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CURSO COMPLETO DE FOTOGRAFIA

MODULO II

Techimage

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 1


CURSO COMPLETO DE FOTOGRAFIA

BRUNO SELLMER
JÚLIO ACEVEDO (Estúdio)
CARLOS HANSEN (Fotojornalismo)

Techimage

2008

Techimage SP
Rua Nebraska, 90
04560-010 - São Paulo - SP
tel.: (11) 2122-4203
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Sumário

Tratamento de Imagem...................pg.04
- Descarregando imagens - pg.05
- Resolução de Imagem – pg.06
- Modos de cor – pg.07
- Abrindo o Photoshop – pg.08
- Área de trabalho – pg.09
- Abrindo a imagem – pg.11
- Criando um Novo Arquivo – pg.12
- Salvando um Arquivo – pg.13
- Tamanho da Imagem – pg.15
- Tamanho da tela de pintura – pg.16
- Janelas e paletas – pg.18
- Ajsutes de imagem – pg.20
- Barra de ferramentas – pg.27
- Camadas – pg.40
- Filtros – pg.42

Estúdio..........................................pg.46
- Cor da luz – pg.48
- Luz natural em fotos externas – pg.49
- Luz artificial – pg.50
- Balanço de branco no estúdio – pg.51
- Profundidade de campo – pg.52
- Flare – pg.53
- Velocidade de sincronismo – pg.54
- Equipamentos – pg.55
- Acessórios – pg.58
- Luz contínua X Flash – pg.62
- Fundos – pg.63
- Setup inicial – pg.64
- O estúdio – pg.65
- Dia a dia de um estúdio – pg.65
- Rerências – pg.67

Fotojornalismo de rua......................pg.69
- Histórico – pg.70
- Mercado Nacional – pg.73
- O fotojornalismo na atualidade – pg.75
- Equipamento – pg.77
- Uso do Flash – pg.79
- Cotidiano – pg.80
- Problemas – pg.82
- Fotografando pessoas – pg.83
- Coletivas – pg.84
- Grandes eventos – pg.85
- Convulsões e violênia – pg.86
- Esporte – pg.87
- Ética – pg.88
- Direito de imagem – pg.90
- Referências – pg.94

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1.
TRATAMENTO
DE IMAGEM

OBJETIVOS
O objetivo deste capítulo é ensinar
como lidar com o PHOTOSHOP,
importante ferramenta, essencial
nos dias de hoje com a fotografia
digital.
Por melhor que a foto se apresente,
ela pode ficar ainda melhor com os
ajustes proporcionados pelo PS.
Veremos alguns desses ajustes e
conceitos.

CONCEITOS
- Descarregando imagens
- Resolução de Imagem
- Modos de cor
- Abrindo o Photoshop
- Área de trabalho
- Abrindo a imagem
- Criando um Novo Arquivo
- Salvando um Arquivo
- Tamanho da Imagem
- Tamanho da tela de pintura
- Janelas e paletas
- Ajsutes de imagem
- Barra de ferramentas
- Camadas
- Filtros

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Descarregando as Imagens

Para descarregar suas imagens da câmera digital no computador siga os seguintes


passos:

1. Conecte a câmera diretamente no computador ou use o leitor do cartão de memória e


insira o cartão.
2. Acesse a pasta Meu computador na sua área de trabalho (desktop), dando um duplo
clique no botão esquerdo do mouse. Você verá o seguinte quadro de diálogo:

3. Dê um duplo clique em Disco removível. Aparecerá então o quadro de diálogo do disco


removível.
4. A pasta que está dentro deste quadro contêm as suas imagens. Copie esta pasta
clicando com o botão direito do mouse e escolhendo a opção copiar.
5. Escolha um lugar no seu computador para salvá-la, clicando com o botão direito do
mouse e escolhendo a opção colar.
6. Depois de copiar e colar suas imagens, clique no nome da pasta duas vezes e renomeie
de acordo com a data ou tema, afim de manter os arquivos organizados.

Pronto! Desta forma suas fotos já foram descarregadas e estão salvas em uma pasta no
seu computador.

Sempre que for trabalhar em uma imagem faça um backup da mesma,


prevenindo eventuais perdas.

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Resolução da Imagem

As imagens no monitor do computador são chamadas imagens bitmap (mapa de bits),


são formadas por pixels (picture element, que são unidades de cor), enquanto imagens
impressas (jornais, revistas ou banners) são formadas por pontos (pigmentos de tinta). Não
enxergamos os pixels/pontos individualmente devido a proximidade entre eles, ficamos então
com a percepção de uma imagem com suaves gradações de luzes e sombras. A medida de
pixels e pontos é equivalente.

A resolução da imagem é o número de pixels dentro de uma determinada unidade de


comprimento (por convenção usa-se polegadas), ou seja, é a quantidade de pixels por
polegada (dots per inch – DPI). O número ideal de pixels para uma boa imagem está
relacionado com a finalidade da mesma, com a distância que estamos dela, com a forma de
impressão e com a qualidade do papel.

Quanto maior a resolução, menor a distância entre os pontos e vice-versa; quanto mais
próximo estivermos da imagem, maior deve ser a sua resolução (menor distância entre os
pontos). Por exemplo, para a tela do computador utiliza-se 72 dpi (72 pixels por polegada),
para imagens que serão impressas em um jornal, utiliza-se 180 dpi, para uma imagem
publicada numa revista ou livro o ideal é 300 dpi.

Confira no quadro a resolução necessária para cada situação:

Fotografia impressa, revista, livro 300dpi


Jornal 180dpi
Banner 96dpi
Outdoor 30dpi
Internet 72dpi

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Modos de Cor

Os modos de cor descrevem as cores numericamente. Cada cor tem o seu número
(código), permitindo que ela seja facilmente identificada. Podemos dizer que o modo de cor é o
“endereço” de uma cor específica.

Para definir o modo de cor ideal para uma imagem é necessário saber qual será a
finalidade da mesma. Existem diversos modos de cor, aqui trataremos de três deles: RGB,
CMYK e Tons de cinza.

RGB

R= red (vermelho)
G= green (verde)
B= blue (azul)

No modo de cores RGB o vermelho, o verde e o azul são combinados de várias


maneiras para reproduzir as outras cores. É um modo de cor que utiliza a luz para compor as
suas cores, por isso é ideal para ser visualizado em monitores de computador, televisão, vídeos
e para ampliações fotográficas em laboratórios.

CMYK

C= cyan (ciano)
M= magenta (magenta)
Y= yelow (amarelo)
K= Black (preto)

As combinações de ciano, magenta, amarelo e preto formam todas as cores necessárias


para uma boa impressão. Mas cuidado: o computador segue o sistema RGB, logo, a cor vista
no monitor pode ser diferente da cor vista na impressão final do seu arquivo.

Tons de Cinza

O modo Tons de Cinza não aceita nenhuma informação de cor e utiliza até 256 tons de
cinza. Cada pixel de uma imagem em tons de cinza possui um valor de brilho que varia de 0
(preto) a 255 (branco). As imagens produzidas com o uso de scanners em preto e branco ou
tons de cinza geralmente são exibidas neste modo.

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Abrindo o Photoshop

Para ativar o programa podemos utilizar um atalho na área de trabalho, ou através do


botão Iniciar (Microsoft Windows) / Programas / Adobe Photoshop.

Após aberto você verá a seguinte área de trabalho:

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Área de Trabalho

Barra de Menus

A barra de menus apresenta as opções de trabalho do programa, cada menu contêm


uma janela com diversas funções que serão utilizadas para trabalhar as imagens.

Barra de Ferramentas

Aloca as ferramentas de trabalho do Photoshop. Está diretamente ligada a barra de


opções das ferramentas; quando uma ferramenta é ativada, suas propriedades ficam expostas
nesta. Repare que algumas ferramentas possuem um triângulo preto no canto inferior direito,
que significa que aquela ferramenta possui extensões.

Na parte inferior da caixa encontramos alguns itens que não são exatamente
ferramentas: Cores de Primeiro Plano (Foreground) e Plano de Fundo (Background), Modos de
Seleção, Modos de Tela e atalho para o Programa Adobe Image Ready.

Barra de Opções das Ferramentas

Modifica-se de acordo com a ferramenta que está ativada, mostrando suas


caracteristicas e propriedades.

Paletas

Disponíveis no menu Janela (Window); cada uma possui uma função diferente e servem
para auxiliar e organizar o trabalho. Falaremos sobre elas mais adiante.

Janelas e Docas

Servem para alocar as paletas, empilhando-as uma sobre a outra.

Barra de Status

Exibe informações do documento (da área selecionada) ou da ferramenta ativada.

Como Personalizar a Área de Trabalho

1. As paletas são exibidas em grupos. Para deslocar uma paleta posicione o mouse
sobre a aba e arraste com o botão do mouse pressionado para outra posição.

2. Organize as paletas da maneira que preferir.

3. Ao terminar, salve sua configuração através do menu Janela (Window) / Área


de Trabalho (Workspace) / Salvar Área de Trabalho (Save Workspace).

Sua área de trabalho ficará salva em menu Janela (Window) / Área de Trabalho
(Workspace).

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Réguas (Rulers)

Utilizadas para extração de linhas guias que podem auxiliar no trabalho. Para trocar a
unidade de medida, clique com o botão direito do mouse sobre a régua. Estão alocadas no
menu Visualizar (View) / Réguas (Rulers).

Seletor de Cores (Color Picker)

Clicando na Cor de Primeiro Plano ou de Plano de Fundo, veremos a janela do Seletor


de Cores.

Nesta caixa de diálogo é possível escolher uma cor na barra vertical colorida e sua
tonalidade no quadrado.

Modos de Tela (Screen Mode)

No Photoshop temos três opções de visualização de tela, que possibilitam mostrar ou


ocultar a barra de menus, a barra de título e as barras de rolagem.

O Modo de Tela Padrão (Standard) exibe as fotos em janelas e permite a visualização


da barra de menu, barras de rolagem e outros elementos de tela, porém não permite que a
foto seja arrastada livremente.

Já o Modo de Tela Cheia com Barra de Menus (Fullscreen With Menu) amplia a
visualização da imagem e mantém visível a barra de menus, permitindo que a foto seja
arrastada livremente.

O Modo de Tela Cheia (Fullscreen) apresenta a área de visualização da imagem


ampliada e omite a barra de menus.

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Abrindo a Imagem

Existem diferentes formas de abrir um arquivo no Photoshop. A mais simples é através


da barra de menus: Arquivo (File) / Abrir (Open), procure a pasta onde está a imagem e clique
no arquivo escolhido para abrí-lo.

Outra opção é através do Adobe Bridge, software instalado junto com o Photoshop. Para
acessá-lo clique no menu Arquivo (File) / Procurar (Browse) ou clique no ícone na barra de
ferramentas.

O Adobe Bridge é um gerenciador de imagens; fácil de usar para quem trabalha com
fotografia, pois permite organizar, procurar, localizar e exibir facilmente os arquivos.

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Criando um Novo Arquivo
Para criar um novo arquivo, em branco, clique no menu: Arquivo (File) / Novo (New).
Você verá o seguinte quadro de diálogo:

Nomeie o seu novo arquivo e preencha os campos da caixa de diálogo de acordo com o
que deseja nos campos Largura (width), Altura (height) e Resolução (Resolution). Não se
esqueça de definir qual será a unidade de medida a ser usada.

No campo Conteúdo do Plano de Fundo decida se quer que seu arquivo tenha um plano
de fundo branco, transparente ou da cor que estiver definida no Photoshop para plano de
fundo. Clique em OK e seu arquivo será aberto.

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Salvando um Arquivo

Para salvar um arquivo, clique na barra de menus: Arquivo (File) / Salvar Como (Save
As), digite o nome do arquivo, escolha o formato e clique em Ok.

O Photoshop permite salvar um arquivo em vários formatos, aqui falaremos de dois


deles:

PSD – É o formato original do Photoshop, mantêm as Camadas (Layers) e outros atributos do


arquivo. O formato PSD normalmente é muito pesado, por isso ele é indicado para situações
em que trabalharemos novamente no arquivo.

JPG – Devido a compactação, os arquivos salvos neste formato


não armazenam Camadas (Layers) e sofrem perda de cores,
consequentemente de detalhes, porém os arquivo em JPG são
mais leves. Quando salvamos neste formato, após clicar em OK,
teremos o quadro de diálogo ao lado:

Qualidade (Quality) – Este campo controla a taxa de


compactação. Recomendamos usar sempre o valor máximo
(12), para termos uma imagem de melhor qualidade.

Opções de Formato (Format Options) – Usar o formato Linha de


Base (“Padrão”) (Baseline (“Standard”)), pois os formatos Linha de Base Otimizada (Baseline
Optimized) e Progressivo (Progressive) são utilizados para web.
Salvando um Arquivo para Web

Para salvar um arquivo no formato JPG para web, utilize o menu Arquivo (File) / Salvar
para Web (Save for Web).

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Clique em Até 4 (4up) para visualizar as opções de compactação. Repare que no canto
inferior de cada visualização é exibido o tamanho do arquivo.

Na caixa de Prédefinição escolha o formato JPEG e compare as amostras. Escolha a


melhor e certifique-se de que a compactação escolhida não sofreu perdas que possam
comprometer a imagem (examine a imagem com o zoom em 100%).

No campo Tamanho da Imagem (Image Size) reduza, caso necessário, as dimensões da


imagem para que ela se encaixe na tela e clique em Salvar (Save).

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Tamanho da Imagem (Image Size)

A caixa de diálogo Tamanho da Imagem exibe as dimensões e a resolução do arquivo.


Pode ser usada para uma consulta de tamanhos de impressão em diferentes meios ou para
efetivamente mudar o tamanho da imagem. Para acessá-la clique no menu: Imagem (Image)
/ Tamanho da imagem (Image size). Você verá o seguinte quadro de diálogo:

Nessa janela podemos verificar a resolução atual da imagem e o tamanho máximo que
podemos ampliá-la sem perder qualidade.

Para consultar outros valores de resolução e tamanhos de ampliação, deixe o ítem


Restaurar Resolução da Imagem (Resample Image) desativado. Coloque no campo Resolução
o número que desejar e automaticamente os campos Altura e Largura serão ajustados. Repare
que o campo de Dimensões em pixel ficou bloqueado, portanto a imagem não sofreu nenhuma
alteração.

Se o campo Restaurar Resolução da Imagem estiver ativado, qualquer alteração


mudará a quantidade de pixels da imagem, podendo interpolar a foto com possível perda de
qualidade.

A interpolação acontece quando o Photoshop cria pixels para aumentar o tamanho real
de uma imagem. Ela pode ser feita, mas sempre com cautela. O ideal é que a interpolação
aumente não mais do que 10% do tamanho real do arquivo. Sempre que interpolar uma foto,
atente para que não ocorram perdas significativas.

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Tamanho da Tela de Pintura (Canvas Size)

A tela de pintura é a área visível da imagem. Ou seja, sempre que abrimos uma foto,
ela aparece dentro da tela de pintura. Para acessar a caixa de diálogo Tamanho da tela de
Pintura clique em menu: Imagem (Image) / Tamanho da tela de pintura (Canvas Size).

O painel superior exibe as atuais configurações da tela de pintura. No painel inferior é


possível estipular valores para altura e largura, bem como alterar as unidades de medida.

O campo Relativo (Relative), quando ativado, zera a numeração de altura e largura,


permitindo que coloquemos apenas o quanto queremos redimensionar.

O gráfico Âncora (Anchor) permite estabelecer o lado (ou os lados) onde a tela de
pintura será redimensionada. Quando a âncora se encontra no ponto central, a imagem será
redimensionada em todos os lados.

No campo Cor da extensão da tela de pintura (Canvas Extension Color) escolhemos


qual cor queremos que apareça na área redimensionada.

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Como Criar Margem na Foto

1. Abra a imagem que deseja colocar uma margem.


2. Abra a janela de Tamanho da Tela de Pintura menu Imagem (Image) /
Tamanho da Tela de Pintura (Canvas Size)
3. Deixe o campo Relativo (Relative) ativado.
4. Nos campos altura e largura coloque 2 cm (o tamanho a ser colocado
depende do tamanho da imagem, para esse exemplo usaremos uma imagem
10 x 15 cm, com 300 DPI)
5. No campo Cor da Extensão da tela de pintura (canvas extension color)
escolha uma cor.
6. Clique em ok.

Pronto, sua foto está com margem!

OBS: Para girar um arquivo clique no menu: Imagem (Image) / girar tela de pintura (Rotate
canvas) e escolha o sentido e a angulação que que deseja girá-lo. Nessa opção é possivel
também virar (espelhar) a foto horizontalmente ou verticalmente.

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Janelas e Paletas
Todas as paletas estão alocadas na barra de menus: Janela (Window).

Paleta Cor (Color)

Nos permite criar uma cor ou chegar numa cor específica ajustando os controles de RGB
(ou CMYK).

Paleta Amostras (Swatches)

Ao criarmos uma cor, podemos alocá-la nesta paleta. Basta clicar no ícone indicado.
Para excluir uma cor existente podemos arrastá-la para lixeira.

Paleta Camadas (Layers)

Mostra as Camadas (Layers) existentes no arquivo aberto e todas as opções disponíveis


para cada uma delas. Mais a frente falaremos mais sobre camadas.

Paleta Caractere (Character)

Mostra as opções de formatação de textos.

Paleta Parágrafo (Paragraph)

Mostra mais opções de formatação de textos.

Paleta Histograma (Histogram)

O histograma exibe o gráfico das áreas de sombras, tons-médios e realces da imagem.

Paleta Histórico (History)

Nesta paleta ficam armazenadas, numa lista, todas as ações que executamos. Esta lista
é limitada, portanto só conseguiremos desfazer as ações que ainda estiverem na lista. Para
desfazer uma ação utilizar o menu Editar (Edit) / Desfazer (Undo), e para desfazer as ações
anteriores utilize Retroceder uma Etapa (Step Backward).

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Paleta Navegador (Navigator)

Esta paleta nos permite controlar o zoom e indica em que área da imagem estamos
trabalhando quando a imagem não está ajustada à tela.

Paleta Informações (Info)

Nos mostra informações sobre o arquivo, cores e coordenadas do ponto onde está
posicionado o mouse.

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Ajustes de Imagem

Muitas vezes um bom tratamento na imagem é feito apenas com os ajustes. Eles
permitem a correção de cores, ajustes nas luzes, no contraste e em diversas outras
propriedades de uma foto.

Todos os ajustes disponíveis no Photoshop estão localizados na barra menus: Imagem


(Image) / Ajustes (Adjustment). A opção visualizar (view) presente nas caixas de diálogo
permite visualizar ou não o ajuste. Nessa apostila indicaremos os comandos básicos dos
ajustes.

Níveis (Levels)

O quadro de diálogo Níveis permite corrigir o intervalo de tons de uma fotografia. O


ajuste pode ser feito individualmente nas sombras, nos tons médios e nos realces da imagem.

O gráfico dos Níveis, o histograma, atua como um guia visual para o ajuste dos tons da
imagem. Ele mostra as áreas de sombras (lado esquerdo do histograma), tons médios (centro)
e realces (lado direito). Confira o passo a passo de uma correção com o comando Níveis:

1. Abra a sua imagem e abra o quadro de diálogos do comando Níveis.

Podemos ver através do histograma acima que a imagem contêm muitas informações
de tons médios, mas pouca informações nas sombras e realces. O aspecto da imagem é de
névoa, sem contraste.

Logo abaixo do histograma aparecem três setas que podem ser deslocadas para a
direita ou para a esquerda. Cada seta controla uma função: a preta controla as sombras, a
cinza os tons médios e a branca os realces.

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2. Para acrescentar informações de sombra, basta deslizar a seta de sombras para a
direita, no início da inclinação do gráfico (observar figura). Atenção para não ultrapassar muito
o gráfico e perder informações de contraste na cor preta.

3. Para acrescentar informações de realce, basta deslizar a seta de realces para a


esquerda, também no local onde o gráfico inclina (observar figura). Se ultrapassar muito o
início do gráfico repare que o branco começa a estourar.

4. Os tons médios devem ser ajustados, se necessário, por útlimo, pois a sua seta se
movimenta sempre que os realces e sombras são alterados. Após aceitarmos as alterações, ao
abrirmos novamente a caixa de diálogos Níveis, o histograma aparecerá da seguinte forma:

O gráfico da imagem apareceu com os cantos


preenchidos, isso significa que os tons claros e
escuros estão presentes na foto.

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Curvas (Curves)

O comando curvas, assim como o Níveis, permite ajustar todo o intervalo de tons de
uma imagem. Em geral, apenas pequenos ajustes de curva são necessários para melhorar uma
foto. Observe o quadro de diálogo do comando curvas:

Inicialmente, o intervalo de tons é representado como uma linha diagonal reta. A


alteração da forma dessa linha modifica a tonalidade da imagem. Inclinar a curva para cima
clareia a imagem, enquanto inclinar a curva para baixo, escurece. Para inclinar a curva, basta
criar e mover pontos clicando em cima da linha e arrastando o mouse.

Os realces são representados no canto superior direito do gráfico. Mover um ponto na


parte superior da curva ajusta os realces; mover um ponto no centro da curva ajusta os tons
médios e um ponto na seção inferior da curva ajusta as sombras.

Para acentuar o contraste na imagem faça um “S” no gráfico como na imagem acima.

Sempre que quiser remover um ponto do gráfico, clique sobre ele e arraste para fora do
quadro de diálogo.

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Equilíbrio de Cores (Color Balance)

O Equilíbrio de Cores é uma dos meios disponíveis no Photoshop para correção de


cores.

Algumas imagens apresentam alterações de cores que podem ser resultantes de


digitalização, utilização equivocada de filtros, erro na configuração do balanço de branco, entre
outros motivos.

O quadro de diálogo do Equilíbrio de Cores apresenta três faixas de ajustes. Cada faixa
é composta por duas cores complementares.

Para corrigir a sua imagem, basta deslizar a seta da cor que está em excesso, levando-
a em direção à sua cor complementar. Você pode trabalhar nas sombras, nos realces e nos
tons médios.

Brilho / Contraste (Brightness / Contrast)

O comando Brilho/Contraste permite efetuar ajustes simples nos tons de uma imagem.
Para ajustes mais controlados, utilize Níveis ou Curvas, pois o comando Brilho / Contraste pode
resultar na perda dos detalhes da imagem.

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Matiz / Saturação (Hue / Saturation)

O comando Matiz / Saturação permite ajustar o matiz, a saturação e a luminosidade das


cores em uma imagem.

A matiz possibilita a melhor visualização das cores, corrigindo eventuais alterações. A


saturação é a quantidade de cor em uma foto. Quanto menos saturada, menos cor, levando
para o preto e branco. Quanto mais saturada for a foto, mais cores ela tem, mais “viva” é a
foto. Na luminosidade é possível acrescentar a cor branca ou a cor preta à imagem, deixando-a
mais clara ou mais escura.

Como Colorir Fotos em Preto e Branco

1. Antes de colorir sua foto PB, certifique-se de que o modo de cor da imagem seja
RGB ou CMYK.
2. Com a foto aberta, abra o quadro de diálogo Matiz / Saturação (Hue / Saturation).
3. Ative a opção Colorir (Colorize) e deslize a barra Matiz até encontrar a cor desejada.
5. Ajuste a tonalidade da cor nas barras de Saturação e Luminosidade.
6. Clique em ok e sua foto estará colorida!
7. Para colorir a foto com cores diferentes, selecione as áreas que deseja colorir de
uma mesma cor e siga o procedimento acima. Faça o mesmo com cada cor que quiser
acrescentar.

Remover saturação (Desaturate)

O comando Remover Saturação tira as cores de uma imagem deixando-a preta e


branca, sem alterar o seu modo de cor.

Esse comando tem o mesmo efeito que definir a Saturação como -100 no quadro de
diálogo Matiz / Saturação.

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Substituir Cor (Replace Color)

O comando Substituir Cor (Replace Color) permite selecionar cores específicas em uma
imagem e, em seguida, substituí-las.

Para selecionar uma cor, clique no primeiro conta gotas e clique na cor a ser
substituída. Os demais conta gotas adicionam ou removem uma cor da seleção.

O grau de seleção aumenta ou diminui a quantidade de tons da cor selecionada.

Quando definimos um novo matiz, saturação e luminosidade das áreas selecionadas, a


imagem muda de cor. Outra alternativa para escolher a nova cor é utilizar o Seletor de Cores
(Color Picker).

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Filtro de Fotos (Photo Filter)

O comando Filtro de Fotos imita a técnica bastante comum nas câmeras analógicas de
colocar um filtro colorido em frente à lente. O objetivo do filtro é ajustar o equilíbrio e a
temperatura de cores da luz refletida através da lente.

Com esse comando também é possível aplicar uma cor escolhida através do Seletor de
Cores.

Para aumentar ou diminuir a intensidade do filtro aplicado, basta deslizar a seta de


densidade.

Envelhecendo Fotos

Para deixar as suas fotos com um aspecto envelhecido, siga os seguintes


passos:
1. Remova a saturação da foto em menu Imagem (Image) / Ajustes
(Adjustment) / Remover saturação (Desaturate).
2. Abra o quadro de diálogo do Filtro de Fotos: menu Imagem (Image) /
Ajustes (Adjustment) / Filtro de Fotos (Photo Filter)
3. Escolha o filtro sépia e uma densidade que lhe agrade.
4. Clique em ok. Sua foto estará com aspecto de foto antiga!

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Barra de Ferramentas

Para facilitar a compreensão das ferramentas, vamos dividí-la em quatro blocos.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 27


BLOCO 1

Ferramenta Mover (Move Tool)

Utilizada para mover objetos ou áreas selecionadas. Esta ferramenta nos permite
redimensionar a área selecionada, rotacioná-la, assim como mudar a perspectiva quando
estamos com a opção Mostrar Contr. De Transf. (Show Transform Controls) ativada.

antendo a tecla SHIFT precionada podemos diminuir ou aumentar a seleção


proporcionalmente e com a tecla CTRL podemos mudar a perspectiva.

FERRAMENTAS DE SELEÇÃO

Existem várias ferramentas de seleção no Photoshop. A seleção serve para


reservar a área da imagem a ser trabalhada. Lembre-se que podemos trabalhar mais
de uma ferramenta de seleção simultaneamente para um melhor resultado e que
todos os comandos descritos abaixo servirão para todas elas.

Como Editar a Seleção

1. Transformar uma seleção: utilize o menu Selecionar (Select) / Transformar Seleção


(Transform Selection).

2. Ações Booleanas: Para seleção nova, adicionar, remover ou interseccionar áreas na


seleção observe os ícones na barra de opções da ferramenta selecionada.

3. Difusão (Feather): permite aplicar uma difusão na borda de uma seleção,


deixando-a mais suave. Ao terminar a seleção, vá ao menu Selecionar (Select) /
Difusão (Feather), e entre com a quantidade de pixels desejada.

4. Inverter uma seleção: utilize o menu Selecionar (Select) / Inverter (Inverse).

5. Desfazer uma seleção: menu Selecionar (Select) / Cancelar Seleção (Deselect).

Obs: Evite usar a barra de opções da ferramenta para alterar a difusão, pois dessa
forma, ao concluir qualquer seleção, imediatamente a difusão será aplicada e não
poderá ser desfeita.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 28


● Ferramenta Letreiro

Letreiro Retangular (Retangular Marquee Tool)

Utilizada para selecionar áreas retangulares ou quadradas.

Com a ferramenta ativada, clique em um ponto e arraste sobre a área que deseja
selecionar. Para fazer um quadrado perfeito, clique em um ponto, segure a tecla SHIFT e
arraste o mouse.

Letreiro Elíptico (Eliptical Marquee Tool)

Utilizada para selecionar áreas ovais ou circulares. Para fazer um círculo perfeito, clique
e depois pressione SHIFT para selecionar.

Letreiro de Linha Única / Coluna Única


(Single Row / Single Column Marquee Tool)

Selecionam apenas uma linha/coluna.

● FERRAMENTAS LAÇO

Laço (Lasso Tool)

Faz seleções à mão livre, basta clicar e arrastar o mouse.

Laço Poligonal (Polygonal Lasso)

A seleção será feita de ponto em ponto. Para finalizá-la clique no ponto inicial ou dê
duplo clique. Para desfazer um ponto clique backspace.

Laço Magnético (Magnetic Lasso)

Este laço será bastante útil para selecionar objetos que apresentem bastante contraste
com o fundo. Clique uma vez e arraste o mouse deliniando o objeto. Para melhores resultados
observe e se necessário altere os valores de Contraste (Contrast) e Frequência (Frequency) na
barra de opções da ferramenta.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 29


Ferramenta Varinha Mágica (Magic Wand)

Faz a seleção através de cores similares. Com a ferramenta ativada clique na cor que
deseja selecionar. Para selecionar mais variações ou menos da cor desejada, altere na barra de
opções da ferramenta o valor da Tolerância (Tolerance); quanto maior, mais variações de cores
você terá dentro da sua seleção.

Campo Adjacente (Contiguous): Deixe esta opção ativada quando desejar selecionar apenas as
áreas adjacentes que usam as mesmas cores. Com ela desativada, será selecionada toda a
área da imagem onde encontramos as cores.

Como Esfumaçar uma Foto

1. Selecione o elemento principal.


2. Aplique uma difusão alta (entre 100 e 150 pixels).
3. Inverta a seleção.
4. Pressione DELETE.

Ferramenta Corte Demarcado (Crop)

Ferramenta usada para aparar uma imagem. Podemos usá-la de duas maneiras:
delimitando a área a ser aparada à mão livre (clique e arraste o mouse, definindo a área que
deseja preservar) ou definindo na barra de opções da ferramenta os valores de Largura
(Width) e Altura (Height).

Prefira ajustar a Resolução (Resolution) no menu Imagem (Image) / Tamanho da


Imagem (Image Size), após ter efetuado o corte.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 30


Como Corrigir a Linha do Horizonte:

1. Selecione a imagem inteira (com a ferramente de corte).


2. gire a seleção até que os limites do corte fiquem paralelos a linha da foto.
3. Pressione ENTER.
4. Para finalizar, apare as bordas que sobraram.

Como Corrigir a Perspectiva:

1. Selecione a imagem inteira (com a ferramente de corte)


2. Ative a função Perpectiva (Perspective).

3. Traga os cantos para dentro da imagem alinhando com as verticais do prédio.


4. Pressione ENTER e pronto!

Ferramenta Fatia (Slice Tool)

Possui duas extensões, a primeira fatia a imagem e a segunda redimensiona as fatias.


Essa ferramenta é usada para otimizar imagens para internet.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 31


BLOCO 2

● FERRAMENTAS DE PINTURA

Pincel (Brush Tool)

A ferramenta pincel simula uma pintura. Na barra de opções da ferramenta podemos


definir várias propriedades do pincel. As opções descritas aqui serão úteis para as demais
ferramentas que usam o formato do pincel como cursor.

No campo Pincel (Brush) podemos escolher o diâmetro e a dureza. A dureza é a difusão


de borda do pincel.

No campo Modo (Mode) podemos definir o modo de pintura. Para usar o pincel comum,
escolha a opção Normal.

No campo Opacidade (Opacity) você pode controlar a transparência do pincel.

Lápis (Pencil Tool)

O lápis tem as mesmas características do pincel, porém ele não apresenta difusão de
borda.

Pincel de Substituição de Cor (Replace Color Tool)

O pincel de substituição de cor troca uma cor por outra. Para usá-lo basta clicar com o
meio do pincel (identificado pelo sinal de +) na cor a ser substituída.

Lembre-se de aumentar ou diminuir o diâmetro para ajustar o pincel à área a ser


trabalhada. É possível regular a tolerância do pincel, adicionando mais ou menos tons da cor
escolhida.

● FERRAMENTAS BORRACHA

Borracha (Eraser Tool)

A borracha apaga a imagem com a cor do Plano de Fundo (Background). Para usá-la
basta clicar e arrastar o mouse. É possível regular a dureza, o diâmetro e opacidade da
borracha.

Para apagar sem nenhuma cor, ou seja, deixando o fundo transparente (demonstrado
pelo quadriculado), é necessário desbloquear a camada do Plano de Fundo clicando duas vezes
sobre cadeado que se encontra na paleta de camadas.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 32


Borracha de Plano de Fundo (Background Eraser Tool)

A borracha de plano de fundo apaga deixando o fundo transparente. Com ela é possível
escolher uma cor e apagar todos os píxels dessa mesma cor dentro do seu cursor.

Para usá-la basta clicar com o meio do pincel (identificado pelo sinal de +) na cor a ser
apagada. Os píxels da mesma cor, no alcance do cursor, serão apagados. Lembre-se de ajustar
a tolerância na barra de opções da ferramenta.

Borracha Mágica (Magic Eraser Tool)

A borracha mágica apaga cores similares. Para usá-la basta clicar na cor que deseja
apagar. Ajuste a tolerância na barra de opções da ferramenta para apagar mais ou menos
tons.

Atente para a opção Adjacente na barra de opções da ferramenta, com ela ativada, a
borracha apagará apenas os píxels que estiverem adjacentes, ou seja, ao lado. Quando esta
opção estiver desativada a borracha apagará os píxels da cor escolhida em toda a foto.

● FERRAMENTAS DO HISTÓRICO

Pincel Histórico (History Brush Tool)

Este pincel pinta uma cópia da imagem original ou de um estado selecionado na paleta
Histórico.

Como Deixar uma Foto PB com Detalhes Coloridos (Cut Out)

1. Remova a saturação da foto em menu: Imagem (Image) / Ajustes


(Adjustment) / Remover saturação (Desaturate)
2. Selecione na Barra de ferramentas o pincel histórico.
3. Pinte sobre a área que deseja manter colorida.

Ferramenta Pincel História da Arte (Art History Brush Tool)

O pincel História da arte pinta com traçados estilizados que simulam a aparência de
diferentes estilos de pintura, utilizando a imagem original ou um estado selecionado.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 33


● FERRAMENTAS DE PREENCHIMENTO

Degradê (Gradient Tool)

A ferramenta degradê aplica um degradê na imagem. Na barra de opções da ferramenta


podemos escolher o degradê, a sua forma, modo e opacidade.

Para aplicar o efeito, basta clicar e arrastar o mouse no sentido que deseja o degradê.
Se o Modo estiver na opção normal, o degradê ficará sobre a foto. Experimente todos os
modos para ver os efeitos. Os modos multiplicação, divisão e cor, produzem resultados
interessantes.

Como Criar um Degradê:

1. Clique no campo de opções de degradê, você verá o seguinte quadro


de diálogo:

2. A barra colorida indica o degradê atual. Para mudar as cores basta


clicar no pote de cor abaixo da linha. O campo Cor (Color) será ativado.
Clique nele e selecione uma nova cor.

3. Para criar novos potes de cor, posicione o cursor abaixo da linha


colorida até que apareça uma mão. Clique e selecione uma cor para o
novo pote.

4. Para excluir uma cor, basta clicar e arrastar o pote com essa cor para
fora do quadro de diálogo.

5. Com o degradê pronto, clique em Novo (New), nomeie, e o seu


degradê entrará na paleta de degradês.

6. Clique em ok para finalizar.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 34


Lata de tinta (Paint Bucket Tool)

Esta ferramenta pinta todos os píxels de uma mesma cor em uma imagem com a cor do
primeiro plano. Para usá-la basta clicar sobre a cor do píxel que deseja colorir. Atente para a
opção Adjacente (Contigous) e Tolerância (Tolerance) na barra de opções da ferramenta.

● FERRAMENTAS CARIMBO

Carimbo (Clone Stamp Tool)

A ferramenta carimbo reproduz uma determinada área de uma imagem em outro lugar
da mesma imagem.

Para usá-la, pressione ALT e clique na área a ser copiada. Com a referência escolhida,
clique no local onde deseja reproduzí-la. Escolha uma nova referência sempre que for
necessário, seguindo o mesmo procedimento.

Defina na barra de opções da ferramenta a espessura e a dureza do cursor. Com o


campo Alinhado (Align) ativado, a sua referência será alterada de acordo com o movimento do
mouse.

Carimbo Padrão (Pattern Stamp Tool)

O carimbo padrão reproduz na imagem uma textura, que pode ser escolhida na barra
de opções da ferramenta.

● FERRAMENTAS DE CORREÇÃO

Pincel de Recuperação para Manchas (Spot Healing Brush Tool)

Esta ferramenta remove manchas e outras imperfeições de fotos. Obtém ótimos


resultados em tratamento de pele, mas também pode ser usada em situações onde houver
uma mancha dentro de uma área homogênea.

Ela corrige imperfeições mantendo a textura e a iluminação da área recuperada.

Para usá-lo basta clicar sobre a área que contêm a mancha. Automaticamente o
Photoshop aplicará o retoque.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 35


Ferramenta Pincel de Recuperação (Healing Brush Tool)

Este pincel é similar ao pincel de recuperação para manchas, a diferença é que ele
permite que seja escolhida uma área como referência.

Para escolher uma área, pressione ALT e clique na área de referência.

Esta ferramenta é uma opção para quando o pincel de recuperação para manchas não
estiver escolhendo a referência correta.

Ferramenta Correção (Patch Tool)

A ferramenta correção permite corrigir uma área selecionada com a textura de outra
área.

Para usá-la é necessário definir na barra de opções da ferramenta o campo Origem ou


Destino. Com o campo origem ativado, selecione a área a ser corrigida e arraste-a até a área
que deseja usar como referência.

Para usar a opção destino, selecione a área de referência e arraste-a para a área que
deseja melhorar.

De maneira semelhante à ferramenta pincel de recuperação, a ferramenta correção


mantêm a textura e a iluminação da área corrigida.

Olhos Vermelhos (Red Eye Tool)

Corrige os olhos vermelhos. É uma ferramenta bastante eficiente e fácil de usar. Clique
sobre o vermelho do olho e aguarde.

● FERRAMENTAS DE FILTROS LOCALIZADOS

Os filtros localizados produzem efeitos através do pincel, mas que poderiam também
ser aplicados na imagem inteira ou em uma área selecionada acessando a barra de menus
Filtros (Filters).

Desfoque (Blur Tool)

A ferramenta desfoque reduz os detalhes de uma imagem. É usada também para


suavizar os cantos duros de um recorte.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 36


Nitidez (Sharpen Tool)

A ferramenta nitidez torna uma imagem mais nítida, mas atenção: imagens sem foco
não passarão a tê-lo com o uso dessa ferramenta.

Borrar (Smudge Tool)

A ferramenta borrar simula o efeito de arrastar um dedo em tinta fresca. Para usá-la
basta clicar e arrastar o mouse, a ferramenta seleciona uma cor no ponto em que é dado o
primeiro traçado e empurra-a na direção em que você arrasta.

● FERRAMENTAS DE AJUSTES LOCALIZADOS

Os ajustes localizados produzem efeitos através do pincel, mas que poderiam também
ser aplicados na imagem inteira ou em uma área selecionada acessando a barra de menus
Imagem (Image) / Ajustes (Adjustment).

Subexposição (Dodge Tool)

Na subexposição de uma foto, os fotógrafos restringem a luz para clarear uma área da
impressão. A ferramenta subexposição segue esse princípio clareando uma área da foto.

Seu efeito pode ser controlado através do campo exposição, na barra de opções da
ferramenta e pode ser aplicado diretamente em sombras, tons médios ou realces.

Superexposição (Burn Tool)

Na superexposição de uma foto, os fotógrafos aumentam a exposição de luz para


escurecer uma área da impressão. A ferramenta superexposição segue esse princípio,
escurecendo uma área da foto.

Seu efeito pode ser controlado através do campo exposição, na barra de opções da
ferramenta e pode ser aplicado diretamente em sombras, tons médios ou realces.

Esponja (Sponge Tool)

A ferramenta esponja altera a saturação da cor em uma área. Na barra de opções da


ferramenta é necessário escolher o modo a ser usado: Saturar ou Remover Saturação. A
porcentagem no fluxo define a intensidade do efeito.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 37


BLOCO 3

● FERRAMENTAS DE TEXTO

Texto Horizontal / Vertical (Horizontal / Vertical Type Tool)

Esta ferramenta nos permite inserir um texto na imagem. Para usá-la clicamos na área
onde o texto será inserido. As possibilidades de formatação, como fonte, tamanho e cor, estão
dispostas na barra de opções da ferramenta ou na paleta Caractere (Character).

Como Distorcer um Texto


Distorcendo o Texto: na barra de opções, o botão Criar Texto Distorcido
(Warp Text) permite criar distorções nos textos de acordo com os modelos
pré-definidos.

Máscara de Texto Horizontal / Vertical (Horizontal /Vertical Type Mask Tool)

Esta ferramenta funciona similar à ferramenta texto, porém o resultado da sua


digitação será uma seleção. Para usá-la formate o texto e só depois aceite, pois não será
possível editá-lo novamente.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 38


BLOCO 4

● FERRAMENTAS DE OBSERVAÇÃO

Observações (Notes Tool)

Nos permite fazer anotações ou comentários em um post-it (ou gravador de voz)


virtual. Essas observações serão armazenadas nos arquivos salvos em PSD, se você salvar em
JPG ele será descartado.

Mão (Hand Tool)

Nos permite mover a imagem. Podemos usar o seu atalho pressionando a barra de
espaço quando estivermos com qualquer outra ferramenta ativada.

Conta-Gotas (Eyedropper Tool)

Com o conta gotas podemos clicar em uma determinada cor da imagem e definí-la com
cor de primeiro plano.

Zoom (Zoom Tool)

Serve para aproximar ou distanciar a imagem. Com ela também podemos ajustar a
imagem à tela e ver a imagem no tamanho original.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 39


Camadas (layers)
Para entender melhor o conceito das camadas, imagine uma pilha de transparências,
cada uma com um elemento compondo a imagem. Você consegue ver as imagens de todas as
transparências, inclusive as que estão em baixo da pilha.

As camadas nada mais são do que transparências sobrepostas permitindo a combinação


de imagens. As áreas das imagens que não contêm pixels tornam-se transparentes, permitindo
a visualização das camadas inferiores. Observe na figura abaixo:

No Photoshop, sempre que uma imagem é aberta, ela aparece na paleta de Camadas
(Layers) com o nome Plano de Fundo (Background).

Cada vez que uma outra imagem for arrastada para esse mesmo arquivo, ela será
visualizada na paleta de camadas como uma nova camada. E assim sucessivamente. Cada
texto escrito ou imagem arrastada gerará uma nova camada.

A vantagem de trabalhar com camadas diferentes é que elas são independentes e por
isso são editadas separadamente. Qualquer efeito aplicado a uma camada afetará apenas a
camada selecionada.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 40


Como Organizar as Camadas:

1. Agrupar camadas: crie um novo grupo clicando no ícone Criar novo grupo
na barra inferior da paleta. Para agrupar as camadas clique sobre elas e
arraste-as para dentro do grupo.

2. Criar uma nova camada: para criar uma camada transparente, clique no
ícone Criar nova camada.

3. Para duplicar uma camada: arraste-a até o ícone Criar nova camada, na
barra inferior da paleta (ver imagem).

4. Deletar camada: arraste-a até o ícone Excluir camada.

5. Mover as camadas: clique e arraste a camada para cima ou para baixo,


dentro da paleta, mudando a ordem que elas se dispõe. A camada do plano
de fundo só pode ser movida quando desbloqueada.

6. Desbloquear plano de fundo: clique duas vezes no cadeado da camada do


plano de fundo e clique ok.

7. Renomear camada: clique duas vezes sobre o seu nome e renomeie.

8. Ocultar ou ver camada: desative ou ative o “olho” que na fica no canto


esquerdo.

9. Definir a transparência: Insira um valor no campo Opacidade, disposto no


canto superior direito da paleta.

10. Vincular camadas: pressione CTRL e clique nas camadas que deseja
vincular. Clique no ícone da corrente na canto inferior da paleta. Essa ação
facilita a movimentação e transformação de todas essas camadas de uma só
vez.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 41


Filtros (Filter)

O Photoshop oferece diversas opções de filtros. Eles estão alocados no menu Filtro
(Filter). Falaremos aqui dos filtros de Nitidez, Desfoque e mostraremos a Galeria de Filtros.

Filtros de Nitidez (Sharpen)

Os filtros de nitidez servem para dar a impressão de maior nitidez na imagem ou em


uma área selecionada. Atenção: ele não vai dar foco para uma imagem desfocada. O que o
filtro faz é unir os píxels, dando uma impressão de maior nitidez.

Aqui falaremos do filtro Máscara de Nitidez (Unsharp Mask). Note que existem outros
filtros de nitidez, mas este nos oferece um bom controle do efeito a ser aplicado.

Acesse menu Filtro (Filter) / Tornar Nítido (Sharpen) / Máscara de Nitidez (Unsharp
Mask). No quadro de diálogo temos três opções:

- Intensidade (Amount) - define a quantidade do efeito.

- Raio (Radius) - especifica a quantidade de pixels que serão utilizados para aumentar a
nitidez (para uma imagem em alta resolução, recomendamos usar o raio entre 1 e 3).

- Limiar (Threshold) - suaviza a aplicação do efeito.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 42


Filtros de Desfoque (Blur)

Os filtros de desfoque servem para desfocar a imagem ou parte dela, no caso de uma
seleção. Existem várias opções de filtros de desfoque, veremos o Desfoque Gaussiano
(Gaussian Blur) por nos dar controle sobre o efeito.

Vá até o menu Filtros (Filter) / Desfoque (Blur) / Desfoque Gaussiano (Gaussian Blur).
Controle o Raio e visualize o efeito.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 43


Galeria de Filtros (Filter Galery)

No menu: Filtro (Filter) / Galeria de Filtros (Filter Galery) encontramos uma série de
filtros para aplicar na imagem. Escolha uma das pastas (Artistico, Croqui, Distorção, Estilizar,
Textura ou Traçados de Pincél) e clique sobre as miniaturas para visualizar o efeito.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 44


Anexos

Tabela de atalhos

Ações Atalhos PC Atalhos MAC


Zoom + Ctrl + Para usar os atalhos no MAC,
basta substituir o Ctrl pelo
Zoom - Ctrl -
ícone da maçã.
Navegar pela imagem Barra de espaço
Mudar modo de tela F
Voltar última ação Ctrl Z
Voltar mais ações Ctrl Alt Z
Cancelar seleção Ctrl D
Inverter seleção Ctrl Shift I
Ajustar imagem na tela Ctrl 0
Duplicar imagem / camada Alt (clica e arrasta)
Reverter imagem F12
Remover saturação Ctrl Shift U
Aumentar / diminuir diâmetro do {e}
pincel
Transformação livre Ctrl T
Salvar Ctrl S
Fechar arquivo Ctrl W
Fechar programa Ctrl Q

Sites de Bancos de Imagens

Para ajudar nos seus estudos, indicamos alguns sites com diversas imagens para que
você possa praticar.

www.fotosearch.com.br
www.bancodeimagem.com.br
www.mundoimagem.com.br
www.gettyimages.com
www.procorbis.com
www.sxc.hu

Site com montagens feitas através do Photoshop - www.worth1000.com

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 45


2.
ESTÚDIO

OBJETIVOS
O objetivo deste capítulo é ensinar
como iluminar corretamente pessoas
e produtos dentro de um estúdio,
assim como saber utilizar seus
diversos acessórios.
Além disso, vamos conhecer os
varios “segredos” que envolvem a
fotografia de estúdio, aonde tudo é
possível.

CONTEÚDO
- Cor da luz
- Luz natural em fotos externas
- Luz artificial
- Balanço de branco no estúdio
- Profundidade de campo
- Flare
- Velocidade de sincronismo
- Equipamentos
- Acessórios
- Luz contínua X Flash
- Fundos
- Setup inicial
- O estúdio
- Dia a dia de um estúdio
- Rerências

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 46


Introdução

A luz desempenha o papel de matéria prima na fotografia, seja ela em


interiores ou exteriores. É ela que nos revela as formas, as cores, as bases e
os fundos.
Com a iluminação, o fotógrafo consegue dar origem a imagens diferentes, com
infinitas combinações e liberdade de criação para a configuração de uma
imagem fotográfica. Como fotógrafo, deve-se adequar a melhor iluminação,
para obter uma composição que alcance o objetivo da foto.
Esse curso é destinado para fotógrafos iniciantes que querem adquirir
conhecimentos na área de fotografia em estúdio assim como para fotógrafos
profissionais que querem ampliar seus conhecimentos. Também tem grande
serventia para estudantes que buscam novas técnicas fotograficas que venham
agregar nos seus trabalhos acadêmicos, além de diretores de arte que querem
adquirir embasamento para explicar melhor suas idéias aos fotógrafos.

Fotografia de Book tem como finalidade primordial retratar novas modelos


(new faces) para apresenta-las nas agência, tendo como obrigação, valorizar
ao máximo sua imagem. A fotografia de Book anda lado a lado com a
fotografia de moda, usando todos os seus artificios de linguagem e iluminação,
já que o objetivo do Book é entrar no mundo da moda.

A fotografia de produto (Still Life) é direcionada para fotografia de produtos


inanimados, estáticos, daí o nome “still”. Vamos aprender como usar
corretamente a luz para realçar diferentes aspectos do produto, assim como
esconder imperfeições com a iluminação.

Veremos a seguir alguns aspectos da fotografia de estúdio como: teoria


fotográfica aplicada a estúdio, equipamentos de iluminação e seus acessórios,
a ainda algumas referências para pesquisa.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 47


Cor da Luz

A luz branca não existe; na verdade ela é composta por partes iguais de todas
as cores do arco-íris. Um objeto é amarelo porque ele absorve todas as outras
cores e reflete apenas o amarelo.
Desta forma, quando fotografamos, devemos deixar de ver a luz simplesmente
como mais forte ou mais fraca, e sim como uma fonte de cores.
Ao longo do dia, a atmosfera terrestre, a poeira e as nuvens filtram a luz do
sol, desbalanceando a distribuição de cores.
As lâmpadas também são desequilibradas. Lâmpadas incandescentes, ou de
tungstênio, são amareladas. Lâmpadas fluorescentes deixam as fotografias
esverdeadas.
Este efeito é mais perceptível na fotografia do que a olho nu. Nossos olhos
conseguem compensar pequenas diferenças no balanço da luz, de forma a que
percebamos como branca uma parede iluminada por uma luz amarelada, como
a luz de tungstênio.
O filme convencional e digital não possuem esta compensação. Ele registra
aquilo que vê e também o que o olho humano não vê. Freqüências de luz que
estão fora do alcance visual humano são registradas pelos filmes, causando
mudança nas cores ou a veladura da imagem.
Assim, a luz branca é a melhor para fotografar, porque ela garante que todas
as cores de nosso motivo serão reproduzidas de forma fiel, ou seja, como as
vemos.A luz pode ser classificada em natural (a luz do sol), e artificial, das
lâmpadas, flashes, fogueiras, etc.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 48


Luz natural em fotos externas

No caso de fotos externas, a luz pode ser proveniente do sol direto, de um céu
nublado ou do reflexo da luz do sol na atmosfera (sombra). Devemos estar
muito atentos para distinguir qual é a fonte de luz a iluminar nosso assunto, já
que isso vai determinar a cor na foto. No caso da luz do sol direta (do meio da
manhã até o meio da tarde) incidindo na modelo, temos uma luz considerada
branca. Se o dia estiver nublado, a luz é ligeiramente mais fria (azulada) que o
normal de um dia de sol. E se fotografamos a modelo sob uma sombra, temos
a luz mais fria ainda.

Não existe uma luz ideal para se fotografar, e o fotógrafo tem que estar
preparado para todas as situações que possa encontrar pela frente. A luz do
sol proporciona mais contraste na foto, com sua sombra marcante e realce de
volume. Num dia nublado temos uma luz suave e uniforme, quase sem
sombras. E na sombra, podemos explorar o contra luz com pouca profundidade
de campo, por exemplo.

Fora do estúdio em um dia de sol a luz geralmente é muito dura, por isso é
recomendado o uso de rebatedor para preencher as sombras, um difusor para
suavizar a luz dura do sol ou até mesmo um flash de preenchimento (usando a
“teoria do balde” discutida no módulo anterior). Num dia nublado, a luz é
suave, quase não havendo necessidade de um preenchimento de luz. Se
necessário, podemos usar mais uma vez o rebatedor para um preenchimento
sutil das sombras. Quando estamos com a modelo na sombra, num contra luz,
o uso do flash já se faz necessário para a correta iluminação do primeiro plano.

Foto sob luz de um dia nublado

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 49


Luz Artificial

Dentro de um estúdio, dificilmente vamos ter iluminação natural suficiente


para iluminar uma modelo (a menos que o estúdio tenha uma clarabóia para
entrada de luz natural). Por isso, a melhor solução é a luz artificial.
Com as lâmpadas incandescentes amareladas dos spots e fresnéis, elas são
ótimas para criar formas mais definidas e sombras mais pesadas, dando mais
volume ao modelo, além do clima mais intimista. Ideal para se fotografar nú
ou para fine art quando se quer mais volume e contraste.
A luz verde das lâmpadas fluorescentes já não é nada agradável e deixam a
pele da modelo com tons pálidos, quase verdes, lembrando a luz de escritório
ou fábrica. Hoje em dia existe uma tendência a ser usar spots de luz
fluorescente, porém, com lâmpadas calibradas para luz do dia, ou seja, de
coloração branca. Não sendo muito recomendado para se fotografar pessoas,
já que eles proporcionam velocidades muito baixas para a exposição.
As lâmpadas de flash produzem uma luz branca que teria aparência bastante
natural, não fosse pelas sombras marcadas que normalmente projetam. Com a
utilização do flash, não se nota alteração de cor pela luz.
Nos estúdios, contamos com flashs de potência variável e uma infinidade de
acessórios para “quebrar” essa dureza da luz que geralmente teria se usado de
forma direta.

Exemplo de iluminação artificial

com uso de flashs de estúdio.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 50


Balanço de branco no estúdio
Depois de dominarmos o uso correto do balanço de branco (white balance)
dentro do conceito tradicional, podemos começar a “brincar” com a cor da luz,
fazendo com que a cor da foto “esquente” ou “esfrie” de acordo a vontade do
fotógrafo.
Com uma fonte de luz branca, como a luz do sol ou um flash de estúdio, o
correto seria usar o balanço de branco para luz do dia ou flash. Mas, se há a
necessidade de “esquentar” mais a cor da luz podemo simplesmente usar o
balanço de branco trocado, na posição “nublado” ou até mesmo “sombra”,
obtendo uma amarelo mais carregado. No caso das cameras que contam com
o balanço de branco em Kelvin, podemos subir a temperatura para obter a cor
da luz mais amarelada (6500K ou 7500K).
Se quisermos “esfriar” a cor da luz para transmitir uma sensação de inverno ou
palidez, podemos usar o balanço de branco para luz “incandescente”, porem
um tanto quanto drástico e , nesse caso, o balanço de branco em Kelvin
funciona melhor. A temperatura da cor pode ser ajustada para 4500K ou
4000K, produzindo uma luz mais fria e pálida, porém mais suave que o WB
incandescente.
Essa manipulação do balanço de branco pode ajudar a traduzir o espirito da
foto. Uma foto com roupas mais leves, de verão, pede uma luz mais quente,
mais alegre, enquanto que uma produção com roupas mais pesadas, como as
roupas de inverno, pede uma luz mais fria.
Por outro lado, quando queremos ter total fidelidade de cor na foto, como em
trabalhos comerciais de catálogos por exemplo, somos obrigados a “bater o
branco” customizando o white balance na camera. Isso garante a fidelidade de
cores e amenizam possíveis desvios que comprometem o fluxo de trabalho
culminando em uma impressão com cores falsas.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 51


Profundidade de campo
A profundidade de campo numa foto pode valorizar uma característica da
modelo, como um olhar expressivo, assim como pode mostrar algo além do
necessário, como um fundo fora do contexto. Então o que deixar nítido numa
foto em estúdio?
Numa foto com o quadro bem cheio, como um close fechado no rosto, é
necessário muita profundidade de campo, caso contrário temos o foco apenas
nos olhos e todo o resto, fora de foco. Nessa situação se usa uma abertura
mínima de f16 podendo se chegar até f32 para se ter foco desde os olhos até a
orelha da modelo. Lembrando que para se ter aberturas tão pequenas temos
que usar uma fonte luz mais forte que o normal, ou elevar o ISO (não usar ISO
além de 400 em estúdio). Lentes fixas macro nesse caso são bem vindas,
porque além de reproduzirem melhor os detalhes, permitem o foco a uma
curta distância.
Já numa foto externa, quando temos muitas interferências atrás da pessoa, é
necessário deixar o fundo com pouca nítidez, usando uma abertura f5.6, por
exemplo. Outro fator a ser explorado além da abertura, são as lentes mais
longas, tele-objetivas, acima de 70mm. Uma lente chave para fotografia de
Book e retratos é uma 70-200mm ou a 100mm macro para produtos. Não é
recomendado usar lentes grande-angular para se fotografar pessoas e objetos,
já que elas deformam muito, deixando a pessoa com o corpo fora das
proporções naturais e deformando a perspectiva dos objetos. Para retratos e
books, usa-se lentes normais e tele-objetivas. Nunca grande-angulares.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 52


Flare
O aparecimento do flare se deve a incidência direta de luz na lente e o reflexo
nos vários elementos internos da objetiva. No caso de um contra luz, se deve
evitar a luz direta na lente, já que isso pode contribuir no tradicional flare e até
mesmo diminuir o contraste o objeto fotografado, um outro problema do flare.
Para se evitar esse problema podemos usar desde um simples parasol, ou uma
tapadeira, que serve para obstruir a incidência de luz na lente. Em estúdio,
usando flashs mais potentes, o contra luz direto pode causar problemas no
sensor, como a queima de pixels, causando o aparecimento de pixels pretos na
foto (não confundir queima do pixel com sujeira no sensor).

Exemplo de Flare em estúdio.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 53


Velocidade de sincronismo

Velocidade de sincronismo é a velocidade recomendada para que a luz do flash


consiga entrar na exposição da foto com as duas cortinas do obturador
abertas. Caso se use uma velocidade acima da recomendada, a segunda
cortina pode estar se fechando no momento em que o flash é disparado,
causando uma “mancha” escura na foto. Na maioria das cameras SLR digitais,
a cortina é horizontal, causando uma sombra horizontal caso a velocidade
usado for superior a velocidade de sincronismo.
Para descobrir a velocidade de sincronismo, podemos ter como referência as
especificações técnicas no manual do equipamento ou simplesmente fazer o
seguinte teste:
Colocar a camera no programa M (manual) e elevar a velocidade até 1/1000.
Depois, ligar o flash pop-up da camera. A velocidade automaticamente ira cair
para a velocidade de sincronismo. A velocidade de sincronismo varia em torno
de 1/125 a 1/250, sendo que cada camera tem uma velocidade especifica, de
acordo cada marca.
Devemos sempre usar uma velocidade abaixo da velocidade de sincronismo
para não termos supresas nas nossas fotos.

Exemplo de foto fora do sincronismo normal da camera.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 54


Equipamentos

Flash
Flash de estúdio ou “tocha” é um flash de alta potência feito para se trabalhar
em estúdio (ou externa) e nele podemos acoplar acessórios para controlar a
direção e suavidade da luz. Eis aqui algumas partes do flash:
● Chave geral: chave de liga/desliga geral do flash. Mesmo com a lâmpada
de modelagem ligada, o flash pode estar desligado e não disparar. Estar
atento para isso.
● Chave de potência: chave que controla a potência da luz do flash. Pode
contar com uma regulagem simples de ½ carga e carga inteira ou até
mesmo um controle linear de carga, com um potenciômetro que varia a
carga de forma mais sutil e controlada, indo de 1/16 até carga máxima.
● Chave de controle da luz de modelagem: liga e desliga a lâmpada de
modelagem, assim como sua potência que pode ou não acompanhar a
potência do flash. Ela serve para visualizar onde o flash vai iluminar
assim como onde as sombras vão cair, já que não conseguimos enxergar
muito bem o flash, apenas o clarão.
● Fotocélula: mecanismo que consegue enxergar a variação brusca da luz,
fazendo com que o flash dispare sincronizado com outros flashs sem a
necessidade de estar interligado com cabos. Dessa forma, dentro do
estúdio, quando um flash dispara, todos os outros tambem disparam
juntos instantaneamente. A fotocélula pode ser desligada em alguns
modelos de flash. Em ambientes com muita luz, como luz do sol por
exemplo, a fotocélula não consegue perceber a variação de luz ao seu
redor, perdendo sua função.
● Chave de teste: chave que dispara o flash quando se faz necessário, seja
para testar o flash, para descarregar, ou para fazer a medição de luz.
Quando se baixa a potencia do flash, ele continua com seus capacitores
carregados com a carga anterior. Então temos que disparar o flah para
que ele assuma a nova regulagem de uma carga mais baixa.
● Luz piloto: luz que indica se o flash esta totalmente carregado ou não.
Esse sinal pode ser luminoso ou sonoro, emitindo um pequeno bip
quando totalmente carregado.
● Lâmpada de modelagem: lâmpada que serve para visualizar onde o flash
vai iluminar assim como onde as sombras vão cair. Geralmente são
lâmpada incandescentes, do tipo comum ou bipino. Antes de trocar a
lâmpada de modelagem de um flash checar a potência máxima que pode
ser usada.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 55


● Lampada do Flash: essa é a lâmpada que dispara no momento que o
flash é disparado. Na maiora das vezes é uma lâmpada circular com um
filamento a envolvendo. Elas nunca devem ser tocadas com as mãos,
pois são extremamente sensíveis e podem queimar. A manutenção dessa
lâmpada é feita apenas por pessoas habilitadas pelo fabricante
(assistência técnica autorizada).

Número guia
O numero guia guia de um flash representa a potência real do equipamento
independente da potência em watts descrita nas especificações técnicas. Por
isso, às vezes encontramos dois flashs de 400W com potências diferentes. Isso
quer dizer que o número guia desses dois flashs são diferentes.
Quando o número guia não é informado pelo fabricante, podemos calcular o
número guia da seguinte forma:
Colocar o flash em carga máxima, com refletor parabólico e ajustar o
fotômetro para ISO 100. Fazer a fotometria a um metro do flash. Admitimos
que o número guia do flash é a medição de luz feita sob essas condições. Por
exemplo: se no final do teste, temos a leitura de diafragma f45, isso significa
que o número guia desse flash é 45.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 56


Gerador
Gerador é uma unidade de força que concentra toda parte elétrica/eletrônica
em uma “caixa” e dela saem cabos que alimentam os flashs. As tochas de um
gerador se limitam a ter simplesmente a lâmpada e mais nada. Todos os
ajustes são feitos no gerador, como a escolha da carga, ajuste da fotocélula,
botão de teste, etc. Geralmente são de alta potência (acima de 800W) e com
preço elevado.

Flashs com bateria


Hoje em dia esta cada vez mais em voga se fotografar com flashs com bateria.
Eles permitem que o fotógrafo monte seu estúdio em qualquer lugar,
independente de um ponto com tomada elétrica. Isso possibilita fotografar em
lugares inusitados, como locações externas, longe do estúdio, dando maior
liberdade de criação ao fotógrafo. Esse tipo de flash possui as mesmas
características de um flash convencional, como os mesmos ajustes e encaixe
de acessórios, com uma única limitação: a autonomia da bateria.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 57


Acessórios

Acessórios para luz direta (dura)


● Snoot: acessório em forma de cone que concentra a luz em um ponto.
Geralmente usada como luz de cabelo. Disponíveis em varios tamanhos.

● Colméia: acessório que direciona a luz, não deixando que se espalhe


muito, concentrado em uma área maior que o snoot. Ideal para contra
luz.

● Refletor parabólico (panela): refletor de ângulo aberto, que serve para


espalhar a luz. Ideal para iluminar fundo branco ou para luzes rebatidas.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 58


Acessórios para luz difusa (suave)
● Haze: grande caixa difusora. Disponíveis em varios tamanhos e
formatos. Ideal para se ter uma luz forte, porém com sombras suaves.

● Sombrinha difusora: sombrinha feita com material translúcido usado


para suavizar a luz do flash.

● Difusor circular: difusor dobrável usado para suavizar a luz do flash


sendo posicionado entre a modelo e a fonte de luz. Mais usado em fotos
externas sob luz do sol.

● Butterfly: grande difusor usado para suavizar uma fonte de luz muito
grande ou grandes cenários sob luz do sol.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 59


Acessórios para luz rebatida (suave)
● Sombrinha branca: sombrinha branca opaca usada para rebater a luz do
flash. Proporciona uma luz suave e de grande cobertura. Ideal para
iluminar corpo inteiro.

● Sombrinha prata: possui as mesmas caracteríticas da branca, porém com


a luz ligeiramente mais dura.
● Sombrinha dourada: possui as mesmas caracteríticas da branca, porém
com a luz ligeiramente mais dura e com coloração amarelada.
● Rebatedor circular: rebatedor com estrura dobrável usado para refletir a
luz. Muito usado em fotos externas para rebater a luz do sol
preenchendo as sombras. Pode ser encontrado em quatro cores: branco,
prata, dourado e preto (usado como tapadeira).

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 60


Exemplos de luz dura e luz suave:

Foto iluminada por snoot

Foto iluminada por luz rebatida (suave)

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 61


Luz contínua X Flash
Existem varias diferenças entre luz contínua e flash dentro de um estúdio, mas
essa escolha vai depender do fotógrafo. Ambas possuem prós e contras.
Vamos ver algumas dessas diferenças:
Luz contínua: a menos que você tenha uma iluminação profissonal de cinema,
o uso de luz contínua vai limitar a velocidade de trabalho, sendo necessário o
uso de velocidades muito baixas, fator crucial quando se fotografa pessoas.
Iluminadores de tungstênio esquentam muito, causando desconforto nas
modelos, além de gastar muita energia elétrica. Já os iluminadores de luz fria,
com lâmpadas fluorescentes, não esquentam, mas novamente vão limitar a
velocidade de trabalho. Mesmo com essas limitações, a luz contínua permite
que a luz na foto seja visualizada antes mesmo do clique, pois o resultado é
muito próximo daquilo que se vê.
Flash: Não limita a velocidade de trabalho e possem uma infinidade de
acessórios para controlar a direção e a suavidade da luz. São mais baratos que
um equipamento profissional de luz contínua. Permitem um trabalho mais
flexível dentro do estúdio, onde temos total controle sobre a luz com o uso de
flash eletrônicos.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 62


Fundos

Para se fotografar pessoas, seja em um editorial de moda ou um retrato de


família, é necessário um fundo fotográfico neutro, imparcial, para que a
atenção na foto seja toda voltada para a pessoa retratada. Existem varios tipos
de fundos fotográficos, desde tipos mais simples (TNT) até os fundos de
alvenaria (bloco e cimento). O importante é que ele absorva a luz sem reflexos
e tenha uma superfície uniforme. Eis alguns tipos de fundos fotográficos e suas
características:

● TNT: também conhecido como “cami” é um tecido sintético disponível em


varias cores e texturas variadas. Não é o ideal quando se quer ter um
fundo totalmente liso, pois a textura do tecido ainda aparece na foto, e
com o tempo é necessário troca-lo, pois não é possivel lava-lo. Permite
boa portabilidade e tem um bom custo benefício. Padrão 1,5m, 2m e
2,70m de largura.

● Papel: rolo de papel de superfície super lisa e de cor uniforme disponível


em varias cores, permite fotos em alto padrão. Ideal para produções que
requerem uma troca rápida na cor do fundo, sem tempo para se pintar
um fundo fixo de alvenaria. Permite boa portabilidade para fotos em
locação com qualidade de estúdio e tem um ótimo custo benefício (pouco
mais caro que o TNT). Padrão 2,70m de largura.

● Tecido: ideal para fotos em fundo preto pois absorvem a luz com grande
facilidade, proporcionando um excelente acabamento final na foto.

● Madeira: recomendado para fundos fixos. Pode ser feita em


“compensado naval” (madeira em chapa flexível) ou em MDF. Ele é fixo
na parede chegando até o chão. Pode receber acabamento em massa
corrida e pintado com tinta fosca acrílica ou latex (tinta de parede).

● Gesso: rápido e barato, possui excelente acabamento. Ele não deve ser
aplicado no chão, pois é macio e não pode sofrer grande pressão. Deve
ser montado apenas como acabamento na parede e na quina da parede
para quebrar o canto vivo, que mesmo com uma estrutura interna, fica
frágil e susceptível a fissuras. O chão deve receber o mesmo acabamento
de massa corrida e tinta que o gesso para ter um aspecto homogêneo.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 63


● Alvenaria: melhor e mais durável se comparado a todos os outros, porém
de custo mais alto. Deve receber acabamento em massa corrida e
pintado com tinta fosca acrílica ou latex (tinta de parede).

● PVC: ótima opção para estúdios pequenos e que necessitem limpeza


diária. Disponível em largura de até 2m em empresas especializadas em
sinalização.

Os fundos devem estar adequados ao tipo de trabalho a ser feito. Se for um


mero retrato, pode ter uma largura pequena, podendo ser usado até mesmo
uma parede branca. Se o fluxo de trabalho é maior, ou se pretende fotografar
grupos de pessoas, é necessário um fundo maior, mais resistente e com uma
largura mínima de 4,5m. Lembrando que fundos de papel são excelentes,
porém amassam e sujam com facilidade. Uma boa saida para isso, é usar uma
chapa de fórmica ou PVC apenas onde a modelo ira pisar. Assim podemos ter
um fundo de papel sempre limpo e sem amassados. Os fundos de alvenaria
são perfeitos, com o único problema de necessitarem de uma manutenção na
pintura constante.

Setup para iniciar um estúdio

Um estúdio pode ser um investimento muito alto no começo de carreira de um


fotógrafo. Por isso, a aquisição de equipamentos é feita gradativamente, de
acordo a demanda de trabalhos ou o investimento inicial disponível.
● Podemos começar com um setup mais simples como:
- 02 flashs de 200W
- 02 tripés médios
- 01 sombrinha
- 01 refletor parabólico
● Um setup intermediário pode contar com mais:
- 02 flashs de 400W
- 02 hazes médios
- 02 tripés grandes
- 01 colméia
● Um estúdio mais completo, além do material acima citado, podemos
incluir:
- 01 gerador de 1200W
- 01 grua

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 64


O Estúdio

O estúdio fotográfico é o porto seguro do fotógrafo, onde ele tem tudo aquilo
necessário para produzir uma boa foto. O estúdio deve ser ao mesmo tempo
prático e confortável para receber o cliente dentro de um ambiente
descontraído.
Estúdios mais simples se resumem a uma grande sala com os equipamentos e
um computador, podendo se expandir para uma estrutura maior, com uma sala
com fundo infinito e pé direto alto, uma sala para fotos de still, camarim,
cozinha, sala de tratamento, etc. O primeiro passo para se montar um estúdio
é delimitar seu público alvo e sondar a melhor área da cidade para se instalar.
Com uma área mínima de 30m² já é possivel fazer um ótimo trabalho. Mas
quanto mais espaço tivermos disponível, mais controle vamos ter sobre a luz.
Outro fator importante é a altura do pé direto: quanto mais alto, melhor. Assim
temos menos influência da luz rebatida no teto e a possibilidade de colocar
uma luz sobre a modelo quando necessário. Lembrando que quanto maior o
estúdio, maiores são os custos!
Um estrutura de estúdio ideal começa com uma boa recepção e uma sala de
espera com uma recepcionista ou secretária. Um camarim confortável e um
espaço para guardar os equipamentos de forma organizada e de fácil acesso.
Uma sala de estúdio com ar condicionado e com dimensões compativeis com o
trabalho executado. Uma cozinha, uma área para estocar fundos e acessórios
cenográficos, uma sala de tratamento de imagens e um escritório para o
fotógrafo receber seus clientes.
Tudo isso em perfeita harmonia, em um lugar bonito e organizado para
impressionar o cliente e se ter um ambiente saudavel para se trabalhar.

Dia a dia de um Estúdio

Por incrível que pareça, em um estúdio se passa a maior parte do tempo


trabalhando em pós produção (tratamento de imagens) ou no marketing
(captação de clientes) do que propiamente se fotografando. No trabalho de um
fotógrafo não basta saber fotografar, tem que saber administrar um negócio
também. Saber quais os melhores fornecedores, ter bons contatos e manter
uma agenda atualizada, pois rapidez na solução de problemas é essencial no
sucesso de uma foto.
Depois do estúdio montado, a foto começa com a captação de clientes através
de email marketing, contato por telefone ou contato direto através de
entrevista em agênias de publicidade, estúdios de design, editoras ou agencias
de modelo. Depois de muitos telefonemas e emails disparados, temos muitas
respostas negativas, ou pior, nem respostas temos... Mas não se deve
desanimar. Quem realmente se interessar pelo trabalho do fotógrafo vai entrar
em contato. Apartir desse primeiro contato, uma entrevista para mostra de

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 65


portfólio pode ser agendada com o diretor de arte ou o art buyer (quem define
o fotógrafo numa agência de publicidade). É nesse momento que um bom
portfólio entra em ação. Ele deve mostrar todos os conhecimentos do fotógrafo
direcionadas a área de atuação que se almeja trabalhar.
Começam a aparecer pedidos de orçamento para provavéis fotos, possíveis
trabalhos. O orçamento deve corresponder com o mercado, levando em
consideração os custos para a foto, especialidade do fotógrafo, equipamento e
tempo disponível. Nunca se deve fugir muito do preço de mercado, pois se o
valor ultrapassar o esperado, perdemos a foto, e se cobrado abaixo da
concorrência, se corre o sério risco de levar prejuízo. Existem tabelas
díponiveis na ARFOC de cada estado que nos dão um parâmetro de orçamento
para editoriais, capas de revista e anúncios. Para começar, podemos cobrar
baseado na “diária” mínima cobrada por um fotógrafo e com as horas
trabalhadas naquele job.
Depois de fechado o orçamento e o briefing da foto ser definido, devemos
partir para a pré produção da foto. Casting, cenário, produção de moda e
produção de mock-up (maquetes) são apenas alguns dos vários itens a serem
organizados pelo fotógrafo.
Tudo organizado, foto marcada, o estúdio deve estar pronto para a chagada
das modelos ou do material a ser fotografado. Primeiro passo é colocar uma
ordem nas fotos a serem produzidas. Se houver crianças envolvidas no
casting, devemos sempre começas por elas, pois com o tempo elas se cansam
e isso pode comprometer o trabalho. O mesmo vale para mulheres grávidas e
idosos. O bom senso diz para começar com as fotos de maior complexidade
primeiro e depois caminhar para a mais fácil, pois com o passar das horas,
vamos ficando mais impacientes e sem criatividade para resolver problemas.
Depois de todas as fotos feitas e modelos dispensadas, o próximo passo é
arrumar o estúdio organizando tudo para mais um dia de trabalho e fazer
backup das fotos produzidas naquele dia. Podemos aproveitar ainda para
começar a editar o material, separando as fotos boas, das ruins, e enviar para
o cliente ou agência aprovar.
Com a foto editada, vamos começar outro tipo de trabalho: a pós-produção (o
tratamento da imagens). Isso pode muitas vezes levar muito mais tempo que
a execução da foto. Quanto melhor estiver a foto, menor vai ser o tempo de
tratamento e correções de imperfeições. Com todo o material finalizado,
entregamos a foto dentro do prazo combinado.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 66


Referências:
Equipamentos:

http://www.tecchio.com.br/
(Pastas para portfólio)
http://www.atek.com.br/
(Equipamentos de Estúdio)
http://www.canon.com/camera-museum/
(museu de cameras da Canon)
http://www.usa.canon.com/consumer
(site da Canon Americana)
http://www.digiflash.com.br/
(Equipamento de estúdio)
http://www.ekoban.com.br/br/home.php
(Equipamento de estúdio)
http://www.flashcenter.com.br/
(Equipamento de estúdio)
http://greika.com.br/
(Equipamentos Fotográficos)
http://www.lumem.ind.br/
(Equipamento de estúdio)
http://www.mako.com.br/
(Equipamento de estúdio)
http://www.pantone.com/pages/pantone/index.aspx
(Gerenciamento de Cor)
http://www.phaseone.com/
(Equipamento grande formato digital)
http://www.photoflex.com/
(Equipamento de estúdio – Importado)
http://www.sanjardini.com.br/
(Equipamento de estúdio – Luz contínua)
http://www.sigmaphoto.com/
(Equipamento Fotográfico)
http://www.tamron.com/
(Equipamento Fotográfico)
http://www.manfrotto.com/Jahia/
(Tripés)

Revistas Internacionais:
www.i-dmagazine.com/

www.dazeddigital.com

www.elle.com/

www.vogue.co.uk/

www.harpersbazaar.com/

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Revistas Nacionais:

● Mag
● s/n
● Key

Fotógrafos de Moda Brasileiros:


● André Schiliró
http://andreschiliro.uol.com.br/

● Bob Wolfenson
http://www.bobwolfenson.com.br

● Daniel Klajmic
http://www.danielklajmic.com/

● Gui Paganini
http://guipaganini.com.br/

● J.R. Duran
http://www.jrduran.com.br/

● Klaus Mitteldorf
http://www.klausmitteldorf.com.br/

● Luis Crispino
http://www.crispino.com.br/

● Luiz Trípoli

● Miro de Souza

● Otto Stupakoff

● Vava Ribeiro
http://www.vavaribeiro.com/

Fótografos internacionais:
● Mario Testino
http://www.mariotestino.com/

● Patrick Demarchelier
http://www.demarchelier.net/home.html

● David LaChapelle
http://www.davidlachapelle.com/

● Helmut Newton
http://www.helmut-newton.de/

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3.
FOTOJORNALISMO
DE RUA
OBJETIVOS
Trazer ao aluno uma prática na
área de fotojornalismo, traduzindo
sua linguagem específica suas
tarefas cotidianas. Além disso,
saber contextualizar a foto além
do mero registro.

CONTEÚDO
- Histórico
- Mercado Nacional
- O fotojornalismo na atualidade
- Equipamento
- Uso do Flash
- Cotidiano
- Problemas
- Fotografando pessoas
Foto: Marcelo Alves - Coletivas
- Grandes eventos
- Convulsões e violênia
- Esporte
- Ética
- Direito de imagem
- Referências

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Introdução
Até a invenção da fotografia, a maioria das pessoas não tinha acesso a
imagens. Só conheciam o que estava ao seu redor, o que era reproduzido em
pinturas e desenhos, transmitido verbalmente ou ainda, descrito em textos,
para os poucos que sabiam ler.
No início, os jornais eram compostos quase que exclusivamente de
textos, excetuando-se algumas ilustrações de bico de pena. Não havia
tecnologia suficiente para impressão de imagens.
A partir de 1839 isso mudou. Com a invenção da fotografia a difusão de
imagens tomou novo rumo e entre as primeiras aplicações da fotografia estava
o fotojornalismo.
A evolução tecnológica foi um fator preponderante para que novos rumos
fossem dados aos processos de representação e reprodução da imagem
estática. Se comparada ao surgimento da escrita, a história da fotografia
enquanto narrativa visual é bastante recente, uma vez que, até fins do século
XIX, o domínio da pintura enquanto maneira de representação da realidade em
superfície plana era a única forma existente. Tanto que os primeiros fotógrafos
conhecidos da história, Joseph Nicephore Nièpce, Louis Jacques Mande
Daguérre e Wiliiam Henry Fox Talbot, eram todos pintores.
A precariedade dos equipamentos - grandes, pesados e pouco precisos -
e dos processos fotográficos – trabalhosos, lentos e frágeis – limitavam muito
o trabalho dos fotógrafos em campo na época. A presença humana nas fotos
era raríssima neste primeiro momento e só imagens de coisas estáticas eram
produzidas. Mesmo assim vários fotógrafos saíram pelo mundo registrando
acontecimentos importantes, terras, povos, costumes exóticos e o que mais
chamasse a atenção destes homens. Álbuns com fotos de africanos, asiáticos e
povos nativos das Américas despertavam a curiosidade das pessoas e eram um
sucesso comercial enorme.
Mas a imprensa assimilou os novos inventos de forma relativamente len-
ta; não bastou a invenção da fotografia para que, no dia seguinte, ela estives-
se estampada em todos os jornais. Faltava desenvolver uma técnica para
transferir esses registros para as páginas dos jornais.
O marco inicial do fotojornalismo se dá finalmente com a realização de
um daguerreótipo de autoria do alemão Carl Friedrich Stelzner, do trágico in-
cêndio de Hamburgo a cinco de maio de 1842, em que dois terços da cidade fi-
cou destruída. O incêndio de Hamburgo foi reproduzido com base em um origi-
nal fotográfico e posteriormente impresso em half tone, na revista semanal da
The Ilustrated London News que é considerada a primeira revista ilustrada e
durante muito tempo foi um dos grandes veículos de informação no continente
europeu.
Na segunda metade do século XIX é que evoluções significativas no cam-
po da fotografia começam a se sobressair. Em princípio a diminuição dos tem-
pos de exposição proporcionará aos fotógrafos a possibilidade de aproximação
com os temas e também a ousadia em relação às coberturas de guerra. Um fa-
tor importante foi a descoberta da reprodução de uma mesma imagem a partir
de um único original, conhecida como negativo-positivo, ou técnica de colódio

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 70


úmido, em que o original era captado e gravado em uma base gelatinosa, po-
dendo ser reproduzida tantas vezes quantas fossem necessárias e, devido a
maior transparência dos produtos utilizados, poder ser exposta 10 vezes mais
rápido, desbancando de vez o daguerreótipo e gerando o conceito de obra múl-
tipla.
Os conflitos bélicos ocorridos no século XIX e também no século XX fo-
ram os grandes temas do inicio da história do fotojornalismo. A Guerra da Cri-
méia, dos anos 1854 a 1855, foi registrada por Roger Fenton – fotógrafo do
museu Britânico - e as imagens traziam representações de soldados sorriden-
tes fora do campo de batalha, feridos e cadáveres.
É nesse período da história do fotojornalismo que se esboçam os sinais
de uma censura prévia que estaria por vir em função do choque causado pelas
fotos dos campos de batalha. O editor Thomas Agnew, que encomendou a co-
bertura, selecionou e publicou as imagens que julgou serem de interesse do
leitor. Notem que a função de editor de fotografia só surgirá na década de 30
do século seguinte.
Do conflito da Criméia em diante todos os grandes acontecimentos do
mundo começam a ganhar a atenção dos fotógrafos, conseqüentemente dos
leitores e com isso a fotografia de notícia começa a cair no gosto popular. Por
outro lado, com a possibilidade da proximidade com o tema os fotojornalistas
começaram a se expor ao perigo e também a morrer.
Até a I Guerra Mundial os grandes combates ainda estavam fora do al-
cance das câmeras e as fotos geralmente retratavam as conseqüências: solda-
dos mortos, vilas arrasadas e a paisagem lunar resultante de uma guerra de
trincheiras.
Curiosamente, a I Guerra Mundial atrasou o projeto da Leica de lançar a
primeira câmera compacta, que usaria a nova e pequena película cinematográ-
fica de 35mm. A primeira Leica foi fabricada em 1914, desenhada pelo cons-
trutor de microscópios Oskar Barnack , mas a Leica demoraria dez anos para
se aperfeiçoar devido ao início da I Guerra Mundial e a inflação que a ela se se-
guiu na Alemanha, prejudicando a indústria de modo geral. Em 1924 enfim é
lançado o primeiro modelo com telêmetro acoplado à sua objetiva Elmar, de
excelente definição e com abertura máxima f 3,5.
E em 1936 temos a primeira cobertura de uma guerra no sentido moder-
no. A Guerra Civil Espanhola (1936-39) foi coberta por um corpo de fotógrafos
profissionais nas linhas de frente e em cidades bombardeadas. Naquele mo-
mento o mundo tinha a possibilidade de testemunho imediato do que acontecia
nos campos de batalha.
Nas primeiras décadas do século XX, as fotografias eram dispostas nas
revistas de modo a traduzir em imagens um fato, sem muito tratamento de
edição. Em geral eram publicadas todas do mesmo tamanho, com planos am-
plos e enquadramento central. Alguns movimentos artísticos como o da escola
Bauhaus, na Alemanha (1919-33), promoveram grandes mudanças no design
de produtos e nas artes gráficas. Naturalmente o design (diagramação) das
páginas de impressos (livros, revistas, jornais, posters etc) deixou de ser cen-
trado no texto e começou a integrar o conjunto, imagem e texto. Assim, a fo-
tografia começa a influenciar o design de conjuntos impressos no mundo todo.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 71


Outra grande mudança na área do fotojornalismo foi a criação das agên-
cias de fotógrafos. Elas fortaleciam a profissão de fotojornalista na medida em
que discutiam e garantiam a autoria e os direitos das imagens produzidas. Em
1930 a Dephot foi criada em Berlim pelo fotógrafo Eric Salomon e contava com
os fotógrafos André Kertesz e Brassai. Em 1935 surge a Black Star em Nova
York e no mesmo ano a Associated Press começa a oferecer o serviço de foto-
reportagens. Com a ascensão do nazismo alguns fotógrafos deixaram a Ale-
manha, Salomom é morto em Auschswitz, e outros, dentre os quais o húngaro
Andrei Friemann, que assume o pseudônimo de Robert Capa, foram para Fran-
ça.
Em 1947, Capa funda a agência Magun com Henri Cartier-Bresson, Geor-
ge Rodger e David Seymour (Chim). Esta, a mais famosa e mítica agência de
fotografia do mundo. Funciona até hoje como uma cooperativa e, além de dis-
cutir as questões relativas á autoração das imagens e á liberdade da escolha
dos temas das reportagens passou a exigir a propriedade dos negativos que
seus fotógrafos produziam. É mais do que um meio de ganhar dinheiro, os fo-
tógrafos associados aspiravam, através da imagem, exprimir seus próprios
sentimentos e idéias de sua época. Entre seus associados já estiveram os Bra-
sileiros Sebastião Salgado e Miguel Rio Branco.
Com as inovações tecnológicas nos sistemas de impressão e o surgimen-
to de grandes conglomerados de comunicação, a demanda por imagens foto-
gráficas cresceu muito na década de 50 e revistas como as americanas - Life
(1936), Look (1937) e Time(1922) – e as francesas - Vue (1928) e Paris Match
(1949) – viviam seus anos de ouro e a fotografia estava definitivamente incor-
porada ao jornalismo.

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E no Brasil?

O mercado editorial brasileiro, mesmo incipiente, já existia desde o


século XIX, com publicações das mais diversas. Em 1900 é publicada a Revista
da Semana, primeiro periódico ilustrado com fotografias. Desde então os
títulos se multiplicaram, como também o investimento nesse tipo de
publicação. Um exemplo disso é o aparecimento, em 1928, da revista O
Cruzeiro, um marco na história das publicações ilustradas.
A partir da década de 1940, O Cruzeiro reformulou o padrão técnico e
estético das revistas ilustradas apresentando-se em grande formato, melhor
definição gráfica, reportagens internacionais elaboradas a partir dos contatos
com as agências de imprensa do exterior e, em termos estritamente técnicos,
a introdução da rotogravura, permitindo uma associação mais precisa entre
texto e imagem. Toda essa modernização era patrocinada pelos Diários
Associados, empresa de Assis Chateaubriand, que passa a investir fortemente
na ampliação do mercado editorial de publicações periódicas.
A nova tendência inaugurada por O Cruzeiro provocou uma reformulação
geral nas publicações já existentes, obrigando-as a modernizar a estética de
sua comunicação. Fon-Fon, Careta, Revista da Semana, periódicos tradicionais
adequaram-se ao novo padrão de representação, que associava texto e
imagem na elaboração de uma nova forma de fotografar: o fotojornalismo.
Assumindo o modelo internacional, sob forte influência da revista Life, o
fotojornalismo de O Cruzeiro criou uma escola que tinha entre os seus
princípios básicos a concepção do papel do fotógrafo como 'testemunha ocular'
associada à idéia de que a imagem fotográfica podia elaborar uma narrativa
sobre os fatos. No entanto, quando os acontecimentos não ajudavam,
encenava-se a história.
O texto escrito acompanhava a imagem como apoio, que no mais das
vezes, amplificava o caráter ideológico da mensagem fotográfica. Daí as
reportagens serem sempre feitas por um jornalista, responsável pelo texto
escrito, e por um repórter fotográfico, encarregado das imagens, ambos
trabalhando conjuntamente. No entanto, somente a partir dos anos 40 o
crédito fotográfico será atribuído com regularidade nas páginas de revistas e
jornais.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 73


Uma dupla em especial ajudou a consolidar o estilo da fotoreportagem no
Brasil: David Nasser e Jean Manzon, a primeira dupla do fotojornalismo
brasileiro, protagonistas de histórias onde encenavam a própria história. Além
de Manzon, outros fotógrafos contribuíram para a consolidação da memória
fotográfica do Brasil contemporâneo, tais como: José Medeiros, Pierre Fatumbi
Verger – o fotógrafo/antropólogo, Flávio Damm, Luiz Pinto, Eugenio Silva,
Indalécio Wanderley, Erno Schneider, Alberto Jacob, entre outros que definiram
uma geração do fotojornalismo brasileiro.
A fotorreportagem marcou época na imprensa ilustrada mundial
respondendo à demanda de seu tempo. Um tempo onde a cultura se
internacionalizava e a história acelerava seu ritmo com guerras (Coréia, Vietnã,
Palestina e outras), conflitos sociais (fim das colônias africanas, início da era de
ditaduras sul-americanas) e revolução nos costumes (pílula, amor livre, rock’n
Roll).
A produção de fotoreportagens foi feita de maneira tão categórica,
minuciosa e em escala tão grande que a história do século XX pode ser
contada através delas.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 74


O fotojornalismo no Brasil de hoje.
Com a popularização da televisão no fim dos anos sessenta as
fotoreportagens começaram a perder importância enquanto testemunho de
uma época. A guerra do Vietnã foi um marco para a cobertura de redes de
televisão mas ainda atraia muitos fotógrafos de vários veículos impressos. A
profissão de repórter fotográfico ia perdendo um pouco do glamour e do
charme dos anos 50 e se tornava mais uma profissão dentro da área de
comunicação.
Hoje no Brasil não existe nenhum jornal de circulação nacional que não
tenha pelo menos um fotógrafo em seu quadro de funcionários e todos usam
fotos de agências e bancos de imagens brasileiros e estrangeiros. No começo
do século XXI a Gazeta Mercantil ainda não usava fotografia, só ilustrações em
bico de pena. A chegada do diário Valor Econômico, no segmento de jornais de
economia, trazendo uma proposta de diagramação moderna e uso de imagens
(infográficos super elaborados além de fotos bem produzidas) obrigou a Gazeta
a se modernizar e conseqüentemente a fazer uso de fotos em suas edições.
As revistas semanais também utilizam a fotografia maciçamente como
forma de apoio ao texto. Em meados dos anos 80 do século XX, os avanços
tecnológicos propiciaram o uso da cor em escala maior nas revistas e no
começo dos anos 90 os jornais começaram a ser publicados com páginas
coloridas.
Nesta época, a publicidade começava a ganhar novo status e os
fotógrafos de moda e publicidade ganhavam destaque. Alguns viravam
celebridades, e em oposição, os fotojornalistas eram usados até como exemplo
de arcaísmo e obsolescência.
Em parte isso era culpa dos próprios fotógrafos que não estudavam nem
se atualizavam, os movimentos sindicais eram fracos devido ao regime militar,
os salários eram cada vez mais baixos e havia ainda outro fator terrível que
afligia todos os brasileiros, a inflação. Fora isso, existia uma lei de proteção ao
similar nacional que tornava proibitivo o custo do material fotográfico.
O presidente Collor deu inicio ao processo de extinção da famigerada Lei
de proteção ao Similar Nacional e abriu nossa economia para o mundo. Com a
chegada da tecnologia de imagem digital os fotógrafos foram obrigados de
uma hora para outra a migrar para a nova tecnologia e a se atualizar.
As novas tecnologias também criaram novas demandas e o uso de
imagens jornalísticas cresce continuamente com novas mídias – grandes
portais de notícias, revistas eletrônicas, e novos nichos – os bancos de
imagem, revistas de celebridades, customizadas, etc.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 75


O Mercado

Deixando o romantismo de lado, o fotojornalista existe para suprir


determinada necessidade por um serviço como qualquer outro profissional. No
caso, a demanda por imagens de acontecimentos cotidianos.
As empresas que mais usam este serviço são as de jornalismo impresso -
os jornais, diários ou não, e as editoras de revistas. Estas empresas mantêm
fotógrafos contratados em seus quadros de funcionários e também utilizam
muito o serviço de fotógrafos “freelancers”. Por força da lei, as empresas de
comunicação são obrigadas a ter um mínimo de funcionários contratados com
carteira assinada. Os “freelancers” são chamados para complementar o quadro
e muitos trabalham em esquema fixo com determinadas empresas e em
alguns casos até se comprometem a não prestar serviço para outra empresa
que atue no mesmo ramo.
As agências de noticias também usam bastante o serviço de fotógrafos.
Algumas são ligadas a grandes grupos de comunicação como a Folhapress, do
Grupo Folha de São Paulo, e a Infoglobo, das organizações Globo, e usam o
serviço dos profissionais da casa. Outras como a Reuters, Tyba (do Rio de
Janeiro) e Cia. de Foto têm seu staff próprio de fotógrafos. Em ambos os
casos, as fotos prontas podem ter seus direitos comercializados ou um serviço
específico pode ser encomendado pelo cliente.
Recentemente as assessorias de imprensa também estão entre os
grandes consumidores de fotos e têm lançado mão dos serviços de fotógrafos
“freelancers”. As empresas, grandes e pequenas, do segmento privado são os
grandes clientes deste segmento, mas instituições como hospitais, entidades
de classe e empresas do terceiro setor (ONGs) também utilizam o serviço de
fotojornalismo.
A remuneração normalmente é fixada pelo cliente. Ele diz quanto quer
pagar ou quanto tem de verba disponível para o trabalho e cabe
exclusivamente ao fotógrafo avaliar o trabalho e aceitar ou não o proposto pelo
cliente. A ARFOC (Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos)
tem em seu site uma tabela de referência que ajuda muito na negociação.

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O Equipamento
Com o avanço da qualidade técnica dos equipamentos digitais e a
crescente urgência demandada pelo jornalismo online, não existe possibilidade
do fotógrafo trabalhar com câmeras analógicas e filmes. Até há quem use mas
são raríssimas exceções.
Não importando se é filme ou digital, fotojornalismo é rapidez e
oportunidade e o equipamento ideal é fundamental para o desempenho da
profissão. Ele deve estar sempre cuidadosamente limpo, revisado e testado. As
baterias devem estar sempre carregadas e baterias extras são itens
obrigatórios. Os cartões devem estar formatados e é importante também ter
mais de um. É sempre bom lembrar que cartões de grande capacidade
(maiores que 2GB) são um risco para o fotografo pois quando apresentam
algum problema o numero de imagens perdidas pode ser maior.
É importante ressaltar estes cuidados pois uma falha no funcionamento,
por menor que seja, pode arruinar uma pauta e normalmente, provocar a
demissão do profissional e no caso de um “freela”, nunca mais ser chamado
pela empresa que o contratou.
A escolha da câmera deve ser feita de maneira criteriosa pois nem todas
se prestam aos caprichos impostos pelo trabalho do fotojornalista. As melhores
são as de corpo em liga de magnésio, alumínio ou titânio e revestidas de
material emborrachado. Estas são mais resistentes a diferenças de
temperatura, respingos de água e acumulo de poeira no interior do corpo.
Algumas câmeras são weatherproof ou seja podem pegar respingos de chuva,
são mais resistentes ao calor e poeira.
As objetivas devem ser preferencialmente de distancia focal variável
(zoom), pois são mais versáteis e evitam as trocas que tornam o trabalho lento
e expõe perigosamente o sensor da câmera. Por outro lado, as objetivas
devem ser luminosas para propiciar o uso de velocidades de obturador mais
rápidas. As objetivas para um kit de fotojornalismo devem ir de grande
angular até uma tele e todas com filtro de proteção. No caso de empresas
jornalísticas, algumas investem nos extremos e tem em seus armários pelo
menos uma super-grande angular e uma super-tele.
Com o surgimento dos flashes TTL a vida ficou fácil para o fotojornalista.
Ele só deve se preocupar em ter um flash potente (com n° guia alto) e um
battery pac compacto para acelerar o tempo de reciclagem do flash. Alguns
acessórios como difusores e rebatedores também ajudam a dar mais
versatilidade ao flash.
Um tripé firme também deve fazer parte do equipamento básico de um
fotojornalista. Pode até ser pouco utilizado no dia-a-dia mas em alguns casos é
insubstituível.
Quanto a marca e modelo do equipamento escolhido, algumas coisas
devem ser levadas em conta:
- A relação entre o preço do equipamento e o tipo de trabalho
desenvolvido.
- Confiança no fabricante e assistência técnica disponível.
- Compatibilidade e facilidade de compra de novos acessórios.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 77


Falando praticamente, as marcas indicadas para o trabalho de
fotojornalismo são Canon e Nikon. A resolução do sensor é o fator mais
importante a ser levado em conta na hora da compra do corpo pois possibilita
a impressão de imagens maiores em páginas inteiras, duplas e capas de
revista. Arquivos maiores também permitem maior possibilidade de venda nos
bancos de imagens. Outro fator importante é o tamanho da memória cache ou
buffer, que determina a capacidade para fotografar longas seqüências de fotos.
As objetivas devem ser luminosas (aberturas de 1,8 - 2 - 2,8) e se não
forem do mesmo fabricante do corpo, devem ser totalmente compatíveis com
as funções de auto focus e fotometria. As marcas “genéricas” Sigma e Tamron
são as mais recomendadas. Um kit básico de fotojornalismo deve ter uma
zoom 17-35mm, 35-70mm e uma 70-210mm.
Algumas lentes possuem um sistema de estabilização da imagem e
permitem fotografar com velocidades mais baixas. São mais caras mas muito
úteis no fotojornalismo.

O flash deve ser da marca do corpo ou também ter total compatibilidade


com ele pois a função TTL é fundamental para garantir agilidade e precisão.
Um power pack externo é ítem obrigatório pois diminui o tempo de reciclagem
do flash diminuindo drasticamente o tempo entre os disparos.
E importante frisar a compatibilidade entre os assessórios pois mesmo os
de uma mesma marca podem sofrer alguma limitação.
Em viagens é recomendável levar dois corpos e dois flashes, pois neste
caso vale a máxima: Quem tem um não tem nenhum.
Para transportar o equipamento o mais recomendado são as bolsas a
tiracolo pois as mochilas não deixam o equipamento a mão. Pochetes e coletes
do tipo bomber dão bastante agilidade e são muito usados pelos
fotojornalistas.
Bloco e caneta também são itens obrigatórios para anotar o nome do
personagem ou outros dados relevantes para a legendagem da foto.
Um telefone celular também faz parte do equipamento básico do
fotojornalista e como todo o resto deve estar sempre com bateria carregada e
pronto para ser usado. O fotojornalista deve estar sempre ao alcance do
editor de fotografia. A comunicação com a redação é essencial para discussão
e negociação de prazos, mudanças nas pautas ou ainda para receber uma nova
pauta a ser feita em seguida.
Um powerbook ou notebook com um adaptador de internet wireless
(tecnologia G3), também é um acessório cada vez mais usado, pois servem
para transmissão do material fotografado de qualquer lugar que tenha rede wi-
fi ou não.
O guarda roupa também deve ser bem escolhido, A roupa deve ser
confortável, principalmente o calçado, discreta e híbrida. Deve servir para
trabalhar com discrição numa favela ou na sede de um banco.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 78


O uso do flash
O uso do flash só é recomendado em último caso e deve ser feito de
maneira sutil e natural preservando a iluminação do ambiente. A luz direta no
assunto da foto deve ser evitada e um rebatedor ou difusor deve ser usado.
Papel vegetal e fita adesiva podem improvisar um difusor eficiente. A luz
rebatida no teto ou parede também ajuda a suavizar a luz. Um cabo TTL
externo pode dar mais versatilidade ao flash. Fundamental é o battery pack ou
turbo, que, presos à cintura e ligados ao flash por um cabo, recicla a carga do
flash com muita rapidez e reduz o numero de fotos perdidas. Conjuntos de
baterias extras são obrigatórios na bolsa do fotojornalista.

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O trabalho
O trabalho do fotojornalista começa entrando em contato com a editoria
de fotografia ou departamento de arte da empresa ou empresas para a qual se
queira trabalhar. Em geral, todos os editores estão acessíveis e marcar uma
hora para mostrar o portfólio não é problema. Esta etapa é importante não só
para mostrar a qualidade técnica do trabalho, mas também a visão jornalística
e o nível de articulação pessoal. Em alguns casos, o editor já explica para o
fotojornalista como é a remuneração, qual a documentação necessária para se
cadastrar como freelancer na empresa (na maioria dos casos é preciso abrir
uma empresa de prestação de serviço para emissão de nota fiscal) e o
fotógrafo já passa todos os seus contatos, e mail, número do telefone celular e
do telefone fixo. No caso de contratação, os tramites variam de empresa para
empresa mas depois que editor de arte/fotografia comunica ao setor de
recursos humanos, uma série de documentos são pedidos e um contrato de
trabalho é redigido e assinado entre as partes.
Uma vez trabalhando para a empresa ou prestando serviço como
freelancer o trabalho efetivamente começa com o recebimento de uma pauta.
A pauta é o pedido de foto. Ela deve vir com as informações fundamentais para
a execução do trabalho tais como: Endereço ou local da pauta, horário e
descrição do que será fotografado (uma pessoa, uma reunião, a fachada de um
prédio, uma blitz, etc.), o nome do repórter e a editoria para onde a matéria
irá. Em muitos casos o fotojornalista, freelancer ou contratado, não precisa se
deslocar até a redação da empresa, a pauta é enviada por e-mail e o fotografo
depois de realizar o trabalho também pode transmitir o trabalho pela internet.
No caso do fotojornalista ficar na redação o mais comum é a saída em dupla
com o repórter. Neste caso, a pauta também é passada e serve para o controle
da editoria de fotografia sobre a quantidade de pautas realizadas e quem é o
fotógrafo designado. Uma vez em campo, o fotografo deve ficar atento ao
repórter e o que ele está observando ou com quem ele está falando.
Normalmente é um personagem da matéria e deve ser fotografado. Mas
cuidado. Nestes casos deve haver uma sinergia muito forte entre o repórter e o
fotojornalista, nem sempre a fonte ou o personagem que ou pode ser
fotografado. A troca de informações entre repórter e fotografo é fundamental.

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Realizada a pauta, o fotojornalista deve descarregar seu material e antes
de entregar ao editor, fazer uma pré-edição e legendagem de cada imagem
escolhida. As fotos não devem receber nenhum tipo de tratamento.
Na pré edição o fotografo deve levar em conta :
● A qualidade técnica – a foto está bem exposta? A composição é a ideal ?
● A relevância – Este é o momento mais importante do evento pautado?
● A abrangência – A imagem conta toda a historia?
● A criatividade – A foto é surpreendente? Lembre-se de que o impacto é
elemento fundamental no fotojornalismo.
● E sempre ter uma opção vertical e outra horizontal.

Na prática, o trabalho do fotojornalista é uma incógnita. Muitas vezes o


que parecia uma pauta simples e rápida se transforma numa cobertura de
horas (às vezes dias) e o profissional deve estar preparado para lidar com o
inesperado.
Uma boa comunicação com o repórter ou editor que pautou a foto é
fundamental para o bom resultado e o fotógrafo não deve se furtar em dar
sugestões quando achar que contribuirá para uma foto melhor. É bom ter em
mente que repórteres e editores não fotografam e muitas vezes o que eles
querem não pode ser realizado ou existem possibilidades para se conseguir um
resultado melhor.
Por outro lado, alguns eventos estão cada vez mais previsíveis e a
cobertura do jornalismo diário cada vez mais pautada pelas assessorias. Assim,
podemos cobrir uma manifestação de motoboys que paralisará a cidade com
hora marcada e devidamente divulgada pela assessoria de imprensa do
sindicato. Mas como mencionado acima, mesmo diante de um quadro de
previsibilidade é bom estar preparado para surpresas.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 81


Minimizando os problemas
Para minimizarmos os problemas inerentes a imprevisibilidade dos
eventos devemos sempre que possível nos antecipar a eles. Quanto mais
informação tivermos sobre o que vamos fotografar, melhor. Então, vale sempre
aquela busca na internet ou uma conversa com quem já esteve no local ou
conhece o personagem.

Antes de chegar ao local da foto:


● O equipamento sempre em dia e checado.
● Se a pauta for ao ar livre é recomendável já ir avaliando e antecipando a
condição de iluminação.
● Se for em local fechado, tentar se informar com alguém que conheça o
lugar ou procurar na internet qual é a condição de iluminação.
● Mentalizar a foto. Refletir sobre o que será fotografado e criar o
enquadramento na cabeça ajuda a concentração no trabalho.

Uma vez no local da pauta:


● Manter a atenção no ambiente e nas pessoas próximas e distantes.
● O posicionamento é fundamental. Cuidado para não ficar em lugares que
limitem sua locomoção ou que outras pessoas entrem na sua frente.
Muitas vezes é preciso se deslocar em torno do que estamos
fotografando.
● Fique atento ao que está acontecendo, e nos protagonistas da cobertura.
A foto síntese em uma cobertura pode surgir num momento fugaz
● Sempre confira a fotometria.

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Fotografando pessoas
Uma questão muito delicada durante uma foto reportagem é como
abordar os personagens.
Em muitos casos, a entrevista foi feita antes e o personagem está ciente
de que será fotografado e aí é só o fotojornalista agir com tato e mais uma vez
se antecipar à foto tentando descobrir o máximo que puder sobre o
personagem e o local onde a foto será feita. Vale uma conversa com o repórter
e uma busca na internet. No caso do fotógrafo estar sozinho ou o repórter não
ser do tipo colaborador, vale a sensibilidade e uma tentativa de conversa
rápida com o personagem sobre o que ele faz e sobre o que ele falou na
entrevista.
Na rua, quando a pauta não tem um personagem determinado e
precisamos de alguém para compor a foto temos que ter muito cuidado. A
maioria das pessoas não gosta de ser fotografada e elas têm todos os direitos
sobre sua imagem e cada vez mais tomam consciência disto. A câmera
fotográfica é um aparelho que intimida as pessoas. Muitas preferem tirar
sangue a posar para uma foto, outras tem a real preocupação com o que será
feito com sua imagem e podemos deparar com quem não quer ou não pode
aparecer. Para fins jornalísticos ou editoriais não há problema em fotografar
pessoas mas existem algumas restrições. A pessoa deve estar em local público
e a imagem não pode ser usada para denegrir sua honra, moral ou caráter.
Vale notar que fotografar uma pessoa não é crime, na pior das hipóteses o
fotografado pode partir para agressão física e daí ele é que incorrerá num
delito, o uso feito da imagem é que pode gerar problemas. Um recurso muito
usado quando o personagem não pode expor sua identidade é a foto no contra
luz ou da nuca da pessoa. Muitos editores abominam este recurso e preferem
editar a matéria sem foto.
A melhor abordagem é a direta, com educação e respeito. O profissional
deve se identificar e ao veículo para o qual trabalha e comunicar a finalidade
da fotografia.
Em casos extremos vale fotografar primeiro e perguntar depois. Ou sair
correndo. Em todos os casos deve ser comunicado ao editor de fotografia o
que aconteceu durante a pauta, cabe a ele e a direção editorial da empresa a
decisão de publicar ou não a foto.
Grupos grandes de pessoas e multidões não sofrem restrições. Menores
de idade não podem ser fotografados sem a autorização por escrito dos pais.
No caso da foto de um personagem ser incorporada a um banco de
imagens, deve constar na legenda que a foto é única e exclusivamente para
uso jornalístico e editorial.

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Cobrindo uma Coletiva
As entrevistas coletivas, anúncios oficiais, abertura de congressos, palestras
etc. são eventos controlados até certo ponto. Normalmente são anunciadas
com antecedência e em alguns casos é necessário um credenciamento prévio,
o que é providenciado pela empresa (jornal, revista ou assessoria). O grande
problema nesta situação é fazer a foto diferente. O personagem, o fundo da
foto e o posicionamento dos fotógrafos são os mesmos. O que pode diferenciar
uma foto da outra será a distancia focal usada, o corte e a expressão do
personagem.
Nesta situação é muito importante chegar cedo para garantir o melhor
lugar. A relação entre os vários profissionais de imagem (fotógrafos e
cinegrafistas) costuma ser muito cordial e amistosa mas na hora de ver quem
vai ficar na frente o “pau pode comer”, pisões e cotoveladas são “normais”.
Dependendo da situação, é possível conseguir fazer a foto dos
personagens antes ou depois do evento em si. Isto depende de uma
combinação prévia com a assessoria de imprensa do evento ou do
personagem. Mas como o seguro morreu de velho, é bom garantir umas fotos
do personagem durante o evento.

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Cobrindo um grande evento

A profissão de fotojornalista pode nos proporcionar situações e


experiências inusitadas. De uma hora para outra podemos estar na presença
de um personagem histórico ou testemunhando grandes mudanças sociais,
políticas etc.
Mas como isso acontece bem menos do que gostaríamos, vamos falar um
pouco sobre os grandes eventos recorrentes.
Algumas coisas acontecem ciclicamente como eleições, Copa do mundo
de Futebol, Olimpíadas, visitas de chefes de estado, reuniões de cúpula, Fóruns
Econômicos e Sociais, etc.
Estes eventos são organizados com muita antecedência e não raro com
rigidez absoluta. O credenciamento dos profissionais é feito em várias etapas
pois são feitas várias checagens e até o trabalho fotográfico em si muita
burocracia tem que ser enfrentada. No caso do evento ser em país estrangeiro
ainda se fazem necessárias à emissão de vistos, reserva de vôos, hotéis e
organização dos deslocamentos (táxi, aluguel de carro ou furgões para equipes
maiores). Nestes casos, saber uma segunda língua é fundamental.
Normalmente estes eventos são cobertos por grandes equipes. O editor
distribui as tarefas entre os fotógrafos e cada um fica responsável por um
aspecto da cobertura. As agências de fotografia também cobrem
sistematicamente estes eventos usando grandes equipes de fotógrafos
especializados em áreas específicas, como esporte e política. Alguns fotógrafos
são pautados para cobrir assuntos periféricos relacionados ou reflexos que
estes eventos estejam causando em outros setores da cidade, do país ou do
mundo.
Neste tipo de cobertura também pode ocorrer o problema da
padronização das fotos e o fotógrafo terá que usar a criatividade e a
experiência para fazer uma imagem diferenciada.
Muitas vezes podemos estar diante de eventos que a maioria dos mortais
só podem ver pela televisão. O controle da empolgação e do deslumbramento
são muito importantes para a concentração no trabalho.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 85


Convulsões e violência
A profissão de fotojornalista também pode colocar o profissional em
situações de risco. Nos onze anos da guerra do Vietnã (1964-75) morreram
135 fotografos que cobriam o lado dos americanos no conflito. A cobertura de
guerras são casos extremos e a Sociedade Interamericana de Imprensa
(www.sipiapa.org) tem um curso chamado Jornalismo em Zona de Conflito,
específico para quem pensa em fotografar em áreas de risco.
No cotidiano freqüentemente explodem conflitos entre lados exaltados
que passam do limite de civilidade e acabam em confrontos violentos. Brigas
de torcida com e sem intervenção da polícia e remoção de invasores de
terrenos e prédios são eventos onde a violência costuma irromper mas até
passeatas pela paz no mundo podem acabar em violência extrema.
Para o dia a dia basta coragem, preparo físico para correr e observar
alguns princípios que podem reduzir os riscos deste tipo de cobertura.

● Carregar pouco equipamento.


Quanto menos equipamento, mais fácil a locomoção. Um corpo de
câmera com bateria carregada, uma 16-35mm, uma 70-200mm e 3
cartões são suficientes.

● Conhecer o conflito.
Como tudo no fotojornalismo, saber o que vai enfrentar melhora muito
as chances de sair ileso e bem sucedido (com boas fotos) de um conflito.
Procure checar quem são os lados que se enfrentam, o que reivindicam
ou o que os motiva e qual a relação deles com a imprensa. Atenção,
não é para tomar partido de um dos lado.

● Observar a geografia e os personagens.


Chegando ao local, identificar rotas de fuga e locais seguros para se
abrigar em caso de tiros, pedradas e bombas. Identificar os dois lados do
conflito e se alguns dos lados é simpático à presença da imprensa. Nunca
ficar entre os dois lados. De uma hora para outra poderá estar no fogo
cruzado.

● Reconhecer os limites.
Seu e da situação enfrentada. Saber quando chegou a hora de correr
pode ser a diferença entre a vida e a morte. Em casos de tiroteio tente
identificar de onde vem os tiros e procure uma parede, automóvel, poste
ou policial armado, para se proteger. Mantenha-se abaixado diminuindo
o ângulo de exposição aos disparos.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 86


Fotografando Esporte
A cobertura esportiva tem grande importância nos jornais pois mexe com
paixões e rivalidades viscerais e até com sentimentos patrióticos e
nacionalistas. Além de ser o segundo tema que mais vende jornais. Só perde
para casos policiais.
As edições de segunda-feira dos maiores jornais brasileiros trazem
cadernos exclusivos com a cobertura dos eventos do fim de semana e existem
jornais diários que só cobrem esportes.
A primeira foto de esportes publicada num jornal brasileiro foi em 28 de
maio de 1927 no Diário Popular, hoje Diário de São Paulo. É claro que era uma
matéria sobre o “foot-ball” e trazia um retrato de “Heitor, que comandaria o
ataque do Palestrino”.
A cobertura esportiva é desenvolvida ao longo da semana com a
cobertura de treinos, a rodada de meio de semana e a chegada ou partida de
atletas para competições internacionais. Mas a cobertura mais importante se
concentra nos finais de semana e claro, nos torneios de futebol da temporada.
A cobertura esportiva não está limitada as competições. A preparação
dos atletas (treinos), os momentos de descontração e alegria, o clima nas
equipes federações e confederações, as fofocas, polêmicas e a política
desportiva, cada vez mais fazem parte do trabalho no jornalismo esportivo. Os
atletas também tem aparecido muito mais na imprensa mostrando o lado
humano, para o bem ou para o mal. Ou seja, o trabalho fora das 4 linhas, das
piscinas, pistas e raias também é muito importante. O público de competições
esportivas e as torcidas de futebol com seus espetáculos e tragédias também
são temas recorrentes na cobertura esportiva.
A fotografia esportiva é a fotografia de ação por excelência. O foco e a
fotometria tem que ser muito rápidos. Muitas vezes os disparos contínuos são
necessários para pegar o melhor momento.
O equipamento tem que ser rápido, as lentes tem que ser as mais
luminosas e nem sempre as maiores teles são necessárias. Um monopé e
vários cartões são obrigatórios. Um notebook preparado para transmissão de
fotos agiliza a chegada das imagens à redação antes do fim das competições.
O kit básico recomendado é composto de dois corpos, um com uma
super-tele e outro com uma meia-tele e um monopé.
O posicionamento também é importante mas dependendo das regras de
determinados esportes e de suas federações e confederações estes podem ser
muito restritos. Em competições da FIFA, por exemplo, os fotógrafos são
obrigados a ficar atrás do gol. O credenciamento para a cobertura de eventos
esportivos também é regido por normas de federações locais.
É sempre bom frisar que durante uma cobertura fotográfica devemos
torcer com discrição e manter a concentração no trabalho fotográfico. Não dá
para parar um minutinho para assistir a Daiane dos Santos dar o Duplo-Mortal
Carpado.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 87


Algumas palavras para uma reflexão sobre a ética
Existe uma lenda, no meio fotográfico paulistano, em que os fotógrafos
do extinto Notícias Populares carregavam um kit com objetos para dar mais
dramaticidade a cena. Bastava largar uma chupeta ou uma boneca no
primeiro plano e pronto. Vocês podem imaginar o efeito. É claro, isso nunca foi
comprovado, mas existem exemplos reais de manipulação e montagem de
imagens desde a invenção da fotografia. Em 1863 o fotografo Alexander
Gardner que cobria a Guerra da Secessão Americana teria usado um mesmo
cadáver para compor cenas diferentes e então fotografá-las. A famosa imagem
feita por Eddie Adams, da execução de um guerrilheiro vietcong pelo General
Nguyen Ngoc Loan em Saigon, também foi encenada. Realmente houve a
execução mas a pedido do fotógrafo eles saíram da sala da delegacia em que
estavam e foram para a rua, para um cenário mais conveniente ao fotógrafo.
Temos que ter em mente que o fotojornalista pode fazer a realidade
parecer ficção mas não pode transformar a ficção em realidade.
Diferente da crença inicial de que a fotografia representa a realidade, na
verdade ela é um recorte da realidade.
Numa definição mais clara, a fotografia é um meio de intermediação. Á
priori é o que o fotógrafo quer mostrar ou ainda, a sua interpretação pessoal
de um evento. Por isso o cuidado extremo na hora de fotografar. A formação
pessoal, cultural, os princípios morais, o caráter e até a posição política do
fotógrafo influenciam na tomada da foto.
Quando dizemos que a foto não foi manipulada estamos nos referindo a
imagem produzida que não sofreu nenhuma alteração, mas a própria tomada
da foto em si é a manipulação do fato real. Por que fotografar de um jeito e
não de outro? Por que isolar o personagem na cena? Ou ainda fotografá-lo de
cima para baixo ou de baixo para cima?
A edição da imagem, pelo editor de fotografia ou direção editorial, que
será publicada é uma forma de manipulação.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 88


O Código de Ética do Jornalista brasileiro
http://www.fenaj.org.br/Leis/Codigo_de_Etica.htm não faz referência
específica ao trabalho fotográfico. Mesmo que seja pelo fato da profissão não
ser regulamentada, não há qualquer citação à Fotografia, e o único parágrafo
que é lembrado em documentos ligados a fotógrafos, como na tabela de preços
mínimos, é o 10º, que diz: “o jornalista não pode aceitar oferta de trabalho
remunerado em desacordo com o piso salarial da categoria ou com a tabela
fixada por sua entidade de classe”. É claro que a maioria dos 27 artigos desse
extenso código de ética se aplica tanto a jornalistas de texto quanto aos
repórteres-fotográficos, pela sua abrangência como manifesto da integridade
profissional e respeito ao direito de informar e ser informado, mas, ainda que o
10º artigo esteja sendo respeitado, existem particularidades no fotojornalismo
que precisam ser classificadas e definidas, principalmente depois que os
avanços eletrônicos dominaram nossa forma de produzir. Por conta destes
avanços, a National Press Photographers Association, dos EUA, publicou em
2004 seu novo código de ética
http://www.nppa.org/professional_development/business_practices/ethics,
renovando o que havia sido elaborado na sua fundação, em 1946. Vale a pena
conhecê-lo, principalmente porque torna-se uma referência e a NPPA é uma
respeitada associação, que já em 1991 sinalizava uma atenção especial às
“recentes tecnologias eletrônicas que criam novos desafios à integridade das
imagens fotográficas”, conforme documento publicado na época.
A Associated Press (AP), agência de noticias internacionais, passou este
memorando para suas sucursais:

● Não interferir, modificar, teatralizar, dirigir, manipular, etc, a situação a


ser fotografada. A única exceção é o retrato formal, quando é posada.

● Não manipular a foto em Photoshop de maneira que modifique o


conteúdo. As ferramentas permitidas são: Levels, Contrast e Sharpen.
Nada mais.

● Identificação clara na legenda quando a foto for de divulgação ou se tiver


sido revisada por algum órgão institucional (normalmente algum
comando de forças armadas, em caso de guerra).

Estas normas até podem se aplicar bem aos profissionais da AP e são


boas referências para nós, mas na prática quando fotografamos além do “hard
news” não precisamos ser tão rigorosos.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 89


Um pouco sobre direito de Imagem

A lei que atualmente regula os direitos autorais no Brasil é a 9.610, de 19 de


fevereiro de 1998.

1. Cuidado ao fotografar pessoas, há restrições quanto ao uso da ima-


gem alheia. Para fins jornalísticos e editoriais não há impedimento desde
que não haja dano à imagem.

2. Cuidado ao fotografar obra de arte que também é protegida, tanto


quanto a imagem de uma pessoa.

3. Fotos para fins pedagógicos, científicos, têm uma redução da proteção


do titular de direito em favor da sociedade que é usuária do conhecimen
to humano.

4. Obras arquitetônicas são consideradas artísticas, portanto, também


estão protegidas pelo direito do autor.

5. Na publicidade, tenha em mente sempre a regra: nada pode sem a


autorização do titular.

6. Jamais faça remontagem da imagem de uma pessoa. A prática é


comum no design e não é permitida perante a lei.

7. Obra fotográfica bastante conhecida ou notoriamente artística não


pode ser plagiada.

8. Ninguém pode alegar que o fotógrafo cedeu os direitos autorais, sem


que isso conste expressamente em contrato de cessão de direitos.

9. A interpretação dos contratos de cessão é restrita.

10. O fotógrafo não é obrigado a autorizar alterações em sua obra, a não


ser que conste no contrato de cessão de direitos.

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 90


Alguns fatos sobre direito de imagem

A fotografia é protegida por lei?


É. A fotografia é considerada como obra intelectual, e como tal está protegida
pelo art. 7., inc. VII da Lei n. n9610/98:

Art.7.: São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expres


sas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intan
gível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:
VII - As obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análo-
go ao da fotografia.

Quem é o autor? A Lei garante os seus direitos?


O autor é a pessoa física que cria a obra literária, artística ou científica, sendo,
no nosso caso, o próprio fotógrafo. O autor da obra fotográfica poderá ser
identificado pelo seu nome civil, completo ou abreviado até por suas iniciais,
pelo pseudônimo ou qualquer outro sinal convencional.

A obra fotográfica precisa ser registrada? Como é comprovada sua au-


toria?
Não. O artigo 18 da Lei dos Direitos Autorais exime a obrigação de registro da
obra. No caso específico do fotógrafo publicitário, a autoria de uma foto pode
ser comprovada de muitas maneiras: o orçamento que gerou a foto, o pedido
da agência ou cliente, a Nota Fiscal, as sobras de cromos, provas ou negativos,
enfim, tudo o que ligue a foto ao solicitante e/ou ao fotógrafo.

O fotógrafo de publicidade é autor?


É. A legislação brasileira prevê 02 (duas) hipóteses específicas para o fotógrafo
de publicidade. A primeira está prevista na Constituição Federal, art. 5., inc.
VIII, que se refere à definição da obra feita em co-autoria, ou seja, aquela
obra criada em comum por dois ou mais autores.
E a segunda,está prevista neste mesmo artigo, letra "g", que se refere à obra
derivada, ou seja, aquela que constitui criação intelectual nova resultando da-
transformação da obra originária. Na utilização da obra feita em co-autoria
será sempre necessária a autorização dos autores que integram essa obra.
A foto é sempre o produto de um autor, portanto objeto de um direito. Nos ca-
sos onde haja manipulação digital (retoque, fusão etc) posterior, necessaria-
mente autorizada, o direito passa a ser compartilhado.
Você precisa saber:
Na composição dos direitos autorais, existe uma divisão: direitos morais e pa-
trimoniais. Esses direitos protegem e orientam o autor, no que diz respeito à
obra criada por ele. Como autor, há coisas que você pode e coisas que não
pode fazer e esta é a chave para toda a questão ética. Os direitos morais são
inalienáveis e irrenunciáveis, enquanto os direitos patrimoniais
poderão ser cedidos definitivamente ou por prazo determinado.

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1. Direitos Morais
São direitos que o autor não poderá vender, dar, emprestar, fazer leasing,de-
sistir etc. Eles são parte inseparável da obra criada, seja ela feita por enco-
menda, co-autoria, colaboração ou outras, pertencendo esses direitos única e
exclusivamente ao autor. Portanto, pelo art.24 da Lei dos Direitos Autorais, o
fotógrafo tem direito a:

- reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da foto;


- ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional ou indicado na utilização
da foto;
- é o que chamamos de crédito;
- conservar a foto inédita;
- opor-se a qualquer modificação na sua foto;
- no entanto, o fotógrafo pode modificar sua foto, antes ou depois de
utilizada;
- retirar de circulação a sua foto ou suspender qualquer forma de utilização
já autorizada, quando considerar a circulação ou utilização indevida;
- ter acesso, para reprodução, o original único e raro da foto de sua
autoria, mesmo quando se encontre legitimamente em poder de outro.

2. Direitos Patrimoniais
São aqueles que permitem que você possa comercializar a sua foto, da forma
que quiser. Seja ela encomendada ou não. É isso o que vai permitir sua profis-
sionalização e sua inclusão no mercado.

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Alguns problemas práticos e as soluções
1. O cliente pagou, a foto é dele.
Não, não é. Os direitos patrimoniais da fotografia podem pertencer ao cliente,
dependendo do contrato assinado com o mesmo. Os direitos morais não. Como
já falamos, os direitos morais são inalienáveis e irrenunciáveis, pertencendo
única e exclusivamente ao autor.

O direito de exploração da obra precisa sempre de autorização formal, a qual-


quer tempo. Qualquer trabalho intelectual comercializado é uma concessão de
direitos autorais, por tempo e veículo especificados. Você pode fazer uma ces-
são patrimonial de direitos, mas para isso, a Lei exige um contrato específico à
parte, pois a utilização econômica, por parte do cliente, se extingue automati-
camente após 5 anos da morte do autor, voltando o direito de comercialização
aos seus sucessores.

Os direitos patrimoniais ficam por 70 (setenta) anos com seus herdeiros. Só


na falta deles a sua foto será de domínio público.

2. O cliente quer "Buy-Out". O que é isso?


Legalmente não é nada. Moralmente, é uma cilada para todos os envolvidos.
Perante a Lei, o autor, isto é, você é responsável pelos Direitos Morais da foto,
direitos estes dos quais você não pode se livrar, nem que queira. Você vende
para o cliente a utilização daquela foto, porque você pode explorá-la comercial-
mente, mas por um tempo/espaço/mídia que podem ser qualquer um porém,
sempre determinados.

Para haver cessão é necessário um contrato especial e, mesmo este, tem pra-
zo para terminar! Por quanto e como você vende esta utilização é portanto, ar-
bítrio seu e do mercado. Porém, a melhor forma (e mais prática) será sempre
a praticada nos moldes e exemplos da própria Lei.

Atenção:
No caso de fotografia para fins comerciais, você não pode sair fotografando
nem a pessoa que você bem entender nem qualquer objeto de autoria conheci-
da, sem prévia autorização, porque você estará infringindo a Lei que regula o
Direito de Imagem das pessoas e/ou objetos (propriedades).

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Livros de referência
O imaginário segundo a natureza – Henri Cartier-Bresson, Ed. Gustavo Gilli.

Diante da dor dos outros – Susan Sontag, Ed. Cia das Letras.

Realidades e Ficções na Trama Fotográfica – Boris Kossoy, Ed. Ateliê Editorial.

O Clube do Bangue Bangue – Greg Marinovich e João Silva,Ed. Cia. das Letras.

Pierre Verger-Repórter Fotográfico – Ângela Lühning, Ed. Bertrand Brasil.

O Olho da Rua – O Brasil nas Fotos de José Medeiros – Ed. Aprazível Edições.

Requien -By the photographers who died in Vietnam and Indochina–Ed.


Randon House

Between the eyes, essays on photography and politics - David Levy strauss-
Ed. Aperture

Minha Razão de Viver – Samuel Wainer – Ed. Record

Sites relacionados
ARFOC - Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Estado
de São Paulo - http://www.arfoc-sp.org.br/

FENAJ – Federação Nacional dos Jornalistas - http://www.fenaj.org.br/

National Press Photographers Association – Site da associação dos


fotojornalistas Americanos - http://www.nppa.org/

MAGNUM – Site da agência de fotografia mais famosa do mundo


http://www.magnumphotos.com/

Pierre Verger - (1902-1996) fotógrafo e etnógrafo francês especializado em


Bahia e África: http://www.pierreverger.org/br

SAMBA FOTO – Agência especializada em fotos do Brasil –


http://www.sambafoto.com

Digital Journalist – Revista eletrônica sobre fotojornalismo -


http://www.digitaljournalist.org/

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 94


FOTO 8 – Site da revista inglesa de fotojornalismo – http://foto8.com

Agência VII – Site de agência americana com histórias e fotos diferenciadas


-http://www.viiphoto.com/index.html

Associated Press – Uma das maiores agências de conteúdo do mundo:


http://www.ap.org

Reuters – Outra grande agência de conteúdo – http://www.reuters.com

Black Star – Outra grande agência de fotografia, representa milhares de


fotógrafos em todo o mundo. http://www.blackstar.com

GAMMA - Agência de fotojornalismo francesa: www.gamma.fr

BLOOMBERG – Agência de conteúdo voltado para economia –


http://photolib.bloomberg.com

Agência Estado – Banco de imagens e textos do Grupo Estado –


http://www.ae.com.br

Agência Folhapress – Banco de imagens e texto do Grupo Folha da Manhã –


http://www.folhapress.com.br

Getty Images – Link para contato com um dos maiores bancos de imagem do
mundo – http://corporategettyimages.com/source/

INFOGLOBO – Portal de conteúdo com o link para o banco de imagens e texto


do Grupo O Globo - http://www.infoglobo.com.br

Agência Brasil – Agência do governo que produz conteúdo (texto e fotos)


oficial e disponibiliza sem custos - www.radiobras.gov.br

Lumiar – Agência e banco de imagem de Recife PE - www.lumiarfoto. com.br


TYBA – Agência carioca com fotógrafos em todo o Brasil -
http://www.tyba.com.br/portugues/contato/

Nair Benedicto – Profissional especializada em fotografia documental e sócia


da Agência OlharImagem – http://www.olharimagem.com/

ZONE ZERO – Revista eletrônica sobre fotografia digital em inglês e espanhol


- http://www.zonezero.com/default.html

Newseum – Site com as primeiras páginas de vários jornais do mundo todo. É


atualizado diariamente - http://www.newseum.org/todaysfrontpages/flash/

B&H – Considerada a melhor loja de equipamentos fotográficos do mundo –

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 95


http://www.bhphotovideo.com

DPREVIEW – Site inglês com todos os lançamentos de câmeras lentes e


acessórios - http://www.dpreview.com/

Blogs relacionados

PicturaPixel – Revista eletrônica sobre fotografia


www.picturapixel.com/blog/?cat=6&paged=4

Trama Fotográfica – Blog de Simonetta Persichetti, Semióloga especializada


em fotografia.
http://tramafotografica.wordpress.com/

PhotoPreneur – Blog bem humorado e cheio de idéias para ganhar dinheiro


fotografando
http://blogs.photopreneur.com/

Refotografia – Blog do fotógrafo e sucateiro Guilherme Maranhão


http://refotografia.wordpress.com/

Fotosalada – Blog comédia com os bastidores do trabalho dos fotojornalistas


paulistanos e algumas contribuições de outros lugares.
http://www.fotosalada.com.br/fotosalada/inicio.php

Techimage - Curso Completo – Módulo II pag 96

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