticas comerciais ta, intermediação ou aplicação de recursos
equitativas no mercado de valores mobiliários; financeiros próprios ou de terceiros, em moeda
Estimular a formação de poupança e sua apli- nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de
224 cação em valores mobiliários. propriedade de terceiros.
Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legis- O resultado desta equação chama-se spread. Este
lação em vigor, equiparam-se às instituições termo nada mais é do que a diferença entre a receita
financeiras as pessoas físicas que exerçam das taxas de juros que o banco recebe, e as despesas
qualquer das atividades referidas neste arti- que o banco tem para captar os recursos que serão
go, de forma permanente ou eventual. emprestados.
Art. 18 As instituições financeiras somente
poderão funcionar no País mediante prévia
autorização do Banco Central da República do
Juro pago ao Juro pago pelo
Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando banco por seus banco a seus
SPREAD
BANCÁRIO
forem estrangeiras. devedores credores
z Apoiar empreendimentos que contribuam para o É importante mencionar que o depósito à vista é
desenvolvimento do país. uma das principais formas que as Instituições Finan-
ceiras têm de criar moeda escritural, ou seja, moedas
Suas linhas de apoio contemplam financiamentos que são dados em um computador, que não existem
de longo prazo e custos competitivos, para o desen- materialmente. Logo, só os captadores de depósito à
volvimento de projetos de investimentos e para vista criam moeda escritural.
a comercialização de máquinas e equipamentos
novos, fabricados no país, bem como para o incre- z Depósito a prazo ou depósito a prazo fixo:
mento das exportações brasileiras. Contribui, tam-
bém, para o fortalecimento da estrutura de capital das São depósitos em que o cliente dá ao banco um
empresas privadas e desenvolvimento do mercado de prazo para sacar o dinheiro, ou seja, o cliente não
226 capitais. A BNDESPAR, subsidiária integral, investe poderá sacar sem prévio aviso ao banco. Com isso, o
banco fica mais seguro para emprestar esse dinheiro Caderneta de Poupança
captado, portanto, paga uma remuneração, em forma
de taxa de juros, pelo prazo que o dinheiro permane- As instituições financeiras captadoras de poupan-
cer aplicado. ça são geralmente as que aplicam em financiamen-
Com esses valores o banco empresta-os para os tos habitacionais, ou seja, pegam o valor arrecadado
deficitários e nesta ponta realiza uma operação ativa, na poupança e emprestam boa parte do valor em
pois está em posição superior, uma vez que o cliente financiamentos habitacionais. Existem, no entanto,
agora deverá devolver o dinheiro ao banco. as poupanças rurais que são captadas pelos bancos
comerciais, para empréstimos no setor rural.
As instituições que captam poupança no País são:
Importante Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI), Associações
de Poupança e Empréstimo (APE) e a Caixa Econômica
Se sua prova pedir para você definir se tal opera- Federal (CEF), além de outras instituições que queiram
ção é ativa ou passiva, atente para um referencial captar, mas deverão assumir o compromisso de empres-
que a questão estiver indicando, caso contrário, tar parte dos recursos em financiamentos habitacionais.
poderá se confundir. Nosso referencial acima foi A caderneta de poupança constitui um instrumen-
o BANCO. to de aplicação de recursos muito antigo, que visa,
entre outras coisas, a aplicação com uma rentabilidade
razoável para o cliente. Esta rentabilidade é composta
Os Depósitos a Prazo Mais Comuns São o CDB e o por duas parcelas sendo uma básica e a outra variá-
RDB vel. A parcela básica chamamos de TR ou Taxa de refe-
rência, que nada mais é do que a média das Letras do
O CDB e o RDB nada mais são do que, como vimos Tesouro Nacional (tipo de título público federal pré-fi-
acima, o cliente superavitário emprestando dinheiro xado) negociadas no mercado secundário e registradas
na Selic. Já a parcela Variável é a remuneração adicio-
ao banco, para que este empreste dinheiro aos defi-
nal, que pode ser de 0,5% ao mês, aproximadamente
citários. O CDB – Certificado de Depósito Bancário é
6,17% ao ano; ou 70% da Meta da taxa Selic.
materializado quando o cliente faz um depósito, em
um banco comercial e o banco entrega um certificado
de que o cliente depositou aquele dinheiro, e pagará
uma remuneração em forma de taxa de juros, geral-
mente atrelada a outro certificado de depósito, cha-
mado CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro.
A vantagem deste papel é que pode ser “passa-
do para frente”, ou seja, pode ser endossado (para
quem nunca viu este termo, nada mais é do que poder
passar para frente). O CDB possui duas modalidades:
não pode emitir um certificado, pois não capta em to. Mas o que é um período de rendimento?
contas correntes. A instituição, então, emite apenas
um recibo, um simples recibo, que diz: “este cliente I - para os depósitos de pessoas físicas e entida-
deixou comigo um valor e eu remunerarei por uma des sem fins lucrativos, o período de rendimento
taxa de juros”, geralmente, também, o CDI. é o mês corrido, a partir da data de aniversário
O problema deste papel é que, por não ser um cer- da conta de depósito de poupança;
tificado, e sim apenas um recibo, não pode ser pas- II - para os demais depósitos, o período de ren-
sado para frente, ou seja, não pode ser endossado. dimento é o trimestre corrido a partir da data
As instituições são as Sociedades de Crédito e as Coo- de aniversário da conta de depósito de poupança.
perativas de Crédito, pois só podem captar depósito
a prazo sem emissão de certificado, ou seja, apenas E essa tal data de aniversário? O que é?
RDB. O RDB possui duas modalidades: Pré-fixado e
Pós-fixado, entretanto o RDB não possui liquidez A data de aniversário da conta de depósito de
diária, visto que não pode ser resgatado, sob hipótese poupança será o dia do mês de sua abertura, consi-
alguma, enquanto não acabar o prazo acordado com derando-se a data de aniversário das contas abertas
a instituição financeira. nos dias 29, 30 e 31 como o dia 1° do mês seguinte. 227
z 2ª O crédito dos rendimentos será efetuado: Caixas Econômicas
I - mensalmente, na data de aniversário da conta, A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está
para os depósitos de pessoa física e de entidades regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de
sem fins lucrativos; e 1969, como empresa pública vinculada ao Ministé-
II - trimestralmente, na data de aniversário no últi- rio da Economia. Trata-se de instituição assemelhada
mo mês do trimestre, para os demais depósitos. aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à
vista, realizar operações ativas e efetuar prestação
Resumindo, para você receber o rendimento da de serviços. Uma característica distintiva da Caixa é
sua poupança, é preciso deixar o recurso depositado que ela prioriza a concessão de empréstimos e finan-
até a data de aniversário da poupança, e no aniversá- ciamentos a programas e projetos nas áreas de assis-
rio dela quem ganha o presente (os juros) é você! Note tência social, saúde, educação, trabalho, transportes
urbanos e esporte. Pode operar com crédito direto ao
que para isso você deve deixar o valor depositado até
consumidor, financiando bens de consumo durá-
que o valor complete o aniversário, mas há, neste pon-
veis, emprestar sob garantia de penhor industrial
to, uma confusão entre a interpretação da lei e ques-
e caução de títulos. Conta, também, com o monopólio
tões de prova, pois a lei é bem clara ao afirmar que a do empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob con-
data de aniversário é o dia da abertura da conta e não signação e tem o monopólio da venda de bilhetes de
o dia do depósito do recurso. loteria federal. Além de centralizar o recolhimento
Entretanto, as bancas examinadoras de concursos de e posterior aplicação de todos os recursos oriundos do
bancos vêm afirmando que a conta poupança pode ter Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), inte-
28 aniversários, ou seja, um para cada dia de depósitos, gra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo
uma vez que posso realizar depósitos todo dia, e que os (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH).
depósitos nos dias 29,30 e 31 são contabilizados como
efetivamente realizados no dia 01 do mês seguinte. Cooperativas de Crédito
Desta forma, para conciliar os dois pensamen-
tos, podemos consolidar que a poupança só rende- A cooperativa de crédito é uma instituição financei-
rá se completar aniversário, e este aniversário é do ra formada por uma associação autônoma de pessoas
mês corrido para pessoas físicas e entidades sem fins unidas voluntariamente, com forma e natureza jurí-
dica próprias, de natureza civil, sem fins lucrativos,
lucrativos; e para os demais será o trimestre corrido.
constituída para prestar serviços a seus associados.
Para pessoas físicas e pessoas jurídicas sem
Deve Constar a expressão “cooperativa de crédito”.
fins lucrativos, não há incidência de tributação de
imposto de renda, entretanto devem ser declarados z Singulares: mínimo de 20 PF (algumas PJ podem
no imposto de renda; mas declarar é diferente de desde que sejam de atividades correlatas, pareci-
pagar imposto, ok? para as pessoas jurídicas com das, e que não tenham fins lucrativos)
fins lucrativos há incidência de imposto de renda
nos rendimentos trimestrais da poupança, a alíquo- Resolução 4.434/2015 As cooperativas de crédito
ta a ser cobrada será de 22,5% sobre os rendimen- singulares passam a ser classificadas nas seguintes
tos. categorias:
Note que não há obrigatoriedade de a constitui- Bancos Múltiplos com Carteira de Investimentos
ção do Banco Cooperativo ser uma S/A fechada, pois a Para fixar, relembremos a definição de Bancos
Resolução cita apenas uma S/A, deixando a critério da
Múltiplos citada anteriormente: Os bancos múltiplos
instituição essa decisão.
são instituições financeiras privadas ou públicas que
realizam as operações ativas, passivas e acessórias
Bancos Múltiplos com Carteira Comercial
das diversas instituições financeiras, por intermédio
das seguintes carteiras: comercial, de investimento
Os bancos múltiplos são instituições financeiras
e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário,
privadas ou públicas que realizam as operações ati-
de arrendamento mercantil e de crédito, financia-
vas, passivas e acessórias das diversas instituições
mento e investimento.
financeiras, por intermédio das seguintes carteiras:
Essas operações estão sujeitas às mesmas normas
comercial, de investimento e/ou de desenvolvimen-
legais e regulamentares aplicáveis às instituições sin-
to, de crédito imobiliário, de arrendamento mer-
cantil e de crédito, financiamento e investimento. gulares correspondentes às suas carteiras. A carteira
de desenvolvimento somente poderá ser operada
Essas operações estão sujeitas às mesmas normas
por banco público. O banco múltiplo deve ser cons-
legais e regulamentares aplicáveis às instituições sin-
tituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
para as negociações do mercado de capitais, que pode ou conforto para disponibilização desse montante.
ser um ambiente físico onde ocorrem as negociações, Assim sendo, o montante, de grosso modo, está con-
ou um ambiente Eletrônico onde ocorrem os Pregões. dicionado pela finalidade, risco e garantias associadas.
Surge como compensação pela antecipação do Esta modalidade de crédito é a mais comum, pois é
montante necessário para a satisfação das necessida- direcionada para diversas áreas, como: Automático,
des de consumo ou bem-estar. Do ponto de vista das Turismo, Salário/ Consignação (30% da renda, debi-
Entidades Financiadoras ou Bancos é considerado o tado do contracheque) e o CDC para bens de consu-
lucro, ou a variável que carrega a parte dos lucros. mo duráveis: carros, motos etc.
Regra geral, a taxa de juro pode ser fixa ou variá- Admite garantias reais ou fidejussórias, ou até
vel sendo que a primeira permite maiores níveis de mesmo sem garantias. Obs.: Existe ainda o CDC-I (Cré-
segurança para o consumidor, pois permite saber dito Direto ao Consumidor com Interveniência) que é
antecipadamente o valor de todos os reembolsos. Já a realizado quando o vendedor é o fiador ou avalista do
segunda reflete a evolução do mercado, sendo que, o cliente na operação, ou seja, o banco fornece crédito
consumidor terá ganhos, se a variação for para menos ao cliente, pois o vendedor está assumindo o risco da
e terá gastos adicionais se a variação for para mais. operação junto ao banco, para que este libere o recur-
De igual modo, a finalidade e garantia associada so parcelado ao cliente.
ao pedido de crédito define o prêmio ou juros que
terá de suportar, pois, considera-se que o crédito ao z Hot Money
consumo ou crédito de consumo, como os cartões de
crédito ou crédito pessoal, possuem maiores taxas de Inicialmente uma aplicação financeira de curto
juro que os créditos hipotecários para compra de casa, prazo, com alta rentabilidade. Trazido para o Brasil,
denominados créditos habitacionais. ganhou fama por ser uma linha de crédito destinada
Assim sendo, o prêmio ou os juros surgem como a Pessoas Jurídicas.
as variáveis determinantes do valor do dinheiro no Prazo de 1 até 29 dias, mas normalmente se con-
tempo, pois permite atualizar e compensar as Enti- trata por até 10 dias.
dades financiadoras do custo em conceder o crédito Para sanar problemas momentâneos de fluxo de
em detrimento de outras opções de investimento. caixa.
O prêmio ou juros está igualmente condicionado Adaptável às mudanças bruscas nas taxas de
à finalidade e garantia da operação, pois este será tão juros por ter como principal característica o curto
elevado quanto menor a importância da necessidade, prazo.
menor o valor da garantia ou maior nível de risco da
operação. z Vendor Finance
É da conjugação destes três elementos que surge a
prestação do crédito, pois esta é a junção do capital, É uma operação de financiamento de vendas
prazo e os juros. baseadas no princípio da cessão de crédito, que per-
A prestação terá maior ou menor valor a depender mite a uma empresa vender seu produto a prazo e
da taxa de juros e o tempo do empréstimo, mantendo- receber o pagamento à vista.
-se o capital constante. A operação de Vendor supõe que a empresa com-
Em outras palavras, o reembolso do montante pradora seja cliente tradicional da vendedora, pois
financiado pode ser efetuado mediante o pagamento será esta que irá assumir o risco do negócio junto ao
de prestações que serão determinadas em função do banco.
tempo e do prazo. A empresa vendedora transfere seu crédito ao
Fonte: http://www.artigonal.com/credito-artigos/3-elementos- banco e este, em troca de uma taxa de intermediação,
fundamentais-do-credito-3840068.html paga o vendedor à vista e financia o comprador.
A principal vantagem para a empresa vendedora é
Tendo por base a confiança, a concessão de crédito a de que, como a venda não é financiada diretamente
também é baseada em dois elementos fundamentais: por ela, a base de cálculo para a cobrança de impostos,
comissões de vendas e royalties, no caso de licença de
z A vontade do devedor de liquidar suas obrigações fabricação, torna-se menor.
dentro das normas contratuais estabelecidas; É uma modalidade de financiamento de vendas
z A habilidade do devedor de assim fazê-lo, ou seja, para empresas na qual quem contrata o crédito é
de pagar. o vendedor do bem, mas quem paga o crédito é o
comprador. Assim, as empresas vendedoras deixam
A vontade de pagar pode ser colocada sob o título de financiar os clientes, elas próprias, e dessa forma
Caráter, enquanto que a habilidade para pagar pode param de recorrer aos empréstimos de capital de giro
ser nominada tanto como Capacidade, quanto como nos bancos ou aos seus recursos próprios para não se
232 Capital e Condições. descapitalizarem e/ou pressionarem seu caixa.
Como em todas as operações de crédito, ocorre a “arrendador” e “arrendatário”, conforme sejam,
incidência do IOF, sobre o valor do financiamento, de um lado, um banco ou sociedade de arrenda-
que é calculado proporcionalmente ao período do mento mercantil, o arrendador, e, de outro, o clien-
financiamento. te, o arrendatário.
A operação é formalizada com a assinatura de um
convênio, com direito de regresso entre o banco e a O objeto do contrato é a aquisição, por parte do
empresa vendedora (fornecedora), e de um Contrato arrendador, de bem escolhido pelo arrendatário
de Abertura de Crédito entre as três partes (empresa para sua utilização. O arrendador é, portanto, o
vendedora, banco e empresa compradora). proprietário do bem, sendo que a posse e o usufruto,
durante a vigência do contrato, são do arrendatário.
z Compror Finance Residindo aí a principal vantagem do leasing, pois o
arrendatário, ou seja o cliente que irá usar o bem, o
Existe uma operação inversa ao Vendor, denomi- utilizará sem necessariamente ter sua propriedade, o
nada Compror, que ocorre quando pequenas indús- que em um financiamento comum não será possível,
trias vendem para grandes lojas comerciais. Neste pois o cliente estaria comprando o bem e não apenas
caso, em vez de o vendedor (indústria) ser o fiador alugando. Desta forma, o Leasing é um serviço e, por
do contrato, o próprio comprador é que funciona isso, não incide sobre suas operações o IOF, mas sim o
Imposto Sobre Serviço, o ISS.
como tal.
O contrato de arrendamento mercantil pode pre-
Trata-se, na verdade, de um instrumento que dila-
ver ou não a opção de compra, pelo arrendatário, do
ta o prazo de pagamento de compra sem envolver o
bem de propriedade do arrendador. Esta opção deve
vendedor (fornecedor).
ser indicada no momento da contratação.
O título a pagar funciona como “lastro” para o
Caso o cliente deseje/almeje ficar com o bem no final,
banco financiar o cliente que irá lhe pagar em data
deverá pagar ao Arrendador o Valor Residual Garantido
futura pré-combinada, acrescido de juros e IOF, sem
(VRG) que nada mais é do que um valor de mercado do
incidência imediata da CPMF no empréstimo. Como o
bem. Este VRG pode ser diluído nas parcelas do aluguel
Vendor, este produto também exige um contrato mãe
durante todo o contrato se assim for pactuado.
definido as condições básicas da operação que será Duas das principais vantagens do Leasing são:
efetivada quando do envio ao banco dos contratos-fi-
lhos, com as planilhas dos dados dos pagamentos que z A não incidência de IOF, e sim de ISS, o que torna
serão financiados. a operação mais barata;
z A possibilidade, para as Pessoas Jurídicas, de
z Adiantamentos ou Descontos deduzir do Imposto de Renda como despesa ope-
racional as parcelas do Leasing.
Consistem basicamente em adiantar ao cliente
ou credor, um valor referente a um crédito que este Como nos Empréstimos Normais é Possível Quitar o
receberá somente em uma data futura. Logo, aquele Leasing Antes do Prazo Definido no Contrato?
crédito já contará no caixa do cliente ou da empresa.
Sim. Caso a quitação seja realizada após os prazos
O banco, por não ser mãe do cliente, cobra uma taxa
mínimos previstos na legislação e na regulamenta-
de juros, que dimunui do valor de face do título, ou
ção (art. 8º do Regulamento anexo à Resolução CMN
valor nominal.
2.309, de 1996), o contrato não perde as caracterís-
Exemplo: Um cliente possui um título, que tem
ticas de arrendamento mercantil. Entretanto, caso
valor de face, valor escrito, de R$ 1.000,00. De posse
realizada antes dos prazos mínimos estipulados, o
desse título o cliente vai até o banco e solicita ao ban-
contrato perde sua caracterização legal de arrenda-
co que adiante a ele o valor referente àquele título. O mento mercantil e a operação passa a ser classifica-
banco cobra uma taxa de juros que diminui do valor da como de compra e venda a prazo (art. 10 do citado
de face do título um determinado valor, exemplo: o Regulamento).
banco irá cobrar R$200,00 pela antecipação. Logo, o Nesse caso, as partes devem arcar com as conse-
banco faz o crédito na conta do cliente no valor de quências legais e contratuais que essa descaracteriza-
R$800,00. O banco fica com a custódia do papel, e ção pode acarretar.
quando o devedor pagar o título, o banco ficará com
o valor de R$1.000,00. Lucrando, assim, R$200,00 na
operação.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Bem objeto do
Esses títulos podem ser boleto, cartões de cré- leasing
dito, cheques pré-datados, duplicatas e notas
promissórias.
Quando falamos de desconto de duplicatas, che-
ques ou notas promissórias, temos alguns detalhes:
Caso os títulos não sejam pagos pelo devedor, o
Arrendatário
banco tem direito de regresso contra o credor, ou Arrendador (Banco)
(Cliente)
cedente. Ou seja, se o devedor não pagar o banco vai Proprietário
Usuário
atrás do cliente (credor), para que este efetue o paga-
mento ao banco.
OBS. 1: Os bens que podem ser arrendados são móveis ou imóveis, nacionais ou estrangeiros. Para os estran-
geiros é necessário que estes estejam em uma lista elaborada pelo CMN.
OBS. 2: Sale and Leaseback (Apenas para bens Imóveis): tipo de Leasing em que o dono de um imóvel o
vende para uma Sociedade de Arrendamento, e no mesmo contrato a Sociedade de Arrendamento arrenda o bem
para o vendedor, entretanto esta modalidade só é possível no leasing financeiro e só para Pessoas Jurídicas.
OBS. 3: Os bens objetos de arrendamento mercantil – Leasing, não podem ser arrendados ao próprio fabricante do
bem, ou seja, por exemplo: A Embraer que fabrica aviões no Brasil, não pode arrendar seus aviões para si.
Consórcio
Consórcio é a reunião de pessoas naturais e jurídicas em grupo, com prazo de duração e número de cotas
previamente determinados, promovida por administradora de consórcio, com a finalidade de propiciar a seus
integrantes, de forma isonômica, a aquisição de bens ou serviços, por meio de autofinanciamento.
A administradora de consórcios é a pessoa jurídica prestadora de serviços com objeto social principal voltado
à administração de grupos de consórcio, constituída sob a forma de sociedade limitada ou sociedade anônima.
A adesão de um consorciado a um grupo de consórcio se dá mediante assinatura de contrato de participação.
Nesse contrato, devem estar previstos os direitos e os deveres das partes, tais como a descrição do bem a que o
contrato está referenciado e seu respectivo preço (que será adotado como referência para o valor do crédito e
para o cálculo das parcelas mensais do consorciado). No contrato deve haver, ainda, as condições para concorrer
à contemplação por sorteio, bem como as regras da contemplação por lance.
O interesse do grupo de consórcio prevalece sobre o interesse individual do consorciado. Os grupos de consór-
cio caracterizam-se como sociedade não personificada com patrimônio próprio, o qual não deve ser confundido
com o patrimônio dos demais grupos nem com o da administradora.
Contemplação no consórcio:
O Banco Central (BC) é responsável pela normatização, autorização, supervisão e controle das atividades do
sistema de consórcios, com foco na eficiência e solidez das administradoras e cumprimento da regulamentação
específica.
As questões inerentes às relações de consumo entre clientes e usuários das instituições financeiras e das admi-
nistradoras de consórcio estão sujeitas ao Código de Defesa do Consumidor, cabendo aos órgãos integrantes do
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) fazer a mediação dessas questões.
As administradoras de consórcio devem remeter periodicamente ao BC informações contábeis e não-contábeis
sobre as operações de consórcio.
Fonte: bcb.gov.br
CRÉDITOS ROTATIVOS
Os créditos rotativos nada mais são do que operações em que o devedor pode reutilizar o valor liberado pelo
234 banco sempre que liquidar a operação anterior.
Conta Garantida
Caracteriza-se por um valor disponibilizado pelo banco ao cliente em uma conta de não livre movimentação,
onde o mesmo só pode movimentá-la por cheque ou transferência.
Resumindo, é um saldo em uma conta que, caso o cliente não tenha fundos na sua conta corrente de livre
movimentação, esta conta cobre a emissão de cheques e outros compromissos, desde que haja aviso prévio do
pedido de movimentação, além da provável exigência de garantias para a liberação do recurso solicitado.
Cheque Especial
Crédito de caráter rotativo que se destina a cobrir emissão de cheques de clientes PF ou PJ que não tenham
saldo disponível em sua conta. Estes valores ficam disponíveis para o cliente movimentá-los com seus cheques,
cartões, TED e DOC. Os juros são mensais e não há necessidade de amortização mensal do saldo devedor, bastando
o cliente pagar os juros e IOF do período utilizado.
Para conta de depósitos à vista titulada por pessoas naturais, ou seja, pessoas físicas e por microempreen-
dedores individuais (MEI), as taxas de juros remuneratórios cobradas sobre o valor utilizado do cheque especial
estão limitadas a, no máximo, 8% (oito por cento) ao mês.
É vedado à instituição financeira impor limite superior a R$500,00 (quinhentos reais), se o cliente optar pela
contratação de limite mais baixo, ou seja, se o cliente disser que quer o menor limite possível, o banco não pode
exigir que sejam 500 reais, pode ser menor.
A alteração de limites, quando não realizada por iniciativa do cliente, deve ser feita da seguinte forma:
z No caso de redução, ser precedida de comunicação ao cliente, com no mínimo trinta dias de antecedência;
z No caso de majoração, ser condicionada à prévia autorização do cliente, obtida a cada oferta de aumento de
limite.
Os limites podem ser reduzidos sem observância do prazo da comunicação prévia, desde que verificada dete-
rioração do perfil de risco de crédito do cliente, conforme critérios definidos na política de gerenciamento do
risco de crédito.
Cartão de Crédito
Consistem, basicamente, em uma linha de crédito rotativo, onde o cliente compra com o cartão e pode pagar
de uma só vez ou parcelado.
Conforme for pagando as faturas, o crédito vai sendo liberado novamente e pode ser reutilizado.
As atividades de emissão de cartão de crédito exercidas por instituições financeiras estão sujeitas à regula-
mentação baixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pelo Banco Central do Brasil, nos termos dos arts.
4º e 10 da Lei 4.595, de 1964. Todavia, nos casos em que a emissão do cartão de crédito não tem a participação
de instituição financeira, não se aplica a regulamentação do CMN e do Banco Central.
Vale lembrar que existem as instituições de pagamento, que nada mais são do que instituições não financei-
ras que operam recebendo e processando os pagamentos dos cartões dos clientes. Estas instituições se submetem
a regulamentação do CMN e do Bacen.
Hoje no Brasil prevalece a Circular 3.885/2018 que exige solicitação de autorização para funcionamento de
instituições de pagamento, que incluem as administradoras de cartões de crédito, apenas se ultrapassarem o
parâmetro de 500 milhões de reais em transações comuns ou 50 milhões em transações pré-pagas.
Desta forma, não há uma regra que o Bacen autoriza funcionamento de administradoras de cartão, ficando
obrigatório apenas as que ultrapassarem os parâmetros acima.
Gerencia conta de pagamento do tipo pré- Exemplo: emissores dos cartões de vale-
Emissor de moeda eletrônica -paga, na qual os recursos devem ser de- -refeição e cartões pré-pagos em moeda
positados previamente. nacional.
Gerencia conta de pagamento do tipo
Exemplo: instituições não financeiras emis-
Emissor de instrumento de pa- pós-paga, na qual os recursos são de-
soras de cartão de crédito (o cartão de cré-
gamento pós-pago positados para pagamento de débitos já
dito é o instrumento de pagamento).
assumidos.
Não gerencia conta de pagamento, mas Exemplo: instituições que assinam con-
Credenciador habilita estabelecimentos comerciais para trato com o estabelecimento comercial
a aceitação de instrumento de pagamento. para aceitação de cartão de pagamento.
Não gerencia conta de pagamento, mas Exemplo: instituições que assinam con-
Credenciador habilita estabelecimentos comerciais para trato com o estabelecimento comercial
a aceitação de instrumento de pagamento. para aceitação de cartão de pagamento.
Uma mesma instituição de pagamento pode atuar em mais de uma modalidade (Fonte: bcb.gov.br) 235
Tipos de Cartão de Crédito Todas essas tarifas devem estar previstas em con-
trato e são cobradas exclusivamente pela administra-
Existem duas categorias de cartão de crédito: dora do cartão.
básico e diferenciado. O cartão básico é aquele uti-
lizado somente para pagamentos de bens e servi-
ços em estabelecimentos credenciados. Já o cartão Importante!
diferenciado é aquele cartão que, além de permitir
a utilização na sua função clássica de pagamentos de Atualmente não existe valor mínimo para paga-
bens e serviços, está associado a programas de bene- mento de fatura de cartão de crédito, ficando as
fício e/ou recompensas, ou seja, oferece benefícios instituições financeiras livres para decidir qual
adicionais, como programas de milhagem, seguro de o valor mínimo para o pagamento das faturas
viagem, desconto na compra de bens e serviços, aten- pelos clientes.
dimento personalizado no exterior etc.
O cartão de crédito básico é de oferecimento
obrigatório pelas instituições emissoras de cartão Vale destacar que caso o cliente não pague a fatu-
de crédito, quando possuem o produto cartão de cré- ra por completo, o saldo devedor será financiado pelo
dito em seu portifólio. Esse cartão básico pode ser Banco e não pela administradora do cartão, e cabe
nacional ou internacional, mas o valor da anuidade ao Banco oferecer ao cliente opções de parcelamen-
do cartão básico deve ser menor do que o valor da to alternativas mais baratas que os juros cobrados no
anuidade do cartão diferenciado, por este motivo o rotativo do cartão. Da mesma forma, caso o cliente
cartão básico não tem direito a participar de pro- queira parcelar uma fatura, pois está incapaz de efe-
gramas de recompensas oferecidos pela instituição tuar o pagamento total, quem parcelará será o Ban-
emissora. co e não a administradora do cartão, pois estas estão
Existem ainda os Retailer Cards, que são cartões proibidas pelo Bacen a realizarem tal operação.
de loja que só podem ser usados na rede da loja espe-
cifica, por exemplo: Renner e Riachuelo. E os Co-Bran- Na verdade, os financiamentos são feitos por ban-
ded Cards, que são cartões de crédito que fazem cos, pois administradoras de cartão de crédito são
parcerias com outras empresas de grande nome no proibidas de financiar seus clientes. Nesses casos,
mercado, exemplo: Itaú TAM fidelidade. o detentor do cartão de crédito aparecerá no SCR
Além dessas classificações, o Banco Central, atra- como cliente do banco, que é o real financiador da
vés da resolução CMN nº 4.549, adicionou uma outra operação intermediada pela administradora de
cartão de crédito.
classificação quanto ao pagamento dos valores das
faturas que são: cartão com rotativo regular e cartão Fonte: FAQ Sistema de Informação de Crédito – BACEN
com rotativo não regular.
O rotativo regular: Pagamento apenas do míni- Com base nisto que aprendemos, é bom saber que
mo e não parcela o restante, situação em que adere para que o cartão funcione, é preciso uma estrutura
ao crédito rotativo regular, em que se sujeita o titu- completa de instituições financeiras, credenciadores,
lar do cartão ao pagamento dos juros e dos encargos bandeiras e estabelecimentos. Mas quem é quem?
financeiros previstos em contrato, sendo vedada a Instituições Financeiras ou Emissor: É o banco
cobrança de juros adicionais punitivos (comissão de ou uma instituição não bancária que fornece o car-
permanência). tão de crédito e/ou débito para o cliente (titular do
O rotativo não regular: Pagamento de valor infe- cartão). É quem se relaciona com o titular do cartão,
rior ao mínimo, sem parcelamento: cliente fica ina- estabelecendo os limites de crédito, enviando o cartão
dimplente, podendo ser aplicados os procedimentos para utilização, emitindo as faturas e aprovando as
previstos no contrato para situações de inadimple- compras realizadas nas lojas.
mento: juros do crédito rotativo (por dia de atraso Credenciador: Responsável pela filiação dos esta-
sobre a parcela vencida ou sobre o saldo devedor não belecimentos comerciais para uso de cartões nas ope-
liquidado); multa de 2% sobre o principal; e juros de rações de venda. É responsável pelo fornecimento e
mora de 1% ao mês. Atenção! O prazo máximo de uti- manutenção dos equipamentos de captura, a trans-
lização de crédito rotativo é de 30 dias, até o venci- missão dos dados das transações eletrônicas e os cré-
mento da fatura subsequente. ditos em conta corrente do estabelecimento comercial.
Estabelecimento Credenciado: Empresa de qual-
Tarifas Cobradas quer porte, incluindo o empreendedor individual ou
profissional autônomo que aceita o sistema de cartões
Os bancos só podem cobrar 5 tarifas, considera- com suas respectivas bandeiras nas vendas de bens
das prioritárias, referentes à prestação de serviços de ou serviços.
cartão de crédito: anuidade, emissão de segunda via Bandeira: É quem licencia a marca para o emissor
do cartão, tarifa para uso na função saque (nacional e para o credenciador e coordena o sistema de apro-
ou internacional), para uso do cartão no pagamento vação, compensação e liquidação dos créditos. A Visa,
de contas e no pedido de avaliação emergencial do Mastercard, Diners Club e American Express são exem-
limite de crédito. plos de bandeiras internacionais e a Hipercard, Elo,
Podem ser cobradas ainda tarifas pela contrata- Sorocred, Sicred são bandeiras nacionais ou regionais
ção de serviços de envio de mensagem automática
relativa à movimentação ou lançamento na conta Cartão BNDES
de pagamento vinculado ao cartão de crédito, pelo
fornecimento de plástico de cartão de crédito em O Cartão BNDES é um produto que, baseado no
formato personalizado, e ainda pelo fornecimen- conceito de cartão de crédito, visa financiar os inves-
to emergencial de segunda via de cartão de crédi- timentos dos Micro Empreendedores Individuais
to. Esses serviços são considerados “diferenciados” (MEI), Micro Empresas e das micro, pequenas e
236 pela regulamentação. médias empresas de controle nacional.
Podem obter o Cartão BNDES as MPMEs (com fatu- Tarifa de Abertura de Crédito (TAC): Os bancos estão
ramento bruto anual de até R$ 300 milhões), (caso autorizados a cobrar a TAC desde que esta não exceda
a empresa pertença a grupo ou conglomerado, o fatu- 2% do limite de crédito concedido. OF (Imposto sob
ramento bruto total de todas as participantes deve ser Operação Financeira) no cartão BNDES agora pode ser
somado e não pode exceder o limite de 300 milhões), cobrado, devido ao Decreto Nº 8.511 de agosto de 2015.
sediadas no País, de controle nacional, que exer-
çam atividade econômica compatíveis com as Políti- Crédito Rural
cas Operacionais e de Crédito do BNDES e que estejam
em dia com o INSS, FGTS, RAIS e tributos federais. É uma linha de crédito barata, com taxas determi-
O cartão BNDES Agro é também um produto nadas por legislação que buscam ajudar aos produ-
baseado no conceito de cartão de crédito, entretanto é tores rurais e suas cooperativas em suas atividades.
voltado apenas para pessoas físicas e visa financiar Beneficiários:
investimentos em produtos rurais em seus negócios.
O portador do Cartão BNDES poderá comprar
z Produtor rural (pessoa física ou jurídica);
exclusivamente os itens expostos no Portal de Ope-
z Cooperativa de produtores rurais;
rações do Cartão BNDES (www.cartaobndes.gov.br)
z Pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo
por fornecedores previamente credenciados.
As 11 Instituições financeiras emissoras atuais do produtor rural, dedique-se a uma das seguintes
Cartão BNDES são: atividades:
Quais são os limites de financiamento? Como pode ser liberado o crédito rural?
Quando deve ser realizada a fiscalização do crédito As Garantias de operações de crédito existem como
rural? uma forma de proteção para os bancos e credores em
geral que querem garantir o pagamento, por parte do
Deve ser efetuada nos seguintes momentos: devedor, de compromissos assumidos por este para
com os credores. As garantias possuem dois grandes
z Crédito de custeio agrícola: antes da época previs- grupos: Fidejussórias e as Reais.
ta para colheita; As garantias Fidejussórias são relacionadas a pes-
z Empréstimo do Governo Federal (EGF): no curso soas, ou seja, a garantia passa a ser uma pessoa física
da operação; ou jurídica. Já as garantias Reais envolvem bem ou
z Crédito de custeio pecuário: pelo menos uma vez direitos que são dados em garantia do cumprimento
no curso da operação, em época que seja possível de alguma obrigação, por exemplo: veículos, imóveis,
verificar sua correta aplicação; títulos de crédito e até direitos de crédito. 239
Garantias Fidejussórias A fiança pode ser dada por qualquer pessoa capaz
física ou jurídica. Quando o fiador, pessoa física for
Do prefixo latino “fides”, fé, sinceridade, crença, casado, é obrigatório o consentimento do cônjuge.
confiança, crédito, esse tipo de garantia está baseada Na avaliação dos bens do(s) fiador (es) não se conta
na fidelidade do garantidor em cumprir a obrigação, o bem de família – único imóvel residencial – por for-
caso o devedor não o faça e, de outro lado, na confian- ça da impenhorabilidade prevista na Lei 8.009/90 e no
ça do credor, no retorno de seu crédito, seja por parte Código Civil. Esse bem de família somente pode respon-
do devedor ou por parte do garantidor. der pela dívida se for recebido em garantia hipotecária.
Nessa garantia, a assinatura do garantidor será a Fiança Bancária: Nada mais é do que um contra-
garantia do cumprimento das obrigações assumidas to por meio do qual o banco, que é o fiador, garante
pelo devedor, ou até mesmo os bens pessoais do o cumprimento da obrigação de seus clientes (afian-
garantidor respondem pelo cumprimento da dívida çado) e poderá ser concedido em diversas modalida-
do devedor. Nesta categoria, estão o aval e a fiança. des de operações e em operações ligadas ao comércio
internacional.
A fiança nada mais é do que uma obrigação escri-
z Aval: Ato pelo qual alguém, pela aposição de sua
ta, acessória, assumida pelo banco, e que, por se tratar
assinatura no verso ou anverso de um título de
de uma garantia e não de uma operação de crédito,
crédito, declara-se responsável solidariamente
está isenta do IOF.
com o devedor pelo pagamento da quantia expres-
Os Bancos somente poderão prestar fiança que
sa no título. tenha perfeita caracterização do valor em moeda
nacional e vencimento, ou seja, o prazo de validade
Ou seja, o Aval é uma garantia dada em Títulos de da fiança.
Crédito e é solidária, ou seja, tanto o devedor como Além disso, os bancos não poderão contratar fian-
seu garantidor, o avalista, podem ser executados pelo ças que acumulem valor superior a 5 vezes o montan-
credor na ordem que este preferir. Desta forma, dize- te dos seus capitais realizados e reservas livres, bem
mos que o aval é avacalhado, ou seja, bagunçado e como as fianças não poderão, isoladamente, superar
sem ordem de execução. a metade da soma dos recursos livres e dos capitais
O novo Código Civil exige a autorização do cônju- realizados.
ge, casado sob o regime de comunhão parcial e total É vedado aos bancos:
de bens, para a prestação de aval, sob pena de invali-
dade das respectivas garantias. z A assunção de responsabilidades por aval ou
No aval, o garantidor promete pagar a dívida, caso outorga de aceite;
o devedor não o faça. Vencido o título, o credor pode z A concessão de fiança ou qualquer outra garantia
cobrar indistintamente do devedor ou do avalista. que possa, direta ou indiretamente, ensejar aos
O aval é uma garantia tipicamente cambiária, ou seja, favorecidos a obtenção de empréstimos em geral,
não vale em contrato, somente pode ser passado ou o levantamento de recursos junto ao público;
em títulos de crédito e o avalista se responsabiliza z A concessão de aval ou fiança em moeda estran-
apenas pelo valor expresso no título avalizado. geira ou que envolva risco de variação de taxas
Fiança Pessoal: É um contrato por meio do qual de câmbio, exceto quando se tratar de operações
alguém, chamado fiador, garante o cumprimento da ligadas ao comércio exterior.
obrigação do devedor, caso este não o faça, ou garante
o pagamento de uma indenização ou multa pelo não A prestação de fiança pela Caixa Econômica Fede-
cumprimento de uma obrigação de fazer ou de não ral depende de prévia e expressa autorização deste
fazer do afiançado. A fiança é uma garantia dada em Banco Central, em cada caso. As Sociedades de Crédi-
contratos, ou seja, diferentemente do aval, a fiança to, Financiamento e Investimentos não poderão pres-
exige um contrato para ser formalizada. tar fiança nem aval.
Na fiança, existem três figuras distintas: As informações anteriores não se aplicam aos ban-
cos privados de investimento ou de desenvolvimento,
os quais ficam regulados, no particular, pela Resolu-
z O Fiador: aquele que se obriga a cumprir a obriga-
ção nº 18, de 18 de fevereiro de 1966. As demais Insti-
ção, caso o devedor não o faça;
tuições Financeiras, inclusive Cooperativas de Crédito
z O Afiançado: é o devedor principal da obrigação
e Seção de Crédito das Cooperativas Mistas, não pode-
originária da fiança,
rão outorgar aceite, fiança ou aval.
z O Beneficiário: é o credor, aquele a favor do qual
a obrigação deve ser cumprida. Garantias Reais
A fiança, em relação ao crédito, representa uma Como vimos na garantia pessoal, os bens gerais do
obrigação subsidiária, ou seja, ela só existe até o garantidor asseguram o cumprimento da obrigação.
limite estabelecido e somente pode ser cobrada Já na garantia real (do latim res=coisa), o devedor ou
caso o devedor não pague a dívida afiançada. garantidor destaca um bem específico que garantirá
A fiança é subsidiária, o que permite o direito o ressarcimento do credor, na hipótese de inadim-
de ordem na execução da dívida, ou seja, o fiador, plência do devedor. Diante da hipótese de inadimple-
ou codevedor, só efetivamente será executado após mento do devedor, o credor pode oferecer à venda o
cobrança ao devedor principal. bem onerado, pagando-se com o preço obtido, devol-
Para ser solidária, ou seja, para que o fiador possa vendo ao devedor a diferença entre o valor da dívida
ser compelido a pagar, independentemente de o deve- e o preço alcançado na venda. Caso o preço da venda
dor já ter ou não sido acionado para fazê-lo, deverá não baste para a liquidação da dívida, o devedor
240 conter cláusula específica. continua obrigado ao pagamento da diferença.
O credor com garantia real não necessita habilitar- Hipoteca – Direito real de garantia, constituído
-se em concordata do devedor, visto que o bem garan- sobre imóvel do devedor ou de terceiros, sem tirá-
tidor da operação já está destacado em sua garantia. -lo da posse direta do proprietário, objetivando sujei-
Na hipótese de falência, vendido o objeto garantidor, tá-lo ao pagamento da dívida.
primeiramente o credor é pago e, restando algum Ou seja, diferentemente da alienação fiduciária,
valor, é esse distribuído entre os credores quirogra- aqui o devedor dá o bem em garantia, mas continua
fários. Se o valor da venda não for suficiente para o o dono dele, ou seja, não há transferência de pro-
ressarcimento do credor, esse deverá habilitar-se no priedade do devedor para o credor, mas apenas a
processo de falência pela diferença, na qualidade de sinalização de que aquele imóvel é uma garantia de
credor quirografário. uma operação de crédito e, caso ele seja vendido, o
valor arrecadado será voltado preferencialmente a
Penhor quitação da dívida contraída.
A hipoteca pode ser formalizada em um Instru-
Penhor Mercantil – Contrato acessório e formal, mento à parte ou por cláusula adjeta a contratos de
em que o devedor, ou outra pessoa por ele, entrega empréstimos, mas em qualquer caso é obrigatória a
ao credor um ou vários bens móveis, como garantia averbação na matrícula do imóvel junto ao Cartório
de obrigação. de Registro de Imóveis.
Quando o imóvel for de propriedade de pessoa
física casada, é obrigatório o comparecimento de seu
Importante! cônjuge na hipoteca.
Finalmente, convém salientar que toda garan-
O bem, objeto dessa garantia, obrigatoriamente
tia é acessória de uma obrigação principal e que,
fica na posse do banco ou de quem este indi-
portanto, com a extinção da obrigação principal, a
car como fiel depositário. A Propriedade é do garantia deixa de existir. Por outro lado, a garantia
devedor! se prende somente à obrigação garantida, não poden-
do, por ato unilateral do credor se estender a outra
O contrato lastreado por garantia de penhor mer- obrigação, ainda que as partes sejam as mesmas.
cantil é levado a registro no Cartório de Títulos e
Documentos, para que surta os efeitos legais contra FUNDO GARANTIDOR DO CRÉDITO
terceiros. A origem/propriedade do bem a ser penho-
rado é comprovada através de documentação hábil. Em agosto de 1995, através da Resolução 2.197,
De acordo com o Código Civil, extingue-se o penhor: de 31/08/1995, o Conselho Monetário Nacional - CMN
autoriza a “constituição de entidade privada, sem fins
z Extinguindo-se a obrigação; lucrativos, destinada a administrar mecanismos de
z Perecendo a coisa; proteção a titulares de créditos contra instituições
z Renunciando o credor; financeiras”.
z Confundindo-se na mesma pessoa as qualidades Em novembro de 1995, o Estatuto e Regulamento
de credor e de dono da coisa; da nova entidade são aprovados. Cria-se, portanto,
z Dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a o Fundo Garantidor de Créditos - FGC, associação
venda da coisa empenhada, feita pelo credor ou civil sem fins lucrativos, com personalidade jurí-
por ele autorizada. dica de direito privado, através da Resolução 2.211,
de 16/11/1995.
Alienação Fiduciária: É a garantia representa- O FGC tem por objetivos prestar garantia de crédi-
da pela transferência da propriedade resolúvel tos contra instituições dele associadas, nas situações
do bem móvel para o credor fiduciante, ficando o de:
devedor fiduciário na posse direta desse bem, na
condição de fiel depositário, até o cumprimento total z Decretar da intervenção ou da liquidação extraju-
das obrigações. dicial de instituição associada;
Essa garantia veio resolver o problema das Socie- z Reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil,
dades Financeiras que, ao financiar a aquisição de do estado de insolvência de instituição associada
bens móveis, utilizava-se de institutos obsoletos para que, nos termos da legislação em vigor, não estiver
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
garantir o pagamento da obrigação. Esta garantia é sujeita aos regimes referidos no item anterior.
típica em financiamento de bens duráveis.
Para o credor, esse tipo de garantia trouxe a novi- Integra também o objeto do FGC, consideradas
dade de, caso o devedor não liquide sua obrigação as finalidades de contribuir para a manutenção da
no vencimento, poderá requerer a ação de busca e estabilidade do Sistema Financeiro Nacional e pre-
apreensão do bem alienado e, após se apossar des- venção de crise sistêmica bancária, a contratação de
se, vendê-lo a terceiros, aplicando o valor de venda operações de assistência ou de suporte financeiro,
no pagamento de seu crédito, ou seja, com a alienação incluindo operações de liquidez com as instituições
fiduciária, o bem pode ser executado sem o tramite associadas, diretamente ou por intermédio de empre-
judicial completo, bastando o devedor ser declara- sas por estas indicadas, inclusive com seus acionistas
do irremediavelmente insolvente, ou seja, não vai controladores.
pagar de jeito nenhum.
No entanto, convém salientar que o credor não Critérios para Pagamento
pode ficar com o bem objeto da garantia, devendo
vendê-lo, utilizando-se do valor da venda na liquida- O pagamento é realizado por CPF/CNPJ e por insti-
ção da operação. tuição financeira ou conglomerado. 241
Limite de Cobertura Ordinária
COMO ERA
Até R$250.000,00 por CPF, por conta ou conglome- Garantia de até R$ 250 mil por CPF/CNPJ e conglo-
rado financeiro. Se a conta possuir mais de um titular, merado financeiro, em depósitos cobertos pelo Fundo
o valor de 250 mil será dividido pelo número de titu- Garantidor de Créditos e emitidos por instituições as-
lares, ou seja, não são 250 mil por cada, mas sim por sociadas à entidade.
todos, ok? Não havia teto para garantia paga pelo FGC por CPF ou
CNPJ em qualquer período.
Adesão Compulsória
Investidores não-residentes não contavam com a ga-
rantia do FGC.
A adesão das instituições financeiras e as associa-
ções de poupança e empréstimo em funcionamento COMO FICOU
no País - não contemplando as cooperativas de crédito
Limite permanece inalterado.
e as seções de crédito das cooperativas, é realizada de
forma compulsória. As autorizações do Banco Central Teto de R$ 1 milhão por CPF ou CNPJ, a cada período
do Brasil para funcionamento de novas instituições de 4 anos, para a garantia paga pelo FGC.
financeiras estão condicionadas à adesão ao FGC. Investidores não-residentes passam a contar com a ga-
O FGC possui norma legal que explicita os critérios rantia, para investimentos elegíveis.
e limites de proteção ao Sistema Financeiro Nacional
- Resolução 4.222, de 23 de maio de 2013.
O FGCOOP – Fundo Garantidor do Cooperativismo
Depósitos Garantidos
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou
resolução que estabelece a forma de contribuição
z Depósitos à vista (contas correntes) das instituições associadas ao Fundo Garantidor do
z Depósitos de poupança; Cooperativismo de Crédito (FGCoop), bem como
z Depósitos a prazo CDB e RDB; aprova seu estatuto e regulamento. Conforme previs-
z Depósitos mantidos em contas não movimentáveis to na Resolução nº 4.150, de 30/10/2012, esse fundo
por cheques destinadas a salários; terá como instituições associadas todas as cooperati-
z Letras de câmbio; vas singulares de crédito do Brasil e os bancos coo-
perativos integrantes do Sistema Nacional de Crédito
z Letras hipotecárias;
Cooperativo (SNCC).
z Letras de crédito imobiliário; De acordo com seu estatuto, o FGCoop tem por
z Letras de crédito do agronegócio (LCA); objetivo prestar garantia de créditos nos casos de
z Operações compromissadas que têm como objeti- decretação de intervenção ou de liquidação extraju-
vo títulos emitidos após 8 de março de 2012 por dicial de instituição associada, até o limite de R$250
empresa ligada. mil reais por pessoa, bem como contratar operações
de assistência, de suporte financeiro e de liquidez com
Para que o fundo possua recursos, são necessárias essas instituições.
A contribuição mensal ordinária das instituições
contribuições MENSAIS das instituições que fizeram
associadas ao Fundo será de 0,01% dos saldos das
adesão ao FGC.
obrigações garantidas, que abrangem as mesmas
A contribuição ordinária é de 0,01% e as espe- modalidades protegidas pelo Fundo Garantidor de
ciais, para garantir os DPGEs (Depósitos a Prazo com Créditos dos bancos, o FGC.
Garantia Especial) de 0,02% com garantias reais e
0,03% sem garantias reais. Essas garantias reais, são
bens ofertados em garantia pela instituição financeira Importante!
para cobrir eventuais problemas de liquidez. As Cooperativas de Crédito e os Bancos Coope-
Atenção, pois as Letras Imobiliárias não são mais rativos não fazem mais parte do FGC, apenas
garantidas pelo FGC. fazem parte do FGCOOP. O FGCOOP (Fundo
A regra padrão é que o FGC garante os depósitos Garantidor do Cooperativismo) que tem as mes-
até 250 mil reais por CPF/conta ou conglomerado mas coberturas do FGC, mesmos critérios e
financeiro, entretanto para o DPGE – Depósitos a Pra- mesmos objetivos.
zo com Garantia Especial do FGC – a garantia é de até
40 milhões de reais, o que o torna especial. Vale des-
tacar que nesta modalidade de investimentos não se
PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS
admite conta conjunta, mas apenas individual, desta
forma não há de se falar em dividir os 40 milhões para SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS
2 ou mais pessoas na mesma conta.
Essa modalidade de depósitos exige valor míni- O Subsistema Normativo
mo inicial de 1 milhão de reais e prazo mínimo de 12 Dentro do sistema de seguros privados, nós temos,
meses e máximo de 24 meses. assim como no sistema financeiro que vimos anterior-
Algumas mudanças que ocorreram no FGC em mente, uma estrutura composta por órgão normativo,
242 2017. entidade supervisora e os operadores.
Neste sistema, nós temos como órgão normativo o O Subsistema Operador do Sistema de Seguros
Conselho Nacional de Seguros Privados, o CNSP, res- Privados
ponsável por fixar as diretrizes e normas da política
de seguros privados. Ele é composto pelo Ministro da As instituições a seguir são subordinadas ao CNSP
Economia (Presidente), representante do Ministério e a SUSEP, que regulamentam seu funcionamento e
da Justiça, representante da Secretaria da Previdência fiscalizam suas atuações neste mercado.
Social, Superintendente da Superintendência de Segu-
ros Privados, representante do Banco Central do Brasil Sociedades de Capitalização
e representante da Comissão de Valores Mobiliários.
São atribuições do CNSP: Constituídas sob a forma de sociedades anô-
nimas, elas negociam contratos (títulos de capita-
z Fixar diretrizes e normas da política de seguros lização) que têm por objeto o depósito periódico de
privados; prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá,
z Regular a constituição, organização, funcionamen- depois de cumprido o prazo contratado, o direito de
to e fiscalização dos que exercem atividades subor- resgatar parte dos valores depositados corrigidos por
dinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, uma taxa de juros estabelecida contratualmente; con-
bem como a aplicação das penalidades previstas; ferindo, ainda, quando previsto, o direito de concor-
z Fixar as características gerais dos contratos de rer a sorteios de prêmios em dinheiro.
seguro, previdência privada aberta, capitalização
e resseguro; O Título de Capitalização (Circular 569/2028)
z Estabelecer as diretrizes gerais das operações de
resseguro; É um produto em que parte dos pagamentos reali-
z Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e do IRB; zados pelo subscritor (adquirente) e usado para for-
z Prescrever os critérios de constituição das Sociedades mar um capital mínimo, segundo cláusulas e regras
Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdên- aprovadas e mencionadas no próprio título (Condições
cia Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos Gerais do Título), e que, além disso, será pago em moe-
limites legais e técnicos das respectivas operações; da corrente nacional em um prazo máximo esta-
z Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão belecido no contrato, dando também ao adquirente/
de corretor. subscritor o direito a participação em sorteios.
Os prazos dos títulos de capitalização são:
Para auxiliar o CNSP, foi criada a SUSEP (Superin-
tendência de Seguros Privados) que é a autarquia z Prazo de Pagamento: é o período durante o qual o
responsável pelo controle e fiscalização dos mercados Subscritor compromete-se a efetuar os pagamen-
de seguro, previdência privada aberta, capitalização tos que, em geral, são mensais e sucessivos. Outra
e resseguro. A autarquia, vinculada ao Ministério da possibilidade, como colocada acima, é a de o título
Economia, foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de ser de Pagamento Periódico (PP) ou de Pagamento
novembro de 1966, e sua missão é desenvolver os Único (PU);
mercados supervisionados, assegurando sua estabili- z Prazo de Vigência: é o período durante o qual o
dade e os direitos do consumidor. Título de Capitalização está sendo administrado pela
São atribuições da SUSEP: Sociedade de Capitalização, sendo o capital relativo
ao título, em geral, atualizado monetariamente pela
z Fiscalizar a constituição, organização, funciona- TR e capitalizado pela taxa de juros informada nas
mento e operação das Sociedades Seguradoras, de Condições Gerais. É o prazo que compreende o iní-
Capitalização, Entidades de Previdência Privada cio e o fim do título, ou seja, o prazo em que o cliente
Aberta e Resseguradores, na qualidade de execu- ou subscritor concorre aos sorteios;
tora da política traçada pelo CNSP; z Prazo de Carência: é o período em que o subscri-
z Atuar no sentido de proteger a captação de pou- tor (cliente) não pode solicitar o resgate da capita-
pança popular que se efetua através das operações lização, mesmo com perdas. Esse prazo é máximo
de seguro, previdência privada aberta, de capitali- de 24 meses em qualquer modalidade.
zação e resseguro; Formas de pagamento:
z Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores
dos mercados supervisionados; z Por Mês (PM)
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Define-se como Modalidade Popular o Título de z Cota de Capitalização: parte que é destinada a
Capitalização que tem por objetivo propiciar a partici-
acumulação do capital, corrigira monetariamente
pação do titular em sorteios, sem que haja devolução
integral dos valores pagos. Tem vigência mínima de por um índice fixado no contrato. Deve ser maior
12 meses e carência mínima de 60 dias para resgate. que as demais cotas;
A Tele Sena é um ótimo exemplo desta modalidade. z Cota de sorteio: parte destinada ao pagamento
dos prêmios aos sorteados;
z Modalidade Incentivo: z Cota de Carregamento: parte destinada as despe-
Entende-se por Modalidade Incentivo o Título de sas administrativas da sociedade de capitalização
Capitalização que está vinculado a um evento promo- com a administração do título.
cional de caráter comercial instituído pelo Subscritor
para alavancar as vendas de seus produtos ou servi- Os valores dos pagamentos são fixos?
ços ou para fidelizar seus clientes. Nos títulos com vigência igual a 12 meses, os paga-
O subscritor neste caso é a empresa que compra o mentos são obrigatoriamente fixos. Já nos títulos com
título e o cede total ou parcialmente (somente o direi- vigência superior, é facultada a atualização dos paga-
to ao sorteio) aos clientes consumidores do produto
mentos, a cada período de 12 meses, por aplicação de
utilizado no evento promocional.
Tem prazo de vigência mínimo de 60 dias e prazo um índice oficial estabelecido no próprio título.
de 60 dias de carência para resgate.
O resgate é sempre inferior ao valor total que foi
z Modalidade de instrumento de garantia: pago?
Permite que o título de capitalização seja utilizado
como uma garantia ou caução. Com isso, o título de capi- Não. Alguns títulos possuem ao final do prazo de
talização passa a ser uma alternativa ao seguro garan- vigência um percentual de resgate igual ou até mesmo
tia e à fiança à locação ou obrigação com terceiros. superior a 100%, isto é, se fosse, por exemplo 100%,
O título só poderá ser resgatado pelo terceiro, caso significaria que o titular receberia ao final do prazo
o contrato seja quebrado pelo subscritor/adquirente de vigência, tudo o que pagou, além da atualização
do título, desta forma não se fala de carência para res- monetária, que é o caso do produto Tradicional.
gate. O subscritor/ adquirente poderá resgatar o título
durante a vigência, entretanto, só poderá fazê-lo com
ENTIDADES ABERTAS DE PREVIDÊNCIA
a anuência do terceiro.
A vigência mínima será de 6 meses. COMPLEMENTAR
Seguros contra indenizações por danos materiais ou lesões corporais a terceiros por
3 Responsabilidades
culpa involuntária do segurado
8 Crédito em (“run off”) Seguros de crédito à exportação e contra riscos comerciais e políticos
Seguros coletivos de vida e acidentes pessoais, vida com cobertura para risco de so-
9 Pessoas Coletivo
brevivência, prestamista e educacional
10 Habitacional Seguros contra riscos de morte e invalidez do devedor e de danos ao imóvel financiado
Seguros individuais de vida e acidentes pessoais, vida com cobertura para risco de
13 Pessoa Individual
sobrevivência, prestamista e educacional
Fonte: Susep
Bom pessoal, muitos de nós já fomos a algum banco, alguma vez, para abrir, ou assistir alguém abrir uma con-
ta. A conta que abrimos no banco nada mais é do que um contrato, e como tal precisa de regras e de orientações
sobre sua forma.
Lembrando que esse contrato é composto por uma ficha-proposta e um cartão de assinatura.
A ficha-proposta deve conter no mínimo: Qualificação do depositante, endereço residencial e comercial
completos, telefone com DDD, referencias pessoais, data da abertura da conta e o número dessa conta, e a assina-
tura do depositante.
Estas orientações estão contidas na Resolução CMN nº 4753/2019, que dita às regras básicas que devem nor-
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
z Documento de identificação (carteira de identificação ou equivalente, como, por exemplo, a carteira nacional
de habilitação, passaporte, CTPS, carreiras de órgão de classe);
z Inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF);
z Comprovante de residência.
Para que exista uma pessoa física, basta que esta nasça com vida. Ela se extingue com a morte do indivíduo.
É facultado à instituição financeira abrir, man- z Pode ser encerrada por ambas as partes, cliente ou
ter ou encerrar contas de depósito caso o cliente banco, desde de que acompanhada de aviso prévio,
esteja inscrito no CCF – Cadastro de Emitente de Che- por meio de carta registrada ou meio eletrônico;
ques sem Fundos. z Informar se há cheques a serem compensados,
O cliente será incluído no CCF nas seguintes pois havendo, o banco pode ser negar encerrar
condições: a conta, sem a devida comprovação de que eles
foram liquidados;
z Devolução de cheque sem provisão de fundos na z Devolver as folhas de cheque restantes ou decla-
segunda apresentação; rar que as inutilizou;
z Devolução de cheque por conta encerrada; z Deixar depositado na conta valores para com-
z Devolução de cheque por pratica espúria. (práti- pensar débitos e compromissos assumidos na
250 cas ilegais). relação do cliente com o banco.
Atente para algumas informações: ao sacado. Caso não realize o pagamento, o banco
pode lançar o nome do sacado em protesto ou até
z Pessoas Físicas com idade entre 16 e 18 anos, não mesmo aos órgãos de proteção ao crédito.
emancipadas, podem ter conta de depósitos, e
acesso a crédito também, desde que na abertura Ainda sobre cobrança, existe um evento chamado
ou na assinatura do contrato sejam assistidas por float, que nada mais é do que quando o banco recebe
seus responsáveis legais!; um título de cobrança (boleto) a favor do cedente X,
z Já as Pessoas Físicas com idade inferior a 16 anos, porém só repassa a quantia correspondente depois
podem ter contas de depósitos, e devem ser repre- de 3 dias. Durante esse período (float) o Banco perma-
sentadas por seus representantes legais; nece com o recurso, a custo zero, investe a quantia.
z Pessoas Físicas com Deficiência Visual podem Para que isso existe deve estar previsto no contrato da
ter contas de depósitos, e até firmar contratos de
prestação do serviço. Geralmente essa liberdade dada
empréstimo, desde que sejam assistidas por duas
ao banco deixa as tarifas de cobrança mais baratas.
testemunhas e que o contrato seja lido em voz alta;
z Os residentes e domiciliados no exterior podem
ter conta no Brasil, mas as movimentações ocor-
Cedente Mercadoria Sacado
ridas em tais contas caracterizam ingressos ou saí-
das de recursos no Brasil e, quando em valor igual Credor Devedor
ou superior a R$10 mil, estão sujeitas a comprova-
ção documental, registro no sistema informatizado Aceita A
do Banco Central e identificação da proveniência
e destinação dos recursos, da natureza dos paga-
mentos e da identidade dos depositantes e dos
beneficiários das transferências efetuadas. (Lem- Banco
brando que só instituições autorizadas a operar Cobrador
com câmbio podem ter esse tipo de conta).
COBRANÇA
FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Um dos serviços mais desenvolvidos pelos bancos
Um fundo de investimento é uma comunhão de
atualmente é a cobrança, um serviço indispensável para
recursos, captados de pessoas físicas ou jurídicas, com
qualquer banco comercial. Com este instrumento, os
o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da
bancos estreitaram seu relacionamento com os clien-
aplicação em títulos e valores mobiliários. Um fun-
tes, PF e PJ, e engordaram as aplicações com recursos
do é organizado sob a forma de condomínio, e seu
transitórios em títulos. Vamos ver como isso acontece.
patrimônio é dividido em cotas, cujo valor é calcu-
Quando um cliente vende algo para alguém, bem
lado diariamente por meio da divisão do patrimô-
ou serviço, emite um boleto ou bloqueto, estes pos-
nio líquido pelo número de cotas em circulação.
suem código de barras, logo podem transitar pelos
Em outras palavras é como um condomínio que reúne
serviços de compensação, sem sua movimentação físi-
recursos de um conjunto de investidores (cotistas),
ca. Vimos, inclusive, que estes boletos transitam pelo
com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da
SILOC, até o VLB 25mil. Boletos de valor igual ou supe-
aquisição de uma carteira de títulos ou valores mobi-
rior ao VLB 250 mil transitam diretamente no STR.
liários. Se o gestor do fundo fizer um bom trabalho, o
Nesta história nós temos três personagens:
patrimônio do fundo aumentará, aumentando o valor
z O Credor ou cedente – cliente do banco que irá das cotas do fundo.
emitir ou contratar os serviços de emissão boletos Quando este fundo dá um bom resultado, ou seja,
de cobrança; lucro, este valor é distribuído proporcionalmente ao
z O Banco – instituição que disponibiliza o programa número de cotas de cada participante.
para emissão destes boletos, e que pode realizar a É a comunhão de recursos sob a forma de condo-
cobrança de duas formas: simples¹ ou registrada². mínio em que os cotistas têm os mesmos interesses
z O devedor ou sacado – cliente do credor que adqui- e objetivos ao investir no mercado financeiro e de
riu produto ou serviço, e pagará o boleto emitido. capitais, ou seja, todos têm os mesmos direitos, e o
valor das cotas é igual para todos.
A cobrança como falamos anteriormente, é um Funciona exatamente como um condomínio de
produto de relacionamento entre banco e cliente apartamentos, em que cada condômino é dono de
(cedente). Com isso o cedente possui conta no banco uma cota (um apartamento) e paga a um terceiro para
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
e os valores resultantes da cobrança são creditados administrar e coordenar as tarefas do prédio (o síndi-
diretamente na conta do cedente, em D+0 ou D+1, a co). Nele são estabelecidas as regras de funcionamen-
depender do que for pactuado. to (horário de funcionamento da piscina, do salão de
Graças ao sistema de compensação, o sacado festas, de música alta nas dependências dos aparta-
(devedor) pode pagar o título em qualquer praça, até mentos, entre outras). Essas regras são seguidas por
a data do vencimento. Após o vencimento, somente na todos os moradores, sem exceção.
agencia bancaria do cedente ou emissor do título. Um fundo de investimento funciona da mes-
ma forma. Os cotistas (os moradores) compram uma
z A cobrança simples é a mera emissão dos boletos. quantidade de cotas ao aplicar, e pagam uma taxa
O cedente preenche, emite, envia e especifica o ban- de administração a um terceiro (o Gestor, o síndico)
co onde deve ser pago, tudo isso sem aviso prévio ao para coordenar as tarefas do fundo e gerenciar seus
banco. Quando do pagamento, o banco envia uma recursos no mercado. Ao comprar cotas de um deter-
informação ao cliente e credita em sua conta; minado fundo, o cotista está aceitando suas regras
z A cobrança registrada é mais completa, pois o ban- de funcionamento (aplicação, resgate, horários, cus-
co vai processar a emissão dos títulos, com base em tos etc.), e passa a ter os mesmos direitos dos demais
informações previamente enviadas pelo cedente, e cotistas, independentemente da quantidade de cotas
vai processar inclusive a cobrança do pagamento que cada um possui. 251
Agora, imagine que você não mora num prédio, O formulário de informações complementares é
portanto está fora do condomínio, e precisa escolher documento de natureza virtual, que deve ser disponibi-
quem vai fazer a manutenção da piscina e da quadra lizado pelo administrador e pelo distribuidor do fundo
esportiva ou quem vai contratar os seguranças. Pro- em seus sites. Trata-se de um documento de caracterís-
vavelmente, terá mais trabalho para encontrar esses tica mais dinâmica, que fornece informações comple-
prestadores de serviços e gastará mais. Se estivesse mentares sobre o fundo, contendo, entre outras:
num condomínio, essa seria uma tarefa para o sín-
dico, com a vantagem de poder ratear com os outros z Local, meio e forma de divulgação de informações
condôminos esses custos. do fundo;
Situação semelhante poderia acontecer com você, z Local, meio e forma de solicitação de informações
caso estivesse sozinho no mercado financeiro. Cabe- pelo cotista;
ria a você escolher os ativos para compor uma car- z Exposição dos fatores de riscos inerentes à compo-
teira de investimento. Isso significa analisar com sição da carteira do fundo;
frequência riscos, nível de endividamento e expecta- z Descrição da tributação aplicável ao fundo e a seus
tiva de resultados de cada empresa da qual você com- cotistas, contemplando a política a ser adotada
prou ação ou de cada banco do qual você adquiriu um pelo administrador quanto ao tratamento tributá-
CDB. Isso daria muito trabalho, logo, você entrando rio perseguido;
em um grupo, este grupo terá um gestor, e esse gestor z Descrição da política de administração de risco;
se preocupará com isso para você. z Política de distribuição de cotas, inclusive no que
se refere à descrição da forma de remuneração
Fonte: XP Investimentos dos distribuidores.
Quando o investidor vai aderir a um fundo, ou con- Lâmina de Informações Essenciais
domínio, ele deve atestar, mediante termo apropriado, A instrução CVM 522, de 08 de maio de 2012,
que recebeu o Regulamento, e que tomou ciência da que promoveu alterações na instrução 409, trouxe
política de investimentos e dos riscos do produto, modificações na Lâmina de Informações Essenciais,
além disso deve ser disponibilizado para eletronicamen- documento já utilizado no mercado para a venda de
te o Formulário de Informações Complementares. fundos de investimento para investidores de varejo. A
Caso o investidor que comprou parte desse fun- ideia é padronizar o material utilizado, de forma que
do queira vender, ele pode? os investidores possam melhor comparar os fundos.
Nas mudanças, a lâmina passa a conter as informa-
Isso vai depender. Existem dois tipos de fundos: ções mais importantes em formato simples e sempre
Abertos e Fechados. na mesma ordem. Além das informações sobre taxas
Os Fundos Abertos permitem que o investidor res- e despesas, a lâmina traz uma tabela com os retornos
gate o valor aplicado a qualquer momento, ou seja, dos últimos cinco anos, que enfatiza a existência, caso
ele pode reaver seu dinheiro, logo, será um fundo de exista, de anos com rentabilidade negativa, além de
alta liquidez. O resgate será feito com base no valor outras mudanças, conforme disposto na instrução.
em que a cota estiver valendo no mercado. Embora A lâmina deve ser atualizada mensalmente até o
existam fundos que pedem prazo de carência para res- dia 10 (dez) de cada mês com os dados relativos ao
gate, por exemplo: 30 ou 60 dias após a aplicação; os mês imediatamente anterior, e enviá-la imediatamen-
fundos são considerados como tendo alta liquidez. te à CVM. O administrador deve entregar a lâmina ao
Já os Fundos Fechados não permitem o resgate futuro cotista antes do seu ingresso no fundo e divul-
antecipado, ou seja, se você comprar vai ter de ficar gar, em lugar de destaque na sua página na internet, e
com as cotas até o fim do prazo estabelecido. Entre- sem proteção de senha, a lâmina atualizada.
tanto, como nada é eterno, você pode vender as cotas É importante saber que, todo cotista, ao ingressar
para outra pessoa, mas como elas já foram comer- no fundo, deve atestar, por meio de termo próprio,
cializadas a primeira vez com você, você terá de ven- que recebeu o regulamento e o prospecto (a partir de
dê-las no mercado secundário, ou seja, na bolsa de 1º de janeiro de 2013, a lâmina), que tomou ciência dos
valores ou no mercado de balcão. riscos envolvidos e da política de investimentos, como
também da possibilidade de ocorrência de patrimônio
ESTRUTURAS PRESENTES NOS FUNDOS DE negativo e de sua responsabilidade por contribuições
INVESTIMENTOS adicionais de recursos, quando for o caso. Por isso,
Mas o que são esse Regulamento e o Formulário de atenção ao ler esses documentos, pois neles o inves-
Informações Complementares? tidor vai encontrar informações muito importantes.
O Regulamento é o documento de constituição do Os Papéis das Pessoas
fundo. Nele estão estabelecidas todas as informações e
as regras essenciais relacionadas, entre outras estabele- z O investidor: cliente que tem recursos disponí-
cidas no capítulo IV da instrução CVM 409: (i) à adminis- veis para aplicar em fundos de investimentos,
tração; (ii) à espécie, se aberto ou fechado; (iii) ao prazo muitas vezes atraído por ganhos superiores ao de
de duração, se determinado ou indeterminado; (iv) à investimentos tradicionais como poupança, CDB e
gestão; (v) aos prestadores de serviço; (vi) à política de RDB e que foge de risco elevados como os investi-
investimento, de forma a caracterizar a classe do fun- mentos diretos em ações;
do; (vii) à taxa de administração e, se o caso, às taxas z O investidor Qualificado: pessoas físicas ou jurí-
de performance, entrada e saída; (ix) às condições de dicas que tem notório conhecimento sobre inves-
aplicação e resgate de cotas. As alterações no regula- timentos ou que tem volumes elevados aplicados
mento dependem de prévia aprovação da assembleia em investimentos e que estão dispostas a aplicar
geral de cotistas e devem ser comunicadas à CVM. É de forma diferenciada.
importante saber que as alterações feitas no regulamen-
São considerados investidores qualificados:
to do Fundo de Investimento implicam modificações
nas condições de funcionamento do Fundo. Portanto, o I – instituições financeiras;
cotista deve analisar as modificações propostas de acor- II – companhias seguradoras e sociedades de
252 do com seus interesses como investidor. capitalização;
III – entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
IV – pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor
qualificado mediante termo próprio.
V – fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados;
VI – administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus
recursos próprios;
VII – regimes próprios de previdência social instituídos pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
por Municípios. IN CVM 450.
Atenção! Existem também os investidores Profissionais, que são pessoas físicas ou jurídicas que possuam
investimentos financeiros em valor superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e que, adicionalmente,
atestem por escrito sua condição de investidor profissional mediante termo próprio.
z Os Administradores dos Fundos: São Instituições Financeiras, autorizadas pela CVM, que serão os responsá-
veis legais pelo Fundo, e pode, inclusive, atuar como distribuidor das cotas do Fundo;
z O Gestor: este é o cara que põe a mão na massa, ou seja, é o profissional que acompanha o mercado financei-
ro, mede o risco do fundo diariamente, analisa e avalia o cenário econômico, toma decisão sobre quais ativos
comprar ou vender, obedecendo as diretrizes legais e a política de investimentos do fundo;
z Os distribuidores são aqueles que fazem a distribuição das cotas, como falamos anteriormente, pode ser o
próprio administrador, ou outra instituição que integre o sistema de distribuição de valores mobiliários;
z O custodiante é a instituição que irá guardar, ou seja, custodiar o título, para que o mesmo esteja disponível
quando for utilizado. Pode ser o próprio administrador, ou caso não seja credenciado pela CVM para essa atri-
buição, uma instituição contratada.
Custodiante
Controlador
Escriturador
Auditor Independente
É a essência do Fundo, ou seja, é através dela que o investidor ira saber como o administrador irá conduzir o
Fundo, se procura retorno de curto ou longo prazo, no que irá aplicar e qual o tipo de risco que ele está disposto
a correr na compra dos papeis.
Essa política pode ser ativa ou passiva:
z Ativa: quando o Fundo estabelece um índice de referência, exemplo CDI, e tenta ultrapassar esse índice;
z Passiva: quando o Fundo estabelece um índice de referência, exemplo CDI, e tenta acompanhar esse fundo,
mas apenas acompanhar.
z Benchmark: É o indicador de mercado usado para medir a performance do Fundos. É a referência para
saber se o fundo está rendendo bem ou não. Para os fundos de renda fixa p mais usado é o CDI e para os de
renda variável são o IBOVESPA e o IBX – Índice Brasil;
z Taxa de Administração: é a taxa cobrada pela empresa administradora pelo serviço de gerenciamento do
fundo. É um percentual fixo, calculado sobre patrimônio líquido e são cobrados diariamente. Esses recur-
sos servem para remunerar o administrador, ou seja, é o salário do administrador;
z Taxa de Performance: é a taxa cobrada por alguns fundos quando estes ultrapassam seu benchmark, ou seja,
rende mais do que o esperado. Ocorre quando o administrador faz o dever de casa muito bem, e por isso
ganha uma recompensa;
z Taxa de entrada ou de saída: É uma taxa que poderá ser cobrada do investidor quando da aquisição de cotas
do fundo (taxa de entrada ou de carregamento) ou quando o investidor solicita o resgate de suas cotas. Nesse
caso a taxa de entrada ou de saída não está computada no patrimônio do fundo, portanto o valor da cota do
fundo divulgado pelo administrador não contém essa taxa. Como todas as demais taxas, essa também deverá
estar definida no regulamento e no prospecto do fundo;
z Chinese Wall: Embora cada fundo de investimentos tenha seu CNPJ próprio, os recursos do administrador
poderiam, eventualmente, se misturar com os recursos dos investidores, para isso, esse termo foi criado para
separar estes recursos, ou seja, o dinheiro do administrador não pode ficar junto ao dinheiro do investidor,
para evitar que o dinheiro dos investidores fosse utilizado pelo administrador em proveito próprio.
Agora que você sabe sobre quase todos os termos de Fundos de Investimentos vamos ver o que pode haver
dentro deles.
Dentro dos fundos nos temos papeis que valem dinheiro, e esses papeis pode ser de Renda Fixa ou de Renda
Variável.
z Renda Fixa: Rendimento pactuado no momento da emissão do título. Podem ser pré ou pós-fixados. Os pré-fi-
xados são aqueles que temos uma remuneração determinada no momento da contratação, já os pós-fixados são
aqueles em que atrelamos a um índice pactuado previamente (TR, IPCA, IGP-M etc.);
z Renda Variável: quando a taxa de rentabilidade não pode ser avaliada na emissão, podendo ao final gerar
ganhos ou prejuízos, ou seja, o mercado dirá quando aquele papel irá valer no futuro. O maior exemplo que
temos são as ações.
Curto Prazo
Os fundos de investimento de curto prazo têm por objetivo reproduzir as variações das taxas de juros e das
taxas pós-fixadas, investindo seus recursos em títulos públicos federais ou em títulos privados de baixo risco de
crédito com prazo médio de cada ativo de até 365 dias.
Longo Prazo
Os fundos de investimento classificados como de longo prazo são aqueles que têm uma carteira de títulos com
prazo médio acima de 365 dias.
z Renda Fixa: Os fundos dessa categoria possuem a sua carteira de investimentos (80%) composta por títulos de
renda fixa pré ou pós-fixados. Principalmente títulos públicos e títulos privados de bancos de baixo risco de
crédito. Este fundo não pode ter taxa de performance, exceto se for um fundo exclusivo para investidor qua-
lificado. Na modalidade renda fixa existe um segundo nível chamada fundos simples que nada mais são do
que os antigos fundos referenciados que têm por objetivo de rentabilidade, proporcionar uma rentabilidade
254
atrelada a um indexador financeiro, e a sua carteira de investimento deverá ser composta por, no mínimo,
95% da carteira em títulos públicos e títulos de bancos com risco igual ou superior ao do governo. Os
fundos simples também têm a comunicação com os investidores feita de forma eletrônica apenas, e eles não
podem cobrar taxas de performance, o que reduz custos e aumenta seu potencial de retorno;
z Cambial: Os fundos dessa categoria têm a sua carteira de investimentos composta por (80%) títulos de renda
fixa que tenham como objetivo de rentabilidade proporcionar a variação de preços de uma determinada
moeda estrangeira;
z Multimercados: Os fundos dessa categoria obtêm sua rentabilidade, fundamentalmente, a partir de várias
operações arriscadas. Os derivativos financeiros são contratos que visam a simular um conjunto de opera-
ções de modo a permitir que o gestor do fundo possa alavancar o patrimônio do fundo em uma determinada
estratégia de investimento. A alavancagem é a possibilidade que o gestor tem de poder aplicar o patrimônio
do fundo em papeis mais arriscados como ações de empresas alavancadas, derivativos, e títulos de variação
de preços elevadas;
z Ações: Os fundos dessa categoria têm a sua carteira de investimentos composta por 67% (no mínimo) em
ações de empresas negociadas em Bolsa de Valores.
Tributação (IR) – 15%, incidente no resgate, ou seja, não tem come cotas e IOF é zero.
Atenção! Os fundos de renda fixa, ações e multimercados também ganharam uma nova categoria, que entra
no segundo nível de divisão: investimento no exterior, na qual são incluídos os fundos com carteiras que têm
mais de 40% dos ativos alocados em papéis internacionais.
Regulação Regulação
Simples Simples
Indexados Índice
Ativos
Soberano
z Duração Baixa
Renda Fixa Grau de Investimento
z Duração Média
Crédito Livre
z Duração Alta
z Duração Livre
Investimento no Exterior
Investimento no Exterior
Dívida Externa
Balanceados
Flexível
Macro
Alocação Trading
Long and Short - Direcional
Multimercados Por Estratégia Long and Short - Neutro
Juros e Moedas
Investimento no Exterior Livre
Capital Protegido
Estratégia Específica
Investimento no Exterior
Indexados índices
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Valor/Crescimento
Setoriais
Dividendos
Ações Ativos Small cap
Sustentabilidade/Governança
índice Ativo
Livre
z Direitos Creditórios: A carteira de investimento desses fundos é composta em sua totalidade por títulos que
representam operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de arrenda-
mento mercantil e de prestação de serviços. Esses títulos são conhecidos como recebíveis. Esses fundos pos-
suem uma regulamentação própria (Instruções CVM 356/2001 e 399/2003 e suas modificações);
z Fundos de Previdência: São fundos de investimento destinados a acolher os recursos captados pelo plano
gerador de benefícios livres (PGBL e VGBL);
z Imobiliário: São fundos de investimento fechados, cujos recursos são destinados para empreendimentos
imobiliários e possuem uma regulamentação própria (Instruções CVM 205/1994 e 206/1994 e suas modifica-
ções). (Isentos de Imposto de Renda.);
É a probabilidade de não se obter o que se esperava. Em se tratando de fundos de investimento temos duas
dimensões para o risco:
z Risco de Crédito: É a probabilidade de que o emissor do título que compõe a carteira do fundo não pague o
valor do título no seu vencimento;
z Risco de Estratégia ou Mercado: É a probabilidade de que a estratégia de investimento do gestor do fundo
não produza os resultados esperados, o risco de estratégia poderá resultar em patrimônio negativo e se
isso ocorrer o cotista será obrigado a aplicar mais recursos de tal forma a zerar o patrimônio negativo;
z Risco de Liquidez: Ocorre quando os fundos encontram dificuldade para liquidar as vendas de cotas dos
cotistas por desinteresse do mercado ou por deficiência de caixa do fundo.
Portanto é primordial que o investidor em fundos de investimento tenha a exata noção dos riscos que está cor-
rendo ao investir em um fundo de investimento.
A Marcação a Mercado
Como o próprio nome diz, marcação a mercado significa atualizar para o valor do dia o preço. Ou seja, mes-
mo que um papel (ou qualquer outro ativo de renda fixa) tenha uma taxa determinada (prefixada ou pós-fixada),
é necessário que, diariamente, seu valor seja atualizado.
O risco de crédito, essencialmente, está vinculado aos preços definidos pelo mercado, e se faz necessário, a
cada momento, definir o valor do título em função das novas taxas vigentes em relação ao rendimento definido
na sua origem.
A marcação a mercado é mais apropriada para os negócios em fundos de investimento e carteiras admi-
nistradas, que negociam frequentemente títulos de acordo com a sua necessidade de caixa ou de seleção de novas
modalidades de aplicação financeira para suas carteiras.
Para definir o valor de negociação em uma data qualquer, o mercado define a taxa do momento composta da
taxa básica (sem risco) e do spread adicional definido pelas variáveis de risco que envolvem o título negociado.
Por este fato dizemos que mesmo os fundos de renda fixa podem ter volatilidade.
A tributação nos fundos ocorre de duas formas, a primeira é o Come Cotas, evento que diminui o número de
cotas do investidor no fundo, por isso o nome; e o segundo é o imposto de renda cobrado no momento do resgate
da aplicação.
O Come Cotas ocorre em 2 meses do ano, maio e novembro, o que dá uma distancia de 6 meses entre um e
outro, então podemos afirmar que o come cotas ocorre semestralmente.
Para os fundos de curto prazo o come cotas é de 20% e para os de longo prazo será de 15%, exceto os fundos de
ações que não sofrem com o come cotas.
O imposto de renda no resgate será cobrado, obviamente, quando o cliente resgata seus valores, sendo descon-
tado o que já foi cobrado no come cotas.
IOF
O IOF nas operações de fundos de investimentos começa com alíquota de 96%, chegando a zero no 30º dia após
256 a aplicação. Os fundos de ações não sofrem cobrança de IOF.
MERCADO DE CAPITAIS
O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que tem o propósito de propor-
cionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído pelas
bolsas de valores, sociedades corretoras distribuidoras e outras instituições financeiras autorizadas.
Anteriormente, quando falamos de autoridades monetárias, vimos uma delas como principal supervisora e
reguladora do mercado de valores mobiliários, a CVM.
A CVM é a principal autarquia responsável por garantir o adequado funcionamento do mercado de valores
mobiliários. Logo, para que qualquer companhia possa operar nesse mercado, dependerá de autorização prévia
da CVM para realizar suas atividades.
Para que Serve o Mercado de Valores Mobiliários?
Em alguns casos, o mercado de crédito não é capaz de suprir as necessidades de financiamento dos agentes ou
das empresas. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando um determinado agente, em geral uma empresa, deseja
um volume de recursos muito superior ao que uma instituição poderia, sozinha, emprestar. Além disso, pode
acontecer de os custos dos empréstimos no mercado de crédito, em virtude dos riscos assumidos pelas instituições
nas operações, serem demasiadamente altos, de forma a inviabilizar os investimentos pretendidos. Surgiu, com
isso, o que é conhecido como Mercado de Capitais, ou Mercado de Valores Mobiliários.
No Mercado de Valores Mobiliários, em geral, os investidores emprestam recursos diretamente aos agentes defi-
citários, como as empresas. Caracteriza-se por negócios de médio e longo prazo, nos quais são negociados títulos
chamados de Valores Mobiliários. Como exemplo, podemos citar as ações, que representam parcela do capital
social de sociedades anônimas, e as debêntures, que representam títulos de dívida dessas mesmas sociedades.
Nesse mercado, as instituições financeiras atuam, basicamente, como prestadoras de serviços, assessorando
as empresas no planejamento das emissões de valores mobiliários, ajudando na colocação deles para o público in-
vestidor, facilitando o processo de formação de preços e a liquidez, assim como criando condições adequadas pa-
ra as negociações secundárias. Elas não assumem a obrigação pelo cumprimento das obrigações estabelecidas e
formalizadas nesse mercado. Assim, a responsabilidade pelo pagamento dos juros e principal de uma debênture,
por exemplo, é da emissora, e não da instituição financeira que a tenha assessorado ou participado do processo
de colocação dos títulos no mercado. São participantes desse mercado, como exemplo, os Bancos de Investimento,
as Corretoras e Distribuidoras de títulos e Valores Mobiliários, as entidades administradoras de mercado de bolsa
e balcão, além de diversos outros prestadores de serviços.
No mercado de capitais, os principais títulos negociados são:
O mercado de capitais abrange, ainda, as negociações com direitos e recibos de subscrição de valores mobiliá-
rios, certificados de depósitos de ações e demais derivados autorizados à negociação pela CVM.
Esses títulos são papéis que valem dinheiro, ou seja, são uma forma de uma empresa ou companhia arrecadar
dinheiro, na forma de aquisição de novos sócios ou credores. Isso decorre do fato de que, muitas vezes, arrecadar
dinheiro através da emissão de títulos é mais barato para a empresa do que contratar empréstimos em institui-
ções financeiras.
EMPRESAS E COMPANHIAS
As Companhias são as empresas que são emissoras dos papéis negociados no mercado de capitais. Essas
empresas têm um objetivo em comum: captar recursos em larga escala e de forma mais lucrativa. Para que isso
ocorra, as empresas devem solicitar à CVM autorização para emitir e comercializar seus papéis.
Essas empresas são chamadas Sociedades Anônimas ou, simplesmente, S/A. Ao adotarem esse tipo de consti-
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
tuição, elas passam a ter uma quantidade de sócios maior do que teriam se fossem empresas de responsabilidade
limitada – LTDA, por exemplo.
Estas S/As podem ser constituídas de forma aberta ou fechada. Vejamos as diferenças:
As S/A abertas admitem negociação dos seus títulos nos mercados abertos, como Bolsa e Balcão Organizado;
já as fechadas só podem ter seus papéis negociados restritamente entre pessoas da própria empresa ou próximas
à empresa.
COMPANHIAS
Abertas Fechadas
Características
Atuam nas bolsas de valores ou mercados de bal- Nº de cotistas limitados a 20 patrimônio pequeno não operam em
cão organizados bolsas de valores ou balcões organizados 257
NEGOCIAÇÕES DE PAPÉIS do registro para ofertas de até R$ 2.400.000,00 (Dois
milhões e quatrocentos mil reais) em cada período de
Para as Companhias Abertas, que admitem nego- 12 meses, desde que observadas as condições estabe-
ciação de seus papéis no mercado público, há distri- lecidas nos §§ 4º ao 8º, do art. 5º, da instrução CVM
buição em dois tipos de mercados: o primário e o 400/03.
secundário. As ofertas públicas devem ser realizadas por inter-
Oferta pública de distribuição, primária ou médio de instituições integrantes do sistema de dis-
secundária, é o processo de colocação, junto ao públi- tribuição de valores mobiliários, como os bancos
co, de certo número de títulos e valores mobiliários de investimento, corretoras ou distribuidoras. Essas
para venda. Envolve desde o levantamento das inten- instituições poderão se organizar em consórcios com
ções do mercado em relação aos valores mobiliários o fim específico de distribuir os valores mobiliários no
ofertados até a efetiva colocação junto ao público, mercado e/ou garantir a subscrição da emissão, sem-
incluindo a divulgação de informações, o período de pre sob a organização de uma instituição líder, que
subscrição, entre outras etapas. assume responsabilidades específicas. Para participar
As ofertas podem ser primárias ou secundárias. de uma oferta pública, o investidor precisa ser cadas-
Quando a empresa vende novos títulos e os recursos trado em uma dessas instituições.
dessas vendas vão para o caixa da empresa, as ofer- Essas instituições integrantes do Sistema de Dis-
tas são chamadas de primárias. tribuição de Valores Mobiliários são os chamados
Por outro lado, quando não envolvem a emissão
agentes subscritores ou agentes underwhiters. Esses
de novos títulos, caracterizando apenas a venda de
agentes realizam a subscrição dos títulos, ou seja, assi-
ações já existentes – em geral dos sócios que querem
nam embaixo atestando a procedência dos papéis, por
“desinvestir” ou reduzir a sua participação no negócio
isso o nome underwhiting.
– e os recursos vão para os vendedores e não para o
Esse evento pode ser dividido em 3 tipos:
caixa da empresa, a oferta é conhecida como secun-
dária (block trade).
Além disso, quando a empresa está realizando a z Underwhiting Firme: Modalidade de lançamen-
sua primeira oferta pública, ou seja, quando está to na qual a instituição financeira, ou consórcio
abrindo o seu capital, a oferta recebe o nome de ofer- de instituições, subscreve a emissão total, encar-
ta pública inicial ou IPO (do termo em inglês, Inicial regando-se, por sua conta e risco, de colocá-la
Public Offer). no mercado junto aos investidores individuais
Quando a empresa já tem o capital aberto e já rea- (público) e institucionais. Nesse tipo de operação,
lizou a sua primeira oferta, as emissões seguintes são no caso de um eventual fracasso, a empresa já
conhecidas como ofertas subsequentes ou, no termo recebeu integralmente o valor correspondente às
em inglês, follow on. ações emitidas. O risco é inteiramente do under-
writer (intermediário financeiro que executa uma
z Mercado Primário operação de underwriting).
Oferta Pública Inicial – IPO (títulos novos); O fato de uma emissão ser colocada por meio de
Sensibilizam o caixa da empresa; underwriting firme oferece uma garantia adicional ao
Pode ter valor nominal ou valor de mercado. investidor, porque, se as instituições financeiras do
consórcio estão dispostas a assumir o risco da opera-
z Mercado Secundário ção, é porque confiam no êxito do lançamento, uma
Negociação dos títulos já emitidos anterior- vez que não há interesse de sua parte em imobilizar
mente; recursos por muito tempo;
Não sensibiliza o caixa da empresa;
z Underwhiting Best Efforts (Melhores Esforços):
Os papéis terão seu valor apenas pelo valor de
Modalidade de lançamento de ações na qual a
mercado.
instituição financeira assume apenas o compro-
misso de fazer o melhor esforço para colocar o
A Lei 6385/1976, que disciplina o mercado de capi-
máximo de uma emissão junto à sua clientela, nas
tais, estabelece que nenhuma emissão pública de
melhores condições possíveis e em um determina-
valores mobiliários poderá ser distribuída no mer-
cado sem prévio registro na Comissão de Valores do período de tempo. As dificuldades de colocação
Mobiliários, apesar de lhe conceder a prerrogativa de das ações irão se refletir diretamente na empresa
dispensar o registro em determinados casos, e delega emissora. Nesse caso, o investidor deve proceder a
competência para a CVM disciplinar as emissões. uma avaliação mais cuidadosa, tanto das perspec-
Além disso, exemplifica algumas situações que tivas da empresa quanto das instituições financei-
caracterizam a oferta como pública, por exemplo: a ras encarregadas do lançamento;
utilização de listas ou boletins, folhetos, prospectos ou z Residual ou stand-by underwriting: Nessa for-
anúncios destinados ao público; a negociação feita em ma de subscrição pública, a instituição financeira
loja, escritório ou estabelecimento aberto ao público, não se responsabiliza, no momento do lançamen-
entre outros. to, pela integralização total das ações emitidas.
Em regra, toda oferta pública deve ser registrada Há um comprometimento, entre a instituição e a
na CVM. Porém, o registro poderá ser dispensado empresa emitente, de negociar as novas ações jun-
considerando as características específicas da ofer- to ao mercado durante certo tempo findo, no qual
ta em questão, como, por exemplo, a oferta pública poderá ocorrer a subscrição total, por parte da ins-
de valores mobiliários de emissão de empresas tituição, ou a devolução, à sociedade emitente, das
de pequeno porte e de microempresas, assim defi- ações que não foram absorvidas pelos investidores
258 nidas em lei, que são dispensadas automaticamente individuais e institucionais.
Aspectos Operacionais do underwriting: A Tradicionalmente, o Mercado de Balcão é um
decisão de emitir ações, seja pela oferta pública, seja mercado de títulos sem local físico definido para
para abertura ou aumento do capital, pressupõe que a realização das transações que são feitas por tele-
a sociedade ofereça certas condições de atratividade fone entre as instituições financeiras. Ele é chamado
econômica, bem como supõe um estudo da conjuntu- de Organizado quando se estrutura como um sistema
ra econômica global a fim de evitar que não obtenha de negociação de títulos e valores mobiliários, poden-
êxito por falta de senso de oportunidade. É preciso do estar organizado como um sistema eletrônico de
que se avaliem, pelo menos, os seguintes aspectos: negociação por terminais, que interliga as institui-
existência de um clima de confiança nos resultados da ções credenciadas em todo o Brasil, processando suas
economia, estudo setorial, estabilidade política, infla- ordens de compra e venda e fechando os negócios
ção controlada, mercado secundário e motivações eletronicamente.
para oferta dos novos títulos. O Mercado de Balcão Organizado é um ambien-
te administrado por instituições autorreguladoras,
MERCADOS DE ATUAÇÃO DAS COMPANHIAS que propiciam sistemas informatizados e regras
para a negociação de títulos e valores mobiliários.
No mercado organizado de valores mobiliários, Essas instituições são autorizadas a funcionar pela
temos a criação de mecanismos, sistemas e regulamen- CVM e por ela são supervisionadas.
tos que propiciam a existência de um ambiente segu- Atualmente, a maior administradora de balcão
ro para que os investidores negociem seus recursos e organizado do país era a CETIP. Atualmente, ela foi
movimentem a economia do país. No Brasil, existem comprada pela BM & F Bovespa e, hoje, compõe a
dois tipos de mercado organizado, que são as Bolsas B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).
de Valores e os Balcões Organizados de negociação.
Quais os Títulos Negociados no Mercado de Balcão
� Bolsas de Valores: Organizado?
Ambiente no qual se negociam os papéis das O Mercado de Balcão Organizado pode admitir a
S/A abertas; negociação somente as ações de companhias aber-
Podem ser Sociedades civis sem fins lucrativos
tas com registro para negociação em mercado de
ou S/A com fins lucrativos;
balcão organizado. As debêntures de emissão de
Opera via pregão eletrônico, não havendo mais
companhias abertas podem ser negociadas simulta-
o pregão viva voz, que era chamado presen-
neamente em Bolsa de Valores e Mercado de Bal-
cial. Agora, as transações são feitas por telefone
cão Organizado desde que cumpram os requisitos de
através dos escritórios das instituições finan-
ambos os mercados.
ceiras autorizadas;
Conforme vimos, antes de ter seus títulos nego-
Registra, supervisiona e divulga as execuções
ciados no mercado primário, a companhia deverá
dos negócios e as suas liquidações.
requerer o registro de companhia aberta junto à
CVM e, neste momento, deverá especificar onde seus
Em resumo, as Bolsas de Valores compreendem
títulos serão negociados no mercado secundário, se
um ambiente que pode ser físico ou eletrônico.
Nele, são realizadas negociações entre investidores e em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado.
entre companhias e investidores. Entretanto, pelo fato Essa decisão é muito importante, pois, uma vez
de as empresas que operam na Bolsa serem grandes concedido o registro para negociação em mercado
demais e possuírem uma tradição, aquelas que estão de balcão organizado, este só pode ser alterado com
começando têm dificuldade para serem tão atrativas um pedido de mudança de registro junto à CVM.
quanto elas. A companhia aberta é responsável por divulgar
Pensando nisso, a CVM autorizou a criação de para a entidade administradora do Mercado de Bal-
Mercados de Balcão, que são, também, ambientes cão Organizado todas as informações financeiras e
virtuais nos quais empresas menores podem nego- atos ou fatos relevantes sobre suas operações. A enti-
ciar seus títulos com mais facilidade. Vale dizer que dade administradora do Mercado de Balcão Organi-
o Mercado de Balcão pode ser Organizado ou Não zado, por sua vez, irá disseminar essas informações
Organizado. através de seus sistemas eletrônicos ou impressos
para todo o público.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Importante!
CVM Autoriza Mercado de Balcão
Se S/A Aberta
Organizado
ou não
Não pode haver negociação simultânea de uma
mesma ação de uma mesma companhia em bol-
sa de valores e em instituições administradoras
Vale destacar que a companhia pode trocar de do Mercado de Balcão Organizado.
mercado. Todavia, como se trata de uma grande buro-
cracia que envolve recomprar todos os papéis em
circulação em um mercado para poder migrar para MERCADO DE AÇÕES
o outro, a CVM editou a IN CVM 400, a qual dita as
regras para a mudança de mercado de atuação. Dentro do Mercado de Capitais, está o mercado
Para as ações, é proibida a comercialização em mais procurado e utilizado, que é o Mercado de Ações.
ambos os mercados simultaneamente. Já para as Nele, são comercializados os papéis mais conhecidos
debêntures, é permitida a negociação simultânea nos no mundo dos negócios, os quais tornam o seu possui-
dois mercados. dor um sócio da companhia emitente.
O mercado de ações consiste na negociação, em
Qual a diferença entre uma Bolsa de Valores e as mercado primário ou secundário, das ações geradas
entidades que administram o Mercado de Balcão por empresas que desejam captar dinheiro de uma
Organizado? forma mais barata. Neste sentido, ação pode ser
entendida como a menor parcela do capital social
As Bolsas de Valores também são responsáveis por das companhias ou sociedades anônimas. É, por-
administrar o mercado secundário de ações, debêntu- tanto, um título patrimonial e, como tal, concede aos
res e outros títulos e valores mobiliários. Na verdade, seus titulares, os acionistas, todos os direitos e deve-
ainda que não haja nenhum limite de quantidade ou res de um sócio no limite das ações possuídas.
tamanho de ativos para uma companhia abrir o capi- Uma ação é um valor mobiliário expressamente
tal e listar seus valores para negociação em bolsas de previsto no inciso I, do art. 2º, da Lei 6.385/1976. No
valores, em geral, as empresas listadas em bolsas de entanto, apesar de todas as companhias ou socieda-
valores são companhias de grande porte. des anônimas terem o seu capital dividido em ações,
Isso prejudica a “visibilidade” de empresas de
somente as ações emitidas por companhias registra-
menor porte e, de certa forma, a própria liquidez dos
das na CVM, chamadas companhias abertas, podem
ativos emitidos por essas companhias. Por isso, em
ser negociadas publicamente no mercado de valores
muitos países, há segmentos especiais e/ou mercados
mobiliários.
segregados especializados para a negociação de ações
Atualmente, as ações são predominantemente
e outros títulos emitidos por empresas de menor porte.
escriturais, mantidas em contas de depósito, em nome
Ao mesmo tempo, no Brasil, no Mercado de Balcão
Organizado é admitido um conjunto mais amplo de dos titulares, sem emissão de certificado, em instituição
intermediários do que em Bolsas de Valores, o que contratada pela companhia para a prestação desse ser-
pode aumentar o grau de exposição de companhias viço, em que a propriedade é comprovada pelo “Extra-
de médio porte ou novas empresas ao mercado. to de Posição Acionária”. As ações devem ser sempre
Assim, o objetivo da regulamentação do mercado nominativas, não mais sendo permitida a emissão e a
de balcão organizado é ampliar o acesso ao mer- negociação de ações ao portador ou endossáveis.
cado para novas companhias, criando um segmento
voltado à negociação de valores emitidos por empre- Espécies de Ações
sas que não teriam, em bolsas de valores, o mesmo
grau de exposição e visibilidade. As ações podem ser de diferentes espécies, con-
Para os investidores, a principal diferença entre forme os direitos que concedem a seus acionistas. O
as operações realizadas em bolsas de valores e aque- Estatuto Social das Companhias, que é um conjunto de
las realizadas no mercado de balcão organizado é regras que deve ser cumprido pelos administradores
que, nesse último, não existe um fundo de garantia e acionistas, define as características de cada espécie
260 que respalde suas operações. de ações, que podem ser:
z Ação Ordinária (sigla ON – Ordinária Nominativa)
Sua principal característica é conferir ao seu titular o direito a voto nas Assembleias de acionistas;
Normalmente, o Estatuto retira dessa espécie de ação o direito de voto. Em contrapartida, concede outras
vantagens, tais como prioridade na distribuição de dividendos ou no reembolso de capital, podendo, ainda,
possuir prioridades específicas se admitidas à negociação no mercado.
As ações preferenciais podem ser divididas em classes, tais como, classe “A”, “B” etc. Os direitos de cada classe
constam do Estatuto Social.
As ações preferenciais têm o direito de receber dividendos ao menos 10% a mais que as ordinárias. Vale
observar que, em regra, elas não possuem direito a voto ou, quando o tem, ele é restrito. Isso porque existem dois
casos em que as ações preferenciais adquirem direito a voto temporário, quais sejam:
z Quanto ao valor:
z Quanto à forma:
Obs.: ações ao portador não são mais permitidas no Brasil desde 1999, pois eram alvo de muita lavagem de
dinheiro.
Importante!
Termo que pode aparecer na prova:
� Blue Chips: Ações de primeira linha, de grandes empresas e, por isso, possuem muita segurança e tradição.
São ações usadas como referência para índices econômicos. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Dividendos: compreendem a parcela do lucro líquido que, após a aprovação da Assembleia Geral Ordi-
nária, será alocada aos acionistas da companhia. O montante dos dividendos deverá ser dividido entre as
ações existentes, para sabermos quanto será devido aos acionistas a cada ação por eles detida.
Para garantir a efetividade do direito do acionista ao recebimento de dividendos, a Lei das S.A. prevê o sistema
do dividendo obrigatório, de acordo com o qual as companhias são obrigadas a, havendo lucro, destinar parte
dele aos acionistas a título de dividendo. Porém, a referida Lei confere às companhias liberdade para estabelecer,
em seus estatutos sociais, o percentual do lucro líquido do exercício, que deverá ser distribuído anualmente aos
acionistas, desde que o faça com “precisão e minúcia” e não sujeite a determinação do seu valor ao exclusivo
arbítrio de seus administradores e acionistas controladores.
Caso o Estatuto seja omisso, os acionistas terão direito a recebimento do dividendo obrigatório equiva-
lente a 50% do lucro líquido ajustado nos termos do art. 202, da Lei das S.A; 261
Ganhos de Capital: Ocorrem quando um inves- Dividendos fixos são aqueles cujo valor se encon-
tidor compra uma ação por um preço baixo e tra devidamente quantificado no Estatuto, seja em
vende a mesma ação por um preço mais alto, ou montante certo em moeda corrente, seja em percen-
seja, realiza um ganho; tual certo do capital, do valor nominal da ação ou,
Bônus de Subscrição: Quando alguém adquire ainda, do valor do patrimônio líquido da ação. Nessa
ações, passa a ser titular de uma fração do capi- hipótese, tem o acionista direito apenas a tal valor, ou
tal social de uma companhia. Todavia, quando o seja, uma vez atingido o montante determinado no
capital é aumentado e novas ações são emitidas, Estatuto, as ações preferenciais com direito ao divi-
as ações até então detidas por tal acionista pas- dendo fixo não participam dos lucros remanescentes,
sam a representar uma fração menor do capital, que serão distribuídos entre ações ordinárias e prefe-
ainda que o valor em moeda seja o mesmo. renciais de outras classes se houver.
Dividendo mínimo é aquele também previamen-
Para evitar que ocorra essa diminuição na partici- te quantificado no Estatuto, seja com base em montan-
pação percentual detida pelo acionista no capital da te certo em moeda corrente, seja em percentual certo
companhia, a Lei assegura a todos os acionistas, como do capital, do valor nominal da ação ou, ainda, do
um direito essencial, a preferência na subscrição valor do patrimônio líquido da ação. Porém, ao con-
das novas ações que vierem a ser emitidas em um trário das ações com dividendo fixo, as que fazem jus
aumento de capital (art. 109, inciso IV, da Lei das S.A.), ao dividendo mínimo participam dos lucros remanes-
na proporção de sua participação no capital, anterior- centes após assegurado às ordinárias dividendo igual
mente ao aumento proposto. ao mínimo. Assim, após a distribuição do dividendo
Da mesma forma, os acionistas também terão mínimo às ações preferenciais, às ações ordinárias
direito de preferência nos casos de emissão de títu- caberá igual valor. O remanescente do lucro distribuí-
los conversíveis em ações, tais como debêntures do será partilhado entre ambas as espécies de ações
conversíveis e bônus de subscrição. em igualdade de condições.
Neste período, o acionista deverá manifestar sua O dividendo fixo ou mínimo assegurado às ações
intenção de subscrever as novas ações emitidas no preferenciais pode ser cumulativo ou não. Sendo cumu-
âmbito do aumento de capital ou dos títulos conver- lativo, no caso de a companhia não ter obtido lucros
síveis em ações, conforme o caso. Caso não o faça, o durante o exercício em montante suficiente para pagar
direito de preferência caducará. integralmente o valor dos dividendos fixos ou mínimos,
o valor faltante será acumulado para os exercícios poste-
Alternativamente, caso não deseje participar do
riores. Essa prerrogativa depende de expressa previsão
aumento, o acionista pode ceder seu direito de prefe-
estatutária.
rência (art. 171, § 6º, da Lei das S.A.). Da mesma forma
No caso das companhias abertas que tenham ações
que as ações, o direito de subscrevê-las pode ser livre-
negociadas no mercado, as ações preferenciais deve-
mente negociado, inclusive em Bolsa de Valores;
rão conferir aos seus titulares ao menos uma das
vantagens a seguir (art. 17, § 1º, da Lei 6.404/1964,
Bonificação: Ao longo das atividades, a Com- Lei das S/A.):
panhia poderá destinar parte dos lucros sociais
para a constituição de uma conta de “Reservas”
� Direito a participar de uma parcela correspon-
(termo contábil). Caso a companhia queira, em
dente a, no mínimo, 25% do lucro líquido do
exercício social posterior, distribuir aos acio-
exercício, sendo que, desse montante, garante-
nistas o valor acumulado na conta de Reservas, -se um dividendo prioritário de, pelo menos, 3%
poderá fazê-lo na forma de Bonificação, poden- do valor do patrimônio líquido da ação e, ainda,
do efetuar o pagamento em espécie ou com a o direito de participar de eventual saldo desses
distribuição de novas ações. É importante des- lucros distribuídos, em igualdade de condições
tacar que, atualmente, as empresas não mais com as ordinárias, depois de ter sido assegurado a
distribuem bonificação na forma de dinheiro, elas dividendo igual ao mínimo prioritário;
pois preferem fidelizar ainda mais os sócios, z Direito de receber dividendos, pelo menos, 10%
dando-lhes mais ações. maiores que os pagos às ações ordinárias;
z Direito de serem incluídas na oferta pública em
Ações Preferenciais e Distribuição de Dividendos decorrência de eventual alienação de controle.
A Lei das S.A. permite que uma sociedade emita ações Com relação aos direitos dos acionistas, existem
preferenciais, que podem ter seu direito de voto suprimi- algumas situações que as bancas de concursos gostam
do ou restrito por disposição do estatuto social da compa- de cobrar em prova e, por isso são importantes.
nhia. Em contrapartida, tais ações deverão receber uma Quando a empresa realiza Sobra no Caixa, ou seja,
vantagem econômica em relação às ações ordinárias. Lucro, ela pode comprar ações de acionistas mino-
Além disso, a Lei permite que as companhias aber- ritários, pois, assim, concentrará mais o valor das
tas tenham várias classes de ações preferenciais, que ações. A esse evento chamamos de amortização de
conferirão a seus titulares vantagens diferentes entre ações. O personagem que mais ganha nessa história é
si. Nesse caso, os titulares de tais ações poderão com- o Controlador, pois, como ele detém 51% das ações,
parecer às Assembleias Gerais da companhia, bem seu poder ficará maior, já que o número de acionistas
como opinar sobre as matérias objetos de deliberação, ou de ações diminui, aumentando seu percentual.
mas não poderão votar. A CVM, vendo esse aumento de poder do contro-
As vantagens econômicas a serem conferidas às lador, baixou a Instrução Normativa nº 10, que, em
ações preferenciais em troca dos direitos políticos outras palavras, diz que a recompra de ações, uma
suprimidos, conforme dispõe a Lei, poderão consistir vez feita, finda por aumentar o poder do controlador
em prioridade de distribuição de dividendo, fixo ou da empresa. Entretanto, essas ações que foram recom-
mínimo, prioridade no reembolso do capital, com prê- pradas devem permanecer em tesouraria por, no
mio ou sem ele, ou a cumulação dessas vantagens (art. máximo, 90 dias e, depois, devem ser revendidas
262 17, caput e incisos I a III, da Lei das S.A.). ou canceladas.
Ou seja, a CVM está limitando esse aumento de poder do controlador, para evitar que os acionistas mino-
ritários percam sua participação na administração da empresa.
Quanto à mudança de controlador – o acionista majoritário, que detém 51% das ações – a CVM também edita
norma que regula essa troca, para evitar prejuízos aos acionistas minoritários. É a IN CVM 400 que diz que, para a
troca do controlador, o novo controlador deve garantir que, caso queira fechar o capital da S/A, deverá comprar
as ações dos minoritários por, ao menos, 80% do valor pago pelas ações do controlador anterior. Fazendo
isso, a CVM garante que os acionistas minoritários não terão prejuízos, pois o novo controlador poderia comprar
as ações a um preço bem mais baixo do que pagou pelas do controlador anterior. É preciso dizer que, para que
isso ocorra, deve haver uma concordância mínima entre os acionistas gerais. A esse princípio chamamos de
tag along.
Existem, ainda, manobras que o mercado de capitais faz, as quais geram impacto sobre o valor das ações no
mercado e sua capacidade de comercialização. Vejamos:
z Desdobramento ou Split
É uma estratégia utilizada pelas empresas com o principal objetivo de melhorar a liquidez de suas ações.
Acontece quando as cotações estão muito elevadas, o que dificulta a entrada de novos investidores no mercado.
Imagine que uma ação é cotada ao valor de R$ 150, com lote padrão de 100 ações. Para comprar um lote des-
sas ações, o investidor teria que desembolsar R$ 15.000, que é uma quantia considerável para a maior parte dos
investidores (pessoa física).
Desdobrando suas ações na razão de 1 para 3, cada ação dessa empresa seria multiplicada por 3. Assim, quem
possuísse 100 ações, passaria a possuir 300 ações. O valor da cotação seria dividido por 3, ou seja, passaria de R$
150 para R$ 50.
Na prática, o desdobramento de ações não altera, de forma alguma, o valor do investimento ou o valor da
empresa. É apenas uma operação de multiplicação de ações e divisão dos preços, para aumentar a liquidez das
ações. Agora, depois do desdobramento, o investidor que quisesse adquirir um lote de ações da empresa, gastaria
apenas R$ 5.000. Note que o investidor que possuía 100 ações cotadas a R$ 150, com um valor total de R$ 15.000,
ainda possui os mesmos R$ 15.000, porém distribuídos em 300 ações cotadas a R$ 50.
Com as ações mais baratas, mais investidores se interessam em comprá-las. Isso pode fazer com que as cota-
ções subam em curto prazo, devido à maior entrada de investidores no mercado, porém não há como prever se
isso irá ou não acontecer. A companhia também pode utilizar os desdobramentos como parte de sua estratégia de
governança corporativa, para mostrar atenção e facilitar a entrada de novos acionistas minoritários.
Os desdobramentos podem acontecer em qualquer razão. No entanto, as mais comuns são de 1 para 2, de 1
para 3 e de 1 para 4 ações.
z Grupamento ou Inplit
Exatamente oposto ao desdobramento, o grupamento serve para melhorar a liquidez e os preços das ações
quando estão cotadas a preços muito baixos no mercado.
Imagine uma empresa com ações cotadas na bolsa a R$ 10, com lote padrão de 100 ações. A empresa julga,
baseada em seu histórico e seu posicionamento estratégico, que suas ações estão cotadas por um valor muito bai-
xo no mercado e aprova, em assembleia geral, que fará um grupamento na razão de 5 para 1. Ou seja, cada cinco
ações passarão a ser apenas uma ação e os preços serão multiplicados por 5.
Antes do grupamento, o investidor que possuísse 100 ações cotadas a R$ 10 teria o valor total de R$ 1.000. Após
o grupamento, o mesmo investidor passaria a ter 20 ações (100/5) cotadas a R$ 50, ou seja, continuaria possuindo
os mesmos R$ 1.000 investidos. O grupamento, assim como o desdobramento, não altera em absolutamente nada
o valor do investimento.
Um dos objetivos do grupamento de ações é tentar diminuir a volatilidade dos ativos. Assim, R$ 1,00 de varia-
ção em um ativo cotado a R$ 10,00 significa 10% de variação. Já em um ativo cotado a R$ 50,00, representa apenas
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
2%. É importante ressaltar que nada garante se isso irá ou não acontecer.
Outro objetivo do grupamento pode estar atrelado ao planejamento estratégico da companhia e a suas práticas
de governança corporativa. As cotações de suas ações podem estar intimamente ligadas à percepção de valor da
empresa por parte dos investidores.
O mercado à vista de ações é aquele no qual ocorrem as negociações deste papel de forma imediata, ou seja,
nele, você pode comprar e vender uma ação no mesmo dia. O comprador realiza o pagamento (liquidação
financeira) e o vendedor entrega as ações objeto da transação (liquidação física) em D+2 (dois dias) – liqui-
dação física e financeira –, ou seja, no segundo dia útil após a realização do negócio. Nesse mercado, os preços
são formados em pregão em negociações realizadas no sistema eletrônico de negociação.
No mercado à vista de ações, temos:
Hoje, o mercado à vista de ações é coordenado pela B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Dentro dele, temos a compra
e venda de ações quase que instantaneamente, pois é nele que ocorrem as negociações diárias do mercado de
capitais.
Durante o dia, temos o pregão que, atualmente, é eletrônico, funcionando das 10h às 18h. Ele nada mais é do
que a B3 coordenando a compra e venda dessas ações.
Após seu fechamento, que ocorre às 18h, não se pode mais realizar nenhuma transação no ambiente.
Importante!
Até 2019, existia o After Market, que era um curto espaço de tempo em que os investidores poderiam realizar
negociações fora do horário regular da Bolsa. Todavia, com a modificação do horário de fechamento para
18h, em 2020, o After Market foi extinto.
Quando funcionava, o After Market era uma reabertura para que as pessoas que não pudessem negociar no
mercado no horário regular conseguissem participar, assegurando práticas equitativas ao mercado. Das 17h30
às 17h45, ocorria a pré-abertura desse mercado, no qual só podiam ser canceladas operações feitas no horário
normal. Das 17h45 às 18h, podiam ser feitas transações no mercado, mas somente com papéis que já haviam
sido comercializados no dia, então não se podia lançar títulos novos no After Market.
Existia, ainda, um limite máximo e mínimo para as operações – 2% para mais ou para menos, além de limite
de valor. Nele, eram executadas ordens simples tais como compra e venda, execução ou cancelamento de compra
ou venda, além de dar ordem a mercado.
As ordens podiam ser dadas:
z A Mercado: quando especifica a quantidade e as características do que vai ser comprado ou vendido (exe-
cutar na hora);
z Limitada: executar a preço igual ou melhor do que o especificado;
z Administrada: a mesma a mercado, mas, nesse caso, fica a critério da intermediadora decidir o melhor
momento;
z ON-STOP: define o nível de preço a partir do qual a ordem deve ser executada;
z Casada: ordem de venda de um e compra do outro (ambas executadas ao mesmo tempo).
DÁ A ORDEM
� Investidor
EXECUTA A ORDEM
� CTVM
� DTVM
� Banco de Investimentos
REALIZA A ORDEM
� After Market
� Sistema de negociação eletrônico
As ordens diurnas que estivessem no sistema pendentes, sujeitavam-se aos limites de negociação do After
Market. O sistema rejeitava ordens de compra superiores ao limite e ordens de venda a preço inferior ao limite.
A variação permitida era de 2% para mais ou para menos, além de ter um limite de operações de R$ 100 mil por
264 investidor (já somado ao que ele havia feito no pregão regular).
Os negócios feitos na B3 devem ser divulgados em D+1. A liquidação física das compras e vendas de ações
deve ser até D+2, a qual ocorre quando o vendedor entrega as ações à Câmara de liquidação de ações.
A liquidação financeira das ações compradas ou vendidas é, também, em D+2. Esta ocorre quando é feito o
débito na conta do comprador e, ao mesmo tempo, é entregue a ação fisicamente ao comprador.
São valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazo, que asseguram a seus detentores
(debenturistas) o direito de crédito contra a companhia emissora. Essa companhia emissora pode ser uma S/A
aberta ou fechada, mas somente as abertas podem negociar suas debêntures no mercado das bolsas ou bal-
cão, pois nas fechadas, as debêntures nem precisam de registro na CVM, pois é algo fechado, restrito. Lembre-
-se de que, para operar na Bolsa ou no Mercado de Balcão, as coisas precisam vir a público. Então, uma empresa
fechada não tem vontade de vir a público, somente as abertas.
Até agora, você já sabe que existem duas pessoas nesse processo de debêntures.
Vejamos:
Agente underwritter
Para essa debênture ter validade, ela precisa apresentar alguns requisitos legais, pois, acima de tudo, se trata
de um contrato e, como tal, precisa de algumas especificações. Vejamos quais são elas:
Real: a mais valiosa, pois a garantia existe fisicamente (hipoteca, penhor, caução, bens determinados);
Flutuante: não existe um bem específico; a garantia é uma parte do patrimônio da empresa (até 70% do
valor do capital social);
Quirografária: nenhuma garantia ou privilégio (a garantia em caso de falência será o que sobrar e se
sobrar alguma coisa);
Subordinada: em caso de falência, oferece preferência apenas sobre o crédito dos acionistas.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Agora, você já sabe o que é necessário para fazer uma debênture, quem pode emitir e quais as garantias que
podem ser usadas ou não. Porém, de que forma é possível materializar, ou seja, transformar essa debênture
em algo que se possa ver? Existem duas formas para isso. Vejamos o esquema a seguir:
z Nominativas
Título físico;
Registrado na CETIP;
Emite o certificado;
Registro no Livro de Registro de Debêntures Nominativas.
z Nominativas Escriturais
Informação Eletrônica;
CETIP registra e custodia;
Não emite certificado;
Registro no Livro de Registro de Debêntures Nominativas. 265
z Simples: Um simples direito de crédito contra a
Importante! emissora ou empresa;
z Conversíveis: podem ser trocadas por ações da
� A escritura da debênture é obrigatória, mas a
empresa emitente das debêntures;
emissão do certificado é facultativa;
z Existe prazo máximo para que o debenturista
� Não é comum o debenturista solicitar o certifi-
decida se irá querer converter em ações ou não e,
cado da debênture, mas, se solicitá-lo, a empre- nesse prazo, a empresa não pode mudar nada nos
sa deve emiti-lo; seus papéis;
� As Debêntures só podem ser emitidas por ins- z Permutáveis ou não conversíveis: é a opção que
tituições que não sejam instituições financeiras. o debenturista tem de trocar as debêntures por
ações de outras companhias, depois de haver
passado um prazo mínimo.
Quanto aos prazos das debêntures, que devem
constar na escritura da emissão, podem ser: Já quanto à remuneração, pode-se ter:
transferências do e para o exterior, mediante a utili- mo que tiverem seus pedidos negados pelo BACEN,
zação de cartões de uso internacional, bem como as pois, se elas se filiarem a uma Instituição Financeira,
operações referentes às transferências financeiras não mais precisarão da autorização deste.
postais internacionais, inclusive vales postais e reem- Pela Resolução nº 4.811/20, as operações realizadas
bolsos postais internacionais. pelos correspondentes são de total responsabilidade
À margem da lei, funciona um segmento denomi- da instituição contratante, devendo ela estabelecer
nado Mercado Paralelo. São ilegais os negócios rea- as regras e condutas que os correspondentes deverão
lizados nesse mercado, bem como a posse de moeda seguir, quais sejam:
estrangeira oriunda de atividades ilícitas.
z Execução ativa ou passiva de ordem de pagamento
Quem Opera no Mercado de Câmbio? relativa à transferência unilateral (ex.: manuten-
ção de residentes, transferência de patrimônio,
Bancos Múltiplos, Comerciais, de Investimentos, prêmios em eventos culturais e esportivos) do ou
de Desenvolvimento, CEF, SCFI, CTVM, DTVM, Agên- para o exterior, limitada ao valor equivalente a
cias de Fomento e Corretoras de Câmbio são institui- U$$ 3 mil dólares dos Estados Unidos, em espé-
ções habilitadas a operarem no Mercado de Câmbio. cie e 1 mil dólares por operação; 267
z Compra e venda de moeda estrangeira em espécie, É dispensado o respaldo documental das opera-
cheque ou cheque de viagem, bem como carga de ções de valor até o equivalente a US$ 10 mil, preser-
moeda estrangeira em cartão pré-pago, limitada ao vando-se, no entanto, a necessidade de identificação
valor equivalente a US$ 3 mil dólares dos Estados do cliente.
Unidos, por operação e em espécie 1 mil dólares;
z Recepção e encaminhamento de propostas de Banda Cambial no Brasil
operações de câmbio.
Uma Banda Cambial é a forma como um país defi-
ne suas taxas de câmbio, quer sejam fixas ou livres,
A ECT – Empresa de Correios e Telégrafos do Bra-
ou, até mesmo, flutuantes. Até 2005, existiam duas
sil – também é autorizada pelo Banco Central a rea-
bandas cambiais, a Livre e a Flutuante. A primeira,
lizar operações com vales postais internacionais,
por exemplo, vinha dos empréstimos e envios de
emissivos e receptivos, destinadas a atender compro-
dinheiro do Brasil para fora e vice-versa.
missos diversos, tais como: manutenção de pessoas
No entanto, operar com duas bandas cambiais era
físicas, contribuições previdenciárias, aposentadorias
muito burocrático, pois cada uma tinha suas especi-
e pensões, aquisição de medicamentos para uso parti-
ficações. Então, em 2005, ficou instituída, no Brasil, a
cular, pagamento de aluguel de veículos, multas, doa- banda cambial, que foi resultante da junção das ban-
ções. Por meio dos vales postais internacionais, a ECT das Livre e Flutuante. Aqui, vale lembrar que, como
também pode dar curso a recebimentos ou pagamen- o Governo intervém indiretamente no mercado, com-
tos conduzidos sob a sistemática de câmbio simplifi- prando e vendendo moeda, essa flutuação recebeu o
cado de exportação ou de importação, observado o nome de flutuação suja.
limite de US$ 50 mil, ou seu equivalente em outras
moedas, por operação. As Operações no Mercado de Câmbio
Art. 8º As pessoas Físicas e Jurídicas podem Taxa de Câmbio nominal x Taxa de Câmbio Real
comprar e vender moeda estrangeira ou realizar
A Taxa de Câmbio Nominal indica o preço do ati-
transferências internacionais em reais, de qualquer
natureza, sem limitação de valor, sendo contra-
vo financeiro, enquanto que a Taxa de Câmbio Real
parte na operação agente autorizado a operar indica o preço relativo entre duas moedas, o que per-
no mercado de cambio, observada a legalidade da mite medir a competitividade relativa entre os dois
transação, tendo como base a fundamentação eco- países em questão.
nômica e as responsabilidades definidas na respec- Em resumo, a taxa nominal é o preço de um ativo
tiva documentação. limpo e seco, sem nenhuma interferência. Já o valor
real é o preço do ativo comparado entre duas moedas
Neste sentido, pode-se dizer que qualquer pessoa – dessa forma, é possível saber quanto aquele deter-
minado ativo vale em um país e noutro.
física ou jurídica pode comprar e vender moeda
estrangeira desde que a outra parte na operação de A Forma de Materializar as Operações de Câmbio: O
câmbio seja agente autorizado pelo Banco Central a Contrato de Câmbio
operar no Mercado de Câmbio (ou seu corresponden-
te para tais operações) e que seja observada a regu- Contrato de câmbio é o documento que forma-
lamentação em vigor, incluindo a necessidade de liza a operação de compra ou de venda de moeda
268 identificação em todas as operações. estrangeira.
Nele, são estabelecidas as características e as con- Após o embarque dos bens, o exportador entrega
dições sob as quais se realiza a operação de câmbio, os documentos da exportação e as cambiais (saques)
revelando informações relativas à moeda estrangeira da operação ao banco e celebra um contrato de câm-
que um cliente está comprando ou vendendo, à taxa bio para liquidação futura. Então, o exportador pede
contratada, ao valor correspondente em moeda nacio- ao banco o adiantamento do valor, em reais, corres-
nal e aos nomes do comprador e do vendedor. Os con- pondente ao contrato de câmbio. Assim, além de obter
tratos de câmbio devem ser registrados no Sistema um financiamento competitivo para conceder prazo
Câmbio pelo agente autorizado a operar no mercado de pagamento ao importador, o exportador também
de câmbio. fixa a taxa de câmbio da sua operação.
Nas operações de compra ou de venda de moeda O ACE pode ser contratado com prazo de até 390
estrangeira de até US$ 10 mil, ou seu equivalente em dias após o embarque da mercadoria. A liquidação
outras moedas estrangeiras, não é obrigatória a for- da operação ocorre com o recebimento do pagamen-
malização do contrato de câmbio. O agente do merca- to efetuado pelo importador, acompanhado do paga-
do de câmbio deve identificar seu cliente e registrar a mento dos juros devidos pelo exportador.
operação no Sistema Câmbio.
O Contrato de Câmbio deve conter alguns requisitos
ACC ACE
legais para ter validade, devendo ser registrado no
Adiantamento Sob Contrato Adiantamento Sob Contrato
SISBACEN, constando: de Câmbio de Exportação
cumentos;
exportada, o exportador também fixa a taxa de câm- z Agilidade nos processos e diminuição dos custos
bio da sua operação. administrativos.
Cabe destacar que o ACC pode ser realizado em
algumas exportações de serviços e, ainda, em até 360 O SISCOMEX é um sistema e, como tal, é neces-
dias antes do embarque da mercadoria. A liquidação sário que as pessoas se cadastrem nele para ope-
da operação ocorre com o recebimento do pagamen- rar. Existem 4 (quatro) tipos de cadastros para o seu
to efetuado pelo importador, acompanhado do paga- acesso.
mento dos juros devidos pelo exportador, ou pode Vejamos:
ser feita com encadeamento com um financiamento
pós-embarque. z Habilitação ordinária: destinada à pessoa jurí-
dica que atue habitualmente no comércio exte-
z ACE – Adiantamento Sobre Cambiais Entregues: O rior. Nesta modalidade, a empresa está sujeita ao
ACE – Adiantamento sobre Cambiais Entregues – é acompanhamento da Receita Federal com base
um mecanismo similar ao ACC, só que contratado na análise prévia da sua capacidade econômica e
na fase de comercialização ou pós-embarque. financeira; 269
Obs.: essa é a modalidade mais completa de habi- pronta ou futura. Neste sentido, temos a possibilida-
litação, a qual permite aos operadores realizar qual- de de realizar operações com vencimento futuro, ou
quer tipo de operação. Quando o volume de suas seja, a operação só será finalizada em uma data pre-
operações for incompatível com a capacidade econô- viamente acordada entre as partes.
mica e financeira evidenciada, a empresa estará sujei- Ocorre que, no caso de operações interbancárias,
ta a procedimento especial de fiscalização. a termo (contrato), as partes devem observar que, nas
operações para liquidação pronta ou futura, a taxa de
z Habilitação simplificada: destinada às pessoas câmbio deve refletir exclusivamente o preço da moe-
físicas, às empresas públicas e às sociedades de da negociada para a data da contratação da operação
economia mista – entidades sem fins lucrativos; de câmbio, sendo facultada a pactuação de prêmio
z Habilitação especial: destinada aos órgãos da ou bonificação nas operações para liquidação futura.
Administração Pública direta, autarquias, fun- Esse prêmio a que o Banco Central se refere no Capí-
dações públicas, órgãos públicos autônomos e tulo 1, da série “Regulamento do Mercado de Câmbio
organismos internacionais; e Capitais Internacionais”, é o Prêmio de Risco. Ele
z Habilitação restrita: destinada à pessoa física ou nada mais é que um viés (uma tendência) entre a taxa
jurídica que tenha operado anteriormente no de câmbio no mercado futuro e a esperança do câm-
comércio exterior exclusivamente para realização bio no futuro.
de consulta ou retificação de declaração. Por fim, vale lembrar que podemos analisar o Prê-
mio de Risco, comparando a paridade coberta dos
No mercado de Câmbio temos, também, as ope- juros à paridade descoberta destes.
rações de Remessas. As remessas são operações de
envio de recursos para o exterior, por meio de ordens
de pagamento (cheque, ordem por conta, fax, internet,
cartões de crédito). Em suma, são formas de enviar CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO/
dinheiro para fora do país através de instituições.
Existem remessas do Exterior para o Brasil e vice- CAPITAIS E LEGISLAÇÕES
-versa. Elas podem ser:
LEI N° 9.613/1998 (LEI DE PREVENÇÃO À LAVAGEM
z Em espécie: por Instituição Financeira ou pelo DE DINHEIRO)
ECT; Também conhecida como Lei de Lavagem de
z Via cartão de crédito: seguem a mesma lógica da Capitais, a Lei nº 9.613/98 visa combater a ocultação
remessa em espécie, entretanto o pagamento é fei- ou dissimulação de bens ou valores que tenham sido
to por cartão de crédito. obtidos de forma ilícita (frutos de infrações penais).
O termo lavagem diz respeito à necessidade de se
O que é Posição de Câmbio? dar aparência de legalidade — “lavar” o dinheiro ili-
citamente obtido (“sujo”). A expressão tem origem no
A posição de câmbio é representada pelo saldo direito estadunidense, “money laundering”, com a des-
das operações de câmbio (compra e venda de moeda coberta de que criminosos, na década 1920, usavam
estrangeira, de títulos e documentos que os represen- lavanderias para esconder a origem criminosa de
tem e de ouro-instrumento cambial) prontas ou para bens (alguns países utilizam a expressão “branquea-
liquidação futura realizadas pelas instituições autori- mento de capitais”, mas seu uso não é muito aceito,
zadas pelo Banco Central do Brasil a operar no merca- tendo em vista a conotação racista).
do de câmbio. Um exemplo de lavagem é a compra de obras de
arte para revenda com dinheiro obtido por meio do
O que é Posição de Câmbio Comprada? tráfico ilícito de drogas.
Uma das grandes novidades trazidas pela Lei nº
A posição de câmbio comprada é o saldo em moe- 9.613/98 é que, antes dela, apenas o tráfico de drogas
da estrangeira registrado em nome de uma instituição poderia configurar um crime antecedente que pudes-
autorizada que tenha efetuado compras, prontas ou se gerar a lavagem de dinheiro. Com sua entrada em
para liquidação futura, de moeda estrangeira, de títu- vigência, outros crimes podiam ser antecedentes da
los e documentos que as representem e de ouro-ins- lavagem. Em 2012, a Lei nº 12.683/12 alterou a Lei nº
trumento cambial em valores superiores às vendas. 9.613/98, de modo que, hoje, qualquer infração penal
(crime ou contravenção, como, por exemplo, o jogo do
O que é Posição de Câmbio Vendida? bicho) podem ser considerados crimes antecedentes
para a lavagem.
A posição de câmbio vendida é o saldo em moeda
estrangeira registrado em nome de uma instituição CONCEITO E FORMAS DE LAVAGEM
autorizada que tenha efetuado vendas, prontas ou
Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, ori-
para liquidação futura, de moeda estrangeira, de títu-
gem, localização, disposição, movimentação ou
los e documentos que as representem e de ouro-ins- propriedade de bens, direitos ou valores prove-
trumento cambial em valores superiores às compras. nientes, direta ou indiretamente, de infração
penal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
O que é Prêmio de Risco? Pena – reclusão, de 3 a 10 anos, e multa.
Para melhor explicar isso, retomaremos alguns O art. 1º traz o conceito de lavagem de dinheiro (ou
conceitos já estudados. capitais). De maneira simples, temos que a lavagem
Sabemos que a taxa de câmbio é livremente pactua- de dinheiro consiste no ato ou atos praticados com a
da entre os agentes autorizados a operar no mercado finalidade de dar aparência lícita a bens, direitos ou
de câmbio ou entre estes e seus clientes, podendo as valores que tenham origem na prática de uma infra-
270 operações de câmbio ser contratadas para liquidação ção penal (crime ou contravenção).
Veja que os núcleos do tipo (verbos) são ocultar e O art.1º, § 4º traz uma causa de aumento de pena
dissimular. Se o agente pratica os dois, dentro do mes- (de 1/3 a 2/3) se os crimes previstos na Lei de Lavagem
mo contexto, responde por um único crime. forem cometidos:
A lavagem é chamada de “crime parasitário”.
Observe bem que a lavagem (que é crime) tem relação z De forma reiterada; ou
com a prática de uma infração (crime ou contraven- z Por intermédio de organização criminosa.
ção) anterior. De acordo com o art. 1º, o julgamento
independe do processo e do julgamento das infrações Dica
penais antecedentes.
Neste sentido, para que seja punível a lavagem, O conceito de organização criminosa se encon-
deve haver um fato típico e ilícito anterior. No entan- tra na Lei nº 12.850/13.
to, não é necessária a condenação no crime anterior,
somente será excluída a lavagem. Ou seja, se a infra- Já vimos que existe hipótese de aumento de pena
ção penal antecedente foi atípica (fato inexistente) e, nos crimes de lavagem. E será que existe alguma hipó-
por isso, não constituir infração penal, ou, ainda, se tese de diminuição? Sim, ela se encontra prevista no
houve causa que excluísse a ilicitude, não há como o art. 1º, § 5º da Lei nº 9.613/98.
agente responder por lavagem de dinheiro.
Seguindo com o nosso estudo, incorrerá na mes- COLABORAÇÃO PREMIADA
ma, pena prevista no caput do art. 1º, quem pratica as
condutas que estão no art. 1º, § 1º: § 5º A pena poderá ser reduzida de um a dois
terços e ser cumprida em regime aberto ou
§ 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar
semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-
ou dissimular a utilização de bens, direitos ou
-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena res-
valores provenientes de infração penal
tritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe
I - os converte em ativos lícitos;
colaborar espontaneamente com as autoridades,
II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou
prestando esclarecimentos que conduzam à apu-
recebe em garantia, guarda, tem em depósito,
ração das infrações penais, à identificação dos
movimenta ou transfere;
autores, coautores e partícipes, ou à localização
III - importa ou exporta bens com valores não
dos bens, direitos ou valores objeto do crime.
correspondentes aos verdadeiros.
O inciso I trata da hipótese de a lavagem dar-se Para ser beneficiado pela colaboração premiada, o
com a conversão dos bens, direitos ou valores em ati- indivíduo deve colaborar, a qualquer tempo (ou seja, na
vos lícitos, como, por exemplo, ações na Bolsa. Por esse fase investigatória ou processual), de uma das três formas
viés, pode-se falar na chamada “lavagem em cadeia” previstas (basta uma; os requisitos não são cumulativos):
(lavagem da lavagem), que é a ocultação ou dissimu-
I - conduzir à apuração das infrações penais;
lação de bens, dinheiro ou valores, provenientes de
II - conduzir à identificação de autores, coautores
lavagens anteriores (neste caso, o delito antecente é
e partícipes; ou
outra lavagem). Um exemplo da lavagem em cadeia III - conduzir à localização dos bens, direitos ou
seria a aplicação, na Bolsa de Valores, de rendimentos valores objeto do crime.
obtidos numa lavagem anterior.
O inciso II trata da figura do receptador dos bens, z Formas de colaboração (alternativas) (art. 1º, §
direitos ou valores. Já o inciso III cuida da hipótese espe- 5º, Lei nº 9.613/98)
cífica de lavagem por meio de operações de importação
e exportação. O parágrafo 2º do artigo 1º apresenta
outras hipóteses equiparadas à lavagem de dinheiro: Apuração de infrações
A partir do art. 2º, a Lei nº 9.613/98 passa a tra- O art. 7º estabelece alguns efeitos da condenação
tar de disposições que se aplicam ao proceso criminal por crimes de lavagem, além dos que constam no
da lavagem de dinheiro. Veremos, a seguir, os pontos Código Penal:
mais relevantes.
O primeiro ponto que merece destaque diz respei- Art. 7º São efeitos da condenação, além dos
previstos no Código Penal:
to à competência. Os crimes de lavagem, via de regra,
I - a perda, em favor da União - e dos Estados,
são de competência da Justiça Estadual.
nos casos de competência da Justiça Estadual -, de
Excepcionalmente, a competência será da Justiça todos os bens, direitos e valores relacionados,
Federal, nas hipóteses do inciso III do art. 2°, quais direta ou indiretamente, à prática dos crimes
sejam: previstos nesta Lei, inclusive aqueles utilizados
para prestar a fiança, ressalvado o direito do
z Crimes praticados contra o sistema financeiro e a lesado ou de terceiro de boa-fé;
ordem econômico-financeira; II - a interdição do exercício de cargo ou fun-
z Crimes praticados em detrimento de bens, serviços ção pública de qualquer natureza e de diretor, de
ou interesses da União ou de suas entidades autár- membro de conselho de administração ou de
quicas ou empresas públicas; gerência das pessoas jurídicas referidas no art.
z Quando a infração penal antecedente for de com- 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de
petência da Justiça Federal. liberdade aplicada.
§ 1º A União e os Estados, no âmbito de suas com-
Por sua vez, o art. 4º prevê a possibilidade de o juiz, petências, regulamentarão a forma de destinação
dos bens, direitos e valores cuja perda houver sido
de ofício, a requerimento ou mediante represen-
declarada, assegurada, quanto aos processos de
tação do delegado de polícia (ouvido o Ministério
competência da Justiça Federal, a sua utilização
Público), desde que haja indícios suficientes de infra- pelos órgãos federais encarregados da prevenção,
ção penal, decretar, em 24 horas, medidas assecura- do combate, da ação penal e do julgamento dos cri-
tórias de bens direitos ou valores do investigado mes previstos nesta Lei, e, quanto aos processos de
ou acusado, ainda que estejam em nome de terceiros, competência da Justiça Estadual, a preferência dos
se constituam instrumento, produto ou proveito dos órgãos locais com idêntica função.
crimes de lavagem ou de crimes antecedentes. § 2º Os instrumentos do crime sem valor econômi-
As medidas assecuratórias são aquelas que asse- co cuja perda em favor da União ou do Estado for
guram o direito do ofendido e a responsabilização decretada serão inutilizados ou doados a museu
pecuniária do criminoso. As medidas assecuratórias criminal ou a entidade pública, se houver interesse
272 possíveis são o sequestro, a hipoteca legal e o arresto. na sua conservação.
O art. 7º estabelece, como efeito da condenação, z Resumidamente, essa política de prevenção deve
a perda de todos os bens e valores ligados direta ou contemplar, conforme disposição do art. 3º:
indiretamente aos crime de lavagem, preservando o z Diretrizes para definir responsabilidades, proce-
direito do lesado ou terceiro de boa-fé. Por exemplo, dimentos, avaliação interna do risco, promoção da
se o crime antecedente for um roubo, o bem ou valor cultura organizacional, seleção correta de funcio-
é devolvido ao legítimo dono. nários etc.;
O dispositivo estabelece, ainda, que, se os condena- z Diretrizes para implementar procedimentos de
dos forem funcionários públicos ou diretores, mem- coleta, verificação, registro, monitoramento, comu-
bros de conselho de administração ou de gerente das nicação ao Conselho de Controle de Atividades
pessoas jurídicas elencadas no art. 9º (Bolsa de Valo- Financeiras (COAF), entre outras.
res, seguradoras, administradoras de cartão de crédi-
to, empresas de leasing etc), estes ficarão interditados Segundo o inciso III do art. 3º, é necessário o com-
de exercerem seus cargos ou funções pelo dobro de prometimento da alta administração com a efetivi-
tempo da pena privativa de liberdade imposta. dade e a melhoria contínua da política.
Vamos fazer alguns exercícios agora? De acordo com o art. 4º, admite-se a adoção de polí-
tica de prevenção à lavagem de dinheiro e ao finan-
CIRCULAR 3.978/2020 ciamento do terrorismo única por conglomerado
prudencial e por sistema cooperativo de crédito. Essa
A presente circular lista procedimentos de com- política de prevenção deve ser:
pliance, ou seja, de controles internos para que se
previna o crime de lavagem de dinheiro. De maneira z Documentada, aprovada pelo Conselho ou Direto-
geral, temos que a circular: ria e mantida atualizada;
z Divulgada aos envolvidos em linguagem
Dispõe sobre a política, os procedimentos e os compreensível.
controles internos a serem adotados pelas insti-
tuições autorizadas a funcionar pelo Banco Central Nos termos literais dos arts. 6º e 7º:
do Brasil visando à prevenção da utilização do
sistema financeiro para a prática dos crimes Art. 6º A política referida no art. 2º deve ser divul-
de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos e gada aos funcionários da instituição, parceiros e
valores de que trata a Lei nº 9.613, de 3 de março de prestadores de serviços terceirizados, mediante lin-
1998, e de financiamento do terrorismo, previsto na guagem clara e acessível, em nível de detalhamento
Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016. compatível com as funções desempenhadas e com a
sensibilidade das informações.
Lembre-se de que todas as instituições autori- Art. 7º A política referida no art. 2º deve ser:
zadas a funcionar pelo Banco Central devem adotar I - documentada;
II - aprovada pelo conselho de administração ou, se
esta circular. Trata-se de uma circular extensa, com
inexistente, pela diretoria da instituição; e
muito detalhamento técnico. Nosso objetivo neste
III - mantida atualizada.
tópico será extrair desse documento os pontos que
mais acreditamos que possam ser cobrados em prova. DA GOVERNANÇA DA POLÍTICA DE PREVENÇÃO À
Então, vamos lá: LAVAGEM DE DINHEIRO
Art. 1º Esta circular dispõe sobre a política, os Art. 8º As instituições mencionadas no art. 1º devem
procedimentos e os controles internos a serem dispor de estrutura de governança visando a assegu-
adotados pelas instituições autorizadas a fun- rar o cumprimento da política referida no art. 2º e
cionar pelo Banco Central do Brasil visando à dos procedimentos e controles internos de preven-
prevenção da utilização do sistema financeiro para ção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do
a prática dos crimes de “lavagem” ou ocultação terrorismo previstos nesta circular.
de bens, direitos e valores, de que trata a Lei nº
9.613, de 3 de março de 1998, e de financiamento
do terrorismo, previsto na Lei nº 13.260, de 16 de
Dica
março de 2016. Governança tem a ver com boas práticas
Parágrafo único. Para os fins desta circular, os cri- administrativas.
mes referidos no caput serão denominados generi-
camente “lavagem de dinheiro” e “financiamento As instituições devem indicar formalmente ao
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 28 [...]
Art. 27 As instituições mencionadas no art. 1º devem
implementar procedimentos que permitam qualifi- § 1º os registros referidos no caput devem conter,
car seus clientes como pessoa exposta politicamente. no mínimo, as seguintes informações sobre cada
operação:
I - tipo;
Consideram-se pessoas expostas politicamente, entre
II - valor, quando aplicável;
outros:
III - data de realização;
IV - nome e número de inscrição no cpf ou no cnpj
Art. 27 [...] do titular e do beneficiário da operação, no caso de
§ 1º Consideram-se pessoas expostas politicamente: pessoa residente ou sediada no país; e
I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes V - canal utilizado.
Executivo e Legislativo da União;
II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da Registro de Operações Envolvendo Pessoa do
União, de: Exterior
a) Ministro de Estado ou equiparado;
b) Natureza Especial ou equivalente; Art. 28 [...]
c) presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalen- § 2º No caso de operações envolvendo pessoa natu-
tes, de entidades da administração pública indireta; e ral residente no exterior desobrigada de inscrição
d) Grupo Direção e Assessoramento Superiores no cpf, na forma definida pela secretaria da receita
(DAS), nível 6, ou equivalente; federal do brasil, as instituições devem incluir no
III - os membros do Conselho Nacional de Justi- registro as seguintes informações:
ça, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais I - nome;
Superiores, dos Tribunais Regionais Federais, dos II - tipo e número do documento de viagem e respec-
Tribunais Regionais do Trabalho, dos Tribunais tivo país emissor; e
Regionais Eleitorais, do Conselho Superior da Jus- III - organismo internacional de que seja represen-
tiça do Trabalho e do Conselho da Justiça Federal; tante para o exercício de funções específicas no
IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério país, quando for o caso.
Público, o Procurador-Geral da República, o Vice- § 3º No caso de operações envolvendo pessoa jurí-
-Procurador-Geral da República, o Procurador-Geral dica com domicílio ou sede no exterior desobrigada
do Trabalho, o Procurador-Geral da Justiça Militar, de inscrição no cnpj, na forma definida pela secre-
os Subprocuradores-Gerais da República e os Procu- taria da receita federal do brasil, as instituições
radores Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito devem incluir no registro as seguintes informações:
Federal; I - nome da empresa; e
V - os membros do Tribunal de Contas da União, o Pro- II - número de identificação ou de registro da
curador-Geral e os Subprocuradores-Gerais do Minis-
empresa no respectivo país de origem.
tério Público junto ao Tribunal de Contas da União;
VI - os presidentes e os tesoureiros nacionais, ou Registro de Operações de Pagamento, Recebimento
equivalentes, de partidos políticos; e Transferência de Recursos
VII - os Governadores e os Secretários de Estado e
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
do Distrito Federal, os Deputados Estaduais e Dis- Art. 30 No caso de operações relativas a pagamen-
tritais, os presidentes, ou equivalentes, de entidades tos, recebimentos e transferências de recursos, por
da administração pública indireta estadual e distri- meio de qualquer instrumento, as instituições refe-
tal e os presidentes de Tribunais de Justiça, Tribu- ridas no art. 1º devem incluir nos registros men-
nais Militares, Tribunais de Contas ou equivalentes cionados no art. 28 as informações necessárias à
dos Estados e do Distrito Federal; e identificação da origem e do destino dos recursos.
VIII - os Prefeitos, os Vereadores, os Secretários
Municipais, os presidentes, ou equivalentes, de enti- As instituições devem incluir nos registros:
dades da administração pública indireta municipal
e os Presidentes de Tribunais de Contas ou equiva- z Identificação da origem;
lentes dos Municípios. z Identificação do destino dos recursos.
§ 2º São também consideradas expostas politica-
mente as pessoas que, no exterior, sejam: § 3º Para fins do cumprimento do disposto no caput,
I - chefes de estado ou de governo; devem ser incluídas no registro das operações, no
II - políticos de escalões superiores; mínimo, as seguintes informações, quando couber:
III - ocupantes de cargos governamentais de esca- I - nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ
lões superiores; do remetente ou sacado; 275
II - nome e número de inscrição no CPF ou no CNPJ Atenção: é vedado postergar saques em espécie de
do recebedor ou beneficiário; contas de depósitos à vista de valor igual ou inferior a
III - códigos de identificação, no sistema de liquida- R$5.000,00, admitida a postergação para o expediente
ção de pagamentos ou de transferência de fundos, seguinte de saques de valor superior ao estabelecido.
das instituições envolvidas na operação; e
IV - números das dependências e das contas envol- MONITORAMENTO, SELEÇÃO E ANÁLISE DE
vidas na operação OPERAÇÕES E SITUAÇÕES SUSPEITAS
z As instituições devem implementar procedimentos As instituições que não tiverem efetuado comu-
de análise das operações e situações selecionadas nicações ao Coaf em cada ano civil deverão prestar
por meio dos procedimentos de monitoramento e declaração, até dez dias úteis após o encerramento do
seleção. O prazo para essa análise é de 45 dias con- referido ano, atestando a não ocorrência de operações
tados da operação; ou situações passíveis de comunicação.
z É vedada a contratação de terceiros para a reali-
zação da análise. PROCEDIMENTOS DESTINADOS A CONHECER
FUNCIONÁRIOS, PARCEIROS E PRESTADORES DE
PROCEDIMENTOS DE COMUNICAÇÃO AO COAF
SERVIÇOS TERCEIRIZADOS
Art. 48 As instituições referidas no art. 1º devem
comunicar ao Coaf as operações ou situações sus- Art. 56 As instituições mencionadas no art. 1º
peitas de lavagem de dinheiro e de financiamento devem implementar procedimentos destinados a
do terrorismo. conhecer seus funcionários, parceiros e prestado-
§ 1º A decisão de comunicação da operação ou res de serviços terceirizados, incluindo procedi-
situação ao Coaf deve: mentos de identificação e qualificação. 277
Nos termos do art. 60, as instituições, na celebração z Depósitos para troca de grandes quantidades de
de contratos com terceiros não sujeitos à autorização cédulas de pequeno valor;
para funcionar do Banco Central do Brasil, participan- z Depósitos em espécie relevantes em contas de servi-
tes de arranjo de pagamento do qual a instituição tam- dores públicos ou pessoas politicamente expostas.
bém participe, devem:
SITUAÇÕES RELACIONADAS COM OPERAÇÕES
Art. 60 [...] EM ESPÉCIE E CARTÕES PRÉ-PAGOS EM MOEDA
I - obter informações sobre o terceiro que permitam ESTRANGEIRA
compreender a natureza de sua atividade e a sua
reputação; Essas situações são extremamente similares àque-
II - verificar se o terceiro foi objeto de investigação las em moeda nacional, sendo:
ou de ação de autoridade supervisora relacionada
z Depósitos atípicos em relação à atividade econô-
com lavagem de dinheiro ou com financiamento do
terrorismo;
mica do cliente ou incompatíveis com a sua capa-
III - certificar que o terceiro tem licença do institui- cidade financeira;
dor do arranjo para operar, quando for o caso; z Movimentações em espécie por clientes que nor-
IV - conhecer os controles adotados pelo terceiro malmente não depositam em espécie;
relativos à prevenção à lavagem de dinheiro e ao z Fragmentação de depósitos, saques em espécie,
financiamento do terrorismo; e que possam burlar o valor total da operação;
V - dar ciência do contrato ao diretor mencionado z Negociações de moeda estrangeira, realizadas por
no art. 9º. diferentes pessoas, não relacionadas entre si, que
informem os mesmos dados de origem/destino;
DISPOSIÇÕES FINAIS z Negociações envolvendo taxas de câmbio com va-
riação significativa em relação às praticadas pelo
As disposições finais estão dispostas no capítu- mercado;
lo XII desta circular nº 3.078. Podemos sintetizar as z Utilização de diversas fontes de recursos para car-
informações mais importantes nos itens seguintes: ga e recarga de cartões pré-pagos;
z Depósitos com cédulas em mal estado de conservação;
z Percebe-se que toda a circular é repetitiva no sen- z Depósitos para troca de grandes quantidades de
tido de que os procedimentos devem ser contro- cédulas de pequeno valor.
lados sempre para evitar as ocorrências que a
SITUAÇÕES RELACIONADAS COM A
circular se destina a prevenir;
IDENTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE CLIENTES
z Devem ser adotadas medidas de avaliação da efe-
tividade dos controles previstos nesta circular.
Aqui, são situações relativas ao fornecimento de
dados pelos clientes para sua identificação e qualifi-
CIRCULAR 4.001/2020
cação, tais como:
Esta é uma circular de texto repetitivo, pois trata-
-se de uma lista de operações e situações que podem z Resistência ao fornecimento de informações neces-
configurar indícios de ocorrência dos crimes de “lava- sárias para o início de relacionamento ou para a
gem” ou ocultação de bens, direitos e valores. atualização cadastral;
Esta circular possui apenas dois artigos, sendo o art. z Oferecimento de informação falsa ou de difícil
1º responsável por listar as operações e situações descri- verificação;
tas acima. Não é interessante incluir todas as disposições z Abertura, movimentação de contas ou realização
do artigo; deste modo, selecionamos as mais pertinentes de operações por detentor de procuração ou de
para sua prova e a simplificamos, sem que se perca o sen- qualquer outro tipo de mandato;
tido original e sem suprir as informações necessárias. z Cadastramento de várias contas em uma mesma
Por ser uma lista, o mais importante é compreen- data, ou em curto período, com depósitos de valo-
der sua essência, que busca citar quais operações res idênticos ou aproximados;
podem ser consideradas suspeitas, entendendo que a z Operações em que não seja possível identificar o
“relação” apresentada na circular é exemplificativa. beneficiário final;
z Incompatibilidade da atividade econômica ou fa-
SITUAÇÕES RELACIONADAS COM OPERAÇÕES turamento informados com o padrão apresentado
EM ESPÉCIE COM A UTILIZAÇÃO DE CONTAS DE por clientes com o mesmo perfil.
DEPÓSITOS OU PAGAMENTO
SITUAÇÕES RELACIONADAS COM OPERAÇÕES DE
z Depósitos atípicos em relação à atividade econô- INVESTIMENTO NO PAÍS
mica do cliente ou incompatíveis com a sua capa-
cidade financeira; z Operações ou conjunto de operações de compra ou
z Movimentações em espécie por clientes que nor- de venda de ativos financeiros a preços incompa-
malmente não depositam em espécie; tíveis com os praticados no mercado;
z Fragmentação de depósitos, saques em espécie, z Operações atípicas que resultem em elevados
que possam burlar o valor total da operação; ganhos para os agentes intermediários, em despro-
z Depósitos ou aportes em espécie em contas de clien- porção com a natureza dos serviços efetivamente
tes que exerçam atividade comercial relacionada prestados;
com negociação de bens de luxo ou alto valor; z Investimentos significativos em produtos de baixa
z Depósitos com cédulas em mal estado de rentabilidade e liquidez;
278 conservação; z Resgates de investimentos no curtíssimo prazo.
SITUAÇÕES RELACIONADAS COM OPERAÇÕES DE SITUAÇÕES RELACIONADAS A CAMPANHAS
CRÉDITO NO PAÍS ELEITORAIS
Outras Especificações Sobre o Sigilo A “quebra de sigilo” será efetuada apenas para
assuntos relacionados à lide
Art. 2º [...]
§ 1º O sigilo, inclusive quanto a contas de depósitos, § 1º Dependem de prévia autorização do Poder
aplicações e investimentos mantidos em institui- Judiciário a prestação de informações e o for-
ções financeiras, não pode ser oposto ao Banco necimento de documentos sigilosos solicita-
Central do Brasil: dos por comissão de inquérito administrativo
I - no desempenho de suas funções de fiscalização, destinada a apurar responsabilidade de servidor
compreendendo a apuração, a qualquer tempo, de público por infração praticada no exercício de suas
ilícitos praticados por controladores, administra- atribuições, ou que tenha relação com as atribui-
dores, membros de conselhos estatutários, gerentes, ções do cargo em que se encontre investido.
mandatários e prepostos de instituições financeiras; § 2º Nas hipóteses do § 1º, o requerimento de que-
II - ao proceder a inquérito em instituição financei- bra de sigilo independe da existência de pro-
ra submetida a regime especial. cesso judicial em curso. 281
Não é necessário processo judicial em curso para XV - quaisquer outras operações de natureza seme-
que possa ser autorizada a quebra de sigilo para pro- lhante que venham a ser autorizadas pelo Banco
cesso administrativo. Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários
ou outro órgão competente.
§ 3º Além dos casos previstos neste artigo o Banco
Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobi- O artigo apenas lista quais operações devem ser
liários fornecerão à Advocacia-Geral da União as disponíveis aos órgãos de Administração Tributária.
informações e os documentos necessários à defesa Não se incluem entre as informações as operações
da União nas ações em que seja parte. financeiras efetuadas pelas administrações direta e
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.
Para inquérito administrativo, o poder judiciário
deve autorizar a prestação de informações. Art. 6º As autoridades e os agentes fiscais tribu-
tários da União, dos Estados, do Distrito Federal
INFORMAÇÕES AO PODER LEGISLATIVO e dos Municípios somente poderão examinar
documentos, livros e registros de instituições
Art. 4º O Banco Central do Brasil e a Comissão de financeiras, inclusive os referentes a contas de
Valores Mobiliários, nas áreas de suas atribuições, depósitos e aplicações financeiras, quando hou-
e as instituições financeiras fornecerão ao Poder ver processo administrativo instaurado ou
Legislativo Federal as informações e os docu- procedimento fiscal em curso e tais exames
mentos sigilosos que, fundamentadamente, se sejam considerados indispensáveis pela autoridade
fizerem necessários ao exercício de suas respecti- administrativa competente.
vas competências constitucionais e legais. Parágrafo único. O resultado dos exames, as
§ 1º As comissões parlamentares de inquérito, informações e os documentos a que se refere este
no exercício de sua competência constitucional e artigo serão conservados em sigilo, observada a
legal de ampla investigação, obterão as informa- legislação tributária.
ções e documentos sigilosos de que necessita-
rem, diretamente das instituições financeiras, ou Ou seja, a Administração Tributária necessita de
por intermédio do Banco Central do Brasil ou da um processo em curso para examinar dados financei-
Comissão de Valores Mobiliários. ros sigilosos.
§ 2º As solicitações de que trata este artigo deve-
rão ser previamente aprovadas pelo Plenário Art. 7º Sem prejuízo do disposto no § 3º do art. 2º,
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, a Comissão de Valores Mobiliários, instaura-
ou do plenário de suas respectivas comissões parla- do inquérito administrativo, poderá solicitar
mentares de inquérito. à autoridade judiciária competente o levan-
tamento do sigilo junto às instituições finan-
O poder legislativo, para suas atribuições institu- ceiras de informações e documentos relativos a
cionais, tem acesso aos dados financeiros protegidos bens, direitos e obrigações de pessoa física ou jurí-
dica submetida ao seu poder disciplinar.
por sigilo.
Parágrafo único. O Banco Central do Brasil e a
Comissão de Valores Mobiliários, manterão
INFORMAÇÕES À ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA permanente intercâmbio de informações acer-
ca dos resultados das inspeções que realizarem, dos
Art. 5º O Poder Executivo disciplinará, inclusive inquéritos que instaurarem e das penalidades que
quanto à periodicidade e aos limites de valor, os aplicarem, sempre que as informações forem neces-
critérios segundo os quais as instituições finan- sárias ao desempenho de suas atividades.
ceiras informarão à administração tributária
da União, as operações financeiras efetuadas pelos SIGILO EM CRIMES DE AÇÃO PÚBLICA
usuários de seus serviços.
§ 1º Consideram-se operações financeiras, para os Art. 9º Quando, no exercício de suas atribuições, o
efeitos deste artigo: Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores
I - depósitos à vista e a prazo, inclusive em conta Mobiliários verificarem a ocorrência de crime
de poupança; definido em lei como de ação pública, ou indícios
II - pagamentos efetuados em moeda corrente ou da prática de tais crimes, informarão ao Ministé-
em cheques; rio Público, juntando à comunicação os documentos
III - emissão de ordens de crédito ou documentos necessários à apuração ou comprovação dos fatos.
assemelhados; § 1º A comunicação de que trata este artigo será efe-
IV - resgates em contas de depósitos à vista ou a tuada pelos Presidentes do Banco Central do Brasil
prazo, inclusive de poupança; e da Comissão de Valores Mobiliários, admitida
V - contratos de mútuo; delegação de competência, no prazo máximo de
VI - descontos de duplicatas, notas promissórias e quinze dias, a contar do recebimento do processo,
outros títulos de crédito; com manifestação dos respectivos serviços jurídicos.
VII - aquisições e vendas de títulos de renda fixa ou
variável; Nesses casos, a comunicação ao MP será feita em
VIII - aplicações em fundos de investimentos; até 15 dias.
IX - aquisições de moeda estrangeira;
X - conversões de moeda estrangeira em moeda § 2º Independentemente do disposto no caput des-
nacional; te artigo, o Banco Central do Brasil e a Comis-
XI - transferências de moeda e outros valores para são de Valores Mobiliários comunicarão aos
o exterior; órgãos públicos competentes as irregularida-
XII - operações com ouro, ativo financeiro; des e os ilícitos administrativos de que tenham
XIII - operações com cartão de crédito; conhecimento, ou indícios de sua prática, anexan-
282 XIV - operações de arrendamento mercantil; e do os documentos pertinentes.
DISPOSIÇÕES FINAIS FUNDAMENTOS
Art. 10 A quebra de sigilo, fora das hipóteses Art. 2º a disciplina da proteção de dados pessoais
autorizadas nesta Lei Complementar, constitui tem como fundamentos:
crime e sujeita os responsáveis à pena de reclu- I - o respeito à privacidade;
são, de um a quatro anos, e multa, aplicando- II - a autodeterminação informativa;
-se, no que couber, o Código Penal, sem prejuízo de III - a liberdade de expressão, de informação, de
comunicação e de opinião;
outras sanções cabíveis.
IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da
imagem;
Lembre-se de que a quebra de sigilo, fora das hipó- V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a
teses estudadas, constitui crime, com pena de reclu- inovação;
são de 1 a 4 anos e multa. VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa
do consumidor; e
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento
omitir, retardar injustificadamente ou prestar da personalidade, a dignidade e o exercício da cida-
falsamente as informações requeridas nos ter- dania pelas pessoas naturais.
mos desta Lei Complementar.
Art. 11 O servidor público que utilizar ou viabi- Perceba que os fundamentos estão ligados aos
lizar a utilização de qualquer informação obti- direitos dos cidadãos e das empresas de manterem o
da em decorrência da quebra de sigilo de que sigilo de seus dados.
trata esta Lei Complementar responde pes-
soal e diretamente pelos danos decorrentes, sem PRINCÍPIOS
prejuízo da responsabilidade objetiva da entidade
pública, quando comprovado que o servidor agiu de Os princípios, os quais devem ser observados nas
acordo com orientação oficial. atividades de tratamento de dados pessoais, nor-
teiam-se pela boa-fé e precisam atender aos demais
princípios elencados no art. 6º. Vejamos:
O titular tem direito ao acesso facilitado às infor- Art. 15 O término do tratamento de dados pessoais
mações sobre o tratamento de seus dados. ocorrerá nas seguintes hipóteses:
I - verificação de que a finalidade foi alcançada ou de
LEGÍTIMO INTERESSE DO CONTROLADOR que os dados deixaram de ser necessários ou perti-
nentes ao alcance da finalidade específica almejada;
Art. 10 O legítimo interesse do controlador somen-
II - fim do período de tratamento;
te poderá fundamentar tratamento de dados pes-
III - comunicação do titular, inclusive no exercício
soais para finalidades legítimas, consideradas a
de seu direito de revogação do consentimento con-
partir de situações concretas, que incluem, mas não
forme disposto no § 5º do art. 8º desta lei, resguar-
se limitam a:
dado o interesse público; ou
I - apoio e promoção de atividades do controlador; e
IV - determinação da autoridade nacional, quando
II - proteção, em relação ao titular, do exercício
houver violação ao disposto nesta lei.
regular de seus direitos ou prestação de serviços
que o beneficiem, respeitadas as legítimas expecta-
ELIMINAÇÃO DOS DADOS
tivas dele e os direitos e liberdades fundamentais,
nos termos desta Lei.
Art. 16 Os dados pessoais serão eliminados após o
Quando o tratamento for baseado no legítimo inte- término de seu tratamento, no âmbito e nos limites
resse do controlador, somente os dados pessoais estri- técnicos das atividades, autorizada a conservação
para as seguintes finalidades:
tamente necessários para a finalidade pretendida
I - cumprimento de obrigação legal ou regulatória
poderão ser tratados, nos termos do § 1º, do art. 10.
pelo controlador;
II - estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre
TRATAMENTO DE DADOS SENSÍVEIS
que possível, a anonimização dos dados pessoais;
De acordo com o art. 11, o tratamento de dados pes- III - transferência a terceiro, desde que respeitados
os requisitos de tratamento de dados dispostos nes-
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 12 Os dados anonimizados não serão conside- Art. 18 O titular dos dados pessoais tem direito a
rados dados pessoais para os fins desta Lei, salvo obter do controlador, em relação aos dados do titu-
quando o processo de anonimização ao qual foram lar por ele tratados, a qualquer momento e median-
submetidos for revertido, utilizando exclusivamen- te requisição:
te meios próprios, ou quando, com esforços razoá- I - confirmação da existência de tratamento;
veis, puder ser revertido. II - acesso aos dados; 285
III - correção de dados incompletos, inexatos ou Art. 23 [...]
desatualizados; I - sejam informadas as hipóteses em que, no exer-
IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de dados cício de suas competências, realizam o tratamento
desnecessários, excessivos ou tratados em descon- de dados pessoais, fornecendo informações claras e
formidade com o disposto nesta Lei; atualizadas sobre a previsão legal, a finalidade, os
V - portabilidade dos dados a outro fornecedor de procedimentos e as práticas utilizadas para a exe-
serviço ou produto, mediante requisição expres- cução dessas atividades, em veículos de fácil aces-
sa, de acordo com a regulamentação da autorida- so, preferencialmente em seus sítios eletrônicos;
de nacional, observados os segredos comercial e III - seja indicado um encarregado quando realiza-
industrial; rem operações de tratamento de dados pessoais,
VI - eliminação dos dados pessoais tratados com o nos termos do art. 39 desta Lei; e
consentimento do titular, exceto nas hipóteses pre-
vistas no art. 16 desta Lei; Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mis-
VII - informação das entidades públicas e privadas ta que explorem atividade econômica terão o mes-
com as quais o controlador realizou uso comparti- mo tratamento que particulares.
lhado de dados;
Art. 26 O uso compartilhado de dados pessoais
VIII - informação sobre a possibilidade de não for-
pelo Poder Público deve atender a finalidades espe-
necer consentimento e sobre as consequências da
cíficas de execução de políticas públicas e atribui-
negativa;
ção legal pelos órgãos e pelas entidades públicas,
IX - revogação do consentimento, nos termos do §
respeitados os princípios de proteção de dados pes-
5º do art. 8º desta Lei.
soais elencados no art. 6º desta Lei.
§ 1º É vedado ao Poder Público transferir a enti-
dades privadas dados pessoais constantes de
Importante! bases de dados a que tenha acesso, exceto:
É garantido ao titular dos dados a portabilidade I - em casos de execução descentralizada de ativida-
de pública que exija a transferência, exclusivamente
a outro fornecedor.
para esse fim específico e determinado, observado
o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
2011 (Lei de Acesso à Informação);
CONFIRMAÇÃO DE EXISTÊNCIA OU ACESSO AOS
II – Vetado;
DADOS
III - nos casos em que os dados forem acessíveis
Art. 19 A confirmação de existência ou o acesso publicamente, observadas as disposições desta Lei.
a dados pessoais serão providenciados, mediante IV - quando houver previsão legal ou a transferên-
requisição do titular: cia for respaldada em contratos, convênios ou ins-
I - em formato simplificado, imediatamente; ou trumentos congêneres;
V - na hipótese de a transferência dos dados obje-
Perceba que, em formato simplificado, é de forma tivar exclusivamente a prevenção de fraudes e
imediata. irregularidades, ou proteger e resguardar a segu-
rança e a integridade do titular dos dados, desde
II - por meio de declaração clara e completa, que que vedado o tratamento para outras finalidades.
indique a origem dos dados, a inexistência de
registro, os critérios utilizados e a finalidade do O Poder Público poderá transferir os dados pes-
tratamento, observados os segredos comercial e soais constantes de bases de dados a entidades priva-
industrial, fornecida no prazo de até 15 (quinze) das somente:
dias, contado da data do requerimento do titular.
z Em casos de execução descentralizada de ativida-
Nessa hipótese, o prazo é de 15 dias do requerimento. de pública que exija a transferência;
z Em casos em que os dados forem acessíveis publi-
OUTRAS DISPOSIÇÕES camente;
z Quando houver previsão legal ou a transferência
z O titular dos dados tem direito a solicitar a revi- for respaldada em contratos, convênios ou instru-
são de decisões tomadas unicamente com base em mentos congêneres;
tratamento automatizado de dados pessoais que z Na hipótese de a transferência dos dados obje-
afetem seus interesses (art. 20); tivar exclusivamente a prevenção de fraudes e
z Os dados pessoais referentes ao exercício regular irregularidades.
de direitos pelo titular não podem ser utilizados
em seu prejuízo (art. 21); RESPONSABILIDADE
z A defesa dos interesses e dos direitos dos titulares
Art. 31 Quando houver infração a esta Lei em decor-
de dados poderá ser exercida em juízo individual
rência do tratamento de dados pessoais por órgãos
ou coletivamente (art. 22).
públicos, a autoridade nacional poderá enviar infor-
me com medidas cabíveis para fazer cessar a violação.
TRATAMENTO DE DADOS PELO PODER PÚBLICO
Perceba que são citadas apenas “Medidas Cabí-
De acordo com o art. 23, o tratamento de dados
veis”, sem maiores detalhamentos.
pessoais pelas pessoas jurídicas de direito público
deverá ser realizado para o atendimento de sua fina- Art. 32 A autoridade nacional poderá solicitar a
lidade pública, à persecução do interesse público, agentes do poder público a publicação de relatórios
com o objetivo de executar as competências legais ou de impacto à proteção de dados pessoais e sugerir a
cumprir as atribuições legais do serviço público, des- adoção de padrões e de boas práticas para os trata-
286 de que: mentos de dados pessoais pelo poder público.
TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DADOS ENCARREGADO PELO TRATAMENTO DE DADOS
PESSOAIS
Art. 33 A transferência internacional de dados pes-
soais somente é permitida nos seguintes casos: O controlador deverá indicar encarregado pelo tra-
I - para países ou organismos internacionais que tamento de dados pessoais. Esse encarregado terá sua
proporcionem grau de proteção de dados pessoais identidade e as informações divulgadas publicamente.
adequado ao previsto nesta lei;
II - quando o controlador oferecer e comprovar Art. 41 O controlador deverá indicar encarregado
garantias de cumprimento dos princípios, dos direi- pelo tratamento de dados pessoais.
tos do titular e do regime de proteção de dados pre- § 1º A identidade e as informações de contato do
vistos nesta lei, na forma de: encarregado deverão ser divulgadas publicamen-
a) cláusulas contratuais específicas para determi- te, de forma clara e objetiva, preferencialmente no
nada transferência; sítio eletrônico do controlador.
b) cláusulas-padrão contratuais; § 2º As atividades do encarregado consistem em:
c) normas corporativas globais; I - aceitar reclamações e comunicações dos titula-
d) selos, certificados e códigos de conduta regular- res, prestar esclarecimentos e adotar providências;
mente emitidos; II - receber comunicações da autoridade nacional e
III - quando a transferência for necessária para a adotar providências;
cooperação jurídica internacional entre órgãos III - orientar os funcionários e os contratados da
públicos de inteligência, de investigação e de per- entidade a respeito das práticas a serem tomadas
secução, de acordo com os instrumentos de direito em relação à proteção de dados pessoais; e
internacional; IV - executar as demais atribuições determina-
IV - quando a transferência for necessária para a das pelo controlador ou estabelecidas em normas
proteção da vida ou da incolumidade física do titu- complementares.
lar ou de terceiro;
V - quando a autoridade nacional autorizar a Responsabilidade e do Ressarcimento de Danos
transferência;
Art. 42 O controlador ou o operador que, em razão
do exercício de atividade de tratamento de dados
pessoais, causar a outrem dano patrimonial, moral,
Importante!
individual ou coletivo, em violação à legislação de
Sendo autorizada pela autoridade, a transferên- proteção de dados pessoais, é obrigado a repará-lo.
cia pode ser executada. § 1º A fim de assegurar a efetiva indenização ao
titular dos dados:
I - o operador responde solidariamente pelos
VI - quando a transferência resultar em compromis- danos causados pelo tratamento quando descum-
so assumido em acordo de cooperação internacional; prir as obrigações da legislação de proteção de
VII - quando a transferência for necessária para a dados ou quando não tiver seguido as instruções
execução de política pública ou atribuição legal do lícitas do controlador, hipótese em que o opera-
serviço público, sendo dada publicidade nos termos dor equipara-se ao controlador, salvo nos casos de
do inciso I do caput do art. 23 desta Lei; exclusão previstos no art. 43 desta lei;
VIII - quando o titular tiver fornecido o seu con- II - os controladores que estiverem diretamente
sentimento específico e em destaque para a trans- envolvidos no tratamento do qual decorreram
ferência, com informação prévia sobre o caráter danos ao titular dos dados respondem solida-
internacional da operação, distinguindo claramen- riamente, salvo nos casos de exclusão previstos no
art. 43 desta lei.
te esta de outras finalidades; ou
IX - quando necessário para atender as hipóteses
previstas nos incisos II, V e VI do art. 7º desta Lei. NÃO RESPONSABILIZAÇÃO
AGENTES DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS Art. 43 Os agentes de tratamento só não serão res-
ponsabilizados quando provarem:
I - que não realizaram o tratamento de dados pes-
Controlador e Operador soais que lhes é atribuído;
II - que, embora tenham realizado o tratamento de
Art. 37 O controlador e o operador devem manter dados pessoais que lhes é atribuído, não houve vio-
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
registro das operações de tratamento de dados pes- lação à legislação de proteção de dados; ou
soais que realizarem, especialmente quando basea- III - que o dano é decorrente de culpa exclusiva do
do no legítimo interesse. titular dos dados ou de terceiro.
Quando em legítimo interesse, essa necessidade é O tratamento de dados pessoais será irregular
reforçada. quando deixar de observar a legislação ou quando
não fornecer a segurança que o titular deles espera.
Art. 38 A autoridade nacional poderá determinar
ao controlador que elabore relatório de impacto à SEGURANÇA E BOAS PRÁTICAS
proteção de dados pessoais, inclusive de dados sen-
síveis, referente a suas operações de tratamento de Art. 46 Os agentes de tratamento devem adotar
dados, nos termos de regulamento, observados os medidas de segurança, técnicas e administrativas
segredos comercial e industrial. aptas a proteger os dados pessoais de acessos não
autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de
O Operador deverá realizar o tratamento segundo destruição, perda, alteração, comunicação ou qual-
as instruções fornecidas pelo controlador. quer forma de tratamento inadequado ou ilícito. [...] 287
Art. 47 Os agentes de tratamento ou qualquer Composição
outra pessoa que intervenha em uma das fases
do tratamento obriga-se a garantir a segurança Art. 55-C A ANPD é composta de:
da informação prevista nesta Lei em relação aos I - conselho diretor, órgão máximo de direção;
dados pessoais, mesmo após o seu término. II - conselho nacional de proteção de dados pes-
soais e da privacidade;
Art. 48 O controlador deverá comunicar à autori-
III - corregedoria;
dade nacional e ao titular a ocorrência de incidente
Iv - ouvidoria;
de segurança que possa acarretar risco ou dano
V - órgão de assessoramento jurídico próprio; e
relevante aos titulares.
VI - unidades administrativas e unidades especiali-
zadas necessárias à aplicação do disposto nesta lei.
Cabe frisar que deverão ser adotadas boas práticas
de governança na proteção dos dados. As regras de O Conselho Diretor da ANPD será composto por 5
boas práticas e de governança deverão ser publicadas (cinco) Diretores – incluindo o Diretor Presidente –,
e atualizadas periodicamente e poderão ser reconhe- todos eles com mandato de 4 (quatro) anos. Os mem-
cidas e divulgadas pela autoridade nacional. bros serão escolhidos pelo Presidente da República e
por ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal.
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
Competências
Art. 52 Os agentes de tratamento de dados, em Art. 55-J Compete à ANPD: (Incluído pela Lei nº
razão das infrações cometidas às normas previstas 13.853, de 2019)
nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções admi- I - zelar pela proteção dos dados pessoais, nos termos
nistrativas aplicáveis pela autoridade nacional: da legislação;(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
(Vigência) II - zelar pela observância dos segredos comercial e
I - advertência, com indicação de prazo para ado- industrial, observada a proteção de dados pessoais
ção de medidas corretivas; e do sigilo das informações quando protegido por
II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do lei ou quando a quebra do sigilo violar os funda-
faturamento da pessoa jurídica de direito privado, mentos do art. 2º desta Lei; (Incluído pela Lei nº
grupo ou conglomerado no Brasil no seu último 13.853, de 2019)
exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, III - elaborar diretrizes para a Política Nacional
a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade;
infração; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
IV - fiscalizar e aplicar sanções em caso de trata-
III - multa diária, observado o limite total a que se
mento de dados realizado em descumprimento à
refere o inciso II;
legislação, mediante processo administrativo que
IV - publicização da infração após devidamente
assegure o contraditório, a ampla defesa e o direito
apurada e confirmada a sua ocorrência; de recurso; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere a V - apreciar petições de titular contra controlador
infração até a sua regularização; após comprovada pelo titular a apresentação de
VI - eliminação dos dados pessoais a que se refere reclamação ao controlador não solucionada no
a infração; prazo estabelecido em regulamentação; (Incluído
X - suspensão parcial do funcionamento do banco pela Lei nº 13.853, de 2019)
de dados a que se refere a infração pelo período VI - promover na população o conhecimento das
máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual normas e das políticas públicas sobre proteção de
período, até a regularização da atividade de trata- dados pessoais e das medidas de segurança; (Incluí-
mento pelo controlador; do pela Lei nº 13.853, de 2019)
XI - suspensão do exercício da atividade de trata- VII - promover e elaborar estudos sobre as práticas
mento dos dados pessoais a que se refere a infração nacionais e internacionais de proteção de dados pes-
pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável soais e privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
por igual período; VIII - estimular a adoção de padrões para serviços
XII - proibição parcial ou total do exercício de ativi- e produtos que facilitem o exercício de controle dos
titulares sobre seus dados pessoais, os quais deve-
dades relacionadas a tratamento de dados
rão levar em consideração as especificidades das
atividades e o porte dos responsáveis; (Incluído
As sanções poderão ser agravadas em decorrência pela Lei nº 13.853, de 2019)
de reincidência, má-fé, entre outras situações. IX - promover ações de cooperação com autorida-
des de proteção de dados pessoais de outros paí-
AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS ses, de natureza internacional ou transnacional;
(ANPD) (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
X - dispor sobre as formas de publicidade das ope-
Disposições Gerais rações de tratamento de dados pessoais, respeita-
dos os segredos comercial e industrial; (Incluído
Art. 55-A Fica criada, sem aumento de despesa, a pela Lei nº 13.853, de 2019)
XI - solicitar, a qualquer momento, às entidades
Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD),
do poder público que realizem operações de trata-
órgão da administração pública federal, integrante
mento de dados pessoais informe específico sobre o
da Presidência da República.
âmbito, a natureza dos dados e os demais detalhes
do tratamento realizado, com a possibilidade de
z A natureza jurídica da ANPD é transitória; emitir parecer técnico complementar para garan-
z É assegurada autonomia técnica e decisória à tir o cumprimento desta Lei; (Incluído pela Lei nº
288 ANPD. 13.853, de 2019)
XII - elaborar relatórios de gestão anuais acerca de Promover e elaborar estudos sobre as práti-
suas atividades; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) cas nacionais e internacionais de proteção de
XIII - editar regulamentos e procedimentos sobre dados pessoais e privacidade;
proteção de dados pessoais e privacidade, bem
Ouvir os agentes de tratamento e a sociedade
como sobre relatórios de impacto à proteção de
dados pessoais para os casos em que o tratamen- em matérias de interesse relevante e prestar
to representar alto risco à garantia dos princípios contas sobre suas atividades e planejamento;
gerais de proteção de dados pessoais previstos nes- Garantir que o tratamento de dados de idosos
ta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) seja efetuado de maneira simples, clara, acessí-
XIV - ouvir os agentes de tratamento e a sociedade vel e adequada ao seu entendimento;
em matérias de interesse relevante e prestar con-
Comunicar aos órgãos de controle interno o
tas sobre suas atividades e planejamento; (Incluído
pela Lei nº 13.853, de 2019)
descumprimento do disposto nessa Lei por
XV - arrecadar e aplicar suas receitas e publicar, no órgãos e entidades da Administração Pública
relatório de gestão a que se refere o inciso XII do Federal.
caput deste artigo, o detalhamento de suas receitas
e despesas; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) É recomendável a leitura do art. 55-J, o qual dispõe
XVI - realizar auditorias, ou determinar sua rea- sobre as competências da ANPD.
lização, no âmbito da atividade de fiscalização de
que trata o inciso IV e com a devida observância do
CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS
disposto no inciso II do caput deste artigo, sobre o
tratamento de dados pessoais efetuado pelos agen- PESSOAIS E DA PRIVACIDADE
tes de tratamento, incluído o poder público; (Incluí-
do pela Lei nº 13.853, de 2019) Composição
XVII - celebrar, a qualquer momento, compromisso
com agentes de tratamento para eliminar irregulari- O Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais
dade, incerteza jurídica ou situação contenciosa no e da Privacidade é composto de 23 representantes.
âmbito de processos administrativos, de acordo com
o previsto no Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro
de 1942; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
XVIII - editar normas, orientações e procedimentos Importante!
simplificados e diferenciados, inclusive quanto aos pra- Acreditamos não ser necessário saber a compo-
zos, para que microempresas e empresas de pequeno
porte, bem como iniciativas empresariais de caráter sição completa para fins de prova. No entanto,
incremental ou disruptivo que se autodeclarem star- caso queira conhecê-la, ela está disposta no art.
tups ou empresas de inovação, possam adequar-se a 58-A da lei em estudo.
esta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
XIX - garantir que o tratamento de dados de idosos
seja efetuado de maneira simples, clara, acessível e Competências
adequada ao seu entendimento, nos termos desta Lei
e da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto Art. 58-B Compete ao Conselho Nacional de Prote-
do Idoso); (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) ção de Dados Pessoais e da Privacidade:
XX - deliberar, na esfera administrativa, em cará-
I - propor diretrizes estratégicas e fornecer subsí-
ter terminativo, sobre a interpretação desta Lei, as
dios para a elaboração da Política Nacional de Pro-
suas competências e os casos omissos; (Incluído
pela Lei nº 13.853, de 2019) teção de Dados Pessoais e da Privacidade e para a
XXI - comunicar às autoridades competentes as atuação da ANPD;
infrações penais das quais tiver conhecimento; II - elaborar relatórios anuais de avaliação da exe-
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) cução das ações da Política Nacional de Proteção
XXII - comunicar aos órgãos de controle interno o de Dados Pessoais e da Privacidade;
descumprimento do disposto nesta Lei por órgãos e III - sugerir ações a serem realizadas pela ANPD;
entidades da administração pública federal; (Incluí- IV - elaborar estudos e realizar debates e audiên-
do pela Lei nº 13.853, de 2019) cias públicas sobre a proteção de dados pessoais e
XXIII - articular-se com as autoridades reguladoras da privacidade; e
públicas para exercer suas competências em seto-
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Art. 7º Serão levados em consideração na aplica- Art. 10 O processo administrativo para apuração
ção das sanções: da responsabilidade de pessoa jurídica será con-
I - a gravidade da infração; duzido por comissão designada pela autoridade
II - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; instauradora e composta por 2 (dois) ou mais
servidores estáveis.
A vantagem pretendida com o ato ilícito, mesmo § 1º O ente público, por meio do seu órgão de represen-
que não tenha se efetivado, será considerada como tação judicial, ou equivalente, a pedido da comissão a
“tentativa”. que se refere o caput, poderá requerer as medidas judi-
ciais necessárias para a investigação e o processamen-
III - a consumação ou não da infração; to das infrações, inclusive de busca e apreensão.
IV - o grau de lesão ou perigo de lesão; § 2º A comissão poderá, cautelarmente, propor à
V - o efeito negativo produzido pela infração; autoridade instauradora que suspenda os efeitos do
VI - a situação econômica do infrator; ato ou processo objeto da investigação.
VII - a cooperação da pessoa jurídica para a apura-
ção das infrações; Em suma, para efetuar seus trabalhos, a comissão
VIII - a existência de mecanismos e procedimen- poderá:
tos internos de integridade, auditoria e incentivo
à denúncia de irregularidades e a aplicação efetiva z Requerer medidas judiciais necessárias para a
de códigos de ética e de conduta no âmbito da pes- investigação;
soa jurídica; z Requerer procedimentos como busca e apreensão;
IX - o valor dos contratos mantidos pela pessoa z Propor medidas cautelares que suspendam os efei-
jurídica com o órgão ou entidade pública lesados; tos do ato ou processo objeto da investigação.
de forma habitual, facilitar, promover, ocultar ou dis- de juízo de admissibilidade e mediante despacho
simular ato ilícito. fundamentado, decidirá:
I - pela abertura de investigação preliminar;
IV - proibição de receber incentivos, subsídios, II - pela instauração de par; ou
subvenções, doações ou empréstimos de órgãos III - pelo arquivamento da matéria.
ou entidades públicas e de instituições financeiras
públicas ou controladas pelo poder público, pelo Esquematicamente, podemos definir que a autori-
prazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) dade competente, ao tomar ciência, decidirá pelo(a):
anos.
z Abertura da investigação preliminar
As sanções poderão ser aplicadas de forma isolada
ou cumulativa. A investigação preliminar terá caráter sigiloso e
A condenação torna certa a obrigação de reparar, não punitivo e será conduzida por comissão composta
integralmente, o dano causado pelo ilícito, cujo valor por dois ou mais servidores efetivos, ou empregados
será apurado em posterior liquidação, se não constar públicos (§ 1º, Art. 4º). O prazo da investigação será de
expressamente da sentença. 60 dias, prorrogáveis por mais 60 (§ 4º, Art. 4º); 293
z Instauração do PAR COMPETÊNCIAS DA CGU
A POLÍTICA DE SEGURANÇA
COMPATÍVEL COM
SEGURANÇA CIBERNÉTICA: A natureza das operações e a
RESOLUÇÃO Nº 4.658, DE 26 DE ABRIL complexidade dos produtos,
serviços, atividades e processos
DE 2018 da instituição
A Resolução nº 4.658/2018 dispõe sobre a política
de segurança cibernética e sobre os requisitos para
a contratação de serviços de processamento e arma- A sensibilidade dos dados
zenamento de dados e de computação em nuvem a e das informações sob
serem observados pelas instituições financeiras e responsabilidade da instituição
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Ban-
co Central do Brasil. Em outras palavras, a Resolução
O art. 3º, por sua vez, trata dos requisitos míni-
estabelece certas exigências que as instituições finan-
mos que a política de segurança cibernética deve
ceiras e outras instituições autorizadas deverão seguir
contemplar:
quanto ao seu ambiente tecnológico e de prevenção
aos ataques cibernéticos.
O art. 1º dispõe a respeito do objeto e do âmbito de Art. 3º A política de segurança cibernética deve
aplicação desta Resolução. Vejamos: contemplar, no mínimo:
I - os objetivos de segurança cibernética da
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre a política de instituição;
segurança cibernética e sobre os requisitos II - os procedimentos e os controles adotados para
para a contratação de serviços de processamen- reduzir a vulnerabilidade da instituição a
to e armazenamento de dados e de computação em incidentes e atender aos demais objetivos de segu-
nuvem a serem observados pelas instituições finan- rança cibernética;
ceiras e demais instituições autorizadas a funcio- III - os controles específicos, incluindo os volta-
nar pelo Banco Central do Brasil. dos para a rastreabilidade da informação, que bus-
quem garantir a segurança das informações
sensíveis;
ESTA RESOLUÇÃO DEVERÁ SER OBSERVADA POR:
IV - o registro, a análise da causa e do impacto,
Instituições Financeiras bem como o controle dos efeitos de incidentes rele-
vantes para as atividades da instituição;
Instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central V - as diretrizes para:
do Brasil (Bacen) a) a elaboração de cenários de incidentes conside-
rados nos testes de continuidade de negócios;
As instituições mencionadas no art. 1º velarão pela b) a definição de procedimentos e de controles
implementação e manutenção das políticas de segu- voltados à prevenção e ao tratamento dos inci-
rança cibernética e deverão sempre observar os prin- dentes a serem adotados por empresas presta-
cípios e as diretrizes norteadoras. Vejamos: doras de serviços a terceiros que manuseiem
dados ou informações sensíveis ou que sejam
Art. 2º As instituições referidas no art. 1º devem relevantes para a condução das atividades ope-
implementar e manter política de segurança ciber- racionais da instituição;
nética formulada com base em princípios e diretri- c) a classificação dos dados e das informações
zes que busquem assegurar a confidencialidade, quanto à relevância; e
a integridade e a disponibilidade dos dados e d) a definição dos parâmetros a serem utilizados na
dos sistemas de informação utilizados. avaliação da relevância dos incidentes;
§ 1º A política mencionada no caput deve ser com- VI - os mecanismos para disseminação da cul-
patível com:
tura de segurança cibernética na instituição,
I - o porte, o perfil de risco e o modelo de negócio
incluindo:
da instituição;
a) a implementação de programas de capacita-
II - a natureza das operações e a complexidade dos
produtos, serviços, atividades e processos da insti- ção e de avaliação periódica de pessoal;
tuição; e b) a prestação de informações a clientes e usuários
III - a sensibilidade dos dados e das informações sobre precauções na utilização de produtos e servi-
sob responsabilidade da instituição. ços financeiros; e
§ 2º Admite-se a adoção de política de segurança c) o comprometimento da alta administração com
cibernética única por: a melhoria contínua dos procedimentos relaciona-
298 I - conglomerado prudencial; e dos com a segurança cibernética; e
VII - as iniciativas para compartilhamento de informações sobre os incidentes relevantes, mencionados no inciso IV,
com as demais instituições referidas no art. 1º.
§ 1º Na definição dos objetivos de segurança cibernética referidos no inciso I do caput, deve ser contemplada a capa-
cidade da instituição para prevenir, detectar e reduzir a vulnerabilidade a incidentes relacionados com o ambiente
cibernético.
§ 2º Os procedimentos e os controles de que trata o inciso II do caput devem abranger, no mínimo, a autenticação, a
criptografia, a prevenção e a detecção de intrusão, a prevenção de vazamento de informações, a realização periódica
de testes e varreduras para detecção de vulnerabilidades, a proteção contra softwares maliciosos, o estabelecimento
de mecanismos de rastreabilidade, os controles de acesso e de segmentação da rede de computadores e a manuten-
ção de cópias de segurança dos dados e das informações.
Autenticação
Criptografia
Mecanismos de rastreabilidade
§ 3º Os procedimentos e os controles citados no inciso II do caput devem ser aplicados, inclusive, no desenvolvimento
de sistemas de informação seguros e na adoção de novas tecnologias empregadas nas atividades da instituição.
§ 4º O registro, a análise da causa e do impacto, bem como o controle dos efeitos de incidentes, citados no inciso IV
do caput, devem abranger inclusive informações recebidas de empresas prestadoras de serviços a terceiros.
§ 5º As diretrizes de que trata o inciso V, alínea «b», do caput devem contemplar procedimentos e controles em níveis
de complexidade, abrangência e precisão compatíveis com os utilizados pela própria instituição.
Art. 4º A política de segurança cibernética deve ser divulgada aos funcionários da instituição e às empresas presta-
doras de serviços a terceiros, mediante linguagem clara, acessível e em nível de detalhamento compatível com
as funções desempenhadas e com a sensibilidade das informações.
Art. 5º As instituições devem divulgar ao público resumo contendo as linhas gerais da política de segurança
cibernética.
As instituições deverão estabelecer um plano de ação e de resposta a incidentes; para isso, deverão observar
um mínimo de requisitos previstos no parágrafo único do art. 6º. Vejamos a íntegra dos artigos:
Art. 6º As instituições referidas no art. 1º devem estabelecer plano de ação e de resposta a incidentes visando à
implementação da política de segurança cibernética.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Para esse plano de ação e de resposta, as instituições deverão determinar um diretor responsável pela sua
execução e pela política de segurança cibernética:
Art. 7º As instituições referidas no art. 1º devem designar diretor responsável pela política de segurança cibernética
e pela execução do plano de ação e de resposta a incidentes.
Parágrafo único. O diretor mencionado no caput pode desempenhar outras funções na instituição, desde que não
haja conflito de interesses.
As instituições devem, também, realizar anualmente um relatório sobre a implementação do plano menciona-
do. Esse relatório deverá incluir, no mínimo, os pontos elencados no § 1º do art. 8º: 299
Art. 8º As instituições referidas no art. 1º devem d) a sua aderência a certificações exigidas pela
elaborar relatório anual sobre a implementação do instituição para a prestação do serviço a ser
plano de ação e de resposta a incidentes, mencio- contratado;
nado no art. 6º, com data-base de 31 de dezembro. e) o acesso da instituição contratante aos relatórios
§ 1º O relatório de que trata o caput deve abordar, elaborados por empresa de auditoria especializada
no mínimo: independente contratada pelo prestador de serviço,
I - a efetividade da implementação das ações relativos aos procedimentos e aos controles utiliza-
descritas no art. 6º, parágrafo único, inciso I; dos na prestação dos serviços a serem contratados;
II - o resumo dos resultados obtidos na imple- f) o provimento de informações e de recursos de
mentação das rotinas, dos procedimentos, dos gestão adequados ao monitoramento dos serviços
controles e das tecnologias a serem utilizados na a serem prestados;
prevenção e na resposta a incidentes descritos no g) a identificação e a segregação dos dados dos
art. 6º, parágrafo único, inciso II; clientes da instituição por meio de controles físicos
III - os incidentes relevantes relacionados com o ou lógicos; e
ambiente cibernético ocorridos no período; e h) a qualidade dos controles de acesso voltados à
IV - os resultados dos testes de continuidade de proteção dos dados e das informações dos clientes
negócios, considerando cenários de indisponibi- da instituição.
lidade ocasionada por incidentes. § 1º Na avaliação da relevância do serviço a ser
§ 2º O relatório mencionado no caput deve ser: contratado, mencionada no inciso I do caput, a
I - submetido ao comitê de risco, quando exis- instituição contratante deve considerar a cri-
tente; e ticidade do serviço e a sensibilidade dos dados e
II - apresentado ao conselho de administração das informações a serem processados, armazena-
ou, na sua inexistência, à diretoria da instituição dos e gerenciados pelo contratado, levando em con-
até 31 de março do ano seguinte ao da data-base. ta, inclusive, a classificação realizada nos termos
Art. 9º A política de segurança cibernética refe- do art. 3º, inciso V, alínea “c”.
rida no art. 2º e o plano de ação e de resposta a § 2º Os procedimentos de que trata o caput, inclusi-
incidentes mencionado no art. 6º devem ser apro- ve as informações relativas à verificação menciona-
vados pelo conselho de administração ou, na da no inciso II, devem ser documentados.
sua inexistência, pela diretoria da instituição. § 3º No caso da execução de aplicativos por meio da
Art. 10 A política de segurança cibernética e o internet, referidos no inciso III do art. 13, a institui-
plano de ação e de resposta a incidentes devem ção deve assegurar que o potencial prestador dos
ser documentados e revisados, no mínimo, serviços adote controles que mitiguem os efeitos de
anualmente. eventuais vulnerabilidades na liberação de novas
versões do aplicativo.
Os próximos artigos trataram do foco principal da § 4º A instituição deve possuir recursos e competên-
Resolução nº 4.658/2018. O Capítulo III dessa Resolu- cias necessários para a adequada gestão dos servi-
ção traz o importante ponto da contratação de ser- ços a serem contratados, inclusive para análise de
viços de processamento e armazenamento de dados informações e uso de recursos providos nos termos
e de computação em nuvem. Usualmente, as bancas da alínea «f» do inciso II do caput.
examinadoras dos certames atrelam-se à cobrança Art. 13 Para os fins do disposto nesta Resolução,
literal dos dispositivos; deste modo, os artigos serão os serviços de computação em nuvem abran-
inseridos na íntegra, com destaques para facilitar o gem a disponibilidade à instituição contratan-
seu estudo. Acompanhe a seguir: te, sob demanda e de maneira virtual, de ao
menos um dos seguintes serviços:
Art. 11 As instituições referidas no art. 1º devem I - processamento de dados, armazenamento de
assegurar que suas políticas, estratégias e estrutu- dados, infraestrutura de redes e outros recursos
ras para gerenciamento de riscos previstas na regu- computacionais que permitam à instituição contra-
lamentação em vigor, especificamente no tocante tante implantar ou executar softwares, que podem
aos critérios de decisão quanto à terceirização de incluir sistemas operacionais e aplicativos desen-
serviços, contemplem a contratação de servi- volvidos pela instituição ou por ela adquiridos;
ços relevantes de processamento e armazena- II - implantação ou execução de aplicativos desen-
mento de dados e de computação em nuvem, no volvidos pela instituição contratante, ou por ela
País ou no exterior. adquiridos, utilizando recursos computacionais do
Art. 12 As instituições mencionadas no art. 1º, pre- prestador de serviços; ou
viamente à contratação de serviços relevantes de III - execução, por meio da internet, dos aplicativos
processamento e armazenamento de dados e de implantados ou desenvolvidos pelo prestador de
computação em nuvem, devem adotar procedi- serviço, com a utilização de recursos computacio-
mentos que contemplem: nais do próprio prestador de serviços.
I - a adoção de práticas de governança corporativa Art. 14 A instituição contratante dos serviços men-
e de gestão proporcionais à relevância do serviço a cionados no art. 12 é responsável pela confiabili-
ser contratado e aos riscos a que estejam expostas; e dade, pela integridade, pela disponibilidade, pela
II - a verificação da capacidade do potencial presta- segurança e pelo sigilo em relação aos serviços
dor de serviço de assegurar: contratados, bem como pelo cumprimento da legis-
a) o cumprimento da legislação e da regulamenta- lação e da regulamentação em vigor.
ção em vigor; Art. 15 A contratação de serviços relevantes de
b) o acesso da instituição aos dados e às informa- processamento, armazenamento de dados e de
ções a serem processados ou armazenados pelo computação em nuvem deve ser previamente
prestador de serviço; comunicada pelas instituições referidas no art. 1º
c) a confidencialidade, a integridade, a disponibili- ao Banco Central do Brasil.
dade e a recuperação dos dados e das informações § 1º A comunicação de que trata o caput deve con-
processados ou armazenados pelo prestador de ter as seguintes informações:
300 serviço; I - a denominação da empresa a ser contratada;
II - os serviços relevantes a serem contratados; b) exclusão dos dados citados no inciso I pela empre-
e sa contratada substituída, após a transferência dos
III - a indicação dos países e das regiões em cada dados prevista na alínea “a” e a confirmação da inte-
país onde os serviços poderão ser prestados e os gridade e da disponibilidade dos dados recebidos;
dados poderão ser armazenados, processados V - o acesso da instituição contratante a:
e gerenciados, definida nos termos do inciso III do a) informações fornecidas pela empresa con-
art. 16, no caso de contratação no exterior. tratada, visando a verificar o cumprimento do dis-
§ 2º A comunicação de que trata o caput deve ser posto nos incisos I a III;
realizada, no mínimo, sessenta dias antes da con- b) informações relativas às certificações e aos
tratação dos serviços. relatórios de auditoria especializada, citados no
§ 3º As alterações contratuais que impliquem modifi- art. 12, inciso II, alíneas “d” e “e”; e
cação das informações de que trata o § 1º devem ser c) informações e recursos de gestão adequados
comunicadas ao Banco Central do Brasil, no míni- ao monitoramento dos serviços a serem prestados,
mo, sessenta dias antes da alteração contratual. citados no art. 12, inciso II, alínea “f”;
Art. 16 A contratação de serviços relevantes de VI - a obrigação de a empresa contratada noti-
processamento, armazenamento de dados e de ficar a instituição contratante sobre a subcon-
computação em nuvem prestados no exterior tratação de serviços relevantes para a instituição;
deve observar os seguintes requisitos: VII - a permissão de acesso do Banco Central
I - a existência de convênio para troca de infor- do Brasil aos contratos e aos acordos firmados
mações entre o Banco Central do Brasil e as para a prestação de serviços, à documentação e às
autoridades supervisoras dos países onde os informações referentes aos serviços prestados, aos
serviços poderão ser prestados; dados armazenados e às informações sobre seus
II - a instituição contratante deve assegurar que a processamentos, às cópias de segurança dos dados
prestação dos serviços referidos no caput não e das informações, bem como aos códigos de acesso
cause prejuízos ao seu regular funcionamento aos dados e às informações;
nem embaraço à atuação do Banco Central do VIII - a adoção de medidas pela instituição contra-
Brasil; tante, em decorrência de determinação do Banco
III - a instituição contratante deve definir, previa- Central do Brasil; e
mente à contratação, os países e as regiões em IX - a obrigação de a empresa contratada man-
cada país onde os serviços poderão ser presta- ter a instituição contratante permanentemen-
dos e os dados poderão ser armazenados, proces- te informada sobre eventuais limitações que
sados e gerenciados; e possam afetar a prestação dos serviços ou o cum-
IV - a instituição contratante deve prever alterna- primento da legislação e da regulamentação
tivas para a continuidade dos negócios, no caso em vigor.
de impossibilidade de manutenção ou extinção do Parágrafo único. O contrato mencionado no caput
contrato de prestação de serviços. deve prever, para o caso da decretação de regime
§ 1º No caso de inexistência de convênio nos ter- de resolução da instituição contratante pelo Banco
mos do inciso I do caput, a instituição contratante Central do Brasil:
deverá solicitar autorização do Banco Central do I - a obrigação de a empresa contratada conceder
Brasil para a contratação, observando o prazo e as pleno e irrestrito acesso do responsável pelo regi-
informações requeridas nos termos do art. 15 desta me de resolução aos contratos, aos acordos, à docu-
Resolução. mentação e às informações referentes aos serviços
§ 2º Para atendimento aos incisos II e III do caput, prestados, aos dados armazenados e às informa-
as instituições deverão assegurar que a legislação ções sobre seus processamentos, às cópias de segu-
e a regulamentação nos países e nas regiões em rança dos dados e das informações, bem como aos
cada país onde os serviços poderão ser prestados códigos de acesso, citados no inciso VII do caput,
não restringem nem impedem o acesso das institui- que estejam em poder da empresa contratada; e
ções contratantes e do Banco Central do Brasil aos II - a obrigação de notificação prévia do responsável
dados e às informações. pelo regime de resolução sobre a intenção de a empre-
§ 3º A comprovação do atendimento aos requisitos sa contratada interromper a prestação de serviços,
de que tratam os incisos I a IV do caput e o cumpri- com pelo menos trinta dias de antecedência da data
mento da exigência de que trata o § 2º devem ser prevista para a interrupção, observado que:
documentados. a) a empresa contratada obriga-se a aceitar even-
tual pedido de prazo adicional de trinta dias para a
Art. 17 Os contratos para prestação de serviços
interrupção do serviço, feito pelo responsável pelo
relevantes de processamento, armazenamen-
regime de resolução; e
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
AS INSTITUIÇÕES DEVEM
Art. 22 Sem prejuízo do dever de sigilo e da livre concorrência, as instituições mencionadas no art. 1º devem desen-
volver iniciativas para o compartilhamento de informações sobre os incidentes relevantes de que trata o
art. 3º, inciso IV.
§ 1º O compartilhamento de que trata o caput deve abranger informações sobre incidentes relevantes recebidas de empresas
prestadoras de serviços a terceiros.
§ 2º As informações compartilhadas devem estar disponíveis ao Banco Central do Brasil.
Os artigos seguintes, consonantes às disposições finais da Resolução 4.658/2018, tratam especificamente dos pra-
zos estabelecidos pelo Banco Central para cada etapa de implementação da Resolução em comento:
Art. 23 Devem ficar à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo de cinco anos:
I - o documento relativo à política de segurança cibernética, de que trata o art. 2º;
II - a ata de reunião do conselho de administração ou, na sua inexistência, da diretoria da instituição, no
caso de ser formalizada a opção de que trata o art. 2º, § 2º;
III - o documento relativo ao plano de ação e de resposta a incidentes, de que trata o art. 6º;
IV - o relatório anual, de que trata o art. 8º;
V - a documentação sobre os procedimentos de que trata o art. 12, § 2º;
VI - a documentação de que trata o art. 16, § 3º, no caso de serviços prestados no exterior;
VII - os contratos de que trata o art. 17, contado o prazo referido no caput a partir da extinção do contrato; e
VIII - os dados, os registros e as informações relativas aos mecanismos de acompanhamento e de
controle de que trata o art. 21, contado o prazo referido no caput a partir da implementação dos citados
mecanismos.
Art. 24 O Banco Central do Brasil poderá adotar as medidas necessárias para cumprimento do disposto nesta
Resolução, bem como estabelecer:
I - os requisitos e os procedimentos para o compartilhamento de informações, nos termos do art. 22;
II - a exigência de certificações e outros requisitos técnicos a serem requeridos das empresas contratadas, pela
instituição financeira contratante, na prestação dos serviços de que trata o art. 12;
III - os prazos máximos, de que trata o art. 20, inciso II, para reinício ou normalização das atividades ou dos
serviços relevantes interrompidos; e
IV - os requisitos técnicos e procedimentos operacionais a serem observados pelas instituições para o
cumprimento desta Resolução.
Art. 25 As instituições referidas no art. 1º que, na data de entrada em vigor desta Resolução, já tiverem con-
tratado a prestação de serviços relevantes de processamento, armazenamento de dados e de computação em
nuvem devem apresentar ao Banco Central do Brasil, no prazo máximo de cento e oitenta dias, contados a
302 partir da data de entrada em vigor desta Resolução, cronograma para adequação:
I - ao cumprimento do disposto no art. 16, incisos I, II, IV e § 2º, no caso de serviços prestados no exterior; e
II - ao disposto nos arts. 15, § 1º, e 17.
Parágrafo único. O prazo previsto no cronograma para adequação mencionado no caput não pode ultrapas-
sar 31 de dezembro 2021.
[...]
Art. 27 O Banco Central do Brasil poderá vetar ou impor restrições para a contratação de serviços de pro-
cessamento e armazenamento de dados e de computação em nuvem quando constatar, a qualquer tempo,
a inobservância do disposto nesta Resolução, bem como a limitação à atuação do Banco Central do Brasil,
estabelecendo prazo para a adequação dos referidos serviços.
O ponto inicial desta matéria precisa de uma distinção que comumente passa batido: a diferença de ética e
moral. Você precisa de certezas firmes e objetivas para realizar a sua prova.
Ética é uma área da filosofia. É um estudo amplo, universal e atemporal. Seu objeto de estudo são princípios
fundamentais das ações e do comportamento humano. A moral, por sua vez, é uma construção social. Sendo assim,
está condicionada a sociedade que a cerca, que a contém. A moral tem um aspecto muito mais objetivo e representa
um momento e uma cultura.
Alguns autores trazem ética e moral como sinônimos, mas você precisa ter muito cuidado pois, apesar de
serem semelhantes e abordarem a “mesma coisa” por perspectivas diferentes, as bancas dos concursos estabele-
cem distinções entre esses termos.
Pronto! Temos uma distinção clara:
Princípios
Universal,
ÉTICA atemporal
fundamentais ações
do comportamento
Construção Representa um
MORAL social, ligada a momento e uma
sua sociedade cultura
A ética tem um caráter científico, por isso, suas mudanças e aplicações ocorrem de outra forma. Sua estabilida-
de é muito maior e suas aplicações alcançam uma universalidade. Em algum momento espera-se que mudanças
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
em conceitos éticos ocorrerão, mas para execução de provas de concurso o conceito de universalidade e estabili-
dade é adequado.
Agora que já conseguimos separar algumas caraterísticas de moral e ética, vamos aproveitar o êxito e nos
aprofundar um pouco nos seus conceitos. Para fazer isso vamos usar um pouco de etimologia.
É conveniente analisar no estudo da Ética sua etimologia. Assim, ética é uma palavra que vem do termo grego
ethos, que quer dizer “modo de ser”, “costume” ou “hábito”. A origem da palavra nos remete instantaneamente para
o cerne de seu conceito que, apesar da dificuldade de estabelecer um significado único, nos envia a um conjunto
de princípios morais ou valores que dão condição a convivência humana em sociedade. Em seguida temos a origem
do termo moral, que tem origem no latim e seria “mos” que tem o mesmo significado de ethos e que deu origem à
palavra “moral”.
A Moral varia no tempo, a depender da conjuntura social. Até o Século XIX, por exemplo, considerava-se nor-
mal que crianças trabalhassem em fábricas. Hoje, além de temos uma legislação especial (Estatuto da Criança e do
Adolescente) que protege essas crianças, a sociedade entendeu a necessidade de tratamento diferenciado a esse
grupo vulnerável. 303
Feitas essas distinções e estabelecidos alguns conceitos simples, vamos preparar uma tabela bastante objetiva
que vai ajudar nas revisões sobre esse ponto cobrado nas provas.
ÉTICA MORAL
Não encontra limitações no tempo ou no espa- Seu alcance está condicionado ao local em que se
ALCANCE
ço. É um estudo filosófico e científico. aplica e ao período cultural em que é observada.
As provas de concurso costumam cobrar essa matéria com questões que trazem expressões como: “bom compor-
tamento”, “boa conduta” ou “o bem”, e que acabam confundido o candidato na hora de definir se estão tratando de
ética ou moral pois, apesar das distinções que já estudamos, o limiar de diferenças é tênue.
Assim, certifique-se de qual concepção está sendo cobrada com base nos fundamentos apresentados nas ques-
tões, lembrando que a moral se funda nos costumes e tradições, enquanto a ética se baseia na razão e na reflexão.
REFERÊNCIAS
OS PRINCÍPIOS
Podemos conceber os princípios como sendo alicerces, base para formação dos valores que tem sua origem
nos aspectos econômicos, políticos e sociais. Então, podemos os definir como juízos de valor.
Eles são abstratos e possuem indefinição, mas orientam a intepretação da regra. Vejamos um exemplo que a
Constituição apresenta:
Art. 37 A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fede-
ral e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:
A Constituição, no caput de seu artigo 37, elenca princípios, mas não apresenta uma medida para cumpri-
mento de cada princípio. A norma, nesse momento, não define quais os limites da legalidade, impessoalidade,
publicidade ou eficiência. Por isso, os princípios são abstratos. Esse papel de definir “os limites de aplicação” dos
princípios e de apresentá-los como valores será exercido em um nível seguinte por meio das regras ou normas a
serem estabelecidas.
Nas palavras de Francisco Amaral (2017):
[...] são pensamentos diretores de uma regulamentação jurídica, critérios para a ação e para a constituição de normas e de
institutos jurídicos [...] Como diretrizes gerais e básicas, servem também para fundamentar e dar unidade a um sistema ou
a uma instituição.
Dica
Regras são prescrições de conduta claras e objetivas. Já os princípios são juízos abstratos de valor que orientam a
interpretação e a aplicação das regras.
A distinção entre princípios e regras traduz uma distinção entre dois tipos de normas.
VALORES E VIRTUDES
O Direito recepciona em nosso ordenamento jurídico os valores éticos e morais apontando-os como diretrizes impor-
tantes e como meios de aplicação das normas. Assim, o direito deve ser interpretado muito além das chamadas normas
jurídicas, devendo incorporar a moral em voga naquele momento ao ordenamento jurídico.
Os valores podem ser facilmente exemplificados, mas sua definição é mais complexa. Por exemplo, a vida é um
valor muito importante em nossa sociedade, juntamente com a liberdade e a propriedade. Se vocês repararem,
verão que existe uma relação entre os princípios e as expressões valor, direito, norma e regra.
Inicialmente estabelecemos um princípio: impessoalidade, por exemplo. Em seguida temos que impessoalidade é
a igualdade no tratamento dos cidadãos. A igualdade é um valor e vamos respeitá-lo. Nesse momento só nos faltaria
determinar uma norma de conduta, uma regra para seguirmos. Essa definição de valor é feita informando as pessoas
dos riscos em descumprir a impessoalidade. Ou seja, trazendo esses conceitos para a prática, desrespeitar a impes-
soalidade é uma improbidade administrativa, que configura crime e possui pena. Nesse momento temos um prin-
304 cípio consistente, um valor definido e uma norma apresentada.
Impessoalidade é um princípio.
Igualdade é um valor.
= descumprir a impessoalidade é
improbidade administrativa. Disso
Lei de improbidade
Impessoalidade:
Administrativa:
Princípios
garantia de princípio
Pronto! Definimos os conceitos de princípios e valores e relacionamos esses pontos ao Direito que é o campo
onde vamos aplicá-los.
REFERÊNCIAS
Primeiramente, vale destacar que “Ética” é uma palavra originária do grego “Ethos”, que acarreta a noção de
caráter. Para os gregos antigos, este termo carregava a noção de uma percepção individual, no qual devia ser clara
e confortável, guiando o Homem no “Bem agir”.
Já a ética empresarial, ou ainda ética das organizações, é o comportamento da empresa referente à sua condu-
ta ética, ou seja, quando ela age em conformidade aos princípios morais preconizados na sociedade.
Neste sentido, inferimos que a ética empresarial funciona como os pilares morais e de relacionamento defini-
dos dentro da organização para o seu modo de atuação no mercado, diante de seus clientes, funcionários, parcei-
ros e até mesmo concorrentes. Assim, a atuação ética empresarial é aquela na qual está de acordo com os valores
estabelecidos.
Desse modo, a orientação humanística da ética empresarial é caracterizada por um conjunto de ações, projetos e
valores tendo como valor principal a vida humana, ou seja, ao bem estar social do ser humano.
O debate da ética empresarial abrange e questiona inúmeros aspectos da administração das organizações e
de suas relações com a sociedade.
De forma didática, podemos classificar a sua abrangência em quatro categorias (ou níveis): 305
Atualmente, devido à complexidade das relações
ABRANGÊNCIA DA ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO
entre as partes envolvidas, o termo Compliance, ine-
Nível Social Nível do Stakeholder rente à ética empresarial, vem ganhando destaque.
O termo compliance tem sua origem no verbo no
Na administração e políti- idioma inglês to comply, que significa agir de acor-
Nível Individual
cas internas do com as diretrizes estabelecidas, especificações ou
legislação, ou seja, a organização deve empenhar-
z Nível Social da Ética -se em cumprir e fazer cumprir as regras internas e
externas na qual regem suas atividades.
As questões éticas relacionam-se com o papel e os Na prática, cada vez mais é exigido das organiza-
efeitos das organizações na sociedade em geral. ções uma conduta ética, transparente e responsável
São exemplos das questões éticas envolvidas nesse perante toda a sociedade, não sendo mais aceitas ati-
nível:
tudes e ações sem a devida integridade.
É justo os altos executivos terem seus salários mui-
to maiores do que os trabalhadores operacionais?
Pode-se aceitar a influência das empresas pri- Importante!
vadas nos pleitos eleitorais? Estar em compliance é estar em conformidade
z Nível do Stakeholder com as leis e regulamentos (externos e inter-
nos), com o objetivo de evitar fraudes, ilícitos e
Stakeholder (ou em português, parte interessa- desvios de conduta.
da) são pessoas associadas diretamente ou indi-
retamente à organização ou que sofrem alguma
influência em suas decisões. Certamente, você aluno, deve estar se indagando
São exemplos das questões éticas envolvidas neste que esses conceitos inerentes à ética são abstratos e
nível: de difícil aplicação no dia a dia da organização. Como,
então, aplicar isso no cotidiano da empresa? A respos-
Quais são as obrigações da organização com rela- ta se dá por meio do famoso Código de Ética, nosso
ção ao impacto ambiental sobre as comunidades? próximo assunto!
Quais são as obrigações da empresa em infor-
mar os riscos de seus produtos para o consumi- A GESTÃO DA ÉTICA NAS EMPRESAS PÚBLICAS E
dor final? Ex.: tabaco. PRIVADAS
z Ética na administração e política internas
O principal mecanismo para implantar a gestão
Neste nível, a discussão sobre a ética tem seu foco da ética de modo eficiente, tanto nas empresas priva-
especialmente nas relações entre a organização e das, tanto nas empresas públicas é com a elaboração e
seus empregados. implantação do Código de Ética e/ou conduta.
São exemplos das questões éticas envolvidas neste Como sabemos: documentar é preciso! Assim, o
nível: código de ética é o documento utilizado para tradu-
zir o comportamento esperado de todos os funcio-
Quais são as obrigações da empresa com seu nários, inclusive de dirigentes, gerentes, parceiros
funcionário? comerciais.
Que participação os empregados devem ter nas Aliás, o código de ética do Banco do Brasil é maté-
decisões que afetam a empresa? ria de seu concurso! Caro aluno e futuro funcionário
z Nível Individual do BB, dessa maneira, a instituição ao cobrar o código
de ética no concurso de admissão, pretende que todos
No plano individual, as questões éticas dizem respei- os aprovados já ingressem conhecendo os seus direi-
to de como as pessoas devem tratar-se uma as outras. tos, deveres e o comportamento desejado.
São exemplos das questões éticas envolvidas neste De forma simples, o código de ética estabelece
nível: regras essenciais que devem ser observados por todos,
sem exceção, além de poder prever sanções para os
Quais os direitos as pessoas têm como trabalha- funcionários que o infringirem.
dores e seres humanos? Em regra, inicia-se com uma mensagem da auto-
Que normas de conduta devem orientar as deci- ridade máxima (o presidente), e posteriormente
sões que envolvem e afetam outras pessoas? encontra-se os princípios e valores adotados pela
Afinal, todo este debate sobre a abrangência da éti- organização, além do estabelecimento de direitos,
ca na Administração, tem como objetivo a transforma- deveres, obrigações e vedações, abordando diversos
ção da empresa em uma organização íntegra. outros tópicos relevantes, tais como: responsabilidade
E o que é uma organização íntegra? social, conflito de interesses, políticas de proteção de
O professor Marcelo Coimbra nos ensina que: dados, diversidade e inclusão, etc.
“uma organização íntegra é aquela que consegue Normalmente, as organizações optam por produ-
manter, em cada uma das suas decisões, atividades zir códigos de ética sucintos e de fácil compreensão,
ou ações uma coerência com a sua identidade, nun- favorecendo assim a sua difusão, leitura e aplicação.
ca perdendo de vista os valores que a inspiram e os Na tabela abaixo, trazemos algumas característi-
objetivos que ela deve perseguir, transformando-os cas essenciais na elaboração de um código de ética e/
306 em ação concreta”. ou conduta:
SUGESTÕES PARA ELABORAÇÃO DO CÓDIGO DE ÉTICA
A maioria das ações inerentes à gestão da ética nas empresas privadas são compatíveis com as empresas
estatais (empresa pública e sociedade de economia mista). Dessa maneira, a principal diferença não está nas fer-
ramentas, e sim no modo como são formalizadas.
Na gestão privada é possível implantar as políticas de integridade de forma mais célere, aplicando as ações
necessárias para empresa. Já na gestão pública, respeitando o princípio da legalidade, as ações não podem ser
pautadas pela vontade da administração ou dos agentes públicos, mas sim deve-se obrigatoriamente respei-
tar a vontade da Lei.
É importante ressaltar que, o princípio da legalidade impõe que o agente público observe, fielmente, todos os
requisitos expressos na Lei.
Nessa lógica, na Administração Pública, a conduta ética é objeto de diversos dispositivos legais, por exemplo:
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
Decreto nº 1.171/1994
O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somen-
te entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas prin-
cipalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição
Federal.
Lei nº 13.303/2016
Art. 9º § 1º Deverá ser elaborado e divulgado Código de Conduta e Integridade, que disponha sobre:
I - princípios, valores e missão da empresa pública e da sociedade de economia mista, bem como orientações sobre
a prevenção de conflito de interesses e vedação de atos de corrupção e fraude;
II - instâncias internas responsáveis pela atualização e aplicação do Código de Conduta e Integridade;
III - canal de denúncias que possibilite o recebimento de denúncias internas e externas relativas ao descumprimento
do Código de Conduta e Integridade e das demais normas internas de ética e obrigacionais;
IV - mecanismos de proteção que impeçam qualquer espécie de retaliação a pessoa que utilize o canal de denúncias;
V - sanções aplicáveis em caso de violação às regras do Código de Conduta e Integridade;
VI - previsão de treinamento periódico, no mínimo anual, sobre Código de Conduta e Integridade, a empregados e
administradores, e sobre a política de gestão de riscos, a administradores.
Outro assunto que entrou para a agenda empresarial, e assim também pode ser cobrado em sua prova, é o
debate da responsabilidade social da empresa.
A responsabilidade social empresarial consiste no conjunto de iniciativas que objetiva o desenvolvimento
sustentável, tanto do ponto de vista econômico, quanto do ponto de vista social e ambiental.
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Nesta perspectiva, é de suma importância o foco na dimensão ética de suas relações com as partes envol-
vidas, bem como a qualidade dos impactos da organização sobre a sociedade e o meio ambiente.
Para facilitar o entendimento, esquematizamos os principais pontos na figura a seguir:
� Econômico
Desenvolvimento � Social
Sustentável � Ambiental
307
Outro assunto já cobrado em concursos, é sobre o modelo inicial de responsabilidade social empresarial
desenvolvido por Carroll, no qual se estabelecem as dimensões da responsabilidade social empresarial em for-
ma de uma pirâmide:
Responsabilidade
Discricionária
Responsabilidade Ética
Responsabilidade Legal
Responsabilidade
Econômica
Fonte: Elaborado pelo autor com base em Carroll apud Machado Filho (2020).
Atualmente, com os inúmeros casos de corrupção tanto na iniciativa privada quanto na esfera pública, o com-
portamento ético tornou-se central nos debates nas organizações.
Dessa maneira, a tendência é que as organizações (públicas e privadas) mais transparentes tenham mais cre-
dibilidades em seus relacionamentos sociais e empresariais.
Com isso, a criação e a manutenção de um ambiente ético nas organizações contribuem para o fomento de
uma cultura focada na integridade, na qual permite a participação de todos os atores envolvidos, buscando elimi-
nar possíveis fraudes e corrupções.
Por fim, inferimos, que para o sucesso da organização é fundamental o alinhamento de sua estrutura organiza-
cional, a fim de atender a princípios éticos e com respeito à legislação nacional, de modo a que a função social da
organização seja efetivamente cumprida.
HORA DE PRATICAR!
1. (CESGRANRIO – 2013) O Banco do Brasil é considerado um agente financeiro especial do Governo Federal, devido a algu-
mas atividades que desempenha, como a(o):
10. (CESGRANRIO – 2013) No Brasil, a condução e a ope- 14. (CESGRANRIO – 2015) Sr. W, após longa carreira no
ração diárias da política monetária, com o objetivo de Banco Z&Z S.A., passa a chefiar uma equipe numero-
estabilizar a economia, atingindo a meta de inflação e sa de colaboradores, sendo instado pelas altas ins-
mantendo o sistema financeiro funcionando adequa- tâncias da instituição financeira a aumentar o nível
damente, são uma responsabilidade do(a): de produtividade individual. Com esse objetivo, ele
realiza pesquisas sobre as necessidades e os desejos
a) Caixa Econômica Federal. dos funcionários e realiza diversas sessões de trei-
b) Comissão de Valores Mobiliários. namento. Ao aplicar os conhecimentos nas relações
c) Banco do Brasil. concretas, resolve criar um ritual, ao final de cada
d) Banco Central do Brasil. expediente laboral, elegendo o funcionário mais pro-
e) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e dutivo e o mais improdutivo do dia. Para o vitorioso
Social. funcionário, outorga uma barra de chocolate fino; para
o outro, a inclusão em quadro de avisos, com o seu
11. (CESGRANRIO – 2015) O Pacto Global das Nações nome em letras garrafais. Sra V, após um mês sendo
Unidas (UNGC) desempenha um relevante papel para classificada em último lugar, começa a chorar, causan-
estabelecer parâmetros centrais para o desenvolvi- do comiseração nos seus colegas, que passam a cri-
mento de ações relacionadas à gestão da sustentabi- ticar o método do gerente e levam o caso à Comissão
lidade, dentre outras dimensões. de Ética do Banco.
É um princípio do UNGC, para as empresas, relaciona- Nesse caso, de acordo com o código de Ética do Ban-
do à dimensão sustentabilidade o(a): co do Brasil, tais fatos são:
a) Combate à corrupção em todas as suas formas, inclu- a) Adequados, uma vez que é assegurada às chefias
sive extorsão e propina. completa liberdade para utilização de métodos que
b) Respeito à proteção de direitos humanos reconheci- levem aos objetivos preconizados.
dos internacionalmente. b) Adequados, uma vez que propiciaram aos funcioná-
c) Eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou rios treinamento e motivação, elementos que inte-
compulsório. gram o rol das atividades próprias da instituição sem
d) Apoio à liberdade de associação e de negociação limitações.
coletiva. c) Essenciais para um adequado desenvolvimento do
e) Incentivo ao desenvolvimento e à difusão de tecnolo- trabalho, uma vez que haja uma Comissão de Ética
310 gias ambientalmente amigáveis. externa.
d) Inadequados, uma vez que são repudiadas as ativida- Não sendo a instituição integrante de um conglome-
des de qualquer natureza que caracterizem assédio no rado financeiro, não poderá o diretor, nos termos da
ambiente de trabalho. citada Circular, exercer função relativa à:
e) Inadequados, uma vez que analisar os atos sob a pers-
pectiva empresarial revela-se essencial para aferir a a) Gerência de contas de pessoas jurídicas.
sua regularidade. b) Comissão governamental.
c) Avaliação de recursos humanos.
15. (CESGRANRIO – 2014) O Banco Y, motivado por pes- d) Administração de recursos de terceiros.
quisas internacionais, lança no mercado brasileiro um e) Participação em entes associativos.
produto que se destaca pelo pioneirismo em propor-
cionar lucro acima da média para a instituição finan- 19. (CESGRANRIO – 2013) O Fundo Garantidor de Cré-
ceira e, também, para o cliente que resolver aportar
dito foi criado para, dentre outras finalidades, pro-
recursos.
teger depositantes e investidores no âmbito do
sistema financeiro, até os limites estabelecidos pela
Tal iniciativa estaria em conformidade com o Código
regulamentação.
de Ética do Banco do Brasil por propiciar ao cliente um
produto:
Tal fundo é pessoa jurídica caracterizada como:
a) Inovador.
b) Lucrativo. a) Sociedade por ações.
c) Gerenciado. b) Sociedade de economia mista.
d) Disputado. c) Autarquia especial.
e) Necessário. d) Associação civil.
e) Empresa financeira.
16. (CESGRANRIO – 2014) Um casal possui contas sepa-
radas em uma mesma agência bancária. A mulher, 20. (CESGRANRIO – 2015) Ao chegar à sua agência, um
curiosa quanto aos gastos do marido, segundo ela, cliente percebe que há muitas filas nos caixas. Enquan-
excessivos, procura o gerente do Banco para pedir to aguarda o gerente, ouve reclamações de outros dois
informações sobre a movimentação financeira do côn- clientes que também esperam atendimento. Ambos
juge. O gerente, no entanto, aduz que somente pode comentam que, em dias de forte movimento, o serviço
permitir-lhe o acesso aos dados bancários mediante prestado na agência fica péssimo. Ele tem a sensação
autorização do correntista titular. de que a atenção recebida não é a mesma de outras
experiências naquele banco. Um dos motivos é que, ape-
Nos termos do Código de Ética do Banco do Brasil, o sar de cortês, o gerente é direto e rápido em seu atendi-
gerente estaria: mento, sem conversar tanto como nas vezes anteriores.
a) Protegendo o direito de imagem do correntista diante A experiência desse cliente é um exemplo de como as
da curiosidade da esposa. características dos serviços influenciam o atendimen-
b) Burlando o dever de cortesia que permite o acesso to bancário, pois demonstra que a:
preconizado pela cliente.
c) Violando a lei que permite o acesso de familiares às a) Percepção do cliente é afetada pela variabilidade dos
contas de todos os membros da família. serviços, causada pela irregularidade da demanda.
d) Perdendo uma oportunidade de negócios, deixando de
b) Simultaneidade do atendimento e do recebimento dos
agradar à cliente.
serviços provoca o aumento da demanda nas agências.
e) Assegurando o sigilo da operação bancária, que deve
c) Agência foi influenciada pelo gerente, que não admi-
ser protegido no caso.
nistrou o atendimento de maneira eficaz e eficiente.
d) Intangibilidade dos serviços é um fator que dificulta o
17. (CESGRANRIO – 2015) O combate à lavagem de
dinheiro tem se disseminado no mundo, tendo o rápi- atendimento aos clientes em dias de movimento.
do desenvolvimento de sofisticadas organizações e) Perecibilidade dos serviços sempre provocará impac-
criminosas que utilizam o sistema financeiro para legi- tos negativos na visão dos clientes bancários.
timar as suas atuações originariamente ilícitas.
9 GABARITO
De acordo com a Lei Federal nº 9.613/1998, o crime
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
6 E
18. (CESGRANRIO – 2015) Sr. Q é diretor executivo do
Banco LX & T, tendo sido designado para ser respon- 7 E
sável pela implementação das medidas previstas na
Circular do Bacen no 3.461/2009, bem como pelas 8 D
comunicações aos órgãos nela indicados para a pre- 9 B
venção da lavagem de dinheiro. 311
10 D
11 E
12 A
13 A
14 D
15 A
16 E
17 B
18 D
19 D
20 A
ANOTAÇÕES
312
Atualmente o Windows é oferecido na versão 10,
que possui suporte para os dispositivos apontadores
tradicionais, além de tela touch screen e câmera (para
acompanhar o movimento do usuário, como no siste-
CONHECIMENTOS DE
ma Kinect do videogame xBox).
Em concursos públicos, as novas tecnologias e supor-
INFORMÁTICA
tes avançados são raramente questionados. As questões
aplicadas nas provas envolvem os conceitos básicos e o
modo de operação do sistema operacional em um dispo-
sitivo computacional padrão (ou tradicional).
O sistema operacional Windows é um software pro-
NOÇÕES DE SISTEMAS OPERACIONAIS prietário, ou seja, não tem o núcleo (kernel) disponível e o
usuário precisa adquirir uma licença de uso da Microsoft.
– WINDOWS 10 (32-64 BITS) E
AMBIENTE LINUX (SUSE SLES 15 SP2)
Importante!
O sistema operacional proporciona a base para
execução de todos os demais softwares no computa- Algumas bancas priorizam o conhecimento bási-
dor. Ele é responsável por estabelecer o padrão para co das configurações do sistema operacional.
comunicação com o hardware (através dos drivers). Assim, as primeiras páginas do material sobre
Os computadores podem receber diferentes sistemas, Windows são importantes para a realização das
segundo a sua arquitetura de construção. provas, mas não de todas as bancas. Por isso, a
É possível termos dois ou mais sistemas operacionais
necessidade de se estudar o conteúdo pensando
instalados em um dispositivo. No caso dos computado-
res, o usuário pode criar partições (divisões lógicas) no na relevância dele para as bancas organizadoras.
disco de armazenamento e instalar cada sistema (Win-
dows e Linux) em uma delas. O usuário também poderá
Funcionamento do Sistema Operacional
executar no formato de Máquina Virtual (Virtual Machi-
ne), conforme detalhado no tópico Virtualização.
O que os sistemas operacionais têm em comum? Do momento em que ligamos o computador até o
momento em que a interface gráfica está completa-
z Plataforma para execução de programas: eles mente disponível para uso, uma série de ações e con-
oferecem recursos que são compartilhados pelos figurações são realizadas, tanto nos componentes de
programas executados, desenvolvidos para serem hardware como nos aplicativos de software. Acompa-
compatíveis com o sistema operacional; nhe a seguir estas etapas.
z Núcleo monolítico: arquitetura monobloco, onde
um único processo centraliza e executa as princi-
pais funções. No Windows, é o explorer.exe; HARDWARE SOFTWARE
z Interface gráfica: mesmo oferecendo uma inter-
Energia elétrica - botão ON/OFF POST - Power On Self Test
face de linha de comandos, a interface gráfica é
a mais utilizada e questionada em provas, com
Equipamento OK BIOS - Carregado para a
ícones que representam os itens existentes no memória RAM
dispositivo;
z Multiusuário: os sistemas permitem que vários Disco de Inicialização Gerenciador de Boot
usuários utilizem o dispositivo, cada um com sua
respectiva conta e credenciais de acesso; Memória RAM Núcleo do Sistema Speracional
z Multiprocessamento: os sistemas possibilitam a
execução de vários processos simultaneamente, Periféricos de Entrada Drivers
gerenciando os recursos oferecidos pelo processador;
z Preemptivo: o sistema operacional poderá inter- Interface Gráfica
romper processos durante a sua execução; CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
z Multitarefas: os sistemas operacionais possibilitam
Aplicativos
a execução de várias tarefas de forma simultânea
e concorrentes entre si, através do gerenciamento
profundo da memória do dispositivo; Todo dispositivo possui um sistema de inicializa-
z Interface com o hardware: o sistema operacio- ção. Quando colocamos a chave no contato do carro
nal contém arquivos que atuam como tradutores, e damos a primeira mexida, todas as luzes do painel
possibilitando a comunicação do software com o se acendem e somente aquelas que estiverem ativa-
hardware. das permanecem. Quando ligamos o micro-ondas, ele
acende todo o painel e faz um beep. Quando ligamos
NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL WINDOWS:
o nosso smartphone, ele acende a tela e faz um toque.
WINDOWS 10
Estes procedimentos são úteis para identificar que os
O sistema operacional Windows foi desenvolvido recursos do dispositivo estão disponíveis corretamen-
pela Microsoft para computadores pessoais (PC) em te para utilização.
meados dos anos 80, oferecendo uma interface gráfi-
ca baseada em janelas, com suporte para apontadores z POST – Power On Self Teste: autoteste da inicia-
como mouses, touch pad (área de toque nos portáteis), lização. Instruções definidas pelo fabricante para
canetas e mesas digitalizadoras. verificação dos componentes conectados; 313
z BIOS – Basic Input Output System: sistema bási- z Usuário: poderá executar os programas que foram
co de entrada e saída. Informações gravadas em instalados pelo administrador, mas não poderá
um chip CMOS (Complementary Metal Oxidy Semi- desinstalar ou alterar as configurações;
conductor) que podem ser configuradas pelo usuá- z Convidado ou Visitante: poderá acessar apenas os
rio usando o programa SETUP (executado quando itens liberados previamente pelo administrador. Esta
pressionamos DEL ou outra tecla específica no conta geralmente permanece desativada nas confi-
momento que ligamos o computador, na primeira gurações do Windows, por questões de segurança.
tela do autoteste – POST Power On Self Test);
z KERNEL – Núcleo do sistema operacional: O Windo- No Windows, as permissões NTFS podem ser atri-
ws tem o núcleo fechado e inacessível para o usuário. buídas em Propriedades, guia Segurança. Através de
O Linux tem núcleo aberto e código fonte disponível permissões como Controle Total, Modificar, Gravar,
para ser utilizado, copiado, estudado, modificado e entre outras, o usuário poderá definir o que será aces-
redistribuído sem restrição. O kernel do Linux está sado e executado por outros usuários do sistema. As
em constante desenvolvimento por uma comunidade permissões do sistema de arquivos NTFS não são compatí-
de programadores, e para garantir sua integridade e veis diretamente com o sistema operacional Linux, e caso
qualidade, as sugestões de melhorias são analisadas e tenhamos dois sistemas operacionais ou dois dispositivos
aprovadas (ou não) antes de serem disponibilizadas na rede com sistemas diferentes, um servidor Samba será
para download por todos; necessário, para realizar a ‘tradução’ das configurações.
z Gerenciador de BOOT : O Linux tem diferentes O Windows oferece a interface gráfica (a mais usa-
gerenciadores de boot, mas os mais conhecidos são da e questionada) e pode oferecer uma interface de
o LILO e o Grub; linha de comandos para digitação. O Prompt de Coman-
z GUI - Graphics User Interface: Interface gráfica, dos é a representação do sistema operacional MS-DOS
porque o sistema operacional oferece também a (Microsoft Disk Operation System), que era a opção
padrão de interface para o usuário antes do Windows.
interface de comandos (Prompt de Comandos ou
O Windows 10 oferece o Prompt de Comandos ‘bási-
Linha de Comandos).
co’ e tradicional, acionado pela digitação de CMD segui-
do de Enter, na caixa de diálogo Executar (aberta pelo
Quando o sistema Windows não consegue ini- atalho de teclado Windows+R = Run). Além dele, existe
ciar de forma correta, é possível recuperar o acesso o Windows Power Shell, que é a interface de comandos
através de ferramentas de inicialização. Para acesso programável, acessível pelo menu do botão Iniciar.
a estes recursos, pode ser necessária uma conta com Para conhecer as configurações do dispositivo, o
credenciais de administrador. usuário pode acessar as Propriedades do computa-
dor no Explorador de Arquivos, ou o item Sistema em
z Restauração do Sistema: a cada vez que o Win- Configurações (atalho de teclado Windows+I), ou pela
dows foi iniciado com sucesso, um ponto de res- Central de Ações (atalho de teclado Windows+A), ou
tauração foi criado. A cada instalação de software acionar o atalho de teclado Windows+Pause.
ou alterações significativas das configurações, um A interface gráfica do Windows é caracterizada
ponto de restauração é criado. Em caso de insta- pela Área de Trabalho, ou Desktop. A tela inicial do
bilidade, o usuário pode retornar o Windows para Windows exibe ícones de pastas, arquivos, programas,
um ponto de restauração previamente criado. atalhos, Barra de Tarefas (com programas que podem
z Reparação do Sistema: se arquivos do sistema foram ser executados e programas que estão sendo executa-
seriamente modificados ou se tornaram inacessíveis, dos) e outros componentes do Windows.
o Windows não iniciará e não conseguirá recuperar
para um ponto de restauração. O Windows permite a
criação de um disco de recuperação do sistema, que Microsoft Google Mozilla Kaspersky Firefox
Lixeira
restaura o Windows para as configurações originais. Edge Chrome Thunderbird secure Co
z Histórico de Arquivos: a cada alteração, o Windo-
ws armazena cópias dos arquivos originais e grava W X
os novos dados no local. Depois, caso necessário, o Provas Downloads- Caragua. Lista de Extra Dicas
usuário poderá acessar o Histórico de Arquivos e Anteriores Atalhos docx e-mails p... E-book cesp.txt
retornar para uma cópia anterior do mesmo item.
z Versões anteriores (ou Cópias de Sombra): alte- Digite Aqui Para Pesquisar
rações de conteúdos de pastas são monitorados
pelo Windows. O usuário poderá acessar no menu Figura 1. Imagem da área de trabalho do Windows 10.
de contexto, item Propriedades, guia Versões ante-
riores, as cópias anteriores da mesma pasta, res- Navegador padrão Windows 10 Atalhos
Itens Excluídos
taurando e descartando as alterações posteriores.
gramas e dispositivos, desinstalar ou alterar as Provas Downloads- Caragua. Lista de Extra Dicas
configurações. Os programas podem ser desinsta- Anteriores Atalhos docx e-mails p... E-book cesp.txt
Barra de Tarefas
lados ou reparados pelo administrador;
Digite Aqui Para Pesquisar
Administrador local: configurado para o
dispositivo; Cortana Área de Notificação
Visão de tarefas
Administrador domínio: quando o dispositivo Botão Iniciar
Central de Ações
está conectado em uma rede (domínio), o admi- Barra de acesso rápido
nistrador de redes também poderá acessar o
314 dispositivo com credenciais globais; Figura 2. Elementos da área de trabalho do Windows 10.
A Área de Trabalho, caracterizada pela imagem do z Bloquear o computador: com o atalho de teclado
papel de parede personalizada pelo usuário, poderá Windows+L (Lock), o usuário pode bloquear o com-
ter uma proteção de tela ativada. Após algum tempo putador. Poderá bloquear pelo menu de controle de
sem utilização dos periféricos de entrada (mouse e sessão, acionado pelo atalho de teclado Ctrl+Alt+Del;
teclado), uma imagem ou tela será exibida no lugar da z Gerenciador de Tarefas: para controlar os aplica-
imagem padrão. tivos, processos e serviços em execução. Atalho de
Na área de trabalho do Windows, o usuário pode- teclado: Ctrl+Shift+Esc;
rá armazenar arquivos e pastas, além de criar atalhos z Minimizar todas as janelas: com o atalho de tecla-
para itens no dispositivo, na rede ou na Internet. do Windows+M (Minimize), o usuário pode minimi-
A tela da área de trabalho poderá ser estendida ou zar todas as janelas abertas, visualizando a área de
duplicada, com os recursos de projeção. Ao acionar o ata- trabalho;
lho de teclado Windows+P (Projector), o usuário poderá: z Criptografia com BitLocker: o Windows oferece o
sistema de proteção BitLocker, que criptografa os
z Tela atual: exibir somente na tela atual. dados de uma unidade de disco, protegendo contra
z Estender: ampliar a área de trabalho, usando dois acessos indevidos. Para uso no computador, uma
ou mais monitores, iniciando em uma tela e ‘conti- chave será gravada em um pendrive, e para aces-
nuando’ na outra tela. sar o Windows, ele deverá estar conectado;
z Duplicar: exibir a mesma imagem nas duas telas. z Windows Hello: sistema de reconhecimento facial
z Somente projetor: desativar a tela atual (no note- ou biometria, para acesso ao computador sem a
book, por exemplo) e exibir somente no projetor necessidade de uso de senha;
ou Datashow. z Windows Defender: aplicação que integra recur-
sos de segurança digital, como o firewall, antivírus
O Windows 10 apresenta algumas novidades em
e antispyware.
relação às versões anteriores. Assistente virtual, navega-
dor de Internet, locais que centralizam informações etc.
Procure conhecer os novos recursos dos softwares
constantes do edital publicado.
z Botão Iniciar: permite acesso aos aplicativos instala-
No Windows, algumas definições sobre o que está sen-
dos no computador, com os itens recentes no início da
do executado podem variar, segundo o tipo de execução.
lista e os demais itens classificados em ordem alfabé-
Confira:
tica. Combina os blocos dinâmicos e estáticos do Win-
dows 8 com a lista de programas do Windows 7;
z Aplicativos: são os programas de primeiro plano,
z Pesquisar: com novo atalho de teclado, permite
que o usuário executou.
localizar a partir da digitação de termos, itens no
z Processos: são os programas de segundo plano,
dispositivo, na rede local e na Internet. Atalho de
carregados na inicialização do sistema operacional,
teclado: Windows+S (Search);
componentes de programas instalados pelo usuário.
z Cortana: assistente virtual. Auxilia em pesquisas de
z Serviços : são componentes do sistema operacio-
informações no dispositivo, na rede local e na Internet.
nal carregados durante a inicialização para auxi-
z Visão de Tarefas: permite alternar entre os pro-
gramas em execução e abre novas áreas de traba- liar na execução de vários programas e processos.
lho. Atalho de teclado: Windows+TAB;
z Microsoft Edge: navegador de Internet padrão do Os aplicativos em execução no Windows poderão
Windows 10. Ele está configurado com o buscador ser acessados de várias formas, alternando a exibição
padrão Microsoft Bing, mas pode ser alterado; de janelas, com o uso de atalhos de teclado. Confira:
z Microsoft Loja: loja de app’s para o usuário bai-
xar novos aplicativos para Windows; z Alt + Tab: alterna entre os aplicativos em execução,
z Windows Mail: aplicativo para correio eletrônico, que exibindo uma lista de miniaturas deles para o usuá-
carrega as mensagens da conta Microsoft e pode se tor- rio escolher. A cada toque em Alt+Tab, a seleção
nar um hub de e-mails com adição de outras contas; passa para o próximo item, retornando ao começo CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
z Barra de Acesso Rápido: ícones fixados de pro- quando passar por todos;
gramas para acessar rapidamente; z Alt + Esc: alterna diretamente para o próximo apli-
z Fixar itens: em cada ícone, ao clicar com o botão cativo em execução, sem exibir nenhuma janela de
direito (secundário) do mouse, será mostrado o seleção;
menu rápido, que permite fixar arquivos abertos z Ctrl + Alt + Tab: alterna entre os aplicativos em
recentemente e fixar o ícone do programa na barra execução como o Alt+Tab, mas a tela permanece em
de acesso rápido; exibição, podendo usar as setas de movimentação
z Central de Ações: centraliza as mensagens de segu- para escolha do programa;
rança e manutenção do Windows, como as atuali- z Windows + Tab: mostra a Visão de Tarefas, para
zações do sistema operacional. Atalho de teclado: escolher programas em execução ou outras áreas
Windows+A (Action). A Central de Ações não precisa de trabalho abertas.
ser carregada pelo usuário, ela é carregada automa-
ticamente quando o Windows é inicializado; Vários recursos presentes no sistema operacional
z Mostrar área de trabalho: visualizar rapidamen- Windows podem auxiliar nas tarefas do dia a dia. Pro-
te a área de trabalho, ocultando as janelas que cure praticar as combinações de atalhos de teclado, por
estejam em primeiro plano. Atalho de teclado: dois motivos: elas agilizam o seu trabalho cotidiano e
Windows+D (Desktop); elas caem em provas de concursos. 315
4 - Maximizar Antes de prosseguir, vamos conhecer estes conceitos.
2 - Barra ou linha de título
3 - Minimizar 5 Fechar
1 - Barra de Menus TERMO SIGNIFICADO OU APLICAÇÃO
Documentos
Imagens Folhas
Músicas Flores
Vídeos Frutos
O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que antes era Windows Explorer) para o gerenciamento de pastas
e arquivos. Ele é usado para as operações de manipulação de informações no computador, desde o básico (formatar
discos de armazenamento) até o avançado (organizar coleções de arquivos em Bibliotecas).
O atalho de teclado Windows+E pode ser acionado para executar o Explorador de Arquivos.
Como o Windows 10 está associado a uma conta Microsoft (e-mail Live, ou Hotmail, ou MSN, ou Outlook), o CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
usuário tem disponível um espaço de armazenamento de dados na nuvem Microsoft OneDrive. No Explorador
de Arquivos, no painel do lado direito, o ícone OneDrive sincroniza os itens com a nuvem. Ao inserir arquivos ou
pastas no OneDrive, eles serão enviados para a nuvem e sincronizados com outros dispositivos que estejam conec-
tados na mesma conta de usuário.
Arquivos ocultos, arquivos de sistema, arquivos somente leitura... os atributos dos itens podem ser definidos
pelo item Propriedades no menu de contexto. O Explorador de Arquivos pode exibir itens que tenham o atributo
oculto, desde que ajuste a configuração correspondente.
Extensões de Arquivos
O Windows 10 apresenta ícones que representam arquivos, de acordo com a sua extensão. A extensão carac-
teriza o tipo de informação que o arquivo armazena. Quando um arquivo é salvo, uma extensão é atribuída para
ele, de acordo com o programa que o criou. É possível alterar esta extensão, porém corremos o risco de perder
o acesso ao arquivo, que não será mais reconhecido diretamente pelas configurações definidas em Programas
Padrão do Windows.
Confira na tabela a seguir algumas das extensões e ícones mais comuns em provas de concursos. 317
EXTENSÃO ÍCONE FORMATO
Adobe Acrobat. Pode ser criado e editado pelos aplicativos Office. Formato de docu-
PDF mento portável (Portable Document Format) que poderá ser visualizado em várias
plataformas.
Documento de textos do Microsoft Word. Textos com formatação que podem ser
editados pelo LibreOffice Writer.
DOCX
Pasta de trabalho do Microsoft Excel. Planilhas de cálculos que podem ser editadas
pelo LibreOffice calc.
XLSX
Apresentação de slides do Microsoft PowerPoint, que poderá ser editada pelo Li-
PPTX breOffice Impress.
Texto sem formatação. Formato padrão do acessório Bloco de Notas. Poderá ser
aberto por vários programas do computador.
TXT
Rich Text Format – formato de texto rico. Padrão do acessório WordPad, este docu-
mento de texto possui alguma formatação, como estilos de fontes.
RTF
Formato de áudio. O Gravador de Som pode gravar o áudio. O Windows Media Player
e o Groove Music, podem reproduzir o som.
MP3
Formato ZIP, padrão do Windows para arquivos compactados. Não necessita de pro-
gramas adicionais, como o formato RAR que exige o WinRAR.
ZIP
Se o usuário quiser, pode acessar Configurações (atalho de teclado Windows+I) e modificar o programa padrão. Alteran-
do esta configuração, o arquivo será visualizado e editado por outro programa de escolha do usuário.
No Windows 10, Configurações é o Painel de Controle. A troca do nome alterou a organização dos itens de ajustes do
Windows, tornando-se mais simples e intuitivo.
Através deste item o usuário poderá instalar e desinstalar programas e dispositivos, configurar o Windows,
além de outros recursos administrativos.
Por meio do ícone Rede e Internet do Windows 10, acessado pela opção Configurações, localizada na lista exi-
bida a partir do botão Iniciar, é possível configurar VPN, Wi‐Fi, modo avião, entre outros. VPN/ Wi-Fi/ Modo avião/
318 Status da rede/ Ethernet/ Conexão discada/ Hotspot móvel/ Uso de dados/ Proxy.
Modo Avião é uma configuração comum em smar- Ao acionar o atalho de teclado Alt+PrintScreen,
tphones e tablets que permite desativar, de manei- estamos copiando uma ‘foto da janela atual’ para a
ra rápida, a comunicação sem fio do aparelho – que Área de Transferência, desconsiderando outros ele-
inclui Wi‑Fi, Bluetooth, banda larga móvel, GPS, GNSS, mentos da tela do Windows.
NFC e todos os demais tipos de uso da rede sem fio. Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+V (Colar), o
Mas, eu não vejo as extensões de meus arquivos. conteúdo que está armazenado na Área de Transfe-
Como resolver? rência será inserido no local atual.
O Explorador de Arquivos possui diferentes modos As ações realizadas no Windows, em sua quase
de exibição. Poderá ser em Lista, ou Detalhes, ou Con- totalidade, podem ser desfeitas ao acionar o atalho de
teúdo, entre outras. O usuário poderá ativar ou desati- teclado Ctrl+Z imediatamente após a sua realização.
var a exibição das extensões dos arquivos, facilitando Por exemplo, ao excluir um item por engano, ao pres-
a manipulação dos itens. sionar DEL ou DELETE, o usuário pode acionar Ctrl+Z
No Explorador de Arquivos do Windows 10, ao (Desfazer) para restaurar ele novamente, sem neces-
exibir os detalhes dos arquivos, é possível visualizar sidade de acessar a Lixeira do Windows.
informações, como, por exemplo, a data de modifica- E outras ações podem ser repetidas, acionando o
ção e o tamanho de cada arquivo. atalho de teclado Ctrl+Y (Refazer), quando possível.
Para obter uma imagem de alguma janela em
Modos de Exibição do Windows 10 exibição, além dos atalhos de teclado PrintScreen e
Alt+PrintScreen, o usuário pode usar o recurso Instan-
tâneo, disponível nos aplicativos do Microsoft Office.
Outra forma de realizar esta atividade, é usar a
Ferramenta de Captura (Captura e Esboço), disponível
no Windows.
Mas se o usuário quer apenas gravar a imagem cap-
turada, poderá fazer com o atalho de teclado Windo-
ws+PrintScreen, que salva a imagem em um arquivo na
pasta “Capturas de Tela”, na Biblioteca de Imagens.
Importante!
Ícones Extra Grandes Ícones Extra Grandes com nome (e extensão)
A área de transferência é um dos principais
Ícones Grandes
Ícones Grandes com nome (e extensão) recursos do Windows, que permite o uso de
Ícones médios com nome (e extensão) comandos, realização de ações e controle das
Ícones Médios
organizados da esquerda para a direita ações que serão desfeitas.
Ícones Pequenos
Ícones pequenos com nome (e extensão)
organizados da esquerda para a direita
Ícones pequenos com nome (e extensão)
Operações de Manipulação de Arquivos e Pastas
Lista
organizados de cima para baixo
Ícones pequenos com nome, data de Ao nomear arquivos e pastas, algumas regras pre-
Detalhes
modificaçã, tipo e tamanho. cisam ser conhecidas para que a operação seja reali-
Ícones médios com nome, tipo e tamanho, zada com sucesso.
Lado a Lado
organizado da esquerda para a direita.
Ícones médios com nome, autores, data de z O Windows não é case sensitive. Ele não faz distin-
Conteúdo
modificação, marcas e tamanho. ção entre letras minúsculas ou letras maiúsculas.
Um arquivo chamado documento.docx será consi-
Área de Transferência derado igual ao nome Documento.DOCX;
z O Windows não permite que dois itens tenham o
Um dos itens mais importantes do Windows não é mesmo nome e a mesma extensão quando estive-
visível como um ícone ou programa. A Área de Trans- rem armazenados no mesmo local;
ferência é um espaço da memória RAM, que armazena z O Windows não aceita determinados caracteres
uma informação de cada vez. A informação armaze- nos nomes e extensões. São caracteres reservados,
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
nada poderá ser inserida em outro local, e ela acaba para outras operações, que são proibidos na hora
de nomear arquivos e pastas. Os nomes de arqui-
trabalhando em praticamente todas as operações de
vos e pastas podem ser compostos por qualquer
manipulação de pastas e arquivos.
caractere disponível no teclado, exceto os carac-
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+X (Recortar),
teres * (asterisco, usado em buscas), ? (interroga-
estamos movendo o item selecionado para a memória
ção, usado em buscas), / (barra normal, significa
RAM, para a Área de Transferência. opção), | (barra vertical, significa concatenador de
No Windows 10, se quiser visualizar o conteúdo comandos), \ (barra invertida, indica um caminho),
da Área de Transferência, acione o atalho de teclado “ (aspas, abrange textos literais), : (dois pontos, sig-
Windows+V (View). nifica unidade de disco), < (sinal de menor, signi-
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+C (Copiar), fica direcionador de entrada) e > (sinal de maior,
estamos copiando o item para a memória RAM, para significa direcionador de saída);
ser inserido em outro local, mantendo o original e z Existem termos que não podem ser usados, como
criando uma cópia. CON (console, significa teclado), PRN (printer, sig-
Ao acionar o atalho de teclado PrintScreen, esta- nifica impressora) e AUX (indica um auxiliar), por
mos copiando uma ‘foto da tela inteira’ para a Área de referenciar itens de hardware nos comandos digi-
Transferência, para ser inserida em outro local, como tados no Prompt de Comandos. (por exemplo, para
em um documento do Microsoft Word ou edição pelo enviar para a impressora um texto através da linha
acessório Microsoft Paint. de comandos, usamos TYPE TEXTO.TXT > PRN). 319
As ações realizadas pelos usuários em relação à manipulação de arquivos e pastas, pode estar condicionada ao
local onde ela é efetuada, ou ao local de origem e destino da ação. Portanto, é importante verificar no enunciado
da questão, geralmente no texto associado, estes detalhes que determinarão o resultado da operação.
As operações podem ser realizadas com atalhos de teclado, com o mouse, ou com a combinação de ambos. Vale
ressaltar que algumas bancas organizadoras não costumam questionar ações práticas nas provas e, raramente,
utilizam imagens nas questões.
Não é possível recortar e colar na mesma pasta. Será exibida uma men-
Ctrl+X e Ctrl+V na mesma pasta
sagem de erro.
Ctrl+X e Ctrl+V em locais diferentes Recortar (da origem) e colar (no destino). O item será movido
Copiar (da origem) e colar (no destino). O item será duplicado, mantendo
Ctrl+C e Ctrl+V em locais diferentes
o nome e extensão.
Tecla Delete em um item do disco Será excluído definitivamente. A Lixeira do Windows não armazena itens
removível de unidades removíveis (pendrive), ópticas ou unidades remotas.
Lixeira
Um dos itens mais questionados em concursos públicos é a Lixeira do Windows. Ela armazena os itens que
foram excluídos de discos rígidos locais, internos ou externos conectados na CPU.
Ao pressionar o atalho de teclado Ctrl+D, ou a tecla DELETE (DEL), o item é removido do local original e arma-
zenado na Lixeira.
Quando o item está na Lixeira, o usuário pode escolher a opção ‘Restaurar’, para retornar ele para o local
original. Se o local original não existe mais, pois suas pastas e subpastas foram removidas, a Lixeira recupera o
caminho e restaura o item.
Os itens armazenados na Lixeira poderão ser excluídos definitivamente, escolhendo a opção “Esvaziar Lixeira” no
menu de contexto ou faixa de opções da Lixeira.
Quando acionamos o atalho de teclado Shift+Delete, o item será excluído definitivamente. Pelo Windows, itens excluí-
dos definitivamente ou apagados após esvaziar a Lixeira, não poderão ser recuperados. É possível recuperar com progra-
mas de terceiros, mas isto não é considerado no concurso, que segue a configuração padrão.
Os itens que estão na Lixeira podem ser arrastados com o mouse para fora dela, restaurando o item para o
local onde o usuário liberar o botão do mouse.
A Lixeira do Windows tem o seu tamanho definido em 10% do disco rígido ou 50 GB. O usuário poderá alterar o
tamanho máximo reservado para a Lixeira, poderá desativar ela excluindo os itens diretamente, e configurar Lixeiras
individuais para cada disco conectado.
Arrastar com botão secundário do mouse pressionado, e Exibe o menu de contexto, podendo “Copiar aqui” (no local
soltar na mesma unidade. onde soltar).
Arrastar com botão secundário do mouse pressionado, e Exibe o menu de contexto, podendo “Copiar aqui” (no local
soltar em outra unidade de disco. onde soltar) ou “Mover aqui”.
Arrastar com o botão principal pressionado um item com O item será copiado, quando a tecla CTRL for liberada, in-
a tecla CTRL pressionada. dependente da origem ou do destino da ação.
Arrastar com o botão principal pressionado um item com O item será movido, quando a tecla SHIFT for liberada, in-
a tecla SHIFT pressionada. dependente da origem ou do destino da ação.
Arrastar com o botão principal pressionado um item com Será criado um atalho para o item, independente da ori-
a tecla ALT pressionada (ou CTRL+SHIFT). gem ou do destino da ação.
As ações envolvendo tela touchscreen foram questionadas quando o Windows 8 estava disponível. No Windo-
ws 10, apesar de ter suporte para telas sensíveis ao toque, não temos questões sobre as ações no sistema opera-
cional com esta interface.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESGRANRIO – 2018) Se um usuário tem duas pastas em uma mesma partição de um disco rígido de um compu-
tador rodando o Windows 10 em português, o que acontece se esse usuário, utilizando o botão esquerdo do mouse,
arrasta uma pasta sobre a outra?
a) Aparece uma mensagem perguntando se o usuário quer mover a pasta e todo o seu conteúdo ou somente o conteúdo
da pasta.
b) A pasta arrastada e o seu conteúdo são copiados para a outra pasta.
c) A pasta arrastada e todo o seu conteúdo são movidos para a outra pasta e deixam de existir na localização original.
d) O conteúdo da pasta arrastada é movido para a outra pasta, mas a pasta de origem, agora vazia, continua a existir na
localização original.
e) O usuário recebe uma mensagem de erro advertindo-o de que pastas não podem ser aninhadas.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Ao arrastarmos um item de um local em uma unidade de disco para outro local na mesma unidade de disco, o
item será movido. Ao arrastarmos um item de um local em uma unidade de disco para outra unidade de disco, o
item será copiado. A letra A está errada, pois não aparecerá uma mensagem com confirmações parciais para a
ação. A letra B está errada, pois, estando na mesma unidade de disco, os itens são movidos (seriam copiados se
fossem unidades diferentes). A letra D está errada, pois, ao mover a pasta, ela deixa de existir no local original,
passando a existir apenas no destino da movimentação. A letra E está errada, pois não há o conceito de pastas
aninhadas – uma pasta dentro de outra pasta é uma subpasta. Resposta: Letra C.
NOÇÕES DE SISTEMA OPERACIONAL GNU LINUX – CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA OPERACIONAL GNU LINUX
O sistema operacional Linux é uma opção ao sistema operacional Windows, com outras características próprias.
O sistema operacional Linux é mais utilizado em sistemas de baixo custo, e possui diferentes distribuições para
diferentes modelos de computadores. Por ser um sistema de código aberto, deu origem a outros sistemas como o
iOs (Apple) e o Android (Google).
Por ser um sistema operacional livre e licenciável, possui a licença GNU GPL para distribuição. O projeto GNU
foi lançado no começo dos anos 80 e atualmente é patrocinado pela FSF (Free Software Foundation). Muitos usuá-
rios descobrem que no contexto de softwares livres, ser livre não significa ser gratuito. Ao contrário do termo 321
freeware, que identifica uma categoria de softwares Kernel (núcleo)
Os diretórios são pastas onde armazenamos e organizamos arquivos e subpastas (subdiretórios). A represen-
tação dos diretórios segue o princípio lúdico de uma árvore. Árvore de diretórios ou folder tree é a forma como
as pastas dos sistemas Linux estão organizadas. Elas têm uma hierarquia, para facilitar a organização do sistema,
seus arquivos, bibliotecas e inclusive para melhorar a segurança do sistema.
FHS é um acrônimo para Hierarquia do Sistema de Arquivos. Basicamente, ele é um padrão que todas as dis-
tribuições Linux devem seguir para organizar os seus diretórios.
A escolha da árvore para representar a estrutura de diretórios, se mostrou adequada, dada a semelhança
entre seus componentes. Por exemplo, o diretório raiz é o primeiro diretório, assim como a raiz de uma árvore.
Encontramos diretórios principais, como /bin, /etc, /lib e /tmp, que podem ser considerados o ‘caule’ da árvore
de diretórios. Nos diretórios é possível criar subdiretórios, o que representam os galhos de uma árvore. E dentro
dos diretórios, temos arquivos (documentos, comandos, temporários) igual a árvore, como flores, folhas e frutos.
Enquanto o Windows representa com barra invertida um diretório, no Linux é usada a barra normal.
Diretórios, pastas e Bibliotecas são ‘sinônimos’. Diretórios é o nome usado no Windows XP e Linux, proveniente
do ambiente MS-DOS (interface de caracteres). Pastas é o nome usado no Windows. Bibliotecas é a estrutura de
organização criada no Windows Vista, que é utilizada no Windows 7, 8, 8.1 e 10 para organizar as informações
do usuário. Elas são usadas para organizar arquivos e subpastas (subdiretórios), mantendo-os até o momento de
serem apagados.
Importante!
Diretórios e comandos Linux são os itens mais importantes em concursos atualmente. Conceitos e caracte-
rísticas do sistema operacional Linux já foram amplamente questionados nas provas anteriores.
Os diretórios são denominados com algumas letras que indicam o seu conteúdo. Confira na tabela a seguir.
/home home – início Contém os arquivos dos usuários, como as bibliotecas do Windows.
Os comandos são grafados com letras minúsculas, assim como os nomes dos diretórios. Diretórios e comandos
são algumas letras do nome do conteúdo ou ação realizada, que é um termo em inglês.
A seguir, uma tabela mais completa, com quase todos os diretórios de uma distribuição padrão Linux.
arquivos utilizados durante a inicialização do sistema. Boot é uma expressão comum a vários
/boot
sistemas para indicar a inicialização.
sistemas de arquivos montados no sistema (file system table – tabela do sistema de arquivos). O
/etc/fstab
sistema de arquivos do Linux pode ser EXT3, EXT4, entre outros.
/etc/group Grupos.
323
DIRETÓRIO DESCRIÇÃO E COMENTÁRIOS
/etc/include header para programação em C, através do comando include.
/etc/skel Contém os arquivos e estruturas que serão copiadas para um novo usuário do sistema.
/home pasta pessoal dos usuários comuns. Equivale às bibliotecas do sistema Windows.
/mnt ponto de montagem de sistemas de arquivos (CD, floppy, partições...) MNT vem de mount, montagem.
/proc sistema de arquivos virtual com dados sobre o sistema. PROC vem de procedure.
/sbin arquivos/comandos especiais (geralmente não são utilizados por usuários comuns).
Unix System Resources. Contém arquivos de todos os programas para o uso dos usuários de
/usr
sistemas UNIX.
/usr/man manuais.
/usr/info informações.
/var Contém arquivos que são modificados enquanto o sistema está rodando (variáveis).
/var/lib Bibliotecas.
Contém os arquivos que armazenam informações, mensagens de erros dos programas, relatórios
/var/log
diversos, entre outros tipos de logs.
Existem sites na Internet que oferecem emuladores de Linux, para treinamento. Acesse https://bellard.org/
jslinux/ para conhecer algumas opções.
Comandos Linux
Os comandos são denominados com algumas letras que indicam a tarefa que eles realizam. Confira na tabela
a seguir:
A seguir, uma tabela mais completa, com quase todos os comandos questionados pelas bancas organizadoras,
quando temos o item Linux no conteúdo programático.
324
COMANDO DESCRIÇÃO EXEMPLO AÇÃO
cat arq1.txt >> arq2.txt O arq1.txt será concatenado com arq2.txt
Concatenar, juntar ou mostrar. Exibir
Os arq1.txt e arq2.txt serão unidos em arq3.
cat o conteúdo de arquivos ou direcioná- cat arq1.txt arq2.txt >> arq3.txt
txt
-lo para outro.
cat arq1.txt Exibirá arq1.txt
Lê o conteúdo de um ou mais arqui- O comando cut pode ser usado para mostrar
cut vos e tem como saída uma coluna cut arq1.txt apenas seções específicas de um arquivo de
vertical. texto ou da saída de outros comandos.
init 0 Desligar
init Desligar ou reiniciar o computador.
init 6 Reiniciar
rmdir Remover diretórios. rmdir novo Remove o diretório novo que está no local atual. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
sort Ordena o conteúdo de um arquivo. sort arq1.txt Ordena o conteúdo do arquivo arq1.txt
Todos os sistemas operacionais possuem recursos para a realização das mesmas tarefas. Não é correto afirmar
que um sistema é melhor que outro, sendo que eles são equivalentes em funcionalidades.
A interface que não é gráfica, ou seja, de caracteres, sempre existiu nos computadores. Mas entre o Windows e Linux exis-
tem diferenças, tanto operacionais como de comandos. Confira um comparativo de comandos entre o Linux e o Windows.
LINUX WINDOWS
Ajuda man, help ou info /?
Data e Hora date, cal ou hwclock date e time
Espaço em disco df dir
Processos em execução ps
Finalizar processo kill
Qual o diretório atual? pwd cd
Subir um nível cd .. cd..
Diretório raiz cd / cd \
Voltar ao diretório anterior cd –
Diretório pessoal cd ~
Copiar arquivos cp copy
Mover arquivos mv move
Renomear mv ren
Listar arquivos ls dir
Apagar arquivos rm del
Apagar diretórios rm deltree
Criar diretórios mkdir md
Alterar atributos attrib
Alterar permissões chmod
Alterar proprietário (dono) chown
Alterar grupo chgrp
Comparar arquivos e pastas diff comp
Empacotar arquivos tar
Compactar arquivos gzip compact
Alterar a senha passwd
Concatenar, juntar e mostrar cat
Mostrar, visualizar vi type
Pausa na exibição de páginas more ou less more
Interfaces de rede ifconfig ipconfig
Caminho dos pacotes tracert route
Listar todas as conexões netstat arp -a
326
LINUX WINDOWS
Apagar a tela clear Cls
Concatenar comandos | |
Direcionar a entrada para um comando < <
Direcionar a saída de um comando > >
Localizar ocorrências dentro do arquivo grep
Exibir as últimas linhas do arquivo tail
Diretório raiz / (barra normal) \ (barra invertida)
Opção de um comando - (sinal de menos) / (barra normal)
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (FCC – 2019) Um Procurador solicitou ajuda ao suporte técnico para resolver um problema de conexão com a Internet em
um computador que usa o sistema operacional Linux. O atendente do suporte solicitou a ele para informar o endereço IP
do computador na rede. Para obter este endereço, em linha de comando, ele utilizou a instrução
a) netsh -a
b) ipconfig
c) getip -a
d) ifconfig
e) ipaddress
O comando, no Linux, para consultar as informações da conexão de rede é o ifconfig. No Windows, é ipconfig.
Resposta: Letra D.
As extensões dos arquivos editáveis produzidos pelos pacotes de produtividade são apresentadas na tabela a seguir.
EXTENSÕES DE MICROSOFT
LIBREOFFICE
ARQUIVOS OFFICE
As extensões do Microsoft Office, para arquivos editáveis, terminam em X, em referência ao conteúdo forma-
tado com XML, que foi introduzido na versão 2007. As extensões do LibreOffice iniciam com OD, em referência ao
Open Document, do Open Office. 327
Microsoft Office Os arquivos produzidos pelo Microsoft Office
podem ser gravados no formato PDF. O Microsoft
Office 2003 Office 2007 Office 365 Word, desde a versão 2013, possui o recurso “Refuse
PDF”, que permite editar um arquivo PDF como se fos-
Até a versão 2003, os arquivos produzidos pelo se um documento do Word.
Microsoft Office eram identificados com extensões de 3 O Microsoft Word pode gravar o documento no for-
letras, como DOC, XLS e PPT. Algumas questões de con- mato ODT, do LibreOffice, assim como é capaz de editar
cursos ainda apresentam estas extensões nas alternati- documentos produzidos no outro pacote de aplicativos.
vas das questões. Durante a edição de um documento, o Microsoft Word:
Na versão 2007, o padrão XML (eXtensible Markup
Language) foi implementado para oferecer portabili- z Faz a gravação automática dos dados editados en-
dade aos documentos produzidos. As extensões dos quanto o arquivo não tem um nome ou local de ar-
arquivos passaram a ser identificadas com 4 letras, mazenamento definidos. Depois, se necessário, o
como DOCX, XLSX e PPTX. usuário poderá “Recuperar documentos não salvos”;
Com o avanço dos recursos de computação na nuvem, z Faz a gravação automática de auto recuperação
o Office foi disponibilizado na versão on-line, que poste- dos arquivos em edição que tenham nome e local
riormente se chamou 365, e é a versão atual do pacote. definidos, permitindo recuperar as alterações que
Com um novo formato de licenciamento, com assinaturas não tenham sido salvas;
mensais e anuais, ao invés da venda de licenças de uso, a z As versões do Office 365 oferecem o recurso de
instalação do Office 365 no computador disponibiliza a “Salvamento automático”, associado à conta Mi-
última versão do pacote para escritórios. crosoft, para armazenamento na nuvem Microsoft
MS-WORD 2010 OneDrive. Como na versão on-line, a cada altera-
ção, o salvamento será realizado.
Estrutura Básica dos Documentos
O formato de documento RTF (Rich Text Format) é
Os documentos produzidos com o editor de textos
padrão do acessório do Windows chamado WordPad,
Microsoft Word possuem a seguinte estrutura básica:
e por ser portável, também poderá ser editado pelo
z Documentos – arquivos DOCX criados pelo Microsoft Microsoft Word.
Word 2007 e superiores. Os documentos são arquivos
editáveis pelo usuário, que podem ser compartilhados Dica
com outros usuários para edição colaborativa;
z Os Modelos (Template), com extensão DOTX, con- Em questões de informática nos concursos as
tém formatações que serão aplicadas aos novos extensões dos arquivos produzidos pelo usuário
documentos criados a partir dele. O modelo é usa- costumam ser questionadas com regularidade.
do para a padronização de documentos;
z O modelo padrão do Word é NORMAL.DOTM Ao iniciar a edição de um documento, o modo
(Document Template Macros – modelo de docu- de exibição selecionado na guia Exibir é “Layout de
mento com macros). As macros são códigos desen- Impressão”. O documento será mostrado na tela da
volvidos em Visual Basic for Applications (VBA) mesma forma que será impresso no papel.
para a automatização de tarefas; O Modo de Leitura permite visualizar o documen-
z Páginas – unidades de organização do texto, segun- to sem outras distrações como a Faixa de Opções com
do a orientação, o tamanho do papel e margens. As os ícones. Neste modo, parecido com Tela Inteira, a
principais definições estão na guia Layout, mas tam- barra de título continua sendo exibida.
bém encontrará algumas definições na guia Design; O modo de exibição “Layout da Web” é usado para
z Seção – divisão de formatação do documento, visualizar o documento como ele seria exibido se esti-
onde cada parte tem a sua configuração. Sempre vesse publicado na Internet como página web.
que forem usadas configurações diferentes, como Em “Estrutura de Tópicos” apenas os estilos de
margens, colunas, tamanho da página, orientação, Títulos serão mostrados, auxiliando na organização
cabeçalhos, numeração de páginas, entre outras, as
dos blocos de conteúdo.
seções serão usadas;
O modo “Rascunho”, que antes era modo “Nor-
z Parágrafos – formado por palavras e marcas de
mal”, exibe o conteúdo de texto do documento sem os
formatação. Finalizado com Enter, contém for-
elementos gráficos (imagens, cabeçalho, rodapé) exis-
matação independente do parágrafo anterior e do
parágrafo seguinte; tentes nele.
z Linhas – sequência de palavras que pode ser um Os modos de exibição estão na guia “Exibir”, que
parágrafo, ocupando uma linha de texto. Se for faz parte da Faixa de Opções. Ela é o principal elemen-
finalizado com Quebra de Linha, a configuração to da interface do Microsoft Office.
atual permanece na próxima linha;
Acesso Rápido Guia Atual Item com Listagem Guias ou Abas
z Palavras – formado por letras, números, símbolos,
caracteres de formatação etc.
Os arquivos produzidos nas versões anteriores do
Word são abertos e editados nas versões atuais. Arqui-
vos de formato DOC são abertos em Modo de Compa-
tibilidade, com alguns recursos suspensos. Para usar
todos os recursos da versão atual, deverá “Salvar
como” (tecla de atalho F12) no formato DOCX.
Os arquivos produzidos no formato DOCX poderão
ser editados pelas versões antigas do Office, desde que Caixa de Diálogo do Grupo Grupo Ícone com Opções
instale um pacote de compatibilidade, disponível para
328 download no site da Microsoft. Figura 1. Faixa de opções do Microsoft Word
Para mostrar ou ocultar a Faixa de Opções, o atalho de teclado Ctrl+F1 poderá ser acionado. Na versão 2007 ela era
fixa e não podia ser ocultada. Atualmente ela pode ser recolhida ou exibida, de acordo com a preferência do usuário.
A Faixa de Opções contém guias, que organizam os ícones em grupos.
Recortar
Copiar
Área de Transferência
Colar
Tamanho da fonte
Fonte
Aumentar fonte
Diminuir fonte
Folha de Rosto
Quebra de Página
Tabelas Tabela
Inserir
Imagem
Formas
As guias possuem uma organização lógica, sequencial, das tarefas que serão realizadas no documento, desde
o início até a visualização do resultado final.
BOTÃO/GUIA DICA
Arquivo Comandos para o documento atual. Salvar, salvar como, imprimir, Salvar e enviar
Tarefas iniciais. O início do documento, acesso à Área de Transferência, formatação de fontes,
Página Inicial CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
parágrafos. Formatação do conteúdo da página
Tarefas secundárias. Adicionar um objeto que ainda não existe no documento. Tabela, Ilustra-
Inserir
ções, Instantâneos
Layout da Página Configuração da página. Formatação global do documento, formatação da página
Design Reúne formatação da página e plano de fundo
Referências Índices e acessórios. Notas de rodapé, notas de fim, índices, sumários etc
Correspondências Mala direta. Cartas, envelopes, etiquetas, e-mails e diretório de contatos
Correção do documento. Ele está ficando pronto... Ortografia e gramática, idioma, controle de
Revisão
alterações, comentários, comparar, proteger etc
Exibir Visualização. Podemos ver o resultado de nosso trabalho. Será que ficou bom?
329
EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEXTOS
EXERCÍCIOS COMENTADOS
A edição e formatação de textos consiste em apli-
1. (VUNESP – 2020) O arquivo modelo que sempre abre car estilos, efeitos e temas, tanto nas fontes, como nos
quando é iniciado o programa MS Word 2010, em sua parágrafos e nas páginas.
configuração padrão, e que inclui os estilos padrão e Os estilos fornecem configurações padronizadas
as personalizações que determinam a aparência bási- para serem aplicadas aos parágrafos. Estas formata-
ca de um documento, é o ções envolvem as definições de fontes e parágrafos,
sendo úteis para a criação dos índices ao final da edi-
a) Abertura.dotm ção do documento. Os índices são gerenciados através
b) Begin.docx das opções da guia Referências.
No Microsoft Word estão disponíveis na guia Pági-
c) Início.dotx
na Inicial, e no LibreOffice Writer estão disponíveis no
d) Padrão.docx
menu Estilos.
e) Normal.dotm
Com a ferramenta Pincel de Formatação, o usuá-
rio poderá copiar a formatação de um local e aplicar
As configurações de fontes e parágrafos, assim em outro local no mesmo documento, ou em outro
como os estilos utilizados, estão no arquivo Normal. arquivo aberto. Para usar a ferramenta, selecione o
dotm. Resposta: Letra E. ‘modelo de formatação no texto’, clique no ícone da
guia Página Inicial e clique no local onde deseja apli-
car a formatação.
O conteúdo não será copiado, somente a formatação.
Se efetuar duplo clique no ícone, poderá aplicar a
formatação em vários locais até pressionar a tecla Esc
ou iniciar uma digitação.
Seleção
O grupo Cabeçalho e Rodapé, para inserção de cabeçalhos, rodapés e números de páginas, está na guia Inserir.
Resposta: Letra B.
2. (VUNESP – 2018) No Microsoft Word 2010, em sua configuração original, um usuário criou um documento com 18
páginas. Posicionado na página 8, ele percebeu que precisava incluir um cabeçalho e o fez, clicando em Cabeçalho, no
grupo Cabeçalho e Rodapé, guia Inserir. Assinale a alternativa que indica quais páginas ficaram com o cabeçalho.
a) 1, apenas.
b) 8, apenas.
c) De 1 a 8, apenas.
d) De 8 a 18, apenas.
e) Todas as páginas.
Quando o documento está em edição, ele possui uma Seção. A seção é uma divisão de formatação. Ao inserir algo
no cabeçalho da página 8, o usuário está inserindo um conteúdo válido para todas as páginas da mesma seção.
Como a questão não informou sobre a existência de outras seções no documento, a inserção será válida para
todas as páginas. Resposta: Letra E.
PARÁGRAFOS
Recuo deslocamento - as
Recuo esquerda - todas as linhas serão deslocadas em
linhas serão deslocadas relação à margem esquerda, Recuo direito - todas as
em relação à margem exceto a primeira linha linhas serão deslocadas em
esquerda relação à margem direita
Dica
Fontes e Parágrafos são os itens mais questionados do edital de Microsoft Word.
Muitos recursos de formatação não são impressos no papel, mas estão no documento. Para visualizar os carac-
teres não imprimíveis e controlar melhor o documento, você pode acionar o atalho de teclado Ctrl+* (Mostrar
tudo).
Quebra de coluna – indica que o texto continua na próxima coluna. ... Quebra de
Ctrl+Shift+ Enter
Disponível na guia Layout, grupo Configurar Página, ícone Quebras coluna..
- - Âncoras de objetos
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP – 2020) A imagem a seguir mostra um parágrafo de um documento sendo editado por meio do MS-Word
2010, em sua configuração padrão. 333
Um parágrafo muito grande costuma
utilizar várias linhas. E a formatação do
parágrafo fica bem visível.
a) Alinhado à direita.
b) Alinhado à esquerda.
c) Normal.
d) Justificado.
e) Centralizado.
O Microsoft Word é um editor de textos, integrante do pacote Microsoft Office, para edição e formatação de
documentos. Os textos digitados no documento, quando finalizados com a tecla Enter, constituem parágrafos,
que poderão ter as seguintes formatações: marcadores, numeração, recuos, espaçamento, alinhamento e classi-
ficação, entre outras opções.
Alinhamento é a posição do texto do parágrafo em relação às margens da página.
Alinhamento à esquerda - atalho Ctrl+Q - texto alinhado apenas na margem esquerda
Centralizado - atalho Ctrl+E - texto alinhado entre as margens esquerda e direita
Alinhamento à direita - atalho Ctrl+G - texto alinhado apenas na margem direita
Justificado - atalho Ctrl+J - texto alinhado nas margens esquerda e direita simultaneamente
O texto exibido na imagem da questão está alinhado entre as margens. Ele está Centralizado. Resposta: Letra E.
a) Centralizado.
b) Justificado.
c) Normal.
d) Alinhado à esquerda.
e) Alinhado à direita.
Quando o texto está entre as margens da página, com o mesmo espaço em ambos os lados, ele está centralizado.
O alinhamento poderá ser obtido com o acionamento do atalho de teclado Ctrl+E. Resposta: Letra A.
Esquerda Direita
Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de
Avaré
FONTES
As fontes são arquivos True Type Font (.TTF) gravadas na pasta Fontes do Windows, e aparecem para todos os
programas do computador.
As formatações de fontes estão disponíveis no grupo Fonte, da guia Página Inicial.
Calibri 11
N I S abc x2 x2
334
Nomes de fontes como Calibri (fonte padrão do Word), Arial, Times New Roman, Courier New, Verdana, são os
mais comuns. Atalho de teclado para formatar a fonte: Ctrl+Shift+F.
A caixa de diálogo Formatar Fonte poderá ser acionada com o atalho Ctrl+D.
Ao lado, um número indica o tamanho da fonte: 8, 9, 10, 11, 12, 14 e assim sucessivamente. Se quiser, digite o
valor específico para o tamanho da letra.
Atalhos de teclado: Pressione Ctrl+Shift+P para mudar o tamanho da fonte pelo atalho. E diretamente pelo
teclado com Ctrl+Shift+< para diminuir fonte e Ctrl+Shift+> para aumentar o tamanho da fonte.
Estilos são formatos que modificam a aparência do texto, como negrito (atalho Ctrl+N), itálico (atalho Ctrl+I)
e sublinhado (atalho Ctrl+S). Já os efeitos modificam a fonte em si, como texto tachado (riscado simples sobre as
palavras), subscrito (como na fórmula H2O – atalho Ctrl + igual), e sobrescrito (como em km2 – atalho Ctrl+Shift+mais)
A diferença entre estilos e efeitos é que, os estilos podem ser combinados, como negrito-itálico, itálico-sublinha-
do, negrito-sublinhado, negrito-itálico-sublinhado, enquanto os efeitos são concorrentes entre si.
Concorrentes entre si, significa que você escolhe o efeito tachado ou tachado duplo, nunca os dois simultanea-
mente. O mesmo para o efeito TODAS MAIÚSCULAS e Versalete. Sobrescrito e subscrito, Sombra é um efeito indepen-
dente, que pode ser combinado com outros. Já as opções de efeitos Contorno, Relevo e Baixo Relevo não, devem
ser individuais.
Finalizando... Temos o sublinhado. Ele é um estilo simples, mas comporta-se como efeito dentro de si mesmo.
Temos então Sublinhado simples, Sublinhado duplo, Tracejado, Pontilhado, Somente palavras (sem considerar os
espaços entre as palavras), etc. São os estilos de sublinhados, que se comportam como efeitos.
Dica
As questões sobre Fontes são práticas. Portanto, se puder praticar no seu computador, será melhor para a
memorização do tema. As questões são independentes da versão, portanto poderá usar o Word 2007 ou
Word 2016, para testar as questões de Word 2010.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP – 2020) Um usuário do MS-Word 2010, em sua configuração padrão, precisa aplicar o recurso de formata-
ção de Fonte sobrescrito numa palavra previamente selecionada.
O ícone usado para aplicar o recurso descrito no enunciado é:
a) A▾
▴
b) A
c) Aa
d) X2
2
e) X
O ícone A é para Diminuir Fonte (o tamanho). A letra B é para Aumentar Fonte. A letra C é para alternar entre
Maiúsculas e minúsculas. A letra D é para Subscrito. A letra E é para Sobrescrito, e o atalho é Ctrl+Shift+igual.
Resposta: Letra E.
2. (VUNESP – 2020) Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma palavra do documento com a formatação CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
de Fonte nela aplicada.
a) Servidores – sobrescrito.
b) Previdência – itálico.
c) Públicos – negrito.
d) Avaré – taxado.
e) Instituto – subscrito.
A palavra Instituto está em Negrito (Ctrl+N). A palavra de está sublinhada (Ctrl+S). A palavra Previdência está
com negrito e sublinhado. A palavra dos está abaixo da linha de texto, está Subscrito (Ctrl+igual). 335
A palavra Servidores está acima da linha de texto, está Sobrescrito (Ctrl+Shift+mais). A palavra Públicos está itálico
(Ctrl+I) e sublinhado. A palavra de (entre Públicos e Avaré), está com tachado. A palavra Avaré está sublinhada.
Resposta: Letra A.
COLUNAS
O documento inicia com uma única coluna. Em Layout da Página podemos escolher outra configuração, além
de definir opções de personalização.
As colunas poderão ser definidas para a seção atual (divisão de formatação dentro do documento) ou para o
documento inteiro. Assim como os cadernos de provas de concursos, que possuem duas colunas, é possível inserir
uma ‘Linha entre colunas’, separando-as ao longo da página.
Colunas
Uma
Duas
Três
Esquerda
Direita
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP – 2019) Um funcionário público que está elaborando um relatório no programa MS-Word 2010, em sua con-
figuração padrão, deseja que um dos parágrafos do texto editado seja apresentado em duas colunas. Para tanto, esse
funcionário deverá selecionar o parágrafo de interesse e escolher a correta opção do menu Colunas, que pertence à guia
a) Inserir Colunas.
b) Design de Página.
c) Exibir Colunas.
d) Layout de Página.
e) Revisão de Página.
Em um documento do Word, a configuração de Colunas = 1 é padrão. Ou seja, ele inicia com 1 coluna em modo
normal, e poderá ser alterada esta configuração.
As colunas do documento poderão ser configuradas na guia Layout da Página, grupo Configurar Página, ícone
Colunas. Resposta: Letra D.
2. (VUNESP – 2018) Deseja-se, no MS-Word 2016 (em português e em sua configuração padrão), configurar a página
de um documento em colunas. Na janela Colunas, acessível por meio da guia Layout da Página, algumas das opções
predefinidas de colunas são:
Na guia Layout da Página, grupo Configurar Página, ícone Colunas, o usuário poderá formatar as colunas para
336 Uma, Duas, Três, Esquerda e Direita. Resposta: Letra D.
MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS 2. (VUNESP – 2020) Três parágrafos foram digitados em
um documento no MS-Word 2010, em sua configura-
São várias as possibilidades de marcadores que ção padrão. Após digitar os parágrafos, como se vê
podem ser utilizadas. Veremos a seguir algumas opções: na imagem ANTES, aplicou-se em cada parágrafo um
recurso de formatação, deixando o documento como
• Usados por parágrafos, apresentam símbolos no visto na imagem DEPOIS.
início de cada, do lado esquerdo;
o Podem ser círculos preenchidos (linha acima), ou ANTES
círculos vazios, como esta;
Outra forma de apresentação são quadrados, ou Tinha uma pedra no meio do caminho.
então...; No meio do caminho tinha uma pedra.
• O desenho do Office...; Logo a pedra sumiu.
Um símbolo neutro...; DEPOIS
Setas...;
Check... ou qualquer símbolo que o usuário deseja 1. Tinha pedra no meio do caminho.
personalizar. • No meio do caminho tinha um pedra.
Logo a pedra sumiu
Ao pressionar duas vezes Enter, sairá da formata-
ção dos marcadores simbólicos, retornando ao Normal. Assinale a alternativa que apresenta, correta e respec-
Os marcadores numéricos são semelhantes aos mar- tivamente, o recurso aplicado em cada parágrafo.
cadores simbólicos, mas com números, letras ou algaris-
mos romanos. Podem ser combinados com os Recuos de a) Numeração; Marcadores; Numeração.
parágrafos, surgindo o formato Múltiplos Níveis. b) Numeração; Numeração; Marcadores.
c) Numeração; Marcadores; Marcadores.
NÚMEROS LETRAS d) Marcadores; Numeração; Numeração.
1. Exemplo. a. Exemplo. e) Marcadores; Marcadores; Numeração.
2. Exemplo. b. Exemplo.
3. Exemplo. c. Exemplo. Numeração (números, letras ou algarismos roma-
4. Exemplo. d. Exemplo. nos) e marcadores (símbolos). Resposta: Letra C.
ROMANOS MÚLTIPLOS NÍVEIS
DEPOIS
1) Exemplo.
i. Exemplo. Numeração 1. Tinha pedra no meio do caminho.
a) Exemplo.
ii. Exemplo. Marcadores • No meio do caminho tinha um pedra.
2) Exemplo. Marcadores Logo a pedra sumiu
iii. Exemplo.
a) Exemplo.
iv. Exemplo.
i) Exemplo.
TABELAS
Para trabalhar com a formatação de marcadores
Múltiplos níveis, o digitador poderá usar a tecla TAB para As tabelas são estruturas de organização muito
aumentar o recuo, passando os itens do primeiro nível utilizadas para um layout adequado do texto, seme-
para o segundo nível. E também pelo ícone Aumentar lhante a colunas, com a vantagem que estas não criam
recuo, presente na guia Página Inicial, grupo Parágrafo. seções exclusivas de formatação.
Usando a régua, aumentando o recuo também. As tabelas seguem as mesmas definições de uma
planilha de Excel, ou seja, tem linhas, colunas, é for-
Dica mada por células, e estas poderão conter também fór-
Ao teclar Enter em uma linha com marcador mulas simples.
ou numeração, mas sem conteúdo, você sai do Ao inserir uma tabela, seja ela vazia, a partir de um
recurso, voltando à configuração normal do pará- desenho livre, ou convertendo a partir de um texto, uma
grafo. Se forem listas numeradas, itens excluídos planilha de Excel, ou um dos modelos disponíveis, será
dela provocam a renumeração dos demais itens. apresentada a barra de ferramentas adicional na Faixa
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
de Opções.
Um texto poderá ser convertido em Tabela, e vol-
tar a ser um texto, se possuir os seguintes marcado-
EXERCÍCIOS COMENTADOS res de formatação: ponto e vírgula, tabulação, enter
(parágrafo) ou outro específico.
1. (VUNESP – 2019) No MS-Word 2010, em sua configu- Algumas operações são exclusivas das Tabelas,
ração padrão, os recursos Marcadores, Numeração e como Mesclar Células (para unir células adjacentes em
Lista de Vários Níveis são formatações do grupo uma única), Dividir células (para dividir uma ou mais
células em várias outras), alinhamento do texto com-
a) Estilo.
binando elementos horizontais tradicionais (esquerda,
b) Tema.
centro e direita) com verticais (topo, meio e base).
c) Página.
d) Parágrafo. O editor de textos Microsoft Word oferece ferra-
e) Fonte. mentas para manipulação dos textos organizados em
tabelas.
São formatações de Parágrafo, aplicados ao conteúdo O usuário poderá organizar as células nas linhas e
do documento. Numeração, que poderá ser números, colunas da tabela, mesclar (juntar), dividir (separar),
letras ou algarismos romanos. Disponível na guia visualizar as linhas de grade, ocultar as linhas de gra-
Página Inicial, grupo Parágrafo. Resposta: Letra D. de, entre outras opções. 337
E caso a tabela avance em várias páginas, temos a opção Repetir Linhas de Cabeçalho, atribuindo no início da
tabela da próxima página, a mesma linha de cabeçalho que foi usada na tabela da página anterior.
As tabelas do Word possuem algumas características que são diferentes das tabelas do Excel. Geralmente estes itens
são aqueles questionados em provas de concursos.
Por exemplo, no Word, quando o usuário está digitando em uma célula, ocorrerá mudança automática de
linha, posicionando o cursor embaixo. No Excel, o conteúdo ‘extrapola’ os limites da célula, e precisará alterar as
configurações na planilha ou a largura da coluna manualmente.
Confira na tabela a seguir algumas das diferenças do Word para o Excel.
WORD EXCEL
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (VUNESP – 2018) Tem-se a seguinte imagem do Microsoft Word 2010, em sua configuração padrão:
Inserir Tabela
Inserir Tabela...
Desenhar Tabela
Planilha do Excel
Tabelas Rápidas
338
Assinale a alternativa que indica o resultado da ação IMPRESSÃO
ao clicar em Inserir Tabela...
Disponível no menu Arquivo e pelo atalho Ctrl+P
a) Será criada uma tabela de 1 linha e 1 coluna. (e também pelo Ctrl+Alt+I, Visualizar Impressão), a
b) Será criada uma tabela de 2 linhas e 2 colunas
impressão permite o envio do arquivo em edição para
c) Será criada uma tabela de 8 linhas e 10 colunas
d) Será aberta a janela Inserir Tabela, onde o usuário a impressora. A impressora listada vem do Windows,
poderá criar tabelas desde 1 linha e 1 coluna até mais do Painel de Controle.
de 8 linhas e 10 colunas. Podemos escolher a impressora, definir como será a
e) Será reservado um espaço no documento sobre o qual impressão (Imprimir Todas as Páginas, ou Imprimir Sele-
uma tabela pode ser configurada com um duplo-clique ção, Imprimir Página Atual, imprimir as Propriedades),
com botão principal do mouse.
quais serão as páginas (números separados com ponto e
O usuário poderá escolher a quantidade de linhas e vírgula/vírgula indicam páginas individuais, separadas
quantidade de colunas, digitando na caixa de diálo- por traço uma sequência de páginas, com a letra s uma
go correspondente, valores superiores aos exibidos seção específica, e com a letra p uma página específica).
na grade de tabela. Resposta: Letra D. Havendo a possibilidade, serão impressas de um
lado da página, ou frente e verso automático, ou
manual. O agrupamento das páginas permite que
várias cópias sejam impressas uma a uma, enquanto
Desagrupado, as páginas são impressas em blocos.
As configurações de Orientação (Retrato ou Paisa-
gem), Tamanho do Papel e Margens, podem ser esco-
lhidas no momento da impressão, ou antes, na guia
Layout da Página. A última opção em Imprimir pos-
sibilita a impressão de miniaturas de páginas (várias
páginas por folha) em uma única folha de papel.
EPSON8D025B(L5190 SERIES)
Pronto
Imprimir
Quebra
de Página
Numeração de Páginas
a)
Legenda
b) Legenda
Figura 1
Opção
Rótulo: Figura
c)
Posição: Abaixo do item selecionado
e)
CAMPOS PREDEFINIDOS
Para essa seção, temos destaque para Linha de Assinatura e Data e Hora.
Estes campos são objetos disponíveis na guia Inserir que são predefinidos. Após a configuração inicial, são
inseridos no documento.
Além da configuração da Linha de Assinatura, existem outras opções, como ‘Data e Hora’, ‘Objeto’ e dentro do
item Partes Rápidas, no grupo Texto, da guia Inserir, a opção Campo.
Entre as categorias disponíveis, encontramos campos para: automação de documento, data e hora, equações
e fórmulas, índices, informação sobre o documento, informações sobre o usuário, mala direta, numeração e vín-
culos e referências.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) Assinale a alternativa que apresenta um recurso do MS-Word 2010, em sua configuração padrão,
que permite inserir a data atual dinamicamente no cabeçalho ou rodapé de um documento.
a) AutoTexto.
b) Data e Hora.
c) Timestamp.
d) Data Atual.
e) Clip-Art.
No editor de textos Microsoft Word, o documento possui elementos configuráveis como o cabeçalho e rodapé, que
poderão ser elementos gráficos adicionados em todas as páginas do arquivo ou em uma seção específica.
A seção é uma divisão de formatação, logo, é possível ter cabeçalho e rodapé diferente ao longo das páginas do
documento, primeira página diferente etc.
Para inserir a Data e Hora, de modo que seja atualizada dinamicamente a cada abertura ou impressão do docu-
mento, o usuário deve acessar a guia Inserir, grupo Texto, ícone Data e Hora.
AutoTexto são elementos visuais para o documento, pré-formatados.
Clipart são imagens prontas e nas novas versões se chama Imagens Online. Resposta: Letra B.
CAIXAS DE TEXTO
Esta ferramenta possibilita a inserção de caixas de textos pré-formatadas, ou desenhar no documento, acei-
tando configurações de direção de texto (semelhante a uma tabela) e também configurações de bordas e sombrea-
mento, semelhante a uma Forma.
Qualquer forma geométrica composta poderá ser caixa de texto.
Uma nova guia de opções será apresentada após a última, denominada Ferramentas de Caixa de Texto, permi-
tindo Formatar os elementos de Texto e do conteúdo da Caixa de Texto.
Nas opções disponibilizadas, será possível controlar o texto (direção do texto), definir estilos de caixa de texto
(preenchimento da forma, contorno da forma, alterar forma, estilos pré-definidos), efeitos de sombra e efeitos 3D.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2018) No MS-Word 2010, em sua configuração padrão, a partir da aba ________, no grupo _________ , o
ícone que permite adicionar uma Caixa de Texto, em um documento que está sendo editado é ________ .
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto.
a) Exibição...Texto...
b) Exibição...Formas...
c) Inserir...Texto...
343
d) Inserir...Texto... MICROSOFT EXCEL 2010
a) Ctrl + B
ATALHO AÇÃO b) Ctrl + F
Ctrl+1 Formatar células c) Ctrl + L
d) Ctrl + A
Alterna entre guias da planilha, da direi- e) Ctrl + C
CTRL+PgDn
ta para a esquerda.
Alterna entre guias da planilha, da es- No Microsoft Office, os atalhos são em português.
CTRL+PgUp
querda para a direita. Ctrl+L é para localizar uma ocorrência de texto no
documento, planilha ou apresentação.
Repetir o conteúdo da célula que está à
Ctrl+R Ctrl+B é para salvar o documento. Ctrl+A é para
esquerda
abrir um documento ou planilha. Ctrl+C é para
Ir para, o mesmo que F5, tanto no Word copiar. Resposta: Letra C.
Ctrl+G
como Excel
Mostrar fórmulas (guia Fórmulas, grupo 2. (VUNESP – 2019) No MS-Excel 2010, em sua configu-
Ctrl+J ração padrão, o recurso “Colar Especial” permite, entre
Auditoria)
outras funcionalidades, colar os Valores ou as Fór-
F2 Edita o conteúdo da célula atual mulas. Ao copiar uma célula que tem como conteúdo
F4 Refazer uma fórmula e utilizar o recurso “Colar”, por padrão,
será feita uma cópia
F9 Calcular planilha manualmente
a) da fórmula com formatação.
ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS b) da fórmula sem formatação.
c) do valor com formatação.
d) do valor sem formatação.
e) da formatação, apenas.
colar especial
colar
Tudo Todos usando tema da origem
Fórmulas Tudo, exceto bordas
Valores Larguras da coluna
Formatos Fórmulas e formatos de número
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Comentários Valores e formatos de número
Espaço de Trabalho – um conceito muito interes- Validação Todos os formatos condicionados de mesclagem
sante do Excel 2010, que já existia antes, e no Office Operação
Nenhuma Multiplicação
2013 foi estendido para os outros aplicativos, é o espa- Adição Divisão
ço de trabalho. Assim, quando temos vários arquivos Subtração
abertos, podemos salvar o espaço de trabalho. Em Ignorar em branco Transpor
outro momento, quando abrirmos o arquivo do espa-
colar vínculo Ok Cancelar
ço de trabalho, todas as planilhas que estavam abertas
serão reabertas, posicionando o cursor na célula em
que deixamos antes. CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS, COLUNAS,
A planilha em Excel, ou folha de dados, poderá ser PASTAS E GRÁFICOS
impressa em sua totalidade, ou apenas áreas defini-
das pelo Área de Impressão, ou a seleção de uma área z Célula: unidade da planilha de cálculos, o encon-
de dados, ou uma seleção de planilhas do arquivo, ou tro entre uma linha e uma coluna. A seleção indivi-
toda a pasta de trabalho. dual é com a tecla CTRL e a seleção de áreas é com
Ao contrário do Microsoft Word, o Excel trabalha a tecla SHIFT (assim como no sistema operacional).
com duas informações em cada célula: dados reais e z Coluna: células alinhadas verticalmente, nomea-
dados formatados. das com uma letra. 345
z Linha: células alinhadas horizontalmente, numeradas com números.
Barra de Fórmulas
Faixa
de Opções
Célula
Linha
z Planilha: o conjunto de células organizado em uma folha de dados. Na versão atual são 65546 colunas (nomeadas de A
até XFD) e 1048576 linhas (numeradas).
z Pasta de Trabalho: arquivo do Excel (extensão XLSX) contendo as planilhas, de 1 a N (de acordo com quanti-
dade de memória RAM disponível, nomeadas como Planilha1, Planilha2, Planilha3).
z Alça de preenchimento: no canto inferior direito da célula, permite que um valor seja copiado na direção
em que for arrastado. No Excel, se houver 1 número, ele é copiado. Se houver 2 números, uma sequência será
criada. Se for um texto, é copiado. Mas texto com números é incrementado. Dias da semana, nome de mês e
datas são sempre criadas as continuações (sequências).
z Mesclar: significa simplesmente “Juntar”. Havendo diversos valores para serem mesclados, o Excel manterá
somente o primeiro destes valores, e centralizará horizontalmente na célula resultante.
Mesclar e Centralizar
Mesclar e Centralizar
Mesclar através
Mesclar Células
G H
Desfazer Mesclagem de Células
E após a inserção dos dados, caso o usuário deseje, poderá juntar as informações das células.
Existem 4 opções no ícone Mesclar e Centralizar, disponível na guia Página Inicial:
z Mesclar e Centralizar – Une as células selecionadas a uma célula maior e centraliza o conteúdo da nova célu-
la. Este recurso é usado para criar rótulos (títulos) que ocupam várias colunas.
z Mesclar através – Mesclar cada linha das células selecionadas em uma célula maior.
z Mesclar células – Mesclar (unir) as células selecionadas em uma única célula, sem centralizar.
z Desfazer Mesclagem de Células – desfaz o procedimento realizado para a união de células.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2020) Considere a funcionalidade do MS-Excel 2010 representada pelo símbolo a seguir.
∑
Assinale a alternativa que apresenta o nome da função representada pelo símbolo.
a) Média.
b) Soma.
c) Contar Números.
d) Máx.
346 e) Mín.
O ícone AutoSoma insere a função SOMA no local, Dica
para somar os valores numéricos adjacentes. Res-
posta: Letra B. As informações existentes nas células poderão
ser exibidas com formatos diferentes. Uma data,
ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS por exemplo, na verdade é um número formata-
A tabela de dados, ou folha de dados, ou planilha do como data. Por isso conseguimos calcular a
de dados, é o conjunto de valores armazenados nas diferença entre datas.
células. Estes dados poderão ser organizados (classi-
ficação), separados (filtro), manipulados (fórmulas Os formatos Moeda e Contábil são parecidos entre
e funções), além de apresentar em forma de gráfico si. Mas possuem exibição diferenciada. No formato de
(uma imagem que representa os valores informados). Moeda, o alinhamento da célula é respeitado e o sím-
Para a elaboração, poderemos: bolo R$ acompanha o valor. No formato Contábil, o
z D igitar o conteúdo diretamente na célula. Basta alinhamento é ‘justificado’ e o símbolo de R$ fica posi-
iniciar a digitação, e o que for digitado é inserido cionado na esquerda, alinhando os valores pela vírgula
na célula. decimal.
z Digitar o conteúdo na barra de fórmulas. Disponí-
vel na área superior do aplicativo, a linha de fór- Moeda
mulas é o conteúdo da célula. Se a célula possui um R$4,00
valor constante, além de mostrar na célula, este
aparecerá na barra de fórmulas. Se a célula possui
um cálculo, seja fórmula ou função, esta será mos-
trada na barra de fórmulas.
z O preenchimento dos dados poderá ser agilizado
através da Alça de Preenchimento ou pelas opções
automáticas do Excel.
z Os dados inseridos nas células poderão ser forma-
tados, ou seja, continuam com o valor original (na
linha de fórmulas) mas são apresentados com uma
formatação específica. Contábil
z Todas as formatações estão disponíveis no atalho R$4,00
de teclado Ctrl+1 (Formatar Células).
z Também na caixa de diálogo Formatar Células,
encontraremos o item Personalizado, para criação O ícone % é para mostrar um valor com o formato de
de máscaras de entrada de valores na célula. porcentagem. Ou seja, o número é multiplicado por 100.
Exibe o valor da célula como percentual (Ctrl+Shift+%)
Formatos de números, disponível na guia Página
Inicial
FORMATO PORCENTAGEM
VALOR
Geral PORCENTAGEM E 2 CASAS
123 Sem formato especifico
1 100% 100,00%
Número
12 4,00 0,5 50% 50,00%
Hora SEPARADOR
00:00:00 FORMATO
VALOR DE MILHARES
CONTÁBIL
000
Porcentagem
400,00% 1500 R$1.500,00 1.500,00
Simbologia específica
Cada símbolo tem um significado, e nas tabelas a seguir, além de conhecer o símbolo, conheça o significado e
alguns exemplos de aplicação.
z ( ) → parênteses
z ^ → exponenciação (potência, um número elevado a outro número)
z * ou / → multiplicação (função MULT) ou divisão
z + ou - → adição (função SOMA) ou subtração
z Um valor jamais poderá ser menor e maior que outro valor ao mesmo tempo.
z Uma célula vazia é um conjunto vazio, ou seja, não é igual a zero, é vazio.
z O símbolo matemático ≠ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <>
z O símbolo matemático ≥ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use >=
z O símbolo matemático ≤ não poderá ser escrito diretamente na fórmula, use <=
OPERADORES DE REFERÊNCIA
Símbolo Significado Exemplo Comentários
=$A1 Trava a célula na coluna A
$ (cifrão) Travar uma célula =A$1 Trava a célula na linha 1
=$A$1 Trava a célula A1, ela não mudará
! (exclamação) Planilha = Planilha2!A3 Obtém o valor de A3 que está na planilha Planilha2.
Informa o nome de outro arquivo do Excel, onde deverá bus-
[ ] (colchetes) Pasta de Trabalho =[Pasta2]Planilha1!$A$2
car o valor.
348
OPERADORES DE REFERÊNCIA
=’C:\FernandoNishimura\
Informa o caminho de outro arquivo do Excel, onde deverá
‘ (apóstrofe) Caminho [pasta2.xlsx]
encontrar o arquivo para buscar o valor.
Planilha1’!$A$2
; (ponto e vírgula) Significa E = SOMA (15 ; 4 ; 6 ) Soma 15 e 4 e 6, resultando em 25.
: (dois pontos) Significa ATÉ = SOMA (A1:B4) Soma de A1 até B4, ou seja, A1, A2, A3, A4, B1, B2, B3, B4.
Executa uma operação sobre as células em comum nos
Espaço Intersecção =SOMA(F4:H8 H6:K10)
intervalos.
z O símbolo de cifrão transforma uma referência relativa ( A1 ) em uma referência mista ( A$1 ou $A1 ) ou em
referência absoluta ( $A$1 )
z O símbolo de exclamação busca o valor em outra planilha, na mesma pasta de trabalho ou em outro arquivo.
Ex.: =[Pasta2]Planilha1!$A$2
Importante!
O símbolo de cifrão é um dos mais importantes na manipulação de fórmulas de planilhas de cálculos. Todas
as bancas organizadoras questionam fórmulas com e sem eles nas referências das células.
Assumindo que foi digitada a fórmula =$F2-G$2 na célula H2 e que essa fórmula foi copiada e colada nas células H3
até H9, assinale a alternativa com o valor que aparecerá na célula H6 da planilha do MS-Excel 2010, em sua configura-
ção original, exibida na figura.
a) –R$ 960,00
b) –R$ 100,00
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
c) R$ 400,00
d) R$ 500,00
e) R$ 360,00
Na célula H6 teremos a fórmula =$F6-G$2, porque mudamos da célula H2 para H6 (linha 2 para linha 6), mas
permanecemos na mesma coluna H (não precisando mudar a letra G da segunda parte da fórmula).
349
Na célula H6 teremos a fórmula =$F6 - G$2
Resposta: Letra B.
= 15 + 3 Faz a soma de 15 e 3.
Início de fórmula, função
= (igual) = SOMA ( 15 ; 3 ) Compara o valor de A1 com 5, e caso seja ver-
ou comparação.
=SE ( A1 = 5 ; 10 ;11 ) dadeiro, mostra 10, caso seja falso, mostra 11.
As fórmulas e funções começam com o sinal de igual. Outros símbolos podem ser usados, mas o Excel substi-
tuirá pelo sinal de igual.
O símbolo & é usado para concatenar dois conteúdos, como por exemplo: =”15”&”A45” resulta em 15A45. Pode-
remos usar a função CONCATENAR, ou a função CONCAT, para obter o mesmo resultado do símbolo &.
Retorna VERDADEIRO se
Por exemplo:
OU (Função OU) um dos argumentos for
VERDADEIRO
=PROCV(105;A2:C7;2;VERDADEIRO) e
=PROCV(“Monte”;B2:E7;2;FALSO) Inverte o valor lógico do
NÃO (Função NÃO)
argumento
A função PROCV é um membro das funções de pes-
quisa e Referência, que incluem a função PROCH. Retorna o valor lógico
FALSO (Função FALSO)
Use a função TIRAR ou a função ARRUMAR para FALSO
remover os espaços à esquerda nos valores da tabela.
VERDADEIRO (Função Retorna o valor lógico
VERDADEIRO) VERDADEIRO
z Esquerda (texto;quantidade): Extrai de uma
sequência de texto, uma quantidade de caracteres Retornará um valor que você
especificados, a partir do início (esquerda). especifica se uma fórmula
SEERRO (Função
for avaliada para um erro; do
= Esquerda (“Fernando Nishimura”;8) exibe “Fernando” SEERRO)
contrário, retornará o resul-
tado da fórmula
z DIREITA (texto;quantidade): Extrai de uma sequên-
cia de texto, uma quantidade de caracteres especifi-
cados, a partir do final.
Importante!
=DIREITA (“Polícia Federal”;7) exibe “Federal”. Foram apresentadas muitas funções neste mate-
rial, não é verdade? Existem milhares de funções
z CONCATENAR(texto1;texto2; ... ): Junta os textos
especificados em uma nova sequência.
no Microsoft Excel e LibreOffice Calc. Por outro
lado, em algumas bancas organizadoras, rara-
=CONCATENAR(“Escrevente “;”Técnico “;”Judiciá- mente aparecem questões com funções, e quan-
rio”) – exibe “Escrevente Técnico Judiciário”. do aparecem, são as básicas e intermediárias.
A impressão no Excel é semelhante ao Word. Difere ao oferecer o item Área de Impressão, que permite ao
usuário escolher uma área de uma planilha para ser impressa.
Outro item exclusivo que o Excel oferece é a possibilidade de imprimir os títulos das colunas e linhas, fazendo
com que a impressão seja muito parecida com a tela que está sendo visualizada.
Ambos estão na guia Layout da Página.
E na caixa de diálogo de impressão (Ctrl+P) temos o ajuste da impressão (zoom), permitindo ajustar para caber
em uma página, ajustar apenas as linhas, apenas as colunas, e mudar as quebras de páginas arrastando a divisão
na tela.
Arquivo
Área de
impressão
Definir área de impressão
Limpar área de impressão
Arquivo
Imprimir
Títulos
Imprimir Títulos
Especificar linhas e colunas a serem
repetidas em cada página impressa
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2018) No MS-Excel 2016 (em português e em sua configuração padrão), considere a janela Configurar
Página, aba Planilha, item Imprimir. Nessa janela, pode-se selecionar opções para a impressão de um documento.
Duas dessas opções disponíveis nessa janela são:
A inserção de objetos contém os mesmos itens do Microsoft Word, mas o destaque são os Gráficos.
Arquivo
Tabela
dinâmica
A tabela e o gráfico dinâmico possibilitam resumir os dados rapidamente, a partir de critérios padronizados no Excel.
Os gráficos são representações visuais de dados da planilha. De acordo com a opção escolhida, teremos uma
forma de apresentação. Alguns gráficos são indicados para situações específicas. Outros gráficos são generalistas.
Gráficos
Além da produção de planilhas de cálculos, o Microsoft Excel (e o LibreOffice Calc) produz gráficos com os
dados existentes nas células.
Gráficos são a representação visual de dados numéricos, e poderão ser inseridos na planilha como gráficos
‘comuns’ ou gráficos dinâmicos.
Os gráficos dinâmicos, assim como as tabelas dinâmicas, são construídos com dados existentes em uma ou
várias pastas de trabalho, associando e agrupando informações para a produção de relatórios completos.
z Os gráficos de Colunas representam valores em colunas 2D ou 3D. São opções do gráfico de Colunas: Agrupada,
Empilhada, 100% Empilhada, 3D Agrupada, 3D Empilhada, 3D 100% Empilhada, e 3D. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
z Os gráficos de Linhas representam valores com linhas, pontos ou ambos. São opções do gráfico de Linhas:
Linha, Linha Empilhada, 100% Empilhada, com Marcadores, Empilhada com Marcadores, 100% Empilhada
com Marcadores, e 3D.
355
z Os gráficos de Pizza representam valores propor-
cionalmente. São opções do gráfico de Pizza: Pizza,
Pizza 3D, Pizza de Pizza, Barra de Pizza, e Rosca.
z O gráfico do tipo Cascata exibe e destaca as variações dos valores ao longo do tempo.
z Os gráficos do tipo Combinação permitem combinar dois tipos de gráficos para a exibição de séries de dados.
São exemplos de gráficos do tipo Combinação: Coluna Clusterizada-Linha, Coluna Clusterizada-Linha no Ei-
xo Secundário, Área Empilhada-Coluna Clusterizada, e a possibilidade de criação de uma Combinação Perso-
nalizada.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2018) Um usuário do MS-Excel 2010, em sua configuração padrão, deseja colocar em uma planilha um dos
gráficos exibidos na imagem a seguir.
Linhas Área
Pizza Dispersão
Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, o nome da Guia e do Grupo onde se podem escolher
os gráficos exibidos na imagem. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Na guia Inserir, grupo Gráficos, o usuário poderá selecionar o tipo de gráfico, ou seguir as recomendações suge-
ridas pelo programa. Resposta: Letra C.
CAMPOS PREDEFINIDOS
Semelhante ao Word, o Excel poderá operar com os mesmos campos. Campos são variáveis inseridas na plani-
lha de dados, que serão atualizadas segundo a necessidade.
Data e Hora, Linha de Assinatura, Cabeçalho e Rodapé, entre muitos outros.
Uma das principais diferenças entre o editor de textos e o editor de planilhas é o Cabeçalho e Rodapé. Enquan-
to no editor de textos eles são únicos, no Excel estão divididos em 3 partes. 357
Lado esquerdo do cabeçalho Cabeçalho Lado direito do cabeçalho
Número da Página: 1 Número da Páginas: 3
Quantidade
São José do Campo 173
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) Considere a janela de configuração de cabeçalho de uma planilha do MS-Excel 2010, na sua confi-
guração original, exibida na figura a seguir.
Para incluir o nome da planilha no cabeçalho, na seção da esquerda, deve-se clicar no ícone
a)
b)
c)
d)
e)
O primeiro ícone é para Formatar Texto. O segundo ícone é para inserção do número da página. O terceiro ícone
é para inserir número de páginas (total). Os dois ícones a seguir são data e hora. A seguir, caminho, nome e nome
da planilha. E nos dois últimos, inserir imagem e formatar imagem. Resposta: Letra D.
CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS
O Excel é mais simples em relação ao Word, quando o assunto são as Quebras.
358
E para habilitar esta visualização, basta ativar o item na guia Exibição.
Cabeçalho
(nenhum)
Página 1
Página 1de ?
Plan 1
Confidencial; 28/09/2014; Página 1
Pasta 1
O Excel poderá trabalhar com as informações inseridas pelo usuário na planilha, e com dados provenientes de
outros locais. Disponível na guia Dados, o grupo ‘Obter Dados Externos’, apesar de figurar em alguns editais, nem
sempre é questionado em provas de Noções de Informática, seja de nível médio ou seja de nível superior.
Importar dados de um arquivo de texto (formato TXT, ou CSV – texto separado por
De Texto
vírgulas/ponto e vírgula)
De Outras
Fontes
Conexões Obter dados externos usando uma conexão existente – conectar a uma fonte de dados
Existentes externa, selecionando uma opção de uma lista de fontes usadas com frequência.
359
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) Por meio do MS-Excel, em sua configuração padrão, um usuário pode acessar dados de um banco
de dados institucional como, por exemplo, o MS-SQLServer, permitindo realizar cálculos e visualizações com dados do
banco de dados ao invés de dados da própria planilha.
A guia onde se encontra o recurso para acessar dados externos é
a) Revisão.
b) Transformação.
c) Dados.
d) Fórmulas.
e) Externos.
Banco de dados SQL Server é uma base de dados de um gerenciador de banco de dados, da Microsoft. Resposta: Letra C.
CLASSIFICAÇÃO DE DADOS
Arquivo
Limpar
Reaplicar
Classificar Filtro
Avançado
Classificar e filtrar
CLASSIFICAÇÃO COMENTÁRIOS
Ao copiar o conteúdo da célula I1 para a célula I3, será gerado, na célula I3, o seguinte valor:
a) 12.
b) 16.
c) 22.
d) 25.
e) 61.
No Excel, o uso de cifrão é para fixar uma posição; mesmo que a fórmula seja copiada, as referências absolutas
que o cifrão estiver travando não mudarão. Portanto, em I1, temos =$G$1+H1. Ao ser copiado para I3, mudamos
para a linha 3 as referências “livres”, chamadas de referência relativa, que não possui cifrão. Em I3 teremos
=$G$1+H3. 7 + 5 = 12. Resposta: Letra A.
As apresentações de slides criadas pelo Microsoft PowerPoint 2010/2013/2016/2019 são arquivos de extensão
.PPTX. Caso contenham macros (comandos para automatização de tarefas) será atribuída a extensão .PPTM. e
ainda podemos trabalhar com os modelos (extensão .POTX e POTM).
Apesar de ser um aplicativo com finalidade diferente do editor de textos, ele possui muitas semelhanças que
acabam ajudando quem está iniciando nele. Da mesma forma que o editor de textos, é possível trabalhar com
seções (divisões), é possível inserir números de slides, é possível comparar apresentações etc.
BOTÃO/GUIA LEMBRETE...
Arquivo Comandos para a apresentação atual - Salvar, salvar como, imprimir, Salvar e enviar
Apresentações de Slides Iniciar apresentação de slides, configurar, definir resolução e escolha de monitores
Correção da apresentação - Ela está ficando pronta... Revisão de Texto, Idioma, Co-
Revisão
mentários, Comparar e Compartilhar
Dica
As guias de opções do Microsoft PowerPoint são semelhantes às guias dos demais programas do Microsoft Offi-
ce. As guias Apresentações de Slides, Transições e Animações são as mais questionadas em provas de concursos.
Os atalhos de formatação (Ctrl+N para negrito, Ctrl+I para itálico, entre outros) são os mesmos do Word 2010.
ATALHO AÇÃO
ESC, Ctrl+Break ou hífen (traço) Sair do modo de Apresentação de Slides e voltar à edição
p, clicar com o botão esquerdo, enter, page down, seta
Executar a próxima animação ou avançar para o próximo slide.
para a direita, seta para baixo ou barra de espaços
ATALHO AÇÃO
Clicar com o botão direito Menu de contexto (popup) ou slide anterior (durante a apresentação)
As apresentações de slides podem ser gravadas em formato de imagens (JPG, PNG), slide por slide, e até trans-
formadas em vídeo (extensão MP4).
Os recursos do PowerPoint, como animações, transições, narração, serão inseridos no vídeo, que poderá ser
reproduzido em outros dispositivos, como Smart TV em totens de propagandas.
Figura 1. Para produzir um vídeo da apresentação, acessar o botão Arquivo, menu Exportar, item Criar Vídeo.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
z Seção: divisão de formatação dentro da apresentação (usadas para Apresentações Personalizadas). Poderá ter “duas
apresentações” dentro de uma, e no início, escolher qual delas será exibida para o público; 363
z Transições: animação entre os slides. Ao selecionar Nos modos de exibição, na guia Exibição, ocorreu
algum efeito de animação entre os slides (guia Tran- uma pequena mudança em relação às versões ante-
sições, grupo Transição para este slide), será disponi- riores, com a inclusão do item Modo de Exibição de
bilizada a opção para configuração do Intervalo; Estrutura de Tópicos:
z Animação: animação dentro do slide, em um obje-
1. Normal: no modo de exibição Normal, miniaturas
to do slide. Um objeto poderá ter diversas anima-
dos slides ou os tópicos aparecerão no lado esquerdo,
ções simultaneamente, enquanto a transição do o aparecerá no centro (sendo possível sua edição) e
slide é única. Poderão ser de Entrada, Ênfase, Saída na área inferior da tela aparecerá a área de anota-
ou Trajetórias de Animação. ções. Ajustar à janela encaixa o slide na área.
2. Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: para
EXERCÍCIO COMENTADO editar e alternar entre slides no painel de estrutura de
tópicos. Útil para a criação de uma apresentação a par-
1. (VUNESP – 2019) Um usuário deseja preparar uma apre- tir dos tópicos de um documento do Microsoft Word.
sentação no MS-PowerPoint 2010, em sua configuração 3. Classificação dos Slides: no modo de exibição Clas-
padrão, para promover a prevenção de doenças. Depois sificação de Slides, apenas miniaturas dos slides
de preparar a apresentação, um possível nome para o serão mostradas. Estas miniaturas poderão ser orga-
arquivo, com o tipo padrão do MS-PowerPoint 2010, é: nizadas, arrastando-as. As operações de slides estão
a) prevencao.docx disponíveis, como Excluir slide, Ocultar slide etc.
b) prevencao.pptx Mas não é possível editar o conteúdo. Somente após
c) prevencao.xlsx duplo clique será possível a edição do conteúdo.
d) prevencao.doc 4. Anotações: Exibir a página de anotações para edi-
e) prevencao.txt tar as anotações do orador da forma como ficarão
quando forem impressas.
PPTX é um arquivo contendo apresentação de slides 5. Modo de Exibição de Leitura: Exibir a apresenta-
do PowerPoint. DOCX e DOC são documentos de texto ção como uma apresentação de slides que cabe na
do Microsoft Word. XLSX é pasta de arquivo do Micro- janela. A barra de título do PowerPoint continuará
soft Excel. TXT é texto sem formatação do Bloco de sendo exibida.
Notas, um acessório do Windows. Resposta: Letra B.
CONCEITOS DE SLIDES
Conforme observado no item anterior, os slides são as EXERCÍCIO COMENTADO
unidades de trabalho do PowerPoint. Assim como as pági-
1. (VUNESP – 2019) O programa MS-PowerPoint 2010, em
nas de um documento do Microsoft Word, os slides pos-
sua configuração padrão, possui um recurso chamado
suem configurações como margens, orientação, números
Slide Mestre, que armazena informações sobre a forma-
de páginas (slides, no caso), cabeçalhos e rodapés etc.
tação dos slides de uma apresentação, incluindo tela de
O PowerPoint trabalha com 4 conceitos principais
fundo, cor, fontes, efeitos, espaços e posicionamento.
de slides: O Slide Mestre pode ser acessado para alterações por
1. Slide (modo de exibição Normal): cada slide é mos- meio da guia
trado para edição de seu conteúdo;
2. Slide Mestre: para alterar o design e o layout dos slides a) Arquivo.
mestres, alterando toda a apresentação de uma vez; b) Design.
3. Folhetos Mestre: para alterar o design e layout dos c) Exibição.
folhetos que serão impressos; d) Inserir.
4. Anotações Mestras: para alterar o design e layout e) Revisão.
das folhas de anotações. O Slide Mestre é um modelo de slide que será usa-
do para definir as configurações de outros slides da
Dica apresentação. Está na guia Exibição, grupo “Modos
O slide mestre é o item mais questionado entre de Exibição Mestres”.
os modos de slides, seguido de Anotações
(modo de apresentação do Narrador).
Resposta: Letra C.
ANOTAÇÕES
RÉGUA E GUIAS
Clique para editar o título Mestre As réguas são exibidas na parte superior e lateral
• Clique para editar os estilos de texto Mestres no modo de edição. O atalho é Alt+Shift+F9.
• Segundo nível
• Terceiro nível As guias são exibidas no meio do slide (vertical e
• Quarto nível
• Quinto nível horizontalmente). CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Linhas de grade são exibidas ao fundo do slide,
orientando o posicionamento dos elementos.
Linhas de Grade
[Texto] [Texto]
[Texto] [Texto]
[Texto]
Rodapé < nº >
365
Dica
Todos os elementos visuais que compõe a inter-
face do programa, podem ser ativados ou desati-
vados na guia Exibição.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2015) Observe a imagem a seguir, retirada
do MS-PowerPoint 2010, em sua configuração padrão.
As linhas tracejadas foram exibidas ao se clicar em
um recurso da guia Exibição.
A preparação de uma apresentação de slides seque uma série de recomendações, quanto a quantidade de texto,
quantidade de slides, tempo da apresentação etc.
Entretanto, para concursos públicos, o foco é outro. O questionamento é sobre como fazer, onde configurar,
como apresentar etc.
Para entrar em modo de apresentação de slides do começo, devemos pressionar F5. Podemos escolher o ícone
‘Do Começo’ na guia Apresentações de Slides, grupo Iniciar Apresentação de Slides. E ainda clicar no ícone corres-
pondente na barra de status, ao lado do zoom.
A apresentação iniciará, e ao contrário do modo de exibição Leitura em Tela Inteira, a barra de títulos não será
mostrada.
A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou clican-
do no ícone da guia Apresentação de Slides.
Durante a apresentação de slides, as setas de direção permitem mudar o slide em exibição. O Enter passa para
o próximo slide. O ESC sai da apresentação de slides.
Segurar a tecla CTRL e pressionar o botão principal (esquerdo) do mouse exibirá um ‘laser pointer’ na
apresentação.
Pressionar a letra C ou vírgula deixará a tela em branco (clara). Pressionar E ou ponto final, deixa a tela preta
(escura).
A edição dos elementos textuais e parágrafos seguem os princípios do editor de textos Word. E os comandos
também são os mesmos. Por exemplo, o Salvar como PDF.
De acordo com o formato escolhido, alguns recursos poderão ser desabilitados.
Como pode ser visto na tabela, os botões de ação, animações e transições de slides não serão gravados no arqui-
vo PDF da apresentação. Para manter os recursos multimídia, deve salvar como vídeo.
Importante!
O formato PDF é portável, e poderá ser usado em qualquer plataforma. Praticamente todos os programas
disponíveis no mercado reconhecem o formato PDF.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
A outra forma de iniciar uma apresentação de slides é a partir do Slide Atual, pressionando Shift+F5 ou
clicando no ícone da guia Apresentação de Slides.
Apresentar on-line: Transmitir a apresentação de slides para visualizadores remotos que possam assis-
ti-la em um navegador da Web.
Configurar Apresentação de Slides: Configurar opções avançadas para a apresentação de slides, como o
modo de quiosque (em que a apresentação reinicia após o último slide, e continua em loop até pressio-
nar ESC), apresentação sem narração, vários monitores, avançar slides etc.
Ocultar Slide: Ocultar o slide atual da apresentação. Ele não será mostrado durante a apresentação de
slides de tela inteira.
367
Testar Intervalos: Iniciar uma apresentação de slides em tela inteira na qual você possa testar sua
apresentação. A quantidade de tempo utilizada em cada slide é registrada e você pode salvar esses
intervalos para executar a apresentação automaticamente no futuro.
Gravar Apresentação de Slides: Gravar narrações de áudio, gestos do apontador laser ou intervalos de
slide e animação para reprodução durante a apresentação de slides.
Álbum de Fotografias: criar ou editar uma apresentação com base em uma série de imagens. Cada
imagem será colocada em um slide individual.
Ação: Adicionar uma ação ao objeto selecionado para especificar o que deve acontecer quando você
clicar nele ou passar o mouse sobre ele.
Gravação de tela: gravar o que está sendo exibido na tela e inserir no slide.
Formas: linhas, retângulos, formas básicas, setas largas, formas de equação, fluxograma, estrelas e
faixas, textos explicativos e botões de ação.
Dica
O slide oculto existe na apresentação, aparece na edição, mas não é mostrado em modo de apresentação de
slides para o público.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) Tem-se a seguinte apresentação criada no Microsoft PowerPoint 2010, em sua configuração origi-
nal, apresentados no modo de exibição Classificação de Slides.
Assinale a alternativa que indica o resultado correto ao se selecionar o slide 2 e pressionar a tecla DEL.
a)
b)
c)
d)
e)
368
O Microsoft PowerPoint é o editor de apresentações É possível associar um programa para ser aberto,
de slides do pacote Microsoft Office. uma macro (pequeno programa) para ser executado
O usuário poderá criar apresentações de slides edi- ou outra ação do objeto.
táveis (com extensão PPTX) ou executáveis (com É possível associar um som para ser tocado (ou
extensão PPSX). interromper o som que estiver em execução) ao clicar
A extensão PPTX exige que o usuário que pretende no objeto ou passar o mouse sobre o objeto.
abrir o arquivo tenha o Microsoft PowerPoint, ou
As ações estão disponíveis na guia “Inserir”, grupo
use a versão online do Microsoft 365.
A extensão PPSX permite executar a apresentação Links, ícone Ação.
sem ter o PowerPoint instalado em seu computador.
Ao selecionar um slide e pressionar DEL ou DELE-
TE, ele será excluído (eliminado) da apresentação.
A letra A apenas apagou os objetos do slide, sem
excluir o slide totalmente.
A letra B apenas mudou a cor do objeto do slide 2,
fazendo de conta que está desativado.
A letra D reposicionou o slide 2 no final da apresenta- E também poderemos inserir uma ação no ícone
ção, mudando a cor para simular uma desativação. “Formas”, tanto em Página Inicial, grupo Desenho,
A letra E não existe. A barra diagonal cortando um como em Inserir, Ilustrações. Apenas os ícones serão
slide é típico de slide oculto, mas não sobre o slide, apresentados. Veja a descrição de cada um a seguir.
apenas no número dele. Resposta: Letra C.
INSERÇÃO DE OBJETOS
Álbum de fotografias
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2018) Um usuário, por meio do MS-Po-
werPoint 2010, em sua configuração padrão, gera
duas versões de um gráfico para o mesmo conjunto
de dados, conforme as imagens a seguir.
Organizar
NUMERAÇÃO DE PÁGINAS
Se existe uma animação, ela aparecerá no Painel de Animação. O número na frente é para indicar a ordem da
animação. No exemplo acima, temos 7 objetos com animação de entrada, em 4 momentos de animação “ao clicar”.
Observamos que a animação antes e depois da animação 4 possuem um “relógio”, e isso quer dizer que elas
acontecem “após o anterior”. A quinta animação na lista está alinhada com o término da quarta animação. Este é
o padrão. Já a última animação na lista está “distante” do término da penúltima animação. Isto significa que ela
tem “atraso”.
A animação após a terceira não possui ícone. Isto significa que ela acontecerá “com a anterior”, simultanea-
mente à animação 3. O traço vertical nas duas últimas animações serve para mostrar que elas estão associadas
entre si.
Um traço vertical durante o comando “Visualizar” mostra em qual momento está a sequência das animações.
De forma semelhante ao item Animações, as Transições também possuem uma guia específica. As transições
são efeitos de animação aplicados na mudança dos slides, quando avançamos a apresentação.
A principal diferença para a guia Animações é a possibilidade de criar apresentações com passagem automá-
tica de slides, após um determinado tempo. Para fazer isto, basta atribuir um valor em Após, no item “Avançar
Slide”, grupo “Intervalo”, da guia Transições.
A seguir, uma imagem com todas as opções de Transição para este slide, disponível no PowerPoint 2010.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
z Transições do grupo Sutil: Recortar, Esmaecer, Empurrão, Revelar, Dividir, Revelar, Barras Aleatórias, For-
ma, Descobrir, Cobrir, Piscar;
z Transições do grupo Empolgante: Dissolver, Xadrez, Persianas, Relógio, Ondulação, Colmeia, Brilho, Vortex,
Rasgar, Alternar, Inverter, Galeria, Cubo, Portas, Caixa, Zoom;
z Transições do grupo Conteúdo Dinâmico: Panorâmica, Roda Gigante, Transportadora, Girar, Janela, órbita,
Voar Através.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2018) Na figura a seguir, é apresentado parcialmente um slide do MS-PowerPoint 2010, em sua configu-
ração original, com o respectivo painel de animação e seus objetos animados. 373
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
FUNDAMENTOS, CONCEITOS E MECANISMOS
DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO DE ESTAÇÕES DE
TRABALHO
a) slide entrar em modo de apresentação. Figura 1. A conexão entre o usuário cliente e o servidor é realizada
b) quarto clique no mouse. por diferentes equipamentos, que são transparentes para o usuário
c) terceiro clique no mouse. final.
d) segundo clique no mouse.
e) primeiro clique no mouse. Entre o servidor remoto e o usuário final, as infor-
mações solicitadas passarão por vários dispositivos de
conexão (roteadores, repetidores de sinal, switches,
O objeto será exibido após o terceiro clique do
bridges, gateways) antes de serem apresentadas no
mouse.
dispositivo do usuário.
Picture 3 é o primeiro objeto que aparecerá na exibi- É importante saber que o paradigma cliente-ser-
ção do slide, após o primeiro clique do mouse. vidor. Nós somos clientes e acessamos informações
Picture 2 é o segundo objeto, após o segundo clique em servidores remotos. As redes de computadores,
do mouse. em concursos públicos, são abordadas seguindo este
Picture 9 aparecerá após um tempo, seguido após o paradigma. Usamos cliente web (browser ou navega-
objeto Picture 2. dor) para acessar um servidor web. Usamos cliente de
Picture 6 é o terceiro objeto, que aparece após o ter- e-mail para acessar um servidor de e-mail. Usamos
ceiro clique do mouse. um cliente FTP para acessar um servidor FTP.
Picture 7 (Trator) será exibido junto com Picture 6.
Por não possuir ícone no Painel, será ‘com anterior’.
Picture 8 é o último objeto, após o quarto clique do
mouse. Resposta: Letra C.
Dica
Apesar de existirem soluções integradas e avan-
çadas para os problemas de Segurança da Infor-
mação, que até usamos em nossos dispositivos,
nos concursos públicos são questionadas as
definições oficiais e as configurações padrão
dos programas. Figura 5. Usuários mal intencionados procuram ‘escutar’ uma
conexão insegura em busca de dados que possam comprometer a
NOÇÕES DE REDES PRIVADAS VIRTUAIS (VPN) privacidade do usuário ou empresa.
As redes privadas virtuais, popularmente identi- As empresas utilizam softwares de terceiros para
ficadas pela sigla VPN (do inglês Virtual Private Net- estabelecer a conexão segura entre os dispositivos de
work), são criadas pelas empresas e usuários para seus colaboradores. Existem vários softwares que pos-
estabelecer uma conexão segura entre dois pontos. sibilitam a conexão segura, como: a Área de Trabalho 375
Remota (Windows) e soluções de empresas de segurança digital (Forticlient VPN, Citrix Metaframe, TeamViewer,
LogMeIn etc).
Para estabelecer uma conexão segura, protocolos seguros serão usados, criando um túnel seguro entre o emissor e o
receptor, por meio de um ambiente vulnerável.
Os protocolos são padrões de comunicação e os protocolos seguros procuram encapsular os dados transmi-
tidos para que, em caso de monitoramento, a leitura do conteúdo se torne impossível, uma vez que os dados se
tornam criptografados.
Figura 6. Usuários mal intencionados não conseguem monitorar o conteúdo de uma conexão que esteja protegida com um protocolo seguro.
Protocolos
Quando uma navegação na Internet é realizada, os protocolos transferem os dados de um servidor para o cliente,
de acordo com o paradigma Cliente-Servidor. O servidor oferece os dados e provê a conexão e, então, o cliente acessa
as informações e solicita serviços.
Em uma conexão, para evitar que os dados sejam acessados por pessoas não autorizadas, protocolos de segu-
rança e proteção poderão ser implementados utilizando-se de chaves e certificados digitais para garantia da
transferência segura dos dados.
Muitas siglas de protocolos estão relacionadas com este tópico. Confira algumas delas.
SSL Secure Sockets Layer Camada adicional de segurança para a conexão Sim
TLS Transport Layer Security Camada de transporte seguro para a conexão Sim
A conexão remota poderá ser uma simples conexão direta entre os dispositivos (ponto a ponto, túnel de cone-
xão, sem criptografia dos dados trafegados) ou uma conexão entre os dispositivos com segurança (utilizando
protocolos seguros para criptografar o conteúdo trafegado no túnel de conexão).
Programas
Conhecendo as definições de uma VPN e os protocolos que podem ser utilizados, vem uma dúvida: quais são
os programas que usamos para transformar o nosso dispositivo em um cliente VPN? Depende.
Cada dispositivo tem um sistema operacional, e de acordo com a origem (cliente) e o destino (servidor), existem
programas mais adequados para cada cenário.
A utilização de um software de VPN, a fim de acessar a rede interna de uma organização (no modelo VPN client
to site), implementa segurança aos dados trafegados na forma de criptografia, para garantir a autenticidade e a
integridade das conexões.
Nas redes de computadores, o firewall é um item especialmente importante em relação à segurança da informa-
ção. Ele é um filtro de portas TCP, que permite ou bloqueia o tráfego de dados. Logo, se uma conexão deseja enviar
e receber dados, precisa ter a porta correspondente liberada, em ambos os lados, tanto no cliente como no servidor.
Se existe um firewall na rede, a VPN poderá ser instalada (e configurada) no firewall (mais comum), em frente
ao firewall (para autenticar o que está chegando), atrás do firewall (para autenticar o que chegou), paralelamente
ao firewall (para acompanhar o envio e recebimento dos pacotes) ou na interface dedicada do firewall (na conexão
VPN site to site, para atender a vários dispositivos da rede).
No Windows 10, a definição da VPN poderá ser realizada por meio da Central de Ações (atalho de teclado Windows +
A) ou em Configurações, Rede e Internet, VPN.
Importante!
O acesso Home Office é um tipo de conexão externa que deverá utilizar uma VPN para proteger os dados CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
trafegados, com o uso de criptografia, implementada por protocolos seguros.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESGRANRIO – 2018) Política de segurança da informação é a documentação que espelha as decisões da empresa
com respeito à manipulação e à proteção da informação.
O conjunto de políticas deve ser definido, aprovado pela direção, publicado e comunicado para
A política de segurança da informação (PSI) deverá ser publicada para que todos tenham conhecimento das
regras e procedimentos, visando à continuidade do negócio e prevenção de desastres. Resposta: Letra A. 377
NOÇÕES DE COMPUTAÇÃO EM NUVEM Tecnologias de Serviços na Nuvem
Computação em nuvem (em inglês, cloud compu- Existem várias opções que poderão ser contrata-
ting) refere-se ao processamento de dados remotos. O das como serviços, sendo as principais em concursos
usuário envia informações inseridas em seu dispositi- públicos: IaaS, PaaS e SaaS.
vo local, os programas na nuvem executam as opera-
ções solicitadas e devolvem para o periférico de saída z Infrastructure as a Service (IaaS) fornece recursos
do dispositivo local do usuário os resultados obtidos. de computação virtualizados pela Internet. O pro-
A expressão “nuvem” é usada para designar a Internet, vedor hospeda o hardware, o software, os servido-
mas na prática poderá estar referenciando um processa- res e os componentes de armazenamento;
mento remoto dentro da rede interna da empresa. Exis- z Platform as a Service (PaaS) proporciona acesso
tem nuvens privadas, públicas, híbridas e comunitárias. às ferramentas e aos serviços de desenvolvimento
A computação em nuvem é a evolução do princípio usados para entregar os aplicativos;
da computação em grade. Na computação em grade, z Software as a Service (SaaS) permite aos usuários
grande quantidade de clusters computacionais (servi- ter acesso a bancos de dados e software de aplica-
dores conectados entre si dentro de uma infraestrutu- tivo. Os provedores de nuvem gerenciam a infraes-
ra compartilhada), aliado a disseminação da conexão trutura. Os usuários armazenam dados nos servi-
de banda larga, facilitaram a adoção da Computação dores do provedor de nuvem.
nas Nuvens por diferentes empresas.
Dica
Novas definições são criadas por empresas,
com propósitos de marketing. Em concursos
públicos, as definições mais questionadas são
SaaS, PaaS e IaaS.
Ao contratar Infraestrutura como um Serviço (IaaS), o usuário obtém economia de custo (não há necessidade
de comprar e manter hardwares), tempo de colocação no mercado (poderá iniciar suas operações imediatamente,
sem esperar pela instalação de um datacenter na empresa), disponibilidade em tempo integral e escalabilidade
sob demanda (expansão ou contração da empresa de acordo com o dia a dia da operação).
Plataforma como um Serviço (PaaS) gera para o usuário uma economia de gastos (novamente, relacionada ao
hardware que não precisa ser adquirido), desenvolvimento simplificado de aplicativos (ambientes de desenvol-
vimento para diferentes plataformas), colaboração (on-line com outros desenvolvedores) e ambiente integrado
(para teste, implementação e gerenciamento).
Software como um Serviço (SaaS) oferecerá economia de gastos (menor custo das licenças de softwares), com-
partilhamento de arquivos (de forma fácil e rápida), portabilidade (na troca de dispositivos pessoais, o acesso ao
serviço não será impactado com novas instalações e configurações) e independência do sistema operacional (a
troca de dados será realizada pelo protocolo TCP, que tem suporte em todos os sistemas operacionais).
Figura 10. Os provedores, desenvolvedores e usuários finais, fornecem, suportam ou consomem recursos da nuvem.
Os softwares são desenvolvidos na Plataforma (PaaS), utilizando os recursos da estrutura na Infraestrutura CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
(IaaS), para serem utilizados pelos usuários finais como um serviço (SaaS).
Na tabela a seguir vamos associar os itens da computação local com os itens da computação na nuvem, para
entender que na Nuvem temos uma adaptação do nosso computador de casa.
O usuário não precisará se preocupar com atualizações de softwares e hardware, que serão realizadas pela
empresa contratada. Elas serão automáticas e disponibilizadas em tempo real para todos.
O compartilhamento de informações será facilitado, bastando que outros usuários tenham acesso à Internet
para que possam acessar os dados compartilhados.
Os serviços serão disponibilizados 24 horas, 7 dias por semana, com sistemas de redundância e recuperação de falhas
sob responsabilidade da empresa contratada. 379
Diminui a necessidade de manutenção da infraes- Resource Pooling, ou pool de recursos, significa
trutura física da rede local, bastando para o usuário que os serviços são armazenados em servidores dis-
o fornecimento de energia elétrica e conexão de rede tribuídos globalmente e seus recursos virtuais são
para acesso aos serviços remotos. dinamicamente atribuídos ou retribuídos pelo clien-
Por ter menos equipamentos na infraestrutura te conforme sua demanda. É o modelo multi-inquili-
local, o consumo de energia elétrica, refrigeração e no (multi-tenancy), que possibilita a adesão de novos
espaço físico serão reduzidos. Indiretamente contribui clientes sem detrimento da oferta para os clientes
para preservação e uso racional dos recursos naturais. atuais. Um usuário em São Paulo poderá contratar
Flexibilidade no uso e na contratação de serviços. e acessar um serviço ofertado por uma empresa em
O usuário poderá contratar um pacote básico de servi- Belo Horizonte, que mantém os servidores em uma
ços e, de acordo com a sua necessidade, pode ampliar cidade na Índia.
parâmetros do contrato alterando de forma dinâmica Rapid Elasticy, ou elasticidade rápida, significa que
os limites de utilização. a alocação de mais ou menos recursos da nuvem ocor-
Elasticidade rápida, onde os recursos são provi- rerá com agilidade, provisionando e liberando elas-
sionados dinamicamente, atendendo as necessida- ticamente as demandas solicitadas pelo usuário. Ao
des pontuais da operação do cliente (uma loja virtual contratar um armazenamento de dados na nuvem, o
pode aumentar a quantidade de acessos simultâneos espaço disponível para uso será imediatamente ajus-
ao site apenas na Black Friday, por exemplo). Esta é a tado após a confirmação do pagamento.
sua característica mais marcante. Measured Service, ou serviços mensuráveis, sig-
nifica que todos os serviços são controlados e moni-
Desvantagens da Computação em Nuvem torados automaticamente pela nuvem, de maneira
transparente para o usuário, sem a necessidade de
Quanto mais aplicações forem acessadas na conhecimento técnico sobre a sua operação.
nuvem, mais velocidade de transferência de dados Transparência para o usuário, pois ele não precisa
será necessária. Portanto, a principal desvantagem da conhecer onde estão alocados os recursos computa-
nuvem é inerente ao propósito dela mesma. cionais contratados e acessa apenas a interface para
Tempo de inatividade é outra desvantagem. Quan- acesso, tornando tudo transparente.
do todos os sistemas estão em uma plataforma, se
ela ficar indisponível, a empresa e os usuários não Tipos de Nuvem
terão acesso a nada. Felizmente isto tem mudado, e
atualmente as empresas fornecedoras de serviços na Podemos classificar as nuvens de acordo com a
nuvem conseguem oferecer up-time (tempo de uso infraestrutura ou seus usuários em: Privada, Pública,
disponível) acima de 99,9999%. Híbrida ou Comunidade (comunitária).
Dificuldade de migração, e esta é a principal desvan- No modelo de nuvem privada, a infraestrutura
tagem. Quanto mais utilizamos uma determinada empre- é proprietária ou alugada por uma única organiza-
sa fornecedora, mais nos tornamos dependente dela. ção para ser operada exclusivamente por ela mesma.
Caso exista a necessidade de migração dos dados, Poderá ser local ou remota, e a empresa aplica políti-
ela poderá ser dificultada ou até impossibilitada. Para cas de acesso aos serviços (para os usuários cadastra-
minimizar esta desvantagem, a replicação de servido- dos e autorizados).
res é uma alternativa, quando os dados são replicados A definição de nuvem pública indica que a
entre um servidor local e um servidor na nuvem. infraestrutura pertence a uma organização que vende
serviços para o público em geral e poderá ser acessa-
da por qualquer usuário que conheça a localização do
serviço, não sendo admitidas técnicas de restrição de
acesso ou autenticação.
No formato de nuvem híbrida, que tem como
característica a infraestrutura ser composta por pelo
menos duas nuvens, que preservam as características
originais do seu modelo e estão interligadas por uma
tecnologia que possibilite a portabilidade de informa-
ções e de aplicações, é o tipo mais comum encontrado
no mercado.
Na nuvem comunidade (comunitária), a infraes-
trutura é compartilhada por diversas organizações
Figura 11. Diferentes apresentações para a nuvem que normalmente possuem interesses comuns, como
requisitos de segurança, políticas, aspectos de flexibi-
As Principais Características da Computação em lidade e/ou compatibilidade.
Nuvem
Ameaças e riscos de segurança estão presentes z Tecnológicas: quando ocorre mudança no padrão
no mundo virtual. Assim como existem pessoas boas ou tecnologia, sem a devida atualização ou upgrade.
e más no mundo real, existem usuários com boas ou z Humanas: intencionais ou acidentais, que explo-
más intenções no mundo virtual. ram vulnerabilidades nos sistemas.
Os criminosos virtuais são genericamente deno- z Naturais: não intencionais, relacionadas ao am-
minados como hackers, porém o termo mais adequa- biente, como as catástrofes naturais.
do seria cracker. Um hacker é um usuário que possui
muitos conhecimentos sobre tecnologia, e podem ser As empresas precisam fazer uma avaliação das
nomeados como White Hat (hacker ético que usa suas ameaças que possam causar danos ao ambiente com-
habilidades com propósitos éticos e legais), Gray Hat putacional dela mesma (Gerenciamento de Risco),
(cometem crimes, mas sem ganho pessoal, geralmente implementar sistemas de autenticação (Controlar o
para exposição de falhas nos sistemas) e Black Hat (vio- Acesso), definir os requisitos de senha forte (Políti-
lam a segurança dos sistemas para obtenção de ganhos ca de Segurança), manter um inventário e realizar o
pessoais). rastreamento de todos os ativos (Gerenciamento de
Amadores ou inexperientes, profissionais ou expe- Recursos), além de utilizar sistemas de backup e res-
rientes, todo usuário está sujeito aos riscos inerentes tauração de dados (Gerenciamento de Continuidade
ao uso dos recursos computacionais. de Negócios).
São riscos de segurança digital: Falhas
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
z Ameaças: vulnerabilidades que existem e podem As falhas de segurança nos sistemas de informação
ser exploradas por usuários; poderão ser propositais ou involuntárias.
z Falhas: vulnerabilidades existentes nos sistemas, Se o programador insere no código do sistema uma
sejam propositais ou acidentais; falha, que produza danos ou permita o acesso sem
z Ataques: ação que procura denegrir ou suspender autenticação, temos um exemplo de falha proposital.
a operação de sistemas. Se uma falha for descoberta após a implantação do
sistema, sem que tenha sido uma falha proposital, e
Devido à crescente integração entre as redes de seja explorada por invasores, temos um exemplo de
comunicação, conexão com novos e inusitados dis- falha involuntária, inerente ao sistema.
positivos (IoT – Internet das Coisas) e criminosos Quando identificadas, as falhas são corrigidas pelas
com acesso de qualquer lugar do mundo, as redes de empresas que desenvolveram o sistema por meio da
informações se tornaram particularmente difíceis de distribuição de notificações e correções de segurança.
se proteger. Profissionais altamente qualificados são O Windows Update, serviço da Microsoft para atuali-
formados e contratados pelas empresas com a única zação do Windows, distribui mensalmente os patches
função de proteger os sistemas informatizados. (pacotes) de correções de falhas de segurança. 381
Ataques
385
O código que infecta o arquivo é chamado de assi-
natura do vírus.
Os programas antivírus são desenvolvidos para
detectarem a assinatura do vírus existente nos arqui-
vos do computador. O antivírus precisa estar atualiza-
do, com as últimas definições da base de assinaturas
de vírus, para que seja eficiente na remoção dos códi-
gos maliciosos.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (Quadrix – 2021) Considere as seguintes afirmações:
UTM
a) arq_a.pif
b) arq_b.exe
c) arq_c.bat
d) arq_d.jar
e) arq_e.txt
Arquivos executáveis são infectados com vírus, pois, a cada nova execução, cópias do vírus serão anexadas em
outros arquivos, propagando a infecção. Arquivos do tipo TXT não podem ser infectados, porque possuem texto
sem formatação. PIF, EXE, BAT, JAR, COM e MSI são exemplos de extensões executáveis que podem ser infectados
por vírus e, geralmente, são bloqueadas para envio pelo e-mail. Resposta: Letra E.
O sistema de arquivos NTFS (New Technology File System) armazena os dados dos arquivos em localizações
dos discos de armazenamento. Por sua vez, os arquivos possuem nome e podem ter extensões.
O sistema de arquivos NFTS suporta unidades de armazenamento de até 256 TB (terabytes, trilhões de bytes)
O FAT32 suporta unidades de até 2 TB.
Antes de prosseguir, vamos conhecer estes conceitos.
O disco de armazenamento de dados tem o seu tamanho identificado em Bytes. São milhões, bilhões e até tri-
lhões de bytes de capacidade. Os nomes usados são do Sistema Internacional de Medidas (SI) e estão listados na
escala a seguir. 389
Exabyte
(EB)
Petabyte
(PB)
Terabyte
(TB)
Gigabyte trilhão
(GB)
Megabyte
bilhão
(MB)
Kilobyte milhão
(KB) mil
Byte
(B)
Ainda não temos discos com capacidade na ordem de Petabytes (PB – quatrilhão de bytes) vendidos comercial-
mente, mas quem sabe um dia... Hoje estas medidas muito altas são usadas para identificar grandes volumes de
dados na nuvem, em servidores de redes, em empresas de dados etc.
Vamos falar um pouco sobre Bytes: 1 Byte representa uma letra, ou número, ou símbolo. Ele é formado por 8
bits, que são sinais elétricos (que vale zero ou um). Os dispositivos eletrônicos utilizam o sistema binário para repre-
sentação de informações.
A palavra “Nova”, quando armazenada no dispositivo, ocupará 4 bytes. São 32 bits de informação gravada na
memória.
A palavra “Concursos”, ocupará 9 bytes, que são 72 bits de informação.
Os bits e bytes estão presentes em diversos momentos do cotidiano. Um plano de dados de celular oferece um
pacote de 5 GB, ou seja, poderá transferir até 5 bilhões de bytes no período contratado. A conexão Wi-Fi de sua
residência está operando em 150 Mbps, ou 150 megabits por segundo, que são 18,75 MB por segundo, e um arqui-
vo com 75 MB de tamanho levará 4 segundos para ser transferido do seu dispositivo para o roteador wireless.
Importante!
O tamanho dos arquivos no Windows 10 é exibido em modo de visualização de Detalhes, nas Propriedades
(botão direito do mouse, menu de contexto) e na barra de status do Explorador de Arquivos. Poderão ter as
unidades KB, MB, GB, TB, indicando quanto espaço ocupam no disco de armazenamento.
Quando os computadores pessoais foram apresentados para o público, a árvore foi usada como analogia para
explicar o armazenamento de dados, criando o termo “árvore de diretórios”.
Documentos
Imagens Folhas
Músicas Flores
Vídeos Frutos
z Pastas
Estruturas do sistema operacional: Arquivos de Programas (Program Files), Usuários (Users), Windows.
A primeira pasta da undiade é chamada raiz (da árvore de diretórios), representada pela barra inverti-
da: Documentos (Meus Documentos), Imagens (Minhas Imagens), Vídeos (Meus Vídeos), Músicas (Minhas
Músicas) – bibliotecas
Estruturas do Usuário: Documentos (Meus Documentos), Imagens (Minhas Imagens), Vídeos (Meus Vídeos),
Músicas (Minhas Músicas) – bibliotecas
Área de Trabalho: Desktop, que permite acesso à Lixeira, Barra de Tarefas, pastas, arquivos, programas e
atalhos.
Lixeira do Windows: Armazena os arquivos de discos rígidos que foram excluídos, permitindo a recupe-
390 ração dos dados.
z Atalhos
Arquivos que indicam outro local: Extensão LNK, podem ser criados arrastando o item com ALT ou CTR-
L+SHIFT pressionado.
z Drivers
Arquivos de configuração: Extensão DLL e outras, usadas para comunicação do software com o hardware
O Windows 10 usa o Explorador de Arquivos (que antes era Windows Explorer) para o gerenciamento de pastas
e arquivos. Ele é usado para as operações de manipulação de informações no computador, desde o básico (formatar
discos de armazenamento) até o avançado (organizar coleções de arquivos em Bibliotecas).
O atalho de teclado Windows+E pode ser acionado para executar o Explorador de Arquivos.
Como o Windows 10 está associado a uma conta Microsoft (e-mail Live, ou Hotmail, ou MSN, ou Outlook), o
usuário tem disponível um espaço de armazenamento de dados na nuvem Microsoft OneDrive. No Explorador de
Arquivos, no painel do lado direito, o ícone OneDrive sincroniza os itens com a nuvem. Ao inserir arquivos ou
pastas no OneDrive, eles serão enviados para a nuvem e sincronizados com outros dispositivos que estejam conec-
tados na mesma conta de usuário.
Os atalhos são representados por ícones com uma seta no canto inferior esquerdo, e podem apontar para um
arquivo, pasta ou unidade de disco. Os atalhos são independentes dos objetos que os referenciam, portanto, se
forem excluídos, não afetam o arquivo, pasta ou unidade de disco que estão apontando.
Podemos criar um atalho de várias formas diferentes:
z Arrastar um item segurando a tecla Alt no teclado, e ao soltar, o atalho é criado;
z No menu de contexto (botão direito) escolha “Enviar para... Área de Trabalho (criar atalho);
z Um atalho para uma pasta cujo conteúdo está sendo exibido no Explorador de Arquivos pode ser criado na
área de trabalho arrastando o ícone da pasta, mostrado na barra de endereços e soltando-o na área de trabalho.
Arquivos ocultos, arquivos de sistema, arquivos somente leitura... os atributos dos itens podem ser definidos
pelo item Propriedades no menu de contexto. O Explorador de Arquivos pode exibir itens que tenham o atributo
oculto, desde que ajuste a configuração correspondente.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) No sistema operacional Windows 10, em sua configuração padrão, atalhos podem ser utilizados para
várias finalidades. Os atalhos podem ser
a) identificados com facilidade, pois seus ícones possuem uma seta no canto inferior esquerdo.
b) colocados em diversos locais do Windows, como na Área de Trabalho, mas não podem ser colocados dentro de pastas.
c) utilizados para acessar arquivos e programas, mas atalhos para endereços da Internet não são permitidos.
d) utilizados para acessar pastas, mas atalhos para subpastas não são permitidos.
e) colocados em qualquer local do Windows, exceto na Barra de Tarefas.
Os ícones de atalhos possuem uma seta no canto inferior esquerdo, indicando que apontam para um item que
poderá ser um computador na rede, uma unidade de disco, uma pasta ou diretório, um arquivo, outro atalho,
sites na Internet e até dispositivos como as impressoras conectadas.
Os atalhos poderão ser armazenados em qualquer local do computador, desde a Área de Trabalho até alguma
pasta específica, e na Barra de Tarefas. Resposta: Letra A
ÁREA DE TRABALHO
A interface gráfica do Windows é caracterizada pela Área de Trabalho, ou Desktop. A tela inicial do Windows
exibe ícones de pastas, arquivos, programas, atalhos, barra de tarefas (com programas que podem ser executados
e programas que estão sendo executados) e outros componentes do Windows.
A área de trabalho do Windows 10, também conhecida como Desktop, é reconhecida pela presença do papel de
parede ilustrando o fundo da tela. É uma imagem, que pode ser um bitmap (extensão BMP), uma foto (extensão CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
JPG), além de outros formatos gráficos. Ao ver o papel de parede em exibição, sabemos que o computador está
pronto para executar tarefas.
Navegador padrão
do Windows 10 Atalhos
Itens Excluídos
Barra de Tarefas
Mostrar área de trabalho agora está no canto inferior direito, ao lado do relógio, na área de notificação da
392 Barra de Tarefas. O atalho continua o mesmo: Win+D (Desktop)
Aplicativos fixados na Barra de Tarefas são ícones que permanecem em exibição todo o tempo.
Aplicativo que está em execução 1 vez possui um pequeno traço azul abaixo do ícone.
Aplicativo que está em execução mais de 1 vez possui um pequeno traço segmentado azul no ícone.
1 +1 não está em
execução execução execução
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) Considere um computador com o Microsoft Windows 10, em sua configuração original, sem nenhu-
ma janela aberta. Como primeira ação, o usuário abre o WordPad e maximiza a janela. Em seguida abre o Bloco de
Notas e maximiza a janela. Assinale a alternativa que indica qual(is) janela(s) aparecerá(ão) na tela do computador
quando o usuário clicar no botão indicado na imagem a seguir, na janela do Bloco de Notas, exibida parcialmente.
Minimizar
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Quando o aplicativo WordPad está em exibição, outro aplicativo ‘toma a frente na exibição’, com a janela do
Bloco de Notas. Ao minimizar a janela que está à frente, a janela anterior torna a ser exibida.
Para visualizar a área de trabalho, atalho Windows+D ou Windows +M. Para posicionar os aplicativos lado a
lado, Windows+seta à esquerda e escolha o segundo aplicativo para exibir do lado direito. Resposta: Letra B. 393
ÁREA DE TRANSFERÊNCIA Assinale a alternativa que preenche, correta e respecti-
vamente, as lacunas.
Um dos itens mais importantes do Windows não é
visível como um ícone ou programa. A Área de Trans- a) Ctrl + C... Ctrl + V
ferência é um espaço da memória RAM, que armazena b) Ctrl + V... Ctrl + A
uma informação de cada vez. A informação armaze- c) Ctrl + Y... Ctrl + C
nada poderá ser inserida em outro local, e ela acaba
d) Alt + C... Alt + V
trabalhando em praticamente todas as operações de
e) Esc + Y…. Ctrl + V
manipulação de pastas e arquivos.
No Windows 10, se quiser visualizar o conteúdo
da Área de Transferência, acione o atalho de teclado O atalho de teclado Ctrl+C é para Copiar e o atalho
Windows+V (View). Ctrl+V para colar o conteúdo existente na Área de
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+C (Copiar), Transferência.
estamos copiando o item para a memória RAM, para No Windows, o atalho Ctrl+A é para Selecionar
ser inserido em outro local, mantendo o original e Tudo, Ctrl+Y para Refazer a última ação que tenha
criando uma cópia. sido desfeita pelo atalho Ctrl+Z (desfazer). Respos-
Ao acionar o atalho de teclado PrintScreen, esta- ta: Letra A.
mos copiando uma “foto da tela inteira” para a Área
de Transferência, para ser inserida em outro local, MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS
como em um documento do Microsoft Word ou edição
pelo acessório Microsoft Paint. Ao nomear arquivos e pastas, algumas regras pre-
Ao acionar o atalho de teclado Alt+PrintScreen, cisam ser conhecidas para que a operação seja reali-
estamos copiando uma ‘foto da janela atual’ para a zada com sucesso.
Área de Transferência, desconsiderando outros ele-
mentos da tela do Windows. z O Windows não é case sensitive. Ele não faz distin-
Ao acionar o atalho de teclado Ctrl+V (Colar), o ção entre letras minúsculas ou letras maiúsculas.
conteúdo que está armazenado na Área de Transfe- Um arquivo chamado documento.docx será consi-
rência será inserido no local atual.
derado igual ao nome Documento.DOCX.
Dica z O Windows não permite que dois itens tenham o
mesmo nome e a mesma extensão quando estive-
As três teclas de atalhos mais questionadas rem armazenados no mesmo local.
em questões do Windows são Ctrl+X, Ctrl+C z O Windows não aceita determinados caracteres
e Ctrl+V, que acionam os recursos da Área de nos nomes e extensões. São caracteres reservados,
Transferência. para outras operações, que são proibidos na hora
de nomear arquivos e pastas. Os nomes de arqui-
As ações realizadas no Windows, em sua quase
vos e pastas podem ser compostos por qualquer
totalidade, podem ser desfeitas ao acionar o atalho de
caractere disponível no teclado, exceto os carac-
teclado Ctrl+Z imediatamente após a sua realização.
teres * (asterisco, usado em buscas), ? (interroga-
Por exemplo, ao excluir um item por engano, e pres-
sionar Del ou Delete, o usuário pode acionar Ctrl+Z ção, usado em buscas), / (barra normal, significa
(Desfazer) para restaurar ele novamente, sem neces- opção), | (barra vertical, significa concatenador de
sidade de acessar a Lixeira do Windows. comandos), \ (barra invertida, indica um caminho),
E outras ações podem ser repetidas, acionando o “ (aspas, abrange textos literais), : (dois pontos, sig-
atalho de teclado Ctrl+Y (Refazer), quando possível. nifica unidade de disco), < (sinal de menor, signi-
Para obter uma imagem de alguma janela em fica direcionador de entrada) e > (sinal de maior,
exibição, além dos atalhos de teclado PrintScreen e significa direcionador de saída).
Alt+PrintScreen, o usuário pode usar o recurso Instan- z Existem termos que não podem ser usados, como
tâneo, disponível nos aplicativos do Microsoft Office. CON (console, significa teclado), PRN (printer, sig-
Outra forma de realizar esta atividade é usar a Fer- nifica impressora) e AUX (indica um auxiliar), por
ramenta de Captura (Captura e Esboço), disponível no referenciar itens de hardware nos comandos digi-
Windows. tados no Prompt de Comandos. (por exemplo, para
Mas se o usuário quer apenas gravar a imagem enviar para a impressora um texto através da linha
capturada, poderá fazer com o atalho de teclado Win- de comandos, usamos TYPE TEXTO.TXT > PRN).
dows+PrintScreen, que salva a imagem em um arquivo
na pasta “Capturas de Tela”, na Biblioteca de Imagens. Entre os caracteres proibidos, o asterisco é o mais
A área de transferência é um dos principais recur- conhecido. Ele pode ser usado para substituir de zero
sos do Windows, que permite o uso de comandos, à N caracteres em uma pesquisa, tanto no Windows
realização de ações e controle das ações que serão como nos sites de busca na Internet.
desfeitas. As ações realizadas pelos usuários em relação à
manipulação de arquivos e pastas pode estar condi-
cionada ao local onde ela é efetuada, ou ao local de
EXERCÍCIO COMENTADO origem e destino da ação. Portanto, é importante veri-
ficar no enunciado da questão, geralmente no texto
1. (VUNESP – 2018) No MS-Windows, a partir da sua associado, estes detalhes que determinarão o resulta-
configuração padrão, um objeto foi previamente sele- do da operação.
cionado e, por meio do conjunto de teclas ___________, As operações podem ser realizadas com atalhos
o objeto é copiado para a área de transferência, e por de teclado, com o mouse, ou com a combinação de
meio do conjunto de teclas _____________, o mesmo ambos. As bancas organizadoras costumam questio-
objeto da área de transferência é colado em um local nar ações práticas nas provas e, na maioria das vezes
394 previamente estabelecido. utilizam imagens nas questões.
OPERAÇÕES COM TECLADO
Atalhos de teclado Resultado da operação
Ctrl+X e Ctrl+V
Não é possível recortar e colar na mesma pasta. Será exibida uma mensagem de erro.
na mesma pasta
Ctrl+X e Ctrl+V
Recortar (da origem) e colar (no destino). O item será movido
em locais diferentes
Ctrl+C e Ctrl+V Copiar e colar. O item será duplicado. A cópia receberá um sufixo (Copia) para diferenciar do
na mesma pasta original.
Ctrl+C e Ctrl+V
Copiar (da origem) e colar (no destino). O item será duplicado, mantendo o nome e extensão.
em locais diferentes
Tecla Delete em um Deletar, apagar, enviar para a Lixeira do Windows, podendo recuperar depois, se o item estiver em
item do disco rígido um disco rígido local interno ou externo conectado na CPU.
Tecla Delete em
Será excluído definitivamente. A Lixeira do Windows não armazena itens de unidades removíveis
um item do disco
(pendrive), ópticas ou unidades remotas.
removível
Shift+Delete Independentemente do local onde estiver o item, ele será excluído definitivamente
Renomear. Trocar o nome e a extensão do item. Se houver outro item com o mesmo nome no
F2 mesmo local, um sufixo numérico será adicionado para diferenciar os itens. Não é permitido
renomear um item que esteja aberto na memória do computador.
Lixeira
Um dos itens mais questionados em concursos públicos é a Lixeira do Windows. Ela armazena os itens que
foram excluídos de discos rígidos locais, internos ou externos conectados na CPU.
Ao pressionar o atalho de teclado Ctrl+D, ou a tecla Delete (DEL), o item é removido do local original e arma-
zenado na Lixeira.
Quando o item está na Lixeira, o usuário pode escolher a opção Restaurar, para retornar ele para o local
original. Se o local original não existe mais, pois suas pastas e subpastas foram removidas, a Lixeira recupera o
caminho e restaura o item.
Os itens armazenados na Lixeira poderão ser excluídos definitivamente, escolhendo a opção “Esvaziar Lixeira” no
menu de contexto ou faixa de opções da Lixeira.
Quando acionamos o atalho de teclado Shift+Delete, o item será excluído definitivamente. Pelo Windows, itens
excluídos definitivamente ou apagados após esvaziar a Lixeira não poderão ser recuperados. É possível recuperar
com programas de terceiros, mas isto não é considerado no concurso, que segue a configuração padrão.
Os itens que estão na Lixeira podem ser arrastados com o mouse para fora dela, restaurando o item para o
local onde o usuário liberar o botão do mouse.
A Lixeira do Windows tem o seu tamanho definido em 10% do disco rígido ou 50 GB. O usuário poderá alterar o
tamanho máximo reservado para a Lixeira, poderá desativar ela excluindo os itens diretamente e configurar Lixeiras
individuais para cada disco conectado.
Arrastar com o botão principal pressionado um O item será copiado, quando a tecla CTRL for liberada, inde-
item com a tecla CTRL pressionada pendente da origem ou do destino da ação
Arrastar com o botão principal pressionado um O item será movido, quando a tecla SHIFT for liberada, inde-
item com a tecla SHIFT pressionada pendente da origem ou do destino da ação
Extensões de arquivos
O Windows 10 apresenta ícones que representam arquivos, de acordo com a sua extensão. A extensão carac-
teriza o tipo de informação que o arquivo armazena. Quando um arquivo é salvo, uma extensão é atribuída para
ele, de acordo com o programa que o criou. É possível alterar esta extensão, porém corremos o risco de perder
o acesso ao arquivo, que não será mais reconhecido diretamente pelas configurações definidas em Programas
Padrão do Windows.
Importante!
Existem arquivos sem extensão, como itens do sistema operacional. Ela é opcional e procura associar o
arquivo com um programa para visualização ou edição. Se o arquivo não possui extensão, o usuário não
conseguirá executar ele, por se tratar de conteúdo de uso interno do sistema operacional (que não deve ser
manipulado).
Confira na tabela a seguir algumas das extensões e ícones mais comuns em provas de concursos.
Adobe Acrobat. Pode ser criado e editado pelos aplicativos Office. Formato de documento
PDF
portável (Portable Document Format) que poderá ser visualizado em várias plataformas.
Documento de textos do Microsoft Word. Textos com formatação que podem ser editados
DOCX
pelo LibreOffice Writer.
Pasta de trabalho do Microsoft Excel. Planilhas de cálculos que podem ser editadas pelo Li-
XLSX
breOffice calc.
Apresentação de slides do Microsoft PowerPoint, que poderá ser editada pelo LibreOffice
PPTX
Impress.
Texto sem formatação. Formato padrão do acessório Bloco de Notas. Poderá ser aberto por
TXT
vários programas do computador.
Rich Text Format – formato de texto rico. Padrão do acessório WordPad, este documento de
RTF
texto possui alguma formatação, como estilos de fontes.
396
EXTENSÃO ÍCONE FORMATO
MP4, AVI, Formato de vídeo. Quando o Windows efetua a leitura do conteúdo, exibe no ícone a miniatura
MPG do primeiro quadro. No Windows 10, Filmes e TV reproduzem os arquivos de vídeo.
Formato de áudio. O Gravador de Som pode gravar o áudio. O Windows Media Player e o Groo-
MP3
ve Music, podem reproduzir o som.
BMP, GIF,
Formato de imagem. Quando o Windows efetua a leitura do conteúdo, exibe no ícone a miniatura
JPG, PCX,
da imagem. No Windows 10, o acessório Paint visualiza e edita os arquivos de imagens.
PNG, TIF
Formato ZIP, padrão do Windows para arquivos compactados. Não necessita de programas
ZIP
adicionais, como o formato RAR que exige o WinRAR.
Biblioteca de ligação dinâmica do Windows. Arquivo que contém informações que podem ser
DLL
usadas por vários programas, como uma caixa de diálogo.
EXE, COM,
Arquivos executáveis, que não necessitam de outros programas para serem executados.
BAT
Uma das extensões menos conhecidas e mais questionadas das bancas é a extensão RTF. Rich Text Format, uma
tentativa da Microsoft em criar um padrão de documento de texto com alguma formatação para múltiplas plata-
formas. A extensão RTF pode ser aberta pelos programas editores de textos, como o Microsoft Word e LibreOffice
Writer, e é padrão do acessório do Windows WordPad.
Se o usuário quiser, pode acessar Configurações (atalho de teclado Windows+I) e modificar o programa padrão.
Alterando esta configuração, o arquivo será visualizado e editado por outro programa de escolha do usuário.
As Configurações do Windows e dos programas instalados estão armazenados no Registro do Windows. O
arquivo do registro do Windows pode ser editado pelo comando regedit.exe, acionado na caixa de diálogo “Exe-
cutar”. Entretanto, não devemos alterar suas hives (chaves de registro) sem o devido conhecimento, pois poderá
inutilizar o sistema operacional.
No Windows 10, Configurações é o Painel de Controle. A troca do nome alterou a organização dos itens de ajus-
tes do Windows, tornando-se mais simples e intuitivo.
Através deste item o usuário poderá instalar e desinstalar programas e dispositivos, configurar o Windows,
além de outros recursos administrativos.
Por meio do ícone Rede e Internet do Windows 10, acessado pela opção Configurações, localizada na lista exibi-
da a partir do botão Iniciar, é possível configurar VPN, Wi‐Fi, modo avião, entre outros. VPN/ Wi-Fi/ Modo avião/
Status da rede/ Ethernet/ Conexão discada/ Hotspot móvel/ Uso de dados/ Proxy.
Modo Avião é uma configuração comum em smartphones e tablets que permite desativar, de maneira rápida,
a comunicação sem fio do aparelho – que inclui Wi‑Fi, Bluetooth, banda larga móvel, GPS, GNSS, NFC e todos os
demais tipos de uso da rede sem fio.
No Explorador de Arquivos do Windows 10, ao exibir os detalhes dos arquivos, é possível visualizar informa- CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ções, como, por exemplo, a data de modificação e o tamanho de cada arquivo.
397
z ícones extras grandes: ícones extra grandes com nome (e extensão);
z ícones grandes: ícones grandes com nome (e extensão);
z ícones médios: ícones médios com nome (e extensão) organizados da esquerda para a direita;
z ícones pequenos: ícones pequenos com nome (e extensão) organizados da esq. para a direita;
z Listas: ícones pequenos com nome (e extensão) organizados de cima para baixo;
z Detalhes: ícones pequenos com nome, data de modificação, tipo e tamanho;
z Blocos: ícones médios com nome, tipo e tamanho, organizados da esq. para a direita;
z Conteúdo: ícones médios com nome, autores, data de modificação, marcas e tamanho.
Um dos temas mais questionado em provas anteriores são os modos de exibição do Windows. Se tem um
computador com Windows 10, procure visualizar os modos de exibição no seu Explorador de Arquivos. Praticar
a disciplina no computador, ajuda na memorização dos recursos.
1. Barra de menus
6. Barra de Rolagem
1. Barra de menus: são apresentados os menus com os respectivos serviços que podem ser executados no
aplicativo.
2. Barra ou linha de título: mostra o nome do arquivo e o nome do aplicativo que está sendo executado na jane-
la. Através dessa barra, conseguimos mover a janela quando a mesma não está maximizada. Para isso, clique
na barra de título, mantenha o clique e arraste e solte o mouse. Assim, você estará movendo a janela para a
posição desejada. Depois é só soltar o clique.
3. Botão minimizar: reduz uma janela de documento ou aplicativo para um ícone. Para restaurar a janela para
seu tamanho e posição anteriores, clique neste botão ou clique duas vezes na barra de títulos.
4. Botão maximizar: aumenta uma janela de documento ou aplicativo para preencher a tela. Para restaurar a
janela para seu tamanho e posição anteriores, clique neste botão ou clique duas vezes na barra de títulos.
5. Botão fechar: fecha o aplicativo ou o documento. Solicita que você salve quaisquer alterações não salvas antes
de fechar. Alguns aplicativos, como os navegadores de Internet, trabalham com guias ou abas, que possui o seu
próprio controle para fechar a guia ou aba. Atalho de teclado Alt+F4.
6. Barras de rolagem: as barras sombreadas ao longo do lado direito (e inferior de uma janela de documento).
Para deslocar-se para outra parte do documento, arraste a caixa ou clique nas setas da barra de rolagem.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (VUNESP – 2019) No Windows 10, em sua configuração padrão, os arquivos e pastas apresentam algumas caracte-
rísticas, como
Quando as informações são armazenadas no computador, elas precisam ser nomeadas. Os nomes dos arquivos
que contém os dados armazenados, e das pastas onde os arquivos estão organizados, segue a mesma regra desde
os primeiros computadores PC no final dos anos 70.
Os nomes poderão ter até 255 caracteres, que somados aos caracteres de unidade de disco e diretório raiz, totalizará
260 caracteres no caminho de pasta. As extensões são opcionais, porém não foram eliminadas na versão do sistema
398 operacional Windows 10.
Os nomes de arquivos e pastas podem ser compos- Ao clicar com o botão direito sobre o ícone da Lixei-
tos por qualquer caractere disponível no teclado, à ra, será mostrado o menu de contexto, e escolhendo
exceção dos caracteres * (asterisco, usado em bus- ‘Esvaziar Lixeira’, os itens serão removidos definiti-
cas), ? (interrogação, usado em buscas), / (barra vamente. Pelo Windows não haverá como recuperar...
normal, significa opção), | (barra vertical, significa
concatenador de comandos), \ (barra invertida, indi-
ca um caminho), “ (aspas, abrange textos literais), :
(dois pontos, significa unidade de disco), < (sinal de
EXERCÍCIO COMENTADO
menor, significa direcionador de entrada) e > (sinal 1. (VUNESP – 2020) Em um computador com Microsoft Win-
de maior, significa direcionador de saída). Resposta: dows instalado, em sua configuração original, um usuário
Letra C. clicou com o botão invertido do mouse sobre um ponto
vazio da Área de Trabalho e obteve o seguinte menu de
USO DOS MENUS contexto, exibido parcialmente na imagem a seguir.
Dica
Arquivos de imagens são editados pelo acessó-
rio do Windows Microsoft Paint, que no Windo-
ws 10 oferece a versão Paint 3D.
2 Em cada local do Windows, o item poderá ter um nome diferente. “Desfragmentar e Otimizar Unidades” é o nome do recurso. “Otimizar e
desfragmentar unidade” é o nome da opção.
400 3 Unidades de alocação. Quando uma informação é gravada no disco, ela é armazenada em um espaço chamado cluster.
WINDOWS 10 O QUE O Bloco de Notas (notepad.exe): é um acessório do
Com funcionamento análogo Windows para edição de arquivos de texto sem forma-
à Google Play Store e à Apple tação, com extensão TXT.
Windows Store Store, o ambiente permite com-
prar jogos, apps, filmes, músi-
cas e programas de TV.
O recurso permite visualizar da-
Desktops virtuais dos de vários computadores em
uma única tela.
Windows Update,
Fornecimento do Windows
Windows Update for
como um serviço, para manter o
Business, Current Bran-
Windows atualizado
ch for Business e Long
Windows as a Service – WaaS O WordPad (wordpad.exe) é um acessório do Win-
Term Servicing Branch
Intregração com Win- dows para edição de arquivos de texto com alguma
Aplicativos Fotos aprimorado formatação, com extensão RTF e DOCX.
dows Phone
O WordPad se assemelha ao Microsoft Word, com
O modo tablet deixa o Windo-
recursos simplificados.
ws mais fácil e intuitivo de usar
Modo tablet
com touch em dispositivos tipo
conversíveis.
Email, Calendário,
Notícias, entre ou- Executar aplicativos Metro
tros – também foram (Windows 8 e 8.1) em janelas
melhorados.
Compartilhar sua rede Wi-Fi
Compartilhar Wi-Fi com os amigos sem revelar a
senha
Sincronizar dados entre seu PC
Complemento para
e smartphone ou tablete, seja O Paint (mspaint.exe) é o acessório do Windows
Telefone
iOs ou Android. para edição de imagens BMP, GIF, JPG, PNG e TIF.
Configurações > Siste- Analisar o espaço de armazena-
ma > Armazenamento mento em seu PC
Usar o comando Ctrl + V no
Prompt de Comandos
prompt de comando
Assistente pessoal semelhante
Cortana a Siri da Apple, que já está dis-
ponível em português.
Na área de notificações do Win-
dows 10, a Central de Notificações
Central de Notificações reúne as mensagens do e-mail, do
computador, de segurança e ma- A Ferramenta de Captura é um aplicativo da área
nutenção, entre outras. de trabalho do Windows 10, que permite copiar parte
de alguma tela em exibição.
Quando você clica duas vezes em um arquivo,
como por exemplo, uma imagem ou documento, o
arquivo é aberto no programa que está definido como
o “programa padrão” para esse tipo de arquivo no CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Windows 10. Porém, se você gosta de usar outro pro-
grama para abrir o arquivo, você pode defini-lo como
padrão. Disponível em Configurações, Sistema, Aplica-
tivos Padrão.
Volta para a pasta anterior, que es- Minimiza todas as janelas e mostra a
Backspace tava sendo exibida no Explorador de Win+M área de trabalho, retornando como esta-
Arquivos. vam antes.
Microsoft Edge
Utiliza os mesmos
Protocolos TCP/IP protocolos da Protocolos seguros
Internet Navegador multiplataforma da Microsoft, padrão
Padrão de
Família TCP/IP
Criptografia em no Windows 10, atualmente é desenvolvido sobre
comunicação VPN
o kernel (núcleo) Google Chromium, o que traz uma
série de itens semelhantes ao Google Chrome.
A Internet é transparente para o usuário. Qualquer Integrado com o filtro Microsoft Defender SmartS-
creen, permite o bloqueio de sites que contenham
usuário poderá acessar a Internet sem ter conheci-
phishing (códigos maliciosos que procuram enganar o
mento técnico dos equipamentos que existem para usuário, como páginas que pedem login/senha do car-
404 possibilitar a conexão. tão de crédito).
Outro recurso de proteção é usado para combater Snippets fazem parte do navegador Firefox. Eles
vulnerabilidades do tipo XSS (cross-site-scripting), que oferecem pequenas dicas para que você possa apro-
favorecem o ataque de códigos maliciosos ao compar- veitar ao máximo o Firefox. Também pode aparecer
tilhar dados entre sites sem permissão do usuário. novidades sobre produtos Firefox, missão e ativismo
Ele substituiu o aplicativo Leitor, tornando-se o da Mozilla, notícias sobre integridade da internet e
visualizador padrão de arquivos PDFs no Windows muito mais.
10. Foram adicionados recursos que permitem ‘Dese-
nhar’ sobre o conteúdo do PDF. Google Chrome
Mantém as características dos outros navegado-
res de Internet, como a possibilidade de instalação de O navegador mais utilizado pelos usuários da
extensões ou complementos, também chamados de Internet é oferecido pela Google, que mantém serviços
plugins ou add-ons, que permitem adicionar recursos como Buscas, E-mail (Gmail), vídeos (Youtube), entre
específicos para a navegação em determinados sites. muitos outros.
As páginas acessadas poderão ser salvas para aces- Uma das pequenas diferenças do navegador em
sar off-line, marcadas como preferidas em Favoritos, relação aos outros navegadores é a tecla de atalho
consultadas no Histórico de Navegação ou salvas para acesso à Barra de Endereços, que nos demais é
como PDF no dispositivo do usuário. F4 e nele é F6. Outra diferença é o acesso ao site de
Coleções no Microsoft Edge, é um recurso exclusivo pesquisas Google, que oferece a pesquisa por voz se
para permitir que a navegação inicie em um dispositi- você acessar pelo Google Chrome.
vo e continue em outro dispositivo logado na mesma Outro recurso especialmente útil do Chrome é o
conta Microsoft. Semelhante ao Google Contas, mas Gerenciador de Tarefas, acessado pelo atalho de tecla-
nomeado como Coleções no Edge, permite adicionar do Shift+Esc. Quando guias ou processos do navegador
sugestões do Pinterest. não estiverem respondendo, o gerenciador de tarefas
Outro recurso específico do navegador é a repro- poderá finalizar, sem finalizar todo o programa.
dução de miniaturas de vídeos ao pesquisar no site Alguns recursos do navegador são ‘emprestados’
Microsoft Bing (buscador da Microsoft). do site de buscas, como a tradução automática de
páginas pelo Google Tradutor.
Internet Explorer É possível compartilhar o uso do navegador com
outras pessoas no mesmo dispositivo, de modo que
Foi o navegador padrão dos sistemas Windows, cada uma tenha suas próprias configurações e arqui-
e encerrou na versão 11. Alguns concursos ainda o vos. O navegador Google Chrome possui níveis dife-
questionam. Suas funcionalidades foram mantidas no rentes de acessos, que podem ser definidos quando o
Microsoft Edge, por questões de compatibilidade. usuário conecta ou não em sua conta Google.
A compatibilidade é um princípio no desenvolvi-
mento de substitutos para os programas, que deter- z Modo Normal – sem estar conectado na conta Goo-
mina que a nova versão ou novo produto, terá os gle, o navegador armazena localmente as informa-
recursos e irá operar como as versões anteriores ou ções da navegação para o perfil atual do sistema
produtos de origem. operacional. Todos os usuários do perfil, poderão
O atalho de teclado para abrir uma nova janela de consultar as informações armazenadas.
navegação InPrivate é Ctrl+Shift+P. z Modo Normal conectado na conta Google – o nave-
As Opções de Internet, disponível no menu Fer- gador armazena localmente as informações da
ramentas, também poderá ser acessado pelo Painel navegação e sincroniza com outros dispositivos
de Controle do Windows, devido à alta integração do conectados na mesma conta Google.
navegador com o sistema operacional. z Modo Visitante – o navegador acessa a Internet,
mas não acessa as informações da conta Google
Mozilla Firefox registrada.
z Modo de Navegação Anônima – o navegador aces-
O Mozilla Firefox é o navegador de Internet que, sa a Internet e apaga os dados acessados quando a
como os demais browsers, possibilita o acesso ao con- janela é fechada.
teúdo armazenado em servidores remotos, tanto na
Internet como na Intranet. O navegador Google Chrome, quando conectado em
É um navegador com código aberto, software livre, uma conta Google, permite que a exclusão do histórico
de navegação seja realizada em todos os dispositivos CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
que permite download para estudo e modificações.
Possui suporte ao uso de applets (complementos de conectados. Esta funcionalidade não estará disponível,
terceiros), que são instalados por outros programas caso não esteja conectado na conta Google.
no computador do usuário, como o Java. Um dos atalhos de teclado diferente no Google
Oferece o recurso Firefox Sync, para sincronização Chrome em comparação aos demais navegadores é F6.
de dados de navegação, semelhante ao Microsoft Con- Para acessar a barra de endereços nos outros nave-
tas e Google Contas dos outros navegadores. Entretan- gadores, pressione F4. No Google Chrome o atalho de
to, caso utilize o modo de navegação privativa, estes teclado é F6.
dados não serão sincronizados. Para verificar a versão atualmente instalada do
Assim como nos outros navegadores, é possível Chrome, acesse no menu a opção “Ajuda” e depois
definir uma página inicial padrão, uma página inicial “Sobre o Google Chrome”. Se houver atualizações pen-
escolhida pelo usuário (ou várias páginas) e continuar dentes, elas serão instaladas. Se as atualizações foram
a navegação das guias abertas na última sessão. instaladas, o usuário poderá reiniciar o navegador.
No navegador Firefox, o recurso Captura de Tela Caso o navegador seja reiniciado, ele retornará nos
permite copiar para a Área de Transferência do com- mesmos sites que estavam abertos antes do reinício,
putador, parte da imagem da janela que está sendo com as mesmas credenciais de login.
acessada. A seguir, em outro aplicativo o usuário O Google Chrome permite a personalização com
poderá colar a imagem capturada ou salvar direta- temas, que são conjuntos de imagens e cores combina-
mente pelo navegador. das para alterar a visualização da janela do aplicativo. 405
Ao contrário de muitos outros tópicos dos editais
EXERCÍCIO COMENTADO
de concursos públicos, esta parte você consegue prati-
1. (CESGRANRIO – 2018) Qual atalho de teclado pode car, até no seu smartphone. Comece a usar os símbolos
ser usado nos navegadores Mozilla Firefox e Micro- e comandos nas suas pesquisas na Internet, e visualize
soft Edge para trazer de volta a última guia fechada, os resultados obtidos.
no sistema operacional Windows?
SÍMBOLO USO EXEMPLO
a) Alt F4
Pesquisa exata, na mes-
b) Ctrl + o Aspas “Nova
ma ordem que forem digi-
duplas Concursos”
c) Ctrl + Shift + q tados os termos.
d) Ctrl + Shift + t Menos ou concursos
Excluir termo da pesquisa.
e) Ctrl + w traço –militares
Til concursos
Pesquisar sinônimos.
O atalho de teclado Ctrl+Shift+T é para reabrir a (acento) ~públicos
última guia fechada. Alt+F4 é para fechar a janela Substituir termos na pes-
do navegador. Ctrl+O é para abrir um arquivo no quisa, para pesquisar ‘ins-
Asterisco crições encerradas’, e ‘ins- inscrições *
dispositivo do usuário. Ctrl+Shift+Q é para encerrar
crições abertas’, e ‘inscri-
a janela do navegador (como Alt+F4). Ctrl+W é para ções suspensas’, etc.
fechar apenas a aba atual (como Ctrl+F4). Resposta:
Cifrão Pesquisar por preço. celulares $1000
Letra D.
Dois Intervalo de datas ou campeão
pontos preço. 1980..1990
Sites de busca e pesquisa
Pesquisar em redes
Arroba @novaconcursos
sociais.
Na Internet, os sites (sítios) de busca e pesquisa têm
como finalidade apresentar os resultados de endere- Pesquisar nas marcações
Hashtags #informática
ços URLs com as informações solicitadas pelo usuário. de postagens.
traduzir ... para ... Google Tradutor. traduzir maçã para japonês
Os resultados apresentados pelas pesquisas do site são filtrados pelo SafeSearch. O recurso procura filtrar os
resultados com conteúdo adulto, evitando a sua exibição. Quando desativado, os resultados de conteúdo adulto
serão exibidos normalmente.
No Microsoft Bing, na página do buscador www.bing.com, acesse o menu no canto superior direito e escolha
o item Pesquisa Segura.
No Google, na página do site do buscador www.google.com, acesse o menu Configurações no canto inferior
direito e escolha o item Configurações de Pesquisa.
Importante!
As bancas costumam questionar funcionalidades do Microsoft Bing que são idênticas às funcionalidades do
Google Buscas. Ao inserir o nome do navegador da Microsoft na questão, a banca procura desestabilizar o
candidato com a dúvida acerca do recurso questionado.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Em uma pesquisa por meio do Google, o uso da expressão “concurso fub” -“nível médio”,
incluindo as aspas duplas, permite encontrar informações somente dos concursos de nível médio da FUB que estiverem
disponíveis na Internet.
O sinal de menos usado nas pesquisas é para excluir o termo ou termos informados entre aspas. Na pesquisa com
o uso da expressão “concurso fub” -“nível médio”, serão apresentados resultados contendo exatamente “concurso
fub”, mas sem “nível médio”. Retirando o sinal de menos, a expressão retornará informações somente dos concur-
sos de nível médio da FUB que estiverem disponíveis na Internet. Resposta: Errado.
Nos concursos públicos e no dia a dia, estes são os itens mais utilizados pelas pessoas para acessar o conteúdo
disponível na Internet.
As informações armazenadas em servidores, sejam páginas web ou softwares como um serviço (SaaS – cama-
da mais alta da Computação na Nuvem), são acessadas por programas instalados em nossos dispositivos. São eles:
Este tópico é muito prático, e nos concursos públicos são questionados os termos usados nos diferentes softwa-
res, como ‘Histórico’, para nomear a lista de informações acessadas por um navegador de Internet.
Ao navegar na Internet, comece a observar os detalhes do seu navegador e as mensagens que são exibidas.
Estes são os itens questionados em concursos públicos. 407
Ferramentas e aplicativos comerciais de navegação
As informações armazenadas em servidores web são arquivos (recursos), identificados por um endereço
padronizado e único (endereço URL), exibidas em um browser ou navegador de Internet.
Eles são usados nas redes internas, pois a Intranet utiliza os mesmos protocolos, linguagens e serviços da
Internet.
Confira a seguir, os principais navegadores de Internet disponíveis no mercado.
Internet Explorer
Navegador padrão do Windows 7, um dos mais questionados em con-
Microsoft
cursos públicos, por ser integrante do sistema operacional
Firefox
Software livre e multiplataforma que é leve, intuitivo e altamente
Mozilla
expansível.
Chrome
Um dos mais populares navegadores do mercado, multiplataforma e
Google
de fácil utilização.
Safari
Desenvolvido originalmente para aparelhos da Apple, atualmente está
Apple
disponível para outros sistemas operacionais.
Opera
Navegador leve com proteções extras contra rastreamento e minera-
Opera
ção de moedas virtuais.
Na Internet, as informações (dados) são armazenadas em arquivos nos servidores de Internet. Os servidores
são computadores, que utilizam pastas ou diretórios para o armazenamento de arquivos. Ao acessarmos uma
informação na Internet, estamos acessando um arquivo. Mas como é a identificação deste arquivo? Como acessa-
mos estas informações? Através de um endereço URL.
O endereço URL (Uniform Resource Locator) que define o endereço de um recurso na rede. Na sua tradução
literal, é Localizador Uniforme de Recursos, e possui a seguinte sintaxe:
protocolo://máquina/caminho/recurso
‘Protocolo’ é a especificação do padrão de comunicação que será usado na transferência de dados. Poderá
ser http (Hyper Text Transfer Protocol – protocolo de transferência de hipertexto), ou https (Hyper Text Transfer
Protocol Secure – protocolo seguro de transferência de hipertexto), ou ftp (File Transfer Protocolo – protocolo de
transferência de arquivos), entre outros.
‘://’ faz parte do endereço URL, para identificar que é um endereço na rede, e não um endereço local como ‘/’
no Linux ou ‘:\’ no Windows.
‘Máquina’ é o nome do servidor que armazena a informação que desejamos acessar.
‘Caminho’ são as pastas e diretórios onde o arquivo está armazenado.
‘Recurso’ é o nome do arquivo que desejamos acessar.
Vamos conferir os endereços URL a seguir, e suas características.
Outra forma de analisar um endereço URL é na sua sintaxe expandida. Quando navegamos em sites na Inter-
net, nos deparamos com aquelas combinações de símbolos que não parecem legíveis. Mas como tudo na Internet
está padronizado, vamos ver as partes de um endereço URL ‘completão’.
Confira:
esquema://domínio:porta/caminho/recurso? querystring#fragmento
Onde ‘esquema’ é o protocolo que será usado na transferência.
‘Domínio’ é o nome da máquina, o nome do site.
‘:’ e ‘porta’, indica qual, entre as 65536 portas TCP será usada na transferência.
‘Caminho’ indica as pastas no servidor, que é um computador com muitos arquivos em pastas.
‘Recurso’ é o nome do arquivo que está sendo acessado.
‘?’ é para transferir um parâmetro de pesquisa, usado especialmente em sites seguros.
‘#’ é para especificar qual é a localização da informação dentro do recurso acessado (marcas)
Exemplo: https://outlook.live.com:5012/owa/hotm ail?path=/mail/inbox#open
esquema: https://
domínio: outlook.live.com
porta: 5012
caminho: /owa/
recurso: hotmail
querystring: path=/mail/inbox
fragmento: open
Quando o usuário digita um endereço URL no seu navegador, um servidor DNS (Domain Name Server – servi-
dor de nomes de domínios) será contactado para traduzir o endereço URL em número de IP. A informação será
localizada e transferida para o navegador que solicitou o recurso.
Servidor DNS
Internet
Endereço URL
Usuário
Figura 2. Os endereços URL’s são reconhecíveis pelos usuários, mas os dados são armazenados em servidores web com números de IP. O
servidor DNS traduz um URL em número de IP, permitindo a navegação na Internet.
z Modo normal de navegação – as informações serão registradas e mantidas pelo navegador. Histórico de Nave-
gação, Cookies, Arquivos Temporários, Formulários, Favoritos e Downloads.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
z Modo de navegação anônima – as informações de navegação serão apagadas quando a janela for fechada.
Apenas os Favoritos e Downloads serão mantidos.
Enviar – SMTP
Formas de acesso ao correio eletrônico
Enviar e Receber
Receber – POP3 IMAP4
Podemos usar um programa instalado em nosso
dispositivo (cliente de e-mail) ou qualquer navegador
de Internet para acessarmos as mensagens recebi- Remetente Destinatário
Cliente
das. A escolha por uma ou por outra opção vai além Webmail
da preferência do usuário. Cada forma de acesso tem Figura 5. O remetente está usando o programa Microsoft Outlook
(cliente) para enviar um e-mail. Ele usa o seu e-mail corporativo
suas características e protocolos. Confira.
(Exchange). O e-mail do destinatário é hospedado no servidor Gmail,
e ele utiliza um navegador de Internet (webmail) para ler e responder
FORMA DE os e-mails recebidos.
CARACTERÍSTICAS
ACESSO
Protocolo SMTP para enviar mensagens Uso do correio eletrônico
e POP3 para receber. As mensagens são
Cliente de E-mail transferidas do servidor para o cliente e Para utilizar o serviço de correio eletrônico, o
são apagadas da caixa de mensagens usuário deve ter uma conta cadastrada em um serviço
remota.
de e-mail. O formato do endereço foi definido inicial-
Protocolo IMAP4 para enviar e para re- mente pela RFC822, redefinida pela RFC2822, e atuali-
ceber mensagens. As mensagens são zada na RFC5322.
Webmail copiadas do servidor para a janela do
RFC é Request for Comments, um documento de
navegador e são mantidas na caixa de
mensagens remota.
texto colaborativo que descreve os padrões de cada
protocolo, linguagem e serviço para ser usado nas
redes de computadores.
De forma semelhante ao endereço URL para recur-
sos armazenados em servidores, o correio eletrônico CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
também possui o seu formato.
Servidor de e-mails
Servidor de e-mails Existem bancas organizadoras que consideram o
formato reduzido usuário@provedor no enunciado
das questões, ao invés do formato detalhado usuá-
rio@provedor.domínio.país. Ambos estão corretos.
Receber – POP3 Receber IMAP4
Dica
As mensagens enviadas, recebidas, apagadas ou
Quando o símbolo @ é usado no início, antes salvas, estarão em pastas do servidor de correio ele-
do nome do usuário, identifica uma conta em trônico, nominadas como ‘caixas de mensagens’.
rede social. Para o endereço URL do Instagram A pasta Caixa de Entrada contém as mensagens
https://www.instagram.com/novaconcursos/, o recebidas, lidas e não lidas.
nome do usuário é @novaconcursos. A pasta Itens Enviados contém as mensagens efe-
tivamente enviadas.
Ao redigir um novo e-mail, o usuário poderá preen- A pasta Itens Excluídos contém as mensagens
cher os campos disponíveis para destinatário(s), título apagadas.
da mensagem, entre outros. A pasta Rascunhos contém as mensagens salvas e
Para enviar a mensagem, é preciso que exista não enviadas.
um destinatário informado em um dos campos de A pasta Caixa de Saída contém as mensagens que
destinatários. o usuário enviou, mas que ainda não foram transfe-
Se um destinatário informado não existir no servi- ridas para o servidor de e-mails. Semelhante ao que
dor de e-mails do destino, a mensagem será devolvida.
ocorre quando enviamos uma mensagem no app
Se a caixa de entrada do destinatário não puder rece-
WhatsApp, mas estamos sem conexão com a Internet.
ber mais mensagens, a mensagem será devolvida. Se
A mensagem permanece com um ícone de relógio,
o servidor de e-mails do destinatário estiver ocupado,
a mensagem tentará ser entregue depois. enquanto não for enviada.
Conheça estes elementos na criação de uma nova Lixo Eletrônico ou SPAM é um local para onde
mensagem de e-mail. são direcionadas as mensagens sinalizadas como
lixo. Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails
CAMPOS DE UMA MENSAGEM DE E-MAIL não solicitados, que geralmente são enviados para
um grande número de pessoas. Quando o conteúdo
CAMPO CARACTERÍSTICAS
é exclusivamente comercial, esse tipo de mensagem
Identifica o usuário que está en- é chamado de UCE (do inglês Unsolicited Commercial
viando a mensagem eletrônica, o E-mail – e-mail comercial não solicitado). Estas men-
FROM (De)
remetente. É preenchido automatica- sagens são marcadas pelo filtro AntiSpam, e procuram
mente pelo sistema.
identificar mensagens enviadas para muitos destina-
Identifica o (primeiro) destinatário da tários ou com conteúdo publicitário irrelevante para
mensagem. Poderão ser especifica- o usuário.
dos vários endereços de destinatários
neste campo, e serão separados por
TO (Para) Outras operações com o correio eletrônico
vírgula ou ponto-e-vírgula (segundo o
serviço). Todos que receberem a men-
sagem, conhecerão os outros destina- O usuário poderá sinalizar a mensagem, tanto as
tários informados neste campo. mensagens recebidas como as mensagens enviadas.
Identifica os destinatários da men- Ele poderá solicitar confirmação de entrega e confir-
sagem que receberão uma cópia do mação de leitura. A mensagem recebida poderá ser
e-mail. CC é o acrônimo de Carbon impressa, visualizar o código fonte ou ignorar mensa-
CC (com cópia ou
Copy (cópia carbono). gens de um remetente.
cópia carbono)
Todos que receberem a mensagem,
conhecerão os outros destinatários Confira a seguir as operações ‘extras’ para o uso do
informados neste campo. correio eletrônico com mais habilidade e profissiona-
412 lismo, facilitando a organização do usuário.
Ação e características Enviar e-mail
Recebendo a
Administrador Em grupos no Facebook, pode ser o
confirmação de entrega criador ou gerente/moderador convi-
dado pelo dono do grupo.
Destinatário
Remetente
Webmail Assinatura Como receberá as mensagens. Pode-
Cliente
rá ser uma por uma, ou resumo das
mensagens por e-mail, ou e-mail de
Figura 6. Quando uma mensagem é enviada com Confirmação de resumos (com os tópicos recebidos
Entrega, o remetente recebe a confirmação do servidor de e-mails
no grupo), ou nenhum e-mail (para
do destinatário, informando que ela foi armazenada corretamente na
leitura na página do grupo).
Caixa de Entrada do e-mail do destinatário. 413
Quais são as vantagens de um grupo? Dica
Os Grupos de Discussão (com as características
z Os participantes podem enviar uma mensagem, e funcionalidades originais) desapareceram ao
que será enviada para todos os participantes. longo do tempo, sendo substituídos pelos gru-
z Permite reunir pessoas com os mesmos interesses. pos nas redes sociais (com novos recursos e
z Organizar reuniões, eventos e conferências. integração com os perfis delas). Este é um tópi-
z Ter uma caixa de mensagens colaborativa, com co que deverá ser questionado cada vez menos,
possibilidade de acesso aos conteúdos que foram assim como Redes Sociais.
enviados antes do seu ingresso no grupo.
Wikis
Neste momento você irá se perguntar: “mas isto o
Facebook, WhatsApp e até o Telegram já fazem, não é Em suma, podemos conceituar um wiki como
mesmo?”. sendo uma espécie de website cuja principal caracte-
Verdade. rística é ser uma enciclopédia aberta, na qual todos
Os antigos grupos de discussão foram o modelo os usuários participam e colaboram na criação e
a ser seguido para o desenvolvimento dos grupos do manutenção dos conteúdos ali contidos. Exemplo:
Facebook, dos grupos no comunicador WhatsApp e Wikipedia.
no Telegram. Nos grupos de Facebook o participante
envia um post, ou anúncio, ou arquivo, e todos podem
consultar na página o que foi compartilhado. Nos gru-
pos de WhatsApp e Telegram também, e todos podem
EXERCÍCIO COMENTADO
consultar o grupo no aplicativo. 1. (CESPE-CEBRASPE – 2013) Lista de discussão é uma
Como funcionam os grupos de discussão? ferramenta de comunicação limitada a uma intranet, ao
O usuário envia um e-mail para um endereço defi- passo que grupo de discussão é uma ferramenta geren-
nido e faz a assinatura. Outras formas de associação ciável pela Internet que permite a um grupo de pessoas
incluem o pedido diretamente na página do grupo ou a troca de mensagens via email entre todos os membros
o link recebido em um convite por e-mail. do grupo.
Depois de associado ao grupo, ele receberá em seu
e-mail as mensagens que os outros usuários enviarem. ( ) CERTO ( ) ERRADO
Poderá optar por um resumo das mensagens, ou resumo
semanal, ou apenas visualizar na página do grupo. Lem- As listas de discussão e os grupos de discussão são
brando que nos anos 90/2000, os e-mails tinham tama- serviços disponíveis na Internet, que podem ser usa-
dos na Intranet, porém sem limitações como sugeri-
nho limitado para a caixa de entrada de cada usuário.
do na questão. Assinamos um grupo de discussão, e
O envio para um endereço único permite a distribui- toda mensagem enviada para o grupo, os assinantes
ção para os assinantes da lista de discussão. Uma cópia recebem cópia em seu e-mail ou aviso de resumo das
da mensagem e anexos se houverem, será disponibiliza- mensagens. Resposta: Errado.
da no mural da página do grupo, para consultas futuras.
Mensagem
enviada para
Grupos de todos os REDES SOCIAIS (TWITTER, FACEBOOK,
discussão participantes
Mensagem enviada
inscritos no LINKEDIN, WHATSAPP, YOUTUBE,
grupo
para o endereço de
e-mail do grupo
de discussão INSTAGRAM E TELEGRAM)
Usuários da Internet
Quem não é inscrito
REDES SOCIAIS
no grupo, não recebe
Usuário participante a mensagem
As redes sociais se tornaram populares entre os
Figura 8. Os usuários participantes dos grupos de discussão trocam usuários, ao oferecerem os pilares dos relacionamen-
mensagens através de um hub que centraliza e distribui para os tos em formato digital: curtir, comentar e compartilhar.
demais participantes. Teoricamente, elas se dividem em duas catego-
rias: sites de relacionamento (redes sociais) e mídias
A qualquer momento o usuário poderá desistir e sociais.
sair do grupo, tanto pela página como por um endere- Na prática, estes conceitos acabam sendo sobre-
ço de e-mail próprio (unsubscribe). postos nas novas redes.
A principal diferença entre um grupo de discussão O modelo pode ser centralizado, descentralizado
e uma lista de distribuição de e-mails está relacionada ou distribuído.
com a exibição do endereço dos participantes. Em um No modelo centralizado, as informações são exi-
grupo de discussão, cada membro tem acesso a um bidas para os usuários a partir de servidores de uma
empresa, de acordo com os parâmetros de cada usuá-
endereço que enviará cópia para todos os participan-
rio. Localização, idade, sexo, preferências políticas, e
tes do grupo, e nas mensagens respondidas, aparece o
todas as demais informações dadas pelos usuários no
endereço original do remetente. perfil da rede social, serão usadas para a apresentação
Apesar do tópico aparecer em diversos editais dos resultados na linha do tempo dele. O Twitter é um
de concursos, faz vários anos que não são aplicadas exemplo centralizado, com distribuição de conteúdo
questões sobre o tema, em todos os concursos, inde- semelhante à topologia Estrela, das redes de computa-
414 pendente da banca organizadora. dores, com um nó centralizador.
As redes sociais ou mídias descentralizadas são CARACTERÍSTICAS PÚBLICO ALVO
aquelas que, apesar de existirem nós maiores e prin- Wordpress é um portal de
cipais, os usuários acessam apenas parte das informa- Usuários de Internet com foco
blogs que permite o armaze-
ções disponíveis. Critérios informados nos perfis dos em produção de conteúdo.
namento de websites.
usuários, postagens que ele curtiu, postagens que ele
O Youtube é um portal de ví-
ocultou para não ver mais nada relacionado, grupos Produtores de conteúdo mul-
deos com recursos de redes
dentro das redes sociais, etc. O Facebook é um exem- timídia e consumidores.
sociais.
plo de rede descentralizada, onde as conexões pes-
soais são expandidas para o grupo. O Wikipedia é um site para Usuários colaboradores e vo-
As redes sociais distribuídas são aquelas que publicação de conhecimento luntários que contribuem com
no formato colaborativo. novos conteúdos e revisões.
dependem das conexões de um usuário para ter aces-
so a outras conexões. O LinkedIn é um exemplo, que
prioriza as conexões conhecidas e as conexões rela- Saiba:
cionadas, independente dos grupos onde o usuário Redes sociais é um tópico pouco questionado em
está participando no momento. concursos públicos, devido às atualizações que elas
Em todas as redes sociais, a super exposição de oferecem quase diariamente em seus recursos e ope-
dados de usuários pode comprometer a segurança ração de algoritmos. Se comparar o Facebook de hoje
da informação. Técnicas de Engenharia Social podem com as regras e recursos do Facebook do ano passa-
ser usadas para vasculhar as informações publicadas do, poderá ver a quantidade de funcionalidades que
pelos usuários, à procura de conexões, relacionamen- foram alteradas.
tos, senhas, dados de documentos e outras informa-
ções que poderão ser usadas contra o usuário.
A partir dos conceitos do que são dados, infor- ELMASRI E NAVATHE (2011) definem um SGBD
mações e conhecimento e qual a diferença entre am- como uma coleção de programas que permite aos
bos, precisamos definir agora onde os dados ficam usuários criar e manter um banco de dados. Fique
armazenados. atento que este conceito é bastante cobrado em pro-
vas de concursos!
CONCEITO DE BANCO DE DADOS Já o autor SILBERSCHATZ (2006) define um SGBD
como uma coleção de dados interrelacionados e um
ELMASRI E NAVATHE (2011) definem Banco de
conjunto de programas para acessar esses dados. O
Dados (ou Base de Dados) como “uma coleção de
dados, que representam algo do mundo real, se relacio- objetivo principal de um SGBD é prover formas de
nam entre si e são projetados, construídos e populados armazenar e recuperar informação em um banco de
para atender a um grupo de usuários interessados, com dados de maneira conveniente e eficiente.
um fim específico”. É interessante mencionarmos tam- Ainda segundo SILBERRSCHATZ (2006), uma das
bém a definição dada por C. J. DATE (2003), no qual principais razões para se usar um SGBD é ter um con-
“um banco de dados é uma coleção de dados persisten- trole central dos dados e dos programas que acessam
tes que é usada pelos sistemas de uma organização”. esses dados. ELMASRI E NAVATHE (2011) enumeram
A partir destas definições, ELMASRI E NAVATHE várias vantagens na utilização de SGBDs, tais como:
(2011) destacam que existem algumas propriedades
implícitas de um banco de dados, são elas: z Controle de redundância;
z Restrição de acesso não autorizado;
z Representação do mundo real: um banco de z Armazenamento persistente;
dados representa algum aspecto do mundo real, z Armazenamento de estruturas para o processa-
algumas vezes chamado de “minimundo”. Mudan- mento eficiente de consultas;
ças no minimundo provocam mudanças na base de z Backup e restauração;
dados. Por exemplo, se quisermos construir uma z Múltiplas interfaces para os usuários;
aplicação para uma Universidade, o nosso “mini- z Representação de relacionamentos complexos
mundo” deveria ser representado por dados refe- entre os dados;
rentes à professores, alunos, cursos, disciplinas etc. z Garantia de restrições de integridade.
Sempre que uma nova informação fosse adicionada
(ingresso de novos alunos) ou modificada (mudan- De forma resumida, temos, então, que o SGBD é
ça de professor para uma disciplina), seria necessá- um sistema de software de uso geral que facilita o
rio atualizar essas informações na base de dados. processo de definição, construção, manipulação e
z Dados com significado inerente: um banco de compartilhamento de dados entre diversos usuários
dados é uma coleção logicamente coerente de e aplicações. Ele também tem a função de proteção
dados com algum significado inerente. Uma varie- (contra falhas de hardware e software) e de seguran-
dade aleatória de dados não pode ser corretamente ça (acessos não autorizados ou maliciosos) dos dados
chamada de banco de dados. Por exemplo, não faria nele armazenados, ao mesmo tempo em que permite
sentido uma base de dados com informações sobre o compartilhamento desses dados entre vários usuá-
um cadastro de pessoas (nome, sobrenome, data rios e aplicações.
de nascimento etc.) no mesmo local (ou na mesma Antes da criação do conceito de SGBD, os bancos
tabela para casos de bancos de dados relacionais) de dados utilizavam apenas sistemas de arquivos,
do cadastro de carros (modelo, cor, placa, chassi). não existindo muita integração entre sistemas distin-
z Dados com finalidade específica: um banco de tos. Isso gerava diversos problemas, tais como, redun-
dados é projetado, construído e populado por dância de dados, concorrência de acessos, além de
dados atendendo a uma proposta específica. Ele que toda a organização dos dados ficava armazenada
possui um grupo definido de usuários e algumas no programa que fazia a sua utilização. Com isso, se
aplicações previamente concebidas nos quais esses a estrutura de dados de um arquivo fosse alterada,
usuários estão interessados. Um banco de dados de
todos os programas que utilizassem esse arquivo pre-
uma loja de varejo é diferente em tamanho e com-
cisariam ser atualizados, pois deixariam de funcionar.
plexidade se comparado ao mantido pela Receita
Federal com dados fiscais de toda a população bra- Cenário impossível atualmente, não é mesmo?
sileira, por exemplo.
z Geração e manutenção dos dados: um banco de Características de um SGBD
dados pode ser gerado e mantido manualmen-
te ou de forma automatizada. Por exemplo, um Os dados podem ser armazenados em arquivos
catálogo de cartão de biblioteca é um banco de no formato texto, planilhas ou em bancos de dados.
dados que pode ser criado e mantido manualmen- ELMASRI E NAVATHE (2011) destacam as principais
416 te. Já um banco de dados criado e mantido por um características da abordagem de banco de dados que
diferem do armazenamento de dados em sistemas de C. J. DATE (2003) e ELMASRI E NAVATHE (2011) des-
arquivos, são elas: crevem alguns tipos de profissionais e suas atividades:
Conforme vimos anteriormente, uma das princi- É a pessoa que fornece o suporte técnico para
pais características de um SGBD é retirar da aplicação implementar essas decisões. Define e imple-
a preocupação de realizar a estruturação dos dados, menta um sistema de controle de danos ao ban-
deixando de forma transparente o acesso a eles. co de dados, em geral envolvendo a carga e a
De forma simplificada, um SGBD faz a interfa- descarga de banco de dados. Também define as
ce entre a camada física de armazenamento dos restrições de segurança e integridade do banco
dados (discos, storage, métodos de acesso, clustering de dados. Assim, o DBA é responsável pelo con-
de dados etc.) e a sua organização lógica através de trole geral do sistema em um nível técnico (C. J.
um determinado modelo de organização. Dessa for- Date, 2003).
ma, o SGBD elimina grande parte da complexidade
do gerenciamento dos dados, fazendo com que os z Projetistas de Banco de Dados:
usuários e programadores tenham um foco maior na
construção da lógica de suas aplicações e consultas ao São responsáveis por identificar os dados a
invés do armazenamento dos dados. serem armazenados e escolher estruturas apro-
Assim, SGBDs são construídos, de forma geral, por priadas para representar e armazenar esses
módulos com funcionalidades bem definidas. Cada dados. Também é responsabilidade dos pro-
módulo possui uma responsabilidade no processo de jetistas de banco de dados se comunicar com
gerenciamento dos dados. Usuários e programado- todos os potenciais usuários a fim de entender
res interagem com estes módulos a fim de obter seus suas necessidades e criar um projeto que as
resultados. A figura a seguir detalha essa estrutura: atenda (Elmasri e Navathe, 2011).
z Usuários Finais:
z Analistas de Sistemas:
z Programadores de Aplicações:
Exemplos de SGBD
z Descreve a estrutura do banco de dados inteiro z É a capacidade de mudar o esquema interno sem
para a comunidade de usuários, ocultando deta- ter de alterar o esquema conceitual. Consequente-
lhes das estruturas de armazenamento físico e mente, o esquema externo também não precisa ser
modificado.
concentrando-se na descrição de:
MODELOS DE DADOS
Entidades;
Tipos de Dados; Após estudarmos os principais conceitos de banco
Relacionamentos; de dados, vamos nos concentrar nos diferentes tipos
Operações de usuários; de modelos de dados que possibilitam diferentes tipos
418 Restrições. de visões dos usuários.
Para C. J. DATE (2003) os modelos de dados servem A figura a seguir ilustra um exemplo de um mode-
para descrever a estrutura de um banco de dados, lo lógico seguindo a abordagem de Bando de Dados
fornecendo significado necessário para permitir a Relacional.
abstração de dados, uma das características funda-
mentais dos bancos de dados. Produto Categoria
A abstração de dados em um SGBD tem o intuito código: inteiro código: inteiro
de retirar da visão do usuário final informações a res- descrição: Texto (30) nome: Texto (30)
peito da forma física de armazenamento dos dados, (1, n)
quantidade: real (1, 1)
simplificando a interação do usuário com o sistema.
A abstração de dados, então, refere-se à supressão de preço: real
detalhes da organização e armazenamento dos dados. códigoCat: inteiro
A representação dos dados pode estar submetida a dife-
rentes níveis de abstração. ELMASRI E NAVATHE (2011)
dividem estes níveis em modelos conceituais, modelos Modelo Físico
lógicos ou representacionais e modelos físicos. Os modelos físicos são modelos de baixo nível que
descrevem os detalhes de como os dados serão arma-
Modelo Conceitual
zenados no computador. Geralmente, estes modelos
O modelo conceitual é um modelo de dados de alto são voltados para especialistas. Assim, o modelo físico
é construído com base no modelo definido anterior-
nível, mais próximo ao modo como o usuário vê os dados.
mente (modelo lógico), com o objetivo de ser aplicado
HEUSER (2009) também define que este é um modelo de
sobre um SGBD específico.
dados abstrato, que descreve a estrutura de um banco de Na construção do modelo físico, são definidas
dados de forma independente de um SGBD. características como tipo e tamanho do campo, rela-
Assim, o modelo conceitual não se refere a caracte- cionamento, indexação e restrições.
rísticas físicas ou de baixo nível como forma de acesso Dessa forma, este modelo se importa em descrever
e armazenamento dos dados. Ele está focado em ilus- as estruturas físicas dos bancos de dados, tais como
trar a realidade existente a partir de uma representa- tabelas (tables), índices (index), gatilhos (triggers), fun-
ção gráfica. ções (functions), visões (views) etc.
Assim, o modelo conceitual não estabelece caracte- A caixa a seguir ilustra um script de banco de
rísticas físicas ou de baixo nível dos bancos de dados dados em SQL representando a criação dos detalhes
como forma de acesso ou armazenamento dos dados. dos dados internamente ao banco de dados (campo,
Ele está focado em ilustrar uma realidade existente tipo/domínio, restrições).
em um contexto de negócio a partir de uma represen-
tação gráfica. CREATE TABLE PRODUTO (
Neste modelo, são utilizados conceitos como enti- codigo INTEGER PRIMARY KEY,
dades, atributos e relacionamentos. quantidade REAL,
Um dos modelos de dados conceituais mais conhe- preco REAL,
cidos e utilizados na modelagem de banco de dados descricao VARCHAR(30),
codigocat INTEGER
é o Modelo Entidade-Relacionamento (MER). Nele,
);
além dos conceitos vistos anteriormente como enti- CREATE TABLE CATEGORIA (
dade, atributos e relacionamento, são representados codigo INTEGER PRIMARY KEY,
também conceitos centrais como generalização/ nome VARCHAR(30)
especialização e entidade associativa. Este modelo é );
o mais cobrado em provas de concursos e no próximo ALTER TABLE PRODUTO ADD FOREIGN KEY(codigocat)
capítulo iremos detalhar mais sobre ele. REFERENCES
CATEGORIA (codigo);
A figura a seguir ilustra um exemplo de um Diagra-
ma de Entidade-Relacionamento.
Arquitetura de Três Esquemas
Código
Descrição Código z Visão Externa (Nível Externo)
Quantidade z Esquema Conceitual (Nível Conceitual) CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Preço Nome z Esquema Interno (Nível Interno)
(1,n) (1, 1)
Produto Tem Categoria Independência de Dados
z Lógica
Modelo Lógico (Representativos ou de z Física
Implementação)
Modelo de Dados
O modelo lógico tem por objetivo representar as
estruturas que irão armazenar os dados dentro de um z Conceitual (alto nível)
banco de dados. Este modelo inclui a estrutura das z Lógico (ou representativos)
tabelas, domínios, chaves e restrições. z Físico
É importante destacar que o modelo lógico é ini-
ciado somente a partir da estruturação do modelo PROJETO DE BANCO DE DADOS
conceitual. Dessa forma, o modelo lógico é dependen-
te do tipo ou modelo de SGBD que será utilizado, ou Segundo ELMASRI E NAVATHE (2011), para se ter
seja, é levada em consideração qual abordagem será uma visão mais completa dos modelos de dados, é
utilizada referente ao banco de dados, se Relacional, importante ter conhecimento das principais fases do
Hierárquico ou de Rede. projeto de banco de dados. 419
A figura a seguir ilustra o esquema geral das dife- são projetados e implementados como transações
rentes etapas que serão percorridas ao longo do desen- de banco de dados correspondentes às especifica-
volvimento de um novo banco de dados no contexto ções da transação de alto nível. O projeto físico é
do desenvolvimento de um novo sistema ou aplicação. um processo contínuo, que ocorre mesmo depois
de o banco de dados já estar implementado e em
funcionamento, este processo é chamado de sinto-
Minimundo nia (tunning) de banco de dados. Aqui o modelo
físico é dependente do SGBD que será implantado,
podendo ser o MySQL, Oracle, PostgreSQL ou SQL
LEVANTAMENTO
Server, por exemplo.
E ANÁLISE DE
REQUISITOS Para fixar um pouco do que vimos neste capítulo,
Requisitos funcionais
observe o exercício a seguir, que exemplifica como
Requisitos de dados bancos de dados podem ser cobrados em concurso.
ANÁLISE FUNCIONAL
PROJETO CONCEITUAL
EXERCÍCIO COMENTADO
Especificação da Esquema conceitual
transação de alto nível (em um modelo de dados de alto nível)
Independente do SGBD
PROJETO LÓGICO 1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) A respeito de bancos de
(MAPEAMENTO DO MODELO DE DADOS)
Específico do SGBD
dados, julgue o item a seguir.
PROJETO DO PROGRAMA Esquema lógico (conceitual) Um banco de dados é uma coleção de dados que
DE APLICAÇÃO (no modelo de um SGDB são organizados de forma randômica, sem significa-
específico)
do implícito e de tamanho variável, e projetados para
PROJETO FÍSICO
atender a uma proposta específica de alta complexi-
IMPLEMENTAÇÃO
DA TRANSAÇÃO dade, de acordo com o interesse dos usuários.
Esquema interno
Programas de aplicação ( ) CERTO ( ) ERRADO
Fonte: Adaptado de ELMASRI e NAVATHE (2011, p. 133)
Ao contrário do que diz a questão, vimos anterior-
Levantamento e Análise de Requisitos: mente que um banco de dados é uma coleção lógica
e coerente de dados com algum significado inerente
z Nesta etapa, os projetistas de banco de dados e que uma variedade aleatória (ou randômica) de
entrevistam os usuários esperados para entende- dados não pode ser corretamente chamada de ban-
rem e documentarem seus requisitos de dados. O co de dados. Reposta: Errado.
resultado desta etapa é um conjunto de requisitos
dos usuários escrito de forma concisa. Esses requi- MODELAGEM CONCEITUAL
sitos devem ser especificados da forma mais deta-
lhada e completa possível. HEUSER (2009) define que o objetivo da modela-
gem conceitual é obter uma descrição abstrata, inde-
Modelagem Conceitual: pendente de implementação em computador e dos
dados que serão armazenados no banco de dados.
z Baseado na análise de requisitos é construído um Temos que a abordagem Entidade-Relacionamen-
modelo de dados conceitual de alto nível na forma to (ER) é a técnica de modelagem mais utilizada na
de um Modelo de Entidade-Relacionamento (MER). modelagem conceitual, o Modelo Entidade-Relacio-
Aqui são descritos as entidades, atributos, relacio- namento (MER) é modelo de dados conceitual mais
namentos, além de possíveis restrições. Esta fase é popular de alto nível e os Diagramas Entidade-Rela-
independente de SGBD. cionamento (DER) são a notação diagramática asso-
ciada ao MER.
Projeto Lógico:
ENTIDADE
z Nesta etapa, o modelo conceitual é convertido em
modelo de dados lógicos. O modelo lógico define HEUSER (2009) define uma entidade como um con-
como o banco de dados será implementado por um junto de objetos da realidade modelada sobre os quais
SGBD específico, podendo ser do tipo Relacional, se deseja manter informações no banco de dados. Por
Hierárquico ou Rede. Como vimos anteriormente, exemplo:
o modelo lógico descreve as estruturas que estarão
contidas no banco de dados, mas sem considerar z Existência Física: Pessoa, Carro, Casa, Empregado etc.
ainda nenhuma característica específica de SGBD, z Existência Conceitual: Empresa, Departamento,
resultando em um esquema lógico de dados. Trabalho, Cargo, Curso etc.
Cardinalidade de Relacionamentos
Tipos de Entidades:
É importante estabelecer a quantidade de ocorrên-
z Normal; cias de cada um dos relacionamentos. Esta proprieda-
z Fraca (mais detalhes a seguir); de é chamada de cardinalidade, que se desdobra em
z Associativa (mais detalhes a seguir). cardinalidade máxima e cardinalidade mínima,
revelando diferentes características:
Dica
Para se referir a um objeto em particular, fala- z Máxima: razão de cardinalidade.
-se em “instância” ou “ocorrência da entidade”. z Mínima: participação ou dependência de existência.
Assim, uma instância se refere ao estado atual
de uma relação em um determinado momento. A cardinalidade máxima, informa o número de
Ela reflete apenas aos valores válidos que repre- ocorrências de instâncias de uma entidade com a
sentam um estado em particular do mundo real, outra. Para fins práticos, apenas duas cardinalidades
máximas são representadas de cada lado dos losangos
distinguindo-a assim de qualquer outra instân-
do relacionamento, as:
cia. Por exemplo, uma entidade do tipo Pessoa
possui os seguintes atributos: nome, cargo, ida-
z De valor 1;
de e estado civil.
z E as de valor N.
Uma instância dessa entidade poderia ser “João,
analista, 45 anos, casado”. Ou seja, a instância é
A cardinalidade máxima é usada para classificar
um exemplo de Pessoa, com os atributos preen- os relacionamentos binários, aqueles nos quais os
chidos com seus determinados valores (HEU- relacionamentos se dão entre duas entidades. São
SER, 2009). tipos de relacionamentos:
DEPARTAMENTO
Autorrelacionamento ou Relacionamento Recursivo
1
PROJETO
Por exemplo, no relacionamento eCasadaCom (“é
casada com”), ilustrado na figura a seguir, uma ocor-
rência da entidade PESSOA exerce o papel de marido z N:N (muitos-para-muitos) – uma instância se relaciona
e a outra ocorrência exerce o papel de esposa. com várias ocorrências na outra entidade e vice-versa. 421
Por exemplo: Na imagem abaixo, um Compositor De forma resumida, temos que os graus dos rela-
compõe várias Composições, assim como, uma cionamentos podem ser:
Composição é composta por vários Compositores.
z Unário (grau 1): Relacionamento com a própria
N N
entidade. Conforme vimos anteriormente, são cha-
COMPOSITOR COMPÕE COMPOSIÇÃO mados de autorrelacionamento ou relacionamen-
to recursivo.
z Binário (grau 2): Mais comum. É o relacionamento
Já a cardinalidade mínima se refere ao número entre duas entidades.
mínimo de instâncias de uma entidade associadas a uma z Ternário (grau 3): Relacionamento entre três enti-
outra entidade através do relacionamento. De forma prá- dades. Este possui uma maior complexidade.
tica, consideram-se apenas duas cardinalidades mínimas: z Ou mais...
(0, 1)
Alocação
(1, 1)
MESA
z São atributos unitários ou não divisíveis, ou seja, Para a maioria das entidades, estas devem possuir
não podem ser divididos em outros atributos. um identificador. Segundo HEUSER (2009), um identi-
ficador de entidade é um conjunto de um ou mais atri-
Atributos Compostos: butos e relacionamentos cujos valores servem para
distinguir uma ocorrência da entidade das demais
z Podem ser divididos em subpartes menores (em ocorrências da mesma entidade. Eles podem ser
outros atributos), representando, assim, atributos representados por círculos pretos no Diagrama ER.
mais básicos com significados independentes. Para HEUSER (2009), um identificador simples (úni-
Por exemplo: o atributo ENDEREÇO pode ser co atributo) é suficiente para distinguir uma ocorrência
dividido em nome da RUA, CIDADE, ESTADO da entidade das demais ocorrências da mesma entidade.
e CEP. Além do mais, o atributo RUA pode ser
subdividido em outros três mais simples como
RUA, NÚMERO e NÚMERO_APARTAMENTO.
Atributos Derivados:
Atributos Identificadores:
Cardinalidade de Atributos
cpf CNPJ
HEUSER (2009) destaca que um atributo pode pos- sexo
PESSOA PESSOA
tipoOrganizacao
FÍSICA JURÍDICA
suir uma cardinalidade, de maneira análoga a uma
entidade em um relacionamento. Esta cardinalidade
define quantos valores deste atributo podem estar Na figura acima, a entidade PESSOA FÍSICA possui,
associados com uma ocorrência da entidade ou rela- além de seus atributos CPF e sexo, os atributos herdados
cionamento ao qual ele pertence. Por exemplo, pode- da entidade CLIENTE (que são os atributos código e nome),
mos ter as seguintes cardinalidades: bem como o relacionamento com a entidade FILIAL.
ENTIDADE FRACA
HEUSER (2009) define que entidade fraca é uma VEÍCULO TERRESTRE VEÍCULO AQUÁTICO
entidade que não possui atributos suficientes para
formar uma chave primária. A chave primária da
entidade fraca é formada pela chave primária do con-
junto de entidades fortes da relação mais o identifica-
dor do conjunto de entidades fracas.
Por exemplo, a entidade DEPENDENTE é uma enti- AUTOMÓVEL ANFÍBIO BARCO
dade fraca, pois a entidade somente existe quando
relacionada a outra entidade e usa, como parte de ser
identificador, entidades relacionadas.
A entidade fraca é representada por um retângulo com Herança
linha dupla conforme demonstrado na figura a seguir. múltipla
ENTIDADE ASSOCIATIVA
1 N RECEBE
MEDICAMENTO PERTENCE TURMA AULA
De acordo com HEUSER (2009), o modelo relacional representa o banco de dados como uma coleção de rela-
ções. Uma relação é semelhante a uma tabela de valores ou arquivo plano de registros.
Fazendo uma comparação da relação com uma tabela de valores, temos que cada linha da tabela representa
uma coleção de valores de dados relacionados. Além disso, uma linha em particular representa um fato que nor-
malmente corresponde a uma entidade ou relacionamento do mundo real.
A tabela a seguir relaciona o que contém em uma tabela de valores com os conceitos do modelo relacional.
De forma resumida, HEUSER (2009) descreve que uma tabela (relação) é um conjunto não ordenado de linhas
(tuplas), onde cada linha é composta por uma série de colunas ou campos (atributos). Cada campo é identificado
por um nome de campo (nome do atributo), o conjunto de campos homônimos de todas as linhas de uma tabela
forma uma coluna.
A imagem a seguir ilustra as informações presentes em uma relação do modelo relacional de banco de dados.
Outros dois conceitos muito importantes da modelagem relacional é o grau da relação que diz respeito ao
número de atributos de uma relação e a cardinalidade da relação que indica o número de tuplas (linhas)
existentes na relação.
Chaves
As chaves correspondem aos atributos identificadores que vimos anteriormente no capítulo de modelagem
conceitual. Elas permitem dar uma identificação única a cada ocorrência de instância em uma tabela.
Basicamente existem 3 (três) tipos de chaves em um banco de dados relacional, a chave primária, a chave
estrangeira e a chave alternativa. A seguir, vamos detalhar estes tipos com suas respectivas características.
z Um exemplo de chave primária pode ser o CPF que identifica unicamente cada pessoa. O conjunto {Nome,
CPF} também pode ser uma super chave, mesmo o atributo Nome não sendo uma chave primária.
z Os campos que pertencem à chave primária são obrigatórios, não admitindo valor vazio ou NULL.
z É uma coluna ou conjunto de colunas que se referem necessariamente a uma chave primária de outra tabela
(ou dela mesma no caso de recursividade), estabelecendo um relacionamento entre as tabelas.
z Segundo HEUSER (2009), a existência de uma chave estrangeira impõe restrições que devem ser garantidas ao
426 executar operações de alterações no banco de dados.
z Um exemplo de chave estrangeira pode ser o “Códi- RESTRIÇÕES DO MODELO RELACIONAL
go do curso” que se encontra em uma das colunas
ELMASRI e NAVATHE (2011) definem que restri-
da tabela de Aluno e que referencia a chave primá-
ções do modelo relacional são regras que devem ser
ria da tabela de Cursos.
obedecidas em todos os estados válidos da base de
dados. Elas devem ser especificadas no esquema de
Chave Alternativa (ou Chave Candidata) banco de dados relacional para garantirem que os
dados reflitam corretamente a realidade modelada.
z Uma coluna ou grupo de colunas da tabela que São tipos de restrições:
servem para identificar unicamente um registro.
Assim, além da chave primária criada, uma outra z Domínio
(alternativa) também é utilizada para identificar o z Chave
registro. Também chamada de Chave Única (Uni- z Valores Vazios (NULL)
que Key – UK). z Integridade
z Como exemplo, podemos criar uma tabela com Entidade
dados de Pessoas, tendo como chave primária um Referencial
número inteiro autoincrementado (valor diferente Semântica
para cada pessoa inserida na tabela) e como chave
única o CPF de cada pessoa. Restrições de Domínio
z Variedade
Os dados vêm de diferentes fontes de dados.
Além disso, os dados podem vir em vários for-
matos, sendo dados estruturados como uma
tabela de banco de dados, dados semiestrutura-
dos como um arquivo XML ou dados não estru- FONTE: Disponível em: <https://www.google.com/search?q=dados
turados como texto, imagens, streams de vídeo, +estruturados&client=opera&hs=Qbg&sxsrf=ALeKk000TpXUa6k3m
áudio, entre outros. lx87snF0lE866HYNQ:1624911016946&source=lnms&tbm=isch&sa
=X&ved=2ahUKEwjg-dKfkbvxAhX5r5UCHRp-BF4Q_AUoAXoECAEQA
w&biw=770&bih=741#imgrc=-n3SzEFTQkAqoM&imgdii=yRL2emS7
Vale destacar que estes são os três principais V’s de B4ZdVM>.
Big Data. Porém, ainda há os seguintes V’s:
Dados Estruturados
z Veracidade
Uma base de dados é estruturada quando os dados
Refere-se à qualidade, precisão ou confiabilida- estão armazenados em campos fixos em um arquivo –
de dos dados. Está ligada diretamente ao quan- por exemplo, uma tabela, uma planilha ou um banco de
to uma informação é verdadeira. dados. Assim, os dados estruturados dependem da cria-
ção de um modelo de dados, incluindo a descrição dos
z Valor objetos juntamente com suas propriedades e relações.
O modelo descreve todos os tipos de dados que serão
Refere-se ao valor dos dados ou o valor que eles
armazenados, acessados e processados, o que inclui
possuem. É importante entender o contexto e
definir quais campos de dados serão utilizados (por
a necessidade para gerar a informação certa exemplo, nome, idade, gênero, endereço, escolaridade,
para as pessoas certas. estado civil etc.), os tipos dos dados (por exemplo, numé-
ricos, nominais, alfabéticos, monetários, endereço etc.) e
todas as restrições a eles associadas. Uma das vantagens
Importante!
dos dados estruturados é a facilidade de armazenagem,
Compreender os V’s de Big Data é fundamental acesso e análise (CASTRO e FERRARI, 2016).
para a resolução de diversas questões de provas de
Dados Semiestruturados
concursos, pois este assunto é o mais recorrente.
� Volume: grande quantidade de informação a O dado semiestruturado é um tipo de dado que
ser processada; não possui a estrutura completa de um modelo de
� Variedade: os diferentes tipos de dados analisados; dados, mas também não é totalmente desestrutura-
� Velocidade: tempo hábil para recuperar e pro- do. Nos dados semiestruturados em geral são usados
cessar a informação; marcadores (por exemplo, tags) para identificar cer-
tos elementos dos dados, mas a estrutura não é rígida.
� Veracidade: o quão confiável é o dado;
Exemplos conhecidos de dados semiestruturados são
� Valor: o grau de importância deste dado para arquivos XML ou HTML, que definem um conjunto
compor uma informação. de regras para codificar documentos em um formato
que pode ser lido por humanos e máquinas, e também CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
ESTRUTURAÇÃO DOS DADOS e-mails, que possuem campos de remetente, destina-
tário, data, hora e outros adicionados aos dados não
Os dados que alimentam a ideia de Big Data podem estruturados do corpo da mensagem e seus anexos
provir de diversas fontes. Na Internet, encontramos (CASTRO e FERRARI, 2016).
um grande volume de dados com conteúdos relacio-
nados a educação, ciência, entretenimento, governo, Dados Não Estruturados
finanças, saúde, entre outros. Todos esses dados são
fontes de Big Data. Dado não estruturado é aquele que não possui um
modelo de dados, que não está organizado de uma
Empresas e organizações se concentram muito na
maneira predefinida ou que não reside em locais
coleta de dados para garantir que possam obter infor-
definidos. Essa terminologia normalmente se refere
mações valiosas a partir deles. Compreender a estru-
a textos livres, imagens, vídeos, sons, páginas web,
tura de dados é a chave para descobrir seu valor. arquivos PDF, entre outros. Os dados não estrutura-
CASTRO e FERRARI (2016) destacam que, de forma dos costumam ser de difícil indexação, acesso e análi-
simplificada, dados são valores quantitativos ou qua- se (CASTRO e FERRARI, 2016).
litativos associados a alguns atributos. Com relação à De forma resumida, temos a tabela a seguir que
estrutura, eles podem ser: diferencia os três tipos de dados: 429
DADOS DADOS
DADOS NÃO ESTRUTURADOS
ESTRUTURADOS SEMIESTRUTURADOS
Ex.: Textos, Documentos, Imagens,
Ex.: Banco de Dados, Tabela, Planilhas. Ex.: XML, HTML, JSON, RDF.
Vídeos, Áudios, Redes Sociais.
Estrutura rígida, projetada previa- Estrutura flexível, representação Sem estrutura (ou com estrutura
mente, representação homogênea. heterogênea. mínima de arquivo).
Cada campo de dados tem um for- Cada campo de dados tem uma estrutura, Mais de 80% dos dados gerados no
mato bem definido. mas não existe uma imposição de formato. mundo é deste tipo.
O esquema é criado com a definição de ele-
Dados de um mesmo registro pos-
mentos internos dos arquivos (nós), legíveis
suem relação entre eles.
para seres humanos.
Fonte: Adaptado de <https://bit.ly/332OR9z>. Acesso em: 26 set. 2020.
Para a maioria das organizações, o objetivo principal de lançar uma iniciativa de Big Data é analisar os dados
para melhorar os resultados de negócios.
A maneira como as organizações geram esses insights é por meio do uso de software analítico. Os fornecedores
usam muitos termos diferentes, como mineração de dados (data mining), inteligência de negócios (business intelli-
gence), computação cognitiva, aprendizado de máquina (machine learing) e análise preditiva, para descrever suas
soluções de análise de Big Data.
Em geral, no entanto, essas soluções podem ser separadas em quatro categorias amplas:
Análise Descritiva
Esta é a forma mais básica de análise de dados. Ela responde à pergunta: “O que aconteceu?”. Quase todas as
organizações realizam algum tipo de análise descritiva ao reunir seus relatórios regulares semanais, mensais,
trimestrais e anuais.
Análise de Diagnóstico
Depois que uma organização entende o que aconteceu, a próxima grande questão é “Por quê?”. É aqui que
entram as ferramentas de análise de diagnóstico. Elas ajudam os analistas de negócios a entender as razões por
trás de um determinado fenômeno, como uma queda nas vendas ou um aumento nos custos.
Análise Preditiva
As organizações não querem apenas aprender lições do passado, elas também precisam saber o que vai acon-
tecer a seguir. Esse é o escopo da análise preditiva. As soluções de análise preditiva geralmente usam inteligência
artificial ou tecnologia de aprendizado de máquina para prever eventos futuros com base em dados históricos.
Muitas organizações estão investigando a análise preditiva e começando a colocá-la em produção.
Análise Prescritiva
As ferramentas de análise mais avançadas não apenas informam às organizações o que acontecerá a seguir,
mas também oferecem conselhos sobre o que fazer a respeito. Eles usam modelos sofisticados e algoritmos de
aprendizado de máquina para antecipar os resultados de várias ações. Os fornecedores ainda estão em processo
de desenvolvimento dessa tecnologia, e a maioria das empresas ainda não começaram a usar esse nível de análise
de Big Data em suas operações.
Ferramentas
Uma vez que os requisitos de computação, armazenamento e rede para trabalhar com grandes conjuntos de
dados estão além dos limites de um único computador, há uma necessidade de ferramentas para processar os
dados por meio de computadores de maneira distribuída, os chamados clusters.
Cada vez mais potência de computação e infraestrutura de armazenamento massivo são necessários para pro-
cessar esses dados localmente ou, mais tipicamente, nos centros de dados de provedores de serviços na nuvem
(cloud).
Além da infraestrutura necessária, várias ferramentas e componentes devem ser reunidos para resolver pro-
blemas de Big Data. O ecossistema Hadoop é apenas uma das plataformas que ajudam a trabalhar com grandes
quantidades de dados e descobrir padrões úteis para as empresas.
Abaixo está uma lista de algumas das ferramentas disponíveis e uma descrição resumida de suas funções no
430 processamento de Big Data:
z Apache Kafka Surgiu com este único escopo e foi adotada ini-
Sistema de mensagens escalonável que permi- cialmente por acadêmicos e depois por empre-
te aos usuários publicar e consumir um gran- sas e público no geral. Além disso, tem uma
de número de mensagens em tempo real por sintaxe orientada a funções.
assinatura.
z Python
z HBase
Inspirado na linguagem C, foi lançada em 1991
Armazenamento de dados de chave/valor e possui um foco generalista.
orientado por coluna que é executado no Serve desde para fazer aplicações web, como
Hadoop Distributed File System.
também, fazer análises de dados.
Possui foco na produtividade, possuindo uma
z Hive
sintaxe orientada a objetos.
Sistema de data warehouse de código aberto
para análise de conjuntos de dados em arqui-
z XPath
vos Hadoop.
Essa é uma linguagem de consulta que selecio-
z MapReduce na os nós em um documento XML.
Estrutura de software para processar grandes Também pode ser usada para calcular valores
quantidades de dados não estruturados em como strings, números ou valores booleanos do
paralelo em um cluster distribuído. conteúdo de um documento XML.
Além de ser uma recomendação do W3C.
z Pig
Tecnologia de código aberto para programa- Infraestrutura
ção paralela de jobs MapReduce em clusters
Hadoop. TAURION (2013) destaca que as tecnologias atuais
de tratamento de dados não são mais adequadas.
z Spark Utilizando como exemplo um dos modelos mais
Estrutura de código aberto e processamento usados até hoje, o modelo relacional, ele foi criado
paralelo para executar aplicativos de análise para acessar dados estruturados dos sistemas inter-
de dados em grande escala em sistemas em nos das organizações. Não sendo possível tratar dados
cluster. não estruturados ou pentabytes de dados.
Para tratar dados na escala de volume, variedade e
z YARN velocidade do Big Data, precisa-se de outros modelos,
Tecnologia de gerenciamento de cluster no como os softwares de banco de dados NoSQL, dese-
Hadoop de segunda geração. nhados para tratar imensos volumes de dados estru-
turados e não estruturados (TAURION, 2013).
Alguns dos mecanismos de análise de Big Data Segundo MACHADO (2018), nos bancos de dados
mais usados, são: NoSQL, as tabelas são conhecidas como tabelas de
hash distribuídas, uma vez que armazenam objetos
z Apache Hive / Hadoop indexados por chaves, o que possibilita a busca desses
Solução de preparação de dados para fornecer objetos a partir apenas de suas chaves, diferente dos
informações a muitos ambientes analíticos ou bancos de dados estruturados.
armazenamentos de dados. Desenvolvido por O banco de dados NoSQL é desenhado para aumen-
Yahoo, Google e Facebook. tar a sua escala em sentido horizontal, isso significa
por meio de clusters distribuídos em hardwares de
z Apache Spark baixo custo.
Usado em conjunto com tarefas de computação
pesadas e tecnologias Apache Kafka. Desenvol-
vido na University of California, Berkeley. CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
EXERCÍCIO COMENTADO
z Presto
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item que se
Motor SQL desenvolvido pelo Facebook para
segue, relativo à noção de mineração de dados, big
análises ad-hoc e relatórios rápidos.
data e aprendizado de máquina.
Big data refere-se a uma nova geração de tecnologias
Linguagens de Dados
e arquiteturas projetadas para processar volumes mui-
to grandes e com grande variedade de dados, permi-
Não se poderia deixar de comentar que, além das tindo alta velocidade de captura, descoberta e análise.
ferramentas, há como tecnologias de Big Data, as lin-
guagens de dados, sendo as mais conhecidas: ( ) CERTO ( ) ERRADO
Modeling (Modelagem)
ETAPAS OPERACIONAIS DO PROCESSO DE KDD
PRÉ- MINERAÇÃO DE PÓS-
z É nesse momento que ocorre a construção do seu
PROCESSAMENTO DADOS PROCESSAMENTO modelo. Essa fase consiste na aplicação de fato
das técnicas de mineração de dados, tendo como
base os objetivos definidos no primeiro passo. O
Fonte: Adaptado de GOLDSCHMIDT e PASSOS (2005, p. 3) algoritmo é selecionado, o modelo construído e os
parâmetros são refinados. É interessante que seja
Processo CRISP-DM criado diferentes modelos para avaliação na pró-
xima fase.
Muitos processos têm o objetivo de definir e padro- Evaluation (Avaliação)
nizar as fases e atividades da Mineração de Dados.
Porém, apesar das particularidades, no geral, todos z É nessa fase que ocorre a avaliação dos resultados
possuem a mesma estrutura. com base nos critérios estabelecidos no início do
Em meados dos anos 90, foi proposto o Processo projeto. Considerada uma fase crítica do processo,
CRISP-DM, do inglês Cross-Industry Standard Process nesta fase é necessária a participação de especia-
of Data Mining por um conjunto de empresas euro- listas nos dados, conhecedores do negócio e toma-
peias para atuar como um modelo de processo padrão, dores de decisão. Diversas ferramentas gráficas
são utilizadas para a visualização e análise dos
mas não patenteado.
resultados (modelos).
A figura a seguir ilustra, de maneira cíclica, as seis
fases do processo CRISP-DM. Deployment (Distribuição ou Execução)
z Detecção de Anomalias ou Análise de Outliers: CASTRO e FERRARI (2016) destacam que os dados conhe-
cidos como anomalias ou valores discrepantes (outliers) não seguem o comportamento ou não possuem a
característica comum dos dados ou de um modelo que os represente. Em algumas aplicações, como na detec-
ção de fraudes, os eventos raros ou anomalias podem ser mais informativos do que aqueles que ocorrem
regularmente.
A mineração de dados pode ser muito útil em diversos setores com o objetivo de identificar oportunidades de
negócios e criar vantagens competitivas. A seguir, estão listados alguns setores e como a mineração de dados pode
ajudá-los na análise de seus dados:
z Comércio Eletrônico (E-commerce): Os sites de comércio eletrônico usam mineração de dados para oferecer
vendas cruzadas por meio de seus sites. Por exemplo, diversos sites de compras mostram frases como “As
pessoas também viram”, “Compram juntos com frequência” para os clientes que estão interagindo com o site.
z Bancário: A mineração de dados ajuda o setor financeiro a obter uma visão dos riscos de mercado e a geren-
ciar a conformidade regulatória. Ajuda os bancos a identificar prováveis inadimplentes para decidir se emi-
tem cartões de crédito ou empréstimos, por exemplo.
z Varejo e Vendas: A mineração de dados ajuda os proprietários do setor de vendas e varejo a saber as escolhas
dos clientes. Olhando para o histórico de compras dos clientes, as ferramentas de mineração de dados mos-
tram as preferências de compra de cada um deles.
z Fabricação e Produção: Com a ajuda da mineração de dados, os fabricantes podem prever o desgaste dos
ativos de produção. Eles podem antecipar a manutenção, o que os ajuda a reduzi-los para minimizar o tempo
de inatividade.
z Seguros: A mineração de dados ajuda as seguradoras a estabelecer preços lucrativos para seus produtos e a
promover novas ofertas para clientes novos ou existentes.
z Educação: A mineração de dados beneficia os educadores para acessar os dados dos alunos, prever os níveis
de desempenho e encontrar alunos ou grupos de alunos que precisam de atenção extra. Por exemplo, alunos
que são fracos na disciplina de matemática.
z Investigação Criminal: A mineração de dados pode detectar anomalias em uma grande quantidade de dados.
Os dados criminais, por exemplo, incluem todos os detalhes de um crime. Para a polícia, a mineração de dados
é útil para estudar os padrões e tendências e prevê eventos futuros com melhor precisão.
A partir do que foi estudado anteriormente, vamos resumir alguns conceitos fazendo uma comparação entre CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Mitos versus Realidade sobre a mineração de dados.
MITO REALIDADE
A mineração de dados fornece predições imediatas como A mineração de dados é um processo com várias etapas
bola de cristal. que exige projeto e uso de técnicas proativas e calculadas.
A mineração de dados não é viável para aplicações de A tecnologia atual está pronta para ajudar qualquer negó-
negócios. cio, seja pequeno, médio ou grande.
Os bancos de dados estão cada vez mais modernos e ro-
A mineração de dados exige um banco de dados dedicado
bustos, permitindo, assim, a utilização em mais aplicações
e distinto.
de forma paralela.
Ferramentas baseadas na Web mais recentes permitem
Somente aqueles com formação avançada podem fazer a
que pessoas de todos os níveis educacionais realizem a
mineração de dados.
mineração de dados.
Se os dados refletem exatamente o negócio ou os clientes,
A mineração de dados é apenas para grandes empresas
uma empresa pode usar a mineração de dados indepen-
que possuem milhares de dados de clientes.
dentemente da quantidade de dados que ela armazena. 435
COMO FUNCIONA O APRENDIZADO DE MÁQUINA
EXERCÍCIO COMENTADO
A programação tradicional difere significativa-
1. (CESPE-CEBRASPE – 2008) Com referência a arquitetura mente do aprendizado de máquina, pois, nela, um
e tecnologias de sistemas de informações, julgue o item.
programador codifica todas as regras ou algoritmos.
Data mining (mineração de dados) consiste na análise
de grandes quantidades de dados a fim de encontrar Cada regra é baseada em uma base lógica e a máquina
padrões e regras que possam, por exemplo, ser usa- executará uma saída seguindo esta instrução.
dos para orientar a tomada de decisões. É o processo Quando o sistema se torna muito complexo, mais
de explorar grandes quantidades de dados à procura regras precisam ser escritas. Dependendo da comple-
de padrões consistentes, como regras de associação xidade do problema, a manutenção pode se tornar
ou sequências temporais, para detectar relacionamen- insustentável pelo programador.
tos sistemáticos entre variáveis, detectando assim Já o aprendizado de máquina é o cérebro onde
novos subconjuntos de dados. Utiliza várias técnicas
ocorre todo o aprendizado. A forma como a máquina
da estatística, recuperação de informação, inteligên-
cia artificial e reconhecimento de padrões. aprende é semelhante à do ser humano. Por exem-
plo, os humanos aprendem com a experiência, corre-
( ) CERTO ( ) ERRADO to? Quanto mais sabemos, mais facilmente podemos
prever sobre algo. Por analogia, quando enfrentamos
Definição correta sobre Mineração de Dados (Data uma situação desconhecida, a probabilidade de suces-
Mining), no qual refere-se, de forma resumida, a um so é inferior a uma situação conhecida.
processo que usa técnicas estatísticas, matemáti- As máquinas são treinadas da mesma forma. Para
cas, de inteligência artificial e de aprendizagem realizar uma previsão, a máquina necessita enxergar
de máquina (ou automática) para extrair e iden-
um exemplo conhecido previamente. Assim, quan-
tificar informações úteis e conhecimento em banco
de dados. Resposta: Certo. do oferecemos à máquina um conjunto de exemplos
semelhantes, ela pode descobrir um resultado de for-
NOÇÕES DE APRENDIZADO DE MÁQUINA ma mais consistente.
O objetivo central do aprendizado de máquina é
O aprendizado de máquina é uma das tendências o aprendizado e a inferência. Em primeiro lugar, a
mais recentes da tecnologia atualmente. Do inglês máquina aprende por meio da descoberta de padrões.
Machine Learning, este é um ramo da inteligência Essa descoberta é feita graças aos dados. Uma parte
artificial (IA) que já está revolucionando o softwa- crucial do cientista de dados é escolher cuidadosa-
re moderno e mudando a forma como as empresas mente quais dados serão fornecidos à máquina. A lista
fazem negócios. de atributos usada para resolver um problema é cha-
Neste capítulo, iremos aprender alguns conceitos mada de vetor de recursos.
básicos sobre aprendizado de máquina e, ao final,
A máquina usa alguns algoritmos sofisticados para
resolveremos algumas questões de concursos públi-
simplificar a realidade e transformar essa descoberta em
cos sobre este tema.
um modelo. Portanto, o estágio de aprendizagem é usa-
CONCEITO DE APRENDIZADO DE MÁQUINA do para descrever os dados e resumi-los em um modelo.
Por exemplo, uma máquina poderia tentar entender a
O aprendizado de máquina é focado na construção relação entre o salário de um indivíduo e a probabilidade
de aplicativos que aprendem com os dados e melhoram de ele ir a um restaurante mais refinado. O modelo então
sua precisão ao longo do tempo, sem serem programa- seria a máquina encontrar uma relação positiva entre o
dos para isso. Em ciência de dados, um algoritmo é salário e o indivíduo ir a um restaurante sofisticado.
uma sequência de etapas de processamento estatístico. Quando o modelo é construído, é possível testar
No aprendizado de máquina, os algoritmos são “trei- o quão poderoso ele é em dados nunca vistos antes.
nados” para encontrar padrões e recursos em grandes Os novos dados são transformados em um vetor de
quantidades de dados, a fim de tomar decisões e fazer
recursos que passam pelo modelo e dão uma previsão.
previsões com base em novos dados. Quanto melhor
Essa é a “mágica” do aprendizado de máquina. Não
for o algoritmo, mais precisas serão as decisões e previ-
sões à medida que ele processa mais dados. há necessidade de atualizar as regras ou treinar nova-
O aprendizado de máquina também está intima- mente o modelo. Pode-se usar o modelo previamente
mente relacionado à mineração de dados, pois um treinado para fazer inferências sobre novos dados.
computador recebe dados como entrada e utiliza um
algoritmo para formular suas respostas. ABORDAGENS DE APRENDIZADO DE MÁQUINA
Uma tarefa típica do aprendizado de máquina é
fornecer uma recomendação. Para quem tem conta O aprendizado de máquina pode ser agrupado em
na Netflix, por exemplo, todas as recomendações de algumas categorias, são elas:
filmes ou séries são baseadas nos dados históricos do
usuário. Assim, as empresas de tecnologia utilizam o
Aprendizagem Supervisionada
aprendizado de máquina para melhorar a experiên-
cia do usuário com recomendações personalizadas.
Um algoritmo utiliza dados de treinamento para
O aprendizado de máquina também é usado para
uma variedade de outras tarefas, como detecção de aprender a relação de determinadas entradas com uma
fraude, manutenção preditiva, automatização de tare- determinada saída. Pode-se usar o aprendizado super-
fas e assim por diante. Veremos mais aplicações do visionado quando os dados de saída forem conhecidos.
436 aprendizado de máquina em um tópico posterior. Assim, o algoritmo irá prever novos dados.
Por exemplo, se quisermos usar o aprendizado Uma categoria de algoritmos de aprendizagem não
supervisionado para ensinar um computador a reco- supervisionada que processa um conjunto de dados
nhecer fotos de gatos, forneceríamos a ele um con- para encontrar um padrão interno, sem consultar
junto de imagens, algumas rotuladas como “gatos” e dados prévios é o Agrupamento ou Clustering.
outras como “não são gatos”. Os algoritmos de apren-
dizado de máquina ajudariam o sistema a aprender a Aprendizagem Semissupervisionada
generalizar os conceitos para que pudesse identificar
gatos em imagens que não havia encontrado antes. O aprendizado semissupervisionado oferece um
Há duas categorias de algoritmos de aprendiza- meio-termo entre o aprendizado supervisionado e o
gem supervisionada que processam um conjunto de não supervisionado. Durante o treinamento, ele usa
dados previamente rotulado para extrapolar os com- um menor conjunto de dados rotulados para orientar
portamentos dos dados não rotulados, são os: a classificação e a extração de recursos de um conjun-
to de dados maior e não rotulado.
z Algoritmos de Classificação A aprendizagem semissupervisionada pode
resolver o problema de não haver dados rotulados
Como vimos no capítulo de Mineração de suficientes (ou não ser capaz de rotular dados sufi-
Dados, os algoritmos de Classificação têm o cientes) para treinar um algoritmo de aprendizagem
objetivo de identificar a qual classe um deter- supervisionada.
minado dado pertence. Voltando ao exemplo do gato, imagine que você
Por exemplo, imagine que se deseja prever tenha um grande número de imagens, algumas das
o gênero de um determinado cliente em uma quais foram rotuladas como “gato” e “não é gato” e
loja online de varejo. Primeiro, será necessário outras não. Um sistema de aprendizagem semissu-
coletar dados do cliente sobre altura, peso, tra- pervisionado usaria as imagens rotuladas para fazer
balho, salário, compras realizadas etc. Sabendo algumas suposições sobre quais das imagens não
que o gênero dos clientes só poderá ser mas- rotuladas incluem gatos. As melhores suposições
culino ou feminino, o objetivo dos algoritmos seriam então realimentadas no sistema para ajudá-lo
a melhorar suas capacidades e o ciclo continuaria.
de Classificação será atribuir uma probabilida-
de de ser homem ou mulher (ou seja, o rótulo)
Aprendizado por Reforço
com base nas informações (dados que foram
coletados). Quando o modelo aprender a reco-
O aprendizado por reforço é um modelo de apren-
nhecer homem ou mulher, ele poderá ser utili- dizado de máquina comportamental semelhante ao
zado para fazer uma previsão a partir de dados aprendizado supervisionado, mas o algoritmo não
coletados de novos clientes. Por exemplo, se o é treinado usando dados de amostra. Este modelo
modelo prediz “masculino = 70%”, significa que aprende à medida que avança por meio de tentativa
o algoritmo tem 70% de certeza de que o novo e erro. Uma sequência de resultados bem-sucedidos
cliente é do gênero masculino e 30% é do gêne- será reforçada para desenvolver a melhor recomen-
ro feminino. Assim, a loja poderá exibir pro- dação ou política para um determinado problema.
dutos relacionados ao gênero com uma maior Por exemplo, se a tarefa for sugerir um artigo de
probabilidade do cliente se interessar. notícias a um usuário, um algoritmo de aprendiza-
do por reforço obterá feedback constante do usuário,
z Algoritmos de Regressão sugerindo alguns artigos de notícias e, em seguida,
construirá um “gráfico de conhecimento” de quais
Semelhante aos algoritmos de Classificação, a artigos a pessoa gostará.
Regressão é utilizada quando o dado é identi-
ficado por um valor numérico e não por uma APLICAÇÕES DE APRENDIZADO DE MÁQUINA
classe.
Por exemplo, um analista financeiro pode que- z Automação
rer prever o valor de uma ação com base em
O aprendizado de máquina funciona de forma
uma variedade de características como desem- totalmente autônoma em qualquer área sem a
penhos anteriores da ação, índices macroeco- necessidade de qualquer intervenção huma-
nômicos etc. Assim, a partir destas informações, na. Por exemplo, robôs executando as etapas CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
os algoritmos irão ser treinados para estimar o essenciais do processo de uma fábrica.
preço das ações com o menor erro possível.
z Indústria Financeira
Aprendizagem Não Supervisionada O aprendizado de máquina está se tornando
cada vez mais popular no setor financeiro.
Na aprendizagem não supervisionada, um algo- Os bancos estão usando principalmente para
ritmo explora dados de entrada sem receber uma encontrar padrões de dados entre os clientes,
variável de saída explícita. Ou seja, o objetivo é que o mas também para evitar fraudes.
sistema desenvolva suas próprias conclusões a partir
de um determinado conjunto de dados. z Governo
Por exemplo, se um gerente de uma loja de varejo O governo usa o aprendizado de máquina para
tivesse um grande conjunto de dados de vendas onli- gerenciar a segurança pública e os serviços
ne, ele poderia usar o aprendizado não supervisiona- públicos.
do para encontrar associações entre esses dados que
poderiam ajudá-lo a melhorar o marketing dos produ- z Saúde
tos. O resultado dos algoritmos poderia informar algo A saúde foi uma das primeiras áreas a utilizar
como “As vendas de home theater estão relacionadas o aprendizado de máquina com a detecção de
às vendas de aparelhos de televisão.”. imagem. 437
z Marketing do seu foco no desenvolvimento de competências
Antes da era dos dados de massa (o chamado gerenciais, técnicas e profissionais. Essas competên-
Big Data), os pesquisadores desenvolveram cias são consideradas essenciais para o mercado de
ferramentas matemáticas avançadas, como trabalho. Além disso, as universidades corporativas
análise bayesiana, para estimar o valor de um buscam, por meio do conhecimento, agregar valor às
cliente. Com o crescimento dos dados, o depar- empresas ao mesmo tempo em que valoriza e fortale-
tamento de marketing utiliza a inteligência arti- ce os recursos humanos.
ficial, como o aprendizado de máquina, para A educação corporativa é uma prática da área de
otimizar o relacionamento com o cliente e os RH, que juntamente com a gestão do conhecimento é
anúncios dos produtos, por exemplo. desenvolvida para atender aos objetivos e estratégias
de longo prazo da organização6. A educação corpora-
Dica tiva vai além do treinamento ou qualificação da mão
de obra, mas está totalmente associada à estratégia
Nos últimos anos, a empresa Google tem desen-
organizacional. Logo, a organização deve realizar
volvido um carro autônomo que utiliza inteligên-
um planejamento estratégico sobre como a educa-
cia artificial com algoritmos de aprendizado de
ção corporativa será desenvolvida entre os trabalha-
máquina para se locomover. O automóvel é cheio dores, escolhendo a opção que apresenta o melhor
de câmeras e lasers em seu teto que indicam a custo-benefício.
localização que ele está em relação à sua volta. Chiavenato afirma que o treinamento é uma for-
Ele também possui um radar na parte da frente ma de lucratividade, pois permite que os trabalhado-
do automóvel que informa a velocidade e o movi- res aprimorem suas habilidades para desempenhar
mento de todos os demais carros ao seu redor. melhor suas atividades e, consequentemente, contri-
Esses equipamentos geram dados para descobrir buir para os resultados da empresa. Segundo o autor,
não apenas como dirigir o carro, mas também a partir do treinamento diversas mudanças de com-
para descobrir e prever movimentos dos motoris- portamento podem ocorrer, tais como:
tas ao seu redor, processando quase um gigabyte
por segundo de dados. Impressionante, não? z Aumento do conhecimento: após o treinamento,
os trabalhadores têm mais conhecimento sobre a
organização, suas políticas e práticas, bem como os
produtos/serviços vendidos.
EXERCÍCIO COMENTADO z Melhora das habilidades e destrezas: o funcio-
nário pode habilitar-se para executar e operar
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item que segue,
relativo a noções de mineração de dados, big data e tarefas, máquinas e ferramentas necessárias para
aprendizado de máquina. o seu trabalho.
Situação hipotética: Na ação de obtenção de informa- z Desenvolvimento ou modificação do comporta-
ções por meio de aprendizado de máquina, verificou-se mento: com o treinamento, é possível que os traba-
que o processo que estava sendo realizado consistia
lhadores tenham novos comportamentos e sejam
em examinar as características de determinado objeto
mais atenciosos e prestativos com os colegas de
e atribuir-lhe uma ou mais classes; verificou-se tam-
bém que os algoritmos utilizados eram embasados trabalho, clientes e outras pessoas da organização.
em algoritmos de aprendizagem supervisionados. z Elevação do nível de abstração: os funcionários
Assertiva: Nessa situação, a ação em realização está podem adquirir a capacidade de pensar de forma
relacionada ao processo de classificação. holística, prever cenários futuros e considerar a
situação atual para a tomada de decisão.
( ) CERTO ( ) ERRADO
z Criação de competências individuais: os tra-
Conforme vimos, uma das categorias de algoritmos balhadores podem desenvolver competên-
de aprendizagem de máquina supervisionada é a cias individuais compatíveis com os objetivos
classificação que processa um conjunto de dados organizacionais.
previamente rotulado para extrapolar os compor-
tamentos dos dados não rotulados. Resposta: Certo. As universidades corporativas podem ser caracte-
rizadas de acordo com três gerações, sendo que as três
existem ainda hoje7:
z Adquirir fundamentação teórica suficiente para z Menor burocracia, especialmente de aquela asso-
que o planejamento ocorra de forma adequada; ciada a processos complexos e grande volume de
papéis.
z Considerar que a educação corporativa é resulta-
do de uma necessidade da organização e não um
modismo;
z Conscientizar-se da necessidade de um roteiro EXERCÍCIO COMENTADO
adequado às demandas de trabalho, para que a
educação proporcionada seja realmente útil e 1. (CESPE-CEBRASPE – 2011) Com relação a recursos
desencadeie melhorias para a organização; humanos, julgue o item seguinte.
z Levar em consideração as experiências positivas e A educação corporativa, um processo de ensino e
negativas das organizações que efetivaram a edu- aprendizagem que se molda às necessidades organi-
cação corporativa. zacionais, centra-se, fundamentalmente, no condutor
da ação educacional e objetiva o alcance de resulta-
Carvalho considera que algumas questões ajudam dos operacionais e financeiros da organização.
a definir o planejamento para a educação corporativa,
tais como: (1) qual o objetivo da educação corporati- ( ) CERTO ( ) ERRADO
va, isto é, o que se pretende alcançar? (2) Quem fará
parte desse tipo de educação? Quem serão os estudan- A educação corporativa tem caráter estratégico e
tes e quais suas características? (3) Como a empresa não operacional. Além disso, a partir da educação
espera que os trabalhadores se comportem? (4) Quais corporativa busca-se desenvolver competências crí-
dificuldades de aprendizado existentes entre os futu- ticas nos trabalhadores, com vistas ao aumento da
ros estudantes? (5) Quais as opções para o processo de competitividade organizacional. Resposta: Errado
ensino-aprendizagem? (6) Quais canais serão utiliza-
REFERÊNCIAS
dos para a educação corporativa?
A educação corporativa é vantajosa para a organi- ALMEIDA, A. V. Planejamento estratégico em re-
zação e para o funcionário. Os benefícios envolvem, cursos humanos. 1. ed. São Paulo: Pearson Educa-
entre outros, aumento da produtividade, melhora na
tion do Brasil, 2015.
qualificação dos trabalhadores, incentivo à inovação,
melhoria no ambiente corporativo e diminuição do BERGUE, S. T. Gestão de pessoas em organiza-
turnover8. ções públicas. 3. ed. Caxias do Sul: Educs, 2010.
Não existe uma melhor forma de promover a edu-
cação corporativa. No entanto, muitas empresas têm BOXALL, P; PURCELL, J. Strategy and Human Re-
optado pela educação a distância pelas facilidades source Management. 3. ed. Palgrave Macmillan,
associadas a essa modalidade de ensino. 2011. p. 39-96.
McINTYRE, S. E. Como as pessoas gerem o con- O acesso à distância a computadores deverá ser
flito nas organizações: Estratégias individuais realizado de forma segura, com uso de VPN (Virtual
negociais. Análise psicológica, v. 2, n. XXV, p. 295
Private Network), que implementa protocolos seguros
305, 2007.
na conexão, evitando monitoramento dos dados por
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. O que é educação a terceiros.
distância? Disponível em: <http://portal.mec.gov.
br/escola-de-gestores-da-educacao-basica/355-per- Intranet
Protocolo seguro Extranet Intranet
guntas-frequentes-911936531/educacao-a-distan- Conexão
cia-1651636927/12823-o-que-e-educacao-a-distan- segura
cia>. Acesso em: 19 dez. 2020.
Conexão
segura
MOR BARAK, Michàlle E. Inclusion is the Key to Matriz Internet Filial
Diversity Management, but What is Inclusion?
Human Service organizations: Management,
Leadership & Governance, v. 39, n. 2, p. 83-88, Os conceitos envolvidos no acesso remoto são os
que definem a Extranet.
2015.
Extranet é uma conexão segura entre ambientes
MUNHOZ, A. S. Educação corporativa: desafios seguros, usando uma infraestrutura pública e insegura.
para o século XXI. Curitiba: InterSaberes, 2015. A troca de dados entre o cliente e o servidor será rea-
lizada por protocolos de transferência. Todas as redes
PETTIGREW, A. M. On studying organizational
utilizam os mesmos protocolos, linguagens e serviços.
cultures. Administrative Science Quarterly, v.
24, p. 570-581, 1979.
Transferência de Informação e Arquivos
PORTO, J. B.; TAMAYO, A. Estrutura dos Valores
Pessoais: A Relação entre Valores Gerais e La- Cada sistema operacional tem o seu sistema de
borais. Psicologia: Teoria e Prática, v. 23, n. 1, p. arquivos, para endereçamento das informações arma-
63-70, 2007. zenadas nos discos de armazenamento. Diretamente,
ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. não é possível a comunicação ou leitura destes dados.
11. ed. São Paulo, Pearson Prentice Hall, 2005. A família de protocolos TCP/IP procura normatizar
o envio e recebimento das informações entre disposi-
SCHEIN, E. H. Coming to a New Awareness of tivos conectados em rede, através dos protocolos de
Organizational Culture. Sloan Management transferência. Um protocolo é um padrão de comuni-
Review, v. 25, n. 2, p. 3-16, 1984. cação, uma linguagem comum aos dois dispositivos
SOBRAL, F. Administração: teoria e prática no envolvidos na comunicação, que possibilita a transfe-
contexto brasileiro. 2. ed. São Paulo: Pearson rência de dados.
Education do Brasil, 2013. Alguns dos principais protocolos de transferência
de arquivos são:
SOUZA, C. P. S. Cultura e clima organizacional:
compreendendo a essência das organizações.
Curitiba: InterSaberes, 2014. z HTTP – Hyper Text Transfer Protocol – protocolo de
transferência de hipertextos.
TARAPANOFF, K. Educação corporativa: contri- z HTTPS – Hyper Text Transfer Protocol Secure – pro-
buição para a competitividade. Brasília: Petró- tocolo seguro de transferência de hipertextos.
leo Brasileiro e CNI, 2004. z FTP – File Transfer Protocol – protocolo de transfe-
XERPAY. [GUIA] Planejamento Estratégico de rência de arquivos.
RH: como e porque implantar. 2018. Disponível z SMTP – Simple Mail Transfer Protocol – protocolo
em: <https://www.xerpa.com.br/blog/planejamen- simples de transferência de e-mail.
to-estrategico-de-rh/>. Acesso em: 17 dez. 2020.
Conhecer o funcionamento dos protocolos de Inter-
net auxilia na compreensão das tarefas cotidianas que
envolvem as redes de computadores. Mensagens de
erros, problemas de conexão, instabilidades e proble-
CONCEITOS DE TECNOLOGIAS E mas de segurança da informação se tornam mais claros
FERRAMENTAS MULTIMÍDIA, DE para quem conhece os protocolos e seu funcionamento.
HTTP – Hyper Text Transfer Protocol – protocolo de
REPRODUÇÃO DE ÁUDIO E VÍDEO transferência de hipertextos.
Opera pela porta TCP 80
Nas redes de computadores, os dados são arquivos Transfere arquivos HTML (Hyper Text Markup
disponibilizados pelos servidores. Poderão ser servi- Language – linguagem de marcação de hipertextos).
dores web, com páginas web para serem acessadas por Protocolo mais utilizado para navegação, tanto na
um navegador (browser) web. Ou ainda servidores de Internet como na Intranet.
arquivos FTP, para serem acessados por um cliente FTP. As tags (comandos) HTML são interpretadas pelo
O acesso à distância a computadores será realiza- navegador de Internet, que exibe o conteúdo.
do utilizando o paradigma cliente servidor, onde um Arquivos HTML podem ser produzidos em editores
será o servidor que fornecerá o acesso ou arquivos e de textos sem formatação (como o Bloco de Notas) ou em
440 outro dispositivo será o cliente que estiver acessando. editores de textos completos (como o Microsoft Word).
HTTP – Hyper Text Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Hipertextos
Porta TCP 80
Pode operar pelas portas TCP 25, 587, 465, ou 2525.
A porta 25 é a mais antiga, e atualmente é bloquea-
HTTP – request (requisição) da pela maioria dos servidores, para evitar spam.
A porta 587 é a padrão, com suporte para TLS
HTTP – response (resposta)
(camada adicional de segurança).
Cliente Servidor
Web Web
A porta 465 foi atribuída para SMTPS (SMTP sobre
SSL), mas foi reatribuída e depreciada.
HTTPS – Hyper Text Transfer Protocol Secure – pro- A porta 2525 não é uma porta oficial, mas muito
tocolo seguro de transferência de hipertextos. usada por provedores para substituir a porta 587,
Opera pela porta TCP 443 quando ela estiver bloqueada.
Transfere arquivos HTML, ASP, PHP, JSP, DHTML, etc. Transfere a mensagem de e-mail do cliente para o
Protocolo mais utilizado para navegação segura, servidor, e de um servidor para outro servidor.
tanto na Internet como na Intranet.
SMTP – Simple Mail Transfer Protocol – Protocolo de Transferência Simples de
As tags (comandos) HTML não mudam, mas pos- E-mail – Porta TCP 25, 587, 465, ou 2525
suem comandos adicionais (scripts) que complemen-
tam a exibição de conteúdo específico.
SMTP – enviar SMTP – enviar
Utiliza criptografia, acionando camadas adicionais e-mail e-mail
como SSL e TLS na conexão.
Cliente
E-mail Servidor Servidor
HTTP – Hyper Text Transfer Protocol Secure – Protocolo Seguro E-mail E-mail
de Transferência de Hipertextos – Porta TCP 443
FTP – Comando GET (para download, Audio Video Interleave. Formato de vídeo pa-
.avi
baixar arquivos) drão do Windows.
Servidor
Cliente FTP – dados transferidos para a Formato de vídeo popular entre aparelhos
solicitação GET Web .3gp
Web smartphones
Internet
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESGRANRIO – 2018) A exploração da internet exige
o uso de inúmeros protocolos, dentre os quais o proto-
A transferência de arquivos poderá ser realizada colo FTP. Esse protocolo tem como objetivo:
de três formas: a) Transferir arquivos entre cliente e servidor.
b) Confirmar a identidade de um servidor.
z Fluxo contínuo; c) Prover serviço de datagrama não confiável.
z Modo blocado; d) Manipular caixas postais remotas como se fossem locais.
z Modo comprimido. e) Gerenciar correio eletrônico.
a) =R2+$Q2$%*R2
b) =R2+(Q2%)+R2
c) =R2+Q2*R2
d) =R2+$Q$2*R2
e) =R2+(1+$Q$2)*R2 Nessas condições, o protocolo exibido na barra de
endereços do navegador desse usuário foi o:
5. (CESGRANRIO – 2014) Qual programa é comumente
usado para se navegar por aplicações Web? a) ftp
b) http
a) Twitter. c) https
b) Facebook. d) ssl
e) tcp/ip
c) Microsoft Word.
d) Google Chrome.
10. (CESGRANRIO – 2014) Ao digitar a URL http://170.66.11.
e) Windows Explorer.
10:50 na barra de endereços de um navegador, um usuá-
rio está tentando conectar-se a um servidor Web utilizan-
6. (CESGRANRIO – 2014) Seja a seguinte URL, em que do a porta (do servidor).
abcd.com.br é um host fictício:
a) 10.
ftp://abcd.com.br b) 11.
c) 50.
O primeiro componente desse URL, ftp, indica que o d) 66.
usuário deseja: e) 170.
a) Enviar um e-mail para outro usuário. 11. (CESGRANRIO – 2018) Considere a Figura a seguir
b) Enviar uma mensagem de texto, usando um terminal virtual. extraída do MS Word 2016 em português:
c) Acessar arquivos de um grupo de discussão.
d) Acessar dados no formato de hipertexto.
e) Fazer download ou upload de arquivos.
13. (CESGRANRIO – 2015) O canto inferior direito da janela do Microsoft Powerpoint tem a seguinte aparência:
14. (CESGRANRIO – 2015) O gerente de uma agência recebeu um e-mail, supostamente reenviado por um cliente, com o
seguinte conteúdo:
COMPRASRAPIDO – PROMOÇÃO
Prezado Amigo, você acaba de ser contemplado(a) na promoção Compra Premiada COMPRASRAPIDO e ganhou R$ 1.000,00
(Mil Reais) em vale compras em qualquer estabelecimento que tenha as máquinas COMPRASRAPIDO.
Cadastre-se
15. (CESGRANRIO – 2013) Há características importantes que distinguem os códigos maliciosos denominados worm
daqueles denominados trojan. Uma dessas características é a:
16. (CESGRANRIO – 2014) Informações importantes de uma pessoa que teve seu computador invadido foram coletadas e
enviadas para terceiros. Um amigo, especialista em informática, sugere-lhe a instalação de um programa que bloqueie
o acesso de outros computadores que estejam tentando se conectar a programas instalados em seu computador.
Esse tipo de programa é chamado de:
a) Bloqueador de pop-ups.
b) Antivírus.
c) Filtro antispam.
d) Filtro antiphishing.
e) Firewall.
17. (CESGRANRIO – 2018) Determinado funcionário de uma empresa deseja substituir cálculos de verificação de rotinas
financeiras que realiza manualmente pelo uso de uma planilha Excel. Durante sua primeira experiência, preencheu um
trecho de planilha com diversos valores, como mostrado a seguir. 445
A B C D
1 SALDO
CONTA RESULTADO DA
CORRENTE ÚLTIMO MÊS MÊS CORRENTE PESQUISA
2
Seu objetivo final é que as células da coluna D, correspondentes às contas correntes, sejam preenchidas com o texto
SIM, caso os dois saldos da mesma conta corrente (último mês e mês corrente) sejam simultaneamente superiores
a R$ 1500,00, ou, se isso não for verdade, se pelo menos um deles for superior a R$ 1800,00. Caso nenhuma dessas
hipóteses ocorra, a célula correspondente deve ser preenchida com o texto NÃO.
Para isso, deve iniciar seu processo final de criação da planilha, preenchendo a célula D3 com determinada fórmula
para depois copiá-la para as células de D4 a D12. A fórmula que faz acontecer o que o funcionário deseja é:
18. (CESGRANRIO – 2014) A Intranet da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Intrans, é ganhadora da quinta
edição do Prêmio Intranet Portal, na categoria Colaboração. A ferramenta inovou em colaboração, integrando, desde
o ano passado, servidores e colaboradores da ANS. Por intermédio da Intrans, sugestões, críticas, notícias, eventos,
notas técnicas e normas, entre outros itens, são disponibilizados dia a dia dentro da ANS.
Intranets podem ser utilizadas para uma grande diversidade de serviços, que podem ser acessados por colaboradores
ou associados.
Para que um usuário tenha acesso a uma Intranet de uma empresa ou instituição, com um acesso seguro às informa-
ções críticas da instituição ou empresa, é necessário que esse usuário utilize:
a) Somente máquinas que estejam fisicamente localizadas dentro da mesma rede local da empresa.
b) Somente máquinas específicas que estejam fisicamente localizadas dentro da mesma rede local da empresa.
c) Somente máquinas que estejam dentro da mesma rede local ou dentro de uma rede diretamente conectada à rede
local da matriz da empresa.
d) Qualquer máquina localizada dentro do data center da empresa.
e) Qualquer máquina com acesso à Internet, fornecendo credenciais que permitam sua autenticação e acesso à Intranet
por uma conexão segura.
19. (CESGRANRIO – 2014) A figura a seguir exibe a caixa de diálogo Opções existente no Mozilla Firefox 27.0.1.
446
Em qual caixa de diálogo se encontra a opção que per-
mite limpar todos os dados de navegação?
ANOTAÇÕES
a) Avançado.
b) Conteúdo.
c) Geral.
d) Privacidade.
e) Sync.
9 GABARITO
1 E
2 E
3 C
4 D
5 D
6 E
7 E
8 D
9 C
10 C
11 E CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
12 A
13 A
14 E
15 A
16 E
17 D
18 E
19 D
20 C
447
ANOTAÇÕES
448
z Nível Operacional: Nível de execução da organi-
zação no intuito de realizar tarefas do dia a dia. A
figura encontrada é a do executor; procure guar-
dar a ideia da execução das tarefas nesse nível e
NÍVEIS ORGANIZACIONAIS
Operacional Execução
Não- Cuidado! Apesar de ser realizado pelo nível ins-
Administrativo
titucional, todos da organização estarão envolvidos.
Reflita sobre o seguinte: como ele é um planejamen-
to que se inicia lá no “topo”, ele vai descendo para
Agora, precisamos entender cada um deles:
os demais níveis e, por isso, há um envolvimento de
z Nível Estratégico: É o nível institucional, pois en- todos. É interessante, pois é aqui que tudo acontece:
globa toda a organização e, consequentemente, te- as decisões gerais da organização, escolhas das estra-
rá uma abordagem ampla no intuito de analisar tégias, a definição da missão, visão e dos valores ins-
a organização como um todo. O nível estratégico titucionais. Perceba como todos de uma certa forma
também pode ser chamado de alto ou global e, nes- acabam se envolvendo.
se nível, estão os altos executivos, diretores da or- Veja um exemplo de questão que abordou o assunto:
ganização. O tipo de planejamento é o estratégico,
que veremos mais para frente; (CESPE-CEBRASPE – 2011) Acerca de planejamento
estratégico, julgue o item a seguir.
Dica O planejamento deve sempre visar aos objetivos máxi-
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
mos da empresa.
Algumas palavras-chave para ter em mente
quando uma questão se referir ao nível estraté-
( ) CERTO ( ) ERRADO
gico: global, geral, todo, amplo, ambientes, inter-
no e externo, diretores, executivos, alto escalão,
A questão está certa porque o planejamento estra-
cúpula.
tégico é o geral/todo da organização e, portanto,
z Nível Tático: É o nível departamental ou setorial os objetivos também serão estratégicos. A banca
que se preocupa com o planejamento a médio pra- examinadora usou o termo “máximo”, tudo certo
zo e busca enfatizar a situações ocorridas na uni- e sem problemas, já que a ideia de ser um objetivo
dade gerencial. A figura visualizada nesse nível é amplo foi alcançado. Por enquanto, estamos trazen-
o gerente, e o destaque é fazer com que as pessoas do ideias relacionadas aos tipos de planejamento.
sejam bem lideradas, com o propósito de fazer fun- Mais para frente, trataremos de maneira específica
cionar o departamento da organização; do planejamento estratégico. 449
z Planejamento Tático: Visa criar plano a médio prazo e a sua abordagem é setorial ou departamental. Como
verificamos anteriormente, o nível intermediário é que se preocupa com o planejamento tático. Aqui, você
sempre avaliará da seguinte forma: o planejamento é feito por gerentes e coordenadores visando objetivos de
médio prazo, pois a abordagem é por unidade e setorial ou departamental;
z Planejamento Operacional: Já aqui, a abordagem é de execução, pois visa realizar as tarefas que ocorrem
na organização. Nesse caso, teremos a figura dos supervisores/executores estabelecendo os objetivos e metas
operacionais; vale lembrar que elas são mais minuciosas e detalhadas porque estão voltadas para uma tarefa
específica.
Novamente, mais um exemplo para entendermos como o tema já foi abordado em provas de concursos:
(CESPE-CEBRASPE – 2008) Um plano que abranja o procedimento de recepção de segurados do INSS e as programa-
ções de tempo de espera para cada caso, visando à melhoria da qualidade do serviço de atendimento, é exemplo de
planejamento estratégico.
A questão está errada. Veja só, o enunciado menciona “procedimento”, recepcionar segurados, preocupação com
tempo de espera e atendimento. Fica nítida a ideia de execução de uma tarefa e, portanto, o planejamento é ope-
racional. A questão não serve para fecharmos o bloco, nem para ilustrar sua banca examinadora, mas ajuda
para fixarmos melhor os conceitos relacionados aos temas abordados até aqui. Vamos seguindo em frente.
Agora que já temos uma noção dos tipos de planejamento, precisamos compreender as funções administra-
tivas. Se estamos tratando de noções de estratégia empresarial, devemos compreender como ocorre o processo
organizacional.
Dica
Processo Organizacional / Processo Administrativo (Administração): o mesmo que funções administrativas.
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
As funções da Administração são quatro: Planejamento, Organização, Direção e Controle. Vejamos a seguir
detalhadamente cada uma delas:
Planejamento
Visa definir os objetivos, metas e estratégias. Tem como foco reduzir as incertezas, pois trata de previsão do
futuro. Cuidado! Ele não elimina as incertezas, mas as reduz. O futuro é incerto e, portanto, nem sempre é possível
ter todas as informações e dados. Lembre-se de que quando tratamos de planejamento, é preciso coletar dados e
informações, pois são eles que dão sustentação para um bom planejamento.
Vamos aproveitar e verificar quais conceitos temos a respeito de objetivo, meta e estratégia, para compreender
melhor o planejamento:
z Objetivo: Tudo aquilo que se pretende alcançar ou onde se deseja chegar. Um bom exemplo de objetivo é “ser
aprovado no concurso público do Banco do Brasil”. O objetivo deve ser claro, concreto e necessita de prazo,
não importando se esse prazo será curto, médio ou longo;
z Meta: Também pode ser entendida como algo que se pretende alcançar, mas é mais minuciosa e detalhada em
comparação ao objetivo. Exemplo de meta: ser aprovado em primeiro lugar no concurso do Banco do Brasil.
Reparou em uma mudança aí? O termo “primeiro lugar” qualificou nosso objetivo. Essa é a ideia da meta, ser
mais minuciosa ou detalhada, trazer quantificação e qualificação do objetivo;
z Estratégias: São os caminhos, meios, métodos, para se chegar ao objetivo ou à meta e, para isso, a organização
necessitará fazer uma análise antes e aí sim escolher a melhor estratégia.
Agora que compreendemos alguns conceitos a respeito do planejamento, continuemos com outras funções
administrativas.
Organização
Essa função visa implementar, implantar e alocar os recursos da organização. Portanto, aquilo que foi plane-
450 jado precisa ser implantado e, para isso, a função organização tem como foco a distribuição e divisão do trabalho.
Direção ANÁLISE DE MERCADO
Desenvolvimento
Penetração
de Produto
Recursos
Desenvolvimento
Diversificação
de Mercado
Visão e
Clientes Processos
Estratégia
� Oportunidades � Oportunidades +
+ Fortalezas Fraquezas
Desenvolvimento Crescimento
Manutenção Sobrevivência
� Ameaças � Ameaças +
+ Fortalezas Fraquezas
Fonte: https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/sobre-nos/quem-
somos#/
Se tem algo importante para uma organização é A identidade tem como propósito dar uma per-
criar uma imagem institucional e fazer com que os sonalidade que seja única à organização e isso passa
stakeholders ao seu redor entendam o seu propósito. também pela sua missão, visão e seus valores. Mas vai
Stakeholder significa partes interessadas, ou seja, além, pois requer que o público seja capaz de guardar
todos que de alguma forma estão ligados ou relacio- facilmente as suas características, como logomarca,
nados com a organização. Exemplos: colaboradores, cores, produtos e serviços oferecidos.
gestores, acionistas, gerentes, consumidores, fornece- Se te perguntarmos qual é a cor predominante do
dores, governo e outros. Banco do Brasil, temos certeza absoluta de que você
já respondeu e até já lembrou da marca. Essa é a ideia
Dica de identidade e posicionamento. A organização visa
com isso ter características marcantes e personaliza-
Provavelmente, um sinônimo para stakeholder
das, assim as pessoas lembrarão facilmente quando
em uma prova de concurso seja atores ou clien-
precisarem de um produto ou serviço.
tes. Vale ressaltar o seguinte: o termo “cliente”
O Banco do Brasil já fez e continua fazendo gran-
é abrangente, pois entende-se como cliente o
des publicidades para se posicionar no mercado. Um
público externo e interno. exemplo é o marketing de 2007, no qual o Banco tro-
� Cliente interno: colaboradores, gerentes;
cou o nome da fachada “Banco do Brasil” por nome
� Cliente externo: consumidores, fornecedores.
de brasileiros, fazendo uma alusão interessante de
Talvez seja estranho pensar colaborador e for- que o banco é seu, meu e de todos nós. Essa estratégia
necedor como clientes, mas veja que a ideia é que deu o que falar, pois imagine passar em frente à
satisfazer as necessidades de todos, por isso agência e ver o seu nome lá estampado, por exemplo,
a concepção de que todos são clientes. Aliás, “Banco do Cristiano”.
quando uma organização compreende isso,
sem sombra de dúvidas estará conquistando a
excelência.
Níveis de Segmentação
dos pelos membros da organização. A cultura também
pode ser entendida como conjunto de crenças e valores. Segmento
Nicho
Importante!
O valor entregue ao cliente constitui a seguinte equação:
VEC = VT – CT
Em que VEC corresponde ao valor entregue ao cliente;
VT corresponde ao valor total;
CT corresponde ao custo total.
O valor entregue ao cliente é igual ao valor total para o cliente menos o custo total para o cliente. O valor total
para o cliente pode ser entendido como o conjunto de benefícios esperados pelo cliente, ou seja, a imagem, o valor
pessoal, o valor dos serviços, o próprio valor do produto e quaisquer outros benefícios que agreguem valor sob a
ótica do cliente.
Valor do Produto
Valor do Pessoal
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Valor da Imagem
Já o custo total vai além do monetário, como é o caso do custo de tempo. Quando necessitamos de adquirir um
bem ou serviço, calculamos o tempo que será gasto para isso. Um bom exemplo a ser citado é quando você fica na
fila do caixa do banco para pagar uma conta – situação na qual cinco minutos parecem uma eternidade. Agora,
se você tiver que aguardar duas horas ou mais para que o gerente do banco o(a) atenda, para que consiga um
financiamento imobiliário, você nem perceberá o tempo passar.
Outros custos levados em consideração são as energias psíquica e física. A primeira diz respeito ao gasto psi-
cológico para a tomada de decisão numa situação conflitante de escolhas e a segunda diz respeito ao gasto físico
para encontrar o produto/marca ideal, para suprir a sua necessidade. 455
É de suma importância fazer o que estiver ao
Monetário alcance, visando solucionar problemas sejam corri-
queiros ou inusitados.
O atendimento também procura ajudar o cliente
Tempo nos mais variados momentos de maneira sempre res-
Custo Total
peitosa com educação e cortesia. É preciso ter uma
escuta ativa, pois o cliente deseja, entre outras coisas,
atenção.
Energia Física Existem certos fatores que influenciam tanto na
expectativa do cliente como na experiência com a
organização. Vejamos:
Energia Psíquica
z Qualidade no local: Veja como o item é importan-
te, você chegar no destino/local e reparar como
Aqui, cabe-nos um questionamento: como é possí- todas as coisas estão no seu devido lugar. A orga-
vel aumentar o valor percebido pelo cliente? nização é um fator determinante, assim como
Pode-se, por exemplo: a limpeza e o ambiente arejado. É um fator tão
importante que podemos pegar como exemplo as
z Melhorar os benefícios do produto ou serviço: des- agências bancárias, normalmente bem organiza-
sa maneira, aumentará o valor total; das, arejadas e limpas. Isso fará com que você se
z Reduzir os cursos não monetários (tempo, ener- sinta bem no ambiente;
gias psíquica e física); z Experiência dos colaboradores: é outro fator
z Reduzir os custos monetários. importante dento dos aspectos que influenciam os
clientes, reparamos muito e é perceptível também;
É fato que a organização necessita de obter a z Desempenho: Nem sempre o colaborador terá a
satisfação do cliente. Para Hoffman e K. Douglas, tal experiência, mas você perceberá se ele está procu-
satisfação: rando ter o melhor desempenho possível e assim
entregar um atendimento de qualidade;
É alcançada quando suas percepções satisfazem ou z Organização no atendimento: Não tem coisa pior
excedem suas expectativas. A satisfação, propiciada você se deparar com um atendimento desorgani-
por um produto, serviço ou sentimento é função dire-
zado. Imagine a situação de chegar a uma agência
ta do desempenho percebido e das expectativas. Se o
bancária e não saber ao certo quando será atendi-
desempenho ficar distante das expectativas, o cliente
do ou simplesmente perceber situações de pessoas
ficará insatisfeito. Se atender às suas expectativas,
sendo atendidas primeiro, mesmo que tenham
ficará satisfeito. Se exceder às expectativas ficará
altamente satisfeito ou encantado. (2001, p. 28) chegado à agência depois de você;
z Opinião de outros clientes – Este é o item mais
Conforme se vê, não é tão simples conseguir tal relevante sobre a experiência que o cliente terá
feito. No entanto, é algo necessário no mundo dos com a organização. Normalmente, compramos ou
negócios. As organizações precisam concentrar-se nos deixamos de comprar pelo simples fato de ouvir o
clientes, em suas reais necessidades, sendo o seu foco que os outros têm a dizer sobre a organização.
total. Somente assim conseguirão alcançar a satisfa-
ção do cliente.
z O que é produto?
Pré-abordagem VENDA
Pontualidade
Universal Princípios e
Etiqueta Empresarial
Cultural e Costumes
Valores Comportamento
Prática, Mutável e
Teórica, Duradoura e
Influenciada pelo
Adquirida pelo estudo Vestimenta
meio
potencializar a perda de clientes, que normalmente bem mais prático. Afinal, no app do BB, você encontra
ocorrem por negligência em alguma área. essas e outras funcionalidades que não se limitam ao
No atendimento, as negligências são conhecidas básico do dia a dia.
como sete pecados capitais: Além de apostar nas facilidades do digital, estamos
sempre atentos à segurança dos nossos clientes. Por
z Apatia: Relacionada à indiferença no tratamento, isso, investimos na proteção dos seus dados por meio
sem demonstração de interesse;
de diferentes fatores de autenticação, como senhas,
z Má vontade: Falta de ação ou atitude por parte do
atendente; códigos e biometria, que são usados em canais espe-
z Frieza: Atendimento entendido como distante, cíficos. No caso do aplicativo, reforçamos a segurança
sem observar os desejos do cliente; incluindo a liberação e autenticação do aparelho no
z Desdém: Quando o atendente demonstra um “ar” de qual o app será instalado e utilizado. Também faze-
superioridade e trata o cliente com certo desprezo; mos questão de manter os nossos clientes orientados
z Robotismo: Atendimento engessado; para que façam a instalação do programa correto.” 463
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
E SUA RELAÇÃO COM VENDAS E Relacionamento Negociação Venda
NEGOCIAÇÃO
O comportamento do consumidor pode ser com-
preendido como um estudo que tem como objetivo
analisar os sentimentos e as percepções que direcio-
nam o possível cliente a comprar. As decisões toma- POLÍTICA DE RELACIONAMENTO COM
das pelo cliente baseiam-se nessas duas situações
(sentimentos e percepções). Portanto, é crucial que a
O CLIENTE
organização seja efetiva e saiba lidar com as dificul- RESOLUÇÃO N° 4.539 DE 24 DE NOVEMBRO DE
dades do dia a dia. Podemos entender esse processo 2016
como uma jornada, avançando um passo de cada vez
para fazer com que o cliente tome a decisão de adqui- Inicialmente, cabe destacar que o Banco Central do
rir o produto ou o serviço. Brasil – BACEN –, de acordo com o seu endereço ele-
Os gestores devem, por meio da gestão estratégica trônico institucional, é o guardião dos valores do Bra-
e do marketing, estudar o comportamento dos clien- sil. Ele constitui uma autarquia de natureza especial
tes ou potenciais clientes. O propósito é compreender criada pela Lei nº 4.595/1964 e com autonomia estabe-
possíveis mudanças e, consequentemente, nivelar as lecida pela Lei Complementar nº 179/2021.
ações de vendas para que o cliente continue compran- Como o BACEN é uma autarquia, pode-se dizer que
do da organização. ela possui autonomia nas suas funções, não sendo
subordinada a nenhum outro órgão público. Ela pos-
O comportamento de compra complexo envolve sui diversas atribuições, como a de responsabilidade
um processo de três etapas. Primeiro, o comprador pela estabilidade da economia brasileira e a de regula-
desenvolve crenças sobre o produto. Segundo, ele mentação do sistema financeiro brasileiro1.
desenvolve atitudes sobre o produto. Terceiro, ele A Resolução em estudo dispõe acerca dos prin-
faz uma escolha refletida. (KOTLER, 2000, p. 199). cípios e da política institucional de relacionamento
entre clientes e usuários de produtos e de serviços
Há todo um processo envolvido e, para garantir o financeiros, sendo, por isso, de suma importância
sucesso, é preciso usar certas etapas para fazer com para o concurso almejado. Para o estudo da mesma, é
que o cliente crie uma relação com o processo de ven- bom que o leitor tenha contato com a legislação pura,
das e negociação. pois as bancas costumam cobrar a literalidade da lei.
Deve-se, primeiramente, fazer com que o clien- O art. 1º, da Resolução nº 4.539/2016, dispõe sobre
te perceba a existência de um problema (às vezes, o relacionamento entre clientes e usuários. Vejamos:
o cliente desconhece o seu próprio problema). Após
o reconhecimento, é preciso que a área de vendas e Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre princípios
a serem observados no relacionamento com
negociação desenvolva um trabalho capaz de mostrar
clientes e usuários e sobre a elaboração e imple-
que a organização solucionará o problema. Quando já
mentação de política institucional de relaciona-
se tem a consideração da solução, entra-se na fase de
mento com clientes e usuários de produtos e de
ativar gatilhos mentais, como urgência e exclusivida- serviços pelas instituições financeiras e demais ins-
de. Por fim, vem a decisão de compra, pois o cliente já tituições autorizadas a funcionar pelo Banco Cen-
compreende o seu próprio problema e também que tral do Brasil.
existe uma solução; agora, cabe às vendas e à negocia- § 1º O disposto nesta Resolução não se aplica às
ção oferecer o produto ou serviço que atenda a essa administradoras de consórcio e às instituições de
necessidade. pagamento, que devem seguir as normas editadas
O que fará um cliente fechar com uma organiza- pelo Banco Central do Brasil no exercício de sua
ção ou outra é a diferenciação, ou seja, entregar algo competência legal.
que realmente agregue valor, buscando sempre o § 2º Para efeito desta Resolução, o relacionamento
dinamismo nas ações e enfatizando o relacionamento com clientes e usuários abrange as fases de pré-
interpessoal entre vendedores e clientes. -contratação, de contratação e de pós-contratação
de produtos e de serviços.
Vínculos sociais e a amizade recíproca entre com-
pradores e vendedores têm um resultado favorável Pela leitura do dispositivo, podemos identificar
para as empresas de venda, tanto no lado financeiro, que a Resolução estipula que a relação entre clientes e
quanto na confiança com cliente, no compromisso e usuários deve ser pautada em princípios norteadores.
na cooperação nos negócios, sendo importante um Esses princípios estão dispostos no art. 2º dessa Reso-
bom atendimento ao cliente. (DURZET, 2007, p. 98). lução. Vejamos:
Podemos perceber que a venda vai depender do Art. 2º As instituições de que trata o art. 1º, no rela-
relacionamento que ocorre entre os dois (cliente e cionamento com clientes e usuários de produtos e
vendedor); por isso, o vendedor deve demonstrar de serviços, devem conduzir suas atividades com
empatia, saber ouvir, ter boa capacidade de se rela- observância de princípios de ética, responsabili-
cionar com as pessoas, aparentar-se bem e possuir dade, transparência e diligência, propiciando
excelente capacidade de negociação. Além disso, pre- a convergência de interesses e a consolidação de
cisa conhecer bem o produto ou serviço que negocia e imagem institucional de credibilidade, segurança
saber lidar com todos os tipos de emoções. e competência.
1 BONA, André. BACEN: o que é e o que faz o Banco Central do Brasil? Disponível em: https://andrebona.com.br/bacen-o-que-e-e-o-que-faz-o-
464 banco-central-do-brasil/. Acesso em: 24 jun. 2021.
I - ser aprovada pelo conselho de administração ou,
Ética
na sua ausência, pela diretoria da instituição;
II - ser objeto de avaliação periódica;
Responsabilidade III - definir papéis e responsabilidades no âmbito da
instituição;
IV - ser compatível com a natureza da instituição e
Transparência com o perfil de clientes e usuários, bem como com
Princípios
as demais políticas instituídas;
Diligência V - prever programa de treinamento de empregados e
prestadores de serviços que desempenhem atividades
afetas ao relacionamento com clientes e usuários;
Segurança VI - prever a disseminação interna de suas disposições; e
VII - ser formalizada em documento específico.
§ 2º Admite-se que a política de que trata o caput
Competência
seja unificada por:
I - conglomerado; ou
II - sistema cooperativo de crédito.
Não obstante a necessidade de observação dos § 3º As instituições que não constituírem política
princípios presentes no art. 2º, o art. 3º aponta outras própria em decorrência da faculdade prevista no §
providências que devem ser observadas e garantidas. 2º devem formalizar a decisão em reunião do con-
Vejamos: selho de administração ou da diretoria.
§ 4º O documento de que trata o inciso VII do § 1º deve
Art. 3º A observância do disposto no art. 2º requer, ser mantido à disposição do Banco Central do Brasil.
entre outras, as seguintes providências:
I - promover cultura organizacional que incenti- Por sua vez, o art. 5º dispõe sobre o gerenciamento
ve relacionamento cooperativo e equilibrado da Política Institucional mencionada no artigo anterior.
com clientes e usuários;
II - dispensar tratamento justo e equitativo a Art. 5º As instituições devem assegurar a consis-
clientes e usuários; e tência de rotinas e de procedimentos operacionais
III - assegurar a conformidade e a legitimidade afetos ao relacionamento com clientes e usuários,
de produtos e de serviços. bem como sua adequação à política institucional
Parágrafo único. O tratamento justo e equitativo a de relacionamento de que trata o art. 4º, inclusive
clientes e usuários de que trata o inciso II do caput quanto aos seguintes aspectos:
abrange, inclusive: I - concepção de produtos e de serviços;
I - a prestação de informações a clientes e II - oferta, recomendação, contratação ou distribui-
usuários de forma clara e precisa, a respeito de ção de produtos ou serviços;
produtos e serviços; III - requisitos de segurança afetos a produtos e a
II - o atendimento a demandas de clientes e usuá- serviços;
rios de forma tempestiva; e IV - cobrança de tarifas em decorrência da presta-
III - a inexistência de barreiras, critérios ou proce- ção de serviços;
dimentos desarrazoados para a extinção da rela- V - divulgação e publicidade de produtos e de serviços;
ção contratual relativa a produtos e serviços, bem VI - coleta, tratamento e manutenção de informa-
como para a transferência de relacionamento para ções dos clientes em bases de dados;
outra instituição, a pedido do cliente. VII - gestão do atendimento prestado a clientes e usuá-
rios, inclusive o registro e o tratamento de demandas;
VIII - mediação de conflitos;
IX - sistemática de cobrança em caso de inadimple-
mento de obrigações contratadas;
Importante! X - extinção da relação contratual relativa a produ-
O inciso II, do art. 3º, aponta que as demandas tos e serviços;
de clientes e usuários deverão ser atendidas XI - liquidação antecipada de dívidas ou de obrigações;
de forma tempestiva. Esse tema é polêmico XII - transferência de relacionamento para outra
instituição, a pedido do cliente; e
e está relacionado à “Lei da fila” (Lei Estadual
XIII - eventuais sistemas de metas e incentivos
7.878/99), a qual regulamenta o tempo de espe- ao desempenho de empregados e de terceiros que
ra pelos atendimentos. A Resolução em estudo atuem em seu nome.
não faz menção ao horário e tempo de atendi- § 1º Com relação ao disposto nos incisos I e II do
mento, mas dispõe que ele deve ser realizado de caput, e em observância ao art. 3º, parágrafo único,
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
rios de produtos e serviços País, bem como nos respectivos sítios eletrônicos
na internet, acessível pela sua página inicial;
II - prestar esclarecimentos aos demandantes acerca b) informado nos extratos, comprovantes, inclusive
do andamento das demandas, informando o prazo pre- eletrônicos, contratos, materiais de propaganda e
visto para resposta de publicidade e demais documentos que se desti-
nem aos clientes e usuários; e
III - encaminhar resposta conclusiva para a demanda c) inserido e mantido permanentemente atua-
no prazo previsto lizado em sistema de registro de informações
do Banco Central do Brasil.
IV - manter o conselho de administração, ou, na sua
Parágrafo único. As informações relativas às
ausência, a diretoria da instituição, informado sobre os
demandas recebidas pela ouvidoria devem perma-
problemas e deficiências detectados no cumprimento
necer registradas no sistema mencionado no inci-
de suas atribuições e sobre o resultado das medidas
so I pelo prazo mínimo de cinco anos, contados da
adotadas pelos administradores para solucioná-los
data da protocolização da ocorrência. 467
O capítulo V trata das exigências formais que ver- § 3º Nas situações em que o ouvidor desempenhe outra
sam sobre as ouvidorias e engloba pontos específi- atividade na instituição, essa atividade não pode con-
cos, como formulação do estatuto ou contrato social, figurar conflito de interesses ou de atribuições.
designação de responsáveis, designação de nomes do Art. 10. Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos I,
ouvidor, entre outras disposições. Neste momento, é III e IV, o ouvidor deve:
importante o contato com a legislação pura, vez que, I - responder por todas as instituições que compar-
usualmente, as bancas cobram a literalidade da lei. tilharem a ouvidoria; e
II - integrar os quadros da instituição que constituir
Realizamos destaques na legislação para que tornem
a ouvidoria.
a leitura mais fluida e de fácil memorização:
Para auxiliar seu entendimento, vejamos esque-
Art. 8º O estatuto ou o contrato social, conforme a maticamente o disposto no art. 10, incluindo os incisos
natureza jurídica da sociedade, deve dispor, de for- do art. 5º mencionados:
ma expressa, sobre os seguintes aspectos:
I - a finalidade, as atribuições e as atividades Ouvidor deve:
da ouvidoria;
II - os critérios de designação e de destituição do z I - a instituição integrante de conglomerado com-
ouvidor; posto por pelo menos duas instituições autoriza-
III - o tempo de duração do mandato do ouvi- das a funcionar pelo Banco Central do Brasil pode
dor, fixado em meses; e compartilhar a ouvidoria constituída em qualquer
IV - o compromisso formal no sentido de: das instituições;
a) criar condições adequadas para o funcionamen- z III - a cooperativa singular de crédito filiada à coo-
to da ouvidoria, bem como para que sua atuação perativa central pode compartilhar a ouvidoria
seja pautada pela transparência, independên- constituída na respectiva cooperativa central, con-
cia, imparcialidade e isenção; e federação de cooperativas de crédito ou branco do
b) assegurar o acesso da ouvidoria às informa- sistema cooperativo;
ções necessárias para a elaboração de resposta z IV - a cooperativa singular de credito não filiada
adequada às demandas recebidas, com total apoio z à cooperativa central pode compartilhar a ouvi-
administrativo, podendo requisitar informações e doria constituída em cooperativa central, federa-
documentos para o exercício de suas atividades no ção de cooperativas de crédito, confederação de
cumprimento de suas atribuições. cooperativas de crédito ou associação de classe da
§ 1º Os aspectos mencionados no caput devem ser categoria:
incluídos no estatuto ou no contrato social na pri-
meira alteração que ocorrer após a constituição da I - responder por todas as instituições que com-
ouvidoria. partilharem a ouvidoria;
§ 2º As alterações estatutárias ou contratuais exigi- II - integrar os quadros da instituição que cons-
das por esta Resolução relativas às instituições que tituir a ouvidoria.
optarem pela faculdade prevista no art. 5º, incisos
Art. 11 Para cumprimento do disposto no caput do
I e III, podem ser promovidas somente pela institui-
art. 9º, nas hipóteses previstas no art. 5º, inciso II,
ção que constituir a ouvidoria.
as instituições referidas no art. 2º devem:
§ 3º As instituições que não constituírem ouvidoria
I - designar perante o Banco Central do Brasil ape-
própria em decorrência da faculdade prevista no
nas o nome do respectivo diretor responsável pela
art. 5º, incisos II e IV, devem ratificar a decisão na
ouvidoria; e
primeira assembleia geral ou na primeira reunião
de diretoria realizada após tal decisão. II - informar o nome do ouvidor, que deverá ser o do
ouvidor da associação de classe, da bolsa de valo-
res, da bolsa de mercadorias e futuros ou da bolsa
Retomando novamente o conceito e as instituições de valores e de mercadorias e futuros, ou da entida-
referidas no art. 2º (instituições autorizadas a funcio- de ou empresa que constituir a ouvidoria.
nar pelo Banco Central do Brasil que tenham clientes
pessoas naturais, inclusive empresários individuais, Por fim, o capítulo VI trata da prestação de informa-
ou pessoas jurídicas classificadas como microempre- ções e formas de divulgação das atividades desenvolvidas:
sas e empresas de pequeno porte), o art. 9º dita que
essas instituições deverão designar os nomes do ouvi- Art. 12 O diretor responsável pela ouvidoria deve
dor e do direito responsável pela ouvidoria: elaborar relatório semestral quantitativo e
qualitativo referente às atividades desenvolvidas
Art. 9º As instituições referidas no art. 2º devem desig- pela ouvidoria, nas datas-base de 30 de junho e 31
nar perante o Banco Central do Brasil os nomes do de dezembro.
ouvidor e do diretor responsável pela ouvidoria. Parágrafo único. O relatório de que trata o caput
§ 1º O diretor responsável pela ouvidoria pode deve ser encaminhado à auditoria interna, ao comi-
desempenhar outras funções na instituição, tê de auditoria, quando constituído, e ao conselho
inclusive a de ouvidor, exceto a de diretor de admi- de administração ou, na sua ausência, à diretoria
nistração de recursos de terceiros. da instituição.
§ 2º Nos casos dos bancos comerciais, bancos múl- Art. 13 As instituições referidas no art. 2º devem
tiplos, caixas econômicas, sociedades de crédito, divulgar semestralmente, nos respectivos sítios
financiamento e investimento, associações de pou- eletrônicos na internet, as informações relativas às
pança e empréstimo e sociedades de arrendamento atividades desenvolvidas pela ouvidoria, inclusi-
mercantil que realizem operações de arrendamento ve os dados relativos à avaliação direta da quali-
mercantil financeiro, que estejam sujeitos à obri- dade do atendimento de que trata o art. 16.
gatoriedade de constituição de comitê de audito- Art. 14 O Banco Central do Brasil poderá estabele-
ria, na forma da regulamentação, o ouvidor não cer o conteúdo, a forma, a periodicidade e o prazo
poderá desempenhar outra função, exceto a de de remessa de dados e de informações relativos às
468 diretor responsável pela ouvidoria. atividades da ouvidoria.
A avaliação direta da qualidade do atendimento mencionada no art. 13 é uma ferramenta de satisfação dos
usuários e clientes, que avaliam o atendimento prestado pela ouvidoria.
Seguindo o estudo da Resolução CMN nº 4.860/2020, o capítulo VII trata da certificação, ou seja, ocorrerá um exa-
me de certificação para que os integrantes da ouvidoria que realizam as atividades do art. 6º desta Resolução sejam
considerados aptos. Acompanhe a seguir:
Art. 15 As instituições referidas no art. 2º devem adotar providências para que os integrantes da ouvidoria que
realizem as atividades mencionadas no art. 6º sejam considerados aptos em exame de certificação organizado por
entidade de reconhecida capacidade técnica.
§ 1º O exame de certificação deve abranger, no mínimo, temas relativos à ética, aos direitos do consumidor e à
mediação de conflitos.
§ 2º A designação de integrantes da ouvidoria referidos no caput fica condicionada à comprovação de aptidão no
exame de certificação, além do atendimento às demais exigências desta Resolução.
§ 3º As instituições referidas no caput devem assegurar a capacitação permanente dos integrantes da ouvidoria em rela-
ção aos temas mencionados no § 1º.
§ 4º O diretor responsável pela ouvidoria sujeita-se à formalidade prevista no caput, caso exerça a função de ouvidor.
§ 5º Nas hipóteses previstas no art. 5º, incisos II e IV, aplica-se o disposto neste artigo aos integrantes da ouvidoria da
associação de classe, entidade ou empresa que realize as atividades mencionadas no art. 6º.
O capítulo VIII, por sua vez, traz a necessidade de avaliação direta da qualidade do atendimento prestado pela
ouvidoria. Esse assunto já foi brevemente abordado quando tratamos do art. 13. Observe como será realizada a
avaliação direta de qualidade:
Art. 16 As instituições referidas no art. 2º devem implementar instrumento de avaliação direta da qualidade do
atendimento prestado pela ouvidoria a clientes e usuários.
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se somente aos bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investi-
mento, caixas econômicas e sociedades de crédito, financiamento e investimento.
Bancos
comerciais
Bancos
Múltiplos
Bancos de
investimento
Avaliação de Quali-
dade do Atendimento Caixa
Prestado pela Ouvido- econômicas
ria Aplica-se a
Sociedades
de crédito
Sociedades de
Financiamento
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Sociedades de
Investimento
Art. 17 A avaliação direta da qualidade do atendimento de que trata o art. 16 deve ser:
I - estruturada de forma a obter notas entre 1 e 5, sendo 1 o nível de satisfação mais baixo e 5 o nível de satisfação
mais alto;
II - disponibilizada ao cliente ou usuário em até um dia útil após o encaminhamento da resposta conclusiva
de que trata o art. 6º, inciso III, e § 2º; e
III - concluída em até cinco dias úteis após o prazo de que trata o inciso II.
Art. 18 Os dados relativos à avaliação mencionada no art. 16 devem ser:
I - armazenados de forma eletrônica, em ordem cronológica, permanecendo à disposição do Banco Central do Bra-
sil pelo prazo de cinco anos, contados da data da avaliação realizada pelo cliente ou usuário; e
469
II - remetidos ao Banco Central do Brasil, na depósitos ou de conta de pagamento, deve ser forne-
forma por ele definida. cido também prospecto de informações essenciais,
explicitando, no mínimo, as regras básicas, os ris-
As disposições finais da Resolução CMN nº cos existentes, os procedimentos para contratação
4.860/2020 estão inseridas no capítulo IX. Podemos des- e para rescisão, as medidas de segurança, inclusive
tacar as seguintes informações: em caso de perda, furto ou roubo de credenciais, e
a periodicidade e forma de atualização pelo cliente
z O relatório e a documentação, bem como a gra-
de seus dados cadastrais.
vação telefônica do atendimento realizado pelas
ouvidorias, deverão permanecer à disposição do IV - o fornecimento tempestivo ao cliente ou usuá-
Bacen pelo prazo mínimo de 5 anos; rio de contratos, recibos, extratos, comprovantes e
z O número de telefone da ouvidoria, os dados do outros documentos relativos a operações e a serviços;
diretor responsável e os dados do ouvidor deve- V - a utilização de redação clara, objetiva e ade-
rão ser inseridos e mantidos permanentemente quada à natureza e à complexidade da opera-
atualizados em sistema de registro de informa- ção ou do serviço, em contratos, recibos, extratos,
ções do Banco Central do Brasil. comprovantes e documentos destinados ao público,
de forma a permitir o entendimento do conteúdo e
Art. 20 O número do telefone para acesso gratuito a identificação de prazos, valores, encargos, multas,
à ouvidoria e os dados relativos ao diretor respon- datas, locais e demais condições;
sável pela ouvidoria e ao ouvidor devem ser inseri- VI - a possibilidade de tempestivo cancelamento de
dos e mantidos permanentemente atualizados em contratos;
sistema de registro de informações do Banco Cen- VII - a formalização de título adequado estipulan-
tral do Brasil. do direitos e obrigações para abertura, utilização e
Parágrafo único. O disposto no caput deve ser manutenção de conta de pagamento pós-paga;
observado, inclusive, pela instituição que não cons- VIII - o encaminhamento de instrumento de
tituir componente de ouvidoria próprio em decor- pagamento ao domicílio do cliente ou usuário
rência da faculdade prevista no art. 5º. ou a sua habilitação somente em decorrência de
Art. 21 O Banco Central do Brasil poderá adotar as sua expressa solicitação ou autorização;
medidas necessárias à execução do disposto nesta IX - a identificação dos usuários finais benefi-
Resolução.
ciários de pagamento ou transferência em demons-
trativos e faturas do pagador, inclusive nas situações
em que o serviço de pagamento envolver instituições
participantes de diferentes arranjos de pagamento.
RESOLUÇÃO CMN Nº 3.694/2009 E
O art. 2º trata da regularização da publicidade das
ALTERAÇÕES
informações prestadas pelas instituições financeiras e
Por se tratar de um ato normativo extremamente instituições autorizadas a funcionar segundo o Bacen.
reduzido e com uma alta probabilidade de – se inci- Art. 2º As instituições referidas no art. 1º devem
dente em sua prova – ser cobrada a letra seca do texto, divulgar, em suas dependências e nas dependên-
abordaremos em sua totalidade os dispositivos expos-
cias dos estabelecimentos onde seus produtos são
tos para um estudo completo.
ofertados, em local visível e em formato legível,
Esta resolução disporá sobre a prevenção de riscos
informações relativas a situações que impliquem
na contratação de operações e na prestação de serviços
recusa à realização de pagamentos ou à recep-
por parte de instituições financeiras e demais instituições
ção de cheques, fichas de compensação, docu-
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
mentos, inclusive de cobrança, contas e outros.
As instituições financeiras, bem como as autoriza-
das a funcionar pelo Bacen, deverão assegurar algu- Por fim, o art. 3º traz a sistemática quanto às veda-
mas garantias, as quais encontram-se elencadas nos ções impostas a essas instituições. Vejamos:
incisos do art. 1º:
Art. 3º É vedado às instituições referidas no art. 1º
I - a adequação dos produtos e serviços oferta- recusar ou dificultar, aos clientes e usuários de
dos ou recomendados às necessidades, interesses e seus produtos e serviços, o acesso aos canais de
objetivos dos clientes e usuários; atendimento convencionais, inclusive guichês de
II - a integridade, a confiabilidade, a segurança e o caixa, mesmo na hipótese de oferecer atendimento
sigilo das transações realizadas, bem como a legi-
alternativo ou eletrônico.
timidade das operações contratadas e dos serviços
§ 1º O disposto no caput não se aplica às depen-
prestados;
III - a prestação das informações necessárias dências exclusivamente eletrônicas nem à pres-
à livre escolha e à tomada de decisões por par- tação de serviços de cobrança e de recebimento
te de clientes e usuários, explicitando, inclusive, decorrentes de contratos ou convênios que preve-
direitos e deveres, responsabilidades, custos ou jam canais de atendimento específicos.
ônus, penalidades e eventuais riscos existentes na § 2º A opção pela prestação de serviços por meios
execução de operações e na prestação de serviços; alternativos aos convencionais é admitida des-
de que adotadas as medidas necessárias para
É importante ressaltar que, a relação do inciso preservar a integridade, a confiabilidade, a seguran-
supracitado com o § único do art. 1º: ça e o sigilo das transações realizadas, assim como
a legitimidade dos serviços prestados, em face dos
Parágrafo único. Para fins do cumprimento do dis- direitos dos clientes e dos usuários, devendo as insti-
470 posto no inciso III, no caso de abertura de conta de tuições informá-los dos riscos existentes.
Antes de iniciar nosso estudo, é preciso ter em men-
LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO DA te que, para melhor compreender a Lei nº 13.146/2015,
PESSOA COM DEFICIÊNCIA (ESTATUTO é primordial entender sua estrutura e identificar as
ideias mais importantes da legislação, uma vez que as
DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA) bancas tendem a cobrar o que se denomina “literalidade
das ideias”, ou seja, os pontos principais de cada artigo
LEI Nº 13.146, DE 06 DE JULHO DE 2015 com base em sua estrutura, não havendo, para tanto, a
necessidade de decorá-los. Considerando os concursos
A proteção dos direitos das pessoas com deficiên- anteriores, o estudo deve ter especial atenção à parte
cia, tanto no Brasil como no mundo, é algo bem recen- relativa aos crimes e infrações administrativas por ser
te. Na realidade, a preocupação da sociedade com essa esse o ponto mais cobrado pelas bancas examinadoras.
parcela da população faz parte de um discurso atual, Feitas essas considerações iniciais, bons estudos!
resultado da forma como essas pessoas passaram a
ser percebidas. NOÇÕES SOBRE O DIREITO DA PESSOA COM
É possível visualizar, ao longo da história, que as pes- DEFICIÊNCIA
soas com deficiência foram encaradas de quatro modos A Lei nº 13.146/2015 é dividida em duas partes:
diferentes, conforme cada período temporal. A primeira geral e especial. A parte geral tem, como base, os
fase foi a de intolerância em relação às pessoas com defi- princípios da Convenção sobre os Direitos das Pes-
ciência, pois simbolizavam a impureza, o pecado, ou, até soas com Deficiência, disciplinando, além desses, os
mesmo, o castigo divino. A segunda foi a fase marcada direitos fundamentais das pessoas com deficiência.
pela invisibilidade das pessoas com deficiência. Dela, Já a parte especial é composta dos meios de proteção,
decorreu a terceira fase, marcada pelo assistencialismo quais sejam: o acesso à Justiça e reconhecimento igual
e pautada na perspectiva médica e biológica de que a perante à lei e aos crimes e infrações administrativas.
deficiência era uma patologia e, como tal, deveria ser
curada. Por fim, a quarta fase voltou-se para os direitos
humanos, despontando os direitos à inclusão social, com Lei nº 13.146/2015
ênfase na relação da pessoa com deficiência e do meio
em que ela está inserida.
Até mesmo a forma de se referir a estas pessoas é
fruto de uma construção histórica. A partir de 1993,
a nomenclatura mudou para portadores de necessi- Parte geral
Parte especial
dades especiais, pessoas com necessidades especiais,
princípios e direitos
pessoas especiais, portadores de direitos especiais ou meio de proteção
fundamentais
pessoas com deficiência.
Como consequência dessas mudanças no modo de
ver/encarar a pessoa com deficiência, surgiu o dever Iniciando pela parte geral, os artigos de 1º a 3º da
de eliminar os obstáculos que pudessem impedir o mencionada Lei introduzem o tema, estabelecendo
pleno exercício de seus direitos, de modo a possibili- suas disposições gerais. De acordo com o artigo 1º, o
tar o desenvolvimento de suas potencialidades, com objetivo da legislação é assegurar e promover o exer-
autonomia e participação. cício dos direitos e das liberdades fundamentais da
Neste contexto, iniciou-se um sistema de proteção pessoa com deficiência em iguais condições com os
internacional, exigindo dos Estados um tratamento demais, de modo a garantir sua inclusão social e cida-
especializado para proteção aos direitos das pessoas dania. Seu parágrafo único deixa claro que a Lei nº
com deficiência. Entre os instrumentos de proteção 13.146/2015 decorre da Convenção (juntamente com
realizados, encontra-se a Convenção sobre os Direi- seus protocolos), sendo incorporada no ordenamento
tos das Pessoas com Deficiência de 2006. O texto desta jurídico brasileiro com status de Emenda Constitucio-
convenção foi assinado no ano de 2007 e incorporado nal, conforme explanado.
ao ordenamento jurídico brasileiro no ano de 2009 O artigo 2º preocupou-se em dar o conceito de pes-
pelo Decreto nº 6.949. soa com deficiência. Em termos gerais, considera-se
A importância do Decreto nº 6.949/2009 é imensa, pessoa com deficiência aquela que possui impedi-
uma vez que ele foi o primeiro tratado internacional mento de longo prazo, sendo este de natureza física,
de direitos humanos a adotar a norma do artigo 5º, § mental, intelectual ou sensorial, que pode, de algu-
3º, da Constituição Federal, ou seja, a seguir o mesmo ma forma, causar barreiras ou obstruir sua partici-
rito de aprovação cabível para as emendas constitu- pação plena e efetiva na sociedade em igualdades
cionais (aprovação em cada Casa do Congresso Nacio- de condições com as demais pessoas.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
As residências inclusivas têm caráter de assistência para aquelas pessoas com deficiência que são dependen-
tes, porém não possuem vínculos familiares capazes de lhes dar suporte.
z Moradia para a vida independente da pessoa com deficiência: moradia com estruturas adequadas capazes de
proporcionar serviços de apoio coletivos e individualizados que respeitem e ampliem o grau de autonomia de jovens
e adultos com deficiência.
Diferentemente da residência inclusiva, a moradia proporciona serviços de apoio ao deficiente que ampliarão
o seu grau de autonomia.
z Atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem remuneração, assiste ou presta cuida-
dos básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exercício de suas atividades diárias, excluídas as técnicas ou
os procedimentos identificados com profissões legalmente estabelecidas.
z Profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante
com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis e modali-
dades de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados com
profissões legalmente estabelecidas.
z Acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de
atendente pessoal.
Distinção
Restrição
Exclusão
Importante esclarecer que a igualdade trazida pela Lei nº 13.146/2015 não é impositiva, ou seja, as ações afirma-
tivas constante da Lei não são obrigatórias às pessoas com deficiência, pois, se elas não quiserem se beneficiar dos
direitos elencados, não serão obrigadas. Por exemplo: a pessoa com deficiência não é obrigada a se inscrever para
as vagas reservadas, podendo concorrer às vagas de ampla concorrência se assim desejar.
O artigo 5º, por vez, trata da proteção da pessoa com deficiência, de modo a afastar toda forma de tortura ou
outro mecanismo de redução da dignidade da pessoa humana ao assegurar a proteção contra negligência, discri-
minação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou degradante. Seu parágra-
fo único traz um importante conceito: especialmente vulneráveis. Considerando que a pessoa com deficiência
473
já é vulnerável e, por esta razão, merece a proteção Os artigos 10 ao 78 traçam os direitos das pessoas com
especial, maior deve ser a proteção das crianças, deficiência e são eles que vamos estudar neste momento:
adolescentes, mulheres e idosos quando estes pos-
suem deficiência.
Importante é, também, o artigo 6º da Lei, que con- Vida
cedeu às pessoas com deficiência plena capacidade Habitação e
para o exercício de seus direitos, inclusive para: Reabilitação
z casar ou constituir união estável; Saúde
z exercer direitos sexuais e reprodutivos;
z exercer o direito de decidir sobre o número de
Educação
filhos e de ter acesso a informações adequadas
sobre reprodução e planejamento familiar;
z conservar sua fertilidade, sendo proibida a esteri- Moradia
lização compulsória;
z exercer o direito à família e à convivência familiar Direitos Trabalho
Fundamentais
e comunitária;
z exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à Assistência Social
adoção, como adotante ou adotando, em igualdade
de oportunidades com as demais pessoas.
Previdência Social
Até a entrada em vigor da Lei nº 13.146/2015, as Cultura, esporte,
pessoas com deficiência eram tidas, em regra, como turismo e lazer
absoluta ou relativamente incapazes pelo Código
Civil. Atualmente, a regra é que elas são plenamente Transporte
capazes, só sendo consideradas relativamente inca-
pazes se, por causa transitória ou permanente, não
Mobilidade
puderem exprimir sua vontade.
O artigo 7º trouxe o dever de vigilância geral apli-
cável a todas as pessoas. Em decorrência dele, podem O direito à vida encontra-se previsto nos arti-
comunicar às autoridades qualquer tipo de ameaça gos 10 ao 13 da Lei nº 13.146/2015 e dele decorrem
ou violação aos direitos da pessoa com deficiência. os demais direitos, pois, sem a vida, não existiria
Ressalta-se que seu parágrafo único dispõe que, uma nenhum outro. O direito à vida é inviolável, sendo,
vez verificado pelos juízes e tribunais ofensa à Lei, o inclusive, garantido constitucionalmente a todas as
Ministério Público deve ser informado para que adote pessoas. Por conseguinte, a pessoa com deficiência
as providências para o devido cumprimento da Lei, tem o direito de lutar pela sua vida, competindo ao
inclusive na forma penal. Estado o dever de adotar toda e qualquer medida para
O artigo 8º estabelece que é dever Estado, da assegurar seu pleno exercício.
sociedade e da família assegurar a efetivação dos Importante assinalar que a pessoa com deficiência
direitos das pessoas com deficiência. não é obrigada a ser submetida a qualquer espécie
Encerrando a parte relativa à igualdade, o 9º dis- de tratamento ou intervenção forçada, haja vista que
põe sobre o atendimento prioritário, com as finali- é indispensável seu livre consentimento para a rea-
dades de: lização de qualquer procedimento, exceto nos casos
de atendimento de emergência em saúde e risco de
z proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; morte e nos casos em que se encontra impossibilitada
z atendimento em todas as instituições e serviços de de manifestar a sua vontade. Por possui curador, este
atendimento ao público; supre o seu consentimento (aplica-se apenas às pes-
z disponibilização de recursos, tanto humanos soas submetidas ao instituto da Curatela).
quanto tecnológicos, que garantam atendimento Verifica-se, ainda, que compete ao Poder Público
em igualdade de condições com as demais pessoas; a proteção das pessoas com deficiência em situações
z disponibilização de pontos de parada, estações e de vulnerabilidade, em especial, aquelas em situações
terminais acessíveis de transporte coletivo de pas- de risco, como nos casos de estado de emergência ou
sageiros e garantia de segurança no embarque e calamidade pública.
no desembarque; O direito à habilitação e reabilitação está dis-
z acesso a informações e disponibilização de recur- ciplinado nos artigos 14 ao 17, dizendo respeito à
sos de comunicação acessíveis; garantia de se adotar medidas que promovam a recu-
z recebimento de restituição de imposto de renda; peração física, cognitiva e psicológica, bem como a
z tramitação processual e procedimentos judiciais e proteção, à reabilitação e a reinserção social das pes-
administrativos em que for parte ou interessada, soas com deficiência.
em todos os atos e diligências. Esse direito relaciona-se, diretamente, com a ques-
tão da saúde, de modo a envolver a atuação do Siste-
ma Único de Saúde (SUS) e do Serviço de Acolhimento
Importante! do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), ambos
Com exceção da restituição de imposto de renda responsáveis por prestar informações e orientações
e da tramitação processual prioritária, todos os adequadas com relação às políticas públicas dispo-
demais itens relativos ao atendimento prioritá- níveis, de modo a favorecer a plena participação das
pessoas com deficiência.
rio são extensivos ao acompanhante da pessoa O direito à saúde encontra-se estabelecido nos
com deficiência ou ao seu atendente pessoal. artigos 18 a 26. Trata-se de um direito universal, pois
Como consequência, o acompanhante tem direi- estabelece garantias às pessoas de modo geral, estan-
to à preferência de atendimento, ao socorro, do, também, arrolado na Constituição Federal como
474 entre outros. um direito social.
Salienta-se que o direito à saúde da pessoa com O direito ao transporte e à mobilidade está disci-
deficiência contempla o acesso a um atendimento plinado nos artigos 46 ao 52. Tal direito objetiva com-
integral, ou seja, em todos os níveis de complexidade, bater, de modo concreto, a manifestação de barreiras
seja de caráter preventivo ou para fins de tratamen- na vida da pessoa com deficiência.
to, sem qualquer discriminação ou custos adicionais, O direito à acessibilidade encontra-se previsto
com direito ao acompanhante, em ambientes acessí- nos artigos 53 ao 62. Seu objetivo é conceder igualda-
veis, sem se submeter a qualquer tipo de discrimina- de de condições e acesso, liberdade, autonomia e inde-
ção ou violência, estabelecendo, portanto, o acesso pendência às pessoas com deficiência, competindo ao
igualitário. Poder Público amoldar e adaptar todas as suas esfe-
O direito à educação está previsto nos arti- ras com o objetivo de garantir tratamento igualitário
gos 27 ao 30, além de fazer parte do rol dos direitos a todas as pessoas, de modo a eliminar as possíveis
sociais, previstos no artigo 6º da Constituição Federal barreiras impostas a elas.
de 1988. Na Lei nº 13.146/2015, o direito à educação
O direito ao acesso à informação e à comunica-
deve ser garantido por meio de um sistema educa-
ção está disposto nos artigos 63 ao 73 da Lei. Trata-se
cional inclusivo, que deve atender, com qualidade
de dispositivos cujo escopo é ampliar a ideia de acessi-
e de modo satisfatório, as pessoas com deficiência. O
objetivo desse sistema inclusivo é evitar a segregação bilidade à informação, de maneira a contemplar qual-
dessas pessoas, a fim de superar as dificuldades que quer serviço ou produto.
advenham dessa condição e favorecer a sua integra- Os artigos 74 e 75 referem-se à tecnologia assis-
ção na comunidade. tiva, conceituando-a como qualquer forma de apoio
necessário à promoção da autonomia e independên-
cia da pessoa com deficiência. Cabe ao Poder Público
Dica a responsabilidade de desenvolver um plano específi-
É a escola que deve se adaptar ao aluno, buscan- co de medidas, a ser renovado no período de quatro
do compreender suas necessidades e caracterí- anos, para facilitar a criação e promoção dessas tec-
sitcas e não o contrário. nologias. Além disso, tais procedimentos deverão ser
avaliados, pelo menos, a cada dois anos.
O direito à moradia, cuja previsão encontra-se O direito à participação na vida pública e políti-
nos artigos 31 ao 33, tem, como objetivo, garantir o ca, previsto no artigo 76, guarda relação com o exer-
máximo de autonomia e dignidade à pessoa com defi- cício da cidadania das pessoas com deficiência. A elas
são garantidos os direitos inerentes a sua capacida-
ciência. Trata-se de um direito contemplado na Decla-
de eleitoral ativa e passiva. Para a promoção de tais
ração Universal de Direitos Humanos, competindo ao
medidas de acessibilidade, a competência cabe aos
Poder Público sua promoção e efetiva concretização.
Tribunais Regionais Eleitorais.
O direito ao trabalho, disciplinado nos artigos 34
Por último, também é estabelecido, na Lei nº
e 35, tem, como característica, o fato de ser incluso.
13.146/2015, o direito à ciência e tecnologia. Ele está
Como consequência, permite-se que a pessoa com
previsto nos artigos 77 e 78 e tem, como escopo, esti-
deficiência tenha efetiva liberdade de escolha quanto
mular a criação de cursos de pós-graduação na área
à profissão ou ao trabalho que deseje desempenhar.
de tecnologia assistiva, bem como o desenvolvimen-
O direito à assistência social encontra-se con-
to de outras ações com o objetivo de formar recursos
templado nos artigos 39 ao 40, além de fazer parte humanos qualificados e estruturar as diretrizes dessa
do rol dos direitos sociais previstos no artigo 6º da área de conhecimento.
Constituição Federal de 1988. A assistência social faz A partir do artigo 78, inicia-se a parte especial.
parte do subsistema da Seguridade Social, juntamen- Nela, constam disposições acerca do direito de acesso
te com a saúde e a previdência social. Por assistência à Justiça, o reconhecimento igualitário perante a lei e
social entende-se o conjunto de medidas instituciona- a tipificação de determinadas condutas, como crimes
lizadas de assistência gratuita a ser prestada a quem ou infrações. No que tange ao acesso à Justiça, compe-
dela necessitar. São seus objetivos: habilitar e reabi- te ao Poder Público realizar as adaptações e propor-
litar as pessoas com deficiência; reintegrá-las à vida cionar os recursos de tecnologia assistiva necessários
comunitária; garantir um benefício mensal àque- para a plena participação da pessoa com deficiência
les que não têm meios de prover a sua manutenção no âmbito do Poder Judiciário.
(hipossuficiente). Quanto ao reconhecimento igualitário perante a
O direito à previdência social, também integran- lei, é reflexo do que já encontra disciplinado na Cons-
te do subsistema da Seguridade Social, encontra-se tituição Federal. Por conseguinte, a Lei nº 13.146/2015
previsto no artigo 41. Trata de garantir à pessoa com visa garantir à pessoa com deficiência o pleno exercí-
deficiência segurada do Regime Geral de Previdência cio de suas capacidades.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
da, eficiente, segura e, no caso de serviço essencial, de vos com vistas à prevenção ou reparação de danos
modo contínuo por parte dos órgãos públicos ou por patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou
intermédio de suas concessionárias. difusos, assegurada a proteção Jurídica, adminis-
trativa e técnica aos necessitados;
O oitavo e último princípio disposto no art. 4º, do
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusi-
CDC, é o Princípio do Estudo Constante das Modifi-
ve com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
cações do Mercado de Consumo, ou seja, a necessi- processo civil, quando, a critério do juiz, for veros-
dade de constante averiguação da evolução de oferta símil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
de produtos e serviços no mercado de consumo em segundo as regras ordinárias de experiências;
decorrência do desenvolvimento de novas tecnologias IX - (Vetado);
ou de novos hábitos. X - a adequada e eficaz prestação dos serviços
Por outro lado, o art. 5º, do CDC, estabelece os ins- públicos em geral.
trumentos a serem utilizados na sua execução da polí- XI - a garantia de práticas de crédito responsável,
tica Nacional das Relações de Consumo. São eles: de educação financeira e de prevenção e tratamento 481
de situações de superendividamento, preservado o
O inciso VI, do art. 6º, do CDC trata do direito à
mínimo existencial, nos termos da regulamentação,
prevenção e reparação integral, de modo a impor a
por meio da revisão e da repactuação da dívida,
completa reparação de danos patrimoniais e morais,
entre outras medidas;
quer individuais, coletivos ou difusos. Por esse direito,
XII - a preservação do mínimo existencial, nos ter-
depreende-se que o CDC veda o tarifamento de inde-
mos da regulamentação, na repactuação de dívidas
e na concessão de crédito;
nização por dano moral nos contratos de consumo,
XIII - a informação acerca dos preços dos produ- ou seja, cabe ao juiz, no caso concreto, estabelecer os
tos por unidade de medida, tal como por quilo, por valores indenizatórios com base nas características.
litro, por metro ou por outra unidade, conforme o O inciso VII estabelece o direito ao acesso à Jus-
caso. tiça. Portanto, ao consumidor é assegurado o acesso
Parágrafo único. A informação de que trata o inci- aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à
so III do caput deste artigo deve ser acessível à prevenção ou reparação de danos.
pessoa com deficiência, observado o disposto em
regulamento. Dica
O inciso I, do art. 6º, do CDC, estabelece o direito Esse princípio deve ser conjugado com o art.
de proteção à vida, saúde e segurança como direito 5º, do CDC, que prevê, como instrumentos de
fundamental contra os riscos provocados por práticas execução da Política Nacional das Relações
no fornecimento de produtos e serviços considerados de Consumo, a instituição ou a manutenção
perigosos ou nocivos. Conforme será visto a seguir, de assistência jurídica, integral e gratuita para
os arts. 8º a 11 são destinados à proteção à saúde e o consumidor carente, a instituição de Promo-
à segurança do consumidor e à responsabilização do torias de Justiça de Defesa do Consumidor e a
fornecedor pelos acidentes de consumo. criação de Juizados Especiais de Pequenas Cau-
O inciso II, do art. 6º, do CDC, trata do direito à sas e Varas Especializadas para a solução de lití-
educação e divulgação sobre consumo adequado, gios de consumo.
uma vez que é direito do consumidor a educação e
a divulgação sobre consumo adequado dos produtos O inciso VIII, do art. 6º, do CDC, dispõe sobre o
e serviços, visando que as escolhas sejam realizadas direito à facilitação da defesa dos direitos, mani-
de modo correto e sem artimanhas. O dispositivo festada por diversos mecanismos, tais como a soli-
engloba, ainda, o dever de assegurar a liberdade de dariedade passiva na reparação de danos (Art. 7º), a
decidir e o acesso em igualdade de condições a outros responsabilização objetiva por fato do produto ou ser-
consumidores. viço (Arts. 12 e 14), a vedação à denunciação da lide
O inciso III estabelece o direito à informação, de (Art. 88), a prerrogativa da propositura da ação no
modo a garantir ao consumidor que sejam prestadas domicílio do consumidor-autor (Art. 101, inciso I, do
as informações adequadas e claras sobre os diferentes CDC) e a possibilidade de inversão do ônus da prova.
produtos e serviços, sendo dever do fornecedor a sua Por fim, o inciso X estabelece o direito à adequa-
prestação. O dever de informação refere-se à especifi- da e eficaz prestação dos serviços públicos.
cação correta de quantidade, característica, composi- Já nos termos do art. 7º, do CDC, os direitos estabe-
ção, qualidade, tributos incidentes e preço, além dos lecidos pela norma não excluem outros decorrentes
riscos que podem apresentar o produto ou serviço. de tratados ou convenções internacionais, da legis-
lação interna ordinária, de regulamentos expedidos
São desdobramentos do direito à informação a pelas autoridades administrativas competentes, bem
garantia da cognoscibilidade prevista no art. 46, do como dos que derivem dos princípios gerais do direi-
CDC, e as regras de redação dos contratos de adesão to, analogia, costumes e equidade.
trazidas no art. 54, § 3º e 4º do CDC.
Art. 7º Os direitos previstos neste código não
O inciso IV trata do direito a não abusividade, ou excluem outros decorrentes de tratados ou conven-
seja, a proteção contra a publicidade enganosa e abu- ções internacionais de que o Brasil seja signatário,
siva, contra métodos comerciais coercitivos ou des- da legislação interna ordinária, de regulamentos
leais, assim como contra práticas e cláusulas abusivas expedidos pelas autoridades administrativas com-
ou impostas no fornecimento de produtos e serviços. petentes, bem como dos que derivem dos princípios
Os conceitos de publicidade enganosa e abusiva, gerais do direito, analogia, costumes e equidade.
inclusive por omissão, estão previstos no art. 37, do Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa,
CDC. O elenco das práticas abusivas foi exemplifica- todos responderão solidariamente pela reparação
do no art. 39. Por fim, a garantia de não exposição a dos danos previstos nas normas de consumo.
qualquer tipo de situação vexatória, constrangimento
ou ameaça no caso de inadimplência encontra-se dis- Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção
ciplinada no art. 42 e o rol das cláusulas contratuais e da Reparação dos Danos
consideradas abusivas no art. 51, do CDC.
O inciso V do art. 6º, do CDC, estabelece o direito Com relação à qualidade do produto e serviço, à
ao equilíbrio contratual. Por equilíbrio contratual prevenção e à reparação dos danos, os arts. 8º a 11 tra-
entende-se a garantia de modificação de cláusulas tam da Proteção à Saúde e Segurança, estabelecendo
contratuais que estabeleçam prestações despropor- as regras preventivas.
cionais ou sua revisão em razão de fatos superve-
nientes que as tornem excessivamente onerosas. Esse Art. 8º Os produtos e serviços colocados no mer-
direito também é denominado de princípio da modi- cado de consumo não acarretarão riscos à saúde
ficação das prestações desproporcionais ou princípio ou segurança dos consumidores, exceto os conside-
482 da preservação. rados normais e previsíveis em decorrência de sua
natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, consumo, tiver conhecimento da periculosidade
em qualquer hipótese, a dar as informações neces- que apresentem, deverá comunicar o fato imediata-
sárias e adequadas a seu respeito. mente às autoridades competentes e aos consumi-
§ 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabri- dores, mediante anúncios publicitários.
cante cabe prestar as informações a que se refere § 2º Os anúncios publicitários a que se refere o §
este artigo, através de impressos apropriados que anterior serão veiculados na imprensa, rádio e
devam acompanhar o produto. televisão, às expensas do fornecedor do produto ou
§ 2º O fornecedor deverá higienizar os equipa- serviço.
mentos e utensílios utilizados no fornecimento de § 3º Sempre que tiverem conhecimento de pericu-
produtos ou serviços, ou colocados à disposição losidade de produtos ou serviços à saúde ou segu-
do consumidor, e informar, de maneira ostensiva rança dos consumidores, a União, os Estados, o
e adequada, quando for o caso, sobre o risco de Distrito Federal e os Municípios deverão informá-
contaminação. -los a respeito.
Observa-se que o art. 8º traz a regra de que o pro- Trata-se do chamado recall.
duto ou o serviço da relação de consumo não devem Se por um lado o CDC busca privilegiar a prevenção,
acarretar risco à saúde ou à segurança dos consumi- por outro, sabe-se que danos podem ocorrer. Por esse
dores. No entanto, existem riscos considerados nor- motivo que um dos direitos fundamentais do consumi-
mais e previsíveis, que são da própria natureza de dor é a reparação integral, sendo que a responsabilida-
determinados produtos ou serviços, como, por exem- de é solidária, conforme estudado no inciso VI, do art.
plo, uma serra ou um processador de alimentos, que 6º e Parágrafo Único, do art. 7º, respectivamente. Assim
podem trazer determinado risco no seu manuseio. sendo, o CDC dedicou seção própria para disciplinar a
Existe, também, produto ou serviço cujo grau de responsabilidade civil do fornecedor/prestador.
periculosidade ou de nocividade é mais acentuada,
tais como no caso dos agrotóxicos ou dos serviços de
dedetização. Nesses casos, face à utilidade gerada com Importante!
sua colocação no mercado, é necessário que o produto
ou serviço seja acompanhado de informações ostensi-
A responsabilidade pode ser apurada em três
vas e adequadas sobre sua nocividade e periculosida- esferas: civil, penal e administrativa. O CDC tra-
de, sem prejuízo de outras medidas no caso concreto, ta, nos arts. 12 a 25, da responsabilidade civil,
nos termos do art. 9º. ou seja, da responsabilidade de indenizar caso a
conduta gere um dano ao consumidor.
Art. 9º O fornecedor de produtos e serviços poten-
cialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segu-
rança deverá informar, de maneira ostensiva e Antes de iniciar o estudo sobre a responsabilidade
adequada, a respeito da sua nocividade ou periculo- civil do fornecedor, é preciso distinguir o vício e o fato do
sidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas produto ou serviço. Vício refere-se a uma improprieda-
cabíveis em cada caso concreto. de ou inadequação do objeto de consumo quanto a sua
qualidade ou quantidade, atingindo a esfera econômi-
A Lei nº 13.486/17 inseriu os dois parágrafos cons- ca do consumidor, como, por exemplo, um aparelho ele-
tantes do art. 8º, do CDC. O primeiro trata da obriga- trônico que não liga ou não funciona adequadamente
ção do fabricante de produto industrial de prestar ou um alimento embalado como 1 (um) quilo, mas que
as informações relativas à segurança por meio de contém somente 900 (novecentos) gramas. Fato diz res-
impressos apropriados que o acompanhem. Já o peito ao denominado acidente de consumo, ou seja,
segundo trata da exigência de higienização dos equi- um defeito no produto ou serviço que vai atingir a saú-
pamentos e utensílios utilizados no fornecimento de de ou a segurança do consumidor, como, por exemplo,
produtos ou serviços, informando ostensiva e adequa- um aparelho eletrônico montado de forma errada e que
damente sobre eventual risco de contaminação. pode explodir ou um alimento contaminado.
Os arts. 12, 13, 14 e 17 tratam da responsabilidade
O art. 10 trata da hipótese de a periculosidade ou civil pelo fato do produto ou serviço:
nocividade do produto ou serviço extrapolar o razoá-
vel. Nesse caso, o CDC veda expressamente a sua colo- Art. 12 O fabricante, o produtor, o construtor,
cação no mercado, como, por exemplo, nos casos de nacional ou estrangeiro, e o importador respon-
medicamentos proibidos em que os efeitos colaterais dem, independentemente da existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumido-
superam os benefícios trazidos.
res por defeitos decorrentes de projeto, fabricação,
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
como por aqueles decorrentes da disparidade, com impróprios ou inadequados ao consumo ou lhes dimi-
a indicações constantes do recipiente, da embala- nuam o valor, assim como por aqueles decorrentes de
gem, rotulagem ou mensagem publicitária, respei-
disparidade. Exemplo: computador cuja memória ou
tadas as variações decorrentes de sua natureza,
processador é inferior ao informado nas suas especi-
podendo o consumidor exigir a substituição das
ficações técnicas ou produto com quantidade inferior
partes viciadas.
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de ao especificado na embalagem. Semelhante ao fato do
trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativa- produto, a responsabilidade civil por vício do produ-
mente e à sua escolha: to também é objetiva, recaindo tanto sobre produtos
I - a substituição do produto por outro da mesma duráveis como não duráveis.
espécie, em perfeitas condições de uso; A durabilidade do produto ou serviço está relacio-
II - a restituição imediata da quantia paga, mone- nada à expectativa de sua utilidade para com o consu-
tariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais midor. Assim, considera-se produto durável aquele
perdas e danos; que não se consuma imediatamente, possuindo vida 485
útil com duração razoável, tais como, automóveis, z Substituição do produto por outro da mesma espé-
celulares, computadores; já os serviços duráveis são cie, ou por produto diverso, mediante comple-
aqueles cujos efeitos são por prazo também razoáveis, mentação ou restituição de eventual diferença de
tais como reforma ou pintura de imóvel ou assistência preço;
técnica de eletrodoméstico, entre outros. z Restituição imediata da quantia paga.
Em contrapartida, produtos não duráveis são
aqueles cujo consumo importa em destruição imedia- O art. 20 do CDC disciplina a responsabilida-
ta da substância ou em lapso temporal muito peque- de pelos serviços com vício de qualidade, ou seja,
no, tais como os gêneros alimentícios e os produtos de aquele vício que o torne impróprio ao consumo ou
higiene pessoal; serviços não duráveis são aqueles que lhe diminua o valor, como, por exemplo, aque-
que perduram por um prazo bem curto, tais como ser- les decorrentes de disparidade com relação à oferta
viços de transporte, lavagem de automóvel, manicure, publicitária. Disciplina, ainda, a responsabilidade
entre outros. pelos serviços impróprios, isto é, aqueles que se mos-
De acordo com o caput do art. 18, complementado tram inadequados para o fim que dele se espera, assim
por seu § 6º, são considerados impróprios ao uso e como aquele que não atende às normas regulamenta-
consumo os produtos cujos prazos de validade este- res de prestabilidade, tais como serviço de funilaria
jam vencidos; os produtos deteriorados, alterados, de automóvel que descasca na semana seguinte à rea-
adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, lização; planos de prestadoras de telefonia móvel com
fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, serviço indisponível; planos de saúde sem cobertura
ainda, aqueles em desacordo com as normas regula- prevista, entre outros. Nesses casos, pode o consumi-
mentares de fabricação, distribuição ou apresentação; dor optar pelas seguintes alternativas: reexecução dos
os produtos que, por qualquer motivo, se revelem ina- serviços, sem custo adicional ou realização deste por
terceiro capacitado, por conta e risco do fornecedor;
dequados ao fim a que se destinam. São exemplos: os
restituição imediata da quantia paga; abatimento pro-
produtos perecíveis, tais como alimentos, cujo prazo
porcional do preço.
se encontra fora da validade ou brinquedo falsificado
ou que não atenda às normas técnicas de fabricação
Art. 20 O fornecedor de serviços responde pelos
ou segurança.
vícios de qualidade que os tornem impróprios ao
No caso de vício de qualidade do produto, o § 1º consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por
estabelece ao fornecedor o prazo de trinta dias para aqueles decorrentes da disparidade com as indica-
sanar o vício. Já ao consumidor cabe optar por uma ções constantes da oferta ou mensagem publicitá-
destas possibilidades: ria, podendo o consumidor exigir, alternativamente
e à sua escolha:
z Pedir a substituição do produto por outro da mes- I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e
ma espécie, em perfeitas condições de uso, ou por quando cabível;
produto diverso mediante complementação ou II - a restituição imediata da quantia paga, mone-
restituição de eventual diferença de preço; tariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais
z Pedir a restituição imediata da quantia paga, perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
monetariamente atualizada, sem prejuízo de even-
§ 1º A reexecução dos serviços poderá ser confiada
tuais perdas e danos;
a terceiros devidamente capacitados, por conta e
z Pedir o abatimento proporcional do preço. risco do fornecedor.
§ 2º São impróprios os serviços que se mostrem
Portanto, deve-se pedir a troca do produto, o res- inadequados para os fins que razoavelmente deles
sarcimento do valor pago ou a diminuição do seu se esperam, bem como aqueles que não atendam as
preço. normas regulamentares de prestabilidade.
Art. 23 A ignorância do fornecedor sobre os vícios Art. 26 O direito de reclamar pelos vícios aparentes
de qualidade por inadequação dos produtos e servi- ou de fácil constatação caduca em:
ços não o exime de responsabilidade. I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de ser-
viço e de produtos não duráveis;
O art. 24 trata da garantia legal de adequação do II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de
produto ou serviço. Explicando melhor, a garantia serviço e de produtos duráveis.
decorre de lei e independe de termo expresso, ou seja, § 1º Inicia-se a contagem do prazo decadencial a
partir da entrega efetiva do produto ou do término
ela é assegurada ao consumidor independentemente
da execução dos serviços.
de o fornecedor estipular que não se responsabiliza
§ 2º Obstam a decadência:
por vício no serviço ou produto.
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo
consumidor perante o fornecedor de produtos e ser-
Art. 24 A garantia legal de adequação do produto viços até a resposta negativa correspondente, que
ou serviço independe de termo expresso, vedada a deve ser transmitida de forma inequívoca;
exoneração contratual do fornecedor. II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu
São modalidades de garantia: encerramento.
§ 3º Tratando-se de vício oculto, o prazo decaden-
z Garantia legal cial inicia-se no momento em que ficar evidenciado
o defeito.
É obrigatória; Art. 27 Prescreve em cinco anos a pretensão à
Independe de termo expresso; reparação pelos danos causados por fato do pro-
Vedada exoneração do fornecedor; duto ou do serviço prevista na Seção II deste Capí-
30 dias produtos e serviços não duráveis; tulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do
90 dias produtos e serviços duráveis. conhecimento do dano e de sua autoria.
Parágrafo único. (Vetado).
z Garantia contratual
Inicialmente, cumpre mencionar que o CDC traz
Não é obrigatória; a responsabilidade do fornecedor para os casos de
Depende de termo expresso; vícios aparentes ou de fácil constatação e não
É complementar à garantia legal. somente para os vícios ocultos. Para tanto, o prazo
decadencial é de 30 (trinta) dias para bens não durá-
Portanto, quem fixa a garantia legal é o CDC. Já as veis ou 90 (noventa) dias para bens duráveis. Assim,
partes podem fixar a garantia contratual, que é com- o consumidor possui 30 dias para reclamar de um
plementar a legal. Deste modo, este prazo começa a alimento ou medicamento e 90 dias para reclamar de
valer após expirado o prazo da garantia legal. Exem- um eletrodoméstico ou eletrônico.
plo: se para determinado produto a garantia legal é de Nos termos do art. 26, § 1º, o prazo decadencial
30 (trinta) dias, mas o fornecedor concede 7 (sete) dias tem início com a entrega efetiva do produto ou do tér-
de garantia contratual. Na realidade, serão 37 (trinta mino da execução do serviço. Isto significa dizer que
e sete) dias no total. se um objeto, por exemplo, é comprado como presen-
te, o prazo só começa a fluir com a entrega ao presen-
O prazo de garantia legal não está no art. 24. Ele é teado e não com a data da compra.
expresso no art. 26.
de contrato, ou seja, o fato de não estar previsto em rente ou de fácil constatação, ou seja, aquele que
contrato não retira a garantia do produto. Exemplo, o pode ser facilmente detectado. Caso se trate de
fato de um estacionamento fixar placas dizendo que vício oculto, o prazo decadencial terá início no
não se responsabiliza pelo veículo não o exime de sua momento em que ficar evidenciado o defeito,
responsabilidade. com conformidade com o § 3º.
produto ou serviço, mas do direito do consumidor XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos
de desistir da relação contratual. Não se deman- de cobrança de sua obrigação, sem que igual direito
da motivos ou explicações, desde que obedecido lhe seja conferido contra o fornecedor;
o prazo legal e a condição de ter sido a aquisição XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilate-
realizada fora do estabelecimento comercial. ralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato,
após sua celebração;
Art. 50 A garantia contratual é complementar à XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de nor-
legal e será conferida mediante termo escrito. mas ambientais;
Parágrafo único. O termo de garantia ou equiva- XV - estejam em desacordo com o sistema de prote-
lente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira ção ao consumidor;
adequada em que consiste a mesma garantia, bem XVI - possibilitem a renúncia do direito de indeniza-
como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser ção por benfeitorias necessárias.
494
Das Sanções Administrativas é preservar os direitos básicos do consumidor, ou seja,
sua vida, saúde, segurança, informação e bem-estar.
Os arts. 55 a 60 tratam do poder de polícia, ou O § 3º trata da atribuição de fiscalização e controle
seja, da função administrativa para promover o inte- do mercado de consumo. Por essa razão, o dispositivo
resse comum por meio da atividade estatal de disci- estabelece que os entes da federação deverão manter
plinar e restringir determinadas ações. Vejamos os comissões permanentes para elaboração, revisão
dispositivos: e atualização das normas regulatórias. No entanto,
para que essa atividade seja efetiva, estabelece, ainda,
Art. 55 A União, os Estados e o Distrito Federal, em
a composição de tais comissões. Assim, será obriga-
caráter concorrente e nas suas respectivas áreas de
atuação administrativa, baixarão normas relativas
tória a participação tanto dos consumidores quanto
à produção, industrialização, distribuição e consu- dos fornecedores, para que os dois lados da relação de
mo de produtos e serviços. consumo possam tratar de seus interesses.
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Por fim, o § 4º do art. 55 dispõe acerca da possibili-
Municípios fiscalizarão e controlarão a produção, dade de notificação dos fornecedores, para que estes
industrialização, distribuição, a publicidade de pro- prestem informações sobre questões de interesse do
dutos e serviços e o mercado de consumo, no interes- consumidor, resguardado o segredo industrial.
se da preservação da vida, da saúde, da segurança,
da informação e do bem-estar do consumidor, bai- Art. 56 As infrações das normas de defesa do con-
xando as normas que se fizerem necessárias. sumidor ficam sujeitas, conforme o caso, às seguin-
§ 2º (Vetado). tes sanções administrativas, sem prejuízo das de
§ 3º Os órgãos federais, estaduais, do Distrito natureza civil, penal e das definidas em normas
Federal e municipais com atribuições para fiscali- específicas:
zar e controlar o mercado de consumo manterão I - multa;
comissões permanentes para elaboração, revisão II - apreensão do produto;
e atualização das normas referidas no § 1º, sen- III - inutilização do produto;
do obrigatória a participação dos consumidores e IV - cassação do registro do produto junto ao órgão
fornecedores. competente;
§ 4º Os órgãos oficiais poderão expedir notifica- V - proibição de fabricação do produto;
ções aos fornecedores para que, sob pena de deso- VI - suspensão de fornecimento de produtos ou
bediência, prestem informações sobre questões de serviço;
interesse do consumidor, resguardado o segredo VII - suspensão temporária de atividade;
industrial. VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;
IX - cassação de licença do estabelecimento ou de
O art. 55 trata do poder de regulamentação e atividade;
fiscalização. De acordo com o caput do dispositivo, X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento,
compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal, de obra ou de atividade;
de modo concorrente, elaborar as normas relativas XI - intervenção administrativa;
à produção, industrialização, distribuição e ao con- XII - imposição de contrapropaganda.
sumo de produtos e serviços. Por se tratar de compe- Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo
tência “conjunta”, a União deve cuidar das normas de serão aplicadas pela autoridade administrativa,
caráter geral, isto é, aplicadas a todo o país, reservan- no âmbito de sua atribuição, podendo ser aplica-
do aos Estados e ao Distrito Federal as normas de inte- das cumulativamente, inclusive por medida cau-
resse regional. telar, antecedente ou incidente de procedimento
administrativo.
Importante! O art., 56, por sua vez, trata das sanções admi-
nistrativas. Observa-se que são três as espécies de
O Brasil é uma federação, o que significa dizer sanções:
que existe uma divisão interna do poder. A
CF/88 estabeleceu como seus entes federativos z Sanções pecuniárias: Multas que decorrem do não
a União Federal, os Estados-Membros, o Distrito adimplemento dos deveres relativos ao consumo;
Federal e os Municípios, cada qual com autono- z Sanções objetivas ou reais (incidem no produ-
mia e discricionariedade, além de possibilidade to ou serviço): Apreensão, inutilização do pro-
de se organizarem e legislarem. Deste modo, duto, cassação do registro do produto, proibição
compete à União estabelecer as regras do Esta- de fabricação e suspensão de fornecimento de
do brasileiro como um todo, tendo como parâ- produtos/serviços;
z Sanções subjetivas (vinculadas à atividade):
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
Exemplo: o empresário abre uma empresa sem obter Elementos Normativos do Tipo
todas as licenças necessárias ao seu funcionamento.
“Fazer ou promover” publicidade que “sabe ou
ARTIGO 66 deveria saber”.
497
Objetividade Jurídica Objetividade Jurídica
O tipo penal busca reforçar a proibição de veicu- Reforçar a obrigação prevista no artigo 21 do CDC.
lar publicidade enganosa e/ou abusiva, nos termos do
Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham
artigo 37 do CDC, com especial atenção à propaganda
por objetivo a reparação de qualquer produto con-
abusiva que leva o consumidor a adotar uma conduta
siderar-se-á implícita a obrigação do fornecedor
nociva a sua saúde ou segurança.
de empregar componentes de reposição originais
Sujeito Ativo e Passivo adequados e novos, ou que mantenham as especifi-
cações técnicas do fabricante, salvo, quanto a estes
Criador e produtor de materiais publicitários últimos, autorização em contrário do consumidor.
(sujeito ativo) e o consumidor (sujeito passivo).
Sujeito Ativo e Passivo
Elementos Normativos do Tipo
Fornecedor/prestador de serviço (sujeito ativo) e o
“Fazer ou promover” publicidade que “sabe ou consumidor (sujeito passivo).
deveria saber”.
Elementos Normativos do Tipo
Prevê Modalidade Culposa?
“Empregar” peças ou componentes usados “sem
Não. É possível a tentativa.
autorização”. Caso o consumidor for induzido a erro
Exemplo: fazer propaganda que estimula consumidor e pagar mais caro por uma peça mais nova, estará
a ingerir determinado medicamento em excesso e configurado o crime do artigo 175, III do Código Penal
sem cuidados médicos. (fraude no comércio).
Reforçar os direitos previstos no artigo 43, §§§ 3o, Sujeito Ativo e Passivo
4 e 5o do CDC.
o
a) Dados de cunho psicológico ou emocional. a) Produção, estabelecendo metas de vendas que ultra-
b) Fatores que dificultem o entendimento das caracterís- passem sua capacidade produtiva.
ticas dos produtos concorrentes. b) Orçamento, proporcionando a expectativa de ganhos
c) Comparações entre serviços de natureza e épocas futuros em função das vendas a serem realizadas.
diferentes. c) Cliente, avaliando suas necessidades e expectativas
d) Informações objetivas e que sejam passíveis de em relação aos produtos ofertados.
comprovação. d) Território de vendas, delimitando assim a atuação de
cada vendedor, que concentrará seus esforços na área
e) Pesquisas de opinião sem a fonte e sem a data dos
para ele determinada.
dados recolhidos.
e) Vendedor, visando a aumentar os ganhos do profissio-
nal, já que seu salário é a comissão sobre as vendas
8. (CESGRANRIO – 2015) As diversas etapas da venda realizadas.
devem ser consideradas no planejamento dos serviços
bancários. Uma delas, a pré-venda, engloba uma série de 12. (CESGRANRIO – 2013) Um funcionário de um banco,
atividades relacionadas diretamente com os escriturá- preocupado em atingir as metas estabelecidas pela
rios, na medida em que é uma etapa planejada para: sua gerência, precisava vender alguns produtos bancá-
rios em pouco tempo. Tentando atingir a meta estabe-
a) Definir o valor a ser cobrado pelos serviços do banco. lecida, ele procurou algumas informações sobre como
b) Pesquisar as necessidades e desejos dos correntistas. melhorar seu desempenho no processo de vendas.
c) Analisar o ambiente mercadológico no momento. A informação de como proceder no processo de ven-
d) Aumentar o conhecimento dos produtos comercializados. das, que contribuirá positivamente para a melhoria de
e) Levantar os fatores externos que interferem nas seu desempenho, é:
negociações.
a) Minimizar as informações passadas aos clientes
9. (CESGRANRIO – 2015) A análise mercadológica sobre os riscos envolvidos em cada um dos produtos
auxilia a gestão dos bancos na definição de suas oferecidos.
estratégias e também no direcionamento das ações b) Oferecer os produtos aos clientes, independentemen-
executadas no dia a dia nas agências. Nesse contex- te de seus perfis já que, ao categorizar os clientes,
to, são analisadas as forças e fraquezas da empresa, estaria discriminando-os.
c) Falar mais do que ouvir, durante a abordagem inicial,
assim como as ameaças e oportunidades de mercado.
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
14. (CESGRANRIO – 2013) Um especialista afirma que 18. (CESGRANRIO – 2013) O superintendente de vendas
praticar marketing significa decidir taticamente sobre do Banco A, submetido a regime de metas, determina
variáveis controláveis. O conjunto dessas variáveis a suas equipes que, em todos os contratos de emprés-
forma o(a): timos, vinculem o fechamento da operação à realiza-
ção de contrato de seguro. Com tal determinação, as
metas impostas são realizadas, com reflexo financeiro
a) Ciclo de vida dos produtos.
positivo na remuneração dos empregados.
b) Composto de marketing.
Nos termos do Código de Defesa e Proteção ao Con-
c) Market share.
sumidor, tal operação é:
d) Macroambiente de negócios.
e) Concorrência direta e genérica.
a) Admitida, por ser inerente às relações de mercado.
b) Permitida, por ser integrante de regime de remunera-
15. (CESGRANRIO – 2013) A respeito do planejamento de
ção por metas.
comunicação e marketing de uma organização, consi-
c) Vedada, por caracterizar prática abusiva.
dere as afirmativas a seguir.
d) Vedada, por não ser possível a conjugação prática das
operações.
I. As ações de comunicação interna devem ser isola- e) Permitida, por configurar habitualidade das relações.
das das externas, pois o custo de implantá-las simul-
taneamente é alto, se comparado aos benefícios 19. (CESGRANRIO – 2015) Um indivíduo está buscando
alcançados. inspiração para prosseguir nos seus estudos e se
II. As promoções de vendas são instrumentos eficazes depara com um pensamento aristotélico assim desen-
na produção de resultados de curto prazo, porque ser- volvido: trata-se do produto dos usos e costumes; ela
vem de estímulo para que os clientes tomem decisões não existe nos homens naturalmente, pois nada do
de compra. que é natural se adquire pelo costume.
III. As mídias de massa representam um investimento Nesse caso, a referência do filósofo grego está rela-
global elevado, que pode ser compensador quando se cionada à:
leva em conta o custo para se atingir cada grupo de
mil usuários. a) Interpretação natural.
IV. As equipes de atendimento ao público são um instru- b) Virtude moral.
mento de comunicação e, portanto, precisam trans- c) Cosmologia universal.
mitir as mesmas mensagens emitidas por outras d) Integração social.
ferramentas. e) Percepção individual.
Estão corretas as afirmativas: 20. (CESGRANRIO – 2014) Um indivíduo sabe que deve
optar entre dois caminhos estabelecidos: um o que, no
a) I, apenas. senso comum, seria o incorreto e o outro, o correto.
b) I e III, apenas. Ao optar pelo caminho correto, ele está seguindo um
c) II e IV, apenas. rumo guiado pela:
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV. a) Extensão.
b) Virtude.
16. (CESGRANRIO – 2013) Atualmente, as organizações c) Adequação.
estão utilizando uma série de instrumentos digitais d) Alternância.
502 em suas ações de marketing e comunicação. e) Proporcionalidade.
9 GABARITO
1 B
2 E
3 C
4 B
5 C
6 E
7 D
8 D
9 E
10 B
11 C
12 E
13 A
14 B
15 D
16 B
17 D
18 C
18 B
20 B
ANOTAÇÕES
VENDAS E NEGOCIAÇÃO
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ANOTAÇÕES
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