Álvaro de Campos foi um heterônimo criado por Fernando Pessoa em 1915 para representar um engenheiro naval modernista, cosmopolita e bipolar. Sua visão caleidoscópica o levava a sentir todas as sensações, mas acabava gerando frustração e depressão. Ele se expunha sem medo, mas acabou se tornando niilista e desejando a morte após a perda da capacidade de sonhar.
Álvaro de Campos foi um heterônimo criado por Fernando Pessoa em 1915 para representar um engenheiro naval modernista, cosmopolita e bipolar. Sua visão caleidoscópica o levava a sentir todas as sensações, mas acabava gerando frustração e depressão. Ele se expunha sem medo, mas acabou se tornando niilista e desejando a morte após a perda da capacidade de sonhar.
Álvaro de Campos foi um heterônimo criado por Fernando Pessoa em 1915 para representar um engenheiro naval modernista, cosmopolita e bipolar. Sua visão caleidoscópica o levava a sentir todas as sensações, mas acabava gerando frustração e depressão. Ele se expunha sem medo, mas acabou se tornando niilista e desejando a morte após a perda da capacidade de sonhar.
Álvaro de Campos é um dos mais importantes heterônimos de
Fernando Pessoa. Foi criado em 1915, nasceu em Tavira, no extremo sul de
Portugal, em 15 de outubro de 1890. Álvaro foi o heterônimo “modernista”, engenheiro naval, cosmopolita, histérico e bipolar. Representante do “sensacionismo”, Álvaro de Campos tinha a necessidade de “transbordar”, sentir tudo de todas as formas possíveis, sempre extravasando. Durante seu período sensacionista, Álvaro de Campos era dono de um olhar caleidoscópico, sob qual, cores e formas giravam, também de um olhar cubista e futurista, onde vários ângulos podiam ser captados. No entanto, toda essa excitação vivida, do olhar moderno e insaciável, acaba tornando-se frustrante e o lança de volta na depressão e na saudade. Álvaro de Campos é o heterônimo que menos se preocupa com sua defesa, ele se expõe sem medo, sempre se entregando a todas às vertigens de sensações. Ele retorna à sua infância como símbolo da felicidade perdida, lembrando de seus livros com figuras coloridas, suas festas de aniversário, fase de sua vida onde tudo era mais belo.
“Encostei-me para trás na cadeira de convés e fechei os olhos,
E o meu destino apareceu-me na alma como um precipício.
A minha vida passada misturou-se-me com a futura...”
Álvaro de Campos
Seu olhar caleidoscópico acaba se revertendo em uma depressão monumental,
onde depois de possuir todas as coisas, ser dono da visão que enxergava todas as formas, seu olhar passa a ver apenas para dentro de si mesmo e para trás, onde encontra o passado, sob uma nova ótica. Álvaro de Campos torna-se aquele que perde a identidade, acredita que é incapaz de realizar, de sonhar, assume um perfil niilista, onde nada pode, nada quer, nada mais é possível, onde a vida já não faz mais sentido, desejando até morrer. (“Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.”)
Poema Lisboa revisitada
Todo seu poema é disfórico, fazendo acúmulo de construções negativas,
e apelo ao seu direito à solidão, também mencionando em seus poemas, a infância como símbolo da felicidade perdida. Não cabendo mais em seu vazio imenso, sua depressão profunda, Álvaro considera-se um marginal incompreendido, incapaz de amar por apresentar um perfil grotesco, absurdo, mesquinho e inadequado. Expõe seu “eu”, sua vergonha, sem vergonha alguma. Apresenta o espelho fragmentado do seu interior.
(“Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente Ridículas.”)
Poema Todas as cartas de amor são ridículas
Contudo, temos um Álvaro de Campos que pensa com a emoção, uma
emoção suscetível à sua própria consciência crítica em relação ao mundo que o cerca, a ‘linha reta’, nada mais é que um ‘golpe’ à sua própria sobrevivência.