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A Brucelose é uma doença zoonótica, causada pela bactéria da família Brucellaceae, que é
constituída por 9 especíes, das quais, B. melitensis, B. suis e B. abortus,são espécies altamente
patogênicas e responsáveis por doenças graves, principalmente em caprinos e ovinos, suínos e
bovinos, respectivamente, assim como o homem (Corbel et al., 2006). Podendo também infectar
outros ruminantes e alguns mamíferos marinhos (OIE, 2021).
Em países com climas temperados ou frios, há uma forte variação sazonal na incidência de
brucelose aguda, com a maioria dos casos ocorrendo na primavera e no verão, porém, em áreas
tropicais e subtropicais, onde a criação de animais se estende por toda a ano, não há influência
sazonal na incidência de Brucelose (OIE, 2006).
Embora as estimativas dos custos associados a infecções por brucelose permanecem limitados a
países específicos, todos os dados sugerem que em todo o mundo as perdas econômicas devido à
brucelose são extensas não só na produção animal (Seleem et al., 2010), como resultado dos
abortos, nascimento de crias fracas e baixa fertilidade, consequentemente redução da produção
do leite, mas também na saúde pública, por meio de custos do tratamento e perda de
produtividade (Poester et al., 2009).
Medidas de controlo
Estratégias de controle focadas em humanos
Higiene pessoal: Todas as pessoas que realizam procedimentos de alto risco, o que inclui o
contato com animais que sofrem ou com suspeita de brucelose, tais como fazendeiros,
pecuaristas, pastores, trabalhadores de matadouro, veterinários, entre outros, devem usar roupas
de proteção adequadas, concretamente macacão ou casaco, avental de borracha ou de plástico,
luvas e botas de borracha e proteção para os olhos (protetor facial, óculos de proteção ou
respirador)
Seleção cuidadosa de animais de reposição. pois, devem ser originários de rebanhos livres de
Brucella. Em caso de compra, se possível, devem ser realizados previamente testes
Isolamento de peças de reposição adquiridas por pelo menos 30 dias.
Prevenção de contactos e mistura com manadas de bandos desconhecidos ou aqueles com
brucelose.
Se possível, a assistência laboratorial deve ser utilizada para diagnosticar a causa da abortos,
partos prematuros ou outros sinais clínicos.
Rebanhos e bandos devem ser incluídos em medidas de vigilância, como teste periódicos de
anel de leite em bovinos (pelo menos quatro vezes por ano), e testes de abate animais com
procedimentos sorológicos de triagem simples, como o RBT.
Descarte adequado (sepultamento ou queima) de placentas e fetos inviáveis.
Realização de desinfecção das áreas contaminadas de forma minuciosa