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Disserte sobre o constitucionalismo, surgimento, histórico, evolução (neoconstitucionalismo


e novo constitucionalismo latino-americano);

R- O constitucionalismo é um conjunto de regras e princípios com o objetivo de
estabelecer limitações poder político, além de assegurar direitos e garantias
fundamentais em favor dos membros da comunidade. As mutações espaciais e
temporais que marcam a evolução do constitucionalismo s ão chamadas de "movimentos
constitucionais" e o neoconstitucionalismo é um deles.
Após a II Guerra Mundial, ficou claro que o constitucionalismo antigo não era
mais capaz de evitar o surgimento de governos totalitários que violavam direitos
fundamentais. Em razão da exigência de uma nova postura ao aplicar e
interpretar o Direito Constitucional nasceu um novo movimento, chamado
neoconstitucionalismo. Tal movimento foi caracterizado pelo surgimento de várias
Constituições pelo mundo, sociais e democráticas, que se preocupavam em
determinar um extenso rol de direitos fundamentais, positivar princípios e
estabelecer normas de respeito aos direitos
humanos. O marco histórico do neoconstitucionalismo foi a elaboração desse tipo
de Constituição por aqueles que s ofreram com os governos totalitários: Itália, em
1947 e Alemanha, em 1949. No Brasil, o grande marco do neoconstitucionalismo
foi a Constituição de 1988. Portanto, percebe-se que o neoconstitucionalismo se
consolidou em períodos históricos diversificados em relação a cada sociedade, e
não se pode afirmar que referido fenômeno seja simultâneo e global. O marco filosófico
do neoconstitucionalismo é o pós-positivismo e os adeptos do movimento buscam
embasamento no pensamento de juristas como Robert Alexy e Ronald Dworkin, que
buscam ir além da legalidade estrita. No plano teórico, ocorreram três grandes
transformações: a) o reconhecimento
de força normativa à Constituição (que era apenas um documento político); b) a
expansão da jurisdição constitucional (superando a supremacia do Legislativo) e c)
o desenvolvimento de uma nova interpretação constitucional.
Os principais elementos identificadores do neoconstitucionalismo são:
Reconhecimento da força normativa da Constituição; Valorização dos princípios
constitucionais (mais princípios que regras); Aplicação de nova interpretação
constitucional (mais ponderação que submissão); Constitucionalização do Direito
(efeito expansivo das normas constitucionais); Expansão dos poderes do judiciário
para
conformação dos princípios constitucionais; Reaproximação entre direito, moral e ética. A
constitucionalização do Direito é uma das características do neoconstitucionalismo, e
isso significa que a Constituição passa a disseminar seus valores por todo o
ordenamento jurídico, ou seja, ela vira uma norma dotada de
supremacia. Essa nova força normativa permite que o judiciário ganhe um papel
mais ativo, já que dessa idéia resulta a aplicabilidade direta da Constituição pelo juiz.

O novo constitucionalismo latino-americano promove uma ressignificação de conceitos como
legitimidade e participação popular – direitos fundamentais da população –, de modo a
incorporar as reivindicações das parcelas historicamente excluídas do processo decisório,
notadamente a população indígena

2 – Explique detalhadamente os métodos da hermenêutica constitucional e no que consistem;

R- Os principais métodos de interpretação constitucional defendidos pela Moderna
Hermenêutica são: 1) Método Tópico-Problemático; 2) Método Hermenêutico-Concretizador;
3) Método Científico-Estrutural e 4) Método Normativo-Estruturante. Refletindo sobre eles,
relembra o professor Inocêncio Coelho (2010, pp. 159-160) que “ embora disponham de
nomes próprios, em rigor não constituem abordagens hermenêuticas autônomas, mas simples
concretizações ou especificações, no âmbito do direito constitucional, do método da
compreensão como ato gnosiológico comum a todas as ciências do espírito.”

- O método Tópico-Problemático
O método tópico-problemático de interpretação constitucional tem por pressupostos: 1) que a
Constituição é um sistema aberto de normas, o que significa dizer que cada uma das normas
constitucionais admite interpretações distintas, que podem variar no tempo; 2) que um
problema é uma questão que admite, também, respostas distintas; 3) que a tópica é uma
técnica de pensar a partir do problema.

- O método Hermenêutico-Concretizador Esse método se assemelha ao tópico-problemático
no ponto em que também considera que o intérprete deve exercer uma atividade
concretizadora ("reconstruir" o Direito no caso prático, a partir de um procedimento
argumentativo e racional, ao invés de procurar um sentido "inerente" à norma). Porém, como
observa Inocêncio Mártires Coelho (2010, p. 163) diferencia-se daquele, por partir do
pressuposto de que a leitura de qualquer texto normativo, inclusive do texto constitucional,
começa pela pré-compreensão do intérprete/aplicador, a quem compete concretizar a norma
a partir de uma dada situação histórica, que outra coisa não é senão o ambiente em que o
problema é posto a seu exame, para que ele o resolva à luz da Constituição e não segundo
critérios pessoais de justiça. (grifos no original) Incorpora-se aqui o conceito de círculo-
hermenêutico, resultante desse movimento de ir-e-vir ocorrido no diálogo entre o intérprete e
a norma. Esse conceito teve suas origens na Antiguidade e foi propagado pela filosofia de
Schleiermacher. A ideia básica aqui é a de que a totalidade de uma lei, ou Código, ou a
Constituição, só pode ser compreendida a partir da compreensão de suas partes (artigos,
títulos). Da mesma forma, as partes também só podem ser compreendidas se houver a
compreensão do todo, uma vez que a parte entendida fora do contexto do conjunto textual
leva a uma interpretação equivocada. Essas ideias traduzem o que José Afonso da Silva (2007,
p. 17) denomina "contexto intratexto", ou contexto no interior do objeto a interpretar (no
caso, o contexto constitucional).

- O método Científico-Espiritual
Para os adeptos deste método, capitaneado por Rudolf Smend, a Constituição deve ser vista
como um instrumento de integração em sentido jurídico-formal, político e sociológico.
O direito constitucional, por sua vez, é visto como a positivação da realidade espiritual da
sociedade. Como essa realidade espiritual é dinâmica e se renova continuamente, também
assim deve ser vista a Constituição que, ao fim, é instrumento de regulação daquela realidade.
Constituição, Estado e Direito são fenômenos culturais que dependem de integração recíproca
para se verem realizados na prática.

- O método Normativo-Estruturante A premissa básica deste método é a de que existe uma
vinculação estreita entre o programa normativo e o âmbito normativo, ou seja, entre o
comando do texto e os fatos que ele pretende regular. Tal conexão se dá de tal forma que
Friedrich Müller, citado por Inocêncio Mártires Coelho (2010, p. 167), afirma que a
normatividade (atributo dos comandos jurídicos, segundo clássica doutrina) não é produzida
pelo seu texto, resultando de dados extralingüísticos, como os fatores sociais. Ainda, aqui se
entende que um caso concreto não é regulamentado pelo teor literal de uma norma
constitucional, mas sim pela atuação dos órgãos estatais (legislativos, executivos e do
Judiciário) – cujas decisões são elaboradas com a ajuda da doutrina, dos precedentes, do
direito comparado – e pelo direito consuetudinário, o que demonstra que os cultores desse
método também são adeptos da teoria da concretização das normas.


3 – Classifique, diferencie e exemplifique os tipos de normas constitucionais quanto ao grau de
aplicabilidade (eficácia);

R- NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA PLENA
As normas constitucionais de eficácia plena são aquelas que, desde sua criação (entrada em
vigor da Constituição Federal ou da edição de uma emenda constitucional), possuem
aplicabilidade imediata, direta e integral. Vale dizer, as normas constitucionais de eficácia
plena, desde sua gênese, produzem, ou ao menos possuem a possibilidade de produzir, todos
os efeitos visados pelo constituinte (originário ou derivado). São, portanto, autoaplicáveis.
Tem aptidão para produzir todos os efeitos buscados pelo legislador constituinte, uma vez que
conformam de modo suficiente a matéria de que tratam. Como exemplos, podemos citar os
artigos 19; 37, caput; 53; e 230, § 2º.

- NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA CONTIDA: As normas constitucionais de eficácia
contida são aquelas que possuem aplicabilidade imediata, direta, mas não integral, uma vez
que podem ter o seu alcance reduzido por atos do Poder Público supervenientes. Ou seja, no
caso das normas constitucionais de eficácia contida, o legislador constituinte regulou
suficientemente a matéria versada, mas possibilitou a atuação restritiva posterior por parte do
Poder Público. São, também, autoaplicáveis. Parcela da doutrina as classificam em normas
constitucionais de eficácia redutível ou restringível.

- NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA LIMITADA
As normas constitucionais de eficácia limitada possuem aplicabilidade indireta, uma vez que
dependem da emissão de uma normatividade futura. Ou seja, essas normas não produzem
com a simples promulgação da Constituição ou da edição de uma emenda constitucional os
seus efeitos essenciais, dependendo da regulamentação posterior que lhes entregue a eficácia,
sendo qualificadas, assim, como normas não autoaplicáveis. A utilização de certas expressões
como “a lei regulará”, “a lei disporá”, ou “na forma da lei” indicam que a vontade do
constituinte precisa ser complementada para o ulterior efeito da norma constitucional.

4 – Disserte sobre os princípios utilizados na interpretação constitucional;

interpretação jurídica consiste, antes de mais nada, na atividade atribuída ao exegeta de
delimitação do alcance da norma jurídica, de modo a extrair o “espírito da norma”, ou seja, o
real sentido que a norma jurídica deverá assumir no exame do caso concreto.
Tradicionalmente, a doutrina constitucional atribui a Savigny o desenvolvimento dos métodos
clássicos de interpretação, tais como o gramatical, o histórico, o sistemático e o teleológico.
Ocorre, todavia, que esses métodos interpretativos clássicos desenvolvidos demonstraram ser
insuficientes para a resolução dos casos mais difíceis, complexos, uma vez que o legislador não
poderia conceber, a priori, a solução de todos os celeumas que poderiam existir no seio da
sociedade. Assim, os referidos métodos foram complementados
por uma nova hermenêutica constitucional, a qual desenvolveu novos métodos de aferição do
significado das normas, tais como o tópico-problemático, o hermenêutico-
concretizador, o científico-espiritual, o normativo-estruturante e o da comparação
constitucional.

– Princípios da interpretação constitucional: Consoante afirmado, diversos princípios foram
desenvolvidos pela hermenêutica constitucional no sentido de estabelecer parâmetros
interpretativos racionais e razoáveis a respaldar a atividade do exegeta no descobrimento do
real sentido atribuído à norma. Assim, podemos estabelecer métodos de interpretação
pautados nos próprios princípios, os quais serão utilizados como parâmetros para aplicação da
norma jurídica ao caso concreto, servindo como vetores interpretativos.

- Princípio da unidade da constituição: Por meio desse princípio, entende-se que a Constituição
deve ser interpretada como sendo um sistema unitário de normas, ou seja, de regras e
princípios, sem que haja qualquer hierarquia entre elas. No mesmo sentido é o magistério da
doutrina. Notem: “Segundo essa regra de interpretação, as normas constitucionais devem ser
vistas não como normas isoladas, mas como preceitos integrados num sistema unitário de
regras e princípios, que é instituída na e pela própria Constituição. Em consequência, a
Constituição só pode ser compreendida e interpretada corretamente se nós a entendermos
como unidade...

- Princípio da máxima efetividade:
Intimamente relacionado ao princípio da força normativa da Constituição, o princípio em
epígrafe consiste em interpretar a norma jurídica de modo a lhe proporcionar a máxima
eficácia possível, sem violar, todavia, o seu conteúdo. Relaciona-se, portanto essencialmente
com os direitos fundamentais

- Princípio da justeza ou da conformidade funcional: Mencionado princípio tem por escopo
orientar o intérprete para que não chegue a uma exegese que deturpe o sistema
organizatório-funcional estabelecido na Constituição, com violação às regras de competências
e funções elencadas

- Princípio da concordância prática ou da harmonização: referido princípio estabelece que em
uma eventual colisão de princípios ou bens jurídicos, o exegeta deverá sopesar os princípios
conflitantes de modo a harmonizá-lós; sem que a aplicação de um, resulte no aniquilamento
do outro.

- Princípio da força normativa: Sofrendo forte influência da doutrina de Konrad Hesse, o
referido princípio estabelece que toda norma constitucional possui, ainda que em grau
reduzido, eficácia. Logo, a Constituição deve incorporar em seu bojo a realidade sócio-política,
conformando a realidade e, ao mesmo tempo, sendo conformada por ela. Assim, a
Constituição deve ser interpretada de modo que lhe seja assegurada força normativa,
reconhecendo a eficácia de suas normas, já que não se trata de uma mera carta política de
intenções. Essa é, inclusive, a posição sustentada por renomada doutrina, senão
vejamos:“Reduzindo-a à sua expressão mais simples, poder-se-ia dizer que esse cânone
interpretativo consubstancia um conselho – Friedrich Müller nos fala em apelo – para que os
aplicadores da Constituição, na solução dos problemas jurídico-constitucionais, procurem dar
preferência àqueles pontos de vista que, ajustando historicamente o sentido

- Princípio da interpretação conforme a constituição: o princípio em comento sustenta que
diante de normas polissêmicas, ou seja, com vários significados, o intérprete deve optar pela
interpretação que mais se compatibilize com a constituição, afastando as demais
interpretações que violem a constituição.

- Princípio da presunção de constitucionalidade das leis: Consoante assevera esse princípio, as
leis e os atos normativos em geral existentes no ordenamento jurídico devem ser presumidos
constitucionais, salvo se houver declaração judicial de inconstitucionalidade, a qual importará,
conforme entendimento da doutrina majoritária e do próprio STF, em nulidade da norma, a
qual não terá aptidão para produzir efeitos jurídicos.

- Princípio da proporcionalidade ou razoabilidade: Vale ressaltar, de plano, que não há um
consenso acerca da natureza jurídica da proporcionalidade, muito embora possa ser
reconhecida como um vetor interpretativo no sistema jurídico, assumindo três dimensões:
adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito.
Com efeito, segundo o Ministro Luís Roberto Barroso, a proporcionalidade é um
princípio, sendo a mesma entendida por Humberto Ávila como um postulado normativo, ou
seja, uma norma de 2º grau, que orientará a aplicação e a interpretação das demais normas
jurídicas. Por fim, para o STF proporcionalidade é, em essência, a consagração do devido
processo legal, substantivo ou material.

5 – Conceito poder constituinte, classificando-o e explicando a diferença entre eles.

R- O Poder Constituinte é responsável pela criação elaboração, reforma e mudanças das
constituições, ou seja, é o poder de criar ou alterar uma constituição. O poder constituinte é o
fruto de uma mudança de mentalidade que ocorreu entre a idade média e a idade moderna.

- FEDERALISMO TRINO
O ente político de base territorial e fim governamental mais antigo e tradicional do Brasil é o
município. Foi sufocado pela proclamação da república federativa em 1889, que importou o
modelo dos Estados Unidos da América, implantando-o sobre os municípios brasileiros como
uma camisa de força. No Brasil, a federação se constituiu de uma união federal de estados
federados, ignorando os municípios.

- PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO O poder constituinte originário é marcado por sua
inicialidade, ilimitação e incondicionamento. Inicialidade do Poder Constituinte originário
significa que a Constituição é um ato inicial, porque ela funda a ordem jurídica positiva e não é
fundada por ou em nenhuma outra ordem jurídica positiva. O poder constituinte é inicial
porque ele funda os demais poderes e não se funda em outro poder. O segundo traço é a
ilimitação. Todas as correntes concordam em que ele é ilimitado ante a ordem jurídico-positiva
anterior: não se limita pela constituição e leis vigentes até sua manifestação.

- PODER CONSTITUINTE DERIVADO Diferentemente do originário, o poder constituinte
derivado não é inicial, mas é secundário, subordinado e seqüencial ao poder constituinte
originário de que provém; não é ilimitado, porque sofre diversas limitações (circunstanciais,
temporais, formais, materiais) que lhe são impostas pelo poder constituinte originário; e
também não é incondicionado, porque age condicionado por princípios e regras de
procedimento, que lhe são fixados pelo poder constituinte originário.

6 – Disserte acerca das concepções da Constituição;

R-

Concepção sociológica da constituição

Na visão sociológica, a Co nstituição é concebida como f ato social, e não propriamente
como norma. O
texto positivo da Constituição seria resultado da realidade social do País, das forças
sociais que
imperam na sociedade, em determinada conjuntura histórica. Caberia à Constituição escrita,
tão somente, reunir e sistematizar esses valores sociais num documento formal, documento
este que só teria eficácia se correspondesse aos valores Presentes na sociedade.
Representante típico da visão sociológica de Constituição foi Ferdinand L assalle, segundo
o qual a
Constituição de um país é, em essência, a soma dos fatores reais de poder que nele
atuam, vale dizer,
as forças reais que mandam no país.
Para Lassalle, constituem os fatores reais do poder as forças que atuam, política e
legitimamente, para conservar as instituições jurídicas vigentes.
Dentre essas forças, ele destacava a monarquia, a aristocracia, a grande burguesia, os
banqueiros e,
com específicas conotações, a pequena burguesia e a classe operária.
Segundo Lassalle, convivem em um país, paralelamente, duas Constituições: uma
Constituição real, efetiva, que corresponde à soma dos fatores reais de poder que
regem esse País, e uma Constituição escrita, por ele denominada "folha de papel".

Concepção política da constituição

A concepção política de Constituição foi desenvolvida por Carl Schmitt, para o qual a
Constituição é uma decisão política fundamental. Para Schmitt, a validade de uma
Constituição não se apoia na justiça de suas normas, mas na decisão política que lhe dá
existência.
O poder constituinte equivale, assim, à vontade política, cuja força ou autoridade é
capaz de adotar a
concreta decisão de conjunto sobre modo e forma da própria existência política,
determinando assim a existência da unidade política como um todo.
A Constituição surge, portanto, a partir de um ato constituinte, fruto de uma vontade
política fundamental de produzir uma decisão eficaz sobre modo e forma de existência política
de um Estado.
Nessa concepção política, Schmitt estabeleceu uma distinção entre Constituição e leis
constitucionais:
a Co nstituição disporia somente sobre as matérias de grande relevância jurídica, sobre
as decisões
políticas fundamentais (organização do Estado, princípio democrático e direitos
fundamentais, entre outras); as demais normas integrantes do texto da Constituição
seriam, tão somente, leis constitucionais.

CONCEPÇÃO JURÍDICA DA CONSTITUIÇÃO

Em sentido jurídico, a Constituição é compreendida de uma perspectiva estritamente
formal, apresentando-se como pura norma jurídica, como norma fundamental do Estado
e da vida jurídica de um país, paradigma de validade de todo o ordenamento jurídico e
instituidora da estrutura primacial desse Estado. A Constituição consiste, pois, num sistema
de normas jurídicas. O pensador mais associado à visão jurídica de Constituição é o austríaco
Hans Kelsen, que desenvolveu
a denominada Teoria Pura do Direito.
Para Kelsen, a Constituição é considerada como norma, e norma pura, como puro
dever -ser, sem
qualquer consideração de cunho sociológico político ou filosófico.

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