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NEOCONSTITUCIONALISMO

I - NEOCONSTITUCIONALISMO E TRANSFORMAÇÕES DO DIREITO CONSTITUCIONAL


CONTEMPORÂNEO

•Alemanha - Lei Fundamental de Bonn (Constituição alemã5 ),


de 1949 - criação do Tribunal Constitucional Federal,
instalado em 1951 - Em 31 de agosto de 1990 foi assinado o
Tratado de Unificação, que regulou a adesão da República
Democrática Alemã (RDA) à República Federal da Alemanha
(RFA). Após a unificação não foi promulgada nova
Constituição. Desde o dia 3 de outubro de 1990 a Lei
Fundamental vigora em toda a Alemanha.
• Constituição da Itália, de 1947, e a subsequente instalação da Corte
Constitucional, em 1956.
• Redemocratização e a reconstitucionalização de Portugal (1976).
• Espanha (1978).
• Brasil – 1988:

Sob a Constituição de 1988, o direito constitucional no Brasil passou


da desimportância ao apogeu em menos de uma geração. Uma
Constituição não é só técnica. Tem de haver, por trás dela, a
capacidade de simbolizar conquistas e de mobilizar o imaginário das
pessoas para novos avanços. O surgimento de um sentimento
constitucional no País é algo que merece ser celebrado.
II. MARCO FILOSÓFICO
• O marco filosófico do novo direito constitucional é o póspositivismo.

• O debate acerca de sua caracterização situa-se na confluência das


duas grandes correntes de pensamento que oferecem paradigmas
opostos para o Direito: o jusnaturalismo e o positivismo. Opostos,
mas, por vezes, singularmente complementares. A quadra atual é
assinalada pela superação – ou, talvez, sublimação – dos modelos
puros por um conjunto difuso e abrangente de ideias, agrupadas sob
o rótulo genérico de pós-positivismo.
III. MARCO TEÓRICO
Três grandes transformações subverteram o conhecimento
convencional relativamente à aplicação do direito constitucional:

• a) o reconhecimento de força normativa à Constituição;


• b) a expansão da jurisdição constitucional;
• c) o desenvolvimento de uma nova dogmática da interpretação
constitucional.
1. A força normativa da Constituição

•O modelo que vigorou na Europa até meados do


século passado, no qual a Constituição era vista
como um documento essencialmente político,
um convite à atuação dos Poderes Públicos.

• HESSE, Konrad. A força normativa da Constituição. Trad. Gilmar Ferreira Mendes. Porto Alegre: Sérgio
Fabris Editor, 2004.
2. A expansão da jurisdição constitucional
•Antes de 1945, vigorava na maior parte da Europa um modelo de
supremacia do Poder Legislativo, na linha da doutrina inglesa de
soberania do Parlamento e da concepção francesa da lei como
expressão da vontade geral. A partir do final da década de 40,
todavia, a onda constitucional trouxe não apenas novas
constituições, mas também um novo modelo, inspirado pela
experiência americana: o da supremacia da Constituição. A
fórmula envolvia a constitucionalização dos direitos
fundamentais, que ficavam imunizados em relação ao processo
político majoritário: sua proteção passava a caber ao Judiciário.
Inúmeros países europeus vieram a adotar um modelo próprio de
controle de constitucionalidade, associado à criação de tribunais
constitucionais.
• No sistema constitucional brasileiro, o Supremo Tribunal Federal pode exercer
o controle de constitucionalidade: (A) em ações de sua competência originária
(CF, art. 102, I), (B) por via de recurso extraordinário (CF, art. 102, III) e (C) em
processos objetivos, nos quais se veiculam as ações diretas.

• AÇÕES DIRETAS:

As ações diretas no direito constitucional brasileiro são a ação direta de


inconstitucionalidade (art. 102, I, a), a ação declaratória de constitucionalidade
(arts. 102, I, a, e 103, § 4º) e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão
(art. 103, § 2º). Há, ainda, duas hipóteses especiais de controle concentrado: a
arguição de descumprimento de preceito fundamental (art. 102, § 1º) e a ação
direta interventiva (art. 36, III).
3. A nova interpretação constitucional
• Decorrência natural da força normativa da Constituição, isto é, do
reconhecimento de que as normas constitucionais são normas jurídicas;

• Na ordenação constitucional que se afigura mais adequada a interpretação a


partir da:
• supremacia da Constituição
• presunção de constitucionalidade das normas e atos do Poder Público
interpretação conforme a Constituição, da unidade, da razoabilidade e
da efetividade.

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