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CONSTITUCIONAL CONTEMPORÂNEO
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Abaixo seguiremos com uma melhor explicação desses três marcos.
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do Juiz (identifica no ordenamento jurídico, a norma aplicável ao problema a ser
resolvido, revelando a solução).
Com o avanço do Direito Constitucional, quanto ao papel da norma, pôde ser verificado
que a solução dos problemas jurídicos nem sempre se encontram no relato abstrato do
texto normativo. Onde muitas vezes só é possível achar a solução constitucionalmente
adequada à luz do problema, dos fatos relevantes, analisados topicamente. Quanto ao
papel do Juiz, não terá apenas uma função de conhecimento técnico, com a intenção de
revelar a solução contida no enunciado normativa, agora o intérprete torna-se
coparticipante do processo de criação do Direito, completando o trabalho do legislador.
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neoconstitucionalismo pode ser avaliada pela indevida invocação de autores
estrangeiros que teriam rompido com o positivismo jurídico, quando, na verdade,
ensinam um positivismo renovado pelo recurso frequente a uma retórica vazia e
passionalista. Portanto, finalizamos entendendo que a imprecisão teorética do
neoconstitucionalismo permite que sob sua abrangente moldura, outros autores busquem
se aproximar do realismo jurídico, sob uma tendência onde no exterior é disputado com
o positivismo e o moralismo jurídico a explicação, justificação e conformação da
experiência no mundo do Direito.
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Entre outros princípios consagrados por este processo na Constituição Federal,
tem-se o da legalidade, que torna o direito obrigado a submeter-se ao interesse público
devido a obrigatoriedade de um processo legislativo determinado pela própria
Constituição, o que reforça, consequentemente, a autoridade constitucional, que de fato,
confere ao Estado uma maior rigidez, atrelado aos princípios da razoabilidade, da
proporcionalidade, da segurança jurídica, e outros, designando a Administração Pública
a se submeter com mais insistência ao Direito como instituição criada pela própria
Constituição.
Como resultado ocorre o processo de democratização da Administração Pública,
onde identifica-se a participação de grupos de cidadãos no processo de atividades típicas
da Administração Pública. Por intermédio de uma abertura muito grande deste
princípio, surge como consequência a “crise da noção de serviço público”, surgida pela
possibilidade de criar empresas privadas concorrentes às públicas na forma das
atividades.
No direito francês houve certa rejeição a esta mudança, admitindo-se um
significado de serviço de interesse econômico geral para atividades geridas pelo Estado,
mantendo-se o conceito de serviço público para o que é atividade social realizada pelo
próprio Estado, para evitar que as atividades essenciais deixem de ser prestadas.
Um outro movimento vizinho ao de privatização surge: o movimento de
agencificação com a outorga de função regulatória às agências reguladoras (autarquias
de regime especial), que aparecem neste cenário com a influência do common law
americano, com função semelhante à legislativa, pois regulam certos produtos ou
atividades de modo análogo a uma legislação, mas que não recebem a mesma
autoridade, bem como atividade semelhante a do judiciário, em fiscalizar o
cumprimento das regras que cria por si só.
Complementando a inédita da criação das autarquias, deriva-se a aplicação do
princípio da subsidiariedade, por consequência das mudanças supracitadas, com intuito
de suplementar o equilíbrio entre a atuação de entidades estatais e serviços privados, de
modo que um não tire a importância e efetividade do outro, mas que, em conjunto,
possam se aliar para realizar serviços que auxiliem a trazer melhorias palpáveis e que
funcionem verdadeiramente, mas com o Estado que tem a função de permanecer
fiscalizando, coordenando e regularizando a iniciativa privada.
Já a reforma da administração pública atrai a mutação da burocracia que permeia
a administração pela gerência, com a profissionalização do serviço público e avaliação
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da capacidade gerencial (com contratos de gestão), além da participação popular, com
metas para atingir este objetivo, sendo possível concluir que alguns dos principais
objetivos desta reforma já foram admitidos pelo sistema jurídico e estruturador do
estado brasileiro desde a década de 1990, quando iniciaram-se propostas de privatização
de algumas empresas estatais.
Alcança-se, então, a questão da centralidade da pessoa humana, contraposta ao
princípio da supremacia do interesse público, quando se encontram pessoas privadas,
representantes do interesse das empresas privadas que realizam atividades em
concorrência com as estatais, considerando-se, à primeira análise, que deve-se haver a
supremacia do interesse público, independentemente de que órgão ou empresa prestará
o serviço, uma vez que, para que funcione, a empresa privada que presta serviços de
ordem pública, necessita de fomento, ou seja, é auxiliada subsidiariamente pelo próprio
Estado, que não atua com esta única função, mas também fiscaliza e regula estas ações.
Sendo assim, a privatização do direito administrativo configura, em outras
palavras, a possibilidade de aumentar a utilização de recursos que o próprio Estado ou
não tem, ou tenha de forma precária, sem, de fato, comprometer a submissão ao Poder
Público e a divisão tripartite, não sendo relevante quem realize a função, pois deverá se
submeter às mesmas regras, pelas licitações e contratos efetivados, assim como nas
contratações de serviços e servidores, não caracterizando uma evasão da
responsabilidade do Estado ao privado, já que ao direito brasileiro é inerente uma força
que submete todos aqueles que estão a seu serviço ou responsabilidade, uma vez que é
permeado por princípios, institutos e ferramentas que afirmam e reafirmam a segurança
jurídica quanto a este ponto.
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