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Resumo
Este trabalho tem como tema inclusão e acessibilidade escolar, com objetivo de analisar as concepções das
temáticas aos olhos dos profissionais da educação O estudo é orientado pela abordagem qualitativa em educação,
do tipo questionário. Aplicamos tal instrumento de pesquisa aos professores e funcionários de uma escola de
ensino fundamental do município de Jaguarão/RS. Consideramos que a inclusão no contexto escolar é aceitar as
diferenças dos alunos com deficiências e valorizá-las, e nosso estudo aponta que as dificuldades encontradas
pelos professores no processo de inclusão escolar são: ausência de materiais didáticos adaptados e formação
continuada.
Abstract
The theme of this work is inclusion and school accessibility, with the objective of analyzing the conceptions of the
themes in the view of education professionals. The study is guided by a qualitative approach in education, of the
questionnaire type. We applied this research instrument to teachers and employees of an elementary school in the
city of Jaguarão/RS. We believe that inclusion in the school context is accepting the differences of students with
disabilities and valuing them, and our study points out that the difficulties encountered by teachers in the process of
school inclusion are: lack of adapted didactic material and continuing education.
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Mestranda em Educação; Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Pampa;
Jaguarão, Rio Grande do Sul, Brasil; ana.1991.carol@gmail.com.
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Mestranda em Educação; Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Pampa;
Jaguarão, Rio Grande do Sul, Brasil; lapuentekat@gmail.com
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Doutora em Educação; Universidade Federal do Pampa; Jaguarão, Rio Grande do Sul, Brasil;
julianamachado@unipampa.edu.br
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Anais | VIII Encontro Humanístico Multidisciplinar - EHM e VII CongressoLatino-
Americano de Estudos Humanísticos Multidisciplinares - CLAEHM
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Keywords: Accessibility; Inclusion; Teacher training; Specialized Educational Service; Pedagogical support.
Resumen
El tema de este trabajo es la inclusión y la accesibilidad escolar, con el objetivo de analizar las concepciones de
los temas en los ojos de los profesionales de la educación.El estudio se guía por un abordaje cualitativo en
educación, del tipo cuestionario. Aplicamos este instrumento de investigación a profesores y empleados de una
escuela primaria en la ciudad de Jaguarão/RS. Creemos que la inclusión en el contexto escolar es aceptar las
diferencias de los alumnos con discapacidad y valorarlas, y nuestro estudio apunta que las dificultades que
encuentran los docentes en el proceso de inclusión escolar son: falta de material didáctico adaptado y de
formación continua.
Palabras clave: Accesibilidad; Inclusión; Formación Docente; Asistencia Educativa Especializada; Apoyo
pedagógico.
1. Introdução
Compreendemos que acessibilidade e a inclusão escolar são técnicas como adaptação
curricular e adaptação de conteúdos, além de um espaço físico adaptado aos alunos e
acessibilidade linguística no caso de alunos surdos. Portanto, uma escola inclusiva começa
quando os profissionais que atuam na escola conhecem o conceito de inclusão, assim poderão
trabalhar com conceitos inclusivos, relembrando que o aluno não deve se adequar ao espaço
escolar, e sim a escola se adaptar ao aluno.
Segundo Aranha (2004, p.07) “escola inclusiva é aquela que garante a qualidade de
ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e
respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades”. Portanto,
proporcionar momentos de inclusão no espaço escolar é realizar uma análise das
potencialidades dos alunos e suas dificuldades, com o resultado destas observações os
professores poderão elaborar aulas e acessíveis aos meus alunos.
Perante o exposto, surge a questão sobre qual é a concepção de inclusão e
acessibilidade dos professores de uma escola regular de ensino fundamental situada no
município de Jaguarão/RS. Com base nesta dúvida, construímos este trabalho, visando
construir uma relação entre conceitos e concepções.
2. Metodologia
2.2. O questionário
Quadro 1 - Questionário
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a) Até 18 anos
b)Entre 18 e 28
c)Entre 29 e 39
d)Entre 40 e 45
e)Entre 46 e 50
f)Entre 51 e 55
g)Mais de 56
a)Até 2 anos
f)Mais de 20 anos
a)Magistério
b)Pedagogia
c)Licenciatura, em
d)Outros. Qual?
b)Mestrado
c)Doutorado
d)Pós doutorado
e)Outros
b)Não
a)Sim. Quantos?
b)Não
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b)Surdez
d) Deficiente físico
f) Deficiência Intelectual
g) Outras. Qual?
a)Sim
b)Não
b)Gestos de Sinais
a)Sim
b)Não
14-Tens alunos Surdos? Quantos?
a)Sim. Quantos?
b)Não
d)Outras atividades
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d)Outras atividades
a)Sim
b)Não
20- Quais dificuldades encontradas na inclusão de alunos com surdez e/ou deficiência?
3. Resultados
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Quanto ao tempo de atuação, 28,6 % dos respondentes tem mais de 20 anos de trabalho;
com mais de 10 anos de atuação são 33,3% e com até 10 anos somam 38, 1%.Portanto,
concluímos que existe um empate técnico entre os índices de tempo de serviço dos
profissionais.
Na sequência, com a análise de conteúdo das questões 4,5, 6 e 7 concluímos que todos
profissionais atuam na escola Castelo Branco e a respeito da função exercida 57,1% são
professores e 9,5 % são monitores de crianças com deficiências. Com 33,4% temos:
orientador escolar, tradutores e intérpretes de Língua Brasileira de Sinais, Auxiliar
administrativo, Merendeira e Voluntários na Biblioteca da escola, direção e vice-direção.
A formação inicial dos profissionais a maioria é o magistério, com 47,6%. Já o curso
de pedagogia representa 28,6% da formação inicial, Letras 14,3 % e outros cursos 9,6 %.
Quanto à formação continuada, a maioria possui especialização, 66,7%. Já mestrado e outros
cursos 9,5% e doutorado em andamentos 4,8%. Não responderam a pergunta foram 9,5%. Já
na formação na área de educação especial 61,9% não possuem formação, 33,3 % possuem
formação e 4,8% não responderam a questão. Ao analisar a questão 8, “Na sua sala de aula
tem alunos com deficiência?”, é possível observar 57,1% dos professores possuem alunos
com deficiência, ratificando a necessidade de uma formação aos profissionais, visando sempre
uma escola que realize adaptações para incluir estes alunos.
O elevado número de alunos com deficiência é resultado das lutas travadas no
decorrer dos anos, que resultaram nas legislações e decretos, estes estudantes que até pouco
tempo eram considerados diferentes e excluídos do ensino regular, hoje pertencem às escolas
regulares. Por esse motivo, é fundamental que as instituições e os professores quebrem todas
as barreiras, especialmente as barreiras atitudinais. Para Ribeiro,Simões e Paiva (2017,p.22)
“Ser inclusivo é romper com isso. É abolir isso, é lutar por exterminar essa “ideologia”. É ver
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na criança com deficiência a criança e não o cego, o surdo ou usuário de cadeira de rodas.
Todas as crianças são crianças e têm o direito de serem vistas e tratadas como tais”.
Já na questão 9, “Qual diagnóstico do aluno?”, identificamos que o maior índice são
de: autismo, deficiência intelectual e surdez. Na questão 10, “Considera possível incluir este
aluno na classe regular?”, a maioria dos profissionais responderam que consideram viável
incluir na sala de aula regular. Contudo, precisamos destacar que 14,3% não considera
possível incluir e 23,8% não responderam. Isso aponta uma porcentagem muito elevada de
profissionais que não consideram as legislações na temática, pois é dever da instituição incluir
os alunos. Na questão 11, “Se sim, qual sua proposta? Se não, qual a dificuldade
encontrada?”, a maior dificuldade relatada pelos professores é a ausência de profissionais
especializados, assim como destacam a urgência de construção de uma rede de apoio, com
profissionais da área da saúde como psicólogos, fonoaudiólogos e outros. Outro ponto
mencionado foi a ausência de materiais adaptados e diálogo entre os profissionais que atuam
na escola, com rodas de conversa e troca de experiências.
Os professores que participaram desta pesquisa atuam numa escola municipal
referência no ensino de alunos surdos, logo consideramos necessário identificar se os
profissionais que reconhecem a sigla Libras. A questão 12 trata desta temática, “O que é
Libras?”, a maioria identificou corretamente a sigla Libras como Língua Brasileira de Sinais e
9,5% considerando Libras universal, uma vez que existe uma tendência de considerar a Libras
como sendo Língua Universal de Sinais.
Na Questão 13 “Te comunicas em Libras?”, precisamos destacar que a escola em que
realizamos a pesquisa é considerada referência na educação de surdos no município, tem a
disciplina de Libras no Ensino Fundamental II, o projeto Libras na escola para os alunos do
pré ao 5 ° ano, dois alunos surdos na atualidade e duas intérpretes. E 71,4% não se
comunicam em Libras.
Com base na questão 14, “Tens alunos Surdos? Quantos?”, temos os seguintes dados:
47,6 % dos professores não possuem alunos com surdez, 28,6 % possuem alunos surdos e
23,8% não responderam, apesar de ser uma escola polo na educação de surdos existe um
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4. Conclusões
Referências
BONDAN, Daisy Eckhard; WERLE, Flavia Obino Correa; SAORÍN, Jesús Molina.
Educação inclusiva no Brasil e Espanha: discussão conceitual. Ensaio: Avaliação e
PolíticasPúblicas em Educação, v. 30, p. 438-457, 2022.
RIBEIRO, Ernani Nunes; SIMÕES, José Luiz; DA SILVA PAIVA, Fábio. Inclusão
escolar e barreiras atitudinais: um diálogo sob a perspectiva da sociologia de Pierre
Bourdieu. Olhares: Revista do Departamento de Educação da UNIFESP, v. 5, n. 2, p.
210-226, 2017.
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